Revista Budô Nº 16

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2ª Capa Anúncio FPK Arquivo já enviado

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EDITORIAL Esportes de Combate

Atletas da seleção brasileira de karatê comemoram resultado em Toronto

mexer na estrutura da preparação que vinha sendo desenvolvida, e procurou a participação de Natália Falavigna e Carlos Negrão. Os experientes técnicos têm um ano para refazer o trabalho e buscar um caminho que leve o taekwondo ao pódio nos Jogos Olímpicos de 2016. Há alguns meses iniciamos a cobertura dos principais eventos da luta olímpica em nosso site, e nesta edição começamos a divulgar este esporte por meio da cobertura dos Jogos de Toronto. A partir de agora desenvolveremos esforços junto à Confederação Brasileira de Luta Olímpica para cobrir os torneios nacionais e internacionais desta modalidade. O fato marcante desta edição foi a vinda inédita ao Brasil de mestres do Instituto Kodokan de Tóquio. Durante quatro dias eles estiveram em São Paulo transmitindo conhecimentos de kata a 400 professores de todo o País. Este feito contou com o apoio da Confederação Brasileira de Judô, Federação Paulista de Judô e Consulado Geral do Japão, e certamente promoverá grande expansão do kata no Brasil. Comemorando ainda o melhor resultado do karatê nos Jogos Pan-Americanos, a diretoria técnica da CBK mantém o foco em duas frentes. Um no Campeonato Brasileiro, que deverá reunir em Joinville 2 mil karatecas aproximadamente em outubro, e o outro nos eventos internacionais programados para 2016 no Brasil. O karatê brasileiro vive um momento mágico e estaremos a postos para fazer grandes registros de suas conquistas.

O editor

Diretora Executiva Daniela Lemos daniela.lemos@terra.com.br Conselho Editorial Mauzler Paulinetti Luiz Fernandes de Araújo Júnior José Jantália Flávio Bang Ivon da Rocha Dedé Redator N. T. Mateus – Mtb 10.864 Direção de Arte André Siqueira Assistente de Produção Geisa Guedes Colunistas Fernando Malheiros Filho Guaraci Ken Tanaka Consultores Técnicos Luiz Alberto dos Santos – Judô Walmir Zuza – Karatê Carlos Negrão – Taekwondo Colaboradores Mário Manzatti - FPJ Walter França - CBJ Maria Ferri - CBTKD Lara Monsores - CBJ Fúlvio Melo - CBLA André Guimarães - SELJ Revisão Nilton Tuna

Foto GERALDO DE PAULA

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m um ano marcado pelas incertezas políticas do nosso País, o esporte continua em frente, seja investindo no preparo dos atletas seja conquistando títulos nas mais variadas competições mundiais ou continentais. Recentemente o Brasil fez história em Toronto, onde pela primeira vez conquistou a terceira colocação geral dos Jogos Pan-Americanos, a principal competição esportiva do continente. Neste cenário as modalidades de luta fizeram a sua parte, trazendo nove medalhas de ouro, duas de prata e 14 de bronze, totalizando 25, que representam 18% das medalhas alcançadas pelo Brasil, em Toronto. As nove medalhas de ouro conquistadas por judô, karatê e luta olímpica correspondem a 22% dos ouros que o Brasil abocanhou para consolidar a inédita terceira colocação nos Jogos Pan-Americanos. O resultado alcançado pelos esportes de combate preconiza e sugere maior investimento nestas modalidades que, com exceção do judô, têm os menores orçamentos entre as modalidades de rendimento em nosso País. Contudo, os esportes de combate precisam preparar-se da melhor forma possível para o Rio 2016, quando os principais lutadores do mundo disputarão medalhas e o prestígio que a competição proporciona aos vencedores. Astana, Toronto e demais competições que antecederem os Jogos Olímpicos serão apenas referência e parte do preparo para o maior evento esportivo do planeta. Ainda neste mesmo cenário, após o fraco desempenho do taekwondo em Toronto, a diretoria técnica da CBTKD decidiu que era preciso

EXPEDIENTE

Vencemos uma batalha em Toronto, mas há muito a fazer por 2016!

Editor e Diretor Paulo Roberto Pinto de Souza paulobudo@gmail.com

Fotografia Marcelo Kura – Capa Paco Lozano – Europa Marcelo Lopes – São Paulo Geraldo de Paula – Internacional Valter França – CBJ Daniel Ferrentini – Rio de Janeiro Erik Teixeira – São Paulo Matias Rojas – Europa TKD Paulo Pinto – Brasil Departamento Comercial Daniela Mendes de Souza revistabudo@gmail.com Assinatura www.revistabudo.com.br/assine Impressão e Acabamento Gráfica Kaygangue – Palmas (PR) A REVISTA BUDÔ é uma publicação trimestral da Global Sports Editora Ltda. Rua Henrique Julio Berger, 855 – Conj. 102. – Caçador (SC) 89500-000 – Fone (49) 3563-7333 Tiragem desta edição 11.500 exemplares Opiniões e conceitos emitidos em matérias assinadas não são de responsabilidade do editor. Direitos reservados © 2015 Global Sports editora Ltda. Impressa no Brasil – Printed in Brazil www.revistabudo.com.br

Informação a serviço do esporte

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Esportes de combate obtêm recorde de medalhas nos Jogos PanAmericanos

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Troféu Brasil Interclubes

118 Curitiba sedia Brasileiro de Karatê-dô Tradicional

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4 6 20 22 28 32 34 40 44 46 50 64 76 84 94 98 102 104 110 126 128 130 132 140 142 146 154 156 159 160 166 170 172 183 184 190 192 195 196 199 200 203 204 210 212 214 218

Editorial Vencemos uma batalha em Toronto, mas muito resta fazer por 2016 Nesta Edição Falta-nos maturidade para obter a convergência do karatê Copa São Paulo é incluída no calendário do Governo do Estado Gestão inovadora fortalece o Taekwondo Karatê a todo vapor na prefeitura de São Paulo Torneio interestadual recebe judocas do Japão Richard Amos Trapaceiro, ingênuo ou broxa? Seleção paulista é campeã do Campeonato Brasileiro de Judô Sub 21 Mundial ratifica hegemonia asiática no taekwondo Seminário aproxima Brasil ao Instituto Kodokan SESI e São João Tênis Clube são campeões paulistas Sub 15 e Sub 23 São Paulo é campeão brasileiro de karatê do grupo II Mudanças na comissão técnica dão novo gás ao taekwondo Lei Paulista de Incentivo ao Esporte entrega 449 certificados de projetos aprovados Brasil volta ao topo com a sexta colocação no ranking da WKF Com 17 medalhas, Brasil é campeão pan-americano sênior de judô Palmeiras é campeão paulista sub 21 Seletiva define seleção paulista menores de taekwondo Paulo Duarte lança livro que foca fundamentos do judô Fórum discute a Lei Paulista de Incentivo ao Esporte Paulista máster e de kata supera expectativas No México Carlos Fernandes expõe abusos da Kukkiwon Paraná surpreende no Campeonato Brasileiro sub 18 de judô Paulista open tem recorde de participantes Shiroi inaugura loja piloto Brasil conquista 17 medalhas no México Delegação de Hyogo visita Federação Paranaense de Judô Instituto Reação se impõe na Copa Minas de Judô Stanley Virgílio - A paixão pelo judô traduzida em livros Encontro leva Tanaka e Inoki ao Distrito Federal Premier League Karate - São Paulo/Brasil Blumenau sedia último treino para o Sul-Americano Campeonato Paulista Universitário reuniu 350 atletas das artes marciais Estágio no Japão mostra a força do trabalho na base Jutsu, a arte oculta no karatê! Treinamento de campo reúne mais de 300 judocas em Curitiba Governo de São Paulo reformula Centros de Excelência e cria de Centros de Formação Titafight, Karatê voltado para o desenvolvimento humano Ribeirão inova mais uma vez com a Cidade do Judô Richard Amos realiza workshop em Ribeirão Preto Esporte Clube Pinheiros é campeão paulista sub 18 Medalhistas são agraciados por Geraldo Alckmin Hidehito Otuki notabiliza paulista regional Francisco de Carvalho inaugura centro esportivo no Zaíra Academia de Judô Pires vence Copa Kazuo Suga www.revistabudo.com.br


Patrocinadora oficial da Seleção Brasileira de Taekwondo


JOGOS PAN-AMERIC ANOS 2015

Esportes de combate obtêm

Jogos Pan -

Juntos, karatê, judô, taekwondo, luta olímpica e boxe obtiveram 25 medalhas em Toronto, o melhor resultado do Brasil nos Jogos Pan-Americanos.

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recorde de medalhas nos

- Americanos

PINTO I Fotógrafos da EXEMPLUS/COB: Sérgio Dutti, Jonne Roriz, Eduardo Rocha, Washington Alves, Saulo Cruz, Geraldo de Paula e Rafal Burza.

POR PAULO

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iferentemente do atletismo ou da natação, em que as premiações são computadas em bloco, nos esportes de combate não existe o hábito de unir o segmento, quando é feita a contagem de medalhas nas competições continentais. Juntas, as cinco modalidades obtiveram nove medalhas de ouro, duas de prata e 14 de bronze, totalizando 25, que representam 18% das medalhas alcançadas pelo Brasil em Toronto.

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Judô mantém supremacia

Nos tatamis o judô manteve a tradição, conquistando 13 medalhas para o Brasil. Foram cinco ouros, duas pratas e seis bronzes, que garantiram o primeiro lugar na classificação geral e a hegemonia continental do País na modalidade. Com exceção de Alex Pombo, todos os brasileiros medalharam nesta campanha vitoriosa, e a seguir mostramos a avaliação feita pelo professor Paulo Duarte dos últimos combates de cada um deles em Toronto.

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JOGOS PAN-AMERIC ANOS 2015 Felipe Kitadai x Lenin Preciado (ECU) Infelizmente, o brasileiro cometeu um erro crasso. O equatoriano, canhoto, segurou a gola do judogi de Kitadai em sua porção mais alta. Kitadai abraçou a cintura de seu oponente com seu braço direito. Porém, Preciado mantevese em posição perpendicular ao atleta brasileiro, que pensou em aplicar um ura-nage. Na posição em que se encontrava o adversário, seria muito difícil a execução desse golpe. Neste caso, a melhor opção seria um yoko-guruma pela esquerda, já que seu braço direito envolvia a cintura de Preciado. Na tentativa do ura-nage, sofreu um uchi-mata de esquerda e caiu de ippon.

Paulo Wanderley entrega a medalha de ouro a Luciano Correia

Os nove ouros conquistadas por judô, karatê e luta olímpica correspondem a 22% dos ouros que o Brasil acumulou para consolidar a terceira colocação nos Jogos Pan-Americanos, e esse resultado precisará ser levado em conta na hora de distribuir o apoio às modalidades no próximo ciclo olímpico. Mas nós, da Budô, fazemos esta conta por entender que as lutas representam um segmento específico do universo esportivo, e vamos um pouco mais além. Temos certeza de que no momento em que todas as modalidades fizerem a lição de casa, trazendo as medalhas de que o Brasil precisa e unirem-se para reivindicar mais suporte, certamente obterão maior apoio e maior estrutura.

Maria Portela x Andrea Poo (MEX) Maria utilizou a estratégia correta. Sendo muito mais baixa que sua adversária, segurou as duas mangas do judogi, não permitindo que Andrea segurasse em seu judogi. Com bom volume de ataque, por várias vezes colocou a oponente em suas costas, tentando aplicar sucessivos sode-tsuri-komi-goshi. Por pouco não conseguiu uma projeção. Conduziu a luta com muita consciência e em momento algum foi incomodada pela mexicana. Isso gerou uma punição em sua adversária que, embora não tenha sido projetada, não deixou de ser uma presa fácil para Maria, que conquistou o bronze na categoria até 70 kg. Érika Miranda x Ecaterina Cuica (CAN) Érika estava absoluta na luta. Dominou o combate desde o início. Um o-uchigari aplicado nos instantes iniciais quase liquidou a luta. A partir daí, era nítido

O gigante David Moura faturou o ouro inédito nos Jogos

o descontrole da atleta canadense, que não conseguiu sequer segurar no judogi da Érika. Dois lindos ippon-seoi-nages deram a primeira medalha de ouro para o Brasil nos jogos! Victor Penalber x Gadiel Miranda (PUR) Penalber comandou as ações desde o início da luta. Miranda perdia no kumi-kata e por essa razão não oferecia nenhum risco ao brasileiro. Penalber se impunha com muita autoridade e percebíamos que era uma questão de tempo para que sua supremacia se transformasse em boa pontuação. Um o-soto-gari corretamente aplicado de canhoto para destro abriu o placar a seu favor com um yuko. Próximo ao final da luta, um espetacular morote-seoi-nage resultou em ippon e na justa medalha de bronze ao brasileiro. Mariana Silva x Diana Velasco (COL) A brasileira movimentava-se com tranquilidade porque conseguia distribuir seu peso corporal, igualmente, nas duas pernas. Efetuava a pegada muito na ponta da manga da adversária e não permitia que ela esboçasse qualquer tentativa de ataque. Embora a pegada na ponta da manga neutralize qualquer ação da adversária, também dificulta a ação de quem segura dessa forma para qualquer técnica que tenha a intenção de jogar a adversária para frente. Por esse motivo, a primeira pontuação de Mariana foi obtida com um tani-otoshi. Com a luta aproximando-se do fim, a colombiana procurava sair da situação desfavorável em que se encontrava. Em algumas vezes conseguiu desvencilharse da pegada e tentou segurar o judogi da brasileira em sua porção mais alta. Porém, uma dessas tentativas propiciou a Mariana segurar um pouco mais alto a manga de seu judogi e isso foi fatal. Mariana desferiu um o-soto-makikomi e consegui um wazari já nos instantes finais da luta; a brasileira apenas aguardou o soar do final do combate. Vitoriosa, Mariana conquistou a medalha de bronze na categoria até 63 kg. Alex Pombo x Arthur Margelidon (CAN) Infelizmente a disputa pelo terceiro lugar na classe masculina não teve o mesmo desfecho. Alex marcou um wazari com seu ashi-guruma, mas não conseguiu manter a grande vantagem. Sentindo

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JOGOS PAN-AMERIC ANOS 2015 uma contusão no joelho, tinha muita dificuldade para movimentar-se e acabou cedendo a uma reviravolta no placar, perdendo a medalha de bronze. Só nos resta lamentar a falta de sorte do brasileiro que, em condições normais, com certeza teria conquistado essa medalha. Por sua garra, merece nossos aplausos! Rafaela Silva x Anriquelis Barrios (VEN) Vimos uma Rafaela bem determinada, vencendo com certa facilidade a disputa pelo bronze. Logo no início da luta, conseguiu um wazari com um tani-otoshi. Sua pegada aberta em determinados momentos causou muita preocupação. A adversária, percebendo que Rafaela estava acomodada em razão da grande vantagem obtida, começou a atacar com maior frequência. Embora o ataque da adversária não demonstrasse eficiência, o volume de entradas que Anriquelis impetrava logo após sofrer o wazari preocupava porque poderia induzir a punições e, com isso, ameaçar a supremacia da brasileira. Mas, felizmente isso não ocorreu e Rafaela conseguiu mais uma medalha de bronze para o Brasil. Charles Chibana x Anton Bouchard (CAN) Chibana iniciou a luta em desvantagem Érika ratificou o excelente momento com o ouro em Toronto

no kumikata. O canadense, mais alto, canhoto, conseguia impor-se em razão da postura curvada de Chibana, que facilitava a pegada da mão esquerda do canadense em suas costas e contribuía para aumentar a envergadura do adversário, que se sentia muito à vontade na luta. Sabendo que Chibana tem um excelente ura-nage, Bouchard mantevese em posição perpendicular a Chibana durante todo o tempo do combate, esperando que o brasileiro tentasse a aplicação do ura-nage. Realmente, Chibana tentou e foi surpreendido com um movimento do canadense que, ao cair em cima do brasileiro, conseguiu um yuko. Numa segunda oportunidade, esperando que Chibana fosse repetir o mesmo movimento, curvou o corpo à frente para tentar cair em cima do brasileiro como da primeira vez. Só que, agora, ele é que foi surpreendido porque Chibana aplicou um yoko-guruma pelo lado esquerdo e conseguiu igualar o placar em um yuko. Durante toda a luta Chibana envolvia a cintura do adversário, mas mantinha sua posição em migi-shizentai. No fim da luta, quando tudo levava a crer que Chibana repetiria uma das duas técnicas (ura-nage e yoko-guruma), o brasileiro deu um passo para o lado, mudou sua posição de migi-shizentai para shizentai, ficou de frente para o adversário e aplicou um espetacular ko-soto-gake, conseguindo o ippon. A qualidade técnica e a criatividade de Chibana foram determinantes para a conquista da medalha de ouro! Maria Suellen x Leidi German (DOM) Suellen disputou o bronze e venceu a atleta dominicana com um wazari de sumiotoshi seguido de imobilização (kuzure-yoko-shihô-gatame). A luta estava equilibrada, com ambas as atletas punidas com shido. Após a punição recebida, a brasileira percebeu a necessidade de assumir o controle da luta. Conseguiu estabilizar a sua pegada, comandando as ações. Totalmente controlada pelo kumi-kata da brasileira, a atleta dominicana se sentiu na obrigação de efetuar algum ataque para evitar outra punição e isso foi fatal para suas pretensões. Desequilibrada no sumi-otoshi aplicado por Suellen, seguido de imobilização, viu seu sonho de medalha terminar aí. O terceiro posto obtido por Suellen nos deixa muito felizes porque

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A cada certame Penalber mostra mais personalidade e melhor desempenho

nós sabemos em que circunstâncias essa medalha foi conquistada. Suellen estava afastada dos tatamis há nove meses em razão de uma cirurgia no joelho. Portanto, seu retorno vitorioso nos leva a prognosticar grandes conquistas pela frente. Luciano Corrêa x Marc Deschenes (CAN) A estratégia e a tática de luta de Corrêa contradizem qualquer avaliação que se possa fazer. Sua capacidade física supera, em muito, a de seus adversários. Seu ritmo é impressionante! Segurando a manga direita do judogi de seu adversário e colocando-a para dentro de modo que a mão dele encostasse em seu próprio abdome, partiu para cima em busca de segurar a gola do judogi do canadense, que ficou atordoado com o volume alucinante apresentado pelo brasileiro. As punições foram acontecendo naturalmente em razão do recuo de Deschenes, que não sabia o que fazer diante da disposição do brasileiro que, literalmente, o sacudia para todos os lados. A superioridade de Corrêa era evidente. Assim, a segunda medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos na categoria meio pesado só poderia alojar-se no peito desse aplicadíssimo Luciano Corrêa. Maira Aguiar x Kayla Harrison (USA) Um clássico do judô mundial. A atual campeã do mundo contra a campeã olímpica. Maira é sempre muito impetuosa. Procura tomar a iniciativa em suas lutas, abafando as adversárias que, na maioria das vezes, cedem às suas investidas porque curvam o corpo em demasia. Kayla, no entanto, comportou-se de maneira bem diferente. Maira é canhota e Kayla é destra. Mantendo www.revistabudo.com.br


Com o bronze Nathália Brígida abriu a porteira para as medalhas do judô nos Jogos

uma postura ereta e sua mão direita colocada no alto da gola do judogi de Maira, a atleta norte-americana não permitia a aproximação tão desejada pela brasileira. Numa tentativa de conseguir a aproximação que lhe é tão favorável, Maira procurou segurar lateralmente o judogi de sua adversária, na esperança de alcançar suas costas. Percebendo a intenção da brasileira, a norte-americana passou a lutar em posição shizentai, mantendo o braço direito na mesma posição e, assim, neutralizou completamente a tática da brasileira, que apenas se desgastava em suas tentativas de golpe. Isso fez a diferença na luta. Sem encontrar uma solução que tornasse seus ataques mais eficientes, Maira diminuiu drasticamente o volume desses ataques, por cansaço e também por não encontrar o caminho que conduzisse a uma projeção. Essa parada ocasionou um shidô e isso foi decisivo para o resultado. Com a vantagem a campeã olímpica conduzia a luta com muita segurança. Maira por várias vezes foi ao solo e por pouco não foi pega em alguma técnica de ne-waza. A medalha de ouro fez jus ao melhor desempenho de Kayla. A honrosa medalha de prata também é um prêmio importante para nossa judoca, que merece nossos aplausos. Tiago Camilo x Ashley González (CUB) Talvez a luta mais esperada da noite. Dois grandes atletas se enfrentavam em busca do ouro. Dois vice-campeões olímpicos que já se enfrentaram em diversas oportunidades e que guardam grandes resultados um sobre o outro. A luta começou com Tiago buscando claramente a manga de Ashley, que a escondia para evitar a www.revistabudo.com.br

Tiago Camilo fez história conquistando seu terceiro ouro, nos Jogos

Após quase um ano no gancho, Suelen voltou para a briga com muita determinação

vantagem do brasileiro que já domiQuase 100% nava a gola do seu judogi. Se Ashley Em Toronto, Paulo Wanderley Teixeira coperdesse também a manga o risco memorou a atuação da seleção brasileira. de ser projetado seria muito grande. “Ficamos felizes com o desempenho do Mas, essa atitude de nada adiantou. judô nos Jogos. Os atletas brasileiros enPor esconder a manga o cubano foi traram nos tatamis e fizeram o dever de punido em duas oportunidades com casa, mas sempre buscamos dividir os shido. Tiago, muito consciente, sem resultados obtidos entre todos os envolcometer erros, sabia que seria muito vidos no processo. Sendo assim, parabedifícil para o cubano reverter essa sinizo os atletas e a nossa comissão técnica tuação. Assim foi conduzindo o compelo resultado alcançado aqui. Não fosse bate com certa tranquilidade. Sentinum problema de lesão, poderíamos ter do que a luta se aproximava do fim, obtido 100% de aproveitamento, mas o Ashley partiu para o ataque de maneiimportante foi termos conquistado 13 ra descontrolada e quase foi projetado medalhas que ajudaram o Brasil a consopor um morote-seoi-nage desferido lidar a tão sonhada terceira colocação nos por Tiago. A maturidade do brasileiro Jogos Pan-Americanos”, disse o presidentrouxe-lhe o tricampeonato em Jogos te da Confederação Brasileira de Judô. Pan-Americanos, coroando uma das mais belas carreiras do judô nacioAo lado de Paulo Wanderley, o ministro George Hilton nal em todos os acompanhou de perto o desempenho do judô tempos! Parabéns é pouco! Na falta de uma expressão melhor, ficam aqui os agradecimentos de toda a comunidade judoísta brasileira pelo título que muito nos envaidece. David Moura x Freddy Figeroa (ECU) Que comentário eu posso fazer? Dez segundos de luta. Yoko-tomoe-nage e um ippon maravilhoso! Correto, impecável, humilde. Campeão!

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JOGOS PAN-AMERIC ANOS 2015

A união do karatê em torno das medalhas resultou no melhor desempenho da modalidade nos Jogos Pan-Americanos

Karatê faz história em Toronto A seleção brasileira de karatê foi ao Canadá composta por sete atletas, alguns muito experientes, como Valéria Kumizaki, 55 kg, e Douglas Brose, 60 kg, que participaram da competição pela terceira vez. Ambos foram ao Canadá em busca do ouro inédito. Valéria possuía uma prata, conquistada no Rio de Janeiro em 2007, e um bronze, obtido em Guadalajara, em 2011. Já o bicampeão mundial Douglas Brose possuía dois bronzes obtidos nas últimas edições do certame, e queria muito o único título que faltava em sua galeria de troféus. “Persigo este ouro há oito anos, e esta é a única medalha que falta em minha coleção. Estou treinando desde janeiro focando esse objetivo, que tem enorme significado para mim, para o karatê do Brasil e para o COB”, Isabela Santos exibe o bronze inédito

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disse Brose, antes da competição. Além dos dois experientes karatecas, o Brasil levou ao Canadá mais cinco atletas que pertencem à nova geração da arte das mãos vazias: Aline de Paula, -50 kg; Natália Spigolon, -68 kg; Isabela Rodrigues, +68 kg; Marcos Paulo, -84 kg; e Wellington Barbosa, +84 kg. Algumas seleções de karatê conquistaram um número maior de vagas e foram a Toronto com dez atletas, mas com apenas sete o Brasil foi o campeão geral da modalidade, com três ouros e dois bronzes. O karatê brasileiro estreou nos jogos com o pé direito, faturando dois ouros com Valéria Kumizaki, -55 kg e Douglas Brose, -60 kg, e com o bronze conquistado por Aline de Souza, -50 kg, fechou o primeiro dia de disputa com 100% de aproveitamento. Confirmando seu favoritismo, o atual bicampeão mundial e líder do ranking da categoria até 60 kg, Douglas Brose, não deu chanAline Silva estreou nos Jogos com um bronze para o Brasil

ces para Jovanni Martinez na final e levou o ouro inédito dos Jogos Pan-Americanos. O karateca catarinense saiu na frente com um wazari que tirou o foco do venezuelano, que demorou a se reencontrar nos tatamis. Quando Martinez voltou ao combate o placar apontava 4 a 0, e já não restava tempo para uma reação. Após duas tentativas anteriores no Rio de Janeiro (2007) e em Guadalajara (2011), Douglas finalmente obteve a medalha que faltava em sua coleção. Valéria Kumizaki também conquistou a medalha de ouro inédita. Na final da categoria até 55 kg, contra a canadense Kate Campbell, venceu no hantei. Após levarem duas punições, as finalistas mediram força e somente nos 30 segundos finais partiram para o confronto, mas a luta terminou empatada e no hantei ela venceu por 3 a 2. A terceira medalha do dia veio por meio da Aline Souza, a mais nova atleta da seleção brasileira de karatê. A karateca potiguar faturou o bronze após derrota na semifinal para a dominicana Ana Villanueva, que era a atual campeã dos Jogos Pan-Americanos da categoria. O Brasil conquistou mais duas medalhas pelo karatê. Natália Brozulatto derrotou a mexicana Xhunashi Caballero por 2 a 0 e conquistou a medalha de ouro na categoria -68 kg. Já no pesado Isabela dos Santos obteve o bronze. Nas semifinais, Natália passou pela venezuelana Omaira Molina, vencendo a luta por 3 a 1. Natural de Piracicaba, a atleta já conquistou o bronze no mundial de 2013, na Alemanha, e no USA Open 2015. Isabela dos Santos, que disputava a categoria +68 kg, acabou derrotada pela equatoriana Valeria Echever na semifinal por 5 a 1. Apesar do resultado, a brasileira conquistou o bronze e subiu ao pódio ao lado da venezuelana Yeisy Piña, também terceira colocada. Com o ouro conquistado por Valéria Kumizaki e o bronze obtido por Aline de Souza Valéria Kumizaki

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o karatê feminino obteve 100% de aproveitamento nos Jogos Pan-Americanos. Para Ricardo Aguiar, técnico da seleção brasileira, o resultado do primeiro dia dos jogos refletiu o excelente trabalho em grupo que vem sendo feito nos dois últimos anos. “No primeiro dia de disputa tivemos três categorias que resultaram em três pódios e três medalhas: um bronze e dois ouros. Estamos satisfeitíssimos porque esta conquista é resultado de um trabalho desenvolvido em grupo, e do esforço de cada componente da seleção individualmente, seja na manutenção do peso, no condicionamento físico e, sobretudo, no foco que mantiveram na atmosfera dos Jogos Pan-Americanos, já que nem todos estavam acostumados com um ambiente competitivo dessa magnitude.” O técnico paulista destacou a importância do último dia na conquista do karatê. “O último dia foi tão importante quanto o primeiro, pois naquele momento dos jogos a disputa entre Brasil e Cuba estava bastante acirrada. Conseguimos mais um ouro e um bronze, e as medalhas do karatê foram decisivas na briga pelo terceiro lugar geral. Mas o que contava naquele momento era que estávamos escrevendo a melhor campanha do karatê brasileiro nos jogos, sendo campeões gerais.” Aguiar encerrou falando sobre a importância da liderança. “A luta e a briga constantes são a cara e a marca do karatê do Brasil. Este é o reflexo do trabalho desenvolvido por todos, desde a base até o topo, e não vou puxar e nem creditar os méritos desta vitória para ninguém. Mas eu vejo o trabalho feito pela diretoria, na qual algumas pessoas se entregam de corpo e alma, e é por isso que eu fico motivado, pois vejo gente a meu lado se empenhando na vitória. Não são todos, é claro, principalmente na comissão técnica, em que nem todos se envolvem da mesma forma, mas isso faz parte e acontece em qualquer empresa ou grupo. Agora, ter uma responsabilidade em liderança, em referência e postura é algo extremamente importante,

