Odebrecht # 166 ano XL MAIO/JUNHO 2013
PESSOAS
As contribuições de cada um para o crescimento de todos odebrecht informa
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odebrecht informa
odebrecht informa
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www.odebrechtonline.co Edição online
Acervo online
> Na construção da Arena Corinthians, interação entre trabalhadores e comunidade traz benefícios à obra e impulsiona projetos sociais > Programa Jovem Parceiro da Odebrecht Agroindustrial possibilita uma visão mais ampla do negócio da empresa e promove trajetórias profissionais > Promovido pela Concessionária Rota das Bandeiras, programa Caia na Rede leva inclusão digital a jovens no interior de São Paulo > Em Angola, programa de estágio para estudantes de Engenharia Civil oferece oportunidades de crescimento profissional e ingresso na Organização > Conselho comunitário estreita o diálogo entre a Braskem e as comunidades próximas ao Polo Petroquímico de Triunfo > Conheça a história de Nércio Hex, um líder da Braskem no Rio Grande do Sul admirado pela calma e simplicidade com que conduz a atuação de sua equipe
> Você pode acessar o conteúdo completo desta edição em HTML ou em PDF
> Acesse as edições anteriores de Odebrecht Informa, desde a número 1, e faça o download do PDF completo da revista
> Relatórios Anuais da Odebrecht desde 2002
> Publicações especiais (Edição Especial sobre Ações Sociais, 60 anos da Organização Odebrecht, 40 anos da Fundação Odebrecht e 10 anos da Odeprev)
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m.br
> Edição de Odebrecht Informa na internet. > Reportagens, artigos, vídeos e fotos.
Videorreportagem
> Projeto Saberes entrevista Wilmer Castro, Responsável por Produção em empreendimentos na República Dominicana > Estudantes desenvolvem projetos de móveis de plástico para o Edifício Odebrecht, em São Paulo, e são premiados no Desafio Odebrecht Braskem de Design > Mestre Pará, na Organização há quase 40 anos, deixa as obras da Arena Corinthians para trabalhar na Linha 5 do Metrô de São Paulo
Redes Sociais
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> Comente os textos e participe enviando sugestões para a redação
> Esposas de integrantes expatriados da Odebrecht Argentina mobilizam-se para ajudar comunidades carentes de Buenos Aires
> Novo conceito urbano Referências nos setores rodoviário e imobiliário, Rota dos Coqueiros e Reserva do Paiva têm concepção moderna e inovadora
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Odebrecht Capa: Cremildo Massona, integrante da Odebrecht no Projeto Moatize Expansão, em Moçambique. Foto de Guilherme Afonso
#166
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Na Odebrecht Agroindustrial, um essencial investimento na formação de líderes
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Moçambique: jovens recebem oportunidades de crescimento em projetos estratégicos para seu país
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Comunidade: as ações que estão transformando vidas no entorno de duas grandes obras em Moçambique
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Braskem: a consolidação de uma forma de pensar e agir que preconiza a estreita sintonia com as equipes do cliente
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Estudantes de Design encontram em uma iniciativa empresarial um meio para mostrar sua criatividade
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Entrevista: Fábio Januário e a missão de ampliar a presença da Organização em três países de continentes diferentes
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A história de Alcinéia, que acreditou, capacitou-se, conquistou respeito e tornou-se líder
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Alta qualidade do relacionamento com a comunidade é destaque nas obras do Metrô do Rio de Janeiro
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Implantação de complexo eólico no Rio Grande do Sul ambienta um produtivo encontro de gerações
38
Em Salvador, sem-teto e egressos do sistema prisional têm a chance de um novo começo de vida
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Mestre Pará: a experiência de um veterano de grandes obras a serviço da paixão por formar pessoas
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Uma conversa “fora do escritório” com Ricardo Weyll, Danilo Abdanur, Félix Augusto Martins e Carlos Brenner
46
Esposas de integrantes expatriados mobilizam-se em prol de comunidades carentes em Buenos Aires
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Na Argentina, Verónica Spirito vive a satisfação cotidiana de incentivar pessoas a se desenvolverem
52
Profissionais angolanos aprofundam a capacitação e tornam-se protagonistas dos avanços de seu país
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Um time que se uniu, buscou aprendizados e enfrentou situações inusitadas – uma delas, radical
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Erlon Arfelli e a realidade de uma família que passa pela experiência de viver fora de seu país de origem
pessoas
No mapa, estão indicados, em bege, os países e os estados brasileiros onde são realizados os projetos e programas retratados nesta edição de Odebrecht Informa e onde vivem e trabalham as pessoas que protagonizam as reportagens
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Os sentimentos e (os recursos) de quem está longe da família em virtude da atuação internacional das empresas
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Na estreia da seção Ideias, conheça a manta de polietileno usada para isolamento acústico e outras inovações tecnológicas
66
Gregory, Mark e James: integrantes norte-americanos que encontraram razões para permanecer na Odebrecht
69
Saberes: confira alguns destaques do depoimento de Wilmer Castro, da equipe da Odebrecht na República Dominicana
70
Geraldo Villin e Carla Barretto contribuem com sua experiência para a integração das equipes da Odebrecht Properties
72
Antônio Cardilli recebe prêmio da revista Engineering News-Record em Nova York
74
Participando de um projeto apoiado pela Fundação Odebrecht, Umberto Matteoni vive o retorno às origens
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Papo final: Rosi Gomes, consultora de Relações Institucionais e Comunicação Social, fala daquilo que mais a motiva no trabalho
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EDITORIAL
“Esta edição de Odebrecht Informa trata disto: do cotidiano de pessoas no contexto de suas relações com companheiros de empresa, clientes, parceiros, comunidades e, também, no âmbito daquele que pode ser considerado o mais importante de todos os trabalhos em equipe: a família”
O
Gente que gosta de gente
norte-americano Michael Jordan, um dos maiores astros do basquetebol mundial em todos os tempos, certa vez disse que o talento vence jogos, mas só o trabalho em equipe vence campeonatos. Ele sabia do que estava falando – e não apenas por ser genial em uma modalidade de esporte coletivo, mas porque, ao longo da carreira e da vida, sempre prezou a qualidade dos relacionamentos interpessoais. Esta edição de Odebrecht Informa tra-
ta disto: do cotidiano de pessoas no contexto de suas relações com companheiros de empresa, clientes, parceiros, comunidades e, também, no âmbito daquele que pode ser considerado o mais importante de todos os trabalhos em equipe: a família. Nas páginas a seguir, você conhecerá histórias como a da equipe de um navio-sonda que conseguiu, pela força do conhecimento e, sobretudo, da união, evitar uma tragédia de proporções difíceis de imaginar. Saberá de que forma uma integrante muito determinada conseguiu superar seus desafios pessoais e profissionais e conquistar posição de liderança em um ambiente historicamente masculino. Verá como pessoas de diferentes gerações interagem de forma mutuamente enriquecedora e, assim, possibilitam avanços que extrapolam os limites físicos, negociais e filosóficos do projeto em que atuam. Confirmará que o diálogo sincero, respeitoso e responsável entre empresa e comunidade pode levar a resultados surpreendentes e, frequentemente, inestimáveis para ambas as partes. Conhecerá núcleos familiares que as mudanças de país tornaram ainda mais unidos e maduros em seus vínculos. Isso e muito mais está à sua disposição nas reportagens e seções deste número de Odebrecht Informa, o último no atual projeto editorial e gráfico. Prepare-se para novidades. Na chegada a seus 40 anos (a serem completados exatamente em outubro próximo), a sua, a nossa revista rejuvenesce e se transforma. São mudanças que têm como objetivo acompanhar os movimentos da Organização Odebrecht, que, desde suas origens, é feita por pessoas apaixonadas por desafios e dotadas de uma inspiradora capacidade de se reinventar e se aprimorar – mudando sempre sobre uma base que nunca muda.
a galera
8 Rodrigo Silva (Ă esquerda) e Hugo de Almeida: aproveitando oportunidades de crescimento
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da unidade
Na Odebrecht Agroindustrial, quase 70% dos integrantes têm menos de 35 anos texto Eléa Almeida foto Ricardo Teles
J
uraci Bastos, Responsável por Pessoas e Administração no Polo São Paulo da Odebrecht Agroindustrial, é um exemplo de como o investimento da empresa na formação de jovens contribui para o
desenvolvimento regional. Juraci, 32 anos, chegou à Odebrecht em 2007, quando a Unidade Alcídia, onde trabalhava, foi adquirida pela então ETH Bioenergia. De lá para cá, atuou em quatro programas da em-
presa, enfrentou e superou desafios crescentes, até alcançar uma posição de liderança com mais complexidade. “O investimento da Odebrecht Agroindustrial na nova geração é um diferencial. Isso incentiva jovens a permanecerem em sua região de origem e traz crescimento local muito maior”, diz Juraci, natural do município paulista de Teodoro Sampaio e que hoje, como líder do programa de Pessoas e Organização, é um dos principais responsáveis por incentivar ações que valorizem as novas gerações e ofereçam oportunidades a elas. “Quando os jovens se desenvolvem em nossa cultura organizacional, os mais experientes e a empresa crescem junto”, acrescenta Juraci. “Formar líderes é essencial para a perpetuidade não apenas da Odebrecht Agroindustrial, mas para toda a Organização.” A Odebrecht Agroindustrial é uma das empresas mais novas no setor de bioenergia brasileiro, e quase 70% de seus integrantes têm menos de 35 anos de idade. A empresa e seu integrante espelham, um para o outro, juventude e potencial de crescimento. Muitos recém-formados escolhem a empresa como primeira oportunidade de trabalho, impulsionados pelas chances de desenvolvimento materializadas em diversos programas de capacitação. Uma dessas iniciativas é o Programa Jovem Parceiro, que seleciona cerca de 40 jovens anualmente para passar pelo processo de aculturamento na Organização. Parte desse grupo, no segundo ano, participa do Jovem Agroindustrial, que já contou com cerca de 170 integrantes. Além disso, uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) forma Jovens Aprendizes de 18 a 22 anos para o primeiro emprego. Completando a lista, os programas de Estágio e de Desenvolvimento de Empresários (PDE) são vol-
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Juraci Bastos: protagonismo em um ambiente no qual o investimento nas novas gerações é prioritário
tados, respectivamente, a universitários e profissionais
conseguiu terminar naquele ano sua graduação em
com potencial de se tornarem líderes. Todos esses pro-
Administração.
gramas são instrumentos de apoio ao desenvolvimento
“A possibilidade de desenvolvimento e a valorização
individual, mas a base da formação está na Educação
das pessoas aqui dentro são incríveis. Eu dificilmente
pelo Trabalho.
teria conseguido concluir meus estudos e conquistar tantas coisas, como minha casa própria, sem o incenti-
Otimismo, abertura e disposição
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vo da empresa”, explica Rodrigo.
Fora da empresa, os integrantes são incentivados
Segundo Antônio Ailton Andrade, Responsável por
a complementar a Educação pelo Trabalho, com cur-
Pessoas e Administração do Polo Mato Grosso do Sul,
sos específicos de suas áreas. Foi o que aconteceu
os jovens agregam à Odebrecht Agroindustrial otimis-
com o supervisor administrativo de Suprimentos do
mo em relação ao futuro, abertura para a inovação e
Polo Mato Grosso do Sul, Rodrigo Silva. Ele trabalhava
mudanças, disposição para o crescimento e rapidez
desde 2003 na Unidade Eldorado, quando a Odebrecht
nas ações.
Agroindustrial a adquiriu, em 2008. Então com 21 anos,
Com 36 anos de experiência na Organização, o lí-
Rodrigo era assistente administrativo e foi incentivado
der defende que a vantagem de ter uma presença for-
a investir em sua qualificação. Com o apoio recebido,
te de integrantes com menos de 35 anos é garantir a
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Horácio Enokihara
perpetuidade do negócio por intermédio de pessoas
as críticas de bom grado. O jovem é inovador: ele erra,
aculturadas e, ao mesmo tempo, imbuídas do espírito
mas não deixa de ter vontade de fazer diferente”, sa-
de mudança. “O jovem vê no setor de bioenergia um
lienta Hugo.
ambiente propício para seu crescimento e condizente
A energia dos integrantes menos experientes conta-
com sua maneira de ser, podendo ganhar muito com a
gia também profissionais já maduros recém-chegados.
convivência com os mais experientes. É uma relação de
Foi o caso da operadora de máquina agrícola da Uni-
ganha-ganha”, reforça.
dade Conquista do Pontal, Maria Zélia de Sena, que
Ex-liderado direto de Antônio Ailton, Hugo de Almei-
foi incentivada pelo próprio filho, Marcelo Barbosa de
da, 27 anos, planejava deixar Mato Grosso do Sul antes
Sena, líder de frente, a não desistir do treinamento que
de ingressar na Odebrecht Agroindustrial. A oportuni-
recebeu. Marcelo aconselha os jovens e os orienta a
dade de desenvolvimento que recebeu o fez reconside-
se dedicarem ao trabalho e ao autodesenvolvimento,
rar a decisão. Em cinco anos, Hugo passou de lixeiro e
“sem jamais se esquecerem de ajudar as pessoas com
faxineiro a supervisor administrativo na Unidade Eldo-
quem trabalham”. “Dentro da filosofia da empresa, o
rado. Hugo afirma que, por isso, esforça-se para servir
espírito de servir, a delegação planejada e a descentra-
de exemplo a outros jovens com potencial de desen-
lização facilitam a relação: os mais maduros acreditam
volvimento. “Já errei muito, sou questionado e recebo
nos jovens”, ele reforça.
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um país que se
revigora texto Edilson Lima fotos Guilherme Afonso
Jovens moçambicanos recebem oportunidades de trabalho e são preparados para assumir posições de liderança
Jorge Maltezinho (à esquerda) e Francisco Tembe: relação de confiança
A
o viajar de avião pela primeira vez, aos 6 anos de idade, Francisco Tembe encantou-se e, desde então, sonhava ser piloto. O tempo passou, ele cresceu, e a Engenharia Elétrica falou mais alto na
hora da escolha profissional. Contudo, quis o destino que os dois sonhos se encontrassem. Ainda como estagiário, em 2011, Francisco ingressou nas obras do Aeroporto Internacional de Nacala, realizadas pela Odebrecht em Moçambique, onde hoje, aos 26 anos e já formado, participa da execução das instalações elétricas, eletrônicas e de navegação aérea. Orgulhoso, ele diz: “Tenho aprendido muito sobre aeroporto e aeronave, pois tudo tem que estar conectado”. Francisco é oriundo de Maputo, a capital do país. Aos 6 anos, mudou-se com a família para a cidade de Beira, na província de Sofala, onde frequentou as aulas do ensino básico e médio. Dedicado, sempre esteve entre os alunos mais destacados de cada turma. No ensino médio, nas aulas de arte, descobriu uma grande paixão por desenhos, que, somada à curiosidade pela eletricidade, levou-o à faculdade de Engenharia Elétrica. Depois de estagiar nas obras do aeroporto, Francisco formou-se no final de 2011 e, no ano seguinte, foi contratado, passando a fazer parte da primeira turma no país do Programa Jovem Parceiro da Odebrecht. “É um jovem de talento que tem compromisso com tudo o que faz”, salienta Jorge Maltezinho, Gerente de Engenharia, que acompanha de perto os passos de Francisco.
Com base nessa relação de confiança líder-liderado, Francisco enfrentou, em abril, um grande desafio pes-
Maltezinho nasceu em Moçambique, quando o país
soal e para o projeto: foi a São Paulo para definir com
ainda era uma colônia portuguesa. Em 1976, um ano
o fabricante o modelo dos geradores elétricos. “Ini-
depois da independência, ele mudou-se para o Brasil,
cialmente, fiquei tenso por negociar com pessoas com
onde se formou em Engenharia Civil e viveu por 13 anos.
grande experiência. Mas deu tudo certo, e fechamos a
Quando retornou a Moçambique, atuou em vários proje-
proposta”, ele relata. Francisco foi indicado por Maltezi-
tos de engenharia, até ingressar na Odebrecht, em 2009,
nho para participar do Programa Jovem Construtor da
no Projeto Carvão Moatize, voltado para a construção de
Odebrecht a ser realizado ao longo de 2013. “Estou an-
uma planta de beneficiamento de carvão, iniciativa da
sioso para aprender mais”, assegura Francisco.
