packing cosmética nº 111 - Ano XVII - R$ 40,00
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quem disse que bisnaga é tudo igual? Novas possibilidades de decoração, formatos diferenciados, resinas e aplicadores mais sofisticados. Os fabricantes de bisnagas investem como nunca para manter uma posição de destaque no mercado Como as mulheres com mais de 60 anos se relacionam com
focus group as embalagens dos seus produtos de higiene e beleza
Novo tubo diâmetro 45MM
A medida ideal para o mercado e para o PDV A bisnaga Globoplast de 45mm chega para atender com melhor performance a maior faixa de volumetria presente no mercado. Melhor aproveitamento da embalagem, apresentação do produto e ergonomia de uso para o consumidor final.
Bisnagas Plásticas Globoplast Multicamadas As Bisnagas Plásticas Globoplast Multicamadas (Coextrudadas) oferecem mais segurança e proteção ao produto. O Copolímero de etileno e álcool vinílico (EVOH) é a resina barreira mais eficiente contra agentes do ambiente externo como umidade e oxigênio. O EVOH é introduzido na estrutura do tubo como uma camada central no processo de coextrusão, se unindo às camadas polares da estrutura por adesivos polímeros de alta compatibilidade. É altamente cristalino, apresenta alta transparência e brilho, boa resistência mecânica, elasticidade e alta resistência à abrasão.
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A Globoplast oferece ao mercado bisnagas plásticas para os segmentos Cosmético, Farmacêutico e Veterinário, Químico e de Alimentos nos diâmetros 19, 22, 30, 35, 40, 45 e 50mm e com diferentes diâmetros de orifício e aplicadores especiais como labial e oftálmico. Todo o processo de fabricação das bisnagas plásticas Globoplast é realizado com a utilização de tecnologia de ponta, monitorado e avaliado constantemente por profissionais experientes e especializados que compõem o time da Globoplast. Isso garante a eficiência de nossos processos, custos competitivos e a qualidade máxima de nossas bisnagas plásticas.
(11) 4156-8400 vendas@globoplast.com.br www.globoplast.com.br
edição 111 ano XIX PACKING COSM
ÉTICA Nº 111
WWW.COSME
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FALANDO DE MARCA
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BRIEFING
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Com embalagens assinadas pela artista Celene Godoi, L’Occitane au Brésil apresenta suas primeiras Eau De Toilettes com a linha Pomar de Flores.
Tradicional marca de maquiagem de O Boticário, Intense debuta na categoria de perfumaria com o lançamento de duas fragrâncias.
QUEM DIS SE QUE BIS Novas poss NAGA
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MERCADO Mesmo que não aparente, fornecedores garantem que a inovação pode estar sim presente em uma embalagem como a bisnaga.
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FOCUS GROUP
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ARTIGO
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EVENTO
MERCADO Conhecidos em tratamento capilar por sua praticidade e custo-benefício, os “potões” podem dar trabalho para os varejistas e na hora do desenvolvimento de sua embalagem.
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LOGÍSTICA
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NEGÓCIOS
A fim de debater a produtividade e a importância da proximidade de todos os elos da cadeia produtiva, Coesia reúne dirigentes e executivos do mercado de beleza.
Novas opções de patrocínio e o mantimento dos testes de eficácia nos inscritos na categoria de produtos capilares, dão a largada para a 23ª edição do evento.
O auxílio do design na área Logística pode existir desde a criação da embalagem primária até sua chegada às mãos do cliente.
Para ampliar sua participação no mercado de cartuchos, Antilhas investe em tecnologias e soluções diferenciadas de acabamento e produtividade.
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Um dia na Cidade Maravilhosa dedicado à informação e à troca de conhecimento sobre as categorias Dermocosméticos e Cabelos.
Packing Cosmética dá ouvidos desta vez às consumidoras da terceira idade, para saber quais são suas opiniões, dificuldades e sugestões acerca das embalagens.
A invasão em diversos mercados da Bulgária de produtos feitos à base de rosas, entre eles os itens de beleza, como cremes e perfumes.
Apesar da evolução da tecnologia, o processo de desenvolvimento de embalagem está mais homogêneo, com fontes pouco criativas.
20ª edição da feira supera apagão do primeiro dia oferecendo ao mercado as últimas tendências e novidades em termos de matérias-primas e embalagens.
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Sintomas de inovação
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ua presença é requerida em tudo o que se possa imaginar. Em algo que está lançado, ainda mais. A inovação pode até estar em coisas simples, mas, na maioria dos casos, ele é uma consequência de investimento em Pesquisa&Desenvolvimento ou em um novo ingrediente ou numa embalagem. Mas a discussão acerca de “ser inovador” é ampla e relativa. Para alguns, uma mera mudança, sem implicação em custos, já pode ser suficiente para ser considerado inovador. Entretanto, para outros, uma alteração ou novidade só poderão serem taxadas de inovadoras caso tenham um grande investimento por trás. Fato é que existem mercados que exigem com maior intensidade este atributo que estamos falando. Já outros, a praticidade vem em primeiro lugar, ou seja, basta o produto e sua embalagem funcionarem bem para que seja suficiente. Em um segmento como é o de beleza, estes dois atributos – inovação e praticidade – são exigidos, sendo que determinadas categorias pedem mais um do que outro. Com embalagens, os dois atributos são imprescindíveis. Porém, determinados componentes sofrem por não terem muitos meios de conseguir inovação. Este é o caso das bisnagas, que possuem grande utilidade e estão presentes em inúmeras categorias do universo de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Enquanto alguns players da indústria cosmética acreditam que a oferta deste componente poderia ser um pouco melhor no País, os fornecedores de bisnagas enxergam e até apontam a evolução destes itens, bem como destacam que elas conseguem sim apresentar inovação. Para estes fornecedores, este atributo pode estar no seu formato, textura, grafia, em outros componentes presentes, etc. Quando ainda estamos discutindo sobre inovação, dificilmente também não é mencionado um outro ponto: a diferenciação. E nisso, a discussão vai só se ampliando. Muitos tentam
Fundador: José Luiz de Paula Jr. Publisher: Aûani Cusma de Paula Diretora: Sueli Cusma
sempre estabelecer o parâmetro entre ser diferente ou ser diferente, mas trazendo algo novo que realmente agregue. Isso vai depender de uma série de fatores que estão ligados à categoria em questão. E, em meio a todas essas discussões, para saber por onde encontrar o que realmente vai interessar ter em seu produto, é preciso seguir com os ouvidos bem abertos para as demandas de consumidores – desejos estes que são trazidos muitas vezes pelos seus clientes da indústria cosmética. Firme em sua nova rota editorial, a Packing Cosmética segue cumprindo o seu papel de tentar ajudar toda a cadeia de fornecedores, trazendo em suas matérias alguns insights de consumidores. Nesta edição, novamente, traremos preciosos feedbacks de consumidores – as de terceira idade, mais especificamente neste caso – para que os fornecedores possam entender um pouco mais sobre seus anseios na atualidade. O retorno trazido por essas mulheres da melhor idade é extremamente interessante, sobretudo para os membros da cadeia de embalagens. Em seu rol de observações, essas senhoras fizeram questão de lembrar de que não é apenas com a saúde que se preocupam. Estão de olho na beleza também, mas para isso querem facilidades para consumir os produtos. Basicamente, desejam que facilitem seu acesso aos itens nos PDVs, sua leitura de rótulos e benefícios, e o manuseio das embalagens. Enfim, não se esqueça de que a inovação pode não estar tão longe. Porém, é preciso entender exatamente o que é necessário para que este atributo tão almejado faça parte de seu produto. Uma dica: não esqueça de ouvir o consumidor final de seus produtos. Boa leitura!
Editor Assistente: Rafael Mendonça (rafael@cusmaneditora.com.br)
Impressão: Serzegraf
Reportagem: Larissa Gutierres (larissa@cusmaneditora.com.br)
Para anunciar, ligue: (11) 3392-2584 Circulação e Assinaturas: assinaturas@cusmaneditora.com.br
Design Gráfico: Eber F. Almeida Capa: Fotos Divulgação
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Packing Cosmética é uma publicação bimestral da Cusman Editora Especializada Ltda. CNPJ: 04.314.937/0001-92
Gerentes de Marketing Jenifer Vieira (jenifervieira@cusmaneditora.com.br)
Outras Publicações:Atualidade Cosmética, ABI Cosmética, Atualidade Cosmética Workshop, Prêmio Atualidade Cosmética e Cosmética News
Os artigos publicados nesta revista são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião de seus editores.
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Embalagem econômica Paixão, marca que cuida da beleza da mulher, apresenta as suas fragrâncias mais queridinhas – Inspiradora e Irresistível – em nova versão de 400ml, com exclusiva válvula pump fabricada pela MWV em PE e PP, que facilita o uso no dia a dia. As novas embalagens estão modernas, econômicas e práticas, para as consumidoras aproveitarem ainda mais o seu hidratante favorito. Paixão Inspiradora: criada para estimular deliciosas sensações. É composta por notas que aguçam os mais íntimos instintos femininos e fazem a mulher mergulhar num mar de inspirações. Paixão Irresistível: possui uma fragrância encorpada, cheia de estilo e sofisticação. É uma composição de notas que marca presença e sintetiza o desejo da mulher de ser ainda mais sensual e feminina. O frasco de PE foi produzido pela Cosmed (Canedo). Distribuição: farmácias, perfumarias e supermercados. Preço: R$ 8 (400ml). SAC: 0800 011 1145. Site: www.vivacompaixao.com.br.
Animal Print Sempre antenada com o mundo da moda, a Mahogany inspirou-se na tendência animal print para criar sua mais nova linha fashion de produtos: Python & Flowers. Composta inicialmente por hidratante e sabonete líquido, a Python & Flowers faz parte da família olfativa oriental amadeirada e traz nas notas de saída tangerina e bergamota. Já nas notas de corpo, a rosa é a estrela do aroma, fechando com patchouli, âmbar e baunilha nas notas de fundo, o que dá à fragrância ousadia e sensualidade. Por meio de suas propriedades nutritivas, os produtos tonificam e proporcionam muito mais hidratação e maciez à pele. A linha ganhou também um importante item. Uma sacola de poliéster com acabamento refinado e fecho de metal, que é perfeita para acomodar os pertences em momentos de lazer e descontração, como praia ou campo. O frasco (PET) do hidratante é produzido pela empresa Spiltag, e a válvula PP pela Master Pumps. A Alpha Color fabrica o rótulo BOPP e a Lavezzo o cartucho em cartão triplex. Distribuição: lojas próprias. Preços: R$ 46 (hidratante), R$ 46 (sabonete líquido) e R$ 59 (sacola de poliéster). SAC: (11) 3686-6999. Site: www.mahogany.com.br
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Grisalhos, louros ou com mechas A linha Intensive Repair Violet Matize, da Triskle Cosméticos, é indicada para cabelos grisalhos, com mechas ou louros. Sua fórmula limpa suavemente, realçando o brilho dos fios claros. A presença de pigmentos violetas com ação anti-age reduz o efeito amarelado indesejado nos cabelos brancos, loiros, descoloridos ou com mechas, tornandoos claros e platinados. A linha completa é composta por shampoo, condicionador, máscara, efeito instantâneo em um minuto e desamareladora auto-aquecida. Os frascos e tampas da Linha Violet Matize são de PE e são fornecidos pela empresa Carea. A empresa Mega Label produz o rótulo, que é de BOPP transparente. Distribuição: profissional. Preços: R$ 4,84 (efeito instantâneo em um minuto), R$ 9,97 (desamareladora auto-aquecida), R$ 23,34 (shampoo desamarelador), R$ 23,88 (condicionador desamarelador) e R$ 24,15 (máscara de hidratação). SAC: (11) 2721-2616. Site: www.trisklecosmeticos.com.br
Sérum Antioxidante A Buona Vita apresenta Antiox, sérum com a maior composição de ativos em sinergia do mercado (97,7% da fórmula), sendo 20% desses de Vitamina C, uma das maiores concentrações em produtos antiage. De uso profissional e indicado também para tratamentos de clareamento, Antiox tem ação antioxidante (destrói os radicais livres), preventiva e restauradora das fibras de colágeno, inibindo os mecanismos da resposta inflamatória e fortalecendo as barreiras naturais da pele. Contraindicado para gestantes, pessoas com pele sensível ou com dermatite de contato, o sérum Antiox é totalmente seguro de ser usado em todos os tons de pele. A empresa Sunny Packaging produziu a embalem do produto, que tem o frasco em vidro transparente, a tampa interna (PP) e a externa (alumínio) também em vidro e com acabamento revestido em pintura prata metalizada através do processo spray painting. O processo de impressão utilizado para a gravação da arte na embalagem foi o silk screen utilizando uma cor, PANTONE 5115C. Distribuição: e-commerce. Preço: R$ 409 SAC: (41) 3023-1855. Site:www.buonavita.com.br
maio/junho 2015 • Packing Cosmética
Desodorante adolescente
Super-heróis para garotada
A nova aposta da Barbie para complementar o seu portfólio de produtos de higiene e beleza é uma linha de aerossóis antitranspirantes. Produzidos para o público adolescente, as embalagens são femininas, super coloridas e contam com fragrâncias que irão conquistar as garotas mais antenadas. Os desodorantes estão disponíveis em três versões: Pink Love, com perfume adocicado que remete ao bem-estar; Pink Fresh, com perfume romântico que remete ao mais puro amor; e Pink Sweet, com perfume sofisticado que remete à feminilidade. Todos os produtos oferecem 24 horas de proteção seca e, também, 0% de álcool na sua fórmula. O tubo, de alumínio, é fabricado pela Impacta. A válvula com sistema auto limpante (para evitar entupimento) é produzida pela Fadeva, e a tampa (PP) fornecida pela Cária. O produto é envasado pela Aeropac.
Os pés das crianças também precisam de cuidados diários, e sem dúvida é tarefa para um grupo seleto de super-heróis. A Baruel acaba de lançar o Tenys Pé Baruel Pó Avengers. Marvel atualmente é considerado a principal licença para meninos. O filme foi o mais assistido de todas as produções da Marvel e a maior bilheteria de 2015 no Brasil. Aprovado por dermatologistas, sua fórmula suave foi elaborada especialmente para a pele da criança. Tem ação desodorante que protege os meninos contra os odores da transpiração, deixando-os secos e protegidos o dia todo. O frasco em PEAD é fabricado pela Frascomar, Vibraço e BMP. A tampa em PP também pela Vibraço e Plastek. O rótulo sleeve é produzido pela CCL Label.
Distribuição: farmácias, perfumarias e supermercados. Preço: R$ 10,90 Site: www.biotropic.com.br
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Distribuição: farmácias, perfumarias e supermercados. Preço: R$ 7. SAC: 0800 055 0839. Site: www.baruel.com.br
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Fios curados
Novidade teen
A Cadiveu Professional, especializada em tratamentos com resultado de alta performance, desenvolveu a linha Hair Remedy, com objetivo de trazer a cura para cabelos danificados. O sistema possui ação em todas as zonas do cabelo – superfície, cutícula e córtex. Um tratamento realizado no salão – “serviço Remedy Shot” – associado a uma rotina de beleza em casa, repara profundamente os cabelos danificados, devolve a força e a vitalidade dos fios, tornando-os resistentes contra novas agressões. Foi formulada com a tecnologia 3D Maxx Injection, que associa o oléo de Patauá com Biopolímeros (ou Polissacarídeos), injetados dentro do veículo que libera, sequencial e lentamente, os ativos sobre a fibra capilar. A nova linha, cuja top Blogger de beleza Camila Coelho é porta-voz, é composta por três produtos: shampoo, condicionador e máscara reparadora. Os frascos de shampoo e condicionador são em PEAD, fabricados pela Embaclass Embalagens, bem como as tampas de PP. A empresa Inplavel produz os potes e as tampas das máscaras, que são feitos de PET.
A Phisalia lança a linha Jacques Janine para os cabelos das meninas que estão se tornando adolescentes, trazendo um conceito inédito no mercado brasileiro de beleza e ocupando uma lacuna no setor: produtos próprios para pré-adolescentes que ofereçam performance. Traz a tecnologia Girls Hair Tech, que garante performance e cabelos sem nós. Formada por shampoos, condicionadores, cremes para pentear e máscaras capilares, a linha Jacques Janine está disponível nas versões hidratação, cacheados e lisos. A novidade tem a intenção de atender a menina pré-adolescente que é feliz, descolada, romântica, vaidosa e fashion, uma verdadeira princesa, mas que já deixou para trás os personagens infantis. O frasco (PEAD) foi produzido pela BMP, a tampa (PP) do frasco pela Tecnoveda e a do pote Qualinjet. A válvula em PP foi fabricada pela Masterpump e o rótulo (PET) pela Alphacolor.
