Revista Packing Cosmetica 112

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packing cosmética nº 112 - Ano XVII - R$ 40,00

www.cosmeticanews.com.br

BELEZA MASCULINA Vaidosos ou não, eles sabem o que querem. Uma visão dos homens sobre sua relação com os produtos de beleza e suas embalagens

PRODUTIVIDADE vs ATRAÇÃO

Fornecedores de cartuchos encaram este dilema sobre o que priorizar em suas linhas de produção


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edição 112 ano XIX

PACKING COSM

ÉTICA Nº 112

WWW.COSME

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FALANDO DE MARCA Seguindo sua proposta, e com embalagens desafiadoras e marcantes, Under Skin apresenta linha de cuidados para a pele.

BELE MASCULINZA A Va

idosos ou eles sabem não, querem. Um o que a dos homen visão sua relação s sobre produtos de com os bele suas emba za e lagens

FALANDO DE MARCA Água de Cheiro lança fragrância com frascos e cartuchos decorados em hot stamping e tampa em formato de flor.

PRODUTIVIDA DE vs ATRAÇÃ O

BRIEFING Com a linha Cinderela, Biotropic convida as consumidoras a se sentir dentro do mundo mágico da personagem.

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- Ano TICANEWS.CO XVII - R$ 40,00 M.BR

CATEGORIA Será que as embalagens evoluíram no mesmo ritmo dos produtos de Tratamento Capilar? Consumidores, cabeleireiros, indústria e fornecedores respondem.

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COLUNA

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ARTIGO

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FORNECEDOR

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ATUALIDADE COSMÉTICA WORKSHOP

PRÊMIO ATUALIDADE COSMÉTICA Avaliações para definir os melhores do ano já foram iniciadas e o evento entra em sua reta final de preparação.

FOCUS GROUP Chegou a vez de os homens expressarem suas opiniões acerca dos produtos de Higiene e Beleza e da funcionalidade de suas embalagens.

MERCADO

editorial

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express

Renovar a linha de produtos de uma empresa é um processo cíclico e necessário, que também requer alguns cuidados.

Produtos de beleza comercializados no México exploram as curvas femininas nas embalagens, como forma de valorizá-las.

Frascomar mantém crescimento com uma estratégia de participar de maneira mais ativa da construção dos projetos de seus clientes.

Um resumo sobre o que de melhor aconteceu nas edições de agosto, que abordaram a categoria de Proteção Solar e o canal Venda Direta.

Fornecedores de cartuchos procuram encontrar meios para oferecer itens atrativos ao mercado, mas sem se esquecer da produtividade.

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Fornecedor es de cartu sobre o qu e priorizar chos encaram este em suas lin dil has de prodema ução

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painel


Patrocínio Diamante:

Patrocínio Ouro:

Patrocínio Prata:


a sorte está lançada!

10/11/2015 – TEATRO BRADESCO Venha conhecer os melhores de 2015. Adquira seus ingressos. www.premioatualidadecosmetica.com.br

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editorial

Olhos (cada vez mais) abertos

E

m tempos em que os desafios têm aparecido em diversas frentes por conta do momento conturbado vivido pelo mercado, algumas atitudes têm ganhado cada vez mais valor no dia a dia e nas ações das companhias. Isso pode explicar – em parte – o fato de que, mesmo que o desempenho em alguns segmentos estejam apresentando números negativos, há empresas que têm conseguido alcançar índices surpreendentemente positivos. É o caso da Frascomar, fabricante de frascos plásticos, que passou a adotar um modelo de pensar e operar seu negócio em que ela está junto aos clientes, porém um pouco mais à frente, buscando os projetos que serão colocados em ação dentro de um ou dois anos. Esta proatividade demonstrada por esta empresa junto aos seus clientes é um dos pontos-chave para superar este momento. Estamos falando aqui da necessidade de estar cada vez mais próximos de seus clientes, conhecendo suas demandas para, desta forma, saber exatamente quais passos dar. Este é exatamente o mesmo caso vivido pelos fornecedores de cartuchos. Além disso, eles ainda enfrentam o dilema de optarem por investir em acabamentos chamativos ou cuidarem prioritariamente de sua produtividade. Para suprir esta dúvida, fazer parte desde o início de todo o processo produtivo pode ajudar – e muito – em como conseguir dosar estas duas questões. É preciso pontuar que o design também exerce um papel fundamental para isso, tanto para oferecer atração ao consumidor como para ajudar na linha de produção.

Fundador: José Luiz de Paula Jr. Publisher: Aûani Cusma de Paula Diretora: Sueli Cusma

A participação efetiva de todos os elos da cadeia produtiva tende a trazer bons frutos para qualquer área. Fora isso, há ainda a atenção que é preciso ser dada em relação ao que o consumidor está demandando no momento. Tratamos de dar ouvidos a praticamente todos os elos produtivos dentro da categoria de Tratamento Capilar. Nosso intuito foi saber como estão as embalagens destes produtos e se elas evoluíram na mesma toada das formulações e das tecnologias aplicadas nestes itens. Para isso, trouxemos à tona a visão de um cabeleireiro, uma consumidora final, da indústria cosmética e de fornecedores de embalagens. Todas essas opiniões têm de tudo para servir como aporte para que os fabricantes de embalagens saibam se os frascos, tampas e aplicadores estão satisfazendo àquelas que querem cuidar de seus fios com praticidade. Aporte é o que estamos proporcionando, mais uma vez, com a seção Focus Group. Desta vez, escolhemos os homens, para poder falar como é a relação deles com os produtos de Higiene e Beleza, e o que pensam acerca das opções existentes em termos de embalagens. Tivemos as opiniões de nove homens, dos mais variados estilos e com rotinas bem distintas entre eles. Foi extremamente interessante saber como se portam com estes produtos. Temos certeza de que, nas próximas páginas, você poderá acessar a um rico material, que pode lhe trazer insights interessantes em um tempo tão duro como o de agora. Boa leitura!

Editor Assistente: Rafael Mendonça (rafael@cusmaneditora.com.br)

Impressão: Serzegraf

Reportagem: Larissa Gutierres (larissa@cusmaneditora.com.br)

Para anunciar, ligue: (11) 3392-2584 Circulação e Assinaturas: assinaturas@cusmaneditora.com.br

Design Gráfico: Eber F. Almeida Capa: Fotos Divulgação

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Gerentes de Vendas: Eufrazio B. Lauton (lauton@cusmaneditora.com.br) Wanessa Cristina (wanessa@cusmaneditora.com.br)

Packing Cosmética é uma publicação bimestral da Cusman Editora Especializada Ltda. CNPJ: 04.314.937/0001-92

Gerentes de Marketing Jenifer Vieira (jenifervieira@cusmaneditora.com.br)

Outras Publicações:Atualidade Cosmética, ABI Cosmética, Atualidade Cosmética Workshop, Prêmio Atualidade Cosmética e Cosmética News

Os artigos publicados nesta revista são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião de seus editores.



express

Efeito Mate Um só produto que reúne praticidade, sofisticação e beleza. Com essa proposta, a Payot acaba de lançar o Batom Líquido Mate, indicado para a mulher moderna, jovem, que gosta de novidades e segue as tendências da moda. De secagem rápida, supercobertura e textura aveludada, sua fórmula ainda oferece maior durabilidade, acabamento impecável e cores intensas. O Batom Líquido Mate Payot está disponível em seis cores, que vão do nude ao roxo e vermelho intenso, desenvolvidas para agradar a todos os gostos. São elas: Boca Chic (nude), Rosa Miss, Uva Doce, Lilás Paixão, Roxo Mania e Vermelho Rock. O frasco, de san gel, a tampa (PP) e a haste (PE) foram fabricados pela Kilimplast. Distribuição: farmácias e perfumarias. Preço: R$ 21,90. SAC: 0800 16 4711. Site: www.payot.com.br

Coleção Francesa A Jequiti lança três novos perfumes masculinos da coleção Francesa: Champs I, II e III, que traduzem o espírito campeão dos heróis franceses do século XIX. O perfume Champs I é um amadeirado elegante que traz nas notas de saída a maçã, o cardamomo, o limão e o bergamota. As notas de corpo são gengibre, violeta, cedro e gerânio e as notas de fundo são couro, âmbar, patchoulli e cedro. O Champs II apresenta o caminho olfativo fougere sensual, que tem as notas de saída como a bergamota, cardamomo, limão, pimenta rosa e gengibre. A nota de corpo traz fresia, violeta e jasmim. Já as notas de fundo apresentam âmbar, cedro, musk, patchulli, sândalo e vertiver. A fragrância Champs III é da família olfativa fougere vibrante. As notas de saída são bergamota, limão, acorde cítrico e mandarina, de corpo são jasmim, gardênia, lavanda, e de fundo são benjoin, cedro, musk, âmbar e sândalo. O frasco, de vidro, foi produzido pela SGD e a tampa, de alumínio, pela Bristol. Distribuição: venda direta. Preço: R$ 62,90 (100ml – cada). SAC: 0800 776 7575. Site: www.jequiti.com.br

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Fanáticos por futebol A Biotropic dá o ponta pé inicial em uma nova linha de produtos com o lançamento de kits para representar os principais times paulistas e cariocas: Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco. Para cuidar do visual dos torcedores mais fanáticos, o kit da linha ‘Times’ contém shampoo (250ml) e condicionador (250ml) com embalagem diferenciada em formato de busto vestindo a camisa do clube, e um sabonete (70g) em barra em forma de bola de futebol. Desenvolvidos para atender às necessidades dos homens, os itens contam com agentes vegetais e fragrâncias agradáveis. Tanto o shampoo (sem sal) quanto o condicionador possuem silicone em sua formulação e são ideais para higienizar os cabelos masculinos, proporcionando brilho e maciez. Já o sabonete, promove a limpeza e a hidratação natural da pele com um delicioso perfume. O cartucho cartão tríplex 330 foi impresso pela Gráfica 43. A Frascomar desenvolveu o frasco (PEAD) e a Nek Packing a tampa (PP). O rótulo termoencolhível (sleeve) é de PET, e foi produzido pela CCL Label. Distribuição: perfumarias, farmácias e supermercados. Preço: R$ 19,90 (kit). SAC: 0800 702 1701. Site: www.biotropic.com.br

Ação anti-odor por até 72h A marca Monange amplia sua linha de desodorantes com o lançamento de Monange Protect Oil 72h, nas versões rollon e aerossol com toque seco e fragrância floral frutada. A novidade chega ao mercado com fórmula que, além de garantir proteção – com ação anti-odor por até 72h –, proporciona hidratação às axilas com o ativo exclusivo Protect–Oil. Os novos produtos ajudam a regular a transpiração excessiva que causa o mau-odor e nutrem até a segunda camada da pele, proporcionando axilas mais bonitas e protegidas. Além disso, sua composição não contém álcool. Sobre o desodorante aerossol: o tubo de alumínio foi produzido pela Tubez, Impacta e Exal e a tampa (PP) pela Fadeva e Coster. O rollon tem a tampa e o frasco, ambos fabricados em PE – e o rótulo (PP), fornecidos pela Oxyplas. Distribuição: supermercados, farmácias e perfumarias. Preços: R$ 4,90 (roll on) e R$ 6,90 (aerosol). SAC: 0800 011 1145. Site: www.monange.com.br.

julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


Chega de oleosidade Em 12 cores Desenvolvida para quem deseja transformar as madeixas e deixá-las mais estilosas, a linha de tonalizantes Raiz Latina chega ao mercado com uma fórmula exclusiva. Com quartenário de mel e tecnologia Angstrom, o tonalizante permite a perfeita inserção da cor na fibra, além de condicionamento e brilho intenso. Disponível em 12 cores, sem amônia, o tonalizante Raiz Latina diminui o risco de alergias, coceiras e irritações, além de reunir quatro benefícios em um único produto: colore sem comprometer a fibra, garante 80% de cobertura dos cabelos brancos, proporciona maciez e revigora a cor do cabelo oferecendo um brilho natural invejável. O tonalizante Raiz Latina foi especialmente desenvolvido para quem deseja uma aparência mais saudável e jovem para os cabelos e também para quem busca prolongar o resultado das colorações permanentes. As bisnagas são de alumínio e as tampas de PE. Ambos fabricados pela Impacta Brazil. Já os cartuchos – de cartão – são produzidos pelas Indústrias Santim Artes Gráficas. Todas as embalagens são recicláveis. Distribuição: profissional. Preço: R$ 24. SAC: (12) 3933-1146. Site: www.raizlatina.com.br

A vez dos cacheados Salon Line desenvolveu finalizadores com tratamento intensivo para deixar os cabelos ainda mais saudáveis e fortalecidos: a linha de Cremes para Pentear. Possui textura cremosa que penetra no interior dos fios, nutrindo as camadas mais danificadas logo na primeira aplicação. Está disponível em três versões: Brilho Máximo com Óleo de Manga, Óleo de Argan e colágeno, que é indicado para cabelos cacheados, crespos ou volumosos. Com efeito antifrizz, modela, hidrata e repara os fios. O creme de Reconstrução Intensa leva Óleo de abacate, Óleo de coco e Óleo de Argan em sua composição e é indicado para cabelos fragilizados e quebradiços, pois repara os danos, proporciona força máxima e previne pontas duplas. Já a versão Hidratação Profunda, que leva Óleo de Ojon, Óleo de Buriti e Óleo de Macadâmia, promove nutrição máxima, efeito antifrizz, ação anti-ressecamento e não pesa os fios. Ideal para cabelos danificados, ressecados e opacos. Os frascos (400ml e 1kg) em PEAD são fabricados pela Frascomar, enquanto que a Qualinjet fabrica as tampas em PP. Distribuição: profissional. Preços: R$ 8 (400 ml) e R$ 16 (1kg). SAC: (11) 4134-2727. Site: www.salonline.com.br

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A pele oleosa e acneica é o principal motivo de visita aos consultórios dermatológicos. Sabendo disso, a Darrow Dermocosméticos, do grupo Pierre Fabre, lança o Actine Loção Adstringente. O produto que chega para completar todas as etapas das "manias de cuidados" da linha mais famosa da marca: Actine. O Actine Loção Adstringente proporciona ação profunda nos poros aliada a uma ação antibrilho sem ressecar a pele. Graças à presença do PCA de Zinco, o produto garante o controle da oleosidade por até quatro horas. Sua fórmula não contem álcool o que minimiza a irritação da pele. Além disso, o produto de promove ação calmante em função do Alfa Bisabolol. Actine Loção Adstringente contém ácido salicílico que desobstrui os poros e o complexo alfahidroxi-ácidos que é capaz de estimular a renovação celular, garantindo uma pele saudável e com viço. A Spiltag produziu o frasco em PET, e a tampa flip top 24/410 em PP. Distribuição: farmácias. Preço: R$ 34,90. SAC: 0800 021 8150. Site: www.actine.com.br

96% de limpeza facial Under Skin – marca brasileira de dermocosméticos com tecnologia Italiana recém-lançada – desenvolveu uma linha de limpeza e tonificação. E o primeiro ritual para ter uma pele saudável é fazer a limpeza com o U.SK Cleanser, sabonete facial para todos os tipos de pele que limpa até 96,1% das sujidades da pele. Testado dermatologicamente e hipoalergênico, U.SK Cleanser tem na combinação – e em altas concentrações – de ativos seu principal diferencial: extratos de calêndula, extrato de camomila, extrato de erva doce, extrato de hamamélis, glicerina, e polímero W25. Com essa combinação exclusiva, U.SK Cleanser é bem concentrado – uma única gota misturada com água é suficiente para limpar o rosto todo – e regula a flora da pele. Livre de corantes, sulfatos, amidas, parabenos e esfoliantes sintéticos, o sabonete facial apresenta frascos com design exclusivo. O frasco PET e a válvula pump PP são produzidos pelo Grupo Albéa. Distribuição: farmácias. Preço: R$ 99 SAC: 0800 728 9700.

