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ODEBRECHT #151 • ano XXXVIII • nov/dez 2010

I N F O R M A

Odebrecht é eleita a empresa de controle familiar do ano em 2010

Uma vitória de todos


hoje

O Brasil

roberto rosa

se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014, a segunda em sua história. Quando, mais uma vez, os corações do mundo inteiro estiverem batendo no ritmo da paixão pela bola, cidades como o Rio de Janeiro estarão na linha de frente do mais grandioso espetáculo do futebol. No Rio, a Odebrecht participa hoje da reforma do Estádio Mário Filho, o Maracanã. Os cariocas vivem a expectativa do renascimento de seu mítico estádio e, para eles, a Copa do Mundo de 2014 já começou.


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Fator decisivo para a redução dos problemas de trânsito da cidade, o trem elétrico está chegando a LIMA

08

Obras de saneamento aprimoram a qualidade de vida em comunidades de PERNAMBUCO e do RIO GRANDE DO NORTE

11

Hangar, projeto imobiliário em SALVADOR, estimula o convívio entre os profissionais das empresas nele instaladas

12

Cromex é a primeira parceira da Braskem no Polo de CAMAÇARI a aderir ao novo sistema de logística da empresa da Organização Odebrecht

14

Projeto inovador em âmbito mundial, planta de eteno verde da Braskem é inaugurada no Polo Petroquímico de TRIUNFO

17

Lançada a segunda edição do livro Educação Pelo Trabalho, de autoria de Norberto Odebrecht

18

O IMD – International Institute for Management Development elege a Odebrecht a empresa de controle familiar do ANO

23

Conquista de novos contratos e diversificação da atuação marcam o momento da Odebrecht na Argentina

28

Na Unidade Rio Claro da ETH Bioenergia, em GOIÁS, familiares trabalhando juntos contribuem para um ambiente organizacional positivo

30

Corredor Duarte, Autopista del Coral e Rodovia de Casabito melhoram a infraestrutura viária da REPÚBLICA DOMINICANA

33

Há exatos 30 anos, a CBPO, tradicional empresa de engenharia com portfólio de grandes obras no BRASIL, era integrada à Odebrecht

36

Concessionária Rota das Bandeiras, responsável pelo Corredor D. Pedro I, em SÃO PAULO, realiza operação financeira inédita

40

Odebrecht completa 20 anos de presença nos ESTADOS UNIDOS ampliando sua atuação no país e preparando as novas gerações

44

Cooperativa no BAIXO SUL DA BAHIA ajuda a transformar a vida de famílias de pequenos produtores de palmito

ODEBRECHT INFORMA

151

Capa: ilustração de Guto Lins

seções 02 26 38 39 46 48

versão online entrevista perfil gente notas da redação argumento


02 w w w. o d e b r e c h t o n l i n e . c o m . b r > edição online

> videorreportagem

> Braskem reposiciona sua marca: "Novas formas de ver o mundo"

> Ex-cortadores de cana conquistam oportunidades de trabalho em Suape

> Prêmios para a equipe da Odebrecht no Projeto Braskem, em Camaçari

> blog > Leia no blog de Odebrecht Informa os posts escritos pelos repórteres e pelos editores da revista. Textos de: Cláudio Lovato Filho, Fabiana Cabral, José Enrique Barreiro, Júlio César Soares, Karolina Gutiez, Leonardo Maia, Renata Meyer, Rodrigo Vilar, Zaccaria Júnior e colaboradores.

ODEBRECHT Fundada em 1944, a Odebrecht é uma organização brasileira composta de negócios diversificados, com atuação e padrão de qualidade globais. Seus 105 mil integrantes estão presentes nas três Américas, na África, na Ásia e na Europa.

> Trem elétrico, uma contribuição decisiva para a solução dos problemas de trânsito de Lima

> acervos online > Acesse as edições anteriores de Odebrecht Informa desde a nº 1 > Relatórios Anuais da Odebrecht S.A. desde 2002

> O novo momento de vida de ex-cortadores de cana que ingressaram na Odebrecht Engenharia Industrial

> Um instrumento de realização profissional e transformação social chamado Programa Acreditar

> Publicações especiais (Edição Especial sobre Ações Sociais, 60 anos da Organização Odebrecht, 40 anos da Fundação Odebrecht e 10 anos da Odeprev)

> novidades > Siga Odebrecht Informa pelo twitter e saiba das novidades imediatamente @odbinforma > Comente os textos do blog e participe enviando sugestões para a redação

Responsável por Comunicação Empresarial na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro Responsável por Programas Editoriais na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez Coordenadores nas Áreas de Negócios Nelson Letaif Química e Petroquímica • Andressa Saurin Etanol e Açúcar • Bárbara Nitto Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias • Coordenadora na Fundação odebrecht Vivian Barbosa Coordenação Editorial Versal Editores Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho • Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti Infografia Adilson Secco • Ilustrações Gilberto Marchi Tiragem 7.700 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3641-4743 email: versal@versal.com.br


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“Nossa cultura nos trouxe até aqui” A escolha da Odebrecht como a empresa de controle familiar do ano, em âmbito mundial, é uma conquista de todos os seus integrantes. Promovido desde 1996 pelo IMD – International Institute for Management Development, da Suíça, o prêmio, que segue rigorosos critérios de avaliação e decisão, é disputado pelas principais empresas de controle familiar de todo o mundo. “Foi a nossa cultura que nos trouxe até aqui”, disse Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., ao receber o prêmio nos Estados Unidos. Ele se referia à cultura empresarial que se materializa na disciplina com que os valores e princípios trazidos pela família Odebrecht são praticados por todos os integrantes da Organização. Uma prática que só pode ser exercida porque há em cada um deles a convicção da essencialidade do espírito de servir. É possível perceber a prática da cultura Odebrecht em qualquer uma das realizações da Organização, algumas delas retratadas nesta edição de

Odebrecht Informa. Nas obras do Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, país no qual a Odebrecht atua há exatos 20 anos. Na construção do trem elétrico de Lima, capital do Peru, onde a Organização deu início à sua atuação internacional, em 1979. No Polo Petroquímico de Triunfo (RS), onde a Braskem acaba de inaugurar sua planta de eteno verde, projeto inovador em nível mundial. Nos diversos ambientes em que trabalham, os integrantes da Odebrecht têm razão para comemorar o prêmio. Os analistas do IMD mergulharam na Organização e perceberam que as pessoas que dela fazem parte se sentem em casa em seu local de trabalho. Mais do que isso, se sentem parte de uma grande comunidade referenciada por uma cultura compreendida, assumida e praticada por todos os que a integram. O prêmio outorgado pelo IMD é a confirmação desse sentimento construído e reafirmado dia após dia.


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peru

Lá vem o trem

Projeto aguardado com grande expectativa pela população, trem elétrico contribuirá para a solução dos problemas de tráfego na região metropolitana de Lima texto Karolina Gutiez / fotos Américo Vermelho

Viaduto que faz parte do projeto do trem elétrico: serviços sem interdição do tráfego

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Com mais de 8 milhões de habitantes, Lima não tem um sistema de transporte de massa estruturado. Para se locomover, quem vive na cidade conta apenas com microônibus particulares, sem frequência e segurança. Por isso, é motivado a ter veículo próprio, o que contribui para o tráfego caótico que se enfrenta em toda a capital peruana. O emaranhado de carros que trafega nas ruas, contudo, está com os dias contados, pois o metrô, ou trem elétrico, como é conhecido no Peru, está chegando, finalmente, a Lima. O projeto é antigo, desenvolvido durante o primeiro mandato do Presidente Alan García (1985-1990). Saiu do papel, mas teve apenas sete estações, construídas àquela época e distribuídas em 10 km. Pouco para uma cidade que precisa de 200 km. Quando assumiu novamente a presidência, 16 anos depois, Alan García retomou o desafio de levar o transporte rápido à cidade e foi aberta uma concorrência, a maior em curso no Peru e na qual 10 empresas participaram. O Consórcio Trem Elétrico Lima, formado por Odebrecht Perú Ingeniería y Construcción (67%) e a empresa peruana Graña y Montero (33%), teve as melhores notas técnica e econômica e venceu a concorrência. O primeiro contrato da Odebrecht em Lima, no valor de US$ 410 milhões, foi assinado em dezembro de 2009, com um prazo de execução de 18 meses. “A população anseia muito pela conclusão dos trabalhos, mas não acreditava que teriam fim. Afinal, conviveu por 20 anos com uma obra inacabada”, diz Carlos

Trabalho noturno em Lima: ritmo acelerado na obra para melhorar a vida dos moradores da capital peruana

Todas as nove estações construídas na primeira etapa do projeto terão elevadores para garantir a acessibilidade de deficientes físicos e elementos táteis para os deficientes visuais. As sete estações antigas serão modernizadas e também garantirão a acessibilidade. Nostre, Diretor do Contrato. Além da descrença, pesava contra o projeto, que passa por nove distritos (municípios), sua localização em zonas da capital densamente povoadas. “Antes do Peru, trabalhei em Angola, também em área urbana, e aprendi que nesses casos, sem o apoio da comunidade, o avanço do nosso trabalho fica comprometido”, avalia Nostre. Duas gerências foram criadas antes do início das obras. Uma delas, a de Comunicação (a outra, a de Interferências). A imprensa foi reunida e informada sobre as etapas do projeto, sem que escavadeira alguma tivesse sido

ainda ligada. Representantes das nove municipalidades impactadas pelo projeto também foram procurados e municiados de dados sobre o metrô. Da mesma forma, a população foi convidada a visitar instalações, tirar dúvidas e, assim, ampliar seu conhecimento sobre o trem elétrico. Tem à sua disposição uma página na internet, central de atendimento telefônico e dois centros de informação. Cada queixa é respondida pessoalmente, com visita de um profissional à casa do reclamante. Nenhuma via é interditada sem que os transeuntes sejam avisados com bastante antecedência. O comerciante César Escudero Cuevas e o filho, também César, são proprietários de um pequeno mercado, o San Borja, no qual mantêm o La Paila Marina. Especializado em pescados e mariscos, o restaurante serve um saboroso ceviche, bem tradicional, à base de peixe, ají, como é chamada a pimenta no Peru, e limão. Fica na Avenida Aviación, em frente a

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um dos trechos da obra. A qualidade das receitas, no entanto, não foi suficiente para manter a clientela quando o movimento das máquinas começou. “Estávamos habituados a receber de 80 a 100 pessoas para o almoço. Na primeira semana de trabalhos, servimos quatro refeições por dia.” Equipe responsável e comerciantes dialogaram e as necessidades de todos foram atendidas. Por exemplo, a garantia de tráfego na pista em frente aos estabelecimentos. “O movimento voltou ao normal e, com a conclusão da obra, temos a expectativa de que o comércio se desenvolva ainda mais. Além disso, nossos empregados vão chegar com mais rapidez ao trabalho. Hoje levam uma hora e meia de casa até o mercado, percurso que farão em 20 minutos com o metrô”, contabiliza César filho. Eles farão parte dos 240 mil beneficiados diariamente. Planejamento e transparência, aliados à metodologia adotada no projeto, têm permitido que uma obra que em geral é executada em três anos seja feita em metade do tempo. Enquanto o trecho construído há duas décadas teve a concretagem realizada totalmente in loco, a continuação da linha 1, que terá 11 km de viadutos no meio da cidade e nove estações, mudou o partido estrutural e adotou a solução de préfabricados em 90% da obra, método inédito no Peru. Os 10% restantes correspondem a trechos em curva ou cruzamentos especiais, que, por limitações técnicas, não podem ser construídos com a metodologia de pré-fabricados. Utiliza-se, então, a betonagem in loco.

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Os pré-moldados são produzidos em uma área de 70 mil m², em Lima, próxima à obra, 24 horas por dia. Das 1.870 vigas necessárias, quase 1.200 já foram fabricadas. Cada viga mede de 30 a 42 m, com peso de até 90 t. Entre os outros pré-moldados, o avanço também é rápido e sempre há material em estoque, o que permitiu que 70% das obras civis, iniciadas em março, já estejam concluídas. “Viadutos que passam sobre a cidade, sem interditar o tráfego”, destaca o Ministro dos Transportes e Comunicações, Enrique Cornejo Ramirez. “Graças ao sistema de pré-fabricados, a obra tem evoluído rapidamente, sem afetar a população e, com isso, a percepção é de que se faz uma obra de enge-

Mais de 1.500 árvores foram retiradas do canteiro central por onde passa o viaduto. Pela legislação, a cada árvore retirada, 10 devem ser plantadas. Três meses antes do início das obras, 15 mil mudas de árvores já haviam sido plantadas.

nharia complexa, com seriedade e rapidez, na qual todos os envolvidos interagem para superar os desafios que surgem ao longo do caminho.” A experiência contribuirá para a estratégia de transporte de massa de Lima, que prevê a licitação em breve da segunda fase desta linha 1, bem como a concessão desta primeira fase. Na sequência, virão outros tramos, parte de um sistema metroviário de 200 km. “A obra do trem elétrico traz características técnicas que serão referência para outros projetos a serem realizados no Peru e no exterior”, acredita Enrique. Nesse contexto, a Odebrecht tem a intenção de atuar no mercado metroviário peruano como investidora. “Essa obra cria as condições para isso”, afirma Carlos Nostre. “Apesar de nossos 31 anos de atuação no Peru, nunca havíamos executado um projeto na capital. As obras do trem elétrico e do molhe sul do Porto de Callao, na região metropolitana de Lima, trouxeram para a Odebrecht, finalmente, a visibilidade que merecemos ter no mercado nacional, pois são vitrines, são projetos que interferem na vida das pessoas e que solucionam seus problemas”, afirma Jorge Barata, DiretorSuperintendente da Odebrecht Perú. “O crescimento do país, superior a 6,5% ao ano nos últimos 10 anos, e o aumento do nível de investimentos de 2% para 6% nos permitem sonhar, pois há condições de a Odebrecht contribuir para superar o déficit de infraestrutura do Peru”, completa Jorge Barata.


Terminal de contêineres em Callao: tecnologia de ponta para operações portuárias

Porto seguro no Pacífico Sul “A economia do Peru se baseia na exportação, sobretudo de minerais e produtos têxteis. O Porto de Callao, o primeiro do país, estava na 125ª posição entre os portos do mundo. Sua tecnologia era obsoleta, de mais de 40 anos, o que encarecia o custo dos exportadores”, conta Jorge Barata, DiretorSuperintendente da Odebrecht Perú. Essas foram as condições encontradas pelo consórcio CDB Callao (liderado pela Odebrecht e formado pelas empresas Saipem, ítalo-francesa, e Jan De Nul, belga) quando contratado pela Dubai Ports World (DP World), a terceira maior operadora de portos do mundo, para construir o molhe sul do Porto de Callao, nas imediações de Lima. Dois anos depois de o consórcio receber o desafio, a DP World Callao, que tem a concessão do porto por 30 anos, inaugurou, no dia 30 de setembro, o que passou a ser considerado o principal porto

do Pacífico Sul. A operação, graças ao planejamento rigoroso da obra, havia começado em maio. Com a ampliação e revitalização do terminal de contêineres (são 650 m de molhe), o porto passou a ter a infraestrutura necessária para acomodar navios Super Post Panamax, com capacidade de até 8 mil TEU´s (Twenty-foot Equivalent Unit, que corresponde a um contêiner de 20 pés). Conta com tecnologia de ponta para o manejo de operações portuárias e com os sistemas de segurança mais avançados da indústria, o que lhe garantirá uma combinação única de certificados na área. Esses sistemas de segurança foram compartilhados pelo Consórcio CDB Callao na construção do molhe e permitiram a conclusão do projeto, no qual atuaram mais de 1.200 trabalhadores, com a marca de 4,6 milhões de homens-horas trabalhadas sem acidentes com afastamento.