Distribuição: profissional. Preço: R$ 38,12 (condicionador), R$ 35,80 (Shampoo), R$ 41,60 (máscara reparadora) e R$ 100 (Hair Remedy Shot). SAC: 0800 942 2224. Site: www.cadiveu.com/pt/
Removedor de Esmaltes Orgânico A Surya Brasil traz ao mercado o Removedor de Esmaltes Orgânico da linha Exotic Animals. Ele contém solventes amigos da natureza e glicerina vegetal. Seus óleos orgânicos de argan, buriti e patauá nutrem intensamente as unhas, evitando que fiquem secas e esbranquiçadas. Não contém acetona e possui certificação Ecocert, que garante a origem de seus ingredientes orgânicos. Além disso, é livre de testes em animais e de ingredientes de origem animal. Para completar, a marca ainda disponibiliza Lixa e Palito de Unhas feitos de bambu, matéria prima que é sinônimo de sustentabilidade, pois é a planta que mais produz oxigênio, melhora as condições físico-químicas do solo e é uma excelente alternativa ao uso da madeira e da lenha. O frasco é de polietileno e o rótulo é impresso em vinil adesivo transparente. Já a tampa do produto é feita de bambu, o que traduz de maneira perfeita o compromisso da Surya Brasil com a sustentabilidade. As embalagens são produzidas por empresas do mercado asiático. Distribuição: lojas próprias. Preço: R$ 45. Site: www.suryabrasil.com
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Distribuição: farmácias, perfumarias e supermercados. Preços: R$ 13 (creme para pentear), R$ 15 (shampoo), R$ 17 (condicionador) e R$ 17 (máscara). SAC: 0800 724 0888. Site: www.phisalia.com.br
A batida da música perfeita A música é um convite à celebração da vida. Como linguagem universal, ela reúne, alegra, completa e cativa, e, quando unida a um cheiro estimulante e marcante, provoca uma explosão de sentimentos, memórias e sensações. Da união dessas características nasce Upbeat, a nova dupla de fragrâncias da Mary Kay, inspiradas no estilo de vida contagiante e marcante, como a batida da música perfeita. Upbeat for Her é ideal para mulheres descontraídas e descoladas, que estão sempre rodeadas de boas energias e companhias. Já o Upbeat for Him traz à memória sensações de ânimo misturado com a empolgação de quando chegamos a um novo lugar, pelo qual esperávamos muito. Ideal para homens descolados e cativantes. Upbeat for Her está disponível em embalagem de 60 ml e Upbeat for Him de 75 ml. O frasco de vidro foi produzido pela empresa mexicana Vitro e tampa de plástico pela peruana Pieriplast. A Aptar Brasil fabrica o pump, a Box Print o cartucho e a Grif o label. Distribuição: venda direta. Preços: R$ 89 (feminino) e R$ 95 (masculino). SAC: 0800 163 113. Site: www.marykay.com.br
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painel
Oportunidades e desafios do mercado cosmético no Brasil A Abre – Associação Brasileira de Embalagem reuniu seus associados em São Paulo, no final de maio, para mais uma edição de Café da Manhã. Sob o tema: “As perspectivas do mercado de cosméticos no Brasil: como encontrar as oportunidades e quais os desafios a serem driblados”, a entidade recebeu como convidado palestrante João Carlos Basílio, presidente da Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Ele iniciou sua apresentação falando sobre o panorama político e econômico brasileiro, para enfatizar todas as questões que influenciam este mercado. Citou a volatilidade do dólar, oscilação que segundo ele dá uma insegurança muito grande ao setor e que todos precisam saber lidar com esta situação. A inflação foi outro ponto indicado como preocupante, bem como as importações, que não são representativas para o nosso setor, em torno de 7%, por conta do tamanho do mercado. Ainda assim, o dirigente ressaltou a evolução do portfólio de produtos nacionais nos últimos dez anos, fazendo com que estes – na visão dele – não fique devendo nada para produtos importados em termos de qualidade. Depois, trouxe um panorama do setor de HPPC, dizendo que o Brasil passou o Japão no ranking mundial, mas foi superado pela China; sendo que esta posição deve seguir por muitos anos ainda. O dirigente também falou um pouco sobre as mudanças em termos de tributação, que atingiram o mercado
no início do ano. “É uma luta entre o setor e governo há mais de dez anos. Nesse período, quase sempre levamos a melhor. Desta vez, não houve jeito. Não fomos consultados e acabamos surpreendidos. O governo não cumpriu a promessa de consultar o setor. Estamos discutindo isso judicialmente, inclusive com algumas liminares já ganhas. Não é uma luta que perdemos, mas é uma que estamos enfrentando. É difícil, mas temos esperanças”, situou ele, emendando com a crise hídrica vivida, que também considerada uma situação grave e que exige uma ação de todos, inclusive do setor. Por fim, Basílio destacou a atuação de algumas categorias no País e procurou ressaltar a maneira para tornar o Brasil um protagonista na produção de embalagem. “Quem pode contribuir muito com isso são os fornecedores que estão aqui. Precisamos incentivar esta indústria, para que ela acompanhe o desenvolvimento de nosso mercado”, finalizou.
Suzano Papel e Celulose inicia operação de novo digestor na Unidade Suzano A Suzano Papel e Celulose iniciou a operação da nova planta de cozimento da Unidade de Suzano, localizada na região metropolitana de São Paulo. O novo digestor aumentará em 33 mil toneladas a capacidade de produção anual de celulose branqueada, subindo para 550 mil toneladas a capacidade de produção anual da unidade. O novo equipamento também proporcionará redução do consumo de vapor e consequente redução de gás natural no balanço de insumos da fábrica. Com tecnologia da Andritz, o novo equipamento é um dos mais avançados em termos de cozimento de madeira e substitui também o sistema antigo de cozimento por um cozimento contínuo, o que proporcionará melhor rendimento, com menor consumo de madeira para cada tonelada produzida e redução da utilização de químicos no processo seguinte, que é o branqueamento. A etapa seguinte do processo é a fabricação do papel ou o envio da celulose para o mercado. Além disso, outros benefícios são: redução do consumo de energia elétrica e de emissões ambientais, melhor estabilidade do processo, reaproveitamento do potencial térmico do processo de cozimento, entre outros. “É um projeto de extrema importância para a unidade Suzano e nos coloca em outro patamar
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de competitividade, tanto em termos de produtividade, como em relação a eficiência energética. Nosso time está de parabéns por mais esse desafio implantado”, afirma José Alexandre, Diretor Industrial da Suzano Papel e Celulose. Nova estrutura comercial A Suzano Papel e Celulose inaugurou em maio, em Salvador, a sua nova sede de operações comerciais de papéis para o Norte e Nordeste. A iniciativa é parte da estratégia de unificação da venda e da distribuição da empresa – que antes atuava também por meio da distribuidora SPP-KSR –, garantindo maior disponibilidade de produtos nas pontas e proximidade com os clientes. “Dessa forma, acreditamos que estamos mais preparados para atender as necessidades dos nossos clientes com agilidade e qualidade”, explica Leonardo Grimaldi, Diretor Comercial da Unidade de Negócio Papel da Suzano Papel e Celulose. Desde março, a área comercial atua dividida em cinco escritórios regionais: Norte e Nordeste, Sudeste, Sul, São Paulo interior e Centro-Oeste e São Paulo. Completam esse modelo quatro Centros de Distribuição Regional (CDRs) e 16 Centros de Distribuição Local (CDLs).
maio/junho 2015 • Packing Cosmética
DuPont anuncia vencedores da edição 2015 do Prêmio de Inovação em Embalagens A edição 2015 do Prêmio DuPont de Inovação em Embalagens será lembrado como o ano do design com 77% dos vencedores homenageados por sua excelência nesse quesito e por aprimorar a experiência dos usuários. “Os vencedores deste ano se destacaram como líderes no setor de inovação em embalagens”, afirma William J. Harvey, presidente da DuPont Packaging & Industrial Polymers. “Eles exemplificam como a colaboração, a inovação e a excelência em embalagens convergem para gerar soluções revolucionárias que impactam positivamente nossas vidas”, completa. O Prêmio DuPont de Inovação em Embalagens contou com um painel independente de especialistas em embalagens, que avaliou cerca de quase 140 candidatos de mais de 25 países e premiou em maio um vencedor na categoria diamante, cinco vencedores na categoria ouro e sete vencedores na categoria prata com base na “excelência” em uma, duas ou todas as três categorias julgadas: Avanço Tecnológico, Embalagens Responsáveis e Melhor Experiência para o Usuário. “Os vencedores demonstraram capacidade para integrar engenharia de precisão, design e tecnologia de forma a oferecer embalagens multissensoriais e funcionais que encantam os consumidores”, destaca Yasmin Siddiqi, líder do programa DuPont Packaging Awards. “A novidade deste ano reside no fato de que vimos design de embalagem que garantiu funcionalidades intuitivas simples e ao mesmo tempo relevantes para o usuário”, comenta David Luttenberger, diretor global de embalagens do Mintel Group, Ltd. e presidente do júri da premiação.
Confira alguns vencedores dentro do mercado de HPPC: Bisnaga compressível para rímel – AmorePacific (Coreia) A bisnaga compressível para rímel da AmorePacific (Coreia) acaba com a frustração do consumidor quando o produto seca e não pode ser extraído da embalagem. Esta bisnaga compressível é a primeira de silicone fosco do mundo. Embalagem híbrida feita de um compartimento de silicone com uma bolsa interna laminada de alumínio, a bisnaga parece com as tradicionais à primeira vista, mas surpreende o usuário com suas características avançadas que atendem às conhecidas demandas do mercado em termos de funcionalidades e dosagem consistente. Elapermite que o usuário aperte, reposicione o produto restante e o transfira para o aplicador com apenas alguns movimentos na embalagem. Embalagem de desodorante – Unilever (Reino Unido) Os desodorantes de aerossol Axe e Lynx apresentam um excelente equilíbrio entre tecnologia e experiência do consumidor. Cada componente da embalagem foi especialmente concebido para desempenhar uma função específica voltada para aprimorar a expe-
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riência do consumidor, reduzir o impacto na cadeia de suprimentos e maximizar a eficiência. As embalagens de alumínio possuem uma forma de quadrado arredondado (parte quadrada, parte arredondada) que reproduz um visual único e acomoda a válvula de uma polegada padrão da indústria. Ao girar a parte quadrada da embalagem, o botão da válvula e o gatilho se revelam, permitindo que o consumidor experimente a mesma ação de girar e abrir das versões anteriores do desodorante. O botão, projetado a partir de ideias obtidas com estudos realizados junto ao consumidor, pode ser ativado independentemente de como o consumidor segura a embalagem ou onde pressiona o botão. Frasco para condicionador (Godrej Consumer Products Ltd.; Classy Kontainers – Índia) A Godrej se uniu à BBLUNT, rede indiana de salões de beleza de alto padrão, para desenvolver sua linha premium de produtos para cabelo. Os condicionadores BBLUNT têm alta viscosidade para proporcionar melhores resultados, mas são difíceis de extrair de frascos feitos de polímeros comuns. Por isso, foi escolhido um copolímero de polietileno com o módulo de elasticidade mais baixo para que os frascos pudessem ser apertados mesmo com uma alta espessura de parede. No entanto, o copolímero de polietileno deixou a superfície opaca e suscetível a riscos. A Godrej encontrou na resina DuPont Surlyn o brilho superior, a resistência a riscos e ótima impressão que buscava. Processar os dois polímeros sem uma camada adesiva foi um desafio porque a diferença na reologia dos materiais provocou variações na espessura da parede, flacidez e dilatação imprópria. Ensaios exaustivos foram realizados com a Classy Kontainers para estabilizar o processo e obter resultados consistentes. Amostra de batom (Grupo Boticário; Ycar Artes Gráficas – Brasil) A amostra de batom para uso único mudou completamente a experiência com esse tipo de produto no Brasil. As amostras compartilhadas nas lojas podem ser um terreno fértil para bactérias e germes causadores de pequenos problemas de pele ou mesmo infecções mais graves. Para resolver esse problema, o Grupo Boticário desenvolveu uma nova maneira de testar batom que oferece uma experiência simples, envolvente e saudável para as clientes. A embalagem contém uma dose única de batom "impressa" em papelão revestido, produzida por um processo semelhante à impressão gráfica. Para testar, a consumidora simplesmente remove a película plástica, dobra o cartão ao meio e aplica o batom diretamente nos lábios, sem usar os dedos para espalhar o produto. Cada amostra é usada uma vez e então descartada.
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falando de marca
L’Occitane au Brésil
Entre flores e frutos Inspirada nas flores e frutos dos pomares brasileiros, a L’Occitane au Brésil apresenta suas primeiras Eau De Toilettes com a linha Pomar de Flores, que conta Larissa Gutierres com embalagens assinadas pela artista Celene Godoi
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marca franco-brasileira L’Occitane au Brésil – do grupo L’Occitane – desenvolveu uma linha que foi lançada especialmente para o Dia das Mães, mas que continua presente em seu portfólio. Inspirada nos aromas das frutas e flores presentes dentro dos pomares brasileiros, a linha Pomar de Flores traz a leveza e feminilidade que as mulheres tanto gostam. São três fragrâncias marcantes: Flor De Acerola, Flor De Goiaba e Flor De Carambola. A L’Occitane au Brésil possui sete águas de colônia desde 2003: Mandacaru, Jenipapo, Vitória Régia, Araucária, Bromélia, Aguapé e Capim Limão. Entretanto, a marca sentiu necessidade de criar um perfume marcante, feito para ser usado em ocasiões especiais. Surgem então os primeiros Eau De Toilettes, com maior concentração de fragrâncias em sua composição. De acordo com a descrição da companhia, a deo colônia Flor De Acerola apresenta notas florais cítricas, um cheiro autêntico para mulheres divertidas e espontâneas. Para as mulheres românticas e carinhosas, a composição de flores e frutas da deo colônia Flor De Carambola é indicada. Na terceira fragrância da linha, a deo colônia Flor de Goiaba traz a intensidade de um verdadeiro buquê floral, especialmente criado para mulheres inesquecíveis e de personalidade forte.
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que enfeitam os perfumes”, explica Patricia Braga, gerente de Marketing e desenvolvimento de produtos da L’Occitane au Brésil. Como a linha foi inspirada nas flores e frutos dos pomares brasileiros, a marca optou por uma artista nacional na criação das embalagens. Os frascos têm design assinado por Olivier Baussaun, o criador e diretor artístico da L’Occitane. Sua inspiração foi a delicadeza e feminilidade das fragrâncias.