Antonio Espinós, presidente da WKF participou da cerimônia de premiação

principalmente para os atletas que estão ali esperando ouvir algo dos dirigentes. Nem sei se estou falando como técnico, coordenador técnico ou como pessoa, mas sentar ali na cadeira requer um comprometimento muito grande, que não se inicia ali e naquele momento. Isso demanda tempo, um trabalho constante, muito planejamento e uma aproximação total com o atleta, que acima de tudo precisa sentir total confiança. Em resumo, são exigidos vários fatores quando se pensa em liderança. Penso que o karatê brasileiro contribuiu para o nosso País chegar em terceiro lugar na competição. Mas o karatê brasileiro merece isso e muitas coisas mais.” A meta da comissão técnica era obter 100% de aproveitamento, e após os jogos William Cardoso, diretor técnico da CBK, falou sobre o masculino ter ficado aquém do esperado. “É verdade, o masculino não atingiu aquilo que havíamos planejado, mas isso foi algo pontual. Em vários certames internacionais realizados neste ano o masculino superou o feminino. Nós trabalhamos para o karatê do Brasil como um todo, sem fazer distinções ou divisões. A equipe chegou a Toronto muito determinada e com fome de medalhas. Todo o time estava focado no resultado e treinou muito para alcançá-lo. Não tivemos nenhuma lesão, o que demonstra a boa condição física e o preparo dos nossos atletas. Atingimos a meta mínima de cinco

O técnico Ricardo Aguiar comemora o ouro de Natália Brozulatto

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medalhas, o que mostra que não estávamos distante da realidade quando fizemos as nossas projeções. Alcançamos 72% de aproveitamento, e acho que fizemos a nossa parte no sentido de ajudar o Brasil a chegar à terceira colocação geral.” Para Luiz Carlos Cardoso, o karatê fez a sua parte. “Essa competição é a maior vitrine para o karatê brasileiro e por meio dela pudemos mostrar ao COB e à imprensa esportiva o verdadeiro potencial de nossa modalidade. Após alguns anos no ostracismo, voltamos ao topo com força total e hoje figuramos no primeiro lugar nas Américas, no ranking da WKF. Se houvesse um pouco mais de prazo, teríamos classificado uma equipe completa e certamente obteríamos mais ouros para o Brasil. Mas mesmo assim temos certeza de que o karatê fez a sua parte. Este ano consolidamos a nossa hegemonia, e agora buscamos ocupar o primeiro lugar na promoção e realização de eventos internacionais em nosso País. Este ano sediamos a Premier League, e no próximo ano realizaremos o Campeonato Pan-Americano sênior, quando receberemos as equipes de todo o continente americano. A WKF está trabalhando no sentido de o karatê estrear nos Jogos de Tóquio, mas, enquanto isso não se torna realidade, estamos fazendo a nossa parte por meio de uma gestão transparente e voltada para o desenvolvimento do karatê.” Douglas vibra com o ouro inédito

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JOGOS PAN-AMERIC ANOS 2015

Carlos Nuzman, presidente do COB, Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional e Carlos Fernandes, presidente da CBTKD em Toronto

Taekwondo garante dois bronzes Todas as projeções feitas pela diretoria e comissão técnica sucumbiram diante da passividade e falta de determinação dos atletas brasileiros. Com isso o Brasil voltou de Toronto com dois bronzes, resultado bem abaixo do esperado. Uma das medalhas obtidas pelo Brasil veio com Íris Sing, que não se importou com o barulho absurdo feito pela torcida canadense na disputa do bronze, da categoria até 49 kg. A atleta fluminense conseguiu uma virada incrível e garantiu o terceiro lugar ao vencer a canadense Yvette Yong por 8 a 6, num ginásio lotado. Íris chegou a estar perdendo por 6 a 1, mas teve brios de sobra para garantir o bronze e a primeira medalha do taekwondo brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. O bronze de Íris surgiu no último round, pois a brasileira começou mal e perdeu o primeiro por 4 a 0, e se recuperou no segundo vencendo com o placar de 3 a 2, mas no quinto atropelou com um 5 a 0 para garantir o triunfo por 8 a 6. Os últimos 30 segundos foram emocionantes e fizeram a diferença para a atleta do Rio de Janeiro. Após a conquista Íris afirmou que a medalha tinha um gostinho de ouro. “Mesmo sendo de bronze, esta medalha tem gosto de ouro. Fiquei muito triste e chorei por sair da briga pelo ouro, aí defini que não poderia voltar para o Brasil com as mãos vazias. Sei da importância da torcida lutando em casa, e sem ela a Yvette já é forte. Já a havia vencido este ano e no finalzinho ela quis arrancar o ponto, mas frustrei a expectativa. Foi muito barulho, era muita gente. Na primeira luta contra a cubana eu estava

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muito nervosa, mas agora não podia deixar o bronze escapar, e consegui vencer.” Rafaella Galacho garantiu o segundo bronze para o taekwondo numa luta muito equilibrada, vencendo a canadense Nathalia Iliesco e levando a medalha na categoria +67 kg. Aos 25 anos, a lutadora, que já figurou na lista das dez mais belas do mundo, faz parte da nova geração da modalidade e desabafou durante a comemoração. “É tão difícil dizer alguma coisa agora, nós tivemos tempos difíceis por causa de alguns comentários sobre a nossa equipe. O que posso dizer é que a confederação está tentando fazer algumas mudanças sobre o que acontecia no passado. Não só eu, mas o resto da equipe tenta ganhar medalhas,

fazemos o nosso melhor. É muito difícil ouvir as pessoas dizendo algumas coisas sobre nós sem saber nada sobre nosso treinamento”, disse. Em 2011, no pan de Guadalajara, Raphaella Galacho ficou em quinto lugar. Mais experiente, ela chegou a Toronto com a grande expectativa de conquistar uma medalha. Na primeira luta venceu a dominicana Katherine Rodriguez, mas depois perdeu para a norte-americana Jackie Galloway, na semifinal. E acabou na disputa da medalha de bronze. “Não é o que eu queria, vim ao Canadá focando a medalha de ouro. Fiquei muito chateada quando perdi a semifinal, mas estou muito feliz por conquistar uma medalha para o Brasil. Eu só tenho a agradecer ao meu treinador e à minha família. Tenho certeza de que minha mãe está chorando agora. Eu sei que quando voltar para casa todos estarão felizes”, disse Raphaella. O fraco desempenho do Brasil nos jogos fez com que a comissão técnica fosse totalmente reestruturada, e Carlos Fernandes, presidente da CBTKD, falou sobre as mudanças que ocorrerão. “Fizemos um trabalho e este resultado contrariou todas as projeções feitas por nós. A luz vermelha foi acesa e felizmente ainda temos tempo para tentar corrigir os erros que vêm sendo cometidos. Estamos reformulando a nossa comissão técnica e mesmo que tardiamente reiniciaremos os trabalhos visando à conquista de medalhas no Rio 2016”, disse o dirigente.

Orgulhosas com a conquista, Iris Sing e Rafaela Galacho exibem o bronze obtido nos Jogos

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Angel Torres Aldama, Pedro Garcia, Eduardo Paz Gonçalves, Davi Albino, Flávio Cabral, Kamila Barbosa e Giulia Penalber comemoram com Pedro Gama Filho, presidente da CBLA o ouro inédito nos Jogos

Luta olímpica faz melhor campanha nos jogos Em Toronto a luta olímpica brasileira viveu um momento histórico para a modalidade. Joice Silva conquistou a primeira medalha de ouro em Jogos Pan-Americanos na categoria até 58 kg. Depois de estar perdendo por 5 a 0, Joice realizou uma virada espetacular e fez 6 a 5 sobre a cubana Yaquelin Stornell para garantir o lugar mais alto do pódio. De quebra, a brasileira tornou-se a maior medalhista em jogos; além do ouro em Toronto, Joice foi bronze em Guadalajara 2011. Joice Silva teve uma estreia mais difícil do que o esperado. A mexicana Alejandra Romero, campeã pan-americana júnior (18 a 20 anos) não se intimidou com o melhor

currículo da brasileira e chegou a abrir 1 a 0 no placar. No segundo round, Joice também campeã pan-americana, só que da categoria sênior (acima de 20 anos), partiu para cima e conseguiu projetar a oponente e virar o marcador para 2 a 1. A partir daí, Alejandra tentou de todas as formas atacar, mas Joice conseguiu se defender e avançar. Na semifinal, a brasileira enfrentou a peruana Yanet Sovero. Ao fim do primeiro round, Joice terminou com a vantagem mínima de 2 a 1. Enquanto a peruana atacava, Joice se defendia e esperava um espaço para contra-atacar. Joice conseguiu passar para as costas da adversária, fazer 5 a 3, e garantir a vaga na final contra a cubana Yakelim Stornell. Velhas conhecidas, Joice e Yakelim já se haviam enfrentado no pan-americano de luta olímpi-

Davi Albino e Aline Silva exibem o bronze conquistado

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ca, quando Joice venceu por encostamento. Nos Jogos Pan-Americanos não foi diferente, mas a disputa foi muito mais acirrada. Joice começou com uma desvantagem de 5 a 0 e ainda no primeiro round conseguiu reduzir para 5 a 4. No segundo round, Joice partiu para cima, conseguiu retirar a cubana da área de lutas e empatar. Exausta, Yakelim torceu os dedos de Joice Silva, o que fez o árbitro dar mais um ponto para a brasileira. Determinada na vitória, Joice segurou o ímpeto da cubana e faturou a primeira medalha de ouro Brasil em Jogos Pan-Americanos. A peruana Yanet Sovero e a equatoriana Lissete Antes ficaram com o bronze. Davi Albino confirmou ser um dos principais atletas do estilo greco-romano do mundo na atualidade. Ele conquistou a primeira medalha do Brasil nos Jogos Pan -Americanos de Toronto 2015, bronze na categoria até 98 kg. Em sua primeira luta, Davi dominou o combate contra o canadense Jeremy Latour e venceu por superioridade técnica (10 a 1). Apesar da ampla vantagem, o brasileiro se desgastou bastante e teve de voltar ao tapete de lutas em menos de 30 minutos para enfrentar Yasmani Lugo, de Cuba. O cubano conseguiu aproveitar o pouco tempo que Davi teve para se recuperar e venceu por superioridade técnica (8 a 0). Como Lugo avançou para final, Davi pôde lutar a repescagem e buscar o bronze contra o colombiano Oscar Loango. Davi começou a luta forçando o adversário a pisar fora da área de proteção e fez 1 a 0. Na sequência, Davi aproveitou a posição de par terre e com

Bastante emocionada e feliz, Joice Silva exibe a primeira medalha de ouro conquistada nos Jogos Pan-Americanos em sua modalidade

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um rolê fez mais dois pontos, abrindo 3 a 0. O colombiano diminuiu para 3 a 1, mas Davi se defendeu bem e ainda aproveitou um descuido de Loango, para passar para as costas, fazer 5 a 1, e garantir a medalha de bronze em sua primeira participação em Jogos Pan-Americanos. Yasmani Lugo ficou com o ouro, o hondurenho Davi Mejía com a prata e Luyllis Perez da Venezuela com o outro bronze. Aline Silva obteve a terceira medalha do País conquistando o bronze na categoria até 75 kg do estilo livre feminino. Com o pódio, Aline chegou à sua segunda medalha em jogos. Na edição de Guadalajara, em 2011, a paulista ficou com a medalha de prata. Como na luta não há cabeças de chave, o sorteio apontou para a luta de estreia o combate que muitos apostavam ser a final da categoria. A norte-americana Adeline Gray, campeã mundial, e Aline Silva, vicecampeã do torneio, repetiram a final do mundial do Uzbequistão, em 2014. A americana conseguiu levar a melhor novamente e desta vez venceu por superioridade técnica (10 a 0). Com o avanço de Adeline até a final, Aline retornou para repescagem e não deu chances para Ana Gonzalez, de Porto Rico. A paulista conseguiu o primeiro encostamento (golpe perfeito que encerra a luta imediatamente) do País na competição. Na final, Adeline mostrou porque é a número um do mundo e superou a atleta local Justina Distasio por 7 a 6, ficando com a medalha de ouro. O outro bronze ficou com a cubana Lisset Echevarria. Com o ouro de Joice Silva, mais os bronzes de Aline Silva e Davi Albino, o Brasil iguala

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o número de medalhas dos Jogos Rio 2007, quando os brasileiros ganharam três medalhas: uma prata com Luiz Fernandes e dois bronzes com Rosângela Conceição e Felipe Macedo. Mas ouro de Joice coloca o resultado de Toronto 2015 à frente do obtido em 2007. Após a campanha surpreendente da seleção brasileira em Toronto, Pedro Gama Filho, presidente da CBLA, elogiou o desempenho da equipe. “Foi a melhor campanha do País em Jogos Pan-Americanos. O ouro inédito da Joice Silva e os bronzes de Davi Albino e Aline Silva nos deixaram muito felizes, mas é claro que sempre achamos que se poderia conseguir uma medalha a mais, em uma ou outra categoria. É bom lembrar que, ao contrário de outras modalidades, países tradicionais no esporte, como Canadá, Estados Unidos e Cuba, levam suas equipes principais. Isso valoriza ainda mais cada vitória e medalha conquistada. Quando a competição termina é natural alguém achar que se poderia atingir um número maior de medalhas, se um golpe tivesse entrado ou tivesse um pouco mais de tempo, mas a equipe inteira está de parabéns por realizar a melhor campanha da história.” O dirigente explicou a razão do melhor desempenho do time brasileiro. “Melhoramos devido a um conjunto de fatores: os treinadores cubanos, que estão desde 2008 à frente da preparação da equipe, e um número maior intercâmbios com os principais países, fruto de nossos convênios com o Ministério do Esporte e da nossa patrocinadora Caixa. E, é claro, a dedicação e determinação dos atletas. Os três que medalharam tinham ido ao pódio em outros certames. Joice foi campeã e Davi foi prata no Pan-Americano de Luta Olímpica, e Aline foi vicecampeã mundial em 2014. Não houve sur-

presa. Todos os atletas, inclusive os que não medalharam, se dedicaram bastante. O que nos deixa mais orgulhosos é que a maioria ainda tem pelo menos dois ou três Jogos Pan-Americanos pela frente.” O dirigente máximo da luta olímpica finalizou falando sobre a estrutura do trabalho e dos prognósticos para o Rio 2016. “Temos um treinador chefe, o cubano Angel Aldama, que está conosco desde 2008, e o coordenador das categorias de base, o brasileiro Flávio Cabral, responsáveis por traçar o planejamento de competições desde as categorias de base até o profissional. Além deles, temos dois treinadores que vieram em 2013: o búlgaro Ivan Tsochev e o cubano Juan Marén, que já conquistou três medalhas olímpicas. Eles fazem o trabalho especializado com os mais jovens, que vão defender o País em 2020 e 2024. Além deles temos Pedro Garcia, outro cubano, treinador do estilo livre feminino, e treinadores brasileiros também nesse corpo técnico. O objetivo dos membros da confederação, comissão técnica e atletas é conquistar a primeira medalha olímpica da história da modalidade no País.”

Boxe conquista dois bronzes O boxe do Brasil garantiu sua primeira medalha nos Jogos Pan-Americanos com Rafael Lima, no +91 kg. Lima passou para as semifinais ao vencer Clayton Laurent, das Ilhas Virgens, por 2 a1. Como no boxe não há disputa pelo terceiro lugar, com este resultado Rafael garantiu o bronze. A outra medalha foi ganha por Joedison de Jesus, 64 kg, que passou para as semifinais da competição após vencer por 3 a 0 o mexicano Raúl García, garantindo o bronze. www.revistabudo.com.br


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POLÍTIC A

Falta-nos maturidade para obter a convergência do karatê

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Após os recentes conflitos na JKA e na ITKF, Gilberto Gaertner, dirigente máximo do karatê-dô tradicional no Brasil, falou sobre o momento do karatê e, em especial, da ITKF.

á muito tempo o karatê vive um processo constante de mutilação e cisões. Após algumas décadas atuando nesse cenário, concluímos que esse fenômeno é fruto, entre outros aspectos, do modelo de gestão implantado pelos mestres japoneses. Prova disso, são as infinitas organizações de karatê Shotokan espalhadas pelo mundo, bem como as de karatê Goju-Ryu, Wado-Ryu e Shito-Ryu instaladas no Japão. Com a criação das federações internacionais este processo perdeu força, mas volta e meia surge nova entidade que, invariavelmente, é fruto da ambição política ou ganância de um dirigente que abre mão de chegar ao poder licitamente, por meio do voto. Nesse contexto de insubordinação e ambições pessoais duvidosas, pela primeira vez o karatê-dô tradicional passou por um processo que por pouco não causou o colapso institucional da ITKF, que sobrevive à turbulência gerada pela tentativa de golpe protagonizada por um dirigente europeu, e Gilberto Gaertner, presidente da Confederação Brasileira de Karatê-dô Tradicional falou sobre o momento da entidade diante desse processo. “Hoje estamos em momento de reequilíbrio em nível internacional. Este grupo dissidente tentou utilizar e registrar para si o nome da ITKF, mas não conseguiu, por questões claras de anterioridade e legitimidade. Como não teve êxito, hoje utiliza outro nome, o que é bom para eles e para nós. Já em nível nacional temos também o mesmo processo em curso, porém com os dissidentes usando um nome semelhante ao de nossa entidade e confundindo praticantes e a opinião pública. Infelizmente nos deparamos neste momento com falsos profetas, vendendo ilusões e alavancados por interesses meramente pessoais. Pode-se citar como exemplo disto a divulgação de um evento intitulado de 17º campeonato

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POR

paulo pinto I Fotos budopress

Os mestres Gilberto Gaertner e Yochiso Machida em evento da CBKT - ITKF realizado em Porto Alegre (RS).

pan-americano. A pergunta que fica é: aonde e quando foram feitos os outros 16 eventos? Mas apesar de todas as diferenças e das questões levantadas, fica a reflexão de que as divisões, como a nossa, são disputas inglórias, nas quais todos os envolvidos viram perdedores.” O dirigente brasileiro entende que cada pessoa tem o direito de fazer escolhas, mas deve assumi-las sem ludibriar ninguém e dentro de um comportamento ético. “Aproveitamos para deixar claro a todos que eventos que utilizem a denominação de Karatê Tradicional sem a chancela da CBKT-ITKF Brasil não fazem parte do autêntico karatê-dô tradicional brasileiro e que não nos responsabilizamos por eles. Nossa instituição é bem sólida, foi fundada em 1988 e tem uma história construída e documentada ao longo do tempo. Além disso, contamos com mestres renomados e conhecidos internacionalmente, como Yasutaka Tanaka, Hiroyasu Inoki, Tasuke Watanabe, Yochiso Machida, Yasuyuki Sasaki e Takuo Arai, entre outros. Deixo claro que não temos nada

pessoal contra ninguém, apenas desejamos que cada um siga seu caminho e crie sua própria identidade e denominação.” Recentemente ocorreu mais um racha no seio da JKA, em Tóquio, e, na avaliação do dirigente máximo do karatê-dô tradicional, o judô é o exemplo a ser seguido. “Quanto mais vamos assistindo a estas recorrentes disputas de egos, mais vou lembrando o judô, que apesar de todas as dificuldades teve a sabedoria de manter-se unificado e vai navegando com vento a favor e muito à nossa frente. Talvez esta tenha sido a maior conquista do professor Jigoro Kano, e é um ótimo exemplo a ser seguido”. Apesar das cisões, o dirigente entende que quase todas as vertentes do karatê avançam e conquistam espaço. “Na minha leitura pessoal vejo o karatê em franco crescimento, mas de forma indiscriminada e extremamente fragmentado. Continuamos com as velhas máximas: “meu karatê é melhor que o seu”, “minha organização é melhor que a sua” etc. Continuamos agindo como adolescentes, disputando tudo e sem maturidade para o entendimento. É imperioso que todas as organizações abram mão dos seus dogmas e busquem o entendimento de forma madura, pensando no futuro do karatê e não fixados em seus próprios umbigos. Precisamos deixar um legado maior e mais consistente para as próximas gerações. Ainda tenho esperança de que possamos construir esta convergência.” Gaertner finalizou cumprimentando a CBK pela obtenção de um resultado expressivo em Toronto. “Aproveito para parabenizar a diretoria, técnicos, professores e atletas da Confederação Brasileira de Karatê, pelo excelente desempenho nos Jogos Pan-Americanos 2015. Independentemente e acima de divisões e questões políticas, foi o karatê brasileiro que representou nosso País com excelência. Oss!” www.revistabudo.com.br


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Revista número 16 WorldBudô Taekwondo Federation –2014 WTF Revista Budô número 13 // 2015

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calendário Oficial

Copa São Paulo

é incluída no calendário

Em decreto assinado no Palácio dos Bandeirantes no dia 4 de maio, o Governo do Estado de São Paulo incluiu a Copa Sâo Paulo de Judô em seu calendário esportivo oficial. Geraldo Alckmin foi agraciado com a faixa preta honorária de judô. POR

paulo pinto I Fotos Erik teixeira

A

proximadamente 1.200 judocas de todo o Estado participaram da cerimônia de assinatura do decreto que inseriu a Copa São Paulo de Judô no calendário oficial do Estado. O evento, idealizado por Jean Madeira, secretário de Esporte de São Paulo, com apoio de Francisco de Carvalho Filho e Federação Paulista de Judô (FPJ), realizou-se no Palácio dos Bandeirantes. A solenidade histórica reuniu várias autoridades políticas e esportivas, entre as quais Geraldo Alckmin, governador de São Paulo; Jean Madeira, secretário de Esporte do Estado; Francisco de Carvalho Filho, vice -presidente da Confederação Brasileira de Judô; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Marcos Pereira, presidente nacional do PRB; os deputados estaduais Sebastião Santos, Wellington Moura, Gilmaci Santos e Jorge Wilson; Linamara Rizzo Battistella, secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência; os medalhistas olímpicos Rogério Sampaio, Douglas Vieira e Henrique Guimarães; Suelen Altman, vice-campeã mundial; César Roberto Granieri, presidente do Sindi-clube; delegados regionais e numerosos professores kodanshas.

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do Governo do Estado Francisco de Carvalho e Geraldo Alckmin

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calendário Oficial

Felipe dos Reis e Rogério dos Reis fazem apresentação de nage no kata

Alessandro Puglia e Francisco de Carvalho fazem a outorga do certificado de faixa preta honorário a Geraldo Alckmin

Geraldo Alckmin

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O grupo de taikô Kiendaiko, da Associação Cultural Nipo-Brasileira de São Bernardo do Campo, apresentou-se abertura do encontro. Na sequência houve a apresentação de nage no kata feita por Felipe Reis, atleta do Judô para Todos. Os judocas Marcelo Fuzita e Vítor Torrente, do Centro de Excelência do Judô da capital, fizeram demonstração dos principais golpes de judô. No encontro foi entregue a faixa preta honorária ao governador, que praticou judô em sua adolescência em Pindamonhangaba, sua cidade natal. Geraldo Alckmin recebeu também um kimono personalizado da FPJ. Durante o evento foram apresentados os programas Dojô Social, que busca disseminar a modalidade auxiliando na aquisição de materiais necessários para a prática esportiva, e Judô para Todos. Por meio da parceria com a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a ação pretende incentivar a prática das artes marciais entre as pessoas com deficiência intelectual, atendidas pela Escola Técnica Estadual de Esporte (Etec). “É um prazer receber tantos judocas na sede do governo paulista. Assinar hoje a inserção da Copa São Paulo de Judô em nosso calendário oficial é um ato que apenas reconhece o crescimento da modalidade, hoje só menos praticada que o futebol em nosso Estado”, disse o governador. “Mais que golpes, o judô ensina princípios eternos na vida de quem o pratica, como o respeito ao adversário, às autoridades e a busca de limites. Queremos levar o esporte à vida diária das escolas, já que uma das primeiras lições é aprender a cair e levantar. É preciso formar cidadãos preparados para ganhar e perder”, concluiu Jean Madeira, também faixa preta e professor de judô.

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Marcelo Fuzita e Vítor Torrente fazendo demonstração dos principais golpes de judô

“Tenho certeza de que a ação de hoje reforça a posição do governador a respeito de nossa modalidade e demais modalidades de luta. Ele pôde conferir o comprometimento dos nossos atletas, que atenderam ao chamamento feito há menos de uma semana. Mais de 1.200 judocas de todas as faixas etárias e oriundos de todo o Estado deixaram seus compromissos em segundo plano para conhecer e apoiar um dos políticos mais prestigiados do nosso Estado. A inclusão da Copa São Paulo no calendário oficial paulista propiciará ainda mais estrutura ao maior evento de judô do nosso continente”, avaliou Francisco de Carvalho.

Jean Madeira e Geraldo Alckmin exibem o projeto de lei que incluiu a Copa São Paulo de Judô no calendário da Selj, assinado

Jean Madeira

DIRIGENTE ENALTECE FILIADOS Entusiasmado com as proporções de um evento desenvolvido em parceria com o secretário estadual, Alessandro Puglia enalteceu o comprometimento da comunidade judoísta. “Quero parabenizar e agradecer a todos os amigos, colaboradores da Federação Paulista de Judô, sem os quais este evento não teria acontecido. Todos que aqui estiveram arregaçaram as mangas, deixaram suas vidas e afazeres de lado, e trabalharam com afinco, dedicação e determinação pelo sucesso desta cerimônia. Nós criamos este evento, mas foi a comunidade que o tornou uma realidade. Tudo isso foi feito em menos de uma semana, e o resultado prático foi esta festa tão bonita e importante para a nossa modalidade. A todos atletas, professores, familiares, diretores, delegados regionais, professores kodanshas e amigos que vieram de todo Estado de São Paulo, e foram recebidos de braços abertos pelo governador Geraldo Alckmin, nosso muito obrigado.”

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calendário Oficial

Os professores kodanshas Douglas Vieira, Francisco de Carvalho, Michiharu Sogabe e Alessandro Puglia posam para foto com o Geraldo Alckmin

Medalhistas olímpicos e professores kodanshas com o secretário de Esportes judoca

Henrique Guimarães, Francisco de Carvalho, Jean Madeira, Soraya André, Geraldo Alckmin, Alessandro Puglia, Rogerio Sampaio e Douglas Vieira

Após a cerimônia judocas especiais subiram ao palco para tirar uma foto com o governador de São Paulo

Rogério e Felipe dos Reis, Geraldo Alckmin e Jean Madeira

Aparecido Feltrin, Jean Madeira e Fábio Feltrin

Jean Madeira com sua mãe, a sensei Ivete Madeira

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Jean Madeira e Cezar Roberto Granieri

Rogério Sampaio concedendo entrevista para a Revista Budô

Sistema de proteção e pontuação eletrônico oficial do Rio 2016 www.daedobrasil.com.br Gilberto de Freitas e Geraldo Alckmin

José Jantália

Jean Madeira e Aildo Rodrigues Ferreira

Os professores kodanshas Francisco de Carvalho, Douglas Vieira e Hatiro Ogawa

Francisco de Carvalho, Jean Madeira, Geraldo Alckmin e Alessandro Puglia possa para foto com o grupo de taikô Kiendaiko

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INTERVIEW

Gestão inovadora fortalece

o Taekwondo

Disposto a popularizar a modalidade, Carlos Fernandes enfrenta a falta de recursos com criatividade e aposta no empenho das federações para atingir objetivos POR

N.T. MATEUS I Fotos budopress

J

á virou chavão dizer que este é o País do futebol, ainda que outros esportes, como o vôlei, continuem levando o Brasil ao posto mais alto dos pódios. Entre as modalidades de luta, ninguém pode negar as glórias que o judô verde-amarelo vem acumulando há décadas. Mas, e as outras? Com que frequência aparecem no noticiário esportivo? Conseguir espaço na mídia nacional, por mirrado que seja, é fato para se comemorar.