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falando de marca

under skin

Sofisticação à altura Em linha com sua proposta, marca premium Under Skin traz nova linha de cuidados para a pele, com embalagens desafiadoras e marcantes Larissa Gutierres

A

Under Skin, marca brasileira de dermocosméticos lançada há poucos meses no mercado, apresenta sua nova linha. Revitalizing é composta por dois séruns (U.SK Miracle Awake Serum e U.SK Desire Sculpt Serum) e quatro elixires (U.SK Elixir Infusion Pearl&Caviar, Precius Elixir Infusion Colloidal Gold, Precius Elixir Infusion Platinum e Precius Elixir Infusion Diamond). Os itens, sozinhos ou em combinações, promovem renovação, remineralização, reposição e regeneração cutânea. Os produtos são a continuação de cuidados específicos para a pele e fazem a prevenção contra os processos de envelhecimento cronológico. Segundo Silvana Masiero, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da marca, os

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produtos da linha Revitalizing possuem raras coleções (pérola, caviar, ouro, platina e diamante), com os benefícios da nanotecnologia direcionada para cuidado da pele em todas as idades. “Não estamos colocando na pele metais. Esses ativos não estão presentes na linha para dar glamour ou luxo, eles exercem ação fisiológica profunda por estarem nanoencapsulados”, ressalta. Desenvolvimento complexo Entre embalagem e formulação, este projeto foi um grande desafio para a U.SK. “A exclusividade e identidade das nossas embalagens, juntamente com cuidado de nossas formulações, representam a diferenciação capaz de demonstrar todo potencial de nossos produtos”, afirma Silvia Iha, líder e especialista de Embalagens da Under Skin. As embalagens possuem mecanismos diferenciados e seu processo de criação e desenvolvimento demorou cerca de um ano para ser concluído. Cada item foi tratado como projeto específico, considerando a harmonia com a formulação a serem acondicionadas, praticidade de aplicação, segurança do produto e inovação em design. Elas foram feitas buscando novas tecnologias em outros países, além de diversos testes. “Entendemos que a embalagem de qualquer produto é a identidade do mesmo e não poupamos esforços para trazer o que o mercado oferece de melhor em qualidade e inovação. Pesquisamos no mundo todo as novas tendências, e cada detalhe foi profundamente discutido para que nossa embalagem representasse a Under Skin”, ressaltam a gerente da marca. “Visitamos diversos fornecedores, viajamos para outros países e iniciamos

a concepção do projeto buscando a ousadia, inovação e qualidade. Desenvolvemos o shape do frasco molde exclusivo da Coleção Cleaning & Toning, estabelecemos padrões técnicos como espessura de parede do frasco, terminação adequada do gargalo, matérias-primas de origem 100% virgem e finalizamos com acompanhamento do processo de produção para ajustes de cada detalhe em linha”, complementa. Na Coleção Revitalizing, o frasco de vidro com capa metálica proporciona o acondicionamento adequado e exigido para os elixires com pedras preciosas e séruns com DensylRepair e TensylTech. O conta-gotas e sua capa metálica favorecem a sutil dispensação do produto. Os cartuchos seguiram as tendências internacionais, de formatos, cores e acabamentos de superfície. Foi utilizado cartão tríplex laminado, com gramatura diferenciada para garantir a proteção externa do produto, acabamento UV, relevos e nichos internos. O livreto, desenvolvido internamente pela marca, foi cuidadosamente trabalhado em papel especial, que trazem informações de toda a linha em português e mais quatro línguas (inglês, francês, espanhol e italiano). Os frascos (vidro e metal) e os droppers (conta-gotas, formado por cânula e tampa) foram fabricados pela Toly, já os cartuchos pela Box Print. Silvana declara: “Pesquisamos por componentes que acompanhassem a qualidade e harmonia de nossos frascos”, e continua: “Encontramos em tendências internacionais o frasco de vidro com capa metálica acompanhado do dropper conta-gotas com a funcionalidade e sofisticação exigida para o produto.” Na visão da marca, as embalagens desenvolvidas são como joias que reproduzem a identidade do artista. julho/agosto 2015 • Packing Cosmética



falando de marca

áGUA DE CHEIRO

Bela como uma flor Com tampa em formato de flor e frascos e cartuchos decorados com hot stamping, Água de Cheiro apresenta sua nova fragrância, inspirada na feminilidade da mulher brasileira

desenvolvida pela Aeger Perfumes e Cosméticos, e está disponível na volumetria de 100 ml. Peso para a companhia Evidencia-se que o lançamento de Bella Flor é de extrema importância para a Água de Cheiro. “Dedicamos a maior atenção ao desenvolvimento do projeto como um todo, envolvendo embalagem, fragrância e todos os componentes do produto e da comunicação para transmitir o conceito”, acrescenta Olindo. Tanto o cartucho quanto o frasco foram decorados com hot stamping, que faz o efeito metalizado, para escrever o nome do produto. Este recurso traz sofisticação, e a fonte utilizada transmite a elegância e feminilidade que o item merece. Além da aplicação de rosas na tampa, o cartucho do perfume também é decorado com uma sutil estampa floral. O frasco e a tampa são importados e o cartucho foi fabricado no Brasil, pela Skygraf.

Larissa Gutierres

A

Água de Cheiro, que pertence ao Grupo C&C, traz mais uma novidade: o floral frutado Bella Flor. Na visão da marca, esta é uma verdadeira homenagem à beleza, delicadeza e feminilidade. Como o próprio nome diz, o perfume foi inspirado nas flores, simbolizando o espírito da mulher alegre, espontânea e naturalmente bela. Sua saída é envolvida pela flor oriental, seu corpo combinado com o buquê floral, e por fim, sua finalização é dada com um toque de Especiarias. “Bella Flor é o lançamento feminino mais importante do ano para a Água de Cheiro. É a criação de um novo pilar dentro da marca, uma fragrância elegante, inspirada nas flores para homenagear a beleza natural da mulher brasileira”, contextualiza Olindo Junior, gerente de Marketing da marca. Entretanto, o que mais chama a atenção é sua embalagem, que possui uma pequena e delicada flor na tampa. O gerente explica: “Quando iniciamos o projeto do lançamento de Bella Flor, buscamos um frasco diferenciado, que transmitisse feminilidade e elegância, que é o conceito do produto; e isso

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Bella Flor traz um desafio técnico em sua construção, principalmente pela tampa – em formato de flor. “Em todos os projetos, encontramos desafios. Materializar um conceito abstrato em um produto exige diversos estudos, desde cor, tipologia, posicionamento etc. Um perfume é construído de forma a transmitir um conceito em todos os aspectos: embalagem, fragrância, cor, aplicação, campanha etc”, afirma Olindo. casa perfeitamente com a fragrância Floriental. As flores da tampa, em tons de rosa, evidenciam esse conceito e se destacam no ponto de venda, já que a fragrância tem um aroma muito agradável, leve e delicado. Então, pensamos em levar essa sensação para a embalagem também.” A fragrância foi

Uma fragrância que veio para exalar e exaltar a feminilidade que existe dentro de casa mulher. Todos os detalhes do produto foram pensados para evidenciar o conceito principal: Bella Flor é um produto feminino e elegante, inspirado nas flores para enaltecer a beleza natural da mulher brasileira. De fato, uma Bella Flor. julho/agosto 2015 • Packing Cosmética



Briefing

Biotropic

Para dias de princesa Sempre visando oferecer produtos com embalagens inovadoras, a Biotropic apresenta a linha Cinderela, com frascos e tampas diferenciadas, e que Rafael Mendonça demandaram alguns desafios em seu desenvolvimento

S

e no enredo desta antiga história – que encanta as meninas até hoje – a beleza de Cinderela causava inveja, a Biotropic quis manter esta essência na hora de desenvolver as embalagens da coleção, inspirada no filme da Disney. O intuito não é causar o chamado “olho gordo”, mas sim exercer um forte poder de atração. Mais do que isso, a companhia procurou oferecer tudo o que uma garota precisa para se tornar uma verdadeira princesa, 14

com embalagens exclusivas, sendo algumas em formato de castelo. Na visão de Patrícia Corsi, coordenadora de Marketing da Biotropic e responsável pelo desenvolvimento da linha, os produtos vão atrair desde fãs mais antigas até as mais atuais. “A Cinderela é uma paixão que passa de geração em geração, por isso cuidamos de cada detalhe da coleção com toda dedicação para que os produtos tivessem um pouco do encanto e magia da personagem”, observa.

A linha é composta por shampoo, condicionador, creme para pentear, loção hidratante – estes quatro com formato de castelo –, máscara de hidratação capilar, gel glitter para corpo e cabelo e body splash com fragrância de Jasmin e Lírio do Vale. Todos os itens foram desenvolvidos com ativos suaves, que tratam e cuidam da pele e dos cabelos. Enriquecidas com Extrato de Calêndula, as formulações são hipoalergênicas e todas testadas dermatologicamente. julho/agosto 2015• Packing Cosmética


aspecto lúdico: Biotropic quis proporcionar às consumidoras um produto que traduzisse em todos os sentidos o mundo mágico de Cinderela.

Os componentes das embalagens de todos os produtos – desde frascos e tampas, e chegando aos rótulos e cartuchos – que compõem a linha foram desenvolvidos com referências do “guide” da personagem, sendo a maior influência para o desenvolvimento dos elementos e cores, de acordo com Patricia, remetendo ao clássico Cinderela. “A ideia era proporcionar às consumidoras um produto que traduzisse em todos os sentidos, o mundo mágico e encantador de um dos maiores Contos de Fadas de todos os tempos. Desta forma, foram desenvolvidos os rótulos e cartuchos para compor a linha”, explica ela. Visando sempre inovação A busca da Biotropic em trazer sempre embalagens com formatos inovadores e diferenciados ao mercado se deve basicamente ao ideal implementado por Marconi Arruda Leal, diretor Presidente da www.cosmeticanews.com.br

empresa. Mas, é óbvio que, para tudo isso ser concretizado, depende de um desempenho em conjunto. No caso da linha Cinderela, o trabalho de viabilidade técnica do projeto da embalagem em formato de castelo, foi desenvolvido por Aguinaldo Soares, diretor da agência parceira VY2. “A Biotropic é uma empresa inovadora e parte do seu sucesso está em disponibilizar para o mercado produtos de qualidade com embalagens diferenciadas. E para os consumidores, produtos que fazem parte do seu universo e que proporcionam um momento agradável na hora do banho”, reforça Patrícia. Na coleção Cinderela, a companhia aponta como diferencial a tampa, feita de Polipropileno, que visa proporcionar uma interação lúdica e faz o produto se tornar um artigo de desejo entre as meninas. Ao lado de Aguinaldo, da VY2, Dilson Nascimento, diretor de Novos Negócios da Biotropic, foi

responsável pelo design dos sleeves, que viabilizaram tecnicamente o projeto da embalagem em formato de castelo. “Uma das principais preocupações, além do design, era criar um frasco soprado de baixo custo. Para isso, realizamos alguns estudos e desenvolvemos dois moldes de injeção, sendo uma tampa Flip Top e uma coroa, confeccionada com uma dobradiça, que tornam a peça mais leve e com preço atrativo”, relembra Nascimento. Além da tampa, em PP e que é produzida pela Bral-Max, os demais componentes que compõem as embalagens da linha Cinderela são: frasco, em PEAD, fornecido pela Frascomar, e rótulo em BOPP termoencolhível (sleeve), fabricado pela CCL Label. “As embalagens são lúdicas, possuem um apelo visual muito grande e mantém as mesmas características e praticidade de um frasco cilíndrico”, finaliza Patrícia. 15


categoria

tratamento capilar

No passo da evolução Consumidores, cabeleireiros, indústria e fornecedores discutem sobre como as embalagens de produtos de Tratamento Capilar evoluíram ao longo do tempo, e Rafael Mendonça se foi no mesmo ritmo dos itens que compõem a categoria 16

julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


S

ua variedade chega a parecer ilimitada. Basta olhar para as gôndolas de um supermercado, farmácia ou perfumaria, por exemplo, para visualizar a grande quantidade de produtos destinados aos cuidados com os cabelos. Mas não foi só o número de empresas atuantes nesta categoria que cresceu. A própria categoria também evoluiu com o passar do tempo, com a inclusão de diversos itens nas linhas. Ou seja, já não é de hoje que apenas shampoo e condicionador são suficientes para que as mulheres cuidem dos seus fios. Para auxiliar nesta evolução, devemos acrescentar que as brasileiras, culturalmente, sempre foram de dar muita atenção aos seus cabelos e, além disso, a miscigenação de nosso povo ajuda neste cenário, já que é possível verificar-se diversos tipos de cabelos. Tudo isso favorece o crescimento da categoria, que movimenta bilhões todos os anos, sobretudo por conta da quantidade de lançamentos. Diante disso, a indústria cosmética também tem sua parcela de contribuição, já que tratou de proporcionar evolução nas formulações dos produtos, com atributos para atender a todas as demandas existentes no mercado. Isso fez com que hoje se tenha inúmeras opções de qualidade à disposição. Mas, se os produtos evoluíram, as embalagens caminharam juntas nesta empreitada, certo? A resposta para este questionamento envolve diversos fatores. Primeiro, vamos pontuar que as características do consumo exercem influência em tudo isso. Sendo assim, devemos ressaltar que há uma boa disparidade entre os produtos que são consumidos em casa e os profissionais, ou seja, aqueles que são utilizados ou vendidos em salões de cabeleireiros. www.cosmeticanews.com.br