As flores e frutas utilizadas nos produtos são cultivadas no Sítio do Bello, em Paraibuna (SP). Além das deo colônias – de 100 ml cada, a linha ainda conta com de sabonete líquido (200ml) e leite desodorante corporal (200ml) das respectivas fragrâncias. Dentro do pomar A artista mineira Celene Godoi criou as embalagens que ilustram as flores e frutos de uma forma lúdica e criativa. Ela desenvolveu padronagens para as delicadas fitas em tecido presentes nos frascos. “Os desenhos que estampam as embalagens das deo colônias, sabonete líquido e leite desodorante corporal foram inspirados nas flores que se transformam em frutas: goiaba, carambola e acerola. As ilustrações desenvolvidas pela artista foram aplicadas como desenhos nas embalagens (cartuchos e bisnagas) dos produtos e nas mini echarpes
As embalagens de Pomar de Flores foram criadas de forma especial pela L’Occitane au Brésil. “Com um olhar sensível e atencioso, ela (Celene Godoi) percebeu que a flor da goiaba tem características mais marcantes, a de acerola é divertida e alegre e a de carambola, mais delicada. Foram essas características que foram pinceladas em traços, cores e formas das estampas desenvolvidas tanto para as embalagens dos produtos quanto para as mini echarpes que acompanham os frascos dos perfumes”, contextualiza Patricia Braga. De acordo com a L’Occitane au Brésil, o frasco em vidro das Eau De Toilettes foi produzido pela empresa Vitro. A válvula é de alumínio de rosquear com overcap, e foi desenvolvido pela Aptar. A PH Fit fabricou a echarpe que é 100% poliester e reciclável. A empresa Congraf produziu o cartucho de papel (impresso no verso para um efeito natural – madeira de reflorestamento – FSC Certificate). maio/junho 2015• Packing Cosmética
briefing
intense
Intensa sinergia Intense, tradicional marca de maquiagem de O Boticário, debuta na categoria de perfumaria com o lançamento de duas fragrâncias, que prezam por praticidade e Rafael Mendonça versatilidade, assim como suas embalagens
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izem que todo bom exemplo deve ser seguido. E esta máxima serve de sustentação para um novo passo dado por Intense, tradicional marca de maquiagem de O Boticário. Criada em 2009, e além de contar com cerca de 100 itens regulares e coleções em edições limitadas dentro dessa categoria, Intense embarca agora também no universo da perfumaria com o lançamento de duas fragrâncias que farão parte em definitivo de seu portfólio regular: Intense Desodorante Colônia e Intense Oopss! Desodorante Colônia. E este lançamento teve como uma das inspirações uma outra marca de maquiagem de O Boticário: 14
Make B., que passou a apresentar um perfume para cada coleção que era lançada, como forma de complementála. Esta estratégia tem sido bastante positiva por parte da companhia paranaense. No caso de Intense, de acordo com Mirele Martinez, gerente de categoria Maquiagem de O Boticário, como se trata de uma linha completa de maquiagem, a empresa entendeu que a perfumaria era o toque final necessário para atender a uma consumidora prática e versátil. E mesmo sabendo que as duas marcas – Intense e Make B. – possuem públicos e posicionamentos diferentes, ela não esconde que a experiência com
a segunda marca influenciou neste novo passo da primeira. “A nossa experiência com Make B. nos prova que essa tendência faz todo sentido. Temos um excelente relacionamento com as nossas consumidoras e percebemos que elas procuram uma linha que entrega um look completo. Desta forma, concluímos que perfumaria era o item que faltava para completar o portfólio de Intense”, explica. Certeira no público Praticidade e versatilidade são palavras-chave deste lançamento, e também são atributos pelos quais as mulheres que inspiraram as novas fragrâncias Intense prezam. Segundo MAIO/JUNHO 2015 • Packing Cosmética
a marca, estes novos produtos também foram inspirados na alegria e intensidade desta mulher, que é moderna – questões estas que já são características marcantes nos itens da linha de maquiagem. “O ato de se maquiar também serviu de inspiração, pois ressalta o poder da transformação e renovação de beleza, que valoriza a feminilidade. A linha de fragrâncias Intense representa a personalidade da jovem mulher brasileira”, contextualiza Mirele Martinez, que complementa: “Portanto, decidimos lançar duas fragrâncias que carregam em seu DNA o mesmo conceito da marca Intense – ousada, irreverente e descomplicada para ressaltar a beleza – que agora passam a integrar a nécessaire de beleza desta mulher e atender a diferentes ocasiões e intenções do dia a dia.” De acordo com a descrição dada pela companhia, Intense Desodorante Colônia foi desenvolvido pelos perfumistas Eurico Mazini e Delphine Jelk, da Drom Fragrances, e é da família olfativa floriental frutal e traz notas como grapefruit e framboesa silvestre, reveladas logo após a aplicação. Flores brancas, como lírio do vale e jasmim compõem as notas de corpo. As notas de fundo, reveladas por último e que permanecem por mais tempo na pele, têm fundo musk ambarado. Já o Desodorante Colônia Intense Oopss!, foi criado pelo perfumista Joachim Correl, da Symrise, e pertence à família floriental amadeirada. A fragrância traz a dualidade e o contraste dos ingredientes como marca registrada – é fresca e quente. Na saída, notas leves de bergamota e flor de laranjeira, e nas notas de corpo está presente a diversidade de flores como irís e rosa da Bulgária. Por fim, notas amadeiradas e ambaradas, como fava tonka, dão um toque inusitado à fragrância. Esta versão foi inspirada na fragrância Oopsss!, sucesso da perfumaria de O Boticário. Com isso, o www.cosmeticanews.com.br
CHAMATIVO: cartucho, fornecido pela Antilhas, possui uma técnica de decoração de gofragem, que remete à textura de tecido.
objetivo da franquia é resgatar toda a história de sucesso da fragrância que, de acordo com Mirele, marcou muitas gerações e foi ícone das consumidoras jovens que sempre estão em busca de novidades. “Oopsss! inspirou O Boticário para este lançamento, mas não se trata do mesmo produto, já que possui diferença em sua fórmula”, rechaça ela. Reflexo nas embalagens As características já existentes e consolidadas da marca Intense com sua linha de maquiagem, além de refletirem na definição das fragrâncias, também interferiram na escolha das embalagens. Seu desenvolvimento foi conduzido pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Boticário, em São José dos Pinhais (PR), e teve como desafio gerar sinergia conceitual entre as demais embalagens já existentes na linha Intense. Sendo assim, a marca chegou a um formato de frascos que foram desenvolvidos em tamanho ideal para serem transportados na bolsa ou nécessaire, e que trazem referências do mundo da maquiagem. “A marca tem em seu DNA o jeito prático e acessível que oferece uma linha de produtos para a
mulher descomplicada e irreverente, ressaltando a beleza feminina. Assim, os frascos foram desenvolvidos pensando na praticidade da mulher que necessita ter uma fragrância com um tamanho compatível com a nécessaire”, reforça Mirele. A gerente de categoria Maquiagem de O Boticário descreve que o design do frasco de vidro, com gargalo descentralizado, proporcionou descontração e irreverência, realçadas pelos relevos na face frontal, que unidos fazem alusão a uma boca. “A tampa acompanha o design do frasco e traz o chanfro presente na linha de maquiagem como elemento conector, além da pigmentação vermelha característica da marca. O cartucho, com a técnica de decoração de gofragem, que remete à textura de tecido, foi inspirado em uma nécessaire – mais uma referência do mundo da maquiagem nas novas fragrâncias”, emenda. O frasco é produzido pela SGD Group; enquanto que a válvula, que é produzida em diversos materiais, entre eles, alumínio e PP, é feita pela MWV Group; já a tampa, em surlyn, pela Incom; e o cartucho, em papel cartão, é da Gráfica Antilhas. 15
mercado
BISNAGAS
Implícita, mas objetiva Pode não parecer, mas a inovação se faz presente em uma embalagem como a bisnaga. Pelo menos é o que garantem fornecedores deste componente, que prezam pela Rafael Mendonça qualidade e objetividade
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ão tem jeito. Todos a querem e a exigem em qualquer tipo de produto, independentemente do segmento. Estamos falando de inovação, atributo indispensável para um item que foi lançado e que deseja triunfar em um mercado amplamente concorrido. Mas é perfeitamente compreensível que nem sempre é possível oferecê-la por uma série de questões, sendo a maior delas o investimento. O fato de inovar pode residir tanto no resultado que o conteúdo proporciona – muitas vezes fruto de uma matéria-prima
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inovadora –, como também pode vir de uma embalagem que realmente traga algo de novo e que tenha uma função agregadora na categoria em questão. Em embalagem, determinados componentes até conseguem apresentar inovações com uma certa frequência; mas, em outras, essa missão é um pouco mais complexa. Neste segundo grupo mencionado, podemos inserir as bisnagas, um componente muito utilizado em diversas categorias do mercado de beleza, mas que possui
alguma dificuldade em inovar e, consequentemente, diferenciar-se. Entretanto, mesmo que visualmente as opções parecem semelhantes realmente, fornecedores deste componente que atuam no segmento cosmético asseguram que existe sim inovação nesta embalagem, e isso tanto no processo de produção quanto no resultado final. Fato é que, como inovação é uma das principais exigências dos consumidores atualmente, a indústria cosmética e os fornecedores de embalagem precisam rebolar para encontrar meios de apresentar este querido atributo. maio/junho 2015• Packing Cosmética
Fazendo por onde Os tubos de bisnagas apresentam uma boa variação em termos de tamanho. Isso já possibilita que diversas categorias usufruam deste tipo de embalagem. Em muitas delas, a exigência por diferenciação é mais ampla do que outras. Para algumas, somente o fato de ser diferente de um concorrente, mesmo não sendo inovador, já é suficiente. Já em outras, é preciso mesmo inovação. E para consegui-la, fornecedores indicam diferentes meios para isso. Paulo Medeiros Jr., diretor Comercial da Embale Bisnagas, reconhece que, pelo fato de as bisnagas serem tubos, fica difícil conseguir mudar seu formato. Mas ele acredita ser possível fazer algo diferente e inovador na tampa, no bico ou no sistema de selagem de fundo, por exemplo. “Essa questão da selagem não compete a quem fabrica e sim a quem envasa. No caso da Embale, selamos cerca de 70% das que produzimos, então conseguimos fazer algumas inovações, como com selagem em curva ou em onda. No caso de tampas, é possível inovar fazendo moldes novos, apresentando novas opções”, sugere. Paulo recorda que, há quatro anos, sua companhia trouxe um equipamento para Decoração Flexográfica com Serigrafia Simultânea, que permitiu fazer numa embalagem plástica decoração num nível gráfico, ou seja, imprimir uma foto. “Isso foi muito bem aceito e criou-se uma série de soluções para problemas que os nossos clientes de cosméticos queriam apresentar ao consumidor na sua forma de rotulagem, que não podia ser feito em bisnaga”, diz. Resumindo, o dirigente declara que a inovação em bisnagas pode ser feita com os componentes e na variedade. A visão de Gustavo Melo, gerente de Marketing da Coesia – grupo de empresas e soluções industriais, é um www.cosmeticanews.com.br
pouco mais ampla. Para ele, sozinho, ninguém consegue inovar em uma embalagem como são as bisnagas. “Acredito que a inovação esteja totalmente ligada com a integração da cadeia, ou seja, só o fornecedor de máquina ou o de bisnaga é difícil inovar. A combinação de tudo isso, mais o end user, é o que vai gerar a inovação. Temos diversos casos em que há inovação, mas é sempre um trabalho de seis ou oito mãos”, considera. Por sua vez, Fábio Yassuda, Chief Commercial Officer da C-Pack, discorda da afirmação de que é difícil conseguir inovação e diferenciação em bisnagas. Para justificar sua posição, ele cita as evoluções que sua companhia conseguiu realizar com esta embalagem ao longo dos últimos anos. “Num primeiro momento, atributos simples podem ser implementados com a própria evolução técnica dos equipamentos. Por exemplo, quando a C-Pack iniciou em 2003, a melhor máquina de impressão off set dispunha de no máximo cinco cores. A tecnologia foi evoluindo e hoje o recurso contempla até oito cores, bem como, já permite também que uma destas cores seja utilizada como calço. Não traz inovação ao produto, mas com certeza cada vez mais as bisnagas passaram a apresentar um resultado visual muito mais rico”, explica. Inovação, para Jardel J. Saraiva, diretor Comercial da Globoplast, é um desafio existente em qualquer mercado, mas principalmente no caso de HPPC em que a compra é, na maioria dos casos, influenciada por atributos visuais, e isso força toda a cadeia do setor clamar por inovação e diferenciação. “A Globoplast acredita que as oportunidades de inovação no nosso mercado estão em dois grupos; nos nossos clientes, e o consumidor final, que utiliza a embalagem e sentem os
benefícios ao usar o produto. Para os nossos clientes, na maioria dos casos, significa ter uma bisnaga diferenciada pelo formatos da selagem, textura, impressão, tipo de tampa, etc., ou até quaisquer outras sugestões que tragam algum tipo de benefício no manuseio na linha de envase, ganho de logística, maior destaque no PDV, etc. Já para o consumidor final, clientes dos nossos clientes, a tarefa é mais árdua. A diferenciação pode ser: ergonômica, funcional ou com algum apelo social, como no caso em que a Globoplast desenvolveu e patenteou o sistema de impressão de caracteres em Braille e logomarca obtida com alto relevo diretamente na estrutura do plástico, sem utilização de tintas”, contextualiza. Exemplos inovadores A indústria cosmética também busca fazer sua parte para dispôr ao mercado bisnagas inovadoras, sempre pensando no consumidor final. A Embelleze, por exemplo, lançou recentemente a família Novex Pra Bombar, com shampoo e condicionador em bisnagas que foram desenvolvidas de acordo com uma demanda das consumidoras. “As embalagens em bisnagas representam valor para a consumidora. No caso do Projeto Pra Bombar, a inovação está em oferecer a ela, com segurança, um produto que surgiu de uma demanda das próprias mulheres. Em consequência da carência do mercado, a consumidora acaba recorrendo a fórmulas próprias, pouco seguras. Detectar esta necessidade e trazer uma solução em escala industrial sem abrir mão da qualidade e segurança, é nossa principal inovação. Também inovamos a partir do uso de uma linguagem mais coloquial, jovem, que reflete aquilo que as mulheres buscam e desejam”, situa Fabiana de Luna, gestora de Marketing da Embelleze, revelando que a empresa fluminense recorreu também às embalagens em 17
mercado
BISNAGAS
bisnagas especialmente em produtos de valor, como o Novex Blindagem Térmica e a Blindagem de Argan. Enquanto isso, uma outra companha situada no Rio de Janeiro, a Yenzah, aposta em formatos de bisnagas exclusivos, visando a diferenciação. “Nosso formato é exclusivo e diferente do que há no mercado. Patenteamos um formato que traduz o ícone da nossa marca, para diferenciar e criar uma conexão com a marca”, cita Rodrigo Geocks, CEO da Yenzah, que avalia que qualidade das bisnagas existentes no Brasil é boa, mas acredita que há oportunidade em redução de custo e de novas formas de impressão. Quem também busca diferenciar-se no mercado é a marca Giovanna Baby. “Somos conhecidos por nossos detalhes e acabamentos. Por isso, procuramos sempre buscar opções diferenciadas. Atualmente, utilizamos bisnagas na nossa linha de Loção Hidratante, e as embalagens possuem cores especiais e rótulo metalizado. Essa combinação gera diferenciação no ponto de venda e dá mais identidade à marca ao entregar algo inovador”, posiciona Bárbara Salem, supervisora de Marketing de Produto. Assim como fez a Embelleze, a Bemis – que fornece bisnagas, entre outros tipos de embalagens – também procurou dar ouvidos ao consumidor e, ao mesmo tempo, almejou a inovação. Como exemplo, Andreisa Rodrigues, analista de Marketing da fornecedora de embalagens, cita a bisnaga utilizada pela Pantene neste ano, que saiu da tampa fliptop e agora vem com bico aplicador. “Era um produto com conceito dose única, porém a P&G fez uma pesquisa com consumidora e, quando estourava a tampa anterior, ela sempre queria usar mais de uma vez e aí ela tentava encaixar novamente a tampa, mas sempre saía e chegava a derramar na bolsa”, indica. 18
fábio yassuda, da c-pack: lead time do fornecedor de bisnagas vem aumentando por conta da alta procura e pela falta de investimentos em termos de capacidade produtiva.
