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Sinergias transversais: parcerias que impulsionam o desenvolvimento da Organização

out 2012

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Editorial

Compartilhar desafios para perpetuar Sinergia e colaboração estão entre os temas mais discutidos hoje no mundo dos negócios. Trata-se de conceitos muito mencionados, mas pouco compreendidos na sua essência. De forma geral, podemos definir sinergia como uma ação coordenada e integrada em busca da potencialização de resultados comuns. Colaboração, por sua vez, é o processo em que mais de duas pessoas trabalham em função de objetivos comuns, compartilhando experiências, conhecimentos e aprendizados. Quando o trabalho é desempenhado em conjunto, os resultados são melhores que aqueles obtidos pela ação isolada de cada um. Fato é que trabalhar em sinergia e com colaboração é uma forma sadia de assegurar a sobrevivência, o crescimento e a perpetuidade das empresas. Esta edição apresenta as principais ações de transversalidade que ressaltam a sinergia entre Braskem, Odebrecht e Petrobras. Agir com sinergia significa ter confiança no outro e nas suas competências para a realização de atividades de interesse comum. Em organizações como a nossa, em que a operação é descentralizada, há possibilidades de disseminação do conhecimento por meio da transversalidade entre as empresas e os contratos. As pessoas, providas de suas capacidades e seus conhecimentos, com comunicação constante entre elas, são a base do nosso negócio. Compartilhar conhecimento, portanto, se traduz em eficiência. Como exemplo, cito o Projeto Aquapolo, que se apresenta como uma alternativa sustentável e eficaz ao utilizar o esgoto tratado como insumo para atender à produção industrial. Trata-se de uma obra com a participação de três empresas da Organização Odebrecht (Braskem, Foz do Brasil e Odebrecht Infraestrutura), em uma ação de transversalidade que proporciona avanços na esfera da sustentabilidade ambiental. Graças a sinergias como essa, maximizam-se os resultados tangíveis e se mantêm sólidos os laços de disciplina, respeito, confiança e amizade entre nossos Parceiros. Afinal, é impossível ser feliz sozinho. Boa leitura!

EXPEDIENTE

Marcelo Lyra RAE – Rel. Institucionais e Desenvolvimento Sustentável

Fato é que trabalhar em sinergia e com colaboração é uma forma sadia de assegurar a sobrevivência, o crescimento e a perpetuidade das empresas.

A palavra é sua Envie comentários sobre a revista, reportagens ou sugestões de pauta para: geracao@braskem.com.br

Responsabilidade Corporativa: Marcelo Lyra, RAE de Relações Institucionais e Desenvolvimento Sustentável Editor Responsável: Nelson Letaif Coordenação: Priscila Boccia e Mayara Thomazini Apoio Editorial: Ana Laura Sivieri Produção Editorial: Mais Corporativa Comunicação Colaboradores: Andréa Teixeira, Lucila Cardenas, Natalia Conti e Yuri Tomina Projeto Gráfico: Keenwork Design Fotos: Banco de Imagens Braskem, Aquapolo e Odebrecht; Rogério Lorenzoni e Vaner Casaes. Tiragem: 7.200 exemplares


Aquapolo:

Aquapolo • Geração Braskem

inovador e sustentável

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Com o fornecimento de água de reúso industrial para abastecer o polo petroquímico da região do ABC Paulista, o Projeto Aquapolo é pioneiro e grandioso A água é parte essencial da vida, constituindo 75% do nosso planeta. No entanto, a percepção que temos de que há abundância desse recurso é equivocada: 97% da água do planeta é salgada; 2% está em forma de gelo e apenas 1% corresponde aos rios e lagos que garantem o abastecimento para o consumo humano. Dados da ONU revelam que a escassez de água já atinge 2 bilhões de pessoas e em muitos lugares o volume de água disponível é menor que a demanda da população, como já ocorre na Região Metropolitana de São Paulo. O uso consciente dos recursos hídricos é fundamental para garantir qualidade de vida e sustentabilidade socioambiental. Por isso, a Braskem, que tem forte compromisso com a sustentabilidade, foi a viabilizadora do Projeto Aquapolo, que está previsto para entrar em operação neste ano no polo petroquímico do ABC Paulista. O projeto Aquapolo é pioneiro no Brasil e um dos maiores do gênero no mundo na produção de água de reúso para fins industriais, sendo uma alternativa sustentável, inovadora e eficaz ao utilizar o esgoto tratado como insumo. Resultado de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) entre a Foz do Brasil (51%) e a Sabesp (49%), o Aquapolo tem a Braskem como maior cliente e a Odebrecht Infraestrutura como a empresa que construiu a Estação de Produção de Água Industrial (EPAI), a adutora de 17 km