Tentando acompanhar Na visão de Sylvio Rezende, hairstylist e visagista do salão de beleza Tony By Sylvio Rezende, as embalagens desde a década de 1990 têm mudado muito e elas eram de difícil manuseio. “As embalagens de máscaras eram todos potes redondos e de tampas de rosquear. Hoje existem centenas de opções. Infelizmente, nas linhas profissionais, as embalagens têm de ser mais estilosas, mais clean e de fácil manuseio. Por exemplo, as flip top estão na moda por serem fácil para o cliente usar, tais como as embalagens desk top. Ambas são de facílimo manuseio no banho. A embalagem e a personalidade do produto é definido pela sua roupagem. E nos salões até que isso não é tão importante, pois depende do profissional, já que a venda é mais direta devido à indicação”, analisa o profissional. Pelo lado dos fornecedores de embalagens, Gilson Bellucci, diretor Comercial da Frascomar, é incisivo em dizer que as embalagens para o segmento capilar evoluíram paralelamente aos produtos. Segundo ele, isso tanto no aspecto de “design”, como nas opções e adaptações das resinas plásticas, como: acabamentos e cores especiais, maior resistência ao “stress cracking”, maior “shelf life”, etc. Já na opinião de Tove Dahlstrom, coordenadora de Marketing da WestRock, ao mesmo tempo em que o consumidor busca produtos sofisticados, a indústria de embalagens tem evoluído de acordo com a necessidade da indústria de cosméticos. Para ela, se lançam formulações cada vez mais sofisticadas, a embalagem precisa acompanhar esta evolução, contribuindo com a busca por novidades para atender a essa necessidade. “Até não muito tempo atrás, a rotina de cuidados com

os cabelos se limitava a shampoo e condicionador. Os cremes para pentear entraram para a rotina de beleza dos cabelos não faz tanto tempo assim, e evoluíram para os leites de pentear, que ganharam aplicação em spray e logo vieram os óleos e séruns de tratamento, que caíram definitivamente no gosto dos consumidores, mas requerem formas de aplicação mais controladas e convenientes. Além disso, começamos a ver no mercado produtos para tratamento do couro cabeludo que exigem aplicação direcionada e, portanto, é uma linha de produtos em que a funcionalidade desempenha papel fundamental”, completa ela. Enquanto isso, a percepção de Denis Pietrangelo, gerente Comercial da Isos – que fornece frascos para a Triskle Cosméticos –, é um pouco mais distinta. Para ele, as embalagens utilizadas pelas empresas que fabricam e comercializam produtos capilares seguem atualmente o critério aceito pelo mercado, ou seja, muitas vezes o produto é identificado pela embalagem e ela não pode ser diferente para que a procura seja rápida nas prateleiras, citando como exemplo o reparador de pontas e óleos capilares. “Nestes casos, encontra-se o produto, comparase o preço, verifica a marca e escolhe. Quanto aos produtos cujo as embalagens são diferenciadas e vale a criatividade do fabricante, com certeza ela será o primeiro atrativo para o cliente. Neste caso, encontra-se a embalagem exclusiva, verifica novos produtos da linha e passa a conhecer. Se não for tão bom quanto à apresentação, será difícil uma segunda chance. Portanto, a embalagem existente hoje nas prateleiras, são fruto do que foi aceito, e o risco de mudança pode prejudicar a identidade e a conquista do consumidor ser perdida por esta falta de identidade”, avalia. 17


categoria

tratamento capilar

Ampla oferta Se existe uma grande variedade em termos de produtos e marcas voltadas para Tratamento Capilar, a indústria de embalagem se esforça para disponibilizar um bom número de opções também em termos de frascos, tampas e outros componentes. De acordo com a própria evolução do mercado, Mirelle Orpinelli, Regional Market Development – Personal Care Latin America da Aptar, diz que as embalagens de tratamento capilar evoluíram para embalagens mais premium com maior conveniência e controle de dosagem. Em linha com esta tese, ela cita alguns lançamentos que surgiram em resposta a esta realidade. “Lançamos recentemente no mercado a tampa Jar Lid, uma tampa flip top abre e fecha para que o consumidor não tenha de ficar rosqueando a tampa, e sim somente abrir e fechar com uma mão usando a tampa com a dobradiça. Além desta, também apresentamos a tampa push pull GLAM, que vem com um design totalmente novo em push pull e com uma trava de segurança para a tampa não abir por descuido, fazendo com que o produto que use a GLAM tenha total segurança para ser levada na bolsa ou mala. Sabemos por pesquisas de consumo que as consumidoras carregam seus produtos capilares, especialmente creme para pentear, na bolsa e elas tinham muito medo que a tampa abrisse”, cita, acreditando que neste mercado houve lançamentos de embalagens com bombas loções e spray, aerossol e até airless. Na opinião de Fábio Yassuda, CCO da C-Pack, a categoria apresenta frascos padrões e possui muitas apresentações, com volumes menores do que os tradicionais shampoo e condicionador, mas ele crê que não há escala suficiente para investimentos em moldes 18

para não vazar: tampa push pull da Aptar foi desenvolvida para o produto não abrir por descuido, evitando assim acidentes.

exclusivos, ou mesmo aplicadores – tampas exclusivas. No caso das bisnagas – carro-chefe da empresa catarinense –, ele afirma que é um tipo muito utilizado em tratamento e também em itens profissionais. No caso de categorias de lavagem, ele destaca que uma das poucos que utiliza bisnagas em shampoo e condicionador é a marca Ox. Fábio considera razoável a oferta de opções de embalagens. “Todavia a diversificação, ou alteração, sempre irá pressupor investimentos. Mesmo os grandes grupos internacionais que dominam o mercado estão bastante conservadores nos últimos meses, com a queda inclusive do segmento de higiene, fato inédito nas últimas duas décadas. De qualquer forma, os fornecedores têm o papel de continuar provocando o mercado no intuito de indicar a seus clientes opções inéditas e diferenciadas, seja no “shape” (formato) ou mesmo no tipo de aplicação”, observa. Por outro lado, na opinião de Carmen Marijuan, diretora Education e Desenvolvimento da Alta Moda é..., as empresas não lançam tudo o

que poderiam oferecer ao mercado consumidor – ávido e pronto a consumir –, devido à taxação que sofrem.“Por conta desta taxação, muitas vezes, a embalagem assume uma parte do custo do produto, pode até torná-lo inviável e por isso, nem sempre oferecemos tudo o que queremos ao consumidor”, lamenta a dirigente. Enquanto isso, Sylvio Rezende ilustra que, na Europa, as embalagens estão mais anatômicas e sofisticadas. “Verifiquei isso na última feira que teve em Bolonha (Itália). Por exemplo, não se usa mais embalagens adesivadas, pois dá um ar de simplicidade ao produto. Prefiro mais as embalagens tipo bisnaga, pois é fácil para o profissional. Os potes de rosca também são práticos, porém o aerossol é necessário em certos produtos, tipo spray livings. As marcas comerciais ainda estão muito simples, básicas nas embalagens, precisava melhorar ainda mais. Para as clientes, é muito mais fácil os produtos em bisnagas, flip top ou desk top, tanto em shampoo ou máscara. Já para os livings, silicones ou óleos, é melhor as julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


shampoo em bisnaga e gatilho trigger: inúmeras são as opções de embalagens para itens capilares. Resta saber qual cai no gosto dos consumidores.

embalagens com válvulas. Mas não é recomendado válvulas para shampoo ou máscaras, por não serem práticas para o uso doméstico”, sugere o hairstylist. Elo fundamental Nesta tentativa de acompanhar a evolução que a categoria Tratamento Capilar vem apresentando, tanto a indústria cosmética quanto a de embalagem sabem que não podem deixar de dar ouvidos a um importante elo da cadeia: as consumidoras. A Packing Cosmética também procurou escutar uma consumidora acerca da oferta existente em termos de embalagens nesta categoria. Na ótica da advogada Camila Has, as embalagens das máscaras deixam a desejar e dificultam a manipulação do produto, por conta de a maioria das tampas dos potes serem de rosca. “As bisnagas e frascos com tampa flip top, no caso de shampoos, condicionadores e máscaras, são mais práticos na hora do banho, pois facilitam a manipulação e evitam o desperdício do produto. Quanto aos leave-in www.cosmeticanews.com.br

e finalizadores, acredito que as embalagens ideais são os frascos com spray ou aerosol”, opina ela que, entre os atributos que busca em uma embalagem, praticidade, ergonomia e evitar o desperdício de produto, estão entre os principais. Tove Dahlstrom, da WestRock, lembra que, na opinião dos consumidores, como tratam-se de produtos de utilização em ambientes molhados, as embalagens devem ser, acima de tudo, seguras. “Desse modo, em relação a materiais e ergonomia, temos hoje uma cadeia de embalagens bem desenvolvida para atender à indústria. No quesito funcionalidade é onde estão as maiores oportunidades de evolução das embalagens. Recentemente dobramos nossa capacidade em válvulas de alta dosagem (2 ml) para shampoos e cremes de tratamento, bem como investimos em válvulas spray e dispensadoras para leites, séruns e óleos. Além disso, temos capacidade global para atender ao segmento, por exemplo com MiniTriggers. Hoje, nossas soluções em válvulas estão presentes nos

produtos mais vendidos das principais marcas da categoria”, lista a coordenadora de Marketing. Recentemente, a WestRock realizou uma pesquisa global, incluindo público em São Paulo, para entender especificamente os anseios em relação às embalagens de produtos para o cabelo. De acordo com Tove, a consumidora brasileira, principalmente em função da variedade de tipos de cabelos e da alta incidência de tratamentos químicos, é uma fonte riquíssima de insights para os desenvolvimentos da empresa. Entre as respostas obtidas, está o fato de que elas buscam alternativas que prolonguem a sensação de ter acabado de sair do seu profissional preferido. “As embalagens obrigatoriamente devem proporcionar essa sensação!Entendemos também que, além de proteger os produtos, os consumidores querem embalagens que sejam higiênicas, ou seja, não escorram e não deixem resíduos na tampa, que permitam controle sobre a quantidade utilizada de modo a não desperdiçar o produto 19


categoria

tratamento capilar

e que seja confortável de utilizar, preferencialmente com uma única mão, facilitando a aplicação”, pondera. Entre os outros retornos alcançados, está que 36% dos consumidores dizem que a marca é importante na satisfação com um produto, mas que 31% dão essa mesma importância à embalagem. Além disso, 37% dos pesquisados escolheram um novo produto porque a embalagem chamou a atenção na hora da compra, mas esse mesmo percentual comprou novamente um produto em função da satisfação com a embalagem no momento de uso. Gilson Bellucci, da Frascomar, brinca dizendo que são “obrigados”, junto com os seus clientes, a fazer corretamente a leitura dos desejos, anseios e expectativas dos consumidores com relação às embalagens. “Desde o desenvolvimento de uma embalagem com ‘toque acolhedor’ (soft-touch), até estudos aprofundados de cores adequadas para cada produto. Isto se faz a quatro mãos, especialmente através da forte integração/comunicação entre as áreas de Marketing das empresas”, endossa o diretor Comercial. Para exemplificar a influência exercida pelos consumidores no trabalho da C-Pack, Fábio cita o caso do tubo de diâmetro 60 mm. Ele lembra que a companhia não apostava que esta embalagem, apesar do conceito econômico, daria certo na categoria capilar por conta do tamanho. Cita que na Argentina, a empresa conta com embalagens de maior volume pela aceitação do mercado, com frascos de shampoo e condicionador de até um litro. “Em pesquisas simples junto a consumidores e painéis de discussões com clientes, sempre foi 20

tove dahlstrom, da westrock: nesta categoria, as embalagens devem ajudar a proporcionar a sensação de que as consumidoras acabaram de passar com seu profissional preferido.

nossa leitura de que este tipo de embalagem não traz conveniência por ser pesada e algumas vezes necessita ser levantada com as duas mãos, podendo escorregar, cair, partir a embalagem pelo peso do conteúdo ou danificar o aplicador/ tampa. Todavia, o sucesso do lançamento da Ox contradiz toda a teoria”, revive o CCO. Aplicação certeira Devemos pontuar ainda que o desempenho e a evolução das embalagens que atuam com itens de Tratamento Capilar se devem ao papel de um componente em especial, os aplicadores. Sua função é essencial para uma boa atuação do produto como um todo. Tove observa que é justamente na forma de aplicação que as embalagens se diferenciam. Além disso, exalta que as consumidoras querem conveniência e praticidade.

“Elas também querem levar seu produto preferido consigo. Isso significa uma demanda cada vez maior por embalagens seguras e resistentes para evitar danos. Para isso são necessários mecanismos de travamento para não abrir acidentalmente na bolsa e proporcionar uma aplicação sem sujeira. Os sprays devem ser finos e garantir cobertura de todos os fios. As tampas devem ter mecanismos de dosagem para evitar derramamentos e uso de quantidade excessiva de produtos. Há também a família de aplicadores diretamente no couro cabeludo, no caso de tratamentos para crescimento, calvície e outras condições clínicas. Para isso, sprays com extensores são excelente opção”, exemplifica a coordenadora de Marketing da WestRock. Denis Pietrangelo, da Isos, dá outro exemplo de evolução em termos de aplicadores. “Temos o creme de pentear, que iniciou no mercado com grande proporção utilizando as tampas de rosca com o bico aplicador com a tampinha pequena em uma alça, e foi modernizada quando mudaram para as tampas Push Pool, que facilitou a utilização e manuseio.” Por fim, Gilson Bellucci, da Frascomar, considera que existem boas opções no mercado em relação a aplicadores, como válvulas pump, dispenser, gatilhos trigger, entre outros, porém, afirma que ainda dependemos de algumas importações. “Existem empresas aqui no Brasil com intenções de ampliar as capacidades produtivas e números de itens, porém aguardam melhores condições da nossa economia. De qualquer forma, através de produtos importados ou nacionais, estamos bem servidos, mas o mercado ainda quer mais”, finaliza o dirigente. julho/agosto 2015 • Packing Cosmética



evento

prêmio atualidade cosmética

Preparativos finais Está chegando a hora do 23º Prêmio Atualidade Cosmética, o evento que premia sempre os principais produtos, marcas e profissionais da Larissa Gutierres indústria de beleza do País

A

s inscrições para o 23º Prêmio Atualidade Cosmética já estão encerradas. Até o dia 28 de agosto, mais de 40 empresas cadastraram seus produtos lançados entre 2014 e 2015. Serão seis grupos divididos por categorias: Pele, Maquiagem, Banho

Patrocínio Diamante:

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e Higiene, Cabelo, Perfumaria Latinoamericana e Perfumaria Internacional. É o evento do ano para os grandes nomes do mercado de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos do Brasil. A premiação acontecerá no dia 10 de novembro, no Teatro Bradesco, em São Paulo.