Com o intuito de estar cada vez mais próximos dos parceiros de toda a cadeia produtiva, a Coesia possui cases em que suas máquinas trouxeram inovação às empresas e ao mercado cosmético. Uma delas produz uma bisnaga – que foi adotada pela L’Oréal na Indonésia –, que conta com uma tecnologia que permite acondicionar dois produtos diferentes em um mesmo frasco. Há também uma outra bisnaga, que possui duas câmaras independentes, mantendo os conteúdos separados. “Nesta, então, envaso dois produtos, selo e tenho um controle na saída. São quatro estações, que você vai girando e estação externa vai liberar os dois produtos, ou um ou outros, ou mais de um do que de outro. Então, este é um tipo de inovação que está ligado à máquina/ equipamento e ao desenvolvimento da embalagem. Este produto já está no mercado asiático”, aponta Gustavo. Há ainda uma outra bisnaga, já presente nos Estados Unidos e na Europa, que também acondiciona dois produtos, mas realizando um efeito swirl. Por último, uma outra bisnaga, com dois produtos em duas câmaras
também, só que uma externa e outra interna. “A diferença desta é que não há o controle da saída, da dosagem, então, quando apertar, sairá o dois”, complementa o gerente de Marketing, que revela que, em um curto prazo, uma dessas tecnologias chegará ao Brasil. O que ainda atrapalha Andreisa, da Bemis, observa que, mesmo que a bisnaga possua algo de inovador que possa até servir como ponto de atração em ponto de venda, ela ainda fica muito “escondida” atrás de um cartucho. Sendo assim, a companhia de origem norte-americana tem procurado encontrar soluções junto às empresas para eliminar os cartuchos e usar a bisnaga como uma embalagem final. “Hoje em dia, a bisnaga pode ser usada como uma embalagem primária, como um item que chama para a venda. Colocar as bisnagas no checkout também é muito interessante. Também dá para colocá-las nas gôndolas, pois elas são laminadas e não amassam mais, como acontecem com as de alumínio”, considera a profissional. maio/junho 2015• Packing Cosmética
Ela também discorre acerca das questões do lead time existente com este componente e da preparação para eventuais “booms” com determinados produtos. De acordo com Andreisa, a Bemis está vivenciando um estouro de vendas com as bisnagas fornecidas para Pantene e que terá de aumentar a produção em 50% para atender à marca da P&G, mas garante que estão preparados. Já no caso da Embale, a empresa trabalha hoje com clientes de pequeno e médio porte. Para Paulo Medeiros Jr., isso se deve a uma escolha estratégica da companhia. “Quando iniciamos, começamos a trabalhar com a Avon e outros grandes clientes. Optamos então por trabalhar com pequenos e médios clientes para que pudéssemos ter uma prospecção e uma difusão melhor da bisnaga no mercado. Se ficássemos atrelados às grandes empresas, estaríamos fornecendo unicamente a eles e não estaríamos com a nossa base de clientes tão forte”, relembra o diretor Comercial, que aponta ainda que lead time da empresa não ultrapassa os 30 dias. Garante também que, mesmo havendo um boom de algum produto no segundo semestre, por exemplo, seu lead time não será comprometido. “Mantivemos essa rotina durante os 20 anos. Se viermos a fechar um contrato com alguma empresa grande, teremos de ter a capacidade disponibilizada sem comprometer o crescimento habitual dos clientes que temos.” A questão do lead time junto aos fornecedores de bisnagas é motivo de reclamação por parte de Fabiana de Luna, da Embelleze. “O lead time não é dos melhores e, algumas vezes, é um impeditivo junto com a otimização da produção que não pode perder escala. Trabalhamos em parceria com nossa rede de fornecedores e temos um bom atendimento”, rechaça a gestora de Marketing, que também crê que as opções de bisnagas existentes no mercado brasileiro www.cosmeticanews.com.br
Utilização das bisnagas em categorias cosméticas Categorias mais utilizadas: cremes para as mãos, para o corpo e para os pés, itens labiais, sabonetes, shampoo, condicionador, tratamento capilar (em pós-coloração), pós e pré barbear, protetor solar, depilação, maquiagem e também dermocosméticos; n Destas categorias, há uma redução em shampoo e condicionador, e um crescimento em itens para tratamento capilar. Produtos como rollon labial e stick vêm tendo seu consumo acentuado por conta da adesão de grandes marcas; n O crescimento do consumo de bisnagas em categorias faciais (como base e BB Creams) teve grande influência por conta da necessidade da utilização de proteção solar, que também está presente nestes produtos; n
*De acordo com informações de fornecedores de bisnagas
poderiam ser melhores. “Por tratarse de uma embalagem mais cara, as opções oferecidas pelo mercado são em menor escala e é mais difícil encontrar. Mas o mais importante é entregar valor e qualidade, além da estética que precisa ser um ponto alto”, pede. Fábio Yassuda, da C-Pack, reconhece que o lead time de sua companhia vem subindo, mas isso devido à procura que vem aumentando e à oferta de capacidade produtiva, que não está mais recebendo investimentos. “A própria C-Pack postergou por dois anos a vinda de duas novas linhas de produção que poderiam já ter agregado sete milhões de bisnagas/mês à sua capacidade atual (14 milhões bisnagas/mês). O que tem atrapalhado? A conjuntura econômica e política brasileira. A indústria de bisnagas requer
investimentos altos e de retorno de longo prazo”, acredita o Chief Commercial Officer. O lead time atual da Globoplast, segundo Jardel J. Saraiva, está em 45 dias, mas geralmente oscila ao longo dos meses do ano, sendo inferior a 40 dias no primeiro semestre e chegando a 60 dias no segundo semestre. “Atipicamente no ano atual, nosso lead time se mantém em 45 dias, linear de janeiro a maio. Quando o cliente nos passa uma visão mais alongada de pedidos, a fábrica também se programa de forma a produzir lotes com maior aproveitamento de diâmetros e com grade de cores, otimizando os processos, minimizando os prazos de entrega”, garante o dirigente, que diz que a capacidade atual da Globoplast com bisnagas é de 45 milhões de tubos/ano. 19
mercado
potões
Tamanho não é documento
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ão é novidade para ninguém que tem o mínimo de contato com o mercado cosmético, que os brasileiros não economizam quando o assunto é cabelo. Os dados do setor estão aí para comprovar: de acordo com a sondagem mais recente da consultoria Mintel, o Brasil segue sendo o segundo maior mercado de produtos capilares do mundo, registrando um faturamento de R$ 21,2 bilhões em 2014, um crescimento de 11% frente ao ano de 2013. Porém, apesar do desenvolvimento acelerado da categoria, isso não significa que ela está próxima do 20
Apesar de práticos e de possuírem um excelente custo-benefício, os chamados “potões” podem dar trabalho na hora do desenvolvimento do design da embalagem, além de serem um problema para varejistas Beatriz Ces
ponto de estagnação. No ano passado, apesar de todas as incertezas econômicas do Brasil, o País foi o lugar do mundo que registrou o maior número de lançamentos da categoria, tendência que deve ser observada ainda nos próximos anos. Entre os produtos que mais movimentam a categoria, estão os shampoos, condicionadores e tinturas para cabelo. Porém, apesar de não estarem entre os produtos mais utilizados entre a população em geral, uma das grandes apostas de diversas marcas que atuam no segmento, que já podem ser vistas ocupando boa parte das prateleiras dos varejistas, são as máscaras para cabelos. maio/junho 2015• Packing Cosmética
no PDV, buscando especialmente palavras e conceitos que reflitam as necessidades e desejos das mulheres”, conclui ele. Já Fabiana ressalta que o estudo aprofundado da mulher e de seus anseios também são decisivos para garantir o sucesso deste tipo de produto. “A Embelleze tem uma forma própria de desenvolver produtos, que se baseia no estudo profundo da mulher e da representação de cabelo e beleza para ela”, explica a gestora.
Este tipo de produto, cada vez mais procurado pelas brasileiras para economizar idas ao salão para hidratar os fios, está se tornando ainda mais popular por conta do custo-benefício. Entretanto, as empresas que entraram no segmento ainda estão longe de encontrar uma mina de ouro. As consumidoras demandam uma quantidade grande do item a um custo razoavelmente baixo. Sendo assim, as grandes empresas de cosméticos recorrem ao prático, porém não tão esteticamente agradável “potão”, ou seja, frascos com tampas rosqueáveis, geralmente desenvolvidos para armazenar 1 kg de produto. Porém, a questão é que todas as marcas buscam o mesmo tipo de embalagem, então, como se diferenciar do concorrente e ganhar o consumidor, se a primeira impressão sempre é a que fica? Criatividade para se diferenciar De acordo com Fabiana Luna, gestora de Marketing da Embelleze – uma das líderes do mercado no segmento – e Bruno Singulani, gestor de Criação da mesma empresa, a chave para chamar a atenção do consumidor é a diferenciação através de outros recursos gráficos na embalagem, como a tipografia, cores e rótulos. “Durante os últimos anos, buscamos nos diferenciar dos concorrentes utilizando recursos gráficos, como os rótulos metalizados, e reforçando a identidade visual e verbal da marca Novex”, conta Bruno. “Sempre buscamos destacar em nossas embalagens aquilo que as consumidoras procuram, facilitando a decisão de compra www.cosmeticanews.com.br
Segundo Gilson Belluci, diretor Comercial da Frascomar, a indústria de embalagem também tem feito seu dever de casa para tornar os frascos maiores cada vez mais atraentes. De acordo com ele, as indústrias fornecedoras de embalagem estão “se adaptando aos anseios do consumidor e criando, dentro do possível, formatos diferentes, cores atraentes, rótulos interessantes, investindo na inserção de hot stamping, alto relevo, etc.”, diz. Não só. Gilson ainda explica que os fornecedores de embalagem estão atentos às demandas dos varejistas, que possuem cada vez menos espaço dentre de suas lojas, e têm de se preocupar com questões como layout e empilhamento de produtos. Segundo Gilson, “uma das maiores reclamações (dos varejistas) é com relação ao empilhamento dos potes, questão já resolvida com tampas que se encaixam no fundo dos mesmo”, detalha. Sintonia entre marca e embalagem Os “potões” são um caso clássico de embalagem em que a praticidade e o custo-benefício estão acima de qualquer outra característica. Entretanto, essa não pode se tornar uma desculpa para descuidar da imagem do produto que, na maioria das vezes, será responsável por boa parte das vendas. Desenvolver uma embalagem que se destaque no meio de uma imensa prateleira, usando uma embalagem padrão é o desafio a ser vencido por todas as marcas que querem ser bem-sucedidas nesse mercado. Como vencer esse desafio? Apostar na diferenciação por meio de um bom design que utilize os demais itens de uma embalagem, como cores e rótulos, para criar uma embalagem que esteja em perfeita harmonia com a marca, pois é esta última a grande estrela do show. 21
mercado
produtividade
gustavo melo, da coesia: intuito da companhia é estar cada vez mais próxima de todas as empresas que compõem a cadeia produtiva.
Para crescer juntos Coesia – grupo de empresas e de soluções industriais – reúne dirigentes e executivos do mercado de beleza para debater sobre produtividade; companhia destacou ainda a importância de estar cada vez mais próximo do cliente Da Redação
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m tempos em que a produtividade é amplamente discutida em todas as esferas industriais e produtivas, a Coesia – grupo de empresas e de soluções industriais – e a Packing Cosmética aproveitaram para realizar um debate com dirigentes e executivos do mercado de beleza brasileiro, bem como profissionais da área de embalagens de cosméticos. O encontro aconteceu em São Paulo e teve como tema a “produtividade na indústria cosmética brasileira”, tratando de assuntos como inovação, 22
estratégia, automatização versus mão de obra, custos e benefícios. Este debate foi realizado por meio de um painel, mediado pelo publisher da Cusman, Aûani Cusma de Paula, e que contou com a participação dos empresários Farid Ismail, diretor da Lange Cosméticos; Roberto Amiralian, diretor Industrial da Phisalia; e Celso Avari, gerente de Embalagem da ColgatePalmolive. Mas, antes de a discussão iniciar, o sueco Svante Anderholm, atual CEO da Coesia para a América Latina, fez uma breve apresentação da empresa, seu papel no mercado e
indicou suas expectativas por conta da presença do grupo no País. “O Brasil é um mercado muito importante e inovador. Gostamos muito de lançar produtos aqui e esperamos sempre ter parceiros que queiram o mesmo do que a gente, ou seja, apresentar itens inovadores ao mercado”, resumiu o executivo. Temas pontuais O debate foi amplo e acalorado. Inicialmente, os convidados foram indagados sobre o quão importante é oferecer e ter flexibilidade. Para Farid, isto está totalmente ligado à produtividade. “Produzo muitos SKUs maio/junho 2015• Packing Cosmética
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(1) Marta Bagolin (Bormioli Luigi) e Paulo Pereira (Prodesign), (2) Donizetti Denofrio (Sinter Futura) e Roberto Amiralian, (3) Farid Ismail e Rubens Massani Filho (Aeropac), (4) Telma Cabral, Margita Blomdahl, Chritophe Hery e Erika Reis (Coesia), (5) Marta Bagolin, Aline Mezzadri (Terra Brasilis) e Renata Korobinski (Florence). 5
diferentes, então preciso ter uma gama de equipamentos maior, com mais variedade. Muitas vezes, para nós, é melhor ter dez máquinas produzindo mil unidades/dia do que uma máquina produzindo dez mil unidades/ dia. Produtividade depende de uma boa máquina, boa mão de obra e, claro, uma boa demanda para isso”, observou. O diretor explicou que não deixa de investir em produtividade, mas que em seu caso (terceirização), o foco nem sempre é a compra de grandes máquinas com produção alta. Para Roberto, é preciso se preparar para crescer. A Phisalia tem 40 anos, mas nos últimos dez teve seu boom de crescimento. Eles conseguiram sustentar o aumento de produção, pois estavam preparados, segundo o dirigente. “De acordo com o nosso crescimento nos últimos anos, fomos nos preparando. www.cosmeticanews.com.br
Temos a nossa marca Trá Lá Lá que ocupa uma linha full time. O restante, temos de ter flexibilidade”, situou. O dirigente da Phisalia assegurou que sua empresa é bastante organizada e que já possuem um orçamento para cinco anos. “E nisso, estamos prevendo investimentos em produção, produtos, etc. Tínhamos uma meta de crescer entre 6% e 8%, mas já estamos revendo este número para este ano por conta das condições do mercado”, revelou. Vivendo a realidade de uma companhia gigante, a Colgate-Palmolive, por exemplo, produz em média 150 milhões de cremes dentais por mês, distribuídos em mais de 60 países. Logo, um produto de altíssima produção. Para Celso, a produtividade deve ser vista além do equipamento de alta velocidade. É preciso gente especializada, fornecedores que não causem problema,
automação de máquinas. A logística também não pode ser descartada. “Com a quantidade de produtos que giramos diariamente, não podemos nos dar ao luxo de parar uma máquina um minuto sequer. Mas a produtividade não é só o equipamento, é um sistema como um todo”, completou. Os três participantes foram unânimes quanto à importância da inovação em embalagens para a melhoria da produtividade. Produtos de massa, principalmente, precisam da ajuda do Marketing e do acompanhamento das tendências para que sua qualidade aumente. Além disso, os convidados também falaram sobre como é realizado o setup nas máquinas sem afetar a produtividade; os desafios para os próximos dois ou três anos; a integração da cadeia; e sobre “mão de obra vs máquina”. Esta última 23
mercado
produtividade
debate produtivo: Celso Avari (Colgate-Palmolive), Roberto Amiralian (Phisalia) e Farid Ismail (Lange) discutiram sobre diversos temas ligados à produtividade.
