Eliana Barretto e Silva Santos
container
Uma nova concepção em abrigos
São Paulo 2019
Edição 1 - Maio 2019 Centro universitário Senac - Campus Santo Amaro Diagramação: Barbara Decnop Coelho
Eliana Barretto e Silva Santos
Container: Uma nova concepção em abrigos
Trabalho de conclusão de curso Apresentado ao Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.
Orientador: Ricardo Wagner Alves Martins
São Paulo 2019
Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Barretto, Eliana Container,uma nova concepção em abrigos / Eliana Barretto - São Paulo (SP), 2019. 70 f.: il. color. Orientador(a): Ricardo Wagner Alves Martins Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Eliana Barreto e Silva Santos) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2019. Arquitetura e Urbanismo I. Martins, Ricardo Wagner Alves (Orient.) II. Título
Eliana Barretto e Silva Santos
Container: Uma nova concepção em abrigos Trabalho de conclusão de curso Apresentado ao Centro Universitário Senac - Santo Amaro como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.
Orientador: Profº Ricardo Wagner Alves Martins
A banca examinadora dos Trabalhos de Conclusão, em sessão pública realizada em
1) Examinador(a) 2) Examinador(a) 3) Presidente
/
/
, considerou a candidata: Eliana Barreto e Silva Santos
À Deus, acima de tudo, que me deu força nas horas mais difíceis nesse trajeto. À minha amada família que sofreu com minha ausência durante dias e noites intermináveis. Aos meus queridos Pets, que ficaram ao meu lado, sempre. Às pessoas cоm quem convivi nesses espaços ао longo desses anos e acreditaram e ajudaram no meu desempenho acadêmico. À experiência dе υmа produção compartilhada, nа comunhão cоm amigos nesses espaços foram а melhor experiência dа minha formação acadêmica.
AGRADECIMENTOS Em especial ao meu orientador, Prof. Ricardo Wagner, pela eterna orientação, seu grande desprendimento em ajudar-nos a qualquer momento e amizade sincera.” Aos amigos de grupo ,em especial a Angela pelo incentivo e grande ajuda na confecção e realização deste trabalho. Aos professores do Centro Universitário Senac que me ensinaram e transmitiram todo seu conhecimento no decorrer da graduação.
“A verdadeira viagem de descobrimento nĂŁo consiste em procurar novas paisagens, mas em ter novos olhosâ€?. Marcel Proust
MORADORES DE RUA Já faz muito tempo,
Tentei um dia me mudar,
Que a rua é a minha casa.
Para buscar melhor condição.
Tem dias que como muito.
Mais que engano da minha cabeça,
Tem dias que como nada.
Fiquem sem abrigo, sem teto e sem chão.
Minha vida não é triste,
Se vê alguém na rua,
Triste é a minha situação. Há dias que sou agredido, E demonstro indignação. Nunca quis morar na rua, Mais a vida obrigou. Autor: Lupercinio Lima Imagem: Paula Lario
Tinha sonho como qualquer pessoa, Mais um dia fracassou.
Não despreze, por favor! Somos pessoas humildes. Que a oportunidade acabou. Você quer um futuro justo, E estudar para ser doutor. Mais lembre dos que moram na rua, E se puder, nos ajude. Por favor!
Resumo
Este trabalho visa mostrar uma problemática atual das grandes cidades, as pessoas em situação de rua, e fornecer solução urbana através uma arquitetura sustentável. Reflexos do intenso processo de exclusão social , em decorrência da ocupação do solo urbano estar baseada na lógica capitalista de apropriação privada do espaço mediante o pagamento do valor da terra, essa população não dispõe de renda suficiente para conseguir espaços adequados para a habitação e, sem alternativas, utiliza as ruas da cidade como moradia. Sendo necessário ações para proporcionar reintegração, inclusão social e direito a integridade humana para pessoas em estado de vulnerabilidade social. Como dispositivo para amenizar esta situação, deve-se projetar espaços públicos para acolhimento e apoio social para essa população, dispondo de projetos com recursos de baixo custo de investimentos, que supra o grande déficit de vagas em dormitórios nos centros de acolhimento das grandes cidades. Palavras-chave: Arquitetura bioclimática; Projeto sustentável; moradores de rua; alojamento; container.
ABSTRACT
This work aims to show a current problematic of large cities, people in street situation, and provide urban solution through a sustainable architecture. Reflections of the intense process of social exclusion as a result of the occupation of the urban land is based on the capitalist logic of private appropriation of space by paying the land value, as this population does not have sufficient income to provide adequate spaces for housing and, without alternatives, uses the streets of the city as housing. Actions are needed to provide reintegration, social inclusion and the right to humane treatment for people in a state of social vulnerability. As a means to alleviate this situation, public spaces should be designed for the reception and social support of this population, with low-cost investment projects, which would provide a large deficit of dormitories in shelters in large cities. Keywords: Bioclimatic architecture; Sustainable design; street dwellers; accommodation; container.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figuras Figura 1 - Morador de Rua. 2011 - São Paulo...................................30 Figura 2 - Moradores de Rua. 2015 - São Paulo...............................30 Figura 3 - CTA Santo Amaro..............................................................41 Figura 4 - Centro de Acolhimento Temporário PRATES....................41 Figura 5 - Recorte de Mapa CTAS ....................................................41 Figura 6 - Container 20ft (6,10m) ......................................................46 Figura 7 - Container 40ft (12,19m)................ ....................................46 Figura 8 - Vila Habitacional............... ................................................52 Figura 9 - Vista Interna Apto .............................................................52 Figura 10 - Obra Em Execução..........................................................52 Figura 11 - Implantação......................................................................52 Figura 12 - Fachada............... ...........................................................53 Figura 13 - Sistema de Empilhamento...............................................53 Figura 14 - Corte................................................................................53 Figura 15 - Perspectiva).....................................................................53 Figura 16 - Fachada)..........................................................................54 Figura 17 - Implantação.....................................................................54
Figura 18 - Cortes..................................54 Figura 19 -Vista Lateral .........................54 Figura 20 - Materialidade...................... 54 Figura 21 -Fachada................................55 Figura 22 - Modelo.............................. ..55 Figura 23 - Planta Térreo ......................56 Figura 24 - Planta Superior ............... ...56 Figura 25 - Croquis ...............................56 Figura 26 - Corte .............................. ....56 Figura 27 - Telha Termo Acústica...........56 Figura 28 - Tratamento Térmico ...........56 Figura 29 - Fachada .............................57 Figura 30 - Foto Ilustrativa ....................57 Figura 31 - Planta Telhado ....................58 Figura 32 - Telhado Verde .....................58 Figura 33 - Passarela Metálica .............58 Figura 34 - Áreas Comuns Cobertas ....58 Figura 35 - Planta Passarelas .............. 58 Figura 36 - Cortes .................................58 Figura 37 e 38 - Mapas do Brasil ..........64 Figura 39 - Desenho Esquemático ........65 Figura 40 - Recorte Mapa .....................66 Figura 41 - Recorte de Mapa.............. ..67