Carlos Fernandes

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Desde que assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), Carlos Fernandes conseguiu a proeza de tornar a cada dia mais conhecida uma modalidade à qual poucos davam atenção, talvez por considerá-la um reduto de estrangeiros. Mas não deixa de destacar a importância do trabalho de cada federação. Nesta entrevista à Budô, o dirigente conta como conseguiu tornar o taekwondo uma modalidade mais conhecida e praticada de Norte a Sul, elogia o surgimento de novos talentos, avalia os resultados dos atletas nas últimas competições e fala sobre sua expectativa em relação ao apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Fernandes enfatiza, ainda, a transformação administrativa do taekwondo nacional “sem administração, não há resultado”, reco-

nhece que o que se faz dentro da entidade vai refletir-se nos tatamis e revela como se desdobra para, com criatividade, explorar novos espaços para uma modalidade que não dispõe de muitos recursos financeiros. Como o taekwondo obteve tanto espaço na mídia nacional este ano? Aparecer no noticiário nacional é uma das consequências das transformações administrativas que estamos promovendo há três anos. As ações voltadas para todo o País, mas principalmente às regiões Norte e Nordeste, fizeram com que o taekwondo se popularizasse mais. Na área de rendimento, especialmente, surgiram algumas revelações em Estados antes esquecidos, que já começaram a produzir grandes atletas. É um esforço da confederação que proporciona um retorno muito bom para o taekwondo brasileiro. De onde você tira criatividade para as ações da CBTKD? O que muitos chamam de criatividade surge da necessidade combinada com a vontade. Quando não se tem condição financeira para pagar um trabalho de marketing profissional, é preciso explorar opções que fujam do convencional. Não são todos os esportes que têm força publicitária, pois ainda vivemos num mundo de futebol. Então, algumas ações foram feitas dentro do taekwondo para que nós pudéssemos aparecer na mídia com grande ênfase. Foi realmente necessário usar a imaginação para buscar um retorno de marketing para o taekwondo brasileiro. Qual a importância das 25 medalhas obtidas pelas modalidades de luta no pan? Converso muito com o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman, e ele diz que o Brasil é um país onde o público gosta de esportes de luta em geral, prova disso é o sucesso do judô e do MMA. Acho que a partir das próximas Olimpíadas essas modalidades terão mais visibilidade e mais apoio, incluindo faixas da população ainda pouco presente. O Brasil tem um potencial muito grande para descobrir novos talentos, e não só no taekwondo. O COB sabe disso. O COB se importa com as modalidades de luta, além do judô? O pessoal do COB analisa tudo. Pelo que conheço do presidente Carlos Nuzman, ele tem conhecimento dos resultados

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obtidos nos Jogos Pan-Americanos e está muito satisfeito. O COB hoje tem uma equipe de altíssima qualidade. Participei da visita técnica à Vila Olímpica com o pessoal do comitê e presenciei coisas novas que eu nem conhecia. E tudo isso é um trabalho conjunto, o COB hoje atua fortemente para que todas as modalidades fiquem cada vez melhores. Diante dos resultados conseguidos pelas lutas, não tenho dúvida de que a ordem vai ser dar continuidade e apoio ainda maior a essas modalidades. Como vê uma chapa Nuzman-Paulo Wanderley para as próximas eleições do COB? Em relação ao judô não existe crítica, pois está numa evolução contínua. Quanto ao Nuzman, acho que já provou ser uma pessoa competente, que marcou história do esporte no Brasil. Não vejo ninguém melhor para continuar administrando o COB. Ainda a favor dele, há o terceiro lugar do Brasil nos Jogos Pan-Americanos, à frente de Cuba. Desde a entrada dele no COB houve apenas crescimento. Quem trabalha com ele são profissionais de ponta, e ele não abre mão disso. Nos Jogos Pan-Americanos, faltou comprometimento ao pessoal da seleção de taekwondo? Acho que ninguém foi lá para perder, mas acho que o atleta hoje está bem profissional e tem condições de fazer uma autoavaliação, independentemente do que o técnico ou assessor possa dizer. Ele tem de saber se realmente está preparado mental, técnica e fisicamente para competir. Se perceber que não está num bom momento, deve ter hombridade, dignidade e respeito pela bandeira do Brasil e ceder a vaga para quem se classificou em segundo lugar. Muitas vezes o atleta selecionado sabe que não está bem, mas não quer ceder a vaga. Resumindo, não acho que faltou comprometimento, o que faltou foi bom senso. Quando tudo era difícil, o atleta valorizava suas conquistas. Hoje, as derrotas parecem não incomodar. Por quê? Tenho uma boa explicação para isso. Antigamente, não fazíamos só um taekwondo de competição, nós levávamos a essência da arte marcial. Mas hoje em dia, devido às mudanças que aconteceram de dez anos para cá, o pessoal tem focado só no Revista Budô número 16 / 2015

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INTERVIEW rendimento – e esse taekwondo de rendimento não prioriza e muito menos prega a filosofia que no passado nos foi transmitida. Esse é o diferencial de alguns países que vêm conquistando medalhas, como Coreia do Sul, Irã e Espanha: eles mantêm a essência da arte marcial. As academias só se preocupam em ensinar o taekwondo competição, esquecendo que mesmo esse taekwondo surgiu da essência da arte marcial. Quando os valores e os fundamentos são deixados para trás, isso se reflete nos resultados. Como achar um meio termo entre arte e competição? O que eu quero agora é que a comissão técnica volte a levar a essência da arte marcial taekwondo para dentro do rendimento. Nós sabemos que o regulamento é diferente, mas é preciso ter a essência, isso não pode acabar. Como avalia a repercussão do episódio Spider? Em termos técnicos, este é um assunto encerrado; diria que foi uma brincadeira de mau gosto com o esporte olímpico. Mas acho que ficou algo positivo no ar. Algumas pessoas chegaram a pensar que era uma jogada de marketing da confederação e já se provou que não é verdade. A CBTKD nunca armou nada que fosse errado, ela sempre trabalhou em prol da verdade. E se o marketing foi saudável, parabéns para nós.

Carlos Nuzman apoia as iniciativas de Carlos Fernandes que visam transformar e projetar o taekwondo brasileiro

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“Quero ser

ajuda e apoio dos diriO que vislumbra para lembrado como a modalidade em gentes das regiões Sul curto, médio e longo e Sudeste. Foram todos alguém que iniciou prazo? os presidentes que juna transformação Em curto prazo temos tos fizeram parte dessa as Olimpíadas pela mudança no cenário do administrativa frente, e apenas um taekwondo brasileiro. A do taekwondo ano para a preparaunião em torno de uma nova proposta de gestão ção. É preciso admibrasileiro.” para o taekwondo foi nistrar esse tempo que impulsionou tudo. curto para fazer modificações, projetar, somar e trazer mais Ainda existe oposição à sua gestão? pessoas competentes para somar às que Oposição, quando é saudável e faz uma nos já temos e criar um diferencial perancrítica construtiva, vale a pena ter, já que te os adversários. Em médio prazo temos nem Jesus Cristo teve unanimidade. Mas o período pós-Olimpíadas para avaliar o às vezes vemos alguns que se dizem opoque aconteceu durante a competição. E no longo prazo acho que já colocamos o sitores, mas são pessoas covardes e que taekwondo de todo o Brasil num caminho se escondem atrás de um computador, agradável e satisfatório. Acho que isso não abusando do Facebook, blogs e redes mudará. Tivemos algumas revelações de sociais em geral. Gente que quer se fazer dois anos para cá e não tenho dúvidas de de jornalista despejando suas mágoas e que estamos no caminho certo. Claro que depressões, inventando. Na maioria das há outras modalidades bem mais avançavezes são pessoas que não aparecem nas competições, não estão ligadas à entidadas porque já tomaram essas decisões lá atrás, mas o taekwondo acordou há apede ou não estão em dia com suas obriganas quatro anos. Acho que até 2020 tereções. São pessoas que não têm coragem de aparecer e falar na nossa frente. Temos mos muito mais resultados benéficos para poucos opositores, e mesmo assim alguns o taekwondo brasileiro. são revoltados e dramáticos. Como conseguiu impor novo ciclo no Como gostaria de ser lembrado na histaekwondo, antes gerido apenas por estrangeiros? tória do taekwondo? O que eu fiz foi promover a união, e não Algumas pessoas fazem questão mena discórdia. Fiz com que os colegas de cionar que eu sou o primeiro brasileiro todos os Estados acreditassem na minha nato a assumir o taekwondo. Mas não proposta – e esse foi o primeiro ponto. basta o que você quer ser: é preciso faLogo depois mostrei que era possível zer as transformações. Acho que isso é o cumprir metas e que este era o caminho. importante para um líder ou um gestor. Então, até hoje essa união tem sido paQuero ser lembrado como alguém que iniciou a transformação administrativa cificadora em prol do esporte. Até para do taekwondo brasileiro. Eu sempre disse quebrar paradigmas e aqueles vícios que que, sem administração, não há resultado vinham do passado foi necessária a união e tudo o que fizermos dentro da entidade, de todos os colegas e outros presidentes. vai refletir-se nos tatamis. Por isso que fiz Foram eles que provocaram e promovequestão de, primeiro, mudar a parte adram as mudanças e ainda hoje colaboram para que a modalidade seja fortalecida. ministrativa em nível de Brasil e fomentar as federações mais carentes, fazendo com E quais foram os principais parceiros que o taekwondo fosse igual em todas as nessa conquista? regiões. Quero ser lembrado como a pesSão tantos nomes, que poderia esquecer soa que deu o pontapé inicial para que alguns e cometer injustiças. O que postudo isso acontecesse. so dizer é que foram todos os parceiros Qual deverá ser o grande legado de sua que estiveram presentes e entraram na gestão? luta, principalmente o pessoal do Norte e Nordeste, que trabalhou muito para Meu sonho é adquirir uma sede própria para que aquelas regiões fossem reconhea CBTKD, e depois construir um centro de treinamento para a nossa modalidade. cidas. Eu prometi isso e cumpri, com

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convênio sócio-esportivo

Karatê a todo vapor na Prefeitura de São Paulo Por meio da parceria entre a FPK e a Prefeitura de São Paulo, mais de 2.500 crianças são assistidas e recebem hoje os ensinamentos do karatê, vivenciando seu conteúdo filosófico.

D

esde 9 de fevereiro de 2014 a Federação Paulista de Karatê (FPK) e a Prefeitura do Município de São Paulo mantêm parceria para a difusão do karatê nos Centros Esportivos Municipais. Jair Donadoni, coordenador geral do projeto, diz que após um ano a parceria cresceu 50%. “A meta prevista era de 1.035 crianças assistidas, mas hoje contamos com pouco mais de 1.500, em 24 centros esportivos. Nosso trabalho é fundamentado em crianças entre 6 e 17 anos, a sabíamos que o karatê despertaria enorme interesse entre a garotada. Com isso estamos atingindo o objetivo de promover inclusão social por meio da prática esportiva.” Contando inicialmente com 23 locais, o convênio foi celebrado por meio da Secretaria Municipal de Esportes (SEME) e a estrutura inicial incluiu cinco coordenadores com registro no CREF-G, 13 instrutores faixas pretas credenciados pela FPK e três auxiliares administrativos. São contemplados grupos de crianças e jovens de 4 a 6 anos, 7 a 9, 10 a 12, 13 a 16 e acima de 17 anos. Posteriormente as entidades firmaram novo convênio para a difusão do karatê nos Centros Educacionais Unificados (CEUs), e o acordo firmado em dezembro de 2014, por meio da Secretaria da Educação, que previa 11 unidades e tinha por meta inicial obrigatória 495 praticantes, hoje atende a pouco mais de 950 praticantes. José Carlos de Oliveira, presidente da FPK, explica como funciona a estrutura utilizada na parceria. “Esse trabalho envolve hoje nove coordenadores com CREF-G, 28 instrutores faixas pretas credenciados e nove au-

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POR

PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ

José Carlos de Oli

veira, presidente

da FPK

xiliares administrativos em 38 unidades que recebem 2.450 crianças e jovens. A estrutura física dos Centros Esportivos e dos CEUs é de responsabilidade da prefeitura e demanda tatamis, kimonos, equipamento para treino e recursos humanos; o repasse de verbas é feito trimestralmente. Todos os professores e profissionais envolvidos são registrados pelo regime de CLT na Federação Paulista. Para os praticantes toda a atividade é gratuita.” No início de agosto foi assinado convênio que estende a parceria até 1º de agosto de 2016, e os dirigentes da FPK acreditam que o modelo adotado na capital deverá ser reproduzido no interior do Estado. “Vários secretários municipais nos estão procurando para implantar o mesmo programa em inúmeras cidades. Isso nos motiva a criar uma estrutura de atendimento que fortalecerá o karatê, beneficiará professores, mas, acima de tudo proporcionará a prática do karatê a milhares de crianças e jovens que não teriam acesso ao nosso esporte”, conclui Oliveira. O planejamento e os objetivos a serem alcançados na vigência do convênio é dividido em 17 etapas e está detalhado no quadro ao lado.

Habilidade motora

Jair Donadoni Júnior,

coordenador geral do

projeto

Todas as habilidades motoras serão trabalhadas em todas as fases dos alunos; a diferença é a intensidade e a maneira como as habilidades são exigidas e trabalhadas. As habilidades motoras são movimentos simples ou complexos realizados com qualidade, são elas: habilidades de equilíbrio, de locomoção, manipulação, habilidade motora fina e grossa.

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ESPORTES

LAZER E RECREAÇÕES

Além das habilidades motoras, é importante destacar as capacidades físicas que também serão tomadas como base para o treinamento, como força muscular, resistência muscular localizada, flexibilidade e explosão muscular. Para as crianças todas estas habilidades e capacidades devem ser trabalhadas de maneiras mais lúdicas, que envolvam andar, correr, saltar, saltitar, rolar, rastejar, deslocamentos em diversas direções, brincadeiras que usem regras, disciplina, conteúdo e objetivo para que as habilidades sejam realmente trabalhadas. Para os adolescentes e adultos o lúdico pode existir, mas com menor intensidade. A faixa (grau técnico do aluno) também influencia no treinamento da habilidade: quanto maior a faixa, maior a exigência, tendo-se as devidas atenções para as crianças avançadas.

Atitude (Valores) No karatê existe o trabalho dos fundamentos do Budô (caminho da arte) e nas aulas o código de honra do karateca é o alicerce para os rumos das atitudes dos alunos. São elas: Esforçar-se para a formação do caráter – O caráter é a personalidade de cada um e o que diferencia cada pessoa. Para o karatê isso é um processo de autoconhecimento

que objetiva manter atitudes corretas e somente utilizar as técnicas aprendidas para a autodefesa. Um karateca sempre mantém sua palavra, sua honra e seus compromissos. Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão – Ser leal aos seus princípios. Desenvolver o espírito de esforço – O esforço mostra que somos capazes e que tudo é possível. A prova é que aprendemos a lutar, nos esforçamos para aprender e atingimos este objetivo. Respeito acima de tudo – Respeitar aos outros e a si mesmo, por isto sempre iniciamos e terminamos a aula e qualquer movimento com cumprimentos. Conter o espirito de agressão – Ensinamos que a luta não é para agredir ninguém, e inicialmente só é utilizada para autodefesa. A explicação desta teoria é o próprio movimento do kata, que sempre é iniciado com defesa e nunca com ataque.

Metodologia As aulas terão duração de uma hora, e cada núcleo terá cinco turmas divididas de acordo com a faixa etária estipulada no convênio. Cada turma terá no mínimo 15 alunos e um professor faixa preta de karatê. A divisão abaixo é uma metodologia geral, porém os alunos serão respeitados em

Planejamento da modalidade esportiva Aprendizado (Objetivo) 01 - Apresentação da arte marcial, sua história e significado 02 - Aprendizado de como vestir o uniforme (kimono e faixa) 03 - Aprendizado dos cumprimentos, de joelhos e em pé 04 - Aprendizado de poucos comandos em japonês (principais) 05 - Trabalho do aquecimento cardiovascular que antecede o treino técnico 06 - Exercícios de fortalecimento do aparelho motor geral 07 - Desenvolvimento de exercícios de leve intensidade de condicionamento cardiovascular 08 - Trabalho dos primeiros movimentos de kihon (ataques e defesa parados) 09 - Trabalho do kihon em movimento 10 - Trabalho do kihon em duplas 11 - Ensino do kata (movimentos de ataque e defesa e para todos os lados cardeais com adversário imaginário) 12 - Treinamento do bunkai (aplicação do kata) 13 - Aprendizado de técnicas de luta 14 - Aprendizado de táticas e técnicas competitivas 15 - Trabalho intenso da filosofia milenar do karatê

sua individualidade, amadurecimento intelectual e físico. Após a divulgação, inscrição dos alunos, aquisição de materiais e contratação de equipe multidisciplinar, se iniciam o projeto e o treinamento. 1º e 2º meses: treinamento de resistência muscular localizada, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e coordenação motora. Aprendizado de como vestir o kimono, faixa, aquecimento e dos cumprimentos. Aprendizado das primeiras técnicas de kihon parado e individual. Posicionamento básico, ataque e defesas. Filosofias (lições de cortesia, respeito e noções de hierarquia). Aprendizado das posições básicas de perna parado. 3º e 4º meses: treinamento sequencial dos meses anteriores com mais ênfase na técnica. Início do treinamento de força muscular. Início do treinamento do primeiro kata (movimentos de ataque e defesa para todos os lados cardeais, com um adversário imaginário). Treinamento do kihon em movimento. Ensinamento filosófico. 5º mês: revisão da matéria e treinamento sequencial. Iniciação das técnicas de luta. Ensino filosófico. 6º e 7º meses: treinamento sequencial dos meses anteriores, com mais ênfase nas técnicas e intensidade nos movimentos. Aplicação do kata (bunkai), kihon em movimento, iniciação das técnicas de luta e ensino filosófico. 8º e 9º meses: treinamento sequencial dos meses anteriores, com mais ênfase nas técnicas e intensidade dos movimentos. Kata com mais detalhes técnicos, bunkai e kihon em duplas em movimento. Trabalho de exercícios de luta e ensino filosófico. 10º e 11º meses: treinamento intenso de toda matéria, de acordo com a condição física de cada aluno. Treinamento das técnicas de luta e ensino filosófico. 12º mês: revisão geral. Competição e exames de faixa. Para maiores informações sobre os CEUs e Centros Esportivos acesse www. fpk.com.br no link Clube Escola

16 - Exame de faixa 17 - Participação em eventos e campeonatos

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VIII TORNEIO INTERESTADUAL DE JUDÔ - PR

Torneio interestadual

judocas do A Judocas japoneses competiram como convidados no torneio interestadual promovido pela Associação de Judô Iwashita em Curitiba

POR

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paulo pinto I Fotos Budopress

oitava edição do Torneio Interestadual de Judô da Associação de Judô Iwashita realizou-se no dia 22 de agosto, com apoio da Federação Paranaense de Judô, Kimonos Yama e do Grupo Educacional Bagozzi. A competição no ginásio do Centro Esportivo Bagozzi reuniu 345 judocas do sub 11 ao sênior, tornando-se mais emocionante ainda com a participação de cinco atletas da província japonesa de Hyogo. Entre eles estava o judoca da seleção japonesa Hifumi Abe, 66 kg, que acumula os títulos de campeão mundial júnior, campeão mundial cadetes, campeão europeu cadetes e campeão japonês júnior. Completaram o time japonês Hyouga

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recebe

Japão Noushou, 60 kg; Reiya Kobayashi, 81 kg; Juubei Ishiyama, 100 kg; e Lee Hwang Yo, 100 kg. Mas o grande destaque da equipe de Hyogo em Curitiba foi o meio-médio Reiya Kobayashi, que literalmente atropelou seus adversários, jogando todos de ippon. Exibindo extrema habilidade, Kobayashi faturou o ouro do -60 kg no sub 18. A cerimônia de abertura contou com a presença de empresários e autoridades esportivas do Japão e do Brasil. Entre os japoneses estavam o professor Takahiro Fujiki, presidente da Federação

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VIII TORNEIO INTERESTADUAL DE JUDÔ - PR de Judô de Hyogo; os professores Tsugihiro Nakau e Hiroshi Asahori, de Hyogo; Susumu Ueno, presidente da Komatsu do Brasil; Takafumi Shibama, assistente da presidência da Komatsu do Brasil; e Yuma Kobayashi, vice-cônsul que representou Toshio Ikeda, o cônsul-geral do Japão em Curitiba. Entre os brasileiros estavam Luiz Iwashita, presidente da FPrJ; Elder Faggion, vice-presidente da FPrJ; Vítor Moreira, vice -presidente da FPrJ; professor Walter Sérgio Stavitzki, diretor administrativo do Colégio Bagozzi; e os professores kodanshas Liogi Suzuki, Kenzo Matsuura, Yoshiyuki Shimotsu e Makoto Yamanouchi. Além dos judocas japoneses, a disputa envolveu atletas de várias cidades dos Estados do Paraná e de São Paulo. Marcelo Bueno, árbitro da FPrJ e da Confederação Brasileira de Judô, foi o mestre de cerimônias e contou com a colaboração importante do professor kodansha Makoto Yamanouchi, que fez a tradução simultânea do encontro.

Intercâmbio técnico deve crescer Makoto Yamanouchi avaliou a visita da comitiva nipônica e falou sobre a análise feita pelos dirigentes japoneses sobre o encontro. “O convênio entre Paraná e Hyogo começou em 2013, mas só fomos ao Japão em 2014. Lá tivemos audiência com o governador Toshizo Ido, que liderou a comitiva que veio ao Brasil. Ele se mostrou satisfeito com o intercâmbio entre Hyogo e o Paraná, e disse que a troca de experiências entre jovens atletas é de fundamental importância para os dois lados. Ido falou ainda que torce para que a relação entre Brasil e Japão, que já é mui-

Luiz Iwashita entrega homenagem a Yuma Kobayashi, vice-cônsul que representou Toshio Luiz Iwashita entrega homenagem a Takahiro Fujiki Luiz Iwashita Ikeda, cônsul-geral do Japão em Curitiba

Os professores kodanshas Makoto Yamanouchi, Liogi Suzuki, Takahiro Fujiki e Luiz Iwashita

Luiz Iwashita entrega homenagem ao professor Walter Sérgio Luiz Iwashita entrega homenagem Stavitzki, diretor administrativo ao sensei Makoto Yamanouchi do Colégio Bagozzi

to boa, cresça ainda mais e se prolongue por muitos anos. Coincidentemente, este ano o tratado Brasil e Japão completou 45 anos, e a vinda da comitiva coincidiu com a data do nosso evento. Eles ficaram muito surpresos com tudo que vivenciaram aqui. Nossa avaliação está sendo extremamente positiva para o Paraná, já que nossos atletas puderam aprender muita coisa com os japoneses. O professor Takahiro Fujiki mostrou interesse de, num futuro próximo, voltar com equipes femininas e masculinas.” Takahiro Fujiki, presidente da Federação de Judô de Hyogo elogiou o nível

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do professor Kano. “No geral a visita japonesa foi bastante proveitosa e acho que esse relacionamento tende a crescer, já que esta é a proposta do judô: aproximar pessoas e fomentar a cooperação. O Paraná não possui o judô de ponta que existe em São Paulo e no Rio de Janeiro, mas estamos trabalhando na proposta de Jigoro Kano, o criador do judô, que prega a aproximação entre os povos, o trabalho e a ajuda mútua.”

Um brazuca quase venceu

Sob a coordenação de Kenzo Matsuura, Yoshiyuki Shimotsu e Glauber Aragão fizeram apresentação do kata kodokan goshin jutsu na foto ao lado esquerdo

Atletas e professores de Hyogo

Os professores kodanshas Yoshiyuki Shimotsu, Liogi Suzuki, Makoto Yamanouchi e Kenzo Matsuura

Liogi Suzuki e Paulo Pinto

Nos tatamis, imperou o clima de disputa entre brasileiros e de aprendizado entre os judocas de ambos os países. A cada ippon dos japoneses a arquibancada vibrava, mas uma luta foi especial e levou a galera ao delírio. Hudson Alison Araújo de Lucena, judoca de Caicó, Rio Grande do Norte, não aceitou entregar os pontos para os japoneses e partiu para cima de seu adversário, Hyouga Noushou, que, surpreso com a determinação do brasileiro, quase saiu derrotado. Após três quedas sofridas Noushou acordou, reagiu e consegui vencer o judoca potiguar, que desde o início do ano treina em Bastos (SP), onde recebe os ensinamentos do sensei Umakakeba. Após o confronto Hudson avaliou seu desempenho. “Encaixei por três vezes o ippon-seoi-nage, que é meu tokui -waza, mas o japonês é liso e muito rápido. Sempre ajeitava a queda e caía de frente. Eles são muito bons, mas acho que treinando forte e lutando com determinação eles caem. É só se preparar e partir para cima que eles caem, sim. Sem contar que hoje não era meu dia de sorte e ele saiu vitorioso.”

técnico da competição. “Na verdade eu não posso fazer uma avaliação técnica dos atletas brasileiros baseado apenas em algumas horas de lutas. Mas por ter sido uma competição da base, eu gostei bastante. A colônia japonesa do Paraná é grande e com isso os nossos atletas puderam interagir com os brasileiros e foram muito bem recebidos por todos. Estão muito animados com a receptividade e a acolhida. Essa troca é de extrema importância para todos eles e temos certeza de que voltaremos outras vezes ao Brasil e, principalmente, a Curitiba.” Sensei Suzuki evocou os princípios

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VIII TORNEIO INTERESTADUAL DE JUDÔ - PR

Quadro de medalhas VIII Torneio Interestadual de Judo – 2015

Asiáticos e sul-americanos desfrutam o intercâmbio promovido pelo judô

No centro, Susumu Ueno, presidente da Komatsu do Brasil, com seu assistente Takafumi Shibama e Luiz Iwashita. O presidente da Komatsu do Brasil esteve em Curitiba acompanhando de perto as ações da comitiva16 japonesa e prometeu trazer Revista Budô número / 2015 do Japão duas campeãs olímpicas para ministrarem um workshop de judô em outubro, como parte do programa da Copa Paraná de Judô.

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INTERVIEW

Modelo de Mestre

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Richard Amos, um inglês que superou o desafio de aprender com os mestres do karatê japonês, não tem dúvidas: valeu a pena.

izem que treinar com os mestres da JKA, a poderosa Associação Japonesa de Karatê, não é para qualquer um. E não é mesmo. Tanto que em meio século apenas menos de dez estrangeiros conseguiram resistir aos sacrifícios, às diferenças culturais e aos treinamentos exaustivos necessários para chegar ao fim do curso. O inglês Richard Amos, 7º dan, é um deles. Depois de passar cerca de dez anos no Japão, Amos radicou-se nos Estados Unidos, onde criou e conduz a World Tradicional Karate Organization (WTKO), ao lado de John Mullin, desenvolvendo um estilo que procura combinar o melhor dos japoneses e dos ocidentais, privilegiando o refinamento técnico e a filosofia. Nesta entrevista à Budô, durante sua passagem pelo Brasil em agosto, Amos conta como foi sua experiência de treinar e conviver com lendários mestres do karatê Shotokan. Fala de seu amor por esta arte marcial, analisa os rachas políticos que levaram à multiplicação de entidades, comenta a possibilidade de o karatê tornar-se modalidade olímpica e revela sua surpresa ao conhecer o alto nível do esporte praticado pelos brasileiros.

