Revista Atualidade Cosmética 144

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Ideias, tendências, lançamentos, mercado e negócios Ano: 22/2015 • R$ 40,00

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HAIRCARE Os matizantes estão brilhando no mercado

PAC2015:

VAREJO

As novas realidades do setor, os dilemas dos hipermercados e as oportunidades do atacarejo

As avaliações para escolher os melhores produtos do ano vão começar




12.

54.

As avaliações para definir os melhores do ano começam em setembro.

Fórum quer abordar a discussão dos outros pilares da sustentabilidade

14.

55.

Os matizantes ganham espaço nas prateleiras das perfumarias.

Expectativa de 30% mais público na edição de 2015.

46.

58.

ATUALIDADE

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evento Prêmio Atualidade Cosmética

categoria haircare

Workshops Atualidade Cosmética Maquiagem, Proteção Solar e Venda Direta

Evento Sustainable Cosmetics Summit

Evento In-Cosmetics

clássicos Flowerbomb

A suave bomba de flores de Viktor&Rolf completa 10 anos.

Um resumo do que de melhor foi apresentado e debatido nos eventos.

53.

Evento Beauty Fair

Tudo pronto para a maior feira de beleza da América Latina.

especial vare jo

34.

m erca do

participação O varejo aumenta sua de beleza. Mas tos du pro na venda de são muitos. os desafios pela frente

38.

Ca sh&C ar ry

temente sobre as O atacarejo avança for pessoal. E o canal categorias de higiene m do básico. alé ir tem espaço para

44.

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hipermercados O desafio dos super e l adequado no pe pa um em encontrar de beleza. novo cenário do varejo

editorial ______________ 6 painel _______________ 8 express ______________ 26



EDITORIAL

A força do varejo suas peculiaridades de construção de marca, exposição e experimentação de produtos no próprio PDV. São os varejistas que, de algum modo, atentam para esses elementos, os que estão se dando melhor na disputa pelas moedinhas que restam na carteira dos consumidores. Na ponta contrária, o varejo alimentar, ainda hoje o maior vendedor de produtos de higiene e beleza, sofre com a falta de identidade do seu papel em relação ao segmento de beleza. É importante que esses varejistas encontrem o seu espaço e voltem a se desenvolver, ajudando o mercado a superar esse momento difícil e já se preparando para aproveitar as oportunidade que, certamente, se avistarão num futuro próximo.

em suas múltiplas facetas, este é o grande canal para o desenvolvimento da indústria

P

or anos, o varejo brasileiro, foi superado a passos largos pela força da venda direta no negócio de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Nas categorias de beleza, a surra era colossal. Maquiagem, cremes de tratamento facial, perfumes... Quase tudo era entregue por meio do exército de consultoras da venda direta. Só que de dez anos para cá, o varejo brasileiro vem num processo de evolução continuada. Impulsionados pelo aumento do consumo o varejo brasileiro se reinventou, aportou tecnologia, serviço, passou a dar mais atenção a aspectos como o gerenciamento do mix, entendimento do consumidor, ambientação e experiência de compras, além de muitos outros aspectos mais operacionais do negócio, como gestão de estoque, prevenção de perdas e logística. Em maior ou menor grau, todos os canais de varejo que se relacionam com a indústria de beleza – um escopo que vai dos grandes hipermercados até as pequenas perfumarias de bairro – foram impactados por essa mudança. E, desde 2012, o varejo recupera espaço na venda de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos no mercado brasileiro. É importante destacar que essa movimentação variou bastante dentro dos diferentes formatos de varejo. Os varejistas especializados e as farmácias, tiveram um desempenho muito superior na comparação com os varejistas do canal alimentar. A especialização é uma tendência crescente no varejo brasileiro e extremamente benéfica para o mercado de beleza, com todas as

fundador: José Luiz de Paula Jr. Publisher: Aûani Cusma de Paula

A DISPUTA VAI COMEÇAR... No próximo dia 9 de setembro, começam a ser realizadas as avaliações que vão definir os finalistas do 23º Prêmio Atualidade Cosmética – o Oscar do mercado de beleza na América Latina. Como é tradição, um corpo de jurados de primeira grandeza, formado por especialistas em suas respectivas áreas de atuação, vai se debruçar sobre as bancadas para avaliar de maneira minuciosa os principais produtos lançados nos últimos 12 meses, buscando reconhecer as melhores ideias, as tecnologias inovadoras e premiar as empresas que ofereceram uma melhor proposta de valor para os consumidores. Os finalistas vão ser apresentados a partir do dia 14 de setembro. Já os vencedores só serão conhecidos no próximo dia 10 de novembro, durante a cerimônia de entrega dos troféus, que acontece no Teatro Bradesco, em São Paulo. Desde já você é nosso convidado para a noite mais aguardada do ano pelo mercado de beleza.

Boa leitura e até lá.

editor-assistente: RAFAEL mendonça (RAFAEL@cusmaneditora.com.br)

executiva de vendas: Wanessa de Souza (wanessa@cusmaneditora.com.br)

Reportagem: LARISSA GUTIERRES (LARISSA@cusmaneditora.com.br)

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Experience O mundo se transforma dinamicamente, nos cercando de novas informações. Ter foco no presente muda a forma com que nos relacionamos e é essencial. Atenta às transições, a Cosmotec lança o novo pacote NEOMIX, com mais encontros de ideias, evolução das tendências e muitas inovações. Surpreenda-se com as tecnologias e sensações que a Cosmotec preparou para 2015: Universalização de texturas em 9 ângulos

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painel De casa nova

C

Jean Mane, CEO: o Brasil entrou no radar de investimento da casa francesa.

om 144 anos de vida, a francesa Mane é um nome tradicional no universo das fragrâncias. Sexta maior empresa do setor de aromas e fragrâncias do mundo, em 2014 ela viu suas vendas de fragrâncias beirarem os 300 milhões de euros e elas vem se expandindo globalmente. Mas, ao contrário do que aconteceu com quase todas as suas concorrentes globais nos últimos anos, o Brasil não foi um gerador de grandes números para a empresa. “(A Mane) vinha perdendo muito espaço no Brasil. A Mane cresceu muito nos EUA, na China, na Europa. Temos posição forte no México. No Brasil algo aconteceu que deixou a empresa parada”, diz o diretor comercial da área de fragrâncias da empresa Diego Pallardó. O executivo, que fez carreira nas casas IFF e Firmenich, chegou a Mane em fevereiro deste ano, como parte de uma mudança na gestão da empresa aqui no Brasil. Além de não vir de uma safra de bons números por aqui, a Mane, também ao contrário dos seus concorrentes internacionais, não tinha realizado nenhum grande investimento em infraestrutura no Brasil. Ao que tudo indica, essa situação vai mudar a partir de agora. A empresa inaugurou no final de julho, um novo centro criativo no Brasil, na cidade de São Paulo. O novo prédio vai abrigar os seis perfumistas e toda a área de criação – inclusive os laboratórios de pesquisa e aplicação, que se concentravam na fábrica da empresa, no Rio de Janeiro. A empresa conta com seis perfumistas no Brasil. Para Diego, o investimento sinaliza claramente a disposição da família Mane, que controla a empresa desde a sua criação, em 1871, de investir no País para mudar o patamar das suas operações de fragrâncias por aqui. A área de fragrâncias da Mane no Brasil tem faturamento estimado em cerca de US$ 20 milhões, pouco para as ambições da empresa frente ao potencial do mercado brasileiro de fragrâncias, de cerca de

US$ 540 milhões. A fábrica da empresa no Rio de Janeiro também está sendo ampliada. Apesar disso, nos próximos dois ou três anos existem projetos para a construção de uma nova fábrica. Para os próximos anos, a empresa projeta uma taxa de crescimento de 20% ao ano. O maior foco de atuação da empresa são os clientes locais, e os clientes de médio porte tem importância fundamental nessa estratégia de crescimento. “É um momento de mostrar para os clientes que a Mane tem muito para desenvolver e para fazer. Temos muitos clientes que reconhecem a Mane como um parceiro no crescimento deles, e são empresas que estão um trabalho bem focado e seguem crescendo”, finaliza o executivo.

Firmes e fortes Ninguém te dúvidas que o mega negócio de US$ 14 bilhões, anunciado no início de julho, e que compreende a fusão de 43 marcas de beleza da P&G (incluindo Wella, Clairol e as licenças de perfumaria de Dolce&Gabbana e Hugo Boss) com a Coty, é a grande operação do mercado de beleza do ano. Mas ele

está longe de ser o único. O setor de beleza global continua quente para fusões e aquisições e no segundo trimestre foram 22 operações, 45% mais negócios que no mesmo trimestre do ano passado e o número mais alto registrado nos últimos três anos. Com isso o número de transações realizadas na primeira metade do ano

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totalizou 41, 14% a mais em relação ao mesmo período de 2014. Os dados são da firma norte-americana Intrepid Investment Bankers. Os movimentos no mercado foram feito tanto por compradores estratégicos, com grande destaque para a Unilever, que fez quatro aquisições no segmento de skincare no primeiro semestre; como por fundos de investimento, como General Atlantic, Yellow Tree Parners e Tengram Capital.



painel Potencial inexplorado

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Amazônia brasileira possui a maior biodiversidade do planeta e pesquisadores estimam seu valor em mais de US$ 3 trilhões. O potencial da produção de produtos de higiene e beleza com base florestal na região amazônica ainda é pouco explorado, principalmente pelos pequenos negócios. Parte do problema está na baixa qualidade dos insumos extraídos da floresta e na ausência de laboratórios e equipamentos que agregam valor aos produtos, o que dificulta o desenvolvimento dessa cadeia produtiva na região. Para mudar esse quadro, o SEBRAE colocou em prática um projeto inédito de estruturação do segmento industrial nos sete estados da região Norte. O “Projeto Estruturante Cosméticos de Base Florestal” está sendo implementado, desde 2013 e tem vigência até agosto de 2017. De acordo com o presidente da entidade, Luiz Barretto, a iniciativa prevê a articulação entre diversas entidades e empresas, e pretende transformar os pequenos negócios em referência mundial na produção de insumos e produtos com maior valor agregado, para atender aos mercados interno e externo. Segundo o dirigente, a brasilidade e a biodiversidade são tendências no mercado mundial de beleza, porém, pouco exploradas aqui no Brasil. O projeto vai prospectar novos insumos, por meio da abordagem aos produtores locais e exploração dos resultados de pesquisas já desenvolvidas na região. Num levantamento do pesquisador Francisco Elno, de Ma-

naus, o uso industrial de matéria-prima da região para produtos de beleza está concentrado em apenas 20 espécies vegetais - como a castanha-da-Amazônia, a andiroba, a copaíba e o buriti, entre outras, de onde se extrai óleos e essências. O SEBRAE nacional, que coordena o projeto, aporta recursos financeiros, na forma de repasse para os SEBRAE nos estados, que são os responsáveis pela implementação das ações. “O propósito do projeto é gerar conhecimentos, na forma de publicações, soluções de capacitação e consultoria tecnológica, que poderão ser disseminados pelos canais de atendimento do SEBRAE – Portal, projetos setoriais, Sebraetec, ALI, pontos de atendimento”, explica a analista, Hulda Oliveira Giesbrecht. Como um dos maiores problemas apontados é a baixa qualidade das matérias-primas, os conhecimentos a serem produzidos abordarão as boas práticas no manejo florestal e agroindustrial de insumos como açaí, andiroba, babaçu, castanha-do-brasil, copaíba e unha-de-gato. “Esses conhecimentos se referem a pesquisas desenvolvidas ou em desenvolvimento, pesquisadores dedicados a esse tema, infraestrutura tecnológica local para prover os serviços tecnológicos que serão demandados pelos produtores locais, boas práticas de manejo e extração dos produtos tecnologias de processamento desses produtos”, pontua Hulda. Das 2.446 indústrias brasileiras de higiene e beleza, segundo o SEBRAE, apenas 48 estão localizadas nessa região. Produtos da Chamma da Amazônia: a maior parte das matérias-primas da região tem origem em apenas 20 espécies vegetais.

Uma nova vida A marca de nutricosméticos Innéov, que estava com os seus dias contados ganhou vida nova. A Galderma, empresa de cuidados com a pele da Nestlé, concluiu a aquisição global do negócio, que marca a sua entrada na categoria. No ano passado, a participação da L´Oréal de 50% na Galderma foi transferida para a Nestlé, que passou a ser a única controladora da companhia. Na sequência do processo, L´Oréal e Nestlé chegaram a anunciar o fim

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da operação da Innéov, que era tocada pela divisão de Cosmética Ativa da empresa francesa. Assim como a própria Galderma, a Innéov era uma união entre a Nestlé e a L´Oréal, criada em 2003 para desenvolver produtos que reunissem o melhor da pesquisa dos universo da nutrição alimentar e da beleza. Desde que foi lançada por aqui, em 2008, o Brasil tem sido um dos maiores mercados da marca em todo o mundo.

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prêmio atualidade cosmética

Preparativos Finais Está chegando a hora do 23º Prêmio Atualidade Cosmética, o evento que premia sempre os principais produtos, marcas e profissionais da indústria de beleza do País >>> Larissa Gutierres

A

s inscrições para o 23º Prêmio Atualidade Cosmética já foram encerradas. Até o dia 28 de agosto, mais de 40 empresas cadastraram seus produtos lançados entre 2014 e 2015. Serão seis grupos divididos por categorias:

Patrocínio Diamante:

Pele, Maquiagem, Banho e Higiene, Cabelo, Perfumaria Latino-americana e Perfumaria Internacional. É o evento do ano para os grandes nomes do mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos do Brasil. A premiação acontecerá no dia 10 de novembro, no Teatro Bradesco, em São Paulo.

Patrocínio Ouro:

Atualidade COSMÉTICA

Os grupos de avaliação serão formados da seguinte forma: Pele (Tratamento Facial, Tratamento Corporal e Skin Care-Distribuição Seletiva), Maquiagem (com Maquiagem-Distribuição Seletiva, Linha/Coleção de Maquiagem e Inovação em Produto de Maquiagem), Banho e Higiene (Higiene/Beleza Masculina e

Patrocínio Prata:

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Infantil/Kids), Cabelo (Higiene e Beleza Capilar), Perfumaria Latino-Americana (Masculina e Feminina) e Perfumaria Internacional (Masculina e Feminina). Jenifer Vieira, organizadora do evento, explica a importância do PAC para o desenvolvimento do setor. “Quando a indústria coloca os produtos que ela produziu (durante um período) para serem criticados, avaliados pela equipe do Prêmio Atualidade Cosmética, é possível ter uma imagem fotografada do que aconteceu naquele ano. De como foi comportamento profissional das marcas.” O Brasil está vivendo uma forte crise financeira, mas nem todos os lados dessa situação são negativos. “Se foi um período de crise, por exemplo, a gente consegue ver, por meio dos produtos, como ela afetou o mercado. Com o Prêmio, é possível avaliar também o nível do profissional, do desenvolvimento do produto, apesar do momento em que o País está vivendo. É possível notar toda a criatividade colocada nos itens”, diz. O evento também faz com que os profissionais compartilhem suas ideias, seus produtos inovadores, o que é realmente um diferencial. “Quando estamos em crise, a gente percebe a indústria mais criativa. É pouca verba para execução de um produto que tem de ser bacana. Os projetos são mais estudados, planejados nesses períodos. É preciso encantar o consumidor”, complementa Jenifer.