Figura 42 - Terreno Ampliado............ ........................67 Figura 43 - Vista Frontal............ ...............................68 Figura 44 - Vista Aérea .............................................68 Figura 45 - Vista Interna ...........................................68 Figura 46 - Vista Interna............................................68 Figura 47 - Vista da Praça da República...................68 Figura 48; 49; 50 - Ensaios Volumétricos .................69 Figura 51 - Setorização..............................................69 Figura 52 - Volumetria do Projeto..............................69 Figura 53 e 54 - Vidros Duplos..................................76 Figura 55; 56; 57 - Isolamento Termo Acústicas...................................................................77
Figura 43 – Desenho esquemático: construção eficiente............................28 Figura 44 – .Implantação projeto..................................................................29 Figura 45 – Volumetria................................................................................29
Gráficos Gráfico 1 – Perfil da população de rua........................................................32 Gráfico 2 – Trabalho dos moradores de rua................................................33
Tabelas Tabela 1 – Distribuição espacial .................................................................31 Tabela 2 – Censo pessoas acolhidas..........................................................32 Tabela 3 – Idade média e máxima dos moradores de rua... .....................31 Tabela 4 – Faixa etária ..............................................................................32
SUMÁRIO 1 Introdução ............................................................. .....25 1.1 Objetivo .................................................................27 1.2 Justificativa ............................................................27 1.3 Metodologia ...........................................................29 Moradores de rua 2 Moradores de rua .........................................................30
7 Estudos de caso ..........................................................55
2.1 Perfil da população .................................................31
8 Concepção De Projeto ................................................59
2.2 Soluções encontradas pelos moradores de rua .....34
9 Normas Técnicas Aplicadas .......................................27
3 Politicas públicas ..........................................................37
10 Zona Bioclimática.......................................................64
3.1 Plano de metas São Paulo ....................................38
11 Arquitetura Ecoeficiente..............................................65
4 Abrigos e casas de acolhimento ...................................40
12 Levantamento de dados.............................................66
4.1 Panorama atual .....................................................41
13 Área de implantação e entorno...................................67
Containers 5 Containers ....................................................................45
14 Estudo volumétrico e setorização...............................69 Projeto
5.1 Dimensões e uso ...................................................46 5.2 Investigação estrutural.............................................47
15 Projeto.........................................................................73
5.3 Vantagens e desvantagens......................................48 5.4 Tratamento termoacústico........................................50
16 Considerações finais .............................................103
6 Referências de projeto ..................................................52
17 Referências bibliográficas .....................................104
1. INTRODUÇÃO
O tema desenvolvido é de cunho social ,levando como norteador, afinidade pessoal pelo contexto urbano, as causas humanitárias. O desinteresse do Estado influencia diretamente no comportamento da sociedade, haja vista que os moradores de rua são tratados, ora com compaixão, ora com repressão, preconceito, indiferença e violência. Nesse sentido, devem ser desenvolvidas políticas que atuem na causa do problema, não somente em serviços de distribuição de alimentos e outros objetos, proporcionando dignidade para todos os habitantes, mas executando projetos de interesse social , para amenizar e garantir dignidade a essa população. Apesar da realização de alguns programas sociais, poucas políticas públicas são desenvolvidas para solucionar esse problema. As Organizações Não Governamentais (ONGs) e as Instituições Religiosas se destacam nos serviços de amparo a essas pessoas, atuando na distribuição de alimentos, roupas e cobertores. Outro trabalho de assistência são os abrigos temporários e os albergues que, de um modo geral, são considerados insuficientes para suprir a demanda dessa população, sendo necessário criar novas alternativas construtivas para redução dessa carência de equipamentos de acolhimento nas grandes cidades brasileiras.
25
1.1 OBJETIVO Projetar espaço público com o uso de containers, para acolhimento dos moradores de rua, viabilizando a obra com baixo custo, baixo impacto ambiental, fácil e rápida implantação, material reciclável e sustentável. Tornando o projeto atraente para futuras parcerias com Ongs, Instituições Religiosas e Setor privado.
1.2 JUSTIFICATIVA O crescimento incontrolável das pessoas em situação de rua em São Paulo é uma situação problemática, tanto no setor social ,como na qualidade de vida urbana, pois atualmente existe um grande déficit de vagas para acolhimento para essas pessoas em estado de vulnerabilidade. É imensa a necessidade de criar soluções para amenizar essa problemática nas grandes cidades e garantir o direito a moradia, reintegração e dignidade humana, para esse público tão excluído e marginalizado pela sociedade. Devida a extrema urgência de criar vagas para o acolhimento , o uso do container torna-se uma solução rápida e viável para este fim. 27
1.3 METODOLOGIA
Foi aplicado para desenvolvimento do projeto, métodos qualitativos e quantitativos, para criar repertório teórico, técnico, funcional e estético. Esse processo foi subdividido nas seguintes etapas : Etapa 1: Leitura de livros , artigos científicos,
pesquisas, dissertações e teses.
Etapa 2: Referências de projeto e Estudos de caso Etapa 3: Escolha da área de projeto e levantamento de dados Etapa 4: Proposta
29
2 MORADORES DE RUA O processo de exclusão social vem agravando as desigualdades sociais, e morar nas ruas é condição que se impõe aos indivíduos por múltiplos fatores, mas destaca-se o associado à ruptura de vínculos familiares. Esses indivíduos em número relevante que se encontram em situação precária são excluídos de bens necessários para a sobrevivência, formando uma camada de exclusão, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 2 milhões de brasileiros vivem em situações de rua, e segundo a Organização das Nações Unidas, Figura 1 - morador de rua, 2011, São Paulo Autor: Augusto Jose
existem cerca de 100 milhões e em todo o mundo, em São Paulo estima se cerca de 25 mil pessoas nessa situação. Nesse contexto, a ruptura e a chegada na rua são as últimas fases do processo de desqualificação, sendo acarretado pela acumulação de deficiências e fracassos, causando ausência de perspectivas e o sentimento de inutilidade diante do mundo, perdendo a sua noção de “futuro” em qualquer modo de vida integrado a sociedade, e por fim perdendo o sentido da vida, e infelizmente, quando ocorre essa ultima etapa de exclusão, muitos acabam procurando compensar para suas dificuldades nas dependências e vícios.
Figura 2 - moradores de rua,2015,São Paulo Autor: Carlos Pacheco
30
2.1 PERFIL DA POPULAÇÃO
Tabela 2 - Censo pessoas acolhidas,2015 Fonte: Fipe/Censo/Prefeitura de São Paulo
Tabela 1 - Distribuição espacial, 2015
Fonte: Fipe/Censo/Prefeitura de São Paulo Tabela 3 - Idade média e máxima moradores de rua,2015 Fonte: Fiipe/Censo/Prefeitura de São Paulo
31
2.1 PERFIL DA POPULAÇÃO
Gráfico 1 - Trabalho dos moradores de rua Fontes: Ministério do Desenvolvimento Social, Censo/Fipe /USP 2015
Locais de permanência: ruas, sob marquises, praças, embaixo de pontes e viadutos e espaços degradados da cidade.
