nº 334 • junho 2014
Guatemala: nova rota de oportunidades Odebrecht 70 anos: Rodovias, uma trajetória de amplas experiências
Embraport inova e agiliza a movimentação de cargas com outros terminais
Instituto Direito e Cidadania: dez anos apoiando comunidades do Baixo Sul da Bahia
Rodovias:
a soma de experiências
E
ntre as diversas obras de infraestrutura realizadas pela Organização no Brasil e nos outros 40 países onde acumula experiência, as rodovias ganham um espaço especial nesses 70 anos de história da Odebrecht, principalmente pela forma como o conhecimento no ramo foi ampliado, consolidando a Organização como construtora e operadora de projetos deste segmento. Em 1980, Odebrecht e Companhia Brasileira de Projetos e Obras (CBPO) uniram suas experiências em engenharia de construção civil, associando conhecimentos técnicos e gerenciais e complementando-se mutuamente. Essa união agregou importantes experiências como as construções de trechos das Rodovias dos Imigrantes, dos Trabalhadores e Castelo Branco, importantes vias em São Paulo. Projetos como estes, realizados na Bahia, Pernambuco e São Paulo, no Brasil, ou Peru, Portugal, Argentina e Colômbia, deram à Odebrecht uma base sólida sobre como construir rodovias. Então,
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RENATO MELLO é diretor de rodovias da Odebrecht TransPort. Integra a Organização há 26 anos e reúne uma ampla trajetória em projetos de concessões diversos da Odebrecht no Brasil e em Portugal, Estados Unidos e Alemanha. Na época da criação da Odebrecht TransPort, a Organização tinha três ativos: a Concessionária Rota das Bandeiras, em São Paulo; a Concessionária Litoral Norte, na Bahia; e a Concessionária Rota das Coqueiros, em Pernambuco. A reunião destas empresas formou, em 2010, o novo Negócio.
porque não ampliar a atuação da Organização e também passar a operá-las? A confiança no conhecimento reunido para o segmento de rodovias e na capacidade dos integrantes de sempre inovar deu origem a dois novos Negócios: a Odebrecht TransPort, formada em 2010 e que entre seus ativos opera oito concessões de rodovias no Brasil, e a Odebrecht Latinvest, criada em 2012 e que atua na concessão de ativos de infraestrutura nos segmentos de estradas, mobilidade urbana e dutos, priorizando o Peru, Colômbia, México e Panamá.
Para celebrar os 70 anos da Organização, ao longo do ano, o Odebrecht Notícias apresenta reportagens especiais em suas edições. Acesse o acervo Odebrecht 70 anos no site do ON: www.odebrechtnoticias.com.br
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PIONEI RISMO Métodos e técnicas inovadores aplicados pelos integrantes nos projetos permanecem satisfazendo clientes ao longo desses 70 anos, tanto que eles, os clientes, confiaram uma nova função à Odebrecht: a de não apenas construir, mas administrar importantes vias. Para Renato Mello, a experiência da Organização adquirida em concessões rodoviárias em outros países foi um diferencial importante para a atuação no Brasil. Em países desenvolvidos, os projetos de infraestrutura são, em geral, viabilizados por meio de parcerias com o setor privado em regime de project finance. “A Odebrecht vem contribuindo para desenvolver o uso deste mecanismo no Brasil”. Com uma distribuição balanceada de riscos entre o setor público e o setor privado, os investidores têm maior segurança do que foi contratado e os financiadores, proteção em relação à viabilidade dos projetos. Mesmo jovem, a Odebrecht TransPort estava preparada quando governos estaduais e federal no Brasil iniciaram um movimento para acelerar os projetos de concessões, reconhecendo a importância da parceria com a iniciativa privada. Frente às oportunidades, Renato Mello destaca que a sinergia com a Odebrecht Infraestrutura, assumindo a engenharia e construção das vias através de contratos de Engeenering, Procurement and Construction (EPC), foi decisiva para o rápido crescimento da Odebrecht TransPort no setor de concessão de rodovias. “A parceria representa uma importante vantagem competitiva, pois, com uma boa engenharia conquistamos agilidade nos processos e garantia de entrega de serviços de qualidade”, reforça. Essa sinergia é mais um exemplo da inovação da Organização, que foi além dos métodos construtivos ou de operação. Ao logo da história, em todos os projetos
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e ativos administrados, a troca de conhecimento entre os próprios integrantes garantiu a força necessária para a Organização continuar crescendo e sendo reconhecida no mercado. Para promover essa prática e documentar essa experiência, em 2001 a Odebrecht implantou as Co m u n i da d e s d e Co n h e c i m e nto , u m a m b i e nte e m q u e os i ntegra nte s i nte rage m – p re se n c ia l e vi rtua l m e nte – pa ra co m pa rti l ha r se u s a p re n d iza d os e b oa s p ráti ca s, tro ca r ca sos d e su ce sso e i n su ce sso, ti ra r d úvi da s e a p o ia r p ro j e tos. Entre os te ma s e stá a Co m u n i da d e d e Co n h e c i m e nto d e Ro d ovia s , l i d e ra da p e l o i ntegra nte Ma u ro H u e b. De sd e 2005 , o e s pa ço te m s i d o u ma fo rma e fi c i e nte d e re u n i r a p ri n c i pa l ri q u eza da O rga n iza çã o : a s Pe ssoa s d e Co n h e c i m e nto q u e a i ntegra m. A Co m u n i da d e d e Ro d ovia s co nta co m 683 pa rti c i pa nte s d e d ive rsos pa í se s e d i fe re nte s N egó c i os da O rga n iza çã o.
