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I N S T I T U T O

PNUMA

Brasil Pnuma

AGO/SET 2014

Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

Bangladesh enfrenta mudança climática P

rimeiro país do mundo a ser objeto de campanha humanitária internacional de combate à fome – lançada pelo ex-Beatle George Harrison em 1971, no Concerto para Bangladesh, em Nova York –, Bangladesh se tornou uma das nações líderes em estratégias de adaptação às mudanças climáticas. Ações que já custam anualmente US$ 1 bilhão; equivalentes a 6 a 7% do orçamento governamental. Um dos países mais pobres do mundo e um dos mais populosos, com 140 milhões de habitantes, Bangladesh é considerada uma das nações mais vulneráveis aos impactos do aumento do aquecimento global. Nos últimos anos, o país asiático vem sofrendo com a intensificação de eventos climáticos extremos que já faziam parte de sua história, como ciclones, enchentes e secas. Bangladesh passou então a investir pesado em medidas mitigadoras. E para calcular exatamente o quanto o dinheiro dos impostos dos seus cidadãos vem sendo absorvido no enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas, o Ministério das Finanças do país passou a trabalhar com o Pnuma e o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (UNDP; na sigla em inglês) para elaborar um abrangente sistema de contabilidade sobre essas iniciativas. Conta salgada – O governo descobriu então que o preço pago é salgado. E mais alarmante ainda, descobriu que o gasto anual em ações mitigadoras já representa quase 1/5 dos US$ 5,7 bilhões anuais que o Banco Mundial estima que Bangladesh tenha que investir no setor por volta de 2050. E mais: ao contrário da suposição popular, o estudo revelou que é o governo – e não os doadores internacionais – que está pagando a maior parte da conta. Enquanto 3/4 do dinheiro gasto vêm diretamente do governo, apenas 1/4 é de doações estrangeiras.

Divulgação

País é exemplo de ações de adaptação, que já custam US$ 1 bilhão por ano

Palco de campanha contra a fome liderada por ex-Beatle e um dos países mais pobres do mundo, Bangladesh está investindo pesado contra efeitos do aquecimento global, como cheias mais intensas O mais cruel, para especialistas, é saber que embora o governo e a população de Bangladesh, com seus impostos, tenham que pagar pela escalada dos custos de ações de adaptação às mudanças climáticas, o país é uma das nações com menos culpa pelo agravamento do aquecimento global. O cidadão médio europeu, por exemplo, emite em 11 dias a mesma quantidade de carbono que um habitante médio de Bangladesh emite em um ano. Os resultados do estudo provocaram uma reviravolta no país, com o combate aos efeitos do aquecimento global passando a ser prioridade do governo como um todo, e não apenas dos ministérios da Finança e do Meio Ambiente. E sendo ator importante na cena internacional de combate ao aquecimento global – como um dos líderes das demandas de outros países mais pobres que também enfrentam o recrudescimento dos eventos climáticos extremos –, espera-se que os resultados do estudo levem Bangladesh e ter posição mais forte nas mesas de negociações, para a obtenção de fundos necessários para preencher as lacunas de desenvolvimento criadas pelo aquecimento global.

Jornal do Brasil Pnuma passará a ser digital Após 23 anos de fundação, o jornal do Instituto Brasil Pnuma passará, a partir do próximo número, a ser veiculado apenas em versão digital. Pedimos aos nossos fieis leitores que enviem seus e-mails para brasilpnuma@gmail.com, para que possam receber as edições do nosso informativo; que também continua-

rão disponibilizadas em www.brasilpnuma.org.br. Estamos em busca de apoio cultural que viabilize a volta de nosso impresso. A presente edição é patrocinada por Gestores Ambientais formados no Curso de Pós-Graduação em Gestão Ambiental da Escola Politécnica da UFRJ.