Patrocínio Ouro:

Os grupos de avaliação serão formados da seguinte forma: Pele (Tratamento Facial, Tratamento Corporal e Skin Care-Distribuição Seletiva), Maquiagem (com Maquiagem-Distribuição Seletiva, Linha/Coleção de Maquiagem e Inovação em Produto de Maquiagem),

Patrocínio Prata:

maio/junho 2015• Packing Cosmética


Banho e Higiene (Higiene/Beleza Masculina e Infantil/Kids), Cabelo (Higiene e Beleza Capilar), Perfumaria Latino-Americana (Masculina e Feminina) e Perfumaria Internacional (Masculina e Feminina). Jenifer Vieira, organizadora do evento, explica a importância do PAC para o desenvolvimento do setor. “Quando a indústria coloca os produtos que ela produziu (durante um período) para serem criticados, avaliados pela equipe do Prêmio Atualidade Cosmética, é possível ter uma imagem fotografada do que aconteceu naquele ano. De como foi comportamento profissional das marcas.” O Brasil está vivendo uma forte crise financeira, mas nem todos os lados dessa situação são negativos. “Se foi um período de crise, por exemplo, a gente consegue ver, por meio dos produtos, como ela afetou o mercado. Com o Prêmio, é possível avaliar também o nível do profissional, do desenvolvimento do produto, apesar do momento em que o País está vivendo. É possível notar toda a criatividade colocada nos itens”, diz. O evento também faz com que os profissionais compartilhem suas ideias, seus produtos inovadores, o que é realmente um diferencial. “Quando estamos em crise, a gente percebe a indústria mais criativa. É pouca verba para execução de um produto que tem de ser bacana. Os projetos são mais estudados, planejados nesses períodos. É preciso encantar o consumidor”, complementa Jenifer. Novos e bons “intrusos” Em 2015, novas empresas se inscreveram para a premiação, como a Bioscientific, Bioart, Korres, Nutrimetics, DNA Italy, MAC, Go Man, entre outras. As avaliações se

cobiçado: mais de 40 empresas cadastraram seus produtos, visando a conquista do desejado troféu.

iniciaram no dia 9 de setembro, e são auditadas pela TG&C Auditores, dentro dos laboratórios da Faculdade Oswaldo Cruz, na cidade de São Paulo. Este grupo avaliador conta com a presença de diversos técnicos, consultores, professores químicos e farmacêuticos, alunos, jornalistas e blogueiras que julgarão cada item participante. O resultado é confidencial, e será revelado apenas durante a cerimônia. O PAC é organizado pela revista Atualidade Cosmética, da Cusman, e tem importantes patrocinadores, como a Patrus Transportes (patrocínio diamante), Antilhas (patrocínio ouro) e Wheaton, Orlandi e Kosmoscience, com patrocínio prata. Assim como em 2014, estão previstas premiações para 24 categorias, entre produtos, empresas e profissionais. A novidade do ano é o portal www. premioatualidadecosmetica.com.br, onde os interessados terão acesso a todas as informações do Prêmio, como regulamento, fotos, notícias. Além

Apoio:

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disso, é possível relembrar todos os vencedores de 2014. Um dos principais objetivos do PAC é alcançar todas as empresas, marcas do mercado brasileiro, independentemente do tamanho ou lugar. Isso é comprovado pelo fato de as inscrições serem gratuitas, ou seja, todos podem participar. “O Prêmio, que já está no mercado há mais de 20 anos, é uma iniciativa consolidada e que precisa do apoio de todos. Quanto mais participantes se inscreverem, melhor o mercado vai ficar. Hoje, nós conquistamos o terceiro lugar de beleza no mundo. E isso graças a esse perfil que o brasileiro tem de ser um povo curioso, empreendedor. Que gosta de se cuidar, de compartilhar informações e o Prêmio Atualidade Cosmética vai ao encontro disso. Desejo sempre que todas as empresas participem, porque é um grande encontro do mercado, uma verdadeira celebração. É onde a gente vê tudo que foi produzido, desenvolvido. É uma maneira de melhorar a performance dos nosso produtos, do mercado como um todo”, finaliza a organizadora.

Iniciativa:

Realização:

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painel

Ibema conquista ISO 14001:2004 Criar valor de maneira sustentável é uma das premissas da Ibema, terceira maior fabricante de papelcartão do País. A empresa acaba de conquistar a certificação internacional ISO 14001, que atesta e reconhece a conformidade e o desempenho do seu Sistema de Gestão Ambiental. Todas as unidades da produtora – fábrica instalada no município de Turvo, no Paraná, sede administrativa localizada em Curitiba e Centro de Distribuição Direta em Araucária – passaram por auditorias internas e externas, cuja última etapa foi finalizada com êxito entre os dias 10 a 14 de agosto. Ao todo, a fabricante investiu mais de R$ 3 milhões no aprimoramento da estrutura e de processos internos para a conquista do título, válido por três anos. “Todos os 740 colaboradores foram submetidos a treinamentos e capacitações de cunho ambiental, uma das exigências para obtenção da certificação é a conscientização”, explica Ana Célia Medeiros, supervisora de Meio Ambiente e coordenadora da iniciativa. Além da ISO 14001, a Ibema é certificada pela norma ISO 9001, referente aos processos de projeto, desenvolvimento, fabricação e venda de papelcartão e, também, pelo FSC (Forest Stewardship Council), que atesta a produção responsável de produtos florestais.

Box Print realiza 12º Fórum de Soluções Integradas No dia 22 de outubro, no Espaço Apas, em São Paulo, a Box Print realiza a 12ª edição do Fórum de Soluções Integradas. Diante da realidade econômica do País, a companhia – que atua no mercado gráfico produzindo embalagens e displays – deseja propor uma reflexão sobre dois temas fundamentais para os profissionais e empresas: inovação e superação. Para isso, colocará em pauta alguns questionamentos: Como cada segmento trabalha a busca soluções inovadoras? Como superar desafios em tempos cada vez mais competitivos? Como o profissional, pessoa se adapta a esta necessidade constante de inovar e superar metas? Toda essa discussão será realizada por meio de convidados palestrantes, entre eles: Nelson Mussolini, presidente do Sindusfarma; Giuseppe Musella, executivo (ex-Grupo Boticário); e Victor Acquaviva, do Grupo Boticário. O comentarista econômico Paulo Henrique Amorim encerrará o ciclo de palestras. Por fim, os convidados participarão de um coquetel musical.

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Unilever inaugura fábrica em Aguaí (SP) No dia 19 de agosto, a Unilever inaugurou em Aguaí, interior de São Paulo, seu décimo parque fabril e 15ª fábrica brasileira. A empresa investiu R$ 500 milhões no empreendimento, que conta com o apoio da Investe São Paulo e gerou, além de 120 empregos diretos, cerca de 130 indiretos. Serão produzidos produtos para cuidados pessoais e com a casa. A gigante anglo-holandesa anunciou também que vai investir R$ 1,1 bilhão nas regiões Sudeste e Nordeste até 2017, tendo, até 2016, três linhas de produção de desodorantes aerossóis das marcas Rexona e Dove. A fábrica de Aguaí, que tem 25 mil m² de área construída, é a primeira da marca no País a produzir aerossóis. Na cerimônia, a empresa assinou ainda uma carta de entendimento com o governo de Pernambuco para investimentos de aproximadamente R$ 600 milhões na construção de um novo complexo industrial na cidade de Escada. “A fábrica de Aguaí é uma das mais sustentáveis da Unilever no mundo. É um grande exemplo de que é possível crescer e, ao mesmo tempo, reduzir impactos ambientais. Queremos mostrar que a sustentabilidade conduz o crescimento dos nossos negócios. Acreditamos que a sustentabilidade precisa, cada vez mais, fazer parte do dia a dia das empresas e consumidores”, afirma o CEO global da companhia, Paul Polman. Com 1 milhão de metros quadrados de terreno, o complexo começa a operar com a fábrica de desodorantes aerossóis e visa atender à crescente demanda dos consumidores brasileiros pelo produto. “Será a nossa sétima fábrica, no quarto complexo industrial em São Paulo, próxima de fornecedores e do maior mercado consumidor do País, características importantes para garantir mais eficiência e menos impacto ambiental”, acrescenta o presidente da Unilever Brasil, Fernando Fernandez.

julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


Packpoint cresceu 18,5% em 2014 A catarinense Packpoint Embalagens, com sede na cidade de Gaspar e que faz parte do grupo Sulforms, completa cinco anos de presença no mercado e cresceu 18,5% em 2014, com expectativa de crescimento de 25% ao ano. A Packpoint se destaca com embalagens em papel cartão e papelão microondulado e também atua com a produção de sacolas de papel, embalagens promocionais e industriais. A empresa já investiu cerca de R$ 10 milhões em equipamentos e em sua estrutura física, o que lhe garante um dos mais modernos parques gráficos de Santa Catarina. Em uma área de mais de cinco mil m², a Packpoint conta com equipamentos de ponta, impressão em seis cores, e diferentes tipos de acabamento para qualquer tipo de embalagem. “Um dos nossos grandes diferenciais é a consultoria para o desenvolvimento de projetos personalizados para o cliente, oferecemos todo o su-

porte para que as embalagens desejadas sejam produzidas com agilidade, produtividade, melhor qualidade de impressão e nos acabamentos, além do melhor custo x benefício”, destaca Maurício Heidmann, um dos fundadores da companhia. Atualmente, 80% da produção é

automatizada. No momento, a Packpoint fornece embalagens diferenciadas para centenas de clientes, dentre os quais Docol, Nutrimental, Malwee e Cativa. É especializada também em projetos para indústria cosmética, farmacêutica e alimentícia.

Setor de Embalagem registra recuo de 2,59% na produção física A Abre – Associação Brasileira de Embalagem – anunciou em agosto os resultados do Estudo Macroeconômico da Embalagem ABRE/FGV “Retrospectiva do Primeiro Semestre e Perspectivas para o fechamento de 2015”. Com volume bruto de produção previsto para o ano na casa de R$ 57,5 bilhões, o setor apresentou recuo de 2,59% na produção física da embalagem no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior, e deve chegar a 3% até o fim do ano. Na opinião de Salomão Quadros, economista responsável pelo estudo, os números refletem o que se vê no cotidiano. “A confiança do consumidor vem diminuindo mês a mês. Consequentemente, houve diminuição do consumo rotineiro que impacta diretamente diversos setores da indústria, inclusive o de embalagem. O ambiente internacional ainda está longe da normalidade e uma possível retomada da indústria de embalagem não deve ganhar força antes de meados de 2016”, afirma. De acordo com Luciana Pellegrino, diretora Executiva da Abre, o estudo é um balizador para o mercado de embalagem. “O valor bruto da produção tem crescido, mas aqui entra a inflação industrial, entre outros custos; e em alguns casos, o maior valor e tecnologia da embalagem produzida. Por isso medimos

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ao mesmo tempo a variação física da produção, ou seja, o que foi realmente produzido. Nosso objetivo é oferecer ao setor um termômetro do segmento e buscar um norte para ações na Indústria”, comentou. Ainda de acordo com os dados, em termos de emprego, o setor operou com grau médio de utilização da capacidade 80,7%, gerando 226.866 postos de trabalho no primeiro semestre de 2015, ou seja, 1,6% menos que no mesmo período do ano anterior. O segmento de plástico é o que mais empregou no período, com 52,97% do total de empregos gerados. Entretanto, na comparação com o mesmo período de 2014, a área de Vidros foi a que apresentou o maior crescimento, com aumento de 4,04% no número de postos ofertados no mercado de trabalho. Já as Importações ficaram na casa de US$ 332.665, com recuo de 17,95% com retração em todas as classes de materiais. “Estamos em um momento em que a inovação é mais que necessária, é uma questão de sobrevivência. Precisamos buscar alternativas fora da caixa para superar um momento atípico, mas com situações já esperadas por todo o mercado. Inteligência e estratégia são duas palavras que devem ser incorporadas pelas empresas de todos os segmentos”, destacou Gisela Schulzinger, presidente da Abre.

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painel

Antilhas aprimora políticas internas de RH A Antilhas tem focado cada vez mais a atenção no investimento em pessoas com o objetivo de reduzir a rotatividade e manter profissionais de alta performance. A principal estratégia está na ampliação de desenvolvimento de competências e habilidades incentivadas pela companhia, que tem como principal objetivo criar um futuro de sucesso para os colaboradores dentro da empresa. Entre as ações, está a maior proximidade de um profissional de RH dos colaboradores da linha de produção fabril, com foco em identificar a harmonia e dificuldades no ambiente de trabalho. Outro ponto importante das medidas adotadas foi o incentivo ao desenvolvimento profissional por meio de matriz de capacitação com gestão das necessidades de treinamento de cada colaborador, com a identificação de pontos para aprimoramento e gestão de desempenho. De acordo com a coordenadora de Recursos Humanos, Juliana Tozelli (foto), o ponto alto do novo cenário traçado pelo departamento é o fato de o colaborador conseguir enxergar as possibilidades de crescimento dentro da companhia. “Levando em consideração as habilidades e conhecimentos de cada cargo da empresa, será

possível elaborar as trilhas de carreira com as chances de desenvolvimento”, comenta. Também merece destaque a política de recuperação e inclusão social, além de campanhas de endomarketing focada na interação e engajamento de colaboradores. “Executamos processos que não visam somente cumprir a legislação e, sim, promover um ambiente de trabalho saudável e harmonioso com o nosso colaborador motivado. O maior impacto disso tudo é no sucesso do próprio negócio, por ter sempre pessoas qualificadas na equipe”, completa. Além dos serviços tradicionais de uma indústria de embalagens, a Antilhas também tem como diferencial o fornecimento de serviços exclusivos como, o suporte à loja, pedidos online, entrega just in time, orientação de produtos, pesquisa de satisfação, suporte na viabilização de projetos inovadores, processos verticalizados, desenvolvimento de matéria-prima, maior mix de acabamentos premium e estoque de segurança, a fim de se manter na vanguarda das novas tecnologias e tendências de mercado, garantindo o excelente atendimento aos seus clientes em qualquer época do ano.