Segundo Javier Lecaros de Cossio, Engenheiro de Projeto da DP World, o principal destaque do porto é sua posição geográfica. “Callao é muito importante pela sua localização. Estamos no centro da América do Sul. Os navios que atravessam o Canal do Panamá podem abarcar aqui.” Para se tornar o porto mais importante da América do Sul, Callao precisa de mais um molhe, o norte, e o de minerais. São dois projetos em licitação e com início das obras previsto para o ano de 2011. “A Odebrecht tem excelentes expectativas na área marítima no Peru, pois construímos os três maiores portos do país: Bayovar, Callao e Melchorita. Com isso, formamos profissionais e temos capacidade logística instalada, o que nos torna a primeira opção para os novos investimentos previstos para o setor”, garante Rodney Carvalho, arquiteto, Diretor do Contrato.

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saneamento

Uma questão primordial Projetos em Pernambuco e no Rio Grande do Norte são exemplos dos esforços voltados para a melhoria do saneamento básico no Brasil texto Rodrigo Villar / fotos Élvio Luiz Um dos oito objetivos do milênio estabelecidos pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é reduzir pela metade, até 2015, a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável segura e esgotamento sanitário. Mesmo havendo muito o que fazer, evidenciam-se esforços cada vez mais expressivos de governos, organizações do terceiro setor e empresas privadas para

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a melhoria do saneamento básico. No Nordeste do Brasil, dois projetos em fase de conclusão são exemplo disso. Concebido para atender a região metropolitana de Recife, o Sistema Produtor Pirapama, uma iniciativa da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), aumentará em cerca de 50% o abastecimento de água, beneficiando diretamente 3,5 milhões de pessoas. Executada

pelo Consórcio Pirapama (Odebrecht Infraestrutura, Queiroz Galvão e OAS), é a maior obra hídrica do país na atualidade e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal. ”O novo sistema representa o fim dos racionamentos de água na Grande Recife. Os pernambucanos esperavam por isso há mais de 20 anos. Estamos muito orgulhosos de participar deste projeto”,


Pernambuco

rio grande do norte

Sistema Pirapama (nesta página e na outra): benefício direto para 3,5 milhões de pessoas

afirma Fernando Lobo, Diretor de Engenharia e Meio Ambiente da Compesa. A obra foi iniciada em 2008 e interligará os dois elos extremos da cadeia de produção de água potável na região: a Barragem do Pirapama e o Sistema Gurjaú, fazendo também a conexão com os aneis de distribuição da Grande Recife. O custo total é de R$ 550 milhões, financiados pelo Ministério da Integração Nacional, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Governo do Estado de Pernambuco.

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Os engenheiros Jorge Negretto e Marcelo Araújo, da Odebrecht, e a ETE do Baldo: tratamento de alta eficiência sem adição de produtos químicos

A ETE receberá os esgotos coletados em 21 bairros de Natal, beneficiando 350 mil pessoas e contribuindo para a despoluição do rio Potengi. Quando o Sistema estiver concluído, o abastecimento de água da região metropolitana de Recife chegará a 5,1 mil l/s de água. As duas primeiras etapas, com capacidade para tratar e distribuir 2,5 mil litros, foram entregues em junho e outubro. A conclusão da terceira e última etapa será no início de 2011.

Natal Outra iniciativa de destaque entre os projetos de saneamento básico em curso no país é a construção da Estação de Tratamento de Esgotos Dom Nivaldo Monte (ETE do Baldo), localizada no centro de Natal. Iniciativa da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), a ETE é executada pela Odebrecht Infraestrutura e receberá os esgotos coletados em 21 bairros da capital, beneficiando 350 mil pessoas e contribuindo para a despoluição do rio Potengi.

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O Governo do Rio Grande do Norte investiu R$ 84 milhões no projeto. Desse total, mais de R$ 30 milhões foram aplicados em equipamentos que terão capacidade para realizar o tratamento terciário de 450 l/s de esgotos. “O Governo do Estado está utilizando tecnologia de ponta. Toda a operação da ETE será automatizada, com

desinfecção por raios ultravioleta, garantindo tratamento de alta eficiência sem adição de produtos químicos”, explica Iberê Ferreira de Souza, Governador do Rio Grande do Norte. “Entregar a ETE do Baldo funcionando ainda em 2010 é a concretização de um compromisso que nós assumimos com a população do nosso estado.”


imobiliário

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Um conceito que decolou O Hangar, empreendimento imobiliário lançado em Salvador, privilegia a convivência entre seus usuários e a integração das empresas ali instaladas texto Leonardo Mourão

acervo odebrecht

Em julho deste ano, a Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) lançou o Hangar, um empreendimento formado, em sua primeira fase, por quatro torres empresariais e dois hotéis, na primeira rótula de acesso ao Aeroporto Internacional de Salvador. Em apenas três meses, 95% das vendas foram concluídas, incluindo-se aí as duas torres hoteleiras. “Foi um sucesso tremendo”, diz Djean Cruz, Diretor Regional de Incorporações Nordeste da OR. “Salvador estava precisando de um empreendimento desse porte e com essa configuração inovadora.” O Hangar é o primeiro lançamento na cidade a usar o conceito de Business Park, no qual o projeto arquitetônico e o de engenharia privilegiam a convivência entre seus usuários e a integração das empresas que formam o condomínio.

As torres empresariais que serão construídas no terreno de 28 mil m², situado na Avenida Paralela, reunirão escritórios, consultórios, lojas, bancos e restaurantes, paisagismo exuberante, pista de corrida, academia de ginástica e praça de convivência. Nessas torres, que terão sete ou oito andares, serão oferecidas unidades com áreas entre 33 m² e 845 m². “As pessoas que trabalharem ou circularem no Hangar terão diversos serviços disponíveis, mas sobretudo terão vida”, afirma Djean Cruz. “Esse foi o nosso briefing para Antônio Caramelo, o autor do projeto arquitetônico. Salvador é uma cidade cheia de sol, de vida; não é um lugar para se ficar em uma torre compacta, fechada.” Ligado à Avenida Paralela, o Hangar estará em uma das principais vias de acesso a Salvador, Lauro de Freitas e

Camaçari. Os dois hotéis, já vendidos, terão as bandeiras Novotel e Íbis, somando 467 apartamentos. A localização do empreendimento também trará mais conforto para uma grande parcela da população da cidade, de alto poder aquisitivo, que reside em Piatã, Itapoã, Patamares, Vilas do Atlântico e Lauro de Freitas. Serviços médicos, dentários, escritórios de advocacia e outros estarão a poucos minutos de distância. “Fizemos uma pesquisa que mostrou que um grande número de profissionais liberais está disposto a se instalar no Hangar”, informa Djean Cruz. O empreendimento tem um Valor Geral de Vendas estimado em R$ 400 milhões, e deverá ter sua primeira fase – as quatro torres comerciais e os dois hotéis – concluída em 2013. As outras três torres serão entregues em 2014. Ilustração do Hangar: projeto imobiliário com configuração inovadora

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logística

Como um só time Em Camaçari, a Cromex, líder no mercado brasileiro de masterbatches, torna-se a primeira parceira a aderir ao novo sistema de logística da Braskem texto Eliana Simonetti / fotos Beg Figueiredo Líder no mercado brasileiro de concentrados de cor (masterbatches) para a indústria do plástico, com 35 anos de existência, a Cromex exporta seus produtos para mais de 60 países. Tem investido de forma consistente na ampliação e modernização de suas unidades da Bahia e de São Paulo para elevar sua competitividade e atender melhor os clientes. Em outubro, depois de adaptar máquinas extrusoras, sua planta na Bahia começou a receber resina diretamente de seus sete silos (três deles inaugurados recentemente), supridos em sistema just in time pela Braskem, que entrega a matériaprima em caminhões, a granel. A Cromex se tornou, assim, a primeira das quatro parceiras da Braskem no Polo de Camaçari (BA) a aderir ao novo sistema de logística da empresa da Organização Odebrecht. “Braskem e Cromex trabalham de forma alinhada em busca da eficiência”, explica Marco Antonio Quirino, Diretor de Negócio Polietileno da Braskem. Em síntese, o sistema – rápido, simplificado e confiável – funciona assim: na Braskem, o material é estocado em contêineres com capacidade para 30 t, forrados com uma espécie de capa protetora (liner), que, empilhados em área reduzida, aguardam o pedido eletrônico, com a data da entrega ao cliente. Os contêineres saem então sobre caminhões basculantes dotados de motor que injeta o produto diretamente nos silos, por sua vez conectados à linha de produção. “Estamos alterando uma prática mantida no Brasil. Eliminamos os custos e desperdícios do

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Caminhão com resina fabricada pela Braskem chega à Cromex e descarrega o produto, que vai para a área de estocagem. Na página ao lado, Sérgio Wajsbrot, Presidente da Cromex: aumento de produtividade


Balanço de benfeitorias Melhoramentos e aportes resultantes do projeto de abastecimento a granel implantado em quatro clientes da Braskem em Camaçari, com parceria da empresa Wilson, Sons, operadora logística: • 8 silos estacionários • 5 sistemas de descarga de contêineres • 134 contêineres especiais (volume 4.181 t) • 1 transtêiner e trilho • pátio de contêineres na planta PE3, com adequações para carregamento • 8 carretas basculantes especiais.

ensacamento, da armazenagem em grandes áreas, do retrabalho, e também os riscos em todo o processo”, diz Gustavo Prisco, Responsável por Planejamento e Contratações da área de Logística de Polímeros da Braskem. A Cromex se beneficia com o processo. “A proximidade da planta da Braskem nos propicia agilidade, resultando em menores estoques e na resolução imediata de problemas. O projeto de logística a granel ainda proporciona redução do custo de embalagens e manuseios de fábrica”, salienta Sérgio Wajsbrot, Presidente da Cromex. “Temos grande sinergia com a Braskem e trabalhamos intensamente para o aumento da competitividade nos mercados interno e externo”, acrescenta. A Cromex tem capacidade produtiva de 100 mil t de masterbatches por ano, com um portfólio de mais de 13 mil cores. Mantém um laboratório de pesquisas que desenvolve, em média, 200 novas cores ao mês para diferentes tipos de resina – utilizados em produtos como embalagens, cosméticos e brinquedos, além de peças para a construção civil, o setor automobilístico e o agronegócio. É uma empresa de padrão internacional, preocupada com a preservação ambiental, a qualidade do ambiente de trabalho de seus integrantes e a qualidade de seus produtos – e premiada nesses quesitos. Entre outras, tem certificação ISO 9001 e ISO 14001. “A parceria com a Braskem reforça a posição da companhia como inovadora e empreendedora”, diz Wajsbrot, cujos planos podem ser resumidos numa palavra: crescer.

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petroquímica

"Eu sou verde"

Inaugurada em Triunfo a maior unidade industrial de eteno derivado de etanol do planeta texto Thereza Martins / fotos Mathias Craemer Eram 2h12 da madrugada de 3 de setembro quando foi dada partida à operação da unidade de eteno verde da Braskem no Polo Petroquímico de Triunfo (RS). Naquele momento, cerca de 60 integrantes das equipes de operação e apoio estavam no local. A expectativa era imensa. O que aconteceu depois, dificilmente será esquecido por quem viveu aquela experiência. “Estávamos apreensivos, o coração batia mais forte. Em seguida, houve uma explosão de alegria, abraços e lágrimas”, descreve Guilherme Guaragna, Diretor de Empreendimentos da Braskem, responsável pelo projeto no Rio Grande do Sul. “A motivação e a integração acompanharam a equipe durante todo o projeto e quando foi dada partida à planta o nosso sentimento era de realização por termos participado de um empreendimento pioneiro para a Braskem, para o Brasil e para a indústria petroquímica mundial.” A inauguração oficial da unidade foi em 24 de setembro, com a presença do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de Emílio Odebrecht, Presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., Bernardo Gradin, Líder Empresarial da Braskem, ministros, diretores da Petrobras, representantes dos trabalhadores e dos moradores de Triunfo. O Presidente Lula recebeu um capacete de proteção individual feito com o

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primeiro lote de polietileno produzido a partir do eteno derivado de canade-açúcar. O capacete simboliza os 580 dias de trabalho na construção da planta de Triunfo sem acidentes com afastamento. “Para nós, essa marca é motivo de grande orgulho”, comemora Manoel Carnauba, Vice-Presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos. “É mais uma demonstração, entre tantas que já tivemos, de que a segurança no trabalho faz parte da nossa cultura corporativa.” Além desse, outros motivos de orgulho não faltaram. Carnauba cita o prazo desafiador para conclusão da obra – 16 meses, a partir de abril de 2009 – e o pioneirismo do projeto da maior unidade industrial de eteno derivado de etanol do planeta, que permitirá a produção de 200 mil t/ano de polietileno verde. Outro destaque é o fato de a nova unidade industrial ter sido construída com base em tecnologia desenvolvida no Brasil e, também, de ter possibilitado a formação de 283 jovens aprendizes, por meio do Programa de Qualificação Profissional Continuada – Acreditar (em parceria com o Senai). Foram ministrados oito cursos de formação, para eletricistas, soldadores, montadores, encanadores e carpinteiros. O aproveitamento direto na obra foi de 178 jovens do grupo. Com o início das operações, a Braskem passa a fornecer ao mundo resina de origem renovável e avan-


A nova planta da Braskem (na outra página) e um momento da cerimônia de inauguração em Triunfo: a partir da esquerda, Pedro Francisco Tavares, Prefeito da cidade gaúcha, Bernardo Gradin, Emílio Odebrecht, o Presidente Lula, Márcio Zimmermann, Ministro das Minas e Energia, e Marcelo Odebrecht

ça em sua estratégia para 2020, de tornar-se líder mundial da química sustentável. No quesito da sustentabilidade, o balanço ambiental indica que a rota escolhida é o caminho do futuro: 1 kg de polietileno verde elimina de 2 kg a 2,5 kg de CO2 da atmosfera, desde a origem da matéria-prima nos canaviais até a produção do polietileno. A cana-de-açúcar não é a única matéria-prima renovável utilizada mundialmente para a produção de biopolímeros (há também o milho e a beterraba), mas é a mais competitiva e eficiente em termos de aproveitamento energético, além de ser a única que, uma vez transformada em etanol, depois eteno e polietileno, conserva exatamente as mesmas características do polietileno de origem fóssil. Essa é uma grande vantagem para os clientes da Braskem. Os mesmos equipamentos que processam o polietileno convencional transformam o de origem renovável (polietileno verde) em plástico, sem necessidade de adaptações. Essa característica encorajou ainda mais os clientes que já enxergavam no apelo verde um bom motivo para trabalhar com a nova resina termoplástica. A Braskem já registrou demanda para três vezes a capacidade da planta. No momento, porém, optou por vender até 80% da produção e estuda a possibilidade de ampliação de sua capacidade no Rio Grande do Sul ou em outro estado onde exista a pos-

sibilidade de integração da fábrica de eteno à de polietileno, com ganhos na cadeia produtiva. O sonho para o futuro é produzir também polipropileno verde e outros produtos a partir de fontes renováveis.

