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R$ 20,00 | ANO 10 | Edição 85
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TRATAMENTO CAPILAR MERCHANDISING Variedade só aumenta e varejistas recorrem à indústria para organizar-se
Displays já não causam mais tantas dores de cabeça nas drogarias
NEGÓCIOS
Yenzah e Melora revelam estratégias para seguirem crescendo no canal
sumário
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categoria • Os produtos mais básicos de tratamento capilar já ocupam um bom lugar nas gôndolas das farmácias. E a indústria está aumentando cada vez mais a oferta na categoria.
negócios • Em pouco tempo de mercado, a Yenzah já obteve um rápido crescimento. Agora, a companhia fluminense prepara-se para novos saltos.
negócios • A fabricante de dermocosméticos Melora se prepara para uma nova fase de crescimento no Brasil.
merchandising • Após uma mudança na mentalidade da indústria visando o shopper, os displays passaram a serem olhados com melhores olhos por parte dos varejistas.
mercado • A forma de atuação e as dificuldades que enfrentarão as redes de farmácias de outros países que desembarcaram no Brasil nos últimos tempos, na opinião de especialistas.
mercado • Apesar de já vigorar nas drogarias brasileiras a obrigatoriedade da presença de farmacêutico na loja a todo instante, Senado aprova PL e movimenta canal.
workshop • Workshop Atualidade Cosmética discute o mercado brasileiro de maquiagem, abordando as tendências, os negócios, a inovação e os rumos da categoria no Brasil.
ponto final • Evento em São Paulo debate questões sobre Social Health e suas oportunidades e desafios para o setor em termos de conectividade.
6 +$ Editorial 8 +$ Chegando nas Gôndolas 14 +$ Promo, Mídia e Marketing 21 +$ Novas Lojas 23 +$ Negócios, Infos & Notas
editorial
Loja mais fluente N ão é de hoje que tratamos na Mais Sucesso de categorias em que a frequência de lançamentos é extremamente intensa, o que faz com que o varejista precise se desdobrar para definir seu mix e para alocá-lo em suas apertadas gôndolas. É claro que, se mal feito, o auxílio da indústria pode atrapalhar ainda mais neste processo de escolha. Mas, ainda assim, sua ajuda nesta hora é de extremo valor para os donos de farmácia. Haircare é uma destas categorias cujo a rotatividade dos produtos é alta e é afetada diretamente por conta dos inúmeros produtos que são apresentados no mercado a cada semana. Linhas de uma só vez ou extensões são lançadas e fazem com que a exigência por um trabalho de exposição necessite beirar à perfeição, para que um lançamento possa atrair olhares de uma consumidora em meio a tantas opções ou que ajude na escolha da melhor opção para ela. Ainda dentro desta categoria, mas levando para a subcategoria de Tratamento Capilar, as companhias não estão mais lançando meras linhas apenas com shampoo, condicionador, máscara e leave-in. Hoje em dia, há mais itens para complementá-las e, segundo as empresas, a fim deixar o tratamento ainda melhor e mais completo para quem quer tratar suas madeixas. Mesmo que boa parte dos players atuantes nesta categoria tenha como estratégia fazer com que seus produtos girem com
velocidade nas gôndolas, há exemplos de empresas que prezem por um rodízio mais lento de seus itens. É o caso da Yenzah, uma companhia do Rio de Janeiro que está há pouco tempo no mercado, mas que tem como filosofia desenvolver produtos ou linhas que alcancem sucesso por um período satisfatório nas prateleiras. Este conceito vai muito bem para a realidade do nosso canal, já que as farmácias precisam justamente deste tipo de produto em seu mix. O caso da Yenzah é mais um em que a indústria procura ser parceira das drogarias em todos os processos da cadeia. Outro exemplo dessa “amizade” que tende a deixar sua loja ainda mais fluente, pode ser verificado na matéria de displays. Esta ferramenta de merchandising já causou muita dor de cabeça para os farmacistas. Entretanto, esta realidade mudou. A consciência da indústria de que era preciso desenvolver dispositivos para explorar a imagem de seus produtos, mas, ao mesmo tempo, ajudar as farmácias na organização da loja, agora virou quase que uma unanimidade. Isto sempre pareceu algo lógico, mas demorou um certo tempo para que ambos chegassem a uma solução para que o ganho fosse mútuo. São apenas alguns exemplos para que sua loja flua melhor. Boa leitura! Rafael Mendonça
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Mais Sucesso Nº 85 (agosto/setembro de 2014) é uma publicação da Cusman Editora Especializada Ltda.
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| Mais Sucesso • ED 48
Chegando nas GÔNDOLAS As novidades que vão movimentar as prateleiras de farmácias e drogarias por todo o Brasil
Crescimento renovador
A Novex, marca da Embelleze, lança o Novex Jaborandi Crescimento Renovador. O ativo principal, Jaborandi, atua no fortalecimento e no crescimento dos fios, evitando, inclusive, a queda dos cabelos. Recomendado pelos dermatologistas, o ingrediente é extraído das folhas de Jaborandi e age diretamente no bulbo capilar proporcionando a regeneração das células do couro cabeludo, fortalecendo a raiz e auxiliando no combate à seborreia. O lançamento possui ainda em sua composição o ativo phytokeratin (proteína de soja, protéina de trigo e milho), que nada mais é do que uma queratina vegetal feita por mistura de aminoácidos livres de plantas, agindo como protetor e fortalecedor da fibra capilar. Preço: R$ 16. SAC: 4003-2667. Site: www.embelleze.com
Alta performance antirrugas
Os Laboratórios Dermatológicos Avène lançam a nova linha YsthéAL. Com um trio de ativos patenteado, os novos YsthéAL Emulsão e YsthéAL Contorno dos olhos e lábios oferecem alta performance no combate às rugas. O YsthéAL Emulsão é ideal para a pele normal a mista, possui uma textura leve e proporciona efeito mate. Já o YsthéAL Contorno dos Olhos e Lábios, com textura fina e leve é perfeitamente adaptada para as áreas mais delicadas do rosto. A nova linha anti-idade YsthéAL devolve a elasticidade e a firmeza da pele, corrige as rugas e a perda da luminosidade para uma pele mais jovem, lisa e radiante. Preço: R$ 135,90 (Contorno dos Olhos e Lábios) e R$ 155,90 (Emulsão). SAC: 0800 702 1037. Site: www.eau-thermale-avene.com.br
Contra o mau odor
Para evitar o odor nas axilas – que é um desconforto que afeta muitas mulheres de todas as idades –, Rexona, marca da Unilever, desenvolveu a variante Antibacteriana, que elimina em até 99,99% as bactérias causadoras do mau odor, além de oferecer dez vezes mais proteção. Rexona Women Antibacteriano está disponível nos formatos aerosol (90 g) e roll on (50 ml). Além da proteção antibacteriana, o antitranspirante contém a tecnologia Motionsense, composta por microcápsulas que são ativadas pelo movimento corporal e oferecem 48 horas de proteção e eficácia contra o suor. A variante feminina de Rexona Antibacteriano combina notas cítricas, verdes e frutadas, com destaque para limão, lima, tangerina, pomelo, frutas vermelhas, bagas, gengibre e musk. Preços: R$ 6,80 (roll-on) e R$ 10,00 (aerossol). SAC: 0800 707 7512. Site: www.rexona.com.br
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Disciplina aos fios rebeldes
Para que os fios lisos – que, aparantemente, demandam menos cuidados – tenham sempre brilho e maciez, a Muriel Cosméticos lança o Banho de Silicone LisoLiz. O creme de hidratação tem diversas funções: defrizante, que serve para proteger o cabelo da umidade e para controlar os fios mais rebeldes; é também disciplinador, restaurador e cauterizador. O produto proporciona flexibilidade aos fios, pois sua fórmula é um complexo de silicones que trazem diversos benefícios que embelezam os fios. Indicado para cabelos lisos, alisados e também como protetor capilar para banho de mar e piscina. Preço: R$ 8. SAC: 0800 113 846. Site: www.muriel.com.br
Fotoprotetor antiacne
O novo Cleanance Solar FPS30, da Eau Thermale Avène, fotoprotetor de uso diário, foi desenvolvido especialmente para as peles oleosas e acneicas. Além de possuir o complexo SunSitive protection, o Cleanance Solar FPS30 oferece fotoproteção aliada à ação antiacne e antioleosidade, graças à combinação de dois ativos: o Gluconato de zinco, ativo de referência na dermatologia para o controle da oleosidade, e o Gliceril Laurato, ativo de última geração patenteado pelos Laboratórios Pierre Fabre. A combinação dos dois ativos seborreguladores ajuda a reduzir a produção do óleo e as imperfeições da pele como o brilho excessivo. Preço: R$ 59,90. SAC: 0800 702 1037. Site: www.eau-thermale-avene.com.br
Proteção Pura
A Johnson’s, marca da Johnson & Johnson, acaba de lançar a linha de Antitranspirantes com fórmula Proteção Pura, livre de álcool etílico, triclosan, parabenos, corantes e silicone, e que contém apenas os ingredientes essenciais para máxima proteção. Dermatologicamente testada e hipoalergênica, a tecnologia é patenteada e foi desenvolvida no Centro de Pesquisa e Tecnologia da J&J para garantir um produto eficiente e com alta performance, garantindo até 72h de proteção. É composta pelas opções roll-on e aerossol, com cinco versões em cada formato: Zero Perfume, Protect Care, DryAction, Fresh Action e Anti-oxidant. Preços: R$ 7,29 (roll-on) e R$ 11,59 (aerossol). SAC: 0800 703 6363. Site: www.jnjbrasil.com.br
| Mais Sucesso • ED 85
Naturalidade para bebês
A Weleda apresenta novidades na linha Calêndula para o Bebê. Formulada com extratos de flores de calêndula, a família de produtos para o bebê agora está completa com os lançamentos: Calêndula Banho Hidratante e Calêndula Loção Hidratante Corporal. O primeiro é desenvolvido cuidadosamente para a delicada pele do bebê e, com óleos de amêndoa doce e de semente de gergelim orgânicos, promove calor e bem-estar. Calêndula Loção Hidratante Corporal, com óleos essenciais naturais e orgânicos, possui extratos de calêndula e camomila, que acalmam a pele do bebê, deixando-a profundamente hidratada. Preços: R$ 69,90 (Banho Hidratante) e R$ 77,90 (Loção Hidratante). SAC: 0800 772 2777. Site: www.weleda.com.br
Pós-banho baby
Pensando na manutenção do frescor e do perfume da pele do bebê, a Muriel Baby lança a água de colônia. Além dos cuidados na hora do banho e na hidratação, os bebês merecem atenção no momento de ficarem perfumados. As colônias pós-banho são alternativas para manter a pele do bebê fresquinha e cheirosa. Porém, os pais devem estar atentos ao escolher as colônias que precisam ser livres de álcool para não ressecar nem agredir a pele dos pequenos e devem ter em sua composição substâncias leves e que mantenham a hidratação natural dos bebês. Por possuir todos esses requisitos, a água de colônia Muriel Baby é ideal para a higiene dos bebês. Preço: R$ 7 (100ml). SAC: 0800 113 846. Site: www.muriel.com.br
Encanto natural
A Impala traz sua nova coleção primavera/verão inspirada nas mais belas e diversificads reservas naturais do Brasil. Com o tema Encanto Natural, a coleção se apresenta em cinco novas cores: o amarelo, o nude, o rosa fúcsia e os aquarelados azul e verde. Para esta edição, a marca também apresenta uma novidade: o pincel flat. Com exclusivo design italiano, o material é feito com cerdas polidas e tem um formato mais achatado, que proporciona um deslizar macio e suave facilitando a aplicação do esmalte. Os lançamentos são Aventura na Selva, Floral Cítrico, Clima Tropical, Canto dos Pássaros e Natureza Viva. Preço: R$ 2,90. SAC: atendimento@ mundial.com. Site: www.mundial.com www.cosmeticanews.com.br
Melhor elasticidade
A Mustela, marca de dermocosméticos do laboratório francês Expanscience, apresenta no mercado brasileiro mais uma novidade para cuidados com a pele das mulheres grávidas: o Óleo de Cuidados Antiestrias, que combina óleos preciosos e naturais que nutrem a pele, melhorando a elasticidade cutânea. Este lançamento da Mustela amplia a linha 9 Meses da marca, que traz produtos desenvolvidos para acompanhar a evolução da pele ao longo da gravidez e também no pós-parto. O Óleo de Cuidados Antiestrias é enriquecido, ainda, com o Elastrorregulador e o Lupeol, que estimulam a produção de elastina em mais de 34% e multiplicam por até quatro vezes a produção de colágeno. Preço: R$ 85. SAC: (11) 3331-4640. Site: www.mustela.com.br
Proteção antibacteriana
A empresa gaúcha Memphis, em parceria com pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), desenvolveu o primeiro sabonete com ativo antibacteriano natural do Brasil. Testado e aprovado por dermatologistas, o Sabonete Biocrema Hidratante Proteção Natural, da linha Biocrema, é enriquecido com óleo de capim-limão, que elimina 99,99% dos germes prejudiciais à saúde, além de não provocar alergias nem ressecar a pele. Sua fórmula super-hidratante contém emolientes, como o silicone dimethicone e a glicerina, que proporcionam suavidade e maciez à pele, além do ácido láctico e do lactato de sódio, ativos naturais da pele humana que atuam como agentes umectantes. Preço: R$ 1,39. SAC: 0800 512 282. Site: www.memphisbr.com
Bagagens e viagens
Quem também lança sua coleção primavera/ verão 2015 é a Risqué. Para criar o conceito Bagagens & Viagens, a marca se inspirou nas cores, sabores, tecidos, monumentos e na cultura de alguns destinos muito conhecidos. As apostas para a estação são o azul, o vinho e o laranja, acompanhados de um nude, um violeta e um terroso. Os nomes das seis cores foram criados a partir das expressões locais e que são comumente utilizadas para legendar fotos, ou em redes sociais com as famosas hashtags. Os lançamentos são: Ora Pois, Lisboa; Ciao Milão; I S2 NY; Are Baba. Índia; O Rio continua lindo; e Viva México. Preço: R$ 3,60. SAC: 0800 011 1145. Site: www.risque.com.br 9
INFORME ESPECIAL
• FRUCTIS
A melhor tecnologia pelo melhor preço Com o lançamento da linha Apaga Danos Fructis inicia um novo momento de sua história, com fórmulas mais tecnológicas e comunicação repleta de cor, energia e jovialidade
A
linha Fructis, de Garnier - uma das marcas mais importantes da L´Oréal em todo o mundo - sempre teve um espaço de destaque no mercado brasileiro de produtos para os cabelos. E quem quer se manter atual e relevante para as consumidoras desse mercado, tem de evoluir e melhorar sempre. E é o que marca está fazendo. A L´Oréal vem empreendendo uma série mudanças nas formulações e no posicionamento de Fructis. A revolução teve início em 2012, com o lançamento da linha Liso Absoluto, e seguiu em 2013 com a chegada de Óleo Reparação e da gama Vitaminados. Em comum, todos eles estavam alinhados
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com uma nova proposta para a marca. Era o prenúncio de novos ares. Com todas as novidades apresentadas ao longo dos últimos dois anos, Fructis adota um novo posicionamento no mercado, como uma marca de entrada no consumo de produtos de alta performance.