VISÃO DE FUTURO Co m e ss e “ t i m e d e p e s o” e s e u co n h e c i m e nto a d q u i ri d o , a s p e rs p e c t iva s d e c re s c i m e nto p a ra a O rga n i za ç ã o n o ra m o d e Ro d ovi a s s ã o b o a s . A O d e b re c ht Tra n s Po rt , p o r exe m p l o , j á re ú n e o i to co n ce ss õ e s q u e a d m i n i s t ra m 1 . 76 8 q u i l ô m e t ro s d e vi a s e m Sã o Pa u l o , R i o d e Ja n e i ro , B a h i a , M ato G ro ss o , Pa ra n á e Pe rn a m b u co , p o r o n d e t rafega m m a i s d e 785 m i l ve í c u l o s d i a ri a m e nte . N a s co n ce ss õ e s , o co m p ro m i ss o d a O d e b re c ht te m s i d o a l é m d a s o b ra s c ivi s . Ta m b é m e s tá ate nta a o b e m - e s ta r d e u s u á ri o s . O s m o ra d o re s d e Sa lva d o r q u e t ra b a l h a m n o Po l o I n d u stria l d e Ca ma ça ri , p o r exe m p l o, co n q u i sta ra m ma i s q ua l i da d e d e vi da co m a n ova co nfigu ra çã o d o S i ste ma Ro d oviá ri o BA- 093 . O te m p o d e d e s l o ca m e nto e ntre a ca p i ta l sote ro p o l i ta na e a s fá b ri ca s fo i re d uzi d o e m u ma h o ra , re s u l ta d o d i re to d a d u p l i c a ç ã o d e 34 km re a l i za d a p e l a Co n ce ss i o n á ri a B a h i a N o rte .
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Na Rota dos Coqueiros, cerca de 400 ciclistas trafegam por semana nos 6,5 km de ciclovias que a concessionária mantém no sistema viário da Reserva do Paiva, em Pernambuco. A empresa lançou, em maio, o programa Ciclista na Rota, iniciativa que oferece serviços de manutenção para as bicicletas, como regulagem de freios e calibragem e dicas de segurança para os ciclistas. “Queremos incentivar a utilização de bicicletas como meio de melhorar a qualidade de vida da população e, principalmente, orientar sobre como pedalar de forma segura nas vias”, afirma Roberta Nunes, responsável por Sustentabilidade na Rota dos Coqueiros. Oferecer o melhor atendimento aos usuários envolve, algumas vezes, situações inusitadas. Em março deste ano, Luciana Miranda e Tereza Calvim Fornazieri, integrantes da Rota das Bandeiras, socorreram o motorista Amarildo Marques de Souza e sua esposa Selma Pereira de Souza, que estava grávida. Selma entrou em trabalho de parto e, sem tempo para chegar ao hospital em Campinas, o bebê nasceu na praça de pedágio localizada em Cosmópolis, interior de São Paulo, com o apoio da equipe da concessionária, que seguiu as orientações da médica plantonista do Centro de Controle Operacional da Rota das Bandeiras. “Sempre serei grato a tudo o que foi feito por meu filho, por minha mulher e por mim”, declarou Amarildo. Para 2014, o foco da Odebrecht TransPort tem sido a implantação das recentes conquistas: o corredor da PR-323, primeira parceria pública-privada rodoviária do Paraná, e a Rota do Oeste, que administrará um trecho de 850,9 km no Mato Grosso – a via é o principal meio de escoamento da produção agrícola da região Centro-
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Oeste que responde por 30% da produção nacional de grãos. “Os projetos são exemplos de como a empresa está atenta a oportunidades em regiões com potencial de crescimento acima da média brasileira e que tenham papéis decisivos na redução de gargalos logísticos”, explica Renato Mello. Nos próximos cinco anos a Odebrecht TransPort planeja investir R$ 7,3 bilhões entre capitais próprios e de terceiros no setor de rodovias no Brasil. Um fator importante que guia esse crescimento é a prestação dos serviços onde o usuário, pela qualidade da rodovia, tenha ganhos de custos de transporte, de tempo, de comodidade, de segurança e satisfeitos, possam reconhecer o custo-benefício das rodovias concessionadas. “Os projetos que nos interessam são aqueles estruturantes, que trazem ganhos sociais e promovem mudanças reais na vida das pessoas e na produtividade das empresas. Isso é desenvolvimento”, ressalta Renato Mello.