Suzano Papel e Celulose anuncia investimento em Limeira (SP) A Suzano Papel e Celulose anunciou em agosto investimento de R$ 70 milhões para a instalação da primeira planta-piloto de extração de lignina da América do Sul, que será implantada na Unidade Limeira, interior de São Paulo. Com capacidade de produção de 20 mil toneladas por ano, o marco posiciona a empresa em uma nova fronteira tecnológica da indústria, reforçando a sua estratégia de negócios adjacentes. A lignina está presente em aproximadamente de 25% a 30% da madeira do eucalipto, conferindo rigidez à árvore. Ela é um subproduto do processo de fabricação de celulose (obtido a partir do licor negro resultante do processo de cozimento da madeira) e atualmente é utilizado pela indústria para a geração de energia. Mas também é um substituto de derivados de petróleo em aplicações de alto valor agregado, como, por exemplo, construção civil e indústria moveleira, entre outros. “Esse é um projeto que amplia as nossas fronteiras de atuação, abrindo possibilidades que ainda não exploramos e, potencialmente, nos trarão posição de destaque no futuro em mercados que não atuamos”, explica Ernesto Pousada, diretor Executivo de Operações da Suzano. O investimento anunciado será 70% financiado por linhas de crédito à inovação. A expectativa é que a planta entre em operação no primeiro semestre de 2018. A capacidade instalada de produção da empresa, considerando potenciais novas linhas em outras unidades industriais, pode chegar a 185 mil toneladas por ano.

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Instituto de Embalagens realiza workshop sobre sustentabilidade No dia 29 de setembro, no auditório da CNI, em São Paulo, o Instituto de Embalagens realiza o Workshop Embalagens & Sustentabilidade. A proposta é debater a delicada questão de forma isenta e imparcial, rever conceitos e esclarecer os profissionais interessados em saber mais sobre o tema. Além disso, o Instituto apresentará pesquisa inédita sobre o entendimento do tema entre os profissionais do setor. A pesquisa foi realizada entre os profissionais que participaram dos cursos de embalagens. Quase 2.000 deles responderam o que acreditam ser melhor para o meio ambiente entre cinco propostas de embalagens para um mesmo produto (milho verde em conserva): embalagem de aço, alumínio, stand up pouch, vidro e cartonada. Responderam também sobre dez opções de saída de supermercado, o que lhes parecia ser mais sustentável. A pesquisa, inédita, mostra facetas interessantes, e alguns depoimentos

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(anônimos) serão apresentados para dar um perfeito entendimento da polêmica e demonstra claramente que é preciso esclarecer muito ainda sobre a questão sustentabilidade, perante aos profissionais do setor. Segundo o instituto, “esta é uma grande oportunidade de iniciarmos uma campanha de esclarecimento público correto, seria a redenção das embalagens, pois seriam veículos de educação, tão importante neste momento no País!” O evento faz parte do calendário de cursos promovidos pelo Instituto de Embalagens e contará com a participação de palestrantes, como Eloisa Garcia, do CETEA - ITAL, que apresentará o tema “Análise do Ciclo de Vida”; Ricardo Garcia, da FIESP, que falará da Política Nacional de Resíduos Sólidos; além deles, executivos das empresas Braskem, Papirus, Gruppo M&G e SIG Combibloc discorrerão sobre reciclagem de PET, papelcartão e embalagens cartonadas, além de novos polímeros de fontes renováveis.

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Focus grouP

masculino

Viagem ao universo masculino


Ilustração: Esther Vieira

VAIDOSOS, OU NEM TANTO, CHEGOU A HORA De OS HOMENS FALAREM O QUE PENSAM DOS PRODUTOS DE HIGIENE E BELEZA Larissa Gutierres E dA FUNCIONALIDADE DE SUAS EMBALAGENS

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Focus grouP

masculino

E

m sua terceira edição, a seção Focus Group da Packing Cosmética entrevistou nove homens, de 21 a 43 anos, com o propósito de saber o que a geração masculina do século 21 pensa a respeito dos produtos de beleza e saúde. Quais produtos podem facilitar ou atrapalhar?. Os elogios, reclamações, entre outros pontos. O primeiro questionamento foi saber quais são os itens que eles utilizam em seu dia a dia e, fugindo totalmente do óbvio, foram citados protetor solar (e labial), spray fixador de cabelo, sérum, e até mesmo cremes faciais anti-idade. Deu pra perceber que já faz tempo que essa história de que homem não se cuida virou passado! Dentre os demais produtos estão: sabonete, desodorante, shampoo, condicionador, máscara capilar, leave-in, esfoliante, loção adstringente, hidratante, itens para barba (espuma, creme, gel, loção), clareadores e até alguns itens de maquiagem, como bb cream e pó facial. O povo brasileiro é conhecido por sua beleza e a vaidade está atrelada a essa popularidade. Costuma-se pensar que as mulheres são mais vaidosas do que os homens, mas aí pode residir um ledo engano. Nos últimos anos, surgiram os tais “metrossexuais”, homens que cuidam da sua aparência tanto quanto, ou até mais do que elas. Fizemos a mesma pergunta para os nove homens: Você se considera vaidoso? Dentre eles, somente três responderam que não. Os demais – mesmo não sendo metrossexuais necessariamente –, afirmaram que boa aparência é fundamental. “Me considero vaidoso, mas não em excesso. Como no meu trabalho eu tenho de lidar com muita gente e também com autoridades, a boa aparência é muito importante”, afirma Rafael da Cunha, jornalista de 25 anos. “Sou vaidoso, mas não necessariamente cuidadoso. Minha vaidade está basicamente no cabelo. Gasto muito tempo pra arrumá-lo, daí nem sobra tempo pra pele”, brinca José

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Tácito, bancário, da mesma idade. “Me considero bem vaidoso. Não deixo de tomar três banhos por dia, uso protetor solar diariamente, cuido da barba, do cabelo”, explica Felipe Souza, 25, assistente de Marketing. Leonardo Pereira, bancário, foi o entrevistado mais vaidoso de todos. Com 40 anos, contou que usa muitos dermocosméticos, como clareadores, anti-idade, ácido retinoico, entre outros. “Sempre compro o que a minha dermatologista ou a esteticista recomenda. Como combino muita coisa, uso produtos que podem danificar a

pele, então me guio pela recomendação dos profissionais da área”, argumenta. CUIDADOS COM A BARBA Alguns entrevistados separam um tempo específico para cuidar da barba, e outros acham mais prático fazê-la durante o banho. Rafael declara: “Faço a barba de dois em dois dias. Sempre a fiz no banho, mas com a crise hídrica tive de me adaptar e reservar um tempo para isso. Utilizo uma loção pós-barba sempre, pois é bom para a proteção da pele contra a agressão causada pela lâmina de barbear.” Rodolfo Tomás, estudante de 21, afirma: “Faço a barba julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


durante o banho, porque é bem mais prático. Já está tudo ali, é só pegar e pronto.” A Packing perguntou o que eles preferem: creme ou espuma. A maioria respondeu espuma. Mas, há quem prefira o creme. “A espuma de barbear não me agrada, porque eu nunca consigo mensurar a quantidade certa que tenho de passar no rosto. Sempre pego a mais e acabo estragando. Prefiro o creme porque dá para dosar a quantidade ideal. Ele vem em tubo, então é só espremer um pouco e passar no rosto, e é fácil de fechar também”, argumenta Alexandre de Matos, assistente administrativo, 43. “Nunca pensei sobre como as embalagens podem ajudar no meu dia a dia, mas prefiro, por exemplo, espuma para barbear por ser mais prático e por eu ter encontrado espumas que me agradam mais que cremes”, observa Rafael. “Prefiro usar espuma pela praticidade. Para mim, o creme não desliza. Você tenta esfregar e ele não espuma, daí eu não gosto. A espuma não, é só apertar e pronto”, completa José. Adriano Lira, jornalista, 25, pontua: “No momento, uso espuma de barbear, mas já usei creme também. Para mim, na verdade, tanto faz. Mas é um produto que preciso usar, porque para a barba que tenho, sabonete não dá conta.” ITEM ESSENCIAL Todos os entrevistados afirmaram usar desodorante. Item essencial na vida do brasileiro (principalmente por uma questão de higiene), ele pode se apresentar nos formatos líquido (squeeze), creme, roll on ou em aerossol. “Gosto de usar desodorante em spray, porque é mais prático. O roll on, por exemplo, deixa ‘melecado’. Com o spray não, o jato é sequinho, bem melhor, e também não mancha a roupa”, alega Rodolfo. Adriano também prefere desodorante em aerossol. “Uso desodorante masculino em aerossol. Roll on gruda, fica um nojo”, reclama. “Por conta dos pelos mesmo, www.cosmeticanews.com.br

acho que roll on não é muito bom. O aerossol é melhor porque você não sente ele no corpo, não incomoda. Você nem precisa espalhar, é só passar e pronto. Exatamente por isso que eu não passo nenhum creme hidratante, porque eu detesto ficar com alguma textura diferente na pele”, completa Ramon dos Santos, radialista, 22. Em contrapartida, há quem prefira o roll on. “Uso desodorante roll on. Não gosto nem de spray, nem em creme. Já testei os de spray, e mesmo sem álcool, me dá alergia, queima minha axila. Uso um da mesma marca há muito tempo, e é ótimo porque não mancha minha roupa”, explica Alexandre. Fábio Cibella, 27, explicou que usa bastante desodorante devido à sua profissão – é personal trainner – e que sempre tem em casa, no carro, na mochila. Então, segundo ele, a trava de segurança do item é muito importante. “Uso desodorante em aerossol e acho interessante quando vem com aquela travinha, porque evita de vazar. É ótimo, porque se acontecer alguma coisa, ela protege o produto. Até troquei o desodorante líquido (squeeze) por esse, porque a possibilidade de vazar na bolsa de trabalho é menor.” Porém, as opiniões sobre esse complemento das embalagens se dividem. “Todos os aerossóis hoje vem com uma travinha e acho isso absolutamente desnecessário. Nada vai fazer o produto sair do frasco, então pra mim, mais atrapalha do que ajuda. Às vezes, eu estou com pressa e o desodorante está travado. Isso dificulta, porque é um produto que uso todo dia, tem de ser prático”, rechaça Adriano. Felipe também prefere desodorante em spray, e explica: “Não gosto de nada melado, tanto que eu não uso hidratante, e o meu protetor solar é próprio para pele oleosa, por isso ele deixa a pele bem sequinha.” Além disso, ele considera ser um produto mais prático. “Você tira da bolsa, aperta, passa e

guarda de novo. Não precisa ficar tampando, nem nada.” Ainda sobre os itens essenciais para o dia a dia, um fato curioso surgiu entre os entrevistados. Quatro deles alegaram usar um sabonete próprio dentro de suas casas. Rodolfo, que mora com seus dois irmãos e divide o mesmo banheiro, diz que prefere usar um sabonete líquido ao em barra. “Acho bem mais higiênico.” Rafael explica o hábito. “Fui educado assim desde pequeno. Acho que ele é um item muito pessoal e que cada um tem de ter o seu. Cada pessoa tem um tipo de pele, por exemplo. Fora que ele pode ser um transmissor de doenças também.” Felipe tem a mesma opinião. “Uso um sabonete só meu, porque acho anti-higiênico dividir com os outros.” ISSO TEM CHEIRO DE QUÊ? Alguns entrevistados preferem usar produtos sem cheiro. “Tenho dificuldade com perfume, então a maioria dos produtos que compro é sem cheiro, principalmente os de higiene básica. Deixo o perfume fazer a função dele, porque eu não gosto de misturar os cheiros, tipo creme de barbear, com a loção pós-barba, com o desodorante. Para mim, quanto menos cheiro junto melhor, senão fica muita informação”, observa Alexandre. Entretanto, segundo todos os entrevistados, o cheiro pode ser um fator crucial na hora compra. E, para nossa surpresa, muitos deles se dizem insatisfeitos com os aromas dos itens masculinos. “Cheiro tudo antes de comprar. Produtos voltados para ‘estética’, como shampoo, por exemplo, tem de ter aquele cheiro de cabelo lavado. O desodorante eu uso feminino, porque eu nunca gosto do cheiro dos masculinos. Não existe um tipo suave, é sempre muito forte, marcante. Por exemplo, eu nunca vi um produto masculino com cheiro de algodão”, pontua José. Ramon afirma também não gostar dos aromas de alguns desodorantes “for man”. Depois 31


Focus grouP

masculino

de testar alguns, ele encontrou sua marca preferida e apenas altera as fragrâncias na hora de escolher o produto no mercado. Adriano argumenta que o cheiro é essencial na hora da compra. Segundo ele, sabonete é possível ir testando ao longo do tempo e vendo qual melhor opção é possível se adaptar, assim como shampoo. “Mas, com desodorante, se eu encontrar um novo, com certeza vou querer experimentar. Já aconteceu de eu testar um desodorante, e deixar de usá-lo porque a fragrância era muito ruim.” “Usava shampoo e condicionador masculinos, mas troquei para os femininos, porque acho que eles hidratam mais meu cabelo, além de o cheiro ser melhor, mais gostoso. Os masculinos têm o cheiro muito forte”, declara Rodolfo. FOR MAN Há algumas décadas, os produtos destinados ao publico masculino, os chamados “for men”, vêm tomando cada vez mais espaço nas gôndolas dos pontos de venda. Todavia, se comparado à variedade dos itens femininos, essa categoria está longe de ser considerada diversificada, uma vez que eles são voltados praticamente apenas para itens de higiene pessoal. Não é tão simples encontrar produtos “for man” com fins estéticos, de beleza. E, também, alguns homens que optam especificamente por esses itens. “Gosto de produtos masculinos. Quando vejo que é direcionado para mim, eu prefiro”, afirma Alexandre. “Acho que tem bastante opção sim. Tudo que busquei, encontrei. Uso até um creme depilatório próprio para homens. Então, tudo que tem para o feminino, hoje em dia você já encontra para pele masculina também”, contorna. Na contramão, Leonardo opina: “Vejo os produtos masculinos como um subproduto da cosmetologia feminina. Não entendo muito de química, mas acho que os estudos não são tão aprofundados 32

para pele masculina, se comparado com o da feminina. Por exemplo, para mulher, existe produto para adolescente, para meia idade, para mais de 60 anos. Para o masculino isso não existe, então a minha pele e a pele de um menino de 15 anos é igual?”, questiona Leonardo. “Acho que esse um mercado ainda é bastante embrionário, está começando a se desenvolver. Em minha opinião, a cosmetologia feminina está bem mais avançada. Acho que falta dividir em subcategorias, por idade. Isso já é um ponto gigantesco para se pensar”, completa. Felipe complementa: “Sinto falta de produtos masculinos

que tenham aromas diferentes, mais suaves. Os produtos ‘for man’ têm cheiro muito específico, por exemplo, os desodorantes, que parecem álcool vencido. Falta diversificar mais. Acho que também faltam mais opções de tamanhos médios. Gosto dos itens compactos, para carregar na bolsa, e não tem tantos produtos assim no mercado”, contesta. Ramon acredita que a oferta de itens masculinos oferecida ao consumidor é boa. O que falta é informação e divulgação. “O homem por si só já é mais relaxado, e não vejo muitas propagandas desses produtos na mídia. julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


O que tem é sempre voltado para o público feminino. Acho que deveria ter mais informação também, porque tem muita gente que se interessa. As marcas mesmo deveriam falar mais. Tem homem que nem sabe o tipo de cabelo que tem, se é oleoso ou seco. Acredito que isso hoje em dia está mudando, mas falta essa preocupação por parte de quem fabrica.”

não é limpo”, brinca Adriano. “Você acaba fazendo essas analogias. A embalagem faz com que você deixe de comprar. Tem embalagens que você vê que são toscas, bregas. É feio usar isso. No mínimo, você fica com o pé atrás. A embalagem também mostra a qualidade do item. Se a embalagem for tosca, eu nem experimento o produto”, afirma.

