Chez France: Uma Maravilhosa Jornada pela Terra do Vinho

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Prefácio Em busca de apresentar o art de vivre francês para os brasileiros, Márcio Horta e Philippe Ormancey, sócios da Chez France, decidiram mostrá-lo de outra forma: embarcaram em uma fantástica viagem pela França, conhecendo cada região vinícola e seus Châteaux e Domaines, no intuito de trazer os melhores produtos e colocar você ainda mais próximo do mundo dos vinhos franceses. A jornada, que surgiu de uma simples ideia, ganhou vida e levou os dois viajantes pelas incríveis paisagens francesas, em busca de vinhos que agradassem o paladar dos brasileiros e, claro, em busca também de muita história. Detalhes antes desconhecidos, novidades e várias curiosidades sobre as vinícolas e seus proprietários. Todo esse incrível “Tour de France” será contado aqui, desde o seu início, na região de Vallée de la Loire. Tudo foi feito com muito carinho e dedicação, na esperança de que você também participe conosco desta maravilhosa experiência!

Bon Voyage!


CAPÍTULO 01

VALLÉE DE LA LOIRE (p.6)

CAPÍTULO 02

BORDEAUX

(p.12)

CAPÍTULO 03

LANGUEDOC

(p.36)

CAPÍTULO 04

PROVENCE

(p.44)


CAPÍTULO 09

CHAMPAGNE (p.90)

CAPÍTULO 08

CAPÍTULO 07

BOURGOGNE (p.64)

CAPÍTULO 06

BEAUJOLAIS (p.58)

CAPÍTULO 05

CÔTES DU RHÔNE (p.48)

ALSACE (p.78)


Glossário premiações

RP

Robert Parker - RP

o mais influente crítico americano de vinhos da atualidade - máximo 100 pontos

50-59: Vinho inadequado. 60-69: Vinho abaixo da média. 70-79: Vinho medíocre, bem feito, mas sem grandes ressaltes 80-89: Vinho acima da média a muito bom. 90-95: Vinho memorável, de excepcional qualidade e caráter. 96-100: Vinho extraordinário, de caráter profundo e complexo, um clássico.

1º Medalha de Ouro

Medalha de Prata

WS

Revista Wine Spectator - WS máximo 100 pontos

50-74: Não recomendado. 75-79: Medíocre - vinho tomável que pode ter pequenas falhas. 80-84: Bom - vinho bem feito, de qualidade sólida. 85-89: Muito bom - vinho com qualidades especiais. 90-94: Excelente - Vinho de caráter e estilo superiores. 96-100: Clássico- um grande vinho.

Posição dos vinhos em diversas premiações.

Medalha de Bronze

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O ínício

AA

jornada

pela terra do

vinho

5

teve início na cidade luz, a bela Paris. Além de ser uma das cidades mais bonitas, charmosas e inspiradoras do mundo, Paris serviu de ponto de encontro para Márcio e Philippe. Márcio, o brasileiro criativo, e Philippe, o francês idealista, nascido na região de Bourgogne. Eles se encontraram num típico Bistrô às margens do rio Sena. Ali, entre um café (sem açúcar) para o francês e um (com açúcar, acompanhado de um croissant) para o brasileiro, acertaram os últimos detalhes da viagem que começaria no dia seguinte. Às oito da manhã, hora local, saíram em direção à região do Vallée de la Loire. Uma viagem relativamente pequena, de apenas duas horas, mas encantadora pelos belos castelos Château Chambord e Château Cheverny à beira da estrada. A cidade de Angers, bem ao centro da região, foi o ponto de uma parada rápida e estratégica, bem próxima às vinhas do Loire.

Foi impossível passar por uma cidade Patrimônio Mundial da UNESCO, cheia de história e arte, e não admirá-la um pouco. Márcio Horta


Vallée de la Loire

O ínício

© Atout France/Hervé Le Gac

6

Château d’Angers construído em torno de 850 a.c por ordem de Charles le Chauve para lutar contra as invasões normandas.


Vallée de la Loire Vallée de la Loire é a terceira grande região vitícola produtora de AOC da França e não precisou de outro motivo para a dupla tê-la escolhido. O ponto de equilíbrio entre o sul e o norte, a suavidade e o frescor, as artes e as letras, a tradição e a modernidade, dentre outras muitas misturas harmônicas proporcionam a mais brilhante diversidade de vinhos. A história do Loire e seus vinhos se confunde com a história da França. Há registros de vinhedos do século I, mas somente no século V se deu o nascimento da viticultura na região. São 2000 anos de história! A região se destaca pela enorme variedade de micro-climas, conforme as diferenças de altitude e de orientação das colinas, e por uma influência

marcante do vento dominante: o vento do nordeste. É constituída de terroirs variados - um mosaico de solos, de relevos e de orientações. Esse quebra-cabeça explica a diversidade dos vinhos. A harmonia entre castas e terroirs, onde a diversidade se conjuga com a unidade, é ainda mais excepcional à medida que algumas das grandes castas da região têm sua origem no Vallée de la Loire, enquanto muitas outras vêm do leste ou do sudeste da França. Em busca de trazer para o Brasil toda essa maravilhosa mistura do Loire, Márcio e Philippe, depois da parada na cidade de Angers, chegam ao seu destino: os Domaine La Bonnelière e Domaine Chatelain


Domaine de

La Bonnelière Próximo à cidade de Angers, Márcio e Phillipe chegam ao Domaine de La Bonnelière e descobrem uma história de mais de 40 anos por trás de um vinho que representa o sucesso da região: o Saumur Champigny. Em 1972 surge o Domaine de La Bonnelière. Ao comando de André Bonneau e sua esposa, originários de famílias de viticultores e apaixonados pelo terroir com o rigor e a tenacidade dessa região, o Domaine prosperou. Desde 2000, o Domaine La Bonnelière é comandado pelos irmãos Anthony e Cédric Bonneau, que representam a quinta geração de viticultores. “É na videira que a qualidade do vinho já se desenha”, contou Cédric Bonneau ao receber Márcio e Philippe. Isso ficou ainda mais claro ao degustar o vinho Saumur Champigny. Philippe teve certeza de que aquele era o local certo para um excelente Saumur Champigny, que por representar de maneira excepcional o terroir, era o vinho ideal para os brasileiros.


Vallée de la Loire | La Bonnelière

1º Concurso General Agricole de Paris 2013

Domaine de La Bonnelière Cuvée Tradition 2012 AOC Saumur Champigny Tinto 100% Cabernet Franc

A cor tem reflexos grenás. Os aromas de frutas vermelhas são frescos e sedutores ao nariz. A boca é elegante, com notas de frutas em compota e taninos aveludados. Este vinho representa perfeitamente a denominação.

Harmonize com Entradas, peixes, embutidos, carnes brancas e grelhados.

R$64

9


inhos

Domaine io Ho rta

A esco lha

sv o d

c ár M r Po

A tradição e o conhecimento dos Chatelain sobre a produção foi, sem dúvida, o ponto forte. Por isso, escolhemos dois vinhos especiais: o Sancerre e o Pouilly-Fumé.

Chatelain A próxima visita no Loire seria ao Domaine Chatelain, localizado no centro da região de Sancerre. A busca nesse Domaine era pelos brancos Sancerre e Pouilly-Fumé, equilibrados e bastante característicos, marca registrada dos seus terroirs. O casal Brigitte e Vincent Chatelain, atuais donos do Domaine e 12ª geração de viticultores, os receberam demonstrando muita paixão e contando um pouco da sua história e de todo o lado artesanal da casa. Desde 1630, os Chatelain cultivam as colinas de videiras na região. Em 1957, foram um dos primeiros a comercializar sua colheita para exportação, o que deu início à atual notoriedade do Domaine Chatelain. Atualmente, contam com 30 hectares e uma amostra de todos os terroirs da AOC, com grande liberdade na seleção das assemblagens. O vinhedo segue técnicas tradicionais. Todos os solos são cultivados sem herbicida residual. A cave de vinificação e de conservação é inteiramente enterrada e possui uma temperatura constante. Tudo isso à beira do Rio Loire, com uma bela vista sobre todo o Vallée de la Loire.


Vallée de la Loire | Chatelain 11

Domaine Chatelain Sancerre Sélection 2011 AOC Sancerre Branco 100% Sauvignon Blanc

De cor dourada com reflexos verdes, este elegante vinho apresenta um nariz rico que traz notas de limão maduro e toranja. Sua boca é agradável e levemente mentolada.

Harmonize com Carnes brancas com creme, peixes, crustáceos, queijos de cabra, mariscos, aves.

R$89

Domaine Chatelain Pouilly-Fumé Harmonie 2011

2º Decanter World Wine Awards 2011

AOC Pouilly-Fumé Branco 100% Sauvignon Blanc

De cor branca brilhante e com toques dourados, sua composição é marcada por aroma floral, mentolado, com notas de especiarias, tanto no nariz, quanto na boca. Além disso, possui um aroma mineral típico dos solos da região.

Harmonize com Carnes brancas com creme, peixes, crustáceos, queijos de cabra, mariscos, aves.

R$89


© Atout France/Jean François Tripelon−Jarry

12 Bordeaux

O Château Latour tem 65 hectares, formado por uma área de 47 hectares em torno do castelo “l’Enclos”.


Bordeaux Depois de visitar os castelos de Loire e muito satisfeitos com as escolhas feitas, a dupla franco-brasileira partiu rumo ao sul até a região de Bordeaux. Localizada no sudoeste da França, a região possui um ambiente excelente para o desenvolvimento de vinhedos. Os terroirs dos vinhedos de Bordeaux se distinguem por sua situação geográfica em relação aos Rios Garonne e Gironda. À margem esquerda do Rio Garonne e ao longo do estuário do rio Gironda, os terroirs são essencialmente “graves”: seixos e saibros dos Pirineus. Esses “graves” sobre a areia criam terraços bem drenados, quentes e perfeitos para a videira e, em especial, para a Cabernet Sauvignon. Do outro lado do rio, margem direita, os terroirs possuem uma origem diferente, com costas e colinas argilo-calcárias e solos mais profundos, perfeitos para a Merlot. Outras castas

que se destacam nessa região são Cabernet Franc, Malbec e Petit Verdot para os tintos, e a Sémillon e a Musacadelle para os brancos. A primeira parada se deu na cidade de Bordeaux, por ser mundialmente conhecida pela qualidade dos vinhos que produz, por traduzir todo o prazer de viver da França e por ser uma das cidades mais bonitas do país. A escolha de passar uma tarde ali foi estratégica. Um belo almoço com Foie Gras, às margens do Rio Garone, certamente serviu de inspiração para o que viria a seguir. O desafio de escolher alguns rótulos para trazer aos brasileiros era grande. Bordeaux é considerada um império do vinho. Em meio a tantos rótulos especiais, renomados e maravilhosos, eles sabiam que a escolha seria uma tarefa difícil.


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Petits

Châteaux

Com a tarefa de escolher alguns rótulos de Bordeaux para incorporar ao catálogo da Chez France, Philippe pediu ajuda a um amigo antigo de sua família: Frédéric Bernard.


