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BRASIL PNUMA
www Visite .bra noss silpn o si uma te .org Nº 95 .br JUN/JUL2007
Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
IPCC defende maior eficiência energética Ações para mitigar efeito estufa teriam custo desprezível para países
E
Arquivo Pnuma
sões dos gases-estufa. A studo do Painel Intermeta mais ambiciosa defengovernamental sobre Mudida é a estabilização dos danças Climáticas (IPCC, na níveis dos gases-estufa em sigla em inglês) afirma que 445 – 490 ppm (partes por os governos, as indústrias e milhão), o que poderia limitar os diferentes segmentos soo aumento da temperatura em ciais dos países podem re2º a 2.4º centígrados acima duzir as emissões dos gases das medições da época préque agravam o efeito estufa, industrial. Mas para isso, as nas próximas décadas, exemissões de CO2 teriam que plorando políticas de bom atingir um pico em 2015 e cair custo-benefício e tecnologias de 50% a 80% por volta de atuais e emergentes. 2050, em relação ao volume Até 2030, são esperados liberado no ano 2000. investimentos de mais de US$ Integração – Os especia20 trilhões na infra-estrutura listas defendem ações de rede produção energética do dução de emissões em setoplaneta que não levam em res como de construção de conta o problema do aqueciprédios, de transporte, indusmento global. E para os 168 trial, agrícola e de manejo especialistas de 105 países Estudo adverte: fontes de energia renovável, como eólica, florestal, entre outros. Mas que produziram o estudo necessitam de mais desenvolvimento tecnológico e comercial enfatizam que nenhuma ação Mudança Climática 2007: individual, do ponto de vista econômico e tecnológico, seria Mitigação da Mudança Climática, seriam desprezíveis os suficiente para a redução dos gases-estufa emitidos pela custos adicionais – de 5% a 10% – para se alterar a quaatual matriz energética básica planetária. Ou seja: os lidade desses investimentos, aumentando assim a eficiência diferentes países precisam promover um cardápio de ações energética e reduzindo as emissões dos gases-estufa. integradas com esse objetivo. Tomando como base dados econômicos, de políticas Deveria, por exemplo, ser promovido o uso de gás natural públicas, tecnológicos e de modelos matemáticos de emise de biocombustíveis em maior escala do que a queima de sões atualizados, o IPCC – que é coordenado pelo Pnuma e combustíveis que liberem carbono de forma intensiva. Outra pela Organização Meteorológica Mundial – sustenta que as opção seria o emprego de tecnologias para o seqüestro de ações integradas entre países por maior eficiência energética carbono antes de sua liberação para a atmosfera. O estudo podem reduzir os efeitos sobre o clima do planeta sem adverte que fontes de energia renovável, como a solar e prejudicar os níveis de crescimento econômico e populacional. eólica, precisam de mais desenvolvimento tecnológico e No entanto, adverte o IPCC, se nenhuma ação de controcomercial. le for adotada, as emissões dos seis principais gasesSegundo o estudo, os governos precisam ter papel estufa cobertos pelo Protocolo de Kioto, como o dióxido de fundamental nessa questão, motivando o setor privado a carbono (CO2) e o metano, deverão crescer, por volta de investir em tecnologias limpas, com a introdução de meca2030, de 25% a 90% em relação aos níveis de 2000. nismos e incentivos ao mercado. Ao se adotar políticas mais fortes de controle, porém, os Mais informações do estudo do IPCC no site www.ipcc.ch. países poderiam reverter e, finalmente, estabilizar as emis-