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POR

N.T. MATEUS I Fotos budopress

Quando e por quê começou no karatê? Aos 10 anos fiquei fascinado ao ver na TV o repórter Dick Davis falando sobre Bruce Lee e mostrando um pequeno clip do filme Operação Dragão. Estava acostumado com críquete e outros esportes, mas quando vi o karatê, na época pouco conhecido, achei perfeito. Além disso, era adequado ao meu biótipo. Comecei a praticar em 1973, quando os filmes de Bruce Lee já tinham popularizado o karatê. Então o karatê foi um caso de amor à primeira vista? Absolutamente. Tanto é que eu gastava todo dinheiro que tinha com livros e revistas de karatê. Hoje em dia é diferente, tudo está ao alcance de todos, de graça, na internet. Sendo membro da KUGB, de Andy Sherry e Keinosuke Enoeda, o que o levou ao Japão? Eu tinha uns 16 ou 17 anos naquela época, e a Karate Union of Great Britain (KUGB) era muito forte. Frank Brennan era o campeão europeu e o sensei Enoeda era o chefão de todo mundo. Os ingleses achavam desnecessário ir treinar fora porque o melhor do Japão estava lá. Tive a chance de assistir a um campeonato mundial na Alemanha, e quando vi os japoneses se aquecendo achei tudo muito diferente do que eu fazia, os movimentos não

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eram iguais aos que praticávamos na Inglaterra. No campeonato mundial do Cairo eu vi Frank Brennan fazendo um kata e depois vi Yoshiharu Osaka fazendo o mesmo kata. Não dava para comparar. O japonês estava completamente calmo e executou um kata tecnicamente perfeito. Brennan era meu ídolo, invencível, tão forte que parecia balançar o ginásio, mas a diferença era evidente. O seguinte foi Mikio Yahara, muito agressivo, com um tipo de karatê parecido com o do Frank na questão da força. Quando ele fez o kata, percebi algo que nunca tinha visto, muito perigoso, pois parecia flutuar. Ele fazia o kata com a alma. Foi então que descobri que o karatê da Inglaterra era forte, mas limitado se comparado ao japonês. E decidi que queria o karatê do Japão. Na Inglaterra havia muitos karatecas bons, que tinham um dom natural; no Japão, vi que as pessoas precisavam treinar bastante e com muita dedicação para serem bons. Eu queria me transformar num karateca com o estilo dos japoneses. Eu não tinha o dom natural, mas sabia que com o treino e a dedicação dos japoneses chegaria ao mesmo nível.

Por quê? É cultural. Tem a ver com hereditariedade e tradição, passa de pai para filho, é um caminho parecido com o de um chef de cozinha. Primeiro o aprendiz tem de lavar pratos e vai aprendendo o restante aos poucos. Depois de dez anos, se o chef se ausentar, o aluno vai ficar no lugar dele. Mas isso terá custado dez anos de observação e prática no dia a dia. Essa é a maneira japonesa de aprender.

Ha muitos ocidentais no curso japonês? Em mais de 50 anos, menos de dez estrangeiros conseguiram concluir o curso. Isso tem muito a ver com as diferenças culturais. Dar uma bronca num ocidental é diferente de dar uma bronca num japonês; é preciso pensar duas vezes antes de falar. Como eu já estava há dois anos treinando no Japão antes de fazer o curso, tinha patrocinador e dinheiro para ficar lá e já falava um pouco da língua, as pessoas gostavam de mim. Nunca cometi a estupidez de responder para um japonês. Acho que em função disso me convidaram para fazer o curso. Esse curso só pode ser feito por indicação? Muitas pessoas vão ao Japão com uma carta de indicação escrita por seu mestre e entram no curso. Só que chegam lá, não conhecem nada da cultura, e ficam perdidas. Acabam desistindo e voltam pra casa. É verdade que os estrangeiros são castigados na JKA (Nihon Karate Kyokai), ou isso é mito? As pessoas gostam muito de rotular. O que acontece é que os japoneses são muito certinhos; se alguém pisa na bola é logo rejeitado. Fica parecendo arrogância, mas é uma questão cultural, eles têm mania de perfeição. Os estrangeiros têm de provar algo para eles.

Quais as maiores diferenças entre a escola japonesa e as europeias? A diferença é de fora e de dentro. O treinamento no Japão não é intelectual, não se baseia em teoria. Alguns dos meus alunos, por exemplo, quando vão treinar no Japão, Você assistiu à divisão que ocorRichard Amos com Roberto Santana, seu representante no Brasil costumam levar cadernos para os reu na JKA? treinamentos. Mas quando se vai a Quando cheguei ao Japão, a JKA era três aulas por dia, não há tempo para anotar uma coisa só. Depois começou a dividirOs professores japoneses ganham dinada. Logo ninguém se preocupa mais com se e todo mundo a brigar com todo munnheiro com o karatê? as anotações, simplesmente vai para o dojô No Japão, para o professor ganhar dinheido, o que deixou o ambiente muito pee espera aprender uma ou outra coisa. Há ro, ele tem de ter um patrocinador ou sado. O racha ocorreu 18 meses depois um certo componente emocional. uma esposa rica. Ele ganha para sobrevida minha chegada, e acabei ficando no meio da disputa: um mestre me puxava ver somente. para cá, outro me puxava para lá. Eu não Qual é a rotina de treino no Japão? queria tomar partido, mas como era muiLá quem quer realmente praticar karatê Como aconteceu o convite para ministreina todos os dias, durante muitos anos. trar um seminário em Ribeirão Preto? to certinho, treinava todos os dias e tenAos poucos o corpo do atleta absorve o que Conheci o Roberto Sant’ Anna em 1993 no tava não errar, todo mundo me queria precisa, intuitivamente. campeonato mundial da JKA na África do do seu lado. Chegou a um ponto em que Sul. O clima estava tenso, eu não me envirou cobrança, o que me deixou muito desconfortável. Meu patrocinador era o Dizem que os japoneses escondem as trosava com a equipe inglesa, e acabei me mesmo do Masao Kagawa e do Aramoto, técnicas, que não ensinam. Isso procede? aproximando de pessoas de outros países. e muito amigo do mestre Abe, que era Gostei de conhecer o Roberto e depois No Japão se aprende observando e pratium dos meus mestres, além do Yahara, daquele evento continuamos em contato cando. O professor não manda fazer isso ou que desde o primeiro dia foi fantástico através da internet. Em outro encontro posaquilo: o aluno tem de ter a capacidade de comigo. Todas essas pessoas ficaram observar e absorver – e depois treinar todos terior surgiu o convite. com o Asai Sensei, o mestre mais velho, os dias. Porque lá não existe transmissão venerado como uma espécie de semifalada. Eles até corrigem os erros, mas não Em que período você ficou no Japão? dão muita satisfação na parte mecânica. De 1989 até 1998. deus, e foi difícil para mim me separar do www.revistabudo.com.br

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INTERVIEW Kawawada, porque ele era meu senpai na academia do professor Nakayama, na qual treinei durante três anos. Mas me posicionei ao lado do Asai porque me sentia mais à vontade com aquelas pessoas. De repente elas começaram a brigar novamente, e houve a segunda separação da JKA. Por isso você resolveu abrir sua própria escola? Nesse segundo racha sofri muita pressão, numa época em que eu estava emocionalmente abalado pela morte do meu pai. Eles não quiseram dar-me um tempo e me irritaram de tal forma que decidi ir para os Estados Unidos, onde tinha um amigo, o John Mullin. Ele tinha criado uma organização que só existia no papel, estava guardada para quando ele precisasse. Quando cheguei, a ideia floresceu e acabei funcionando como catalisador. Logo começamos a trabalhar juntos. Hoje estamos em 17 países. Na essência, qual a diferença da JKA para a escola de vocês? Estou muito confortável com o que eu sei, pois procurei manter o melhor de cada karatê, do inglês e do japonês. Tirei fora o que não servia. Tenho fantásticas memórias da época em que competia e tento conservar o espírito de bom competidor, graças à experiência. O que vale é a inteligência por trás da motivação e nossa ideia não é construir uma grande organização. Não tenho essa vaidade, não quero forçar as pessoas para virem conosco. Por exemplo, nunca chamei o Roberto, a aproximação aconteceu naturalmente pela nossa amizade. Quem quiser juntar-se a nós terá de vir de uma forma natural.

Mestre Asai o considerava um de seus melhores alunos. Foi o sensei Enoeda que o preparou para os duros treinos na JKA? O que me preparou foi o treinamento no esquadrão de elite, não o treino normal. O Enoeda não me preparou pessoalmente, mas me inspirou muito. Quando eu era criança, sonhava com o dia em que o sensei fosse me chamar para ir treinar no Japão. Ele era meu herói, me influenciou muito. Masataka Mori, meu instrutor nos Estados Unidos, me inspirou muito mais para ir para o Japão. No começo odiei o treino dele, que era muito rígido. Me corrigia a toda hora, implicava até com meu jeito de sentar, mas estava apenas me ensinando a etiqueta japonesa. Foi uma grande lição e me ajudou muito quando fui ao Japão.

“No Japão se aprende karatê observando”

para meu dojô, vai atrair mais gente, mais mídia. A nova onda em Nova York é o taekwondo, antes ignorado e que agora, como está nas Olimpíadas, virou uma febre nas academias. Com relação ao karatê como modalidade olímpica, observo que há atletas muitos bons, mas que não se importam com a filosofia. O que vale é ganhar. Não se pode forçar pessoas assim a terem um comportamento correto. Na minha aula, gosto de ver os alunos progredirem além dos resultados, mas, se ele tiver o talento atlético, deve seguir o caminho também. Com paciência para treinar, aperfeiçoar-se e aprender, podese levar uns 10, 20 ou 30 anos. Se o karatê se tornar olímpico, quem poderia assumir a organização da modalidade nos Jogos? Certamente é a World Karate Federation. É a organização mais profissional no que se refere à gestão. As modalidades têm uma ou duas entidades de administração. Por que no karatê são tantas? Mesmo dentro do karatê Shotokan, que é um estilo só, há várias influências porque há muitos mestres, com estilos diferentes uns dos outros. Existem diferenças até dentro do mesmo estilo.

Como você vê o karatê atual? As pessoas querem tudo muito fácil, querem pegar um pouco aqui e ali, e que tudo seja instantâneo. O jovem vai ao YouTube, olha um vídeo de três minutinhos, e já acha que aprendeu. Um exemplo é o kick boxing, que nos Estados Unidos é muito popular, mas como fitness: o praticante põe a luva, dá uns socos no saco de pancada e já sente aquela sensação de alívio. Com relação ao nosso estilo de karate Shotokan não é assim. É preciso falar bastante tempo para começar a sentir um pouquinho, são outros tipos de pessoa que nos procuram.

Mas isso justifica racharem o tempo todo? Infelizmente existem os políticos da modalidade. Os rachas não dependem só dos praticantes. Embora não conheça a WKF, imagino que lá existam muitos bons professores e muito bons administradores. Mas não ficam mais que três horas por semana num dojô treinando karatê. Os estilos têm suas peculiaridades.

Qual sua técnica preferida? Em competição, o ushiro geri, porque sou muito bom com as mãos.

Hoje as pessoas têm pouco tempo e nenhuma paciência? As pessoas sempre procuram alguma coisa auxiliar na sua vida, algo até artificial, porque querem resultados rápidos, praticidade, e não se preocupam com o conteúdo.

E qual kata o encanta mais? Como fui aluno do Yahara e sempre fizemos demonstrações juntos, me inspiro nos katas dele.

Como vê a inclusão do karatê no programa olímpico? Não ligo para isso, mas é evidente que, se o karatê se tornar olímpico, será bom

O que sabe sobre o karatê do Brasil? Quando as pessoas me perguntam como é o karatê do Brasil, sempre digo que gostei muito e que fiquei surpreso quando vi pela primeira vez. Muitas pessoas no mundo não imaginam que o karatê brasileiro tenha alto nível. E sei que essa qualidade se deve à grande cultura japonesa existente no Brasil, onde chegou muito antes de alcançar a Europa.

O que você prioriza no ensino do karatê? O refinamento técnico e a filosofia. Fazer o praticante desenvolver todo o seu potencial e alcançar a autodescoberta. Esses dois aspectos são fundamentais para a vida e para o karatê.

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Você acha que um pouco disso é vaidade? Entre outras coisas, sim.

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Cotidiano

Trapaceiro, ingênuo

ou broxa?

Após as alegações da defesa de Silva à Comissão Atlética de Nevada, uma colunista da Folha de S. Paulo escreveu que o lutador é trapaceiro, ingênuo ou broxa. Mais grave, porém, foi a farsa que o Spider protagonizou para a imprensa e a comunidade do taekwondo brasileiro, quando assumiu que devolveria tudo que a modalidade lhe havia oferecido. Por toda a desfaçatez do lutador, concluímos que o ex-campeão dos pesos-médios do UFC é mesmo um mentiroso desprovido de qualquer conteúdo ético e filosófico, princípios exigidos dos faixas pretas de artes marciais. POR

A

pós a ridícula e inconsistente argumentação apresentada pelos defensores de Anderson Silva à Comissão Atlética de Nevada (NAC), ele foi multado e pegou um ano de gancho. Mas, e pela farsa e mentiras protagonizadas por ele para a imprensa, CBTKD e toda a comunidade do taekwondo, qual será a sua punição? Em 29 de maio de 2012 Anderson Silva recebeu da Confederação Brasileira

paulo pinto I Fotos budopress

de Taekwondo (CBTKD) o título de embaixador do taekwondo brasileiro. Além de aceitar a deferência, no dia da posse Anderson fez a seguinte afirmação: “O taekwondo me deu uma grande base, e proporcionou uma grande estabilidade em minha personalidade e em minha vida como atleta. O taekwondo foi o início de tudo e prometo honrar a missão que me foi delegada”. Acontece que nunca mais a diretoria

da CBTKD conseguiu contato com o lutador para discutir compromissos e agendar ações inerentes ao titulo que lhe foi atribuído. A situação foi tão desgastante que a diretoria da entidade achou por bem colocar uma pedra sobre o tema e esquecer definitivamente o assunto. Após o episodio de sua suspensão por doping, Spider procurou Carlos Fernandes, presidente da CBTKD, para discutir a sua eventual participação nos Jogos Olímpi-

Anderson distribuiu autógrafos para crianças e fãs

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cos Rio 2016. Anderson decidiu que havia chegado o momento de retribuir tudo que o taekwondo havia proporcionado a ele. A notícia explodiu como uma bomba na comunidade taekwondista, e de imediato surgiram aqueles que repudiaram a novidade, acusando o dirigente máximo da entidade de uma ação de marketing. Por outro lado, a ala dos puristas aplaudiu e reverenciou a iniciativa do ex-taekwondista, que decidiu dar a cara para bater por sua modalidade do coração. Acreditando mais uma vez em Anderson Silva, a diretoria da entidade promoveu uma coletiva de imprensa na qual Anderson exporia seus planos para 2016. O circo foi armado e dele participaram grandes nomes do jornalismo esportivo nacional. Pressionado por repórteres que sabiam das limitações técnicas e físicas de um atleta que até poucos meses antes era tido como o maior fenômeno dos octógonos, Anderson jurou amor ao taekwondo, se dispôs até a passar vergonha e, em meio a todas as acusações, fez a seguinte afirmação: “O taekwondo me deu tudo que possuo hoje. Chegou o momento de pagar minha conta com meu mestre e com as pessoas que me apoiaram, e pelo taekwondo irei até as últimas consequências”.

Aplaudido e pode parecer até ovacionado por divertido. Outros todos que ainda alegarão algum sonhavam em vê tipo de psico-lo vestindo um patia ou desvio dobok de novo, compor tamenAnderson paretal, mas para alceu convencer guém que dediaté os mais incrécou parte de sua vida aos tatamis, dulos de que iria ao dô (caminho), mesmo lutar para e teve de lutar promover a moarduamente para dalidade esportichegar à faixa va que o projetou preta, tudo isso é para o milionário Anderson Silva com o grão-mestre 9º dan, Yong Mim Kim que inaceitável. cenário do UFC. foi à coletiva prestigiar o faixa preta Ser faixa preAntes de deixar a coletiva Anderson posou para fotos ta de karatê, judô, taekwondo, aikidô ou com crianças praticantes, mestres renojiu-jitsu é trilhar o caminho da coerênmados, fãs e dirigentes. Porém, tudo acacia, da busca da prática do bem comum. Um faixa preta na acepção da palavra bou exatamente ali. Nunca mais Anderson não mente, não engana, não trapaceia e foi visto ou pôde não frustra a expectativa de milhares de ser contatado por jovens que o veem como modelo a ser alguém da CBTKD. seguido. Aliás, a principal virtude de um Do nada, o quase faixa preta é ter bom caráter. mitológico embaixaA esta altura não importa o grau de dor do taekwondo, maldade ou loucura deste indivíduo. Não o faixa preta que importa se acreditamos ou não numa declarou diante da mentira, e muito menos se este personaimprensa do Brasil e do mundo que degem sobreviverá com suas falsas verdades. O que nos resta é compreender que fenderia sua Pátria Anderson Silva jamais assimilou os prevestindo um dobok no Rio 2016, sumiu, ceitos filosóficos de sua modalidade. O derreteu e, pasmem, taekwondo e o muay thai emprestaram a nunca mais atendeu ele toda a habilidade que possui para deras ligações ou respondeu aos e-mails de rubar seus oponentes, mas infelizmente Carlos Fernandes. ele jamais assimilou nada além disso. Foi Para as pessoas que não frequentam exatamente por isso que mentiu com tao meio das modalidades de luta, tudo isso manha frieza, diante de todos nós.

“Um faixa preta na acepção da palavra não mente, não engana, não trapaceia e não frustra a expectativa de milhares de jovens”

Ricardo Aguiar

Técnico e coordenador da Seleção Brasileira de Karatê Único técnico do Brasil com certificação mundial da WKF em Kumitê Títulos como técnico • Campeão Sul-Americano Seminários e cursos • Bicampeão Pan-Americano para grupos • Campeão Festival Olímpico Pan-Americano

• • •

Campeão Mundial Sub 21 Campeão Mundial Adulto Campeão dos Jogos Pan-Americanos (16) 3652-0465 ricardo@ricardoaguiar.com.br facebook/RicardoAguiarOficial aguiar_ricard aguiar_ricard

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Palestras técnicas e motivacionais

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C AMPEONATO BRASILEIRO DE JUDÔ SUB 21

Seleção paulista é campeã masculina e feminina Após maratona de 309 lutas, competição realizada no Recife definiu os campeões brasileiros juniores. fonte

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IMPRENSA CBJ I Fotos CBJ

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C

om o apoio da Federação Pernambucana de Judô, a Confederação Brasileira de Judô realizou o Campeonato Brasileiro sub 21 desta temporada. A competição recebeu atletas de 26 Estados e realizou-se de 15 a 17 de maio, no ginásio da Secretaria de Educação, no Recife (PE). Subiram ao pódio atletas de 16 Estados, o que comprova o grande equilíbrio do judô brasileiro na atualidade. Após 309 lutas, São Paulo foi campeão geral dos naipes masculino e feminino, e os pódios por equipes apresentaram a seguinte formação: São Paulo (1º), Mato Grosso do Sul (2º), Rio Grande do Sul (3º), Minas Gerais (4º) e Amazonas (5º), no feminino, enquanto no masculino as primeiras colocações foram ocupadas por São Paulo (1º), Rio Grande do Sul (2º), Piauí (3º), Amapá (4º) e Minas Gerais (5º). Douglas Vieira, técnico da seleção brasileira sub 21 masculina, destacou positivamente a variedade de novos atletas que chegaram às disputas por medalhas ao longo da competição. “Isso é uma prova de que o judô está sendo mais difundido para outros Estados”, explicou o treinador. “Além disso, o alto nível técnico dos combates foi um ponto positivo neste brasileiro.” Já Andrea Berti, técnica da seleção brasileira sub 21 feminina, fez uma comparação entre os nomes convocados para a próxima etapa do circuito mundial, na Áustria, em junho, e observou que a maioria dessas atletas teve bom desempenho no campeonato. “Essa questão mostra que o nosso planejamento vem dando certo, já que a convocação é feita antes desta competição”, avaliou. “Vimos aqui que as meninas com quem já vínhamos trabalhando dentro da seleção mantiveram bom desempenho, mas vimos

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também atletas novas surgindo. É muito importante para as categorias de base ter esse material humano diversificado.” O campeonato brasileiro possui grande importância, já que distribui pontos no ranking nacional de base, utilizado como

Patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Judô

critério de convocação para o Campeonato Mundial sub 21 que se realizará em Abu Dhabi.

São Paulo obtém 13 medalhas Para chegar ao título da competição, a seleção paulista disputou nove finais, conquistando sete medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze. A seleção gaúcha ficou em segundo lugar, totalizando três ouros, três pratas e três bronzes. Mato Grosso do Sul ficou em terceiro, com quatro medalhas: duas de ouro, uma de prata e outra de bronze. Nas últimas temporadas Minas Gerais tem mostrado grande crescimento da base e no Recife não foi diferente, já que para alcançar a quarta colocação o time mineiro abocanhou nove medalhas: uma de ouro, quatro de prata e quatro de bronze. A quinta colocada geral foi a seleção do Estado do Amapá, que surpreendeu ao conquistar uma medalha de ouro e uma de bronze.

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C AMPEONATO BRASILEIRO DE JUDÔ SUB 21

Parceira oficial da Confederação Brasileira de Judô

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Confira os resultados Classificação Individual Masculino Super-ligeiro (-55kg) 1º Jonathan Freitas - SP 2º Lucas Guimarães - RS 3º Igor Thuin - MG 3º Talles Nascimento – PB Ligeiro (-60kg) 1º Júlio Vilhena - AP 2º Vitor Torrente - SP 3º Felipe de Almeida - RJ 3º Vitor Xavier – PB Meio-leve (-66kg) 1º Daniel Cargnin - RS 2º Fabricio de Freitas - RJ 3º Nykson Carneiro - SP 3º Gabriel Adriano - PR Leve (-73kg) 1º João Sobrinho - PI 2º Fernando Ramos - MG 3º Jose Basile - SP 3º Gustavo Aprígio - DF Meio-médio (-81kg) 1º Tiago Pinho - RS 2º Carvalho Yuri - GO 3º Nicolai Alecsander - SP 3º Xavier Renglis – AL Médio (-90kg) 1º Henrique Francini - SP 2º André Humberto - MG 3º Gabriel Rocha - AL 3º Igor Lino – RJ Meio-pesado (-100kg) 1º Leonardo Gonçalves - SP 2º Tiago Souza - MG 3º Bruno Ogata - PR 3º Yan Goulart - RS Pesado (100kg) 1º Hugo Praxedes - SP 2º Guilherme Melo - MG 3º João Marcos Silva - RS 3º Matheus da Silva Walter - RJ

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Feminino Super-ligeiro (-44kg) 1º Rita Reis - AM 2º Larissa Farias - RJ 3º Sara Sousa - DF 3º Natasha Ferreira - PR Ligeiro (-48kg) 1º Nathalia Mercadante - SP 2º Ianele Pádua - DF 3º Maria Eduarda Gonçalves - RJ 3º Gabriela Clemente - RS Meio-leve (-52kg) 1º Jessica Lima - SP 2º Aline Cristina Neves - MS 3º Paula Silveira - MG 3º Luana Souza - PE Leve (-57kg) 1º Layana Colman - MS 2º Bianca Braga - RS 3º Kamilla Silva - MG 3º Taynara de Carvalho - RJ Meio-médio (-63kg) 1º Alexia Castilhos - RS 2º Erika Hellen Ferreira - CE 3º Silva Cynthia - PE 3º Viviane Donomai - PR Médio (-70kg) 1º Aine Schmidt - SP 2º Ennilara Silva - TO 3º Ana Paula Carra - MS 3º Sarah Nascimento - MG Meio-pesado (-78kg) 1º Isabela Sanches - MG 2º Melina Scardua - RS 3º Stefanie Miranda - RJ 3º Pamella Palma – SP Pesado (78kg) 1º Camila Nogueira - MS 2º Agatha Silva - SP 3º Anny Ribeiro - PR 3º Itacyara Lemos - AP

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MUNDIAL DE TAEKWOMDO ADULTO

Mundial ratifica

hegemonia asiática no taekwondo

Conquistando 87,5% das medalhas de ouro em disputa, a Ásia consolida supremacia na modalidade Venilton Teixeira exibe a medalha de bronze conquistada na Rússia

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paulo pinto I Fotos divulgação

Coreia do Sul reafirmou seu poderio no taekwondo conquistando cinco medalhas – quatro ouros e um bronze –, que garantiram a primeira colocação no campeonato mundial adulto, realizado na Traktor Arena da cidade russa de Chelyabinsk. Com três medalhas de ouro e duas de bronze o Irã ficou na segunda colocação, seguido pela Turquia, que obteve dois ouros, uma prata e um bronze. Disputando três finais, o Uzbequistão terminou em quarto lugar com uma medalha de ouro e duas de prata, enquanto Taipei chegou à quinta colocação com um ouro, uma prata e um bronze. Curiosamente, estes cinco países pertencem à Ásia, mesmo considerando que a Turquia, onde o taekwondo é excepcionalmente popular e possui enorme tradição, tem parte de seu território na Europa. Estes cinco países conquistaram 11 das 16 medalhas de ouro em disputa, o que faz da Ásia o principal continente da modalidade. Mas o quadro fica ainda mais nítido quando seguimos adiante no pódio e vemos que a Inglaterra dividiu a quinta colocação com Taipei, e foi seguida por Bélgica, Tailândia, Azerbaijão e Japão, países que conquistaram ouro na competição. Dos dez primeiros colocados, oito ficam na Ásia e juntos amealharam 14 medalhas de ouro, ou seja, 87,5% das disputadas. Os outros dois ouros ficaram com Inglaterra e Bélgica, que asseguraram os 12,5% restantes para a Europa.

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Boa notícia para o Brasil Se em âmbito mundial o Brasil apresentou índice abaixo do esperado, ficando em 17º lugar com dois bronzes conquistados por Íris Sing (-46 kg) e Venilton Teixeira (-54 kg), em nível continental a seleção brasileira igualouse a Cuba e Estados Unidos, os melhores desempenhos das Américas. México e Colômbia obtiveram apenas um bronze, completando os oito pódios do continente. Esse quadro mantém o Brasil inserido no topo da modalidade nas Américas, um grande alento para a comissão técnica do Brasil. Mas o resultado se torna preocupante quando lembramos que estamos há menos de um ano das Olimpíadas do Rio, e nesse sentido o taekwondo brasileiro tem de trocar as pilhas, rever os conceitos e correr atrás do prejuízo.

Técnico e medalhistas avaliam desempenho Para o técnico Júnior Maciel, o melhor desempenho do Brasil neste ano não esconde a fragilidade da equipe. “Conquistamos dois bronzes, um resultado melhor que o da edição anterior, mas muito diferente daquilo que esperávamos. Vivenciei as duas medalhas e vi o ouro escapar de perto. Poderíamos ter ido mais longe, e não apenas com os dois atletas, e sim com muitos mais. Não podemos esquecer de que mundial é uma competição muito difícil e, para termos parâmetros, lembro que o México, a maior força no continente pan-americano, só conquistou uma medalha de bronze em Chelyabinsk. Mas estou seguro de que o Brasil tem capacidade para ir muito mais longe. Temos de fazer um bom planejamento, e os resultados virão.” Sobre as medalhas, Maciel disse que ambas as conquistas são inesquecíveis. “Fiquei muito feliz por estar com os dois no momento da vitória. Íris vive no Rio de Janeiro, onde treina com seu professor Diego Ribeiro, porém há oito anos defende a bandeira do Estado do Amapá. O Venilton é meu conterrâneo e vive no Amapá, onde treina com Bruno Igreja, seu professor. Trabalho diretamente com os treinadores dos dois atletas e juntos sonhamos com esse dia há muito tempo. Foi um momento muito importante em minha carreira e na deles também. Podemos dizer que foram momentos inesquecíveis.” Nascida em 21 de agosto de 1990, Íris Tang Sing vive excelente momento nos tatamis. “Em 2014 conquistei o campeonato pan-americano, e este ano obtive bronze no mundial e nos Jogos Pan-Americanos. Defendo o Time Petrobras e Diego Taekwondo Team. Meu técwww.revistabudo.com.br

Venilton e Iris ao lado do técnico Júnior Maciel em Chelyabinsk

nico Diego Guimarães Ribeiro orienta meu preparo, e cobra empenho e resultado.” Feliz com o bronze, Íris lamentou a falta de melhor preparo. “O resultado foi bom, mas poderia ter sido muito melhor. Faltou um pouco mais de treino e preparo para ir além. Fiz quatro lutas e venci as atletas da Hungria, China e Coreia, mas perdi para a tailandesa.” Para a taekwondista carioca este bronze foi mais um degrau para o pódio olímpico. “Esta medalha representa mais um passo em busca do meu maior objetivo que, inicialmente, é a conquista de uma vaga olímpica para depois brigar pelo pódio.” Questionada sobre o nível do taekwondo verde e amarelo, Íris cobrou melhor preparo dos técnicos brasileiros. “Os atletas têm tido oportunidade de viajar muito, competir fora e fazer intercâmbios. Mas os treinadores do Brasil precisam de mais atenção, para que evoluam junto com o taekwondo internacional. Estamos longe dos países com maior tradição e com isso nossos técnicos e treinadores acabam ficando para trás. Vivemos num País continental, e até mesmo o intercâmbio entre equipes de diferentes Estados é comprometido.” Otimista, Íris previu muitas medalhas no próximo ciclo olímpico. “Estou focada em meu preparo e pretendo trabalhar duro para fazer um próximo ciclo olímpico muito mais aguerrido e focado. Para atingir esta meta conto com o apoio imprescindível do Exército brasileiro, do Time Petrobras, Bolsa Pódio, Diego Academia, Strike Adidas, Marcella Amar e Wellington Campos.”