Clientes em todo o mundo O processo que culminou com a inauguração da planta de eteno verde em Triunfo e a produção de polietileno de origem renovável foi uma experiência valiosa para os profissionais que dele participaram. Marcelo Nunes, Diretor de Biopolímeros, diz que o ritmo de viagens internacionais dos integrantes da área comercial aumentou em função dos contatos com clientes para apresentação da nova resina. “Desde o início do projeto trabalhamos lado a lado com nossos clientes, testando o produto e demonstrando suas qualidades”, relata. Marcelo conta que a Braskem abraçou o projeto do polietileno verde para atender à demanda da Toyota Tsusho, trading company do grupo Toyota. Hoje, a Toyota Tsusho é o distribuidor de polietileno verde na Ásia, para onde serão destinados 25% da produção. Nos outros continentes, a comercialização da resina será de responsabilidade direta da Braskem. Além do volume destinado ao continente asiático, metade da produção irá para a Europa, 15% para os Estados Unidos e o restante para Brasil e países da

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Todos em busca do mesmo objetivo O projeto de engenharia e construção da planta de eteno verde, em Triunfo, foi desenvolvido em parceria entre Braskem, Odebrecht Engenharia Industrial e Genpro, responsável pela engenharia de detalhamento, de acordo com o modelo de contrato de Aliança. José Carlos Aversa, Diretor de Contrato da Odebrecht, esclarece que, na modalidade de Aliança, as negociações entre os parceiros terminam com a assinatura do contrato. “A partir desse momento, o grupo passa a ser um único time, atuando com o objetivo comum de cumprir prazo, preço e qualidade do início da obra à partida da planta.” Além das obras de engenharia, a Odebrecht foi responsável pelo procurement (suprimento) do projeto. Participaram da obra, no pico dos trabalhos, 2.200 pessoas.

América Latina. Na carteira de clientes com contrato de fornecimento assinado estão Johnson & Johnson, Natura, Procter & Gamble, Tetra Pak, Estrela, Petropack e Acinplas, entre outros. O polietileno verde será utilizado na produção de embalagens de protetores solares, cosméticos, cremes, produtos alimentícios e em outras diversas aplicações. A Braskem tem sido consultada sobre a possibilidade de apoiar projetos semelhantes ao do polietileno verde em países europeus.

Ciência, tecnologia e inovação O projeto de polietileno verde é a síntese e o fruto de investimentos da ordem de R$ 500 milhões em inovação, ciência, tecnologia, treinamento, obras de engenharia e compra de equipamentos. Nessa história, a atenção dada à inovação, ciência e tecnologia é um capítulo à parte. A Braskem conta com cerca de 300 integrantes em seus centros de tecnologia e seus 18 laboratórios em São Paulo e Rio Grande do Sul. São doutores, mestres, profissionais graduados e técnicos. Além dessa equipe própria, a empresa mantém convênios e parcerias com institutos de pesquisa no Brasil e exterior. Pelo menos duas das parcerias no Brasil estão focadas em biopolíme-

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ros. Uma delas com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), iniciada há cerca de três anos. Nos laboratórios do Departamento de Genética da Universidade, um grupo de engenheiros da Braskem trabalha lado a lado com pesquisadores universitários, seguindo a rota química que utiliza matérias-primas de fontes renováveis. O mais recente convênio foi assinado no início de setembro, com o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, para instalação de um núcleo de pesquisas da Braskem, com foco em biopolímeros. A empresa poderá utilizar equipamentos de ponta e estará em contato diário com profissionais de diferentes áreas do conhecimento, beneficiando sua capacitação e o desenvolvimento da competência interna da companhia. O LNBio está ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. “Apenas empresas inovadoras acreditam e investem em ciência e tecnologia como um diferencial competitivo para o futuro”, afirma Kleber Franchini, diretor do LNBio. Para o geneticista Gonçalo Guimarães Pereira, da Unicamp, “é preciso ter visão de longo prazo e acreditar nas pessoas para fazer investimentos de risco na pesquisa científica”.

Outro parceiro de ponta da Braskem é a Novozymes, empresa dinamarquesa líder mundial na produção de enzimas industriais. Em dezembro de 2009 as duas empresas assinaram contrato para o desenvolvimento de polipropileno a partir de cana-de-açúcar. Os primeiros resultados são esperados no prazo mínimo de cinco anos. Enquanto aguarda o desenvolvimento dessa rota, a Braskem investirá US$ 100 milhões para construir uma planta de propeno verde em local ainda a ser definido, com capacidade mínima de 30 mil t/ano, para começar a produzir polipropileno verde em 2013, utulizando outra tecnologia já dominada pela empresa. A Vice-Presidência de Tecnologia da Braskem está definindo um plano de investimentos que deverá estar pronto até o fim do ano, alinhado à Visão 2020 da empresa de ser “a líder global da química sustentável, inovando para melhor servir as pessoas”. O Líder Empresarial Bernardo Gradin tem reafirmado que a Braskem deverá ser a empresa industrial privada brasileira com maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento até 2015, dobrando o número de pesquisadores e técnicos dedicados à inovação, dos atuais 300 para mais de 600 pessoas.


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teo

Com os ajustes do tempo Lançada a segunda edição, ampliada e revista, do livro Educação pelo Trabalho, de autoria do fundador Norberto Odebrecht Está disponível a segunda edição – ampliada e revista – do livro Educação pelo Trabalho, de autoria de Norberto Odebrecht, Presidente de Honra da Odebrecht S.A. e do Conselho de Curadores da Fundação Odebrecht. A primeira edição foi lançada em 1991. O título foi escolhido para valorizar o compromisso dos líderes da Organização Odebrecht com a transmissão dos conceitos e critérios da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO) às sucessivas Gerações de EmpresáriosParceiros da Organização. Por meio desse livro, consolidouse a Consciência, já semeada nas obras anteriores do Fundador Norberto Odebrecht (Pontos de Referência, De Que Necessitamos?, Influenciar e Ser Influenciado e Sobreviver, Crescer e Perpetuar), de que a Odebrecht deve atuar como uma Organização de Seres Humanos de Conhecimento, cujo Desenvolvimento precisa ser promovido por meio da prática da Pedagogia da Presença. “O livro Educação pelo Trabalho é o que melhor comunica os ensinamentos do Autor”, afirma Marcelo Odebrecht, DiretorPresidente da Odebrecht S.A. A nova edição chega aos Integrantes e a todos aqueles que darão continuidade à Missão das Gerações precedentes, produzindo novas e

holanda cavalcanti

texto Vivian Barbosa

Valor da publicação: R$ 100,00 Para adquirir: www.fundacaoodebrecht.org.br/programas Mais informações: +55 71 3206-1244 [ com Rafaela Brandão ] melhores riquezas, promovendo o bem-estar das Comunidades onde atuam e visando, sobretudo, ao Desenvolvimento com Sustentabilidade. A Fundação Odebrecht é a instituição responsável pela venda dos livros sobre a TEO. Para adquiri-

los, os interessados devem acessar o endereço www.fundacaoodebrecht.org.br/programas. Os direitos autorais e toda a receita obtida são destinados às ações fomentadas na região do Baixo Sul da Bahia, contribuindo para a Inclusão Social de famílias da zona rural.

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reconhecimento

Crenças compartilhadas Prêmio do IMD é resultado do trabalho e das convicções de cada um dos integrantes da Organização Odebrecht Um clima de grande expectativa estava instalado no salão de eventos do The Palmer House Hotel, em Chicago, Estados Unidos, na noite de 2 de outubro, durante a 21ª Reunião Anual da Family Business Network, a principal rede mundial de empresas pertencentes a famílias. Ali seria anunciado, em instantes, o vencedor, em 2010, do prêmio de empresa de controle familiar do ano. A Odebrecht era uma das quatro finalistas, entre as 65 que concorreram. Marcelo Odebrecht, Diretor Presidente da Odebrecht S.A., estava presente, acompanhado de Iolanda Peltier e Cristovam Leal Dantas, representantes da família Odebrecht, e do executivo Manoel Carnauba, Vice-Presidente de Petroquímicos Básicos da Braskem. Quando Dominique Turpin, presidente do IMD, anunciou que a Odebrecht era a vencedora, uma alegria especial tomou conta dos membros da pequena comitiva da Odebrecht e de cerca de outros 50 brasileiros e latino-americanos presentes entre os 600 convidados. Havia razões para isso. Criado em 1996, marcado por severos requisitos e condições para os concor-

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rentes, o prêmio é cobiçado anualmente por empresas que tenham atuação global, receita anual maior que US$ 500 milhões e estejam sob o controle da família há pelo menos três gerações. Seu promotor é o prestigiado IMD – International Institute for Management Development, da Suíça, em associação com o banco Lombard Odier e a Chopard, fabricante de jóias e relógios. Ao receber o troféu, Marcelo apresentou a principal razão da conquista da Odebrecht: “Foi a nossa cultura que nos trouxe até aqui. Essa cultura, essência do modo de ser de nossa Organização, é o resultado da junção dos conceitos filosóficos de seu fundador, meu avô, Norberto Odebrecht, e de nossa história, construída por ações e fatos dos homens e mulheres que aprenderam a compartilhar os mesmos valores”.

Valorização na crise de 2008 As empresas de controle familiar são aquelas em que uma família é detentora da maioria acionária, mas a condução dos negócios é feita por executivos profissionais. Em geral,

roberto rosa

texto José Enrique Barreiro

essas empresas possuem valores próprios, oriundos da família controladora. “Nós, da Odebrecht, tivemos a sorte de ter um fundador e uma família com fortes valores humanísticos, que cuidaram de sistematizá-los, e que os transmitem incansavelmente para toda a Organização”, diz André Amaro, Responsável por Planejamento e Desenvolvimento na Odebrecht S.A.,


Norberto Odebrecht entre seu filho Emílio e o neto Marcelo e com a imagem do pai, o pioneiro Emílio Odebrecht, ao fundo: tradição de cultivo de valores humanísticos

que ao longo de quatro meses coordenou o cumprimento de todas as etapas exigidas pelos organizadores do prêmio. Em 2008, grandes empresas mundiais de controle pulverizado, direcionadas por uma agenda de curto prazo e voltadas para resultados imediatos, entraram em colapso e provocaram uma crise mundial. Naquele momento, as empre-

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"A cultura criada por Norberto Odebrecht, por meio da TEO, permite que todos os integrantes da Organização se sintam parte de uma grande família, unida por princípios e objetivos comuns. O reconhecimento como a melhor empresa familiar do mundo é uma conquista construída sobre esses fundamentos que muito nos orgulha, mas também aumenta nossa responsabilidade com as futuras gerações de 'odebrechtianos'!" Benedicto Barbosa da Silva Junior, Líder Empresarial da Odebrecht Infraestrutura

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Glenn Kaupert

A partir da esquerda, Christophe Hentsch, Sócio-Gerente do Lombard Odier; Manoel Carnauba; Cristovam Leal Dantas; Iolanda Peltier; Marcelo Odebrecht; Karl-Friedrich Scheufele, co-Presidente da Chopard, e Dominique Turpin no evento em Chicago: prêmio para uma cultura empresarial

sas de controle familiar ganharam nova notoriedade. “O mundo passou a olhar com mais atenção para elas, que não eram tão atraentes até então porque nunca abriam mão da solidez de seus fundamentos e trabalhavam com uma agenda sustentável de longo prazo”, explica Amaro. Agenda de longo prazo é um dos principais atributos que o IMD busca identificar entre as empresas concorrentes ao prêmio. Seus parceiros são exemplos nessa matéria: o banco Lombard Odier existe desde 1796 e a Chopard foi fundada em 1860. Em comparação com eles, a história da Odebrecht, de “apenas” 66 anos, é curta. Mas significativa, como comprovou a equipe do IMD – liderada pelo professor Benoît Leleux e pela pesquisadora Anne-

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"Ter estado presente no evento de premiação representou uma emoção indescritível para mim, de especial significado para meus 29 anos na Organização, nesta grande família Odebrecht. A emoção foi mais forte quando, após o anúncio do vencedor, fomos entusiasticamente aclamados, em especial pelos 50 brasileiros presentes, representantes de famílias empresárias de nosso país." Manoel Carnauba, Vice-Presidente de Petroquímicos Básicos da Braskem

Catrin Glemser –, que durante quatro meses avaliou a Organização. “Procuramos identificar a excelência das empresas em três dimensões: valores familiares, valores do negócio e sustentabilidade”, revela Leleux.

