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Cultura e sustentabilidade

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A marquise do aeroporto de Maceió tem estrutura metálica e fechamento em lona e é um dos marcos do projeto arquitetônico

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A linguAgem contemporâneA e a acentuada plasticidade são duas marcas importantes do projeto arquitetônico do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió (AL). Assinado por Mário Aloísio Barreto Melo, o aeroporto da capital alagoana é uma das mais modernas obras aeroportuárias brasileiras. Além da climatização, um mesmo sistema regula desde a intensidade da iluminação e do ar refrigerado até a velocidade das escadas rolantes. Em operação desde 2005, tem capacidade para receber 1,2 milhão de passa- geiros por ano, expansível para 2,5 milhões até 2014. Dentre suas inovações, destaca-se o sistema de cogeração de energia ambientalmente limpa a partir da utilização de gás natural. Este sistema foi projetado com dois grupos de geradores movidos a gás natural, que abastecem todo o aeroporto. Por meio desse processo, a água quente, utilizada para o arrefecimento dos geradores, é reaproveitada e vertida em água gelada por meio de um chiller de absorção.

Implantado sobre um planalto, o novo terminal do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares é um edifício de três pavimentos principais e dois andares técnicos, formado por dois blocos curvos. Na cobertura, em sistema metálico, destacam-se a grande abertura zenital em vidro, e as telhas em tom de verde, que busca reproduzir a cor do mar.

Como em toda a obra do arquiteto, a cultura alagoana está presente em diversos detalhes, como nas coberturas tensionadas e no desenho dos postes de iluminação do pátio, que lembram as velas e os mastros das jangadas.

E é neste contraste entre revestimentos metálicos e artesanais que encontramos a marca dessa interação entre o aeroporto, equipamento contemporâneo e funcional, e os valores locais simbolizados por cores e texturas.

O grande átrio central do terminal, com o pé-direito de 13 m de altura, é formado por dois arcos locados nas extremidades laterais. No centro, o conjunto das circulações verticais concentra os fluxos e leva os passageiros diretamente ao embarque ou à praça de alimentação. Um vazio de contorno elíptico abre a praça de alimentação, estabelecendo contato visual e integração entre o nível das lojas e o fluxo dos passageiros que lá desembarcam. A intenção, de acordo com a equipe de arquitetos, foi criar impacto visual para quem chega à cidade.

E completando o impacto perseguido pelo projeto de arquitetura apresenta-se a marquise, com estrutura metálica e fechamento em lona que marca a face frontal do prédio, voltada para o norte. (D.p.) M

> Projeto arquitetônico: Mário Aloísio Barreto Melo

> Colaboradores: arq. Tiago Amaral e Henrique Gennari; Mariana Estay, André Venceslau, André Coelho e Bruno Damasceno

> Área: 22.423,62 m²

> Aço empregado: aço patinável de alta resistência mecânica e maior resistência à corrosão atmosférica

> Volume do aço: 580 t

> Projeto estrutural: Technica Consultoria e Projetos Industriais, Pengec Engenharia Consultoria, Consep Consultoria Engenharia e Projetos

> Fornecimento, fabricação e montagem da estrutura metálica: Hispano

> Execução da obra: OAS

> Local: Maceió, AL

> Data do projeto: 2001

> Conclusão da obra: 2005

Ao alto, vista aérea do complexo do Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares. Os detalhes do projeto homenageiam a cultura local. A cobertura metálica reproduz um escudo africano. Abaixo, ponte de embarque e desembarque

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