Com 19 anos, o amapaense Venilton Torres Teixeira escreveu seu nome entre os medalhistas em mundiais, e se prepara para alçar voos mais altos na modalidade. “Nasci em 6 de setembro de 1995, e defendo o time Petrobras, a Marinha do Brasil e a Academia Bruno Igreja de Taekwondo. Meu professor é Bruno Igreja e treino também com Júnior Maciel. Os campeonatos mundiais recebem os melhores de todos os atletas e é sempre muito difícil conquistar uma vaga no pódio. Acho que poderia ter ido mais longe, mas fiz uma estreia muito boa e estou feliz com o resultado obtido.” Venilton fez cinco lutas no mundial e venceu quatro, que lhe permitiram viver parte de sonho que acalenta com o taekwondo. “Venci todos os confrontos da fase classificatória e só fui derrotado pelo russo, na semifinal. Este bronze representa parte de um sonho que venho alimentando desde os primeiros passos nos tatamis. Ele abriu muitas portas em meu Estado, e espero que faça com que muitos jovens acreditem em seus sonhos.” O atleta amapaense falou sobre os principais títulos conquistados e agradeceu o apoio recebido. “Sou campeão do Turquia Open e do USA Open e conquistei o bronze no mundial. Em minha análise o taekwondo brasileiro está nivelado aos melhores do mundo. Quero agradecer aos meus apoiadores, entre eles a Marinha do Brasil, Time Petrobras, CBTKD, Nutryday Macapá, Team Olympia, Palácio dos Esportes, Tropical Center, Ortho-X, LMS, Armazém Brasil, SNC, SEDEL, Santa Rita Engenharia, Academia Bruno Igreja e Academia Mente e Corpo.” Íris Tang Sing vive excelente momento nos tatamis

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Troféu Brasil de Clubes

Minas Tênis é do

Troféu Brasil

Com seis medalhas de ouro, uma de prata e seis de bronze, equipe de Belo Horizonte fatura o tricampeonato da maior competição interclubes do judô brasileiro. POR

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paulo pinto I Fonte felipe rodrigues/cbj I Fotos revista budô

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tricampeão R ealizado no Ginásio Poliesportivo da Associação dos Empregados do Comércio de Taubaté nos dias 13 e 14 de junho, o Troféu Brasil Interclubes 2015 reuniu os maiores nomes do judô nacional. Entre os 465 atletas vindos de 99 clubes estavam alguns dos judocas convocados para os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015. São eles: Charles Chibana (E.C. Pinheiros), Alex Pombo (Minas T.C.), Tiago Camilo (E.C. Pinheiros), Luciano Corrêa (Minas T.C.), Rafael Silva (E.C. Pinheiros), Nathália Brígida (Minas T.C.), Érika Miranda (Minas T.C.), Mariana Silva (Minas T.C.), Maria Portela (Sogipa) e Mayra Aguiar (Sogipa). Paulo Wanderley Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) aponta o vínculo da entidade com os clubes. “O Troféu Brasil foi pensado para valorizar e dar ainda mais visibilidade a esses nossos grandes parceiros que são os clubes. A sintonia entre eles e a confederação é cada vez maior. O crescimento contínuo e a manutenção da modalidade entre as agremiações mais vitoriosas do

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País passam prioritariamente por essa competição.” Em número de inscritos, as instituições que mais se destacaram foram o Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, com 32 atletas. Com apenas um judoca a menos, o Judô Comunitário Instituto Reação, do Rio de Janeiro, ficou na segunda colocação. O Minas Tênis Clube, com 30, e a Sogipa, com 24, completam a lista das maiores delegações no certame. O carioca Jequiá Iate Clube (17), os paulistas Sociedade Esportiva Palmeiras (16) e Secretaria de Esporte e Lazer de São José dos Campos (15) e a catarinense Fundação Municipal de Esportes de São José (15) também inscreveram um bom número de judocas. A mesa de autoridades foi composta por Robnelson Ferreira, gestor nacional de eventos, representando a CBJ; Joji Kimura, diretor técnico e representante da Federação Paulista de Judô; e Cláudio Teixeira Brazão, o Macaé, secretário de Esportes da Prefeitura de Taubaté, que representou o prefeito Ortiz Júnior.

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Troféu Brasil de Clubes

Minas Tênis Clube dispara no quadro de medalhas

do pela forte atuação dos homens. Igor Thuin (55 kg), Alex Pombo (73 kg), Ricardo Serrão (81 kg) e Eduardo Bettoni (90 kg) chegaram ao lugar mais alto do pódio e Como era esperado, no primeiro dia colocaram a equipe mineira na liderança de competição Minas Tênis Clube, Esporte do masculino. A Clube Pinheiros e competição foi Judô Comunitário muito importanInstituto Reação te para Pombo, – as três equipes que passou por mais fortes do País, dois adversáhoje – saíram na rios de seleção, frente na disputa Marcelo Contido Troféu Brasil ni e Igor Perei2015 e lideraram ra, e vai com o o quadro de memoral elevado dalhas. para os Jogos O time de Belo Fornecedor oficial da Pan-Americanos. Horizonte ganhou “O Troféu Seleção Brasileira de Judô nada menos que Brasil é sempre cinco dos 12 ouwww.mizunobr.com.br uma competiros definidos na ção dura com primeira rodada. atletas expePinheiros e Rearientes. Conseção conseguiram gui sair com o ouro, que era meu objetrês ouros cada um e a Sogipa ficou com tivo. Foi um treino de luxo para o pan apenas um. e, pelo meu desempenho, me O desempesinto mais confiannho do Minas te. Acredito que Tênis foi estimula-

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estou no caminho certo e que o trabalho está sendo correto. É preciso manter, mas sem deixar de evoluir”, disse o atleta, que conquistou o Troféu Brasil pela quarta vez. Já no feminino, a liderança coube ao Instituto Reação, que chegou ao ouro com a super-ligeiro Larissa Farias, a meio -leve Raquel Silva e a leve Tamires Crude. Nas duas últimas categorias vieram ainda bronzes com Jéssica Henriques e Flávia Cruz. Maria Eduarda Gonçalves somou uma prata para o time capitaneado pelo experiente Geraldo Bernardes. “Essa conquista foi um incentivo muito grande. O ano de 2014 não foi bom para mim. Não consegui ir bem na seletiva, estava desanimada. Esta competição mostrou que eu estou em bom nível e que o atleta tem de acreditar sempre. Quando se tem fé no trabalho, ninguém é imbatível. Há de se saber dar a volta por cima”, disse Raquel Silva. Pelo Pinheiros, os favoritos confirmaram a boa fase. O ligeiro Phelipe Pelim, que acaba de garantir a vaga na Universíade – segundo maior evento poliesportivo do mundo – e de passar por um período de treinamentos no Centro Pan-Americano de Judô, e Charles Chibana, atual terceiro do mundo e convocado para os Jogos Pan-Americanos, não deram chances para os adversários e faturaram o ouro. No ligeiro, Eric Takabatake ainda ficou com a prata. Mas a maior surpresa foi o ouro da jovem Larissa Pimenta. A faixa

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roxa acaba de vencer o campeonato brasileiro sub 18, disputado em Campo Grande (MT), há duas semanas, e passou por nomes importantes na categoria para conquistar o Troféu Brasil. Fechando a lista dos campeões do primeiro dia do Troféu Brasil está Maria Portela, que conquistou um ouro para a Sogipa no médio, enquanto outra gaúcha, Veronice Chagas, ficou com a prata no meio-médio. “Vim para ajudar minha equipe e para testar algumas coisas novas que venho treinando e quero usar nos Jogos Pan-Americanos. Esta foi uma ótima oportunidade de encontrar atletas com diferentes técnicas e até algumas que não conhecia. É bom ter essa experiência e fazer os ajustes necessários para buscar uma medalha”, disse Portela, que conquistou o título pela segunda vez consecutiva.

No segundo dia Minas Tênis Clube consolida supremacia Medalhistas olímpicos e velhos conhecidos da torcida se destacaram no encerramento do Troféu Brasil, e, repetindo feito do ano passado, o Minas Tênis Clube conquistou os títulos de campeão geral e do masculino, enquanto o Instituto Reação foi campeão do feminino. As medalhas de ouro do segundo dia de competição foram para Mayra Aguiar (Sogipa/RS), Hugo Pessanha (Minas/MG), Claudirene Cézar (SEL de São José de

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Troféu Brasil de Clubes Campos/SP) e Rafael Silva (Pinheiros/SP). A medalha que definiu o título dos mineiros veio no meio-pesado com Hugo Pessanha, que na decisão derrotou o pinheirense Jonas Inocêncio. Hugo, que fez parte da seleção durante anos, chegou ao pódio depois de muitos meses se recuperando de uma lesão. “É uma medalha importante porque fazia quase um ano que eu não competia por conta da operação no joelho, que aconteceu, justamente, quando eu estava crescendo na categoria. Esta medalha é um renascimento. O título do Minas é uma conquista do grupo, mas me sinto honrado por ter definido o primeiro lugar para o clube que me abraçou”, disse Hugo. No meio-pesado, veio o segundo ouro da Sogipa com a medalhista olímpica e atual campeã mundial Mayra Aguiar. A medalha assegurou o quarto lugar no quadro geral de medalhas e o vice-campeonato no feminino. “É muito bom representar a Sogipa. Luto poucas vezes no Brasil, então, quando posso, quero representar meu clube. Competição é diferente de treino e, por isso, foi importante para ajustar nosso preparo para os Jogos Pan-Americanos”, disse Mayra. No pesado, ouros para Claudirene Cézar, que defende o São José dos Campos e frequenta as seleções de base e principal desde o início dos anos 2000, e para Rafael Silva. O título de Baby garantiu o segundo lugar no masculino para o Pinheiros e o terceiro lugar no quadro geral de medalhas. “Este é um evento importante para o clube, e foi um bom treino para os Jogos Pan-Americanos. É sempre bom manter o nível alto. Tive o privilégio de enfrentar o Luciano Corrêa, um campeão mundial, entre outros atletas de alto nível. O Luciano é muito dinâmico porque é de uma categoria abaixo. Então, precisei usar muita força para poder encaixar um gol-

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pe. Além disso, o Luciano é um grande amigo de seleção”, disse o medalhista de bronze em Londres. Bastante emocionado com a conquista do primeiro lugar no feminino, Geraldo Bernardes lembrou a maior competição por equipes do calendário nacional, que será realizada em Goiânia, em novembro. “É uma emoção muito grande. Somos uma agremiação muito nova em relação aos outros e já estamos conquistando títulos brasileiros de relevância como este. É o resultado do esforço dos atletas e de uma diretoria que apoia o alto rendimen-

Patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Judô to. É uma grande honra e um grande resultado. Agora queremos nos preparar para o Grand Prix.” O técnico Floriano Almeida enfatizou a homogeneidade do time mineiro. “No feminino nós tropeçamos porque tivemos de fazer alguns ajustes, poupando os atletas que disputarão os Jogos Pan -Americanos. No masculino, ganhamos no ano passado e viemos com força total. Os meninos corresponderam, mas o

que nos dá mais alegria é o número de medalhas conquistadas, esse foi o grande prêmio. Trouxemos uma garotada nova que conseguiu chegar ao pódio. Esse equilíbrio entre experiência e juventude é o que faz o Minas Tênis forte”.

Titulares da seleção não decepcionam Os judocas convocados para os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 que entraram nos tatamis em Taubaté não decepcionaram. Charles Chibana foi campeão da categoria meio-leve (66 kg), Alex Pombo venceu no leve (73 kg), Mariana Silva levou o ouro no meio-médio (63 kg), Maria Portela venceu no peso médio (70 kg). No meio-pesado (-78 kg), Mayra Aguiar garantiu o ouro para a Sogipa. Hugo Pessanha, no meio-pesado (-100 kg), conquistou a medalha que definiu o título para os mineiros. O ouro de Baby garantiu o segundo lugar para o Pinheiros e o terceiro lugar no quadro geral de medalhas.

Com apenas 16 anos, Larissa Pimenta fica com o ouro do ligeiro Com apenas 16 anos e ainda na faixa roxa, Larissa Pimenta foi a maior surpresa do primeiro dia de disputa do Troféu Brasil de Judô. A atleta do Esporte Clube Pinheiros faturou o ouro na categoria ligeiro (48 kg) – a mesma da campeã olímpica Sarah Menezes – ao derrotar Maria Eduarda Gonçalves, do Instituto Reação. “Fiquei muito feliz porque não esperava esse resultado. Eu treinei bastante e estava muito focada desde o início da competição, sempre pensando que cada luta era uma final. Foi meu primeiro Troféu Brasil e agradeço ao Pinheiros por ter me indicado para lutar. Na hora nem consegui chorar porque a ficha não tinha caído, estava toda boba com esse título”, disse Larissa.

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Bernardes comemora bom momento do judô fluminense Aos 72 anos, sendo 56 nos tatamis, Geraldo Bernardes é um dos maiores vencedores do judô verde e amarelo. Certamente 2015 será um marco em sua trajetória, seja por ter voltado a atuar na seleção brasileira seja por vencer a principal competição clubística do País. “Minha volta à seleção brasileira foi apenas um prêmio que recebi da CBJ por tudo que fiz pelo judô brasileiro no passado, mas confesso que fiquei bastante feliz. Já no Instituto Reação existe um grande trabalho social que não é voltado para formar atletas, mas prioriza a formação de bons cidadãos e campeões da vida. No trabalho do alto rendimento existe uma equipe multidisciplinar e uma diretoria que apoiam nosso projeto. A contrapartida para este esforço é o trabalho dos atletas, que treinam arduamente pelos títulos e que aos poucos estão reinserindo o Rio de Janeiro no topo da modalidade.” Sensei Bernardes permaneceu 20 anos à frente da seleção brasileira, período em que atuou em quatro Jogos Olímpicos e o Brasil obteve seis medalhas: dois ouros, duas pratas e dois bronzes. Pelo que vimos em Taubaté, o maior formador de atletas do Rio de Janeiro ainda tem muita lenha para queimar e bastante garra para vencer.

Minas Tênis conquista tricampeonato Na disputa geral por equipes quem levou a melhor foi o Minas Tênis Clube, com seis medalhas de ouro, uma de prata e sete de bronze. O vice-campeão geral foi Eswww.revistabudo.com.br

porte Clube Pinheiros, com quatro medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze. A terceira colocação ficou com o Instituto Reação, que obteve três medalhas de ouro, duas de prata e quatro de bronze. Em quarto lugar ficou a Sogipa, que conquistou dois ouros, quatro pratas e um bronze. A quinta colocação ficou com a SMEL São José dos Campos, que obteve uma medalha de ouro. O sexto lugar foi

Patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Judô

conquistado pela Sociedade Esportiva Palmeiras, que somou uma medalha de prata e um bronze. Para Euler Barbosa de Carvalho, diretor de judô do clube mineiro, esta vitória é resultado de um ciclo vitorioso. “A conquista do tricampeonato traduz um período de conquistas. É a consagração de um trabalho em equipe que une atletas, comissão técnica, diretoria e patrocinadores em torno de um projeto ambicioso, que prevê vitórias a médio e longo prazo. Fe-

lizmente esta vitória premiou o esforço de todos os setores envolvidos neste projeto.”

Pinheiros mantém melhor índice técnico Mesmo inscrevendo o maior número de atletas no certame, disputando maior número de finais e obtendo maior número de medalhas, o Esporte Clube Pinheiros amargou, de novo, o vice-campeonato do Troféu Brasil que, para Sérgio Baldijão, tem gostinho de vitória. “É muito difícil fazer um balanço e pontuar os erros que nos conduziram mais uma vez ao segundo lugar numa competição em cuja história escrevemos nosso nome como os principais protagonistas. Mas, acima de qualquer coisa, nessa hora devemos ter humildade para nos curvarmos diante da vitória do nosso adversário, o Minas Tênis Clube, que hoje comprova a condição de grande força do judô nacional. Perdemos para um clube com tradição nos tatamis, que possui um plantel excepcional e uma das maiores estruturas clubísticas do País.” Baldijão lamentou a falta de sorte. “Não se trata de justificar ou lamentar erros. Ao todo fizemos dez finais e vencemos apenas quatro, mas perder faz parte do jogo. E das seis em que fomos vencidos, em duas era impossível perder – e perdemos. Se tivéssemos vencido mais uma final, teríamos empatado em medalhas de ouro com o Minas e seríamos campeões devido ao maior número de medalhas de prata. Mas é assim mesmo. Às vezes a vitória cai em nossos braços, e noutras vezes nos escapa por entre os dedos. Agora é rever os erros e parabenizar o grande vencedor”, sentenciou o dirigente pinheirense. Revista Budô número 16 / 2015

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Troféu Brasil de Clubes

Esporte Clube Pinheiros, vice-campeão

Surpreendendo a todos a faixa roxa Larissa Pimenta de apenas 16 anos foi campeã do peso ligeiro

Instituto Reação, terceiro colocado

Geraldo Bernardes e Raquel Silva

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www.revistabudo.com.br Minas Tênis Clube, campeão geral


Pódio por associação no masculino

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Troféu Brasil de Clubes

Pódio por associação no feminino

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Classificação individual Masculino

Feminino

Superligeiro -55kg 1º Igor Thuin - Minas T. C. 2º Lucas Guimarães - Sogipa 3º Ivonaldo Rodrigues – S. E. Palmeiras 3º Diego Rocha - E. C. Pinheiros

Superligeiro -44kg 1º Larissa Farias - Instituto Reação 2º Rita Reis – Assoc. Lassalista 3º Amanda Santos - São Caetano 3º Natália Maciel - Itajaí

Ligeiro -60kg 1º Phelipe Pelim - E. C. Pinheiros 2º Eric Takabatake - E. C. Pinheiros 3º Allan Kuwabara - Paineiras Morumby 3º Luiz F. Henriques - Instituto Reação

Ligeiro -48kg 1º Larissa Pimenta - E. C. Pinheiros 2º Maria Gonçalves - Instituto Reação 3º Gabriela Chibana - E. C. Pinheiros 3º Luana Pinheiro - Minas T. C.

Meio-leve -66kg 1º Charles Chibana - E. C. Pinheiros 2º Diego dos Santos - Sogipa 3º Daniel Cargnin - Sogipa 3º Lucas Bernardo - Sesi-SP

Meio-leve -52kg 1º Raquel Silva - Instituto Reação 2º Eleudis Valentim - E. C. Pinheiros 3º Priscylla Lima - São Caetano 3º Jessica Henriques - Instituto Reação

Leve -73kg 1º Alex Pombo - Minas T. C. 2º Igor Pereira - Instituto Reação 3º Adriano Santos - E. C. Pinheiros 3º Marcos Seixas - Instituto Reação

Leve -57kg 1º Tamires da Silva - Instituto Reação 2º Fabiana Oliveira - E. C. Pinheiros 3º Flávia Cruz - Instituto Reação 3º Kamila Silva - Minas T. C.

Meio-médio -81kg 1º Ricardo Serrão - Minas T. C. 2º Eduardo Santos - E. C. Pinheiros 3º Bruno Silva – A. Rogério Sampaio 3º Felipe Costa - E. C. Pinheiros

Meio-médio -63kg 1º Mariana Silva - Minas T. C. 2º Veronice Chagas - Sogipa 3º Ketleyn Quadros - Minas T. C. 3º Jéssica Santos - E. C. Pinheiros

Médio -81kg 1º Eduardo Silva - Minas T. C. 2º Rubens Filho - E. C. Pinheiros 3º Gustavo Assis - Minas T. C. 3º Eduardo Faria - Associação Serrana

Médio -70kg 1º Maria Portela - Sogipa 2º Sarah Nascimento - Minas T. C. 3º Helena Romanelli - Rio Preto A. C. 3º Aine Schmidt - E. C. Pinheiros

Meio-pesado -100kg 1º Hugo Pessanha - Minas T C 2º Jonas Inocêncio - E. C. Pinheiros 3º Tiago Liberato – S. E. Ribeirão Preto 3º Bruno Altoé – Assoc. Serrana

Meio-pesado -78kg 1º Mayra Silva - Sogipa 2º Nathalia Parisoto – F. M. São José 3º Adriana Souza – A. Rogério Sampaio 3º Isadora Pereira - Minas T. C.

Pesado -+100kg 1º Rafael Silva - E. C. Pinheiros 2º João Marcos Silva - Sogipa 3º Juscelino Junior - Minas T. C. 3º Luciano Corrêa - Minas T. C.

Pesado +78kg 1º Claudirene Cezar – São José Campos 2º Riva Coelho – Sociedade E. Palmeiras 3º Marília Santos - Santo André 3º Mayara Oishi - Instituto Nintai

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Classificação por associação masculino 1º - Minas Tênis Clube - MG 2º - Esporte Clube Pinheiros - SP 3º - Sogipa - RS 4º - Judô Comunitário Instituto Reação - RJ 5º - Associação Serrana - ES

Classificação por associação feminino Classificação por associação feminino 1º - Judô Comunitário Instituto Reação 2º - Sogipa 3º - Esporte Clube Pinheiros 4º - Minas Tênis Clube 5º - Secretaria de Esporte e Lazer de São José dos Campos

Classificação geral 1º - Minas Tênis Clube 2º - Esporte Clube Pinheiros 3º - Judô Comunitário Instituto Reação 4º - Sogipa 5º - Secretaria de Esporte e Lazer de São José dos Campos 6º - Sociedade Esportiva Palmeiras 7º - Associação Lassalista 8º - A. D. São Caetano 8º - Associação Serrana 8º - Associação de Judô Rogério Sampaio

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INTERC ÂMBIO TÉCNICO BRASIL E JAPÃO

Seminário aproxima o Brasil do

Instituto Kodokan Durante quatro dias os principais professores de kata do Instituto Kodokan de Tóquio estiveram em São Paulo transmitindo conhecimento aos professores de todo o País. Antes de retornar ao Japão a comitiva foi ao Rio de Janeiro visitar a Confederação Brasileira de Judô. POR

PAULO PINTO I Fotos MARCELO LOPES / BUDOPRESS e LARA MONSORES / CBJ

Haruki Uemura orienta professores brasileiros

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Professores do Instituto Kodokan

Na sede da CBJ, Haruki Uemura homenageia Paulo Wanderley

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INTERC ÂMBIO TÉCNICO BRASIL E JAPÃO

P

romovido pela Confederação Brasileira de Judô, Federação Paulista de Judô, Instituto Kodokan do Brasil e Consulado Geral do Japão, o Seminário Internacional de Kata Kodokan realizou-se de 20 a 23 de maio no Centro de Excelência Esportiva do Judô, no Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, em São Paulo (SP). A mesa de honra foi composta por Alessandro Panitz Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô (FPJ); Hiroaki Sano, cônsul do Japão; Haruki Uemura, presidente do Instituto Kodokan; Jean Madeira, secretário de Esportes do Estado de São Paulo; os professores do Instituto Kodokan relacionados abaixo; Shuhei Okano; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ); e Takanori Sekine, presidente do Instituto Kodokan no Brasil. Os outros professores do Instituto Kodokan que vieram ao Brasil foram Tadashi Sato, 8º dan; Toshihiro Utsugi, 8º dan; Shinro Fujita, 8º dan, diretor da Divisão Internacional do Kodokan e um dos autores do artigo

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sobre 130 anos da história do Kodokan; Motonari Sameshima, 8º dan, diretor da Divisão de Dojô do Kodokan; Naoki Murata, 8º dan, presidente da Academia Nihon Budoukan, diretor da Divisão de Biblioteca do Kodokan, autor entre outros dos livros Aprendizado de Jigoro Kano e Dicionário de Judô; Yoshihisa Dooba, 8º dan, técnico da seleção japonesa nos campeonatos mundiais de kata em 2012 e 2014; Kenichi Shoshida, 7º dan, árbitro nos mundiais para deficientes visuais da IBSA em 2013 e 2014; Tokuso Nambo, 6º dan; e Chikara Kariya, 5º dan, outro dos autores do artigo sobre 130 anos da história do Kodokan. Todos os professores japoneses são especialistas em kata, o conjunto das técnicas fundamentais do judô, um método de estudo especial para transmitir a técnica, o espírito e a finalidade do esporte. Segundo o mestre Jigoro Kano, fundador da arte do caminho suave, “os katas são a estética do judô, sem os quais é impossível compreender o seu alcance”. Se compararmos com a literatura, o kata seria a gramática e o randori (luta) seria a redação. Além das

Haruki Uemura entrega quadro do Instituto Kodokan a Francisco de Carvalho

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Francisco de Carvalho Filho

Haruki Uemura

Hiroaki Sano

cinco técnicas de Kata – nage-no-kata, katame-no-kata, kime-no-kata, ju-no-kata e kodokan goshinjutsu –, o seminário contou com um módulo especial que compreendia fundamentalmente o ensino do judô – Judô Básico, Práticas Seguras e Judô para Jovens e Metodologia de Ensino do Judô. Participaram do curso 374 professores brasileiros, vindos de todas as regiões do País. A cerimônia de abertura do Seminário Internacional de Kata reuniu também convidados e personalidades dos tatamis, entre eles os medalhistas olímpicos Douglas Vieira, Luiz Onmura, Rogério Sampaio, Henrique Guimarães, Carlos Honorato e Chiaki Ishii. Durante os quatro dias de curso muitos professores kodanshas marcaram presença no Centro de Excelência Esportiva do Judô, entre eles Massao Shinohara, Massaru Yanaguimori, Shuhei Okano, Chiaki Ishii, Michiharu Sogabe, Edgar Ozon, Uichiro Umakakeba,

Dante Kanayama, Yoshihiro Okano, Celestino Seiti Shira, Orlando Sator Hirakawa, Massanori Yanaguimori, Odair Borges, Yoshiyuki Shimotsu, Sadao Fleming, Rioti Uchida, Hissato Yamamoto, Hatiro Ogawa, Paulo Duarte, Icracir Rosa, Alcides de Camargo, Antônio Roberto Coimbra, José Gomes de Medeiros, Leandro Alves Pereira, Luiz Hisashi Iwashita, Milton Trajano da Silva, Rodrigo Guimarães Motta, Wagner Antônio Vettorazzi, Sérgio Barrocas Lex e os kodanshas medalhistas olímpicos Douglas Vieira, Luiz Onmura e Rogério Sampaio. O evento começou com a execução dos hinos nacionais do Brasil e do Japão. Hiroaki Sano lembrou que o evento faz parte das comemorações de 120 anos do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, firmado em Paris, em 5 de novembro de 1895, pelos ministros Gabriel de Toledo Piza e Almeida e Arasuke Sone, embaixadores brasileiro e

japonês, na capital da França. Anos mais tarde, o tratado abriria caminho para a chegada do navio Kasato Maru, no dia 18 de julho de 1908, dando início à imigração japonesa. Já o secretário estadual de Esportes lembrou a importância do judô para a formação de cidadãos e reforçou sua intenção de levar o esporte a todas as escolas de São Paulo. Alessandro Puglia agradeceu a oportunidade de organizar um evento inédito no Hemisfério Sul. Em seguida, o professor Haruki Uemura agradeceu a recepção e disse que se sentia feliz por trazer o conhecimento do Instituto Kodokan para um País que tem mais de dois milhões de praticantes da arte do caminho suave. Ele ofereceu um quadro com um texto do próprio Jigoro Kano para a CBJ e FPJ. Em contrapartida, recebeu do presidente Puglia uma lembrança com o desenho de um judogi com as logomarcas da CBJ e do Kodokan.