32
Tabela 4 - Faixa etária Fonte: Censo/Fipe/2015/Prefeitura de São Paulo
2.1 PERFIL DA POPULAÇÃO
GÊ N E R O
R AÇ A
27
RENDA
3
3
4,8
15
20,7
70
73,8 28,5
71,5
82
PERFIL DA POPULAÇÃO
PR O C E D Ê N C I A Paulistanos Paulistanoss
Poss Sexo masc. Sexo fem. Sexo indefinido
Negros, Amarelos Pardos e indígenas
Fazem bicos
Brancos
Pedem esmolas
Tem emprego
Outros estados Imigrantes
Gráfico 2 -
Perfil da população de rua Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social , Censo/ Fipe/USP 2015
33
2.2 SOLUÇÕES ENCONTRADAS PELOS MORADORES DE RUA
3 POLÍTICAS PÚBLICAS: LEGISLAÇÃO NACIONAL
A legislação nacional decreta com a promulgação do Decreto 7053/23 de
acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória. São princípios da política
Dezembro de 2009, entre os artigos 1º e
nacional para a população em situação de rua, além de igualdade e equidade, o respeito a
15 que fica instituída a política nacional
dignidade da pessoa humana, o direito a convivência familiar e comunitária, valorização e
para a população em situação de rua,
respeito a vida e a cidadania, o atendimento humanizado e universalizado e o respeito as
a ser implementada de acordo com os
condições sociais e diferenças de origem, raça, idade, nacionalidade, gênero, orientação
princípios, diretriz e objetiva. Considera-
sexual e religiosa, com atenção especial as pessoas com deficiência.
se população em situação de rua o grupo
São objetivos da política nacional para a população em situação de rua assegurar o acesso
populacional heterogêneo que possui em
amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as politicas publicas
comum a pobreza extrema, os vínculos
de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura, esporte,
familiares interrompidos ou fragilizados e
lazer, trabalho e renda; a garantir a formação e capacitação permanente de profissionais
a inexistência de moradia convencional
e gestores para atuação no desenvolvimento de politicas inter setoriais, transversais e
regular, e que utiliza os logradouros públicos
intergovernamentais direcionadas as pessoas em situação de rua; instituir a contagem oficial
e as áreas degradadas como espaço de
da população em situação de rua; produzir, sistematizar e disseminar dados indicadores
moradia e de sustento, de forma temporária
sociais, econômicos e culturais sobre a rede existente de cobertura de serviços públicos a
ou permanente, bem como as unidades de
população em situação de rua.
37
3.1 PLANO DE METAS DA PREFEITURA DE SÃO PAULO
Dentro do Plano de metas do Planeja São Paulo 2017-2020, estas metas estão diretamente direcionadas para as pessoas em situação de rua. Meta 6: Criar 2.000 novas vagas para atendimento humanizado em saúde
9.3 Capacitar equipes das empresas
e assistência social especificamente para pessoas em situação de uso
receptoras dos trabalhadores oriundos da
abusivo de álcool e outras drogas.
situação de rua para adequada recepção a
Meta 9: Assegurar acolhimento para, no mínimo, 90% da população em
este público.
situação de rua.
9.4 Acompanhar junto aos setores de
Meta 38: Gerar oportunidades de inclusão produtiva, por meio das
Recursos Humanos das empresas a
ações de qualificação profissional, intermediação de mão de obra e
situação dos cidadãos encaminhados.
empreendedorismo, para 70 mil pessoas que vivem em situação de
9.5 Estabelecer parceria para a inserção de
pobreza, especialmente para a população em situação de rua.
pessoas em situação de rua em negócios
9.1 Articular 35.000 vagas em empresas para recepção de trabalhadores
sociais vinculados à agricultura orgânica
oriundos da situação de rua.
urbana.
9.2 Capacitar 35.000 cidadãos em situação de rua em diferentes áreas formação humana, comportamental, financeira e técnica para a inserção no mundo do trabalho. 38
3.1 PLANO DE METAS DA PREFEITURA DE SÃO PAULO
9.6 Firmar parceria com Poupatempo para emissão facilitada de documentos. 9.7 Firmar parceria com Receita Federal para emissão facilitada de documentos. 9.8 Firmar parceria com Exército Brasileiro para emissão facilitada de documentos. 9.9 Firmar parceria com Defensoria Pública para emissão facilitada de documentos. 9.10 Estabelecer protocolo sócio assistencial e de fluxo de reinserção social voltado especificamente para o público em situação de uso abusivo de álcool e outras drogas.
39
4 ABRIGOS E CASAS DE ACOLHIMENTO EM SÃO PAULO
Caracterização do serviço: Acolhimento provisório para pernoite em
Modalidades:
espaço com estrutura para acolher com
1. Centro de Acolhida para Adultos I por 16 horas
privacidade pessoas adultas em situação de
2. Centro de Acolhida para Adultos II por 24 horas
rua, a partir dos 18 anos, ou grupo familiar,
3. Centro de Acolhida Especial
com ou sem crianças, respeitando o perfil
3.1 Centro de Acolhida Especial para Idosos
do usuário, bem como sua orientação
3.2 Centro de Acolhida Especial para Mulheres
sexual.
3.3 Centro de Acolhida Especial para Pessoas em Período de Convalescença que necessitem
Usuários: Pessoas em situação de rua,
de cuidados de saúde após alta hospitalar, no aguardo da alta médica, na ausência de apoio
de ambos os sexos, acima de 18 anos,
familiar
acompanhados ou não de filhos.
3.4 Centro de Acolhida Especial para Famílias
Objetivo: Acolher e garantir proteção
Funcionamento: De domingo a domingo das 16 às 8h ou por 24 horas.
integral às pessoas em situação de rua,
Forma de acesso ao serviço: Por encaminhamentos dos CRAS, CREAS, Centros POP, outros
contribuindo para a reinserção social.
serviços sócio assistenciais, demais políticas públicas e órgãos do Sistema de Garantia de
Abrangência: Regional
Direitos. Unidade: Em espaços/ locais (cedidos, próprios ou locados), administrados por organizações sem fins lucrativos.
40
4.1 PANORAMA ATUAL SÃO PAULO
85 casas de acolhimento + 07 CTAs : total de 12 mil vagas 9 Espaços de convivência 1 Bagageiro Déficit : 13 mil vagas
Figura 3 - CTA Santo Amaro
Figura 4 - Centro temporário de acolhimento Prates
Figura 5 - Recorte de mapa CTAS na região República, São Paulo Fonte: Google Maps,11/2018
41
CONTAINERS: uma nova solução para a falta de vagas de acolhimento em São Paulo
“A maioria das pessoas não gostam de novas ideias até que sejam testadas e validadas por outras pessoas.” Gustavo Canova
43
5 CONTAINERS Criados por volta de 1937, pelo norte-americano Malcolm Purcell McLean (1913-2001), os containers eram, inicialmente, grandes caixas de aço destinadas à melhoria do sistema de transporte de fardos de algodão no porto de Nova York. Com o tempo, os métodos de trabalho foram aprimorados e a empresa passou a atender também os setores fluvial e ferroviário. Atualmente, cerca de 90% das mercadorias em todo o mundo são transportadas por meio de containers, devido à resistência do material, à mobilidade e adaptação conforme a carga e à forma modular, padronizado mundialmente. Devido
à
quantidade
excedente
de
containers
descartados e inutilizados e a necessidade de se utilizar materiais sustentáveis, com menor custo efetivo na construção civil, passou-se a difundir a ideia de construção fazendo-se uso destes recipientes, a partir dos anos noventa. Nesse sentido, estima-se que 90%
do movimento de mercadorias do mundo utilizam containers; oque equivale a cerca de 5000 containers utilizados a cada ano . A indústria da construção civil consome 50% dos recursos mundiais, convertendo-se em uma das atividades menos sustentáveis do planeta. No entanto, nossa vida cotidiana desenvolve-se em ambientes edificados: vivemos em casas, viajamos sobre estradas, trabalhamos em escritórios e nos sociabilizamos em bares e restaurantes. A civilização contemporânea depende de edificações para seu resguardo e sua existência, mas nosso planeta não é capaz de ser mudado nesse aspecto e os arquitetos e designers têm uma grande responsabilidade nesse processo. Visando, principalmente, reduzir impactos ambientais, a arquitetura voltou-se
para
a
reutilização
de
materiais
descartados.