Vale, na Província de Tete. Em 2011, chegou às obras do
Segundo Nuno Teixeira, Diretor de Contrato das
aeroporto, trazendo grande experiência para comparti-
obras do aeroporto, a inserção de jovens moçambicanos
lhar, diariamente, com seus liderados. “A base da rela-
é fundamental para o crescimento da empresa. “Além
ção está na confiança”, argumenta.
de gerar oportunidades às pessoas daqui, com todos os
Ao falar de Francisco, o líder Maltezinho confessa surpresa: “Iríamos contratar um profissional experiente
reflexos positivos que isso tem, a empresa se torna cada vez mais nacional e identificada com o país.”
para liderar a área, mas ele se dedica de tal maneira aos projetos que isso foi desnecessário. Quando ele tem alguma questão, se reporta diretamente a mim, e, juntos, buscamos as soluções”.
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Um estímulo necessário para crescer Tão ansioso quanto Francisco para fazer o programa Jovem Construtor está Cremildo Massona,
Cremildo Massona e companheiros no canteiro de obras: determinado a atingir seus objetivos
Números das obras em Nacala e Moatize Aeroporto Internacional de Nacala Início: 2011 Valor: Pessoas (pico): Terraplenagem: Asfalto: Rede de drenagem: Estruturas metálicas: Pisos e Revestimentos:
Conclusão: 2014 US$ 202 milhões
1.050 2.100.000 m3 85 mil t 9.700 m3 1.700 t 34.000 m2
Projeto Moatize Fase 1 Início: 2008 Valor: Pessoas (pico): Concreto:
Conclusão: 2012 US$ 1,1 bilhão 7 mil
127.365,43 m3 Aterro: 4.255.529,64 m3 Equipamentos para terraplenagem: 208 Expansão Início: 2012 Conclusão: 2014 Valor: US$ 490 milhões Pessoas (pico): 3.500 Movimentação de terra: 4.500.000 m3 Concreto: 70.000 m3 Equipamentos de terraplenagem: 130 Equipamentos de obras civis: 70
29 anos. Ele ingressou na Odebrecht em 2008, como
chance para crescer. Então fui em busca de meus
Técnico de Hidráulica no Projeto Carvão Moatize.
objetivos”, diz.
Ao perceber seus esforços, talento para liderança e
Ângelo recorda que fez questão de incentivá-lo a
compromisso, seu líder, Ângelo Souza, Responsá-
fazer a faculdade de Engenharia Civil: “Como líder,
vel pela Gerência de Produção Civil, indicou-o para
meu papel é o de estimulá-lo a ampliar os conhe-
o programa. “Cremildo tem grande carisma para li-
cimentos e a capacidade de liderar”. Foi assim que
derar. O caminho para que continue crescendo é lhe
Cremildo ingressou em uma universidade privada
dar desafios cada vez maiores”, avalia.
em 2010. Na metade da faculdade, superou com bra-
Cremildo nasceu em Quelimane, na Província
vura as exigências de seus estudos, ao mesmo tem-
de Zambézia. Foi para Maputo em 2003, onde fez
po em que ocorria o pico das obras da primeira fase
o curso técnico de Hidráulica e trabalhou até 2008.
do Projeto Carvão Moatize em 2011. No ano seguinte,
Ao chegar a Moatize, tudo o que se via era a savana
já na segunda fase, Moatize Expansão, Cremildo tor-
e nada mais. “Praticamente participei de todos os
nou-se Coordenador da Área de Infraestrutura, que
projetos de instalação hidráulica, do canteiro aos
reúne mais de 90 trabalhadores.
alojamentos”, ele conta. Cremildo iniciou sua tra-
“Incentivamos Cremildo a assumir esse novo de-
jetória com a equipe de Engenharia de Projetos e,
safio, o que ele fez com humildade e coragem, mes-
na sequência, passou a Encarregado de Equipe na
mo liderando pessoas que tinham sido seus líderes
área de produção. Em 2009, ele foi promovido a En-
anteriormente”, comenta Marcos Camargo, Gerente
carregado Geral, assumindo a responsabilidade por
Geral de Construção. Tudo correu e continua corren-
várias equipes simultaneamente. “Notei que havia
do a contento. Para dizer o mínimo.
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comunidade
O poder das boas vibrações Em Moçambique, iniciativas de formação e qualificação ajudam o país a superar seus desafios texto Edilson Lima foto Guilherme Afonso
E
mbaixo de uma manguei-
Com vistas à formação para
ra, um grupo de 30 mu-
o mercado, a Odebrecht Infra-
lheres da comunidade de
estrutura desenvolve o Acredi-
Mathapué, que participam do Pro-
tar Qualificação Profissional,
grama Acreditar Alfabetização,
que está presente em Nacala
reúne-se diariamente para apren-
e também no Projeto Moatize
der a ler e escrever. O programa,
Expansão, executado pela em-
desenvolvido pela Odebrecht In-
presa na Província de Tete. No
fraestrutura na região das obras
total, já são 2.284 profissionais
do Aeroporto Internacional de Na-
formados. Por meio da parce-
cala, em Moçambique, concentra-
ria com o Instituto Nacional de
-se na formação de alfabetizado-
Emprego e Formação Profissio-
res para atuarem com adultos,
nal (INEFP), está sendo possí-
principalmente mulheres (o índice
vel compartilhar conhecimento
de analfabetismo entre elas che-
e conferir sustentabilidade ao
ga a 81% no país). Em 2012, foram
programa. “A parceria é funda-
formadas 45 alfabetizadoras, que
mental para aumentar a com-
já atuam nos bairros. “As turmas
petitividade dos trabalhadores
estão evoluindo a cada dia, pois a
moçambicanos”, analisa Edu-
metodologia de ensino se baseia
ardo Chimela, Diretor Geral do
nas vivências cotidianas”, conta a
Instituto.
educadora Zinha Aquitial.
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O Padre Lucas Romão, do
A empresa também promove
Centro de Formação do Acredi-
o Programa Acreditar Aprendiz,
tar na Escola Dom Bosco, des-
para adolescentes (de 13 a 18
taca: “Além da formação técni-
anos), que adquirem, progressi-
ca, os cursos ensinam valores”.
vamente, mais protagonismo na
Margarida Manica, 22 anos, for-
também desenvolve em Moçam-
região de Nacala. “Aqui aprendo
mada pelo programa, é pedrei-
bique programas voltados à saú-
cidadania, respeito e valorização
ra no Projeto Moatize Expansão
de (+Saúde), registro civil (Balcão
de nossa cultura”, diz Fula Pucu-
e se diz realizada: “Acreditei na
da Cidadania) e educação digital
dade,18 anos. Hoje são 56 ado-
oportunidade e tenho orgulho
(Caia na Rede). Nos últimos dois
lescentes beneficiados.
do que sou”.
anos, estima-se que cerca de 14
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O caminho da sustentabilidade A
Odebrecht
Infraestrutura
Participantes do Programa Acreditar Alfabetização: mobilização em Nacala
mil pessoas foram beneficiadas.
qual participarão Governo, empre-
a meta para 2013 é realizar pro-
Para garantir a sustentabilidade
sas e instituições locais, a fim de
gramas de geração de trabalho
dessas ações sociais, as equipes
orientar os investimentos em pro-
e renda, por meio de um modelo
da empresa implementam parce-
jetos sociais”, enfatiza Reinaldo
de negócio na área agrícola. Para
rias para a transferência de co-
Souza, Responsável por Projetos
isso, a Odebrecht Infraestrutura
nhecimento ao Governo e a orga-
Sociais da Odebrecht Infraestrutu-
deve atuar como catalisadora de
nizações locais. “Estamos criando
ra em Nacala.
iniciativas locais já existentes,
o Fórum de Desenvolvimento Inte-
Aproveitando as oportunidades
grado e Sustentável de Nacala, do
geradas pelas obras da empresa,
unindo ações do Governo, ONGs e associações financiadoras.
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qualidade nos relacionamentos Proximidade e sintonia com os clientes diferenciam a atuação das equipes da Braskem texto Luiz Carlos Ramos fotos Celso Doni
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A partir da esquerda, Émerson Madaleno, Elaine Almeida, Marco Valério Antunes, Hagop Guerekmezian e Hagop Guerekmezian Filho: relacionamento informal e produtivo
E
m uma ponta da linha, a Braskem,
compostos de PVC, foi um enorme salto. Os com-
que produz matéria-prima para múl-
postos saem de equipamentos sofisticados da Ka-
tiplas finalidades. Na outra ponta, o
rina, que transformam a resina de PVC Braskem,
cliente, que compra a matéria-prima
obtida a partir do processamento de sal e eteno
e a transforma. Além das logomarcas,
combinados com energia elétrica nos polos da
porém, existe gente – pessoas capacitadas e sen-
Bahia e de Alagoas. A produção da Karina, de
síveis que não apenas negociam: criam relações
25 mil t de composto de PVC/mês, vai para indús-
de respeito e amizade. E, se o respeito entre em-
trias de calçados, embalagens, condutores elétri-
presas de credibilidade é espontâneo, a solidez da
cos e outras aplicações no Brasil e em mais de
amizade entre profissionais ajuda as duas partes
20 países.
a somarem forças, consolidando parcerias, garantindo crescimento em conjunto.
“Sou um empresário fora da curva. Dá trabalho, mas agradeço a Deus e ao meu pai por tudo
O resultado da sintonia está nos exemplos das
isso”, comenta Hagop diante de Valério e de dois
quatro histórias a seguir. Odebrecht Informa bus-
integrantes da equipe Braskem – a assistente de
cou personagens, quatro gerentes de contas co-
vendas Elaine Almeida e o engenheiro Émerson
merciais de diferentes setores da Braskem. Por
Madaleno. Hagop Guerekmezian Filho une-se ao
meio do relato de seu dia a dia, são retratadas
bate-papo. Com 26 anos, Hagopinho, engenheiro
relações com clientes realmente parceiros, casos
mecânico, não se arrepende de ter trocado as pis-
que surgem por todo o Brasil.
tas de kart pela participação no comando da empresa. “Tenho nele um competente sucessor”, diz
Valério, Hagop e o crescimento
Hagop, que também tem duas filhas.
É raro o dia em que o goiano Marco Valério de
Mil profissionais trabalham na indústria, que
Moura Antunes, da Braskem, Gerente de Contas
passou a ter unidade de polietileno e polipropile-
de PVC, deixa de entrar em contato com Hagop
no com matéria-prima da Braskem. O Gerente de
Guerekmezian, da Karina. “Às vezes, eu é que tele-
Suprimentos da Karina, Galeno Farias, monitora
fono para o Valério para tratarmos de fornecimen-
as cargas vindas do Nordeste em caminhões. “É
to, mas também falamos de economia, política,
maravilhoso ver, nestes oito anos, a evolução das
família. Somos amigos”, diz Hagop, Presidente da
obras do complexo”, diz Valério. “O entusiasmo
Karina, líder no mercado sul-americano de com-
de Hagop é contagiante. Sinto-me um membro da
postos de PVC.
equipe.” Hagop sorri e confirma: “A admiração é
O relacionamento comercial entre ambos começou há dois anos, mas a parceria ocorre desde
recíproca. Sou grato à Braskem, que me fornece PVC, traz sorte e amigos como o Valério”.
1979, ano da criação da Karina, em Guarulhos (SP) – mesma época em que a Odebrecht ingressou no se-
Jorge, Jair e as soluções
tor Químico e Petroquímico, em Camaçari (BA), por
Em São Paulo, Jorge Alexandre Silva, Gerente
meio da CPC, semente da atual Braskem.
de Desenvolvimento de Mercado de Polietileno da
“Lá se vão 34 anos, tempo em que nos mante-
Braskem, pega o telefone e liga para o celular do
mos como o mais importante fornecedor da Kari-
gaúcho Jair da Rosa: “Onde você está? Precisa
na”, explica Valério. “Crescemos juntos”, completa
de alguma coisa?” Jorge trabalha há 10 anos na
Hagop ao percorrer, com Valério, a moderna plan-
Braskem. Jair está há dois anos na Multinova In-
ta situada em uma área de 160 mil m² perto do Ae-
dústria de Embalagens Plásticas, criada em 1988,
roporto Internacional de Guarulhos. “Aos 21 anos,
em Farroupilha (RS), hoje com filiais em São Bento
ganhei de meu pai, Antranig, uma máquina extru-
do Sul (SC), Simões Filho (BA) e Jaguariúna (SP).
sora para plástico e o aluguel de um galpão junto
A recente entrada da Multinova no mercado de
a esta grande área que eu compraria para a fábrica
artigos para a construção civil tem tudo a ver com
crescer”, recorda o empresário, filho de armênios.
a Braskem, explica Jorge Alexandre: “É uma nova
Da fabricação de sacolinhas de polietileno aos
aplicação. Após testes no IPT [Instituto de Pesqui-
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A parir da esquerda, Fabiano Munhoz, Éder Campos Filho e Paulo Freire: reflexões conjuntas e ações integradas para o encontro de soluções
sas Tecnológicas], em São Paulo, verificamos ser
cliente e pelo amigo”, diz Jorge, sorrindo, ao en-
possível fabricar mantas de polietileno expandido
cerrar o telefonema.
para isolamento acústico, térmico e de proteção de pisos e paredes, solução eficaz e econômica,
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Paulo, Éder, Fabiano e a inovação
além de ecologicamente correta, ao contrário da lã
Em uma manhã de abril, o baiano Paulo Frei-
de vidro e do amianto”. São produzidos cinco tipos
re sai do escritório da Braskem, em Salvador,
de mantas, todas de acordo com a norma 15.575
pega um avião e chega a Belo Horizonte, onde já
da ABNT [Associação Brasileira de Normas Téc-
o esperam Éder Ferreira Campos Filho e Fabiano
nicas], que entra em vigor em julho. Empresas de
Munhoz. Gerente de Contas de PVC, Paulo tem 11
construção usam as mantas Multinova, de maté-
anos de Braskem. Éder é Diretor da Precon, em
ria-prima Braskem.
Pedro Leopoldo (MG). O engenheiro Fabiano, “nas-
Jair da Rosa, Gerente Comercial Corporativo,
cido em São Paulo, baiano de coração e corintiano
relata: “A parceria vem permitindo importantes
por devoção”, é Diretor de Contrato da Odebrecht
conquistas, como a divulgação dos produtos Mul-
na construção de 37 escolas para a Prefeitura de
tinova na mídia e no Salão Internacional da Cons-
Belo Horizonte, por meio de uma PPP (Parceria
trução, em março, em São Paulo. Não havia mais
Público-Privada), tendo como cliente a Inova BH,
espaços para um estande no Anhembi, mas Jorge
da Odebrecht Properties.
Alexandre conseguiu a área.” Empresas de cons-
No encontro dos três, surgem amostras da te-
trução da Odebrecht interessaram-se pelas man-
lha alaranjada de PVC, novo produto da Precon fei-
tas e já as utilizam. “É o que se pode fazer pelo
to com matéria-prima Braskem, a ser usado nas
odebrecht informa
escolas. Éder explica: “Três anos atrás, a Precon, com 50 anos no mercado de coberturas, buscava alternativas de material, e chegamos ao PVC da Braskem”. São telhas econômicas, leves, resistentes e que não propagam chamas. A Precon iniciou sua produção na nova fábrica em Marechal Deodoro (AL) no segundo semestre de 2013, perto do novo polo da Braskem. Paulo Freire comenta: “A transversalidade será replicada para outras obras da Odebrecht, que tornará possível a difusão das telhas de PVC no mercado brasileiro”. Fabiano Munhoz conta que, das 11 escolas que já estão em obras, todas usarão as telhas. A presença da Braskem nessas obras vai mais além, prevê Paulo: “Estamos em negociação para que os tubos e as conexões de PVC e o piso vinílico sejam fornecidos também por parceiros da Braskem”.