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Revista Budô número 16 / 2015 Professores kodanshas, medalhistas olímpicos e dirigentes no Ibirapuera

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INTERC ÂMBIO TÉCNICO BRASIL E JAPÃO

Parte dos participantes do primeiro dia do seminário internacional

Haruki Uemura e Takanori Sekine

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Professores japoneses e parte da equipe da CBJ, na sede da entidade

Naoki Murata explicando detalhes técnicos

Francisco de Carvalho enfatizou que o seminário ofereceu oportunidade única de aprendizado. “A CBJ está estreitando os laços de amizade com o Japão e isso é muito bom. Agradeço ao presidente Paulo Wanderley por ter organizado a realização desse seminário em São Paulo. É uma oportunidade que os professores tiveram para aprimorar o kata, a forma técnica, diretamente com a fonte, sem ser por terceiros ou por meio de vídeos”, disse Francisco. “Nós temos uma carência

dokan. A aula foi conduzida pelo professor Uemura, presidente do instituto. O campeão olímpico, mundial e japonês na categoria absoluto sempre destacou em seu discurso que os professores precisam preocupar-se em educar, formar homens e não apenas atletas. Após o workshop Uemura elogiou o nível técnico dos pequenos judocas. “Observei que todos têm um judô correto e que os professores tentam passar o judô de forma certa aos seus alunos. No contato que tivemos com as crianças, percebi também que elas se dedicam, são curiosas e praticam um judô bonito, o que mostra que os seus professores estão tendo êxito em passar a essência do esporte aos seus alunos.” Francisco de Carvalho finalizou destacan-

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nesse sentido e o fato de as inscrições terem se esgotado no primeiro dia é uma prova disso, e espero que tenhamos mais intercâmbios como este em outras áreas”, completou. Haruki Uemura, presidente do Instituto Kodokan, realçou a importância do estreitamento dos laços de amizade entre o Brasil e Japão, que deverão ser intensificados por meio do judô, lembrando que, neste ano, comemoramos 120 anos de um excelente relacionamento entre os dois países. Encerrando as atividades da cerimônia de abertura, foi realizado um workshop com 100 crianças que tiveram a oportunidade de conhecer técnicas básicas demonstradas pelos professores do Ko-

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INTERC ÂMBIO TÉCNICO BRASIL E JAPÃO

Alessandro Puglia entrega quadro de medalhas da CBJ a Haruki Uemura

Edgar Ozon e Shuhei Okano, professores kodanshas que ajudaram a escrever parte da história do judô brasileiro

do a importância da presença dos professores kodanshas paulistas mais graduados no seminário. “Foi muito importante termos lembrado e convidado os nossos professores mais antigos. Muitos têm idade avançada e, devido às limitações físicas, não puderam participar ativamente do seminário. Mas quando temos um evento dessa importância é necessário que esses grandes nomes estejam presentes. Tenho certeza de que todos eles sairão daqui felizes por estarem inseridos no evento. Devemos a eles o que sabemos, e não podemos esquecer a importância de todos”, disse o vice -presidente da CBJ.

Visita à Confederação Brasileira de Judô Antes de retornar ao Japão, o presidente e demais representantes do Instituto Kodokan estiveram na sede da Confederação Brasileira de Judô para estreitar laços com a entidade máxima do o judô brasileiro. “Um marco na história da CBJ.” Assim o presidente Paulo Wanderley Teixeira definiu a visita dos representantes do Kodokan do Japão, instituto criado por Jigoro Kano e berço do judô, à sede da confederação no Rio de Janeiro. A comitiva foi liderada pelo presidente do

Naoki Murata detalhando movimentos

Alunos de escola que foram ao Centro de Excelência Esportiva do judô, conhecer o kata do Instituto Kodokan

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Os professores Massaru Yanaguimori, Edgar Ozon e Michiharu Sogabe

Toshihiro Utsugi orientando professores brasileiros

Kodokan, Haruki Uemura, 9º dan, único homem, ao lado de Yasuhiro Yamashita, a ser campeão japonês, mundial (Viena 1975) e olímpico (Montreal 1976) na categoria absoluto. Além dele, outros nove professores estiveram na CBJ depois de ministrarem o Seminário Internacional de Kata em São Paulo. “Fortalecemos, assim, os laços de amizade e também os laços institucionais com o Kodokan, e ainda pudemos ter os maiores especialistas do judô ministrando um seminário de kata, pela primeira vez no Hemisfério Sul, aqui no Brasil”, disse

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Paulo Wanderley, que recebeu das mãos de Uemura uma medalha comemorativa do Kodokan com a efígie de Jigoro Kano.

Participantes avaliam seminário Luís Alberto dos Santos falou com propriedade sobre a passagem dos professores do Instituto Kodokan pelo Brasil. “O mais importante foi a realização do curso aqui, pois 90% dos professores que participaram jamais iriam ao Japão. O ponto alto de tudo foi este contato com os quase 400 professores brasileiros. Os japoneses são extrema-

mente competentes nas áreas técnica e pedagógica. São experts e possuem uma metodologia desenvolvida para transmitir as informações de acordo com o nível de quem está participando. Fazem isso no mundo todo, e esta foi a primeira vez deles na América do Sul e no Brasil. Para todos nós é um privilégio gigantesco, pois transmitem de verdade toda a técnica existente no kata, um dos principais objetivos do judô, e ainda são extremamente acessíveis, atenciosas e até carinhosos.” O campeão olímpico Rogério Sampaio lembrou o vínculo do Brasil com o judô tradicional. “A presença de professores japoneses no Estado de São Paulo reforça ainda mais o compromisso de desenvolvermos um judô técnico, disciplinado e perseverante, um judô tradicional e em conformidade com tudo que aprendemos com nossos professores quando éramos jovens. Poder contar com as presenças desses grandes profesRevista Budô número 16 / 2015

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INTERC ÂMBIO TÉCNICO BRASIL E JAPÃO

sores me dá certeza que o judô paulista e o brasileiro continuam no rumo certo.” Experiente em cursos internacionais de kata, Marcos Michelini parabenizou as entidades que trouxeram o grupo ao Brasil. “Este é o terceiro curso de kata de que participo; o primeiro foi no Japão, o segundo em Málaga, na Espanha, e agora aqui em São Paulo. Sem dúvida alguma este é um grande marco para todos nós, alunos brasileiros e professores japoneses que são especialistas nos cinco katas que aqui foram apresentados. Efetivamente tivemos a oportunidade de aprender muito, e quero parabenizar a confederação brasileira, a federação paulista e o Consulado Geral do Japão por essa iniciativa.” Para Wagner Vettorazzi, o curso promoveu o aprimoramento técnico do kata no Brasil. “Foi maravilhoso. Pudemos posicionar-nos quanto ao nosso conhecimento e eles explicaram tudo de forma clara. Trouxeram muitos detalhes e pudemos verificar que estamos acima da média, pois conseguimos acompanhar tudo que nos foi mostrado. Em minha avaliação, o mais

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importante foram os detalhes mostrados e exemplificados. A transmissão foi muito bem feita e de fácil assimilação. Acredito que esta seja uma particularidade desse grupo: o alto nível de conhecimento facilita a transmissão. Sem dúvida alguma o seminário promoveu o nosso aprimoramento no kata.” O professor Dante Kanayama enalteceu a qualidade dos professores do Kodokan. “Avalio o seminário da melhor forma possível. Não poderíamos ter um evento com essa qualidade sem professores de altíssimo nível. A transmissão das técnicas de kata foi impecável e eles nos proporcionaram uma verdadeira lição de humildade e de kata.” Odair Antônio Borges destacou a disponibilidade dos professores japoneses. “Minha avaliação do curso foi excelente. Houve grande interação: de um lado estavam os professores brasileiros querendo aprender, e do outro vimos a enorme predisposição dos professores do Instituto Kodokan em ensinar sem se preocuparem com tempo ou qualquer outra coisa. Possuímos bom conhecimento e domínio dos katas, porém a transmissão feita por eles certamente enriqueceu nosso conhecimento sobre os fundamentos do judô”. Marson Albani também enfatizou a didática dos professores japoneses. “Em minha avaliação o curso foi excelente. Tivemos uma visão geral dos katas que, em alguns casos, foram

apresentados de forma exaustiva. Se alguém ficou para trás foi porque quis, pois tudo foi muito bem explicado. Eles fizeram tudo com muita calma e sabedoria, e transmitiram tudo de forma bem simples para todos.” Luiz Iwashita cobrou maior intercâmbio entre o Brasil e o Japão. “Foi um curso excelente, no qual conseguimos compreender e assimilar muito bem tudo que nos foi transmitido. Penso que ambos os países deveriam promover maior intercâmbio técnico, que é de grande valia para todos os professores. Vim de Curitiba, e acho que todos os www.revistabudo.com.br


Professores e medalhistas ao lado do sensei Massao Shinohara

professores que vieram do Paraná e de outros Estados gostaram muito do seminário e estão voltando satisfeitos com o que aprenderam aqui.” Paulo Duarte de Almeida lembrou que o simpósio resgata a aproximação de São Paulo com o Instituto Kodokan. “A iniciativa da FPJ atende a uma necessidade há muito reclamada pela classe judoísta paulista, que vê no intercâmbio com o Kodokan a melhor forma de desenvolver o nosso judô. Em tempos idos, professores e atletas japoneses se faziam mais presentes em São Paulo, orientando e ensinando o judô kodokan em todas as suas minúcias. Assim, grande parte dos professores que tiveram a oportunidade de participar dos seminários que periodicamente eram ministrados pelos mestres japoneses absorveu um bom conhecimento que, ao ser propagado, fez do Estado de São Paulo um dos principais centros do judô em nosso País.” Alessandro Puglia destacou o ineditismo do seminário do Instituto

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Hiroaki Sano, Haruki Uemura e Francisco de Carvalho

Kodokan. “É um acontecimento sul-americano. Jamais houve um seminário desse tamanho, com dez professores do Kodokan ministrando cursos e mostrando detalhes. São justamente estes detalhes que farão com que o kata de São Paulo e o do Brasil melhorem. Tenho certeza de que este encontro será lembrado como um marco. Todas as inscrições para os quatro dias foram preenchidas e tivemos mais de 100 professores por dia participando do curso. Foram cerca de 400 professores recebendo os ensinamentos diretamente do Instituto Kodokan, em São Paulo.” Na visão do professor Sadao Fleming Mulero, o kata é a base de tudo. “Primeiro eu quero parabenizar a CBJ e a FPJ pela iniciativa. Este evento foi de extrema relevância no sentido de fortalecermos os fundamentos e a base do nosso judô. Isso é muito importante

porque toda construção precisa de uma boa base. Não adianta termos grandes competidores sem base. Eles poderão até vencer pela força, mas quando pedirmos para explicarem ou demonstrarem o que fizeram, eles não saberão fazer. O judoca tem de ter conhecimento e ter capacidade para transmitir aquilo que sabe, e o kata é a base de tudo.” Sensei José Gomes de Medeiros enfatizou a didática dos kodanshas do Kodokan. “Recebemos dez professores kodanshas japoneses com graduação elevada que nos transmitiram detalhes, e a nossa reciclagem foi inevitável. Explicaram tão bem por meio de gestos que mesmo não falando japonês acabamos compreendendo tudo que nos foi apresentado. O curso foi importantíssimo e de altíssima qualidade. Lamento apenas que muitos judocas tivessem perdido esta grande oportunidade de

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INTERC ÂMBIO TÉCNICO BRASIL E JAPÃO aprendizado. Foi como se tivéssemos ido ao Japão. Os mestres japoneses corrigiram erros e mostraram a forma correta dos katas de maneira extremamente didática”. Para Leandro Alves Pereira, a didática simples facilitou o entendimento de todos. “Por meio do kata vamos perpetuar o judô. A transmissão e os ensinamentos foram feitos de forma tão clara e objetiva que facilitaram o entendimento de todos.” Andreia Alves Oguma destacou o preparo dos professores japoneses. “Sem dúvida alguma o curso foi muito interessante, pois enquanto professores todos nós pudemos aperfeiçoar nossos fundamentos, e uma observação de fora é muito importante. Todos os professores japoneses que aqui estiveram são muito bem preparados e conseguiram transmitir muito bem o que se propuseram. Foram impecáveis.” Para o professor Morihiro Shiroma, este seminário abre as portas para novos eventos do instituto no Brasil. “O seminário foi excelente, pena que faltou um pouquinho mais de organização da nossa parte. Existem coisas que nós brasileiros ainda temos de aperfeiçoar para chegarmos ao nível internacional. Fiz parte da equipe organizadora, mas o primordial é que em minha análise este evento abre as portas para novos eventos do Kodokan no Brasil.” Gustavo Moreira de Oliveira enfatizou a importância do curso para a padronização do kata. “O curso foi muito bom e elucidou muitas dúvidas. Acho que foi fundamental para padronizarmos o kata no Brasil, já que aqui estiveram representantes de vários Estados. Eles foram impecáveis na transmissão.”

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Haruki Uemura entrega certificado de participação a uma professora paulista

Parceira oficialda Confederação Brasileira de Judô

Icracir Rosa também enalteceu a didática dos mestres japoneses. “O seminário foi excelente. O ponto alto foi a pedagogia dos professores japoneses, pois com a colaboração do sensei Shimotsu, que fez a tradução, pudemos compreender tudo que nos foi mostrado e ensinado.” Yoshihiro Okano enfatizou a importância da padronização do kata. “Esse seminário teve grande importância em resgatar a história do kata e proporcionar sua padronização no Brasil. Certamente superou as expectativas de todos. Penso

que a vinda dos professores do Japão abrirá mais portas e aproximará ainda mais os dois países.” Na visão de Takanori Sekine, presidente do Instituto Kodokan no Brasil, existe a necessidade de promover maior intercâmbio com a instituição. “Nossa avaliação é muito boa e superou as nossas expectativas. Por ter sido o primeiro evento oficial do Kodokan no Brasil e pelo número expressivo de professores brasileiros que aqui estiveram, podemos dizer que o seminário foi fantástico e obteve enorme sucesso. Penso que esta realização abre as portas para fuwww.revistabudo.com.br


Presidente do Kodokan enaltece participantes

Francisco de Carvalho cumprimenta Haruki Uemura no encerramento do seminário

À esquerda, Yoshiyuki Shimotsu, tradutor oficial do seminário

turos seminários aqui, pois o judô brasileiro pode e deve evoluir tecnicamente.” Robnelson Pereira, gestor técnico da CBJ, explicou que os professores japoneses ficaram surpresos com o nível técnico dos brasileiros. “Desde o início, quando a CBJ foi convidada a participar da organização junto com a FPJ e o Instituto Kodokan do Brasil, eu sabia que o evento seria um grande sucesso até mesmo em função da qualidade dos professores que viriam ao Brasil e pelo fato de o presidente do Kodokan estar presente. Depois, quando lançawww.revistabudo.com.br

mos a adesão ao seminário, as vagas acabaram rapidamente, e aí eu tive maior certeza ainda do sucesso do curso. Já na fase do seminário propriamente dita, recebemos aqui pessoas de todas as faixas etárias, vindas de todos Estados, e o feedback foi altamente positivo. Todos elogiaram a qualidade e a didática dos professores vindos do Japão. Do lado japonês aconteceu o mesmo, todos os professores ena-lteceram o nível técnico dos brasileiros e principalmente elogiaram o interesse de todos em aprender. Resumindo, nossa avaliação é excelente e 100% positiva.”

Haruki Uemura, presidente do Instituto Kodokan, destacou o empenho e a determinação dos brasileiros em se aperfeiçoarem no kata. “Senti que todos os participantes eram muito esforçados e percebemos que todos têm treinado os katas com afinco, o que não é uma coisa comum, mas para nós do Kodokan isso é extremamente significativo. O kata é a essência do judô e somente aqueles que o conhecem profundamente conhecem verdadeiramente o judô.” Perguntamos se, na avaliação dele, o judô brasileiro se aproxima do europeu ou segue o estilo japonês, e sensei Uemura foi enfático. “O judô é único. Não existe e jamais haverá diferenciação no judô, mas às vezes a técnica se diferencia pelo uso maior ou menor da força, e cada país se adapta e faz esta escolha em função do biotipo da população. Mas o judô brasileiro está mais próximo do judô japonês e é propagado da forma correta.” Questionamos se a vinda do grupo ao Brasil atende ao novo modelo de gestão adotado por ele, desde que assumiu o Kodokan, e Uemura explicou que busca apenas manter as tradições do judô. “Recentemente assumi a presidência do instituto, mas não estou criando uma nova forma de gestão. Estou apenas procurando transmitir e difundir o verdadeiro judô sob vários aspectos e formas. O judô é único, mas cada professor o transmite da forma que consegue. Isso acontece em todos os países. Estamos trabalhando para preservar a tradição do judô. O que não pode mudar é a essência. Sabemos e aceitamos a evolução dos tempos, mas não podemos perder a nossa essência, e é esse o trabalho que nos propusemos e buscamos fazer. Acredito que todos os membros da diretoria do Instituto kodokan estão de acordo, pois eu não estou fazendo nenhuma coisa nova. Busco apenas divulgar e transmitir o judô fundamentado no respeito, na disciplina, na postura e em atitude corretas.”

Carismático, com discurso moderno e impregnado pela essência filosófica do judô, Haruki Uemura conquistou os judocas brasileiros e anunciou uma nova era na relação do Instituto Kodokan com o mundo judoísta

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SESI e São João Tênis Clube são

campeões paulistas

Competição que apresentou análise estatística inédita reafirma poderio técnico do São João Tênis Clube/Apaja na classe sub 15 e consolida supremacia do SESI na classe sub 23. POR

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Paulo pinto I Fotos revista Budô

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O mais técnico da compet ição Us

ando e abusando de seu vasto repertório de golpes, Bernardo jogou todos adversários de ippon. Uchi-mata, ura -nage, o-soto-gari, sasae-tsuri-komi-ashi e o-g oshi foram apenas algumas das armas utiliza das pelo judoca santista, que na final imob ilizou no osae-komi e jogou duas vezes, para poder erguer os braços e comemorar ma is um título estadual.

A marca da conquista www.shihan.com.br

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M

ais uma vez o Ginásio Poliesportivo Celso Daniel, em Mauá, foi palco de um certame promovido pela Federação Paulista de Judô (FPJ), no dia 27 de junho, com os campeonatos paulistas das classes sub 15 e sub 23. Nos tatamis estavam os melhores judocas paulistas de ambas as classes, representando as agremiações com maior tradição no Estado. Contudo, as grandes protagonistas do certame foram duas jovens equipes: SESI São Paulo e São João Tênis Clube/Apaja. Nos últimos quatro anos o SESI focou seu trabalho na base, e este projeto cresceu, deu frutos e hoje o time de Bauru está bem próximo de brigar pelos títulos do sênior. Já o São João exibiu a consistência do trabalho desenvolvido pelos professores capitaneados por Paulo Pi, um dos maiores descobridores e lapidadores de talentos do judô atual. Eles comandam um dos projetos sócio-esportivos mais bemsucedidos do judô verde e amarelo. Em paralelo à disputa por medalhas, o departamento técnico da FPJ desenvolveu uma ação importantíssima na área da estatística descritiva. A pesquisa inédita deverá em médio prazo estipular novos conceitos na promoção e realização das competições de judô, permitindo prever falhas e dinamizar a disputa. Para Alessandro Puglia, presidente da FPJ, esta nova ferramenta oferecerá enorme avanço na área técnica. “Fizemos um teste inicial no paulista sub 23 e retomaremos este trabalho no campeonato sênior, para acompanhar o que está acontecendo de fato no shiai-jo. Acreditamos que em médio prazo ela indicará ajustes necessários na organização e no aperfeiçoamento das competições”, disse o dirigente, que expôs as vantagens da pesquisa na área técnica. “Além de dar uma visão mais abrangente das disputas, o controle estatístico promoverá uma revolução na área técnica, já que professores e instrutores obterão informações precisas sobre o desempenho individual e coletivo dos atletas. Será uma nova ferramenta de avaliação técnica que disponibilizaremos aos nossos preparadores”.

Pódio do sub 15 tem presença recorde de equipes A multiplicidade de escolas no pódio é uma característica da classe sub 15, mas esta edição do paulista apresentou uma

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diversidade gigantesca de escolas conquistando medalhas. Ao todo 47 equipes chegaram ao pódio, sendo 25 no masculino e 27 no feminino. No naipe feminino o São João Tênis Clube /Apaja, de Atibaia, ficou em primeiro lugar, conquistando duas medalhas de ouro e uma de bronze. Os ouros foram obtidos por Isabela Oliveira, no médio, e Beatriz Furtado, no pesado. A medalha de bronze foi conquistada por Francielle Watanabe, no peso leve. A Hebraica de São Paulo ficou em segundo lugar, com uma medalha de ouro e duas de bronze. Manuela Lima garantiu o ouro, enquanto Fernanda Costa, no ligeiro, e Tauane Gonçalves, no leve, faturaram o bronze. A paridade técnica desta classe foi tão grande no feminino que cinco equipes chegaram à terceira colocação, conquistando apenas uma medalha de ouro: Associação de Judô Bastos; SESI-SP, de Bauru; Adrearmas, de São Vicente; Academia Titãs do Judô, de Mogi das Cruzes; e ADPM, de São José dos Campos. A Associação de Judô Kyoei, de Suzano, ficou na quarta colocação geral do feminino com uma medalha de prata e uma de bronze. Sete equipes chegaram ao quinto lugar, conquistando uma medalha de prata, enquanto onze agremiações dividiram a sexta colocação, com uma medalha de bronze. O masculino apresentou a mesma multiplicidade de escolas no pódio, produzindo um resultado geral muito parecido com o do feminino. A Academia Ômega, de Campinas, conquistou duas medalhas de ouro com Victor Ribeiro, no ligeiro, e Guilherme Souza, no meio-pesado. Com isso o time campineiro garantiu o primeiro lugar. A Associação Moacyr de Judô ficou em segundo, e para conquistar este feito a equipe da Zona Leste da capital obteve um ouro com Robert Gonzalez, no superligeiro, e um bronze com Jonathas de Melo, no meio-pesado. A terceira colocação foi dividida por cinco equipes que obtiveram uma medalha de ouro: Academia Titãs do Judô, de Mogi das Cruzes; Associação de Judô Tucuruvi, de São Paulo; Unimes, de Santos; Associação Bushidô, de Bauru; e Academia Sede, de Franco da Rocha. O São João Tênis Clube /Apaja, de Atibaia, ficou em quarto lugar, conquistando uma medalha de prata e três de bronze, enquanto www.revistabudo.com.br

Mesa de honra

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Medalhistas olímpicos, autoridades e dirigentes presentes Carlos Honorato, Henrique Guimarães, Argeu Maurício de Oliveira Neto, Akira Hanawa, Adib Bittar, André Gustavo Costa Gonçalves, Cleber do Carmo, Joji Kimura, Takeshi Yokoshi, Júlio César Jacopi, Edison Koch Minakawa, Osmar Aparecido Feltrin, Alessandro Puglia, Francisco de Carvalho Medalhista olímpico He nrique Guimarães

Alessandro Puglia

o SEDUC-Praia Grande fechou o pódio por equipes do masculino com uma medalha de prata e uma de bronze, que garantiram a quinta colocação ao time do Litoral.

São João Tênis Clube/Apaja é campeão geral do sub 15 A equipe comandada pelo professor Paulo Pi, de Atibaia, obteve a primeira colocação geral, conquistando duas medalhas de ouro, uma de prata e quatro de bronze. O resultado premiou mais uma vez o trabalho da equipe que há anos investe na materialização do sonho de centenas de crianças e jovens que vêm no judô a possibilidade de realização e ascensão social. A segunda colocação geral foi alcançada pela Academia Ômega, de Campinas, que totalizou duas medalhas de ouro e uma de prata. Na terceira colocação ficou a Academia Titãs do Judô, de Mogi das Cruzes, que somou duas medalhas de ouro. A Hebraica de São Paulo ficou em quarto lugar, conquistando uma medalha de ouro, uma de prata e três de bronze. O SESI- SP alcançou o quinto lugar com uma medalha de ouro e outra de prata. A Associação Moacyr de Judô ficou em sexto, com uma medalha de ouro e três de bronze.

Time comandado por Marinho Esteves não é mais promessa. É realidade! O paulista sub 23 apresentou lutas acirradas, já que muitos judocas dessa classe atuam no sênior e tiveram passagens pela seleção brasileira.

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Com trajetória vencedora nos tatamis onde foi um dos destaques da categoria pesado, nos anos oitenta, Gerson Bortolose também está de destacando na arbitragem paulista

Ao todo o time sesiano conquistou 16 medalhas, sendo cinco de ouro, uma de prata e dez de bronze, que garantiram ao time de Bauru o primeiro lugar na classificação geral da competição. As medalhas de ouro do SESI foram conquistadas por Beatriz Santos de Oliveira, no meio-pesado; Jonathan Bauer Freitas, no superligeiro; Lucas Nascimento Bernardo, no meio-leve; Iuri Priolo Rocha, no meio-médio; e Hugo Moura Praxedes, no pesado. Com três ouros e três pratas, o Clube Pinheiros ficou em segundo lugar geral, seguido por SEDUC-Praia Grande e Associação Desportiva Santo André, que obtiveram dois ouros e ficaram na terceira colocação. Completaram o pódio por equipes a Associação de Judô Nery, que ficou em quarto lugar com uma medalha de ouro e outra de bronze, enquanto a Associação de Judô Yamazaki, Centro de Treinamento Meninos de Ouro e Associação de Judô Rogério Sampaio dividiram a quinta colocação com uma medalha de ouro.

José Jantália e Paulo Pinto

Vivendo excelente fase, Bernardo busca volta à seleção Como ocorre sempre, em toda competição há atletas que se destacam pela habilidade, técnica refinada e determinação. E o melhor judoca do sub 23 desta temporada foi Lucas Nascimento Bernardo, o meio-leve com uma variedade de golpes surpreendente e de nível técnico altíssimo. Depois de amargar o terceiro lugar no Troféu Brasil, Bernardo usou seu vasto repertório técnico e jogou todos os adversários de ippon. O atleta do SESI foi campeão paulista no -66 kg e mostrou que é hoje um dos judocas mais técnicos e versáteis do País. Após a premiação o judoca santista avaliou a disputa e falou de seus planos para a temporada. “O sensei Pedro Nery, do Clube Internacional de Regatas, com quem dei os primeiros passos nos tatamis, desde o começo destacou a importância da variedade de golpes www.revistabudo.com.br


Professores kodanshas presentes

dos pilares do Sensei Valdir Melero um eração Paulista Fed da tivo tra inis adm ça no cer tame de Judô marcou presen

Hisato Yamamoto, Ivo Nascimento, Rubens Pereira, Alessandro Puglia, Francisco de Carvalho, Milton Correia, Osmar Aparecido Feltrin, Takeshi Yokoshi, Valdir Melero, Edison Koch Minakawa, Galileu Paiva dos Santos, Takeshi Nitsuma, Belmiro Boaventura da Silva, Francisco Aguiar Garcia, Oswaldo Hatiro Ogawa, Alcides Camargo, Pedro Jovita Diniz, Antônio Honorato de Jesus.