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EDITORIAL Em nossa capa, destacamos o trabalho de um dos países mais pobres do mundo para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas. Bangladesh se tornou exemplo ao gastar cifra anual da ordem de US$ 1 bilhão. Informamos também que, após 23 anos de uma história editorial bem-sucedida, passaremos a veicular nosso informativo apenas em versão digital, até conseguir novo apoio cultural que viabilize a volta do impresso. Aqui ao lado, falamos do programa do Pnuma que visa a incentivar o consumo sustentável de produtos. Na página ao lado, divulgamos o lançamento do guia KTAA, que apresenta soluções de adaptação de baixo custo adotadas por países africanos para minimizar os efeitos das mudanças climáticas sobre seus habitantes. No artigo das páginas centrais, o diretor-superintendente do Sebrae Mato Grosso, José Guilherme Barbosa Ribeiro, fala das publicações do órgão para orientar pequenos empresários a inserir práticas sustentáveis em seus negócios. Na contracapa, destacamos iniciativa pela sustentabilidade do Instituto-E, fundado pela marca Osklen, para mobilizar a sociedade e os empresários para a incorporação, no dia a dia dos negócios, de conceitos de produção sustentável. Haroldo Mattos de Lemos Presidente

Incentivo a consumo sustentável Programa mostra impacto ambiental de produto consumido

Lançado pelo Pnuma, o programa 10YFP Consumer Information Programme (CIP) visa a aproveitar o poder dos consumidores bem informados para tornar o mundo mais eficiente em termos de recursos consumidos. Ao oferecer dados sobre os impactos ambientais e sociais dos produtos consumidos, o Programa de Informação do Consumidor auxiliará governos, entidades certificadoras, empresas e ONGs em seus esforços de incentivo ao consumo sustentável. Os objetivos do CIP são: melhorar o acesso e a qualidade de informação para o consumidor; estimular governos e setor privado a apoiar melhores práticas em relação à informação ao consumidor; e melhorar a comunicação para promover a mudança comportamental e assegurar a transição entre estar informado e agir de forma consciente. O programa produzirá análises de produtos ao longo do seu ciclo de vida, desde a extração dos recursos até o descarte. O CIP fará a revisão de ferramentas de informação e sistemas, tais como normas voluntárias, rotulagem ambiental e abordagens de marketing, com o objetivo de modificar sua eficácia com a padronização de dados e critérios. Além disso, explorará novos canais de comunicação para alcançar os consumidores. O CIP é liderado pelos governos da Alemanha e Indonésia, juntamente com a organização Consumers International, e conta com o apoio do Pnuma, que abriga o secretariado do 10YFP.

Pnuma: fazer mais e melhor com menos

Pesquisas mostram que a proliferação de informações de sustentabilidade deixa os consumidores confusos, resultando na mudança do interesse para o ceticismo. O CIP funcionará então como uma plataforma global para difundir políticas relevantes, estratégias, projetos e parcerias, além de incentivar a cooperação em diferentes setores para harmonizar e esclarecer informações de sustentabilidade. "Consumo e produção sustentáveis significam fazer mais e melhor com menos", afirma o subsecretário-geral da ONU e diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner. Mais informações em www.unep.org/10yfp.

Presidente: Haroldo Mattos de Lemos Diretor Jurídico: Oscar Graça Couto Diretor Ad­­­­mi­­-

(presidente da SOS Mata Atlântica, SP), Roberto Messias Franco (ex-presidente do Ibama)

nistrativo: Roberto Carrilho Padula Diretor Técnico: Nélio Paes de Barros Jornalista Res-

Conselho Fiscal: Joper Padrão do Espirito Santo, Telma de Avellar Guimarães, Vicente Hermo-

ponsável: Ronie Lima (MTb 15.415/RJ) Referências Bibliográficas: Zilda Rodrigues de Souza

gerio Schmall (titulares), João Alfredo Noronha Viegas, Saint Clair Zugno Giacobbo (suplentes).

Arte e Dia­­­gra­ma­ção: Eliana Mac Dowell Impressão: Corbã Conselho Consultivo: Adolpho de Marinho Pontes (ex-deputado federal do Estado do Ceará), Aloisio Ferreira de Souza (expresidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental/Abes, AL), Cândido Mendes de Almeida (diretor geral da Fa­cul­dade Cândido Mendes/RJ), Carlos Henrique de

Publicação bimestral. Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte. INSTITUTO

