Pnuma 91

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B R A S I L

B R A S I L P N U M A

I N S T I T U T O

Modelos gerenciais corporativos Evento premia empresas que se destacaram em ações socioambientais Arquivo Pnuma

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BRASIL PNUMA

Pnuma alerta para poluição dos mares Esgoto in natura e outras fontes de degradação ameaçam futuro do planeta

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O presidente do Instituto Brasil Pnuma, Haroldo Mattos de Lemos, integrante da comissão julgadora, entregou o 1º prêmio à coordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento, Qualidade e Ambiência Florestal da Klabin S/A, Ivone Satsuki Namikawa Fier

A LISTA DOS PRIMEIROS 15 CASOS VENCEDORES 1. Klabin S/A (Programa Caiubi de Educação Ambiental: Um Caso de Mobilização Social); 2. Basf S/A (Fundação Espaço Eco); 3. Basf S/A (Programa Semente do Amanhã, a Educação Ambiental no Currículo Escolar); 4. Rio Paracatu Mineração/Kinross (Evolução, Adequação e Resultados do Programa de Educação Ambiental); 5. Alumar (Dez Anos do Parque Ambiental Alumar); 6. Belgo Siderurgia S/A – Juiz de Fora (Descarte Zero de Efluentes); 7. Dow AgroSciences Industrial Ltda. (Acerte o Alvo); 8. Aes Tietê S/A (Programa de Manejo Pesqueiro); 9. DaimlerChrysler do Brasil Ltda. (Gerencialmente de Resíduos Sólidos); 10. Souza Cruz S/A (Educação Ambiental, Investimentos e Processos como Pilares de Gestão); 11. Grupo Orsa (Manejo Florestal Sustentável no Vale do Jarí); 12. CST Arcelor Brasil (A Central de Supervisão de Monitoramento Ambiental); 13. Autovias S/A (Programa Vias das Águas); 14. Bandeirantes Energia S/A (Inclusão de Áreas de Proteção Ambiental no SIT – Sistema de Informações Técnicas); 15. Petrobras (Programa de Educação Ambiental – Gasoduto Campinas-Rio de Janeiro).

ovo estudo do Pnuma alerta para o crescimento da poluição de mares e oceanos, principalmente pelo despejo de esgoto in natura nas regiões costeiras, o que coloca em risco a saúde humana, a vida selvagem e os meios de vida de populações que vão da pesca ao turismo. Com o aumento dos poluentes, cresce o dano e a destruição de importantes ecossistemas, do ponto de vista ambiental e econômico, como manguezais, recifes de corais e gramas marinhas. A situação é mais crítica em vários países em desenvolvimento, em que de 80% a 90% do esgoto despejado não são tratados. Mas apesar do aumento da degradação, o Relatório do Estado do Meio Ambiente Marinho aponta um forte contraste com três dos noves indicadores de poluição analisados, que revelam um maior controle do despejo de óleo, de substâncias químicas perigosas (os chamados POPs) e de lixo radioativo. Ao analisar nove indicadores de poluição marinha, o Pnuma aponta maior controle desses três fatores, estabilidade em dois (despejo de metais pesados e de sedimentos) e o aumento em quatro (despejo de esgoto in natura, de nutrientes orgânicos e de lixo e a construção de infraestruturas urbanas nas zonas costeiras). Ação global – As avaliações do estudo – que pode ser acessado em www.gpa.unep.org – foram apresentadas em Pequim, na China, em outubro, durante reunião com representantes de 60 países para a revisão do Programa de Ação Global para a Proteção do Meio Ambiente Marinho de Fontes Baseadas em Terra. Determinados fatores de degradação dos mares preocupam muito os especialistas, como o declínio do fluxo das águas de muitos rios, devido à construção de represas, desvios de cursos e do aquecimento global, e o aumento de zonas mortas nos oceanos, provocado pelo consumo de oxigênio por algas tóxicas que crescem desordenadamente a partir do despejo de nutrientes agrícolas e de dejetos de animais. Ao lembrar os velhos e novos problemas ambientais que ameaçam os mares e oceanos, o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, enfatizou que os países têm um “longo caminho a seguir política, técnica e financeiramente” para que possamos legar às novas gerações ecossistemas marinhos mais saudáveis e produtivos.

Apoio Cultural 8

OUT/NOV 2006

Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2006 – Nº 91

OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2006 – Nº 91

Arquivo Pnuma

ersonalidades do mundo empresarial estiveram presentes no 4º Benchmarking Ambiental Brasileiro, realizado em setembro, no Teatro Santa Catarina, em São Paulo (SP), em que foram premiados 28 casos considerados, em 2006, como os melhores modelos gerenciais da administração socioambiental corporativa brasileira. Com cerca de 300 pessoas – personalidades públicas, representantes de instituições representativas com atuação nacional e internacional, dirigentes das empresas vencedoras, especialistas e profissionais da área e jornalistas –, o evento de premiação serviu para o compartilhamento de bons exemplos e práticas de gestores e de instituições que se esforçam por promover uma gestão responsável e competitiva. Em sua quarta edição, que contou com a adesão de vários segmentos econômicos de nove estados brasileiros, a iniciativa da MAISPROJETOS – Gestão e Capacitação Socioambiental tem com objetivo promover o desenvolvimento técnico gerencial dos gestores que respondem pela área socioambiental corporativa. Selecionados por comissão técnica de 15 profissionais com atuação e reconhecimento nacional e internacional, os 28 Cases Vencedores passaram a integrar um banco de dados de livre acesso pela internet que totaliza 86 modelos gerenciais reconhecidos como os melhores no país em práticas de sustentabilidade. Os casos vencedores da 4ª edição do Benchmarking Ambiental Brasileiro abrangeram uma ampla temática, como o descarte zero de efluentes e gerenciamento adequado de resíduos sólidos, o bom manejo florestal e pesqueiro, programas de comunicação e educação ambiental, mobilização social e inclusão de jovens em ações de proteção ambiental. Mais informações sobre a iniciativa e resumo dos casos vencedores pelo site www.maisprojetos.com.br.

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Valiosos ecossistemas marinhos estão sob risco de extinção

Países não priorizam projetos de tratamento de esgoto O Pnuma avalia que o despejo de esgoto in natura talvez represente o mais sério problema ambiental para mares e oceanos, até porque não têm sido registrados grandes progressos mundiais em projetos de tratamento. Estima -se uma necessidade anual de investimentos no setor de US$ 56 bilhões. O esgoto in natura é um problema que atinge áreas mais pobres e ricas do planeta. Enquanto, por exemplo, na América Latina e no Caribe cerca de 85% do esgoto despejado nos mares não são tratados, no Mediterrâneo pelo menos metade não passa por tratamento. Lixo descartado nos mares é outro sério problema ambiental em várias regiões, até mesmo na rica Suécia, onde são gastos anualmente pelo menos US$ 1,6 milhão com a limpeza de 3.600 quilômetros de costa.


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