O
container, composto de metais não biodegradáveis, tem vida útil de aproximadamente 10 anos, após este período é descartado, gerando lixo nas cidades portuárias. 45
5.1 DIMENSÕES E USO
Regras para reutilização do material: 2,89 Substituição do piso quando necessário, devido a contaminação por pesticidas. Jatear o aço do container com um abrasivo.
6,06
Repintar com tinta não tóxica para evitar as contaminações dos futuros
2,43
habitantes.
Figura 6- Container 20 pés
Possível empilhar até nove containers. Isolamento térmico acústico e a proteção anti chamas nas paredes internas, assim 2,89 12,19
como no teto que pode receber isopor aparente para
isolamento acústico, para proporcionar conforto ambiental. Para contêineres de 20 pés, a carga máxima é de 4,5 toneladas por metro linear e de 3 toneladas por metro linear para os contêineres de 40 pés.
2,43 Figura 7 - Container 40 pés
46
Pintura de oxidação, que irá evitar a corrosão. Espaços vazios devem ser preenchidos com espuma de poliuretano após a soldagem para evitar riscos de infiltração.
5.2 INVESTIGAÇÃO ESTRUTURAL
Por conferirem um formato prismático, os contêineres marítimos possuem suas 6 faces estruturadas em quadros enrijecidos compostos por perfis metálicos e chapas de seção trapezoidal (SILVA, 2010). Estas faces são denominadas de acordo com suas posições no conjunto. Sendo assim, temos duas faces laterais, a face frontal, a face da porta, a face inferior e por último a face superior. Nota-se que cada face é denominada como um conjunto estrutural e é constituída por um conjunto de elementos estruturais. Diagrama estrutural Fonte: metalica
47
5.2 Vantagens e Desvantagens
Segundo Aguirre et al (2008), devido ao déficit habitacional, a crescente preocupação com problemas e catástrofes ambientais recentes provocados pelo ser humano, bem como o consumo desenfreado de recursos naturais não renováveis na construção civil, cada indivíduo, sobretudo aqueles que participam da cadeia produtiva da construção civil deve conscientizar-se para conservação do meio ambiente adotando medidas sustentáveis simples e baratas. Segundo Smith (2010), existem por volta de 700.000 contêineres abandonados nos portos norte americanos e aproximadamente 125.000 nos portos britânicos. No Tabela 4: Vantagens e desvantagens elaborada por Metálica.com.br
48
Brasil, estimasse que existam aproximadamente 5.000 contêineres abandonados devido à insuficiência logística
5.2 Vantagens e Desvantagens
brasileira (BRASIL COMEX, 2016). Conforme relatado por Pinho (2008), existe um paradigma que considera a construção metálica mais onerosa em comparação à sistemas estruturais que utilizam outros materiais. Na verdade, esta perspectiva encontra-se em grande parte equivocada, visto que é feita somente uma análise dos custos diretos, ou seja, especificamente aos materiais, não considerando as vantagens dos custos indiretos inerentes ao processo de industrialização da construção metálica. Particularmente para as construções feitas com contêineres marítimos, tem-se uma redução em torno de 35% em relação ao custo final da obra. E a execução da obra, consome 20% do tempo, se comparada ao sistema convencional executado no Brasil, que são edificações com estrutura em concreto armado com alvenaria de vedação como fechamento.
49
Tratamento termoacústico: Lã de Rocha
Apresentando-se em forma de placa ou manta, a lã de rocha provém de fibras minerais de rocha vulcânica. Além de não reter água, uma vez que possui uma estrutura não capilar, as alterações perante eventuais condensações são nulas.A somar aos excelentes níveis de isolamento térmico e acústico, a lã de rocha é um material incombustível, inócuo e perene. Produto fabricado a partir de rochas basálticas especiais e outros minerais. Aquecidos à cerca de 1500°C são transformados em filamentos que, aglomerados com soluções de resinas orgânicas, permitem a fabricação de produtos leves e flexíveis até muito rígidos, dependendo do grau de compactação. Fabricada em todo o mundo, a lã de rocha devido a suas características termoacústicas atende os mercados da construção civil, industrial e automotivo entre outros. Garante conforto ambiental, segurança e aumento no rendimento de equipamentos industriais, gera economia de energia com aumento de produtividade.
50
Características: Incombustibilidade;
Físicas Acústicas
Resistência ao fogo; Segurança;
Resiliência: Recupera a espessura original,
Proteção pessoal;
após a retirada da força que causou a
Graças à sua estrutura fibrosa, possui
Favorável custo/benefício;
deformação.
elevados índices de absorção acústica, tornando possível a sua utilização na
Absorção acústica. Propriedades
Resistência à água: A lã de rocha basáltica é
redução do ruído na fonte, através de
repelente à água na forma líquida devido aos
tratamento acústico do ambiente, ou
aditivos adicionados ao produto.
como auxiliar na redução na transmissão de som entre ambientes.
Facilidade de manuseio; Boa resiliência;
Segurança para o Usuário Comportamento ao fogo
Resistentes a vibrações; Não higroscópicos;
A Lã de Rocha foi classificada no Grupo
Imputrescíveis e quimicamente neutros.
3 (Material não Cancerígeno), segundo
A lã de rocha, independente da densidade,
Térmicas
relatório da IARC (International Agency for
é incombustível, o que assegura total
Reduzem o fluxo (ou troca) de calor entre
Research on Cancer). A IARC, sediada em
tranquilidade durante a montagem e após
a superfície interna e externa isolada,
Lyon (França), é um órgão pertencente à
sua aplicação, e principalmente em seu
devido à sua baixa condutividade térmica.
Organização Mundial da Saúde da ONU.
armazenamento. 51
6 REFERÊNCIAS DE PROJETO
PROJETO HUMANITÁRIO:
HABITAÇÃO
TEMPORÁRIA Figura 10 - Obra em execução
Figura 8 - Vila habitacional
Arquiteto: Shigueru Ban Habitação temporária no Japão (2011) para 500 pessoas Diferenciais de projeto: Construção rápida usando container, baixo custo e fácil Figura 09 - Vista interna apto Fonte: http://www.shigerubanarchitects.com
Figura 11 - Implantação
52
implantação em terrenos planos.
PROJETO FAVELA MUNBAI Projeto vencedor de concurso público Arquitetos: GA Design Consultants Local: Dharavi / Mumbai/2015 Figura 15 - Perspectiva
Diferenciais de projeto: Conceito de arquitetura
sustentável,
um
edifício
em grande altura feito de containers reciclados para atender às necessidades de habitação para a população da favela. Foi gerado através da configuração alternada entre os containers, vãos para circulação e espaços de lazer entre os blocos. Projeto não executado .