Bordeaux | Petits Châteaux 15

A família Bernard tem conhecimento e vivência no mundo do vinho há mais de 20 anos. Hoje, Frédéric Bernard comanda a Bordeaux Tradition - empresa que comercializa vinhos de todas a regiões de Bordeaux. O encontro foi marcado no Domaine de Chevalier, na região de Graves, onde foram recebidos pelo simpático Frédéric e seu irmão Olivier, proprietário do Domaine de Chevalier. Um dia especial de degustações e muito aprendizado. O resultado foi uma escolha particular de Petits Châteaux de cada sub-região de Bordeaux. Cada rótulo escolhido pertence a uma família local, que cuida de seu respectivo Château. Não poderia haver um custo-benefício melhor para vinhos de Bordeaux.

Château Haut Rozier 2011 AOC Bordeaux Supérieur Tinto 75% Merlot; 15% Cabernet Sauvignon; 10% Cabernet Franc

De uma bela cor púrpura intensa, o nariz dessa safra é de frutas cristalizadas, com notas marcantes de frutas maduras. Bem carnudo, de grande amplitude na boca, esse vinho é bem suntuoso. Os taninos são mesclados, maduros e ricos. Ele tem uma nota tostada no final.

Harmonize com Carne vermelha e branca, queijo não muito forte.

R$52


16 Bordeaux | Petits Châteaux

Château Tour Saint André 2008 AOC Lalande de Pomerol Tinto 55% Merlot; 45% Cabernet Franc

Bela cor rubi densa. O nariz evoca a framboesa, a groselha e a ameixa verde com um toque levemente tostado. Na boca, o vinho é leve, sem excesso. O tanino envolve delicadamente a boca e o aroma de frutas pretas se intensifica, terminando em notas levemente amadeiradas.

Harmonize com Carne vermelha, queijo leve.

R$99

Bouquet de Monbrison 2006 AOC Margaux Tinto 50% Cabernet Sauvignon; 30% Merlot; 15% Cabernet Franc; 5% Petit Verdot

2° rótulo do Château de Monbrison de Margaux. Com um predomínio de frutas vermelhas no estilo sutil dos Margaux, se tornará mais delicado com o tempo.

Harmonize com Carne branca, aves, queijos de massa mole.

R$139


Bordeaux | Petits Châteaux 17

Château Pontet Barrail 2011 AOC Médoc Tinto 60% Cabernet Sauvignon; 40% Merlot

Expressivo, com notas de frutas vermelhas e pretas, e um toque de cassis. Sem dúvida alguma, o Château Pontet Barrail apresenta uma das melhores relações qualidade/ preço.

Harmonize com Carne vermelha

R$69

Château Franc 2010 AOC Saint Emilion Grand Cru Tinto 70% Merlot; 25% Cabernet Sauvignon; 5% Cabernet Franc

Sem dúvida, o Château Franc oferece uma das melhores relações qualidade/preço de Bordeaux. Uma ótima referência.

Harmonize com Carnes brancas com creme, peixes, crustáceos, queijos de cabra, mariscos, aves.

R$99


18 Bordeaux | Petits Châteaux

Domaine de La Solitude Tinto 2008 AOC Pessac Leognan Tinto 55% Cabernet Sauvignon; 35% Merlot; 10%Cabernet Franc Produzido pelo Domaine de Chevalier, Grand Cru Classé de Graves, esse vinho apresenta belíssima cor vermelha profunda. Nariz fino, elegante e distinto. Na boca, bela estrutura, muito elegante e refinado. Suntuoso final de frutas maduras.Vinho bastante equilibrado e típico de sua denominação.

Harmonize com

R$118

Carne vermelha grelhada, pato, queijo de massa mole.

Domaine de La Solitude Branco 2009

90 WS

AOC Pessac Leognan Branco 70% Sauvignon Blanc; 30% Sémillon

Produzido pelo Domaine de Chevalier, Grand Cru Classé de Graves, esse belíssimo vinho, levemente cítrico, apresenta elegantes notas amadeiradas, nervoso, potente, untuoso e longo.

Harmonize com Peixe grelhado, lagosta e crustáceos, queijos fortes tipo Munster.

R$118


No encontro com Frédéric, além da escolha de ótimos Petits Châteaux, Márcio e Philippe receberam a indicação de vinhos e vinícolas Grands Crus. Para uma gama de Bordeaux completa, bons Grands Crus eram essenciais. Por isso, resolveram visitar cada vinícola e escolher pessoalmente.


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inhos

io Ho rta

A esco lha

Olivier Bernard, presidente da união de Grands Crus de Bordeaux e proprietário do Domaine de Chevalier.

Por esses e outros motivos o Domaine de Chevalier faz um dos melhores vinhos de Pessac-Léognan e não poderíamos deixar de trazer um belo rótulo como esse para o Brasil.

c ár M Por

Domaine Chevalier


Grands Crus Bordeaux | Chevalier 21

No vilarejo Léognan, capital da região de Graves, na margem esquerda do rio Garonne, começaram a busca de Grands Crus pelo Domaine de Chevalier, de propriedade de Olivier Bernard. O casal Olivier e Anne os recebeu com grande cordialidade e contou um pouco da história de seu Domaine e dos eventos que acontecem ali. Protegido pelos segredos da espessa floresta que ocupa a parte meridional da região de Graves, Domaine de Chevalier tem uma produção que o coloca num nível de excelência entre

os melhores Crus do terroir de Graves para os tintos. Em Chevalier, todas as etapas da vinificação dos tintos são realizadas com material de ponta. As cubas são mais largas do que altas (2,85m de diâmetro e 2,50m de altura). Essa escolha visa facilitar a extração natural da cor e dos taninos, aumentando a superfície de contato entre o mosto e a parte superior. As temperaturas de fermentação, que podem atingir 31/32°C, decrescem lentamente (1 ou 2°C por dia) “para obter a mesma inércia térmica das cubas de madei-

ra do vovô”, disse Olivier Bernard. As videiras de vinho branco se dividem em 70% Sauvignon e 30% Sémillon. O vinhedo de vinho tinto é composto de 62% Cabernet-Sauvignon, 32% Merlot, 3% Cabernet Franc e 3% Petit Verdot. A composição dessa variedade de uvas corresponde à vocação do terroir de Chevalier. Ele expressa naturalmente a raça e elegância que são a quintessência dos grandes terroirs dos graves do norte.

Domaine de Chevalier 2008 90/93 WS

92/94

AOC Pessac Léognan, Grand Cru Classé Tinto 62% Cabernet Sauvignon; 32% Merlot; 3% Cabernet Franc; 3% Petit Verdot

RP

Nariz imponente, profundo, refinado e complexo, de grande intensidade e maturidade da fruta. Boca no mesmo espírito, saborosa, densa com um grão volumoso e sedoso, uma fruta imponente e um belo equilíbrio. Charme e elegância conjugados.

Harmonize com Carnes brancas com creme, peixes, crustáceos, queijos de cabra, mariscos, aves.

R$393


Didier Cuvelier, proprietário do Château Léoville Poyferré

Château Léoville Poyferré


Grands Crus Bordeaux | Léoville Poyferré 23

Com o intuito de visitar as sub-regiões de Bordeaux, a dupla partiu para a região de Saint Julien, na margem esquerda do rio Garonne. O Château Léoville Poyferré teve sua origem em 1635 sob o reinado de Luís XIII e passou por muitos proprietários, muitas mudanças, embora a maior delas tenha sido realizada apenas há 20 anos com a modernização das instalações para a produção. O vinhedo de Léoville Poyferré é constituído de 4 parcelas maiores,

com uma superfície total de 80 hectares. A variedade de casta atual é constituída de 65% Cabernet-Sauvignon, 25% Merlot, 8% Petit-Verdot e 2% Cabernet-Franc. A vinificação se dá por parcelas em tanques de inox termorreguladores e dura três semanas. A maturação do vinho de Léoville Poyferré dura entre 18 e 20 meses e é realizada em barris de carvalho francês, dentre os quais 75% são novos. Desde o início dos anos 2000, Léovil-

le Poyferré deu um salto qualitativo evidente. Atualmente, sob a consultoria do enólogo Michel Rolland, as últimas safras de Léoville Poyferré, ricas e expressivas, ilustram o progresso realizado e situam hoje o Poyferré entre os melhores vinhos da apelação. Para a escolha desse Grand Cru, foi levado em conta o equilíbrio perfeito entre fineza, elegância e potencial de guarda.

Château Léoville Poyferré 2007

90 WS

AOC Saint Julien, 2ème Grand Cru Classé Tinto 65% Cabernet Sauvignon; 24% Merlot; 7% Petit Verdot; 4% Cabernet Franc

A cor é de um rubi intenso e brilhante. O nariz tem uma bela complexidade aromática, com notas de torrefação (café, moca), de mentol e um frutado intenso. Na boca, o vinho tem uma amplitude bonita, taninos suaves e elegantes. Uma boa persistência aromática onde são percebidos os mesmos sabores detectados pelo nariz.

Harmonize com Carne vermelha assada, queijo não muito forte.

R$520


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Ch창teau Lagrange


Grands Crus Bordeaux | Lagrange 25

Château Lagrange é conhecido por ser um das vinícolas mais antigos da sub-região de Saint Julien, na margem esquerda do rio Garonne. Foi isso, inclusive, o que motivou a visita. Desde 1631, o domaine foi a moradia de vários proprietários. No entanto, somente em 1855 Lagrange veio ter seu grande momento, ao ver o ranking atribuir-lhe o cargo de Terceiro Cru. A próxima mudança do Château aconteceu em 1983, quando o grupo japonês Suntory o comprou

da família Cendoya, proprietária desde 1925. Familiarizada com o mundo do vinho, a empresa líder de bebidas no Japão, sob a liderança do seu Presidente Keizo Saji e seu vice-presidente Shin Torii, forneceu o capital necessário para a renovação espetacular da área do Château Lagrange. Em 1984, Marcel Ducasse assumiu a administração do Château, acompanhado de uma grande operação de reestruturação. Depois de mais de vinte anos de trabalho,

com investimentos humanos e técnicos, Lagrange encontra realização e reconhecimento. Em maio de 2007, Bruno Eynard assumiu a direção do Lagrange após participar da direção técnica por 17 anos. A experiência adquirida durante esses anos trouxe um domínio de solos, restrições climáticas e processos de produção, o que resultou em vinhos poderosos e elegantes com um grande potencial de guarda.

Château Lagrange 2010 90/93 WS

AOC Saint-Julien, 3º Cru Classé Tinto 75% de Cabernet Sauvignon e 25% de Merlot

89/92 RP

Cor profunda e intensa, expressão aromática dominada pela fruta, notas tostadas e de baunilha. No nariz, a expressão de frescor é dominante. A boca é bastante firme, com uma potência e uma riqueza tânica excepcional. Taninos ao mesmo tempo potentes, suaves e harmoniosos.