CRITÉRIOS DE COMPRA Os participantes responderam quais os critérios são utilizados na hora da compra, e muitos confessaram ser fiéis a seus produtos e marcas favoritas. Rodolfo afirma: “Primeiro vem o cheiro, depois olho as informações que contêm na embalagem, o que aquilo vai me proporcionar. Isso é fundamental.” Alexandre concorda: “A frente da embalagem não conta muito não, a imagem, a propaganda dela. Gosto mesmo de ler o rótulo. Para mim, quanto mais claras estiverem as informações referentes ao produto, melhor. É o que chama minha atenção. A embalagem pode ser linda, mas eu vou virar pra ler. Se a leitura estiver desorganizada, às vezes eu até desisto de comprar”, afirma.

Felipe também leva em conta o aspecto visual. “A embalagem conta quando vou escolher um produto. Eu gosto de tamanhos pequenos, além disso, a cor também chama atenção. Poderia ser mais variado. Se o produto for cinza, me causa a impressão de que ele é remédio, ou de que o cheiro talvez não seja bom. Eu já não compro, não me agrada. Entendo que devem ter homens que não gostam de usar coisas que chamem atenção, por isso os produtos têm sempre as mesmas cores, cinza, azul marinho, verde escuro. São cores mais neutras. Porém, hoje em dia, tem vários tipos de homens, não tem só aquele rústico que compra cinza ou preto. Tem diferentes gêneros, gostos, sentimentos. Enfim, a cor ajuda a incentivar a compra.”

“Não só o preço, mas custo-benefício é muito importante. Já comprei produtos com preço mais atrativo e me arrependi porque eram ruins”, afirma Adriano. Segundo ele, o cheiro também é essencial.

Leonardo acrescenta: “A embalagem passa um pouco do investimento que a marca fez naquele item. Você não faz um baita produto de ponta, e coloca num saquinho plástico, ainda que o que valha mesmo é o conteúdo. Dentro de todo um conceito, isso passa credibilidade.”

Quando perguntado se a embalagem era um fator relevante, muitos opinaram que sim. “Acho importante ter uma boa apresentação, pois muitas vezes você compra um produto pela marca dele, mas a embalagem é uma porcaria. Isso aconteceu isso várias vezes com creme de barbear e desodorantes”, pontua Rafael. “A embalagem é a primeira coisa que você vê quando compra alguma coisa. Por exemplo, embalagens que têm a cor marrom são muito feias. Como vou comprar um produto que tem a cor marrom na embalagem? Marrom www.cosmeticanews.com.br

Na correria da vida, tem de haver praticidade dos itens. “Para o meu dia a dia, gosto de usar aqueles produtos que você precisa de uma mão só pra abrir, passar. Nem sempre você está com as duas mãos livres, pode ser que esteja ocupado fazendo outra coisa junto. No banho, você pode estar com uma das mãos ensaboada, por exemplo. Não tenho muita paciência em ficar desrosqueando não, ainda mais com essa crise hídrica. Quanto mais rápido e prático o produto for na hora do banho, melhor”, afirma Felipe.

“No rosto, prefiro sempre produtos com válvula pump. Prefiro mil vezes do que aqueles potinhos de vidro, que você abre, põe o dedo e passa. O produto do pump sai na medida mais adequada, vem até com a indicação de quanto deve ser utilizado, ‘apertado’. E também é mais higiênico”, argumenta Leonardo. “Acho que as embalagens em aerossol são sempre mais práticas. Já testei o protetor solar nesse formato e gostei muito. Como tenho problemas com textura, essa é sempre a melhor opção, pois eu fico com a impressão de que nem passei nada”, relembra Ramon. “Só acho que esses produtos costumam ser caros, o preço poderia ser mais acessível.” Já José questiona o tamanho das embalagens. “Acho que as embalagens poderiam ser maiores. Tem produto que costuma ficar em casa, e daí você não precisaria ficar se preocupando toda hora se está acabando, se tem de comprar de novo. Então, seria melhor.” Alguns entrevistados reclamaram sobre a fragilidade de alguns produtos. “Sempre que meu frasco de shampoo cai no chão, a tampinha quebra imediatamente. Toda vez é assim”, pontua Alexandre. “Os frascos poderiam ser mais rígidos ou talvez de metal, não sei. As fabricantes utilizam um plástico muito ruim! Quantas vezes quebrei a tampinha do shampoo, do desodorante. E isso estraga o produto. Já quebrei vários desodorantes com válvula pump. Há pouco tempo comprei um desodorante em que o corpo da embalagem era de metal, mas tinha uma válvula pump de plástico. Na primeira vez que apertei para usá-lo, a tampa quebrou”, completa Rafael. Fábio afirma não ter muito problema com as embalagens, mas ressalta que as tampas dos shampoos poderiam ser mais resistentes. “Se aquela tampinha quebrar, já era. Você não consegue mais fechar o produto. É minha única reclamação mesmo”, finaliza. 33


mercado

cartuchos

Caixinha produtiva O dilema entre investir em acabamento ou dar mais atenção à linha de produção toma conta dos fornecedores de cartuchos; e companhias procuram meios de Rafael Mendonça dosar os dois lados diante do momento difícil do mercado

H

á algumas edições, procuramos destacar a importância da produtividade dentro da cadeia envolvida no mercado de cartuchos. Todos os participantes desta cadeia foram unânimes em dizer que o objetivo sempre é atender de maneira ideal às exigências do consumidor. Entretanto, sabem que também precisam de preocupar com outros quesitos, afinal, trata-se de uma embalagem que ainda é muito utilizada para funções como segurança e transporte. Além disso, por se tratar de uma embalagem, os cartuchos também são envasados. Sendo assim, requerem uma atenção a mais em seu processo produtivo. E isso, principalmente, por conta do momento vivido, em que a cautela tem ditado o tom das ações das empresas que, por sua vez, estão buscando todos os meios possíveis para reduzir custos. E é exatamente aí onde começa o dilema para as empresas que atuam com o fornecimento de cartuchos, ou seja, vale mais a pena atualmente conseguir oferecer um produto atrativo, sendo que para isso, às vezes, tenha de gastar mais do que se deve, ou encontrar meios de fabricar um cartucho que priorize a produtividade? Esta dúvida que paira no ar serve como desafio para estas companhias, que procuram 34

cartuchos da lavezzo: apesar de cenário conturbado, a gráfica continua investindo em maquinário.

encontrar meios de oferecer um item que, ao mesmo tempo em que caiba no orçamento e favoreça a produtividade, também possua um bom acabamento para atender aos anseios dos consumidores. Estes últimos, mesmo também sofrendo pelo momento em que seu dinheiro está mais curto, não está abrindo mão da sofisticação nos produtos que compram. As últimas tendências em termos de consumo conseguem explicar bem esta realidade. De acordo com diversas análises de mercado, o consumidor hoje tem ido cada vez menos aos pontos de venda. Porém, quando vão, mesmo tendo cortado alguma categoria de “menor importância” para ele,

normalmente acaba optando por um produto mais caro, ou seja, que passe a imagem de mais sofisticado em relação aos outros. Sem comprometer Cada vez mais, o tema produtividade tem ganhado espaço no dia a dia das empresas. Para aprimorá-la, há alguns passos que são fundamentais e no caso do mercado de cartuchos não é diferente. Uma das ações que contribui – e muito – neste processo é a participação do maior número possível de integrantes da cadeia produtiva. No caso da Gráfica Gonçalves, no desenvolvimento de um cartucho, há uma preocupação julho/agosto 2015• Packing Cosmética


MARCELO, DA SERZEGRAF: desenvolver embalagens de forma com que fiquem mais práticas na linha de montagem é uma das ações objetivas da gráfica.

constante para que ele tenha um bom desempenho na linha de produção dos clientes. “Para garantir que este processo seja cumprido, desenvolvemos as embalagens junto com os clientes e constantemente testamos a melhor solução para o melhor aproveitamento desse produto. Isso envolve o formato do cartucho, a espessura, o tipo de fechamento e assim por diante”, explica Juliana Sivieri Gonçalves, diretora da gráfica. De olho na produtividade, a Gráfica Antilhas conta com uma linha de trabalho bem particular, conhecida internamente como “retorno às origens“ (“back-to-basics”), que visa fazer a releitura de processos totalmente conhecidos, porém levando os recursos ao limite tecnológico atual. De acordo com João Elcio, gerente de Vendas de Cartucharia da Antilhas, a empresa sempre trabalhou com a preocupação tanto de agregar valor, quanto de ganhar em produtividade e reduzir o custo para os seus clientes. “Temos excelentes resultados www.cosmeticanews.com.br

com o uso de vernizes especiais na impressão ou em variantes de hotstamping com películas e matrizes texturizadas especiais. Nossos equipamentos nos permitem explorar ao máximo esses recursos e ainda possibilitam impressão frente e verso simultâneo, por meio de reversão automática da folha na máquina”, contextualiza. Planejamento e análise são palavras de ordem para a Box Print, que produz embalagens e displays para alguns mercados, entre eles o cosmético. Rodolpho Gonçalves Brugugnolle, gerente de Contas da empresa, diz que nenhum projeto nasce sem ser primeiro analisado pelo departamentos de desenvolvimento/planejamento e técnico da companhia. Depois de realizarem esta análise, segundo ele, é possível identificar desde a matériaprima (papel-cartão) apropriada até o desenho de faca para um melhor fechamento e aproveitamento, a fim de conseguir garantir um o melhor resultado na linha de embalagem/ envase dos clientes. “Tudo é

eduardo gianini, da papirus: o design ajuda a criar diferenciação, ma ele também deve ser pensado para não inviabilizar o processo produtivo.

pensado, analisado e desenvolvido para atender às necessidades dos nossos clientes, gerando economia em escala e aumentando significativamente o resultado final de cada projeto”, completa. Influência do design Seu papel dentro do mercado cosmético já é bastante destacado. Entretanto, seu uso ainda é mais voltado para proporcionar diferenciação no produto final, visando atrair a atenção do consumidor. Mas, assim como a própria a Packing Cosmética sempre vem destacando, o design pode desempenhar muitas outras funções, desde o início do processo produtivo. A visão de Eduardo Gianini, gerente de Marketing da Papirus – que produz papel-cartão, é de que o design faz parte da cadeia de embalagens devido a vários aspectos. “Ele ajuda a criar diferenciação em relação a seu concorrente, ganhando destaque devido ao visual da embalagem. Porém, tem de levar em consideração o processo produtivo, pois pode 35


mercado

cartuchos

Ricaro Lavezzo e máquinário da gráfica: prestes a completar 70 anos, empresa trouxe em 2015 a máquina Heidelberg XL 75-6.

inviabilizar o projeto por não levar em consideração todas as etapas que o produto passa para ser produzido”, destaca. Juliana, da Gonçalves, ressalta que a escolha do tipo de acabamento do cartucho pode sim estar ligada ao ganho de produtividade. “Alguns tipos de acabamento, principalmente os aplicados offline ou acabamentos manuais podem diminuir a produtividade”, exemplifica. Rodolpho, da Box Print, corrobora dizendo que o design é fundamental para que haja ganhos de produtividade tanto na própria linha de produção, como também na de seus clientes. “A proximidade com que a nossa equipe comercial e técnica atuam nos nossos clientes nos permite desenvolver a solução mais adequada aos processos, otimizando etapas e eliminando processos, 36

gerando assim resultados efetivos para os nossos clientes. Atuamos no desenvolvimento de ferramentas muitas da vezes específicas para cada projeto, como desenhos de facas com fechamentos exclusivos, em que estudamos, testamos e criamos uma solução específica para aquela aplicação.” Decisão dosada Em algumas categorias dentro do mercado cosmético, o poder de atração das embalagens tende a ser mais forte do que em outras. Aquelas que atuam com cartucho podem se beneficiar deste atributo, porém, como dissemos, o momento vivido pela economia impõe algumas restrições. Sendo assim, surge a dúvida sobre o que é melhor neste momento, investir em acabamentos diferenciados para conseguir atrair mais consumidores ou investir para que sua produção esteja alinhada, com entregas dentro prazo? A resposta para este questionamento, de acordo com os fornecedores de cartuchos, pesa um pouco para um lado e um pouco para o outro.

