Revista 100% Motor Clássicos - Edição 7

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ano 2 - edição 7 - r$: 4,99


“A Certeza de ir mais longe”

Lubrificação e tratamento com PTFE Lubrificante spray com PTFE

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Montagem de motores

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Adicionar ao óleo para tratamento de motores

LL-50 - Redutor de atrito; - Cria película autolubrificante de PTFE na zona de atrito; - Inibe a carbonização; - Elimina a partida a seca, reduzindo desgastes e travamentos; - Melhora o desempenho do motor, com maior potência final; - Reduz o consumo de combustível, através da redução no atrito. Após a limpeza com Heavy Flushing Oil, a aplicação de LL-50 junto ao óleo novo cria um ambiente antiaderente na zona de atrito, dificultando a fixação e acúmulo do verniz na zona de atrito. LL-50 deixa o motor mais suave e com reação rápida, traduzindo em melhor desempenho e rodar macio e econômico.


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Limpeza e descarbonização

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Válvulas

Bico injetor

Catalisador

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Limpeza interna do circuito do óleo

Heavy Flushing Oil

Antes

Depois


8-O DEMOCRATA

14-chevette com injeção

20-DODGE CHALLENGER

28-TRANSPLANTE DE MOTOR

34-VOLVO 480 ES


As corridas começaram logo depois da invenção do automóvel movido a gasolina. Essas competições foram influenciadas pelas populares corridas de carroça. Entretanto, a primeira oficial só aconteceu em 1895. Um ano antes, foi organizado um teste de confiabilidade na França, o país onde a indústria automobilística se desenvolveu mais rápido. O percurso tinha 127 quilômetros e começava em Paris, foi até Rouen e voltou. Esse trajeto não foi considerado a primeira corrida porque o propósito dos organizadores era mostrar que carros eram de fato o meio de transporte do futuro. Na verdade, a ParisRouen-Paris foi uma viagem em caravana. Entretanto, teve um vencedor. Georges Lemaitrê. Ele chegou em segundo colocado, mas Jules-Albert de Dion, quem realmente voltou à Paris antes de todo mundo tinha um acessório proibido em ser veículo.

A primeira corrida da história Texto: Rafael Pires Fotos: Divulgação Internet

A França foi palco da primeira competição de automóveis

Contudo, a conversa no ano seguinte foi diferente. No dia 11 de junho de 1895 ocorreu a primeira corrida da história, a ParisBordeaux-Paris. A competição começou em Versalhes e a largada foi dada ao meio dia. Os carros alcançaram a faixa dos 20 km/h, o que para a época era muito veloz. O trajeto tinha 1178 km e 46 concorrentes, porém apenas 22 iniciaram a prova. O vencedor foi Émile Levassor. Contudo, ele foi desclassificado, seu carro não obedeceu às exigências da competição. Então, o prêmio também ficou com o segundo colocado. Alguns meses depois, no dia 2 de novembro de 1895, aconteceu a primeira corrida em solo Americano. Ela foi realizada em um percurso de Chicago, o qual tinha 54,36 milhas. O primeiro lugar ficou com Frank Duryea, ele venceu outros três carros movidos a gasolina e dois elétricos.

REDAÇÃO DIRETOR/EDITOR/REPÓRTER/FOTÓGRAFO José Carlos Finardi REPÓRTER Valdeci Arrais de Lima JORNALISTA/REDATOR/REVISOR/FOTÓGRAFO/ DIAGRAMADOR Rafael Pires REPÓRTER ESPECIAL Sérgio Pires DIRETOR DE ARTE/FOTÓGRAFO Milton Miagusco Junior DIRETOR COMERCIAL Karl Steinhauser

A revista 100% MOTOR CLÁSSICOS é uma publicação mensal da JC Finardi Produções. Contato (11) 4337-6604 (11) 99917-0957 (11) 94018-2567 cemporcentomotor@gmail.com Rua Dr. Amâncio de Carvalho, 941 Vl. Baeta Neves, SBC/SP





Democrata, o grande sonho interrompido O democrata foi um

Texto: Rafael Pires Fotos: Acervo Pessoal de Alvaro Perosini Negri

projeto de veículo 100% brasileiro criado nos anos 60

Nelson Fernandes foi o idealizador do projeto. Ele construiu uma fábrica próxima à rodovia Anchieta com recursos próprios e empregou mais de cem funcionários. Ela era camada IBAP, o que significa Industria Brasileira de Automóveis Presidente.