Abreu Mendes (ex-secretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro), Carlos Minc (secretário de Estado do Meio Ambiente do Rio de Janeiro), Henrique Brandão Cavalcanti (ex-ministro do Meio Ambiente e da Amazônia Legal), Jean C. L. Dubois (presidente do Instituto Rede Brasileira Agro­­­florestal/Rebraf,RJ), João Augusto Fortes (presidente da Sociedade Civil Pró-Rio), Joa­quim Falcão (ex-secretário-geral da Fundação Roberto Marinho), Márcio Nogueira Barbosa (vice-diretor executivo da Unesco), Paulo Nogueira Neto (ex-se­cretário especial do Meio Ambiente), Paulo Protásio (ex-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro), Ricardo Boechat (diretor de jornalismo da Band Rio), Roberto Klabin

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BRASIL PNUMA

O interessado em tornar-se sócio do Instituto BRASIL PNUMA e receber este informativo deve fazer contato pelo nosso telefone ou pelo email.

www.brasilpnuma.org.br COMITÊ BRASILEIRO DO PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASIL PNUMA Av. Treze de Maio 13, sala 1.315 – Centro CEP 20.031-901 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil Telefax: (21) 2262-7546 CGC: 40.200.230/0001-19 brasilpnuma@gmail.com

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Guia contra aquecimento global na África Projetos contra efeitos de eventos climáticos ajudarão 65% dos africanos

Estímulo econômico – “Usando projetos implementados em vários países da África subsaariana, o relatório KTTA demonstra claramente como investimentos em ações de adaptação podem proporcionar não apenas soluções de baixo custo para desafios das mudanças climáticas, mas também estimular economias locais através de um uso mais eficiente de agostO/setembro 2014 – Nº 138

Arquivo Pnuma

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ma espécie de livro de bolso lançado pelo Pnuma – Keeping Track of Adaptation Actions in Africa (KTAA) – Targeted Fiscal Stimulus Actions Marking a Difference – apresenta exemplos práticos bem-sucedidos de soluções de adaptação de baixo custo às mudanças climáticas nas nações da África subsaariana. Um guia de ação para o continente africano que pode servir de inspiração para iniciativas de mitigação dos efeitos do aquecimento global em outras regiões mais pobres do planeta, o KTTA mostra que investimentos em projetos de adaptação podem ajudar a promover o sustento de vida de 65% dos africanos. Projetos ecológicos de plantio e preservação florestal, por exemplo, apresentaram resultados animadores: Em Ruanda, 2.500 fazendeiros foram treinados em economia agrícola, o que gerou a contratação de 4.850 empregados pagos através de cooperativas de poupança e de crédito. Em Uganda, investimentos anuais por habitante de apenas US$ 13,26 geraram ganhos significativos em sistemas ecológicos de proteção, o aprimoramento de meios de vida e o plantio de mais de 31 mil árvores. Projeto de agricultura ecológica na Zâmbia obteve também resultados expressivos. O número de pequenas fazendas com um ou mais produtos excedentes para a venda saltou de 25,9% para 69%. Ao mesmo tempo, 61% das famílias dessas fazendas relataram que as vendas de produtos agrícolas excedentes estavam contribuindo para aumentar sua renda em 50% ou mais.

Relatório KTTA é valioso instrumento para africanos enfrentarem as mudanças climáticas em curso

capital natural, criação de emprego e aumento de rendas familiares”, diz o subsecretário-geral da ONU e diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner. Caso os países africanos não promovam ações mitigadoras e de prevenção dos efeitos do aquecimento global, os mais vulneráveis poderão sofrer graves problemas. Segundo o KTTA, a população africana dever dobrar por volta de 2050, alcançando dois bilhões de pessoas – a maioria ainda extremamente dependente de atividades agrícolas para o seu sustento. E como 94% da agricultura depende das chuvas, futuros impactos das mudanças climáticas no continente – incluindo o aumento de secas, enchentes e aumento do nível do mar – podem vir a reduzir

as colheitas em algumas regiões de 15 a 20%. O relatório KTTA é assim valioso instrumento para os países lidarem melhor com os efeitos das mudanças climáticas. Na primeira parte, fornece visão de atuais e futuros impactos previstos das mudanças climáticas nos meios de vida, na agricultura, nas pessoas e nos sistemas ecológicos, detalhando impactos por região, país e até cidades. Na segunda parte, descreve como as nações, através de ações de adaptações de baixo custo, podem melhorar a saúde e o funcionamento de ecossistemas, produtividade agrícola e armazenamento de água, entre outros. O relatório KTTA pode ser baixado em www.unep.org.