Figura 14 - Corte
Figura 12 - Fachada
Figura 13 Sistema de empilhamento
53
PROJETO ALOJAMENTO ESTUDANTIL Cattani Architects: A cidade universitária em Le Havre, na França(2010). Diferenciais: O alojamento é composto por 100 apartamentos, feitos todos
Figura 19 - Vista Lateral
de containers velhos e abandonados. O conforto, foi o ponto principal a ser observado pela equipe. A ideia era evitar que os alunos se sentissem
em uma
caixa. Por isso o projeto precisou reunir Figura 16 - Fachada Figura 20 - Materialidade: Vidro + Containers
54
leveza e transparência, fugindo da solidez natural que um container proporciona.
Figura 18 - Cortes Figura 17 - Implantação
7 ESTUDOS DE CASO Figura 23 - Perspectivas
PROJETO 1: CASA CONTAINER (Granja Viana) Arquitetura: Container Box Localização: Cotia, Brasil Autor: Danilo Corbas Área: 196.0 m2
Figura 21- Modelo Fonte: Archdaily Fotos: Plinio Dondon
Ano do projeto: 2011 Fotografias: Plinio Dondon Fabricantes: Cosentino, LafargeHolcim, Sherwin-Williams, Roca, Trisoft Telhas térmicas: tipo sanduíche de poliuretano. Eficiência energética: uso de iluminação com Leds. Uso de lã de PET, isolante térmico
Figura 20- Fachada
Diferenciais do projeto: Reutilização de materiais para estrutura da casa: contêineres marítimos em desuso. Economia na fundação e redução no uso de materiais. sapatas isoladas, pequenas e rasas, e sem uso de armação ou ferragens. Reuso de água da chuva. Ventilação cruzada nos ambientes. Telhado verde. Parte da cobertura terá vegetação para auxiliar no isolamento térmico do contêiner. 55
Plantas (Projeto 1)
Figura 26 - Telha termoacústica
Figura 22 - Planta térreo
Figura 24 - Croquis
Figura 25 - Corte
56
Figura 23 - Planta superior
Figura 27 - Tratamento térmico Fonte: Archdaily Fotos: Plinio Dondon
PROJETO 2 : VILA BUTANTAN Diferenciais do projeto: Material: containers marítimos reciclados e eucalipto tratado Sistema de agrupamento Telhado verde Outros materiais recicláveis: caçambas,
Figura 28 - Fachada
pneus, asa de avião e tambores de combustível Áreas de convivência abertas Sistema de reuso
Figura 29 - Foto ilustrativa projeto Fonte: Todescan e Siciliano Arquitetura Fotos: Revista Veja
57
Figura 30 - Planta telhado verde e Layout
Plantas e vistas (Projeto 2)
Fonte:Todescan e Siciliano Arquitetura Fotos: Revista Veja
Figura 34 - Planta passarelas Figura 31 - Telhado verde
58
Figura 32 - Passarela metĂĄlica
Figura 33 - Ă reas comuns abertas
Figura 35 - Cortes
8 CONCEPÇÃO DE PROJETO
Pensando na qualidade do produto final, será necessário criar critérios de concepção
Pouca e fácil manutenção: Por se tratar de atender a necessidades básicas imediatas, o
para o projeto, avaliados durante o processo
equipamento deve ser pensado de forma que exija pouca ou mínima manutenção, seja de
de levantamento de dados e também através
suas peças, mobiliário, suas instalações sanitárias, seu abastecimento de água e esgoto
das referências e estudos de caso.
ou sua parte elétrica.
Critérios aplicados no projeto:
Adequação ao uso: Deve contar com pias, vasos sanitários e chuveiros, calculados para um grande contingente de usuários. Como se trata de um equipamento de acolhimento, os materiais empregados devem se adequar ao fim do produto. A impermeabilização das
Materialidade: Containers reciclados
peças que compõem o equipamento é fundamental. Adequação ao local e clima: Por se tratar de uma cidade que sofre de constantes chuvas,
Arquitetura Bioclimática: tecnologias
o equipamento deve priorizar a impermeabilização e estanqueidade de seus componentes
eficientes para aprimorar o uso de recursos
e peças.
naturais nas construções, visando integrar
Flexibilidade: As unidades podem ser pensadas para serem conectadas entre si, criando
o homem ao meio ambiente, para garantir o
espaços diferenciados.
bem estar e qualidade de vida.
Sustentabilidade e tecnologia: Pensar no reaproveitamento de água. O projeto deve
Facilidade de construção: obra limpa, rápida,
priorizar a redução do consumo energético, do consumo de materiais, a extensão da vida
fácil implantação.
útil, o uso de energias renováveis, a reciclagem e reutilização. 59
8 CONCEPÇÃO DE PROJETO Transportabilidade: Ele deve priorizar o princípio da facilidade de ser transportado, uma vez que, durante o período de implantação ,há uma urgência de oferta desses equipamentos. A transportabilidade propicia rapidez na execução do projeto.
Segurança: O equipamento não deve trazer riscos aos usuários. Para isso, as instalações elétricas e hidráulicas ficam isoladas
Adequação com a Infraestrutura local: Deve se pensar em
dentro do módulo, e suas peças não podem ter formatos que
alternativas ao abastecimento, seja por reservatórios próprios e
arrisquem a vida dos usuários. Também deve conter equipamentos
reutilização de água de chuva. O fornecimento de energia elétrica
de combate à incêndio, como: extintores, hidrantes e rota de fuga.
também deve ser pensado, seja por geradores, seja por meios alternativos de captação de energia.
Conforto ambiental: As medidas do equipamento devem ser elaboradas com base em pesquisas sobre ergonomia e nas
Modulação: A modulação permite a multifuncionalidade e a adequação
medidas mais comuns dos equipamentos e mobiliários disponíveis
do equipamento em conectar-se e se multiplicar. Além disso agrega
no mercado. Além disso, o conforto térmico acústico devem ser
economia à industrialização.
garantidos, conforme normas da Abnt(NBR 15220 e 15575).
Praticidade: Equipamento multifuncional, com facilidade de uso para seus usuários. Tanto a ergonomia quanto as técnicas de uso devem
Relação Custo-Benefício: A relação entre design, produção,
propiciar uma praticidade nas tarefas cotidianas de funcionamento.
transporte, materiais e vida útil devem estar de acordo com a economia do projeto. Os abrigos deverão ser baratos. Materiais e
Resistência: Os materiais devem garantir a resistência do conjunto. 60
mão-de-obra local deverão ser usados sempre que possível.