Carlos, Alvim e sua relação fraternal Há 35 anos, o potiguar Carlos Soares Freire entrou para a recém-inaugurada Salgema, produtora de cloro e soda de Maceió adquirida pela Trikem em 1996 e integrada à Braskem em 2002. Ele mora no Rio de Janeiro, é Gerente de Contas e um de seus clientes é a Cenibra – Celulose Nipo-Brasileira, com sede em
A partir da esquerda, Lázaro Borges, Arnaldo Nick Junior, Efigênio Alvim e Cirino Silva, integrantes da Cenibra com a planta que processa matéria-prima da Braskem ao fundo: alinhamento e parceria
odebrecht informa
21
Jorge Alexandre Silva conversa com Jair da Rosa,da Multinova: quando o contato pessoal não é possível, a tecnologia ajuda
22
Belo Oriente (MG), no Vale do Aço. O mineiro Efigênio
Vitória (ES) e exportados para fabricação de papel e
Alvim tem 37 anos de trabalho nessa empresa, hoje de
outros artigos.
capital 100% japonês, com mais de 8 mil funcionários.
Alvim explica: “Carlos é como se fosse um irmão.
Para produzir cerca de 1 milhão de t/ano de celu-
Um profissional exemplar, além de grande contador
lose, a Cenibra usa madeira de extensas áreas de eu-
de anedotas”. Carlos Freire afirma: “Somos fornece-
calipto, em um processo industrial que recorre à soda
dores exclusivos, criamos uma relação muito sólida e
cáustica da Braskem para clarear o produto, do qual
positiva com a Cenibra, que supera o âmbito profissio-
95% são levados em trem ao Portocel, na região de
nal e comercial”.
odebrecht informa
Alessandro Camara, da Mais Packing: inventividade para desfazer mitos
criativo
movimento
texto Alice Galeffi fotos Murilo Mattos
Desafio Braskem de Design contribui para a ampliação do mercado de móveis de plástico no Brasil
S
“
ó deu certo porque as pessoas se contagiaram com a ideia”, diz Carla Barretto sobre o Desafio de Design Odebrecht Braskem. O projeto, além de abrir espaço ao design brasileiro, educar
jovens aprendizes e possibilitar a criação de produtos ino-
23
vadores que serão utilizados na área externa do novo Edi-
fício da Odebrecht em São Paulo, ajudou a desmistificar
a ideia de que móveis plásticos são sinônimo de cadeiras empilháveis e mobiliário de piscina.
Carla é Diretora-Superintendente de Propriedades
Privadas da Odebrecht Properties (OP), empresa que
investiu e administrará o novo prédio da Organização.
A partir da esquerda, Jessica Leite, Filipe Tucunduva, Renata Fernandes, Alessandro Camara, Mônica Evangelista, Rafael Conforto, Carlos Zardo Jr., Cesar Moraes e Cecília Siqueira: empresa e academia unidas para mudar paradigmas
Enquanto desenvolvia o projeto do mobiliário para os espaços de convivência do edifício, Carla percebeu a oportunidade de trabalhar com peças de plástico. Há pouca oferta de móveis corporativos desenvolvidos por
designers brasileiros com esse material, e constatou-se que peças importadas tinham preço final mais competitivo que as alternativas nacionais. Rapidamente, a oportunidade materializava-se. Com o envolvimento da equipe da Braskem, surgiu a ideia de pensar-se uma iniciativa que contribuísse para o desenvolvimento desse mercado no Brasil.
Com a coordenação de Mônica Evangelista, Gerente de Desenvolvimento de Mercado PP (Polipropileno) – Construção e Edificação da Braskem, um novo projeto foi conceituado: seria um desafio envolvendo estudantes de design, estimulando-os a desenvolver uma família de móveis (uma cadeira ou um banco, uma mesa e um
chaise longue), utilizando a matéria-prima plástica. O vencedor teria seus projetos produzidos nacionalmente.
Parcerias com universidades O Desafio só tornou-se possível por conta das par-
24
odebrecht informa
O primeiro passo do Desafio foi o briefing. A cultura da empresa foi explicada aos participantes, para que, de algum modo, pudesse estar refletida nos móveis. Posteriormente, temas como sustentabilidade, análise do ciclo de vida do plástico e os benefícios desse produto foram apresentados aos concorrentes. A terceira parte foi dedicada à criação e conceituação das propostas. “O processo todo foi surpreendente, pois não houve clima de competição. A Mais Packing soube coordenar isso muito bem”, conta Renata Fernandes, da equipe da Faap.
O projeto vencedor “ELO” foi o nome dado à linha de móveis da equipe do IED, vencedora do Desafio. O tema do mobiliário foi uma referência à Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO). Segundo a equipe, ela é o elo que une a Organização. “O que mais nos marcou na TEO foi o fato de ela ser o ‘cérebro’ da Organização, e, baseados nisso, fizemos uma linha inspirada na ciência biônica, nos neurônios e suas ramificações, que partem de um mesmo ponto”, relata Cecília Siqueira.
cerias firmadas com outras entidades. As universidades participantes (Istituto Europeo di Design – IED, Fundação Armando Alvares Penteado – Faap, Centro Universitário Belas Artes e Instituto Mauá) indicaram seus melhores alunos e coordenaram suas equipes; a Mais Packing, empresa de design, entrou no circuito como orientadora dos alunos, que estagiaram na agência por três meses, durante a fase de desenvolvimento de projeto; e a Tramontina, cliente da Braskem e a maior produtora de móveis plásticos do Brasil, responsabilizou-se pela fabricação das peças.
A equipe do IED não foi a única vencedora. Nesse projeto todos saíram ganhando: a OP, que terá móveis de acordo com o desejado pela empresa; a Braskem, por trabalhar com jovens talentos e ter a possibilidade de mostrar novos usos do plástico; a Tramontina, que poderá produzir os móveis da equipe vencedora e os outros também; e, claro, todos os participantes, que puderam se aprofundar no mercado de trabalho, aprenderam sobre design e relacionamento com clientes e tiveram a oportunidade de ser orientados por profissionais experientes e qualificados.
odebrecht informa
25
Entrevista
Fábio Januário na Torre de Belém, em Lisboa: “Precisamos trazer o Brasil para Portugal”
26
26
odebrecht informa
nações elo entre
texto José Enrique Barreiro fotos Lia Lubango/Lusco
odebrecht informa
27
F
ábio
Januário
agenda
tem
uma
internacional.
intensa Diretor-
OI – Como você completaria a frase “Eu aprendi com o povo angolano que...”
Superintendente (DS) da Odebrecht
Fábio –...resiliência e perseverança são muito
em
e
nos
importantes. Aprendi que um povo não pode se
Unidos,
ele
entregar nunca, deve sempre acreditar em seu
procura acompanhar de perto os negócios
país, principalmente quando se trata de um país
nesses países. Mas quando está em Lisboa não
jovem e com imenso potencial.
Portugal,
Emirados
na
Árabes
Líbia
abre mão de duas coisas: estar com a esposa, Priscilla, e os filhos, Hugo, 10 anos, e Rafael, 5,
OI – Você conviveu com jovens angolanos e
e correr 10 km cinco vezes por semana. “Procuro
agora convive com jovens portugueses. O que
balancear o trabalho com a dedicação à família
lhe chamou a atenção em cada um deles?
e o cuidado com a saúde.” Engenheiro formado
FábiO – São estágios diferentes. Os portugueses
pela USP (Universidade de São Paulo), ele teve
vivem em um país maduro, com outro contexto
na Odebrecht, onde ingressou como trainee, em
empresarial. O jovem angolano me impressionou
1994, sua primeira oportunidade de trabalho. Em
pela motivação, pela vontade de reconstruir seu
1998 foi para Angola, país em que trabalhou por
país, de fazer parte de uma nação jovem. Em
14 anos e onde se tornou Diretor de Contrato.
termos históricos, podemos dizer que Angola
Desde setembro de 2012, lidera os negócios
nasceu ontem, pois se tornou independente
da Organização Odebrecht nos três países dos
em 1975, há menos de 40 anos. Naturalmente,
quais é DS. Nem a recessão portuguesa nem o
essa vontade precisa ser complementada com
momento de transição na Líbia nem a altíssima
experiência e capacitação, e esse foi exatamente
competitividade
o nosso papel.
do
mercado
dos
Emirados
parecem preocupá-lo. Compreende-se. Aos 27 anos de idade, recém-casado, ele já deixara São
OI – E o que lhe impressiona nos jovens
Paulo para morar em Luanda e ajudar o povo
portugueses?
angolano a reconstruir seu país. “Desafios para
FábiO – São pessoas com excelente formação
mim são sinônimo de motivação”, afirma. “Poucas
acadêmica, que falam vários idiomas e que têm
organizações no mundo teriam condições de
facilidade de mobilização e adaptação, pois já
oferecer oportunidades de crescimento tão ricas
carregam consigo a tradição portuguesa de sair
e tão distintas quanto as que eu tive e tenho na
pelo mundo em busca de oportunidades, desde os
Odebrecht”. Nesta entrevista, Fábio Januário fala
tempos das grandes navegações. Essa capacidade
de pessoas, de sua experiência em Angola e de
precisa ser mais bem aproveitada pela Organização,
como pretende vencer o novo desafio de sua vida.
para aumentarmos o número de expatriados não brasileiros em nossa operação internacional.
Odebrecht Informa – O que você viu de mais
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importante nos 14 anos que passou em
OI – Qual a receita do sucesso da Odebrecht
Angola?
em Angola?
Fábio Januário – Encontrei um povo muito
FábiO – Nossa agenda estratégica é muito simples. É
receptivo à Odebrecht e ao Brasil, que precisava
feita de vontade, coragem e criação de oportunidades
de apoio, de valorização e de organizações como a
de conteúdo angolano. Isso é uma característica
nossa, que apostassem nele. Procuramos incluir
nossa, da nossa forma de ser, de nossos valores
um número crescente de angolanos em nossa
filosóficos, de nossa clara intenção de perpetuidade
Organização. Eles se integraram, absorveram
nos países em que estamos presentes. A essência
nossa cultura e também nos transmitiram muitos
de nosso sucesso é trabalhar o conteúdo nacional
ensinamentos. Empenharam-se, compraram o
na cadeia produtiva de nosso negócio. Mas é
desafio e, juntos, nos ajudamos mutuamente no
importante dizer que, se já avançamos muito, ainda
trabalho de reconstruir o país.
temos importante caminho a trilhar no país.
odebrecht informa
OI – O que mais lhe gratificou em Angola?
Odebrecht. Isso vai beneficiar a todos: os dois
FábiO – Minha maior emoção sempre foi a de ver
países, nossa Organização e empresas brasileiras e
nossas realizações concluídas. Na inauguração do
portuguesas em geral. O investimento de Portugal
primeiro fontanário em um musseque (favela) de
no Brasil é bem maior que o do Brasil em Portugal.
Luanda, pessoas que nunca tiveram acesso à água
Temos que equilibrar melhor essa balança. Temos
tratada comemoram aquilo como uma grande
que trazer o Brasil para Portugal. No tocante à
conquista para suas vidas – e a emoção foi forte.
Líbia, é fundamental potencializar a agenda do
Isso foi no início. Depois Luanda evoluiu muito, e,
Brasil no país, por meio do apoio do Governo e de
hoje, os desafios são os de uma Angola nova, em
instituições brasileiras, bem como da atuação de
franco desenvolvimento.
nossas grandes empresas. Juntos, esses atores poderão contribuir, de forma significativa, com a
OI – Agora você está em Portugal. Como é essa
reconstrução da Nova Líbia.
mudança de uma nação independente que, como você disse, “nasceu ontem” para uma sociedade que nasceu há 900 anos?
FábiO – Angola vive um grande crescimento econômico, há mais de uma década. Portugal e Líbia encontram-se em momentos distintos. Portugal passa por uma recessão, com escassez de oportunidades. Precisamos ser muito criativos, repensar nossa atuação e desenvolver novos negócios. A Líbia está em transição, e nosso futuro no país dependerá da evolução de seu cenário político e econômico. A Odebrecht e o Brasil estão prontos para apoiar a Líbia a trilhar este caminho de sucesso na construção da Nova e Free Líbia. Nos Emirados Árabes Unidos, o desafio é distinto. Ali temos uma sociedade rica, uma cultura
“Para nós, da Odebrecht, falar de pessoas não é retórica. Somos focados em pessoas, não em processos”
Fábio Januário
diferente da ocidental e uma economia altamente competitiva. Precisaremos de projetos criativos, custos atraentes e integração de pessoas locais
OI – Como líder, de que maneira você esta-
e regionais à nossa cultura empresarial na
belece relações com as pessoas? Tem algum
velocidade mais rápida possível. É também nossa
modo especial de agir quanto a isso?
prioridade o foco na performance do contrato
FábiO – Para nós, da Odebrecht, falar de pessoas
para obras de infraestrutura e saneamento do
não é retórica. Sempre apostamos nas pessoas.
projeto PumpStation, em Abu Dhabi, de modo a
Não somos focados em processos, mas em
garantir a geração, partilha e o reinvestimento de
pessoas – mesmo nos negócios industriais. Nossa
riqueza criada e, com isso, estabelecer uma base
capacidade de educar e de promover o crescimento
sustentável para nosso crescimento no país.
delas é o nosso maior diferencial. Minha principal estratégia é oferecer tempo, exercer a Pedagogia
OI – Quais os planos para Portugal e Líbia?
da Presença. Esse é o papel fundamental do
FábiO – Precisamos de uma agenda mais próxima
sucesso, da cumplicidade saudável entre Líder e
com o Brasil, que tem experiência em exportação
Liderado. Gosto de ouvir opiniões, de me deixar
de serviços para países da América Latina e África,
ser influenciado e de tomar decisões colegiadas.
mas ainda não foi devidamente provocado para
Líder é aquele que convence, arregimenta e tem
pensar no caso português. Investir em Portugal
seguidores porque as pessoas acreditam no rumo
será uma grande marca para o Brasil e para a
que ele propõe.
informa
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Alcinéia: “Ué, mas o nome não é Acreditar?”
um jeito franco de encarar
F
a vida
oi das mãos de Alcinéia Nunes Silva que
ra: faz o acabamento de peças de concreto, com outros
a Presidente Dilma Rousseff recebeu um
20 operários. É a única mulher da equipe. Com calma e
buquê de flores durante a inauguração da
perspicácia, soube cativar os companheiros, se impor e
Unidade de Fabricação de Estruturas Me-
conquistar o respeito de todos. “No início, ninguém acre-
tálicas (Ufem) do projeto Prosub-EBN (Pro-
ditava que eu fosse capaz de trabalhar como pedreira.
grama de Desenvolvimento de Submarinos – Estaleiro
30
30
Mas fui em frente”, ela conta.
e Base Naval), em Itaguaí (RJ), em 1º de março. Não
Moradora de Itaguaí, Alcinéia, 42 anos, trabalha-
por acaso, a auxiliar de pedreiro havia sido escolhida
va como cobradora de ônibus e, por ter adoecido de
para representar os integrantes da obra na cerimônia:
estresse, estava licenciada pelo Instituto Nacional de
assim como Dilma, ela é um exemplo de liderança. Há
Securidade Social (INSS), quando soube que seriam
dois anos, Alcinéia trabalha na Odebrecht Infraestrutu-
abertas vagas para o Programa Acreditar, da Odebrecht.
odebrecht informa
Formada no Programa Acreditar, Alcinéia Silva, da equipe do Projeto Prosub/EBN, protagoniza uma história de autoconfiança e superação texto Luciana Lana fotos André Valentim
Increveu-se, foi selecionada, concluiu o curso e, quando
conhecimento. É parceira, revela os macetes. Foi quem
a família dizia que seus esforços não dariam em nada,
me ensinou quase tudo e fez com que eu me tornasse
ela se calava e, em pensamento, mantinha-se firme
pintor”, ele reconhece, agradecido. Luiz relata que, por
em seu propósito: “Ué, mas o nome não é Acreditar?”,
preconceito, muitos não quiseram trabalhar como aju-
perguntava-se em seus diálogos interiores.
dante de uma mulher. “Eu aproveitei a oportunidade e
A resposta para os descrentes veio em janeiro de
me dei muito bem.”