que liga o Aquapolo ao polo petroquímico e ao sistema de distribuição. “Inicialmente, a Sabesp estimou que seria um projeto para 4 anos de construção, mas o Aquapolo foi implantado na metade do tempo. Para a instalação da adutora, foram 10 frentes de trabalho na Avenida do Estado, cerca de 1.000 trabalhadores na fase da obra, o que garantiu uma conclusão em menor tempo, mesmo com parte dos serviços margeando o Rio Tamanduateí e uma avenida extremamente importante na região”, relata o responsável pela Engenharia da Obra, Reynaldo Moreira Júnior. A água de reúso gera economia de recursos hídricos e beneficia a população local com maior oferta de água potável. Ao mesmo tempo, propicia ao polo petroquímico do ABC Paulista e outras indústrias, uma fonte de abastecimento de água com disponibilidade necessária e de alta confiabilidade.


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Geração Braskem • Aquapolo

Parcerias reúnem experiências A viabilidade de um projeto vultoso como esse depende de investimentos, tecnologia avançada, capacitação em obras de infraestrutura e know-how em tratamento de efluentes para geração de água de reúso industrial. Nada disso faltou ao Aquapolo: o projeto recebeu R$ 364 milhões de investimentos, aplicou tecnologia de última geração em grande escala e contou com a expertise de empresas que uniram suas experiências. “O projeto reuniu o que há de melhor em cada empresa. A Braskem é a principal cliente. Juntas, Sabesp e Foz, mostram que é possível atender as indústrias com uma solução sustentável e de acordo com os parâmetros especificados pelo cliente”, afirma Marcos Asseburg, diretor-presidente da Aquapolo Ambiental. “Este projeto tem muitos aspectos inovadores, a começar pela parceria firmada entre Sabesp e Foz que, por si só, já representa uma ruptura no padrão convencional de uma parceria público-privada. As empresas criaram uma solução nova para oferecer um serviço básico para a população (saneamento), agregando tecnologia de ponta ao projeto e, o que é melhor, com o menor impacto possível para o meio ambiente e para a população”, conta Mônica Queiroz, responsável por Sustentabilidade da Foz do Brasil.

Reutilizar em grande escala O Aquapolo está capacitado para produzir até 1.000 litros por segundo de água de reúso industrial. O polo petroquímico consumirá 65% desta produção: a água será utilizada para produzir vapor através de caldeiras e para sistemas de resfriamento. O volume excedente, de 350 litros por segundo, será ofertado para as empresas da região interessadas. Com o funcionamento pleno do Aquapolo, o volume de água potável que deixará de ser consumido pelas indústrias do ABC Paulista (2,58 bilhões de litros por mês) será suficiente para abastecer uma cidade de até 500 mil habitantes. Para a região metropolitana de São Paulo – que é uma das cinco mais populosas do mundo e enfrenta escassez de água potável – é um benefício e tanto. Para a Braskem, que alavancou o desenvolvimento e a implementação do projeto, garantindo o consumo por meio de um contrato de período extenso, uma das vantagens a serem destacadas é a garantia de abastecimento de água no longo prazo. O engenheiro químico Fadlo Eduardo Haddad, responsável por Engenharia de Processos da UNIB 3 ABC, comentou esse aspecto: “Temos o fornecimento assegurado por mais de 40 anos. A água originária do esgoto não é rota muito explorada e isso favorece a indústria, que não precisa de água potável para vários dos seus processos. O Aquapolo nos garantiu sustentabilidade e confiabilidade”.

