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BRASIL PNUMA
www Visite .bra noss silpn o si uma te .org Nºº 127 .br OUT/NOV 2012
Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Biodiversidade: metas de 2020 ainda distantes Apesar de avanços, metade dos ecossistemas mais ricos continua desprotegida Fundos de apoio – Para se alcançar a meta de 2020, a 11ª Conferência das Partes da CBD decidiu, em 19 de outubro, que os países ricos irão dobrar os fundos de apoio a nações em desenvolvimento, fortalecendo ações para a redução das taxas de perda de sua biodiversidade. Algumas áreas – como os recifes de corais da costa brasileira – deverão receber atenção especial dos países. O relatório do Pnuma reconhece que, desde 1990, as áreas protegidas aumentaram 60% em número e quase 50% em termos de território. No entanto, alerta que os países estão promovendo progressos insuficientes para se alcançar as metas da CBD, devido a manejos precários, apoio financeiro insuficiente e falta de dados criteriosos sobre áreas protegidas. O estudo aponta então a necessidade de progressos mais intensos pela preservação da biodiversidade, incluindo mais investimentos em áreas protegidas. As áreas protegidas contêm cerca de 15% dos estoques de carbono do mundo e contribuem para o sustento de vida de mais de um bilhão de pessoas. No entanto, mesmo protegidas no papel, boa parte delas sofre problemas. Segundo o Pnuma, menos de 1/3 dessas áreas conta com planos de manejo. E mais: apenas 1/4 de todas as áreas tidas como protegidas teria realmente um manejo adequado, seguro. Dentre as ações prioritárias em busca das metas da CBD, o relatório recomenda o reforço do envolvimento das comunidades locais com as áreas protegidas, mais fundos para a sua proteção e o aperfeiçoamento das informações sobre essas áreas. O relatório do Pnuma está disponível em www.unep-wcmc.org/ppr2012_903.html. Arquivo Pnuma
M
esmo com o número crescente de reservas naturais, parques nacionais e outras áreas protegidas em vários países, metade das zonas mais ricas em biodiversidade do planeta continua totalmente desprotegida. Além disso, os investimentos em áreas protegidas é cerca de metade do necessário para defender espécies, proteger habitats ameaçados e obter os benefícios que esses ecossistemas poderiam render se tivessem um manejo sustentável. Atualmente, pouco mais de 12% das áreas terrestres do planeta são consideradas protegidas. No caso das águas oceânicas, a situação de preservação é pior: 1,6% dos oceanos se encontram protegidos, a maior parte em áreas de mares costeiros. Por tanto, são percentuais distantes das metas de áreas de proteção da biodiversidade a serem alcançadas até 2020. Há dois anos, a Convenção das Nações Unidas sobre Biodiversidade (CBD) estabeleceu que, por volta de 2020, pelo menos 17% das áreas terrestres e 10% das áreas marinhas deverão estar bem conservadas e monitoradas pelos países. Mas para se alcançar essas metas, será necessário o estabelecimento de mais 6 milhões de km2 de áreas protegidas em terra (duas vezes o tamanho da Argentina) e mais 8 milhões de km2 de áreas marinhas e costeiras (pouco maior que a dimensão da Austrália). Essas são conclusões do relatório Protected Planet Report 2012, sobre a situação das áreas protegidas no planeta. Produzido pelo Pnuma em parceria com a União Internacional para a Conservação da Natureza, o estudo foi divulgado na 11ª Conferência das Partes da CBD, realizada em Hyderabad (Índia).