2011, quando ela conquistou a vaga de meio-oficial de
Se em algum momento ele existiu, hoje o preconcei-
pedreiro. Em menos de seis meses, Alcinéia foi promo-
to está superado. “Todo mundo gosta dela”, diz Rafael
vida a oficial de pedreiro. “Ela é ótima no trabalho e se
Ferreira, também ajudante de pedreiro. “É tranquila e,
dá bem com todo mundo”, diz o encarregado geral José
ao mesmo tempo, exigente. Quer tudo sempre correto”,
Benedito Cosmo, que ressalta: “As pessoas não traba-
completa outro companheiro de equipe, Aldemir da Silva.
lham direito quando têm problemas de relacionamento
Discreta, Alcinéia sorri com os comentários elogio-
com os colegas”.
sos e se define como uma pessoa muito observadora e verdadeira. “Gosto de perceber o comportamento de
“A verdade é a chave para a harmonia”
cada um. Fico quieta e vou assimilando como as pesso-
Considerada por todos uma pessoa tranquila, Al-
as agem e reagem. Quando alguma coisa me incomoda,
cinéia é também solidária e generosa. Que o diga o
falo diretamente, seja para quem for, um líder ou um
pintor Luiz Carlos Lima Valério, que foi seu ajudante.
liderado, não importa. A verdade é a chave para a har-
“Ela tem muita vontade de aprender e compartilhar o
monia.”
odebrecht informa
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vamos
falar sobre isso?
O 32
segredo da boa convivência é seguir al-
Ao falar sobre recrutamento, o Diretor de Contrato
gumas regras básicas. A principal delas
Marcos Vidigal é enfático: “Para mim, ter um bom currí-
é saber se colocar no lugar do outro. Em
culo não é o único requisito. Faço questão de conversar
uma tarde de sábado, Luiz Antônio dos
com conhecidos que trabalharam com a pessoa antes
Santos, Luizinho, Responsável por Re-
de trazê-lo para a equipe”. É Vidigal quem dá as dire-
lacionamento com a Comunidade no Consórcio Linha
trizes que norteiam a interação de sua equipe com os
4 Sul, que realiza as obras da Linha 4 do Metrô do Rio
moradores da região: “Eu sempre procurei me pautar
de Janeiro no trecho entre os bairros de Ipanema e Gá-
pelo respeito e pela franqueza. A liderança não se dá
vea, mandou parar uma máquina barulhenta que estava
pela posição, mas pelo exemplo que você transmite. E
atrapalhando a festa de aniversário de casamento de vi-
também é preciso ouvir”.
32
zinhos da obra. “É preciso ter empatia. Explico para as
Marcela Villas Bôas, da Assessoria de Comunicação,
pessoas que trabalham comigo que chato não é quem
atesta: “Ele dá o direcionamento e está sempre aberto a
reclama, mas nós”, diz ele.
sugestões”. Saber ouvir é outra regra básica em uma re-
odebrecht informa
Marcela Villas Bôas, Luiz Antônio dos Santos e Paulo Camizão: respeito e empatia
Diálogo franco e produtivo com a comunidade é destaque nas obras da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro texto Eduardo Souza Lima fotos Carlos Júnior
lação saudável de vizinhança. “Nossa abordagem é: nós
Cadastro com 10 mil nomes
somos vizinhos, entendemos o incômodo e queremos
É preciso também se antecipar. As obras começa-
que vocês tragam suas reclamações para minimizar o
ram em novembro do ano passado, mas os moradores
impacto”, relata Marcela.
foram procurados antes. “Fizemos um cadastro com
Ela recebe sugestões e reclamações vindas dos di-
10 mil nomes. Temos interlocutores com quem falamos
versos canais de comunicação do consórcio – de cen-
quase todos os dias”, explica Marcela. “Eles me disse-
trais de atendimento ao twitter. Depois, entram em ação
ram: ‘Estamos aqui para tentar resolver os seus proble-
os agentes de campo. “Existem coisas que exigem a
mas’. E sempre tiveram a maior boa vontade para nos
presença, o contato pessoal, a conversa. Por exemplo,
atender”, confirma Paulo Marcelo Camizão, síndico de
para dizer ao comerciante que vamos pôr um tapume
dois prédios na Avenida Ataulfo de Paiva.
em frente à sua loja”, diz Luizinho. E é então que a fran-
Por sugestão dele, o consórcio adquiriu dois car-
queza entra na fórmula: “Eu digo que o incômodo vai ser
rinhos de compra e duas cadeiras de rodas que estão
grande. É assim que se cria uma relação de confiança”.
sendo usados pelos condôminos. Como um dos prédios
odebrecht informa
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34
teve sua garagem interditada, foram contratados servi-
colaborador precisa conversar pelo menos 15 minutos
ços de manobristas e estacionamento privado. Também
de amenidades”, ele diz, com humor e realismo. “Não
por solicitação dos moradores do entorno das obras,
dá para ficar falando só de trabalho.”
ocorreu a instalação de câmeras de segurança e de ilu-
Calor humano é fundamental: recentemente, duas se-
minação especial ao longo dos tapumes próximos aos
nhoras, que estavam passando por uma área da obra, ti-
edifícios.
veram suas roupas sujas por uma pequena quantidade de
A comunicação também é feita por meio de um in-
cimento que estava sendo preparado. Elas foram levadas
forme impresso bimestralmente, com tiragem de
para dentro da obra para conhecê-la de perto, a lavagem
40 mil exemplares, além de panfletos que chegam às
de suas roupas foi paga pela Odebrecht, e uma delas, que
ruas sempre que há interdições ou mudanças no trân-
estava às vésperas de fazer aniversário, ganhou de Mar-
sito. Mas, no fim das contas, o que prevalece é o “estilo
cela um buquê de rosas amarelas. “Elas me disseram
Vidigal”: “Tenho sensibilidade para perceber quando um
que haviam feito amigos”, conta Luizinho.
odebrecht informa
Acervo Odebrecht
Obras do Metrô em Ipanema: intervenção urbana com seus desafios característicos
energias
as melhores
texto Bárbara Rezendes fotos Mathias Cramer
Victor Marques (terceiro a partir da esquerda) com Gabriel Senarezi, Giuliana Di Credico, Christianne Cunha, Thiago Menezes, Albert Santos e Rodrigo Garcia: aportes mútuos enriquecedores
Troca de experiências entre profissionais de diferentes gerações é marca na implantação do complexo eólico Corredor do Senandes
E
“
stamos todos aprendendo juntos a fazer acontecer de uma maneira diferente.” A afirmação de Victor Marques, responsável pela implantação do primeiro empreendimento eólico da Odebrecht Energia, o Complexo Corredor do Senandes, traduz o senti-
mento da equipe que atua nesse projeto pioneiro.
35
Localizado em Rio Grande (RS), o complexo traz inovações
em vários aspectos. Por exemplo: está sendo construído com aerogeradores de alta tecnologia, pela primeira vez fabricados no Brasil. A elevada capacidade instalada permitiu reduzir o número de unidades geradoras e, dessa forma, o impacto ambiental, especialmente o relacionado a aves da região.
Nessa estreia da Odebrecht Energia no segmento eólico, Senan-
odebrecht informa
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Números do Complexo Eólico Corredor do Senandes R$
400 milhões
108 MW
é o valor dos investimentos
é a capacidade total instalada
2014
é a previsão do início da geração
4 parques
formam o complexo: Vento Aragano I e Corredor do Senandes II, III e IV
Execução do complexo eólico em Rio Grande: projeto pioneiro
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odebrecht informa
SP PR
PARAGUAI
SC Porto Alegre
ARGENTINA
RS
Oceano Atlântico
Rio Grande URUGUAI
1.000
oportunidades de trabalho diretos e indiretos serão gerados durante a implantação
48 km
é a extensão da linha de transmissão que ligará os quatro parques do Complexo à subestação Quinta da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE)
des representa para a equipe do projeto, em sua maioria jovens vin-
12 2m
dos da área de Engenharia e Construção da Odebrecht, o desafio de mudar sua atuação, de responsáveis pela obra para viabilizadores da implantação e futura operação do empreendimento. Há seis anos na Organização, Victor (responsável pela implantação 150 m
de Senandes e de outros projetos de energia alternativa da empre88,5 m
sa), assumiu, em junho de 2012, o empreendimento realizado em Rio Grande e conta com uma equipe formada por pessoas que têm, em média, 27 anos. Ele comenta que atuar em um novo negócio, liderando um grupo jovem, traz o desafio da prática permanente da empatia, a oportunidade de trocas e, com elas, novos conhecimentos. “Para nós, maduros, a convivência com eles proporciona mais energia. Enquanto que, para os mais novos, traz maturidade”, analisa Victor. A Odebrecht busca dar oportunidades aos jovens nos empreendimentos e nos programas de apoio, e, Victor salienta, por meio desses novos integrantes, a Organização se revigora. “Nesse cenário, a delegação planejada e a pedagogia da presença têm uma clara importância”, afirma Victor, que entende como prioritário seu papel de formador de novos profissionais. O aprendizado é intensificado pelo número reduzido de liderados, o que permite a Victor estar mais presente no dia a dia deles. Ele conta que busca envolvê-los em diversos assuntos, provocando-os para que exponham sua opinião e, juntos, pensem em soluções.
Sinergia entre gerações A diferença de idade entre Victor e seus cinco liderados diretos chega a ser de 29 anos, e isso só tem trazido benefícios, tanto para suas carreiras como para o resultado do projeto. As características de cada geração complementam-se. O diálogo flui, e a troca de ideias torna-se natural. Thiago Menezes, liderado de Victor, ressalta que a sinergia existente no grupo traz mais produtividade. Ele observa que essa integração facilita na hora de uma decisão. “Temos uma abertura muito boa com Victor. Quando precisamos de um conselho, não hesitamos em pedir. Ele nos escuta, apoia, é extremamente educador. Assim, a tendência é acertar”, ele argumenta. Nesses momentos, fica evidente a característica de cada geração. “Eles me aceleram, e eu procuro acalmá-los, no sentido de refletir sobre a situação antes de agir”, relata Victor. Acertos ou erros são consequências da iniciativa de tentar. Quando o resultado é o erro, o aprendizado pode ser muito mais rico, se potencializado por um líder educador. Albert Santos, Responsável por Planejamento em Senandes, reforça: “Seja na sala de reunião, seja nos corredores, a troca de ideias e opiniões acontece continuamente. Victor fala que é um ‘jovem maduro’, que está aprendendo com a gente, e nos dá espaço para contribuir”, diz Albert.
odebrecht informa
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fora do
redemoinho
Irmão Henrique: “A cura passa por uma reconciliação com a vida”
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odebrecht informa
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As revoluções pessoais que se tornaram possíveis por meio da inclusão de moradores de rua no mercado de trabalho e a abertura de oportunidades a detentos e egressos do sistema carcerário texto Carlos Pereira fotos Márcio Lima
P
“‘
erdi tudo porque não valho nada’. É o
Irmão Henrique Peregrino da Trindade, monge ca-
que repetem. Durante anos. Rever-
tólico, aprendeu sobre os sem-teto vivendo 13 anos
ter isso é um processo longo e difícil,
nas ruas. A comunidade que lidera, no bairro de Água
mas o bonito é ser possível”, afirma
de Meninos, em Salvador, abriga 50 pessoas, de todas
Irmão Henrique, líder da comunidade
as idades e classes sociais, com um traço comum:
da Igreja da Trindade e um dos principais parceiros da
profundas feridas na alma. Lá elas são acolhidas e
Odebrecht Infraestrutura na execução do Programa de
reaprendem a conviver, refazendo laços de confiança.
Inclusão de Moradores de Rua no mercado de trabalho.
“Mas a cura passa por uma reconciliação com a própria
O religioso e o Movimento de População de Rua in-
vida”, observa o religioso.
dicaram 88 ex-moradores de rua, que participaram de
Ele conta que os trabalhadores chegam cansados,
cursos profissionalizantes para carpinteiros, montado-
mas alegres. “É visível a mudança no comportamen-
res de andaimes, pedreiros e cabeleireiros. Doze foram
to, até, por exemplo, em relação ao cuidado com os
contratados pela Itaipava Arena Fonte Nova e outros
dentes. Eles estão sorrindo mais. Existe uma espécie
20 atuam em outras obras da cidade. A Secretaria do
de magia ligada ao nome de uma grande empresa; é
Trabalho Emprego e Renda do Estado (Setre) também
grande o orgulho quando dizem: ‘Eu trabalho na Ode-
participa da ação.
brecht’”, relata o monge.
Edevaldo Santana: “Parei de beber. Não podia perder aquela oportunidade”
odebrecht informa
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Edvaldo
A assistente social Carolinna Tosta e a nova arena: elogios dos encarregados para a produtividade dos apenados
“Era um redemoinho” Ex-ambulante na praia de Itapoã, bairro onde morava com esposa e filha, Edevaldo Santana viu a vida desmoronar explodida pelo alcoolismo. “Quanto menos vendia, mais bebia, e quanto mais bebia, menos vendia. Era um redemoinho”, conta Edevaldo. A garrafa PET de cachaça, apelidada de “bombinha”, foi o que sobrou quando perdeu o isopor, a esposa foi embora levando a filha e, por fim, não conseguiu manter a própria casa. Essa fase durou quatro anos. “A vergonha me afastou dos amigos. Quando me encontravam, davam conselhos, lembravam como eu era.” Na Páscoa de 2011, Edevaldo conheceu pessoas como ele na Igreja da Trindade, ouviu suas histórias e resolveu participar da comunidade. As atividades colaborativas diárias foram terapêuticas. “Parei de beber. Não poderia perder aquela oportunidade”, afirma. Um ano depois, a determinação foi recompensada, ao ser contratado como despachante no almoxarifado da Itaipava Arena Fonte Nova. Só foi dispensado das suas funções no fim da obra e, devido aos bons serviços, relocado para o canteiro da rodovia BA-093. Recordando sua história, sentado na sala de seu apartamento, reserva à Arena que ajudou a construir um capítulo à parte. “Nunca vou esquecer. Sou um privilegiado”.
40
odebrecht informa
Começar de Novo
apenados também foram contratados.
“Foi um 157”, diz M., baixando o volume da voz e es-
Envergando com dignidade seu uniforme, o auxiliar
quivando o olhar. O latrocínio (roubo seguido de morte),
de pedreiro diz que o homem de verdade reconhece seus
crime pelo qual foi condenado a 25 anos de prisão, deri-
erros e assume as consequências. “Sei que é difícil en-
vou da infeliz decisão de assaltar um banco quando tinha
tender a nossa situação, mas o preconceito precisa ser
18 anos. Ele trabalhava, se divertia como outros jovens da
enfrentado. Um dos meus sonhos se realizou quando
sua idade mas, confessou, era ambicioso. Só teve mais
ajudei a construir este estádio. Tem uma parte bonita de
seis meses de liberdade.
mim aqui.”
“O dia todo desviando de problemas.” Assim ele resu-
A assistente social Carolinna Tosta acompanha indi-
me a rotina na cadeia. A namorada do colégio foi fiel ao
vidualmente o desempenho dos novos trabalhadores.
compromisso e, dois anos depois, nascia a filha do casal.