“Neste cenário de retração de mercado, acredito que o ideal seja dosar as duas frentes uma vez que, com a diminuição do consumo, naturalmente a oferta aumenta, o que acirra a concorrência. Aí o design ganha importância, porém não podemos também deixar de pensar em outros pontos como: qualidade, produtividade, custo, serviço e margem”, esclarece Eduardo Gianini. Enquanto isso, Juliana Sivieri Gonçalves confessa que esta é uma questão muito importante, pois sabe que uma embalagem diferenciada pode ser uma grande ferramenta de Marketing, representando um maior volume de venda para o cliente. Por outro lado, reconhece que isso tem um custo, e que nesse momento de crise é sempre bom avaliar com cautela essas questões. “A sugestão que damos é investir mais nos produtos de primeira linha, para usar essa embalagem já como uma ferramenta de Marketing, o que muitas vezes pode representar um investimento muito menor do que seria em um trabalho de publicidade. Acabamentos diferenciados nem sempre significam prazos maiores de entrega. Muitos deles podem ser aplicados em máquina e julho/agosto 2015• Packing Cosmética



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cartuchos

joão elcio, da antilhas: intenção é descobrir junto ao cliente sua real necessidade e adaptá-la à sua realidade.

não significariam mais tempo de produção. Exemplo disso poderia ser uma aplicação de laminações especiais, dados variáveis, relevos, etc”, sugere ela. “No momento atual, não podemos olhar apenas para um ou outro ponto atrativo (acabamento) de uma embalagem sem olhar também para a operação que essa embalagem será submetida. Em todos os projetos que desenvolvemos buscamos disponibilizar para os nossos clientes as principais tecnologias de acabamento disponíveis no mercado mundial, sempre aliado a um processo produtivo eficiente, com base nesses dois pontos criamos dois diferenciais, um produtivo e outro ‘sensitivo’. O produtivo garantirá uma alta eficiência no processo de produção/envase, em que conseguiremos cumprir os leadtimes com eficiência. Já o sensitivo, irá gerar no consumidor final uma 38

juliana, da gonçalves: um cartucho diferenciado serve como ferramenta de Marketing, mas isso tem um custo

atração maior pelos produtos dos nossos clientes, revertendo em mais vendas e resultados cada vez mais satisfatórios”, reforça Rodolpho, da Box Print, procurando enfatizar ainda a participação da empresa no início do projeto. Se mexendo Das mais variadas formas, as companhias fornecedoras de cartuchos procuram seus meios para superar o atual cenário econômico de crise, que tem impactado no negócio de todos. A Gráfica e Editora Lavezzo tem feito isso baseada em investimentos. A empresa – que completa 70 anos em 2016 – trouxe ainda em 2015 a máquina Heidelberg XL 75-6. Segundo o diretor Ricardo Lavezzo, este equipamento atende às grandes e pequenas quantidades por contar com um setup rápido e de alta tecnologia. “Ela imprime qualquer tipo de material, seja plástico PP

rodolpho, da box print: o design é importante para que haja ganhos na própria linha de produção e na dos clientes.

ou PVC, cartão, papel metalizado, holográfico, e tendo todos acabamentos em linha de verniz uv fosco, brilho, com reserva, que inovam embalagem e agregam valor ao produto e dando um diferencial a ele”, diz o dirigente. A empresa também realizou parceria com a empresa alemã Kurz para contar com um selo de segurança, um sistema anti-falsificação e que pode agregar localização, interligações com vídeos, site e propagandas da marca, com apenas o toque de um smartphone. Diante do cenário desafiador, Marcelo C. Nadal Oliveira, diretor da Serzegraf, assegura que sua gráfica procura usar cartão de qualidade, visando aumentar a produtividade em todos os processos e tentando desenvolver a embalagem de maneira que fique mais prática na linha de montagem. “Realmente está muito difícil de se manter devido julho/agosto 2015• Packing Cosmética


Esta é a nova embalagem da Gonçalves. Com o mesmo conteúdo que impulsiona a nossa história por mais de 75 anos: a capacidade de sonhar, a determinação para realizar e a ousadia para empreender.


mercado

cartuchos

Roberto G. Wosniak e máquinário da Ápice: empresa investe em novos equipamentos e com tecnologia de ponta, para ter setups rápidos e de alta performance.

à demanda estar bem abaixo do nosso nível de produção. Porém, estamos sempre em prospecção de novos clientes, para conseguir superar este momento”, relata o dirigente. Já na Antilhas, o trabalho de consultoria junto aos clientes tem se intensificado neste momento atípico, segundo a companhia. “O objetivo é descobrir junto com o cliente qual sua real necessidade e adaptá-la à sua realidade. Para isso, recorremos ao uso de matériasprimas que reduzem o custo sem prejudicar a qualidade ou ainda a texturização do cartão que enobrece a embalagem podendo até ter um efeito exclusivo por produto; uma opção bem aceita pelos nossos clientes, pois impacta muito pouco no custo”, adiciona João Elcio. Ciente de o mercado gráfico de embalagens é muito competitivo, a Ápice Artes Gráficas se apega ao atendimento, com agilidade e pontualidade, para poder conquistar espaço no segmento de cartuchos. 40

De acordo com Roberto G. Wosniak, diretor da empresa, a produtividade está diretamente relacionada com estes atributos, considerados por ele como diferenciais da companhia. “Por essa razão, investimos em novos equipamentos e com tecnologia de ponta, resultando em setups rápidos e alta performance. No setor de impressão, adquirimos mais uma nova impressora de sete cores hibrida, apta para imprimir em substratos plásticos, com dupla aplicação de verniz online, possibilitando diversas combinações, entre elas, verniz fosco aveludado e verniz UV brilho localizado. No corte vinco adquirimos novas máquinas, formato 76 x 106 cm, com velocidade de 9.000 folhas/hora. Na coladeira, temos equipamento de alta performance que possibilita a colocação dos cartuchos direto na caixa coletiva”, compelta. O dirigente também faz uma análise sobre o momento vivido pelo mercado e a respeito do que está

sendo feito pela companhia para superar esta fase. De acordo com Roberto, o mercado recessivo o torna mais agressivo, ocorrendo a migração momentânea de clientes, pois no primeiro momento o cliente opta por um preço melhor. “No entanto, o custo do produto é muito maior que apenas o preço, como qualidade, flexibilidade, agilidade, quantidade e pontualidade. Administramos os estoques dos clientes entregando o que ele realmente precisa, otimizando todo fluxo”, contorna ele. “O consumo caiu, porém, a constante mensagem dos problemas econômicos e políticos, levam a mais incerteza e deixa-se de consumir até mesmo produtos básicos, o que gera mais instabilidade, desaceleração e desemprego. O fato é que se o consumidor que está empregado mantivesse o seu consumo, a roda voltaria a girar. Em tempos de crise precisamos aprender a tirar o “s” dessa palavra focando apenas no “CRIE”: Crie oportunidades”, finaliza. julho/agosto 2015• Packing Cosmética


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PRÊMIO DADE ATUALIÉTICA COSM e você Tudo o qu mais ber da precisa sa premiação nte a importa do de belez do merca ica Latina na Amér

Hidratação, tecnologia, consumo e tendências; tudo o que cerca o maior órgão do corpo humano

NÚMEROS

Balanços e panoramas do mercado higiene pessoal e beleza

VENDA D

IRETA Canal do bra suas apostas no empre e para ma ndedorismo nter o cre s sustentá vel no fu cimento turo

SUPPL Y

CHA Para acel erar a inov IN aç ganhar ef iciência, N ão e atur relacionam ento com a estreita seus parc eiros

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artigo

Racionalização de SKUs Um processo cíclico e necessário de renovação da linha de produtos de uma empresa, que também faz com que elas foquem seus esforços nos itens de Paulo E. Pereira menor custo e de melhor aceitação do consumidor

N

quantidade, tamanho, etc. Através dele, é possível pesquisar e identificar exatamente qual produto foi vendido, entregue ou trocado. Ele também é frequentemente utilizado em integrações de e-commerce com ERPs.

O SKU é um código ou referência dada a cada produto de acordo com a sua apresentação, tipo,

Os SKUs foram criados para facilitar a comunicação das equipes que diariamente estão em contato com milhares de produtos dentro de uma empresa ou armazém, trabalhando com um volume de dados enorme. Então, para simplificar, é muito mais fácil e rápido localizar pelo SKU

esta edição iremos abordar o tema “Racionalização de SKUs” – sigla que significa “Stock Keeping Unit”, ou seja, Unidade de Manutenção de Estoque, que é um código exclusivo que permite às empresas e supermercados controlarem os itens que são vendidos ou mantidos em estoque da loja.

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“tal” do que ficar tentando descrever um determinado item estocado. Além disso, aplica-se todo o processo de gerenciamento de estoque. Porém, nos últimos anos, em função da disputa pelos espaços nas prateleiras e a necessidade de redução custos ou das áreas de estocagem, muitas empresas e cadeias de supermercados de grande porte têm feito um esforço para reduzir a quantidade de produtos mantidos em estoque, como parte de programas de otimização, diminuindo assim o número de SKUs julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


a serem controlados. Por exemplo, em vez de manusear 32 diferentes marcas de um determinado produto, a empresa ou supermercado poderá simplificar sua operação manusear, por exemplo, 24 itens. Até porque, na própria empresa, quanto maior o número de SKUs, maior é o trabalho e a complexidade na administração e controle de estoque dos produtos, e também os investimentos na criação dos novos produtos e novas embalagens, muitas vezes aumentando o custo dos produtos e dos processos, pelo número de “set-up” de máquinas, estoque de um maior número de itens e equipes maiores. Com a exigência cada vez maior do consumidor por produtos específicos ou com determinados benefícios ou

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novas tecnologias que proporcionam de alguma forma uma melhor qualidade ou alguma facilidade, as empresas constantemente lançam novos produtos ou alguma extensão de uma linha de produtos já consolidada. Com isso, aumenta-se o número de itens que ela disponibiliza no mercado e, como nem sempre esta empresa tira algum outro produto de circulação para substituir pelo novo, ocorre automaticamente um aumento gradativo de SKUs. Vejo a racionalização de SKUs como um processo cíclico e necessário de renovação da linha de produtos de uma empresa ou supermercado, que com o passar do tempo e pela necessidade de lançamento de novos produtos para atender ao mercado consumidor, acaba aumentando constantemente e gradativamente

seu portfólio de produtos, e por isso periodicamente é necessário uma avaliação para a redução do número de SKUs. Esta racionalização na verdade também força as empresas a focarem seus esforços nos produtos de melhor aceitação do consumidor e de menor custo, justamente pela compra de lotes econômicos das embalagens, por terem um menor custo de produção e processos já otimizados. Isso também contribui para a diminuição de perdas de materiais e aumento dos lucros dessas empresas. Paulo E. Pereira, designer da agência Prodesign

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artigo

As curvas das mexicanas Em recente visita ao país da América Central, observamos produtos de beleza que exploram as curvas femininas nas embalagens, valorizando-as Por Assunta Napolitano Camilo

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mpresas de produtos pessoais mexicanas, como Sanofi Aventis México, GlaxoSmithKline México e Qualamex, renovam e lançam produtos com frascos novos e curvilíneos para atrair a atenção e se aproximar das consumidoras. A tradicional mexicana Qualamex, por exemplo, lançou a linha de tratamento capilar BIO EXPERT com uma proposta bastante diferenciada. O frasco é cilíndrico, porém contém uma reentrância que lembra um fio de cabelo solto no ar. A linha é composta de shampoo, condicionador e creme de pentear, em cinco versões e duas apresentações (tamanhos): a menor de 350 ml e a maior de 750 ml. No México, os tamanhos regulares de produtos para cabelo são de 500 ml, 750 ml e 1 litro, compondo um item obrigatório na cesta das mexicanas. A decoração do frasco especial é feita com rótulo e contrarrótulo, além de rótulo-bula explorando os benefícios do item, como o fato de ser à base de produtos vegetais e não conter sal. Além disso, utiliza os recursos do hot stamping para chamar atenção dos claims (atributos). O design é elegante e equilibrado, com folhas bem desenhadas, misturadas a esquemas que remetem a células do código genético, explorando tons de verde. As tampas mantêm o formato especial em duas peças de bi-injetado (PP translúcido e verde opaco), com sistema de abertura com uma só mão. O creme de pentear oferece o sistema pump, usual para a categoria. Já o creme Hinds, da GlaxoSmithKline mexicana, foi redesenhado e está mais “orgânico”, lembrando 44

um segmento de creme fluindo. O formato do frasco provoca uma agradável experiência de toque ou pega, proporcionada pela várias linhas curvas. O tom suave do cor-de-rosa e a delicada ilustração de orquídeas colaboram com um resultado harmonioso. A decoração é feita por rótulo adesivo no label look no frontal, com tons de vinho para os textos, que mantêm o equilíbrio. O contrarrótulo traz o recorte em formato julho/agosto 2015 • Packing Cosmética


especial, como se fosse uma mancha, criando um efeito especial. A Sanofi Aventis do México apresentou sua nova embalagem do Lactacyd, seu tradicional sabonete íntimo, destacando numa das pétalas desenhadas o fato de ser uma novidade. O frasco lembra uma ânfora antiga, com curvas bem definidas, porém suaves e agradáveis ao olhar e ao toque. O logo da marca foi reelaborado com um detalhe especial na letra “Y”, desenhada para lembrar o corpo feminino. E, para destacá-la, foi colocada na vertical, possibilitando uma amplitude, e agora vem na cor cinza, mais suave que o sério preto. A decoração do rótulo e do contrarrótulo, autoadesivo e no label look, é suave como a proposta do produto, que escolheu cores tranquilas, como cor-de-rosa bebê para as pétalas que caem e azul ciano para destacar os benefícios. A tampa é o “gran finale” do projeto, produzida em duas peças cor-de-rosa com as pétalas do rótulo no prático sistema press and open, que permite a abertura tranquila com uma só mão,

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garantindo conveniência e estilo. Assim, com frascos bem projetados, as mexicanas têm produtos delicados e convenientes à disposição, e embalagens melhores, mundo melhor! Se quiser mais informações e fotos dos produtos, é possível obtê-las no site: www.clubedaembalagem.com.br. Assunta Napolitano Camilo –

Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa. Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Recebeu diversos prêmios, entre eles o de Profissional do Ano e o de Melhor Embalagem do Ano. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade, entre outros. Diretora do Kit de Referências de Embalagens e da obra Better Packaging. Better World.

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fornecedor

negócios

Mudança de atitude Ao participar de maneira mais ativa da construção dos projetos futuros dos seus clientes, a Frascomar tem conseguido se manter em rota Aûani Cusma de Paula ascendente em meio a um mercado recessivo

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ma das mais tradicionais fabricantes de frascos plásticos para a indústria de higiene pessoal e cosméticos, a Frascomar viveu grandes transformações. Como acontece com a maior parte dos fornecedores de embalagens, durante décadas a empresa se especializou em soprar e entregar frascos plásticos para seus clientes, um grupo que no segmento de cosméticos era majoritariamente composto por fabricantes locais de médio porte.

GILSON BELLUCCI, DIRETOR COMERCIAL: posicionamento permite à Frascomar atender a empresas de todos os portes, o que também demanda um parque fabril versátil.

Desde 2012, a empresa mudou o seu modo de pensar e operar o negócio. Agora, ao invés de se portar como uma fábrica responsiva, atendendo à demanda dos seus clientes a partir dos pedidos da mesma, a empresa passou a estar na frente buscando os projetos dos clientes. “Estamos junto com os clientes, projetando o futuro junto com eles. Hoje, a gente vende projetos. O frasco a gente entrega”, diz Gilson Bellucci, diretor Comercial da companhia. Trata-se de uma mudança de modelo ainda pouco usual entre os transformadores, em especial os de médio porte, o de investir em projetos que só serão soprados um, dois anos depois. As mudanças já se mostram nos resultados da companhia. Em 46

2014, um ano difícil para o setor de embalagens, a Frascomar avançou 9%. E, em 2015, em meio à choradeira generalizada do mercado, a empresa cresceu 15% no primeiro semestre. A expectativa é fechar este ano com vendas de R$ 70 milhões.