Harmonize com Carne vermelha, carne de caça, queijos.

R$399


Sr. Jean Gautreau, proprietário do Château

Château Sociando Mallet


Grands Crus Bordeaux | Sociando Mallet 27

O Château Sociando Mallet está na sub-região de Haut-Médoc, na margem esquerda do rio Garonne, onde é muito conhecido. Esse prestígio, inclusive, foi o que despertou o interesse de Márcio e Philippe em conhecer mais um Grand Cru de Bordeaux. A família de origem basca, Sociondo, nos anos 1600, cuidava do Château (o nome atual, Sociando, resulta de um erro de ortografia). Entretanto, até a Revolução, existiam poucas

informações sobre esse domaine. Em meados do século XIX, o Sr. Mallet tornou-se proprietário do Château e foi ali que o sobrenome Mallet juntou-se ao de Sociando. Com uma nova administração e muito esforço, o Château, que antes contava com 5 hectares, hoje possui mais 95 hectares, sendo 70 deles dedicados ao primeiro vinho. A variedade de castas é composta por 55% Cabernet-Sauvignon, 40% Merlot e 5% Cabernet-Franc e Petit-

Verdot. Desde a videira até a vinificação, todo o processo de produção é extremamente cuidadoso. Desde a virada do presente século, o Château Sociando Mallet vem ficando cada vez mais refinado e de alta qualidade. Com um vinho tão espetacular e uma boa relação qualidade/preço, não houve dúvidas de que esse seria um vinho perfeito para a Chez France.

Château Sociando Mallet 2008 AOC Haut Médoc, Cru Bourgeois Tinto 55% Cabernet Sauvignon; 40% Merlot; 5% Cabernet Franc

A safra 2008 apresenta uma cor opaca, um nariz de frutas pretas e especiarias. A boca é bem estruturada. A persistência na boca é excelente e apresenta uma densidade absolutamente extraordinária.

Harmonize com Carne vermelha, queijo não muito forte.

R$285


Château Phélan Ségur


Grands Crus Bordeaux | Phélan Ségur 29

O Château Phélan Ségur está localizado na sub-região de Saint Estèphe, na margem esquerda do rio Garonne. E para aproveitar a passagem pela região, Márcio e Philippe decidiram visitar esse belo château com vista para o Rio Gironde. A história do Château Phélan Ségur está ligada à história de um jovem irlandês, Bernard Phélan, corretor de vinho que deixou sua terra natal no fim do século XVIII para se estabelecer em Bordeaux. Em 1805, ele

adquiriu o Clos de Garamey, situado em Saint-Estèphe, e completou sua primeira aquisição com a compra do Domaine Ségur de Cabanac, em 1810. Quando Bernard morreu, Ségur de Cabanac foi passado para o seu herdeiro, que consagraria sua vida a elevar cada vez mais a notoriedade e qualidade dos vinhos produzidos. Na sequência o castelo mudou várias vezes de dono, tornando-se propriedade de Xavier Gardinier, em 1985. Ele dirige a

propriedade na companhia de seus filhos e promoveu obras de restauração, a fim de modernizar sua propriedade. A superfície total do vinhedo é de 70 hectares. A variedade de castas é de 55% Cabernet Sauvignon, 45% Merlot. O rótulo escolhido nesse Château foi apaixonante. Após a degustação, havia a certeza de que os brasileiros também o aprovariam.

Château Phélan Ségur 2010 90/93 WS

AOC Saint Estèphe Tinto 51% Carbenet Sauvignon; 49% Merlot

89/91 RP

De cor vermelho grená profundo. O nariz é frutado, com aromas de amora e mirtilo. Na doca a doçura é notável, estrutura que alia potência e elegância. Trama tânica marcante por sua densidade e delicadeza excepcional. Final de boca é agradável e persistente

Harmonize com Carne vermelha, queijo não muito forte.

R$319


Thierry Manoncourt, proprietário do Château

Château Figeac


Grands Crus Bordeaux | Figeac 31

Sinalizado por uma pequena placa à beira da estrada, o Château Figeac era de fato um destino muito esperado por eles. Situado no vilarejo de Saint Emilion, na margem direita do rio Garonne, o Château Figeac é o maior domaine da comuna Saint Emilion, rodeado por cerca de 40 hectares. Figeac é uma antiquíssima propriedade, cuja origem remonta ao século II, na época galo-romana. Pertenceu à mesma família durante mais de 500 anos e, no final do século XVIII,

constituía um domaine de cerca de 200 hectares. Foi vendido inúmeras vezes no século XIX, época em que os sucessivos proprietários o separaram em várias parcelas, dando assim nascimento a castelos vitícolas que anexaram o nome de Figeac ao seu nome de “estância”. O Château Figeac possui uma variedade de castas completamente diferentes, devido ao terroir privilegiado de graves: 70% Cabernet (metade Cabernet-Franc, metade Cabernet Sauvignon) e 30% Merlot.

Desde o final da década de 60, cada safra do Château Figeac é 100% colocada em barricas novas. A maturação leva entre 18 e 20 meses. Uma barrica nova, cujo interior não é recoberto de taninos, permite ao vinho respirar melhor do que numa barrica já utilizada. Isso permite uma troca lenta entre o vinho e o ar do ambiente. Um vinho que expressa excepcionalmente o terroir de sua sub região, produzido desde a época gallo-romana, foi uma escolha certeira.

Château Figeac 2008 AOC Saint Emilion Grand Cru; 1er Cru Classé B Tinto 35% Cabernet Sauvignon; 30% Merlot; 35% Cabernet Franc

Com uma bela cor púrpura, este vinho se destaca por seu nariz expressivo: aroma muito complexo que mescla com elegância muitos sabores de frutas, especialmente amora e cassis. Aos aromas varietais, dominados pela Cabernet, se misturam os sabores do alcaçuz devido ao envelhecimento em barrica. O paladar é macio e sedoso. Os taninos são saborosos com um grão fino e o final é frutado, elegante e caloroso.

Harmonize com Pato, carne de caça, queijos.

R$750


Ch창teau Nenin


Grands Crus Bordeaux | Nenin 33

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tares, sendo 28 hectares de videiras. A variedade de castas engloba 70% de Merlot e 30% de Cabernet Franc e as videiras situam-se num terroir de areia, pedras e argila, na encosta sul do alto do platô de Pomerol. Lo-

calização privilegiada, cuja exposição ideal permite a maturação perfeita da uva. Devido a importantes obras realizadas no vinhedo e nas caves, a qualidade e o refinamento dos vinhos foram amplamente aumentados.

inhos

Or ma ncey

A esco lha

Localizada na sub-região de Pomerol, na margem direita do rio Garonne, a propriedade pertence à mesma família desde 1840 e conta com uma bela arquitetura do século XIX. O Domaine atual estende-se sobre 34 hec-

A sub-região de Pomerol possui um tanino particular e o Nenin mostra de maneira espetacular esse lado do vinho.

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Château Nenin 2010 92/95 WS

90/92 RP

AOC Pomerol Tinto 82% Merlot; 18% Cabernet Franc Este Pomerol estruturado tem notas de cereja e toques de kirsch misturados com notas minerais e florais. De corpo médio, um vinho muito elegante, representativo de Pomerol.

Harmonize com Strogonoff de carne, javali, queijos fortes, vitela com trufa.

R$389


sv do

inhos

Or ma ncey

A esco lha

Xavier Planty, proprietário do Château

O vinho do Château Guiraud tem uma personalidade fina e mineral, um perfeito acompanhamento para sobremesas.

pe lip i h Por P

Château Guiraud


Grands Crus Bordeaux | Guiraud 35

Para finalizar a busca por Grands Crus de Bordeaux, eles não poderiam deixar de visitar o Château Guiraud. Localizado ao lado do vilarejo de Sauternes, na margem esquerda do rio Garonne, trata-se de um Grand Cru renomado que hoje é administrado por dois amigos de Philippe: Olivier Bernard e Xavier Planty. Em 80 anos e 3 gerações, o Château Guiraud se tornou um Grand Cru de prestígio, consagrado em 1855 como o 1° Cru Classé pela classificação imperial. Em 20 de julho de 2006, o Château Guiraud foi retomado por 4 personalidades: um industrial, Robert Peugeot, e três viticultores, Olivier Bernard, Stephan Von Neipperg e Xavier Planty. O compartilhamen-

to da paixão pelos vinhos, pela gastronomia, pela natureza, pela caça, em resumo, por todo o art de vivre, fez com que eles rapidamente entrassem em acordo sobre a ética da qualidade e a filosofia do cru. A “podridão nobre” (botrytis cinerea) é responsável pelos vinhos Sauternes. No Château Guiraud, não contentes em obter apenas uma uva perfeitamente madura, eles sempre buscam sua concentração e sublimação através de um fungo microscópico: a “podridão nobre”. A maturidade completa da uva no início de setembro, as noites frescas, os orvalhos abundantes e as brumas matinais favorecem o desenvolvimento dessa microscópica “podridão”. A uva dourada torna-se roxa e sua pele

se fragiliza, o que permite a evaporação da água contida no grão da uva. O sabor de um grande Guiraud nunca é uma simples concentração de açúcares e de aromas. A “podridão nobre” confere às uvas aromas complexos: chá preto, pimenta branca, açafrão, notas queimadas, sabores ácidos e açucarados complexos, provenientes desse fungo incrível um alquimista misterioso das castas e dos terroirs. Após uma longa visita ao Château e à adega, acompanhada pelo diretor Xavier e sua filha, que cuida do atendimento aos clientes, Márcio e Philippe puderam escolher o vinho que trariam para a Chez France.

Château Guiraud 2006

93 WS 92 RP

AOC Sauternes, 1er Grand Cru Classé Branco 65% Sémillon; 35% Sauvignon Blanc

O vinho é complexo e exuberante. Tem aromas muito finos de laranja cristalizada, fruta exótica, mentol, e notas de gengibre. A “podridão nobre” foi muito boa nesta safra. O botrytis tem uma pureza esplêndida. O final é explosivo, de mel, com especiarias...