Ela explica que o processo de reinserção social começa
Foram 13 anos até a progressão para o regime semiaber-
na apresentação do beneficiado. “Cuidados que passam
to, que o credenciou a participar do Programa Começar
pela documentação, qualificação profissional e formação
de Novo, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça
pessoal, pelo convívio e pela motivação para o trabalho e
(CNJ), outra ação de responsabilidade social abraçada
consultoria financeira, já que a novidade da renda fixa e
pela Odebrecht Infraestrutura.
a multiplicação das possibilidades de consumo dificul-
O programa estimula a formação de parcerias
tam uma noção realista do valor do dinheiro”, salienta
entre governos, empresas e entidades da sociedade
Carolinna. Ela acrescenta que os encarregados elogiam
civil para capacitar e dar oportunidade de trabalho a
a produtividade dos apenados. “Vi a Fonte Nova cair e re-
detentos e egressos do sistema carcerário. “A Ode-
nascer como uma das arenas mais modernas do mundo.
brecht apareceu, e eu soube na hora que era a opor-
Essa também é a finalidade das ações que realizamos
tunidade que eu esperava”, relembra M. Outros 20
aqui: ajudar essas pessoas a se reerguerem.”
odebrecht informa
41
Mestre Pará (à direita) com Samuel Pereira: vínculos sólidos
maestro a grande arte do
A
42
texto Júlio César Soares fotos Ed Araújo
cena era comum na Arena Corin-
pela Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão. “Pará era um
thians: às 7 da manhã, o pessoal se
dos maestros aqui na obra, e a contribuição dele ex-
reunia nas arquibancadas para ouvir
trapola a engenharia”, diz Frederico Barbosa, Gerente
Mestre Pará, que, lá nas primeiras
Operacional da Arena. O Mestre reencontraria velhos
fileiras, falava, principalmente, sobre
amigos e um trajeto conhecido.
segurança e também a respeito da importância dos
Francisco das Chagas Lopes, como é menos co-
imigrantes para a cidade de São Paulo ou algum outro
nhecido, chegou a São Paulo no começo da década de
assunto que ele julgava relevante para seus compa-
1960, vindo de Sousa (PB). Trabalhou como cobrador
nheiros, sobretudo os mais jovens. No encerramento,
do bonde que fazia o trajeto da Vila Mariana - Largo 13
o “Pai Nosso” ecoava pelo canteiro.
de Maio, o mesmo que ganhará a nova linha do metrô
42
Durante dois anos, essa foi a rotina dos Diálogos
paulistano. Foi morar na casa de um tio em São Ber-
Diários de Segurança (DDS), realizados na obra. Em
nardo do Campo, onde começou a carreira na cons-
25 de março, o líder agradeceu aos companheiros e
trução civil. “Minha primeira obra foi a construção da
anunciou seu novo desafio: atuar nas obras da Linha
fábrica da Volkswagen”, recorda. A experiência vinha de
5 do Metrô de São Paulo, construída, em consórcio,
família: o pai trabalhava com construção na Paraíba.
odebrecht informa
Mestre Pará leva para a Linha 5 do Metrô de São Paulo sua experiência e a paixão de educador
Obras do Mestre Pará 1974
Barragem da Usina de Capivara, nos municípios de Porecatu (PR) e Taciba (SP)
1976
Fábrica da Sibagague, Taboão da Serra (SP)
1977
Fábrica de Locomotivas, em Araraquara (SP) Fábrica da Cosipa, em Cubatão (SP)
1978
Hidrelétrica de Itaipu, Foz do Iguaçu (PR/Brasil) e Hernandarias (Paraguai)
1980
Túnel de Adução da Hidrelétrica de Pehuenche, no município de Talca, Chile
1987
Termelétrica de Jacuí, em Charqueadas (RS)
1991
Universidade Estadual do Norte Fluminense e Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), no Rio de Janeiro
1993
Metropolitano de Lisboa e Vão Central da Ponte Vasco da Gama, Portugal
2000
Linha 5 (Lilás) do Metrô de São Paulo (Estação João Dias e tramo 4 Capão Redondo – Largo 13 de Maio) Metropolitano de Lisboa, Portugal
2005
Linha 4 (Amarela) do Metrô de São Paulo
2010
Projeto Aquapolo, Mauá (SP)
2011
Construção da Arena Corinthians, São Paulo
2013
Linha 5 (Lilás) do Metrô de São Paulo, Lote 7
Enquanto atuava na Volkswagen, aproveitou
experiência de Pará no Metrô de Portugal atendia
para cursar Engenharia até o terceiro ano. “Isso
a nossas demandas nas obras de túneis do trecho
ajudou a entender o que era a construção”, con-
da Paulista”, observa.
ta. O espírito de liderar, porém, veio de outros mestres.
Samuel Cardoso Pereira, 26 anos, chegou às obras da Linha 4 como Contramestre, para substituir Pará nas férias. “Ele foi meu grande profes-
Respeito e profissionalismo
sor, me ensinou grande parte do que sei”, diz. Na
José Ricardo Cunha, Gerente de Produção da
Linha 5, Samuel reencontrou seu tutor. “É uma
Linha 5 e atual líder, é velho conhecido de Pará: os
maravilha reencontrar Pará, um educador nato”,
dois trabalharam nas obras da Linha 4 do metrô
afirma.
paulistano. “O Mestre estabeleceu comigo um vín-
Após as obras da Linha 5, Mestre Pará pretende
culo de respeito e profissionalismo impressionan-
se aposentar. “Chegarei aos 65 anos, e então será
te”, enfatiza. Esse vínculo foi demonstrado mais à
hora de me dedicar mais à família”, planeja. Quanto
frente, quando José Ricardo foi transferido para a
à escolha do substituto, segundo Pará, não haverá
construção das Estações Oscar Freire e Paulista,
o menor problema. “Esse daqui já está pronto”, diz,
na mesma linha. “Além do trabalho na Vila Sônia, a
batendo com a mão nas costas de Samuel.
odebrecht informa
43
gente texto Eliana Simonetti
Geraldo Pestalozzi
Planos conciliados
O
advogado Ricardo Weyll ingressou na Odebrecht em 2005, em Angola, onde conheceu Raíssa Braga, engenheira eletricista que trabalhava na área imobiliária. O namoro começou em Luanda. No fim de 2010, Ricardo soube que seria mobilizado para Lima. Rapidamente, o casal encontrou uma oportunidade para
Raíssa naquela cidade. Casaram-se em Salvador. Desde 2011, Ricardo é Responsável Jurídico da Odebrecht Ener-
gia no Peru, e Raíssa é integrante da equipe comercial do Metrô de Lima. “A Organização nos oferece oportunidades variadas, o que permitiu que conciliássemos nossos planos de vida e carreira”, diz ele.
aficionado No início de abril, Félix Augusto Martins acabara de assumir a direção dos negócios da Odebrecht nas províncias de Benguela, Kwanza Sul e Namibe, em Angola, e estava às vésperas de embarcar para Salvador, para assistir ao nascimento de seu terceiro filho. Aficionado por futebol, batia bola nas horas vagas para reduzir a tensão por tande ir ao encontro de Mariana, sua esposa, na maternidade, não aguentou e... ensaiou algumas embaixadas. “Gosto de esportes coletivos, que aliam entretenimento, integração com pessoas e exercício físico”, diz Félix.
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odebrecht informa
Bruno Ricardo Miguel
tas novidades. Ao chegar a Salvador, antes
dever de ofício e prazer Há 30 anos na Odebrecht, Danilo Abdanur já viveu no Brasil, no Equador, na Colômbia, na África do Sul, em Angola, nos Estados Unidos e está em sua segunda passagem pela Venezuela, como Responsável por Produção nas obras da Linha 2 do Metrô de Los Teques. Viajante por ofício e por gosto, perdeu a conta dos lugares que visitou. Instado a escolher um local em especial, fala da África do Sul, onde viveu logo depois do fim do regime de apartheid, em 1994. “Foi um privilégio estar ali naquele tempo de busca pela harmonização”, diz. Passeios: o mar e as montanhas da Cidade do Cabo, e os parques com safáris fotográficos durante o dia e também à noite, quando
Holanda Cavalcanti
Arquivo Pessoal
os animais saem para caçar.
Danilo com as filhas Juliana (à esquerda) e Flávia, e, na outra foto, com a esposa, Maria Tereza
leitor voraz Carlos Brenner, Diretor de Investimento e Estratégia da Odebrecht Óleo e Gás, completa 20 anos na Organização em 2013. É um consumidor eclético de produtos culturais, sobretudo música, cinema, teatro e literatura. E é leitor voraz. O livro que recomenda: Além do Fim do
Arquivo Pessoal
Mundo , em que Laurence Bergreen narra a epopeia da circunavegação do globo por Fernão de Magalhães. “Ele era um homem obstinado, mas tão incapaz de ler as circunstâncias que não conseguiu testemunhar o feito que viabilizou”, comenta Brenner.
odebrecht informa
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46 coração o lar no
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odebrecht informa
Esposas de integrantes expatriados mobilizam-se para ajudar comunidades carentes em Buenos Aires texto João Marcondes fotos Almir Bindilatti
A partir da esquerda, sentadas, Fátima Praxedes, Celina Raguzzani, Adriana Faria e Maria Maller; a partir da esquerda, de pé, Zabelita Iop, Solange de Oliveira, Cristina Boglionne (na escada), Claudia Assad, Nani Facadio, Ana Paula Sá e Margot Nascimento: parte do grupo de expatriadas prepara a festa à fantasia, uma iniciativa para ajudar comunidades carentes em Buenos Aires odebrecht informa
47
N
“
o meu colégio tinha um abacateiro com uma copa imensa. Um dia sentei embaixo dele e chorei todas as minhas pitangas. Sabia que, daquele momento em diante, a vida seria só para a frente. Não
tinha mais volta.” As palavras são de Zabelita Iop. Ela se lembra do período da adolescência em que passou em um internato de freiras em Pato Branco (PR) – longe de casa, da infância, dos amigos, da família. Zabe, como é conhecida, nasceu e cresceu em um mundo que parecia bastante limitado: uma pequena comunidade italiana no interior de Santa Catarina, chamada Faxinal dos Guedes. Até que, aos 7 anos, leu um exemplar de Peter Pan que seria enviado para reciclagem em uma fábrica de papel vizinha à sua casa. “Daí para frente comecei a sonhar que estava voando.” Não demorou muito a alçar voo. Com 10 anos, foi morar em uma comunidade vizinha, Varjeão, cuidar de uma sobrinha recém-nascida. Longe dos pais. Depois, o internato em Pato Branco, a faculdade em Palmas (PR), o trabalho em um banco em Cuiabá e, então, a oportunidade de trabalho na Odebrecht, na mesma cidade. A vida que se move. Começou a viajar pelo Brasil com a Construtora Norberto Odebrecht, trabalhava na área Administrativa, pois tinha a experiência anterior em bancos. Foi quando surgiu a oportunidade de trabalhar em Angola. Lá conheceu o amor de sua vida: Rodney Carvalho, hoje Diretor de Infraestrutura da Odebrecht Argentina. Com Rodney, Zabelita continuou viajando, mas, em certo momento, saiu da empresa para acompanhar os voos do marido. Naquela época, passou a se dedicar a uma outra paixão: o trabalho social e a ajuda a mulheres expatriadas. Ela morou no Peru por 15 anos e estabeleceu sólida relação com o país e sua gente. Foram 10 anos de trabalho nas cuñas (creches) peruanas. Zabelita se lembra bem: cada amiga que estava indo embora era presenteada com uma mesinha de artesanato típico. “No dia em que recebi a minha, não queria acreditar. Não teve jeito, tive de chorar de novo”, conta ela, em meio a sorrisos. Zabelita, 50 anos, está na Argentina há quase dois. Ali se uniu a outras 30 mulheres que vivem a rotina de expatriadas e reexpatriadas. Uma das grandes dificuldades dessa vida é saber que tudo
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odebrecht informa
Zabelita (no alto) e Celina: paixão pelo trabalho social
compra de 25 camas para uma instituição de menores. Em 2013, organizaram um baile à fantasia. O dinheiro arrecadado também será investido em uma casa para desamparados. “A diferença das esposas de integrantes da Odebrecht para as de outros colaboradores é que elas querem criar um vínculo com o trabalho social e participar dele ativamente”, comenta Paula Lemos, coordenadora da Mensajeros de La Paz, instituição que está há 10 anos na Argentina e auxilia 1.300 crianças em situação de vulnerabilidade, em diferentes abrigos. Deixar o trabalho no país de origem é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas expatriadas. No entanto, usar seus conhecimentos em causas edificantes pode gerar grande recompensa. É o caso da socióloga venezuelana Griselda Marcano, 49 anos, esposa de Jairo Anzola, Gerente de Engenharia da obra de expansão de gasodutos no país. “É importante acompanhar o marido para seguir o núcleo familiar. Ao mesmo tempo, sentimos orgulho de contribuir em cada país a qual chegamos”, diz ela, que está na Argentina há dois anos. Griselda se diz muito feliz com a recepção das brasileiras. “Elas acolhem pode mudar (outra vez) a qualquer instante. E, mes-
muito bem, são calorosas”, elogia. “Uma coisa que nos
mo assim, não pensar nisso a todo momento.
une nessa empreitada é a similaridade dos problemas
Independência é fundamental. Quando chegou ao
sociais na América Latina”, compara.
México, sua primeira experiência internacional, Ce-
Para a arquiteta carioca Adriana Faria, 54 anos, es-
lina Raguzzani recebeu do marido, Elias Raguzzani,
posa do Diretor-Superintendente Flávio Faria, um dos
hoje Gerente de Produção e Equipamentos na Argen-
maiores desafios é a “síndrome do ninho vazio”, pois os
tina, a chave de um carro automático (de um tipo que
filhos, depois de criados, normalmente escolhem um
ela nunca dirigira) e os dizeres: “Tome, não vou lhe
país para se estabelecerem, e os pais continuam em
ensinar a caminhar no México. Se vire”. Ela conse-
movimento.
guiu, claro. E fez o mesmo em vários países, como
“Criei meus filhos em vários países. A diferença cul-
Angola e Peru, com três filhos a seu lado. “Há uma
tural é o mais inquietante. Em Portugal, por exemplo,
sensação de perda, por ter deixado de exercer a mi-
uma escola ainda tinha por costume castigar as crian-
nha profissão, mas isso é substituído pelo trabalho
ças com palmadas”, relembra Adriana. Escola muda-
social”, diz Celina, 57 anos, que deixou a licenciatura
da, experiência adquirida. “É tudo muito enriquecedor,
nos tempos de Brasil, há 32 anos.
despertamos para um mundo novo a cada instante. A
Comunidades carentes de Buenos Aires
cultura é adaptável. O pão de queijo você substitui pela empanada e por aí vai”, ela argumenta, enquanto pendura enfeites no salão de festas do prédio onde fica o
Celina, Zabe e outras mulheres de integrantes da
apartamento da amiga Zabe, no bairro de Puerto Ma-
Odebrecht começaram no ano passado a ajudar a
dero. Dali a pouco, um baile de máscaras tomará for-
ONG espanhola Mensajeros de La Paz a intensificar
ma, e os quitutes brasileiros se misturarão aos argen-
o trabalho com as comunidades carentes de Buenos
tinos, mexicanos e venezuelanos. Um congraçamento
Aires. No ano passado, promoveram uma festa ju-
de nacionalidades em torno de um objetivo comum:
nina para levantar fundos que seriam utilizados na
deixar um legado social no país.
odebrecht informa
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coletivo
foco no
U
ma menina de 6 anos prepara-se para
ali. Observa as figuras mais variadas que entram para
a primeira grande aventura de sua vida:
fazer compras. Gosta especialmente de dois lugares: a
viajar sem a companhia dos pais. Veróni-
área de entrega, onde aprende a fazer os primeiros em-
ca é de Buenos Aires, mas rumará com
brulhos, com laços coloridos, e a caixa registradora, com
a tia Perla para uma cidadezinha a lon-
seu tilintar incessante.
gínquos 1.200 km da capital da Argentina, já próxima à Patagônia: General Roca, na Província de Rio Negro.
34 anos, Responsável por Pessoas na Odebrecht Argen-
É uma cidade aprazível, com muito verde, onde
tina. Na loja de seus tios, teve suas primeiras lições so-
há cultivo de maçãs e uvas. Na avenida principal fica
bre números e relacionamento com pessoas. Algo que
uma grande loja de departamento, a Kaspin, em que
carregaria por toda a vida.
as famílias compram de tecidos para roupas de baile aos últimos lançamentos tecnológicos, como cafeteiras e aspiradores de pó, enfim, tudo para o lar. Ah, sim: estamos nos anos 1980. A loja pertence a seus tios, e Verónica passa o dia por
50
“Até hoje amo fazer embrulhos”, diz Verónica Spirito,
odebrecht informa
50
Lidar com o imprevisível
Formada em Contabilidade e Administração de Empresas, com experiência em Recursos Humanos e fo-
lhas de pagamento, ela deu o grande salto na carreira
há seis anos, quando ingressou na Odebrecht, vinda de
Verónica (à frente) com Hernán Lopez Sosa, Aldana Hereñú e Maria Luz Zazzarini: sensibilidade para identificar e incentivar futuros líderes
uma consultoria. De repente, não eram mais apenas números em folhas de papel, mas gente com histórias de vida. E, claro, desafios a enfrentar. “Naquele momento, vi que precisava lidar com o imprevisível.” De 2007, quando passou a integrar a empresa, até hoje o número de contratados (diretos) na Odebrecht no país saltou de 112 para 2.039. Verónica, portanto, participou, ativa e diretamente, de uma etapa crucial para o crescimento da Odebrecht na Argentina. E isso prossegue. No início, a questão era apenas mobilizar pessoas para as obras de expansão de quase 2 mil km de gasodutos no país. Depois disso, ela teve papel de destaque na implantação da Cultura Odebrecht, o que incluiu o início da realização de programas como Jovem Parceiro, DAAR+ (para a vida saudável), Jovem Técnico, Estágio Alternado, apoio a expatriados e famílias e análise de desempenho, entre vários outros. Uma dessas iniciativas
Verónica Spirito e o desafio de ajudar as pessoas a se unirem e se desenvolverem
tem significado muito especial, na avaliação de Verónica: o L.I.D.E.R.E.S. (de capacitação). “Essa iniciativa ajuda as pessoas a identificarem seus possíveis substitutos”, explica. “Ser líder implica responsabilidades. Nem todo mundo quer ser líder, e isso é legítimo”, diz ela, que tem 17 liderados. Hernán Lopez Sosa foi um dos liderados de Verónica. Ela o estimulou a realizar, em apenas três meses, o Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável na Argentina. “Se não fosse por ela, que me ensinou a lidar com pressão, eu não teria conseguido”, descreve ele, que
texto João Marcondes foto Diego Blasco
é Responsável por Comunicação e Imagem. “Para escolher as melhores pessoas, é preciso, antes de tudo, ser uma pessoa boa”, diz Hernán sobre Verónica.