“
Com as melhorias na BA-093 houve ganho de qualidade de vida para as pessoas e a estrada ficou mais segura
”
Marcos Ângelo, gerente de Recursos Humanos da Ford, empresa que reúne 8 mil trabalhadores no Polo Industrial de Camaçari.
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Aeroporto Internacional de Nacala. Em 2013, a Odebrecht recebeu do Governo Provincial de Nacala o prêmio Empresa Modelo em Responsabilidade Social, devido às ações do Programa Acreditar e programas sociais com enfoque em saúde e cidadania
PRESENÇA EM MOÇAMBIQUE
MOÇAMBIQUE Em 2014, a Odebrecht celebra também dez anos de atuação em Moçambique. O primeiro projeto no país foi conquistado em 1994, na reabilitação da Estrada Nacional 6, trecho Inchope Machipanda, para a Direção Nacional de Estradas e Pontes. Concluídas as obras em 1997, a Odebrecht retornou ao país apenas em 2007, para o projeto Carvão Moatize. O trabalho da Organização no país tem sido acompanhado da realização de diversos programas socioambientais, entre eles o Acreditar, com cerca de 2 mil pessoas capacitadas, e o Projeto Social Agrícola, que já beneficiou diretamente 90 famílias e foi vencedor do Prêmio Destaque 2013. 2013. Em uma parceria com o Ministério do Trabalho, a Odebrecht promoveu ainda uma formação inédita no país: capacitou 21 técnicos em Segurança do Trabalho e 52 monitores. Ao longo desses dez anos, serve clientes públicos e privados em importantes obras de infraestrutura para o país. Recentemente, conquistou o contrato para a construção e operação do Bus Rapid Transit (BRT), projeto que irá transformar a mobilidade urbana na capital Maputo.
anos
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EXEMPLOS DE RODOVIAS CONSTRUÍDAS OU ADMINISTRADAS PELA ODEBRECHT
maior entroncamento no , ia ah B na a, an nt de Sa minoso liga Salvador a Feira ção em concreto betu e ta qu en via vim te pa , an m rt ge po na im la , ap terr Rodovia BR-324 extensão, foram feitos de km ,5 32 m E . sil dezembro de 1964 a o ir ne ja de rodoviário do Bra o ad iz al s. O projeto foi re e obras complementare
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A Rodovia dos Im igra Santos. O Trech ntes liga a capital ao litoral d oV eS a junho de 1973 , com 2.547 metros de extensã ão Paulo. É uma das principais vias o, sete viadutos e três tuneis, fo de escoamento de cargas do Porto de i construído pela CBPO de març o de 1972
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Rodo de ob admin
1956. O projeto foi de o br m ze de a 55 de 19 alizada de dezembro re i fo , ia ah B na a, un o do porto de ilhéus ei m r po u ca ca de A Rodovia Ilhéus-Itab ão uç te para escoar a prod concebido principalmen
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Trecho de 3,2 Construtora projeto foi r
ovia BA 099-L inha bras de arte co Verde, em Pojuquinha, Bahia, o rren nde nistrada pela Co tes e especiais num total de 15 a Odebrecht realizou serviços de terraplanage ncessionária Lit oral Norte, ativ pontes, entre 1992 e 1993. A rodovia tem 14 m e pavimentação, além o da Odebrecht 1 km de extensã TransPort o e hoje é
to da tou o primeiro contra en es pr re 56 te ou R CBPO of America. O o, a construção da a ieg ri D iá id n bs Sa su de a su ão gi de re o na por mei 2 km de uma freeway a, nos Estados Unidos, ni ór lif Ca da ão gi re na Norberto Odebrecht 96 realizado de 1992 a 19
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tem 52,44 , 6 9 9 1 m e ída ina. Constru es a Luján. Até sua t n e g r A a n , cceso Oeste a de 40 e Buenos Air Autopista A o que unem a cidade d s horas, hoje leva cerc dua nsã km de exte percurso era feito em ,o inauguração minutos
Construída e operada pela Odebrecht, a Yurimaguas, em Loreto, possibilitando ass
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IIRSA Norte é composta por 955 km de estradas que unem o Porto Marítimo de Paita, em Piura, com o Porto Fluvial de sim a conexão do Norte do Peru com o Brasil. A Odebrecht Latinvest tem a concessão da via por 25 anos