O processo de transformação Na tentativa de explicar de modo bem simplificado a operação, imaginemos as duas pontas, digamos assim, do projeto: de um lado, uma central de tratamento (ETE ABC), que processa o esgoto, dando o passo inicial para transformá-lo em água de reúso; de outro, o polo petroquímico, que recebe a água industrial e a utiliza no seu processo produtivo. En-


Aquapolo • Geração Braskem

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Números do Aquapolo:

500 mil

pessoas poderão ser atendidas com a água potável, que deixará de ser utilizada nos processos produtivos industriais (quando o Aquapolo estiver operando na sua plena capacidade).

1.000 litros/seg.

é a capacidade de produção e bombeamento de água industrial pelo Aquapolo.

2,58 bilhões Reconhecimento: projeto Aquapolo entre os melhores do mundo O Projeto Aquapolo foi o segundo colocado na premiação Global Water Awards, que reconhece as iniciativas de sucesso em abastecimento e saneamento no mundo. O Líder Empresarial da Foz do Brasil, Fernando Santos Reis, recebeu o prêmio das mãos do ex-Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan.

de litros de água por mês é quanto o Aquapolo pode economizar do recurso hídrico, com a utilização da água de reúso quando estiver em plena capacidade. Aproximadamente

1.000 empregos

diretos foram gerados com as obras do Aquapolo.

R$ 364

milhões

é o valor do investimento no Projeto Aquapolo.

tre uma e outra ponta, há uma série de construções, equipamentos, sistemas e processos sofisticados que torna possível o tratamento da água industrial e sua ‘viagem’ por uma imensa adutora de aço, em um percurso de 17 km, saindo de São Paulo, onde está localizada a Estação de Água Industrial (EPAI), e passando pelos municípios de São Caetano do Sul e Santo André, até chegar ao polo petroquímico.


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SINERGIA

Geração Braskem • Construção Civil

em plena construção O PlastFloor, um pavimento

permeável e ecologicamente

Desenvolvimentos em conjunto com CNO, OR e Foz do Brasil têm trazido novos e importantes negócios para a Braskem e seus Clientes no setor de construção e edificação Estádio da Fonte Nova, na Bahia; Construção da PPP Habitacional de Jardins Mangueiral, no Distrito Federal; Saneamento básico na cidade Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. Essas são algumas das realizações dessa parceria, que vem se estendendo para diversos outros projetos – alguns em execução, outros em estudo de viabilidade. “Temos a melhor porta de entrada para o setor ‘dentro de casa’. A Odebrecht é uma das principais construtoras do mundo, com projetos em praticamente todas as regiões do Brasil e em diversos países. O caminho para o sucesso é explorarmos as possíveis sinergias em todas as frentes”, conta Mônica Evangelista, responsável da Braskem pela interface do projeto ‘Sinergias no Setor’. Fato é que as soluções em plástico para a construção civil, produtos dos nossos Clientes, têm potencial para agregar muito valor à construção, trazendo melhorias de segurança, aumento da produtividade, redução de custos e peso que resulta em economia de combustível, ganhos de ergonomia e

correto que facilita o escoa

mento da água, foi utilizado

na obra do Jardins Mangueiral

aumento da vida útil dos equipamentos e insumos. “O caminho é longo, pois o Brasil ainda está muito preso aos tradicionais concreto e cimento, mas essa realidade deve mudar”, prevê Daniel Villar, responsável pelos Segmentos de Média Renda e Econômico da OR. Para dar impulso a isso, foi criado um comitê* de orientação técnica, com Integrantes da Braskem, CNO, OR e da Foz do Brasil, para alinhamento. A cada dois meses, a equipe se reúne para acompanhar os projetos em curso e avaliar novos. “É um trabalho de formiguinha”, define Mônica. “Vamos de obra em obra falar com seus responsáveis, mostrar o portfólio dos nossos Clientes, apresentar soluções e trabalhar o desenvolvimento da sinergia, pois toda obra é única, não tem igual, e é preciso desenvolver um novo projeto para cada empreendimento”. Esse processo começa com um estudo das possibilidades de aplicação do plástico, para posterior apresentação das soluções em conjunto com os Clientes, e depois caminha para o fechamento do negócio.