Brilho nos olhos As empresas concorrentes ao prêmio, indicadas por especialistas e acadêmicos de todo o mundo, são avaliadas exaustivamente. No caso da Odebrecht, a avaliação começou em maio, quando André Amaro foi informado de que a Odebrecht era uma das concorrentes. Logo começou a ser enviado para o IMD, na Suíça, um vasto conjunto de documentos, nos quais eram apresentadas a história da família Odebrecht no Brasil, desde a chegada dos


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"A Odebrecht é a única empresa em que trabalhei. Ingressei na Organização como estagiário em 1977. Ao longo desses anos, desenvolvi minha carreira profissional em ambiente regido por princípios e valores explícitos de uma cultura empresarial, acreditando e descobrindo, a cada passo, que a Valorização das Pessoas e a Delegação Planejada me fariam um profissional agente do meu próprio destino. O prêmio do IMD é resultado desse ambiente cultural, no qual Líderes Educadores, dentro da Tecnologia Empresarial Odebrecht, transmitem a certeza de que a disciplina, seguida do respeito, gera a confiança nas relações entre as Pessoas, fortalecendo a todos para os crescentes desafios empresariais." Luiz Mameri, Líder Empresarial da Odebrecht América Latina e Angola

acervo odebrecht

pioneiros Emil e Berta Odebrecht ao país, em 1856, até os descendentes atuais, e a história da Organização, de 1944 a 2010. Seguiram também para a Suíça o documento com a Visão 2020 e diversas análises sobre empresas e negócios da Odebrecht. Foram enviados ainda livros escritos por Norberto Odebrecht e publicações institucionais, como relatórios anuais da Odebrecht S.A. e edições especiais da revista Odebrecht Informa. Após a análise desses materiais, e já com a Odebrecht classificada entre os quatro finalistas, começou, em julho, a segunda etapa da avaliação, que constou de uma visita de Benoît Leleux e Anne-Catrin Glemser ao Brasil, durante uma semana, para conhecer in loco a Organização. Eles realizaram entrevistas com Norberto, Emílio e Marcelo Odebrecht e com executivos das empresas sobre assuntos que escolheram: biocombustíveis (com José Carlos Grubisich), polietileno verde (com Manoel Carnauba,

Norberto Odebrecht com Anne-Catrin Glemser e Benoît Leleux: valores familiares, valores do negócio e sustentabilidade

Marcelo Nunes e Alan Hiltner) e hidrelétrica de Santo Antônio (com Gabriel Ybarra). Cibelle Cristina da Silva e Ulla von Czékus, da Odebrecht, que ficaram responsáveis pelo apoio a Leleux e Anne-Catrin no Brasil, acompanharam as entrevistas. Segundo Ulla, com os membros da família Odebrecht eles trataram mais de filosofia e estratégia, e com os executivos, de sustentabilidade e de como os valores transmitidos pela família haviam impactado a vida e o trabalho deles. Ulla e Cibelle prestaram muita atenção às primeiras impressões reveladas por Leleux e Anne-Catrin logo que terminavam as entrevistas. “Eles saíam encantados”, conta Ulla. “Ficaram impressionados, particularmente, com a segurança de Marcelo, a visão de Dr. Emílio e a atualidade do pensamento de Dr. Norberto”, complementa Cibelle, que diz ainda que eles se surpreenderam com o respeito e a admiração dos executivos pela Organização. “Viram que o olho brilhava e sentiram que era verdadeira a simplicidade pessoal e o orgulho de pertencer à Odebrecht.” No documento em que justificou a concessão do prêmio à Odebrecht, intitulado “Sonhando o sonho dos clientes”, o professor Leleux fez uma análise em profundidade da história, dos negócios e da filosofia da Organização. “A Odebrecht se destaca por sua cultura corporativa única, valores e princípios marcantes, expressivo crescimento, inovação e compromisso com responsabilidade social e ambiental”, declarou.

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Uma vitória de todos

Um longo caminho a percorrer Mensagem de Emílio Odebrecht aos integrantes da Organização

A conquista do prêmio de melhor empresa de controle familiar do mundo, em 2010, é de alta relevância para nossa Organização. Significa, entre outras coisas, o reconhecimento de nossos valores, nossos princípios e nossa filosofia empresarial, de sua prática efetiva nos negócios e ambientes em que atuamos e de nossa história de crescimento econômico com responsabilidade social e ambiental. O prêmio não pertence apenas à família Odebrecht. Pertence à Organização Odebrecht, a cada um de seus integrantes. A força da Odebrecht não está na família. Está, repito, nos valores, nos princípios e na filosofia empresarial, que vieram da família, mas que são aceitos, compreendidos e praticados por todos os que integram a Organização. Destaco, em particular, o papel dos Líderes, que ao longo de décadas formaram novos Líderes e souberam transmitir, com base no exemplo pessoal, os valores e princípios que regem nossas práticas. Estamos muitos felizes com esse reconhecimento. Mas, como todos sabem, a permanente insatisfação é uma das características inscritas em nosso DNA. Por isso, precisamos estar atentos, dia e noite, às armadilhas do sucesso. Todo reconhecimento implica aumento de humildade e de responsabilidade. Não podemos nos sentir no topo, mas, sim, em busca de um topo, porque, como costuma dizer meu pai, fundador de nossa Organização, “do topo só há um caminho possível, que é para baixo”. Nós recebemos um reconhecimento mundial de alta significação, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. A Visão 2020 é a referência atual desse caminho. Para alcançá-la, a nova geração de líderes terá que, a exemplo das anteriores, formar continuamente novos Líderes-Educadores. Nestes, está a chave de nosso futuro. Com eles, e só com eles, continuaremos a ser o porto seguro de nossos Clientes e, consequentemente, a manter a nossa Organização no rumo da Sobrevivência, do Crescimento e da Perpetuidade.

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A Odebrecht é a segunda organização latino-americana a conquistar o prêmio. O grupo Votorantim, em 2005, foi a primeira. Em 15 anos, empresas de vários países foram escolhidas, entre as quais a Hermès S.A., da França, os grupos Henkel e Merck, da Alemanha, Barilla, da Itália, Bonnier, da Suécia, e Yazaki, do Japão. Para André Amaro, o prêmio é uma vitória de todos os integrantes da Organização Odebrecht. “O mérito maior dessa conquista é das gerações que nos antecederam. A nossa geração e as que virão em seguida têm o compromisso de preservar a cultura e aprimorar nossa posição de excelência. Esse prêmio é consequência de uma trajetória, mas é, principalmente, um marco para o futuro.” No discurso que fez em Chicago, Marcelo Odebrecht salientou, entre outros pontos, dois principais. Primeiro, a crença na gestão profissional: “As posições de liderança na Odebrecht continuarão a ser preenchidas não por aqueles com laços de sangue, mas por aqueles mais capazes de satisfazerem as duas fontes da vida corporativa: o Cliente e os Acionistas”. Segundo, a crença na força das Organizações controladas pela família. “Consciência de responsabilidade a longo prazo, e compromisso e confiança da liderança resultam da forma pela qual a família coloca seu patrimônio material e seu patrimônio moral à disposição da Organização. Esse patrimônio é composto dos princípios, valores e crenças a partir dos quais são educadas as gerações que se sucedem na condução dos negócios.”


argentina

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Momento especial Odebrecht conquista novos contratos e diversifica sua atuação na Argentina texto Sérgio Bourroul / fotos Guilherme Afonso O ano de 2010 tem sido especial para a Odebrecht na Argentina. No país há 23 anos, a empresa assumiu o primeiro lugar no ranking do setor de construção civil, assinou novos e importantes contratos e está partindo para a diversificação de atividades, sustentada pela sinergia de suas empresas.

Segundo Flávio Faria, DiretorSuperintendente da Odebrecht Engenharia Industrial, a elevada qualidade técnica dos concorrentes (empresas europeias, argentinas e brasileiras), as grandes oportunidades oferecidas, o equilíbrio da carteira (clientes públicos e privados) e os desafios vencidos proporcionaram à empresa um amadurecimen-

to diferenciado, que a gabarita para sua diversificação e a realização de investimentos. “Temos de ser investidores aqui”, ressalta Flávio. Recentemente, a empresa assinou com a Vale um contrato, no modelo de Aliança, para a Etapa 1 da construção da mina de exploração de potássio Río Colorado, em Bahía Blanca, e negocia as

Planta de Tratamento de Águas Juan Manuel de Rosas: acesso à agua potável para mais de 2 milhões de pessoas

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demais etapas. Em 26 de outubro, foi assinado contrato com a Unidade de Negócios Internacionais da Petrobras para a realização dos serviços de recuperação de instalações. Essas obras serão executadas em instalações de nove países, com maior incidência na Argentina. Nesse contrato, a Odebrecht atuará em conjunto com a Foz do Brasil. “Estamos também avaliando oportunidades de investimentos em energia e em outros segmentos da engenharia pesada. Estou muito otimista com as perspectivas”, afirma Flávio. Esse otimismo não para por aí. A área de infraestrutura da Odebrecht América Latina e Angola (ALA) retornou ao país no início de 2009 para liderar o Consórcio Águas do Paraná, responsável pela execução das obras de construção da Planta de Tratamento de Águas Juan Manuel de Rosas, em parceria com as empresas argentinas José Cartellone Construcciones Civiles, Benito Roggio y Hijos S.A. e Supercemento Saic. Essa obra inclui a construção de um túnel de 15 km de extensão, que levará

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Números argentinos • 520

integrantes

• 75%

homens e

• 2.720

25%

mulheres

prestadores de serviços e

integrantes de consórcios

• 50

jovens parceiros

• Faturamento: US$ 585

milhões em

•4

contratos em vigor

•3

obras realizadas

2009

a água do rio Paraná até a planta; de uma estação de tratamento de água e de 40 km de aquedutos para a distribuição. “Esta é uma das obras de infraestrutura mais importantes dos últimos 50 anos. Ela vai assegurar o acesso à água potável a mais de 2 milhões de moradores da capital e da região metropolitana de Buenos Aires”, afirmou a Presidente da Argentina, Cristina Fernandez Kirchner, em visita às obras, em agosto. O contrato mais recente é o Soterramento do Ferrocarril

Sarmiento, em consórcio com as empresas argentinas Iecsa e Rogio, a espanhola Comsa e a italiana Ghella. Trata-se da transformação de uma ferrovia urbana em trem subterrâneo, que liga Buenos Aires à localidade de Moreno, liberando o trânsito em diversas ruas e avenidas que hoje sofrem com frequentes engarrafamentos devido às barreiras ferroviárias existentes. “Já iniciamos as atividades preliminares de instalação do canteiro e agora estamos aguardando a liberação do financiamento para acelerar o ritmo de execução”, informa Maurício Couri, Diretor da Odebrecht ALA, que vem realizando outros estudos para novos contratos na Argentina. Nessas mais de duas décadas, a empresa participou de obras que marcaram o crescimento do país, como a Central Hidrelétrica Pichi Picún Leufú, no rio Limay, na Patagônia; o Acesso


Rodoviário Oeste a Buenos Aires e os gasodutos General San Martín e Neuba II. Hoje, a ampliação dos sistemas de gasoduto operados pela Transportadora de Gas Del Norte (TGN) e pela Transportadora de Gas Del Sur (TGS) é a principal obra da Odebrecht no país. São mais de 1,9 mil km de tubos que correm paralelos ao gasoduto existente, além da construção de 20 plantas compressoras e de obras para o aumento da potência das plantas já existentes. Outro contrato em andamento foi assinado no ano passado com a companhia petrolífera YPF, para a construção da primeira Planta de Reformado Catalítico Contínuo (CCR) do país. Com conclusão prevista para 2012, essa planta, que será instalada dentro do Complexo Industrial

“Aqui, temos profissionais qualificados, com muita disposição para o trabalho e movidos para o aperfeiçoamento. Hoje somos uma empresa atraente para os bons profissionais argentinos, e nossa equipe é a chave do nosso crescimento.” Em 2009, mais de 530 profissionais recém-formados se inscreveram no Programa Jovem Parceiro, que atraiu 25 novos integrantes para a empresa.

Enseada, na cidade de La Plata, conta com 800 integrantes e permitirá a produção de 200 mil t/ano de compostos aromáticos para a produção de combustíveis de alta qualidade. “Esse nosso bom momento na Argentina veio para ficar e é consequência de nossa forte integração ao país”, analisa Flávio Faria. Atualmente, dos 520 integrantes da Odebrecht (3 mil, considerando os consórcios), apenas 45 são estrangeiros (na maioria brasileiros) e todos os demais são argentinos.

Complexo Industrial Ensenada, em La Plata, onde está sendo executado o Projeto CCR, da YPF: produção de combustíveis de alta qualidade odebrecht informa


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entrevista

Outras possibilidades Não há cuia nem bomba de chimarrão sobre a mesa, mas logo que Sérgio Brinckmann pronuncia as primeiras palavras, a inconfundível fala gaúcha se evidencia – mais no uso do verbo na segunda pessoa que no sotaque: “Queres um café?” Economista formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com pós-graduação em Administração Financeira e MBA em Finanças pela Universidade de São Paulo (USP), Brinckmann, desde abril de 2010, é o Diretor-Presidente da Odeprev Odebrecht Previdência, entidade que tem hoje cerca de 10.200 participantes e patrimônio de R$ 764 milhões. Na Organização Odebrecht desde 1994, ele trabalhou na Copesul, na OPP Petroquímica, na Braskem e na então OII – Odebrecht Investimentos em Infraestrutura, de onde saiu para assumir a liderança da Odeprev. “Sempre estive voltado para Finanças”, diz. Adaptado à vida em São Paulo, Brinckmann revela que de Porto Alegre, além da família e da companhia dos amigos, sente saudade apenas de estar no estádio Olímpico torcendo pelo Grêmio, seu time de coração. Nesta entrevista, ele fala do desafio de reposicionar a Odeprev para atender às novas condições do ambiente financeiro no Brasil e dos projetos que estão em andamento na entidade de previdência privada da Organização. texto José Enrique Barreiro foto Dario de Freitas

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Odebrecht Informa – Qual a sua visão da Odeprev? Sérgio Brinckmann – A Odeprev é um sucesso. Tem tido um desempenho muito bom até hoje. Mas o ambiente financeiro no Brasil e a estrutura de pessoas da Organização Odebrecht mudaram. A Odeprev também está mudando para fazer frente a essas transformações. OI – A que mudanças no ambiente financeiro do Brasil você se refere? Brinckmann – Precisamos nos preparar para um cenário de juros baixos. A política de aplicações financeiras da Odeprev, extremamente conservadora, com 90% de seu capital investido em renda fixa, deu certo até aqui. Mas terá de ser diversificada, para que possa se adaptar ao novo cenário. OI – Já foi definida uma nova estratégia de aplicações financeiras? Brinckmann – Estamos estudando isso. Mas é certo que o perfil de nosso investimento vai mudar. A Organização Odebrecht ampliou muito o percentual de integrantes jovens, que demandam investimentos em títulos privados e em ações na bolsa, por exemplo. A carteira conservadora, ou ultraconservadora, da Odeprev, com 90% de seus recursos investidos em renda fixa, já começa a mudar. OI – Como se dará essa mudança? Brinckmann – Há uma série de projetos e melhorias que estão em gestação, mas que terão de ser analisados e aprovados pelo Conselho Deliberativo da Odeprev. Só então iremos divulgá-los.

OI – Você pretende fazer mudanças na relação com os fundos de investimento? Brinckmann – Já fizemos, desde abril. Temos novos veículos de investimentos. Antes, comprávamos cotas de fundos abertos. Isso significa que éramos um cotista entre muitos outros, e não podíamos influenciar as decisões dos gestores desses fundos. O que fizemos? Resgatamos tudo, centralizamos a administração, custódia e controladoria dos ativos em um grande banco (o Itaú) e criamos fundos exclusivos: três de renda fixa e um de renda variável. Desenhamos os mandatos desses fundos e definimos, com o gestor, as nossas aplicações. Esse gestor, por sinal, pode ter seu mandato ajustado por nós, o que antes, com os contratos de adesão, não podia ocorrer. Tudo isso gerou melhor governança, significativa diminuição dos riscos dos investimentos e economia da ordem de R$ 2,5 milhões por ano. Esse novo modelo deve também melhorar a rentabilidade dos fundos, já que os instrumentos de gestão estão bem definidos e com baixo custo. OI – Há outras carteiras de investimento em vista? Brinckmann – Sim. Vamos abrir uma carteira de inflação, que estará sempre atrelada ao juro real, e outra de crédito privado, para investimento em debêntures e CDBs de empresas privadas. OI – Quais os planos para a prestação de serviços aos participantes? Brinckmann – Temos de prestar mais serviços a eles e encontrar um fundo que possa incorporar suas famílias. No plano interno, estamos nos reorganizando, inves-

tindo em um sistema operacional e em formas de comunicação mais próximas dos participantes.

