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TECNOLOGIA

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EM CASA OU NA EMPRESA?

Com 25 anos de atuação, o Bitcom Corporate Group colocou parte dos funcionários trabalhando remotamente, “É o novo presente; e o mas teve de seguir com o atendimento no campo, principalmente, porque, com outras empresas operando em ensinamento que fica é home office, a demanda por conexões à internet aumen- justamente de humanização. tou. Conforme explica Fabiano Vergani, CEO do Bitcom Apesar de atuarmos muito forte Group, por estar na categoria de serviços essenciais a empresa não pôde parar. “Tínhamos de continuar abertos, no segmento de tecnologia, atendendo aos nossos clientes de telecom, principalmente, precisamos humanizar e porque a quarentena demandou muito a todos que ficaram em casa ter um bom acesso de internet”, diz. trabalhar em equipe.”

O grupo Bitcom tem pouco mais de 300 associados – FABIANO VERGANI entre funcionários próprios, funcionários de franqueados, CEO do Bitcom Group

demos com a dor. Conseguimos planejar a pandemia; foi menos dolorido do que se não tivéssemos passado pelo incêndio”, conta Vergani.

SALVANDO A EMPRESA

Era manhã do feriado de 7 de setembro quando um acidente de trânsito derrubou um poste e deixou a energia elétrica intermitente. Vergani relata que os problemas de energia superaqueceram os transformadores, provocando fogo no datacenter primário da empresa, localizado em Caxias do Sul. Os serviços ficaram apagados por 15 horas e levou mais dez dias para que todos retornassem integralmente à normalidade. “Foi uma experiência de unidade da equipe por uma causa. Vimos isso em 2019 para salvar a empresa e em 2020 não somente a empresa, mas a todos nós”, enfatiza o CEO.

A empresa oferece serviços na nuvem, hospedagem, domínio, e-mail, telefonia fixa e móvel (por meio de MVNO com a TIM). Conta com 14 franqueados e o plano é, dentro dos próximos três anos, chegar a 100 franquias em todos os estados do Brasil, com foco no Centro-Oeste, Sudeste e Sul. “Não tenho como novo normal, pois não chegamos ao normal; não tem vacina. É o novo presente; e o ensinamento que fica é justamente de humanização. Apesar de atuarmos muito forte no segmento de tecnologia, precisamos humanizar e trabalhar em equipe”, diz Vergani.

ADAPTAÇÃO FABRIL

A fabricante de equipamentos para telecomunicações Aquário também não pôde colocar todo o quadro de colaboradores para trabalhar remotamente. A companhia atua há 43 anos e começou fabricando antenas para radiocomunicação. Depois, expandiu a atuação na parte de antenas para TV e para telefonia celular. “Por sermos fabricantes desse tipo de produto, a pandemia para nós não foi ruim em termos de vendas; pelo contrário, foi benéfico em nível de faturamento, porque, como as pessoas tiveram de partir para home office, a demanda aumentou”, explica Roger Padovan, gerente do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Aquário.

Em junho de 2020, a empresa já havia registrado um aumento dobrado na procura por equipamentos, tanto modems e CPEs (equipamentos dentro das instalações do cliente) quanto smartboxes e conversores digitais. “O brasileiro descobriu o poder da internet e a possibilidade do trabalho remoto. Acho que a tendência é que isso se mantenha”, pondera Padovan.

A Aquário tem duas realidades distintas: o departamento de escritório e o departamento industrial, esse último impossibilitado de fazer trabalho remoto. No começo da pandemia, o escritório ficou duas semanas em home office, segundo relata Padovan, explicando que o tempo refletiu a pequena quantidade de casos na cidade [Maringá/PR]. Os especialistas da TI adequaram os equipamentos e sistemas da companhia para fornecer o acesso remoto.

Já a área industrial precisou ter a linha de produção adaptada. A velocidade da produção, por exemplo, foi alterada devido ao maior distanciamento das pessoas alocadas na esteira. “Colocamos mais espaço entre as pessoas. Todos os funcionários usam máscara e, ao chegar, têm a temperatura medida, álcool em gel nas mãos e os sapatos limpos com solução de hipoclorito de sódio. Esse tipo de trabalho não tem como ser feito remotamente. Pode ser que futuramente, com 5G, IoT, indústria 4.0, isso aconteça, mas não é esta a realidade atual”, explica o gerente.

A fabricante tem cerca de 250 funcionários entre escritório e produção. “Importamos muitas máscaras quando o Brasil teve falta e distribuímos para os funcionários, avisando que elas tinham de ser trocadas. Também disponibilizamos álcool 70% em gel em todas as partes da companhia e colocamos um técnico de segurança medindo a temperatura de todos os funcionários que entram. Se algum estiver em estado febril, retorna”, detalha.

“Colocamos mais espaço entre as pessoas na esteira [de produção]. Todos os funcionários usam máscara e, ao chegar, têm a temperatura medida, álcool em gel nas mãos e os sapatos limpos com solução de hipoclorito de sódio.”

ROGER PADOVAN Gerente do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Aquário

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