Harmonize com Aperitivo (foie gras), tortas salgadas, frutos do mar, carne branca, queijo tipo gorgonzola, frutas e sobremesa. 375ml

R$199


© Atout France/Patrice Thébault

36 Languedoc

Muralhas do “La Cité”: a maior construção medieval da Europa, com 32 torres pontiagudas e o belo Château Comtal


Languedoc Com a busca por grandes Bordeaux finalizada, partiram rumo ao sul para Languedoc. A região, situada na costa mediterrânea, faz limite com o extremo oeste da região de Provence. Márcio e Philippe fizeram a viagem de carro. Antes de chegarem ao primeiro Domaine, houve uma rápida parada na cidade de Carcassonne, conhecida mundialmente por suas construções medievais. Antes mesmo de chegar à cidade, já era possível avistar as muralhas do “La Cité” a maior e mais preservada construção medieval da Europa, com 32 torres pontiagudas e o belo Château Comtal do século XII. Porém, nem o encanto da cidade foi suficiente para prendêlos muito tempo por lá. O objetivo mesmo era descobrir os bons vinhos de Languedoc. Languedoc é uma terra de conquistas e de interações. Há resquícios de um passado glorioso por todos os lados. Sua história tem raízes num passado longínquo. Seus vinhedos

foram trazidos pelos gregos, desde a pré-história em Tautavel, há 450.000 anos. Apesar disso, foram os Romanos que desenharam a paisagem vitícola e a maior parte de Languedoc, tal como conhecemos atualmente. Os contrastes de terroir dessa região são inúmeros, entre o rigor das montanhas dos Pirineus e do Massif Central e a docilidade das margens do Mediterrâneo. À beira-mar, o solo possui uma tendência arenosa, calcária ou argilosa. Com o surgimento de pequenos picos e vales, ele passa a ser xistoso, de marga, com amplos terraços de pedras roladas. O clima é geralmente mediterrâneo. No entanto, quanto mais se avança nas terras, mais ele pode adotar características oceânicas. Foi assim que os viticultores de Languedoc compreenderam que não possuíam apenas um, mas vários terroirs. E era exatamente desses terroirs que Márcio e Philippe estavam em busca.


Château

Villerambert Julien De Bordeaux, passando por Toulouse, Carcassonne pelo pequeno vilarejo de Caunes e o covento de Fontfroide. Enfim, Márcio e Philippe chegavam até o Château Villerambert Julien, o primeiro ponto de parada na terceira região visitada. A visita a esse Domaine se deu por saberem que tratava-se de um lugar excepcional, com um ótimo vinho Minervois e a conhecida história da família Julien. Recebidos pelo atual proprietário, Michel Julien, visitaram a antiga adega, fizeram um passeio pela vinícola e degustaram belos vinhos enquanto ouviam histórias sobre o lugar.

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O vinhedo do Château Villerambert Julien estende-se sobre 76 hectares concentrados em torno de um castelo do século XVI, denominado Bastide, englobando uma grande edificação de 4 torres, uma capela do mesmo período, amplo pátio de recepção com uma pequena cave para degustação e os prédios de trabalho do vinho: tanque de limpeza, chais e reposições bem reunidas no entorno.

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A esco lha

O Château foi construído no século XVI, mas somente em 1858, a família de Julien, cujas origens remontam ao século XVI na região de Minervois, comprou o Château. Marcel Julien foi quem deu início ao renascimento qualitativo do Domaine, auxiliado por sua esposa, Lucette, escrevendo as primeiras páginas da aventura comercial dos Languedoc em garrafas no cenário nacional e internacional.

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Com a ajuda de Michel, escolhemos dois vinhos que representam com elegância o terroir, a denominação de Minervois e a expressão de Languedoc.


Languedoc | Villerambert Julien 39

Château Villerambert Julien Opéra 2010 AOC Minervois Tinto 65% Syrah; 35% Grenache

Esse vinho oferece ao mesmo tempo vigor e plasticidade, força e suavidade, bem como uma presença aromática generosa.

Harmonize com Cassoulet, petit salé com lentilhas, pot-au-feu, atum grelhado. Todos os tipos de assados e grelhados.

R$59

Château Villerambert Julien Tinto 2006 AOC Minervois Tinto 60% Syrah; 40% Grenache

O Château Villerambert Julien Tinto 2006 se impõe como um vinho emblemático do Languedoc. Ele tira toda a sua nobreza das Syrahs, plantadas em terroirs argilo-calcários e das Grenaches, plantadas em terroirs xistosos, cultivadas com pouquíssimos rendimentos e colhidas bem maduras. A exigência que inspira a concepção desse vinho obriga que ele somente seja produzido em anos especiais.

R$89 Harmonize com Aves, carnes brancas e vermelhas, carnes de caça, culinária gastronômica.


Cave de

Abbé Rous Na fronteira entre França e Espanha, no renomado vilarejo de Banuyls-sur-Mer, é que está situada essa cave cooperativa. Uma região privilegiada, onde as montanhas dos Pirineus encontram o mar Mediterrâneo. A dupla buscava encontrar nessa propriedade um conhecido vinho tinto suave: “o vinho do Porto francês.” A cave possui uma superfície total de 1.800 hectares, sustentada por 6.000 km de muretas de pedras secas que estruturam toda a paisagem. Instalada em Banyuls-sur-Mer, a Cave Abbé Rous produz e comercializa uma bela gama de vinhos de AOC Collioure e Banyuls. Contando com 750 viticultores, sua qualidade resumese por sua exigência em todas as etapas da elaboração dos vinhos: da preparação da videira à vinificação, da maturação à sua apresentação. Detentora de um know-how único para a maturação dos Banyuls e dos Banyuls Grand Cru, a cave possui uma variedade de rótulos de enorme riqueza.


Languedoc | Abbé Rous 41

Cave de Abbé Rous Cornet & Cie Banyuls Rimage 2010 AOC Banyuls Rimage Mise Précoce Tinto 100% Grenache Noir

De cor púrpura profunda, este vinho tinto doce possui um nariz marcado pela intensidade da amora e do cassis. Já sua boca apresenta grande pureza aromática com a dominância de geleia de amora e toques de verbena fresca.

Harmonize com Este rótulo pode ser associado a uma cozinha exótica que comporta pratos agridoces ou, ainda, queijos fortes, sobremesas de chocolate ou de frutas vermelhas.

R$129


Domaine de

Petit Roubié Para finalizar os vinhos de Languedoc, não teria como deixar de visitar o Domaine de Petit Roubié, propriedade do casal Olivier e Floriane, amigos pessoais de Philippe. O Domaine fica próximo à agitada e universitária cidade de Montpellier, que serviu como ponto de apoio para um almoço rápido. Na chegada, os amigos Olivier e Floriane os acompanharam no “tour” pelo Domaine. Este Domaine está localizado em terras ao longo do departamento D161 de Castelnau de Guers Pomerols, em Hérault. Ele oferece ao espectador uma distribuição harmoniosa de uvas diversas e jovens; uvas brancas: Grenache Blanc, Marsanne, Piquepoul, Sauvignon Blanc, Viognier. Uvas roxas: Cabernet Sauvignon, Tannat, Merlot, Syrah. Floriane e Olivier Azan, donos da propriedade desde 1981, desenvolveram produtos típicos da região explorando as castas. O Domaine produz vinhos brancos, tintos e rosés. De acordo com a dupla, a escolha por um vinho do Domaine Petit Roubié foi muito clara, já que o vinho é espetacular e representa muito bem o Sul da França.


Languedoc | Petit Roubié 43

3º Vigneron Independant 2013

Domaine de Petit Roubié Picpoul de Pinet 2013 AOC Picpoul de Pinet 2013 Branco 100% Piquepoul

Vinho branco seco de cor ouro pálido com reflexos brilhantes de verde. O nariz complexo associa aos aromas florais dominantes um odor de pêssego branco e sabores exóticos de casca de abacaxi. Inicialmente redondo e opulento, ele se torna rapidamente vigoroso e vivo na boca. Seu equilíbrio ácido-álcool ressalta seus aromas frutados. A nota final, longa e opulenta, deixa notas sugestivas de cítricos e de frutas brancas.

Harmonize com Frutos do mar (conchas e crustáceos).

R$79


44 Provence

Montanha Sainte-Victoire


Provence De Languedoc até a região de Provence, o caminho passa pela charmosa cidade de Aix-en -Provence, nos pés da Montanha Sainte-Victoire. Provence é mundialmente conhecida por ser especializada em vinhos rosés e, por esse motivo, a região não poderia ficar de fora da jornada pela terra do vinho. Os vinhedos provençais, situados principalmente nos departamentos de Bouches-du-Rhône e do Var, nas deonominações Coteaux d’Aix-enProvence, Coteaux Varois en Provence, Côtes de Provence e as denominações de terroir Côtes de Provence Sainte-Victoire e Côtes de Provence Fréjus, produzem vinhos de uma grande diversidade aromática com notas bastante diferentes, mas todas com o caráter solar do clima mediterrâneo.

Especialista histórico dos rosés límpidos, frutados e generosos, o vinhedo provençal também não deixa de produzir tintos poderosos e brancos leves, suaves e delicados. Cerca de 88% dos vinhos produzidos em Provence são rosés, sendo considerada a única zona de produção especializada nesse tipo de produto. A Provence é a primeira região na França produtora de vinhos rosés AOC. Em 2013, com 40% da produção nacional, ela forneceu cerca de 8% dos rosés do mundo. Dois grandes blocos geológicos, um cristalino e outro calcário, coexistem e formam o terroir de Provence. Devido à variedade do relevo e do clima, mais de doze castas entram regularmente na elaboração dos vinhos de denominações de origem na Provence. O rosé é uma arte inimitável, que os viticultores provençais cultivam com paixão.


Château de

Saint Martin

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A reputação de Saint Martin, reconhecida há vários anos, é resultado de uma tradição familiar perpetuada desde o século XVIII, capaz de satisfazer aos mais exigentes estabelecimentos do mundo. O Château quase sempre foi comandado por mulheres, com exceção feita ao Conde de Rohan Chabot, grande figura do mundo do vinho e pai da Condessa de Gasquet. Adeline du Barry é quem está na administração atualmente, compondo a sétima geração de mulheres no comando. O Domaine combina a produção de vinhos de personalidade com a arte de receber visitantes, graças ao seu excepcional patrimônio arquitetônico e cultural. Depois de um passeio pelo Château, guiado pela proprietária Adeline, chegava o momento das degustações.

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A esco lha

Entre a cidade de Aix-en-Provence e Nice, no centro da região de Provence, fica o próximo Château que visitaram. O Château de Saint Martin é uma bela vinícola de 100 hectares, dos quais 50 são cobertos por videiras carregadas de história. Tudo começou com os romanos que ali cultivavam suas videiras e deixaram inúmeros rastros. Saint Martin tornou-se uma vinícola dos monges de Lerins que sublimaram a cultura do Domaine entre o século X e XVIII. No século XV, construíram uma suntuosa cave subterrânea na qual os vinhos envelheciam há séculos em cubas cavadas na própria rocha. Esta prática lhes conferia formidáveis propriedades isolantes. Já em 1740, a família da atual proprietária assumiu o bastão e construiu o Château.

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Depois de um passeio pelo Château, guiado pela proprietária Adeline, degustamos os seus belos rosés e sem dúvida nos apaixonamos.


Provence | Saint Martin 47

Château de Saint Martin Eternelle Favorite 2012 AOC Côte de Provence Cru Classé Rosé Tibouren, Carignan, Grenache Com uma coloração aveludada de pêssego, este rosé possui um nariz de perfumes delicados: rosa antiga, peônia, lilás com notas de morangos silvestres, mandarina, toranja rosa e mel. Sua boca é suave e sensual, apresentando um leque de aromas já percebidos pelo nariz: notas cítricas, mescladas à doçura do pêssego de videira e do melão amarelo, ao frescor do maracujá e à delicadeza dos morangos silvestres. Um vinho homenageando as mulheres.