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Infográficos ajudam pequenos empresários a in

26 publicações do Centro Sebrae de Sustentabilidade contemplam os segmentos de ser

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Centro Sebrae de Sustentabilidade, em Cuiabá (MT)

indicações sobre compostagem na Estância Replante, pequena propriedade rural de sete hectares, localizada na comunidade Bandeira, a 20 quilômetros do centro de Cuiabá (MT), onde cultiva hortaliças, especialmente folhosas (alface, coentro, cebolinha), e uma grande variedade de pimentas – malagueta, comari, de cheiro, bodinha e chumbinha, entre outras. Colhe uma média de cem quilos por semana e revende nas feiras do Porto e Verdão, além de fazer entregas em supermercados e peixarias da capital. Suas palavras: “O infográfico abriu meu leque. Antes deixava os restos num canto e não utilizava nada. Agora, aproveito toda a matéria orgânica como adubo. Além de economizar, porque não tenho que comprar esse insumo, a produtividade melhorou muito”. O CSS produz ainda outras publicações, também disponíveis para download em www.sustentabilidade. sebrae.com.br. São cartilhas para quem quer adentrar mais fundo no tema sustentabilidade nos negócios e está em busca de novos mercados, inclusive pensando em buscar uma certificação. JUNHO/JULHo 2014 – Nº 137

Juliano Duarte

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om o objetivo de comunicar aos empresários formas de inserir práticas sustentáveis em seus negócios, especialmente naqueles de pequeno porte, o Centro Sebrae de Sustentabilidade produz infográficos com dicas de fácil aplicabilidade, baixos investimentos e retorno rápido. São 26 publicações para atender aos setores de indústria, agronegócio, comércio e serviço. Os segmentos e atividades contemplados foram baseados nas atividades mais densas e que provocam mais impactos. Para se chegar a elas, foram feitos cruzamentos de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com análises dos pequenos negócios que mais impactavam o meio ambiente. A primeira série, lançada em 2013, contempla oito temas: gestão de resíduos eletrônicos, indústria moveleira, confecção e moda, oficinas mecânicas, construção civil, panificadoras, comércio varejista e bares e restaurantes. Também abordando oito setores, a segunda traz metalurgia, indústria cerâmica, indústria calçadista, lava a jato, salões de beleza, meios de hospedagem, eventos sustentáveis e compostagem. Outros oito infográficos foram produzidos em 2013, abrangendo as áreas de saúde – consultórios e clínicas odontológicas, laboratórios de análises clínicas e de patologia, farmácias de manipulação, clínicas veterinárias e pet shops -; comércio com materiais de construção e minimercados; e agronegócio – piscicultura, agroindústria de leite; hortifrutigranjeiros e suinocultura. Com linguagem simples, as publicações reúnem dicas de como se relacionar com o mercado, com os funcionários e com a comunidade do entorno de cada empresa. “É uma forma rápida e de fácil acesso para atingir ecoeficiência em água, energia, materiais, resíduos e nos processos produtivo das empresas”, resume a gestora do Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), Suenia Sousa, acrescentando que os infográficos têm uma função ambiental e social. Segundo ela, esses infográficos são o ponto de partida para que uma empresa desperte o olhar para os impactos que provoca. Os infográficos estão disponíveis no site do CSS (www.sustentabilidade.sebrae.com.br), em versão PDF, para que os interessados possam imprimir a edição de interesse. O pequeno produtor rural Marco André Campos Podolan, 35 anos, tomou conhecimento dos infográficos em uma conversa que teve, há seis meses, com o técnico do CSS Elton Meneses Ribeiro. Passou a seguir as

José Guilherme


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nserir práticas sustentáveis em seus negócios

rviço, indústria, comércio e agronegócio, além de temas transversais a essas atividades Barbosa Ribeiro Wander Lima

