Pnuma 128

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www Visite .bra noss silpn o si um a t e .org Nº 128 .br DEZ 2012/JAN 2013

Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

Conferência do Clima de Doha decepciona Arquivo Pnuma

Mas houve avanços como compromisso de acordo contra gases-estufa já em 2015

C

omo em encontros anteriores da ONU, a Conferência do Clima de Doha (COP18) foi encerrada, em dezembro passado, com pequenos avanços, mas ainda com resultados aquém das iniciativas urgentes que os países precisam tomar para reduzir suas emissões de gases-estufa e, assim, evitar que o aumento médio da temperatura da Terra, até o final deste século, não ultrapasse 2 graus Celsius. De qualquer forma, a esperança do estabelecimento de um acordo global continuou de pé a partir de duas decisões da conferência promovida no Qatar: o estabelecimento de um segundo período de vigência do Protocolo de Kyoto – de janeiro de 2013 a 2020 – e o compromisso para que seja aprovado em 2015 um acordo climático para entrar em vigor a partir de 2020, em que todos os países se comprometam com metas de redução de suas emissões. A porta das negociações não foi fechada, mas os negociadores dos países sabem que há muito trabalho pela frente – e urgente. Ao final do encontro, a secretária-executiva da COP18, Christiana Figueres, conclamou as nações a implementar rapidamente o que foi acordado para que o planeta não sofra com consequências imprevisíveis caso o aumento da temperatura ultrapasse os 2 graus.

Nesse sentido, foi importante os governantes concordarem em agilizar esforços para aprovar um acordo geral de reduções de emissões já em 2015. A resposta sobre a seriedade desse compromisso ficará mais clara em 2013, pois estão previstas inúmeras reuniões e workshops para se preparar o texto desse acordo climático. Espera-se que até o final de 2014 existam elementos delineados para que, antes de maio de 2015, possa ser estabelecido um rascunho de negociação para a aprovação final do texto do acordo. Protocolo de Kyoto – Único acordo climático legalmente vinculante até agora, em que países desenvolvidos se comprometem com metas de redução de suas emissões de gasesestufa, o Protocolo de Kyoto continua a existir – mas de forma enfraquecida,

ao reunir menos países. No entanto, o protocolo poderá servir de base para as discussões para o acordo mais abrangente a ser perseguido até 2015. Com a saída de países como o Japão, Rússia e Canadá – e tendo em vista que os Estados Unidos nunca participaram –, as nações ricas que permaneceram no Protocolo de Kyoto representam apenas 15% das emissões globais do planeta. Mas pelo menos países como da União Europeia se comprometeram a uma redução agregada total de 18% de suas emissões de gases de efeito estufa até 2020, em relação aos níveis de 1990. E mais uma vez, não ficou acordado como se dará o desembolso prometido desde a Conferência do Clima de Copenhague, em 2009, por parte dos países ricos, para o estabelecimento de um fundo verde para financiar nações em desenvolvimento ou mais pobres a adotar ações de mitigação do aquecimento global. No entanto, países como a Alemanha, Reino Unido, França e Dinamarca anunciaram em Doha compromissos de financiamentos após 2015 que somam cerca de US$ 6 bilhões. Pouco para as necessidades planetárias, mas pelo menos demonstra que existem países desenvolvidos já comprometidos com algum tipo de ajuda. Mais informações sobre a Conferência do Clima de Doha em www. unep.org.


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