O Democrata era um carro revolucionário para a época. Sua carroceria era feita por um material que apenas o Corvette usava, a fibra de vidro. Até hoje, veículos especiais recebem tal aparato. É uma substância robusta e de fácil modelagem.

Entretanto, na época a imprensa especializada tinha o costume de ridicularizar veículos. O Democrata não



ficou de fora. Como a fibra de vidro não era um material muito utilizado no brasil, matérias e mais matérias falavam que o carro não era de verdade, mas de plástico.

Além do mais, o maior problema de todos e que encerrou a continuação da produção foi o seu nome. “Democrata” foi decidido em uma assembleia, porém um ano depois o regime militar tomou conta do país e considerou o carro uma forte crítica.

Com isso, medidas foram tomadas para o fim das atividades da IBAP. Assim, apenas algumas unidades ficaram prontas, uma delas foi até enterrada as pressas no terreno da fábrica por causa da fiscalização do governo.

Vinte anos depois, a justiça reconheceu a inocência de Nelson Fernandes. Contudo, não era mais possível retomar a produção. Foi então que dois irmãos, José Carlos e José Luiz Finardi compraram a massa falida da empresa. Dessa forma, o sonho do veículo 100% brasileiro continua.





Chevrolet Chevette com um “twist” O carro automático e à álcool ganhou um sistema de injeção para resolver as deficiências do original

Texto: Rafael Pires Fotos: Rafael Pires

Em 1973 a General Motor lançou o Chevette e fez história. É bem difícil encontrar alguém que nunca ouviu falar desse carro. Contudo, de acordo com o mecânico automotivo José Carlos Finardi, esse veículo tinha muito problemas com algumas versões. “Quando a Chevrolet lançou esse carro no modelo automático à álcool, a condução era praticamente impossível. Pro carro funcionar e dar saída ele tinha que aquecer, caso contrário o motor apagava. A mesma deficiência existia na versão com câmbio manual, mas era só acelerar o carro para o manter em alta rotação, engatar a marcha e controlar na embreagem. Agora, no automático era um pouco mais complicado. Uma solução, não tão boa assim, era andar com o afogador puxado. Porém, com isso o Chevette gastava ainda mais combustível do que o normal e contaminava o óleo do cárter porque o carburador trabalhava afogado. Depois disso era um show de horrores. A durabilidade do motor era prejudicada, vapor de álcool ia para dentro do carburador e o carro afogava. Uma catástrofe”, desabafou Finardi.


módulo de injeção do corsa

bobina do corsa


Há 10 anos o dono de um Chevette procurou José Carlos e contou que esse seu carro estava parado. Dirigi-lo não lhe dava nenhum prazer. Por isso, o mecânico tomou como desafio colocar uma injeção eletrônica nesse carro à álcool e ao mesmo tempo preservar a aparência do carburado. Então, Finardi arregaçou as mangas e instalou o sistema de injeção multiponto do Corsa. O módulo, a bobina e o corpo de borboleta também vieram desse mesmo carro. Essa última peça tem atuador de marcha lenta, sensor de posição de borboleta e sensor de temperatura de ar admitido. Outros componentes importantes provenientes do Corsa são o sensor de rotação e a roda fônica solidária ao virabrequim. A função desse equipamento é determinar o ponto morto inicial. Sem isso, o motor não funciona. Roda Fônica do corsa