A MELHOR TECNOLOGIA DE L´ORÉAL Fructis está com uma entrega de performance muito maior, mas mantendo o preço acessível. Desde o início da revolução, que começou com o lançamento de Fructis Liso Absoluto, a L´Oreal investiu muito mais nas fórmulas. “Hoje, você tem os produtos de Fructis oferecendo a melhor tecnologia L´Oréal pelo melhor preço, na comparação com outras marcas de alta performance”,
diz André Santa, coordenador de Trade Marketing para a categoria de cabelos da L´Oréal Brasil. E, para celebrar esse novo posicionamento, Fructis apresenta ao mercado a cereja do bolo, que vai coroar a revolução e fortalecer o novo posicionamento da marca: a linha Fructis Apaga Danos. O grande lançamento de 2014 preenche uma lacuna no portfólio. As principais marcas de alta performance como Elséve, TRÉSemme e Pantene, oferecem três opções para cabelos danificados. Fructis apresenta duas opções: as linhas Óleo Reparação para cabelos secos e Óleo Reparação Pós Química para cabelos quimicamente danificados. Com Fructis Apaga Danos, a oferta da marca ficou completa, com uma linha dedicada a cabelos com danos acumulados e quebradiços. | Mais Sucesso • ED 85
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Para desenvolver a nova linha, a L´Oréal usou na formulação a tecnologia patenteada OS-BR, utilizada nos produtos de alta performance da empresa e também presente na linha Elseve, de L´Oréal Paris. O mais importante é que os cientistas e pesquisadores do Centro de Inovação da L´Oréal - um dos mais avançados do mundo - trabalharam pensando exclusivamente em atender à necessidade do cabelo da consumidora brasileira, que adora mudar o visual dos fios. “Sabemos que a mulher brasileira adora fazer transformações de visuais! Tanto que segundo o U&A (estudo de hábitos e atitudes), 62% da população feminina faz algum procedimento químico nos cabelos. Além de usar chapinha, secador e babyliss para modelar o seu visual e se expor ao sol durante todo ano. Porém, todos esses procedimentos químicos, mecânicos e exposição aos raios UV danificam profundamente os fios. Por isso, Fructis precisava de uma linha de produtos específicos para atender a essa necessidade da brasileira”, explica André Santa. É dessa necessidade que nasce o Fructis Apaga Danos, uma linha de produtos que resgata o brilho, a vitalidade e a saúde que os cabelos tinham antes de todos os processos químicos, mecânicos e naturais aos quais ele foi submetido ao longo dos anos. O usa da tecnologia de ponta garante a eficácia dos produtos e permitiu à equipe da L´Oréal ser bem objetiva e direta na comunicação. O novo Fructis apaga dois anos de danos aos cabelos em apenas cinco aplicações. Essa garantia só é possível graças ao uso das melhores tecnologias criadas pela L´Oréal. E isso tem tudo a ver com a nova proposta da empresa para Fructis, muita tecnologia, por um valor acessível a todas as consumidoras.
MAIS COR E ENERGIA PARA FRUCTIS Naturalmente, a L´Oréal sabe que todos esses investimentos precisam se refletir em bons negócios para os clientes da empresa. Esse é aliás um dos principais alavancadores da revolução. Por isso, a empresa entende a importância de fazer a consumidora enxergar todas essas mudanças. Com o portfólio de produtos totalmente renovado, a L´Oréal irá realizar o maior investimento em mídia da sua história para apresentar o novo posicionamento de Fructis às consuwww.cosmeticanews.com.br
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midoras, como explica o coordenador de Trade Marketing: “Os esforços que a área de Marketing está realizando para Fructis é inédito. O time está fazendo um esforço muito forte e concentrado para transmitir às consumidoras esse novo posicionamento, que os produtos evoluíram com o uso de fórmulas bastante avançadas e reforçando o fato de que Fructis oferece o melhor custo x benefício do mercado. Ela é a marca que entrega a melhor performance por um valor muito menor que dos seus concorrentes.” Em meio a essa grande ação de reposicionamento, uma das maiores novidades será a presença de uma celebridade como porta-voz, uma ação inédita da marca. Guardado a sete chaves, a empresa garante que o nome – que atua há mais de uma década na TV tem tudo a ver com a nova fase da marca: uma pessoa jovem e que conversa bastante com esse público, que aliás, é uma prioridade nessa nova fase da marca. Essa pegada mais jovem já vem sendo impressa na marca desde os primeiros movimentos de renovação. Até há pouco tempo, todas as embalagens eram verdes, as novas trazem mais cor e energia para a marca que, com um conceito mais jovem e que conversa melhor com a consumidora, como reforça André Santa: “A gente quer que esse público mais jovem conheça e utilize
POSICIONAMENTO DA PRATELEIRA O segmento de produtos para os cabelos danificados é um dos mais importantes na categoria capilar. Com a adição de Apaga Danos, a terceira linha de Fructis para esse segmento, o time de execução da L´Oréal recomenda que Fructis Apaga Danos e a família de Óleo Reparação estejam posicionados na área mais nobre da gôndola, as duas primeiras prateleiras, com um maior impacto visual para o consumidor. Para abrir espaço, a L´Oréal recomenda que a família Fructis Vitaminados seja exposta num panorama horizontal, ao invés da exposição vertical atual. O objetivo da L´Oréal é que Apaga Danos, Óleo Reparação e Óleo Reparação Pós-química ocupem 50% da gôndola, dando o foco adequado ao segmento de danificados. Os outros 50% são divididos entre as linhas Liso Absoluto e Vitaminados.
muito mais a marca. São pessoas que talvez não conheçam toda a história de Fructis e este é o momento delas experimentarem a marca, se convertendo em consumidoras da marca por muito tempo.”
MAIS FORÇA NO PDV Com o lançamento da campanha de Apaga Danos, Fructis vai potencializar as vendas no varejo com materiais específicos para pontos de venda com a nova porta-voz, além de investimentos em tabloides, ponto extra e outras ferramentas e ações de Marketing dentro e fora das lojas para mostrar todo o valor de Apaga Danos e das mudanças de Fructis. Como não há jeito melhor de fazer as pessoas gostarem de um produto do que dando a elas a oportunidade de experimentá-lo de graça, a L´Oréal também vai promover uma campanha intensa de distribuição de amostras. Apenas neste ano, Fructis já distribuiu mais de sete milhões de unidades de sachês, inclusive em ações nos check-outs e amostras online nas redes sociais. A marca tem planos de colocar em campo ações de demonstração nas farmácias e drogarias, distribuindo os sachês, explicando o produto e convidando a consumidora a experimentar, para ela mesma possa confirmar que Fructis realmente mudou a formula, o perfume e os seus tratamentos. E a empresa está se valendo da sua força nas redes sociais para amplificar essa distribuição. “No lançamento de Óleo Reparação Pós-Química fizemos uma ação no Facebook, onde a pessoa podia pedir sachês do produto para experimentar. Em 24 horas tivemos mais de 14 mil sachês distribuídos, e em apenas 1 semana esgotamos o estoque para essa ação. A consumidora realmente está respondendo bem no digital e o time de Marketing está preparando coisas diferentes para se comunicar com as consumidoras nesse ambiente”, conta André, que finaliza: “O recado que a L´Oréal deixa para o varejista é, acredite na marca. Experimente os novos produtos para ver o quanto Fructis mudou e o resultado com certeza virá até o final do ano. Com toda essa movimentação, com a nossa nova celebridade, com materiais específicos e campanhas customizadas para os pontos de venda temos certeza que iniciaremos um novo ciclo de sucesso na história de Fructis.” 11
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Dia 4 de novembro sua estrela vai brilhar! Vem aí o 22º Prêmio Atualidade Cosmética Dia 4 de novembro, no Teatro Bradesco.
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PROMO, MÍDIA E MARKETING
As campanhas e ações da indústria e do varejo para alavancar as vendas de produtos de beleza nas drogarias
Nova campanha Niely Gold Queratina com Giovanna Antonelli A Artplan lança a nova campanha de Niely Gold Queratina com Óleo de Argan, estrelada pela atriz Giovanna Antonelli. Com o mote “Com Niely Gold você acontece”, a campanha apresenta uma grande mudança na comunicação da marca. Clicada pelo fotógrafo Daniel Klajmic, a peça conta em anúncios impressos (revista e jornal com veiculação nacional), material de ponto de venda, mídia exterior e online.
Cenoura & Bronze renova apoio ao vôlei de praia brasileiro Cenoura & Bronze anuncia a renovação do seu patrocínio às ações referentes ao vôlei de praia brasileiro. Presente na modalidade desde 2011, Cenoura & Bronze irá manter, para a temporada 2014/2015, o patrocínio ao Circuito Banco do Brasil Open de Vôlei de Praia, à dupla de atletas Taiana e Fernanda Berti (foto) e ao projeto Virna Vôlei, idealizado em parceria com a campeã olímpica Virna Dias. Ao renovar o patrocínio que iniciou em 2013 com o Circuito Banco do Brasil Open de Vôlei de Praia, Cenoura & Bronze será, mais uma vez, o protetor oficial do circuito, durante as dez etapas da temporada 2014/2015. A marca participará ativamente dos jogos com a comunicação nas quadras, distribuição de amostras e brindes para o público dentro da arena e ao seu redor, atividades com os torcedores durante os intervalos dos jogos e dentro do espaço da Área VIP, dedicado a convidados e atletas. Segundo Fernanda, a expectativa é grande para o circuito brasileiro. “Estamos juntas há somente dois meses e espero que possamos evoluir e melhorar cada vez mais para consolidar a parceria”, comenta a duplista.
Monange apresenta filme sobre linha capilar Desenvolvido em parceria com a agência Disruption Works, a Monange estreia novo filme para sua linha capilar, que convida as consumidoras a experimentarem os produtos para cabelos da marca. Com linguagem jovem e atual, mostra uma jovem que, ao usar Monange, se sente linda e poderosa, tira uma “selfie” e ao postar, recebe muitos elogios pelas redes sociais, reforçando o slogan da marca: “Monange, Você é o máximo!”. A campanha, que também contará com anúncios impressos e ações de internet, faz parte do relançamento de Monange, que renovou toda a sua linha de produtos com este slogan. Todo portfólio foi reformulado, oferecendo produtos de qualidade para que o corpo, a pele e os cabelos enfrentem os desafios diários da mulher brasileira. São três linhas – capilar, corporal e desodorantes –, que atendem a todos os tipos de necessidades. As embalagens estão mais sofisticadas e práticas, com cores mais sóbrias, ingredientes funcionais e benefícios inovadores, como o Hidra Absolut, que visa hidratar e nutrir até a segunda camada da fibra capilar.
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| Mais Sucesso • ED 85
Isis Valverde estrela novo filme publicitário de Seda O novo filme publicitário de Seda, que estreia em outubro, retrata Isis Valverde relembrando o primeiro teste de elenco que participou há dez anos e da confiança que seus cabelos com ondas de protagonista lhe deram para conquistar o papel. A campanha, que foi pensada para destacar a versatilidade do creme para pentear de Seda, mostra a fórmula de sucesso da atriz para encarar esse desafio. Assinado pela JWT, o filme nas versões de 30” e 15”, que será veiculado em TV aberta e fechada, mostra a atriz adolescente aguardando para fazer o teste de elenco. As concorrentes para o papel são garotas altas, loiras e magras, mas Isis toma coragem: dá um beijinho no coelhinho azul da sorte e em seguida pega o creme para pentear Seda Ceramidas para preparar seu penteado. O filme termina com Isis dizendo: “Já vivi muitos papéis, mas meu principal aliado continua o mesmo. Reinvente seu estilo com o creme para pentear Seda.”
Com humor, AXE fala sobre diferença entre antitranspirante e body spray Com o tema “Acha que sabe tudo que um homem precisa saber?”, AXE lança uma divertida campanha para explicar a diferença de uso entre o antitranspirante e o body spray. Em dois vídeos, que abordam os temas Ciúmes e Selfie, são mostradas situações do cotidiano e os erros que homens cometem todos os dias, como não deixar a namorada sair sozinha para um happy hour com as amigas ou postar selfies desnecessárias. Os vídeos fazem alusão à utilização incorreta do antitranspirante e body spray. O intuito de AXE é reforçar junto ao público as diferenças e os benefícios de cada um dos produtos quando utilizados corretamente. A locução dos filmes traz a mensagem: “Prata para as axilas, Preto para o corpo”, uma referência às cores das embalagens das variantes. O antitranspirante AXE oferece 48 horas de proteção contra o suor e o body spray garante perfumação para o corpo. A campanha tem veiculação em TV aberta, digital, além de ações de merchandising em alguns programas de TV aberta.