OI – Há algum projeto para incorporação dos integrantes não brasileiros à Odeprev? Brinckmann – Hoje, a Odeprev é só para brasileiros, estejam eles no Brasil ou em outros países. É uma questão legal, não podemos integrar estrangeiros. Mas já começamos a pensar em uma previdência mais ampla, que incorpore os não brasileiros, e vamos apresentar alternativas ao nosso Conselho. Assim como os jovens, os estrangeiros também têm aumentado muito sua participação na Organização. OI – Qual o futuro da Odeprev? Brinckmann – O futuro da Odeprev é crescer, adaptando-se às mudanças do ambiente econômico mundial e da Organização Odebrecht. O que estamos fazendo neste momento é exatamente isto: preparando a Odeprev para o crescimento, na linha da Visão 2020. A Odebrecht mudou muito, hoje temos um número muito maior de integrantes do que há 10 anos, com um perfil cada vez mais jovem, com mais pessoas fora do Brasil e um volume financeiro expressivo para administrar, obtendo melhores rendimentos e correndo o menor risco. Tudo isso requer uma mudança estratégica. É importante levar em conta ainda que o plano de previdência deve servir não apenas para apoiar os integrantes na formação de sua poupança para o pós-carreira, mas também como ferramenta de apoio na renovação das equipes. Um plano sólido e atraente pode ser decisivo na hora de um jovem de talento escolher a empresa em que vai ingressar.

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bioenergia

Família que trabalha unida...

Geisse e Givanildo: casal compartilha o dia a dia de trabalho

São vários os casos de familiares que trabalham juntos na Unidade Rio Claro da ETH – prática que contribui para a criação de um clima organizacional positivo texto Guilherme Oliveira / fotos Lalo Almeida

Givanildo Rufino da Silva está acostumado às lavouras de cana-deaçúcar desde os 12 anos, quando era ajudante de campo em uma usina de álcool em Alagoas. Dedicado, em alguns anos o pernambucano de Sirinhaém cresceu no ramo sucroenergético. Já supervisionava equipes quando conheceu a mineira Geisse Fonseca, então auxiliar de escritório e colega de trabalho. Apaixonados, em pouco tempo se casaram. Moraram em Minas Gerais até 2008, ano em que Givanildo ingressou na ETH Bioenergia como Supervisor de

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Recursos Mecanizados da Unidade Rio Claro, em Goiás. “Só nos encontrávamos a cada 15 dias”, relembra Givanildo. Um ano depois, a distância fez com que Geisse também se mudasse para o município goiano de Cachoeira Alta. Com energia e vontade de trabalhar, Geisse buscou oportunidades na Unidade Rio Claro. Contratada, atua hoje como Assistente Técnica de Qualidade da área agrícola. Givanildo e Geisse são apenas um dos muitos casos de familiares que trabalham lado a lado na Unidade Rio Claro. Rejeitada em muitas empre-

sas, a prática se revela cada vez mais positiva na criação do clima organizacional da ETH, produtora de etanol e energia elétrica. “Não temos esse tipo de restrição”, explica Antonio Aílton Andrade, Responsável por Pessoas e Administração no Polo Mato Grosso do Sul da empresa. “Integrantes com diferentes graus de parentesco atuam em todas as unidades da ETH e isso tem sido um fator importante para o sucesso das operações.” Segundo Aílton, ao invés de evitar que familiares compartilhem o ambiente de trabalho, a empresa esti-


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mula indicações. “Muitos integrantes são admitidos após serem recomendados. É importante ouvir as pessoas em quem você confia e isso nos ajuda a ter referências no processo seletivo.” Ele esclarece que os indicados passam pela mesma seleção que todos os candidatos e que é primordial que reúnam os requisitos de perfil, competência e potencial. “Evitamos que esses integrantes atuem na mesma área ou em relação direta de liderança, apenas para afastar o risco de interpretações duvidosas de favorecimento”, explica. Essa prática também reduz a rotatividade no quadro de integrantes, Os primos Anderson Pinto (à esquerda) e Oriano Souza: confiança da empresa

A partir da esquerda, Anderson, Simone, Carmina e Alcides: família reunida

comum nesse setor de atividade. “É importante que os integrantes que vieram de outras regiões tragam sua família e criem laços mais fortes com o município”, afirma Aílton. “O vínculo com a empresa se fortalece e o comprometimento do integrante, também.” Foi isso o que fez Anderson Silva, Líder de Desenvolvimento da área agrícola da Unidade Rio Claro. Sua esposa, Simone Porssani, aceitou se mudar de Dobrada (SP) para o Centro-Oeste. Logo começou a atuar como Técnica de Laboratório na unidade. Para completar a felicidade de Anderson, seus pais, Alcides Silva e Carmina Silva, foram selecionados para o Curso de Formação de Operadores Agrícolas, oferecido pela ETH, e já operam tratores de transbordo nos canaviais da empresa. “Finalmente consegui reunir a família”, comemora Anderson. “Coisas assim fazem as pessoas se sentirem em casa na ETH.” Antonio Aílton destaca outro fator que resulta no grande número de pessoas da mesma família trabalhando na ETH. “As unidades estão implantadas perto de municípios de pequeno porte e seria muito difícil formarmos as equipes se evitássemos essas situ-

ações. A ETH participa da vida dessas cidades e fomenta crescimento direta ou indiretamente. Elas se transformam em uma grande família ETH.” Esse era o clima organizacional que Oriano Souza, Supervisor de Colheita Mecanizada da Unidade Rio Claro, queria para a carreira de seu filho, Renê de Souza. Relutante em mudar de cidade, Renê encontrou outra solução: atua na área agrícola da Unidade Conquista do Pontal, em Mirante do Paranapanema (SP). O próprio Oriano buscou oportunidades na ETH, seguindo conselhos de seu primo, Anderson Pinto, Supervisor de Plantio Mecanizado. A esposa de Anderson, Lucinéia Carvalho, seguiu os mesmos passos e atua como Auxiliar Administrativa-Financeira. Anderson Pinto afirma que o foco nas pessoas é o maior diferencial da empresa. “A preocupação com o bem-estar das pessoas nos deixa muito confortáveis aqui. Quando uma empresa permite que familiares trabalhem juntos, fica claro que ela confia em seus integrantes. Cabe a nós retribuirmos produzindo da melhor maneira possível. E isso não é difícil, pois não há nada que renda mais do que trabalhar feliz.”

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república dominicana

Em todos os quadrantes Obras viárias na capital e no interior evidenciam fase de crescimento do país caribenho, no qual a Odebrecht está presente há quase 10 anos texto Marco Antonio Antunes / fotos Holanda Cavalcanti Às vésperas de completar 10 anos de atuação na República Dominicana, período em que concluiu três aquedutos, uma hidrelétrica e uma rodovia, a Odebrecht se concentra no programa de infraestrutura viária desenvolvido pelo Governo do Presidente Leonel Fernández. Trata-se de um conjunto de projetos, realizados na capital, Santo Domingo, e no interior e litoral desse país caribenho que tem no turismo internacional sua principal fonte de renda.

“Vivemos um momento de expansão de nossa atuação aqui, conforme demonstra o número de contratos conquistados e o número de integrantes, quase 5 mil atualmente”, diz Marco Cruz, Diretor-Superintendente da Odebrecht no país. Os novos contratos são o Corredor Duarte (um conjunto de nove obras viárias urbanas na capital), duas rodovias litorâneas, interligando os mais importantes centros turísticos no leste do país, e outra na Província de La Vega, no interior.

Víctor Díaz Rúa, titular do Ministério de Obras Públicas e Comunicação (MOPC), cliente dos empreendimentos, acompanha pessoalmente o andamento de cada uma delas em visitas programadas ou de surpresa. “Ele faz questão de conferir in loco o cumprimento dos prazos e os resultados das soluções de engenharia adotadas”, explica Marco Cruz. “Faz parte do meu trabalho, mas também é uma satisfação ver o avanço dos projetos”, diz o Ministro Víctor Díaz.

O Corredor Duarte e, na página ao lado, a Autopista del Coral: aprimoramento da infraestrutura rodoviária dominicana

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Com o Corredor Duarte, que corta a cidade no sentido leste-oeste e pelo qual passam 1 milhão de veículos/dia, o tráfego fluirá com maior rapidez e segurança. Mais ainda com o Corredor Duarte II, no sentido norte-sul, já em estudo. “Esses projetos nos trarão uma economia substancial de combustível, graças à maior fluidez do tráfego, de tal modo que deveremos pagar os dois empreendimentos em cinco anos”, prevê Víctor Díaz. Por se tratar de obra urbana com várias frentes de trabalho, a logística definida para a implantação do sistema é complexa, exigindo da equipe comandada pelo Diretor de Contrato Luiz Sérgio Ferraz da Costa atenção especial e permanente. No projeto, executado em parceria com a empresa dominicana Ingeniería Estrella, trabalham 1.550 profissionais, incluindo 250 de empresas subcontratadas. “Montamos um bom time”, diz Luiz Sérgio. “Isso nos tem garantido ótimo desempenho em todas as frentes de trabalho. É do que precisamos para continuarmos credenciados para as novas obras programadas pelo MOPC.” O Ministro Víctor Díaz também se entusiasma ao descrever as obras rodoviárias em andamento no polo turístico do leste do país, destacando as de responsabilidade da Odebrecht: a Autopista del Coral, de 86 km, entre La Romana e Punta Cana, iniciada em outubro de 2009 e a ser entregue em julho de 2012, e a estrada BávaroSabana de la Mar, de 111 km, que começará a ser construída em janeiro, passando por Uvero Alto e Miches. Essas seis localidades são consideradas pontos de referência para os atuais e os novos empreendimentos turísticos previstos para a área, como o Projeto Tropicália, em Miches, do

Autopista del Coral

Grupo Cisneros, de cuja construção a Odebrecht está participando. O empreendimento, com investimento previsto de US$ 2 bilhões, terá resorts, residências, campo de golfe, dará oportunidade de trabalho para 5 mil pessoas em suas quatro fases de construção e promoverá o desenvolvimento econômico e social da região. Com quatro pistas de rolamento, duas em cada sentido, a Autopista del Coral inicia-se em La Romana, cidade litorânea que já se liga a Santo Domingo pela Autopista Las Américas, atualmente em operação e de características semelhantes. Esse é um dos passos para a implantação do corredor viário que ligará os principais pontos turísticos do leste do país à capital, com 223 km. Uma construtora local executa o Boulevard Turístico do Leste, de 30 km, ligando Punta Cana a Bávaro. Com o trecho sob a responsabilidade da Odebrecht, de 111 km,

unindo Bávaro a Sabana de la Mar, estará concluído o corredor, com o qual o Governo prevê novas áreas para o turismo, além de maior rapidez e segurança aos viajantes. “Esse é um sonho do Presidente Leonel Fernández que em breve se tornará realidade, trazendo mais conforto para os turistas e mais divisas para nosso país”, afirma o Ministro Díaz. “Para tanto, contamos com o apoio e o bom trabalho que a Odebrecht vem desenvolvendo em todas as suas obras na República Dominicana. Temos certeza de que a empresa estará conosco por muitos anos ainda, já que temos tantas outras obras a realizar.” A Autopista del Coral, que terá 2 mil integrantes no pico das obras, facilitará o acesso à região de Punta Cana, a zona turística de maior importância no país. Com a conclusão das obras, o tempo de viagem de Santo Domingo a

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Ao lado, a Estrada de Casabito: no passado, uma das rodovias mais perigosas do país. Acima, a igreja da Virgem de la Altagracia

Punta Cana, passando por La Romana, hoje de quatro horas, será reduzido para duas horas. “Teremos grandes desafios a enfrentar”, afirma o Diretor de Contrato Lito Gusmão. Uma das principais concentrações tem sido o equacionamento financeiro (o financiamento conta com aportes de fundos locais e terá participação de diferentes bancos multilaterais), de modo a atender às necessidades do contrato. “Sem falar no foco constante, como em todas as nossas obras, na forma-

ção de novos integrantes em todos os níveis”, ressalta Lito, em cuja equipe há 15 jovens parceiros. Em outubro, no canteiro principal, foi inaugurado um centro esportivo com campos de beisebol, futebol e quadra poliesportiva, também disponíveis para a comunidade por meio de convênios com escolas públicas e outras entidades. O atual contingente de jovens parceiros no país passa de 70, informa Cláudio Medeiros, Responsável por Administração e Finanças da Odebrecht. “Estamos nos preparando

O engenheiro civil Luiz Cavallo, 23 anos, é um dos mais de 70 jovens parceiros que atuam na República Dominicana (na foto, os jovens reunidos em Santo Domingo). No Corredor Duarte há um ano e dois meses, ele gosta do que a experiência lhe tem proporcionado: “Aqui nos permitem desenvolver nossas características individuais, porém sempre trabalhando em equipe”. Natália Cazano, 22 anos, também engenheira civil, está na empresa há um ano, nas obras da Autopista del Coral. “Gosto do espírito de servir, um prazer que aprendi a desenvolver na Odebrecht, e dos novos desafios que meus líderes me apresentam a cada jornada.”