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km de extensão que 6 65 m te r Su SA a IIR Odebrecht no Peru, la pe a ad er onteira com o Brasil op fr e s, da io uí D tr de ns co re m ad bé M m Ta i, em os, en Cusco, a Iñapar rc U de ro ir ba do leva
O projeto V ía meio da Co s Nuevas de Li nce km de estra ssionária Rutas das (96 km existen
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A Ruta del Sol é a mais importante via da Colômbia. Concentra 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e conecta os dois centros urbanos, Bogotá e Medelín, com a Costa do Caribe. O Trecho 2 da via, com 528 km de extensão, está sob responsabilidade da Concessionária Ruta del Sol, liderada pela Odebrecht Latinvest (62,1%), para operação e manutenção por 25 anos. A Organização está presente também nas obras, que tiveram início em 2011 e têm previsão para serem concluídas em cinco anos
ima revitaliz ae de Lima, a constrói as principais v ias Od ntes e 19 se ebrecht Latinvest ta de acesso à cidade de m ndo constru ídos) é válid bém irá operar essas v Lima, no Peru. Por ias. A conce a por 30 a ssão dos 115 nos
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A Ca 20
r viadutos. O projeto po a ad rm fo da to te amen extensão, sendo pratic para a preservação dos Aquedutos das de km 7 3, e ec er of IL a IC 17 – CR as de engenharia ic ria de cn té as or ad ov in s Em Lisboa, Portugal, ai as m contribuiu para a melho o nd via za do ili ro ut A , . 11 0 via 2 a da o 7 rn foi realizado de 200 1748, que está no ento de do ta da al on ci na io Águas Livres, patrimôn de 2 milhões de pessoas cerca qualidade de vida de
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Administrado pe la C Campinas e Jaca oncessionária Rota das Bandei ras, o reí, n 013 da pesquisa o interior de São Paulo, foi co corredor da Rodovia Dom Ped nsi ro de rodovias divul gada pela Confed derado o terceiro melhor trech I (SP-065), que liga as cidad es o rodoviário do eração Nacional Brasil, de acord de do Transporte o com a edição (CNT)
istra cerca de 43 km in m ad a ri ná sio es nc co l co. A às praias do litoral Su al da Rota do Atlânti so on ci es ra ac pe o O nd e da ol , tr co on bu C am Pern Centro de Logístico de Suape, em e o ri iá V o ex pl om C de vias do é válido por 35 anos do Estado. O contrato
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o dos Guararapes tã bo Ja de io íp ic un m entre o Estado, havia apenas do Paiva, o caminho do o l ri iá su V ao a so em ur st Si rc pe do o o. No Antes da inauguraçã Coqueiros foram co, era feito de barc s bu do am a rn ot Pe R la em , pe ho da in ra st e Cabo de Santo Ago ção. Em junho de 2010, as vias administ enção da Via Parque ut an m e ão aç er op op , o m nstrução a Rodovia PE 60 co é responsável pela co a ri ná sio es nc co a o, liberadas. Desde entã Campos Júnior ilson e Ponte Arquiteto W
Em junho d e2 responsabilid 0 ad rodovia estã e o conforto pa ext ra os
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A Concessionária Bahia Norte é formada por um sistema de rodovias que somam 121 quilômetros e fazem a integração de sete municípios da Região Metropolitana de Salvador. As vias (BA093, BA-535, BA-526, BA-512, BA-521 e BA-524) formam um dos principais corredores de circulação de produtos e serviços da Bahia, interligando o Centro Industrial de Aratu (CIA), o Polo Industrial de Camaçari, o Terminal Portuário de Aratu e o Aeroporto Internacional de Salvador
014, a Ode brec da concessio ht TransPort iniciou a ná so tremament ria Rota do Oeste. Se bras de melhorias na B e de rão Rmotoristas terioradas. O objetivo três frentes de traba 163, no Mato Grosso, so lh é trazer m elhorias ime o em locais onde as co b a diatas na f luidez da via ndições da , segurança e
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