Números da Odebrecht Argentina - Pessoas
10.060
JP ingressados por ano
9
2009
19
2010
35
2011 2012
39
6.053
3.526 Efetivo Total
2.586 1.139
1.300
Ano
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Subcontratados Odebrecht
2.474 112
947 192
1.071 229
2.912 614
4.479 1.574
8.021 2.039
odebrecht odebrecht informa informa
51
causa
em nome da grande
Em Angola, integrantes qualificam-se, crescem e fazem disso um meio para ajudar seu paĂs texto Fabiana Cabral fotos Holanda Cavalcanti
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odebrecht informa
52
Helton Larry de Boa Esperança e seu pai, Alvaro: o entendimento de que a educação é a maior riqueza
odebrecht informa
53
O
s angolanos Abílio Ramos, Edivaldo Lopes e Helton Larry Soares de Boa Esperança nunca haviam trabalhado em uma grande obra de engenharia até ingressarem na Odebrecht. Hoje, sabem
da importância do papel de cada um para o desen-
volvimento do país, sem se esquecerem de como tudo começou e das suas raízes: a família. Helton, 26 anos, sempre viveu em Luanda e viu o início das transformações no país após o término dos conflitos armados. Observador e realista, ele sabia que havia muito a ser feito. “Felizmente, na minha casa, sempre tive incentivo para estudar”, comenta Helton, o mais velho de cinco filhos. O pai trabalha na alfândega do aeroporto de Luanda, e a mãe é dona de casa. “Meu pai sempre dizia que minha maior riqueza seria a educação e a formação”, ressalta o engenheiro civil formado pela Universidade Independente de Luanda. No Ensino Médio, Helton conheceu a Odebrecht, e, desde então, alimentou o desejo de trabalhar na Organização: “Tinha um professor que era integrante, sabia da construção de Capanda e que a empresa era nossa parceira”. Durante o curso universitário, buscava experiência profissional e começou a fazer projetos em Autocad (software utilizado na elaboração de peças de desenhos técnicos) para diversas companhias. No quarto ano, em 2010, iniciou o estágio em uma empresa portuguesa. Em 2011, graduou-se, inscreveu-se no Programa Jovem Parceiro e, após testes, dinâmicas e entrevistas, no início de 2012, finalmente ingressou na Organização. “Sempre tive o desejo de sair do escritório e ir para o campo, pois queria atuar na área de Produção”, conta. Assim, Helton saiu de Luanda, pela primeira vez, para trabalhar no Projeto Capanda-Dondo (rodovia que liga as Províncias de Malange e Kwanza Norte). No primeiro contato direto com a engenharia,
acompanhando a implantação de 40 km de vias, as-
seu PA (Programa de Ação) foi dedicado à terraple-
sumiu um novo PA na Rodovia Benguela-Baia-Farta,
nagem e às obras civis, quando descobriu um “mun-
na cidade natal de sua mãe. De Benguela para a Pro-
do novo”: “Entrei de cabeça e aprendi o sentido de
víncia de Kwanza Sul, Helton chegou à capital Sumbe,
responsabilidade, comprometimento e humildade”.
em fevereiro deste ano, para trabalhar com infraes-
Com seus líderes, Helton afirma que soube como
trutura. “Cheguei com a experiência que adquiri em
ser “dono do seu negócio”, independentemente do PA.
Capanda e posso dividi-la com outros integrantes, as-
“Aprendi a fazer e a fazer bem feito. Percebi que era
sim como os meus aprendizados sobre a Tecnologia
capaz de superar meus maiores desafios”, reforça o
Empresarial Odebrecht [TEO]”, ele relata.
jovem, de fala branda mas firme. Depois de 10 meses
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odebrecht informa
Helton, que gosta de escrever sobre sua vida, já
Edivaldo com o primo Jairo e os irmãos Anderson e Josefa: “Sou muito exigente”
traçou novas metas para a carreira. “Até o fim de
Médio, como técnico em Construção Civil, começou a
2013, quero me tornar RP [Responsável por Progra-
trabalhar em uma fábrica de lapidação de diamantes
ma] de Produção e, em dois anos, Gerente de Pro-
para pagar os estudos. Em 2006, foi aprovado na Uni-
dução. Quero criar condições para ter a minha casa
versidade Independente de Luanda para cursar Gestão
e formar a minha família”, diz Helton, que será pai,
e Marketing, mas, em pouco tempo, percebeu que “seu
pela primeira vez, em novembro.
negócio era cálculo”. O curso de Engenharia Civil foi mais fácil para
TEO dentro de casa
ele. Edivaldo conciliou trabalho e estudo durante
Edivaldo Lopes, 27 anos, também nasceu, cresceu
todo o período universitário. “A vaidade nunca me
e estudou na capital angolana. Ainda durante o Ensino
acompanhou. Não importava o meu salário; minha
odebrecht informa
55
Abílio Ramos: vivência de construção e reconstrução
missão era terminar a faculdade. O que ganhava,
Edivaldo é responsável pela segunda maior equipe
usava para pagar o curso”, explica. No último ano,
da obra. Ele lidera 176 integrantes. “Sou o que sou por
porém, decidiu procurar outra oportunidade no
causa de todas as pessoas que conviveram comigo e
mercado de trabalho. A meta era entrar em uma
me guiaram para crescer. Com apenas dois anos de
empresa de construção.
Organização, sinto que sou mais experiente e maduro”,
Um amigo e integrante da Odebrecht, Jacob, inscre-
56
enfatiza.
veu-o no Programa Jovem Parceiro, e, em março de
Sua nova rotina na Odebrecht refletiu-se no re-
2011, aprovado, recebeu uma proposta para ingressar
lacionamento com seus irmãos mais novos. “Sou
no Projeto Monte Belo. “No primeiro dia de trabalho,
muito exigente e acredito que temos que viver a
fui direto para o campo”, revela. Depois de seis meses,
nossa realidade. Mostro aos meus irmãos que a
integrou a equipe do Programa de Realojamento de Po-
formação é o mais importante”, conta, sorrin-
pulações (PRP) – iniciativa do Governo para a construção
do. Edivaldo levou a TEO para a rotina da família
de casas populares no bairro do Zango, em Viana, na re-
Lopes. “Ensinei os conceitos de Educação pelo
gião metropolitana de Luanda. Atuou na terraplenagem,
Trabalho e Educação para o Trabalho, pois as
pavimentação e drenagem e hoje é Jovem Parceiro de
atividades domésticas e profissionais devem ser
Produção.
benfeitas”.
odebrecht informa
cidade natal, depois de seis anos, para dar aulas de desenho. Sua trajetória na Odebrecht começou em 1998, como técnico no Projeto Capanda. Durante uma década, passou pela Central de Carpintaria, Central de Armação e Pré-Moldados, atuou nas obras da Casa de Força como encarregado geral e trabalhou nas subestações de Malange e Cacuso e na construção do Nossosuper, no entorno do projeto. Com seu olhar tímido e voz baixa, Abílio revela que nunca havia pisado em um canteiro de obras. Segundo ele, passar por várias áreas foi benéfico para sua carreira na Odebrecht. “Quando ingressei na Organização, não ouvíamos falar em construção e reconstrução. Agora esses são os principais negócios no país.” Depois de Capanda, Abílio integrou a equipe da Barragem do Gove. Em quatro anos, foi encarregado geral de obras civis, participou da construção do Aeroporto do Gove e das obras principais. Ao contrário do que ocorreu na época de Capanda, trabalhando no Gove, ele não ficou longe da esposa e dos filhos: “Levei minha família para a cidade do Huambo, mais tranquila para vivermos”. O projeto de implantação da Hidrelétrica de Laúca é a nova “casa” de Abílio, e a região, o novo lar da família Ramos. “Tenho Laúca como um grande e novo desafio. Quero entregar a obra da maior barragem de Angola com qualidade e dentro do prazo”, ele assegura.
Caminhos à frente Helton Larry Soares de Boa Esperança olha para cima quando se lembra de sua trajetória, de pouco A equipe de Odebrecht Informa reuniu para um
mais de um ano, na Organização. “Conheci brasilei-
bate-papo, no PRP, Edivaldo, dois irmãos mais novos,
ros, angolanos, peruanos, dominicanos, equatorianos,
Josefa e Anderson, e o primo Jairo. “Ele é um espelho
‘mundos’ e culturas diferentes e relações de respeito
para mim. Comecei a faculdade de Engenharia Ambien-
e confiança. Acredito que posso contribuir ainda mais
tal com seu apoio”, afirma a tímida Josefa. Anderson
para o crescimento do meu país. Temos muito para fa-
quer ser engenheiro de petróleo e fala sobre as qualida-
zer aqui”, completa.
des do irmão: “Ele é engraçado, e a primeira coisa que
Quando questionado sobre seu futuro, Abílio Ramos
faz quando chega do trabalho é olhar meus cadernos e
fala do passado como base para os novos caminhos:
exercícios”. Jairo gosta dos conselhos de Edivaldo. “Bus-
“Já tive até 300 liderados, brasileiros e angolanos, e,
co nele caminhos para conquistar as minhas metas”,
como sempre faço, aproveito a experiência e o conhe-
afirma com o brilho de admiração no olhar.
cimento dos próprios integrantes para incentivá-los e prepará-los como próximos líderes”.
Sempre perto da família
Edivaldo Lopes quer seguir na Organização, segun-
Abílio Ramos, 39 anos, nasceu em Malange e mu-
do ele, por muitos anos: “O ser humano é insaciável.
dou-se para Luanda, aos 14 anos, para estudar to-
Sempre queremos mais. Por isso, para mim, todo de-
pografia. Aos 19, ingressou no Exército e regressou à
safio é bem-vindo”.
odebrecht informa
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Nesta foto, João Thiago dos Santos (à esquerda) e Tiago Pires; na outra página, o FPSO e Alexandre Padula: amizade e companheirismo foram decisivos para o êxito de um projeto complexo e desafiador
unido
Um time
Construção do FPSO Cidade de Itajaí é um caso inspirador que reafirma o poder do espírito de equipe
D
esde antes de deixar Singapura com destino ao Brasil, o navio-plataforma FPSO Cidade de Itajaí acumulou histórias inesquecíveis. Um revés, porém, atrapalharia temporariamente os planos da OOGTK FPSO, joint venture formada pela Ode-
brecht Óleo e Gás e a norueguesa Teekay Petrojarl, uma das maiores operadoras de FPSOs no mundo.
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Sete meses antes de extrair o primeiro barril de óleo no campo de
Baúna, no bloco BMS-40, no pós-sal da porção sul da Bacia de Santos, em 16 de fevereiro de 2013, houve um incêndio na praça de máquinas do
FPSO, quando ele estava sendo submetido a testes de mar no estaleiro
texto Boécio Vidal Lannes fotos Diogo Pereira
58
odebrecht informa
Jurong – contratado pela joint venture para converter a embarcação em um FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading), unidade flutu-
ante que produz, armazena e transfere petróleo. “O incêndio abriu uma porta, e nós soubemos transformar adversidade em oportunidade”, afirma Rodrigo Lemos, da Odebrecht Óleo e Gás, Diretor de Contratos de Unidades Flutuantes de Produção e Logística Offshore no Brasil, que guarda muito vivo na memória o dia do acidente: 30 de agosto de 2012, uma quinta-feira. Segundo ele, naquele dia entrou em campo uma equipe coesa e motivada, pronta para assumir o desafio de entregar a plataforma à Petrobras, contratante do projeto, no menor prazo possível. Em pouco mais de dois meses, o FPSO, com capacidade para processar 80 mil barris/dia de petróleo leve, estava pronto para iniciar a viagem para o Brasil. Na manhã de 29 de dezembro de 2012, a embarcação chegou à sua locação definitiva, para integrar o sistema de produção do campo de Baúna, na Bacia de Santos. Ro-
Alexandre Padula, 32 anos, Líder de Produção, lem-
drigo Lemos destaca: não fosse a cultura da Odebrecht,
bra-se da tristeza de ver parte do trabalho de conversão
que tem como um de seus conceitos essenciais a descen-
danificada pelo incêndio. “Naqueles momentos, a organi-
tralização, ele não teria como tomar as decisões rápidas
zação e a dedicação ajudaram na reconstrução do navio”,
que a ocasião exigiu.
complementa. Segundo o engenheiro de Operações João
Normando Tamoyo de Medeiros, Gerente de Contrato
Thiago dos Santos, 28 anos, o planejamento resultou no
do FPSO Cidade de Itajaí, chama a atenção para o fato de
sucesso da operação. “Mapeamos o escopo do trabalho
que a dedicação, a união, a perseverança e a resiliência
e montamos um planejamento detalhado que envolvia to-
de toda a equipe fizeram a diferença. “Formamos uma
das as disciplinas”, ele relata.
família em Singapura. Passar tanto tempo juntos, longe
Durante os 28 dias em que navegou de Singapura ao
de casa, favoreceu o entrosamento e foi fator de incenti-
Brasil a bordo do Cidade de Itajaí, João Thiago encarou
vo para que conseguíssemos entregar o navio em tempo
mais um desafio: acompanhar o comissionamento de
recorde e dentro dos padrões de qualidade exigidos pela
sistemas específicos no start-up (partida de operação) da
Petrobras. No momento de maior pressão, a dedicação
planta de processo e desenvolver um plano de trabalho
falou mais alto. Não somente o pessoal que estava em
para a instrução da tripulação-chave sobre as principais
Singapura, mas todo o time administrativo, jurídico e cor-
cláusulas contratuais.
porativo que nos apoiava no Brasil”, reforça.
Amizade e companheirismo Motivação, perseverança e gratidão permeiam os depoimentos de outros três integrantes que estiveram em Singapura durante o incêndio. Hoje, dois deles trabalham embarcados na plataforma, instalada em lâmina de água de 275 m de profundidade e a 210 km da costa de Santa Catarina. Foram quase 10 meses, 90 dias em Singapura com escala de sete dias no Brasil”, conta Tiago Mendes Pires. Com 27 anos, esse técnico em Elétrica sentia muita saudade de casa e das duas filhas. “A amizade e o companheirismo ajudaram a superar as dificuldades”, comenta.
odebrecht informa
59
APRENDENDO
juntos Para Erlon Arfelli e família, experiências vividas em novos ambientes fortalecem a união texto Zaccaria Junior foto Geraldo Pestalozzi
60 D
“
ois casamentos ao mesmo tempo”,
um plano de crescimento, carreira e desenvolvimento
diz, brincando, Erlon Arfelli, Diretor da
que a empresa proporcionou, concluíssemos um pro-
Odebrecht Energia no Peru, ao associar
jeto atrás do outro. E fomos nos acostumando a essa
seus 30 anos de Odebrecht a seus 30
dinâmica da Organização, em que sempre havia uma
anos de casamento com Soraya. “Entrei
novidade, sempre um desafio e um ambiente novo”,
em 3 de janeiro de 1983 na Odebrecht e casei em 8 de
comenta Erlon.
janeiro do mesmo ano, ou seja, cinco dias depois”, re-
Ele conta que a primeira oportunidade de vivência
vela, sob o olhar atento de sua mulher e de seu filho
no exterior surgiu em 1996, com um convite de traba-
Eduardo, primogênito do casal – Lucas, o filho mais
lho em Monterrey, no México. A missão era participar
novo, não estava presente à conversa com a equipe de
do desenvolvimento dos estudos de viabilidade para
Odebrecht Informa, pois mora nos Estados Unidos. O
implantação de usinas hidrelétricas, além da constru-
bate-papo no apartamento da família Arfelli, em Lima,
ção de um conjunto de linhas de transmissões e su-
aconteceu em uma manhã ensolarada de abril, clima
bestações e da modernização do sistema elétrico no
atípico para essa época do ano na capital peruana.
norte mexicano.