regulador de pressão com regulagem

O coletor original foi adaptado para receber quatro bicos injetores e a fixação da galeria de combustível. Além disso, esse Chevette recebeu uma direção hidráulica de um BMW e uma bomba de óleo elétrica de direção do Mercedes-Benz Classe A. Finardi contou: “Isso foi uma opção para eliminar o roubo de potência do motor que já roda com apenas alguns pôneis”. Além do mais, o sistema de sonda Lambda deixa o carro dentro da faixa estequiométrica correta. Isso diminui as emissões de poluentes e o faz passar em qualquer ponto de inspeção veicular. Dessa forma, o consumo do Chevette também melhorou. Um original faz 6 km/l enquanto esse faz 9 km/l. O serviço foi tão bem feito que o carro só voltou esse ano para uma revisão mais profunda. Finardi explicou: “Nessa revisão, feita na oficina Auto Style, nós instalamos um regulador de pressão com regulagem. A ideia era melhorar ainda mais a correção da faixa estequiométrica da injeção”.

bomba de óleo elétrica DE direção do mercedes-benz classe a

“Esse carro tem uma dirigibilidade muito melhor do que o original. Ele é usado pelo dono diariamente, é um veículo extremamente confiável”, finalizou Finardi sobre o Chevette modificado.




dodge challenger t/a




DODGE CHALLENGER "A questão não é quando

Texto: Rafael Pires Fotos: Acervo Dodge

ele vai parar, mas quem o vai parar" Lá no final do século XIX e início do XX os irmãos John Francis Dodge e Horace Elgin Dodge planejaram construir um automóvel diferente. Em 1914, eles começaram a produzir peças e desenvolver uma indústria para fazer essa máquina. Porém, em 1920 os dois faleceram e em 1928 a Chrysler Corporation integrou a Dodge Brothers. Com isso, diversos super veículos foram feitos

CÂMBIO COM CABO DE REVOLVER DO DODGE CHALLENGER

pela empresa, a qual não parou até hoje. Um dos

Originalmente, o Challenger foi oferecido em

seus grandes destaques foi o Dodge Challenger.

modelos de capota rígida com duas portas ou

Esse carro era um “Muscle Car” com duas portas e

conversível. Eram três versões ao total, SE (Special

de porte médio. Sua produção começou em 1970

Edition), R/T (Road/Track) e T/A (Trans Am).

sobre a mesma plataforma “E-body” do Plymouth Barracuda. Isso quer dizer que o veículo tinha a

A T/A ficou conhecida porque era quase idêntica

cabine curta e um longo capô. Contudo, a distância

ao veículo da Dodge que competia no campeonato

entre eixos do Challenger era cinco centímetros

Trans AM. Essa versão foi limitada, mas foi a

maior.

primeira em produção a oferecer diferentes tamanhos de rodas.

O que mais impressionou o público quando esse veículo chegou ao mercado foi a vasta gama de

Já o Dodge Challenger R/T é uma estrela de cinema.

motorizações disponíveis. O carro podia ser

Embora a versão conversível tenha chamado atenção,

equipado com motores V8 de 335 cv ou 375 cv, os

sua produção acabou em 1972 devida a diversos

quais tinham carburador de quatro corpos. Outras

problemas com a empresa na época. Porém, o

opções eram o Magnum 440 e o topo de linha 426

modelo mais conhecido desse tal R/T tinha capota

Hemi V8 que podia alcançar 425 cv.

rígida.



Esse carro foi dirigido por Jimmy Kawalski no filme Corrida Contra o Destino, cujo nome original é “Vanishing Point”. Kalwaski, na versão original de 1971, era um entregador de carros que no filme ficou conhecido como o último herói americano. O personagem era perturbado por experiências na guerra do Vietnã, mas dirigia por todo os EUA para encontrar a si mesmo e lembrar porque estava vivo. Já na segunda versão, de 1997, o protagonista resolve fazer dinheiro rápido e atravessar o país com um Challenger para pagar pelos cuidados médicos da esposa grávida. Em 1971, o Challenger ganhou uma nova estilização. Dessa vez, a potência foi reduzida para atender as exigências das leis de emissões de gases. Mesmo assim, a versão mais forte oferecia ainda 440 cv. 1972 não foi um bom ano para a Dodge. Nesse ano o R/T foi substituído pelo Rally, o qual tinha meros 150 cv. E, em 1974 o Challenger parou de ser produzido. A saudade dos entusiastas e da própria empresa era tão grande que em 2006 foi construído o “Challenger Concept”. Esse veículo foi um sucesso de vendas. A motorização Hemi V8 com 425 cv chamou atenção no mercado dos EUA. Sua velocidade máxima é de 320 km/h e o carro vai de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos. Depois disso, o Challenger ainda ganhou uma nova versão em 2015, a Hellcat. Essa por sua vez, é a mais potente de todas. Esse carro é capaz de alcançar até 717 cv.





