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XI CONGRESSO DA INDÚSTRIA DE MOLDES

XI CONGRESSO DA INDÚSTRIA DE MOLDES: PARTICIPAÇÃO MASSIVA DEBATEU DESAFIOS DE MOLDAR NUM MUNDO EM MUDANÇA

TESTEMUNHOS

TRANSFORMAR PARA ASSEGURAR MERCADOS

CRESCER PARA ALCANÇAR NOVOS PATAMARES DE COMPETITIVIDADE

APOSTA NA INOVAÇÃO PARA ALCANÇAR QUALIDADE SUSTENTÁVEL

TESTEMUNHOS

XI CONGRESSO DA INDÚSTRIA DE MOLDES: PARTICIPAÇÃO MASSIVA DEBATEU

Pela primeira vez em Oliveira de Azeméis, o principal evento de reflexão da indústria de moldes atraiu cerca de quatro centenas de participantes, entre empresários e técnicos do sector, naquele que foi um dos Congressos mais participados de sempre, desde a sua primeira edição em 1983. Motivados e determinados em encontrar soluções para ‘moldar num mundo em mudança’, juntaram-se nos dias 17 e 18 de março, no Teatro Municipal, que abriu portas pela primeira vez para acolher esta iniciativa. Como afirmou João Faustino, presidente da CEFAMOL, no final dos trabalhos, este Congresso pretendeu afirmar-se como “o princípio de um novo ciclo de desenvolvimento”.

Cerca de 400 pessoas da indústria de moldes, acorreram, durante dois dias, a Oliveira de Azeméis, demonstrando um sector que continua unido na busca de soluções para os seus principais desafios. Aí, no Teatro Municipal e sob o lema ‘Moldar (n)um mundo em mudança’, teve lugar a XI edição do Congresso da Indústria de Moldes, uma vez mais organizado pela CEFAMOL - Associação Nacional da Indústria de Moldes. O evento reuniu especialistas e empresas do sector, dando a conhecer tendências, permitindo a partilha de experiências e a criação de propostas de intervenção, incidindo em três temas principais: ‘Estratégia & Mercado’; ‘Pessoas e Competências’; e ‘Sustentabilidade’.

A exemplo das anteriores edições e com um balanço muito positivo por parte dos participantes, o Congresso foi um palco de excelência para refletir e debater os principais desafios e oportunidades que caracterizam o momento atual da indústria, permitindo igualmente identificar linhas de orientação que conduzam as empresas a um novo patamar de desenvolvimento e consolidação do seu posicionamento global. Ou, como fez questão de realçar o presidente da CEFAMOL na sua intervenção final, “pretendemos com esta iniciativa que não seja o fim, mas o princípio de um novo ciclo de desenvolvimento”.

João Faustino assegurou que, para que isso aconteça, “trabalharemos muitas das propostas apresentadas que incluiremos no plano de ação que temos para o sector”, sublinhando que “avançaremos, muito em breve, com as ações de curto e médio prazo, em colaboração com o CENTIMFE, a POOLNET, mas também com as instituições de ensino, entidades públicas e governamentais”. O líder da CEFAMOL acrescentou ainda que para que este plano tenha sucesso, “iremos necessitar da intervenção das empresas”.

No decorrer dos dois dias, o Congresso contou com cerca de 40 oradores nacionais e internacionais, distribuídos por oito painéis de reflexão. Entre estes, destaque para um conjunto de especialistas e empresas, de dentro e fora do sector, que partilharam as suas experiências e conhecimentos. Destaque também para a presença de dois ministros neste evento: na abertura, António Costa e Silva (Ministro da Economia e do Mar) e, no encerramento, Ana Abrunhosa (Ministra da Coesão Territorial).

Desafios

Unidos na busca de soluções para questões que são, afinal, transversais a toda a indústria, os participantes ouviram João Faustino considerar que “os últimos anos têm sido extremamente desafiantes para a indústria de moldes”, enumerando questões como a indefinição verificada nos novos conceitos de mobilidade que regem o maior cliente do sector (indústria automóvel), a pandemia e as consequências da guerra na Ucrânia. Tal conjuntura, destacou, “criou diferentes problemas na indústria: em termos económicos, com a descapitalização das empresas, e em termos financeiros com a redução dos preços de venda e dilatamento dos prazos de pagamento”.

A estes, enfatizou, somam-se outros desafios, como a transição digital e ambiental, os novos modelos de negócio e resposta aos requisitos dos clientes, a capacidade financeira para ganhar e garantir novos negócios, a atração de talento e a gestão do conhecimento, a internacionalização, a eficiência e otimização de processos, a introdução da gestão de tecnologias, a descarbonização e a economia circular.

“Estamos num período em que temos de encontrar novas soluções para alguns problemas antigos, mas também para toda uma série de desafios a que estamos sujeitos”, declarou ainda o presidente da

CEFAMOL. Para isso, defendeu, “necessitamos de manter e reforçar a presença nos mercados mais sofisticados e exigentes reforçando a capacidade e aposta na inovação e no I&D, na diferenciação e valorização da nossa oferta, motivando a criação e integração de competências nas empresas”. E foi perentório: “isto permitirá às empresas alargarem as suas cadeias de valor, estabelecendo parcerias e conquistar novos clientes, principalmente indústrias de alto valor acrescentado”.

João Faustino destacou ainda uma outra questão, abordada em praticamente todos os painéis de debate do Congresso: a necessidade de as empresas ganharem escala. “A cooperação assume aqui um papel fundamental para atingir objetivos comuns e necessários à maioria das empresas”, defendeu, sublinhando ser ainda fulcral “continuar a investir na otimização de processos, na integração de novas tecnologias, no reforço do saber e do conhecimento, da ligação a centros de saber, ao mesmo tempo que se consolida a imagem internacional, o posicionamento de excelência e a notoriedade distintiva do sector que já o demonstramos no passado”.

Para o presidente da CEFAMOL, tais desígnios só são possíveis de alcançar “se todos rumarmos na mesma direção”. E, comentando a forte adesão de congressistas, congratulou-se, concluindo que tal “mostra que o sector está como sempre: vivo e dinâmico, a olhar para o futuro, apesar de muitos dos desafios do presente”.

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