Os temas abordados nas cartilhas são sustentabilidade, eficiência energética, gestão de resíduos sólidos, gestão da água, gestão sustentável nas empresas, produção e consumo responsáveis, licenciamento ambiental e certificações. Centro Sebrae de Sustentabilidade Localizado em Cuiabá, o Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS) é a unidade de referência nacional do Sistema Sebrae sobre o tema. Desde 2010, vem construindo um banco de conteúdo especializado e acessível aos diversos setores da economia nacional. Seu objetivo é levar conhecimento aos pequenos negócios, ressaltando as vantagens de ser sustentável. Por meio de publicações, cartilhas, vídeos, análises setoriais e mapeamento de empresas em todo o país, que se tornaram referência ao implementar estratégias de gestão sustentável, entre outras ações, é possível estimular a adoção da sustentabilidade e contribuir para o desenvolvimento das empresas, nos aspectos ambiental, social e econômico. José Guilherme Barbosa Ribeiro é diretor-superintendente do Sebrae Mato Grosso

Infográficos dão dicas práticas sobre sustentabilidade

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E S TAN T E Parte das publicações, periódicos e DVDs recebidos pela biblioteca CARVALHO, Antonio Paes de, FERREIRA, Paulo Cavalcanti Gomes. Plano de desenvolvimento de biotecnologia, à base da biodiversidade: como transformá-lo em realidade? Rio de Janeiro: Inae, 2014. 14 p. CENTRO BRASILEIRO DE MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM. Arbitragem: mediação, Lei 9.307/96, código de ética e mais. Rio de Janeiro: CBMA, 2014. CONSELHO EMPRESARIAL BRASILEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Manual de compras sustentáveis. Rio de Janeiro: CEBDS, 2014. FACTO ABIFINA. Insumos ativos e intermediários químicos: o elo frágil das cadeias produtivas da química fina. Rio de Janeiro, v. 8, abr./jun. 2014. MEIO AMBIENTE INDUSTRIAL. Recursos hídricos. São Paulo, v.18, n.109, maio/jun. 2014. REVISTA DAE. São Paulo, Simens, n.196, jul. 2014 – Edição Especial. SÚMULA AMBIENTAL. Rio de Janeiro, ano18, n.208, jun. 2014. SEBRAE, ABNT.

Turismo: susten-

tabilidade em meio de hospedagem. São Paulo: Sebrae/ABNT, 2014. 14 p. SEBRAE. Centro Sebrae de Sustentabilidade. Produção e consumo responsáveis. Cuiabá: O Centro, 2012. 26 p. ______. Certificações. Cuiabá: O Centro, 2012. 24 p. ______. Como crescer com práticas responsáveis. Cuiabá: O Centro, 2012. 28 p. ______. Gestão da água. Cuiabá: O Centro, 2012. 31 p. ______. Gestão sustentável na empresa. Cuiabá: O Centro, 2012. 28 p. ______. Licenciamento ambiental. Cuiabá: O Centro, 2012. 24 p. ______. Eficiência energética. Cuiabá: O Centro, 2012. 28 p. 4 p__. Produção e consumo responsáveis______. Gestão de resíduos sólidos. Cuiabá: O Centro, 2012. 32 p. ______. Sustentabilidade. Cuiabá: O Centro, 2012. 24 p. ______. Tendências de sustentabilidade para os pequenos negócios. Cuiabá: O Centro, 2012. 44 p.

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AGENDA

VI Simbras – VI Simpósio Brasileiro de Agropecuária Sustentável – De 26 a 27 de setembro, em Viçosa (MG). Realização: Simbras. Informações em www. simbras-as.com.br. XVIII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas – XIX Encontro Nacional de Perfuradores de Poços – VIII Fenágua – Feira Nacional da Água – De 14 a 17 de outubro, em Belo Horizonte (MG). Realização: Associação Brasileira de Águas Subterrâneas. Informações em www.abas.org/congresso/index.php.

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9º Congresso Internacional de Bioenergia – De 1º a 3 de outubro, em São Paulo (SP). Realização: Porthus Eventos. Informações em www.bioenergia.net.br/ congresso2014/br/index.php. Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (Fimai) e Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (Simai) – De 11 a 13 de novembro, em São Paulo (SP). Realização: Ambiente Press – Comunicação Ambiental. Informações em www.simai.fimai.com.br.