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para ter equipes em quantidade e qualidade para atender os novos contratos já conquistados e a conquistar”, acrescenta. Outro Diretor de Contrato que já movimenta sua equipe para a formação de novos quadros é Sérgio Tettamanti Júnior. Boa parte dos times que integrarão as obras das duas rodovias que, sob a liderança de Tettamanti, a Odebrecht está iniciando agora virá da recém-inaugurada Estrada de Casabito, que liga a Autopista Duarte, na localidade de El Abanico, à cidade de Constanza, de 51 km, em plena cordilheira central. “Casabito era uma das estradas mais perigosas do país. Com os trabalhos de contenção de taludes, drenagem, ampliação das pistas e sinalização adequada, agora é segura tanto para os motoristas quanto para os moradores das comunidades vizinhas”, diz Sérgio. Sua equipe está às vésperas do início dos trabalhos da Estrada El Río-Jarabacoa, “cuja conquista foi fruto do desempenho da Odebrecht em Casabito no que se refere, sobretudo, a prazo e qualidade”, ele afirma. Recuperada pela Odebrecht, a igrejinha da Virgem de la Altagracia, situada no mirante do km 13 da Rodovia de Casabito, recebe dezenas de visitas por dia. Muitos vão ali só para apreciar a paisagem, mas outros param para rezar e acender velas à Virgem.


memória

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O Brasil como grande beneficiário Integração da CBPO à Organização Odebrecht, marcada pela soma de experiências, conhecimento e expectativas, completa 30 anos texto Zaccaria Junior

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Uma associação que trouxe benefícios às duas empresas e proporcionou ao país a realização de projetos fundamentais para seu desenvolvimento, a incorporação da CBPO à Organização Odebrecht completa 30 anos em 2010. A história da integração remonta ao fim da década de 1970, quando a Companhia Brasileira de Projetos e Obras – CBPO, empresa paulista fundada em 1931 pelo engenheiro Oscar Americano de Caldas Filho, figurava na sexta posição em faturamento

entre as grandes construtoras brasileiras. Além da representatividade econômica, a CBPO também detinha um portfólio de encher os olhos: era uma das consorciadas nas obras de Itaipu, na época a maior hidrelétrica do mundo, havia participado da construção das rodovias dos Imigrantes, dos Trabalhadores e Castelo Branco, em São Paulo, de parte da Ferrovia do Aço, entre Minas Gerais e Rio

de Janeiro, do Metrô do Rio de Janeiro e de três hidrelétricas no Rio Paranapanema, no interior paulista. A CBPO e suas equipes levariam à Odebrecht o conhecimento das obras grandiosas, que envolviam elevados volumes de terra, de rocha e de concreto, enquanto a Odebrecht tinha desenvolvido competências na área de tecnologia especial, uma inovação aplicada na execução de gran-

O Galeão, no Rio de Janeiro: o "campo de provas" para Odebrecht e CBPO em seu processo de integração

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Metrô do Rio de Janeiro, Angra I e Itaipu: cenários de destaque na história de crescimento das duas empresas

des edificações, como o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (o Galeão), a Usina Nuclear de Angra dos Reis e a Usiminas, assim como de grandes viadutos e pontes de concreto, a exemplo da Ponte Colombo Salles, em Santa Catarina. A ideia da integração era alicerçada na certeza da conjunção de competências que fariam – e fizeram – da Odebrecht uma empresa mais qualificada, com capacitação mais ampla e credenciais de peso para se apresentar competitiva tanto no mercado nacional quanto no internacional. Até 1997, quando foi incorporada à Construtora Norberto Odebrecht (CNO), a CBPO expandiu as atividades da Odebrecht no Brasil para os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de ter iniciado a atuação nos mercados da Argentina, do Chile e do México.

A aproximação “Esses 30 anos são um espaço bastante longo e bastante importante na história da vida da Odebrecht. Começaram num período em que o Brasil se lançava aos grandes empreendimentos. Tivemos naquela

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época Galeão, metrô, Itaipu e diversas hidrelétricas que são verdadeiros marcos. Destaco o Galeão porque foi lá o nosso campo de provas”, diz Aluizio Rebello de Araujo, hoje membro do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. e na época Presidente da CBPO, referindo-se ao primeiro trabalho em conjunto entre Odebrecht e CBPO. No Galeão, a CNO era a responsável pelas obras dos pátios e das edificações, enquanto a CBPO cuidava da terraplenagem. “Houve uma integração bastante positiva entre os componentes que atuavam na CBPO e os que trabalhavam na Odebrecht quando da construção da nova pista do Galeão, momento no qual as duas empresas atuaram em consórcio. Foi lá que eu tive uma aproximação maior com Emílio Odebrecht, com Renato Baiardi, com Luiz Villar, enfim, com os líderes empresariais da Odebrecht”, relembra Aluizio. Ele salienta que os trabalhos no aeroporto carioca criaram uma condição muito favorável para que as duas empresas se conhecessem de maneira mais aprofundada. Aluizio conta que, certo dia, recebeu em sua casa a visita de Norberto

Odebrecht, para uma conversa “bastante longa e muito prospectiva”, em que foi sondada a possibilidade de uma junção. “Eu ouvi e na hora não disse nem ‘A’ nem ‘B’, mas eu tinha obrigação de comentar o fato com os meus companheiros Mário Pimenta Camargo e Oscar Americano Neto. E desse relato nasceu uma segunda conversa com Norberto, em que eu me alonguei para uma possível disposição da CBPO de sentar com a Odebrecht para desenvolver uma aproximação”, recorda. Com os termos da incorporação negociados sob a liderança de Norberto Odebrecht, e com envolvimento direto de Emílio Odebrecht e Victor Gradin, definiu-se a formação da equipe da CNO que iria para São Paulo a fim de promover o processo de integração das pessoas das duas empresas – equipe que teria a participação de Emílio, Pedro Novis, Gilberto Sá e Cesar Castro. No primeiro ano e meio, de julho de 1980 até o fim de 1981, Emílio permaneceu como Vice-Presidente Executivo da CBPO e Aluizio, como Presidente. Pedro Novis, atualmente membro do Conselho de Administração da Odebrecht S.A.,


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relembra: “Emílio se dedicou efetivamente a dinamizar e expandir a nova empresa da Organização e buscar novas oportunidades para ela. A partir do fim de 1981, ele entendeu que era importante voltar e se concentrar na liderança da CNO e eu assumi o cargo de Vice-Presidente Executivo, no qual permaneci do fim de 1981 até 1997”. Pedro Novis calcula que demorou de três a quatro anos até que começasse a surgir um regime de integração plena e que fosse adotada a Tecnologia Empresarial Odebrecht. “A TEO foi a alavanca de todo esse processo. Sensibilizamos as pessoas para uma filosofia de empresariamento descentralizado, baseada na confiança, com um nível de delegação forte, um sistema de recompensas com foco nos resultados e prática constante de educação pelo trabalho e formação de equipes.” No cotidiano do processo de integração, Pedro contou com o apoio de antigos e novos companheiros, entre estes Romildo José dos Santos, na CBPO desde 1974. Atualmente Diretor-Superintendente da Odebrecht Infraestrutura, Romildo foi convidado, em 1985, para auxiliá-lo. “A expectativa era boa, pois na verdade havia campo para a prática de toda a filosofia da Odebrecht. O foco no crescimento gerou uma expectativa totalmente positiva entre as equipes”, diz Romildo, que comenta ter testemunhado os valores da Odebrecht impregnarem rapidamente a CBPO, o que facilitou uma integração eficaz. “Não houve atitude de resistência, pois a disposição das pessoas em relação à cultura era positiva”, complementa. Tanto Aluizio como Novis e Romildo ressaltam nomes que, entre outros, tiveram papel de destaque durante a

integração: Petrônio Machado Freire, Getúlio Giacoia, Antônio Carvalho Barra, Irineu Meireles, Pedro Boscov, Clovis Fernandes Franco, Luiz Bueno, Márcio Batista, Luiz Fernando Secco, Cesar Castro e Jorge Azevedo. Pessoas que, com seu trabalho e sua liderança, deram uma contribuição decisiva para a realização de um arrojado projeto empresarial. Ao analisar a decisão tomada três décadas atrás, Aluizio comenta que o resultado da parceria só foi positivo pelo fato de a CBPO e a Odebrecht sempre terem tido interesses semelhantes. “Fomos convergentes. A empresa tem de ter filosofia, tem de ter um norte verdadeiro, senão não chega a lugar

nenhum. Só dá volta. A vida é um processo permanente de mudanças. Há mudanças para o bem e mudanças para o mal. Nós, felizmente, realizamos uma mudança para o bem. Na época, tanto a Odebrecht quanto a CBPO lutaram por melhorias e cada uma, a seu modo, as conseguiu.” Ele acrescenta: “A Odebrecht comprova, com suas realizações, ter uma representatividade no campo da engenharia que é inigualável. Não se chega a determinadas posições por mera vontade de chegar. É preciso lutar a boa luta. O que a Odebrecht já fez e o que está fazendo representa um trabalho conduzido com muito cuidado e muita superação de desafios”.

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concessões

Obras no Corredor D. Pedro I: projeto ambientou uma quebra de paradigma no mercado brasileiro

A missão de desbravar Rota das Bandeiras realiza operação financeira inovadora que já é adotada como referência por outras concessionárias de rodovias texto Júlio César Soares / fotos Edu Simões Em 2008, a Concessionária Rota das Bandeiras venceu o leilão do Corredor D. Pedro I, conjunto de cinco rodovias que liga Jacareí à região metropolitana de Campinas (SP). O passo seguinte teria de ser a apresentação de garantia de uma instituição financeira, no valor suficiente para atender ao investimento nas obras de duplicação e manutenção do corredor viário e para o pagamento da outorga fixa (valor pago pela empresa vencedora em concessões rodoviárias, estipulado pelo licitador), que venceria em 18 meses. Um desafio e tanto, enfrentado com criatividade e pioneirismo. Foi necessário solicitar o chamado empréstimo-ponte, para dar início às operações da concessionária. Cinco instituições financeiras

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participaram: os bancos Votorantim, HSBC, Mercantil do Brasil (BMB), Santander e Banco do Brasil. “A partir daí estruturamos um empréstimo de longo prazo que rompeu paradigmas no mercado brasileiro”, diz Lucas Cive Barbosa, Diretor Financeiro da Rota das Bandeiras. O empréstimo de longo prazo mencionado por Lucas começou a tomar corpo em 2009, quando a concessionária obteve do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento de R$ 921,5 milhões, que será usado em obras nas estradas que compõem o corredor, como a duplicação da Rodovia Constâncio Contra, também conhecida como SP-360 (veja boxe),

e o prolongamento do Anel Viário José Roberto Magalhães Teixeira (SP083) até o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, além de projetos de manutenção e recuperação, como a remodelação de trevos e marginais da Rodovia D. Pedro I, todos com conclusão prevista para 2015. Como, entretanto, o pagamento da outorga fixa não é financiável pelo BNDES, foi necessário conceber uma estrutura alternativa para o pagamento dessa dívida. “Pensamos em recorrer ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), mas, por conta da avaliação de risco sobre a variação de um empréstimo em moeda estrangeira, optamos por lançar debêntures simples, no montante de até R$ 1,1


Nova sede administrativa Localizada no km 110 da Rodovia D. Pedro I, no município de Itatiba, a Sede Administrativa da Rota das Bandeiras trará para perto dos usuários a administração e o Centro de Controle Operacional (CCO) da rodovia, responsável pela prestação de serviços aos motoristas. “A posição é estratégica para o atendimento ao cliente e para oferecer conforto e segurança aos 124 mil usuários que trafegam diariamente na rodovia”, diz Luiz Cesar Costa, Diretor-Presidente da Rota das Bandeiras.

bilhão, indexadas ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)”, explica Lucas. “O sucesso foi tamanho que já é copiado por outras concessionárias”, destaca Luiz Cesar Costa, DiretorPresidente da Rota das Bandeiras. Trata-se de um processo pioneiro: o BNDES e o mercado de capitais compartilhando garantias das respectivas dívidas e abrindo espaço para uma nova forma de financiamento em infraestrutura. “O mercado de capitais normalmente trabalha no curto e médio prazos, e precisávamos de um processo que tivesse longo prazo, mais comum em obras de infraestrutura. Isso agora é possível com a operação da Rota das Bandeiras”, observa Lucas Barbosa. Além do compartilhamento, outra novidade nesse tipo de operação é que a dívida está atrelada ao projeto. “O risco neste caso é totalmente isolado da Organização. Isso é vantajoso para o acionista, pois o projeto garante com sua receita o pagamento da dívida”, diz Luiz Cesar. A demonstração de que a operação foi um sucesso ocorreu com a procura acima da oferta das debêntures. Benefício para os 124 mil usuários que trafegam diariamente no Corredor D. Pedro I e que já contam com mais de R$ 200 milhões investidos em obras de manutenção e conservação neste um ano de presença da Rota das Bandeiras.

A construção da sede começou em maio deste ano. Enquanto não fica pronta – a previsão de entrega é para janeiro de 2011 –, dois imóveis localizados em Atibaia, cidade próxima à rodovia, são utilizados como “sede”. “Quando você vence uma concessão, precisa assumir a rodovia e iniciar a prestação dos serviços no dia seguinte. Por conta disso, trabalhamos com a sede provisória enquanto a oficial era construída”, conta Luiz Cesar. O complexo será formado por dois blocos, com 66 salas destinadas à área administrativa, duas à área de serviços e 25 salas ao CCO, responsável pelo monitoramento das 88 câmeras espalhadas pelos 297 km em concessão, no serviço de atendimento ao usuário e nas estações de monitoramento de tráfego, entre outras instalações. “É um ambiente que está preparado não só para atender o usuário, mas também para trazer a comunidade para dentro do dia a dia da concessionária”, diz Nicolas Tanwing, Diretor de Contrato da obra pela Odebrecht. Além da obra da sede, a Odebrecht é responsável por todas as obras a serem realizadas na rodovia, nos primeiros seis anos de concessão, incluindo a duplicação da Rodovia SP-360 e do trevo da SP-065, que integram o complexo viário. “A duplicação é uma obra esperada há 20 anos pela população de Jundiaí e Itatiba”, salienta Nicolas. A expectativa é de que a obra de duplicação, com investimentos de R$ 98,4 milhões, gere cerca de 1.200 oportunidades de trabalho.

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perfil

Novo desafio, novo recomeço texto Rodrigo Vilar / fotos Márcio Lima Casado com a administradora Simone, com quem teve três filhos – Lucas, 18 anos, Felipe, 16, e Amanda, 10 –, o engenheiro André Vital Pessoa de Melo está de volta a Salvador, vindo de Luanda. Ele regressou de Angola com a família para assumir como DiretorSuperintendente dos mercados Bahia e Sergipe, na Odebrecht Infraestrutura. Aos 46 anos, André demonstra uma disposição de quem está apenas começando. “Uma carreira se constrói dia após dia, degrau a degrau, concluindo ciclos. Cada novo desafio é um novo recomeço”, diz num tom tranquilo, que mistura confiança e humildade. Nos depoimentos do vídeo de despedida preparado pelos integrantes da Odebrecht Angola, fica clara a relação de amizade e respeito dos colegas, e são evidenciados traços da personalidade educadora de Vital, que acaba de completar 25 anos de trabalho na Organização Odebrecht. “Angola continuará presente no cotidiano da minha família, pois construímos grandes amizades nesses oito anos no país”, relata. Ao longo de sua trajetória, uma das grandes oportunidades que recebeu foi a possibilidade de conviver com Norberto Odebrecht no Programa de Obras Sociais da Odebrecht, de 1993 a 1996, em Salvador. “Foi um período valioso na minha vida. Uma vez, ouvi de Dr. Norberto que devemos sempre ser originais, relevantes e impactantes nas nossas ações, e isso me marcou”, relembra. Entre outros ensinamentos adquiridos, aponta a importância de viver o sonho do cliente: “Esse comprometimento nos leva a perceber que, por vezes, o desejo do cliente não é o que ele realmente precisa”. E salienta: “Nosso negócio é transformar as pessoas e as comunidades. Nossas áreas de negócio são o meio”.

