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www Visite .bra noss silpn o si um a t e .org Nº 130 .br ABR/MAI 2013
Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
A cidade sustentável do futuro E
studo divulgado pelas Nações Unidas, em abril, mostra que investir em infraestruturas sustentáveis e em tecnologias eficientes nas cidades proporciona ótimas oportunidades de promoção de crescimento econômico aliado a taxas mais baixas de degradação ambiental, redução de pobreza, cortes na emissão de gases-estufa e melhora no bem-estar das pessoas. Cerca de 3/4 dos recursos naturais do planeta já são consumidos em cidades, e a proporção da população mundial vivendo em áreas urbanas deverá ser de 70% por volta de 2050. Ao mesmo tempo, as cidades em geral permitem um uso per capta mais baixo de recursos e de emissões de gases-estufa do que em áreas adjacentes. No entanto, o relatório City Level Decoupling: Urban Resource Flows and the Governance of Infrastructure Transitions – produzido pelo painel International Resource Panel (IRP), com apoio do Pnuma – revela que a promoção do desenvolvimento sustentável requer o abandono dos padrões ainda dominantes de crescimento econômico das cidades baseados no uso insustentável dos finitos recursos naturais. O estudo enfatiza a necessidade de um esforço muito maior para sustentar novas e aperfeiçoadas infraestruturas de abastecimento de água, energia, transporte, tratamento de lixo e de outros setores – em geral localizados dentro e na vizinhança de cidades.
Arquivo Pnuma
Crescimento urbano ecológico pode reduzir pobreza e elevar qualidade de vida Em um planeta ainda com 60% de áreas urbanas a serem edificadas até 2050, existem muitas oportunidades para a construção de cidades sustentáveis
Assim, deixando-se de lado padrões insustentáveis de consumo mundial, serão evitadas sérias implicações econômicas e ambientais para as futuras gerações. Edificações verdes– Segundo o IRP, ainda precisam ser construídos cerca de 60% do ambiente de edificações para se alcançar as necessidades da população urbana mundial por volta de 2050. O custo estimado para se alcançar a necessária infraestrutura urbana, no período de 2000 a 2030, é de US$ 40 trilhões – com a construção de novas instalações (em especial nos países em desenvolvimento) e a readequação ambiental das já existentes (em particular nos países desenvolvidos). Como ainda existe muita coisa por fazer, o relatório aponta a existência
de grandes oportunidades para se canalizar investimentos – sejam públicos ou privados – e estratégias em prol de infraestruturas sustentáveis que reduzam as emissões de carbono, aperfeiçoem recursos produtivos e evitem o uso intensivo de recursos típicos de estratégias ultrapassadas de planejamento urbano. O estudo apresenta 30 casos de iniciativas bem-sucedidas de construção de cidades do futuro baseadas no desenvolvimento sustentável, como o de Melbourne, na Austrália, onde houve uma redução de 40% de suas emissões de carbono a partir da introdução de medidas de eficiência energética em prédios públicos. O relatório City Level Decoupling: Urban Resource Flows and the Governance of Infrastructure Transitions está disponível em www.unep.org.