questão fez com que a discussão ficasse ainda mais quente. Roberto fez uma crítica dizendo que o custo da mão de obra subiu muito pois, segundo ele, o salário cresceu mas a qualidade continuou a mesma. “Mão de obra especializada custa caro. Mas reconheço que nem sempre a automação é socialmente justa”, corroborou Celso. Já Farid foi mais a fundo, comparando que ficar com máquina parada é ruim, mas que ter gente parada também é. “A relação de trabalho no País é muito complicada. Quem faz o trabalho mesmo não está ganhando o suficiente. Antigamente, os trabalhadores vestiam mais a camisa. Porém, hoje, eles estão desestimulados, sabem que gastamos muito com eles, mas que o que recebem é pouco. Sempre procuramos ajudá-los. Se uma pessoa rosqueava tampas, por exemplo, e foi substituída por uma rosqueadora automática, por que não oferecer um curso técnico para que se especialize?”, indagou ele. Soluções apresentadas Por fim, Gustavo Melo, gerente de Marketing da Coesia, exaltou a importância do debate realizado e dos pontos abordados. Sobre a questão da mão de obra, ele destacou a posição da companhia quanto a isso. “Quando lançamos uma nova tecnologia, cria-se um gap. E isso exige especialização. Às vezes abrem-se vagas que ficam 24
sem serem preenchidas por seis meses, por não haver técnicos disponíveis no mercado. Por isso, investimos muito em treinamento. Nosso lema inclusive é ‘O lado humano da inovação’”, considerou. Depois disso, realizou uma apresentação um pouco mais aprofundada sobre a atuação da empresa nos mais diferentes mercados, com suas várias opções de máquinas. “Nosso foco são as empresas locais brasileiras de todos os portes, e sempre garantindo a qualidade”, ressaltou. Ele também aproveitou para apresentar três cases dentro do mercado cosmético que contaram com a participação da Coesia. Primeiro, falou sobre como foi todo o processo de desenvolvimento do projeto da linha Sou, da Natura. “Eles queriam inovar no mercado com um novo conceito de embalagem. E o nosso grande desafio foi como transformar algo de uma prancheta de computador para uma produção em grande escala. Além do sucesso do produto, a performance da máquina aumentou em 150% em dois anos”, recordou. Contou também sobre como foi a evolução da parceria da Coesia para a produção dos batons de O Boticário. “Neste caso, as consumidoras estavam procurando por valor agregado no produto. E a companhia queria flexibilidade. Em 2010, tivemos uma nova demanda e precisamos aumentar nossa capacidade. Então, a Citus Kalix, umas das empresas do grupo, ofereceu uma máquina que
cria de 20 a 60 batons por minuto.” Depois, abordou a linha Ponds, da Unilever, que passou a utilizar um sachê com tampa em um dos itens, de acordo com uma demanda que as mulheres da Índia estavam exigindo. “Nosso desafio era entender o porquê as mulheres amam este tipo de produto. Onde compravam e o que estavam querendo. E elas queriam não mais usar o sachê apenas uma vez e sim usar e guardar para usar de novo. Foi então que desenvolvemos o sachê com tampa. Nisso, são duas máquinas trabalhando, uma para fazer o sachê e outra para fazer a cartela com dez unidades, de acordo como são vendidas por lá. Foi um trabalho em conjunto com as nossas soluções, que conseguimos gerar um resultado que beneficiou a todos”, recorda. Por último, apresentou uma bisnaga adotada pela L’Oréal na Indonésia, que conta com uma tecnologia que permite condicionar dois produtos diferentes em um mesmo frasco. “A Norden (outra empresa do grupo) ofereceu este produto inovador, uma bisnaga com dois produtos em que é possível controlar qual deles sairá mais. Com isso, alcançamos um grande público jovem na Indonésia”, observou. “Queremos continuar construindo cases de sucessos. Pedimos que não enxerguem a Coesia apenas como um fornecedor de máquinas, mas sim como um parceiro”, finalizou Gustavo. maio/junho 2015• Packing Cosmética
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Convite a todos Foi dada a largada para a 23ª edição do Prêmio Atualidade Cosmética e, neste ano, o evento manterá os testes de eficácia nos produtos inscritos na categoria Linha/Produto de Higiene e Beleza Capilar e trará opções Da Redação diversificadas aos interessados em patrocinar
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s preparativos para uma grande noite de festa começam cedo. E neste ano não será diferente, já que a organização do Prêmio Atualidade Cosmética está a todo vapor, para que a 23ª edição do ‘Oscar da Perfumaria
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latino-americana’, a exemplo dos anos anteriores, entre novamente para a história do setor. Mais uma vez, o Teatro Bradesco, em São Paulo, estará de portas abertas para receber os grandes nomes do mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos do Brasil e
da América Latina, sempre visando estimular, promover e reconhecer o trabalho de personalidades, empresas e seus produtos que mais contribuíram para o desenvolvimento técnico e mercadológico do setor cosmético brasileiro e, que tiveram atuação destacada no decorrer
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dos anos de 2014 e 2015. Neste ano, a festa acontece em 10 de novembro. A exemplo do ano anterior, estão previstas premiações para 24 categorias, entre produtos, empresas e profissionais. Como um dos fatores principais para consolidar o evento no mercado, o PAC procura apresentar novos atributos e inovações a cada edição. Em 2015, uma das novidades é o lançamento do portal www.premioatualidadecosmetica. com.br. Nele, todos os interessados em fazer parte da festa de alguma maneira conseguirão encontrar o caminho para ter seu desejo atendido com excelência. “Quem acessar o portal, consegue se resolver ali, ou seja, fazer as inscrições para todas as categorias, esclarecer dúvidas, acessar ao regulamento, adquirir ingressos, etc. Além disso, terá à disposição todas as informações referentes ao PAC, como sua história e os vencedores das edições anteriores”, pontua Jenifer Vieira, organizadora do Prêmio Atualidade Cosmética. Firme parceria Sempre muito importantes para a realização do evento como um todo, os parceiros comerciais também terão novidades para a 23ª edição do PAC. Isso porque, agora, há novas opções de cotas para patrocinar o evento, que trarão muita visibilidade a quem adquiri-las. Primeiro, há a ‘Cota de Oferecimento’, cuja empresa que adquirir terá a oportunidade de oferecer um dos prêmios. “Esta companhia terá a possibilidade de abrir o evento, de ter o seu nome estampado nos troféus das categorias de maior prestígio, que são: Hall da Fama e Profissional do Ano. No noite ainda, a empresa também entregará os troféus aos vencedores destas categorias”, revela Jenifer.
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reunião seleta: PAC é sempre um evento que reúne o que há de melhor em termos de profissionais e de produtos do mercado HPPC.
Para quem estiver interessado em fazer parte desta história, a outra opção são as ‘Cotas Diamante’, que contam com uma cláusula de fidelidade. Quem adquirir uma delas, assinará um contrato de três anos para que a marca da empresa seja lembrada de acordo com a categoria que for cobrir. “Há sete tipos de ‘Cotas Diamante’, referentes a grupos, para serem negociadas. Cada grupo abrange três ou quatro categorias do PAC. Então haverá: Grupo Pele, que engloba as categorias Tratamento Facial, Tratamento Corporal e Skin Care – Distribuição Seletiva. Então, quem comprar esta cota, terá o nome da companhia no troféu destas três categorias, por exemplo”, avalia a organizadora. Os outros grupos estão a seguir e serão formados da seguinte maneira: Maquiagem (com Maquiagem – Distribuição Seletiva, Linha/Coleção de Maquiagem e Inovação em
Produto de Maquiagem); Cabelo (com Higiene e Beleza Capilar); Perfumaria Latino-Americana (Masculina e Feminina); Perfumaria Internacional (Masculina e Feminina); Banho e Higiene (com Higiene/Beleza Masculina e Infantil/Kids), e Empresas (com Ponto de Venda – Drogarias e Ponto de Venda Especializado) . É importante ressaltar que, a possibilidade de se tornar um parceiro do PAC, não é algo limitado apenas à indústria de produto final. Os fornecedores de embalagens também podem desempenhar essa função, afinal, também são protagonistas do mercado de beleza e têm papeis fundamentais na premiação. “As empresas que fornecem as embalagens para a indústria, favorecem o seu setor ao patrocinar o evento. Afinal, a embalagem, em alguns casos, é a grande protagonista na história do produto. Já vi produtos serem premiados por conta de sua
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embalagem – praticidade de uso, funcionalidade, adequação ao conceito, entre outros critérios. As empresas que apostam em seus produtos, em sua tecnologia, devem patrocinar essa iniciativa e colocar visível para todo o mercado, seus trabalhos, suas inovações; enfim, todo o seu know-how”, destaca Jenifer.
se sentem reconhecidas quando um produto, cujo o qual forneceu um componente de sua embalagem, vence em alguma categoria no PAC. “Mesmo se o produto é finalista, o valor que se agrega à imagem da empresa fornecedora é grande. Imagine colocar isso para todo o mercado na noite da Oscar? Não tem preço”, completa.
Eficácia segue garantida Um dos principais pilares para credenciar o PAC como a principal premiação deste segmento é o seu processo de avaliação dos produtos concorrentes. Na edição 2014, o evento trouxe uma inovação dentro da categoria Linha/Produto de Higiene e Beleza Capilar. Os itens inscritos nesta categoria foram submetidos a Teste de Eficácia – realizado em laboratório – antes de participarem do Processo de Avaliação. Durante a avaliação, são analisados uma série de itens dos produtos concorrentes, entre eles: a formulação, o toque e sensorial dos produtos, a harmonização no lançamento de uma linha cosmética, fragrâncias, originalidade, funcionalidade e beleza das embalagens. Com a realização do Teste de Eficácia, os jurados passaram a ter um atributo a mais para auxiliar na escolha dos finalistas. Conforme este teste que é realizado em um grupo de pessoas no laboratório tiver um veredito, este resultado qualitativo é informado na ficha do produto durante a avaliação.
KosmoScience. Esta é a única categoria que não tem como os jurados mensurarem a eficácia do produto. Às vezes, há algumas questões de uso que não são possíveis medir ali, na hora da avaliação”, considera Jenifer.
Fiel à meta Desde de sua criação em 1993, o Prêmio Atualidade Cosmética sempre teve como compromisso o desenvolvimento do mercado de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos. Isso também é o preceito da Cusman, que organiza o PAC e também edita a revista Atualidade Cosmética. Sendo assim, todas as inovações que são implementadas pela empresa caminha junto com essa meta. Fora o trabalho de agregar valores ao mercado de HPPC, o Prêmio Atualidade Cosmética também tem sua função de contemplar todo o empenho daqueles que constroem este segmento. “O PAC não é uma festa. Ele é, antes de tudo, um evento de premiação do trabalho de profissionais e de empresas. Este é o valor dele e esta mudança é para mostrar ainda mais o empenho que nós temos de trazer o melhor. Além de tudo, para um profissional que recebe um troféu como esse, sem dúvida, é porque de fato ele mereceu”, relembra a organizadora
Como dito, durante o processo de avaliação, a funcionalidade e a beleza das embalagens têm peso na decisão dos jurados. “A embalagem deve causar a primeira impressão do conceito do produto e ao mesmo tempo estar de acordo com a funcionalidade do mesmo. Deve ser prática; o avaliador ali fará o papel de consumidor com uma ‘vibe’ extremamente crítica, uma vez que ele tem de dar sua nota seguindo os critérios do regulamento, sob o olhar da auditoria”, lembra Jenifer, que também faz questão de exaltar que os fornecedores de embalagens também
A noite de premiação do 23º Prêmio Atualidade Cosmética acontece em 10 de novembro, no Teatro Bradesco, em São Paulo. Para realizar as inscrições, bem como ter acesso ao regulamento completo do PAC, basta acessar o site: www.premioatualidadecosmetica. com.br. Todo o evento é auditado pela TG&C e o anúncio dos finalistas deverá ser realizado no início de setembro. Vale lembrar que um dos principais intuitos do PAC é alcançar todo o mercado, dando espaço empresas de todos os lugares e tamanhos. Isso pode ser comprovado pelo fato de as inscrições serem gratuitas.
Para a edição de 2015, este teste está mantido. O grande objetivo é auxiliar os jurados – que normalmente são técnicos e especialistas – a analisarem o resultado do teste e compará-lo com as informações descritas nos rótulos dos produtos dentro da categoria de Linha/Produto de Higiene e Beleza Capilar. E, assim como na edição anterior, este comparativo certamente influenciará na nota final dos jurados. “Os testes de eficácia para os produtos inscritos na categoria serão mantidos e realizados neste ano pelo laboratório 30
gratificação: segundo Jenifer Vieira, organizadora do PAC, prêmio é, antes de tudo, o reconhecimento do trabalho de profissionais e empresas.
maio/junho 2015• Packing Cosmética
artigo
Ajuda das embalagens O design das embalagens pode auxiliar na área Logística; e isso ao longo de todo o processo, ou seja, desde a criação da embalagem primária até a chegada às mãos do cliente Por Paulo E. Pereira
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uando falo Logística, estou me referindo ao processo que vai desde a criação da embalagem primária de um produto; passando pelo desenvolvimento da embalagem secundária e seus acessórios; por uma eventual embalagem intermediária – por exemplo um display; pela embalagem de embarque ou despacho; pelo processamento na linha de produção; pela paletização das caixas; pela movimentação e armazenagem nos depósitos e centros de distribuição; indo até a colocação dos produtos nos veículos de transporte e a chegada no cliente. Nessa Logística a qual estou me referindo, o design já começa a atuar logicamente na embalagem primária, a que contém o produto, já considerando os materiais que podem ser utilizados para a perfeita proteção do item, para que chegue íntegro às mãos do cliente. Considera também as diferentes formas possíveis para a dispensação adequada do produto, as cores apropriadas, bem como os processos produtivos mais adequados para o tipo de produto em questão. Adiciono ainda os fatores econômicos para que se possa ter um custo adequado e competitivo; os fatores ergonômicos que propiciam conforto ao consumidor ao usar o produto. Também considero o fator sustentabilidade, para contribuir com a contínua preservação do meio ambiente. Com tudo isso considerado, cria-se uma embalagem com um design www.cosmeticanews.com.br
lindo e adequado ao produto que ela vai conter. Uma vez criada a embalagem primária, vamos agora usar o design para a embalagem secundária, normalmente a que será a de exposição do produto e muitas vezes de auxílio de sua proteção. Para seu desenvolvimento, consideramos os mesmos fatores citados acima e acrescentamos o fator mercadológico, dada a importância da exposição do produto na prateleira, pois a embalagem por si só já é um veículo de venda do produto. Por isso, a importância de se ter um design atraente e que encante o consumidor, de forma a convencê-lo a comprar o produto. Otimização e produtividade O design também pode ser usado para o desenho do processo produtivo e de acondicionamento dos produtos, para que possamos ter um linha de produção otimizada e mais produtiva, proporcionando ao produto o menor custo possível. Desenvolvidas as embalagens primária e secundária, e o processo de produção, partimos então para o desenvolvimento de uma embalagem display quando requerida. Ou então, vamos direto para a caixa de embarque do produto, em que o design atua de forma um pouco diferente, pois ao invés de focar no visual, foca no melhor acondicionamento dos produtos dentro da caixa, ou seja, a melhor distribuição dos produtos conforme a quantidade desejada de itens por
caixa. Neste caso, o uso do design permite obter-se uma caixa econômica em termos do uso da quantidade de papelão e também de se obter o melhor aproveitamento possível do pallet, com a melhor distribuição de produtos no comprimento, na largura e por altura da caixa. Após estabelecida a caixa, o design entra novamente em ação para a melhor distribuição de produtos no pallet, a fim de proporcionar um melhor aproveitamento dele e, consequentemente, da área útil do veículo de transporte. Nessa etapa da Logística, o design pode ter um papel fundamental no desenvolvimento, pois, por meio dele, podemos definir: a melhor e mais adequada caixa de embarque; a melhor e mais econômica forma de paletização das caixas; a melhor forma de armazenagem, inclusive dimensionando os racks dos depósitos de acordo com o tipo de produto; como também escolher o tipo mais adequado de caminhão a ser usado para o transporte da carga, conforme o tipo de produto. Fecha-se assim o uso do design na logística da embalagem primária ao veículo de transporte. O uso correto de todo esse processo nos leva a ter não só as embalagens, mas todos os processos com o menor custo possível, com o intuito de se obter um produto que encanta o consumidor e ainda com um custo adequado e competitivo. Paulo E. Pereira Designer da agência Prodesign
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Muito além da caixinha
Com investimentos em tecnologia e soluções diferenciadas de acabamento e produtividade, Antilhas espera ampliar a sua participação no mercado de Aûani Cusma de Paula e Larissa Gutierres cartuchos
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os kits presenteáveis como um produto altamente rentável para as empresas, capaz de agregar margens e alavancar volumes. Por muito tempo, esse tipo de embalagem foi o principal driver do segmento de cartucharia da empresa.
Não é de hoje que a Antilhas vem se dedicando à atuação no segmento de embalagens. Na verdade já se passaram 20 anos desde que a companhia, em parceria com O Boticário, lançou o primeiro kit de presentes da marca paranaense e um dos primeiros do mercado. Ali também se viu o pioneirismo da fornecedora e sua capacidade de ajudar os clientes a antecipar tendências. Foi só a partir de 2003, que o mercado entendeu
Naturalmente, o sucesso desse tipo de produto fez com que outros clientes e gráficas também adentrassem ao negócio e aumentassem exponencialmente a competição. Ainda assim, até hoje as caixas de kits são um grande alicerce em termos de volume para empresa. Mas, talvez, mais importante do que as vendas geradas, foi o aprendizado que a fabricação dos kits deu à companhia. Para o atual presidente da Antilhas, Bruno Baptista, essa atuação foi importante no amadurecimento da empresa, para entender o negócio e passar da embalagem terciária (caso dos kits e das próprias sacolas promocionais) para a secundária (os cartuchos dos produtos, propriamente dito). Hoje a Antilhas tem atuação destacada na área. “Focamos no desenvolvimento dessa área nos últimos oito, dez anos e nos últimos quatro anos passamos a ser bastante reconhecidos e a nos destacar pela quantidade e diversidade dos investimentos que realizamos para oferecer soluções de acabamentos
esde a sua fundação pelo empresário Valter Baptista, em 1989, a Antilhas se destaca pela sua capacidade de inovar, investir e construir relacionamentos sólidos com os principais fabricantes de perfumes e cosméticos do País. Posicionando-se como um parceiro estratégico dessas empresas, por muito tempo a Antilhas foi sinônimo de sacolas promocionais, área em que a companhia conquistou posição dominante. A área de varejo, responsável por esses produtos, ainda hoje responde pela maior parcela dos negócios com 65% das vendas. Mas é no segmento de cartuchos – responsável por 20% das vendas que a empresa vem obtendo maiores índices de crescimento nos últimos três anos.