*O comitê de orientação técnica é formado por: • Dante Venturini • Augusto Roque • Mauro Velliso Hehm • Carlos Alexandre Almeida • Nelson Tadashi • “Bill” - Severino Fernandes Filho

, no Distrito Federal


Construção Civil • Geração Braskem

Por meio dos Clientes, a Braskem pode substituir soluções que hoje são importadas, apresentar outras que substituam materiais como madeira, concreto e metal, ou mesmo desenvolver novas possibilidades. Know-how e tecnologia para isso os transformadores plásticos já provaram ter. E, a cada obra concluída, novas oportunidades são criadas, pois as possibilidades são inúmeras e as sinergias estabelecidas até agora têm mostrado isso. Silvio Romero, responsável pela Construção na Regional Centro-Oeste do Segmento de Média Renda e Econômico da OR, é um entusiasta da transversalidade no grupo. “Utilizei o PlastFloor, um pavimento permeável e ecologicamente correto que facilita o escoamento da água, substituindo o concregrama - estrutura de concreto com nichos para aplicação de grama - em alguns condomínios da nossa obra, na PPP Habitacional de Jardins Mangueiral, em Brasília. Foi um sucesso!”, conta ele, que já estuda o envolvimento da Braskem em outras obras sob sua responsabilidade. Eduardo Frediani, responsável pelas Operações da Foz do Brasil, em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, enxerga muitos benefícios na relação com a Braskem e seus Clientes. “O apoio da Braskem na conquista da obra de saneamento básico de Uruguaiana foi decisivo. Éramos uma empresa nova concorrendo à realização de uma obra gigantesca e de caráter público. O fato de sermos da mesma organização e utilizarmos os recursos produzidos no Estado pela Braskem contribuiu muito com o processo”, avalia. A colocação de poços de visita em PE reduziu sensivelmente o tempo da obra. “Se fossem usar concreto, a obra não terminaria em 2016”, afirma Frediani. Com a conclusão da obra, Uruguaiana ganhará o posto de primeira cidade do país a ter seu esgoto 100% tratado. O sucesso dessa parceria permite vislumbrar outros projetos nessa linha. “O esforço da Braskem em apresentar as soluções dos seus Clientes para o setor da construção civil brasileira tem sido de grande valor”, afirma Daniel Villar. No primeiro semestre de 2013, será iniciada a construção de um condomínio residencial no Rio de Janeiro e tudo caminha para a adoção do concreto PVC nas vedações internas (paredes) e externas (fachadas) dos prédios a serem levantados. Também está em estudo, para aplicação em todos os projetos habitacionais do Minha Casa Minha Vida, a instala-

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ção de telhas de PVC em substituição às polêmicas telhas de amianto. Ou seja: fazemos negócio com ganho ambiental. Em São Paulo, a fibra de PP foi utilizada no piso da garagem do subsolo da obra do novo escritório da Odebrecht/SP, para reforço do concreto. A solução tem como objetivo reduzir a possibilidade de fissura por retração do concreto. “As portas dos pavimentos técnicos da obra também tiveram soluções em PVC, devido ao desempenho acústico, mais favorável que a solução tradicionalmente usada no mercado”, assinala Marcelo Valadão, responsável pela Engenharia de alguns projetos da OR Paulistana, finalizando: “Essas sinergias têm gerado ganhos importantes. Estamos conhecendo melhor as soluções dos Clientes, e a Braskem, cada vez mais, entende melhor a dinâmica da nossa operação. Estamos no caminho, precisamos agora materializar de forma mais ampla essas sinergias”, destaca.

PlastFloor

As soluçõ

o para a es em plástic

construção

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civil agrega


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Geração Braskem • Notas

Petrobras e Braskem: parcerias em diversas frentes

Conheça alguns projetos que já estão dando frutos

UNIB 4 DCX otimiza sua produção Esse foi o resultado da colaboração entre Petrobras e Braskem. A UNIB 4 DCX não operava com plena carga por falta de matéria-prima nacional – etano e propano. O cenário só mudou depois que as duas vislumbraram a possibilidade de um acordo logístico para importar o propano dos Estados Unidos, usando o terminal de Ilha Redonda da Petrobras, na Baía de Guanabara/RJ, como base para o recebimento. A sinergia com a Petrobras na área logística permitiu que a Braskem aumentasse sua produção de eteno e propeno na unidade, para atender, em especial, o mercado internacional.