Francisco de Carvalho Filho

desempenho do time superou as expectativas. “Viemos a Mauá com 21 atletas e obtivemos 16 medalhas. Fizemos seis finais e vencemos cinco, o que para nós é um resultado surpreendente”, disse Marinho Esteves, que ainda avaliou o momento da equipe. Geisa Guedes e André Gustavo Costa Gonçalves “Acredito que hoje somos uma grande força nas categorias quando estamos diante de adversários de base e não apenas do judô paulista, fortes e experientes. Incorporei isso em mas do judô nacional. No sub 18 conmeu estilo e as lutas geralmente fluem quistamos três vagas para o campeonamuito bem.” to mundial. Temos dois atletas com vaCom passagens por escolas imgas no pan-americano sub 21 e vários portantes como o SESI Cubatão, onde brigando por vagas para os mundiais aprendeu muita coisa com Paulo Duarte, que se realizarão no segundo semestre. e pelo Esporte Clube Pinheiros, hoje BerA Helen foi medalha de prata na Áusnardo defende o SESI-SP e foca seu apritria, e temos atletas que vão agora para moramento técnico para voltar à seleção Berlim. Hoje conseguimos fazer cinco brasileira, usando e abusando de golpes campeões, que representarão São Paucomo uchi-mata, ura-nage, o-soto-gari, lo no brasileiro sub 23, e no sub 15 tivesasae-tsuri-komi-ashi e o-goshi. “Vivo mos dois finalistas.” um momento muito bom no SESI. Lá o Marinho finalizou falando sobre as treinamento é muito forte, só há gente próximas metas traçadas pela diretoboa, e tenho certeza de que crescerei ria técnica do SESI. “Nosso objetivo é bastante em Bauru. Meu tokui-waza é transferir os resultados obtidos na base composto por vários golpes, entre os para a classe sênior em médio prazo. quais destaco o uchi-mata e ura-nage. Sabemos a diferença entre as categoMinha meta este ano é vencer o camrias sub 21, sub 23 e sênior, e não popeonato paulista sênior e depois o brademos empolgar-nos. Temos de buscar sileiro sênior. Com estas vitórias já posso resultado e dar tempo ao tempo para voltar a sonhar com a seleção brasileira, alcançarmos nossos objetivos. Existe que é meu objetivo principal.” um longo caminho a ser percorrido, e Na opinião do técnico campeão, o www.revistabudo.com.br

os resultados obtidos aqui comprovam a seriedade do trabalho desenvolvido por nossa diretoria.” Sérgio Baldijão, supervisor técnico do departamento de judô do Esporte Clube Pinheiros, elogiou o desempenho da equipe diminuta que levou a Mauá. “Vários atletas destas classes estão apoiando a seleção brasileira. Competimos aqui com judocas da base, e o nosso desempenho foi fantástico. Viemos apenas com dez atletas e seis deles conquistaram vaga no pódio. Os outros também lutaram bem, mas perderam e isso faz parte da competição. A minha avaliação da equipe é muito boa. Os seis pódios foram fruto de seis finais, das quais vencemos quatro e perdemos duas. Foi excelente.” A campeã mundial sub 17, Tawany Silva, está voltando de lesão e se adaptando à nova categoria. “Estou no Clube Pinheiros desde o início do ano passado, e já faz um tempinho que venho lutando contra lesões. Retornei há poucos meses e subi de categoria, o que dificulta ainda mais minha subida ao topo. Não cheguei ao pódio do Troféu Brasil e agora fui vice-campeã do meio-leve. Estou muito chateada, mas sei que preciso ter paciência. Tenho de treinar muito e ser mais paciente para voltar a conquistar bons resultados. Às vezes é melhor pegar um bronze do que ser vice-campeã, pois ficamos com aquele gostinho amargo da derrota. Tecnicamente estou evoluindo muito no Pinheiros, corrigindo pequenos erros e aprimorando meu estilo de luta. Sei que aos poucos as vitórias voltarão a aparecer. Revista Budô número 16 / 2015

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Classificação individual

Feminino

2º Vitor Musetti - Yamazaki de S.J. 3º Jhonata Pereira - I.D.C. I. Shoshichiba 3º Vinicius Pesseti - São João T. C./Apaja

Superligeiro 1º Manuela P. Lima - Hebraica SP 2º Thalita Moreira - Assoc. Kyoei 3º Ana Luiza Carvalho - Bauru Judô C. 3º Tifany G. Brito - Est. Turística Itu

Leve 1º Pedro H. Oliveira - Assoc. Tucuruvi 2º Ithalo G. Preza - Assoc. Guarujá 3º Wesley Yamaguchi - Centro E. Ourinhos 3º Gustavo Gomes - SEDUC Praia Grande

Ligeiro 1º Jhennifer C. Guiradello - Assoc. Bastos 2º Carolina Barusso- Assoc. Nery 3º Fernanda Costa - Hebraica SP 3º Vitoria C. Bagat - Judô Clube Mogi

Meio-médio 1º João Vitor Souza - UNIMES - Santos 2º João H. de Oliveira - Assoc. Guarujá 3º Luís H. Kumakura - Floresta A. C. 3º Vinicius Matsumoto - São João T.C. Apaja

Meio-leve 1º Carolina de Souza - SESI - SP 2º Ludmila Jeanine - Budokan Peruíbe 3º Luiza Nogueira - Okinawa do Ipiranga 3º Adriana Miranda - Assoc. Cho Do Kan

Médio 1º Joao Pedro Ramos - Associação Bushidô 2º Marcos Soares - SESI - SP 3º Laysson Ferreira - Centro T. Meninos 3º Marcelo Arantes - Liga do Litoral

Leve 1º Yasmin Botelho - ADREARMAS 2º Barbara Lopes - Clube Paineiras 3º Tauane Gonçalves - Hebraica SP 3º Francielle Watanabe - São J. T.C. Apaja

Meio-pesado 1º Guilherme Souza - Ômega Academia 2º Lucas Nascimento - São João T.C. Apaja 3º Jonathas de Melo - Assoc. Moacyr 3º Matheus Valverde - Assoc. Hinodê

Meio-médio 1º Catarina Barbara - Titãs do Judô 2º Beatriz Pedrosa - Yamazaki de S.J. 3º Bruna Perandim - Assoc. Hortolandense 3º Gabriela Batista - Associação Kyoei

Pesado 1º Luís F. Moura - S. E. Franco da Rocha 2º Carlos E. Macedo - SEDUC - P. Grande 3º Pedro Vitor Ribeiro - Budokan Peruíbe 3º Giovani G. Alves - A. Barão de Mauá

Médio 1º Isabela A. Oliveira - São João T. C./Apaja 2º Sarah V. de França - Judô Pissarra 3º Vitoria C. Gonçalves - Assoc. Pessoa 3º Rafaella de Souza - Mogi - Smel/Chiao

Campeonato Paulista Sub 23

Campeonato Paulista Sub 15

Meio-pesado 1º Maria Eduarda Paiva - ADPM-Reg. S.J.C. 2º Bruna Galloro - SEMEL Sertãozinho 3º Carolina Rodrigues - Assoc. Moacyr 3º Maria Julia Melo - Assoc. Divinolândia Pesado 1º Beatriz Furtado - São João T.C./Apaja 2º Lívia Lara Lopes - Ômega Academia 3º Lauren I. Marini - Assoc. Limeirense 3º Beatriz de Vilas Boas - Floresta A. C. Masculino Superligeiro 1º Robert Gonzalez - Assoc. Moacyr 2º Lucas Ramos - Hebraica SP 3º Felipe A. de Lima – Sec.de Taubaté 3º Luiz G. de Oliveira - Judô Clube Mogi Ligeiro 1º Victor A. Ribeiro - Ômega Academia 2º Vinicius Noronha - Associação Trajano 3º Gian Sousa Santos - Hebraica SP 3º Gustavo de Lima - São João T.C./Apaja Meio-leve 1º Gabriel Y. Shimada - Titãs do Judô

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Médio 1º Agatha Dalbem - E. C. Pinheiros 2º Fernanda Peinado - S. E. Palmeiras 3º Giovanna V. Fontes - SESI - SP 3º Gabriela V. Fontes - SESI - SP Meio-pesado 1º Beatriz de Oliveira - SESI - SP 2º Julia Cristina Bueno - S. E. Palmeiras 3º Elisa Caminaga - SESI - SP 3º Sara Almeida - S. Caetano/Viver Bem Pesado 1º Agatha Martins - SEDUC - P. Grande 2º Victoria Archina - C. A. Juventus 3º Juliete Santos - S.M.E Caraguatatuba 3º Kawanne Toledo - S. Caetano/Viver Bem Masculino Superligeiro 1º Jonathan Bauer - SESI - SP 2º Renan Tsutsumi - Circulo Militar 3º Rodrigo Makiyama - Assoc. Vila Sônia 3º Luiz Lima Jr- SEMEL S. J. dos Campos Ligeiro 1º Douglas de Sena Jr - Centro T. Meninos 2º Tacio H. Bráulio - Mogi - Smel/Chiao 3º Luís Eduardo Rossetim - Centro Olímpico 3º Guilherme A. Nascimento - SESI - SP

Feminino

Meio-leve 1º Lucas Nascimento - SESI - SP 2º Guilherme Minakawa - Hebraica SP 3º Lucas Queiroz - SEMEL S. J. Campos 3º Felipe Cintra - SESI - SP

Superligeiro 1º Luana R. dos Santos - Yamazaki de S.J. 2º Natalia Oliveira - A.A.D.S.B/Judô Olímpico 3º Karla A. de Souza - Assoc. Nery 3º Bruna Pires - Mogi - Smel/Chiao

Leve 1º Yago dos Santos - A D Santo André 2º Yuri Takabatake - E. C. Pinheiros 3º Caio H. Alves - S. E. Palmeiras 3º Rafael Y. Fuzita - S. E. Palmeiras

Ligeiro 1º Bianca Paiva - E. C. Pinheiros 2º Renata Maranhão - S. Caetano/Viver Bem 3º Carolina dos Santos - SESI - SP 3 Natalia de Oliveira - Assoc. Pompéia

Meio-médio 1º Iuri Priolo Rocha - SESI - SP 2º Igor Galvão - S. Caetano/Viver Bem 3º Giovani H. Ferreira - S. E. Palmeiras 3º Ronnie W. Ribeiro - Assoc. Bastos

Meio-leve 1º Yasmim Fernandes - Assoc. Nery 2º Tawany Gianelo - E. C. Pinheiros 3º Maria Paula Morais - SESI - SP 3º Estefani Oliveira - S. Caetano/Viver Bem

Médio 1º Gabriel de Oliveira - A D Santo André 2º Ageo Oliveira Neto - Assoc. Botucatuense 3º Anderson Primo Souza - Assoc. Bushidô 3º Paulo Roberto de Araújo Jr. - SESI - SP

Leve 1º Gilmara Prudêncio - SEDUC - P. Grande 2º Nayara J. Leandro - SESI - SP 3º Luana do Valle - Assoc. Moacyr 3º Joseane Nunes - Hebraica SP

Meio-pesado 1º Caio de Melo - A. Rogerio Sampaio 2º Raul Soares - S. Caetano/Viver Bem 3º Cleber Machado - SESI - SP 3º Arthur Santana - SESI - SP

Meio-médio 1º Yanka Dalbem - E. C. Pinheiros 2º Alana Uraguti - Clube Paineiras 3º Barbara Ribeiro - SEMEL S. J. Campos 3º Amanda Valério - S. Caetano/Viver Bem

Pesado 1º Hugo Moura Praxedes - SESI - SP 2º Lucas A. Martins - E. C. Pinheiros 3º Victor dos Santos – Assoc. Belarmino 3º Vinicius Oliveira - Assoc. Jalesense

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A MARCA DA CONQUISTA

Renan Tsutsumi

Campeão Pan-americano 2012 – México Campeão Brasileiro 2012 Campeão Paulista 2012 Campeão Paulista Estudantil 2012 Campeão da Copa Cidade de Sâo Paulo 2012 Campeão do Torneio Paulistano 2012 Campeão Brasileiro Regional 2011 Campeão da Copa São Paulo 2011 Campeão Paulista Inter-regional 2010

é atleta do Círculo Militar de São Pauloe aluno do sensei Fernando P. Catalano Calleja. Para treinar ou competir Renan veste sempre o judogi Grand Prix da Shihan.

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C AMPEONATO BRASILEIRO REGIONAL DE KARATÊ

São Paulo é campeão de karatê

POR

PAULO PINTO I Fotos Revista Budô

O certame classificatório para o campeonato brasileiro reuniu 1.298 karatecas vindos de seis Estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, confirmando a dinâmica e o gigantismo dos eventos de karatê, em especial os promovidos e organizados pela CBK.

A

Confederação Brasileira de Karatê (CBK) realizou em Foz do Iguaçu (PR), de 25 a 27 de abril, o Campeonato Brasileiro do Grupo II, com apoio da Federação Paranaense de Karatê (FPrK) e da prefeitura local. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Ceará levaram quase 1.300 karatecas ao certame que definiu os quatro melhores atletas de cada categoria, os quais disputarão o campeonato brasileiro desta temporada, em outubro, em Joinville (SC). Assistiram à cerimônia de abertura várias autoridades políticas e esportivas, representantes das delegações dos seis Estados que compuseram o grupo II, e os mais de 60 árbitros que atuaram nas oito áreas montadas no Ginásio Costa Cavalcante. Em seu discurso de abertura, Aldo Lubes, presidente da Federação Paranaense de Karatê, cumprimentou os atletas que chegaram à fase regional do campeonato brasileiro. “Antecipadamente quero dar meus parabéns a todos que aqui estão. Vocês são vencedores pelo simples fato de buscarem desenvolvimento e crescimento técnico.” Após cumprimentar atletas, autoridades e dirigentes estaduais, Luiz Carlos Cardoso, presidente da CBK, parabenizou o empenho dos dirigentes em promover o desenvolvimento da modalidade. “Entendo que o sucesso deste evento se deve às

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Catarinenses (vices) e paulistas (campeões) dividem o pódio geral do certame

Time paulista comemora o título de campeão por equipe no shiai

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brasileiro do grupo II Nélson Rigo

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Aldo Lubes

Luiz Carlos Cardoso

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federações estaduais, que são respaldadas pelo grande trabalho realizado pelos professores em cada associação ou clube filiado. Sabemos que vocês não medem esforços para tornar nossa modalidade cada vez mais forte, e tenho certeza de que, juntos, conquistaremos cada vez mais espaço no cenário midiático esportivo do Brasil. Se lotamos o Ginásio Costa Cavalcante hoje, é porque os dirigentes estaduais e todos os professores que aqui estão trabalharam incansavelmente para atingirmos este objetivo.”

São Paulo mantém hegemonia A Federação Paulista de Karatê (FPK) foi a Foz do Iguaçu com uma delegação composta por 562 membros, entre atletas, árbitros, técnicos, preparadores físicos e dirigentes. O elevado nível técnico do karatê bandeirante, associado ao número expressivo de atletas, fez com que mais uma vez São Paulo sobrasse nos tatamis. Ao todo foram conquistadas 343 medalhas, que garantiram ao único representante do Sudeste no certame o título de campeão geral. As 100 medalhas de ouro, mais 99 de prata e 144 de bronze conquistadas tornam-se muito expressivas quando se calcula que 65% dos atletas do Estado de São Paulo que foram a Foz do Iguaçu subiram ao pódio e se classificaram para a fase final da competição nacional. Santa Catarina ficou em segundo lugar, conquistando 168 medalhas, das quais 57 de ouro, 44 de prata e 67 de bronze. Há vários anos o karatê catarinense iniciou um processo de renovação que o colocou definitivamente no topo da modalidade no País. Surpreendendo e obtendo 53 medalhas, Mato Grosso do Sul ficou em terceiro lugar, alcançando um resultado extremamente expressivo. O time sul-mato-grossense alcançou essa posição ao conquistar 17 medalhas de ouro, oito de prata e 28 de bronze. Totalizando 60 medalhas, o Paraná chegou à quarta colocação com 12 ouros, 17 pratas e 31 bronzes. Além de ratificar o crescimento do karatê paranaense, este resultado coloca a equipe anfitriã em segundo lugar na região Sul do Brasil. O Ceará teve participação marcante no grupo mais forte do karatê brasileiro, chegando ao quinto lugar com oito medalhas de ouro, seis de prata e nove de bronze. Mas o ponto alto do time nordestino foi a sensacional vitória imposta aos catarinenses no shiai kumitê por equipes, que tirou o time sulista da tão esperada final contra os paulistas. Conquistando 27 medalhas, o Rio Grande do Sul terminou na sexta e última colocação geral do certame. A equipe gaúcha obteve cinco ouros, cinco pratas e 17 bronzes. Se comwww.revistabudo.com.br

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Ricardo Aguiar comemora o ouro com atleta paulista

Zeca e Maurício da Shiroi

Parte da seleção catarinense

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Parte da seleção paulista

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pararmos o resultado gaúcho com o desempenho da temporada passada, verificaremos aumento superior a 130% no número de medalhas obtidas, mas estamos certos de que o karatê gaúcho pode crescer muito mais.

Dirigentes paulistas querem mais Para Sérgio Takamatsu, diretor de Projetos Sociais da FPK, a prioridade deste ano não é manter a hegemonia, e sim diminuir o número de medalhas de prata. “Sabemos que o karatê como um todo está evoluindo muito. Felizmente vários Estados compõem o grupo de elite de nossa modalidade hoje, mas nos últimos anos São Paulo disputou um número gigantesco de finais que resultaram em muitas medalhas de prata. Viemos ao Paraná com a meta de corrigir isso e buscar um número maior de ouros, e esta é a principal meta desta temporada.” Na avaliação de Walmir Zuza, diretor técnico do time paulista, o adiantamento da fase de grupos ajudou a preparar uma equipe ainda mais forte. “Em função da Premier League e até mesmo dos Jogos Pan-Americanos disputados em julho, a CBK teve de adiantar a realização da fase de grupos em todo o País, e isso acabou nos ajudando muito. Temíamos chegar a Foz com um time menos preparado tecnicamente, mas como realizamos as últimas fases dos campeonatos paulistas há poucas semanas, os atletas conseguiram manter o preparo e o resultado está sendo excelente.”

CBK muda o formato Luiz Carlos Cardoso comemorou o crescimento do número de inscritos nas competições regionais. “O tema central do Brasil, hoje, é crise que todos nós estamos experimentando. Mas já realizamos duas fases regionais este ano, e felizmente o karatê vem mantendo a curva de crescimento nas inscrições. Claro que não obtivemos o crescimento de 2014, mas crescemos significativamente”, disse o dirigente, que pediu mais cuidado na formatação dos eventos. “Disse ontem ao professor Lubes e demais dirigentes que, se tivesse de dar uma nota para este evento, seria um 10. Mas se ele voltasse a realizar a competição da mesma forma e aqui, não daria 7. Temos de partir do pressuposto que o karatê está crescendo, e às vezes por pequenos detalhes acabamos comprometendo o evento. Temos muito o que aprender e melhorar, enquanto gestores e principalmente enquanto professores. Muitos vêm a um evento como este e ficam perdidos por não saber o que e de que forma fazer, e isso precisa ser muito trabalhado.” www.revistabudo.com.br

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C AMPEONATO BRASILEIRO REGIONAL DE KARATÊ

Willian Cardoso e José Carlos de Oliveira

Luiz Carlos Cardoso, Luiz Gustavo e Eurides Cardoso

Os árbitros Jorgenilto Ramos Costa e Cleyton Peixoto Costa de Pirassununga (SP)

Renata Galati, Maurício Alves e Carla Alves

Pódio por equipe do shiai com São Paulo, Ceará, Santa Catarina e

Grosso do Sul, respectivamente Budô número 16 / 2015 90MatoRevista

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Durci de Oliveira, Luiz Carlos Cardoso Hélio do Nascimento

Nelson Mitsuo Higa, Ivon da Rocha Dedé, Ailton Bichara Grilo, Fernando Vicenzi e Jair Donadoni Júnior

Zeca e técnicos de São Paulo comemoram recorde em medalhas

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C AMPEONATO BRASILEIRO REGIONAL DE KARATÊ No encerramento do certame Luiz Carlos Cardoso anunciou que a fórmula do campeonato brasileiro será mantida, porém haverá mudança no formato. “Manteremos o brasileiro da forma como fazemos hoje, mas teremos uma grande novidade para a próxima temporada. Serão as mesmas cinco fases inter-regionais, mas os atletas poderão competir em outras regiões, para conquistar suas vagas para a grande final. Esta mudança tem dois aspectos positivos: um deles é que isso facultará aos atletas buscarem sua vaga nas cinco etapas regionais, mas o mais importante é que esta mudança promoverá maior intercâmbio técnico”, preconizou o dirigente.

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O casal Jair Pedro (prata no kata) e Sônia Maria (bronze no shiai), foram o destaques da categoria máster www.revistabudo.com.br


QUADRO DE MEDALHAS

Dirigentes avaliam desempenho

José Carlos de Oliveira enfatizou a união do grupo paulista. “Estamos felizes pelo resultado obtido, pelo qual parabenizo todos os professores e atletas de São Paulo. Enquanto dirigentes, nos preocupamos sempre em manter nossa hegemonia, mas o ponto alto do nosso time foi a união e isso passa pela comissão técnica, professores e atletas. Somos fortes tecnicamente, mas acima de tudo nossa equipe é aguerrida e determinada na vitória”, disse o mandatário paulista, que lamentou a insuficiência de espaço para as equipes na arquibancada e na quadra. “O problema de ginásios é uma constante em todo o País. Em São Paulo também sofremos com isso, pois todos os nossos eventos acabam tomando proporções gigantescas e recebem invariavelmente mais de mil atletas. Mas tivemos problema de locomoção nas quadras e nas arquibancadas e isso precisa acabar. É impensável uma competição desse porte num equipamento pequeno. Mas, com exceção do problema físico, o evento foi muito bem executado e resolvido e temos de parabenizar o pessoal de Foz e da federação paranaense pela acolhida e pela execução da competição.” Nelson Rigo, organizador e promotor da competição, falou sobre os parceiros que auxiliaram na realização do certame. “O fato de estarmos sediando a competição permitiu que inscrevêssemos um número maior de atletas e isso se refletiu na quantidade de medalhas obtidas. Temos um projeto social em Foz do Iguaçu que atende a mais de 2 mil crianças em seis núcleos esportivos. Na questão da organização, recebemos grande apoio da Secretaria Municipal de Esportes, por meio do secretário Anderson de Andrade. Outro grande parceiro foi a Prefeitura de Foz do Iguaçu, cujo prefeito, Reni Pereira, mobilizou várias autarquias no sentido de viabilizar e apoiar a realização desta competição em nossa cidade”, disse Rigo, que antes de finalizar elogiou a atual gestão da CBK. “Saí da CBK em 1994 em função da péssima direção que havia na entidade, e voltei há dois anos quando o professor Luiz Carlos assumiu. Vivemos uma era difícil e complicada, mas felizmente hoje a CBK retomou sua história e liderança continental. Em função desse momento

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a maioria dos professores está voltando para casa, pois ela é o berço dos karatecas filados à WKF. Quero finalizar agradecendo aos professores Aldo Lubes e Luiz Carlos, por terem proporcionado a Foz do Iguaçu a oportunidade de realizar este grande evento.” Paulo José Muniz, presidente da Federação de Karatê de Mato Grosso de Sul, comemorou o desempenho de seu Estado. “Foi um evento de grande porte, com nível técnico altíssimo e organização impecável. Meu Estado obteve um aproveitamento de 40%, o que para nós é um excelente resultado. Estamos enfrentando as seleções mais fortes do País, como São Paulo e Santa Catarina. Viemos a Foz com 113 atletas e ficamos na terceira colocação geral, à frente do Paraná, Ceará e Rio Grande do Sul. Superamos as nossas expectativas e vamos para a grande final com uma equipe fortíssima.” Satisfeito com o desempenho de sua equipe, Durci Nascimento, presidente da federação catarinense, falou sobre o campeonato brasileiro que se realizará em Joinville. “Notamos claramente que a organização fez de tudo para promover um grande evento, mas precisamos melhorar em todos os aspectos. Sobre o desempenho de Santa Catarina, ainda não tenho os percentuais, mas viemos com 320 atletas e estou certo de que pelo menos 50% deles se classificaram para a final, o que para nós é um resultado excelente. Estaremos bem representados no evento que promoveremos em nosso Estado. Esperamos mais de 2 mil atletas e temos certeza de que, com o apoio de toda a comunidade, faremos um grande evento.” Ricardo Aguiar, técnico da seleção paulista pontuou a força da nova geração do sub 21, e lembrou que ainda falta amadurecimento. “Sobre a organização, penso que sempre é difícil fazer uma competição com 1.300 atletas. Acho que esta é a primeira vez que Foz recebe um evento deste porte, mas, tirando o espaço físico que não comportou algumas situações, o torneio rolou muito bem porque a equipe da CBK é muito bem preparada e soube contornar os problemas. Quase não vimos áreas interditadas e com isso a competição se desenvolveu mais rapidamente do que eu esperava. Sem contar que fomos muito bem recebidos e temos que parabenizar toda a equipe de Foz do Iguaçu pela acolhida. A equipe paulista está numa

entressafra na classe adulta, e existe uma safra muito boa do sub 21, na qual muitos demonstram estar prontos para o adulto, mas ainda falta amadurecimento. Viemos com 528 atletas e vencemos no volume, mas ainda precisamos ajustar a qualidade, principalmente no adulto masculino e feminino. Mas estamos vindo com uma base muito melhor e isso é importantíssimo para o karatê paulista e brasileiro. São Paulo está de parabéns porque o Zeca conseguiu trazer uma equipe gigantesca para uma competição distante de São Paulo, e isso mostra a unidade do time paulista. Agora temos de preparar-nos para a grande final de outubro, lembrando que vence quem erra menos.” Luiz Carlos Nascimento Júnior, presidente da Federação Cearense de Karatê, comemorou o resultado surpreendente. “Avaliamos o trabalho da federação paranaense positivamente, já que toda a logística foi adequada a um evento desse porte. Viemos a Foz em busca de intercâmbio técnico para os nossos atletas. Entendemos que aqueles que querem ser os melhores têm de competir com os melhores, e foi por isso que optamos por disputar esse regional. O resultado foi surpreendente, pois estamos entre os maiores do País e chegaremos à grande final com uma equipe fortíssima.” Valmir Zuza da Cruz, diretor técnico da FPK, elogiou o trabalho da área técnica da CBK. “São Paulo criou um novo conceito na realização de competições estaduais e nacionais, e a comparação tornou-se um problema para os demais Estados. Claro que isso deve servir de estímulo, mas vimos muita gente nas arquibancadas reclamando da logística da competição, com base naquilo que vivenciaram nos torneios em São Paulo, e isso me deixou muito contente. Mas a questão da logística não comprometeu a competição porque felizmente temos hoje um grande gestor na modalidade, um diretor extremamente eficiente que é o William Cardoso. Ele busca viabilizar e organizar tudo de forma eficiente, e não cria situações de confronto entre as equipes. É extremamente habilidoso e faz com que a competição aconteça da melhor forma possível.” Com base nos números de Foz do Iguaçu, William Cardoso, diretor técnico da CBK, prevê que Joinville receberá o maior certame promovido pela entidade. “Fechamos este evento com 1.298 atletas inscritos, sem incluir os que participaram de mais de um tipo de competição. As equipes também foram contabilizadas como um atleta apenas. De longe este foi o maior campeonato zonal realizado até hoje pela CBK e após este evento podemos afirmar com toda a certeza que a final a ser realizada em outubro, em Joinville, será o maior evento já realizado pela CBK em todos os tempos.” Revista Budô número 16 / 2015

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TAEKWONDO – Rio 2016

Mudanças na comissão técnica dão

Novo gás ao

taekwondo

A diretoria técnica da Confederação Brasileira de Taekwondo reuniu a nova comissão técnica da seleção brasileira em Jaraguá do Sul (SC), onde entrevistamos José Alexandre Lima, diretor técnico da CBTKD; Natália Falavigna, coordenadora técnica da seleção; Carlos Negrão, supervisor técnico da seleção; e os técnicos Carmem Carolina e Júnior Maciel. Veja como cada membro da comissão técnica vê e avalia o trabalho que está sendo feito. POR

paulo pinto I Fotos budopress

estão sendo trabalhados. Eles definirão os processos de camping e os convites das seleções estrangeiras para participarmos de campings fora e dentro do Brasil.