Novos e bons “intrusos” Em 2015, novas empresas se inscreveram para a premiação, como a Bioscientific, Bioart, Korres, Nutrimetics, DNA Italy, MAC, Go Man, entre outras. As avaliações se iniciam no dia 9 de setembro, e serão auditadas pela TG&C Auditores, dentro dos laboratórios da Faculdade Oswaldo Cruz, na cidade de São Paulo. O grupo avaliador contará com a presença de diversos técnicos, consultores, professores químicos e farmacêuticos, alunos, jornalistas e blogueiras

objeto cobiçado: mais de 40 empresa inscreveram seus produtos para a edição 2015.

que julgarão cada item participante. O resultado é confidencial, e será revelado apenas durante a cerimônia. O PAC é organizado pela revista Atualidade Cosmética, da Cusman, e tem importantes patrocinadores, como a Patrus Transportes (patrocínio diamante), Antilhas (patrocínio ouro) e Wheaton, Orlandi e Kosmoscience, com patrocínio prata. Assim como em 2014, estão previstas premiações para 24 categorias, entre produtos, empresas e profissionais. A novidade para este ano é o portal www.premioatualidadecosmetica.com.br, onde os interessados terão acesso a todas as informações do Prêmio, como regulamento, fotos, notícias. Além disso, é possível relembrar todos os vencedores de 2014. Um dos principais objetivos do PAC é alcançar todas as empresas, marcas do mercado brasileiro, independentemente

Apoio:

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do tamanho ou lugar. Isso é comprovado pelo fato de as inscrições serem gratuitas, ou seja, todos podem participar. “O Prêmio, que já está no mercado há mais de 20 anos, é uma iniciativa consolidada e que precisa do apoio de todos. Quanto mais participantes se inscreverem, melhor o mercado vai ficar. Hoje, nós conquistamos o terceiro lugar de beleza no mundo. E isso graças a esse perfil que o brasileiro tem de ser um povo curioso, empreendedor. Que gosta de se cuidar, de compartilhar informações e o Prêmio Atualidade Cosmética vai ao encontro disso. Desejo que todas as empresas participem, porque é um grande encontro do mercado, uma verdadeira celebração. É onde a gente vê tudo que foi produzido, desenvolvido. É uma maneira de melhorar a performance dos nosso produtos, do mercado como um todo”, finaliza a organizadora.

Iniciativa:

Atualidade COSMÉTICA

Realização:


ESPECIAL Haircare – Matizantes

Fios claros e platinados O momento vivido pelos matizantes – o queridinho das loiras – dentro do mercado de haircare; produtos que prometem iluminar, reavivar a cor e trazer de volta o famoso platinado aos fios quimicamente tingidos >>> Larissa Gutierres

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S

egundo pesquisas, cerca de 70% das mulheres brasileiras tingem os cabelos. São diversos tons de loiros, ruivos e morenos. Mas, como se sabe, com o tempo a tinta vai “desbotando”, modificando a cor. Além disso, o excesso de coloração pode danificar os fios capilares. Então, os chamados produtos matizantes, matizadores ou, simplesmente, desamareladores, podem ser uma solução para esse problema. Um serviço de manutenção ideal para cabelos com química, que pode ser feito até mesmo dentro de casa. Os matizantes começaram a surgir no mercado brasileiro a partir dos anos 2000. É possível encontrar itens bem específicos, para diferentes tonalidades de cabelo, entretanto, eles são os queridinhos das loiras, principalmente para aquelas que gostam de ter o cabelo platinado. São produtos que possuem pigmentos que “mascaram os fios oxi-

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ESPECIAL Haircare – Matizantes dados”, neutralizam o tom amarelado e alaranjado dos cabelos loiros, brancos ou grisalhos. Eles realçam a cor, e podem até hidratar os fios, dependendo de sua composição química. Os matizantes não podem ser considerados um “processo químico”, pois os itens não agem como tintura – uma vez que não penetram no fio – apenas o “encapa”. O processo de matização deixa o cabelo com tons mais frios, ou seja, acinzentados. Matizar o cabelo, portanto, significa neutralizar, acrescentar ou intensificar alguma cor já existente nos fios. “O matizante reaviva a cor. Principalmente, nas brasileiras, que têm uma pigmentação de cabelo que puxa mais para o avermelhado. Por mais que você descolora o cabelo sempre,

logia & Inovação da fornecedora de matérias-primas, esclarece: “Quando aplicado, o Jarocol Violet 43 deposita uma pequena quantidade de corante na fibra capilar, suficiente para neutralizar a coloração amarela dos fios. Além da ação desamareladora, é possível também obter o efeito platinado, dependendo da concentração de uso e do tempo de aplicação dos produtos contendo o corante.” As marcas nacionais estão investindo bastante nesses itens e quase todo mês uma nova linha é lançada. Além dos chamados matizantes, há diversos desamareladores (shampoo, condicionador e máscara) que também agem com o mesmo efeito. Não há uma definição correta para cada produto, mas eles também prometem

Um erro muito comum entre as mulheres é aplicar o matizante da raiz para baixo. Isso faz com que o produto aja mais rápido na parte de cima do cabelo, e fique com tons destoantes no comprimento dos fios. O correto é dividir o cabelo ao meio, e aplicar em um lado de cada vez. ele vai mudando de cor, e isso ajuda até no trabalho do cabeleireiro. Se a cliente usa o matizante com frequência, quando ela vai retocar as luzes, por exemplo, o resultado fica mais bonito, porque a cor já estava sendo tratada antes. Com o matizante, a consumidora pode fazer a manutenção da cor do cabelo em casa, porque o produto neutraliza o tom e tira o amarelado”, explica a cabeleireira Neiva Dias. Para conferir esse efeito aos produtos, a Cosmotec – distribuidora de especialidades químicas para a indústria de beleza – recomenda o Jarocol Violet 43 (Vivimed/Cosmotec), um corante temporário ácido que apresenta a propriedade de mascarar a cor amarelada frequentemente observada em cabelos grisalhos ou descoloridos. Mariana Olivato, gerente de Tecno-

reavivar a cor dos cabelos quimicamente tingidos. “O shampoo desamarelador vai devolvendo os pigmentos conforme a cliente vai lavando o cabelo várias vezes. Já o matizador consegue trazer o resultado com uma única aplicação”, comenta o cabeleireiro Newton Alves, sendo que esta, talvez, seja a principal diferença entre os produtos.

Dificuldades de uso Todavia, nem tudo são flores. O matizante é visto como um produto de manutenção, que pode ser utilizado em casa. Mas, se usado de maneira incorreta, pode danificar os fios capilares. Um erro básico é não seguir à risca as instruções do produto, e deixá-lo agir por mais, ou menos tempo. Nesse caso, poucos minutos podem fazer toda a diferença. O cabelo pode

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ficar “chumbado”, ou seja, muito cinza, quase branco. Às vezes, pode até mesmo ficar roxo ou esverdeado, gerando um grande transtorno. Esse efeito tem como ser revertido, claro, mas somente após algumas semanas. “Os chamados matizantes/matizadores não são ruins, mas esses mais concentrados são mais difíceis de saber usar em casa. Atualmente, o mercado lança ‘n’ produtos, e muitas vezes as clientes não sabem manuseá-los. Eu indico sempre um profissional para fazer esse procedimento, porque se o cabelo estiver muito poroso, ressecado, pode absorver rapidamente o produto, e acabar manchando os fios. Caso a minha cliente queira fazer a manutenção em casa, eu recomendo o uso do shampoo ou do condicionador com efeito matizante, por serem itens mais simples, que não agridem tanto. Eu já tive clientes que usaram o matizante de forma inadequada, mancharam o cabelo e depois vieram até mim para corrigir o estrago. As brasileiras são muito miscigenadas. Tem muitos tipos diferentes de loiras e morenas, então eu recomendo que um profissional, que saiba lidar com esses processos, faça a matização para o resultado ficar perfeito. A febre hoje em dia por esses produtos é muito grande. As blogueiras falam, recomendam, mas tem de ter cuidado”, alerta Newton. De acordo com cabeleireiro Eduardo Afonso, há um jeito correto de aplicar o produto. Um erro muito comum entre as mulheres é aplicar o matizante da raiz para baixo. Isso faz com que o produto aja mais rápido na parte de cima do cabelo, e fique com tons destoantes no comprimento dos fios. O correto é dividir o cabelo ao meio, e aplicar em um lado de cada vez. “Estes produtos são excelentes na minha visão de profissional. Mas, não indicaria para uma leiga, alguém que não tem conhecimento técnico, usá-lo. Pela minha experiência, já vi muitas clientes aparecerem com o cabelo chumbado, ou até mesmo esverdeado no salão, porque usou o produto de forma incorreta em casa.



ESPECIAL Haircare – Matizantes

Magic Profissional

Variedade para não amarelar Conheça algumas opções existentes no mercado em termos de matizantes/ desamareladores

Gloss Matizadores (3D) A linha Gloss Matizadora é composta por: Platinum Branco (efeito platinado), Ice Blond (efeito cinza), Blond Black (efeito grafite), Magic Color (primeiro matizador do Brasil, efeito prata) e Mafic Power (efeito pérola) para os cabelos loiros. Para os cabelos pretos: Master Black e para os avermelhados: Mega Red. A linha também possui um Shampoo Matizador, para cabelos coloridos e descoloridos, que prepara o fio para receber o matizador e obter melhores resultados. Skafe Keramax Desamarelador

Phytoervas

Desamarelador Os shampoos e condicionadores são formulados com flores de violeta e com o PhytoComplex, um complexo exclusivo de cereais integrais de linho, quinoa e trigo que proporcionam renovação da cor com efeito prolongado, hidratação e brilho. Os produtos não possuem sulfato e parabenos.

Ele pode ser perigoso, e a consumidora vai acabar gastando muito mais depois para corrigir o erro. Agora, se ela tem experiência com o produto, daí tudo bem.” Um incômodo comum para quem tem cabelos mais claros é o cloro utilizado na higienização da água nas piscinas. Quase toda loira já deve ter vivido essa tão temida experiência: a pessoa fica horas dentro da piscina, e depois de algum tempo, percebe que o cabelo ficou verde! Isso mesmo, às vezes, a concentração de cloro é tão grande, que os cabelos tingidos podem ser danificados, adquirindo um tom esverdeado. Vale ressaltar que os matizantes não são indicados para re-

Sachê Silverway Lançada em 2010, a linha profissional (composta por shampoo, condicionador, máscara) tem em sua composição química elementos como a lanolina, óleo de algodão e proteína do leite, que servem como importantes agentes na neutralização dos tons amarelos.

e o Maggiore Blond System A linha possui uma fórmula que age gradativamente nos fios neutralizando a cor, dando brilho intenso, flexibilidade e maciez. Possui fórmula balanceada e corretiva, que limpa removendo o efeito amarelado indesejado, além de hidratar. A Maggiore Blond System é composta por creatina, arginina e pantenol.

Vult Silver Blond Contando com shampoo, condicionador, máscara, leave in e sérum, a linha foi desenvolvida à base de óleo de Monoi, um óleo concentrado obtido através da maceração das flores de Tiaré no óleo de coco, ativos vegetais e Omega 3 e 6 Gold, que juntos devolvem o brilho e atenuam o amarelado dos cabelos. Sem adição de sal na formulação.

solver esse tipo de problema. “A coisa mais importante é prevenir. Quando for para piscina, tem de passar um creme antes, que tenha filtro solar. Principalmente quando for ficar muito tempo, e quem tem o cabelo mais claro, tem de passar bastante nas pontas, que é onde mais resseca. Tem de ser uma quantidade generosa de creme”, observa Neiva. Para Newton, não é recomendado que a consumidora tente resolver o problema em casa, sozinha. A melhor forma de corrigir o tom esverdeado é com a ajuda de um profissional. “O cabeleireiro pode resolver o problema no mesmo dia, porque ele é capacitado, sabe de técnicas específicas, que fo-

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ram estudadas e testadas. Acho muito mais fácil. Gosto de usar os shampoos de limpeza profunda, ou anti resíduo, mas tomando muito cuidado, porque aquela cutícula fica dilatada e o produto pode ressecar ainda mais um cabelo que já está danificado”, diz.

Olhar das consumidoras Atualidade Cosmética conversou com algumas consumidoras, todas loiras. Elas usam shampoos, condicionadores, máscaras desamareladoras, matizantes, e até ampolas de tratamento. Foram diversas marcas citadas, com diferentes características. Algumas reclamaram que os shampoos, principalmente, dão um bom resultado, mas podem ressecar



ESPECIAL Haircare – Matizantes

Variedade para não amarelar Trattabrasil Linha Matizante A marca oferece shampoo, emulsão e máscara platinadora. O shampoo tem sua performance intensificada pela adição de um complexo de aminoácidos que interagem com a fórmula. A emulsão, que faz uma associação dos ativos matizantes, silicones e óleos nutritivos, promove benefícios múltiplos como intensificação do brilho, correção da cor e reestruturação. Já a máscara é enriquecida com o exclusivo complexo de proteína hidrolisada, que melhora da estrutura danificada da queratina na fibra capilar.

Lola Cosméticos

Matizadores Lola A marca possui três linhas: Shampoo Violet Silver, Legalmente Loira e Kit Sex Blond. As máscaras tonalizantes contêm alta pigmentação dentro de uma fórmula sem amônia e não agressora, o que significa que o retoque e reparo de cor podem ser feito na frequência com a qual se costuma hidratar as madeixas.

Máscaras Matizadoras (Platinum e Champagne) e Fluído Auto Aquecido Desamarelador

Secrets Professional

A Máscara Matizadora Platinum é para quem deseja um efeito acinzentado mais acentuado, enquanto a Máscara Matizadora Champagne é direcionada para quem prefere um efeito mais claro. Os produtos possuem ação antioxidante, hidratam os cabelos, selam as cutículas e previnem o envelhecimento do fio. Para prolongar o efeito da matização, a linha traz o Fluido Auto Aquecido Desamarelador. Embellezze Nuance Matizadora Matizar os cabelos é neutralizar um tom indesejável revelado por uma descoloração ou tintura. Uma excelente opção de matizador é a linha a Nuance Matizadora com Maxton Loura +Sensual 12.11 (Cinza Intenso). Ela é ideal para matizar mechas ou colorir totalmente os fios sem deixar o indesejável reflexo acobreado.

Sillage

Linha Matizadora Violeta Os produtos (shampoo, condicionador, máscara e ampola) possuem fórmulas balanceadas, enriquecidas com silicone, que recuperam e protegem os cabelos. A ação é gradativa, deve-se aplicar de acordo com o efeito final desejado.

os fios. Ainda assim, todas afirmaram que indicariam o produto a suas amigas. Para Carina Gonçalves, de 29 anos, o matizante é o único produto que deixa seu cabelo realmente platinado. “Uso uma vez a cada 15 dias mais ou menos, e adoro o resultado. Fica no tom que eu gosto.” Segundo ela, algumas marcas de shampoos desamareladores não foram tão eficazes para tirar o amarelado dos fios, além de terem ressecado seu cabelo. “Acredito que haja poucas opções de shampoos matizantes que realmente funcionem bem, sem ressecar tanto o cabelo”, observa. Roberta Maria Carlos, de 25 anos, também sentia esse efeito de resse-

camento, mas aprendeu a solucionar esse problema. “Antes eu só usava o shampoo, mas depois comecei a usar a máscara também e percebi que o cabelo fica bem mais hidratado. Dá pra sentir na hora a diferença e o bacana é que ele hidrata ao mesmo tempo em que mantém a cor.” Em contrapartida, há quem prefira usar apenas os shampoos desamareladores aos cremes matizantes. “Não gosto de usar matizante porque se eu usar errado, meu cabelo pode ficar muito cinza, ou até azulado, o que eu acho feio. Uso shampoo desamarelador que dá um efeito mais claro também e atende minha necessidade”, co-

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menta Thais Barbieri, de 27 anos. Gicélia Alves, 28, e Daiane Crivillari, 25, consideram os matizantes produtos de qualidade, com bom custo benefício e preço acessível. “Eu paguei caro no meu matizante, uns R$ 80, mas achei que valeu muito a pena, porque o resultado realmente é ótimo, além de durar bastante. Eu detesto quando meu loiro vai amarelando, e com uma aplicação já dá pra ver ele platinado de novo”, complementa Cláudia Souza, de 33 anos.

