Pnuma 121

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PNUMA

BRASIL PNUMA

www Visite .bra noss silpn o si uma te .org Nºº 121 .br OUT/NOV 2011

Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

Cidades dão prejuízo de 3% do PIB Estudo mostra que planejamento urbano mais inteligente alavancaria economia Plamena Ivanova/Arquivo Pnuma

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ados do relatório Economia Verde, lançado em agosto pelo Pnuma, indicam que os atuais modelos de desenvolvimento das cidades podem estar causando uma perda anual de mais de 3% do PIB das economias dos países, devido ao acúmulo de custos do bem-estar das populações. Para o Pnuma, o aprimoramento do planejamento e de um gerenciamento mais inteligente das cidades, tanto nos países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, poderia ter papel relevante no crescimento das economias, no incremento das melhorias sociais e na redução da pegada ecológica da humanidade. O relatório do Pnuma sustenta que o desempenho ambiental das cidades pode ser intensificado a partir de um efetivo planejamento urbano e de uma sólida governança. A estrutura física das cidades – que tem a ver com sua forma, tamanho, densidade populacional e configuração – deve ser desenhada e gerenciada no sentido de se limitar o consumo dos recursos e as emissões per capta de carbono. O que deve estar na ordem do dia dos planejadores urbanos, segundo os especialistas, são cidades mais compactas, com menores distâncias de transporte, maior densidade de prédios comerciais e residenciais verdes e investimentos em modelos de transporte público verde que levem

a uma maior eficiência energética e à redução da pegada ecológica das populações. Cidades como Buenos Aires e Dakar são dois exemplos de como os atuais modelos predatórios de desenvolvimento estão provocando uma redução dos PIBs nacionais de 3,4% ao ano. No caso da Cidade do México, esses custos podem estar debilitando sua economia em 2% do PIB. As menores perdas apontadas pelo Pnuma foram encontradas na União Europeia, mas mesmo assim seus países sofrem com queda média anual de 0,75% do PIB. Vida mais sustentável – No entanto, muitas cidades já vêm pavimentando caminhos para uma maior qualidade

de vida, como Copenhague, Oslo e Madri, na Europa, e Curitiba, Vancouver e Portland, nas Américas, ao adotar modelos de desenvolvimento urbano mais compacto, com áreas vizinhas adequadas para passeios de pedestres e transportes públicos verdes. Outros bons exemplos citados pelo relatório do Pnuma são cidades de grande densidade, como Hong Kong e Nova York, em que as facilidades residenciais, comerciais e de lazer estão próximas umas das outras, limitando-se assim as distâncias das viagens diárias, que têm como base eficientes e amplas redes de transporte público. As economias de custo mais significativas podem ser obtidas com a implantação de alternativas para a infraestrutura para automóveis, como sistemas mais eficientes de transporte público, pistas para pedestres e ciclovias, que implicam em importantes reduções dos gastos de combustíveis. Além disso, ressaltam os especialistas, uma eficiente rede de transporte público verde contribui para a criação de empregos. Em muitas cidades, os empregos no setor do transporte público representam de 1% a 2% do total das pessoas empregadas. O relatório Green Economy está disponível em www.unep.org/ greeneconomy.


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