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Dove e o banho como parte do ritual de beleza feminina Dove lança campanha para ampliar a percepção das mulheres de que o banho não é só um momento de limpeza, mas sim um ritual de beleza e prazer, que muitas vezes pode ser o único momento de indulgência no dia a dia corrido. Com o novo posicionamento, a marca quer reforçar os benefícios do seu produto que vai além da hidratação. “Queremos que as mulheres percebam que Dove vai muito além de um sabonete. O que oferecemos é um produto de beleza com benefícios comprovados. O momento do banho é único e queremos que as consumidoras aproveitem da melhor maneira. A campanha chega com tom mais emocional para marcar o nosso novo posicionamento”, afirma Cristina Carvalho, gerente de Marketing de Dove Sabonetes. Desenvolvida pela agência Ogilvy, a campanha mostra a indulgência no momento do banho, e o destaca como o primeiro passo para a rotina de beleza das consumidoras. Além do TVC de 30 segundos, que acaba de entrar no ar na TV aberta e a cabo, a campanha ainda conta com peças de revista, ações de product placement e uma ampla campanha de digital.
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categoria
• tratamento capilar
Variedade ilimitada Linhas básicas para tratamento capilar já ocupam bons espaços nas gôndolas das farmácias. Entretanto, a indústria não para de apresentar variantes e extensões na categoria, exigindo ainda mais estratégia dos varejistas farma
O Sueli Ortega
mercado de produtos para os cabelos é um dos mais dinâmicos no Brasil, tendo movimentado US$ 8,8 bilhões em 2013. A cada dois anos, cerca de 30% do faturamento do setor é oriundo de lançamentos, de acordo com a Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumes e Cosméticos. Os dados mostram o dinamismo e o esforço de inovação que caracterizam a indústria de cosméticos no Brasil. Considerando, então, que a categoria de cabelos é alimentada por tecnologias e novidades, os lançamentos se sucedem, assim como as tendências – a mais recente delas em óleo para produ-
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tos de tratamento ou a mais nova tecnologia para produtos de tratamento dos cabelos. Baseado no dado de que uma a cada quatro mulheres tinge os cabelos no País, é possível indicar que há um aumento de produtos com foco em tratamento, sendo que itens para cabelos danificados representaram 23% do mercado em 2009 e 37% em 2013. A cada dia são lançadas linhas com itens mais específicos para tratamento capilar, além dos já tradicionais shampoo, condicionador, leave-in e máscara. Enquanto isso, as prateleiras de farmácias e supermercados já estão saturadas de produtos. Então, como despertar o interesse do consumidor para tantos produtos novos – nichos de mercado ou não?
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categoria
• tratamento capilar
Enxurrada da indústria “Apoiamos nossos clientes indicando as melhores formas de expor, desenvolvendo juntos materiais de pdv e oferecendo o mix adequado conforme o perfil da loja”, garante Rodrigo Goecks, empreendedor da Yenzah. Para ele, estes recursos aumentam o ticket médio da loja e criam a imagem de “loja completa” na consumidora. “O desafio da farmácia é não apenas ser vista como a compra da conveniência, repondo o shampoo e condicionador que estão faltando, mas trazer opções diferenciadas de tratamento que possam impactar em aumento de ticket médio e maior tempo de permanência na loja”, avalia. Segundo ainda o dirigente da companhia fluminense, uma marca como a Yenzah, que não possui uma pulverização como as marcas populares, ajuda a criar esta percepção na consumidora. “A união de marcas de distribuição semi-seletiva e de lançamentos ajuda na criação desta imagem”, acredita Goecks. A marca tem na sua mais recente linha de tratamento Amo, um óleo multifuncional, que auxilia na nutrição dos fios, tem efeito finalizador e redutor de pontas duplas, auxilia no fechamento das cutículas do cabelo, doando brilho e sedosidade e é termo protetor, ou seja pode ser usado com secador ou prancha. A Yenzah também oferece uma linha de tratamentos Intensivos e Instantâneos – Yenzah Power, com fluído Pós Química, um tratamento reconstrutor profundo, fluído Restaurador Anti-Quebra e a Queratina Líquida para a recuperação da massa capilar, volume, resistência e a elasticidade. “Quando uma farmácia consegue formar uma imagem de que possui opções de tratamento capilar, a consumidora tende a alterar o comportamento de compra, destinando mais tempo na loja e comprando mais itens”, contextualiza Goecks. A Dove, marca da multinacional anglo-holandesa Unilever, lançou Dove Pure Care Dry Oil um produto que utiliza as propriedades dos óleos naturais de coco, girassol e amêndoa doce, combinados com infusão de óleo de macadâmia africana, óleo de romã e silicones para
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cuidar dos fios, sem deixá-los oleosos. “Os óleos são uma grande tendência em todo o mundo, inclusive no Brasil. Apesar de se interessarem pelos óleos como forma de tratamento, as brasileiras ainda acham que o produto deixa o cabelo oleoso. Dove Pure Care Dry Oil foi desenvolvido justamente para quebrar essa barreira e proporcionar uma experiência positiva tanto de nutrição como de beleza dos fios”, considera Diego Guareschi, gerente de Marketing de Dove.
Visão de varejista A grande variedade de itens nesta categoria é visto por Ana Paula Cury Francisco, gerente da farmácia Drogacentro, como algo diferencial e agregador para o ponto de venda, a fim de atrair públicos diversos. Segundo a profissional da loja localizada na cidade de Piraju, interior de São Paulo, a farmácia procura alocar os produtos que possuem algum diferencial em gôndolas específicas e da mesma categoria, para facilitar ao cliente. “Se for um produto para cabelo cacheado, é colocado próximo de produtos pertinentes, como antifrizz, redutor de volume, entre outros. Se for produto para progressiva
loja drogacentro E creme leave-in yenzah: a grande variedade de itens para tratamento capilar faz com que os varejistas precisem de auxílio da indústria.
ou selagem são alocados com prancha para cabelo e outros”, exemplifica. Entretanto ela adverte para o fato de que, mesmo não sendo uma loja de cosméticos ou perfumaria, a farmácia tem de ter atendentes especializadas, já que a maioria desses produtos requer orientações específicas para uso. “A indústria poderia ser um pouco mais atuante, pois são poucas as que auxiliam localmente na divulgação e treinamento”, revela Ana Paula. Porém, ela contorna dizendo que as propagandas na mídia acabam levando o cliente a buscar por estes produtos. De olho no desenvolvimento alcançado pelo canal farma nos últimos anos, a marca Phytoervas procurou traçar algumas estratégias, a fim de alavancar suas vendas e também auxiliar os varejistas. Com uma equipe de Merchandising atuando, a exposição do portfólio no PDV
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linha amend: empresa contratou uma consultoria para auxiliar num novo posicionamento.
visa estar dentro dos moldes propostos pela empresa. Além disso, a companhia afirma que seleciona algumas lojas para implementação de ponto extra, com o intuito de garantir maior giro de produto e exposição de marca. “Investimos em mecânicas feitas para o cliente como: tabloide, projetos sazonais e check stand. Também temos uma equipe de demonstradoras focada em realizar Diagnóstico capilar, com a intenção de gerar experimentação e divulgação da marca/produto. Junto a estas ações, temos faixa de gôndola, displays, take one e sachês”, reforça Andryelle Mokarzel, gerente de produto de Phytoervas Cosmética Integral, que ressalta ainda a importância do design da embalagem de um produto e relembra da renovação feita recentemente, em que foram redesenhados os frascos, as tampas e os rótulos dos itens Phytoervas.
E mais variedade... A Bril Cosméticos lançou, por meio de sua variante Ecologie, uma linha de máscaras de tratamento à base de extratos naturais: Máscara de tratamento intensivo Ecologie Nutrição Banana e Menta, nutritiva, para fios danificados; Abacate e Mel Vegetal, fortalecedora de cabelos danificados por processos químicos; Romã e Proteína do Trigo hidrata e recupera o brilho dos cabelos coloridos ou com mechas e Ultra Hidratante Oliva, para hidratar e deixar os cabelos cacheados, modelados e sem frizz.
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linha phytoervas: marca possui diversos materiais para auxiliar na exposição nos PDVs.
Visando entregar performance acima de tudo e com o objetivo de gerar recompra, a Phytoervas atualizou suas formulações. Segundo Andryelle, a marca trouxe a primeira linha completa do Brasil sem sulfato, sem sal, sem parabeno e com um ativo exclusivo e integral de linho, trigo e quinoa, responsável pela nutrição, hidratação e anti envelhecimento dos cabelos. “Conseguimos extrair o mais nobre da natureza, na sua forma mais pura e com performance. Tivemos também um lançamento importante para a marca e para o canal. São cinco linhas de tratamento cosmético intensivo realizado em quatro passos (shampoo, máscara/ampola, condicionador, óleo) com óleos e ativos únicos: Ojon, Argan, Macadamia, Queratina Líquida, Dna da Maca e Desamarelador. Estes lançamentos reafirmam nosso compromisso de ampliar os negócios no canal farma, onde conseguimos desenvolver melhor a categoria de tratamento”, emenda a gerente. A Amend apresentou também dois kits de tratamento personalizados, na linha DIY (Do it Yourself, ou “faça você mesmo”). O conceito do kit Amend Treatment Expertise Damage Solution está presente do preparo à aplicação. Foi desenvolvido para reparar os fios de acordo com o nível do dano. O kit é composto por um Elixir Super Concentrado e um Creme Base desenvolvidos com um mix de vitaminas E e F, ômegas 3 e 6 e bionutrientes que juntos tratam até três níveis
de danos dos cabelos. A quantidade exata da mistura deve ser feita de acordo com a necessidade dos cabelos e está dividida em três tipos de dano – anos na fibra e cabelos extremamente ressecados; cabelos quebradiços ou com danos moderados na fibra e fios extremamente danificados por ação química ou com prejuízos profundos na fibra. Outro kit lançado pela Amend, o kit 4 you express multitratamento, permite personalizar o próprio tratamento capilar, combater os principais problemas dos fios em um mês, além de ser indicado para todos os tipos de cabelo. O kit reúne quatro séruns para atender às necessidades do cabelo danificado: nutrição, hidratação, força e ação antiquebra e extra brilho e ação antifrizz. A empresa, que exporta para países da América Central, e do Sul, Europa e Ásia, disponibiliza os produtos inclusive através de e-commerce e contratou a MCF, empresa de consultoria, com o intuito de auxiliar num novo posicionamento. “Queremos realizar um trabalho de comunicação forte dessas novas linhas que têm conceito e apresentação sofisticados, entretanto são desenvolvidas para o consumidor final fazer o seu próprio tratamento, na medida de sua necessidade”, diz Neves Cruz, gerente de P&D da Amend. Este mar de opções agrada Ana Paula, da Drogacentro. “São produtos novos, de essencial importância no mix que a farmácia oferece”, finaliza.
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Beauty fair
• lançamentos capilares
Novidades para os fios Confira alguns lançamentos de cuidados capilares apresentados pelas companhias na Beauty Fair 2014, que aconteceu entre os dias 5 e 8 de setembro, em São Paulo; e que logo estarão nas suas gôndolas Qualidade a seco
A Batiste apresentou o Shampoo Seco XXL Volume, que remove o excesso de oleosidade e modela todos os tipos de cabelo sem a necessidade de finalização com escova, além de ajudar a texturizar penteados. E o Condicionador Seco, que diminui o frizz, hidrata as pontas secas, nutre e dá brilho sem deixar os fios oleosos. É formulado com óleo de argan, que ajuda a reter a umidade no cabelo seco e rebelde. Preço: R$ 35 (cada). SAC: 0800 722 6247. Site: www.batiste.com.br
Variedade de Tonalidades
Máscaras naturais
A Bril Cosméticos trouxe as Máscaras de Tratamento Intensivo Ecologie, em quatro versões, aliando ingredientes naturais como a banana e a menta (nutrição), o abacate e o mel vegetal (restauração), a romã e a proteína do trigo (revitalizadora) e a oliva e a manteiga de Illipê (ultra hidratação). Os produtos agem em três minutos e não contêm parabenos. Preço: R$ 28,90. SAC: 0800 773 8558. Site: www.brilcosmeticos.com.br
Yamá Cosméticos apresentou o Tonalizante Professional Color, com Color System 3D, ativo que protege a fibra capilar do dano oxidativo. É uma coloração semi-permanente sem amônia em 20 tonalidades entre cores naturais e nuances. Professional Color, linha de coloração com o Color System 3D, que cria uma película de brilho reflexivo nos fios, prolongando a cor. Preço: R$ 14. SAC: (11) 4617-9850. Site: www.yama.com.br
Intensidade vermelha
A Trattabrasil lançou a linha Intensive Red, que intensifica a cor do cabelo vermelho e evita o desbotamento, proporcionando ainda fios restaurados e protegidos. Com apenas uma aplicação do shampoo e condicionador por semana, os resultados da coloração são mantidos por muito mais tempo. Preço: R$ 24. SAC: (31) 3429-9200. Site: www.trattabrasil.com.br
Poder do ouro e da reconstrução A Yenzah lançou a linha OM Ouro, com fórmula “Brilho3D”. Potencializada por partículas de ouro, hidrata e oferece brilho máximo aos cabelos. É composta por sete produtos: shampoo, condicionador, máscara Desmaia Fios, máscara de força, leave in e spray de brilho, que possuem a exclusiva fórmula 3D com creatina, óleo de argan e ácido hialurônico. Lançou também SAVE Your Hair, primeiro cronograma capilar do mercado. A linha é composta por seis produtos que reconstroem, hidratam e nutrem a fibra capilar 20
de dentro para fora, revitalizando profundamente os cabelos, em apenas quatro semanas. São eles: shampoo, condicionador hidratante, leave in, máscara, queratina líquida e ampola de tratamento. Não contêm sal nem parabenos. Preços: OM Ouro: de R$ 29,90 (spray de brilho) a R$ 44,90 (máscara) e SAVE Your Hair: de R$ 21,80 (shampoo) a R$ 29,90 (máscara). SAC: yenzah@yenzah. com.br. Site: www.yenzah.com.br
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novas lojas
De Norte a Sul do PAÍS, as redes se expandem e acirram a competição para conquistar os consumidores
Drogasil inaugura novas lojas em São Paulo
Foto: Eduardo Toledo/Portal O Taboanense
A Drogasil inaugurou uma nova loja no bairro de Bela Vista – centro da cidade de São Paulo, dando continuidade à estratégia de expansão da rede no território nacional. Localizada na Rua Cincinato Braga, 306, Loja Térreo, Edifício Villa Paulista Apartaments, a farmácia dispõe de estacionamento no local. Outra inauguração da rede deu-se em Taboão da Serra (foto), a Drogasil Chácara Girassol, é a terceira da cidade, possui estacionamento e está localizada na Avenida Paulo Ayres, 626, salões 2 e 3, no bairro Parque Pinheiros. A rede conta com mais de 1.000 unidades distribuídas em dez estados.