Relações com o atual cenário econômico O cenário econômico atual não é dos



ESPECIAL Haircare – Matizantes

Variedade para não amarelar Vizcaya

Silver Touch A linha Silver Touch, com shampoo e condicionador, possui vitamina E, pantenol e manteiga de cupuaçu, além de água termal de Vizcaya e proteção UV. Sua fórmula nutre, fortalece e aumenta a resistência dos fios, além de eliminar o amarelamento típico das cores claras.

melhores. A crise financeira brasileira já atinge diversos setores, e o de beleza não está escapando. Os profissionais dos salões já vivenciam isso na pele. “Como todo mundo, nós também estamos sentindo esse efeito da crise dentro do salão de beleza. Os impostos subiram em tudo, e os produtos, as químicas não ficaram de fora. E quando o produto aumenta de valor, nosso trabalho também aumenta. Não tem como manter o valor antigo, com todos os preços subindo”, declara Newton. “Com a crise, já dá pra perceber que as pessoas estão fazendo em casa alguns procedimentos que antes faziam conosco. A crise afetou de primeira na venda de produtos dentro do salão, principalmente os importados. Então, o que eu percebo é que a venda dos nacionais está crescendo cada vez mais. As mulheres buscam bons produtos, que sejam similares aos de fora, mas que tenham boa qualidade também”, acrescenta Neiva. Por outro lado, a vaidade é uma característica muito forte e marcante da mulher brasileira, por isso nem tudo está perdido. “Tenho clientes que faziam escova três vezes por semana no salão. Hoje, elas fazem uma

Bioextratus

Linha Matizante O shampoo, condicionador, máscara e finalizador deixam os fios sedosos, hidratados e com brilho platinado. Entre seus ativos é possível encontrar a microqueratina, que ativa o brilho e amaciez do cabelo danificado; Illipê, que possui ácidos graxos que permitem a restauração da camada hidrolipídica; Goji Berry, que combatem os radicais livres que levam à oxidação e ao envelhecimento dos fios; e Pigmento Violeta.

vez. Porém, com coloração, reflexos, químicas e maquiagens, eu ainda não senti diferença. Uma cliente que tem cabelo branco, não deixa de retocar. Uma negra que faz relaxamento também não. Elas abrem mão de comprar uma bolsa, por exemplo, para poder retocar o cabelo. A vaidade conta

Amend

Tratamento da cor Com shampoo, condicionador, creme protetor e máscara, a linha possui como principais ativos pigmentos violeta e extrato de camomila. Ela realça a cor e o brilho dos cabelos. O shampoo não contém sal e o condicionador e o creme protetor possuem filtro solar.

do, para fazer a cliente criar uma fidelidade”, afirma Neiva. “Com o uso do matizante, por exemplo, a pessoa pode passar um tempo maior sem fazer as luzes, sem o processo do salão, mas vai estar com a cor sempre reavivada. Com a própria moda agora do ‘ombré’ – técnica na qual os fios do

As marcas nacionais estão investindo bastante nesses itens e quase todo mês uma nova linha é lançada. Além dos chamados matizantes, há diversos desamareladores (shampoo, condicionador e máscara) que também agem com o mesmo efeito. muito, e elas procuram sempre estar bem. O cabelo é o cartão de visita, né?”, argumenta o Newton. Na tentativa de amenizar os efeitos negativos, os profissionais de beleza começam a buscar soluções. “A gente tem de ser criativa, sempre fazer ações que motivem as clientes a irem ao salão de beleza. É importante também sempre estar se especializan-

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cabelo ganham um tom degradê bem suave, prevalecendo tons claros nas pontas – em que a raiz do cabelo fica mais escura, só com o uso do matizante a cor do cabelo fica como se a pessoa estivesse saído do salão. Daí, ela faz as luzes normais e depois fica com o efeito ombré por um bom tempo. É uma forma de ficar bonita, sem gastar tanto”, finaliza a profissional.



categoria Maquiagem

Sinais de muita cor Mintel indica quais são as vertentes que têm movimentado o mercado de maquiagem e esmalte, que deve faturar R$ 6,80 bilhões em 2015

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Mintel revela que o mercado de produtos de maquiagem e esmalte para unhas cresceu 8% entre 2013 e 2014, o que representa 2,2% a mais que de 2012 para 2013. Em 2014, ele atingiu o valor de R$ 6,33 bilhões. Esta alta pode ter sido dada não somente graças à crescente ascensão da classe média e da mulher no mercado de trabalho, mas também às inovações das marcas nacionais e à chegada de novos players internacionais. A Avon, que ocupa o primeiro lugar em participação nesse mercado, lançou no Brasil em agosto de 2014 a sua linha premium Avon Luxe. Seus produtos para os olhos, lábios e rosto de alta qualidade possuem um preço 35% mais caro do que os outros itens da empresa. A marca brasileira possui ainda as linhas completas de maquiagem Faces e Aquarela, em constante inovação. Além disso, novos players internacionais desembarcaram no Brasil em 2014, o que pode ter contribuído também para o aumento em valor do setor. A marca californiana Mica Beauty e a marca inglesa de cosméticos sustentáveis Lush abriram lojas no País, e os produtos da Marc Jacobs Beauty começaram a ser comercializados na Sephora. Outro ponto relevante para o crescimento do setor é que o mercado brasileiro é caracterizado pela venda mul-

ticanal, ou seja, pode-se comprar os produtos através da venda direta, ainda muito forte no País, nas centenas de franquias, no varejo especializado e na internet. Hoje, praticamente todas as marcas de maquiagem e esmalte para unhas possuem um site no qual é possível comprar os produtos online. Sem esquecer das farmácias, que têm se alinhado ao que já acontece nos Estados Unidos e na Europa e estão sendo vistas cada vez mais como um canal onde se pode achar produtos de beleza de boa qualidade. Isto torna o mercado de maquiagem e esmalte para unhas cada vez mais acirrado e competitivo. Para 2015, a previsão da Mintel é de que o mercado fature R$ 6,80 bi, com uma queda de 0,6% em relação ao crescimento apresentado em 2014. Isso porque o mercado está instável com a alta do dólar, a alta da inflação e um possível aumento do desemprego em 2015. Além disso, novas medidas de ajuste fiscal que poderão afetar o preço final dos produtos ao consumidor, a começar pelos cosméticos e maquiagens, foram anunciadas no início deste ano. Apesar disso, em tempos de crise econômica, as mulheres se embelezam. O termo para esta tendência é chamado em português de “Efeito Batom” (“Lipstick Effect”) e foi inventado em 2001 por Leonard Lauder, executivo da empresa americana de cosméticos Estée Lauder. Ele prevê que as vendas de

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batom aumentem mais que a de outros itens em tempos de crise, porque ele é um dos produtos de maquiagem mais barato que existe e continua acessível quando se deve economizar. Isso poderá, assim, influenciar positivamente este período de crise em que se encontra o Brasil atualmente. Entre 2015 e 2019, a previsão é de que o mercado de maquiagem e esmalte para unhas


apresente uma média anual de crescimento de 6,3%, atingindo em 2019 um total de R$ 8,62 bi.

Alto poder de consumo De acordo com a pesquisa do consumidor, feita pela Mintel, a subcategoria de produtos para os lábios é a mais utilizada pelas mulheres brasileiras. 73% das entrevistadas disseram ter

utilizado batom ou brilho labial nos últimos seis meses. O consumo total de produtos para os lábios (incluindo batom, brilho labial e contorno/ lápis para os lábios) foi de 75% entre as consumidoras. Já 71% disseram ter usado esmaltes no último semestre. Na pesquisa do consumidor realizada em 2013, presente no relatório da Mintel Maquiagem – Brasil, dezembro de 2013, os esmaltes e os produtos labiais apresentaram as mesmas porcentagens de uso: 88% das mulheres disseram ter usado esmaltes e 88% produtos para os lábios no último semestre. Segundo o Mintel GNPD, maquiagem para os lábios ocupa o segundo lugar em lançamentos desde 2011 no mercado. Em 2014, representou 19,5% dos novos produtos. O primeiro lugar ficou com a subcategoria de esmaltes, com 60,8% de lançamentos. Estes dois tipos de produtos possuem, assim, as maiores entradas no consumo das mulheres brasileiras, talvez pelo seu baixo custo e pela grande variedade de cores. Os produtos para os lábios, além disso, são fáceis de serem aplicados e de serem transportados, hidratam muitas vezes os lábios como um bálsamo e ainda por cima transformam o rosto com uma simples aplicação. A inclusão de vitaminas, proteção UV ou ainda de ingredientes vindos dos cosméticos (por exemplo óleos hidratantes) podem tornar-se benefícios funcionais essenciais para o interesse das brasileiras nesses produtos. Apesar de 71% das brasileiras terem dito que usaram esmaltes nos últimos seis meses, elas não estão dispostas a pagar muito caro por esse produto: 76% das mulheres que disseram ter usado maquiagem ou esmalte no último semestre afirmaram que pagariam menos de R$ 10 por este tipo de produto, e apenas 14% declararam que pagariam entre R$ 10 e R$ 39,99. A quantidade de marcas existentes no mercado oferecendo esmaltes de boa qualidade a preços acessíveis faz com que as consumidoras desse tipo de produto não queiram pagar mais caro por ele. Além disso, pode-se achar esmaltes nos salões de manicure, en-

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tão talvez muitas consumidoras não acreditem ser necessário comprar um esmalte, já que podem experimentá-lo quando fazem as unhas com um profissional. Os produtos pelos quais as consumidoras de maquiagem e esmalte para unhas pagariam mais caro (entre R$ 40 e R$ 69,99), são os produtos para o rosto: 20% afirmaram que pagariam este valor por uma base; 18% por um BB cream ou CC cream e 17% por um pó facial. Esses produtos possuem um grande valor agregado, já que tratam a pele do rosto e ainda podem encobrir as imperfeições, os poros e as manchas, além de uniformizarem a pele e terem às vezes em sua fórmula fatores de proteção solar. Talvez porque produtos para o rosto têm a responsabilidade de deixar a pele da mulher perfeita e por terem diversas funcionalidades, as consumidoras brasileiras podem pensar que, comprando um produto para o rosto um pouco mais caro, estarão adquirindo um melhor produto para a pele. Essa pode ser uma boa oportunidade para as farmácias, já que elas disponibilizam um espaço cada vez maior para os produtos de beleza que, na maioria das vezes, são premium (ou seja, com um preço mais elevado).

A Mintel é a agência líder mundial em inteligência de mercado. Por mais de 40 anos, as análises da Mintel, feitas a partir de pesquisa de mercado com dados da mais alta qualidade, têm impactado no sucesso de nossos clientes. Com escritórios em Chicago, Nova York, Londres, Sydney, Xangai, Tóquio, São Paulo, Mumbai, Kuala Lumpur, Toronto, Belfast, Munique e Singapura, a Mintel moldou uma reputação de uma marca mundial renomada. Para mais informações sobre a Mintel, por favor visite brasil.mintel.com


Express Luz e ouro

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Million Cologne é a promessa de uma história sem fim. O frasco icônico é aprimorado e exposto em um design transparente, oferecendo a ideia de uma revelação. O frescor de um Eau de Toilette que é chamado de Cologne. A arte aqui é brincar com luz e ouro para revelar uma superfície envernizada na parte traseira do frasco, um flash brilhante no qual está gravado o nome lendário, acompanhado por um extravagante “Cologne”. A euforia do frescor em tons de couro, um despertar dos sentidos, trabalhado pelos renomados perfumistas Olivier Pescheux e Michel Girard. Para esta nova aventura há um acorde fresco e marinho, combinado com um coquetel de frutas cítricas e cardamomo, ecoando um sopro quente e incrivelmente masculino de couro elegante, vivificado com a fava tonka. As notas são: mandarim, cardamomo, rosa, bagas de zimbro, couro e fava tonka. O perfume foi produzido pela Puig. Distribuição: seletiva. Preços: R$ 299 (75ml) e R$ 399 (125ml). SAC: 0800 704 3440

Fragrância aquática

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nspirada na energia eletrizante de Londres, no calor e no toque da água na pele exposta ao sol, Brit Splash, da Burberry, é uma fragrância aquática, refrescante e revigorante para homens. Criada pelo Chief Creative e CEO da marca, Christopher Bailey, em colaboração com o renomado perfumista Francis Kurkdijan. Notas de cabeça: melão doce, alecrim fresco, gálbano. Notas de coração: ciclâmen, violeta, acordes aquáticos. Notas de base: musgo molhado, almíscar, vetiver. O frasco é apresentado no clássico frasco retangular Brit, com tons claros de azul que espelham a natureza aquática do aroma. A última novidade que entrou para a coleção de fragrâncias Brit, Burberry Brit Splash Eau De Toilette, segue os lançamentos recentes, Brit Rhythm for Women Floral Eau De Toilette e Brit Rhythm for Men Eau De Toilette Intense. Distribuição: distribuição seletiva. Preços: R$ 334 (50ml) e R$ 410 (100ml). Site: www.burberry.com

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O clássico de David Beckham

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avid Beckham apresenta uma nova fragrância em edição limitada para homens: Classic, um perfume especiado cítrico amadeirado, desenvolvido pelo perfumista Aurélien Guichard, da Givaudan, que captura o espírito único do celebrado visual de David. Um acorde gaseificado de mix de gim-tônica, lima e gálbano dá à fragrância uma explosão inicial de frescor efervescente. Depois, emerge um corpo especiado porém fresco de cipreste, noz-moscada e menta, que seduz os sentidos. Finalmente, no drydown, um blend de notas quentes amadeiradas e o viciante ambermax adicionam uma elegância refinada. O frasco cilíndrico incomum é adornado com um desenho de espinha de linhas diagonais, resultando em um design altamente tátil que pede para ser tocado. Através do vidro, o líquido cor de âmbar pode ser visto claramente, criando uma aura rica e quente. Em contraste, a tampa prateada polida adiciona modernidade e masculinidade ao desenho. Como um toque final, a frente lisa do frasco de vidro é decorada com um rótulo branco acetinado, que traz o distinto logo David Beckham: seu nome escrito em negrito, com um círculo eliminando as letras finais. O frasco de David Beckham Classic é alojado em uma elegantemente subestimada caixa preta com o mesmo desenho de espinha, evocando a alfaiataria chique. Como o frasco, a frente da caixa é adornada com um simples rótulo branco com o logo David Beckham em preto e o nome da fragrância em laranja queimado. Distribuição: seletiva. Preço: R$ 99 (90ml). SAC: 0800 773 3450

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Extrato da Cidra

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L’Occitane en Provence utilizou as propriedades energizantes do extrato da misteriosa Cidra na criação da linha Cedrat, direcionada ao homem moderno com produtos para a rotina de cuidados corporais, faciais e também no ato de barbear. Originária da Ásia, a Cidra não é apenas o primeiro fruto cítrico a chegar à Córsega, mas se tornou um ícone da ilha pela fragrância envolvente e aparência única. De seu frescor tão característico, nasceu o eau de toilette Cedrat para Homem de família olfativa amadeirado-cítrica, que traz a Bergamota e a Cidra nas notas de saída, a Noz-moscada e o Gengibre Azul

no coração até culminar em um fundo composto pela perfeita combinação de Cedro e Madeira de Caximira. Os produtos voltados ao corpo somam o perfume especial a uma textura leve refrescante, com o sabonete líquido para corpo e cabelo Cedrat para homem, o desodorante Cedrat para homem e o sabonete Cedrat para homem. A rotina facial fica mais completa e com resultado eficaz a partir do uso do gel esfoliante facial Cedrat para homem, do gel facial hidratante e matificante Cedrat para homem, gel de barbear Cedrat para homem e do gel-creme pós-barba Cedrat para homem.