Erlon relembra momentos de especial importância
60
para a família, fundamentais na construção de suas vi-
Habilidade de adaptação
das e no fortalecimento dos laços entre eles. “O fato de
“Eu me lembro de que, quando tinha 9 anos, meu
eu ter ingressado na Odebrecht fez com que, dentro de
pai me disse: ‘Vamos nos mudar para o México’. E foi
odebrecht informa
Erlon com a esposa, Soraya, e o filho mais velho, Eduardo: “olhar positivo”
então que comecei a desenvolver minha habilidade de
filhos para a vida”, ressalta Soraya, confessando que
me adaptar”, relata Eduardo. “Mas se você pergunta se
temia nunca mais ter seus filhos por perto. “Quan-
isso é uma dificuldade, eu respondo que não sei se foi a
do os dois foram morar nos Estados Unidos, pensei:
maior dificuldade ou a maior oportunidade, pois o fato
‘Pronto... Agora é só esperar a hora para virar sogra,
de eu ter de me adaptar a tantas culturas, tantos luga-
para virar avó’. Achei que meus filhos voltariam so-
res e a tantas pessoas fez de mim o que eu sou hoje”,
mente casados.”
acrescenta ele, hoje recém-formado em Engenharia
Erlon enfatiza que a experiência de sua família é di-
nos Estados Unidos e a caminho de seu primeiro ano
ferente do modelo de vida tradicional, no qual as pes-
na Organização, na obra do Porto de Callao, em Lima.
soas nascem, estudam com as mesmas pessoas na
Apesar de o filho caçula estar nos Estados Unidos,
infância, vão para uma universidade próxima, têm em
Soraya considera quase um milagre o fato de seu fi-
seu círculo de relacionamento pessoas próximas como
lho mais velho ter retornado a Lima. “Chorei quando
primos, tios e parentes, almoços de domingo na casa
ele anunciou que iria estudar nos Estados Unidos e
dos sogros. “Essa evolução do aprendizado, de como se
chorei quando soube que ele voltaria para a mesma
relacionar em um ambiente novo, das experiências que
cidade em que estávamos, uma coisa praticamen-
a vida veio agregando a todos nós, somamos ao olhar
te impossível. Passei muitos anos somente com os
positivo, voltado ao que há de bom em cada lugar”.
meninos, e Erlon viajando bastante. Quando saímos
Soraya completa: “Quando viemos do Brasil, ouvi que
do Brasil, foi importante a integração familiar, e isso
eram dois anos, e esses dois anos se transformaram
foi o principal pilar do nosso trabalho de orientar os
em tantos outros...”
odebrecht informa
61
Ricardo, Viviane, Henrique e Eduardo na Venezuela; Fernando, Marta, Natalia e Raquel na Holanda: vivendo um momento especial
Viviane, Ricardo, Eduardo e Henrique: os Padilha enfrentando com alegria e otimismo a experiĂŞncia de morar no exterior
62
odebrecht informa
62
famílias sem fronteiras
M
texto Mayara Thomazini éxico, Angola, Peru, Moçambique, Líbia, Estados Unidos e Equador são alguns dos países que o integrante Ricardo Padilha, da Odebrecht Engenharia Industrial, teve a oportunidade de conhecer a trabalho. Gaúcho, casado com uma gaúcha e pai de dois paulistanos, não pensou duas vezes para aceitar os desafios de um Programa de Ação (PA) na Venezuela, onde há três anos
mora com a família. Ele atua como Responsável por Tecnologia da Informação no Projeto CADCAs (Complexos Agroindustriais de Derivados de Cana-de-açúcar), que prevê a implanta-
ção de quatro plantas de etanol, nos estados de Barinas, Cojedes, Portuguesa e Trujillo, que impulsionarão o setor de bioenergia na Venezuela. A primeira mudança da família Padilha ocorreu em 2001, quando Ricardo e sua esposa, Viviane, mudaram-se de Porto Alegre para São Paulo. Durante os nove anos em que viveram na capital paulista, a família aumentou: nasceram os dois filhos, Henrique, 7 anos, e Eduardo, 4. Ricardo acredita que o período em que viveu em São Paulo o tornou mais predisposto a adaptar-se a novos lugares e costumes. “Resguardadas as diferenças de distância e de idioma, não é muito mais fácil mudar de Porto Alegre para São Paulo do que mudar para Venezuela”, analisa. Seja qual for o destino para as pessoas que se dispõem a deixar sua terra natal, quase tudo muda: idioma, costumes, casa, rotina, amizades, estudos, vida cultural e lazer. “A experiência internacional é uma grande alavanca profissional e pessoal. Viver em outro país nos permite conhecer novas culturas, hábitos e, inevitavelmente, nos faz sentir falta dos familiares que deixamos no Brasil”, pondera Ricardo. Por falar nos familiares, Denise Marques, integrante da equipe de Relações Institucionais da Braskem no Rio Grande do Sul, é irmã de Viviane (esposa de Ricardo) e conta que, mesmo longe, usando a criatividade dá para “estar perto”. “Ficamos tristes pela distância, mas felizes por eles estarem bem e as crianças terem a oportunidade de frequentar uma boa escola. Além disso, minha irmã posta fotos e filmes, e, assim, conseguimos administrar a saudade”, diz Denise. sistema educacional e horários diferentes, colegas que falavam espanhol ou inglês... “As crianças adoeciam toda hora, e eu não falava nada de espanhol, mas aos poucos nos adapta-
Mathias Cramer
Esse não é o único desafio: escola nova, com
Denise Marques, irmã de Viviane, o marido, André, e a filha, Isabela: administrando a saudade
Andrés Manner
mos e fizemos novos amigos”, relembra Viviane. “O bom da escola americana é que a maioria das pessoas é expatriada. Então, fica mais fácil de se relacionar porque todos estão dispostos a isso”, ela acrescenta.
odebrecht informa
63
Arquivo Pessoal
Fernando, a esposa, Marta, e as filhas, Raquel e Natalia: adaptação a uma nova realidade
Quando questionado sobre o maior aprendizado
Para sua esposa, Marta, formada em enferma-
dessa experiência de viver e trabalhar fora do país
gem, a grande dificuldade foi se afastar do traba-
de origem, Ricardo destaca o aspecto do respeito
lho. “Ela é apaixonada pela área da saúde, princi-
pelas diferenças. “Apesar de sermos latinos e exis-
palmente por Terapia Intensiva, e agora precisou
tirem similaridades, há grandes diferenças cultu-
mudar o foco. Está se dedicando à família e aper-
rais que aprendemos a respeitar, mas o maior ga-
feiçoando outros idiomas”, conta Fernando.
nho mesmo é a facilidade com idiomas dos meus
Felizmente, flexibilidade para se adaptar a outras
guris, que já estão falando espanhol e inglês, além
realidades, vontade de aprender e abertura para se
do português.”
sociabilizar são algumas das características que não faltaram a Natalia, 18 anos, e Raquel, 14, filhas de
64
Uma empresa sem fronteiras
Fernando e Marta. Elas se adaptaram rapidamente e
A internacionalização integra a estratégia de
se engajaram nas atividades escolares.
crescimento da Braskem, e, com as aquisições no
“A família é fator determinante para o sucesso
exterior, cresce o número de integrantes que as-
e, por isso, precisa estar feliz e motivada. A dis-
sumem desafios fora do Brasil. Um deles é Fer-
tância dos familiares e dos amigos, somada ao
nando Weber, Responsável pelo escritório de
clima adverso durante o inverno, é o principal de-
Rotterdam e pelos negócios da Unidade de Petroquí-
safio que enfrentamos”, relata Fernando, convicto
micos Básicos da Braskem na Europa. Desde julho
de que ele, Marta e as meninas estão vivendo uma
de 2010, Fernando vive com a família na Holanda.
experiência ímpar e inestimável.
odebrecht informa
IDEIAS texto Emanuella Sombra
Solução silenciosa
O
barulho provocado pelo vizinho que mora no apartamento de cima é um problema. E resulta,
geralmente, da falta de isolamento acús-
VANTAGENS DA MANTA DE POLIETILENO
tico entre os pisos. Em parceria com a Multinova, a Braskem traz ao mercado
Fornecida em rolos, a manta tem sua eficiência comprovada em testes realizados no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)
2
uma solução: a manta expandida de po-
Com 5 ou 10 mm de espessura, é aplicada entre a laje e o contrapiso. Na primeira etapa, a fita adesiva ajuda na afixação
lietileno, um produto de tecnologia italiana e melhor relação custo-benefício que seus principais concorrentes. Leve, resistente e maleável, a manta é fabricada pela Multinova a partir de
3
Mais seguro para o manuseio, o produto não libera microfragmentos cortantes, ao contrário das mantas de vidro
resina de polietileno da Braskem e deve ser aplicada durante a construção. “Dependendo da espessura, ela atinge os níveis intermediário e superior da norma
4
Após receber uma camada de cimento, a manta é isolada de qualquer contato com o fogo em caso de incêndio
NBR15575 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que entra em vigor em julho e estabelece requisitos de desempenho acústico
5
Depois do nivelamento, é possível aplicar qualquer tipo de piso. A manta também contempla os rodapés
em edificações”, explica Jorge Alexandre, Responsável por Desenvolvimento de Mercado de Polietileno na Braskem.
Tudo se transforma
1
A gênese de um EVA
Ao utilizar resíduos de concreto como pavimen-
Desenvolvida pela Braskem, uma nova resina de EVA (co-
tação, a equipe responsável pelas obras Itaipava
polímero de etileno e acetato de vinila) substitui o processo
Arena Fonte Nova prova que é possível ser susten-
de cura por irradiação de luz ultravioleta na fabricação de
tável e ainda reduzir os custos em cerca de 50%.
calçados. Sem análogo no mercado mundial, reduz em até
Antes, os locais de trânsito do canteiro da arena em
26% o custo da colagem das solas e entressolas e traz me-
Salvador eram revestidos com brita, o que exigia
nos risco à saúde dos trabalhadores, pois elimina a emissão
reposição periódica. De autoria de Frederico Gon-
de ozônio nessa etapa do processo. A nova resina de EVA vem
çalves, Renata Ribeiro e Marcos Etelvino, o projeto
sendo utilizada por grandes marcas, como Penalty e Dass, e
é fruto do conhecimento compartilhado dentro da
leva o selo Braskem Maxio, que identifica resinas com de-
Organização Odebrecht: foi um dos seis vencedo-
sempenho diferenciado – ou seja, mais sustentáveis e de
res do Prêmio Destaque 2012.
melhor relação custo-benefício.
odebrecht informa
65
66 Gregory Mears: contrato de três meses tornou-se relacionamento de 19 anos
permane pertencer e
Gregory, Mark e James: ambiente que valoriza as pessoas permite a construção de carreiras longevas na empresa texto Thaís Reiss fotos Henrique Valle
66
odebrecht informa
A
geração baby boomer, composta de americanos nascidos entre 1946 e 1964, trocou, em média, 10,5 vezes de emprego entre os 18 e 40 anos. O censo, realizado pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, aponta ainda que, em 2006,
40% dos profissionais do país participaram da rotatividade do mercado. Em meio a esse ambiente volátil, a Odebrecht Estados Unidos, presente no país desde o início da década de 1990, conta hoje com mais de 100 integrantes que já ultrapassaram cinco anos de atuação na empresa. Dentre eles, 30 têm, no mínimo, 15 anos de trabalho na Odebrecht. “Comecei a trabalhar na Odebrecht por meio de uma pequena empresa subcontratada na primeira obra que a Organização conquistou no país, o Brickell Metro Mover Extension [o metrô de superfície de Miami]”, relembra Gregory Mears, nascido na cidade e atualmente encarregado geral nas obras de expansão do Aeroporto Internacional de Fort Lauderdale Hollywood. “Fiquei naquela empresa por 13 anos, mas, durante a construção da via elevada Golden Glades, também em Miami, ela teve dificuldades financeiras. A Odebrecht fez um acordo para contratar toda a minha equipe, por três meses, para finalizarmos o trabalho. E, apesar de ser horista, ao longo desse curto período passei a ter o escopo das minhas responsabilidades ampliado, comecei a participar da conquista e da execução de outros empreendimentos e foi assim que meu contrato de três meses se tornou um relacionamento de 19 anos.” Mark Poropat, encarregado geral nas obras do Grand Parkway (projeto que compreende a execução de 61 km de rodovias nos arredores da cidade de Houston, no Texas) está na empresa há 16
cer
anos. Nascido em Chicago, onde trabalhava como policial, Mark mudou-se para Miami em 1981. Ingressou na indústria de construção sob a tutela do seu grande mentor – seu pai, John Poropat, também do ramo. “Tive a sorte de trabalhar na maioria dos projetos complexos que já realizamos. Os desafios e oportunidades são únicos. Por exemplo, quando eu estava no Terminal Sul do Aeroporto Internacional de Miami, achava que seria uma oportunidade ímpar em minha vida. Mas agora que estou no Grand Parkway, tenho essa mesma sensação.” James Storey, Diretor de Administração Contratual do Grand Parkway, concorda. “Minha carreira foi construída de projeto em projeto, e cada um deles foi maior e mais complexo que o anterior. E isso é válido ainda hoje. O Grand Parkway é atualmente uma das principais obras no Texas, e isso gera um grande sentimento de desafio e motivação.” Jim, como é conhecido, nasceu na Cidade do Panamá, na Flóri-
odebrecht informa
67
James Storey (à esquerda) e Mark Poropat: ambiente de coleguismo e amizade
da, mas morou muitos anos no estado da Georgia, onde
preocupa em saber quem somos enquanto indivíduos”,
trabalhou para uma construtora de médio porte. Em
complementa Jim. Mark acrescenta: “Quando fui diag-
1992, mudou-se para Miami a convite do seu pai, Ja-
nosticado com câncer, sentamos para conversar, e eu
mes Storey Senior, também profissional do setor, para,
sabia que ele seria duro comigo, pois sempre chamou a
juntos, reconstruírem a cidade após o furacão Andrew.
minha atenção sobre a minha saúde. Ele não fez aquilo
Logo foi contratado pela Odebrecht, como engenheiro,
por causa da empresa, mas pela minha família. E isso
na obra do Armazém 2205, no Aeroporto Internacional
significa muito para mim”.
de Miami. Ele está na Odebrecht há 18 anos.
Greg lembra-se com orgulho dos líderes que o apoiaram no desenvolvimento dos seus primeiros Pro-
68
Laços de amizade
gramas de Ação (PA) e de como a experiência o auxilia
Greg, Mark e Jim atribuem a longevidade de suas
hoje a apoiar seus liderados. Jim afirma que os rela-
carreiras na Odebrecht a um fator comum: pessoas.
cionamentos criados com base na confiança fornecem
Em especial, às amizades que vão além da relação pro-
a estabilidade necessária para que as famílias dos in-
fissional entre líder e liderado. “Pessoas como Gilberto
tegrantes abracem as oportunidades que surgem. E
Neves são o nosso diferencial,” diz Greg, referindo-se
Mark fala animado sobre o seu maior legado à Orga-
ao Diretor-Superintendente da Odebrecht Estados Uni-
nização. “Hoje, tenho orgulho de ver o meu filho traba-
dos. “Ele conhece minha esposa e meus filhos, e se
lhando na Odebrecht.”
odebrecht informa
saberes
“É preciso amar o trabalho para triunfar” Wilmer Castro é o entrevistado do novo vídeo da série “Saberes”, veiculado na versão digital de Odebrecht Informa www.odebrechtonline.com.br texto Alice Galeffi Foto Ricardo Artner
“V
enho de um lugar pobre, porém
rico
conta
Wilmer
de
amor”, Castro,
Responsável por Produção nas obras da Rodovia El Río–Jara-
bacoa e no Projeto Miches, na República Dominicana. Cedo ele descobriu a importância do estudo e, diferentemente dos pais, camponeses, conseguiu entrar na universidade. Formou-se em Engenharia Civil. “Um dos meus objetivos era fazer carreira na Odebrecht”, ele conta. Wilmer começou na Organização como assistente de produção, mesmo depois de formado. Após seis meses de muita dedicação, foi contratado como engenheiro. Segundo ele, a humildade o levou ao êxito. “O presente não importa, o presente já
com este por um condutor de
ção, Wilmer aprendeu que a coi-
está acontecendo. Eu me preo-
caminhão: “Saia do caminho!”.
sa mais importante em uma obra
cupo com o futuro”, afirma.