Mais uma drogaria externa Coop O diretor-presidente da Coop Márcio Francisco Blanco do Valle e o sócio-fundador Aristides Machado inauguraram a quarta drogaria externa da rede, localizada na rua das Hortências, 103 – Jardim do Estádio – Santo André. A nova unidade, primeira externa no município, segue o mesmo padrão de layout e atendimento das outras três em operação em São Bernardo do Campo, com sortimento em torno de oito mil itens. Esta é a segunda drogaria externa inaugurada neste ano e até o final de 2014, outras três deverão ser abertas, totalizando neste ano investimento na ordem de R$ 5 milhões. “Com estas drogarias, a Coop está ainda mais próxima da comunidade e, ao mesmo tempo, eleva a fidelização de seus cooperados por meio de um mix variado e qualidade no atendimento”, explica Márcio Valle. Com a nova loja, a Coop passa a contar com 32 drogarias (28 delas anexas às unidades), sendo que 29 já operam com o Programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde. A Cooperativa oferece o Convênio Drogaria, hoje com 100 empresas conveniadas na região do ABC e interior de São Paulo que beneficiam mais de 35 mil funcionários, que contam com até 40 dias para pagar as aquisições de medicamentos.
Pague Menos debuta em Votuporanga (SP) e amplia atuação em João Pessoa (PB) Dando sequência ao seu projeto de expansão pelo Brasil, a rede cearense Pague Menos inaugurou sua primeira loja em Votuporanga (foto), no interior de São Paulo. A farmácia fica localizada na Rua Tocantins - Santa Eliza. Como a única rede de farmácias presente em todos os estados brasileiros, a Pague Menos pretende ampliar sua presença em cada uma das regiões. Só em João Pessoa (PB), a rede inaugurou três novas lojas: a 16ª na Av. Presidente Epitácio Pessoa 1876 – Expedicionários; a 17ª Rua Maria Duarte 417 – Mangabeira; e a 18ª na Av. Valdemar Naziazeno 821 – Geisel.
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novas lojas
De Norte a Sul do PAÍS, as redes se expandem e acirram a competição para conquistar os consumidores
Panvel tem nova unidade em Caxias do Sul (RS) O Shopping San Pelegrino, localizado na Av. Rio Branco, 425, Bairro São Pelegrino, em Caxias do Sul (RS). conta agora com a mais nova filial da Panvel Farmácias em seu mix de serviços. A loja, que imprime o conceito Bem-Estar e Beleza, está instalada no piso térreo do shopping. Com 220 metros quadrados, a unidade se consagra como a maior loja da marca na cidade e apresenta espaços preparados para oferecer opções de produtos da marca própria Panvel, como itens de beleza e higiene, maquiagens e acessórios para cabelos, além de dermocosméticos das marcas La RochePosay, Vichy, ROC e Avène. A Panvel possui mais de 290 lojas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, além de comercializar para o País por meio do site panvel.com. A unidade de Caxias do Sul, no Shopping San Pelegrino, conta com 13 funcionários diretos e atende de segunda-feira a sábado das 10h às 22h, e aos domingos das 14h às 20h.
DSP abre nova loja em shopping No mais novo shopping da cidade de Santo André (SP), a Drogaria São Paulo inaugurou sua mais recente unidade. A loja está localizada no Atrium Shopping, situado na Rua Giovanni Battista Pirelli, 155, na Vila Homero Thon, e conta com mais de sete mil SKUs, funcionando das 10h às 22h, em todos os dias da semana. Em seu mix, além de medicamentos, há variedade entre produtos de higiene e beleza, e dermocosméticos. Em comunicado emitido pela bandeira pertencente ao Grupo DPSP, a Drogaria São Paulo informa que está sempre preocupada em atender cada vez melhor a seus clientes. Além disso, relata que em todas as lojas há um farmacêutico de plantão para esclarecer e orientar os clientes, e que todas as equipes são continuamente treinadas para garantir um atendimento de qualidade. Sobre o fato de estar situada em um shopping center, a DSP acredita que esta é uma situação de compra diferente, “um ambiente de lazer onde se leva a família ou se encontra pessoas queridas, a Drogaria São Paulo tem o intuito de oferecer toda a comodidade e confiança onde o cliente estiver. Por isso, somos a rede de drogarias com maior presença em shoppings no estado”, finaliza o comunicado.
Raia se expande em Bauru (SP) A Droga Raia iniciou a operação de sua terceira loja em Bauru(SP), na Alameda Doutor Octávio Pinheiro Brisolla, nºs 4-10/12, Bairro Vila Santa Tereza, dando continuidade à sua estratégia de crescimento e consolidação de sua presença no território nacional. Segundo Renato Raduan, vice-presidente de operações da Droga Raia, além da equipe altamente treinada e de farmacêuticos sempre à disposição para esclarecer e orientar os seus clientes, a Droga Raia se destaca por oferecer uma grande variedade de produtos de perfumaria e amplo estoque de medicamentos. “Nossos colaboradores estão preparados para prestar aos clientes o apoio técnico necessário e atendê-los dentro da filosofia do Prazer em Cuidar, que há mais de 100 anos norteia a rede”, diz. Os clientes da nova loja Raia também terão acesso ao “Muito Mais Raia”, programa de fidelidade que está entre os mais completos do setor, no qual os clientes podem acumular pontos em suas compras de perfumaria para trocar por prêmios na Droga Raia ou em parceiros da rede Multiplus. Além de acumular pontos, os clientes Muito Mais Raia têm acesso a descontos na compra de medicamentos tarjados e genéricos, bem como em ofertas exclusivas diárias, oferecidas de maneira personalizada com foco no perfil de cada cliente. A loja funciona todos os dias das 7h às 23h.
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negócios,infos & notas Os movimentos das empresas no varejo e na indústria
Brasil Pharma fecha trimestre no prejuízo
Walgreens completa a transação de aquisição da Alliance Boots A Walgreens realizou a segunda etapa de sua transação estratégica com a Alliance Boots antes do prazo estipulado – entre fevereiro e agosto de 2015. A ação concretiza definitivamente a parceria estratégica das empresas que vem desde junho de 2012, quando a Walgreens adquiriu uma participação acionária de 45% na Alliance Boots. A partir de agora o grupo será nomeado Walgreens Boots Alliance e contará com quatro divisões: Walgreen Co. (a maior rede de drogarias nos Estados Unidos); Boots; Farmacêutica Atacado e Varejo Internacional (incluindo Alliance Healthcare, maior atacadista de produtos farmacêuticos da Europa); e Global Brands. Com o fim da transação, as administrações das empresas serão combinadas, incluindo o presidente Walgreens, CEO e membro do conselho Greg Wasson, que será o presidente e CEO da Walgreens Alliance Boots; Stefano Pessina, presidente executivo da Alliance Boots, que será o vice-presidente da companhia. A Wallgrens Boots Alliance será sediada na região de Chicago, enquanto as operações da Wallgreens continuarão sediadas em Deerfield, Illinois e as operações da Boots continuarão sediadas em seu local atual em Nottingham, Reino Unido. A fusão vai criar uma companhia focada em saúde e bem-estar com mais de 11 mil lojas em dez países e um portfólio de marcas de varejo e de negócios cada vez mais globais. A combinação completa também irá estabelecer maior rede de atacado e distribuição de produtos farmacêuticos do mundo. Walgreens Boots Alliance também será o maior comprador mundial de medicamentos prescritos e muitos outros produtos de saúde e bem-estar. “Estamos muito animados para seguir em frente com o próximo passo importante para se tornar o novo líder global de saúde. A expansão global com a Alliance Boots fará cuidados de saúde de qualidade mais baratos e acessíveis para as comunidades aqui na América e em todo o mundo. Além disso, Stefano e eu estamos satisfeitos com o plano global que anunciamos como parte do Passo 2. Estes elementos proporcionarão a criação de valor acionista adicional, tanto no curto como no longo prazo. Parabenizo nossas equipes por chegar-mos a este ponto e juntos temos um futuro brilhante”, considera Wasson.
A Brasil Pharma, holding de farmácias dona de redes como Farmais (foto) e Big Ben, encerrou o segundo trimestre de 2014 com prejuízo líquido de R$ 143,1 milhões ante lucro líquido ajustado de R$ 7,8 milhões um ano antes. A margem bruta no período caiu de 31,5% em 2013 para 19,6% em 2014, o que se deu pelo vencimento de produtos em virtude das compras elevadas do passado e por ações promocionais realizadas no período. “Além disso, as ações tomadas para reduzir o quadro de despesas durante o trimestre terão seu efeito completo somente nos trimestres subsequentes. Entre elas, foi realizada uma redução de aproximadamente 1.600 colaboradores entre os meses de maio e junho”, disse a BR Pharma, por meio de comunicado.
Raia Drogasil tem alta de 54,3% no lucro líquido Durante os meses de abril e junho, a Raia Drogasil apurou alta de 54,3% no lucro líquido, quando o valor atingiu R$ 62,12 milhões – no semestre, o montante cresceu 67,3%, para R$ 91,25 milhões. É o maior lucro líquido já registrado pela empresa em um trimestre desde a sua criação, em 2011. A receita líquida cresceu 16,4%, alcançando R$ 1,79 bilhão de abril e junho, e no acumulado do ano, se expandiu 17,8%, segundo relatório de resultados publicado pela rede.
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negócios
• yenzah
Preparada para novos saltos Depois de um rápido e significativo crescimento em um curto espaço de tempo, a Yenzah sabe onde deve se apegar para evoluir ainda mais e seguir oferecendo produtos sofisticados e diferenciados no mercado Rafael Mendonça
D
esde o início, o intuito da marca era claro: atender a um público da classe média que estava crescendo e começando a consumir mais produtos com maior valor percebido. Esta foi a percepção tida por dois sócios há cerca de cinco anos, quando surgiu a ideia de criar a Yenzah. Como parceiros nesta nova empreitada, a companhia apostou no canal farma, avaliando que as farmácias necessitavam de marcas que pudessem alavancar o ticket médio do canal, ao mesmo tempo em que trouxessem performance e resultados para varejistas e consumidores. O objetivo dos sócios também ia ao encontro de um movimento que começava a dar as caras em todo o mercado de beleza: o da salonização. “Queríamos oferecer produtos compatíveis com as melhores marcas de salão profissional e que trouxessem para o canal farma tendências do mercado de beleza mundial”, relembra Rodrigo Goecks, empreendedor da Yenzah. Na visão da empresa, àquela altura e atualmente, produtos populares eram e são encontrados em muitos outros canais e que, por conta disso, trata-se de uma demanda que existia para atender tanto às consumidoras brasileiras quan-
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to às farmácias. Desta forma, o canal teria condições de vender produtos com maior valor agregado e, assim, diferenciar-se dos demais. “A ideia era trazer para a gôndola da farmácia um produto que está dentro de um salão de beleza”, resume. A Yenzah atua nos segmentos de Cabelo e de Esmaltes. Em termos de produtos capilares, contam com 50 SKUs. Se somados os kits promocionais que são oferecidos nas drogarias, e que segundo a companhia fluminense vão muito bem neste canal, o total de produtos chega a 60. A respeito de esmaltes, trabalha atualmente com 34 cores e mais cinco tratamentos (removedor, finalizador), o que resulta em torno de 40 itens. Segundo Goecks, neste mix atual, alguns produtos se destacam, que são itens para checkout, como sachês, removedor de esmaltes, sprays, pequenos óleos capilares, entre outros. “Em Cabelos, sabemos que não temos um mix grande. Nosso concorrente, por exemplo, tem cerca de 150 itens. Na média, dependendo do perfil de loja, costumamos trabalhar com 20 cores de esmaltes dentro do canal farma e mais uns dois ou três tratamentos. E no capilar procuramos atuar em torno de 20 a 35 itens”, divulga ele. No canal farma, o carro-chefe da empresa é a linha Yellow-off.
Sofisticação, mas também diferenciação Como dito, o movimento que marca entrada no varejo de produtos que prezam por uma “qualidade profissional” é conhecido por alguns como salonização. Porém, pode-se dizer também que isso, nada mais nada menos, trata-se de uma sofisticação do mix. O peso deste movimento ficou ainda maior com a investida de empresas multinacionais, que dominam o volume do negócio em termos de Cabelo e que viram nisso uma oportunidade de tentar sofisticar o mix também. Entretanto, isso fez com que estes produtos chegassem ao nível de commodities, já que é possível encontrar no mix
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rodrigo goecks: empreendedor da Yenzah diz que empresa está pronta para novo crescimento, que, segundo ele, deve acontecer ainda neste ano.
de qualquer varejista, independentemente do canal. Sendo assim, iniciou-se então a busca pela diferenciação, algo que é muito importante para qualquer negócio. No caso da Yenzah, sua distribuição é concentrada em farmácias e perfumarias, e para Goecks, o fato de haver uma certa restrição em termos de distribuição é considerada por ele como uma forma de diferenciação. “Creio que isso dê um prestígio a mais para a marca. Entendemos que temos um produto hoje que a consumidora vai dentro da farmácia buscar, ela não vai encontrar em supermercados. Temos uma preocupação muito grande do que estamos entregando para a consumi-
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dora. E acredito que este seja um dos motivos por nós termos crescido muito rápido”, situa o sócio, que informa ainda que a Yenzah cresceu muito no boca a boca, por conta do advento da internet. “Estamos presentes em praticamente todas as farmácias do País e com pouco mais de quatro anos de vida. Além da forma restritiva de distribuição e da performance que procuramos entregar nos nossos produtos, buscamos também soluções customizadas para as farmácias”, completa.