Potencializar resultados Há cerca de dois anos, a Braskem e a área de petroquímicos e refinaria da Petrobras se uniram com o objetivo de criar um programa de identificação de oportunidades para o desenvolvimento de sinergias com as refinarias localizadas nas regiões onde a Braskem possui crackers. O projeto piloto foi iniciado em Camaçari/BA e já se estendeu para Triunfo/RS, Rio de Janeiro e São Paulo. A criação de um comitê de sinergias formado por Integrantes das duas empresas facilitou o desenvolvimento do trabalho. Com a realização de workshops promovidos pelas equipes de cada região, as empresas buscam opor-

tunidades comuns. Muitas já foram identificadas, a exemplo de correntes petroquímicas das plantas da Braskem, que podem ter melhor aproveitamento nas refinarias da Petrobras, gerando um produto de maior valor no mercado. Para acompanhar o trabalho, a Petrobras e a Braskem formaram um comitê diretivo que define as sinergias a serem desenvolvidas e acompanha suas evoluções em todas as regiões.

Juntas em Cingapura A fim de conhecer melhor o mercado e ampliar negócios com os usuários finais (end-users) no continente asiático, importante mercado consumidor de petroquímicos básicos, a Braskem decidiu se estabelecer fisicamente na região e recorreu à Petrobras para que a empresa a apoiasse na busca por um espaço. Logo, outra alternativa começou a ser cogitada: o compartilhamento do espaço físico pelas duas empresas. Instalados em local privilegiado, os profissionais passaram a dividir o ambiente e os serviços de recepção e manutenção, o que permitiu reduzir custos operacionais. Claro que a sinergia vai muito além das divisões das despesas: Braskem e Petrobras trocam informações sobre o mercado, em especial o de navegação, e buscam desenvolver oportunidades de negócios no continente, em conjunto. Desde que Braskem se instalou na Ásia, no início de 2011, o volume de petroquímicos básicos exportados para lá duplicou e o faturamento triplicou. A participação do mercado asiático nas vendas da UNIB em volume já é de 8%.

Plástico nos dutos de petróleo Visando atender ao crescente mercado de exploração e produção de petróleo e gás em ambiente marítimo, a Braskem complementará seu portfólio de revestimento de dutos rígidos com mais duas resinas inovadoras de polipropileno - PCD 0242 e PCD 0342, ambas voltadas para a camada de revestimento térmico e anticorrosivo denominada Espuma Sintactica. O objetivo é disponibilizar ao mercado a solução completa para o segmento de revestimento de dutos para águas profundas, demanda que cresce a passos largos no Brasil com o pré-sal. O desenvolvimento foi realizado em parceria com a Bredero Shaw, líder mundial em soluções para revestimento de dutos, e


com a Petrobras, estando em linha com o seu Plano Estratégico de utilizar o máximo possível de insumos nacionais nos seus projetos. Também contemplam o portfólio as resinas PCD 0140, altamente estabilizadas para uso contínuo em altas temperaturas e a PCD 0140BR, que agrega a anterior a proteção à radiação UV, ambas utilizadas em projetos da Petrobras.

Petrobras no Centro de Inovação e Tecnologia da Braskem Todo o processo de qualificação das quatro resinas (PCD

Paradas de manutenção

no

ritmo

da Fórmula 1

Com foco no objetivo comum, em um mês, as equipes executam ações seguras e precisas, com agilidade semelhante à de um pitstop É dada a largada: a Braskem pilota uma parada programada para manutenção de uma planta. O desafio é grandioso, especialmente quando a manutenção envolve um cracker (veja os números abaixo).