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especiais e produtividade tanto interna como para o cliente”, diz Bruno. Abrindo novas frentes Dentro de boa parte dos fabricantes de cosméticos e perfumes que já eram clientes da área de varejo, a Antilhas conquistou seu espaço com a produção de cartuchos. O desafio agora é ampliar a presença da área em uma fatia maior do mercado, garantindo a novos clientes o padrão de excelência que caracteriza o atendimento e a operação da Antilhas. Antes muito focada em categorias como perfumaria e maquiagem – em que clientes de varejo como O Boticário, Natura e Avon sempre foram muito fortes – a Antilhas conquistou um portfólio forte na área de higiene pessoal, para produtos como sabonetes e cremes. “Hoje temos clientes como a Jequiti e a Hypermarcas que já vieram para a Antilhas como clientes de cartucharia”, comemora o presidente da empresa. Reconhecida pela seriedade e confiabilidade, capacidade de inovação e altamente respeitada pelo mercado, a Antilhas é procurada por muitas empresas do setor em busca de um fornecedor de cartuchos. E é claro que a empresa está em busca de novos clientes e pronta para apoiá-las maio/junho 2015 • Packing Cosmética
no desenvolvimento de novos projetos. O diretor Comercial da área, João Luongo explica que a estratégia da Antilhas para novos clientes passa muito mais pelo projeto e pela visão de futuro das empresas, olhando para a regularidade de fornecimento e crescimento que esse cliente pode oferecer do que simplesmente o seu porte ou o volume de negócios de curto prazo que ele pode gerar. Tratase de uma análise qualitativa que permite a empresa atender inclusive a empresas de menor porte. “Nós somos muito competitivos nos grandes volumes, nas médias tiragens, mas temos flexibilidade também pra atender pequenos projetos dos clientes”, diz João. Atender a pequenas tiragens é, aliás, algo próprio da dinâmica do fornecimento de cartuchos para a indústria de beleza, mesmo no dia a dia das grandes empresas. Criando e viabilizando diferenciais A Antilhas investe regularmente em novos equipamentos e tecnologias. Para Bruno Baptista, isso é inclusive uma característica da indústria gráfica nacional. Mas, como lembra André Laguzzi, gerente do Estúdio de Criação e responsável pela área de desenvolvimento da Antilhas, quase sempre esses investimentos são direcionados para os equipamentos de impressão, ao passo que a Antilhas teve a visão de investir também em soluções de acabamentos diferenciados e automatizados viabilizando um novo mundo de possibilidades e materializando o conceito de soluções completas em embalagens. As novas tecnologias de acabamento permitem aplicar e montar de forma robotizada processos até então feitos manualmente, que muitas vezes inviabilizavam o uso desses recursos por conta do custo do processo. Um exemplo disso é o cartucho de papel cartão com um visor de plástico 360º. Tradicionalmente, o processo envolve www.cosmeticanews.com.br
O cartucho é parte da história Muito do uso de matérias-primas (caso das películas de hot stamping, ou mesmo de alguns papéis especiais) ainda esbarra na barreira do seu custo no Brasil. Apesar do avanço dos produtos de maior valor no mercado de beleza local, o consumidor brasileiro não tem o mesmo poder aquisitivo de um cidadão de país desenvolvido para comprar produtos de luxo o tempo todo e o mercado de mass market, no qual operam todas as empresas locais – ainda que com uma ampla oferta de produtos premium – tem os seus limites de preço e isso reflete em toda a cadeia.
a impressão das folhas de cartão, que depois precisam ser cortadas para que o visor seja aplicado manualmente. Na Antilhas, hoje esse processo é todo automatizado em um equipamento que “separa” o cartucho em duas partes e aplica o visor de forma automática. “Transformamos isso em algo competitivo”, diz Bruno. O equipamento é uma exclusividade da Antilhas no Brasil. Outros processos novos e automatizados que se destacam são os que envolvem efeito de flocagem e acoplamento de tecido em cartão.
Apesar disso, Bruno não sente nos seus clientes a indisposição em pagar mais pela inovação. “É um pouco da visão do cliente, que confia que a embalagem está ajudando a vender. Aí ele aposta um pouco mais porque acredita que ela vende”, disse o presidente da Antilhas, para quem, em muitos casos, essa decisão se dá por meio de uma visão da pessoa que está à frente do projeto. De modo geral, os clientes estão sempre preocupados em ter uma oferta de valor percebida pelo consumidor final bastante estruturada, com uma história bonita por trás do produto, mostrando os benefícios funcionais que ele carrega e uma preocupação com a comunicação na mídia ou no ponto de venda alinhada com esse pacote.
Mesmo em processos tradicionais e amplamente utilizados pelo mercado, a Antilhas está em busca de inovação e melhorias. No caso do hot stamping, por exemplo, a fornecedora tem apostado na exploração de películas importadas que agreguem novas opções de textura e visual. “Já que o produto vai passar por esse processo, então vamos fazê-lo diferente e melhor. E nisso que estamos trabalhando”, diz André.
Nesse contexto, o cartucho não é uma caixinha qualquer. “Ele pode representar uma história bonita por trás do produto, do desenvolvimento ou até mesmo de benefício funcional”, acredita Bruno. “É um fator essencial para os pilares que formam a imagem e garantem o sucesso de vendas. O cartucho precisa entregar mais valor agregado do que custo, e isso faz parte do quesito inovação”, acredita o dirigente da Antilhas.
BRUNO BAPTISTA, DA ANTILHAS: investimentos em novas tecnologias de acabamentos e produtuvidiade diferenciam a empresa de outras fabricantes de cartuchos.
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catálogo de opções de acabamentos: processos automatizados viabilizam soluções antes pouco utilizadas por questões de custo e operação.
Na sofisticação e nos grandes combates Quem vê o catálogo de possibilidades de acabamento da área de cartuchos da Antilhas, com uma infinidade de recursos visual e sensorialmente sofisticados, pode achar que a cartucharia fabricada pela empresa se presta apenas ao segmento premium. Mas isso não é condizente com a realidade. Segundo João, os clientes que convivem ou passam a conviver com a empresa quebram isso rapidamente. “Eles nos veem como um parceiro que está preparado para construir um relacionamento, para fazer uma venda consultiva, que vai atender a ele em todas as ofertas de preço”, diz. A empresa está em condições de disputar de maneira competitiva em todos os segmentos. Tanto que persegue de maneira consistente um bom equilíbrio no mix de fornecimento com os clientes. No mundo ideal, ele é composto um terço de cartuchos para produtos de entrada, um terço no posicionamento intermediário e um terço de valor agregado. “Esse é um esforço nosso para manter um relacionamento, uma carteira saudável. Sentimos que os clientes têm essas três necessidades e buscamos oportunidades em todas elas. A relação vai ser mais equilibrada”, explica o presidente da empresa. É claro que se a companhia está em busca de um produto de combate, todos os seus componentes precisam ser coerentes com essa premissa, das matérias-primas aos componentes de embalagem. Para Bruno, dentro da categoria de embalagens de primeiro preço – que geralmente não comporta soluções mais sofisticadas – o grande diferencial da Antilhas é a confiabilidade de fornecimento, a flexibilidade no atendimento e na entrega e o entendimento do negocio do cliente. “O preço não é nem melhor, nem pior, é adequado. O que vai fazer diferença é o nosso atendimento”, afirma. 34
O mundo deles é inovar o seu Ao longo das últimas décadas, a inovação tem sido um dos pilares mais sólidos na estrutura de negócios da Antilhas. E parte relevante dela é gerada a partir do relacionamento sólido e duradouro com os clientes, o que permite à Antilhas um entendimento bastante profundo das necessidades de cada um deles. “Você precisa entregar mais valor agregado do que custo. E o entendimento do briefing é fundamental para oferecer a solução que vai alcançar a expectativa deles. E é daí que vem a inovação”, acredita André Laguzzi. O mesmo expertise na área de design e criação é ofertado pela Antilhas na área de engenharia de produção. “Quando falamos de um cartucho, além das questões gráficas, precisamos entender por onde essa embalagem vai passar, como funciona a linha de envase do produto e como ela vai ser manuseada. Temos um time trabalhando no design, na estrutura da embalagem e outra parte do time indo na linha para ver o que pode ser otimizado”, explica o gerente de Desenvolvimento. “Unindo essas duas expertises e junto com as agências e os times das empresas, podemos oferecer diferenciais de acabamento, por exemplo, alinhados com uma visão de
produtividade”, complementa. Um aspecto que contribui e muito para o sucesso da operação da Antilhas (e de qualquer outro fornecedor da indústria) é que os clientes melhoraram e muito os seus processos de previsão de demanda nos últimos cinco anos. No final de maio, a empresa já iniciou a produção dos itens natalinos dos seus clientes. “O ano de 2015 já está dado por conta do que fizemos no segundo semestre de 2014. Em agosto, estaremos falando só de 2016. A nossa meta era crescer dois dígitos, e a gente deve estar muito próximo dela”, explica Bruno. Apesar disso, a área de cartuchos opera com 20% de espaço “livre” para atender aos estouros de venda ou a eventuais projetos de última hora dos seus clientes. Sobre a atual crise, o presidente da Antilhas diz que a companhia estava bastante preparada para um ano um pouco mais difícil. “Estamos correndo uma maratona e não uma corrida de 100 metros, os negócios devem ser pensados além de 2016, 2017. Nós confiamos no mercado brasileiro e, principalmente, no trabalho dos nossos clientes, em seus bons planos, por isso continuaremos investindo para oferecer boas soluções para os nossos clientes”, finaliza Bruno Baptista. maio/junho 2015 • Packing Cosmética
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simulação
sobrevivência
o primeiro atualidade cosmética workshop realizado no rio de janeiro abordou a evolução e as novas oportunidades do mercado de dermocosméticos no brasil
Da Redação
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Rio de Janeiro continua lindo. E a indústria de beleza carioca segue na mesma linha. Por isso, a capital do estado que tem uma dos maiores bases industriais e de inovação do mercado cosmético brasileiro foi a escolha natural para a realização do primeiro Atualidade Cosmética Workshop fora de São Paulo. Na manhã do último dia 11 de junho, cerca de 40 profissionais da indústria de beleza local estiveram reunidos no Hotel Golden Tulip Regente, na praia de Copacabana, para tratar do atual momento e do futuro da categoria de dermocosméticos. Nos últimos oito anos, a categoria cresceu 3,6 vezes e alcançou vendas ao consumidor de R$ 1,93 bilhão, de acordo com dados da L’Oréal DCA. O evento contou com o patrocínio da Univar/ D’Altomare e apoio da CIDP. ponto de partida A escolha do tema para marcar a chegada do evento ao Rio não foi aleatória. A cidade serve de base para as duas empresas mais relevantes para a introdução do conceito de dermocoséticos no Brasil como o conhecemos hoje: a francesa Pierre Fabre, que introduziu o modelo por aqui, em 1999, e foi a primeira a levar os grandes varejistas do canal farma brasileiro para conhecer como a categoria funcinava no modelo europeu de drogarias; e a sua conterrânea L’Oréal, que com a sua força comercial e capacidade de inovação difundiu o modelo para todo o País. Na primeira apresentação da manhã, o gerente de Marketing da IMS Health – uma das maiores proivedoras de informações do varejo farmacêutico – RodrigoKurata, explicou sobre a intersecção cada vez maior nas categorias de saúde e beleza, o que favorece o conceito de dermocosméticos. 36
Júlio Bombonati (Univar/D´Altomare)
Rodrigo Kurata (IMS)
Segundo o executivo, ganham cada vez mais espaço no varejo farmacêutico as empresas com um posicionamento que eles chamam de “consumer health”. As companhias que operam nessa faixa conseguem unir elementos da área de pesquisa e desenvolvimento da indústria farmacêutica, como produtos de alto padrão de tecnologia e eficácia à velocidade e a capacidade de comunicação e marketing das grandes empresas de bens de consumo. Na sequência, Vanessa Garcia, supervisora de Marketing da Adcos, e Paula Cavalcanti, diretora de Marketing da Dermatus, abordaram as novas oportunidades que se abrem para as empresas brasileiras na categoria. Além de formular produtos exlusivamente para a pele brasileira, as empresas locais enxergam oportunidades importantes em relação aos modelos de distribuição e negócios que complementam o maio/junho 2015 • Packing Cosmética
apoio
patrocínio
À esq., Márcia Cristina Maia e Vanessa Garcia (Adcos); à dir., Dayanne Jadjiski e Thais Pontes (CIDP)
Fernando Ferreira (L´Oréal DCA)
Luciene Malta Rodrigues (L’Oréal) e Vivian Duarte (RepFarma)
mercado. A Dermatus, que tem origem no mercado de produtos manipulados, até hoje mantém uma operação importante de farmácia de manipulação, que a ajuda inclusive a construir relacionamentos mais estreitos com os dermatologistas e a ficar atenta a novas tendências de produtos. Já na Adcos, cuja origem é o mercado de estética, as lojas franqueadas e a presença em farmácias tradicionais, ao invés de criar conflitos, fortalece a marca e amplia o seu nível de conhecimemnto junto ao consumidor, o que acaba sendo bom para todos os atores envolvidos. Mas, apesar do crescimento forte, ambas dizem que a expansão das marcas para as prateleiras das grandes redes do canal precisa ser precedida por um processo de amadurecimento e evolução. O papel do dermatologista e eventuais conflitos que poderiam surgir por conta do aumento do relacionamento das empresas com as blogueiras, também foi abordado no painel. Atualmente, eles enxergam isso como oportunidade, uma vez que as próprias clínicas também estão interessadas nesse relacionamento e, muitas vezes, promovem eventos para as blogueiras em parceria com as fabricantes de produtos. O gerente de Marketing da Univar/D’Altomare, Julio Bombonati, mostrou em sua apresentação como a categoria de www.cosmeticanews.com.br
Júlio Bombonati e Sérgio Benkendorf (Buona Vita)
Vanessa Garcia (Adcos) e Paula Cavalcanti (Dermatus)
cuidados com a pele, a base do negócio de dermocosméticos, pode agregar à tecnologia um pouco mais de ludicidade e alegria sem abrir mão da eficácia e da seriedade Empresa líder da categoria no Brasil, a L’Oréal Cosmética Ativa baseia o seu negócio em quatro pilares, como explicou o diretor comercial da empresa, Fernando Ferreira: dermatologistas; PDVs e consumidores farma; e-commerce e mídia digital; e relações públicas. Presente no Brasil desde 2000, a divisão domina cerca de um quarto no mercado brasileiro. Com os seus lançamentos, agregou quase R$ 100 milhões em receitas de novos produtos para o canal. A diretora da empresa de Pesquisa e Análises Clínicas CIDP, Thais Pontes, apresentou a estrutura da multinacional, que mantém um inovador programa de recrutamento de pacientes para a realização de diferentes testes de eficácia e validação. Por fim, em um painel que reuniu além de Fernando, da L’Oréal, e Rodrigo, da IMS, André Reis, diretor da Repfarma, foram aborados alguns desafios para a evolução do mercado. Um dos principais deles é o que envolve a capacidade de varejistas de contar com pessoal qualificado para oferecer os produtos de maneira adequada aos consumidores. 37
organização
futuro
tarefa tipos novo parâmetros aptidão
mensagem
fins
sistema
viabilidade
mediação
performance ampliação horizonte
compartilhar responsabilidade
teoria
reunião
prática saúde referência debate
objetivos
habilidade específico
trabalho
educação
comunicação
ensino
singular
social
ágil
seleção
testes meio inteligência
missão
tempo de
aprendizado usos
relações humanas
força
hoje
exposição
feedback
pessoal fonte
usos visão diversão
sustentabilidade
atual
inovação
sucesso ideias passos exemplo treinamento dinâmica interação modeloexposição espiritual motivador
desenvolvimento
apoio
conhecimento
padrão
método
válido atividade percurso habilidades programa
funcional
repercussão
soluções
busca meio
clareza
comparação
relacionamento
tarefas motivação base
variedade verdades saídas
tendência
trabalho pesquisa movimento métodos
positivo artificial
curso
Workshop
bom
performance útil grupo roteiro padrão mais resultados estudo
lugar
conteúdo
avaliação
luz
teor
natural
contexto
real
significância
atuação
necessidades
automática valor
simulação
sobrevivência
Marcelo Chrispim (Yenzah) e Fábio Costa (Rio Belleza)
Júlio Bombonati (Univar/D´Altomare)
Elaine Gerchon (Factor Kline)
Criador de tendências e mercados
N
ão é preciso voltar tanto no tempo para constatar o quanto das últimas modas em produtos para os cabelos foram geradas ou, explodiram para todo o Brasil, a partir do Rio de Janeiro. Dos produtos de Chocolate, passando pela Geleia Real, até os conceitos mais novos de Hair Food 38
e Suplementos para os cabelos, as empresas fluminenses parecem estar sempre um passo à frente na hora de lançar essas novidades, que muitas vezes têm prazo de validade curto, o que dificulta a resposta da parte de empresas maiores, especialmente as multinacionais. Por isso, as empresas do estado conseguiram desenvolver uma capacidade impressionante de captar essas tendências, desenvolver
quando o assunto são os cabelos, poucos mercados no brasil têm empresas tão “lançadoras” de novas modas quanto o do rio de janeiro Da Redação
