Pnuma 131

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BRASIL PNUMA PNUMA

www Visite .bra noss silpn o si um a t e .org Nº 131 .br JUN/JUL 2013

Informativo do Comitê Brasileiro do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

Energia renovável cresce em países pobres Nações em desenvolvimento já investem mais do que ricas em fontes sustentáveis Mas em 2012, foi registrada uma diferença curiosa: enquanto os US$ 132 bilhões investidos em 2012 pelas nações ricas representaram um volume 29% menor do que em 2011, os US$ 112 bilhões de investimentos nos países mais pobres foram 19% maiores do que os de 2011. O que se depreende de dois estudos divulgados pelo Pnuma sobre o tema – Global Trends in Renewable Energy Investment 2013 (//fs-unepcentre.org) e The REN21 Renewable 2013 Global Status Report (www. ren21.net/gsr) – é que os fluxos de investimentos em energias renováveis estão não apenas mudando geograficamente, mas se tornando parte vital da matriz de energia do mundo, estando presentes em cada aumento conjugado de plantas de geração de energia. Arquivo Pnuma

O

s investimentos anuais em fontes de energia renovável nos países em desenvolvimento quase empataram com os das nações desenvolvidas em 2012, alcançando US$ 112 bilhões. Nos países ricos, foram de US$ 132 bilhões. Uma mudança expressiva se comparada a 2007, quando as economias desenvolvidas investiram 250% a mais – excluindo-se as grandes plantas de energia hídrica – do que as dos países em desenvolvimento. No entanto, mesmo com uma redução de 30% a 40% dos preços da energia solar – um fator de mercado positivo –, a crise econômica nos Estados Unidos e na União Europeia provocou uma diminuição geral dos negócios no setor. Assim, pela segunda vez desde 2006, o volume de investimentos em renováveis em determinado ano foi menor (12%) em relação ao ano anterior.

Maior suprimento energético – Apesar do menor volume de negócios no setor, a capacidade total de suprimento de energias renováveis superaram 1.470 GW em 2012 – mais de 8,5% em relação a 2011. A energia eólica contabilizou 39% da capacidade adicionada à matriz de renováveis em 2012, seguida pelas fontes hídricas (26%) e solar fotovoltaica (26%). Ao alcançar o marco de 100 GW, os painéis solares fotovoltaicos ultrapassaram os biocombustíveis. Das 138 nações que possuem metas ou políticas de instalação de fontes de energias renováveis, 2/3 são economias em desenvolvimento. A grande líder é a China, que em 2012, em relação a 2011, assistiu a um aumento de 22% em seus investimentos, alcançando US$ 67 bilhões; em especial devido aos investimentos em solar. Houve também aumento acentuado na África do Sul, Marrocos, México, Chile e Quênia. O Oriente Médio e a África apresentaram o maior aumento regional (228%), alcançando US$ 12 bilhões em 2012. Enquanto isso, nos Estados Unidos, mercado líder em 2011, os investimentos caíram 34% em 2012, somando US$ 36 bilhões – muito devido a incertezas em relação à política governamental para o setor. Os especialistas estimam que, em 2012, o setor de renováveis empregou, direta ou indiretamente, 5,5 milhões de pessoas – a maior parte, porém, ainda concentrada em um número relativo de países como o Brasil, China, Índia, Estados Unidos e nações da União Europeia. Mais informações em www.unep.org. Em 2012, a energia eólica liderou os investimentos com 39% da capacidade adicionada à matriz de renováveis


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