C U LT U R A
“A M I S S Ã O D A E D I T O R A É A S A LVAG UA R DA D O PATRIMÓNIO NACIONAL” É CONSIDER ADA A EDITOR A PÚBLICA P OR EXCELÊNCIA, DISP ONIBILIZAND O CONTEÚD OS DE FORMA U N I V E R S A L E G R AT U I TA , S E N D O U M V E Í C U L O P R I V I L E G I A D O PA R A A D E M O C R AT I Z A Ç Ã O D O A C E S S O À C U LT U R A E À L E I T U R A . A C O L E C Ç Ã O “ O B R A S D E M Á R I O S O A R E S ” É O M A I S R E C E N T E L A N Ç A M E N T O D A E D I T O R A DA I N C M . U M P R O J E C T O E D I T O R I A L A M B I C I O S O E C O M P L E X O Q U E S E D E C O M P Õ E E M VÁ R I A S FA S E S , M A S I G U A L M E N T E M U I T O G R AT I F I C A N T E .
Assumiu em 2010 a direcção da Unidade de Edição e Cultura (em 2010, Unidade Editorial) da Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM), a editora pública por excelência que conta com mais de dois séculos e meio de história. Sente uma grande responsabilidade? Sim é uma responsabilidade grande, mas é, sobretudo, um enorme privilégio. Quantas pessoas podem dizer que fazem realmente aquilo que gostam? Como surgiu este desafio? O desafio surgiu ainda em 2009 quando o então Presidente do Conselho de Administração, Estevão de Moura, que eu não conhecia, me convidou para ser o director editorial da INCM. Eu já tinha uma experiência relevante no sector cultural (também editorial) com funções executivas e de consultor em várias instituições de referência. Ao longo destes mais de 10 anos, quais foram as suas maiores conquistas na Unidade de Edição e Cultura da INCM? A conquista de um quadro institucional de grande autonomia e de total liberdade de programação e, em simultâneo, a afirmação da 90
ANA VAL ADO
marca Imprensa Nacional (a chancela editorial da INCM) como editora pública. Qual a missão da editora e qual a sua importância para a preservação do património cultural nacional? A Imprensa Nacional não concorre com as editoras privadas tem, antes, um papel supletivo. A editora pública assegura que textos fundamentais para a língua e cultura portuguesas estão disponíveis nas melhores edições, mesmo quando não é economicamente viável a sua publicação. A face mais visível da actuação da Imprensa Nacional é, precisamente, o seu plano editorial que todos os anos assegura a edição de 60 a 90 novos títulos. A editora pública tem hoje um catálogo com mais de 1.500 títulos activos e uma presença digital cada mais visível. Trabalham em conjunto com entidades públicas de referência na área da
cultura, garantindo edições de qualidade e a preços aceitáveis, que promovam o património (material e imaterial) português. Pode dar exemplos de algumas das entidades parceiras? Posso, claro. A Imprensa Nacional construiu, de há uns anos a esta parte, uma rede de alianças sólidas e variadas. Estabelecemos muitas parcerias, como por exemplo com o Museu Nacional de Arte Antiga, Museu Nacional de Arqueologia, Palácio Nacional da Ajuda, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Nacional de São Carlos, Fundação Gulbenkian, Plano Nacional das Artes, etc… (são mesmo muitas as instituições!). Estamos a falar e nível nacional. Mas também estabelecemos parcerias a nível internacional, como por exemplo com a Imprensa