Quando o condutor foi informa-
é a comunidade em torno dela.
Conhecido por sempre aju-
do de que estava falando com o
Convenceu-se de que é possível
dar seus liderados em qualquer
Responsável pela obra, descul-
triunfar como expatriado e que
tarefa, a valorizá-los, educá-los
pou-se e disse: “Eu não poderia
seus liderados, se bem guiados,
e, sobretudo, por confiar neles,
acreditar que o senhor é o en-
se tornarão seus maiores alia-
Wilmer viveu uma situação bas-
genheiro, pois lhe vejo sempre
dos. Wilmer traz consigo a lição
tante simbólica em sua primeira
fazendo trabalhos braçais e aju-
que um dia aprendeu com o pai:
obra. Ao prestar ajuda a um au-
dando os auxiliares”.
“É preciso amar o trabalho para
xiliar de serviço, foi confundido
Nesses 20 anos de Organiza-
triunfar”.
odebrecht informa
69
70
aporte de lĂderes
70
odebrecht informa
texto Thereza Martins foto Ricardo Teles
C
arla Barretto e Geraldo Villin são amigos de longa data e agora, pela primeira vez, colegas de trabalho. Em 2012, eles foram convidados a integrar, como Diretores-Superintendentes (DS), o time que criaria e conduziria a atuação da Odebrecht Properties (OP), que tem como foco identificar
e conceber projetos, mobilizar capital, realizar investimentos e gerir ativos imobiliários. Com 32 anos de trabalho na Odebrecht, Villin, engenheiro por formação, Villin e Carla: experiência a serviço de uma nova e estratégica iniciativa da Organização
atuou em obras até meados da década de 1980, quando uma mudança de área acabou definindo o rumo de sua carreira, voltada para planejamento, desenvolvimento de negócios, empresariamento e gestão. “Cheguei à Organização como estagiário da antiga CBPO – Companhia Brasileira de Projetos e Obras, no exato momento em que a empresa foi comprada pela Odebrecht”, conta Villin. “Tive o privilégio de participar do crescimento da Organização, trabalhando com líderes diferenciados e me relacionando com pessoas de conhecimento, com quem aprendi muito.” A trajetória de Carla foi diferente. Formada em Administração de Empresas, ela está há 16 anos na Odebrecht, com passagem pela Construtora Norberto Odebrecht, Braskem e Odebrecht S.A., sempre em programas de Apoio ao Empresariamento (Financeiro, Controladoria, Planejamento, Pessoas & Organização). Agora, pela primeira vez, ela assume o desafio de ser líder na Linha de Empresariamento. Nessa condição, Carla tornou-se pioneira: é a primeira mulher a assumir o posto de DS na Odebrecht. “Nosso desafio é definir a identidade da OP e fazer deslanchar um novo Negócio na Organização”, afirma. Vindos de experiências tão diversas, eles agora atuam em um espaço comum, com a missão de promover a integração da nova equipe. “Esses dois olhares, com a perspectiva da Linha e do Apoio, se complementam e enriquecem o diálogo com a equipe que estamos formando, pessoas de diferentes perfis e trajetórias profissionais”, diz Villin.
Fortalecimento das relações Carla teve uma oportunidade singular ao participar ativamente do grupo de trabalho que apoiou o Diretor-Presidente da Odebrecht S.A. na consolidação da Visão 2020 da Organização, ao longo de 2009. “Ao traçar o direcionamento estratégico da Visão 2020, percebemos que a diversidade em uma Organização com mais de 120 mil integrantes [à época] nos desafiava”, afir-
Dois velhos amigos diante de uma nova missão: ajudar na integração da equipe da Odebrecht Properties
ma. Segundo ela, o desafio maior é assegurar o crescimento da Organização por meio do contínuo desenvolvimento das pessoas, mantendo como base os princípios da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO). “A Organização se fortalece e se renova com a diversidade e a possibilidade de trabalhar com sinergia”, acrescenta Carla. A mesma premissa vale para o universo da OP, em que a equipe recém-constituída reúne profissionais com vivência na Organização e outros que vieram de fora, jovens e outros mais maduros, todos eles com a responsabilidade de fazer acontecer a empresa que chegou para conquistar seu espaço no mercado.
odebrecht informa
71
a voz de milhares
texto Luiza Vilela foto Steve Hill
M
ilhares de trabalhadores brasileiros do setor de engenharia e construção estiveram presentes, de modo indireto, nos salões do Marriot Marqui Hotel, em Nova York, no dia 18 de abril, em
uma cerimônia de premiação promovida pela revista
ENR – Engineering News-Record. Eles estavam ali representados por Antônio Aparecido Cardilli, da Odebrecht. Na ocasião, Cardilli recebia o reconhecimento da revista por seu trabalho no Programa de Qualificação Profissional Continuada – Acreditar, criado quando ele atuava como Gerente Administrativo-Financeiro do consórcio que executa as obras da Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia. A ENR é uma das publicações mais antigas e conceituadas do setor no mundo. Desde 1964 premia, uma vez por ano, os 25 indivíduos que, do ponto de vista dos editores da casa, mais bem serviram aos interesses da indústria e do público. Os premiados, chamados de
newsmakers, são convidados a receber as honras em um almoço seguido de um baile de gala.
Mais de 70 mil pessoas capacitadas
72
Nascido da necessidade de priorizar a contratação
ceu uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento
de trabalhadores de Porto Velho, o Programa Acreditar,
Social e Combate à Fome (MDS) para utilização do Ca-
criado na Hidrelétrica Santo Antônio, já foi replicado em
dastro Único e do Bolsa Família como bases para a iden-
diversas obras da Organização Odebrecht no Brasil e no
tificação dos trabalhadores que mais precisavam e mais
exterior. Por meio dele, foram capacitadas mais de 70
se beneficiariam do programa.
mil pessoas desde 2008.
72
Antônio Cardilli recebe prêmio da revista ENR em Nova York
Segundo Cardilli, apesar de os participantes dos cur-
Cardilli, com a equipe que atuava em Santo Antônio
sos terem preferência nas contratações para as obras
na época, desenvolveu o programa a partir de uma pes-
da Odebrecht, a maior contribuição do Acreditar é a for-
quisa realizada em Porto Velho, que confirmou a escas-
mação de profissionais capacitados para atuar no mer-
sez de trabalhadores capacitados para atender à grande
cado da construção. Em seu discurso no evento da ENR,
demanda que a construção da hidrelétrica geraria. O
ele destacou a importância do prêmio para a valorização
sucesso foi tanto que, já em 2009, a Odebrecht estabele-
dos trabalhadores e da engenharia e, também, “para o
odebrecht informa
Cardilli: ênfase nas práticas sustentáveis
Contratados 43.709
Inscritos 164.344
Qualificados 74.238
Participantes do Programa Acreditar 2008/2013* estímulo às práticas sustentáveis em todo o mundo”. Cardilli, que ingressou na Organização Odebrecht aos 17 anos, como Auxiliar de Escrita Fiscal, foi o único sul-americano a receber o Newsmakers Award em 2013. Seu projeto era o único diretamente ligado a questões sociais. Veja vídeo da série Saberes com Antônio Cardilli na versão digital de Odebrecht *março/2013
Informa (www.odebrechtonline.com.br)
odebrecht informa
73
retorno às
raízes D
Convidado pela Fundação Odebrecht, Umberto Matteoni regressou ao Baixo Sul da Bahia, sua região natal
texto Gabriela Vasconcellos fotos Élcio Carriço e seus 54 anos de idade, 34 foram dedica-
braço educador. “Desenvolvi o espírito de servir que hoje
dos à Odebrecht. Uma trajetória que teve
carrego. É o que me sustenta na vida. Meu grande desafio
início em 1979, quando recebeu o convite
sempre foi formar pessoas, e estou aqui para colaborar
para atuar como contador na obra de uma
com conhecimento. Esse é o pedaço mais importante da
rodovia em Alagoas. De descendência ita-
minha trajetória”, salienta.
liana, baiano de Ituberá, formado em Ciências Contábeis, Umberto Matteoni morava em Salvador naquela época e
Visão global
não poderia imaginar que, um dia, seu trabalho na Orga-
Matteoni compartilha com seus liderados o aprendi-
nização o levaria de volta à cidade em que nasceu.
de Organização. Em conjunto com a equipe de Tecnolo-
responsável pela implantação, em Ituberá, de um Cen-
gia da Informação (TI), ele desenvolveu ferramentas de
tro de Serviços Compartilhados (CSC). O Centro serve às
apoio ao empresariamento, entre elas, o MyWebDay, no
instituições ligadas ao Programa de Desenvolvimento e
início dos anos 1990. “Viajei por praticamente todos os
Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico
países de atuação da Odebrecht para implantá-la. Essa
de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia
experiência foi fundamental para que eu adquirisse visão
(PDCIS), apoiado pela Fundação e por parceiros públicos
global e passasse a ter mais facilidade de adaptação a no-
e privados.
vas culturas”, conta.
“De início, eu não sabia como seria retornar às raízes.
Em 2008, depois da constatação de que o MyWebDay já
Mas abracei a causa, porque ela é muito nobre, e isso me
não acompanhava o ritmo de crescimento da Odebrecht,
motivou a contribuir na criação de um centro que contem-
Matteoni voltou a apoiar a TI, dessa vez na implantação do
pla tudo que aprendi na Organização. É o somatório do
Sistema O2 (Oracle), desafio que teve grande importância
meu aprendizado pelo trabalho”, diz Matteoni.
em sua vida profissional. “Foi preciso estar atento, inovar,
O CSC é especializado em processos financeiros, fiscais, contábeis, administração de pessoal e tecnologia da
74
zado conquistado ao longo de suas mais de três décadas
Em 2012, convidado pela Fundação Odebrecht, foi o
interagir com pessoas diferentes e construir novas parcerias”, ele recorda.
informação e proporciona mais eficiência, garantindo a
Em sua trajetória, a obra de Balsas Mineiro, em Porto
segurança empresarial e a redução de custos operacio-
Nacional (GO), tem destaque. ”Estar em um lugar distante
nais. Matteoni havia liderado o CSC da Odebrecht em São
me trouxe a visão de que somente o trabalho em equipe
Paulo. “Dei continuidade ao trabalho, iniciado naquela
nos faz chegar a um objetivo”, relembra.
74
época, de contribuir para que as empresas da Organiza-
De volta ao lugar onde nasceu, Matteoni admite que
ção pudessem se concentrar no que é essencial em sua
só foi possível assumir tantos desafios por causa de seu
atuação.”
perfil generalista. “Sempre estive aberto ao novo e ao co-
Após a implantação do CSC-Baixo Sul, Matteoni pas-
nhecimento, aliado a uma filosofia empresarial de uma
sou, em 2013, a liderar uma equipe de apoio ao empre-
organização sólida, que traça seus rumos com objetivos
sariamento do PDCIS. “Estar trabalhando para trans-
claros e entende que a razão de sua existência é a satis-
formar a região onde nasci me traz satisfação em todos
fação de seus clientes e a motivação e o compromisso de
os sentidos”, assegura. Segundo ele, a Odebrecht foi um
seus integrantes”, argumenta.
odebrecht informa
Matteoni: “Abracei a causa�
odebrecht informa
75
papo final: Rosi gomes
A emoção de estar sempre entre os pioneiros texto José Enrique Barreiro foto Holanda Cavalcanti
D
urante cinco anos, a
Porque foi a primeira vez que
publicitária mineira
vi acontecer a tal “cidadania
Rosi Gomes trabalhou
contemporânea”. A Odebrecht
na construção da Hidrelétrica
articulou-se com indivíduos
Santo Antônio, em Rondônia,
que não tinham meios reais de
onde desenvolveu um projeto
assegurar seus direitos e luta-
que considera “contemporâneo
vam por eles. Pioneira porque
e pioneiro” no campo das in-
era uma nova forma de rela-
tervenções sociais. Hoje, como
cionamento com organismos
consultora, Rosi continua pres-
nacionais e internacionais de
tando serviços à Odebrecht.
desenvolvimento. Ninguém tinha a fórmula, mas todos sabiam
O que você faz hoje?
que era necessário agir de modo
Continuo trabalhando com rela-
de acadêmica local, contribuin-
diferente. Estávamos implan-
ções institucionais e comunica-
do para a formação de massa
tando um empreendimento
ção social para implantação de
crítica dos universitários sobre
hidrelétrico na Amazônia, em
empreendimentos, na área de
o Complexo Hidrelétrico do Rio
um governo democrático, com
hidrelétricas, eólicas, linhas de
Madeira. Não conhecia nin-
todas as responsabilidades que
transmissão, projetos imobiliá-
guém. Tudo era novo ali.
isso significava. O mundo estava
rios e de infraestrutura.
voltado para nós. Como foi conduzido esse
O que mais lhe motiva em
trabalho?
O que você leva dessa
seu trabalho?
Trabalhar com a Odebrecht é
experiência para outros
As comunidades tradicionais
uma grande experiência. Todo o
projetos em que atua?
são meu maior desafio e meu
apoio logístico e técnico me foi
Aprendi que, quando somos
maior prazer. Contribuir para
oferecido. Não havia o que não
transparentes, verdadeiros e
a promoção do diálogo entre
podia ser dito ou que deveria
diretos com as comunidades,
as partes envolvidas e ver as
ser escondido. O meu trabalho
não geramos falsas expectati-
comunidades crescendo com o
não era convencer as pessoas
vas, que podem vir a prejudicar
empreendimento é, sem dúvida,
ou formar aliança de defensores
a relação futura com a
muito emocionante.
do projeto e, sim, informar, tirar
vizinhança.
dúvidas e promover encontros, Qual foi o seu desafio nas
para que os técnicos pudessem
Tem saudades do Norte?
obras da Hidrelétrica Santo
falar sobre a usina e eliminar
Sempre fica um pouquinho.
Antô nio?
mitos.
Cada hora estamos em um lugar, conhecendo novas pessoas
Cheguei a Porto Velho dois anos
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antes do início das obras, para
Por que você chama essa expe-
e encarando novos desafios.
promover o diálogo entre os
riência de “contemporânea e
Você deixa o local, mas não dei-
empreendedores e a comunida-
pioneira”?
xa os amigos que fez por lá.
odebrecht informa
Odebrecht Informa estreará novo projeto gráfico e editorial na próxima edição. Aguarde. RESPONSáVEL POR COMuNICAçãO EMPRESARIAL NA ODEBREChT S.A. Márcio Polidoro RESPONSáVEL POR PROGRAMAS EDITORIAIS NA ODEBREChT S.A. Karolina Gutiez
Fundada em 1944, a Odebrecht é uma organização de origem brasileira composta de negócios diversificados, com atuação e padrão de qualidade globais. Seus 180 mil integrantes estão
COORDENADORES NAS áREAS DE NEGóCIOS Nelson Letaif Química e Petroquímica| Andressa Saurin Agroindústria | Bárbara Nitto óleo e Gás | Kiko Brito Ambiental | Sergio Kertész Realizações Imobiliárias | Antonio Carlos de Faria Infraestrutura e Transporte | Josiane Costa Energia | André Paraná Engenharia Industrial | Renata Pinheiro Defesa e Tecnologia | Daelcio Freitas Propriedades | Herman Nass Construção Naval Coordenadora na Fundação Odebrecht Vivian Barbosa COORDENAçãO EDITORIAL Versal Editores Editor José Enrique Barreiro Editor Executivo Cláudio Lovato Filho Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes
presentes nas três Américas, na
Tiragem 4.750 exemplares Pré-impressão e Impressão Pancrom
África, na Ásia e na Europa.
Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-4023 / São Paulo (55) 11 3641-4743 email: versal@versal.com.br
Ricardo Teles
“O desenvolvimento do ser humano ĂŠ o ponto de partida e o ponto de chegada de nosso dever de servirâ€? TEO [Tecnologia Empresarial Odebrecht]
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