Distribuição: lojas próprias. Preços: de R$ 19 (sabonete) a R$ 225 (eau de toilette 100ml). SAC: 0800 171 272. Site: www.loccitane.com.br

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Express Dermablend desembarca no Brasil

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marca francesa Vichy traz para o Brasil a linha de produtos Dermablend, maquiagem corretiva, com alta cobertura e que camufla as imperfeições por até 16 horas, sem a necessidade de reaplicação. A linha foi desenvolvida pelo dermatologista americano Dr. N. Craig Roberts e é reconhecida mundialmente por seus resultados de camuflar imperfeições cutâneas desde 1981. Estarão disponíveis a Base Fluida, Base Compacta, Corretivo em Bastão e Pó Fixador. Vichy Dermablend chega também com o intuito de ajudar as pessoas que se sentem incomodadas com imperfeições de pele de fácil reparação, como cicatrizes pós-operatórias, olheiras ou acne. A linha de maquiagem também é muito procurada por pacientes que sofrem de patologias como rosácea, melasma e vitiligo. A linha oferece uma textura ultra maleável e com perfeita afinidade com a epiderme, além de pigmentos altamente concentrados, duas vezes mais que uma base tradicional, que permitem uma cobertura uniforme e máxima cor. Distribuição: e-commerce. Preços: R$ 119 (corretivo em bastão), R$ 129 (base compacta) e R$ 149 (pó fixador). SAC: 0800 701 1552. Site: www.vichy.com.br

Sete em um

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octurne Sérum, lançamento da L’Bel, é indicado para uso noturno e garante a aceleração do processo natural de reparação da pele. Os resultados são imediatos e perceptíveis logo após a primeira aplicação, com uma pele mais revitalizada, iluminada, hidratada e suave. O produto conta com a tecnologia Synchro Actif, que equilibra, ativa e regula a produção de proteínas, melhorando visivelmente a vitalidade e a aparência da pele, além de contar com uma combinação inovadora de peptídios reparadores e poderosos agentes hidratantes. Sua textura é leve, isenta de óleo, e é absorvida rapidamente ao entrar em contato com a pele, trazendo uma sensação de refrescância e suavidade, com um delicado aroma de lavanda. Ideal para mulheres e homens de todas as idades e todo tipo de pele, L’Bel Nocturne Sérum é hipoalergênico, testado dermatologicamente e não comedogênico, isto é, não obstrui os poros. Distribuição: venda direta. Preço: R$ 116. SAC: 0800 778 8992. Site: www.lbel.com.br

Anti-Aging para os fios

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econhecida pelo diferencial em tratamento, Senscience apresenta a linha Renewal Anti-Aging, composta por shampoo e máscara de hidratação indicadas para fios ásperos, rígidos e desgastados com o passar dos anos, que precisam de uma dose extra de cuidados que envolvem fortalecimento e renovação. O shampoo e a máscara de hidratação Renewal Anti-Aging chegam para complementar a linha de tratamento de Senscience, que conta com os clássicos C.P.R e Inner Restore Intensif. O diferencial de Renewal Anti-Aging está no poder de recuperar e renovar cabelos danificados pela ação do tempo. O shampoo e a máscara atuam juntos no tratamento dos fios, fazendo com que fiquem fortalecidos e duas vezes mais resistentes à quebra, além de aumentar seu brilho e maciez. Os produ-

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tos Renewal Anti-Aging de Senscience são formulados com o Vitalock 6, uma mistura exclusiva de antioxidantes, vitaminas, minerais, açúcares, lipídios e proteínas que revitalizam o cabelo de dentro para fora, além da nova fórmula Revitainfuse Anti-Aging Complex, desenvolvida especialmente para cuidar de cabelos maduros, que reúne três óleos naturais conhecidos por suas propriedades hidratantes e revitalizantes: óleo de argan, óleo de açaí e óleo de babassu. O blend de óleos aliado à tecnologia Senscience resultam em uma fórmula que limpa suavemente e hidrata profundamente cabelos maduros, deixando-os mais fortes, macios, suaves e brilhantes em apenas uma aplicação. Distribuição: profissional. Preços: R$ 100 (shampoo) e 218 (máscara). SAC: 0800 709 9440

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Express Há 85 anos

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om inúmeros prêmios recebidos, Eight Hour Cream continua a reinar como uma das mais apreciadas fórmulas de tratamento de todos os tempos e agora está no Brasil. O que o torna tão eficaz é a perfeita combinação de Petrolatum – que forma um escudo natural na pele –, vitamina E e um beta-hidroxiácido com propriedades anti-inflamatórias e calmantes. Esse protetor proporciona uma pele saudável e “sela” a hidratação no interior da pele. A sua fórmula permanece a mesma desde o seu lançamento, há 85 anos. O bálsamo cor de damasco era tão benéfico para as suas clientes que Miss Arden o utilizava para tratar as pernas dos seus famosos cavalos puro-sangue, sua grande paixão. Eight Hour Cream Skin Protectant, o bálsamo de beleza multiuso, é amplamente conhecido pelas suas incríveis habilidades regenerativas. Este clássico de tratamento ajuda a proteger e acalmar a pele seca, áspera e com rachaduras, além de suavizar irritações menores da pele, arranhões e escoriações. E ainda dá aos olhos, maçãs do rosto e pernas uma luminosidade saudável. Distribuição: e-commerce. Preço: R$ 149.

Perfeitamente (Des)Arrumados

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caba de chegar ao mercado a nova linha TRESemmé Perfeitamente (Des)Arrumado, desenvolvida para mulheres antenadas com as últimas tendências e que adoram ter os cabelos naturalmente ondulados. A linha, que conta com shampoo, condicionador, creme para pentear e spray texturizador, possibilita que as consumidoras façam diversos tipos de ondas nos cabelos sem esforço. O shampoo, diferente de todos os outros da marca, é transparente e foi desenvolvido para ajudar os fios a ganharem forma e textura. Já o condicionador possui um blend de agentes condicionantes sem silicone, que diminuem o deslizamento entre as fibras e proporcionam “corpo” aos fios para as etapas de modelagem. O creme para pentear ajuda a domar os fios rebeldes e controlar o frizz dos cabelos mais cacheados proporcionando mais definição. O toque final é dado com o spray texturizador, formulado com uma mistura balanceada entre resinas de modelagem e sal natural que ajudam na formação das ondas e na fixação do look. A tecnologia utilizada nos produtos proporciona aderência entre as fibras suficiente para dar textura e controle do volume oferecendo corpo e movimento. Distribuição: farmácias, perfumarias e supermercados. Preços: R$ 10 (shampoo), R$ 11 (condicionador), R$ 12 (creme de pentear) e R$ 19 (spray texturizador). SAC: 0800 707 4471. Site www.tresemme.com.br.

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Proteção comprimida

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Unilever lança no mercado brasileiro os antitranspirantes comprimidos. Fruto de dez anos de pesquisas nos laboratórios da empresa na Europa, os produtos oferecem o mesmo rendimento, benefício, eficácia e duração dos antitranspirantes em aerossol regulares, porém, em embalagem menor. A novidade será oferecida ao público feminino em três variantes de Dove e cinco variantes de Rexona pelo mesmo valor das versões regulares. As mudanças também contribuem para o meio ambiente. Por meio dessa tecnologia, as embalagens dos antitranspirantes comprimidos trazem uma redução de 30% de alumínio nos frascos; 50% de redução de gás propelente (responsável pela saída do produto de dentro da lata); 39% menos caminhões nas ruas; 65% mais produtos acondicionados por pallets e 39% de redução no número de pallets necessários para transportar os produtos, o que entrega uma redução de 30% de impacto no meio ambiente durante o ciclo de vida do produto. A proteção de Dove com um quarto de creme hidratante, também estará presente nas versões comprimidas, assim como a eficácia da tecnologia Motionsense de Rexona. Variantes de Dove Feminino: Dove Original, Powder Soft e Invisible Dry; Variantes de Rexona Feminino: Powder, Cotton, Bamboo, Sem Perfume e Antibacteriano. Distribuição: farmácias, perfumarias e supermercados. Preços: R$ 14,28 (Rexona) e R$ 16,98 (Dove). SAC: 0800 707 9977. Site: www.desodorantescomprimidos.com.br



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Novas realidades Mesmo com diversas mudanças em termos de consumo, varejo segue em crescimento para o mercado de beleza. Mas, para que esta evolução prossiga, inúmeros são os desafios dentro de seus segmentos >>> Rafael Mendonça

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Brasil, que encantou o mundo pelo “poderio” da sua economia poucos anos atrás, teve o seu crescimento ancorado principalmente no consumo das famílias. Nesse período, poucos setores da economia avançaram tanto como o varejo. Pelos dados oficiais do IBGE, o consumo das famílias em 2013 somou R$ 3,03 trilhões. Considerando apenas o varejo de bens de consumo (excluindo carros e combustíveis), o movimento em 2013 somou R$ 1,27 trilhão, ou 26,29% do PIB nacional. Dos hipermercados, passando por drogarias, atacadistas, franquias, lojas próprias e especializadas, todos os formatos que, direta ou indiretamente, se relacionam com a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, viveram um forte processo de crescimento e consolidação ao longo dos últimos dez anos. Esse avanço permitiu ao varejo ganhar ainda mais espaço nas vendas do setor. Em 2014, a participação do canal – que considera todos os formatos de varejo físico – foi responsável por 72% de

todo o consumo de produtos de beleza no País, de acordo com dados da consultoria britânica Euromonitor. O resultado é 1,3 ponto percentual superior a participação obtida em 2009, mesmo que nesse período o e-commerce tenha avançado a passos largos. Mesmo que o varejo tenha ampliado sua participação no consumo de produtos de beleza, os seus diferentes canais não se comportaram de maneira uniforme nesse período. A Euromonitor divide essa participação em dois grandes grupos: os varejistas de alimentos, basicamente super e hipermercados, mercearias e o atacarejo; e os especializados ou não-alimentar, que engloba as perfumarias, lojas de departamento, lojas próprias de marcas de beleza e as farmácias. Enquanto os primeiros perderam quase dois pontos de market share, os segundos avançaram mais de três no período entre 2009 e 2014. Atualmente, a divisão entre os dois grupos é praticamente equitativa, como o canal alimentar concentrando 35,9% das vendas frente a uma participação de 35,3% dos varejistas especializados, lojas de departamento e farmácias.

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Para além da dinâmica que impulsionou o consumo no País, como o avanço da então nova classe média (de quem praticamente não se falou mais nos últimos meses), o aumento da renda da população, o nível de emprego elevado, a entrada da mulher no mercado de trabalho e o maior acesso à informação e serviços, os resultados de cada um desses canais foram decididos pela maneira como conseguiram entender e desenvolver suas características e fortalezas, a dinâmica da indústria de beleza e alinhar isso aos anseios e à realidade dos seus consumidores. Claro que, com a atual crise corroendo o bolso e o humor dos consumidores, obviamente nem tudo o que valeu e deu certo nos últimos cinco anos terá futuro na atual conjuntura. Mas, entender as características de cada canal, reforçando os seus diferenciais e alinhando o negócio a missão de compras dos consumidores em cada canal, continua mais válido e importante do que nunca.

Particularidades de cada segmento Um dos segmentos que mais se destacam


no desenvolvimento da área de beleza são as farmácias e drogarias. De artigos de conveniência, os produtos de higiene e beleza são hoje destino para o consumidor no canal Farma e peça central na estratégia das redes do setor. Um dos motivos que acelerou o desenvolvimento foi o processo de consolidação das grandes redes do setor. Isso porque são elas que dominam a maior parte das vendas de produtos cosméticos no canal Farma. Apesar de não serem perfumarias, as farmácias merecem atenção digna de um varejo especializado, afinal, categorias como proteção solar, desodorantes, tratamento capilar, além do negócio de dermocosméticos como um todo, geram uma parcela muito significativa das vendas nas farmácias. Já no canal de Perfumarias, a consolidação é uma realidade distante. O canal tem as suas referências e redes como Danny Cosméticos, Fikbela, Padron e Sumirê (em São Paulo), Lojas Rede (Minas) e Cosbel (Ceará), além da Ikesaki, a grande varejista do canal e vem recebendo mais atenção da indústria. Em um mercado tão pulverizado, as perfumarias que têm se dado melhor e crescido são aquelas que se assumiram como o que são: lojas especializadas em beleza. A profundidade do mix, com uma oferta de marcas e de produtos que apenas podem ser encontrada no canal, e o atendimento especializado sustentam o diferencial dessas redes, que, ao contrário de muitos dos seus pares, não teimaram em tentar competir por preço com os supermercados – algo praticamente impossível para a maior parte deles. E a profundidade do mix da perfumaria é uma questão vital também para a indústria nacional. Afinal, boa parte das marcas nacionais de pequeno e médio porte dependem desse canal para sobreviver. Na ponta mais sofisticada do varejo especializado, o canal de Distribuição Seletiva ainda vive muito do impacto gerado pela Sephora e a expectativa em torno do trabalho da The Beauty Box, a operação do Grupo Boticário que já soma mais de 30 lojas. Mas o canal como um todo segue representando um desafio para as marcas, que vêm apostando de maneira cada vez mais recorrente na abertura de lojas próprias, como forma de vencer as lacunas da distribuição seletiva no Brasil. O exemplo da MAC, marca de maquiagem da Estée

Lauder, é, sem dúvida, o mais eloquente nesse sentido. Mesmo as marcas de mass market se valeram da estratégia de lojas próprias, como forma de construir um canal adequado para certas categorias. A estratégia dos quiosques de Maybelline, marca de maquiagem da L´Oréal, fez com que ela ganhasse relevância na operação brasileira. E que o Brasil, se tornasse relevante para a marca. A Casa Granado também tem apostado na difusão de suas “boticas” como forma de explorar todo o potencial do portfólio da empresa, em um ambiente adequado e controlado. Turbinadas pelo avanço de O Boticário, o canal Franquia ganhou muitos pontos de participação no consumo de cosméticos aqui no Brasil. Mas, outras empresas também avançaram de maneira consistente, como a Mahogany, a Dermage e a Adcos. As duas últimas, focadas em dermocosméticos, representam uma tendência de que, também as franquias, vivem um movimento de segmentação. Já os varejistas do canal Alimentar, parecem viver uma crise de identidade, espremidas entre a oferta ampla e a sofisticação dos varejistas especializados e a proposta de compra de abastecimento racional do atacarejo, um canal que é a principal aposta de crescimento no Brasil dos próprios grupos varejistas por aqui.

Ligado ao consumo De alguma maneira, todos estes acontecimentos que fizeram parte da evolução dos segmentos do varejo estiveram ligados às mudanças que ocorreram em termos de consumo. Trata-se de um ponto comum que liga todos os diferentes canais, com o cenário que há alguns anos impulsionou o desenvolvimento do mercado de beleza como um todo: a ascensão da classe média, acesso ao crédito, entre outros fatos. Porém, este cenário mudou drasticamente recentemente e tudo aquilo que se mostrava como um importante termômetro para o lado positivo, passou a merecer uma atenção redobrada por parte dos varejistas. “Estamos vivendo um momento de desaceleração do consumo. Vínhamos de um histórico em que a classe média estava crescendo, o que possibilitou uma ascensão social e uma qualificação de consumo. O consumidor tinha acesso a serviços que não tinha antes. Isso

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foi o que aconteceu até meados de 2013 e um pouco do ano passado. De lá para cá, principalmente a classe C – que está endividada – acaba diminuindo um pouco do que ela consome. A grande questão é saber como ela se portará daqui pra frente”, ilustra Marco Antonio Giorgi, analista de mercado da Nielsen, indicando que esta realidade tem proporcionado o desenvolvimento de um novo segmento para o varejo de beleza, o atacarejo. Com as tendências apontando para uma racionalização do consumo, Marco destaca um movimento que está acontecendo e que pode sinalizar, de certa forma, a busca por itens mais sofisticados. O que ocorre é que, diante desta realidade, o consumidor tem deixado de utilizar os produtos da cesta de Higiene e Beleza fora do lar e passado a usá-los dentro de casa. Porém, ao mesmo tempo em que faz isso, ele tem procurado compensar esta “troca”, adquirindo uma marca melhor e mais cara. “Ao longo do ano passado, tivemos inflação em alguns setores e alguns deles, como o de Depilação teve um IPCA de 13,6%, Manicure 9,7% e Cabeleireiro 8,4%. Todos eles acima de 6,41%, que foi a inflação de 2014. A consequência disso aponta o crescimento de algumas categorias que seriam utilizadas nestas circunstâncias e que acabam se beneficiando e vendendo um pouco mais por causa dessa movimentação”, exemplifica Marco, que acredita que este cenário deve prosseguir por mais algum tempo ainda.

Evolução e execução Com suas próprias pernas, o varejo de beleza pôde dar passos em termos de evolução. E mesmo diante de tempos difíceis em que o mercado vive, tem conseguido apresentar bons números de crescimento nos últimos anos. Na visão de Gabriela Fujita, gerente de Atendimento e Negócios da Kantar Worldpanel Brasil, este desempenho tem relação automática com o momento que tem passado seu principal concorrente dentro do mercado de beleza: a venda direta. A especialista aborda o período de cinco anos para cá e diz que este canal perdeu força nos últimos três por conta dos fatores externos já citados anteriormente. “Temos um período em que os canais que o consumidor busca para comprar categorias como de cuidados


especial Varejo participação dos canais na cesta de compras de higiene e beleza PARTICIPAÇÃO EM VOLUME (%) Canal junho/14 junho/15 variação

Super + hiper 53,7 Varejo tradicional 24,3 Atacarejos 6,4 Outros canais 6,2 Porta a porta 5 Farmac/drogar/perfum 4,4 Total mercado 100

51,6 25,8 7,8 6,2 4,4 4,2 100

-2,1 1,5 1,4 0 -0,6 -0,2 0

pessoais são aqueles focados em preço. Os canais ‘especialistas’, como uma venda direta, uma farmácia ou mesmo uma franquia, eles só conseguiram se sustentar porque tiveram uma especialização e um valor de marca muito grande. Então, por exemplo, se uma empresa de venda direta não tinha esses atributos e ainda um produto não muito bom, o consumidor acabava comprando no varejo. Isso é o que vimos nestes últimos três anos, que foi quando o consumidor começou a ficar com o bolso mais apertado”, observa. De acordo com esta influência da queda da venda direta, Marcela Viana, analista de pesquisa da Euromonitor International, adiciona mais um ingrediente para abordar a evolução do varejo. Ela recorda que o multicanal vem tomando espaço e, atualmente, não existe mais apenas um jeito de comprar. “As empresas buscam diversas opções e canais para que a venda seja realizada no momento em que for melhor para o consumidor. Até porque, em meio a tudo isso, a concorrência tem aumentado muito. Então, como a compra de beleza tem muita indulgência e muito impulso, muitas vezes o consumidor não vai esperar para decidir sua compra, ele acaba indo no que está mais fácil, perto e no que se sente mais à vontade”, opina, apostando que a grande estratégia é estar presente em mais canais possíveis. A Euromonitor possui um dado que mostra que, entre 2009 e 2014, as vendas de produtos de beleza e personal care no varejo cresceram 55%. Em termos de evolução, também é preciso pontuar o desenvolvimento dos varejistas com relação à execução dentro de suas lojas. Atributos como Mix de Produtos, Merchandising, Experiência de Compra, entre outros, também foram evo-

PARTICIPAÇÃO EM VALOR (%) Canal junho/14 junho/15 variação

Varejo tradicional 18,5 Porta a porta 19,4 Farmac/drogar/perfum 11,1 Atacarejos 4,6 Outros canais 3,1 Super + hiper 43,3 Total mercado 100

19,8 17,2 11,1 6,1 3,8 42 100

1,3 -2,2 0 1,5 0,7 -1,3 0

divisão do market share entre os canais Outlet

Varejo de lojas Varejo alimentar Varejo especializado / não alimentar Vendas sem lojas Venda direta E-commerce

2009 (%) 2014 (%)

70,7 37,8

72 35,9

31,9 29,3 28,2 1,1

35,3 27,9 26,3 1,6

Fonte: Kantar Worldpanel

Fonte: Euromonitor

luindo nas lojas. Mas, além disso, Gabrieja Fujita destaca que o mais importante é saber qual é a necessidade do consumidor no momento, para então explorar estes atributos. “92% dos usuários compradores declaram que é importante ter um bom sortimento e uma boa variedade de produtos e marcas nas lojas. Então quando pensarmos em Mix, Merchandising ou experimentação, acho que o principal neste momento é que o consumidor precisa ter tamanhos de embalagem, para poder escolher e permear por estar com o bolso mais apertado. Ter também não só marcas de low price, mas também opções de marcas de alto preço. Tem de trabalhar esta questão de ter dentro do PDV um leque de opções tanto de marcas como de possibilidades de desembolso. Esta questão de ter sortimento é o principal, mais do que ambientação, já que o consumidor está fazendo cada vez menos ‘viagens’ aos PDV. E quando ele está no seu canal, dizemos que é o momento em que não se pode perder a compra dele e, para isso, é preciso ter sortimento e proporcionar escolhas, tanto de tamanho de embalagens e quantidade de marcas, com posicionamentos diferentes”, diz a gerente da Kantar, que crê que este é o principal desafio para varejistas e indústria.

farma, que por mais que seja competitivo em preço, pelo fato de o consumidor estar visitando menos as lojas, eles têm menos oportunidade de se mostrar para ele, que acaba comprando um pouco menos no canal. O que acontecia até meados do ano passado é que como o farma era competitivo em algumas categorias como shampoo e desodorantes, muitos consumidores acabavam indo já sabendo que comprariam estas categorias. Ou seja, já havia uma atração bem maior do que só com os medicamentos. E é neste sentido que o canal vem se prejudicando, pois este consumidor na hora de buscar estes produtos de HB, acaba já fazendo isso no supermercado ou no Cash & Carry”, situa o analista da Nielsen. Marcela, da Euromonitor, ressalta que, em momentos de crise, os consumidores começam a procurar alternativas e soluções para algumas categorias que não são as mais importantes em termos de marca ou conteúdo. “Em muitas categorias, o consumidor possui uma marca favorita e, neste caso, ele prefere não abrir mão deste produto, mas ele tenta reduzir em uma categoria que não seja tão essencial para ele. Por exemplo, o sabonete, em uma opção mais premium com atributos mais específicos, ele acaba optando por um mais simples com um benefício mais básico, até porque este produto para ele na cesta não impacta tanto. Mas este consumidor não vai mudar a marca do creme de tratamento capilar, de um condicionador, de um shampoo, ou de um cosmético que já gosta e tem uma afinidade”, finaliza. Nas próximas páginas, iremos traçar cenários relevantes que permeiam os canais Atacarejo e Alimentar. E, na próxima edição, traremos um raio-x mais aprofundado do Varejo Especializado.

Xô, crise! Diante desta realidade em que se faz necessária uma análise mais profunda do momento do consumidor, os varejistas terão mais força para encarar este momento de crise vivido pelo mercado como um todo caso consigam fazer isso. Mesmo assim, Marco Antonio Giorgi diz que, inevitavelmente, alguns segmentos acabam sofrendo mais do que outros nesses períodos difíceis. “Há canais, como o

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especial Varejo

inauguração de loja assaí, no interor de sp: os grandes grupos varejistas estão apostando forte na expansão das suas bandeiras de atacarejo.

A beleza do atacarejo Ele pode não ser o canal mais atrativo para o setor de beleza, mas o Cash & Carry é uma realidade para o qual a indústria não pode virar os olhos >>> AÛANI CUSMA DE PAULA

N

enhum formato de varejo avançou tanto no Brasil nos últimos anos como o Cash & Carry, também conhecido como atacarejo, modelo introduzido no País no início dos anos 1970, com a chegada da rede holandesa Makro e pensado para atender às demandas de abastecimento de pequenos comerciantes, como donos de restaurante e de mercearias. Mas o formato sempre atraiu consumidores que enxergavam nele um destino para compras de abastecimento extremamente racional.

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O atacarejo é um canal orientado por economia desde a sua concepção, toda ele pensado para rodar com custos operacionais bem menores que os hipermercados. O consumidor que vai ao Cash & Carry não espera (ou não deveria esperar) uma grande experiência de compras – no sentido mais bonito com que os consultores de varejo utilizam o termo hoje. As lojas são grandes e simples e em muitos aspectos se parecem com um grande estoque (ou um pequeno centro de distribuição). Ao invés de gôndolas organizadas, grandes prateleiras exibem produtos em packs com grandes quantidades ou mesmo em suas caixas de transporte, que podem ser retirados pelo cliente diretamente. De acordo com o 44º Ranking de Supermercados da publicação especializada Supermercado Moderno, o Cash & Carry teve alta real (descontando a inflação) de 3,2% em 2014 e atingiu faturamento de R$ 34,1 bilhões. No conceito ‘mesmas lojas’, o atacarejo foi o formato que mais elevou as vendas, de acordo com a pesquisa. O avanço recente do Cash & Carry junto aos consumidores brasileiros não é um movimento que nasceu da noite para o dia. Desde o final da década passada que o canal vem conquistando consumidores. Foi um dos que melhor aproveitou o avanço da classe C (até bem pouco tempo chamada de nova classe média) nos anos de bonança da economia brasileira. Com o sucesso, os operadores deste canal viraram alvos de aquisição por parte dos grandes grupos varejistas, o Atacadão foi comprado pelo Carrefour em 2007 e, no mesmo ano, o Pão de Açúcar comprou 60% do Assaí (os outros 40% foram adquiridos em 2009). Na mão dos maiores grupos varejistas do País o formato ganhou fôlego e vem se expandindo aceleradamente. Quando foi comprado, o Atacadão operava 34 lojas. Hoje são mais de 100 pontos de venda num negócio que é tão grande para a empresa francesa no Brasil quanto a rede de hipermercados com a sua bandeira. No caso do Assaí, em 2007, a bandeira tinha 14 lojas no estado de São Paulo e hoje soma 87 portas,

em 12 estados diferentes. “Quem tem crescido é justamente por meio da abertura de lojas. Apesar de todo este crescimento apontado, o Cash & Carry ainda se concentra muito nas capitais dos estados e há poucas no interior”, diz Marco Antonio Giorgi, analista de mercado da Nielsen, empresa de consultoria que audita os resultados de diferentes canais de varejo. Por todas as oportunidades que ainda existem, o Cash & Carry continua sendo um foco de expansão para as grandes redes do varejo alimentar. Primeiro, porque o canal vem ganhando espaço na cesta de compras dos brasileiros, de todas as classes, e não mais concentrado na classe C, como acontecia anos atrás.

O crescimento da cesta de higiene e beleza no atacarejo é gerado por produtos como sabonetes e desodorantes. Mas existe espaço para avançar também com as categorias de beleza Além disso, o custo de operação de uma loja de atacarejo costuma ser de menos do que a metade na comparação com um hipermercado tradicional e vendas por metro quadrado muito maiores. As margens são esguias sem dúvidas, mas, com a economia patinando, é mais difícil alcançar o ponto de equilíbrio necessário para que o hipermercado entregue essa margem. E o consumidor, com menos dinheiro no bolso, correu para essas lojas em 2014.

Dinheiro curto, compra inteligente É inegável que a crise econômica, que vem esvaziando o bolso do consumidor pelo menos desde o final de 2012, jogou

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mais luz sobre o canal. Não que ele seja a solução para todos os consumidores, longe disso. Para o consumidor comum, o Cash & Carry é um canal para compras de abastecimento – aquelas onde se compra grandes quantidades do mesmo produto, para estocar por um período maior de tempo. Por isso, as cestas de consumo onde o canal tem a sua maior penetração são a de higiene doméstica e mercearia seca, de acordo com a medição realizada pela empresa de pesquisa Kantar Worldpanel. São categorias de produtos de uso regular, na qual uma grande parcela dos consumidores é fiel a uma marca ou direcionada por preço. Mas a cesta de perfumaria também se destaca no canal, de acordo com a pesquisa de painel de lares da Kantar. Em um ano, o nível de penetração do canal nas compras da categoria saltou de 22,75% para 27,5%. A participação do atacarejo na cesta de compras de artigos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, considerando os 12 meses encerrados em junho de 2015, foi de 7,8% em volume e de 6,1% em valor. Pode parecer pouco, mas em valor, foi o canal que mais ganhou participação, 1,5 ponto percentual, na comparação com os 12 meses encerrados em junho de 2014. Já os dados da Nielsen, que faz o seu levantamento a partir da apuração das vendas diretamente dos check-outs dos varejistas, mostram a categoria de higiene e beleza como a quem mais cresceu na cesta de compras só Cash & Carry. E, por esses números, a participação do setor avançou pela agregação de valor. Para os 12 meses encerrados em abril de 2015, a cesta avançou 14,8% em reais, frente a um aumento modesto de 1,2% no volume de unidades vendidas. Em ambos os casos, o driver de crescimento é quase que exclusivamente os produtos de higiene pessoal. Sabonetes, papel higiênico e creme dental são os produtos com maior penetração dentro do canal, segundo a Kantar, todos ao redor dos 20%. “Neste canal tem-se comprado sabonete, com aquelas embalagens enormes de barras e refil de líquido”, reforça Gabriela Fujita, gerente de atendimento da Kantar, para quem,


especial Varejo

sem luxo nem glamour: a grande missão de compras do atacarejo é abastecer as despensas da família, pelo menor custo.

os resultados obtidos nos últimos três anos, mostram que este é um formato que acabou dando certo. Categorias como desodorantes, shampoos e pós-shampoos, além de fraldas, absorventes e lâminas de barbear também se destacam, como nível de penetração acima dos 10%. Todas essas categorias ampliaram a penetração em pelo menos um ponto percentual ao longo dos últimos 12 meses, sendo que os sabonetes ganharam quatro pontos percentuais e os desodorantes mais dois. De acordo com os dados da Nielsen, a categoria de desodorantes cresceu impressionantes 25% em valor (24% em volume), nos 12 meses encerrados em abril de 2015. Para a executiva da Kantar, além da racionalidade que o formato impõe na conta de volumetria versus preço, o canal também oferece produtos de qualidade. “Não são só as marcas próprias que estão crescendo ali. Vemos marcas tradicionais que começam a valer o que custam pelo tamanho de embalagem. É um canal que trabalha muito bem categorias de cuidados pessoais básicos. Por isso é que vemos o atacarejo com um bom destaque”, emenda. Marcela Viana, analista de pesquisa da consultoria britânica Euromonitor, destaca também as embalagens em formatos maiores para produtos como shampoo e enxaguatórios

NÍVEL DE PENETRAÇÃO DAS CATEGORIAS DE BELEZA CATEGORIA

TOTAL MERCADO (%)

VARIAÇÃO (%)

ATACAREJOS (%)

VARIAÇÃO (%)

Sabonete

99,17 99,29 0,12

Papel Higiênico

98,95 99,12 0,17 16,82 20,85 4,03

16,6 20,66 4,06

Creme Dental

98,7 98,86 0,16

16 19,46 3,46

Desodorante

89,44 89,59 0,15

9,19 11,45 2,26

Absorvente Higiênico

78,48 78,44 -0,04 10,35 12,37 2,02

Lâminas de Barbear

78,52

77,48

-1,04

7,83

9,79

1,96

Pós Shampoo

89,98 89,87 -0,11

Shampoo

92,03 91,74 -0,29 10,69 12,31 1,62

Todas as Categorias

99,95

ANO MÓVEL JUNHO

2014

99,95

0

2015

9,69 11,53 1,84 22,75

27,5

2014

2015

4,75

Fonte: Kantar Worldpanel

bucais que possuem um foco bastante interessante para o canal, já que o principal foco deles é o preço competitivo. “Realmente alguns itens têm ido muito bem no atacarejo, em especial aqueles que têm uma abrangência em termos de uso para toda a família. O enxaguante bucal é um produto que toda a família pode usar o mesmo, então, o benefício que as grandes embalagens proporcionam é um grande atrativo”, diz. Os dados da Kantar ajudam a exemplificar o avanço da categoria de higiene oral apontado por Marcela. A penetração dos Antissépticos bucais no canal avançou 0,57 ponto percentual, para 3,45%.

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É pouco? Sim, mas considerando o mercado como um todo, essa categoria viu a minguada penetração de 29,61% cair mais de um ponto percentual, para 28,49%.

Criando o ambiente certo “Pensando na execução destas lojas, o foco tem sido mais a parte de higiene do que a parte de beleza. Acho que isso pela própria opção de compra do canal, de ser um canal para abastecimento”, explica Marco, da Nielsen. Se o caminho para os produtos básicos de higiene pessoal no Cash & Carry parece dado, quando o assunto envolve categorias



especial Varejo

ilhas de maquiagens stila e smashbox em loja da varejista de Cash & Carry costco, nos eua: o canal oferece possibilidades de trabalho para marcas mais relacionadas à beleza. Mas ainda é preciso pensar em como fazer.

com apelo de beleza, os desafios são de outra natureza. A começar pelas fraquezas do canal em relação à demanda de boas partes dos consumidores. De acordo com as pesquisas da Kantar, para os consumidores brasileiros, ter lojas com ambientes especiais e seções de produtos com temas específicos é importante ou muito importante para mais de 75% dos entrevistados. Já ser o canal que primeiro apresenta novidades e lançamentos, é importante ou muito para mais de 60% da população. Essas são demandas que se alinham perfeitamente com o dinamismo e o glamour do mercado de beleza, mas não são as características mais inerentes ao atacarejo, que prioriza marcas consagradas ou de primeiro preço e não costumam ter a agilidade para acompanhar a velocidade com que os produtos de higiene pessoal e beleza são apresentados ao mercado. “Esses varejistas nem sempre tem uma variedade de produtos e de marcas tão expressivas. Eles focam em alguns produtos estratégicos e algumas marcas. Por exemplo, em produtos para o cabelo, ele terá no máximo cinco marcas e basicamente shampoo e condicionador, ele não terá toda a linha de tratamento

ou marcas premium, justamente porque o foco dele é ser econômico”, lembra Marcela, da Euromonitor. Mas o avanço de categorias e marcas com perfil mais de cosmética e menos de higiene pessoal, não é impossível, até pelo exemplo do que acontece em outros segmentos neste canal, como a própria área de Alimentação e Bebidas, que começa a explorar ambientações e áreas mais específicas dentro das lojas do canal. “Quando olhamos para Alimentos e Bebidas, vemos produtos até mais sofisticados, com ambientação. Na parte de beleza, temos isso bem menos explorado. Esta é minha percepção”, diz Gabriela, apontando aí um caminho para o setor de beleza se desenvolver dentro do atacarejo. “Este canal pode oferecer produtos de beleza um pouco mais sofisticados, como um creme corporal, um shampoo mais diferenciado. A gente sabe que esse portfólio ainda não está lá, porém creio que haja esta oportunidade”, aponta. O crescimento expressivo do atacarejo – não só pela abertura de novas lojas, mas também pelo crescimento orgânico – mostra que, de um jeito ou de outro, o canal consegue ofertar um mix

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em linha com o que o seu consumidor precisa hoje: custo-benefício para uma compra de abastecimento de maior volume. Mostra também que o canal tem se organizado um pouco mais, por estar mais próximo do consumidor final. “Enfim, bem ou mal, acho que a indústria está aprendendo sim a lidar com o canal. E a categoria de beleza, como um todo, pode pegar carona no crescimento do canal e, a partir do momento em que a indústria (de perfumaria e cosméticos) trabalhar a execução neste tipo de loja, isso tende a crescer também”, completa Marco, da Nielsen. Hoje, pode até ser difícil imaginar ilhas dedicadas, ou algum material de merchandising de marcas de beleza em categorias cosméticas, como cuidados com a pele, ou mesmo, de tratamento capilar. Mas, quando lembramos que até pouco tempo atrás, quando o e-commerce ainda engatinhava, era comum o prognóstico que as pessoas não comprariam perfumes e maquiagens pela internet, no máximo usariam esse novo canal para fazer compras de reposição, dá para acreditar que a beleza pode sim criar um cantinho bonito e eficaz dentro do Cash & Carry.


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especial Varejo

Nem lá, nem cá OS Super E HIPERmercados têm de encontrar meios PARA DE REPOSICIONAR EM RELAÇÃO AO PAPEL QUE AS CATEGORIAS DE HIGIENE E BELEZA PODEM EXERCER o consumidor está demandando no momento >>> Rafael Mendonça

C

om enorme importância para o desempenho do varejo como um todo, os supermercados – ou varejo Alimentar – também exercem grande impacto nos resultados do mercado de beleza. Em linhas gerais (e não diferentemente do que acontece em diversos setores da economia brasileira), o momento é de atenção para este segmento. Os números apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no início de 2015 a respeito do primeiro trimestre do Comércio indicaram queda de 0,8%, o pior desempenho para o período desde 2003. Esta baixa pode ser atribuída, sobretudo, aos supermercados, que possui peso de quase 40% para as pesquisas do instituto, e que viram um encolhimento nas vendas de 1,2% no período. Especificamente no mercado cosmético, o varejo Alimentar vem apre-

sentando alguns sinais de queda. De acordo com informações da Kantar Worldpanel, os supermercados e hipermercados, que em junho de 2014 representavam 53,7% da cesta de Perfumaria em termos de unidades entre os canais, perdeu mais de dois pontos em junho deste ano, quando a participação foi de 51,6%. A queda na participação em valor foi um pouco menor, caindo de 43,3% para 42%. Parte dos números fracos pode ser debitada no desempenho dos outros canais, algo compreensível quando se leva em conta a dinâmica do mercado de beleza e, neste momento, o grande destaque que vem ganhando o atacarejo, cujo avanço impacta diretamente nos resultados dos hipemercados. Segundo Gabriela Fujita, gerente de Atendimento e Negócios da Kantar Worldpanel, além do atacarejo, o varejo tradicional – que abrange pequenas lojas de bairro e mercearias – também tem influenciado no momento do ca-

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nal Alimentar com os itens cosméticos. “É um canal que ficou um pouco ‘desposicionado’”, acredita Gabriela. Os hipermercados eram o canal no qual os consumidores faziam as suas compras de abastecimento e o atacarejo tem ‘roubado’ isso deles. “Por isso que este canal tem mostrado retração na cesta de Higiene e Beleza e também em outras categorias. O consumidor tem buscado um canal de economia ou um de sofisticação. Se ficar no meio destes dois atributos, acaba não sendo o ‘core’ e chega a retrair”, justifica ela.

Procurando meios Se os supermercados estão perdendo campo para o atacarejo, por conta da economia proporcionada por este “novo canal”, pelos mesmos motivos o Alimentar pode conseguir atrair consumidores junto aos demais canais. Isso tem a ver com a tendência de que os consumidores estão indo cada vez menos aos pontos de venda e, nessas


consumidoras em loja do walmart: os hipermercados estão entrincheirados entre a proposta de preço do atacarejo e a maior oferta e sofisticação das farmácias e varejos especializados.

poucas idas aos locais de compra, têm procurado “resolver” sua compra, adquirindo tudo aquilo que necessita, sempre visando economizar. Esta realidade é ainda mais evidenciada neste momento do País, que impacta diretamente na realidade do consumo das mais variadas categorias. Na visão de Marco Antonio Giorgi, analista de mercado da Nielsen, o fato de o consumidor estar indo cada vez menos até as lojas faz com que ele planeje melhor as suas compras, e, em alguns casos, até gastando um pouco mais. Isso é positivo para o canal Alimentar. “A consumidora vai sabendo o que tem de comprar. Ela não vai mais em uma farmácia ou em um supermercado à toa. São grandes tendências e a maioria delas se aplica ao negócio de Higiene e Beleza”, explica. Além disso, quem acaba se beneficiando mais neste contexto de crise são os canais que oferecem produtos com caráter de abastecimento. “Acabamos voltan-

do muito para supermercados (dez ou mais checkouts) e o Cash & Carry (atacarejo). Canais que têm um apelo muito mais de privacidade e conveniência, como o farma ou autosserviço de menor tamanho, não se beneficiam tanto deste contexto”, compara.

Participação da indústria Em busca de mecanismos para aumentar suas vendas em um ambiente recessivo, a indústria de beleza tenta se adequar à realidade de consumo nos seus canais de atuação. Marco, da Nielsen, afirma que, nos supermercados, a indústria tem trabalhado bastante com os packs promocionais e, eventualmente, partindo para a redução temporária de preço, como forma de atrair o consumidor. Mas ele lembra que, tanto a indústria quanto o varejo, devem saber exatamente o que o consumidor está demandando no momento. “Este é o grande desafio. Ter uma proposta de produtos e de mix que seja rentável e,

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que ao mesmo tempo, caiba no bolso cada vez menor do consumidor. É um pouco mais complicado competir pelo dinheiro do consumidor, por isso é importante para os dois, varejo e indústria, terem essas opções”, considera. Entender o consumidor é um ponto fundamental para todos os segmentos do varejo. “Em alguns itens, quando a gente pensa em qual seria o melhor canal, temos primeiro de entender a urgência e a relação que aquele produto tem com o consumidor. Por exemplo, desodorante, sabonetes e itens de higiene básica diária, muitas vezes em um canal como a venda direta, por mais que ela ofereça estas opções e tenha uma participação efetiva nas vendas, a compra acaba sendo algo muito imediato, que não pode esperar. Então, queira ou não, a venda em supermercados e farmácias acaba ainda tendo um papel muito forte”, completa Marcela Viana, analista de pesquisa da Euromonitor.


organização

futuro

tarefa tipos novo parâmetros aptidão

mensagem

fins

sistema

viabilidade

mediação

performance ampliação horizonte

compartilhar responsabilidade

teoria

reunião

sustentabilidade

atual

relações humanas

educação

feedback

missão

prática saúde referência debate

objetivos

habilidade específico

trabalho ensino ágil

seleção

testes meio inteligência

inovação

sucesso ideias passos exemplo treinamento dinâmica interação modeloexposição espiritual motivador

desenvolvimento

apoio

conhecimento

padrão

pessoal fonte

usos visão diversão

tempo de

aprendizado usos comunicação

singular

social

força

hoje

exposição

método

válido atividade percurso habilidades programa

funcional

soluções

repercussão

busca meio

clareza

comparação

relacionamento

tarefas motivação base

variedade verdades saídas

tendência

trabalho pesquisa movimento métodos

positivo artificial

curso

Workshop

bom

performance útil grupo roteiro padrão mais resultados estudo

lugar

Ester Krivkin (Oceáne)

Volney Camargo, Adhespack e convidados

Maquiagem e seu momento Durante o Atualidade Cosmética Workshop, profissionais do ramo e blogueiras puderam debater sobre como vencer as atuais dificuldades da categoria, que vive boa fase no País há algum tempo >>> Larissa Gutierres

A

Cusman realizou no início de julho, em São Paulo, mais um Atualidade Cosmética Workshop. Com o tema: “Maquiagem: a evolução da categoria em um cenário desafiador”, o evento contou com a presença de importantes profissionais da indústria, representantes de marcas renomadas e conceituadas blogueiras. Juliana Martins,

beauty & personal care research specialist da consultora Mintel, abriu os trabalhos e mostrou dados importantes sobra indústria dos cosméticos. No Brasil, em 2013, o mercado de maquiagem e esmaltes para unhas cresceu 5,8%, enquanto que, em 2014, esse número aumentou para 8%. Sendo assim, o País passou a ocupar o quarto lugar no mundo. As marcas líderes são Avon, O

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conteúdo

avaliação

luz

teor

natural

contexto

real

significância

atuação

necessidades

automática valor

simulação

sobrevivência

Daniel Almeida (Adhespack) e Paulo Vinícius Martins (Natura)

Boticário e Natura, e juntas, somam 52% da participação dos lucros. De acordo com um dos relatórios da Mintel, a maioria das entrevistadas afirma usar batom e esmalte (mais de 70% das mulheres). Os benefícios mais procurados nestes itens de beleza são: longa duração, produtos fáceis de aplicar e que hidratam. Segundo pesquisas, as marcas nacionais precisam se preocupar em produzir produtos que atinjam o tom exato de cada tipo dele, devido à diversidade racial brasileira. Elas também não podem se esquecer da pele mais madura, e continuar cada vez mais investindo em inovação e tecnologia nos itens anti-idade. Ainda de acordo com o relatório, 12% das brasileiras pegam dicas com blogueiras, o que reafirma a importância destas profissionais para o setor.

Debates de cor No primeiro debate, com o tema “Os desafios da construção da categoria de maquiagem no varejo multimarca”, executivos de grandes marcas de cosméticos discutiram sobre vários pontos, dentre eles: quais canais de venda apostar, como expor o produto nas lojas, quanto investir em treinamento, conhecimento e tecnologia, entre outros. Estavam presentes: Murilo Reggiani, sócio-diretor da Vult; Cida Martins, gerente de produtos da Payot; Ester Krivkin, diretora operacional da Océane; e Maria de Lourdes Sacilotto Scu-


patrocínio

C R E A T I V E

ro, sócia proprietária da Danny Cosméticos; representando as perfumarias. A concorrência no mercado de maquiagem é feroz e é dentro das lojas especializadas que ela fica mais acirrada, com diversas gôndolas e displays. A consumidora não tem do que reclamar, pois a gama de escolha é enorme. “É preciso fazer muitas ações dentro das lojas. Eventos, encontros com blogueiras, cursos profissionalizantes, promoções como compre e aplique – onde a consumidora compra o produto e ganha a maquiagem ou um design de sobrancelhas –, por exemplo”, afirma Lourdes, da Danny Cosméticos. Segundo a executiva, algumas atitudes são básicas, como analisar corretamente o mix de produtos e investir nas ações e em conhecimento o tempo todo, pois com o avanço da internet, muitas vezes o cliente está mais informado que o próprio vendedor, e isso não pode acontecer. Portanto, dar treinamento adequado para formar consultores de beleza é essencial. Murilo, da Vult, afirmou que o propósito atual é se reinventar, e uma das formas de alcançá-lo é expandir seus canais de venda. Ele contou a experiência positiva que teve ao implementar a Vult dentro de uma rodoviária, uma farmácia e em lojas de roupas, uma vez que moda e beleza andam lado a lado. Este último exemplo já é comum em outros países, como nos Estados Unidos, e está se tornando uma forte tendência no Brasil. Para a gerente de produtos da Payot, Cida, as marcas varejistas encontram algumas dificuldades no timing da entrega do produto no PDV. “A venda direta tem uma rapidez, uma agilidade, e o varejo perde um pouco isso. A consultora vai à casa da cliente, vende e a compra é feita na hora. Às vezes, você chega na loja e o produto ainda não está lá. Já foi divulgado pelas blogueiras, no sites, enfim, foi anunciado, mas não está presente.” A gerente também afirmou ter dificuldades nas perfumarias, porque é difícil de entrar nesses pontos e depois se manter, devido a tantos concorrentes próximos. “O importante é saber identificar e colocar o

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produto certo para cada loja, usar o display adequado”, alega Cida. A Océane lançou há poucos meses sua linha completa de maquiagem. Para a diretora Ester, a competitividade entre as marcas concorrentes é enorme, e para vencer mais esse desafio, é preciso explorar todos os tipos de canais de venda. “A gente precisa investir o tempo todo em treinamento, em informação, e em conteúdo. Temos de fazer a marca ficar conhecida no mercado.”

Cases apresentados Logo após a discussão, Daniel Almeida, diretor executivo da Adhespack – patrocinadora deste evento, apresentou aos convidados um novo conceito de amostragem, o lançamento Self Sampling, um expositor que funciona como autoatendimento nos PDVs. Um case de sucesso também foi apresentado. Bruna Nunes, responsável pelo Marketing da categoria make up da Eudora, explicou como seus produtos podem ser classificados como “premium acessível”. Eudora afirma não ter categorias, mas sim poderes, e eles distribuem seus itens em quatro: o poder de arrasar (com muito luxo e sofisticação), o poder de seduzir (com toque ousado, apimentado), o poder de impressionar (tons suaves, sutis) e o poder de ousar (pra quem gosta de sair da rotina). Os itens estão dentro de duas linhas: Eudora e Soul. A marca foi umas das ganhadoras do Prêmio Atualidade Cosmética e Prêmio de Beleza Nova no ano passado. “São apenas quatro anos de operação, mas são muitas percepções de alta qualidade e sofisticação da marca”, afirma Bruna. Paloma Vale, maquiadora e responsável pela área de educação da bareMinerals apresentou a marca, que tem como carro-chefe uma base de formulação mineral. Uma maquiagem indicada para a mulher que não quer parecer maquiada, que gosta de ser natural. Novos ingredientes e formas de aplicação em produtos que se destacam no mercado. Por fim, as blogueiras Fernanda Ferreira (blog Dicas da Fê), Dany Bello (blog

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Espaço Gattena) e Fê Gonçalves (blog A melhor escolha) conversaram com os participantes, dando outro ponto de vista, a visão do consumidor. Elogiaram as marcas brasileiras, com muitos pontos positivos, bem como a evolução da qualidade dos produtos. Também destacaram alguns erros a serem melhorados, como um melhor atendimento dentro das lojas. Fernanda, do blog Dicas da Fê, reclamou que já foi atendida por vendedoras que sabiam menos do que ela a respeito do produto, até mesmo que desconheciam lançamentos que estavam dentro da loja. Em contrapartida, Fê Gonçalves, elogiou o atendimento nas lojas, que muitas vezes contam com a presença de maquiadores profissionais. “Eu sinto muita dificuldade com a iluminação nos pontos de venda. A maioria das perfumarias que eu vou, o display é escuro. Então você testa o produto e acha ok, mas quando chega em casa toma um susto com o resultado. Mesmo com toda a experiência que eu tenho, eu já errei feio na hora de comprar base e sombra, por causa da iluminação do lugar”, explica Dany Bello, apontando outro ponto importante para ser repensado. Para as blogueiras, o e-commerce não é exatamente a melhor forma de vender maquiagem. Elas afirmam que muitas leitoras não compram seus itens pela internet por não saberem como realmente vai ficar o resultado. Outro fator é que em alguns lugares, o prazo de entrega é muito longo, como Manaus, por exemplo, que a entrega pode morar até 22 dias úteis. “E tem muita gente ainda que não tem cartão de crédito. A realidade do Brasil é outra”, declara Fernanda Ferreira. “Muitas mulheres também têm medo de usar o cartão. Medo de clonagem. A consumidora não confia na compra on line”, completa Danny. “Na minha visão, as marcas melhoraram bastante, os produtos têm boa durabilidade e pigmentação. A qualidade está muito boa, e claro que com mais pesquisas, elas podem se aprimorar ainda mais. Algumas marcas já substituem as internacionais tranquilamente”, finaliza Fê Gonçalves.


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Educar para proteger O maior desafio da indústria e dos dermatologistas é conseguir inserir o uso do filtro solar diariamente na vida das pessoas. Amparado nesta discussão, o Atualidade Cosmética Workshop >>> Larissa Gutierres abordou a categoria de Proteção Solar

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ara debater o tema: “Proteção Solar: Cenários e tendências”, o Atualidade Cosmética Workshop reuniu no início de agosto, em São Paulo, importantes profissionais da indústria dos cosméticos, além do diretor da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e coordenador do Consenso Brasileiro de Fotoproteção, Dr. Sergio Schalka. Ele, ao lado do consultor André Elias e da diretora técnica e proprietária da Corazza Inteligência em P&D Cosmética, Sônia Corazza, participou do primeiro debate cujo tema era “o desafio para polarizar o protetor solar”. Juntos,

discutiram que a falta de uso do fotoprotetor diariamente é uma questão cultural do brasileiro, e que esTe hábito deveria ser ensinado dentro das escolas. A fotoproteção previne não só o câncer de pele, mas também diversas outras doenças. “É na infância e na adolescência que a gente está mais ‘fotoexposto’. Existe um dado que, no Brasil, a gente com 25 anos já tomou 75% da cota de sol da nossa vida, segundo a nossa etnia e carga genética. E ninguém ainda falou e se tocou que é super importante popularizar o filtro pra uso na infância e na adolescência”, explicou Sônia. Os

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especialistas afirmaram que repassar o protetor solar a cada duas horas (com FPS 15, por exemplo) é muito mais eficiente que passar um com FPS 60 uma vez ao dia. As pessoas também erram ao utilizar pouca quantidade do creme. Os estudos são realizados com dois miligramas de produto por centímetro quadrado de pele, porém os consumidores utilizam 0,7 miligrama.

Amplitude dos riscos As mulheres brasileiras são muito vaidosas, e tomar sol, ficar com a pele bronzeada, é visto como algo positivo. Segundo o dermatologista, os riscos de


o tema: “protetor solar e o varejo farma”. Atualmente, são mais de 70 mil farmácias distribuídas em todo o País, e além de serem consideradas confiáveis – com a Amanda Pimentel (Gattefosé), Selmo Araújo Cláudio Ribeiro (Lubrizol) e Fernando presença de profisMalaconi (Química Anastácio) (Innovasell) e Julio Bombonati (Univar) sionais farmacêuticos nos PDVs –, apresenAlvaro Netto (Avon), Denise tam um serviço persoSassarão e Celina Issa (Lubrizol) nalizado e uma super conveniência. Representando a Lubrizol do Brasil, Claudio Ribeiro (skin care aplication) argumentou que aumentar o FPS dos filtros solanononono Rita Silva, Edison Zicari e Viviane Besa(Univar) res pode justamente piorar seu sensorial. maior consumidor de filtro solar do Em contrapartida, os cristais líquidos mundo, mas esse consumo está muito são eficientes para equilibrar essa formal distribuído. As vendas são mas- mulação. Apresentou formulações do sivas apenas durante quatro semanas tipo água em óleo, que mesmo apredo ano: entre o dia 15 de dezembro e sentando um sensorial bastante desaos primeiros dias pós-réveillon, e a do gradável, pode ser interessante para a carnaval. “Uma pequena parcela da fotoproteção, dando mais resistência à população usa muito, e uma grande água. parcela usa quase nada”, observou o Outro fator primordial na compoLuciana Uttembergue (DSM) dermatologista. sição dos fotoprotetores é a sinergia e Stephanne Facuri (Evonik) De acordo com os participantes do entre os filtros. De acordo com Luciana debate, a comunicação entre o consu- Wendel Uttembergue, gerente regional se obter câncer de pele não é um argu- midor e o protetor precisa mudar. As Técnica da DSM, a junção do polisilimento convincente para suas pacientes. pessoas acham que devem se proteger cone 15 com um hidrossolúvel seria a É mais eficaz mostrar como os raios so- apenas quando estão viajando, passe- combinação ideal. Por fim, Karin Baroni, gerente de aslares agridem a pele, tornando-a cada ando. “A proteção solar só vai ser soluvez mais envelhecida. Visto isso, dá pra ção no dia em que ela passar pela etapa suntos regulatórios e desenvolvimento se ter uma ideia do tamanho do desafio. da reeducação, quando o consumo se de produto da Melora do Brasil e Alberto Keidi Kurebayashi, conselheiro André ressaltou que, além dos pro- tornar regular”, finalizou André. Após o primeiro tema, Julio da Associação Brasileira de Cosmetolotetores serem itens considerados caros para a grande maioria da população Bombonati, gerente de mercado da gia e diretor da Protocolo Consultoria, brasileira, as embalagens não são tão D’Altomare Química “A Univar Com- formaram um painel com o tema: “Cosfacilitadoras e a textura do produto pany” (distribuidora brasileira de es- mético ou Medicamento?”. Durante a também pode ser um problema. Outro pecialidades químicas), apresentou conversa, ficou evidente que é melhor ponto a se pensar é: por que a mídia algumas tendências do mercado, como o fotoprotetor continuar na categoria só divulga os filtros solares durante a busca do consumidor pelo FPS, a tex- dermocosmético (devido à burocracia o verão? “Não tem pauta de proteção tura e o sensorial dos fotoprotetores. brasileira, dentre outros fatores), e que solar na grande mídia antes de novem- Logo após, Rodrigo Kurata, gerente de o importante mesmo, é fazer com que o bro”, declarou Dr. Sergio. O Brasil é o Marketing da IMS Health apresentou produto chegue até o consumidor.

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Sandro Rodrigues (Hinode)

Os desafios e as oportunidades da venda direta foram assuntos discutidos em alto nível por diversos representantes da cadeia, ao longo de mais uma edição do Atualidade >>> Rafael Mendonça Cosmética Workshop

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Saulo Coelho e equipe Racco

A força do porta a porta

ais uma vez, o Hotel Blue Tree Paulista, em São Paulo, foi palco de uma nova edição do Atualidade Cosmética Workshop e de uma ampla discussão acerca de um tema de relevante importância para o mercado cosmético. Desta vez, no evento realizado no início de agosto, o tema foi “Venda Direta: Os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento do canal”. O intuito foi abordar as mudanças e os novos desafios de um canal fundamental para indústria de beleza no Brasil. Na abertura dos trabalhos, Gabriela Fujita, gerente de Atendimento e Negó-

conteúdo

cios da Kantar Wordpanel Brasil, apresentou uma série de dados e cenários acerca de hábitos e tendências da venda direta. Em seguida, Rejane Arinos Vasco, diretora de Projetos e Inovação da Patrus Transportes, falou sobre “Os desafios da logística na venda direta”. Ela recordou que o porta a porta é uma fonte de renda e que isso cria uma responsabilidade muito grande por conta de tudo que está envolvido. Além disso, a dirigente também procurou destacar a importância desta área para o canal. “A Logística é um elemento de diferenciação. É preciso pensá-la para que o cliente tenha sempre o produto na mão”, definiu. Fernando Perez de Brito, sócio-

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-fundador da Context Lab e da AISR, abordou “Os desafios da personalização na gestão comercial em venda direta no Brasil”. Enquanto isso, Daniel Almeida, diretor executivo da Adhespack – patrocinadora do workshop –, discorreu sobre “O poder do marketing sensorial na venda direta”. Ele citou alguns exemplos existentes em termos de marketing sensorial para o canal e indicou uma fórmula de sucesso para o porta a porta. “Todas as companhias que fizeram sucesso neste canal é porque respeitaram o fato de trazer vantagens para todos os envolvidos, sejam elas revendedoras, empresas, consumidor ou sociedade”, observou.

Consultora no centro das atenções O evento também contou com um painel para falar sobre aquelas que têm papel fundamental na atuação deste canal: as consultoras. Esta conversa teve a participação de Saulo Coelho, diretor de Expansão da Racco, e Marcus Silveira, diretor de Vendas da Avon. Primeiro, Marcus destacou o atual posicionamento da companhia norte-americana, que está buscando voltar à raiz da venda direta. “O posicionamento ‘Beleza que faz sentido’ está trazendo de volta a revendedora para o centro do negócio, fazendo com que a empresa desenvolva produtos e ações para ela”, disse. Já Saulo afirmou que as mudanças comportamentais que ocorreram no mercado foram fundamentais para a venda direta. “Nosso objetivo


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José de Luca (Natura)

Sergio Quendal (Patrus)

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Rejane Arinos Vasco (Patrus)

Gabriela Fujita (Kantar)

Thatiane Carrilho (Mary Kay)

é priorizar a consultora, independentemente dos resultados que ela está alcançando”, completou. Sobre a relação crise/oportunidades na venda direta, os convidados deram suas visões se realmente o canal cresce em tempos difíceis. “A crise acaba favorecendo a venda direta porque ela é normalmente financeira. E o canal é favorecido porque as pessoas vão atrás de um negócio que não exige experiência, por exemplo. Para se ter uma ideia de como a venda direta cresce tempos de crise, julho de 2015 foi o nosso melhor mês da história. Além disso, nessa fase, a preocupação com a aparência segue em alta”, acredita o diretor da Racco. “A base de revendedoras nestes períodos de crise realmente cresce por por estes motivos”, concordou o dirigente da Avon.

Compondo o canal No primeiro case apresentado no dia, Sandro Rodrigues, presidente da Hinode, contou um pouco da história e particularidades vividas em suas quase três décadas de vida da companhia, que atua

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Amanda Vieira e Ricardo Luiz Nadaluti (Top Dermato)

no formato multi-nível. Ele começou dizendo que, para se ter sucesso na venda direta, é preciso criar relacionamentos duradouros. “No início, quando enfim ‘acertamos a mão’, já enfrentamos dificuldades no primeiro mês e tivemos uma queda de 90%. Foi então que vimos uma oportunidade de entrar no negócio multi-nível. Nos Estados Unidos, 96% das empresas deste canal utilizam este sistema”, declarou ele, revelando que, assim como para a Racco, julho último também foi o melhor mês de 27 anos de história da Hinode. Sandro também falou que, dentro de três anos, pretende iniciar a expansão internacional. “Queremos ser a primeira empresa brasileira que atua no segmento multi-nível a romper a barreira internacional”. José de Luca, diretor de Inovação Comercial da Natura, tratou de esclarecer as dúvidas que permeiam o omnichannel, bem como ilustrou com exemplos de como a empresa explora este tema. O dirigente mostrou ferramentas e plataformas digitais que a companhia possui tanto para consumidoras, como para

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Daniel Almeida (Adhespack) e Fernando Perez (Context Lab)

Rafael Peixoto Marconi (Eudora)

suas consultoras, e também destacou o pioneirismo da companhia no campanha e as infinitas possibilidades tecnológicas que ainda estão por vir. “Tudo mudou muito rápido. E mesmo que pareça que muita coisa mudou, esta era de tecnologia está apenas no começo. Devo lembrar ainda que o consumidor é quem é omnichannel e não as marcas e empresas”, discorreu. Finalizando, José informou que o desafio da Natura é criar um modelo que torne melhor a experiência tanto de consumidoras quanto de consultoras. “A venda direta como canal de novas oportunidades” foi o tema da palestra de Rafael Peixoto Marconi, gerente Comercial da Eudora. A marca, que faz parte do Grupo Boticário, segundo Rafael, já nasceu multicanal e conta com ferramentas que ajudam a representante Eudora a montar sua loja online. “Nosso desafio é sustentar nosso crescimento com uma operação ainda um pouco instável. Mesmo tendo nascido multicanal, ainda estamos vendo o melhor meio para que o varejo, venda direta e e-commerce convivam dentro do mesmo ambiente”, finalizou.


evento Beauty Fair

PÚBLICO NA BEAUTY FAIR: workshops, shows e congressos educacionais dão o tom do evento.

No setor de Maquiagem, além do 6º Congresso Internacional de Maquiagem Profissional, será realizado o tão esperado 1º Campeonato de Maquiagem, na Arena MMA – Masters of Make up in Action, patrocinado pela marca de pincéis e acessórios para maquiagem Klass Vough. Em Manicure, a Beauty Fair trará o 10º Congresso de Manicures e o 2º Campeonato de Nail Design – em que serão julgadas técnicas de design utilizando critérios como talento, criatividade e acabamento dentro do tempo de execução proposto. Haverá premiação em dinheiro e kits profissionais.

Falando de negócios

Priorizando a educação Em sua 11ª edição, a Beauty Fair – maior feira de beleza do País – reúne mais uma vez as grandes marcas de cosméticos, além de especialistas e consumidores >>> Larissa Gutierres

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omo de costume, setembro é o mês em que a cidade de São Paulo recebe a maior feira internacional de beleza profissional da América Latina, a Beauty Fair. São muitos expositores, empresários e especialistas que prometem trazer o que há de melhor do mercado da beleza. Vale lembrar que o evento é aberto ao público. A feira – que será realizada no Expo Center Norte – tem como um dos objetivos desenvolver o mercado de beleza profissional, principalmente, por meio da educação em todas as áreas envolvidas. Entre os dias 5 e 8 de setembro, serão mais de 100 eventos

simultâneos, envolvendo cerca de 150 palestrantes. A Beauty Fair é dividida em cinco setores: Hair, Estética & Spa, Manicure, Maquiagem e Negócios. Dentro de Hair, os participantes poderão contar com workshops teóricos, práticos e um específico para estudantes; além do 5º Congresso Científico de Tricologia e Terapia Capilar; o 6º Seminário em Gestão de Salões de Beleza e o 4º Fórum de Distribuidores de Produtos Profissionais. Na seção de Estética & Spa, serão realizados o 10º Congresso Científico Internacional de Estética e Cosmetologia, o 8º Jornada Técnica de Massoterapia, o 8º Congresso de Podologia e o 5º Congresso de Depilação.

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Em 2015, será apresentado o 4º Fórum Beauty Fair do Varejo de Beleza, que acontece antes de a feira ser aberta ao público, no dia 4, e reunirá CEOs e gestores de grandes marcas para contar suas histórias de sucesso e avaliar o cenário do mercado da beleza, além de Workshop de Negócios. Neste ano, o setor de higiene e beleza foi um dos menos afetados pela crise financeira brasileira. Pesquisas mostram que mesmo com a desaceleração do consumo e a redução dos preços de alguns produtos, o setor conquistou um crescimento de 2,1% – comparado ao mesmo período de 2014. Além do setor de beleza feminino, muitos empreendedores estão investindo nos itens de beleza masculina. Porém, é preciso muita diversidade e criatividade para driblar a crise e os índices de consumo que estão cada vez menores. Por isso, a Beauty Fair traz uma programação repleta de informação, conteúdo, cases e dicas para quem já investiu ou pretende investir em seu próprio negócio. “Nossa intenção é promover conhecimento e networking para fazer crescer o mercado da beleza”, afirma Cesar Tsukuda, superintendente da Beauty Fair. Entre os palestrantes do dia, estão confirmados o jornalista Carlos Alberto Sardenberg; o CEO da Magazine Luiza, Marcelo Silva; a especialista da GS&MD – Gouvêa de Souza, Ana Paula Ribeiro Tozzi; e Eduardo Terra, sócio-diretor da BTR Educação e Consultoria. Além de muitas novidades, a Beauty Fair apresenta seu aplicativo oficial com informações sobre os congressos, expositores e lançamentos. Com acesso gratuito para celulares e tablets com Android e iOS, a ferramenta conta com diversas funcionalidades.


evento Sustainable Cosmetics Summit

Movimentação Verde EM SUA QUARTA EDIÇÃO, O SUSTAINABLE COSMETICS SUMMIT TRAZ NOVIDADES ECOLÓGICAS PARA A INDÚSTRIA DOS COSMÉTICOS >>> Larissa Gutierres

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ntre os dias 28 e 30 de setembro, em São Paulo, acontece o Sustainable Cosmetics Summit, organizado pelo Organic Monitor e que, neste ano, em sua quarta edição, terá como foco a busca por ingredientes alimentícios nas formulações dos produtos de beleza. Quais inovações estão ocorrendo nos produtos com esses ingredientes? Quais deles são associados com ativos funcionais? Como superar as questões técnicas de utilização de materiais de origem agrícola em formulações cosméticas? Estas são algumas questões, dentre tantas outras, que serão debatidas e analisadas durante o evento. O Sustainable Cosmetics Summit terá uma programação diversificada, a fim de atrair profissionais de todo o segmento. São quatro conferências, nos dias 28 e 29, com os temas “Pilares da Sustentabilidade”, “Formulações verdes”, “Desenvolvimento de Marketing” e “Ingredientes alimentícios em Cosméticos”. No terceiro dia, será realizado o workshop “Formulação de cosméticos utilizando ingredientes alimentícios”, voltado para desenvolvedores de produtos, formuladores e empresas que buscam ingredientes alimentícios, bem como as empresas de ingredientes que procuram utilizar matérias-primas alimentícias. Vale ressaltar que os idiomas oficiais deste summit serão inglês e português, com tradução simultânea.