Harmonize com

R$99

Massas, moqueca de camarão, churrascos, comida japonesa.

Château de Saint Martin Bulles de Rosé AOC Provence Rosé Cinsault, Syrah

De coloração rosa framboesa, este espumante rosé possui uma explosão de odores de pequenas frutas vermelhas. Além disso, apresenta bolhas muito finas e regulares em uma boca aerada com notas delicadas de cereja e de rosa.

Harmonize com Para uma festa ou um aperitivo, este rótulo combina com frios finos, grelhados, pratos exóticos doces/salgados, temperos, sobremesas de frutas frescas, charlote de frutas e creme inglês.

R$99


© Atout France/Michel Angot

48 Côtes du Rhône

Ponte Saint-Bénezet, também conhecida como a Ponte de Avignon. Tem o selo de Património Mundial da Humanidade por parte da UNESCO


Côtes du Rhône Pela primeira vez durante todos os dias da viagem, a caminhada rumava para o norte, num caminho que chegaria novamente até Paris. Côtes du Rhône foi a próxima região visitada e havia grande expectativa pelos vinhos que completariam a carta da Chez France. O rio Rhône nasce nas regiões glaciais dos Alpes suíços e se dirige para Oeste, atravessando vales, vinhedos e espraiando-se no belo lago Léman, na fronteira com a França. Penetrando o território francês, ele forma uma grande curva de 90º no sentido anti-horário até que, passando a cidade de Lyon, se dirige para o sul da França, desembocando cerca de duzentos quilômetros depois no Mediterrâneo, próximo à Marselha. Nas encostas desse trecho francês do rio - as Côtes du Rhône - encontram-se os melhores vinhedos do sudeste e seus vinhos mais afamados. Algumas descobertas arqueológicas, aliadas a um estudo histórico bem antigo, permitem situar a origem das Côtes du Rhône como sendo

muito anteriores às de outras regiões vitícolas francesas. Os Romanos criaram o vinhedo de Vienne, de grande reputação. Eles exploraram o campo de Vienne com intensas obras de escavação, plantação de videiras e a construção de muretas para proteção dos terraços. As encostas bastante acidentadas da margem direita seduziram os Romanos - Côte Rôtie em Saint Joseph - e foram anexadas mais tarde às da margem esquerda – Hermitage. O clima, de tipo mediterrâneo, é marcado pelo Mistral - vento violento, necessário e benéfico ao desenvolvimento da videira, nascido da diferença de pressão atmosférica entre as regiões do norte e do sul. A sazonalidade bastante marcada das chuvas, as temperaturas quentes e a irradiação solar excepcional caracterizam igualmente o clima dessa região. O solo é a resultante das incidências da vegetação e do clima ao longo dos milhares de anos.


Domaine

La Garelle Antes de chegar ao Domaine La Garelle, Márcio e Philippe passaram por vilarejos medievais e também por Avignon, conhecida como a Cidade dos Papas. Este nome surgiu durante um período conturbado em Roma, no século XIV, quando a cidade abrigou a sede do papado. Assim que chegaram ao Domaine, foram muito bem recebidos por Christopher – um brasileiro que trabalha por lá, que ama o sul da França e a tradição dos vinhos de Côtes du Rhône. Durante a visita ao Domaine, os dois conheceram um pouco das características do local. As videiras do Domaine La Garelle se estendem sobre 18 hectares, ao pé da montanha do Luberon, 35 km à leste de Avignon. Possui um terroir bastante peculiar, arenoso e pedregoso, sobre o qual a videira já era cultivada desde a época galo-romana. O Domaine La Garelle produz vinhos brancos, tintos e rosés da AOC Lubéron. A elaboração de vinhos de qualidade tornou-se a prioridade do Domaine graças à colaboração de Robert Vlasman e Frédéric Blanc, diplomado em viti-enologia em Montpellier. O clima do terroir é de grande contraste: duas estações secas (curta no inverno, bastante longa e marcada no verão) e duas estações chuvosas (no outono, com chuvas abundantes e violentas, e na primavera), o que constitui uma vantagem excepcional para a cultura da videira. O Mistral assegura uma taxa média de umidade bastante baixa, saneando a videira e contribuindo para a sua preservação natural contra doenças. Depois de acompanharem todo o processo de fabricação dos vinhos, puderam degustá-los. A surpresa foi muito boa.


Côtes du Rhône | La Garelle 51

Domaine La Garelle Cuvée du Solstice 2008 750ml

AOC Luberon Tinto 40% Grenache; 40% Syrah; 20% Carignan

500ml O nariz apresenta notas de frutas vermelhas (amora) e de couro. Na boca, a dominante é frutada, amora, cereja e especiarias.

Harmonize com Carnes, filé de peito, saladas campestres, queijos.

750ml

500ml

R$69

R$59

Domaine La Garelle Cuvée du Solstice 2011 AOC Luberon Branco 90% Vermentino; 10% Ugni Branca

O nariz apresenta aromas de pêssego e de resina de pinheiro. Na boca, apresenta notas de abricó, abacaxi, seguidos de aromas de pão grelhado, de baunilha, final com notas de torrefação.

Harmonize com Peixe, crustáceos, carnes brancas, bebido igualmente no aperitivo.

R$69


Domaine du

Château de l’Hers

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A recepção foi feita por Marcel Georges, dono e viticultor que apresentou os vinhos e sua propriedade com muita paixão. O local onde hoje é situado o Domaine du Château de l’Hers já era importante desde o século XIV, quando foi construído o castelo. O local já foi a moradia de diversos imperadores, bispos, do Rei da Provença (1913) e até de Saint-Louis, em seu caminho para as Cruzadas. Reza a lenda que ele deixou seu tesouro por lá, antes de seguir caminho rumo à Terra Santa.

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Or ma ncey

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O próximo destino de Márcio e Philippe seria um dos Châteaux mais esperados da viagem. Ao passarem pelo Arco do Triunfo da cidade de Orange, sabiam que um dos mais renomados vinhos franceses estava próximo. O Châteauneuf-du-Pape do Domaine du Château de l’Hers é conhecido mundialmente por ter conquistado a nobreza da França.

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Foi difícil achar um Châteauneufdu-Pape que realmente tivesse toda a expressividade de sua denominação. Mas acertamos na escolha do Domaine du Château de l’Hers, é um vinho excepcional e exclusivo.

Apesar da história de longa data, o Domaine du Château de l’Hers é uma propriedade recente, criada em 2000. Marcel Georges é o herdeiro desta tradicional vinícola. Hoje os vinhedos se estendem por 14 hectares e um terço da propriedade possui plantações de até 70 anos de idade. Já para as novas vinhas, foram esperados quatro anos até que as plantas jovens dessem o seu primeiro vinho Châteauneuf-duPape e atingissem seu potencial, em 2013. Estes vinhos característicos, moldados pela tradição, foram inspirados pela história única dessa propriedade. Os vinhos do Domaine du Château de l’Hers são produzidos em conformidade com as regras e costumes da denominação Châteauneuf-duPape, ele usa as 13 uvas permitidas (5 brancas e 8 tintas), o que faz dele ser tão especial. Inclusive, nos últimos anos, foi escolhido como o vinho de consumo do presidente francês e de diversos eventos importantes na França.


Côtes du Rhône | Château de l’Hers 53

Domaine du Château de l’Hers Châteauneuf-du-Pape 2009 AOC Châteauneuf-du-Pape Tinto Syrah, Mourvèdre, Muscardin, Counoise, Cinsault, Grenache, Vaccarese e Terret De cor púrpura, esse vinho apresenta um nariz intenso marcado por frutas vermelhas e especiarias. Nota intensa e delicada de frutas, muito equilibrado, sabor forte e estrutura tanínica.

Harmonize com Cordeiro, pato, carne grelhada e queijos fortes.

R$279

Domaine du Château de l’Hers Châteauneuf-du-Pape 2010 AOC Châteauneuf-du-Pape Branco Picardan, Roussanne, Clairette, Picpoul e Grenache blanc Uma raridade nessa denominação (apenas 6% de brancos). Apresenta uma aparência amarelo claro com reflexos verdes, o aroma é delicado com notas de frutas cítricas e de maçã, o sabor é amplo e harmonioso, levemente amadeirado.

Harmonize com Lagostas, peixes brancos, carne branca e queijos leves.

R$279


Domaine

Rouvre Saint Léger Ainda em Côtes du Rhône, visitaram também o Domaine de Rouvre Saint Léger, propriedade que pertence a um amigo de Philippe, Didier Dumont. Didier mora no Brasil, mas possui essa propriedade familiar próxima à Avignon. Por esse motivo, a próxima parada já estava definida. Na chegada, em uma antiga casa no meio da vinícola, ficaram conhecendo um pouco mais da história do Domaine. Adrien Borrelly, parceiro de Didier Dumont, pertence a uma família de viticultores que existe desde 1520, instalada na zona rural de Laudun há 15 gerações. Após a realização de estudos de Enologia e vinificação, Adrien decidiu investir na busca pela excelência do Domaine familiar da Rouveyrolle. Numa propriedade de 60 hectares, ele selecionou as melhores parcelas de cada casta com o objetivo de extrair do terroir a mais bela expressão de sua tipicidade.

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Adrien e Didier têm em comum a paixão pelo vinho, buscando sempre a harmonia e a tradição familiar de viticultores. Por esse motivo, resolveram juntar suas experiências e suas propriedades, dando origem ao Domaine Rouvre Saint Léger.

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Seguindo carreira internacional, com uma passagem de 15 anos pela América Latina, Didier acompanhou a expansão dos vinhos do novo mundo e adquiriu a convicção de que um vinho francês deve cultivar a tipicidade de seus terroirs e a excelência de suas assemblages, diante da padronização da casta única.

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Após a visita e algumas degustações, não tivemos dúvidas de que a outra dupla, Didier e Adrien, fazem um ótimo trabalho - uma expressão única dos vinhos Villages de Côtes du Rhône.


Côtes du Rhône | Rouvre Saint Léger 55

Domaine Rouvre Saint Léger Laudun Tinto 2008

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AOC Côtes du Rhône Villages Laudun Tinto 50% Grenache; 50% Syrah.

De cor vermelha com reflexos roxos, este vinho tinto possui um nariz discreto de frutas vermelhas e de geleia de cereja selvagem. Sua boca é marcada por notas de morango, framboesa e especiarias, como orégano e ervas.

Harmonize com Massas, carne vermelha e carne assada.

R$99

Domaine Rouvre Saint Léger Laudun Branco 2011

1º Concurso Grande Vinhos da França Macon 2012

AOC Cotes du Rhone Villages Laudun Branco 70% Viognier; 30% Roussanne

A bela cor é amarela com reflexo verde. Descobrimos um nariz de damasco, lichia e casca de laranja. Sua boca é untuosa e fresca, com aromas de geleia de damasco e creme de banana, com notas de bombons de sabores exóticos.