mais de R$

185 milhões de

investimentos a cada

6 anos

6 mil homens, 2 anos de planejamento 30 dias de operação na planta em

2 turnos de trabalho ininterruptos

“A parada exige uma grande concentração de pessoas e equipamentos num curto espaço de tempo”, resume Eduardo Freire, responsável pelas paradas de Vinílicos da Braskem. O evento requer planejamento e muito rigor de segurança, qualidade e controle financeiro. Afinal, é hora de desligar uma operação que trabalha a todo vapor 365 dias por ano, 24 horas por dia, e acelerar nos reparos e nas melhorias. O planejamento pré-parada é amplo. Na área comercial, pro-

Notas • Geração Braskem

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0140, PCD 0140BR, PCD0242 e PCD 0342) foi realizado no Centro de Inovação e Tecnologia da Braskem, em Triunfo/RS, com acompanhamento de técnicos da Petrobras, que auditaram os ensaios, métodos e equipamentos. O próximo passo do desenvolvimento das resinas PCD 0242 e PCD 0342 é a realização da validação de produto e processo na Bredero Shaw, previsto para início ainda em 2012, também sob supervisão da Petrobras.

grama-se um aumento dos estoques para atender aos Clientes, que às vezes aproveitam e param para manutenção na mesma época. Os preparativos envolvem a Petrobras, que precisa planejar a redução do envio da nafta petroquímica e ajustar o consumo da Braskem e a Odebrecht que coordena as obras. “A CNO possui equipe capacitada para agir com segurança”, afirma José Kelso Albuquerque de Moraes, responsável por Competitividade e Investimentos da UNIB. A coordenação da parada fica a cargo das equipes de manutenção, operação, SSMA, projeto e processo da Braskem, que realizam atividades preventivas e corretivas em grandes equipamentos rotativos e estáticos, tubulações, equipamentos elétricos, instrumentação, automação, controle e sistemas do flare. “Também é a oportunidade para implantar projetos que aumentem a competitividade e a produtividade das plantas”, observa Kelso. É impossível fazer uma parada sozinho “A parada envolve planejamento, logística e muita sintonia entre as pessoas. É fundamental formar um time preparado para atender a todas as frentes, no menor prazo e sem risco às pessoas e ao meio ambiente”. Ayres Sanches Teixeira, Coordenador das paradas da UNIB 1 BA “Buscar produtividade, atuar em conjunto e atender aos prazos acordados, sem nenhuma ocorrência, são os principais objetivos dessas paradas. Isso demonstra que os valores de SSMA estão cada vez mais fortes na nossa cultura”. João Henrique Matos Costa, responsável pela Administração Contratual da Odebrecht


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Geração Braskem • Educação

Educação para o trabalho Ampliar o conhecimento dos Integrantes e desenvolver Líderes inspiradores é a missão das iniciativas de educação promovidas pela Braskem em parceria com a Odebrecht e a Petrobras

“O curso da Universidade Petrobras é ministrado por consultores altamente qualificados. O conteúdo é técnico e abrange os principais processos da Petrobras, que muito se assemelham aos da Braskem e permitem entender com mais detalhes o importante elo entre as atividades de refino e petroquímica”. Rodolfo Schaffer Neto, Engenharia de Processos da UNIB 3 ABC, que participou do curso Processo de refino, produção e qualidade de derivados na Universidade Petrobras. A sinergia entre as empresas na área da educação estimula a troca de conhecimento, permite um desenvolvimento multidisciplinar e propicia um ambiente de integração. Com foco na educação e no trabalho, a nossa cultura acredita e investe no desenvolvimento do ser humano. Inspirados na Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), os programas educacionais visam aprimorar conhecimentos e formar novos Líderes. Entre as principais iniciativas estão o PDE (Programa de Desenvolvimento de Empresários), o PDC / Sustentabilidade (Programa de Desenvolvimento de Competências) e o MBA Executivo Internacional Odebrecht. Na Universidade da Petrobras, por sua vez, são ministrados diversos cursos técnicos focados no processo industrial da petroquímica. “O principal ganho é a ampliação do conhecimento sobre os diversos negócios da Organização. A interação entre os Integrantes da Braskem e as pessoas das outras empresas resulta em um interessante network, composto por profissionais multidisciplinares e capacitados para uma enorme variedade de funções”, destaca Camila Dantas, responsável por Educação e Carreira da Braskem. A opinião de quem participou Confira os depoimentos de alguns Integrantes que tiveram a oportunidade de participar de uma dessas iniciativas:

“O PDC provocou significativas mudanças na vida pessoal e profissional de todo o grupo! Agora, serei uma multiplicadora dos conceitos de sustentabilidade, compartilhando meu aprendizado.” Juliana da Cunha Marques, gerente de conta de PE Verde, que participou do PDC Sustentabilidade. “Agradeço a oportunidade de conviver com este motivado grupo. Agora, espero retribuir trazendo resultados sustentáveis para a Braskem. Vale ressaltar que a estrutura e a organização da FIA foram fundamentais para o sucesso do curso, bem adequadas ao padrão Braskem de qualidade em gestão do conhecimento.” Eduardo Magalhães, Engenharia de Processos da UNIB 2 RS, que participou do PDC Sustentabilidade. PDC de Sustentabilidade


Mercado de petróleo em constante estudo Com o objetivo de discutir o mercado de petróleo e desenvolver uma projeção única sobre o futuro do setor para toda a Organização, a Odebrecht criou, em conjunto com a Braskem, com a Odebrecht Óleo e Gás e com a ETH Bioenergia, o Comitê do Petróleo. A partir do desenvolvimento conjunto de estudos e de análises do mercado de petróleo, as empresas buscam uma visão assertiva dos rumos do setor no curto e no longo prazo para definir estratégias. O comitê se reúne mensalmente.

“O MBA contribuiu para o meu amadurecimento e conhecimento da Organização, concedendo ferramentas de gestão e visão estratégica. Um dos aspectos mais interessantes foi pertencer a uma turma com Integrantes de diferentes empresas, em momentos parecidos de carreira, o que permitiu vivenciar a cultura no dia a dia e interagir com os colegas e os Líderes Empresariais que apresentaram seus negócios.“ Fabio Lamon, responsável por Ciência de Polímeros no Centro de Inovação e Tecnologia (Triunfo/RS), que participou do MBA Executivo Internacional Odebrecht, realizado no Insper.

Educação • Geração Braskem

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Marlisa Piovesan Reche, responsável pela Exportação da UNIB, que participou do MBA Executivo Internacional Odebrecht. “O PDE foi fantástico. A oportunidade de compartilhar experiências e discutir desafios em comum com outros Integrantes de funções completamente diferentes nos ensinou muito.” Ian Rubin, responsável por Desenvolvimento de Negócios e Aquisições da Braskem America, que participou do PDE. “Foi bastante recompensador participar do PDE. Estabelecemos relacionamentos e um alicerce cultural que traremos conosco durante toda a nossa carreira.” Darrell Williams, responsável por Atendimento a Cliente e Logística da Braskem America, que participou do Programa PDE.

MBA Executivo Internacional Odebrecht

“Foi um momento de amadurecimento profissional, pela ampliação de conhecimento e técnicas. Também vi que o mundo Odebrecht é muito maior do que pensava. No lado pessoal, foi recompensador conhecer novas pessoas, de diferentes culturas, e capturar o melhor de cada um.”

PDE (Programa de Desenvolvimento de Empresários) - Além de formar novas gerações de Líderes educadores, o PDE privilegia o intercâmbio de experiências e a reflexão da prática de negócios alinhada à TEO. PDC (Programa de Desenvolvimento de Competências) - Aprimorar a capacitação técnica de Integrantes de diferentes áreas é um dos principais objetivos do PDC, que é realizado em parceria com universidades renomadas no mercado e inclui temas como sustentabilidade, gestão e excelência comercial, entre outros. MBA - Dirigido aos Líderes das empresas, o MBA dá a oportunidade a todos participantes de adquirir conhecimentos sobre os diversos negócios da Organização. Universidade Petrobras - A Universidade coloca à disposição dos Integrantes cursos técnicos, cujo objetivo é proporcionar uma visão básica das atividades de refino do petróleo e derivados, sob os ângulos técnico, econômico e de qualidade.