Direcionamento preciso Conforme a Yenzah foi tornando-se mais conhecida entre as consumido-
ras, a marca já tem em mente qual é o perfil de quem consome seus produtos. Goecks define esta consumidora como “uma pessoa que vai buscar na gôndola o que procurou pela internet, ou seja, um produto diferenciado, e encontrou dicas em blogs ou algo interessante para o cabelo. Isso independentemente da classe social.” Segundo o empreendedor, esta consumidora tem a preocupação de buscar uma solução de beleza mais completa. “Quando começamos a marca, fizemos um teste-piloto no Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Minas Gerais. Então escolhemos um público de diversas regiões do Brasil para a marca. É lógico que algumas regiões onde determinadas famílias de produtos vendem bem e outras não. Então optamos por um mix enxuto para poder alinhar com o perfil do consumidor de cada região. Foi uma preocupação que tivemos. Não temos esse ímpeto de sair cadastrando e colocando produtos que muitas vezes estão desalinhados com o perfil do consumidor”, adverte ele. Este direcionamento que a marca realiza com seu portfólio proporciona situações interessantes para a Yenzah. A empresa foca em adaptar seu portfólio regionalmente, independentemente da classe social, o que faz com que o uso de seus itens seja percebido entre consumidoras de diferentes classes sociais. “Isso nos traz a percepção de que nossa marca possui um potencial muito grande, pois ela conversa bem com todas as classes”, comemora Goecks, que cita a importância da moda para a imagem da marca. “Conversamos muito com o mundo da moda e isso ficou ainda mais forte com a nossa entrada em esmalte.” A Yenzah tem como um de seus enfoques principais desenvolver produtos que tenham vida longa nas gôndolas. Mas, mesmo que não tenha como intuito girar rapidamente seu portfólio, a marca procura sempre estar a par do que é tendência no mercado de beleza. A preocupação é para que o sucesso de um determinado produto não seja algo momentâneo. Isso casa muito bem
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negócios
• yenzah
com a realidade das redes de farmácias, onde este processo de troca ou alteração de mix é lento, por envolver um grande número de lojas. “Buscamos trazer tendência e inovação, mas procuramos buscar algo que garanta ao menos um período satisfatório de sucesso na gôndola, até mesmo pela demora que o canal farma tem para revitalizar o seu mix. Por exemplo, em esmaltes, trabalhamos com 34 cores. Sabemos que têm marcas que trabalham com mais de 60 e nós não queremos isso, ou seja, passar de 40 cores, pois com essa quantidade podemos determinar o que é melhor para cada região”, relata Goecks, destacando que a preocupação com inovação é muito forte, porém a marca procura entender as dificuldades do canal para adequar-se à realidade dele.
Desenvolvimento em conjunto Na hora de desenvolver produtos, a Yenzah procura realizar isso a quatro mãos. Para se ter uma ideia, a entrada da marca na categoria Esmaltes se deu por meio de uma sugestão. O intuito era investir em uma outra categoria, mas seus clientes relatavam com frequência que, na visão deles, a indústria não estava atendendo a eles com satisfação e que faltava uma marca de alta performance nesta categoria. Para se chegar às cores que seriam utilizadas, a marca inspirou-se em seus parceiros de moda e contou com a participação de algumas redes de farmácias também. “Esta relação muito próxima de até desenvolver produtos a quatro mãos cria um diferencial frente aos nossos concorrentes. Nossos parceiros estão sempre participando do processo de desenvolvimento dos produtos e isso nos dá uma relação muito interessante, pois estamos entrando no mercado com algo novo e isso diminui nossos riscos na hora do lançamento do produto”, avalia Goecks. Para que esse relacionamento flua da melhor maneira possível, a Yenzah procura priorizar a proximidade entre todas as áreas envolvidas no negócio entre cliente e fornecedor. “Temos um trabalho de Trade Marketing muito forte.
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produtos yellowoff: linha é o carro-chefe da Yenzah no canal farma.
O elo de ligação quando você trabalha com o canal farma não pode ser apenas o comprador e o vendedor; ele tem de ser entre Marketing, Logística, além do comprador e vendedor. A empresa deve estar toda preparada para isso, para estar próxima do cliente a ponto de poder solucionar qualquer problema. Paralelo a isso, temos um trabalho de loja e de treinamento. Buscamos também identificar os perfis das funcionários e dependendo da rede, fazemos este trabalho para que eles possam vender produtos de maior valor agregado. Isso é muito relevante para o canal”, explica. Recentemente, a empresa também fechou uma parceira com a blogueira Camila Coelho e lançou também um mix de esmaltes com quatro cores, assinado por ela. A Yenzah acredita que, por meio da profissional, por ter uma grande influência internacional, conseguirá dar um grande salto em termos de exportação.
Preparando-se para mais expansão Apesar do curto período de mercado e que já serviu para colocar o nome da Yenzah em destaque, a companhia tem ciência de que, para sustentar seu rápido e posteriores crescimentos, é precisar cuidar de sua operação. Goecks reconhece que a empresa não estava prepa-
rada para o crescimento que obtiveram, mas rechaça dizendo que isto é normal. “Afinal, a estrutura nunca vem na frente não é mesmo?! Agora vale a nossa capacidade para que a ela acompanhe este crescimento. Reformulamos toda a parte logística, contratando pessoas, mudando sistemas, todas as áreas de contato, Administrativa e Financeira. Criamos corporações de Merchandising muito preparadas para que possam atender do Rio Grande do Sul ao Amazonas. A Yenzah está contratando pessoas, treinando-as e formando-as, para que possamos dar um segundo salto, que entendemos que será neste ano ainda”, aposta o empreendedor. Como apontado pelo sócio da companhia, a Yenzah está presente nas principais redes de drogarias do País, inclusive na Drogaria Iguatemi. Entretanto, a marca ainda não é vendida em redes médias e farmácias independentes, o que para Goecks representa uma grande oportunidade de crescimento. “Se analisarmos todas essas ações que estamos fazendo, com certeza conseguiremos atender a esta demanda, e isto passa pelo interior de São Paulo também. Temos um plano de mídia forte já, mas a partir de setembro procuramos dar uma grande alavancada nesta questão, tanto nacional quanto regionalmente”, revela.
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NEGÓCIOS
• ESTRATÉGIA
Plano de ação Um dos mais conceituados nomes entre os fabricantes de dermocosméticos no mercado, a Melora quer está preparada para a maior expansão de sua história por aqui Aûani Cusma de Paula
A
formatação do mercado de dermocosméticos – ao menos nos moldes como conhecemos hoje – é bastante nova. Entre o final dos anos 1990 e o início dos 2000, as primeiras marcas europeias começaram a introduzir no Brasil o conceito de um produto que aliava o sensorial e o visual de um cosmético com a eficácia dos medicamentos, tudo isso lastreado por um trabalho de visitação médica que geraria as prescrições que só poderiam ser convertidas em venda nas farmácias e drogarias. Exatamente como acontece com os medicamentos. No contexto histórico, a Melora foi uma das primeiras empresas a apostar nesse conceito por aqui, ao lado de nomes como a L´Oréal e a Pierre Fabre. O que nem todo mundo sabe é que a Melora – hoje controlada pelo grupo espanhol IFC – é em sua origem, uma empresa brasileira. A marca foi criada por um empresário português, ex-executivo do laboratório farmacêutico Sandoz que decidiu criar a própria marca, Melora Derm, aqui no Brasil, onde ele também distribuía os produtos NeoStrata. Ao mesmo tempo, esse empresário era distribuidor das marcas da IFC em Portugal e, por isso, acabou as introduzindo aqui no Brasil também. Em 2006, a Melora estava presente com produtos em 80 lojas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ainda que o mercado de dermocosméticos estivesse longe de ter a pujança que ele ostenta hoje, o número era bastante restritivo. E isso tinha tudo a ver com a proposta original preconizada pelo
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seu fundador. A empresa não se preocupava com o visual, com as embalagens, com comunicação. Toda a dinâmica estava baseada exclusivamente na visitação médica. Era um posicionamento conceitual e que tinha como benefício margens altas, já que o produto tinha o diferencial da exclusividade e não era preciso entrar em brigas de preços. Em paralelo, o grupo IFC – capitalizado pelo desinvestimento da sua unidade de medicamentos genéricos, em 2002, optou por centrar esforços na área de dermatologia e buscava a expansão internacional. E em 2006 a espanhola acabou assumindo a Melora do Brasil. Naturalmente, algumas coisas precisariam mudar.
De um extremo a outro Se até 2006 a presença da Melora no mercado era estritamente restrita e ultra seletiva, a situação de inverteu completamente a partir da compra. Entre 2007 e 2008 a empresa empreendeu um agressivo processo de expansão, estabelecendo presença nas principais redes do mercado. Só que ao fazer isso de maneira tão acelerada, acabou cometendo o pecado de se descuidar dos outros aspectos, justamente o que fazia o sucesso do portfólio da empresa, que além do Melora-C, englobava marcas como Heliocare e Endocare. “Antes o marketing mix estava encaixadinho: público seleto, preço alto, foco na promoção para o médico e distribuição restrita a 80 PDVs. Com a ampliação isso desandou”, explica Glauber Cipriani, atual gerente-geral da Melora no Brasil. “Quando você vê um negócio com o potencial do Brasil, onde com a venda para
ESTRATÉGIA LOCAL: com o lançamento da linha Heliocare Max Defense, a Melora está em condições de oferecer produtos a preços mais alinhados com a realidade do mercado brasileiro.
apenas um dos grandes clientes você podia garantir quase o budget do ano, isso faz brilhar os olhos de qualquer vendedor e foi um pouco o que aconteceu”, complementa. Como resultado da expansão “desenfreada” a Melora passou a ter seus produtos em lojas de regiões onde a empresa não tinha visitação médica, um pecado mortal para o modelo de negócios da empresa. “Tínhamos produtos de 100 dólares nas lojas e, depois de dois anos, esses produtos começaram a retornar”, lembra Glauber, que assumiu o comando do negócio vindo do marketing da empresa justamente com a missão de realinhar os elementos do negócio, sem precisar abrir mão do canal de vendas – um aspecto inequivocamente positivo 27
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NEGÓCIOS
• ESTRATÉGIA
do processo de expansão, especialmente num momento em que conseguir presença nas grandes redes já não era tão fácil.
Se adequando a nova realidade De dois anos para cá a Melora fez uma renovação quase completa em todo o portfólio de produtos. Quando tomou as rédeas da empresa, de fato, em 2013, o executivo tratou de ajustar o negócio à nova realidade do mercado de dermocosméticos, com muito mais oportunidades e também competição. E isso precisava ser feito sem abalar a imagem diferenciada, de tecnologia e sofisticação que a marca construiu ao longo dos seus anos de Brasil. Um ponto que precisava ser revisto era o próprio preço do produto. Os protetores solar da marca Heliocare custavam 150 reais. Eles tinham o seu espaço no mercado, especialmente no passado quando a maior parte dos produtos tinha um sensorial que mais lembrava uma pasta. Mas nos últimos anos essa realidade mudou e as formulações evoluíram muito. E em termos sensoriais, a categoria de proteção solar sempre foi o primeiro ponto de tropicalização (adaptação à realidade local) das formulações para as marcas de dermo. O executivo da Melora também crê na sensibilidade de preço da parte do consumidor. “O fotoprotetor não pode custar mais do que 60, 70 reais. Mas, se eu baixasse demais o preço de uma hora para outra, eu ia ter um problemão com a margem e descredibilizar o comprador, que ia fcar com estoque, e com o médico, que iria me questionar porque eu sempre trabalhei com ele com o preço mais alto e agora eu simplemente derrubava o preço”. Em meio a estudos e reuniões sobre como equacionar a questão, um insight surgiu da Drogaria Catarinense – uma das redes mais relevantes no trabalho com dermocosméticos em todo o Brasil. Como a varejista queria expandir os seus fornecedores de proteção solar eles fizeram uma série de pesquisas para identificar quais marcas poderiam se incorporadas ao mix e, nessas pesquisas, a marca Heliocare sempre aparecia. “Ali eu saquei que não poderíamos perder a marca, que ela era forte e estava consolidada”. Imediatamente Glauber acio28
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Glauber, da melora: segmentação das equipes de visitação e promoção médica vão permitir qua a empresa seja mais efetiva no seu trabalho de ponto de venda.
nou a matriz para que eles reformulassem o produto com os mesmos ativos, mas numa nova geração de tecnologia. Foi daí que nasceu o Heliocare Max Defense. “A gente não perdia a marca e ainda trouxemos algumas versões para serem fabricadas aqui. E conseguimos fazer isso sem matar o Heliocare antigo”, comemora. O preço do novo Heliocare Max Defense, na casa dos 50 reais, elevou as vendas de unidades em 120%, compensando de longe a perda da margem. “O produto se reposicionou. O sensorial (dos antigos Heliocare) já era muito adequado e alguns ainda ficaram melhores. Aproveitamos a força da marca para ampliar o target de mercado”, comemora.
Planos ambiciosos Com a casa mais em ordem a Melora aposta alto. Para 2014, o objetivo de crescimento da empresa no Brasil é de 32%. E para os próximos três anos, Glauber acredita que a companhia espanhola possa estar entre as cinco maiores em faturamento. Globalmente, a IFC gera vendas na casa dos 90 milhões de euros ao ano (cerca de 280 milhões de reais pelo câmbio atual). Para suportar esse crescimento, uma das medidas é ampliar a quantidade de produtos fabricados localmente, alinhando custos e diminuindo os riscos de rupturas.