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por eliana simonetti

Paixão pela terra natal

Sabrina Veras de Araújo é de família sertaneja, nascida e criada em Salgueiro (PE). Formou-se psicóloga em Recife, mas sempre quis voltar ao interior e trabalhar em sua terra natal. Ao saber que a Odebrecht iria construir a Ferrovia Transnordestina, decidiu: “Vou pegar esse trem” – e embarcou na equipe de coordenação do Programa de Qualificação Profissional Continuada – Acreditar. Está muito animada por conviver com sua gente e contribuir para seu avanço. A quem quiser conhecer Salgueiro, Sabrina recomenda o meio do ano como a melhor época – a trezena de Santo Antônio, São João e São Pedro; um passeio ao sítio arqueológico Caldeirão das Letras, com pinturas rupestres e natureza preservada; e dois quitutes da culinária local: “O bode atolado do restaurante Bodão e o peixe frito de Pedro Baiano são imperdíveis”, garante.

élvio luiz

Para Sabrina, não há lugar melhor do que o sertão

Pensando no amanhã

A mineira Ivette Guimarães foi arrimo de família, começou a trabalhar aos 13 anos, aos 19 ingressou num plano de previdência privada e sempre evitou assumir compromissos além de sua disponibilidade financeira. Formou-se em Administração de Empresas, com especialização em Recursos Humanos, e fez MBA em Previdência Complementar. Na Organização desde 1977, compõe atualmente a equipe de administradores da Odeprev Odebrecht Previdência. Tem outros investimentos, mas o Plano Odeprev é sua grande poupança para a realização de seus projetos pós-carreira. “Já estou mobilizada com um grupo para construir uma fundação que trabalhará com crianças, jovens e familiares que vivem em zonas de risco social”, diz. Acostumada a ver seus colegas sorrirem quando os aconselha a pensar no futuro, Ivette esclarece que essa não é apenas uma questão financeira, mas de realização pessoal e de ocupação do tempo, que não deve ser menosprezada.

Parceria no trabalho e no lazer Evaristo se sente em casa em Michoacán

Evaristo Martínez López não teve dificuldade de adaptação quando, dois anos atrás, foi trabalhar no Projeto Hidroagrícola de Michoacán, realizado pela Odebrecht na área central do México. Ele nasceu em Coalcomán Michoacán, distante 200 km dali. Também se integrou rapidamente à cultura da Organização. Engenheiro civil, Evaristo, de 25 anos, atua na área de Produção como jovem parceiro. Não é muito de viajar e praticamente vive no canteiro de obras. Quando não está trabalhando, joga futebol e basquete com os colegas e com os moradores da região. “Fico feliz por conviver com as pessoas que serão beneficiadas pelo que estamos construindo”, explica.

roberto rosa

Márcio Lima

Ivette incentiva companheiros a se prepararem para o futuro

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estados unidos

Um permanente espírito de renovação Odebrecht completa 20 anos de atuação no país consolidada como empresa local e recebendo importantes reconhecimentos pela qualidade de seu trabalho texto Cláudio Lovato Filho

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Jorge (à esquerda) e Carlos: jovens integrantes com a missão de assegurar o futuro da Odebrecht nos Estados Unidos

A motivação está na voz, no olhar, nos gestos. Aos 33 anos, o colombiano-norte-americano Jorge Enrique Mendoza é Gerente de Projeto de uma das cinco obras da Odebrecht em andamento hoje nos Estados Unidos: o Airport Link Metrorail Connector, trecho elevado de 4 km de extensão que fará a ligação da malha metroviária de Miami ao Aeroporto Internacional. “Quando eles me convidaram para assumir esse cargo, em abril de 2009, eu pensei: ‘Estão malucos!’.” Mas Jorge sabia que aquilo nada tinha a ver com loucura e sim com ampliar o desafio de um dos jovens responsáveis pela continuidade do crescimento da Odebrecht nos Estados Unidos, onde a empresa chegou há exatos 20 anos. Jorge está ajudando a desenhar a face contemporânea da presença da Odebrecht na maior economia do mundo. “Precisamos lançar os jovens, dar contínuos desafios a eles, o futuro da empresa está nas mãos deles”, diz Gilberto Neves, Diretor-Superintendente (DS) da Odebrecht nos Estados Unidos. Ele viveu isso na pele. Era um jovem engenheiro de 31 anos quando chegou aos Estados Unidos em janeiro de 1991, procedente do Peru, para ajudar a estruturar a Odebrecht no país. Chegou para ficar três meses. Não saiu mais. Sua primeira obra como Diretor de Contrato foi a construção do Cargo Building, prédio de cargas da American Airlines, a primeira obra da Odebrecht no Aeroporto Internacional de Miami, realizada

para o Condado de Miami-Dade. A atuação da Odebrecht no Aeroporto de Miami é emblemática da história da empresa nos Estados Unidos. Até o momento, foram 13 contratos, com destaque para a construção do Terminal Sul e a ampliação do Terminal Norte, obra em fase de conclusão. “Chegamos a ter sete obras em execução simultaneamente no aeroporto”, relembra Gilberto, que se tornou DS em 2005, substituindo Luiz Rocha, hoje Líder Empresarial da Odebrecht Internacional. Foi, portanto, um Gilberto Neves compreensivelmente emocionado que subiu ao palco do Adrienne Arsht Center for the Performing Arts, na noite de 13 outubro, para agradecer a todos os que participaram e participam da trajetória de duas décadas da Odebrecht nos Estados Unidos. Ali, naquele complexo de artes construído pela empresa no centro de Miami, o aniversário foi celebrado com um show de artistas locais, assistido por clientes, parceiros e integrantes, entre os quais Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., Bernardo Gradin, Líder Empresarial da Braskem, e membros do Conselho de Administração da Odebrecht S.A. “A chegada a estes 20 anos significa apenas que atingimos um novo patamar para continuarmos a crescer”, afirma Gilberto. Há exatos 20 anos, Luis Oswaldo Leite chegou aos Estados Unidos com a missão de plantar as primeiras sementes da Odebrecht no

Em 20 anos de atuação nos Estados Unidos, a Odebrecht realizou obras nos seguintes estados: Flórida, Califórnia, Louisiana, Carolina do Norte e Carolina do Sul.

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Yamila Lomba

A partir da esquerda, Bill Johnson, Diretor do Porto de Miami; Gilberto Neves; George Burgess, County Manager (Gerente) do Condado de Miami-Dade; Carlos Alvarez, Prefeito do Condado de Miami-Dade; Marcelo Odebrecht e Steve Halverson, Presidente e CEO da The Haskell Company

Julio A. Martínez

país. Depois de 30 anos de trabalho na Organização, ele se desligou em 2002 para se dedicar a um negócio próprio. Luis Oswaldo analisa: “A ida da Odebrecht para os Estados Unidos foi fruto de uma decisão empresarial tomada no momento certo. Fomos para aprender, mas para aprender fazendo. O espírito era o de fazer a presença da Odebrecht no país dar certo, em um projeto de longo prazo. Fico feliz por ver a empresa na condição em que se encontra hoje”. Consolidada como empresa local, a Odebrecht vê essa condição se aprofundar e ser reconhecida a cada dia. Por dois anos consecutivos, em 2009 e 2010, foi eleita pela revista Florida Trend uma das melhores empresas para se trabalhar na Flórida. Empresa local e em expansão. Dando sequência à sua estratégia de crescimento,

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ampliou presença na Louisiana (veja quadro sobre obras em andamento) e estuda a possibilidade de participação em projetos no Texas. Também vem conquistando importantes reconhecimentos na área de qualidade, saúde, segurança no trabalho e meio ambiente, como a certificação Voluntary Protection Program (VPP), o mais alto reconhecimento relacionado à segurança no trabalho concedido pela OSHA. “Buscamos um crescimento natural, com novos clientes que nos possibilitem agregar valor a seus projetos, e formando novos empresários, bem preparados, motivados e integrados”, destaca Luiz Rocha, Líder Empresarial da Odebrecht Internacional, à qual a Odebrecht Estados Unidos está vinculada. Luiz era um dos participantes da celebração dos 20 anos, em Miami. Foi um momento especial para ele, que chegou aos Estados Unidos em 1996. Primeiramente, liderou a Odebrecht em sua atuação na Califórnia, à época a cargo da CBPO of America. A Odebrecht construía então a Bar-

ragem de Seven Oaks, no Condado de San Bernardino, obra do US Army Corps of Engineers. Dois anos depois, Luiz se transferiu para Miami, onde tinha sede a Odebrecht Contractors of Florida (OFL). Ele liderou o processo de unificação das duas subsidiárias da Construtora Norberto Odebrecht. “Sempre buscamos conquistar a confiança dos nossos clientes, fomos persistentes nisso”, salienta, referindo-se ao que, em sua análise, tem sido o principal motivo do crescimento da Odebrecht nos Estados Unidos. “Superamos nossos obstáculos agregando valor aos clientes e às comunidades, praticando os princípios da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), que é o que nos diferencia.” Paulo Suffredini, outro pioneiro da Odebrecht nos Estados Unidos, também trabalhou na Califórnia e na Flórida, entre 1992 e 2008. Hoje está em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Paulo foi um dos principais condutores da relação entre a Odebrecht e o Exército Americano, iniciada com a construção de Seven Oaks e


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MIA Mover

Airport Link

Obras em andamento nos estados unidos • • • • •

West Return Floodwall: parede de concreto para contenção de enchentes em Nova Orleans Lakefront Pump Stations 1, 2, 3 e 4: estações de bombeamento em Nova Orleans Airport Link: trecho de metrô de 4 km ligando o sistema metroviário de Miami ao Aeroporto Internacional MIA Mover: trecho de metrô de 2 km conectando o Airport Link ao interior do Aeroporto Internacional MIA North Terminal: ampliação do Terminal Norte do Aeroporto Internacional de Miami

que, mais adiante, levou a empresa a Nova Orleans, na Louisiana, onde executou (e segue executando) obras de construção e reconstrução do extenso e vital sistema de diques que protege a cidade. Levou também à atuação da Odebrecht no Iraque. “Nossa relação com o Exército e com todos os nossos clientes sempre foi de profundo respeito por eles, com base na realização de serviços de qualidade, dentro dos prazos pactuados e com completa segurança”, destaca Paulo. “Queríamos compartilhar os sonhos dos nossos clientes, servi-los da melhor forma possível e conseguimos isso através da prática da TEO.” Desde a execução da primeira obra nos Estados Unidos – a construção de um trecho do Metromover, o metrô de superfície de Miami, iniciada em 1991 –, o pensamento dos pioneiros da Odebrecht era o de plantar as bases para o crescimento e a permanência da Odebrecht no mercado mais competitivo do planeta. Marcos Tepedino chegou aos Estados Unidos em 1991, participou da obra do Metromover e de diversas outras no Estado da Flórida; esteve em Djibuti, na Vene-

zuela, na Líbia e retornou a Miami em agosto de 2009. Hoje responsável por projetos de infraestrutura da Odebrecht nos Estados Unidos, ele relembra: “Havia muita vontade de dar certo, estávamos chegando para ficar, como é sempre o objetivo da Odebrecht. Os clientes logo perceberam que nos diferenciávamos pela prática da TEO. A relação que se constrói é o que fica. A relação é o que faz a diferença. Nossa imagem é a de uma empresa que trabalha junto com o cliente. A Odebrecht construiu uma reputação nos Estados Unidos”. Daphne Di Pasquale vem assistindo de perto, e com olhos de integrante local, o erguimento dessa reputação. Há muito tempo. Ela foi uma das primeiras profissionais norte-americanas contratadas pela Odebrecht. Em junho de 1991, foi selecionada por Gilberto Neves para uma vaga de recepcionista no escritório de Miami. Hoje é Responsável por Pessoas. “A Odebrecht trouxe consigo a cultura brasileira, abraçou os Estados Unidos e nos tornou melhores”, diz Daphne. “É um privilégio para mim fazer parte desta empresa.”

Esse é um sentimento compartilhado pelo engenheiro Carlos Nuñez, 31 anos, superintendente nas obras do MIA Mover, obra que levará o sistema de metrô para dentro do Aeroporto Internacional de Miami, a partir de sua conexão ao projeto do Airport Link. Nascido em Tampa, na Flórida, Carlos teve seu primeiro contato com a Odebrecht aos 16 anos. Seu pai, Charlie Nuñez, hoje Gerente de Engenharia em Nova Orleans, apresentou-lhe a empresa, e Carlos, ainda adolescente, tornouse estagiário, ajudando carpinteiros, pedreiros e outros profissionais nos canteiros do aeroporto. Em 2005, assumiu sua primeira obra como engenheiro, o Performing Arts Center. “A dedicação ao desenvolvimento das pessoas, o oferecimento a elas de oportunidades de crescimento e a confiança nos jovens são os principais motivos do crescimento da Odebrecht nos Estados Unidos”, opina Carlos, em um português perfeito. “Recebemos desafios e temos o apoio dos nossos líderes”, ele acrescenta, capacete nas mãos e sorriso no rosto.

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desenvolvimento sustentável

Ivaldino, e seu filhos Jiovam (à esquerda) e Joelme: Palmito Cultiverde (o quarto mais vendido no Brasil) tem certificados ISO 9001, ISO 14001, ISO 22000, Rainforest Alliance Certified, selo de Orgânicos e Agricultura Familiar

Produto da esperança Cooperativa de Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia transforma a vida de famílias de agricultores da região texto Gabriela Vasconcellos / fotos Eduardo Moody O dia do agricultor Ivaldino dos Santos começa às 5 horas da manhã. Com 71 anos, o produtor de palmito de pupunha não esconde a vontade de continuar cuidando da lavoura que mudou a vida de sua família. Casado há 40 anos e pai de nove filhos, Ivaldino é exemplo na comunidade do Areão, no município de Nilo Peçanha (BA). São 25 mil pés que lhe rendem entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por mês. “Para quem nunca teve salário, com a pupunha o dinheirinho é garantido. Hoje tenho meu próprio terreno e já comprei um carro”, conta o agricultor,

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que é um dos sócios-fundadores da Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm), instituição apoiada pela Fundação Odebrecht e que faz parte do Programa de Desenvolvimento Integrado e Sustentável do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia. O sucesso dessa família também é resultado da dedicação dos assistentes educadores da Coopalm. Ao todo, 12 especialistas orientam os 486 associados a aplicarem, da melhor forma, as técnicas de plantio. “Capa-

citamos a todos para que conquistem maior produtividade, rentabilidade e liquidez”, destaca Erasmo Costa, Líder Educador, responsável pela coordenação dos técnicos. Ivaldino, que iniciou seu cultivo em 2003, incentiva outros agricultores, inclusive seus filhos, a investirem na pupunha. “Vi o meu pai mudar de vida. Quero comprar mais terra para trabalhar. Com o palmito, sei que vou conseguir”, assegura Joelme dos Santos, 32 anos, que se associou à cooperativa em 2010 e já plantou 11 mil mudas. Gertrudes Ricarda, esposa de Ival-


dino, revela sua felicidade em ver os filhos na lavoura: “Há muito tempo eu sonhava com isso”.