Qualificação

profissional nas comunidades

O Acreditar na construção das plantas da Braskem:

Deixar um legado em educação é o objetivo do programa Acreditar, que capacita milhares de pessoas de baixa renda a cada nova construção, criando oportunidades para o desenvolvimento profissional nas regiões das obras

Eteno Verde - RS Inscritos para o programa: 473 Formados: 283 Contratados pela obra: 174

O Acreditar – Programa de Qualificação Profissional Continuada - nasceu em 2007, quando a Odebrecht (CNO) começou a construir a usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, o primeiro grande projeto privado de Porto Velho, em Rondônia. Distante de centros urbanos e parte da Amazônia, a região carecia de mão de obra qualificada para o trabalho. “Foi no meio desse cenário que as primeiras ideias do que viria a ser o programa Acreditar surgiram”, relembra Antonio Cardilli, idealizador do programa e, à época, responsável por administração e finanças da construção. A saída foi uma parceria com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Rondônia, para montar um programa que qualificaria o cidadão local para atender às demandas geradas pela obra, contribuindo com o desenvolvimento da região. Dessa forma, reduzia-se a migração de trabalhadores de outras localidades do país e valorizava-se a comunidade do entorno da construção. O valor social, a relação custo-benefício positiva e a qualidade dos cursos alavancaram a sua expansão para outras obras da CNO no Brasil. “Seu sucesso levou o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome a assinar um convênio com a Odebrecht, em 2009, visando à inclusão de uma parcela de beneficiários do programa Bolsa Família no Acreditar, para que tivessem a chance de conquistar uma profissão e, assim, dispensar o auxílio governamental, para que fosse repassado para outros possíveis beneficiários”, conta Victor Falcão, responsável pela condução do Acreditar na Organização. Segundo ele, desde que foi implantado, o programa já capacitou no Brasil mais de 52 mil pessoas. A implantação do programa é sempre realizada em parceria com o governo local e o SENAI da região. Os investimentos para tanto já ultrapassaram a ordem de R$29 milhões. A Braskem implantou o Acreditar na construção das novas plantas de eteno verde e de butadieno, no Rio Grande do Sul,

PVC - AL Inscritos para o programa: 1.185 Formados: 712 Contratados pela obra: 346 Butadieno 2 - RS Inscritos para o programa: 137 Formados: 75 Contratados pela obra: 54 e de PVC, em Alagoas. “Adotar o Acreditar foi uma experiência muito enriquecedora e de valor incalculável, tanto para as cidades e pessoas que receberam o programa, como para nós, que fomos beneficiados com profissionais bem qualificados”, destaca Guilherme Guaragna, responsável por Novos Empreendimentos da Braskem. Está prevista a implantação do Acreditar no México, nas obras do projeto Etileno XXI. Será mais um carimbo no passaporte do programa, que já foi exportado para Angola, Peru, Libéria, Argentina, Moçambique, Colômbia e Cuba. Desenvolvimento humano e profissional Helena Milk, formada no curso de soldadora realizado em Triunfo/RS, para a planta de eteno verde, em 2009, trabalhava em casa de família, mas queria mudar de vida. Quando soube da abertura das inscrições, chegou ao local com 11 horas de antecedência e, sem esmorecer, enfrentou a madrugada fria, para preencher a inscrição nº1. De lá para cá, Helena já trabalhou na construção das plantas de eteno e de butadieno, e, agora, segue para outras. Sua trajetória é exemplo e orgulho para os filhos Camila, 10 anos, e Cristian, 6. O menino, aliás, já escolheu sua profissão: soldador, como a mãe que, obstinada, espera chegar ao cargo de inspetora de solda. Helena Milk, uma trajetória de exemplo

Este material foi impresso em Vitopaper® - papel sintético produzido a partir de plásticos reciclados pós-consumo - e produzido pela Vitopel, maior produtora de BOPP da América Latina e Cliente da Braskem. Para cada tonelada de Vitopaper® produzida, deixam de ser enviados aos aterros e lixões 850 quilos de resíduos plásticos. Após utilizar este material, descarte adequadamente em recipiente destinado à reciclagem de plásticos. Desta forma, os resíduos poderão ser utilizados novamente para produção de Vitopaper®.


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