Harmonize com Massas, aperitivo, peixe e sobremesa

R$89


Domaine

Fayolle Não poderia faltar um vinho do norte de Côtes du Rhône. Após boas escolhas em quase toda a região, Márcio e Philippe foram até o Domaine Fayolle. O local é conhecido por sua tradição familiar, que se perpetua há 6 gerações. A irmã Céline assume a comercialização e administração, enquanto o enólogo Laurent assume a produção. Ambos, inclusive, foram os responsáveis por guiar a visita. Em 1814, a família Fayolle se tornou produtora vinícola com algumas parcelas de videiras. Em 1870, ao herdarem a casa-mãe com uma adega, nasceu o Domaine Fayolle. Já em 1865, o Domaine se estendeu graças à união de famílias. A partir de 1959, com o primeiro engarrafamento do vinho da AOC Crozes-Hermitage, o Domaine deu início à comercialização de seus vinhos em restaurantes e também para exportação.


Côtes du Rhône | Fayolle 57

Domaine Fayolle Crozes-Hermitage Sens 2011 AOC Crozes-Hermitage Tinto 100% Syrah

De cor cereja preta com reflexos púrpura, este vinho tinto possui um nariz com aromas intensos de frutas vermelhas maduras de cassis e de especiarias. Sua boca é ampla e sedosa e suas notas de frutas vermelhas, associadas a taninos finos e elegantes, tornam esse rótulo bastante acessível.

Harmonize com Vinho perfeito para harmonizar com carne ao molho, como por exemplo Boeuf Bourguignon. Ótimo também com carne de caça.

R$99


Š Atout France/CRT France/Franck Bourgogne Charel

58 Beaujolais

Capela Saint Laurent Oingt com vista para os vinhedos de Beaujolais


Beaujolais Ao finalizar a visita em todos os Domaines e Châteaux de Côtes du Rhône, Márcio e Philippe partiram rumo ao norte para um único destino em Beaujolais. Porém, com a passagem pela cidade de Lyon, resolveram parar por algumas horas e aproveitar toda tranquilidade que a cidade oferece. Localizada entre dois rios, numa zona montanhosa, Lyon é famosa por suas ruelas e por ser considerada a capital da gastronomia francesa, o que engrandece ainda mais a região. Beaujolais é uma área de excepcional beleza, de pequenas vilas e colinas quase exclusivamente plantadas com cepas Gamay. Décadas atrás, Beaujolais construiu nos bistrôs de Paris e Lyon sua reputação de vinho fácil, agradável, de puro frescor e frutas vívidas e cítricas. Beaujolais é uma região situada ao norte de Lyon, que se estende pelo norte do departamento do Rhône e pelo sul do departamento de Saôneet-Loire. É uma antiga província francesa, cuja capital histórica é Beaujeu, de onde a região tira seu nome. A capital atual é Villefranche-surSaône. Conta com 12 AOC no Beaujolais sendo 10 Crus: além das AOC Beaujolais e BeaujolaisVillages, tem os Crus de Beaujolais: Brouilly,

Chenas, Chiroubles, Côte de Brouilly, Fleurie, Julienas, Morgon, Moulin-à-vent, Régnié e Saint Amour. As características e singularidades dos vinhos de Beaujolais são resultado de uma única casta que dá vida à totalidade de suas denominações: a Gamay preta de sumo branco. Presente em Beaujolais desde o início do século XVII, essa casta soube acompanhar as evoluções do vinhedo e das tradições culturais coletivas. Em solos argilocalcários e terrenos graníticos de Beaujolais, a planta encontrou sua terra de predileção. Para obter vinhos tintos levíssimos e frutados é preciso utilizar a técnica de maceração carbônica, um tipo de fermentação que utiliza a uva inteira, sem ser esmagada, em tanques de aço fechados hermeticamente. Esse método ficou conhecido graças aos vinhos franceses de Beaujolais. Tratase de uma fermentação intracelular, ou seja, as uvas são fermentadas de dentro para fora, resultando em pouca extração de taninos. Isso dá uma característica frutada e vivaz nos vinhos, em sua maioria, para consumo rápido, pois não há estrutura para envelhecer.


Terroirs et Talents

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Saindo de Lyon, a Terroirs et Talents fica ao norte, em direção à região de Bourgogne. A empresa trabalha e comercializa os vinhos da região de Beaujolais, escolhendo sempre os melhores rótulos e os melhores Crus. O dono da Terroirs et Talents recebeu a dupla no Château de la Terrière, pertencente à denominação de Cru Moulin a Vent, bastante conhecida por identificar a região. Lá puderam conhecer o Château e degustar não somente os vinhos daquela propriedade, mas também de várias outras, já que o Terroirs et Talents representa cerca de 38 produtoras.

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Fizemos a escolha de 4 Crus, e para ter uma boa variedade do que representa a região de Beaujolais, cada vinho escolhido representava um terroir, uma ticipicidade diferente.


Beaujolais | Terroirs et Talents 61

Château de La Terrière Cuvée de La Lure 2009 AOC Moulin a Vent Tinto 100% Gamay

Complexo e robusto com aromas de frutas vermelhas e de alcaçuz. A boca é incrivelmente sedosa e longa.

Harmonize com Acompanha as carnes vermelhas e carnes de caça.

R$93

Domaine de l’Ouby 2009 AOC Morgon Tinto 100% Gamay Esse Morgon é revestido de uma cor profunda, um grená intenso com reflexos purpúreos. No nariz, sente-se um vinho ainda em evolução com aromas de cereja bem maduras e húmus. Na boca, o vinho é carnudo, sólido, estruturado. Com aromas de alcaçuz, no final da boca, é bem sustentado por taninos que serão suavizados com a idade.

Harmonize com Carne vermelha com molho, carne de caça, queijo.

R$76


62 Beaujolais | Terroirs et Talents

Domaine de Boischampt 2010 AOC Julienas Tinto 100% Gamay Contrariamente aos outros Beaujolais que vêm do sul, esse Beaujolais setentrional oferece um vinho mineral, estruturado e floral.

Harmonize com Carne branca, embutidos, queijo de cabra.

R$68

Clos de La Brosse 2011 AOC Saint-Amour Tinto 100% Gamay

Cor púrpura acentuada com reflexos violáceo-purpúreos, aromas de frutas vermelhas, amoras e especiarias; corpo profundo e voluptuoso. É o vinho dos apaixonados.

Harmonize com Massas, aperitivos, peixes, carne vermelha, carne de caça, pratos com associação de sal e açúcar (pratos tailandeses, por exemplo). Sobremesas.

R$89


Beaujolais | Terroirs et Talents

Depois de selecionarem os vinho de Beaujolais, Márcio e Philippe se dirigem para Bourgogne, passando pela bela “Roche de Solutré”.


© Atout France/Michel Angot

64 Bourgogne

Palácio dos Duques da Borgonha, em Dijon.


Bourgogne O próximo destino da dupla foi a região de Bourgogne, em direção ao Norte e já muito próximo de Paris. Bourgogne fica numa região onde a França é ainda mais francesa. Marcada pelas parreiras que produzem um dos melhores vinhos do mundo, Bourgogne é um resumo da história do país. Com castelos antigos como o Vougeot, construído no século XI pelos monges de Cister e pela tradição de seu vinho e suas vinícolas, a região é marcada pela nobreza, pelos castelos de sonhos e pelas vindimas. A cidade de Dijon, capital da região, é um destaque à parte. Durante a idade média, ficou conhecida por sua bela arquitetura e também por ser a cidade dos Duques, como é lembrada até hoje. Os “climas” são a expressão típica do Terroir da Bourgogne. Um termo tipicamente bourguignon, os “climas” são parcelas de terra precisamente delimitadas, gozando de condições geológicas e climáticas específicas que, combinadas

com o trabalho dos homens, deram nascimento a um excepcional mosaico de terroirs. Na Bourgogne, a noção de terroir é um conceito amplo que engloba fatores naturais e humanos. Foram os viticultores - muitas vezes auxiliados pelo trabalho dos monges - que descobriram, identificaram e, em seguida, exploraram os terroirs. Foram necessários séculos de labuta, cuja origem remonta ao início da Idade Média, para que esse conceito sobrevivesse ao tempo e fosse oficialmente reconhecido e descrito. Atualmente, após mais de 1000 anos, o terroir continua a se afirmar na Bourgogne como um conceito moderno, copiado no mundo inteiro, por representar o veículo dos valores de origem, de autenticidade, de tradição e de tipificação. Em busca de todos esses valores aliados, Márcio e Philippe esperavam encontrar grandes vinhos que representassem a região, especialmente Philippe, por ser nascido em Bourgogne.


Maison Auvigue Passando por uma pequena estrada de Mâcon até o pequeno vilarejo de Solutré, aos pés da Rocha de Solutré, chegaram ao primeiro destino em Bourgogne: o Maison Auvigue. Jean-Pierre e Michel Auvigue, atuais donos, apresentaram o Domaine, suas técnicas e a história para os dois visitantes. Desde 1646 a família Auvigue dedica-se ao manejo de seu vinhedo, respeitando as tradições bourguignonnes. As uvas, quando não provêm dos domaines da família, são rigorosamente selecionadas nos melhores setores das denominações Pouilly-Fuissé e Mâcon. Com a ideia de preservar a autenticidade de cada uma das parcelas, Jean-Pierre e Michel Auvigue adaptaram a vinificação em função dos “climas”, o que resultou em vinhos brancos excepcionais. Dois vinhos da Maison Auvigue foram escolhidos, o que para eles representa a expressão perfeita das denominações.


Bourgogne | Maison Auvigue 67

Maison Auvigue Pouilly-Fuissé 2011 AOC Pouilly-Fuissé Branco 100% Chardonnay Os solos muito calcários de Solutré resultam em vinhos frescos, com notas minerais e aromas de flores brancas e avelã.

Harmonize com Moluscos em conchas, peixes grelhados, carnes brancas e queijo de cabra.

R$109

Maison Auvigue Mâcon Villages 2011 AOC Mâcon Villages Branco 100% Chardonnay

Expressão do “Chardonnay” em solo calcário, com nuances de húmus, avelã, com um toque amanteigado e um final redondo e acidulado.

Harmonize com Peixes grelhados, carnes brancas e queijo de cabra.

R$79


Compagnie des Vins d’Autrefois Em meio às degustações, conseguiram chegar a uma gama ampla e muito particular, com vinhos renomados que, sem dúvidas, iriam agradar aos brasileiros.


Bourgogne Grands Crus | Compagnie des Vins d’Autrefois 69

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Do vilarejo de Solutré, passando pela Rota dos vinhos de Bourgogne, chegaram até a cidade de Beaune, conhecida por suas caves de vinhos dentro da cidade. Bem na região central, Márcio e Philippe chegaram à grande adega da Compagnie des Vins d’Autrefois, empresa que comercializa e divulga os vinhos da Bourgogne para todo o mundo.

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A minha preocupação, como um Bourguignon (pessoa nascida na Bourgogne), era encontrar rótulos diferenciados, aqueles que melhor representassem a região.

