2.1.3 O projeto para estabelecimentos de saúde
O hospital possui um dos programas mais complexos a ser atendido pela composição arquitetônica. É uma tipologia onde interagem diversas relações de atuação profissional, no atendimento médico e nos serviços complementares, com outras relações de características industriais, como lavanderia, serviço de nutrição e de transportes (GÓES, 2004). O projeto de arquitetura de estabelecimentos de saúde deve levar em consideração seus aspectos geográficos, urbanos, ambientais, epidemiológicos e sociais, além das características próprias sobre a complexidade da tipologia a ser desenvolvida. Assim como as questões ambientais e climáticas, a implementação de um serviço de saúde em determinada localização implica também no estudo de questões sociais, demográficas e físicas (CARVALHO, 2014). Por isso, é imprescindível a participação de profissionais de áreas variadas no planejamento do estabelecimento, que ajudam também na elaboração de projetos complementares, como o estrutural, o de instalações, o paisagístico e o de comunicação visual (CARVALHO, 2014). Existem, para o projeto de arquitetura de estabelecimentos assistenciais de saúde, três pontos importantes a serem atendidos: a funcionalidade, a flexibilidade e a expansibilidade. A funcionalidade se relaciona com as atividades que serão realizadas no espaço, devendo atender a todos os tipos de trabalho e serviço que se estabelecem ali. A flexibilidade se mostra importante pelo dinamismo desse tipo de edificação, que precisa acompanhar as evoluções tecnológicas e científicas da área. Por isso, a facilidade de flexibilização de uso é ideal para a adaptação frente às constantes mudanças, o que se relaciona também com a expansibilidade, que
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