9 NORMAS TÉCNICAS APLICADAS : ABNT E CORPO DE BOMBEIROS
A NBR 15220-3 (ABNT, 2005) apresenta o Zoneamento Bioclimático Brasileiro e as Diretrizes
Construtivas
para
Habitações
Unifamiliares de Interesse Social. O Brasil foi dividido, segundo a norma, em oitos zonas bioclimáticas. Os parâmetros e diretrizes
O objetivo de tais recomendações técnico-construtivas é a otimização do desempenho térmico das edificações, através de sua melhor adequação climática (ABNT, 2005). As estratégias de condicionamento ambiental recomendadas pela NBR 15220-3 são baseadas na carta bioclimática de Givoni (1992) e nas planilhas de Mahoney (KOENIGSBERGER et al, 1970). A classificação de cada cidade em uma determinada zona depende das
para cada uma das zonas são:
estratégias bioclimáticas que são definidas previamente, tendo sido utilizadas as planilhas
a) tamanho das aberturas para ventilação
construtivos (Fator Solar, Atraso Térmico e Transmitância Térmica).
de Mahoney para a definição dos limites das propriedades térmicas dos elementos
(expressas como percentual de área de piso); b) proteção das aberturas; c) vedações externas, parede externa e cobertura, informando o tipo de vedação (leve ou pesada, refletora ou isolada). d) estratégias de condicionamento térmico passivo.
NBR 15575: EDIFICIOS HABITACIONAIS DE ATÉ CINCO PAVIMENTOS – DESEMPENHO Normas de desempenho são estabelecidas buscando atender ás exigências dos usuários, que, no caso na NBR 15575 (ABNT 2013), referem-se a sistemas que compõem edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, independentemente dos seus materiais constituintes e do sistema construtivo utilizado. 61
9 NORMAS TÉCNICAS APLICADAS : ABNT E CORPO DE BOMBEIROS
O foco desta Norma está nas exigências dos usuários para o edifício habitacional e seus sistemas, quanto ao seu comportamento em uso e não na prescrição de como os sistemas são construídos. A forma de estabelecimento do desempenho é comum e
1. Requisitos gerais;
internacionalmente pensada por meio da definição de requisitos
2. Requisitos para os sistemas estruturais;
(qualitativos), critérios (quantitativos ou premissas) e métodos
3. Requisitos para os sistemas de pisos internos;
de avaliação, os quais sempre permitem a mensuração clara
4. Requisitos para os sistemas de vedações verticais
do seu cumprimento.
internas e externas;
As Normas assim elaboradas visam de um lado incentivar e
5. Requisitos para os sistemas de cobertura;
balizar o desenvolvimento tecnológico e de outro, orientar a
6. Requisitos para os sistemas hidrossanitários.
avaliação da eficiência técnica e econômica das inovações tecnológicas. Esta norma elaborada pelo Comitê Brasileiro da Construção Civil esta dividida em 6 partes:
62
9 NORMAS TÉCNICAS APLICADAS : ABNT E CORPO DE BOMBEIROS
CORPO DE BOMBEIROS O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP) tem como missão institucional a preservação da vida, do meio ambiente e do patrimônio da sociedade, por meio da prestação dos serviços de bombeiros com excelência operacional.
Não há necessidade de responsável técnico ou de apresentação
Ressaltamos que, de acordo com o Decreto Estadual nº 56.819/11,
de plantas arquitetônicas e as medidas de segurança são
todas as edificações, excetuando-se as "Residências Unifamiliares"
básicas (extintores, sinalização, rotas de fuga, luz de emergência
necessitam deregularização junto ao Corpo de Bombeiros.
em alguns casos, instalações de GLP de acordo com normas
O referido Decreto foi instituído com os seguintes objetivos: proteger
técnicas).
a vida dos ocupantes das edificações e áreas de risco, em caso de
A documentação necessária e as condições para enquadramento
incêndio; dificultar a propagação do incêndio, reduzindo danos ao meio
da edificação
ambiente e ao patrimônio; proporcionar meios de controle e extinção
como PTS, podem ser verificadas na IT nº 42 (Projeto Técnico
do incêndio; dar condições de acesso para as operações do Corpo de
Simplificado).
Bombeiro; e proporcionar a continuidade dos serviços nas edificações. Edificações de baixo risco são enquadradas como Projeto Técnico Simplificado (PTS), onde a apresentação dos documentos é facilitada. 63
10 ZONA BIOCLIMÁTICA 3 – SÃO PAULO Zoneamento Bioclimático Brasileiro.
Zona Bioclimática 3 - São Paulo Diretrizes construtivas para
2. Tipos de vedações
Zona Bioclimática 3-São Paulo
externas
1. Aberturas para ventilação e sombreamento das aberturas Aberturas para ventilação médias
Figura 36 e 37: Mapa do Brasil 3. Estratégia de condicionamento térmico passivo
64
Estação
Estratégias de condicionamento térmico passivo
Verão
Ventilação cruzada
Inverno
aquecimento solar da edificação vedações internas pesadas
Vedações externas • Parede leve refletora • Cobertura leve isolada
Sombreamento das aberturas permitir sol durante o inverno
11 ARQUITETURA ECOEFICIENTE
Conceitos bioclimáticos aplicados no projeto: Devido ao uso principal do equipamento, como espaço para acolhimento/ e ou dormitórios, será necessário aplicar várias técnicas construtivas para garantir a qualidade e durabilidade da edificação e ainda proporcionar conforto térmico para os usuários, como: Isolamento termo acústico: Lã de rocha. Janelas e vidrarias: proporciona entrada de luz natural e vento Ação dos ventos: ventilação cruzada através de janelas e portas Aberturas controladas: brises, beirais e átrios. Sistema de sombreamento: plantio de árvores ao redor da edificação. Figura 38 – Desenho Esquemático – Construção Eficiente Fonte: http://www.ecoeficientes.com.br
Escolha de materiais: recicláveis, madeiras de reflorestamento, tintas ecológicas, lâmpadas de led, telhas termoacústicas e a utilização de cores claras, para menor absorção de calor. Áreas internas abertas ou com átrios 65
12 PROPOSIÇÃO: LEVANTAMENTO DE DADOS
Prefeitura Regional Sé Bairro República- Praça da República Zoneamento: Zeis-3(são imóveis ociosos, galpões abandonados, deteriorados, cortiços, em locais onde tem boa oferta de infraestrutura). Usos de solo: comercial, residencial e serviços Gabarito alto Índice de criminalidade: alto(2º lugar- furtos,3º lugar- latrocínios e 4º lugar- roubo) Plano Regional Sé : Tem como uma das diretrizes , população em situação de vulnerabilidade social. Figura 39 - Recorte Mapa de zoneamento Fontes: Geosampa
66
Concentração de público alvo: 52%
atender a
13 ÁREA DE IMPLANTAÇÃO E ENTORNO
Projeto: Container, Uma nova concepção em abrigos Local: Praça da República Área de implantação: Terreno subutilizado/estacionamento Área total terreno: 2.138,89 m2 Público alvo: moradores de rua Zona de uso: CZCPb (Zona Centralidade Polar) CA: 4 TO: 0.70 Taxa permeabilidade: 0.15 Recuo frente: 5; recuo laterais e fundo: não exigido Gabarito: não exigido
Figura 40 - Recorte de mapa região da República
Figura 41 - Terreno ampliado Fontes: Google maps
67
FOTOS DO TERRENO
Figura 42: Vista Frontal
Figura 44: Vista Interna
68
Fonte: Recorte no Google Maps Fotos: autorais Figura 43 Vista Aérea
Figura 45 Vista Interna
Figura 46 Vista da Praça da República
14 ESTUDO VOLUMÉTRICO E SETORIZAÇÃO
Figura 50 – Setorização Desenho Autocad – autoral
Figuras: 47, 48, 49: Ensaios volumétricos Desenhos: autoral
Figura 51 – Volumetria do projeto Desenho Autocad – autoral Desenho Sketchup – Erik Bostelmann
69
70
Projeto
“Ser arquiteto, não é meramente projetar espaços e sim criar e requalificar lugares para as pessoas” Eliana Barretto
71
15 Projeto: Container, uma nova concepção em abrigos
Partido do projeto: Criar uma arquitetura
Programa de necessidades :
integrada com o espaço e entorno urbano,
Centro de apoio: salas administrativas;
conectando a Praça da República ao
secretaria; banheiros funcionários; depósitos;
equipamento, área verde importante no
cozinha industrial; lavanderia; espaços de
bairro ,preservando e resgatando a paisagem
convivência; salas de capacitação e apoio
da cidade. Priorizar métodos construtivos
psicológico, enfermaria, sala médica e
ecoeficientes no projeto, priorizando o uso
dentaria , refeitório.