Domaine Yves Girardin Santenay 1er Cru La Maladiere 2011 AOC Santenay 1er Cru Tinto 100% Pinot Noir Esse vinho tem uma bela cor grená. O nariz é franco e frutado com aromas de frutas pretas como o cassis e a ameixa. Cheio de fineza, este vinho apresenta notas de frutas vermelhas e especiarias. É um vinho muito redondo, com taninos sedosos.

Harmonize com Cordeiro, carne bovina, carne de caça, queijos suaves.

R$159


70 Bourgogne Grand Cru | Compagnie des Vins d’Autrefois

Domaine Derey Fixin 2011 AOC Fixin Tinto 100% Pinot Noir

Vinho muito colorido. De aromas animais, até selvagens, que o Pinot Noir sempre traz pelos seus típicos frutos vermelhos e pretos. Dotado de uma boa acidez, ele apresenta uma solidez e uma estrutura que lhe permitem alguns anos de guarda.

Harmonize com Coq au vin, guisado e bœuf bourguignon, ensopado, queijos clássicos.

R$149

Domaine Maurice Lecestre Chablis 2012 AOC Chablis Branco 100% Chardonnay

A cor é brilhante e límpida, com reflexos verdes. No nariz, fresco e leve, os aromas cítricos se desenvolvem. Esse nariz evolui do vegetal ao mel. É um vinho que tem uma bela mineralidade. A boca apresenta um equilíbrio impecável. Volume, comprimento e complexidade imprimem um estilo mais doce do que vivo, mas suave.

Harmonize com Frutos do mar, peixes crus ou marinados, escargots, charcutaria, gruyère.

R$89


Bourgogne Grands Crus | Compagnie des Vins d’Autrefois 71

Domaine Vincent Prunier Chassagne-Montrachet 2011 AOC Chassagne-Montrachet Tinto 100% Pinot Noir A cor é de esplêndida concentração e de uma cor vermelho púrpuro bem brilhante. Vinho harmonioso, de estilo e elegância que é notada pelo seu buquê, de uma intensidade aromática excepcional de frutas pretas, bem maduras e concentradas. A boca é redonda. Os taninos são sedosos e conferem um excelente porte a esse vinho rico. A maturação é formidável, conferindo a estrutura necessária, mas com bastante fineza.

Harmonize com Aves de caça, carne vermelha assada ou com molho, queijo levemente maturado.

R$199

Domaine Vincent Prunier Meursault 2011 AOC Meursault Branco 100% Chardonnay Sua cor é ouro-esverdeado, límpida e brilhante, frequentemente acompanhada de reflexos prateados. Seu buquê evoca o cacho maduro. Manteiga, mel e cítricos que provocam o nariz. Na boca, um vinho rico e farto, com sabor de avelã. Longo, estruturado, ele exige maturidade.

Harmonize com Carnes e peixes nobres de boa textura. Vitela em molho branco. Foie gras, crustáceos.

R$249


72

Domaine

Glantenet

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A família Glantenet está instalada na região de Bourgogne desde o século XV e cultiva uma vinícola que remonta ao século XVIII. Atualmente, Jean-François Glantenet ocupase da exploração de 25 hectares, distribuídos em cinco comunas. A produção leva em conta a preservação do meio ambiente e, por isso, suas videiras são conduzidas com técnicas de agricultura orgânica. A paixão pelo terroir, pela vinicultura e todo o seu conhecimento também foram fatores que acabaram exprimindo características essenciais em seus vinhos.

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Saindo de Beaune, pela Rota dos Vinhos de Bourgogne até o vilarejo de Magny les Villers, Márcio e Philippe chegaram ao Domaine Glantenet. Recebidos pelo simpático JeanFrançois, amigo de Philippe e um tradicional Bourguignon, puderam conhecer um pouco mais do Domaine.

e pp i l i Por Ph

Após a degustação dos vinhos, três deles se destacaram por sua elegância. Decidimos que esses seriam os vinhos ideais para representar a denominação na gama da Chez France.


Bourgogne | Glantenet 73

Domaine Glantenet Hautes Côtes de Nuits Tinto 2012 AOC Hautes Côtes de Nuits Tinto 100% Pinot Noir

A cor possui um magnífico brilho. Nariz fino e complexo. A boca é suave, elegante, com um final apresentando taninos refinados. Um belo vinho, atraente e equilibrado.

Harmonize com Carnes de caça, como guisado de coelho, filé magro de pato ou perna de cordeiro.

R$99


74 Bourgogne | Glantenet

Domaine Glantenet Hautes Côtes de Nuits Branco 2012 AOC Hautes Côtes de Nuits Branco 100% Chardonnay Bela cor pálida de ouro branco, com um magnífico brilho. Nariz delicado, floral, com um toque agradável de brioche. A boca é precisa, mineral, com um final harmonioso e complexo.

Harmonize com Esse vinho surpreenderá com uma terrina, uma torta salgada, peixes com molho ou queijos e massas.

R$99

Domaine Glantenet Pernand-Vergelesses 2011 AOC Pernand Vergelesses Branco 100% Chardonnay

Bela cor ouro branco pálido, com um belo brilho. Nariz delicado, floral, com agradável nota de brioche. A boca é precisa, mineral, amadeirada, com um final harmonioso e complexo.

Harmonize com Ele acompanha muito bem peixes de água doce ou de mar com molho branco, aves ou ainda massas e risotos, bem como carne branca e alguns queijos como gruyère, bleu e cabra.

R$119


Ainda na Rota dos Vinhos de Bourgogne, rumo ao vilarejo de Morey-Saint-Denis, partiram para o Ăşltimo Domaine que visitariam nessa regiĂŁo: o Domaine Taupenot Merme.


Domaine

Taupenot Merme Conhecido por sua tradição familiar, Virginie contou para Márcio e Philippe a história de sua propriedade. Situado no coração de um dos mais prestigiosos terroirs de Bourgogne, esse domaine tem suas raízes no vilarejo de Morey-Saint-Denis e se estende por 13 hectares na Côte de Nuits e Côte de Beaune. Embora o domaine tenha nascido do encontro de Jean Taupenot e de Denise Merme, sua história data de vários séculos. O vinhedo é composto por antigas videiras, cuja média de idade é superior a 35 anos e ultrapassa os 60 para alguns Premiers e Grands Crus. Jean e Denise deram continuidade ao pioneirismo e inovação de seus antepassados com a aquisição de vários terroirs prodigiosos, o desenvolvimento de uma atividade comercial internacional, o controle completo do processo de produção e a venda integral em garrafa, sempre respeitando a tradição. Hoje a filha do casal, Virginie, e seu marido enólogo administram o local.


Bourgogne | Taupenot Merme 77

Domaine Taupenot Merme 94 Charmes Chambertin WS Grand Cru 2007

AOC Charmes Chambertin Grand Cru Tinto 100% Pinot Noir

A cor é bastante viva. No nariz, sua expressão aromática intensa evoca notas de frutas vermelhas ou pretas e muitas vezes o alcaçuz, quando o vinho já amadureceu. Na boca o vinho é elegante, delicado, sutil e envolvente, pela maravilhosa textura de sua trama. Um grande vinho, atraente e delicado.

Harmonize com Perna de carneiro, bœuf bourguignon, guisados, galo ao vinho (coq-au-vin), patês de carne de caça e queijos vigorosos.

R$640


Š Atout France/Pierre Torset

78 Alsace

Igreja de St. Paul em Estrasburgo.


Alsace Ao final da visita à região de Bourgogne e muito satisfeitos com os novos vinhos que fariam parte da gama da Chez France, Márcio e Philippe partiram para a região de Alsace. Delimitada pelas Montanhas de Vosges, à oeste, Alsace se situa no nordeste da França sendo demarcada pelo rio Reno, à leste. Do alto da região, nascem seis rios que atravessam cerca de 97 quilômetros ocupados por vinhedos de alta qualidade. A viticultura de Alsace se beneficia de uma irradiação solar máxima, graças à altura particularmente elevada das videiras. Por isso, a produção dá origem a vinhos de sabores singulares e complexos. Os vinhedos de Alsace são protegidos da influência do Atlântico pelas Montanhas

de Vosges, recebendo uma excepcional insolação com baixíssima taxa de precipitação pluvial. Isto se deve ao fato das nuvens de chuva descarregarem seu conteúdo na face oeste dos Vosges, à medida que vão alcançando maiores altitudes. Na Alsace, os vinhos devem seu nome principalmente às castas e não aos terroirs. A Alsace, por todos esses fatores, é fonte de alguns dos mais extraordinários vinhos brancos do mundo. Permeados por muita história e tradição, os rótulos dessa região estão entre os mais prestigiados da Europa. Os romanos e germânicos que consumiam abundantemente essa bebida a classificavam como aquilo que dava alegria e energia ao povo.


Domaine

Jean-Marie Haag

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Na chegada ao Domaine foram recebidos pelo casal Jean-Marie e Myriam Hagg, proprietários desde 1982. Jean-Marie compartilha com muito prazer e paixão as histórias e curiosidades de seu Domaine. Curioso e sempre à procura por novos conhecimentos, ele mantém contato com vários Domaines vitícolas de Alsace e de outras regiões. Chegou, inclusive, a se tornar o presidente da gestão local dos Grands Crus Zinnkoepfle. Myriam compartilha da mesma paixão de seu marido há vários anos. Ela se encarrega da recepção e acompanhamento dos clientes, do desenvolvimento comercial, bem como da administração do Domaine. Além disso, Myriam é conselheira em harmonizações com gastronomia.

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No coração da sub-região Vallée Noble, o Domaine está situado no vilarejo vitícola, 20 km ao sul de Colmar. Colmar serviu de ponto de parada para os dois viajantes na terra do vinho. Carinhosamente chamada de “Veneza Francesa”, a cidade conta com canais que cortam boa parte do centro histórico e que são uma de suas atrações principais, além das Feiras de Vinhos pela manhã.

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Após uma degustação especial nos vinhedos, fizemos uma caminhada através dos vários terroirs do Domaine Haag: uma experiência inesquecível com um casal que sabe passar sua paixão.


Alsace | Jean-Marie Haag 81

Domaine Jean Marie Haag Pinot Blanc 2011 AOC Alsace Branco 100% Pinot Blanc

A cor é amarelo-pálida. O nariz apresenta notas frutadas de marmelo e de pêssego. A boca é gorda com uma bela persistência no final.

Harmonize com Peixe grelhado, tortas salgadas de legumes, carne branca grelhada, fondue de queijo, queijos frescos.

R$69


82 Alsace | Jean-Marie Haag

Domaine Jean Marie Haag Riesling Weingarten Vallée Noble 2009 AOC Alsace Branco 100% Riesling

A cor é amarelo-brilhante. O nariz é bastante refinado, de grande complexidade; num primeiro momento, o nariz desenvolve aromas cítricos, depois evolui para flores brancas. A boca confirma o nariz. O ataque é fresco, fino, bastante longo. Delicado e refinado, é um vinho de guarda.

Harmonize com Crustáceos, vieiras, peixes crus, carne branca com ervas, queijos leves.

R$129

Domaine Jean Marie Haag Pinot Gris Grand Cru Zinnkoepfle, Cuvée Théo 2008 AOC Alsace Grand Cru Branco 100% Pinot Gris

A cor é amarelo-ouro. O nariz é rico e complexo. Ele desenvolve aromas de brioche, de frutas brancas e de mel. Essas notas de mel são a expressão característica do terroir, o Zinnkoepfle. Na boca, a estrutura é rica, onde a matéria bem madura se expressa. A textura é fina e frutada, com notas de cascas curtidas. Vinho incomparável, com final longo e sedoso.

Harmonize com Entrada (terrina, peixe defumado...), pratos asiáticos, pratos à base de mel e especiarias, foie gras, queijos fortes, bolo de abacaxi.

R$169


Márcio e Philippe partiram de Colmar em direção à Ribeauvillé, passando pela Rota dos Vinhos de Alsace. Na estrada, chegando a Ribeauville, foram brindados com belas paisagens.


Cave de

Ribeauvillé

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Fizemos uma escolha ampla na Cave de Ribeauvillé. Cada terroir é especial e muito marcante. io Ho rta

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Criada em 1895, a Cave de Ribeauvillé reúne 40 viticultores apaixonados que exploram um Domaine prestigioso de 260 hectares. A Cave está situada na entrada de Ribeauvillé e oferece um art de vivre que alia vinho, gastronomia, arte contemporânea e um rico patrimônio histórico. Além disso, ela possui 10 Grands Crus que marcam a riqueza dos terroirs da região. A vinificação é de grande rigor, sendo 100% de vindimas manuais que são encaminhadas para cubas de inox termorreguladas para sua fermentação e maceração.

c ár M Por


Alsace | Ribeauvillé 85

Cave de Ribeauvillé Riesling Vieilles Vignes 2008 AOC Alsace Branco 100% Riesling

Esse Riesling é dotado de uma grande intensidade aromática, com notas de toranja. A boca é longa, profunda, de uma acidez marcante, conferida pela idade das videiras.

Harmonize com Ele acompanhará perfeitamente uma truta, peixes de água doce, lagostim ou outros pratos à base de peixes ou crustáceos.

R$69


86 Alsace | Ribeauvillé

Cave de Ribeauvillé Riesling Grand Cru Osterberg 2009 AOC Alsace Grand Cru Branco 100% Riesling O nariz é intenso, delicado, com notas cítricas. O ataque na boca é franco e o final longo, com notas de limão, pleno de frescor e mineralidade. A acidez desse vinho é a garantia de uma guarda excepcional. De grande pureza, sua boca termina com notas cristalinas.

Harmonize com A ser degustado com frutos do mar ou com chucrute, com terrinas de peixes ou com salmão marinado, carpaccio de bar, vieiras assadas.

R$169

Cave de Ribeauvillé Pinot Gris Terroirs 2008 AOC Alsace Branco 100% Pinot Gris

Este vinho tem uma grande riqueza, com características próximas às de um Grand Cru. O nariz é intenso com aromas frutados, típicos da uva. A boca é redonda com uma boa persistência.

Harmonize com Aperitivo, crustáceos, foie gras, aves com molho, carne de caça, queijos.

R$99


Alsace | Ribeauvillé 87

Cave de Ribeauvillé Gewurztraminer Terroirs 2010

90 WS

AOC Alsace Branco 100% Gewurztraminer

Esse Gewurztraminer tem um nariz aromático e expressivo de especiarias, flores e frutas exóticas. Na boca, ele revela notas complexas de lichia, peônia e pimenta rosa. Leve no ataque, dotado de uma bela estrutura, esse vinho possui uma grande persistência na boca, com uma acidez bem presente no final, o que lhe confere, portanto, certa leveza. Um vinho de gastronomia!

Harmonize com

R$129

É um vinho sedutor para ser bebido como aperitivo, ou entre as refeições. Ele acompanhará facilmente um foie gras fresco, receitas exóticas, queijo de massa mole e casca lavada, doces, tortas, cremes, mousses.

Cave de Ribeauvillé Muscat Collection 2012 AOC Alsace Branco 100% Muscat

Nariz de uva madura doce. Redondo, frutado e gordo na boca. Uma delicia!

Harmonize com Carnes e peixes nobres de boa textura. Vitela em molho branco. Foie gras, crustáceos.

R$69


88 Alsace | Ribeauvillé

Cave de Ribeauvillé Crémant Giersberger Brut

1º Concurso dos Vinhos de Alsace 2013

AOC Crémant d’Alsace Espumante Branco 89% Pinot Blanc; 10% Pinot Auxerrois; 1% Chardonnay

Bolhas finas e delicadas, um nariz puro de flores brancas e uma boca elegante de grande persistência.

Harmonize com Parceiro ideal do aperitivo ou da sobremesa. Vinho fresco, fino e vigoroso, ele acompanha toda a ceia de festa.

R$79

Cave de Ribeauvillé Crémant Giersberger Rosé Brut AOC Crémant d’Alsace Espumante Rosé 100% Pinot Noir

Sua cor é de um belo rosa salmão. Seus aromas de frutas vermelhas ácidas acentuam com delicadeza o frescor da boca e o refinamento das bolhas.

Harmonize com Servir no aperitivo com um bufê frio ou com morangos.

R$89


Com a viagem chegando ao fim, faltava visitar a região mais conhecida e prestigiada da França: Champagne. E foi justamente para lå que partiram.


© Atout France/CRT Champagne-Ardenne/Oxley

90 Champagne

Château de Pommery

Montanha Sainte-Victoire


Champagne A 150 km à leste de Paris, Champagne sem dúvida era uma parada obrigatória. A Capital da região de Champagne, a cidade de Reims é convidativa. Por isso, Márcio e Philippe pararam ali por algumas horas. A cidade possui vestígios do período galo-romano e uma catedral gótica do século XIII, a Notre-Dame Saint-Jacques que, juntamente com a basílica gótica-românica de Saint Remi, são consideradas patrimônios mundiais da Unesco. Reims também marcou a história do século 20 por ter sido o local onde os alemães assinaram sua rendição em 1945, selando o fim da Segunda Guerra Mundial. Além de contar com paisagens exuberantes, o local é conhecido pela produção dos vinhos mais requintados do mundo. Um verdadeiro símbolo de excelência. Há séculos, são convidados especiais em eventos nobres por toda Europa. Uma exclusividade que está presente até no nome. Estes rótulos são produzidos à base das uvas Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier.

Delimitada por lei em 1927, a área de produção da Denominação de Origem Controlada (AOC) Champagne cobre cerca de 34.000 hectares. Ela engloba 319 crus diferentes (comunas) em cinco departamentos. Mundialmente conhecida, a denominação Champagne não surgiu de um dia para o outro. Tudo começou em um terroir absolutamente diferenciado que deu origem ao mais original dos vinhos, graças ao talento dos produtores que souberam expressar sua delicada tipicidade na efervescência das produções. A originalidade se transformou rapidamente em renome, inicialmente pelo impulso de pioneiros que fizeram com que esses vinhos de exceção fossem conhecidos pelos amantes da bebida mais esclarecidos do mundo inteiro. Os vinhos de Champagne são, por definição, particulares. Toda produção é feita de forma diferenciada. Da espremedura à rotulagem, o trabalho na cave é marcado por práticas específicas que fazem do Champagne uma bebida especial.


Maison

Vollereaux Após passarem pela cidade de Eperney, chegaram ao Maison Vollereaux. A família Vollereaux, com grande cortesia, recebeu os visitantes de portas abertas.

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Or ma ncey

A esco lha

A história do local teve início após a 1ª Guerra Mundial, embora a família de Victor Vollereaux já estivesse instalada no local desde 1805. O primeiro engarrafamento que se tem notícia aconteceu em 1923, quando o proprietário apresentou a produção ao seu círculo de amigos. Esta prática, inclusive, tornou-se um hábito. Pouco a pouco, Victor constituiu seu estoque e, mais que isso, uma clientela fiel. Atualmente, a S.A. Vollereaux é dirigida por Pierre Vollereauxe e seus filhos, Franck e Hélène e funciona por meio da cooperação familiar para aperfeiçoar a conquista de seus predecessores. Situado no coração dos vinhedos de Eperney, a Maison é formada por 40 hectares distribuídos entre os principais Crus de Champagne. Um dos diferenciais é o constante abastecimento de uvas, o que contribui para a qualidade e o acompanhamento da elaboração dos vinhos Vollereaux. A distribuição do vinhedo permite cultivar três tipos de uvas – Chardonnay, Pinot Noir e Meunier – o que facilita a produção dos Champagnes. Afinal, trata-se de um vinho de assemblage.

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Os Champagnes Vollereaux fazem parte das festas da minha família há muito tempo. Eles aliam tradição e modernidade para produzirem maravilhosos rótulos que não poderiam ficar de fora da gama da Chez France.


Champagne | Vollereaux 93

92 WS

Champagne Vollereaux Brut AOC Champagne Champagne Chardonnay, Pinot Noir, Pinot Meunier O clássico champagne da Maison Vollereaux é o resultado da mescla das três variedades de castas da Champagne, cada uma contribuindo maravilhosamente para conferir refinamento e elegância a esse vinho delicado e frutado. Três anos de envelhecimento conferem a ele um excelente nível de consistência e qualidade.

Harmonize com Ele pode ser saboreado como aperitivo ou ser degustado ao longo de uma ceia. O champanhe perfeito para todos os momentos!

1500ml

750ml

R$279

R$149

Garrafa Magnun

Edição Limitada


94 Champagne | Vollereaux

Champagne Vollereaux Brut Cuvée Tradition Millésime 2005 AOC Champagne Champagne 50% Chardonnay, 25% Pinot Noir, 25% Pinot Meunier Esse Champagne é rico e suntuoso, com sabor amanteigado e aromas de limão e madressilva.Graças à considerável maioria de Chardonnay em sua composição, esse elegante e refinado Champagne saberá encantar o seu paladar. Um verdadeiro prazer.

Harmonize com Ele acompanhará perfeitamente uma truta, peixes de água doce, lagostim ou outros pratos à base de peixes ou crustáceos.

R$179

Champagne Vollereaux Cuvée Marguerite 2007

92 WS

AOC Champagne Champagne 75% Chardonnay, 25% Pinot Noir

A cor tem reflexos verde-água, é revestido de finas bolhas. Suas nuances revelam um Champagne elegante e de grande refinamento. Os aromas de limão verde se mesclam a finas notas florais e de frutas brancas. A boca, exaltada pela efervescência, é fresca e suave. A vivacidade equilibra a maturidade dessa safra 2007 que se expressa através das notas defumadas e de baunilha.

Harmonize com Perfeito do aperitivo até a sobremesa! Um Champagne de qualidade e muito gastronômico.

R$229


agradecemos vocĂŞ, por nos acompanhar nessa jornada

especial como vinho francĂŞs.


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