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Monitoramento ambiental da água O Pnuma e a Agência Nacional de Águas (ANA) assinaram memorando de entendimento para que a agência responsável pela gestão de recursos hídricos no Brasil abrigue um centro regional para monitoramento da qualidade de água. A ANA tornou-se assim ponto focal nacional do Sistema Global de Monitoramento Ambiental da Água (GEMS-Water, na sigla em inglês), fazendo a interface com países da América Latina, Caribe e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. O GEMS-Water mantém uma rede global para monitorar a qualidade da água com mais de 4.000 estações de pesquisa. Formada em 1977, a rede armazena mais de 4 milhões de registros coletados em mais de cem países, disponíveis online como subsídios para instituições de pesquisa, governo e outras organizações. A parceria possibilitará ainda, entre outros pontos, o lançamento de publicações e análises sobre qualidade da água, a disseminação e o incentivo para que mais países participem do GEMS-Water, o apoio às iniciativas dos demais integrantes da rede, a promoção de ações para captação de recursos e a publicação de mais dados na plataforma de informações Unep Live.

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Universidades e preservação florestal O Pnuma e o UN-REDD Programme – programa de ações das Nações Unidas para a redução das emissões de carbono provenientes de desmatamentos e degradações de florestas – desenvolveram, com a Yale School of Forestry & Environmental Studies, um abrangente guia pedagógico, direcionado a professores universitários e estudantes de graduação, que sirva para a promoção de programas universitários multidisciplinares que incorporem os estudos do setor. As florestas são ecossistemas valiosos em termos de conservação de sua biodiversidade e de seus benefícios. Entretanto, os desmatamentos e a degradação progressiva das florestas são responsáveis por 20% do total de emissões de gases-estufa. O REDD+ tem como objetivo a construção e manutenção desse capital natural e a transição para um manejo sustentável das florestas. O Forests in a Changing Climate: A Sourcebook for Integrating REDD+ into Academic Programmes identifica informações relevantes, ferramentas e experiências desenvolvidas no escopo do chamado Mecanismo REDD+, que faz parte do progra-

ma REDD e foca em ações para a redução das emissões devidas aos desmatamentos e degradações, além do papel da conservação e manejo sustentável das florestas e o reforço dos estoques de carbono. O guia, que proporciona uma visão geral dos tópicos-chave relacionados às florestas e mudanças climáticas, pode ser baixado em www.unep.org.

Mapa Global de Ativos Ecossistêmicos O Centro de Monitoramento da Conservação Mundial (WCMC, na sigla em inglês) do Pnuma lançou, em agosto, mapa contendo os chamados “ativos ecossistêmicos”, que abrangem tanto o meio ambiente marinho quanto terrestre do planeta. Dentre esses ativos, se destacam a biodiversidade, água potável, carbono orgânico, estoques pesqueiros e qualidade do solo. O mapa revela os pontos-chave para múltiplos ativos, como as áreas remanescentes de florestas. Pelo mapa, constata-se que os ativos marinhos estão concentrados no sudeste asiático e ao longo da Zona Costeira (especialmente na costa oeste da América do Sul, África e Europa). Já os ativos terrestres se concentram em regiões equatoriais e em parte do Canadá e da Rússia. O WCMC ressalta a significância global e a necessidade de priorizar agostO/setembro 2014 – Nº 138

a restauração e conservação dessas áreas, mas alerta que mapeamentos precisam ser feitos para identificar outros locais importantes que não foram considerados em escala global. Além disso, enfatiza que os recursos naturais e o valor monetário dos ativos ecossistêmicos não estão incluídos nesse relatório, e que uma avaliação de ambos os fatores é o próximo passo para “a compreensão integral da contribuição do capital natural para o bem-estar humano”. O mapa pode ser acessado em www.unep-wcmc.org.

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Protocolo de Nagoya em vigor

Ao atingir 51 ratificações, o Protocolo de Nagoya sobre Acesso a Recursos Genéticos e a Repartição Justa e Equitativa dos Benefícios Advindos de sua Utilização (ABS, na sigla em inglês) entrará em vigor em 12 de outubro, criando as bases legais para a repartição justa e equilibrada dos benefícios do uso de recursos genéticos da biodiversidade ao redor do planeta. O Protocolo de Nagoya é um acordo suplementar da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD, na sigla em inglês). A entrada em vigor do protocolo proporcionará maior segurança jurídica e maior transparência, tanto para provedores quanto usuários de recursos genéticos, criando uma estrutura que promove o uso de recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados, ao reforçar as oportunidades para uma partilha justa e equitativa de benefícios. Mais informações sobre o Protocolo de Nagoya em www.cbd.int.