os produtos e lançá-los no mercado de causar inveja. Um diferencial e tanto na hora de competir em uma categoria tão acirrada como a de cuiados com os cabelos, categoria que foi o tema do segundo Atualidade Cosmética Workshop realizado no Rio de Janeiro, na tarde do dia 11 de junho. O evento contou com cerca de 45 profissionais, patrocínio da Univar/D’Altomare e apoio da CIDP. MAIO/JUNHO 2015 • Packing Cosmética
apoio
patrocínio
Wilma Apolinário (Niely) e Bruno Sermarine (Márcia)
Dayanne Jadjiski e Thais Pontes (CIDP), Paula Cavalcanti (Dermatus), e Luciana Muniz (Croda)
Vanderlina Oliveira (Embelleze) e Luciene Malta Rodrigues (L’Oréal)
A primeira apresentação ficou a cargo de Elaine Gerchon, gerente de projetos da Kline/Factor de Solução – empresa líder global em pesquisa de mercado. A executiva abordou o mercado de produtos para os cabelos vendidos apenas nos salões de beleza no Brasil, um negócio que gerou vendas de R$ 1,2 bilhão (preços de fábrica, livres de impostos) e que desde 2008 vem crescendo a taxas anualizadas de 10%. Segundo as pesquisas da Kline, o mercado de sahmpoo e condicionador responde por 46% das vendas e ainda puxa o negócio com crescimento de 13% em 2014. Outra subcategoria que avança é a de alisamentos, com crescimento de 8%. Elaine destacou a volta, ainda que lentamente, da busca por permanentes, num movimento de volta à valorização dos cachos. Para tratrar das oportunidades para o segmento de haircare, Atualidade Cosmética convidou, Bruno Sermarini, www.cosmeticanews.com.br
Vandré Gustavo Silva (Lola)
Equipe Univar / Daltomare
coordenador de Marketing da Márcia Cosméticos; Vandré Gustavo Silva, diretor Operacional da Lola Cosméticos e Vanderlina Oliveira, gestora de P&D da Embelleze. No debate, Vanderlina e Vandré trataram da importância da agilidade para colocar no mercado produtos novos, com propostas inovadoras como um vetor de crescimento para as empresas locais. Os três participantes apontaram a qualidade de oferta e o fornecimento falho da indústria de embalagens como um desafio adicional para as empresas do Rio. Outro ponto de destaque foi o alerta em relação à falsificação de produtos, um crime que cresce e coloca em risco a saúde dos consumidores e a reputação das empresas, que são duplamente lesadas, pois também são obrigadas a atender aos consumidores e assumir responsailidades sobre os produtos falsificados. Júlio Bombonati, gerente de Marketing
da Univar/D’Altomare, apresentou as novas tendências e alternativas de limpeza para as consumidoras que, como forma de preservarem seus cachos, rejeitam o uso do shampoo. Thais Pontes, diretora CIDP, apresentou a estrutura da multinacional e destacou os cuidados que a empresa tem na hora de montar os painéis de consumidores para avaliação e testes de eficácia. Para fechar o evento com chave de ouro, Marcelo Chrispim, sócio-diretor da Yenzah e Fábio Costa, gestor de Marketing e Negócios da varejista Rio Belleza, trataram da importância do varejo acompanhar a sofisticação da oferta de produtos da indústria, com lojas mais modernas, bonitas e, principalmente, um melhor nível de atendimento para os consumidores. Um problema crítico no mercado do Rio de Janeiro. 39
Focus grouP
Maquiagem
A voz da melhor idade Packing Cosmética abre espaço para as consumidoras mais experientes colocarem suas opiniões, dificuldades e sugestões acerca das Larissa Gutierres embalagens de produtos de beleza
A
primeira edição da seção Focus Group foi realizada com adolescentes, e a Packing Cosmética conseguiu mostrar o que elas pensam a respeito das embalagens dos produtos da categoria de maquiagem. Foram diversas opiniões, sugestões e elogios. Desta vez, a seção foi produzida com senhoras da terceira idade, ou por que não, da melhor idade. Mulheres maduras, experientes, que sabem o que querem. Engana-se quem pensa que as senhoras “mais velhas” só se preocupam com saúde. Elas também são muito vaidosas, gostam de se sentir bem – por dentro e por fora – e almejam estar sempre muito bonitas e arrumadas. A seção anterior do Focus Group foi um sucesso, e agora é a vez delas, dessas experientes mulheres falarem o que desejam, suas preferências e reclamações. Ao total, 40
a revista conversou e ouviu a voz de dez entrevistadas, todas residentes do estado de São Paulo (capital e interior). Dentre os produtos de beleza e higiene pessoal citados, os que elas mais utilizam são: perfume, shampoo, condicionador, desodorante, hidratante para o corpo e para o rosto, óleo corporal, protetor solar, tintura para cabelos e alguns cremes anti-idade. Quanto à maquiagem, muitas afirmaram que não usam com a mesma frequência de quando eram mais jovens. Ou porque têm dificuldade de passar o produto (principalmente os itens para os olhos, pois é preciso firmeza e exatidão para não borrar ao aplicar), ou porque já não acham mais adequado devido à idade. Porém, alguns itens são queridinhos e não podem faltar, como: batom, base, pó compacto e esmalte. Você já parou pra pensar nos rótulos das embalagens dos produtos de
beleza? Será que eles têm uma letra fácil de enxergar? E na hora do banho, isso pode ser um problema? Será que estes produtos estão bem localizados dentro dos supermercados, farmácias e perfumarias? Será que é fácil de alcançá-los nas prateleiras? Esses e muitos outros questionamentos foram debatidos com nossas nobres consumidoras. Fora de agrado Todas as entrevistadas tiveram exatamente a mesma opinião quanto aos rótulos dos produtos: eles maio/junho 2015 • Packing Cosmética
poderiam ter letras maiores. A maioria das senhoras alegou ter problemas de visão, e o rótulo pode dificultar, e muito, na hora de usar o produto. “Acho que os rótulos poderiam ter letras maiores, pra gente ter a facilidade de enxergar”, comentou Maria de Jesus Gonçalves dos Santos, de 64 anos. Para ela, protetores solares, por exemplo, não possuem um rótulo adequado. E este “detalhe” é essencial, uma vez que é preciso saber especificamente qual é o fator de proteção UVA/UVB que eles proporcionam, por exemplo. www.cosmeticanews.com.br
A hora do banho também pode ser um transtorno. Maria Madalena Savi Vieira, 60, adquiriu o hábito de etiquetar seus produtos que ficam dentro do banheiro, mesmo que seja apenas com a letra inicial de cada item. “As letras são muito miúdas, e eu tenho dificuldade de ler. Então eu faço isso pra não ter confusão. Já aconteceu de eu trocar e passar o condicionador no lugar do shampoo, por exemplo”, relembra. Algumas consumidoras reclamaram de não conseguir identificar a data
de validade de diversos itens, pois a informação tem letra muito minúscula. “Você acaba perdendo muito tempo dentro do mercado. A dona de casa tem o quê? Uma hora pra fazer a compra? Ela não consegue, porque não dá pra ver a validade de tudo o que ela precisa. Mesmo usando óculos”, se queixou Maria de Jesus. O lacre também pode apresentar algumas dificuldades. Segundo Maria Luiza Lauton, 66, alguns itens são difíceis de abrir. “O que eu não gosto muito desses produtos é quando você 41
Focus grouP
terceira idade
precisa utilizar uma faca ou uma tesoura para abrir. Ele até pode ter o lacre, mas que seja fácil de tirar.” Ela também desaprovou uma recente mudança de uma marca de esmalte. “Eu não gostei da nova embalagem, achei o pincel muito quadrado, meio escorregadio. Eu gostava mais do outro. Não que ela seja feia, mas não fica tão boa na hora de passar na unha”, comenta. Mais velha desta turma, Nair Maria dos Santos Ribeiro, 83, usa óleo de reparação para os fios capilares, um produto cuja embalagem é uma pequena ampola, e ela tem dificuldade em manuseá-lo, devido a dois obstáculos. “A gente não consegue ler o que está escrito naquelas ampolas, porque elas já são pequenas e as letras são menores ainda. Pra abrir é outro problema. Só cortando com uma serrinha mesmo, e às vezes, é até perigoso quebrar. É uma embalagem que poderia ser mais fácil de usar. Eu mesma uso muito, pois fortifica bem o cabelo”, argumenta. Além dos rótulos e do lacre, os manuais de uso de alguns cosméticos também foram lembrados. Com muitas e pequenas letras, diversas consumidoras não conseguem enxergar e entender como, de fato, o produto deve ser aplicado e utilizado. Eva Andreoli Vieira, 58, fica incomodada ao ter de pegar o creme de hidratação capilar (normalmente em potes grandes) com as mãos. Para ela, se eles tivessem outra embalagem, como a do shampoo e do condicionador, por exemplo, seria melhor. Mais do que aprovados Muitas senhoras afirmaram gostar bastante dos produtos com válvula pump, até por uma questão de higiene. Maria de Jesus explica: “Essa válvula é a melhor de todas. Você só 42
convencional. Você coloca na esponja e ele espalha melhor, então fica mais fácil pra você se ensaboar”, afirma Laura de Andrade, 61, que passou a usar o produto recentemente, há dois meses, mas que não pretende trocar mais. Ela também usa hidratantes com este tipo de válvula, e afirma já ter até procurado por cremes faciais com a mesma praticidade, mas que ainda não os encontrou.
aperta e ela para onde você quer. Por exemplo, um hidratante. Se você tem de pôr a mão dentro do pote pra poder pegar o creme, você acaba deixando que as suas bactérias fiquem por lá”, observa. Pensando também em higiene, as entrevistadas confirmaram que gostam quando a embalagem do produto, principalmente para o rosto, vem com uma espátula. Isso facilita na hora de pegar o creme. “É bom ter aquela ‘pazinha’, porque assim não contamina o produto quando você usa”, destaca Clarice Vieira Paris, 64. Ela também prefere cremes para o cabelo que tenham válvula pump. “Na hora do banho, principalmente, eles são mais úteis, pois os de embalagem com tampa de rosquear acabam deixando que entre água no produto se você não tomar cuidado, e isso danifica o creme”, destaca. Dentro da categoria de sabonetes, a válvula pump também faz diferença. “Eu prefiro sabonete líquido ao
Algumas entrevistadas declararam que preferem produtos em spray, como os desodorantes. “Depois que lançaram o spray, ficou bem melhor. É mais fácil, rápido e não desperdiça nada. É um produto econômico”, afirma Maria Luiza. “Diferentemente dos produtos que você precisa rosquear para abrir, os sprays são mais práticos. Se escorregar e cair no chão, por exemplo, você não vai perder o conteúdo. E é menos perigoso também”, completa Madalena. Maria Aparecida Ribon Viana, 73, explica que algumas embalagens poderiam ser fabricadas em tamanhos menores, pra facilitar na hora de viajar. Clarice, que viaja bastante, tem a mesma opinião. “Eu gosto de embalagem prática, que não vaze na necessaire. Por isso também eu prefiro os vidros menores, que são mais fáceis de guardar”, declara. Ela também observa que as embalagens de óleo corporal poderiam ser produzidas de uma maneira mais inteligente, para que o produto não escorra e suje o frasco. Ainda vaidosas As entrevistadas responderam se a embalagem é um fator decisivo na hora da compra, da escolha do produto. As opiniões se dividem. Enquanto maio/junho 2015 • Packing Cosmética
algumas acreditam que a qualidade e o preço são pontos mais importantes, outras admitem que sim, a embalagem faz toda a diferença. Para Maria de Jesus, devido à atual crise econômica, se o produto tiver uma embalagem muito bonita, mas for muito caro, ela escolhe um mais em conta. “Neste caso, a qualidade sim influencia mais na hora da compra”, comenta. “A embalagem tem de ser bonita, não pode ser feia não. Eu acho que uma embalagem bonita chama atenção. Hoje em dia, a gente usa até pra decorar o banheiro. Não precisa ser escandalosa, aquela coisa muito fantasiada. Ela pode ser bonita, mas clean”, comenta Maria Luiza. De acordo com Laura, a embalagem pode ser importante ou não na hora de escolher o item. Isso varia de acordo com cada produto. Shampoo, condicionador, por exemplo, não precisam ter um frasco bonito. Já os pequenos potes de cremes faciais ficam mais atrativos se forem sofisticados, bem desenhados. “Até passam a impressão que sua durabilidade é maior”, afirma. A mesma situação acontece com o batom. “Porque aparência conta. Quando a embalagem é mais bonita, a gente pensa que ele é melhor”, acrescenta. “Pra mim, a embalagem não conta muito na hora de comprar. O que vale mesmo é o conteúdo, a qualidade do produto. O preço também é importante, mas quando é algo que eu gosto muito, eu acabo comprando”, rechaça Rutinei Matias de Oliveira, 63. “O que conta mesmo é o produto, mas é óbvio que se for uma embalagem bonita, isso enche os www.cosmeticanews.com.br
dá pra economizar”, diz ao se referir a cremes hidratantes. Ela também acha importante que, se o produto tiver algum componente especial, algo que o torne diferente dos outros, essa informação deva estar bem representada no rótulo.
olhos. Chama atenção, dá vontade de comprar. As duas coisas são importantes”, reforça Clarice. Observações quanto ao tamanho As entrevistadas se dividem também quando a questão tratada é o tamanho das embalagens. Cada uma tem sua preferência. Eva acredita que há no mercado bastante variedade de tamanhos nas embalagens. “Eu acho que há muitas opções pra gente escolher. Shampoo, por exemplo, tem maior, menor. Eu acho que dá pra escolher bem”, afirma. Para Maria de Jesus, embalagens menores são melhores. Segundo ela, se o produto estiver numa embalagem muito grande – mesmo vendido por um preço em promoção –, não compensa comprar, pois ele pode estragar. A embalagem também pode ficar envelhecida. Em contrapartida, Vera Lúcia Esferra, 59, afirma: “Eu gosto de embalagens grandes, tipo de um litro. É uma quantidade boa,
Pontos de compra As consumidoras gostam de comprar seus itens de beleza nas perfumarias, supermercados, farmácias e também com revendedoras (canal de venda direta). Elas declararam que os produtos têm fácil localização nestes pontos, mas que eles poderiam ficar em prateleiras um pouco mais baixas, principalmente nos supermercados. Maria de Jesus reclama que, às vezes, não consegue alcançá-los. “Como eu sou muito baixa, muitas vezes eu tenho de pedir ajuda de alguém que esteja por perto pra poder pegar o que quero. Além disso, se o produto ficar muito no alto, eu mal consigo enxergar o preço. Já aconteceu de eu tentar pegar um shampoo, e caírem três em cima de mim”, relembra. Muitas preferem ir a pontos de venda específicos, como as perfumarias e farmácias. “Eu gosto de comprar os meus produtos de beleza na farmácia. É fácil de achar o que quero, e no supermercado costuma ser bem mais caro”, destaca Rutinei. Depois de realizar as entrevistas, foi possível perceber que o canal de venda direta tem forte poder para as consumidoras, especificamente para as que vivem no Interior, em cidades pequenas. Eva, que mora em Americana, é cliente fiel das marcas de venda direta. Comprar por meio das revendedoras é facilitador. “Eu acho mais prático, porque não gosto muito de ter de ir até o centro pra poder comprar um cosmético. Eu gosto de olhar o catálogo, se precisar eu ligo (pra minha revendedora) pra pedir o que quero, o que está faltando”, finaliza. 43
artigo
As rosas búlgaras DIVERSOS PRODUTOS PRESENTES NO MERCADO DA BULGÁRIA, ENTRE ELES ALGUNS Por Assunta Napolitano Camilo COSMÉTICOS, TÊM SIDO FEITOS À BASE DE ROSAS
R
ecentemente visitamos a Bulgária, onde observamos muitos produtos à base de rosas, o que nos chamou muito a atenção. Encontramos bebidas especiais, como o Natural Rose Drink, e a água com óleos essenciais de rosas Aquarose, que inclusive recebeu um prêmio na SIAL (salão Internacional da alimentação – Paris- 2014). Havia também geleias e balas. As embalagens de lata de aço (Deo), que mais remetem a talco ou desodorante, são na verdade preenchidas com balas embaladas unitariamente em flow pack, cujo objetivo é garantir o aroma por mais tempo. O atributo destacado era aroma candy, ou seja, balas aromáticas, que continham óleo essencial de rosa búlgara. Produtos de beleza eram os campeões de venda: de cremes a perfumes. Observamos que a maioria continha cartucho de papelcartão como segunda embalagem sempre com hot stamping, para 44
valorização e posicionamento premium dos produtos. O padrão de design – usando o tom de rosa claro misturado com o tom forte de vinho e fotos de rosas – era usado para todos os produtos, inclusive nas sacolas de lojas, reforçando a identidade e fortalecendo-a. Os sabonetes prometiam nutrição da pele, assim como os cremes de mão, que além do clássico, ofereciam as versões com Q10 (anti-idade) e com iogurte probiótico (para peles mais sensíveis). Os protetores labiais (produto essencial no inverno rigoroso de lá) eram cor-de-rosa, e a embalagem fugia do tradicional cilindro para o formato exclusivo do oval, com sistema de subida por rosca e tampa desenhada para lembrar uma delicada rosa. Os homens também tinham vez com uma linha especial de tratamento que oferecia produtos para cuidado da pele e da barba. Havia também produtos para bebês e uma linha para cabelos, além de amostras e pequenos frascos para souvenires. maio/junho 2015 • Packing Cosmética
É claro que a “joia da rainha” era um frasco de vidro especial de perfume (Eau de parfum). O frasco-objeto fosqueado tinha o formato de um botão de rosa, e o conjunto válvula-tampa lembrava o cabo da flor, um mimo delicado! O mais curioso, porém, é que a Bulgária nem sequer figura entre os grandes produtores de rosas! No entanto, construíram um conceito e prepararam a indústria para atendê-lo. Dessa forma, hoje são reconhecidos por uma linha de produtos à base de rosas que só lá é encontrada, e as embalagens ajudaram a edificar essa história. Embalagem pode ajudar a construir a imagem e promove um mundo melhor. Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br.
