I N S T I T U T O
PNUMA
BRASIL PNUMA
www Visite .bra noss silpn o si uma te .org Nºº 122 .br DEZ 2011/JAN 2012
Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Conferência de Durban: avanços e recuos P
Arquivo Pnuma
Para o Pnuma, resultado da COP17 preocupa, mas há chances de ações concretas ara uma reunião suas emissões de gaque caminhava para reses-estufa. Mas foi uma sultados pífios, o Pnuvitória diplomática que os Estados Unidos, Chima reconhece que imna e Índia – os maiores portantes avanços acaemissores de CO2 do baram ocorrendo ao fiplaneta – aceitassem, nal da Conferência das pela primeira vez, negoNações Unidas sobre ciar até 2015 metas comMudanças Climáticas pulsórias de redução. de Durban, na África do Além disso, pelo meSul, em dezembro. No entanto, o encontro deinos a União Europeia e xou, em aberto, sérios outras nações concordaram em estender o Proe urgentes desafios que Os países saberão agir de olho no futuro do planeta, tocolo de Kyoto além de precisam ser equacioabandonando suas conveniências políticas? 2012, desde que os gonados para que a temvernos – inclusive de países que são peratura da Terra não aumente mais do das emissões dos gases-estufa por grandes emissores, tanto desenvolvique 2º C até o final deste século. volta de 2050. dos quanto em desenvolvimento – conEm seu relatório sobre a COP17, o Mas aqui entra uma questão-chave cordem em negociar um novo tratado Pnuma lembra que o estudo Bridging não respondida pela conferência de legal com metas mais profundas de the Emissions Gap, lançado dias anDurban: o que foi decidido pelos paítes da conferência (ver pg. 2), enfatiza redução. ses vai ao encontro das ações urgenEmbora a Rússia, Japão e Canadá que as melhores avaliações científites demandadas pelos estudos cientítenham se desvinculado do Protocolo cas dão conta de que o pico das ficos? Ao analisar as decisões finais de Kyoto – que estabelece metas de emissões de gases-estufa tem que da COP17, o subsecretário-geral da redução até 2012 apenas para os paocorrer antes de 2020, para começaONU e diretor-executivo do Pnuma, íses ricos –, a continuidade do tratado rem a decrescer e, assim, evitar que o Achim Steiner, comentou: traz ganhos ambientais por manter planeta aqueça além de 2º C. Caso a “A grande questão que muitos vão vivos mecanismos legais de incentivo trajetória das emissões não seja reperguntar é como isso vai se traduzir a reduções no mundo, como o Mecavertida com urgência, o aumento da em reduções reais e quando? Qualnismo de Desenvolvimento Limpo. temperatura poderá ultrapassar 3,5º quer resposta que surja nos próximos C, o que seria catastrófico. Para o Pnuma, houve também promeses, Durban manteve a porta aberta gressos nos trabalhos para o estabelePara evitar esse desastre ambienpara que o mundo responda à mudancimento do Fundo Climático Verde, em tal, cientistas avaliam que, até 2020, ça climática tendo como base a ciênque os países desenvolvidos se comas emissões anuais precisam se escia e o senso comum, em vez de prometem a custear investimentos anutabilizar em 44 gigatoneladas de CO2 conveniências políticas.” ais de US$ 100 bilhões em projetos equivalente (medida de todos os gaPerdas e ganhos – Não foi firmado ecológicos em nações mais pobres. ses-estufa), para que comecem então qualquer acordo legal na COP17 em As negociações continuam abertas, a decair e haja chances de se alcanque os países se comprometessem mas sem prazo definido de conclusão. çar um corte pela metade dos níveis com metas concretas de redução de