Um dos produtos importados do portfólio da Melora teve vendas 85% acima do previsto, em grande parte por conta da força do último verão. E, responder a essa demanda, por conta das dificuldades de infraestrutura e burocracia no Brasil, é sempre um grande desafio. Até 2013, apenas 10% dos produtos vendidos eram fabricados aqui. Ao final deste ano o objetivo é elevar esse porcentual para 40%. As matérias-primas empregadas são exatamente as mesmas utilizadas na fábrica da matriz da IFC, na Espanha. Além disso, a Melora está investindo também no desenvolvimento de produtos aqui no Brasil. O Duo Retix, por exemplo, marca a entrada da empresa no segmento de Anti-acne, um dos mais promissores dentro do universo dos dermocosméticos. A linha foi formulada em parceria como médicos brasileiros, coordenados pelo dermatologista Sérgio Talarico e além de ser totalmente pensado para a pele do brasileiro, vem com um posicionamento de preço bem acessível, em torno de 60 reais.
Equipes segmentadas Além de Heliocare e do novo Due Retic, a Melora trabalha no Brasil com as linhas Endocare e NeoStrata Basics. Com esses produtos a companhia pretende ampliar a sua presença para mais pontos de venda. Já | Mais Sucesso • ED 85
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Foco na tecnologia Desde que decidiu centrar esforços na área de dermatologia, a IFC – dona da Melora – vem investindo continuamente em pesquisa científica e inovação. “Somos uma das maiores em patentes de dermatologia. Só no último ano, estamos com mais de 50 patentes pendentes para registro. São essas patentes que fazem o nosso negócio”, explica o gerente-geral da Melora. A primeira patente da empresa, o Fernblock, foi obtida por meio de um acordo com a Universidade de Harvard e com o diretor do departamento de Dermatologia da Escola de Medicina de Universidade, Thomas B. Fitzpatrick, um dos maiores dermatologistas de todos os tempos e responsável pelas pesquisas que deram origem ao ativo, presente hoje em todos os produtos da linha Heliocare. E desde então ela vem sendo constantemente aperfeiçoada e incrementada. Quando foi lançado, o Heliocare era o único produto com proteção solar fito biológico, que funciona como um plano B para consumidores que passam menor quantidade de produto ou não aplicam regularmente. A formulação acaba criando uma segunda barreira, uma espécie de vigilante que minimiza de forma mais efetiva os raios solares no caso de eles avançarem sob as camadas mais fundas da pele, um vigilante que está dentro da pele e ajuda a mitigar eventuais danos.
com Melora C MAX e NeoStrata Skinactive, duas linhas de posicionamento mais premium a ideia é fortalecer a seletividade. Para manter esse equilíbrio, a empresa dividiu a sua equipe de visitação médica em duas. A primeira, responsável pelo trabalho com o Heliocare Max Defense, assumiu um trabalho mais abrangente, focando em todo o portfólio e em médicos de nível A e B+. Uma segunda equipe ficou dedicada exclusivamente na divulgação dos produtos mais premium do portfólio da empresa, como os da linha NeosStrata, visitando poucos médicos (cerca de 1000 profissionais de nível A e A+) e poucas farmácias, algo em torno de 15% da rede da empresa. Com essa nova organização, Glauber www.cosmeticanews.com.br
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acredita que a Melora poderá ser mais precisa na sua atuação nos lojas. Hoje a Melora está em cerca de sete mil portas. E mesmo dentro delas o executivo sabe que muito ainda precisa ser feito. “Essa presença envolve todos os pontos onde temos um produto positivado”. Das 4.500 lojas que respondem por 75% das vendas de dermocosméticos em todo o Brasil, na avaliação do gerente-geral, a empresa está bem em 3.000 desses pontos e nos outros 1.500 é necessário um trabalho melhor, especialmente no que diz respeito à oferta de um mix mais adequado. Com uma linha mais acessível e abrangente, a Melora também espera investir mais na sua presença em um grupo maior
de drogarias. “Não é só estar na loja. É como estar na loja, com quais produtos. É um trabalho de gestão mais fina que estamos fazendo agora”, lembra. Um dos reflexos dessa nova fase é que a empresa abriu um departamento de trade marketing, entre outros motivos, para fortalecer o trabalho com as dermoconsultoras das lojas. “O nosso forte ainda é a propaganda médica, mas não descuidamos do PDV. Estamos começando a construir uma exposição”, explica a coordenadora de Trade Marketing da empresa, Thenila Sperdutti. Como gato escaldado tem medo de água quente, a expansão será feita de maneira bastante controlada. Recentemente, a gestora da categoria de dermocosméticos de uma das maiores distribuidoras de medicamentos do País, foi nas quatro maiores empresas do mercado para entender como seria um mix básico para a categoria e, de acordo com Glauber, executivos de todas as empresas visitadas referenciaram a Melora como uma das cinco marcas básicas de dermo, daquelas que qualquer lojista tem que ter. “Eu fico orgulhoso disso. Mas também fico preocupado como gestor. Porque eu não acredito em ampliar de forma desordenada a marca e o mix. Dentro do médico eu não tenho tempo para falar das marcas e as prórias redes que não tem espaço.” Para ele, a indústria vai começar a fazer isso (lançamentos) de forma mais inteligente. “Eu questiono lançar complemento de linha. Você não vai ver a Melora lançando mais um item a base de Ureia. Não vamos lançar produtos que não tenha novidade. Eu quero ter blockblusters. Quero um Heliocare que traga aplicações específicas como fotoproteção para quem tem melasma, para quem quer antiaging... Vou adaptar a tecnologia a cada patologia. Isso vale a pena. Meu trabalho no PDV é para sustentar a visitação médica e trazer a inovação para perto do público. Para algumas linhas, se eu contar essas histórias para o público elas funcionam. Algumas marcas estão mais acessíveis por meio de um trabalho de assessoria de imprensa. O consumidor nos entende como uma marca diferente. Essa é a guerra de tecnologia, de fazer produtos inovadores, essa é uma guerra que eu posso ganhar”, conclui Glauber. 29
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merchandising •
displays
Ingrediente a mais Há alguns anos, os displays em farmácias estavam longe de ser unanimidade, especialmente pelo espaço extra que demandavam. Hoje, com uma mudança de mentalidade da indústria em direção ao shopper, os varejistas passam a ver esse tipo de ação com bons olhos, devido à rentabilidade que pode oferecer para o canal farma Cinthia Jardim
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uem caminha em farmácias com frequência e há certo tempo pode afirmar com tranquilidade o quanto a dinâmica do varejo farma mudou em muitos aspectos e devido às demandas que foram surgindo, especialmente, nos últimos dez anos. Essas mudanças refletiram na organização do espaço das lojas, uma vez que uma avalanche de produtos, muito além dos medicamentos, passaram a integrar sua oferta de vendas. Vale destacar a percepção dos varejistas de que trabalhar com perfumaria e beleza poderia trazer uma lucratividade importante. Além disso, há ainda a reciprocidade da indústria, que percebeu a importância desse canal para ampliar suas vendas. A partir daí nasceu uma parceria de sucesso que vem
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em concordância com a mudança do perfil do consumidor brasileiro que deseja praticidade na hora da compra. Mas que trouxe também desafios importantes e perguntas complexas. Como aliar medicamentos a produtos de higiene e beleza em um mesmo espaço? Como tratar o consumidor que vem em busca de uma produto mais especializado, que não medicamento? Como destacar higiene e beleza no ponto de venda? As respostas são muitas, e vão desde um atendimento especializado até a um layout de loja mais agradável para este consumidor contemporâneo cuja ideia de beleza e saúde são inseparáveis, senão sinônimas. Um passo antes de chegar ao consumidor final pensa-se no relacionamento do varejista com a indústria de perfumaria e beleza – muito diferente do que se tem entre o varejo farma e os laboratórios de me-
d icamentos – e que ainda está em amadurecimento. Uma estratégia importante da indústria junto ao varejo farma para destacar-se no ponto de venda são os displays. Nessa transação, a indústria paga ao varejista para ter um móvel com sua marca em determinado ponto da loja, que serve para destacar seu produto. Ganha o varejo com a transação comercial e o percentual de aumento das vendas, ganha a indústria que vende mais e ganha o consumidor que pode visualizar os produtos de determinada marca no pdv com mais facilidade. “O aumento nas vendas está diretamente ligado a uma melhor exposição dos produtos. Geralmente nossas peças de chão e balcão são muito impactantes, com uma comunicação bem direta
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opções cabíveis: displays atuais já não causam mais dor de cabeça aos varejistas farma.
ao consumidor, com foco nos benefícios do produto”, explica Raphael Simões, gerente Comercial da Divisão Cosmética Ativa da L’Oréal.
Mudança de mentalidade Claro que, se hoje, a estratégia de displays parece agradar os varejistas e a indústria, esta teve de passar por um período de maturação. Os displays em lojas, se não forem bem estudados para a realidade das farmácias brasileiras, podem atravancar o fluxo delas e ocupar demasiado espaço, prejudicando assim a circulação de clientes. Há dez anos, por exemplo, quando a indústria começava a investir nessa técnica, os displays que eram inspirados nos da indústria alimentícia vinham em tamanho desproporcional para o já tão concorrido espaço na farmácia. No entanto, a mentalidade da indústria mudou e percebeu que os displays precisavam ser condizentes com a realidade de espaço das farmácias brasileiras, em sua maioria, já muito cheias por conta do volume de produtos medicamentosos e de higiene e beleza. E essa mudança só foi possível a partir do alinhamento en-
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tre varejistas e indústria, como explica Rubens Pecoraro Jr., Senior Consultant da Kantar Retail South America. “Os displays nunca podem interferir ou atrapalhar o planejamento de organização de espaços da loja. Caso isso ocorra, cabe à farmácia desafiar a indústria para trazer alternativas que se enquadrem nesse conceito estratégico e agreguem nas vendas da loja.” Quando dessa mudança de mentalidade, alterou também a forma de investir nessas ações, como ainda observa Rubens Pecoraro Jr. “Atualmente, a indústria investe pesadamente em conhecimentos tanto da categoria, quanto dos shoppers. Esse conhecimento deve ser aplicado em todo o processo de concepção, design e aplicação dos materiais de ponto de venda. Aqueles indústrias que produzem displays apenas com o objetivo de colocar mais estoque de produtos na área de venda ou ao alcance do shopper, correm o risco de não serem bem aceitas pelo varejo de forma de geral, dado que suas soluções não atendem à missão de compra das pessoas na lojas. Terão sucesso aqueles que revisitarem a visão estratégia das
categorias, trazendo realmente proposta de impacto em atração e conversão de vendas para os shoppers”, sugere. Para Jair Beloube, administrador da Drogaria Total em Ribeirão Preto (SP), trata-se de uma questão de bom senso entre ambas as partes interessadas. “O tamanho da farmácia tem muito a ver com a colocação de displays. Em farmácia pequenas, deve-se dar prioridade a displays pequenos, de colocação no balcão, evitando assim prejudicar o trânsito dentro da loja e também não atrapalhando a exposição normal das gôndolas. Em farmácias com mais espaço, os displays podem ser maiores e colocados em pontos estratégicos. Daí, além da loja chamar a atenção do consumidor para produtos específicos, ainda não compromete em nada a exposição normal da loja”, afirma.
As farmácias em consideração Pela perspectiva da indústria, o investimento em displays parece óbvio, já que é a sua marca que estará em maior destaque. Mas e para a farmácia? Dentre uma infinidade de marcas e propostas de displays como decidir qual é mais, digamos, interessante para o seu pdv? Não se pode esquecer da rentabilidade extra que a inserção de produtos de higiene e beleza trouxe para o varejo farma. Aqui, os dermocosméticos assumem papel importante, uma vez que possuem alto valor agregado, são vendidos exclusivamente em farmácias e comercializados tanto por prescrição médica quanto por compra por impulso no pdv. Por conta disso, é a indústria de dermocosméticos que tem se destacado quando o assunto são displays. “Geralmente nossas peças de merchandising estão atreladas a uma campanha completa de ponto de venda, ou seja, aliado aos dis-
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merchandising •
displays
Displays da revlon E da vult: desenvolver móveis que se adequam à realidade da farmácia já faz parte do pensamento da indústria.
plays temos também pancartas, totens, materiais de vitrine, capas de antena e elementos de lineário. Não podemos esquecer que a animação no ponto natural do produto (em boa parte das farmácias um mobiliário próprio da marca) é fundamental”, corrobora Raphael Simões. Ações pontuais também são válidas; um display de proteção solar em alto verão, por exemplo, facilita a compra do consumidor que, às vezes, já entra na farmácia com o objetivo de comprar o produto. Já um display fixo de maquiagem também é uma estratégia interessante, já que esta é uma categoria pouco explorada no varejo farma e, por isso, pouco procurada pelos consumidores em farmácias. Um móvel exclusivo ajuda essa consumidora a saber se nessa farmácia tem maquiagem.
Shopper é o alvo A utilização de displays precisa levar em consideração, principalmente, o comportamento e o perfil do shopper. “Para falarmos de displays (ou de qualquer outro material promocional) temos sempre de pensar no comportamento do shopper e qual a sua principal missão para a compra. Ou seja, os displays (tanto de balcão, quanto os de chão)
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podem ser extremamente positivos para o incremento de vendas das lojas caso cumpram um papel claro na estratégia de atender à necessidade do shopper”, explica Rubens Pecoraro Jr. De acordo com o gerente Comercial da DCA, o desenvolvimento dos displays é feito juntamente às agências e fornecedores das peças levando em consideração fatores além do espaço médio da farmácia, chegando ao interesse do comprador. “Desenvolvemos com agências e fornecedores todas as nossas peças; levamos em consideração também o que queremos comunicar, quantos produtos, se queremos falar de um lançamento específico ou de uma família de produtos, se vamos abordar uma rotina de tratamento que pode envolver outras franquias, etc. Temos uma preocupação também com o valor base de produtos que vão nas peças, pois de nada adianta fazer um display incrível se o faceamento projetado estiver fora da realidade dos clientes”, declara. Quando o foco é o shopper – e aí inclui-se a questão de tamanho do display, já que este precisa circular com liberdade –, a rentabilidade do varejo e da indústria é garantido. Nesse sentido, pensando em um consumidor que deseja encontrar o maior
número de produtos em um mesmo lugar, para Murilo Reggiani, sócio-diretor da Vult, as farmácias amadureceram ao vender produtos de maquiagem, e muito por conta dos displays. Segundo ele, o que implica, e muito, na participação da indústria, é levar em conta, de novo, o tamanho médio das farmácias brasileiras, fornecendo mais de uma opção de displays além de personalizá-los, quando necessário. “Cabe à marca propor soluções de exposição. A Vult possui mais de oito modelos de displays expositores em diferentes formatos e tamanhos, sem considerar o habitual desenvolvimento de soluções personalizadas de exposição”, exemplifica. Por conta deste embasamento para a inserção de displays em lojas – com estudo de espaço, foco no aumento das compras e estudo do shopper –, hoje o varejo farma vê as ações com otimismo. “Acredito que a princípio os displays são bem-vindos às farmácias, visto que eles têm a capacidade de colocar em destaque um produto ou uma linha de produtos que a farmácia tem interesse em vender. Se estes produtos do display ainda estiverem com propaganda em TV, aí o aumento de venda é certo, visto que o display gera venda por impulso”, finaliza Jair Beloube.
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mercado
• expansão
Desembarque internacional Especialistas debatem acerca do desembarque de redes de outro países no Brasil e sobre como elas atuarão por aqui, suas dificuldades e o que isso pode representar em termos de mudança de mercado e até de legislação Rafael Mendonça
O
s recentes movimentos de fusões e aquisições dentro do varejo farmacêutico brasileiro serviram para alimentar ainda mais as discussões sobre o futuro deste mercado no País. Foram grandes negociações que começaram a moldar um novo formato deste varejo. Entretanto, a maior parte destes movimentos aconteceu entre companhias nacionais. A tão falada “invasão” de varejistas estrangeiros, principalmente os norte-americanos, era apontada como “uma
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questão de tempo”. De fato abrimos os braços para um player dos Estados Unidos atuar em território nacional, mas, por enquanto, foi só. A chegada CVS ao Brasil, com a compra de 80% da Drogaria Onofre no início do ano passado, poderia ter indicado o início de uma nova fase para o canal farma brasileiro, entretanto essa movimentação parou por ali. Inclusive, até hoje, é possível notar que a rede norte-americana ainda não conseguiu implementar seu modelo de negócio aqui, por uma série de fatores que discutiremos adiante. Ainda assim, uma série de rumores continuaram surgindo neste mercado a
respeito da entrada de redes estrangeiras. Alguns dos boatos davam conta de uma possível oferta da CVS pela Drogarias Pacheco São Paulo, outros diziam que a rede que poderia pintar por aqui seria a Walgreens, por meio de uma eventual aquisição da Brasil Pharma. A Alliance Boots, cuja a Wallgreens detém 45% de suas ações, é mais uma que estaria sondado seu ingresso no País. A rede britânica anunciou em maio deste ano a compra da Farmacias Benavides, no México, e da rede Ahumada, no Chile; marcando assim seu ingresso na América Latina. Além destas situações, o varejo farma brasileiro também foi dinamicamente influenciado por mais dois movimentos dentro do território nacional. Um deles veio por parte da distribuidora Profarma, que adquiriu as bandeiras fluminenses Drogasmil e Farmalife, do grupo mexicano Casa Saba, e um mês depois anunciou a compra de 50% da Drogaria Tamoio, que atua no interior do mesmo estado. Ainda em 2013, o Grupo Ultra, que congrega as empresas Oxiteno, Postos Ipiranga, Ultracargo e Ultragaz, anunciou a compra da rede paraense Extrafarma, braço varejista da distribuidora Imifarma, que atua nos estados do Pará, Amapá, Piauí, Maranhão e Ceará.
Mudança de mentalidade Todos estes fatos citados criaram um cenário em que a busca por consolidação tornou-se um fator fundamental para os grandes players. Outro ponto que
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firmou-se como prie redes locais e remordial é a eficiência gionais, mas haverá na operação, cada vez consolidação”, opimais necessária para nou. Para ilustrar este aqueles que desejam contexto, Claudio seguir crescendo ou Ely citou a indústria sobrevivendo. A chefinanceira nacional. gada de redes inter“Temos grandes bannacionais ao Brasil cos internacionais no foi tema de discussão Brasil, mas quais são do fórum “Negócios, os grandes bancos do Tendências e OporPaís? Fora os públitunidades – Farma cos, são os nacionais! E HPC”, durante o Quando aconteceu a Pharmanager 2014, grande crise ameriocorrido em São cana, todos correram Paulo. Na visão de para colocar seu diClaudio Roberto Ely, nheiro no Bradesco, próxima?: já faz tempo que sonda-se a entrada da Wallgreens no País. E os rumores só aumentaram consultor de Gover- depois da negociação com a Alliance Boots. Itaú, Banco do Brasil nança Corporativa e e Caixa Econômica ex-CEO do Grupo Federal. Todos viam RaiaDrogasil, a cheos bancos nacionais gada de grandes players exige uma efeticomo um porto seguro”, relembrou. empresas de capital aberto, a expansão é vidade e uma eficiência muito maior. “A O exemplo indicado por ele serve sempre necessária, já que o mercado coentrada de novos participantes no merpara direcionar sua opinião de que a vinbra rentabilidade de expansão, fazendo cado obriga os atuais a melhorarem, pois da de players internacionais para cá não com que as companhias precisem buscar a competição melhora a gente todos os vai acabar com os grandes grupos naciooutros mercados. dias”, resumiu. nais. “Vai melhorar o mercado. Lá eles Para Eduardo Rocha, diretor da IMS Todavia, o especialista ilustra as difitêm outro tipo de abordagem, as farHealth, o varejo é local e existem difeculdades que estes players terão para se mácias são quase como supermercados. renças fundamentais entre os mercados. firmar em território tupiniquim. “Uma Vimos que as lojas de conveniência que “O modelo americano não virá para cá farmácia que se toca no Brasil não é a vieram para cá, como a 7-eleven, não porque não cabe aqui. Lá as lojas têm em mesma que se toca na Argentina, por funcionaram. Isso aconteceu por um média 500 m² e as nossas não têm 100 m². exemplo. Há tipos diferentes de abordasimples motivo: a inflação. Ela é algo Há modelos diferentes e o que vai mudar gem. Houve uma época, na RaiaDrogamuito nefasto e terrivelmente desleal é realmente o processo. As empresas losil, em que pensamos em expandir para para com o pobre. Quem tem dinheicais terão de se adaptar e melhorar seus a América Latina, só que quando se esro ganha dinheiro com a inflação, essa processos, além de serem mais eficientes. tuda cada país há regulações tão diferené a verdade. Como tempo é dinheiro, Isso não significa que o varejo internates que parece ser uma outra indústria”, sabendo trabalhar, ganha-se sem fazer cional irá acabar com o nacional. Creio revelou Claudio Ely, situando que, para nada”, observou o consultor. que teremos grandes grupos nacionais
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mercado
• expansão
Cenário moldado As comparações entre os mercados continuaram alimentando este debate e as diferenças entre eles deixam várias dúvidas no ar quanto ao modelo de loja que deverá predominar no canal farma brasileiro. De acordo com Claudio Ely, ainda haverá muitas discussões sobre isso, sustentadas pelo fato de que existem empresas que trabalham com saúde e beleza e há outras que trabalham com um espectro maior, porque a legislação estadual permite e faz com que a empresa assuma uma conveniência maior. “Esse espaço de regulação vai determinar isso, não adianta apenas querer. Lembro que antigamente se entrava em uma farmácia nos Estados Unidos e até cigarro se vendia, e depois de uma enorme pressão, isso acabou. Tudo depende da regulação. Se formos a Nova York hoje é muito difícil encontrarmos uma farmácia independente, praticamente há só redes. Porém, não creio que elas vão dominar tudo, sempre haverá alguns nichos de mercado em que alguém pode atuar, pois a capilaridade das grandes redes não é tão grande, já que os custos de operação não permite que se tenha lojas com venda menor.” A conclusão de Eduardo é de que a adaptabilidade é palavra de ordem para o varejo farmacêutico brasileiro. “Se olharmos hoje para o mercado, temos vários modelos. Por exemplo, modelos como o da Ultra Popular. Eles estão em um nicho muito claro. A própria RaiaDrogasil, com a experiência Farmasil, é outro modelo bem nítido. Então, adaptabilidade é você conhecer seu consumidor e saber o que tem de fazer no local onde está. Também pode acontecer de haver farmácias de conveniência. O Grupo Ultra está aí, com mais de quatro mil postos de gasolina e dois mil de venda de gás. Não sei em quantos destes locais cabem uma farmácia, mas creio que eles irão trazer um modelo novo”, completou o dirigente. Claudio reportou também que, para as redes, tudo que se faz há custo. “Digo sempre que a escala traz alguns bônus, mas também traz alguns ônus. Um dos
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claudio ely, Ex-ceo da raia-drogasil: o atual consultor lembrou as diferentes regulações existentes na América Latina, para se pensar em expansão.
ônus é o da padronização. Não se pode pensar em ter, por exemplo, a seguinte situação: ‘A loja nº 999 fica localizada ao lado de um banco e o cara poderá ir lá para depositar o dinheiro’. Isso não existe, é tudo padronizado. Além disso, quanto ao consumidor, a cada dia a informatização te aproxima dele. Se tem um conhecimento do que ele faz, se pode atendê-lo de maneira diferente. Hoje há
eduardo rocha, da ims: segundo o dirigente, a palavra de ordem para o varejo farma brasileiro é adaptabilidade.
vergiram em suas opiniões. Claudio Ely acredita que pode haver sim alterações na lei, mas ele fez uma ressalva dizendo que as redes devem cuidar para que tenham sempre organismos de assessoria parlamentar, para não serem surpreendidos. “Me lembro que uma vez passou um processo em uma comissão da Câmara ou do Senado que ordenava que toda a farmácia precisaria ter uma cruz verde. Ou seja, há
“o modelo americano não virá para cá porque não cabe aqui. lá as lojas têm em média 500 m² E as nossas não têm 100 m². há modelos diferentes E O que vai mudar é realmente O processo.” eduardo Rocha um potencial muito maior de proximidade ao cliente do que em relação a dez ou 15 anos atrás.”
Reflexos na legislação? A discussão sobre como a entrada no Brasil de nomes de peso do varejo farma internacional poderia alterar nosso mercado chegou até à questão de possíveis mudanças na legislação federal do setor. Neste ponto, os dois profissionais di-
muitos projetos de lei mais piorando do que melhorando”, considerou. Por sua vez, Eduardo acredita que o fato de ter poder econômico não seja suficiente para conseguir mudanças no sistema legislativo do canal farma. “Se fosse assim, o setor supermercadista, que é poderosíssimo, já teria colocado a farmácia para dentro. Esta é uma questão estadual, muitas vezes municipal, e por isso acho que não vai acontecer”, comparou.
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mercado
• obrigatoriedade
Impacto que O ganha reforço
Rafael Mendonça
Senado aprova PL 41/1993 que ratifica a exigência da presença de farmacêutico nas drogarias já estabelecida pela Anvisa; além de impor outras atribuições
UNIDADE DROGAL: segundo a rede, sua estrutura atual já atende às exigências do PL.
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último dia 16 de julho ficará marcado como mais um capítulo relevante para a história do varejo farmacêutico brasileiro. Isso porque, nessa data, o Senado Federal aprovou com unanimidade o Projeto de Lei 41/1993, que regulamenta o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. O PL tramitou na Câmara por cerca de duas décadas e, entre suas atribuições, visa tornar a farmácia uma “unidade de prestação de serviços para assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva”, deixando de ser um simples estabelecimento comercial. O texto original, proposto em 1993, precisou ser alterado. Na época, a ideia era permitir a presença de oficiais ou auxiliares de farmácia para a assistência técnica. Agora, após a modificação, o texto estabelece a exigência da presença permanente de um farmacêutico, tecnicamente habilitado e exclusivo durante todo o horário de funcionamento do estabelecimento. Na teoria, este PL – que segue para sanção da presidente Dilma Rousseff – não altera muito a realidade do canal farma do País, tendo em vista que a obrigatoriedade do farmacêutico nas lojas já era algo determinado pela Anvisa há alguns anos. Além disso, muitas farmácias e drogarias já carregam consigo o status de prestadoras de serviços de assistência à saúde e já realizam ações como medir pressão, glicemia, aplicar soro e vacinas, serviços estes que o PL 41/1993 permite que sejam prestados nas farmácias. Entretanto, na prática, a medida obrigará as companhias varejistas a se movimentarem, para que possam estar dentro da lei e não serem penalizadas. Na visão de Nilson Ribeiro, sócio-diretor do DPV Nice, o fato de sancionar um Projeto de Lei pelo Senado de algo que já era estabelecido como obrigatório pela Anvisa, só aumenta a força e o poder da aplicabilidade da legislação. “Criam-se muitas leis no Brasil, porém, o que se torna mais di-
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fícil é a regulamentação e a aplicabilidade prática. É inquestionável que a farmácia, como pura farmácia, ou dentro de uma Dogstore ou de um Supermercado, ela precisa ter um profissional com habilidade para atender plena e eficazmente ao consumidor. O farmacêutico é o único profissional, no meu entender, profundamente habilitado e preparado profissionalmente para conhecer a farmacologia, a farmacocinética e as características químicas das drogas”, opina.