José Alexandre Lima Por que promoveram estas mudanças? Visamos ao fortalecimento da comissão técnica, e por isso convidamos a Natália Falavigna para ser a coordenadora técnica da seleção e o Carlos Negrão, que será o supervisor técnico. Embora tardiamente, estabeleceremos juntamente com o colegiado recém-constituído as prioridades para 2016. Definiremos os critérios da seletiva olímpica e da formação da seleção, e iniciaremos as discussões para estabelecer em curtíssimo prazo quais serão as categorias escolhidas para os Jogos Olímpicos. Isso permitirá focarmos as diretrizes para o preparo dos atletas. Independentemente da nomeação, qual será a função específica de ambos? A Natália e o Negrão estão diretamente ligados à programação da seleção e das competições importantes para visualizar os adversários e observar os atletas que

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O que já está sendo feito sobre o trabalho específico? Com o apoio do COB, estamos iniciando a preparação de alguns atletas e isso passa por avaliações físicas, fisiológicas e bioquímicas deles. Com isso saberemos os estágios em que estão e até onde poderão chegar. Tudo isso já está sendo acompanhado de perto pela Natália e o Negrão. A partir de março os quatro atletas principais e mais os dois reservas estarão fechados conosco até os jogos para fazermos o treinamento final com a seleção. Técnicos e treinadores deles serão convidados a participar do processo. Até 30 de março a seleção estará definida? Na realidade estaremos com as categorias definidas em pouco tempo. Teremos uma pré-seleção de pelo menos três atletas por categoria. Só que o nome será definido apenas no último dia de inscrição para os jogos. Vamos avaliar quais serão os melhores em cada categoria com base em critérios físicos, psicológicos e disciplinares, obedecendo a um padrão que nos dê conforto e confiança ao atleta.

As categorias já estão definidas? Não. Estamos trabalhando com as vagas como País sede, duas no masculino e duas no feminino, porque pelo ranking a única atleta com chances é Íris Sing. Quem são os técnicos nesse formato? Vínhamos trabalhando com três técnicos, mas após as mudanças o Fernando Madureira pediu demissão. A Carmem e o Maciel continuam como técnicos, mas ainda não definimos qual deles sentará na cadeira nos Jogos Olímpicos.

Carlos Negrão Como avalia o momento da modalidade? Estamos a 12 meses das Olimpíadas e o quadro é bastante preocupante. O Brasil participou de um grand prix com cinco taekwondistas e não obteve nenhuma medalha. Por enquanto, nenhum brasileiro se classificou pelo ranking olímpico. Vamos recorrer às quatro vagas por ser www.revistabudo.com.br


o País sede. Não ter classificado nenhum atleta expôs uma situação realmente preocupante e que mostrou que alguma coisa precisava ser feita. Penso que nosso presidente tomou uma atitude corajosa e necessária e deu uma mexida para tentar arrumar a casa, já que nos resta apenas um ano. Se não tivéssemos mexido, fatalmente o resultado não seria bom. Não digo isso por causa das pessoas ou dos nomes, mas sim pelo modelo. Ontem tivemos nossa primeira reunião e começamos a traçar planos. Mas tudo ainda esta por ser feito. É preciso mudar a mentalidade, temos problemas básicos absurdos. Por exemplo: estamos no período de férias e os atletas não estão descansando. Eles teriam que dar um tempo, sim, porque depois das férias terão um ano inteiro de pauleira, até os Jogos Olímpicos. Qual é a prioridade neste momento? É preciso que todos entendam que, se obtivemos um bom resultado nos Jogos Olímpicos, todos ganharão com isso. Uma medalha ajudará no desenvolvimento e no crescimento do taekwondo do Brasil e vamos melhorar como um todo. Teremos mais procura nas academias e nossa modalidade estará na mídia. Se o resultado for ruim, todos nós vamos perder, porque o taekwondo disputa espaço e patrocínio com outras modalidades. É preciso que todos entendam a importância deste momento e deixem as convicções políticas, vaidades e interesses pessoais de lado. Como assim vaidades pessoais? O Brasil possui grandes atletas e grandes técnicos, mas os resultados internacionais não estão aparecendo, e aí ficamos brigando para definir quem é melhor aqui embaixo. O ideal seria falarmos que somos os melhores lá encima. Nas próximas reuniões da confederação vou sugerir que seja colocado um cabide fora da sala de reunião, para cada um pendurar e deixar seu ego do lado de fora. Precisamos discutir o taekwondo sem pensar nas questões pessoais. Vamos focar somente o que é interessante e melhor para o Brasil. Precisamos mudar muitas coisas e ensinar as pessoas a importância e a necessidade de trabalharmos em equipe, objetivando o resultado comum e coletivo. Alguma previsão para o Rio 2016? Se todas as pessoas que compõem o time técnico afinarem o discurso e trabalharwww.revistabudo.com.br

mos todos no mesmo sentido, eu acredito muito que possamos chegar a duas medalhas. Mas, se não conseguirmos reunir o time em torno da mesma proposta, já era. Em sua opinião existe possibilidade de sucesso? A ideia é muito boa, mas é difícil fazer com que todos tenham uma participação ativa. Ao mesmo tempo é preciso definir limites e impor campos de ação que não possam ser extrapolados. Você está falando em estabelecer uma escala hierárquica? Acho que existem duas maneiras de resolver a questão: a primeira é na base da conversa, explicando que precisaremos trabalhar juntos. A segunda é impondo: vai ser assim e ponto final. Isso já aconteceu em diversos momentos nos mais variados esportes. Numa ocasião o Bernardinho cortou um atleta que tinha sido eleito o melhor levantador do mundo, e seu reserva imediato era o filho dele. Ele deu a cara para bater, cortou o melhor do mundo, pôs o filho e trouxe resultados magníficos. Ele foi questionado pela imprensa e por dirigentes, mas provou que estava certo. Às vezes é preciso tomar atitudes assim, mas espero que consigamos convencer todos os envolvidos de que aquilo que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos não pode mais acontecer. Não adianta voltar de uma competição tão importante e ficar procurando um culpado. Temos de obter os resultados que o Brasil espera de nós, e mais nada. Como avalia a atitude do presidente da CBTKD, de mudar tudo um ano antes dos jogos? Acho que o Carlos fez o que deveria ser feito. Politicamente tomou uma atitude corajosíssima, porque as pessoas se acomodam em seus cargos e a atitude dele tirou as pessoas de onde estavam. Estabeleceu uma nova dinâmica com pessoas que têm opiniões fortes, como eu e a Natália, e isso deu uma mexida geral. Ele acertou, e espero que este posicionamento proporcione excelentes resultados para o Brasil. Por já ter participado de três ciclos olímpicos e ter ficado fora de um, como recebeu este convite? Fiquei muito feliz porque entendo que os resultados da Olimpíada de 2016 afetarão

todo o taekwondo brasileiro. Sinto-me extremamente feliz por participar desse desafio. Sei que é uma responsabilidade enorme, mas eu gosto de desafios, assim como outras pessoas da comissão, como a Natália, que também gosta de encarar os problemas de frente. Você vai sentar na cadeira? Literalmente este não é o meu objetivo. Posso colaborar muito mais fazendo o trabalho que me foi designado de head coach, que é auxiliar os treinadores, usando minha experiência e fazendo esse link com a Natália e o executivo. Acho que esta é a principal função e era o que estava faltando. Deu medo? Não. Dá um friozinho na espinha, igual a quando entramos para lutar diante de um grande desafio. Temos 11 meses para trabalhar, uma equipe que não foi bem no pan e que não obteve medalha na última Olimpíada, e temos de prepará-la para trazer duas medalhas em 2016. Acho que vale a pena porque temos atletas capacitados para atingir esse objetivo. Acredito que, se conseguirmos azeitar a máquina rapidamente, obteremos o resultado que buscamos.

Natália Falavigna Como sentiu esta repentina inversão de papéis? Estou bastante surpresa. Até brinco que depois de aceitar o convite não dormi mais, porque vivo sempre pensando o que pode ser feito para mudar o cenário. É claro que são muitas variáveis que temos de melhorar. Mas a primeira coisa a ser feita é buscar saídas olhando para dentro de nossa modalidade, e este é um exercício muito difícil. O que mais busco fazer é pontuar os problemas e as potencialidades que possuímos, e assim fazer um diagnóstico real da modalidade para poder começar a pensar o taekwondo a curto, médio e longo prazos. Temos de ter metas escritas no papel para olharmos todos os dias e sabermos para onde estamos caminhanRevista Budô número 16 / 2015

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TAEKWONDO – Rio 2016

Nova comissão técnica da seleção brasileira de taekwondo com o diretor técnico da CBTKD

do. Acho que o taekwondo se perdeu um pouco nisso. As pessoas perderam as diretrizes e metas factíveis. Existe a meta ideal e a real, temos de nos perguntar qual podemos realmente alcançar. O que pensa em curtíssimo prazo, ou seja, para o Rio 2016? Definir critérios olímpicos. Pegamos a coisa andando e acho que estamos num momento de definição e escolhas. A partir do momento em que se define isso, acabamos excluindo pessoas do processo, mas este é o papel do gestor e infelizmente é isso que precisa ser feito agora. Espero que o trabalho que estamos iniciando permita que nos próximos ciclos isso aconteça de forma gradativa, e os atletas que não alcançarem o índice sejam excluídos naturalmente, evitando desgastes desnecessários. Em curtíssimo prazo vamos definir critérios e principalmente contribuir no preparo dos atletas que estiverem no processo. Vamos definir de que forma a CBTKD poderá contribuir para que os atletas atinjam a meta e qual será a contrapartida deles para a entidade. Precisamos definir que tipo de suporte ofereceremos e estipular o que poderemos cobrar dos atletas que ficarem no processo. Tudo isso é uma via de mão dupla, mas na verdade estamos todos do mesmo lado. Todos nós queremos que o Brasil vá bem e vença, já que quanto maior for a nossa conquista, mais recursos e incentivos teremos no futuro. O que é prioritário neste momento? Credibilidade para estipularmos regras e metas. Não temos parâmetros porque ninguém sabia o que fazer para chegar lá. O atleta precisa pensar da seguinte maneira: o que tenho de fazer para ser escolhido e conquistar meu direito de estar nos Jogos Olímpicos e lutar por minha medalha? E isso ficou muito solto. Se houver uma regra, ela terá de ser cumprida.

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Pensar em resultado agora seria digressão? Exatamente. Queremos que todos os atletas briguem por medalhas, mas o imperativo neste momento é construir esta ponte entre o ideal e o real. Temos de parar com as divagações e estipularmos metas reais de trabalho. Quem sabe em abril ou junho possamos prever uma meta real de resultado. Não temos de ficar apontando o que está ruim ou errado, e sim o que pode ser melhorado de fato. Um sinal de alerta foi ligado, e faz tempo, mas nunca é tarde para corrigir erros e fazer com que tudo melhore.

Júnior Maciel Como avalia a decisão do presidente da CBTKD? Foi uma decisão extremamente válida. Conversamos após os Jogos Pan-Americanos e eu disse que precisávamos mudar e fazer algo, pois o resultado não foi o esperado. Com a vinda de mais membros para a comissão técnica, teremos mais cabeças pensantes.

Como será trabalhar com a Natália e o Negrão? Vejo a vinda do Negrão e da Natália como uma junção da experiência com a juventude. O Negrão é um técnico experiente, já disputou várias Olimpíadas e eventos internacionais. Já conviveu com os dois extremos: a alegria da vitória e o fracasso da derrota. A Natália também viveu estes extremos, e acredito que ambos acrescentarão muito no trabalho da comissão técnica, pois são extremamente inteligentes e capacitados. Sei que, assim como eu, eles amam o que fazem e vão dar o seu melhor para o taekwondo do nosso País. Ambos são muito bem-vindos.

Carmem Carolina Como vê a nova configuração da comissão técnica? Há muitos anos convivo com as duas pessoas que encabeçarão o processo. O Carlos Negrão foi meu técnico nos Jogos Olímpicos de 2000 e a Natália foi companheira de treino porque somos da mesma academia em Londrina, do mestre Clóvis Aires da Silva. Ela sempre foi uma ótima atleta e hoje está vindo para uma função na qual será minha superior, mas existe muito respeito entre nós como profissionais e como amigas. Ambos são extremamente competentes e vieram para somar. A seleção precisa de mudanças, e cada um tem de fazer a sua parte. Agora é trabalhar e acertar algumas coisas que precisam ser corrigidas para o futuro, visando a uma melhor preparação para os Jogos Olímpicos.

Conselho Técnico Por solicitação do presidente da CBTKD, o diretor técnico Alexandre Lima definiu os seis técnicos que farão parte do conselho que será responsável pelo assessoramento a diversas atividades técnicas da entidade. Entre outras está a discussão dos critérios a serem estabelecidos para a definição das seleções que atuarão nos Jogos Olímpicos,

em mundiais, opens e pan-americanos. Este conselho é formado por seis técnicos e treinadores atuantes: Rodney Penna Saraiva, de São Paulo; Raimundo Gomes Lima, do Amazonas; Belmiro Giordani, do Rio de Janeiro; Alan do Carmo, do Rio de Janeiro; Clayton dos Santos, de São Paulo; e Ericksson Bussato, de Santa Catarina.

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CBKT - ITKF BRASIL Confederação Brasileira de Karatê-Dô Tradicional Filiada A International Traditional Karate Federation - ITKF Filiada A United World Karate – UWK Filiada A United Karate Brasil – UKB

Representante oficial do autêntico Karatê-Dô Tradicional no Brasil A CBKT – ITKF Brasil foi fundada em 1988 e é a única representante oficial no Brasil do KARATE TRADICIONAL filiada a ITKF, a qual foi fundada pelo Gran Mestre Nishiyama. Possuímos uma longa história de seriedade, conquistas e realizações. A trajetória e as pessoas que compõem a nossa entidade se confundem com a história do Karatê no Brasil. Contamos em nossos quadros com mestres de grande expressão e reconhecidos internacionalmente como: Yasutaka Tanaka, Hiroyasu Inoki, Tasuke Watanabe, Ioshizo Machida, Yasuiuki Sasaki, Takuo Arai, entre outros.

CALENDÁRIO COMPLEMENTAR DE 2015 DATA

LOCAL

EVENTO

12 a 18 de Outubro

Koper - ESLOVÊNIA

1º Campeonato Mundial Unificado

25 a 27 de Setembro

Fortaleza - CE

Copa Norte Nordeste

27 a 29 de Novembro

Curitiba - PR

Brasileiro Adulto

Informamos que outros eventos utilizando o nome do Karate Tradicional não são oficiais da nossa entidade nem da ITKF, portanto não nos responsabilizamos pelos mesmos.

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Informações e contato cbkt@cbkt.org / secretaria@cbkt.org www.cbkt.org Revista Budô número 16 / 2015

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de Sâo Paulo

Lei de incentivo ao esporte

entrega 449 certificados de projetos aprovados Programa da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, que atenderá a 289 entidades de 140 cidades do Estado, obtém recorde na aprovação de projetos. POR

Paulo Pinto I Fotos marcelo lopes

Geraldo Alckmin, Jean Madeira e Lívia Galdino fazem a entrega do certificado a Silvana Muhlfarth, presidente da APAJA de Atibaia

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Geraldo Alckmin e Jean Madeira com crianças de projetos sociais esportivos

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O

governador Geraldo Alckmin, acompanhado do secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, Jean Madeira; da secretária adjunta e presidente da CAAP, Lívia Galdino; e de Cid Torquato, secretário em exercício da Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (SEDPcD), entregou 449 Certificados de Incentivo ao Desporto (CIDs) às entidades que tiveram projetos aprovados este ano pela Lei Paulista de Incentivo ao Esporte, programa gerenciado pela SELJ. A solenidade foi realizada em 22 de junho, no Palácio dos Bandeirantes, e mais de 900 pessoas prestigiaram o evento, entre elas autoridades, dirigentes de entidades esportivas e instituições, alunos e atletas beneficiados pela lei. O destaque deste ano foi a transparência na avaliação de cada processo. As reuniões da Comissão de Análises e Aprovação de Projetos (CAAP) puderam ser acompanhadas presencialmente e online, ao vivo e com total transparência, por todos os interessados. Foi também recorde em números, já que foram apresentadas 609 propostas e 449 foram aprovadas, contemplando 289 entidades de 140 municípios paulistas. Os projetos selecionados estão aptos a captar recursos com patrocinadores, que poderão destinar a eles

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de 0,01% a 3% do ICMS anual devido ao Estado. Jean Madeira falou da transparência e do avanço esportivo do Estado de São Paulo. “Quando dois estão unidos, acontece a sinergia, há comprometimento e a população é beneficiada. Esse é o trabalho que a SELJ tem realizado graças ao empenho de cada servidor público da secretária em união com as instituições e entidades esportivas. Parabéns aos membros da CAAP, que não mediram esforços para avaliar os 609 projetos recebidos. Tudo isso está acontecendo porque o governador, Geraldo Alckmin, tem dado a devida atenção à SELJ, ao esporte e às entidades aqui presentes.” Geraldo Alckmin enfatizou a finalidade das propostas no contexto social. “São projetos muito importantes porque por meio do esporte social atendemos também às crianças em bairros com maior vulnerabilidade. A prática esportiva educa, promove a disciplina e divulga a importância do trabalho em equipe. Estes projetos também atendem a idosos e pessoas com deficiência.” Lívia Galdino, secretária adjunta e presidente da CAAP, destacou o salto no atendimento, que em 2014 alcan-

Geraldo Alckmin, governador do Estado de São Paulo

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Governo do Estado de Sâo Paulo

Gerardo Siciliano, Ismar Ernani de Oliveira e Danilo Pietrucci

Geraldo Alckmin e Rogério Quintela

Maria Aparecida de Oliveira, Jean Madeira, Aildo Rodrigues Ferreira e Carlos Oliveira, o Carlinhos Furacão

çou 359 projetos, enquanto 449 foram aprovados nesta temporada. “Este ano analisamos todos os projetos apresentados, e cada membro da CAAP recebeu uma cota de pedidos para serem analisados e avaliados. Isso possibilitou uma avaliação minuciosa de todos os projetos. O recorde na aprovação deve-se ao comprometimento de toda a equipe.” Cada entidade pôde apresentar até três projetos para análise, com limite máximo de captação de R$ 1.226.546,14. A partir da publicação no Diário Oficial, os proponentes têm um prazo de 180 dias para arrecadar o montante. O limite estipulado pelo Estado este ano é de R$ 81 milhões. Concluído o período de execução do projeto, a entidade deverá prestar contas em 30 dias.

Gestores ressaltam importância do incentivo ao desporto

A marca da conquista www.shihan.com.br

Jean Madeira e Gilberto de Freitas, da academia de Judô Pissarra de Mairiporã

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O professor Gilberto Freitas, da Associação Pissarra de Judô, é coordenador do projeto Judô Para Todos, da Prefeitura de Mairiporã, que atende a 150 crianças aproximadamente. “Por meio do judô podemos educar, disciplinar e fomentar a saúde física e mental dos jovens assistidos, principalmente nas classes sociais menos favorecidas. Com parcerias em projetos e o apoio dos governos estadual e municipal, podemos atender a um número maior de crianças e adolescentes. O judô é uma grande ferramenta no combate às drogas e à violência social, e estes projetos geram recursos para expandirmos e agregarmos cada vez mais crianças e adolescentes.” Paulo Di Nizo Filho é o presidente da Federação Paulista de Kung Fu, que desenvolve o projeto O Kung Fu Formando Cidadãos. O projeto atende a aproximadamente 550 crianças em três cidades: Campinas, Osasco e Limeira. O dirigente destacou a importância da manutenção de projetos que envolvam o governo estadual e a iniciativa privada. “A

manutenção de um projeto aprovado pelo governo do Estado e que envolve parceiros e patrocinadores fortes, evidentemente, proporciona a expansão da base de nossa modalidade e evidencia o kung fu em todo o Estado de São Paulo. Mas o mais importante é que a aprovação do nosso projeto social possibilita a apresentação dos aspectos educacional e de transformação social do kung fu. Nossa filosofia ensina o respeito, a cooperação, a disciplina, a dedicação, o equilíbrio, entre outras virtudes, e nosso trabalho social é fundamentado nestes valores.” Danilo Pietrucci é coordenador do projeto Criança Ativa, da Associação de Judô de Divinolândia, que atende a 250 crianças nas cidades de Divinolândia, Caconde e São Sebastião da Grama. Além de coordenar os trabalhos, Danilo, que é professor do projeto, enfatiza a importância dele para toda a região. “Divinolândia é uma cidade pequena, mas é muito procurada pelas cidades circunvizinhas para o judô. As crianças querem aprender e treinar judô, mas têm de percorrer grandes distâncias para poder crescer dentro de nossa modalidade. Nós não temos nenhum repasse de verbas estaduais ou federais para o esporte, e este projeto é de suma importância para a sobrevivência e a expansão de nossa modalidade.” Cidinha Oliveira é presidente da Federação de Boxe do Estado de São Paulo (FEBESP), e a entidade foi contemplada com três projetos aprovados: Centro de Formação de Boxe fase IV de São Vicente, Centro de Formação de Boxe fase II da Praia Grande e Centro de Formação de Boxe do Núcleo Santos. Otimista pela possibilidade de impulsionar a modalidade na Baixada Santista, Cidinha destacou a importância social do CID. ”A Lei Paulista de Incentivo ao Esporte é uma importante ferramenta de desenvolvimento social. Por meio dela podemos verdadeiramente promover a inclusão social por meio www.revistabudo.com.br


Milton Rodarte, Jean Madeira, Gerardo Siciliano e Rogério Quintela

do esporte. Os projetos aprovados atenderão a 200 crianças e jovens com idade entre 10 e 18 anos. Além do aspecto social, promovemos a iniciação de centenas de jovens na prática do boxe olímpico, democratizando o acesso a uma modalidade olímpica de forma orientada, segura e gratuita. Com estes projetos fomentamos o crescimento da base, aumentando o número de praticantes, ao mesmo tempo em que exercemos a cidadania.” Representando a Rodonaves Transportes, Rogério Quintela recebeu o certificado de incentivo ao esporte do projeto social Judô – Um Golpe de Solidariedade, de Ribeirão Preto. Sensei Quintela falou sobre a proposta do projeto. “Serão mais de 270 crianças beneficiadas, e esta conquista será um divisor de águas para o judô na região de Ribeirão Preto. O objetivo principal do nosso projeto relaciona-se à formação do cidadão e, paralelamente, às atividades de cunho social. Simultaneamente realizaremos trabalhos relacionados a detecção, seleção e promoção de talentos esportivos.” Outra importante escola do judô paulista marcou presença na cerimônia de outorga dos certificados de incentivo ao desporto: a Associação Paulo Alvim de Judô de Atibaia (APAJA), que esteve representada por sua presidente, Silvana Muhlfarth e Thiago Valadão, coordenador do projeto Judô Sócio Educativo III.

Paulo Ferraz Alvim, presidente de honra da associação, falou sobre os propósitos do projeto atibaiense. “Atendemos hoje a cerca de 200 crianças, e o nosso principal objetivo é levar o judô até a comunidade atibaiense, como forma integral na formação dos jovens, agregando o esporte à educação. Dessa forma temos a certeza de estar contribuindo com a diminuição do contingente de menores nas ruas e evitando a evasão escolar. Buscamos melhorar a qualidade de vida da comunidade e, inevitavelmente, descobrir novos talentos para o nosso esporte. Os projetos da Lei de Incentivo ao Esporte Paulista viabilizam recursos primordiais na execução dos nossos objetivos, dando tranquilidade para desenvolver um trabalho de excelência, com responsabilidade, graças aos recursos destinados pelo Estado.”

Jean Madeira, secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo

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Paulo Di Nisso, Jean madeira e Daniel Hirata

Lívia Galdino e Danilo Pietrucci

Geisa Guedes e Lívia Galdino

Thiago Valadão e Geraldo Alckmin

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Ranking WKF

William Cardoso, Natália Brozulatto, Luiz Carlos Cardoso, Isabela Santos e Ricardo Aguiar após a melhor edição do karatê brasileiro nos Jogos Pan-Americanos

Brasil volta ao topo do ranking da WKF

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Após amargar o ostracismo por longos anos, o karatê brasileiro recupera hegemonia continental, ocupando hoje a sexta colocação no ranking da WKF.

ais uma vez o karatê do Brasil provou que está no caminho certo, já que em apenas 32 meses de gestão Luiz Carlos do Nascimento, atual presidente da Confederação Brasileira de Karatê (CBK), reconduziu o País ao topo da modalidade, subindo 19 posições no ranking da World Karate Federation (WKF). Na avaliação de William Cardoso, diretor técnico da CBK, a recuperação técnica do País foi surpreendente. “Saímos da desconfortável 25ª posição em que nos encontrávamos em 2012 e subimos para a sexta no ranking publicado este mês pela entidade mundial. Estávamos atrás dos nossos principais adversários no continente americano: Venezuela, México e Estados Unidos. Hoje voltamos a ocupar a liderança que o Brasil possuía no passado, sendo o primeiro país das Américas no ranking da WKF.”

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ceis, quando o Brasil perdeu a hegemonia continental e até mesmo a identidade que havia construído junto à comunidade interPara o dirigente o Brasil poderá avançar nacional. Mas felizmente o pesadelo acabou ainda mais no cenário internacional. “Em e voltamos a viver momentos de glória, nossa avaliação, com um pouco mais de emocupando o primeiro lugar nas Améripenho poderemos subir cas. Estamos entre os seis prialguns degraus e figurar meiros países no ranking da entre as cinco maiores WKF, atrás apenas de França, forças do karatê mundial. Turquia, Itália, Egito e AlemaO posicionamento do nha. Dividimos esta importante Brasil no ranking consoliconquista com todas as pesda o trabalho da equipe soas envolvidas nesse processo técnica da CBK e ratifica e parabenizamos atletas, pais e a força e a qualidade dos familiares dos atletas, patrocikaratecas brasileiros.” nadores, professores, técnicos William Cardoso estaduais e nacionais, árbitros finalizou dividindo a estaduais, nacionais e internacioconquista com todos Aline Souza e William Cardoso nais e presidentes e diretores das os karatecas do País. o bronze obtido nos Jogos de comemoram federações estaduais.” Toronto “Vivemos anos difí-

fonte CBK POR paulo pinto Fotos GERALDO DE PAULA/CBK

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C ampeonato Pan-Americano Sênior de Judô

AVASSALADOR Nos tatames Rafal Burza fotografa troféu e medalhas do time feminino

Brasil totaliza 17 medalhas no pan-americano sênior POR

PAULO PINTO I Fonte IMPRENSA CBJ

I Fotos

RAFAL BURZA

Com atuações primorosas no individual e por equipes, seleção brasileira bate recorde de medalhas, ratifica a condição de maior potência do judô pan-americano e volta ao Brasil com a perspectiva de conquistar mais de uma dezena de medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. 104

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Patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Judô

O time masculino exibe medalhas e troféus obtidos no campeonato Pan-americano

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C ampeonato Pan-Americano Sênior de Judô

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Sarah Menezes obteve o ouro no Pan-americano

evando-se em conta o resultado final do campeonato pan-americano realizado na arena Saville Sports Centre em Edmonton, Canadá, de 24 a 26 de abril, o melhor judô do continente é o do Brasil. No terceiro e último dia de disputas, o time verde e amarelo foi campeão por equipes no masculino e vice no feminino em confrontos contra Cuba e Canadá, respectivamente. Como no individual a seleção brasileira já havia acumulado 15 medalhas, o País fechou a competição em primeiro lugar geral, totalizando nove ouros, sete pratas e um bronze. Para conquistar a última medalha de ouro, os meninos foram implacáveis na disputa por equipes. Primeiro, com 100% de aproveitamento no confronto com o Peru para avançar às semifinais, contra os anfitriões canadenses. Mais uma vez, Charles Chibana (66 kg), Alex Pombo (73 kg), