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CONEXÃO
Demi Getschko é reconduzido ao CGI.br como representante de notório saber
O ENGENHEIRO Demi Getschko foi indicado pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, como o representante de notório saber do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Além do MCom, a indicação deve ser referendada pela Casa Civil e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Demi Getschko ocupa a cadeira de notório saber do CGI.br desde a criação do colegiado, em 1995.
Formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) em Engenharia Elétrica, com mestrado e doutorado em Engenharia, Getschko foi eleito para o Hall da Fama da Internet em 2014, na categoria “Conectores Globais”, por seu papel central no estabelecimento da primeira conexão de internet no Brasil. Também integrou importantes organismos internacionais, como a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) e a Country Code Names Support Organization (CCNSO).
Multas na Europa por proteção de dados chegam a R$ 1,7 bilhão em 2020
AS MULTAS IMPOSTAS pelo Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, na sigla em inglês) aumentaram expressivamente em 2020, dois anos depois de as novas regras entrarem em vigor na Europa, à medida que as autoridades nacionais usaram seu poder com maior intensidade, mesmo diante da pandemia da Covid-19.
Segundo um balanço publicado pelo jornal britânico Financial Times, um total de € 272 milhões, o equivalente a R$ 1,76 bilhão, foi cobrado em multas pelas autoridades europeias de proteção de dados desde a introdução das regras em 2018. Mais da metade dessas penalidades foi imposta pela Itália e Alemanha. De acordo com uma pesquisa da DLA Piper, € 159 milhões (R$ 1,02 bilhão) dessas multas foram impostas nos últimos 12 meses, um aumento de quase 40% sobre os primeiros 20 meses de vigência.
“Os reguladores têm testado os limites de seus poderes este ano, emitindo multas por uma ampla variedade de violações das duras leis de proteção de dados da Europa”, disse Ewa Kurowska-Tober, copresidente global do Grupo de Proteção e Segurança de Dados da DLA Piper. A maior multa imposta pelo GDPR até agora veio da autoridade francesa de proteção de dados, a CNIL. Em 2019, ela emitiu uma multa de € 50 milhões (R$ 320 milhões) contra o Google, sob os argumentos de que a empresa falhou em ser transparente sobre como os dados foram usados e de que não tinha base legal para personalizar anúncios.
Outros setores que foram atingidos com grandes multas incluem varejo, hotelaria, telecomunicações e petróleo.
Pelo total de valores aplicados, os 10 países europeus com mais multas com base no GDPR são, pela ordem, Itália, Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Suécia, Bulgária, Países Baixos, Polônia e Hungria. Google (França), H&M (Alemanha), Tim (Itália), British Airways e Marriot (Reino Unido) são as empresas com as maiores multas.
Transformação digital falha em 70% das empresas
A MAIORIA DAS EMPRESAS não tem transformações digitais bem-sucedidas. Foi o que apontou uma nova pesquisa do Boston Consulting Group (BCG), segundo a qual 70% das transformações digitais não são bem-sucedidas e não atingem seus objetivos.
Em nota, o BCG diz que as transformações digitais são imperativas e as empresas precisam construir capacidades biônicas (a combinação de tecnologia com capacidades humanas) para aproveitar o potencial das tecnologias disruptivas e integrá-las em novos processos, modelos de organização e formas de trabalho. Essa necessidade foi acelerada pela pandemia de coronavírus e mais de 80% das empresas planejam acelerar os processos de transformações digitais.
MEDO DE FRACASSAR
O impacto da Covid-19 nas empresas brasileiras foi significativo. Tanto que 27,5% das 200 empresas entrevistadas pela terceira edição do Índice de Transformação Digital da Dell Technologies 2020 (DT Index 2020) assumem que têm medo de desaparecer nos próximos dois anos e 67,5% não acreditam em fechar as portas, mas admitem muitas demissões e levar pelo menos quatro anos para retornar à lucratividade. Mas não foi apenas a Covid-19 que impactou na transformação digital. O índice de empresas líderes vem caindo desde 2016, quando esteve em 12% e, agora, quatro anos depois, fica em apenas 4%.
São Paulo supera 350 mil RGs digitais em seis meses
EM APENAS SEIS MESES de operação, o aplicativo RG Digital (Android, iOS), do estado de São Paulo, contabiliza mais de 350 mil RGs digitais criados e cerca de 1 milhão de downloads. A informação é de Marcio Nunes, CTIO da Valid, empresa que desenvolveu o aplicativo para o Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), órgão responsável pela emissão dos documentos de identificação do estado.
“O RG digital é uma carteira de identidade em meio eletrônico. Ele funciona como um documento oficial, não é uma mera imagem do RG físico, pois tem uma série de características de segurança”, explica o executivo. Para gerar a versão digital do RG paulista é necessário que o cidadão tenha um RG impresso emitido pelo IIRGD a partir de 2014, quando novos padrões de segurança foram incorporados, incluindo um QR code no documento. Com o app RG Digital, o usuário escaneia o QR code do seu RG impresso, a solução verifica se o documento existe e realiza o reconhecimento facial do cidadão, cruzando com seus dados biométricos na base do IIRGD. Uma vez enviados os dados, em poucos segundos é criada a versão digital dentro do app.
“Quando é feita uma solicitação, a gente checa se o documento existe, captura liveness, bate com a base biométrica do estado e garante a autenticidade durante o processo de onboarding, de forma que somente o dono do RG consegue gerar o RG digital”, relata Nunes. Um mesmo dispositivo pode carregar vários RGs digitais no aplicativo, para atender casos, por exemplo, de pais ou mães que precisem ter os documentos dos filhos em seu smartphone. Mas cada RG só pode ter sua versão digital em um único dispositivo, por questões de segurança.
O salto da banda larga fixa
EM NOVEMBRO, dado mais recente divulgado pela Anatel, os acessos de internet fixa chegaram a 36 milhões. Oficialmente, 35,839 milhões de contratos foram contabilizados pela agência reguladora ao fim do décimo primeiro mês do ano. O montante real, contudo, deve ser ainda maior, uma vez que algumas prestadoras de pequeno porte (PPPs) têm reportado os dados com atraso.
Dos 35,839 milhões de contratos ativos em novembro, 16,390 milhões são baseados em fibra óptica. Com crescimento de 2,5% sobre outubro, a tecnologia já acumula um salto de 70,4% frente a novembro de 2019 (na época havia 9,6 milhões de acessos do gênero nacionalmente).
As pequenas prestadoras de serviços concentram 71% da base atendida via fibra óptica, ou 9,920 milhões de contratos ao fim de novembro (frente a 13,620 milhões em todas as tecnologias). Em um ano, o número de acessos via fibra entre as empresas de menor porte cresceu 73,4%.
O aumento de acessos via fibra óptica também tem ampliado as velocidades médias para usuários. Em novembro, os contratos com velocidade igual ou superior a 34 Mbps atingiram 20,843 milhões. Em um ano, essa base aumentou 64%.
Streaming esportivo avança no Brasil
A MAIOR PARTE dos acessos à TV NSports, serviço de streaming brasileiro dedicado à transmissão de competições esportivas, acontece hoje através de dispositivos móveis – o restante é dividido entre computadores e smart TVs. O percentual pelos dispositivos móveis chega a 69%. O estado de São Paulo é aquele com maior participação na audiência móvel do serviço: 27%. A Google Play responde por 66% dos downloads do seu app, seguida pela App Store (23%) e pela Galaxy Store (11%). Os dados foram levantados a pedido da Mobile Time.
A TV NSports é o canal oficial de várias entidades esportivas e transmite competições de atletismo, futebol, ginástica, basquete, handebol, esportes aquáticos, tênis de mesa, vôlei e até crossfit. Além disso, foi escolhida recentemente para ser o canal oficial do Comitê Olímpico Brasileiro, rumo à Olimpíada de Tóquio, no Japão.
Aplicativos: receitas em alta
AS LOJAS de aplicativos movimentaram US$ 143 bilhões em 2020 em vendas de bens virtuais e assinaturas de serviços, informa o relatório anual da App Annie. O montante representa um crescimento de 20% em relação a 2019 e soma os resultados da App Store, da Google Play e de lojas independentes de Android na China.
O gasto mundial com publicidade móvel, ou seja, com anúncios dentro de aplicativos, foi de US$ 240 bilhões, calcula a App Annie, o que significa um aumento de 26% em um ano. Os top 10 no mundo, excluindo a China, são: Facebook, WhatsApp, Facebook Messenger, Instagram, Amazon, Twitter, Netflix, Tiktok, Spotify e Snapchat.
No Brasil, o Globoplay (Android, iOS) foi o aplicativo que mais gerou receita em 2020, através dos sistemas de billing da App Store e da Google Play, informa o relatório anual da App Annie. Cabe ressaltar que nessa conta não entram as vendas feitas com cartão em apps de m-commerce ou serviços O2O, como iFood, Mercado Livre e Uber. A empresa de análise contabiliza apenas a receita gerada na venda de bens virtuais e assinatura de conteúdo que acontecem através das referidas lojas de aplicativos.