Demanda por mão de obra deve aumentar Um dos pontos que pode movimentar o cenário entre os varejistas farmacêuticos é a mão de obra, que já tira o sono de algumas redes atualmente por conta da dificuldade de encontrar profissionais em algumas regiões do País – algo que acarreta diretamente na expansão destas companhias. Tendo em vista que a possível nova lei “eleva à categoria de posto de saúde estabelecimentos que comercializem ou manipulem medicamentos industrializados, magistrais, oficinais e farmacopeicos, insumos farmacêuticos, cosméticos e produtos farmacêuticos e correlatos”, isso aumentará a procura por farmacêuticos por parte destes outros locais, além das próprias farmácias. Essa busca poderá ter reflexos até nas próprias redes de drogarias, que procuram treinar seus profissionais a fim de deixá-los melhores preparados para o mercado. Nilson acredita que todo este cenário irá escancarar uma dura realidade para o canal e irá demonstrar que o segmento não se preparou para o futuro. “Há mais de 30 anos se fala na obrigatoriedade de se ter o farmacêutico na farmácia e pouco se aplicou ao longo destes anos para a formação de profissionais, em conformidade com a população de cada estado. Esta é uma falha no processo de Gestão da Saúde no Brasil”, critica o dirigente. Segundo ele ainda, algumas mudanças no setor vão acontecer por conta disso, como por exemplo: reduzir momentaneamente as farmácias 24 horas e administrar o custo do estabelecimento. “Isso
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porque certamente no primeiro momento haverá dificuldade para se obter mão de obra ou então ela se tornará mais cara – lei da oferta e da procura.” Atuando com 100 unidades distribuídas em 38 cidades do interior de São Paulo, a Rede Drogal acredita que, caso a lei seja sancionada, não haverá reflexos para a companhia. “Os serviços oferecidos por nós atualmente já atendem às exigências”, assegura Marcelo Cançado, diretor-administrativo da rede. Sobre uma possível dificuldade em termos de mão de obra, o dirigente diz ter consciência desta realidade. “Todas as unidades da Rede Drogal já contam com farmacêutico em tempo integral e estamos cientes da disputa de mercado por este profissional.”
Melhorias em serviços Entre os políticos que estiveram envolvidos para que este Projeto de Lei seguisse em frente no Senado Federal é consenso entre eles que o principal beneficiado por essas medidas será a população. O embasamento para esta opinião reside nos fatos da presença do farmacêutico nas farmácias e também pelo objetivo de melhorar a qualidade dos serviços oferecidos. A permissão dada para realizar serviços como medir pressão, glicemia, aplicar soro e vacinas; poderia criar um cenário em que redes passariam a explorá-los, chegando até cobrar para realizá-los. Entretanto, na concepção de Nilson, isso não deverá acontecer. “Sendo um estabelecimento de cuidados com a Saúde, as farmácias podem cobrar por tudo, pois, está envolvido o trabalho de um profissional especializado. Acredito, contudo, que a maioria delas adotará o procedimento de medição de pressão como uma prestação de serviço ao consumidor, até porque, hoje os aparelhos para este fim estão à venda no próprio ponto de venda e em todas as lojas especializadas”, considera. Com relação à aplicação de injeção, o dirigente lembra que, hoje, a farmácia já pode fazer isso desde que tenha sala preparada e adequada e que, algumas, já cobram por isso. “Acredito que é mais uma oferta de serviço de saúde ao consumidor,
ou seja, a farmácia passa a ser procurada mais pelo paciente num caso emergencial. Se o farmacêutico estiver presente, com certeza fará uma melhor orientação ao paciente, minimizando custos e cuidando da vida.”
Preparação do canal De acordo com informações publicadas pela Agência Senado, o PL 41/1993 cria ainda a figura do fiscal farmacêutico, para exercer atividades de fiscalização dos estabelecimentos. Segundo o texto, “ao fiscal é proibido exercer outras atividades profissionais de farmacêutico, bem como ser responsável técnico, proprietário ou participar de sociedade de estabelecimentos farmacêuticos.” As informações ainda dão conta que “Os postos farmacêuticos, devidamente licenciados, terão um ano após a publicação da nova lei para se adequar às regras atualizadas. Do contrário, o registro de funcionamento será cancelado automaticamente.” Sobre estas atribuições e a respeito do projeto de Lei, o Conselho Regional de Farmácia de São Paulo não quis comentar com a revista Mais Sucesso. Disseram apenas estarem “aguardando o sancionamento da presidente Dilma para nos posicionarmos de fato, o que deve estar para acontecer.” Questionado sobre como as farmácias devem se preparar para as atribuições previstas pela lei, Nilson diz que se a loja não tem farmacêutico, é preciso rapidamente trabalhar para contratar este profissional, que pode inclusive, por lei, prescrever produtos OTC. Se a farmácia, possuir farmacêutico é necessário adequar a carga horária de funcionamento do estabelecimento à carga horária de trabalho do profissional. “É preciso ainda buscar alternativas de aumento de faturamento com produtos correlatos ou ligados à área de saúde do consumidor”, complementa. “O mercado farmacêutico está em constante mudança, principalmente nas normas e leis que protegem o consumidor. Assim como a Rede Drogal, outros setores devem ficar atentos para se adequarem”, finaliza Marcelo Cançado.
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Movimento das cores Workshop Atualidade Cosmética abordou o mercado brasileiro de maquiagem falando de tendências, negócios e inovação, além de tratar de sua construção histórica e apontar os rumos do segmento por aqui Cinthia Jardim
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om o objetivo de discutir o tão emblemático mercado de maquiagem no Brasil, a Cusman realizou em agosto mais um Workshop Atualidade Cosmética no Hotel Blue Tree Premium Paulista, em São Paulo, sob a égide: “Maquiagem – a nova cara do Brasil”. O evento contou com a participação de cerca de 90 profissionais do mercado de beleza e abordou a temática sob diferentes e importantes aspectos. Nas apresentações, representantes da Natura e da marca quem disse, berenice?, além de Lenita Assef, jornalista especializada em moda e beleza, marcaram presença. No primeiro painel, a perspectiva de tendências em maquiagem foi abordada por Margareth Utimura, diretora de Contas da Kantar Worldapanel, que ofereceu um panorama do segmento a partir de dados coletados pela companhia; a apresentação de indicadores de consumo do brasileiro possibilitou a percepção da penetração da maquiagem nos lares do País. De acordo com a consultoria, o aumento da renda familiar e a queda em 53% do desemprego nos últimos 11 anos, impulsionou, no País, o crescimento do segmento de Personal Care com destaque para a maquiagem, uma vez que a imagem torna-se prioridade. Em contrapartida, a rotina corrida das mulheres que ingressaram no mercado de trabalho mudou, e muito, o perfil do consumidora que prioriza praticidade e,
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por conta dos valores mais altos aplicados no mercado, compara mais os preços. A pesquisa trazida pela Kantar mostrou ainda que o segmento de Personal Care cresceu, em consumo, 13% comparando 2013 a 2012 e, especificamente Maquiagem, experimentou um aumento de 11%, sendo o batom com maior valor agregado de marcas premium o principal impulsionador desse crescimento.
Tendências, experiência no PDV e e-commerce Blanca Liane, diretora da Lexus Group, apresentou o que é tendência em cores para todos os setores da indústria do mundo, incluindo aí o de Maquiagem. Daydream foi um dos conceitos apresentados e traz uma
Ação Adhespack
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Patrocínio:
Descubra as cores da sua vida
proposta lúdica de “estar melhor que bem” em um mundo de fantasia e sonho. Fada e Poesia Moderna são itens representativos do conceito que traz, de acordo com Blanca, “cores de brumas”. O segundo conceito, Fascination, remete ao luxo e à inovação em cores mais intensas, com destaque para o Rosa Fúcsia. Abordando a venda de maquiagem em farmácias, Edlaine Godoi, diretora de e-commerce da Netfarma, falou sobre o aumento das vendas de maquiagem pela internet em concordância com a mudança do perfil do consumidor brasileiro – apontada na palestra da Margareth Utimura, da Kantar Worldpanel – que quer poupar tempo e ter praticidade. Para Edlaine, é fundamental para o e-commerce ter variedade de produtos e um bom canal de distribuição para garantir os prazos programados. “Mudamos nossa slogan este ano que agora é ‘Netfarma – você quer, você precisa, a Netfarma tem’. Nosso intuito é se, como farmácia, eu posso ter produto de beleza? Então eu quero ter todos os produtos de beleza. Queremos que nossa consumidora entre no nosso portal e tenha variedade”, afirmou a diretora. Representando a patrocinadora do evento, Colormix, Bharat Adhia, executivo da Eckart Effect Pigments, apresentou as tendências mundiais em cores e texturas para maquiagem. Os esmaltes foram destacados por sua evolução nos últimos anos: muitas marcas novas, apresentando uma infinidade de cores para um consumidora ávida por novidades. Para os olhos, azul e verde escuros são as cores tendência. Na boca, o clássico vermelho permanece, mas com novas texturas. Para as unhas cores intensas e nudes. A Adhespack, também patrocinadora, foi representada por seu diretor executivo Daniel Almeida, que trouxe as novidades da marca em amostras de make-up como estratégia inovadora para o ponto de venda. O Make-up Sticker foi destaque na apresentação, trata-se de um adesivo que contém o produto e que possibilita a verificação real de cor. Podendo ser usado em anúncios de
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C R E A T I V E
Luana Almeida (Revlon)
Patricia Melo de Lima, Mônica Truffa e Rodrigo Novacoski (Vult)
revistas, catálogos de venda direta e também, como já destacado, no ponto de venda.
Brasil: demandas e histórico Sônia Corazza, diretora técnica da Corazza Inteligência em P&D Cosmética, por meio de uma abordagem histórica, mostrou as demandas a serem atendidas no Brasil quando o assunto é maquiagem. No que diz respeito à inovação, a dirigente abordou a temática a partir de três pontos: Como é a pele da brasileira? Como está essa pele? E como se inova em make-up para essa pele? Sônia, através de uma linha do tempo, apresentou todas as interferências culturais e genéticas no Brasil de diferentes povos e que faz do País único no mundo quando o assunto é variedade de pele. Nesse sentido, destacou também as doenças de pele que mais acometem nossa população por conta de fatores como miscigenação e intensa exposição solar. A diretora trouxe
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Cristine Lopes Camargo, Bharat Adhia, Carlos Fernando de Abreu e Nayara Nhoque de Oliveira, da Colormix.
Rafaella Weber (Panvel) e Aline Cassia Beleza (Univar)
o questionamento: “É fácil fazer maquiagem para esse povo?” e sugeriu que as demandas a serem atendidas no segmento de maquiagem passem pelo desenvolvimento de produtos específicos para essa enfermidades da pele que todos teremos em algum momento da vida. Duda Molinos, maquiador e sócio do Laboratório Duda Molinos, desmistificou a diferença de qualidade entre as maquiagens nacionais e as importadas. Para ele, é possível fazer maquiagem de primeira linha no País, no entanto, a dificuldade está em comercializar isso, uma vez que, entre comprar uma maquiagem cara nacional e uma importada, invariavelmente, a consumidora compra a que vem de fora. Por fim, Margot Takeda, sócio-diretora da Agência A10, trouxe seu parecer a partir do segmento de embalagens para a maquiagem. Segundo ela, inovação e praticidade são as palavras de ordem.
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ponto final
• conectividade
Conectividade em pauta Com grandes nomes da Indústria Farmacêutica, debate em São Paulo abordou questões acerca do Social Health e das oportunidades e desafios que este novo cenário representa para o setor Cinthia Jardim
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o dia 3 de setembro, foi realizado na sede da Sindusfarma – Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo o evento “Mídias Sociais e Saúde”, que teve como objetivo levantar questões com relação às oportunidades na comunicação e na utilização de ferramentas que conectem e facilitem o desempenho das funções dos profissionais de saúde, bem como o contato e relacionamento com pacientes nas mídias sociais. A sócia-criadora da Rede Profissional Exclusiva para Médicos Ology, Giovana Pieck, foi uma das palestrantes do encontro e tratou do tema “Possíveis riscos no uso das redes sociais de massa e o fenômeno das redes profissionais exclusivas para médicos”. De acordo com a executiva, “estudo recente da BI Intelligence mostra que ‘Social’ já é a principal atividade na internet e é necessário reconhecer os benefícios que estas ferramentas online trazem para a classe médica e para a saúde como um todo, como a prática da colaboração em diagnósticos.”
Risco eminente Giovana explicou ainda que, como no
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temas pontuais: público presente pôde tratar de assuntos que fazem parte do dia a dia dos profissionais.
giovana pieck: palestrante falou sobre os possíveis riscos no uso de redes sociais de massa E acerca das redes profissionais exclusivas para médicos.
Brasil as redes exclusivas para o exercício da Medicina estão no começo, os médicos brasileiros utilizam as redes sociais “tradicionais” para fins profissionais. Tal prática não é recomendável, explica a dirigente, pois há o risco de vazamento de informações confidenciais de pacientes e de informações dos grupos de discussão fechados, caso o médico não fique atento ao compromisso de sigilo que possui em decorrência do Código de Ética Médica. Além dos problemas que podem ser gerados pelo desconhecimento dos termos de uso e política de privacidade e pela má administração das configurações de privacidade. “Neste contexto, as redes
profissionais exclusivas para médicos, como o Ology, oferecem segurança e proteção de dados e facilitam o desempenho ético da medicina”, alertou Giovana. No evento, estiveram presentes grandes nomes do setor farmacêutico e de Social Media, como Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB); Theo van der Loo, presidente da Interfarma; e Lauro Moretto, presidente da Sindusfarma. Entre as palestras e mesas de debates, também houve temas como boas práticas das mídias sociais para a indústria farmacêutica, a visão jurídica pré e pós marco civil da internet e apresentação de cases de sucesso.
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O Mercado de Beleza Masculina no Brasil ‒ Cenários e Tendências
O mercado masculino está se consolidando cada vez mais no setor de beleza no Brasil. Estamos aproveitando esta grande oportunidade?
Save the Date 20/11/2014
das 13h às 18h30
Local: Hotel Blue Tree Paulista Rua Peixoto Gomide, 707 ‒ Cerqueira César ‒ São Paulo Para mais informações: raoni@cusmaneditora.com.br Telefone: 11 3392 2584 www.cosmeticanews.com.br PATROCÍNIO:
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