Presença na eco run

Todos trabalhando juntos O palmito Cultiverde, marca produzida pelos integrantes da Coopalm, está sendo comercializado por diversas redes de varejo, que disponibilizam suas gôndolas para a venda dos produtos, como a GBarbosa (Nordeste), Pão de Açúcar, Extra e Walmart (Sudeste e Nordeste). Recentemente, a Empresa Baiana de Alimentos (Ebal) e a Perini – rede baiana de delikatessen e docerias - ampliaram a parceria com a cooperativa e estudam a implantação, até o fim de 2010, de um novo projeto com conceito de “loja dentro da loja”: um espaço no interior dos estabelecimentos comerciais, com caixas registradoras próprias, que direcionam o valor da venda direto para a Coopalm. “O que vamos criar é uma ligação entre o agricultor e o consumidor, fazendo acontecer o Ato Cooperativo.

A Coopalm foi eleita Cooperativa do Ano 2010, na categoria Gestão para a Qualidade. O prêmio é uma iniciativa da Organização das Cooperativas Brasileiras, Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo e revista Globo Rural. Reconhece projetos pautados na inovação, criatividade e eficiência, além de torná-los referências para o setor.

fissionalizante que beneficia cerca de 40 jovens. Joelton Santos, 19 anos, é educando da CFR-I e está estagiando na Coopalm. “Tenho a oportunidade de aprender formas de contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade. No futuro serei mais uma força na região.”

Alex Paniago

COOpalm conquista prêmio nacional

Estou vivamente interessado e aplaudindo essa iniciativa”, afirma Reub Celestino, Presidente da Ebal. Os desafios e os resultados já conquistados estão sendo construídos em alinhamento com estratégias de sustentabilidade. Uma delas é voltada para a formação dos cooperados do amanhã, papel desempenhado pela Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), uma unidade de ensino pro-

Uma parceria entre a Braskem e a Coopalm possibilitou a exposição da marca Cultiverde (www.cultiverde.com.br) no circuito de corridas de rua Braskem Eco Run. A marca pôde ser vista no portal de largada e chegada, além de no pódio. “Esta foi uma das formas que encontramos para dar maior visibilidade a este projeto que gera, de fato, transformação social”, afirma Jorge Soto, Diretor de Sustentabilidade da Braskem.

A partir da esquerda, Cérgio Pecchio, Presidente da Organização de Cooperativas da Bahia, Raimundo dos Santos, Presidente da Coopalm, e Luís Carlos Pereira, Líder da Aliança Cooperativa do Palmito, durante a entrega do prêmio

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> leia mais notícias no site de Odebrecht Informa

Emílio Odebrecht recebe medalha da IAQ Emílio Odebrecht, Presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., recebeu a Medalha Marcos E. J. Bertin de Qualidade em Governança Corporativa, da International Academy for Quality (IAQ). A medalha foi concedida a Emílio por sua contribuição para os princípios e as práticas da governança com qualidade. Como forma de simbolizar o processo sucessório ocorrido na Organização e a governança como base para a construção do futuro, a medalha foi entregue a Marcelo Odebrecht, Diretor-Presidente da Odebrecht S.A., durante o 11º Congresso Internacional de Governança Corporativa, realizado pelo Instituto de Governança Corporativa (IBGC) em 26 de outubro, no Rio de Janeiro. Segundo Marcos Bertin, ex-Presidente e membro honorário da IAQ, Emílio Odebrecht é um exemplo de profissional que se dedica à qualidade na administração: “Os esforços de Emílio contribuíram para tornar a Odebrecht, empresa originalmente do setor de engenharia, uma organização de negócios diversificados, com mais de 100 mil integrantes”. A IAQ, organização fundada em 1966, independente e sem fins lucrativos, é reconhecida internacionalmente como o mais importante fórum de discussões sobre qualidade em governança corporativa. Neste ano, além de Emílio Odebrecht, o Professor Martin Hilb, da Universidade de St. Gallen, na Suíça, recebeu a medalha.

Luiz Roberto Batista Chagas, Responsável por Apoio de Engenharia aos contratos da Odebrecht no Brasil e no exterior, recebeu do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo o prêmio de Personalidade da Tecnologia 2010, na categoria Internacionalização da Engenharia Brasileira. Formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1968, Luiz Roberto ingressou na Odebrecht naquele mesmo ano. Atuou na construção da ponte Propriá-Colégio, na divisa de Sergipe e Alagoas, inaugurada em 1970, na construção da Usina Nuclear de Angra dos Reis (RJ), Unidade I, e participou dos estudos das unidades II e III. Há 30 anos, Luiz Roberto viaja pelo Brasil e pelo mundo dando apoio a projetos da Organização. Em 2008, publicou o livro Engenharia da Construção – obras de grande porte. O prêmio será entregue na noite de 10 de dezembro, na sede do sindicato, em São Paulo. “Compartilho este prêmio com todos os colegas da Odebrecht”, diz Luiz Roberto.

Certificação recomendada Após 14 dias de auditoria, em julho, as empresas do Consórcio Rio Melhor (Odebrecht Infraestrutura, OAS e Delta), responsáveis pela implantação de um teleférico no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, receberam recomendações para obter o selo de Certificação ISO 9001 para Sistema de Transporte de Pessoas a Cabo. Pela primeira vez uma obra da Odebrecht conquista esse tipo de certificação. As instituições que realizaram as auditorias, o Bureau Veritas Certification e a Fundação Vanzolini, avaliaram os quesitos capacitação e treinamento de integrantes, planejamento, controle de execução de

processos e controle tecnológico, entre outros. Feito isso, ratificaram a consistência do Sistema de Gestão da Qualidade implantado e recomendaram a certificação sem nenhuma “não conformidade”. “Isso significa que os serviços estão de acordo com padrões de qualidade internacionais”, comenta Marcos Vidigal, Diretor de Contratos da Odebrecht. A inauguração do teleférico está prevista para fevereiro de 2011. O circuito terá cerca de 3,5 km de extensão, com seis estações, interligadas ao sistema de transporte ferroviário da cidade através da Estação Bonsucesso. O sistema beneficiará 120 mil pessoas. Américo vermelho

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Personalidade da Tecnologia 2010


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Angola ganha seu Núcleo da Cultura

Márcio Polidoro com as designers Carina Flexor (à esquerda) e Renata Kalid

Prêmio Jabuti Na noite de 4 de novembro, em São Paulo, foram entregues os troféus aos vencedores do Prêmio Jabuti 2010, promovido pela Câmara Brasileira do Livro e considerado o mais importante do país. Pelo segundo ano consecutivo, um livro publicado com o patrocínio da Odebrecht é premiado na categoria projeto gráfico. Depois de A Historia do Brazil de Frei Vicente do Salvador, de Maria Lêda Oliveira, em 2009, este ano foi a vez de Igreja e Convento de São Francisco da Bahia, organizado por Maria Helena Ochi Flexor e Frei Hugo Fragoso, com projeto gráfico de Carina Flexor e Renata Kalid. Presente ao evento, Márcio Polidoro, Responsável por Comunicação Empresarial na Odebrecht, disse que a conquista do Jabuti é o coroamento de um trabalho em equipe, que começa com um projeto de pesquisa histórica e resulta na publicação de um livro de arte. “Além do apuro na qualidade gráfica, o livro traz um conhecimento histórico inédito, que é produzido com o apoio da Odebrecht através do Prêmio Clarival do Prado Valladares.”

A trajetória da Odebrecht em seus 26 anos de presença em Angola pode ser revisitada no Núcleo de Cultura da Odebrecht Angola, em funcionamento em um dos edifícios do complexo Belas Business Park, onde estão situadas as novas instalações administrativas da empresa, em Luanda. Aberto à sociedade em geral, o espaço funciona como um centro de informações de interesse histórico para o povo angolano, permitindo ao visitante ter uma visão ampla da atuação da Odebrecht e dos impactos socioeconômicos dos projetos executados no país. Através de fotos, painéis, vídeos, depoimentos, ilustrações e folhetos é possível conhecer as principais realizações da empresa em âmbito local, desde a construção da Hidrelétrica de Capanda, iniciada em 1984. Produto de comunicação institucional inovador, e exclusivo em Angola, o Núcleo chama a atenção dos visitantes pela didática

e interatividade. Um dos destaques é a estrutura de aço cercada por fotos e textos com depoimentos de integrantes, montada no centro do salão, representando o imbondeiro – conhecido no Brasil como baobá –, árvore de grande resistência e vida longa, considerada símbolo do país. A linha do tempo da Organização, bem como os princípios, conceitos e critérios da Tecnologia Empresarial Odebrecht (TEO), também estão retratados no espaço. Desde que foi inaugurado, no segundo trimestre de 2010, o Núcleo já recebeu a visita de estudantes, profissionais da imprensa, pesquisadores, autoridades, clientes e integrantes. > Veja em www.odebrechtonline.com. br informações sobre o livro O Futuro em Construção – Odebrecht e Angola, 25 Anos de Parceria

Museu exibe coleção de Mirabeau Sampaio Desde o dia 14 de outubro, a Coleção de Arte Sacra Mirabeau Sampaio está aberta ao público no Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia (MAS), em Salvador, graças à parceria entre o Museu e a Odebrecht. A Organização Odebrecht adquiriu a coleção com a finalidade de disponibilizá-la para a visitação pública. Assim, cedeu o acervo de Mirabeau Sampaio, em comodato, por um período de 10 anos, ao MAS. “Esta coleção vem como um contraponto, em igualdade de condições, ao acervo do museu”, diz Francisco Portugal, Diretor do MAS. A coleção de imagens sacras do artista plástico José Mirabeau Sampaio é composta de 456 peças, adquiridas, na sua maioria, em antiquários de Salvador. O acervo foi formado a partir da década de 1950. Do total, 364

peças foram esculpidas em madeira, 65 em terracota, 17 em marfim, nove em pedra e uma moldada em chumbo. De acordo com estudos de Maria Guimarães Sampaio, filha de Mirabeau, a maior parte da coleção é de origem brasileira, produzida na Bahia na primeira metade do século 17, por artesãos anônimos, além de poucas peças originadas em outros estados, como Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo. No conjunto da coleção, destaca-se uma imagem de Santa Catarina de Alexandria, de terracota, de autoria de Frei Agostinho da Piedade, monge beneditino que viveu no Mosteiro de São Bento da Bahia no século 17. A Coleção de Arte Sacra Mirabeau Sampaio está aberta ao público no MAS, localizado no antigo Convento de Santa Tereza, na Rua do Sodré, 276, no Centro Histórico de Salvador.

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argumento por Manoel Carnauba

A química sustentável

d

Desde o início da Revolução Industrial, a sociedade passou a consumir mais e mais combustíveis fósseis. Começamos pelo carvão mineral, depois veio o petróleo, o gás natural e outros. O crescimento da demanda por esses combustíveis fósseis, no início da segunda metade do século 20, passou a ser exponencial. Nesta primeira década do século 21, estamos consumindo esses materiais como nunca! É fácil constatar o enorme benefício que a utilização desses combustíveis trouxe para toda a humanidade. Com o crescimento da população mundial, não teríamos alcançado o padrão de conforto e expectativa de vida que temos hoje sem a energia gerada a partir da utilização de produtos fósseis. No entanto, ao longo da década de 1960, o homem passou a perceber que o planeta dava sinal de que alguma coisa não ia bem. Experimentamos períodos de chuvas mais intensas em prazos mais curtos, em algumas regiões, enquanto em outras havia fortes secas ou inverno com temperaturas

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muito baixas, e por aí vai a sequência de anomalias climáticas. Foi quando os cientistas descobriram uma associação quase que direta entre a emissão de gás carbônico (CO2) para a atmosfera, a partir da utilização diversa dos materiais fósseis, e o aquecimento que o planeta passou a mostrar. Desde então, a sociedade começou a buscar formas de reduzir ou mesmo eliminar a emissão desses gases. Levando em consideração essas preocupações e ouvindo seus clientes, a Braskem passou a se engajar mais decisivamente na busca de soluções para esse problema global. Sendo o Brasil um país tropical, que conta com uma enorme quantidade de terras agricultáveis e com uma tecnologia para a produção de cana-de-açúcar e álcool reconhecida como a mais competitiva do mundo, esse conjunto de fatores inspirou as equipes da Braskem a pesquisarem soluções para a produção de plásticos que pudessem contribuir para resolver o problema do aquecimento global e para uma química mais sustentável.

Com o início da operação, em setembro, da unidade de produção de eteno verde, localizada em Triunfo (RS) e que utiliza o etanol como matéria-prima, a Braskem se tornou o maior produtor de plástico sustentável do mundo, produzindo um polietileno que apresenta todas as propriedades físicas e químicas do produto tradicional, mas que por ser produzido a partir da cana-deaçúcar é capaz de fixar até 2,5 kg de CO2 por quilo de produto. Os clientes acolheram a novidade com entusiasmo, encomendando boa parte da capacidade de produção dessa planta com grande antecedência, o que indica a alta demanda da sociedade por produtos ambientalmente amigáveis. A tecnologia hoje desenvolvida já nos permite produzir outros derivados do eteno a partir de matériaprima renovável. Mas não queremos parar por aí. Queremos oferecer à sociedade as melhores alternativas para a química sustentável. Manoel Carnauba é Vice-Presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem


ontem

O Brasil,

Agência o globo

naqueles tempos do pós-guerra, ainda não havia vencido uma Copa do Mundo, mas movia-se a passadas largas (e a toques de bola habilidosos) para se tornar a maior potência do futebol mundial. Para a Copa do Mundo de 1950, construiu o Maracanã. O sonho da conquista da Copa só seria realizado oito anos depois, na Suécia, mas o Maracanã, que logo em sua infância foi palco daquele que provavelmente tenha sido o maior revés esportivo brasileiro de todos os tempos, a derrota para o Uruguai, na final, em 50, atravessou as décadas, consolidando-se como lenda, e em 2014, reformado, sediará sua segunda decisão de Copa do Mundo, dessa vez – assim esperam os brasileiros – com um final feliz para os de uniforme e bandeiras verde-amarelos.


foto: guilherme afonso

Programa acreditar Júnior

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Destinado aos filhos dos trabalhadores que participam da construção da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, o Programa Acreditar Júnior é uma ferramenta a serviço do futuro, mas com resultados tangíveis no presente. Tangíveis e cruciais. No programa, meninos e meninas participam de um módulo básico, no qual recebem apostilas, desenvolvidas por educadores e psicólogos, tratando de assuntos como adolescência, meio ambiente, saúde e educação financeira. Os jovens (como Matheus Marcos Bueno Cardoso, na foto) têm carteira assinada, recebem meio salário mínimo, uniforme, alimentação, transporte e plano de saúde. Para se manterem no programa, precisam obter média acima de 7 no ensino regular. A primeira formatura ocorreu em agosto de 2010. Duzentos adolescentes receberam seus diplomas. E deram um passo fundamental para a construção de seu amanhã.



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