Jardim Botânico e Pnuma divulgam biodiversidade

O Pnuma e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro assinaram acordo de cooperação para a divulgação de dados sobre biodiversidade, formalizando assim a participação do instituto de pesquisa no desenvolvimento do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr); projeto do Pnuma com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI). O acordo dará maior visibilidade ao herbário e aos conjuntos de dados pesquisados pelo Jardim Botânico, prevendo que essas informações e as dos parceiros da instituição no Brasil e o no exterior estejam acessíveis no SiBBr. O acordo define também investimento de US$ 1,03 milhão do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF) nos próximos dois anos, viabilizando um plano de trabalho que inclui recursos para a compra de equipamentos e contratação de bolsistas para todos os herbários parceiros da iniciativa e também a realização de reuniões técnicas. O MCTI investirá US$ 316 mil para complementar o número de bolsistas necessários para alcançar os resultados previstos.

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Divulgação/1ª edição do Prêmio-E

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Embaixador da Unesco para Cultura de Paz e Sustentabilidade,Oskar Metsavaht preside o Instituto-E

Instituto-E promove produção sustentável

Iniciativa da Osklen estimula atitude ecológica no mundo corporativo

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om sede no Rio de Janeiro, o Instituto-E foi fundado a partir do Movimento E-Brigade – iniciativa desenvolvida pela marca Osklen para mobilizar a sociedade, promover a conscientização e transformar conceitos de sustentabilidade em atitudes. Sociedade civil de interesse público (OSCIP), o instituto tem sua atuação estruturada em seis eixos abrangentes e complementares: Earth (ética e responsabilidade comum do planeta); Environment (impacto ambiental, gestão de recursos naturais e conservação); Energy (mudanças climáticas, eficiência energética e energia renovável); Education (difusão de conhecimento, capacitação e educação e comunicação social); Empowerment (desenvolvimento local, geração de renda e qualidade de vida); e Economics (desenvolvimento sustentável e responsabilidade social). Com um portfólio de projetos estratégicos, a diretora do Instituto-E, Nina de Almeida Braga, destaca o E-Fabrics, “uma iniciativa permanente

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que, de forma inovadora, identifica matérias-primas sustentáveis na indústria têxtil e cadeia produtiva da moda”. Segundo ela, os critérios de seleção para se tornar um item E-Fabrics (vestuário, calçados, objetos) passam, prioritariamente, pela análise da cadeia produtiva, fortalecimento da diversidade e das relações com as comunidades: “O E-Fabric vem alcançando visibilidade em diversos setores da economia e sociedade, criando assim referências para um modelo de economia verde e consumo consciente”. Projeto Traces – Para potencializar o E-Fabrics, o instituto desenvolveu o Projeto Traces, que consiste numa metodologia de avaliação da pegada de carbono e impactos sociais da cadeia produtiva dos itens E-Fabrics comercializados nas lojas Osklen. “A ação é inovadora no campo empresarial e vem inspirando diversas marcas de produtos e serviços a adotar a metodologia. O segundo

passo foi dado com o Water Traces, que avaliou a pegada hídrica dos produtos, uma iniciativa inédita no mercado”, diz Nina. O potencial do Traces no Brasil levou à criação de um novo projeto, o Brazilian Icons, que utiliza a mesma metodologia para avaliar iniciativas de referências no país, como futebol, samba e segmentos de mercados, como moda praia, orgânicos e destinos turísticos. O primeiro ciclo desse projeto avaliou a pegada de carbono da Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, do Fluminense Football Club e das marcas Lenny Niemeyer, Mormai e AMMA Chocolate. Os resultados do trabalho foram apresentados, em maio, em um workshop realizado na Associação Comercial do Rio de Janeiro, que contou com a presença, entre outros, do presidente do Instituto-E, Oskar Metsavaht, e do presidente do Instituto Brasil Pnuma e conselheiro da associação, Haroldo Mattos de Lemos. agostO/setembro 2014 – Nº 138


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