Assunta Napolitano Camilo
Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.
papo de designer
tipografia
Em busca de coerência e criatividade A evolução da tecnologia revolucionou e facilitou a vida dos designers. Porém, também transformou o processo de desenvolvimento de embalagem mais homogêneo, com Beatriz Ces fontes pouco criativas
Q
uantas marcas não fizeram história no mercado cosmético brasileiro por conta de um detalhe muito significativo e marcante na embalagem: a tipografia?
RODRIGO MADALOSSO, DO GRUPO BOTICÁRIO: marcas Lily Essence e Malbec possuem desenvolvimentos diferentes em termos de tipografia por conta de seus públicos-alvo.
Antigamente, o processo de seleção da tipografia era tão importante para representar a essência de uma marca, que os designers possuíam a gigantesca responsabilidade de criar uma letra nova, inovadora, criativa, que reunisse em traços e linhas a mensagem que determinado produto queria passar. Porém, a revolução tecnológica e o desenvolvimento dos recursos da informática facilitou o trabalho dos designers, disponibilizando uma variedade de novas fontes em sites especializados na internet, a um clique de distância. Entretanto, toda facilidade tem seu preço, deixou o processo de criação de embalagem mais homogêneo, além de abrir espaço para uma série de profissionais sem o expertise necessário para compor uma peça 46
coerente, e que, muitas vezes, são incapazes de encontrar sintonia entre a marca e a fonte utilizada. “A tecnologia abriu muitas portas para se encontrar uma tipologia, basta uma rápida busca pela internet, e encontrará centenas de sites com tipologias bem interessantes”, diz o designer Paulo Pereira, dono da
Prodesign, profissional que atua há mais de 20 anos no mercado. “Mas ao mesmo tempo, com a popularização dos softwares para desenvolver uma fonte, vários leigos no assunto têm desenvolvido alguns typos sem nenhum critério. Podemos encontrar fontes desproporcionais, com diferentes espaçamentos entre letras e por aí vai”, completa ele. maio/junho 2015• Packing Cosmética
inúmeras opções: por conta da tecnologia, existem muitas tipologias à disposição atualmente.
Já Rodrigo Madalosso, gerente de desenvolvimento do Grupo Boticário, afirma que nem tudo mudou com a chegada da tecnologia para o desenvolvimento de uma embalagem. Ele explica que a empresa em que trabalha é extremamente criteriosa na criação ou escolha da tipografia dos produtos, e que tanto companhia quanto as agências parceiras devem estar alinhados ao briefing. “As agências de design, parceiras do Grupo Boticário, fornecem diversas sugestões de layout, por vezes são criações exclusivas e também fontes que podem se tornar ou não exclusivas para cada marca, dependendo do briefing e da ideia de concepção. Hoje, há também sites especializados em fontes, em que diversos designers criam fontes próprias, e disponibilizam para o mercado como produto de seu trabalho”, explica. Ainda segundo ele, as marcas do Grupo enviam uma série de opções para as agências, além de buscar uma criação exclusiva ou de pouco uso em parceria com renomadas agências de design. www.cosmeticanews.com.br
Porém, nem todas as empresas do segmento possuem o posicionamento do Grupo Boticário. De acordo com Paulo, além de diversos leigos que entraram no mercado, o que leva a alguns trabalhos de baixa qualidade, ele também atribui uma parcela da culpa as próprias empresas que nem sempre buscam a inovação. “Sinto que empresas estão sempre tentando fazer algo parecido com seu concorrente, deixando pra trás o primordial, o design certo para se comunicar com o público-alvo”, destaca o designer.
Segundo ele, os casos de Lily Essence e Malbec – duas marcas que estão sob o mesmo guarda-chuva, ou seja, o de O Boticário – possuem desenvolvimentos completamente diferentes, pois são destinados a público-alvo diferentes. “Uma fonte com características mais delicadas, por exemplo, não poderia ser usada num Malbec, fragrância masculina da unidade de negócio O Boticário. Em contrapartida, a fonte de Lily Essence, fragrância da mesma marca, tem características típicas de uma caligrafia feminina”, observa.
Como resgatar tais atributos? O profissional da Prodesign acredita que somente o critério, além de muita pesquisa, é capaz de produzir embalagens mais autênticas, com fontes mais criativas. Ele ainda acrescenta que é preciso estudar detalhadamente o briefing da marca, desvendar seu conceito e escolher a fonte mais adequada para se comunicar com o público-alvo do produto.
O ponto central é que a elaboração de um produto vai de uma ponta a outra da cadeia; desde a concepção de uma fragrância ao desenvolvimento da embalagem até a forma de se comunicar com seu público-alvo. Alcançar a criatividade durante o desenvolvimento de um produto é fundamental atualmente, entretanto, ser coerente com ideia inicial do produto é peça-chave para que ele seja um sucesso; e nesse caldeirão em que a receita para o sucesso é preparada, a fonte da embalagem é um ingrediente importante.
Rodrigo exemplifica a questão levantada acima por Paulo Pereira.
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evento
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Fonte de novidades Com muito esforço e boa vontade dos expositores, evento supera apagão do primeiro dia oferecendo ao mercado as últimas tendências e novidades em termos Da Redação de matérias-prima e embalagens, em sua 20ª edição
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á 20 anos, o evento já faz parte do calendário da cadeia produtiva cosmética, sendo também um dos mais aguardados do setor. Assim é a FCE Cosmetique, que em 2015 chegou à 20ª edição, sendo realizada mais uma vez em São Paulo. Considerada uma das principais plataformas de negócios da América Latina para o setor cosmético, bem como para o farmacêutico, a edição deste ano recebeu 16.792 visitações, sendo 50% deste público com perfil de tomadores de decisão incluindo presidentes, vice-presidentes, diretores e sócios proprietários de revendas 48
do País e do exterior. Players da indústria de beleza também marcaram presença, como os da Avon, O Boticário, Natura, Jequiti, Unilever, entre outras. Além das incontáveis novidades apresentadas pelas dezenas de expositores, a feira trouxe alguns atrativos a mais aos visitantes, como o Circuito do Conhecimento e Inovação, uma plataforma de comunicação e relacionamento voltada à valorização do conteúdo, conhecimento e da experiência por meio de projetos que se integram e se transformam em um ambiente único de interação, negócios
e troca de informações. Na Arena do Conhecimento – um auditório aberto ao público, incorporado ao espaço da feira –, aconteceram palestras voltadas à inovação, tendências e lançamentos do setor. Realizado em parceria com a Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), a FCE também promoveu o Circuito o Congresso Brasileiro de Cosmetologia. Outros eventos paralelos também aconteceram, como: o 4º seminário FCE Pharma; a 2ª Jornada Sindusfarma; e a 2ª edição da Powtech Arena Brasil. Todos eles contaram com qualificada audiência, atraindo mais de 600 pessoas para as mais diferentes palestras. MAIO/JUNHO 2015 • Packing Cosmética
As feiras de negócios proporcionam uma oportunidade singular para troca de experiências, conexão de pessoas e geração de oportunidades entre profissionais do mercado e empresas. “Neste sentido, encerramos esta edição da FCE Pharma e da FCE Cosmetique agradecendo aos expositores e parceiros por, juntamente com a NürnbergMesse Brasil, proporcionarem ao público visitante a principal e mais completa plataforma de negócios para toda cadeia produtiva da indústria farmacêutica, gerando excelentes oportunidades de negócios e impulsionando o desenvolvimento da economia deste setor”, afirma Ligia Amorim, diretora Geral da NürnbergMesse Brasil, organizadora do evento. Considerações do evento Mas apesar das exaltações feitas pela dirigente e das atrações ao longo dos três dias, nem tudo foram flores para os expositores durante o evento. No início da tarde do primeiro dia, um apagão atingiu o local da feira e deixou os stands sem energia elétrica por pouco mais de duas horas. Mesmo que tenha ocorrido nas primeiras horas do evento, em horário em que teoricamente o movimento estava tranquilo, muitos expositores relataram consequências negativas por conta do fato. A NürnbergMesse Brasil prometeu ressarcir os expositores de alguma maneira. Após o acontecimento, a maioria dos expositores confessou que a feira atendeu às expectativas em termos de negócios e visitas recebidas. Outra colocação foi feita por um fornecedor de embalagem que estava expondo e que serve como sugestão para os organizadores da feira. A ponderação foi observada por Paulo Medeiros Jr., diretor Comercial da Embale Bisnagas. Segundo ele, a feira, que acontece sempre em maio, está alocada em data errada. Para explicar esta afirmação, o dirigente dá o exemplo de uma empresa de plásticos que investe em ferramentais, www.cosmeticanews.com.br
À DISPOSIÇÃO: novidades e lançamento estiveram ao alcance dos milhares de visitantes da feira
que demoram por volta de 120 dias para ficarem prontos. “Quando se chega nesta feira para apresentar estas novidades para os clientes, eles já estão com todos os desenvolvimentos para o segundo semestre definidos, porque as compras já começam em junho e julho. Então, não se consegue emplacar aquilo que estamos apresentando de novidades, porque a feira está muito atrasada”, opina.
da FCE muito boa, com resultados positivos para a sua companhia.
Para o profissional da Embale, o mês correto da FCE deveria ser março, sendo que isso já foi até discutido com os organizadores. “Assim, quem lançar, seja fabricantes de matérias-primas ou embalagem, consegue emplacar suas novidades dentro dos lançamentos que vão acontecer para o segundo semestre e o próximo verão. Isso é muito importante, pois algumas coisas que estamos expondo conseguiremos emplacar, mas outras só para projetos do ano que vem. Esses 60 dias de diferença seriam fundamentais, pois é um período em que se define todo um planejamento para o segundo semestre. As empresas de cosméticos já definem tudo no final de abril”, emendou Paulo, que apesar das críticas, considerou a edição 2015
Bemis A companhia procurou trazer lançamentos para as duas áreas: farma e cosmética. Apresentou bisnagas e stand up pouches para cosméticos, e para farma, que pode-se colocar um aplicador ginecológico. “Trouxemos algumas embalagens com diâmetro 50mm com aplicação de verniz fosco; diâmetro 16mm usado para amostra grátis. Para este diâmetro 50mm, foi lançado no ano passado com a Giovanna Baby a impressão 360º. As bisnagas no Brasil, na parte da solda, você não consegue sobrepor a tinta e o verniz para selar. E com esta bisnaga é possível fazer isso, pois ela é completamente impressa”, destaca Andreisa Rodrigues, analista de Marketing da Bemis.
Rol de lançamentos Como acontece em todos os anos, é durante a FCE Cosmetique que as empresas da cadeia produtiva cosmética aproveitam para apresentar seus lançamentos. Com a indústria de embalagem não foi diferente; confira algumas inovações:
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evento
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identificou que não havia no País uma planta industrial capaz de fornecer um propelente com o nível de pureza requerido pelas indústrias de cosméticos. Então, decidiu investir na construção de uma planta industrial de purificação de gases e no desenvolvimento de um produto diferenciado e com um padrão de alta qualidade, que mistura propano e butano em proporções e faixas de pressão específicas, de acordo com a necessidade de cada cliente.
Corel Pincéis Em 2015, a empresa decidiu entrar na área de embalagens pré-moldadas, com o intuito de complementar o seu produto. Além disso, para a edição deste ano da FCE, apresentaram também pincéis diferenciados, de base, com formatos totalmente diferentes; e pincéis de contorno com formas e formatos diferentes. “Então, o objetivo nosso para este ano, até para driblar um pouco a crise e o dólar, é tentar apresentar ao mercado alguma coisa que tenha algum diferencial em design e utilidades. Inclusive, a Corel está indo na contra-mão do que muitos estão fazendo hoje. Desde o ano passado estamos investindo no maquinário, por conta da entrada em embalagens, temos máquinas novas. Apostamos em não ficarmos parados esperando as coisas acontecerem. Então, fizemos altos investimentos em termos de máquinas e tecnologias, para ver se nos ajuda a passar por esta fase”, frisou Marcelo P. Nunes, diretor Comercial da Corel. Segundo o dirigente, a ideia da empresa situada em São Bernardo do Campo (SP) é utilizar a mesma estrutura de fábrica e comercial para agregar novos produtos e novas máquinas, e assim aumentar faturamento e participação no mercado. Marcelo disse que acredita haver uma carência em termos de embalagens prémoldadas e que este é o momento para investir nisso. “O mercado está muito 50
receptivo para este tipo de embalagem e estamos tendo bastante cotação, tendo fechado inclusive alguns projetos. E como ainda não somos conhecidos como embalagem, agora teremos todo um trabalhar para divulgarmos isso e a FCE foi muito boa neste sentido. Para a gente também é uma surpresa, porque hoje temos um volume de clientes novos maior e também do número de pedidos, mesmo diante de toda esta crise. Isso nos deixa animado por um lado, pois é claro que não sobra mais dinheiro como sobrava antigamente, mas temos muitos clientes que não compravam conosco lá atrás e clientes novos que nem conheciam a gente. Então, por este lado, o ano está sendo positivo. O que falta ainda é que este lado positivo se reverta em faturamento considerável para que passemos esta crise”, observou. Liquigás Durante a FCE, a Liquigás procurou destacar os benefícios do Purogas, um gás propelente para o setor de aerossóis. O produto pode usado em diversos cosméticos, como sprays para pés e cabelos, desodorantes, meia calça em aerossol, cremes hidratantes, espuma de barbear, entre outros produtos de beleza. Segundo a companhia, o Purogas surgiu em decorrência desse aumento na demanda por propelentes do mercado brasileiro de aerossóis. A Liquigás
Entre as vantagens do Purogas, destacase a eliminação de tempo e de custos com o processo de desodorização, que antes era realizado pelas empresas responsáveis pelo envase dos aerossóis. A Liquigás realiza um processo de filtragem do propelente que elimina odor, umidade e particulados não desejáveis, e conta com um moderno laboratório que garante a rastreabilidade total do processo, sendo único do gênero entre todas as distribuidoras nacionais do setor. A planta de purificação foi construída no Centro Operativo (CO) de Capuava em Mauá, na Grande São Paulo, que possui localização estratégica, próxima aos grandes centros consumidores. A Liquigás também investiu na estrutura logística de distribuição do Purogas. O propelente conta com uma frota de veículos dedicados, sendo entregue pronto para o uso, de acordo com a especificação do produto de cada cliente. Premier Pack A fabricante de embalagens de vidro e especialista no fornecimento de serviços de criação e decoração procurou destacar a recente parceria com o Grupo Quadpack, de Barcelona, que ampliará seu portfólio de soluções em embalagens para o segmento de skin care e make up. “Queremos levar ao mercado as melhores soluções em embalagens, com produtos personalizados, inovadores e exclusivos, que se adequem às mais variadas necessidades”, falou Marcelo Falcão, diretor comercial da Premier Pack. MAIO/JUNHO 2015 • Packing Cosmética