Transplante de motor pt. 2 Chevrolet Omega ganhou motor V8 da BMW

Texto: Rafael Pires Fotos: Rafael Pires/Divulgação Internet

O Omega é um grande trunfo das adaptações. Essa já é a segunda vez que a revista 100% Motor Clássicos fala sobre um transplante de motor nesse veículo. A outra matéria está na primeira edição. Dessa vez, o carro da Chevrolet recebeu o V8 do BMW 740i. Sergio Pires, o responsável pela preparação do veículo que aconteceu na sua oficina Sergio performance contou: “Originalmente, essa máquina tem uma potência máxima de 286 cv a 5400 rpm e torque de 42,8 kgfm a 3600 rpm. Porém, eu ainda vou colocar uma injeção eletrônica programável e isso vai aumentar um pouco mais esses números”.



BMW 740i 1998 Para a máquina caber, Sergio fez uma falange de adaptação. Isso acontece porque de acordo com o preparador, o motor tem uma furação e o veíuculo outra. O BMW 740i é um veículo da série 7 da marca alemã. A sua velocidade máxima é de 250 km/h e a aceleração é capaz de sair dos 0 km/h e alcançar o 100 km/h em sete segundos. Entretanto, o consumo deixa a desejar. Em trechos urbanos o carro consome 4,5 km/l e na estrada esse número só sobe para 7 km/l.. Contudo, no Omega todos esses números podem melhorar. Além disso, para resolver a deficiência do consumo de combustível o dono já tinha instalado um sistema de injeção modificado anteriormente. Sergio explicou: “Agora, vou colocar uma outra injeção eletrônica sequencial, as válvulas se abrem de acordo com a ordem de ignição do motor. É um tipo de injeção multiponto. Ela além de melhorar o desempenho do carro também ajuda na economia de combustível e nas emissões de poluentes”.

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Volvo 480 ES Texto: Rafael Pires Fotos: Acervo Volvo

O carro que pavimentou o futuro


O Volvo 480 ES foi revelado ao mundo no dia 6 de março de 1986. De acordo com a Volvo, esse veículo foi um dos que mais chamou atenção no salão de Geneva daquele ano. Isso não aconteceu apenas porque era o primeiro carro esportivo que a empresa lançou após mais de uma década, mas também por causa do seu design. O veículo tinha o corpo baixo em forma de cunha, nariz pontiagudo e faróis de Pop Up, os quais forneceram uma dica do que estava por vir no mundo automotivo. O motor de 1.7 L podia alcançar 109 cv devido à ajuda de catalisadores. Dessa forma, a velocidade máxima do carro era 190 km/h e ele ainda saia alcançava os 100 km/h em 9,5 segundos. A volvo afirmava que embora a motorização não fosse tão potente, o 480 ES era um carro com propriedades que o faziam valer a sua aparência esportiva. Além disso, em 1988 uma versão Turbo do carro foi lançada. Nesse modelo, o motor tinha 120 cv com a ajuda de um turbo exaustor e um intercooler. Já em 1993, uma nova máquina 2.0 foi adicionada ao 480 ES, mas a potência diminuiu para 110 cv. Contudo, o torque aumentou. A Volvo não desenvolveu esse carro para ser um campeão de vendas. Porém, de acordo com a marca ele foi o veículo mais importante do Salão de Geneva de 1986.





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