de
Abrigo: Dormitórios masculino, feminino/
material
reciclado(Containers),
para
proporcionar uma obra limpa, rápida, barata
infantil e familiar;
e sustentável. Minimizar os efeitos negativos
vestiários e banheiros masculino e feminino;
do material em relação ao conforto térmico
guarda volumes , canil e guarda carroças.
e otimizar os espaços projetados, buscando
Diferenciais do projeto: Ambientes acessíveis
tornar os ambientes internos e áreas de
e versáteis, sistema de captação de água
convivência versáteis há usos variados.
de
chuva,
reuso,
iluminação com
materiais
recicláveis,
lâmpadas de Led, brises
Ficha técnica: Local: Praça da República Área do terreno: 2.138,89 m2 Área construída: 3.390,51 m2 Gabarito: 05 pavimentos Materialidade: Containers reciclados, telas expandidas metálicas, telhas termoacústicas,vidros e tratamento com lã de rocha como isolante . Estrutura metálica e reforço estrutural com perfil dobrado. Fundação: radier
metálicos e pintura com tintas a base de água
73
Memorial Descritivo O projeto foi elaborado em 4 Etapas: Etapa 1:Escolha do terreno e análise do entorno. Como estudo para a implantação do projeto foi identificado que na região da Sé tem um índice de 52% de concentração do público alvo, fazendo
O programa foi estudado e elaborado através dos abrigos já
ponto determinante para a escolha do terreno em frente a Pça da
existentes em São Paulo. Foi fator determinante aperfeiçoar e
República, Esse público já tem pertencimento ao local, sendo favorável
adequar o programa, contemplando com soluções espaciais as
fazer o equipamento na mesma região, onde possui grande potencial para
necessidades dos diversos tipos de usuários.
a finalidade, onde existe muitos terrenos subutilizados no entorno. Uma premissa foi tornar o equipamento uma continuação da Praça, trazendo
Etapa 3: Normas técnicas ( NBR e Corpo de bombeiros).
o público para dentro do projeto, conectando a Rua Aurora com a Praça.
Criar e aplicar soluções arquitetônicas para qualidade do equipamento, tanto quanto a preservação, quanto ao uso pelos
Etapa 2: Escolha da materialidade e programa de necessidades.
usuários no local. Amenizar os efeitos negativos do metal envoltório
A escolha do container foi pela fácil acessibilidade ao material, pois existe
dos containers ,em relação a qualidade de conforto térmico,
grande quantidade deles inutilizados, acumulados nos portos, podendo
utilizando como soluções a arquitetura bioclimática, priorizando
ser reciclados para a arquitetura. Sua robustez traz a obra boa qualidade
a execução de tratamentos e coberturas termoacústicas, para
estrutural, grande versatilidade e uma produção industrializada, trazendo
amenizar o possível desconforto na edificação. Foram aplicados
vários benefícios ao projeto, tanto na construção, quanto no custo final.
em todo o projeto as normas (NBR 15220,15575 e 9050).
74
Etapa 4: Construção do equipamento O processo construtivo foi realizado através do sistema de empilhamento dos containers, inversão e deslocamentos entre eles, para criar melhor aproveitamento das aberturas originais, adequando o uso como portas e janelas para o projeto e ainda criar beirais e passarelas de circulação entre os blocos. Houve também a necessidade de fazer novas aberturas e retirada das paredes de fechamento dos containers, para adequar aos espaços, tornando necessário o uso de reforço estrutural com perfil dobrado nas vigas e o uso de steel frame nas novas aberturas. Na torre de circulação vertical foi executada com estrutura metálica independente .Todo o projeto teve tratamento de isolamento termoacústico nos ambientes de permanência. Foram inseridas pequenas praças de permanência e socialização através de projeto paisagístico adequado a permeabilidade e qualidade ambiental do equipamento. No equipamento foram instalados os seguintes itens de segurança: 01 hidrante (na recepção/térreo do prédio) 10 extintores (1 para cada ala do prédio , distribuídos próximos as escadas) Placas sinalizadoras de rota de fuga 75
76
Materialidade e detalhes técnicos Vidros Triplos
Tela metálica expandida: Brises, fechamento fachada e guarda corpo
Tratamento termoacústico paredes e teto
Telhas termoacústicas
Obs: utilizado Lã de rocha como isolante térmico no
Figuras: 52 e 53: Vidros duplos
projeto Figuras: 54 e 55 e 56: Isolamento termocústicas
77
V
V
V
REPÚBLICA
IPIRANGA
RUA
RUA
AVENIDA
ARVALHO
AVENIDA
VIEIRA DE CARVALHO
VIEIRA
DE
CARVALHO
RE
V
ESTAÇÃO REPÚBLICA
RE O ÇÃ ES
PÚ
TA
BL
IC
A
DA
PÚ
BL
IC
A
PR AÇ A
DA
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ÚB L
IC A
AURORA
RVALHO
DE
BARÃO
SETE
MENDES RUA
ÇÃ
O
RE
PÚ
BL
O DE CAMPOS CASA CAETAN DA EDUCAÇÃO DE ESTADO IA AR ET CR SE
ES TA
PRAÇA
GABUS
IC A
V
V
V
AROUCHE
MINISTÉRIO PÚ BLICO DO TRABALHO 2º REGIÃO
V
RUA
ESTAÇÃO REPÚBLICA
RUA
BA
SÍL
78 PRAÇA
DA
REPÚBLICA
IO
Acesso Serviço
1 4
5
8
6
3
Acesso República
7
Acesso Aurora
2
Acesso Usuário
s
10 11
7
18 12
14 15
19 20
16
9
22 21
23
24
25
25
26
17
13
Implantação
LEGENDA
1.Guarda carroças 2.Canil, banho e tosa 3.Oficina e deposito 4.Cozinha 5.Refeitório 6.Banheiros usuários 7.Deposito 8.Sala de aula 9.Área de convivência
10.Circulação vertical 11.Recepção 12.Triagem 13.Caixa d'água 14.Vestiários Fem. 15.Vestiários Masc. 16.Lavanderia 17.Cisterna 18.Segurança
19.Barbearia ESTAÇÃO 20.Enfermaria 21.Salas de atend. social 22.Banheiros Adm 23.Sala de reunião e professores 24. Secretaria 25.Salas Adm 26.Diretoria
REPÚBLICA
N
79
C 34.02
6.06
4
5
8
6
B
B
7
9
9
12.19
s
10 11
A
7
18 6.06
19 20
A
22 21
23
21
24
25
25
26
34.02
Pavimento Térreo LEGENDA 4.Cozinha 5.Refeitório 6.Banheiros usuários 7.Deposito 8.Sala de aula
80
9.Área de convivência 10.Circulação vertical 11.Recepção 18.Segurança 19.Barbearia
C
25.Salas Adm 20.Enfermaria 26.Diretoria 21.Salas de atend. social 22.Banheiros Adm 23.Sala de reunião e professores 24.Secretaria
N
C
B
27
28