Mais detalhes No primeiro dia, durante a sessão “Pilares da Sustentabilidade”, será exibida uma palestra sobre a importância de se ter uma visão holística para a sustentabilidade. Uma vez que a medição da sustentabilidade muitas vezes envolve métricas, uma agência líder compartilhará algumas de suas principais conclusões sobre sua pegada. Será discutida a importância crescente de práticas de comércio justo

edição de 2104 do Sustainable Cosmetics Summit: a influência dos ingredientes alimentícios na indústria cosmética será um dos destaques deste ano.

no fornecimento de matérias-primas, seguido por trabalhos sobre filantropia empresarial, economia e finanças. A sessão terminará com palestrantes de destaque discutindo o pilar econômico da sustentabilidade: como as empresas de cosméticos e de ingredientes podem combinar indicadores econômicos em seus programas ambientais e sociais? Qual é o caminho a seguir para o pilar econômico? Em seguida, na sessão “Formulações verdes”, será feita uma atualização sobre o tema, com ênfase em materiais de origem agrícola. O uso de tais ingredientes verdes muitas vezes envolve novas cadeias de abastecimento, métodos de processamento e técnicas de extração, bem como questões de formulação com ingredientes frescos. Sabe-se que há um número crescente de marcas procurando as mídias sociais para relacionamento com os clientes, e na sessão “Desenvolvimento de Marketing”, um especialista destacará as oportunidades oferecidas por este novo canal. Um grande varejista de alimentos irá compar-

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tilhar suas experiências com a sustentabilidade, enquanto novos insights para o consumo verde serão apresentados por uma agência de pesquisa. O debate se encerrará com os participantes explorando abordagens para atingir o consumidor verde na América Latina. Há evidências crescentes de que a boa aparência está ligada à saúde geral e bem-estar, bem como à utilização de produtos de beleza. A sessão “Ingredientes alimentícios em Cosméticos” analisará a crescente convergência entre alimentação/nutrição e cosméticos. Desde 2009, o Sustainable Cosmetics Summit tem coberto os principais desenvolvimentos em matéria de sustentabilidade nos cosméticos e indústria de cuidados pessoais. Sendo que seu objetivo do Summit é incentivar a sustentabilidade na indústria da beleza, reunindo os principais interessados para debater as questões da indústria. Outras edições acontecem na Europa, América do Norte, Ásia-Pacífico, assim como na América Latina.


EVENTO in-cosmetics

Olhar sobre este mercado O fundador e diretor da Organic Monitor, Amarjit Sahota, dá uma prévia sobre as abordagens que serão feitas durante o Sustainable Cosmetics Summit. Confira: Quais são os três pilares da sustentabilidade? Em geral, nos referimos aos três pilares de sustentabilidade como ambiental, social e econômico. A maioria das empresas de cosméticos está se concentrando no pilar ambiental da sustentabilidade. Como podemos definir o pilar financeiro? O pilar econômico refere-se aos aspectos financeiros da sustentabilidade. Sem economia sustentável, as empresas não existiriam. Quando nos referimos à economia da sustentabilidade, abrangemos aspectos como a desigualdade de renda, participação nos lucros, preços justos, distribuição de lucros, etc. Por que a indústria da beleza não valoriza essa questão e se preocupa apenas com pegada ambiental? Não é apenas a indústria da beleza, a maioria das boas empresas de consumo se concentra nos aspectos ambientais, porque é mais fácil do que o social e o econômico. Algumas empresas estão olhando para os aspectos sociais, como políticas justas de RH, CSR e filantropia corporativa. No entanto, a maioria está preocupada com os aspectos ambientais. Como os ingredientes alimentares podem ser tendência na indústria dos cosméticos? Um número crescente de empresas de cosméticos estão utilizando ingredientes alimentares. Eles os aproveitam como uma nova fonte de ativos, ou para substituições de produtos químicos sintéticos. Isso pode se tornar um nicho? Ainda é um nicho pequeno, mas em crescimento. Muitas marcas internacionais já estão usando ingredientes alimentares; eles incluem Avon, Oriflame, The Body Shop (L’Oréal), Lush, L’Occitane, Weleda, etc. No Brasil, Natura e O Boticário também utilizam ingredientes alimentares em alguns de seus produtos. Pode-se esperar novas tecnologias? Sim, já estamos vendo algumas empresas utilizando métodos de extração sustentáveis (como a tecnologia de fração zeta), e as técnicas de química verde, usando agricultura à base de ingredientes / alimentos.

Novos ingredientes In-Cosmetics Brasil terá sua segunda edição no fim de setembro e promete trazer o que há de mais moderno para a indústria da beleza em termos de matérias-primas >>> Larissa Gutierres

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urante os dias 30 de setembro e 1 de outubro, a cidade de São Paulo receberá a segunda edição da in-cosmetics Brasil, feira latino-americana exclusivamente dedicada a matérias-primas para higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Serão mais de 200 expositores que prometem trazer o que há de mais moderno e tecnológico destes atributos para o mercado brasileiro. O público principal (estimado em 2.800 visitantes, 30% a mais que 2014) é composto pelos principais profissionais latino-americanos de P&D e Marketing das grandes marcas. Os visitantes irão conhecer matérias-primas inovadoras. Entre as novidades estão: produto derivado de uma planta existente desde a Era do Gelo que visa produzir eficiência incomparável na proteção da pele contra o estresse diário; uma manteiga multifuncional de significado sagrado aos budistas que age profundamente na hidratação e reparação dos fios, nutrindo cabelos secos e danificados; um produto que age na regeneração da pele através da combinação de ingredientes que promovem efeitos similares ao da placenta humana, uma formulação que promete mimetizar a composição de uma pele saudável de 22 anos de idade; entre outros. O público também terá acesso à área Innovation Zone, que apresentará os

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ingredientes mais recentes, além de formulações lançadas nos últimos seis meses no mercado mundial. Dentro deste local, haverá o Formulation Display, em que o participante poderá experimentar o produto finalizado, vendo e sentindo como funciona o ingrediente dentro da formulação. Além disso, o evento traz o Fragrance Trail, uma trilha das empresas de fragrâncias, guiada aos dez componentes que podem fazer a diferença no produto final.

Mais novidades Abaixo, seguem mais algumas das novidades que serão apresentadas pelos expositores da in-cosmetics Brasil 2015:

FOCUS QUÍMICA A empresa suíça Mibelle Biochemistry apresentará o Nunatak: ativo derivado de uma planta, a Saponaria pumila, que possui uma característica de sobrevivência baseada na força de suas células tronco, que vivem nas montanhas suíças em suas raras porções sem gelo, no pico, chamada de Nunatak. Saponaria pumila é uma planta que existe desde a Era do Gelo e possui propriedades e mecanismos de sobrevivência em circulação, para superar com êxito a falta de alimentação e água, bem como o ambiente que estão expostas. A francesa Stéarinerie-Dubois de ésteres vegetais e sintéticos levará o Dub Shorea T, uma manteiga multifuncional de significado sagrado aos budistas,


CATEGORIA Maquiagem pois sua ação atinge os cuidados do rosto prevenindo o ressecamento da pele e o desenvolvimento de rugas. O ativo também é capaz de reduzir a degeneração das células e restaurar a flexibilidade da pele, entre suas aplicações diversas destacam: cremes anti-agings, cremes nutritivos para corpo e face.

SARFAM A empresa apresenta em primeira mão o Brightenyl, primeiro ativo mundial que através de pesquisas metagenômicas desvenda o “stratum microbium”, uma nova camada da pele que ativa o bioativo, proporcionando através de sete frentes a plena uniformização do tom da pele Brightenyl é um S.M.A.R.T. (Skin-Melanin-Active-Removal-Technology) desenvolvido por plataforma de pesquisas farmacêuticas, onde o núcleo ativo (THBA) é otimizado por processo biotecnológico gerando uma molécula estabilizada, que permite a criação de uma nova geração de produtos para atender as expectativas dos consumidores.

BANDEIRANTE A empresa alemã Eckart, líder em tecnologia de pigmentos de efeito, pérolas sintéticas, metálicos, borossilicatos e bronzes, apresentará o pigmento Syncrystal Supernova Gold, que possui o aspecto de ouro real, destacando todas as aplicações em cuidados com a pele e cosméticos com cor proporcionando uma aparência lustrosa sensacional e aristocrática.

DAMI Perfeição com segurança – Regeneração da pele da BIO – Placenta. Este produto é a combinação de cinco fatores de crescimento (EFG,IGF-1, acidic FGF, basic FGF, and VEGF), aminoácido e vitaminas que tem efeitos similares ao da placenta humana. Graças ao efeito sinérgico entre o ingrediente, ele vai mais fundo para diminuir as rugas e proporcionar o efeito real para regeneração da pele.

última edição da incosmetics: expectativa de público 30% superior em 2015.

COSMOTEC Durante o evento, a empresa apresentará o pacote de tendências 2015-16NEOMIX EXPERIENCE e ainda mais novidades em ingredientes e sugestões de fórmulas para Hair Care, Make-up, Skin Care e Sun Care. Formulação FC29114 Sérum em Óleo Facial – Pele de Volta aos 22. Tratamento anti-aging facial de textura aveludada e leve que promove recuperação da hidratação, firmeza e elasticidade, ideal para peles maduras. O sérum em óleo confere maciez sem deixar brilho ou sensorial pesado e contém um emoliente especial que repõe os lipídeos perdidos com o envelhecimento, mimetizando a composição de uma pele saudável de 22 anos de idade. A feira, que será realizada no Expo Center Norte (pavilhão azul), contará com 65% de expositores estrangeiros, e a organização espera receber 13% de visitantes internacionais. Algumas das principais empresas do setor já estão confirmadas, como Beraca, Oxiteno, Chemyunion, Química Anastácio, Brasquim (brasileiras) e Croda, Symrise, Givaudan, Ashland, Gattefossé (estrangeiras), entre muitas outras.

Programa educacional Em 2015, o Programa Educacional da in-cosmetics Brasil foi ampliado em 50% em relação ao evento do ano passado, e o público contará com mais de 45 horas de conteúdo técnico de qualidade. Serão

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três categorias: Marketing Trends (apresentações com dados atualizados de mercado, tendências e estatísticas), Innovation Seminars (apresentações sobre os mais recentes produtos, ingredientes e tecnologias disponíveis) – gratuitos – e Workshops Técnicos, coordenados pelo Itehpec, com palestras de especialistas em temas cruciais nas questões científicas e de regulamentação. “Nosso objetivo é oferecer o que há de mais recente no mundo para nosso público. A criação do Marketing Trends foi justamente ampliar o conteúdo educacional para profissionais de Marketing e proporcionar apresentações gratuitas, que irão abordar uma variedade de tópicos da indústria, levando informações sobre as últimas tendências, estatísticas, inovações e dados do mercado, tornando a in-cosmetics Brasil a maior Plataforma Educacional e de Negócios da indústria de HPPC na América Latina”, explica Daniel Zanetti, show manager da in-cosmetics Brasil. A equipe da in-cosmetics visitou diferentes países, promovendo pequenas conferências que incluíram apresentações sobre tendências de mercado e novos produtos de expositores que serão demonstrados durante a feira, que terá sua área aumentada 60% em relação a 2014. As próximas edições da in-cosmetics serão realizadas na Tailândia – ainda em 2015 – e na França e Coreia do Sul no próximo ano.


BRASIL

A ÚNI CA FEI RA LATI NO-AME RICANA E XCLUSIVAMENTE DEDICADA A MATÉRIA SPRI MAS PARA HI GI ENE PESSOAL, PE RFUMARIA E COSMÉTICOS

A segunda edição da in-cosmetics Brasil será um evento internacional e completo onde os Formuladores, Profissionais de P&D e de Marketing da indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos poderão: Conhecer as novidades de 200 expositores vindos de mais de 20 países. Aperfeiçoar seus conhecimentos nos Workshops Técnicos, Seminários de Inovação e de Tendências de Mercado.

100% dedicada a matérias primas.

Organizado por:

Registre seu interesse em visitar www.in-cosmeticsbrasil.com.br

São Paulo Expo Center Norte

30 Set-1 Out

2015

Apoiado por:


clássicos

da perfumaria por Larissa Gutierres

Bomba de rosas Flowerbomb, desenvolvido pela IFF e lançado em 2005, é um sonho que virou realidade para os fashionistas Viktor e Rolf, e um perfume que é uma explosão de feminilidade

S

empre sonhamos em criar perfumes e sempre acreditamos no poder do aroma. Fizemos um desejo e nunca desistimos de sonhar. Em 2005, o nosso sonho se tornou realidade, nascia o nosso Flowerbomb”, revivem Viktor Horsting e Rolf Snoeren, fashionistas da maison holandesa Viktor&Rolf. Lançado pela L’Oréal, o perfume é um gourmand icônico, que tem uma profusão de flores como uma arma para bombardear o mundo com beleza e fantasia, e para transformar o negativo em positivo. Viktor e Rolf tinham o desejo de criar algo diferente, que iria se destacar no mercado. O nome Flowerbomb é sobre opostos que se atraem. Opostos que criam algo novo, quando unidos de uma forma inesperada. É uma fragrância que estava à frente de seu tempo, moderno e precursor. Um perfume ultra-feminino, floral, ousado e explosivo. Carlos Benaim, Domitille Bertier e Olivier Polge – da casa de fragrância americana IFF – são os perfumistas e demoraram três anos para criar a fragrância final. Nas notas de cabeça estão acorde de chá, óleo de bergamota e acorde de frésia. As notas médias são de absoluto de jasmim, e acordes de peônia, orquídea catleia e rosa centifólia. Por fim, acorde de âmbar, cashmeran e óleo de patchouli fazem parte das notas do fundo. A saída espumante da bergamota proporciona uma sensação de frescor. O chá e a frésia deixam um aroma intimista e delicado. Iluminado por este topo espontâneo vem a “explosão” de flores, que revela uma feminilidade radiante e sofisticada. “Queríamos que esta profusão de flores fosse não apenas olfativa, mas também um prazer gustativo para todos os sentidos”, explica Carlos. Para o trio de perfumistas, o frasco de Flowerbomb é uma arma luxuosa de sedução e de amor. O vidro brilhante da granada de diamante transforma um símbolo negativo em um símbolo de positividade, de beleza e de luxo. A embalagem é tratada com

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o selo preto de cera de assinatura de Viktor&Rolf e a fita Flowerbomb.

Uma aventura criativa

Trata-se de um perfume icônico devido à perfeita combinação entre dois ângulos diferentes: por um lado, é o primeiro perfume criado por Viktor&Rolf e a expressão plena do glamour conceitual dos estilistas. “Por outro, o nome escolhido: uma arma de sedução que tem o poder de transformar o negativo em positivo”, emenda Domitille. “Flowerbomb é uma fragrância de vanguarda para o seu período, e continua moderna e precursora ainda hoje, com uma tendência subjacente que durará por muito tempo. É uma explosão de flores com um toque de fantasia gourmand”, completa Olivier. O perfume foi uma grande aventura criativa entre Viktor e Rolf entre si, e o trio de perfumistas. A colaboração e o intercâmbio entre Paris e Nova Iorque, entre homens e mulheres. Era tudo sobre o compartilhamento de suas as próprias experiências, técnicas e influências. Todos os envolvidos na criação de Flowerbomb acreditam que eles se complementavam entre si, e sua cumplicidade foi decisiva para o resultado final. “Mais do que uma fragrância, Flowerbomb é considerada uma peça de arte. O mix completo foi criado de forma perfeita: um efeito surpreendente com uma embalagem e um frasco inesperados, a boa qualidade dos ingredientes e um novo rastro viciante. Ano após ano, Flowerbomb continua inspirando e dando poder às mulheres no mundo inteiro”, observa Carlos. Tanara Justa, gerente regional no desenvolvimento de Fine Fragrance da IFF para a América Latina, explica que esta fragrância despontou com sucesso no mercado francês, mas também conquistou o mercado americano com a nota gourmand. “Aliás, a tendência gourmand acabou se consolidando na Inglaterra e veio para o Brasil com toda a força. Hoje em dia, é um olfativo muito representativo e traz uma sensorialidade extremamente desejada pela consumidora brasileira. O grande diferencial do Flowerbomb está justamente na construção do bouquet floral envelopado por notas cremosas e aditivas. Na saída, você percebe um frescor que contrasta com essa opulência e traz um equilíbrio perfeito que transmite exuberância com muita sofisticação”, finaliza.

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Fragrâncias que conquistam a milhares de consumidores em toda a AmÊrica Latina.

www.cramerbrasil.com.br



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