Financeiramente sólida, a empresa usa majoritariamente recursos próprios para realizar seus investimentos. Gilson acredita que os bons resultados se devem, principalmente, à nova atitude da empresa de atuar de maneira proativa junto aos seus clientes, julho/agosto 2015• Packing Cosmética


em alguns casos, com projetos plantados dois anos atrás. Não fossem esses novos projetos, o executivo acredita que o desempenho da empresa neste ano estaria cerca de 30% abaixo dos números de 2014, tendo como base apenas a manutenção da carteira que já existia. Essa mentalidade permitiu à empresa acessar, inclusive, aos maiores clientes do mercado de beleza, algo pouco provável para uma empresa do porte da Frascomar até pouco tempo. “Alguns anos atrás, estaríamos marginalizados pelos grandes clientes, pelo seu porte. Mas hoje, a gente tem todos os recursos dos grandes fornecedores como equipamentos modernos, fábrica com pressão positiva, toda enclausurada, só que mantemos a flexibilidade e a agilidade que o mercado demanda e, que muitas vezes, não é possível numa multinacional, por exemplo”, pontua o diretor Comercial da empresa. “Muitas vezes, em duas horas com os acionistas, tomamos a decisão sobre grandes investimentos para atender aos projetos dos clientes, ou mesmo para refazer a programação de produção”, complementa. Outro aspecto que ajudou na entrada da Frascomar na grade de fornecedoras de grandes empresas, como Natura e Grupo Boticário, é que, na opinião de Gilson, existe hoje uma carência por uma comunicação mais eficiente com os fornecedores. Pode parecer um contrassenso, tendo em vista a infinidade de ferramentas e possibilidade de comunicação existentes hoje, mas, negociar mais de perto e entender o negócio é uma carência enorme dos clientes que não encontra ecos nos fornecedores. “Temos de repensar www.cosmeticanews.com.br

isso. Quem tiver sensível a isso e resolver, acho que vai se dar bem. É o nosso caso, fazemos uma leitura mais detalhada do cliente antes de sair atropelando o projeto”, afirma. A proximidade no atendimento do dia a dia também se mantém como um diferencial da empresa. Cada vez mais valorizado em tempos de nervosismo, com o nível dos planejamentos de demanda e produção cada vez piores e, a cada dia, mais difíceis de serem realizados. Por isso, a Frascomar trabalha para atender ao cliente de maneira mais ampla. Desde o desenvolvimento do máster (que vão dar a cor desejada ao frasco), decoração e aplicação dos rótulos, tudo sendo feito internamente, uma série de serviços que interessa aos clientes. O atendimento full service no transformador é uma pressão. A própria Frascomar, que não opera diretamente com tampas, mantém 25 moldes de injeção com produção terceirizada, para atender aos clientes que querem que o frasco seja entregue com a tampa. Um fator crítico para o negócio de beleza é o nível de estoque. Hoje, ninguém quer ter o estoque consigo, mas ele precisa existir em algum lugar. Nesse jogo de empurra, os fornecedores acabam sendo pressionados a lidar com esse problema. Por isso, além de ter se tornado mais proativa na busca por projetos junto aos clientes, a Frascomar buscou maior equilíbrio no eixo de comando da sua produção, com um peso muito maior no planejamento para a área de vendas, justamente para ter condições de responder melhor as demandas dos clientes. “A fábrica tem de performar bem, buscar otimizar as linhas de produção, mas quem define o que vai entrar

na máquina é o comercial”, explica Gilson. Na prática, fazendo uma analogia com o varejo, é como se a Frascomar tivesse deixado de operar num modelo empurrado, no qual a fábrica determina o que vai para as lojas, para um modelo puxado, em que é a loja (no caso aqui, a área de vendas) quem determina, de acordo com o que acontece no mercado, o que deve ou não ser produzido. Parece fácil, mas não é. Justamente porque é preciso achar um equilíbrio tênue entre as duas áreas. “Existe um caminho do meio, que muitas empresas não querem, mas que a gente definiu seguir. Se você se coloca no lugar do cliente tudo fica mais fácil”, diz. Crescendo juntos Mesmo fornecendo para grandes empresas, a Frascomar mantém uma grande atenção à sua carteira de clientes tradicionais, empresas cosméticas de médio porte. E mesmo com a crise, muitos desses clientes vêm se saindo bem em águas revoltas. Uma das vantagens dessa turma é que ela está usando ferramentas mais simples na comparação com as grandes companhias – não menos inteligentes –, e com agilidade e flexibilidade, mudam de rota muito rapidamente, por isso são clientes que continuam a crescer acima da média. Para atender de maneira adequada às demandas de empresas de diferentes portes e posicionamentos, a Frascomar investiu em um parque fabril versátil, com máquinas que operam com poucas cavidades até equipamentos para moldes de grandes volumes, com 20 cavidades. A empresa também trabalha arduamente para minimizar o impacto do setup – algo inerente ao negócio – sobre os custos, buscando processos para torná-lo mais rápido ou menos necessário. 47


fornecedor

negócios

“Trafegamos entre volumes medianos e gigantescos”, confirma Gilson. Hoje, no balanço de vendas da Frascomar, o mercado de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos responde por 45% das vendas e é o maior negócio do grupo, que também atende aos segmentos farmacêutico, veterinário, alimentício e de tintas. Um dos principais nomes na carteira da Frascomar é o da mineira BioExtratus, cuja parceira culminou com a montagem de uma fábrica in-house, na planta da fabricante de cosméticos, em Divinópolis, Minas Gerais, numa experiência bastante positiva até aqui. Geralmente associada a grandes volumes e empresas, a solução de plantas in-house é algo para o que a Frascomar olha como uma tendência, especialmente por conta da evolução de tecnologias que permitiram a fabricação de máquinas menores, mais econômicas e altamente eficientes. “In-house menores, com capacidade de automação, menos consumo de energia é uma tendência que se torna cada vez mais realidade, no meu ponto de vista, principalmente por conta de custos como transporte e tributos”, diz Gilson. Em compensação, a mão de obra é um aspecto sensível desse negócio e, principalmente, a definição sobre com qual empresa partir para um modelo como esse. “Por mais que você tenha contrato, tem a questão da afinidade, da parceria, isso no final é o mais importante. Não adianta você fazer uma fábrica dentro de uma empresa, se as duas não compartilham de uma mesma filosofia. As empresas têm de procurar parceiros que enxerguem não só o negócio. Enquanto as vendas estão boas, todo mundo com margem, beleza. Mas, e quando a coisa vai mal? Quanto 48

portfólio variado: Frascomar está em contato com uma empresa europeia para incorporar no Brasil uma tecnologia de co-extrusão.

cada um está disposto a ceder para chegar numa solução razoável para os dois naquele momento?”, questiona. Investimentos constantes Apesar da demanda, a Frascomar não tem, ao menos neste momento, planos para internalizar a produção de tampas. “Já estudamos isso e, hoje, acho que encontramos um modelo interessante, e não é prioridade isso, são parceiros homologados e estamos numa frequência muito boa. Preferimos deixar assim”, diz Gilson, para quem os investimentos estão concentrados na modernização e nas melhorias do parque fabril da companhia. Entre as buscas no radar estão novos recursos de decoração, especialmente no que podem ser aplicados pelo modelo de co-extrusão e, permitir maior eficiência ao processo. “Um máster

perolado é caro. Então, com a co-extrusão, você pode optar por fazer uma camada externa com acabamento perolado e uma camada interna lisa, para dar cobertura. Isso dá ganho de custo, sem abrir mão da imagem”, diz. Gilson diz que a Frascomar está em contato com uma empresa europeia, para incorporar no Brasil uma tecnologia de co-extrusão, que permite soprar o frasco com três camadas, sendo que a do meio recebe uma carga de nitrogênio, permitindo uma redução de até 40% no peso do frasco, sem perder a rigidez. “Estamos em busca de inovação. Como você vê hoje ela está acessível para empresas de todos os portes, basta vontade e disposição. Quem ficar engessado nas mesmas ideias vai sofrer, por isso estamos sempre tentando pensar fora da caixa”, finaliza. julho/agosto 2015• Packing Cosmética


organização

futuro

tarefa tipos novo parâmetros aptidão

mensagem

fins

sistema

viabilidade

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performance ampliação horizonte

compartilhar responsabilidade

teoria

reunião

sustentabilidade

atual

relações humanas

educação

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prática saúde referência debate

objetivos

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trabalho ensino ágil

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inovação

sucesso ideias passos exemplo treinamento dinâmica interação modeloexposição espiritual motivador

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Discussão propagada Com diversos debates relevantes, o canal Venda Direta e a categoria Proteção Solar estiveram em pauta durante o mês de agosto do Atualidade Cosmética Workshop Da Redação

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o londo mês de agosto, a Cusman promoveu duas edições do Workshop Atualidade Cosmética, em São Paulo, um sobre a categoria de Proteção Solar e outro a respeito do canal Venda Direta. O primeiro, que teve como tema: “Proteção Solar: Cenários e tendências”, reuniu importantes profissionais da indústria dos cosméticos, além do diretor da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e coordenador do Consenso Brasileiro de Fotoproteção, Dr. Sergio Schalka. Ele, ao lado do consultor André Elias e da diretora técnica e proprietária da Corazza Inteligência em P&D Cosmética, Sônia Corazza, participou do primeiro debate, cujo tema era “o desafio para polarizar o protetor solar”. Segundo o dermatologista, os riscos de se obter câncer de pele não é um argumento convincente para suas pacientes. É mais eficaz mostrar como os raios solares agridem a pele, tornando-a cada vez mais envelhecida. André ressaltou que, além dos protetores serem itens considerados www.cosmeticanews.com.br

Sandro Rodrigues (Hinode)

caros para a grande maioria da população brasileira, as embalagens não são tão facilitadoras e a textura do produto também pode ser um problema. Outro ponto a se pensar é: por que a mídia só divulga os filtros solares durante o verão? O Brasil é o maior consumidor de filtro solar do mundo, mas esse consumo está muito mal distribuído. As vendas são massivas apenas durante quatro semanas do ano: entre o dia 15 de dezembro e os primeiros dias pós-réveillon, e a do carnaval.

Representando a Lubrizol do Brasil, Claudio Ribeiro (skin care aplication) argumentou que aumentar o FPS dos filtros solares pode justamente piorar seu sensorial. Em contrapartida, os cristais líquidos são eficientes para equilibrar essa formulação. Outro fator primordial na composição dos fotoprotetores é a sinergia entre os filtros. De acordo com Luciana Wendel Uttembergue, gerente regional Técnica da DSM, a junção do polisilicone 15 com um hidrossolúvel seria a combinação ideal.

Após o primeiro tema, Julio Bombonati, gerente de mercado da D’Altomare Química “A Univar Company” (distribuidora brasileira de especialidades químicas), apresentou algumas tendências do mercado, como a busca do consumidor pelo FPS, a textura e o sensorial dos fotoprotetores. Logo após, Rodrigo Kurata, gerente de marketing da IMS Health apresentou o tema: “protetor solar e o varejo farma”.

Por fim, Karin Baroni, gerente de assuntos regulatórios e desenvolvimento de produto da Melora do Brasil e Alberto Keidi Kurebayashi, conselheiro da Associação Brasileira de Cosmetologia e diretor da Protocolo Consultoria, formaram um painel com o tema: “Cosmético ou Medicamento?”. Durante a conversa, ficou evidente que é melhor o fotoprotetor continuar na categoria dermocosmético (devido 49


patrocínio

C R E A T I V E

S

A M P L I N G

Amanda Pimentel (Gattefosé), Selmo Araújo (Innovasell) e Julio Bombonati (Univar)

José de Luca (Natura)

Gabriela Fujita (Kantar)

à burocracia brasileira, dentre outros fatores), e que o importante mesmo, é fazer com que o produto chegue até o consumidor. Poder do porta a porta O tema do outro workshop foi “Venda Direta: Os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento do canal”. O intuito foi abordar as mudanças e os novos desafios de um canal fundamental para indústria de beleza no Brasil. Na abertura dos trabalhos, Gabriela Fujita, gerente de Atendimento e Negócios da Kantar Wordpanel Brasil, apresentou uma série de dados e cenários acerca de hábitos e tendências da venda direta. Em seguida, Rejane Arinos Vasco, diretora de Projetos e Inovação da Patrus Transportes, falou sobre “Os desafios da logística na venda direta”. Fernando Perez de Brito, sócio-fundador da Context Lab e da AISR, abordou “Os desafios da personalização na gestão comercial 50

Cláudio Ribeiro (Lubrizol) e Fernando Malaconi (Química Anastácio)

Saulo Coelho e equipe Racco

em venda direta no Brasil”. Enquanto isso, Daniel Almeida, diretor executivo da Adhespack – patrocinadora do workshop –, discorreu sobre “O poder do marketing sensorial na venda direta”. O evento também contou com um painel para falar sobre aquelas que têm papel fundamental na atuação deste canal: as consultoras. Esta conversa teve a participação de Saulo Coelho, diretor de Expansão da Racco, e Marcus Silveira, diretor de Vendas da Avon. Primeiro, Marcus destacou o atual posicionamento da companhia norte-americana, que está buscando voltar à raiz da venda direta. Já no primeiro case apresentado no dia, Sandro Rodrigues, presidente da Hinode, contou um pouco da história e particularidades vividas em suas quase três décadas de vida da companhia, que atua no formato multi-nível. Ele começou dizendo que,

Sergio Quendal (Patrus)

Daniel Almeida (Adhespack) e Fernando Perez (Context Lab)

para se ter sucesso na venda direta, é preciso criar relacionamentos duradouros. Enquanto isso, José de Luca, diretor de Inovação Comercial da Natura, tratou de esclarecer as dúvidas que permeiam o omnichannel, bem como ilustrou com exemplos de como a empresa explora este tema. O dirigente mostrou ferramentas e plataformas digitais que a companhia possui tanto para consumidoras, como para suas consultoras, e também destacou o pioneirismo da Natura no campanha e as infinitas possibilidades tecnológicas que ainda estão por vir. “A venda direta como canal de novas oportunidades” foi o tema da palestra de Rafael Peixoto Marconi, gerente Comercial da Eudora. A marca, que faz parte do Grupo Boticário, segundo Rafael, já nasceu multicanal e conta com ferramentas que ajudam a representante Eudora a montar sua loja online. julho/agosto 2015 • Packing Cosmética




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