6.06
29
B 1.50
6
2.43
9
5.65
s
10
6 A
A
29
28 27
LEGENDA
Pavimento 2 - Ala familiar
6.Banheiros usuários F/M 9.Área de convivência 10.Circulação vertical
27.Dormitório familiar 28.Fraldário 29.Sala amamentação
C N
81
C
30 B
B
6
9 s
10
6
A
30
Pavimento 3 e 5 LEGENDA
6.Banheiros usuários F/M 9.Área de convivência 10.Circulação vertical 82
A
C
30.Dormitório feminino/ infantil pavimento 3 31.Dormitório masculino pavimento 5
N
C
31 B
B
6
9 s
10
6 A
A
31
LEGENDA
6.Banheiros usuários F/M 9.Área de convivência
Pavimento 4
C N
10.Circulação vertical 31.Dormitório masculino 83
1
2
3
4
5
6
7
A
B
C D E F G
H
Malha Estrutural Estrutura container Estrutura metålica torre de circulação 84
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
24.38
A
A 4.75
14 16
9.71
12
8.91
15
Planta galpรฃo de vestiรกrio e guarda volumes LEGENDA
12.Triagem 14.Vestiรกrios Fem. 15.Vestiรกrios Masc. 16.Lavanderia
N
85
1
12.19
B
B 2.43
2
3
Planta oficina e canil LEGENDA
1.Guarda carroรงas 2.Canil, banho e tosa 3.Oficina e deposito
86
N
37.20
8.61
16.60
20.00
20.00
37.00 26.20
Planta Cobertura
88
Planta Cobertura
89
Vigas
Terรงas
Telhas
90
4.40
14.35
12.19
Corte AA 0
5
10
20
91
3.30
14.35
2.89
Corte BB 0
92
5
10
20
4.40
3.33
14.45
Corte CC 0
5
10
20
93
Elevação Frontal 0
94
5
10
20
Elevação Frontal 0
5
10
20
95
Elevação Posterior 0
96
5
10
20
Elevação Posterior 0
5
10
20
97
Elevação Leste 0
98
5
10
20
Elevação Leste
99
Elevação Oeste 0
100
5
10
20
Elevação Oeste
101
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A utilização de containers na construção civil é uma alternativa que
possibilidades de construção de moradias e alojamentos para
vem sendo difundida e bem aceita pela sociedade. Nos Estados Unidos
pessoas sem ou baixo poder aquisitivo.
há, historicamente, tradição de utilização de outros materiais desde a
Assim, conclui-se que o projeto integra, meio ambiente,
Segunda Guerra Mundial, devido principalmente à necessidade de
tecnologia alternativa e inovação à pesquisa, leitura, soluções
construção rápida diante das destruições ocasionadas por catástrofes.
e experiências. A arquitetura atual é sedenta de novidades
No Brasil, ainda é novidade habitar com qualidade em antigos recipientes
e acolhedora de suas respostas, o que torna o retrofit de
de carga, entretanto, a ideia vem se difundindo devido à qualidade de
containers marítimos para
projetos baseados neste material que está relacionado ao baixo custo
reuso
e à sustentabilidade, bem como ao desenvolvimento de projetos desta
economicamente, viável.
na
arquitetura,
socialmente,
ambientalmente
natureza por importantes profissionais do meio. Além disso, o atrativo do baixo custo da obra tem chamado atenção, principalmente, para equipamentos e habitações de interesse social. Quando se trata deste ramo, as vantagens se multiplicam, pois além de reutilizar um objeto de descarte na natureza, permite maiores 103
e
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fundação Instituto de pesquisas econômicas(Fipe),Prefeitura Municipal da Cidade de São Paulo. Estimativa do Número de Pessoas em Situação de Rua da Cidade de São Paulo em 2015. São Paulo, 2015. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Relatório do I Encontro Nacional sobre População em Situação de Rua. Secretaria Nacional de Assistência Social. Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação. Novembro de 2006. Metalica. Container City: Um novo conceito em arquitetura sustentável. Disponível em: <http:// www. metalica.com.br/container-city-um-novo-conceito-em-arquitetura-sustentavel>. Acesso em: 27 out. 2018. Minha casa container. Você acredita que esta construção é de container? Disponível em: <http://minhacasacontainer.com/2014/10/21/ voce-acredita-que-esta-construcao-e-de-container/>. Acesso em: 27 out. 2018. Os Benefícios da arquitetura bioclimática de Marisa Fonseca Diniz, trabalho disponível em https:// marisadiniznetworking.blogspot.com/2015/08/os-beneficios-da-arquitetura.html/>. Acesso em 27 out, 2018.
104
Livros: Frota, Anésia Barro; Ramos Schiffer, Sueli. Manual de conforto térmico: arquitetura, urbanismo/ Anésia Barros Frota - 6. ed. - São Paulo:Studio: Nobel, 2003. Martins, José de Souza. Exclusão social e a nova desigualdade. 2 ed. São Paulo: Paulus, 2003 Alison G.Kwok; T. Grondzik, Walter. Manual de arquitetura ecológica - 2 ed. - Porto Alegre: Boockman, 2013. Desafortunados: Um Estudo sobre o Povo da Rua - Autor Leon Anderson. Haroldo, Torres Marques Haroldo Torres. NO MEIO DA RUA-ORGANIZADOR: Marcel Bursztyn - São Paulo: segregação, pobreza e desigualdades sociais- Garamond, 2000. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15220-1 – Desempenho térmico de edificações: Parte 2: Definições, símbolos e unidades: ABNT, 2005. ______. NBR 15220-2 – Desempenho térmico de edificações: Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e componentes de edificações: ABNT, 2005. ______. NBR 15220-3 – Desempenho térmico de edificações: Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social: ABNT, 2005. ______. NBR 15575-1 – Edificações habitacionais - Desempenho: Parte 1: Requisitos gerais: ABNT, 2013. 105
Livros: BANDEIRA, Denise L.; BECKER, João L.; BORENSTEIN, Denis. Sistema para distribuição integrada de contêineres cheios e vazios. Produção, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 452-468, 2008. Disponível em: <www.scielo.org>. Acesso em: 17 set. 2016. 74 BÜNEKER, Adriana de O. B. Ventilação natural. 2003. Monografia (Especialização) - Curso de PósGraduação em Arquitetura, Centro Universitário Univates, Lajeado, 2003. COSTA, Ennio C. da. Arquitetura ecológica: condicionamento térmico natural. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 1982. ______, Ennio C. da. Física aplicada à construção: conforto térmico. 4. ed. rev. São Paulo: Edgard Blücher Ltda, 2003.
106
elaborado por: Eliana Barretto e Silva Santos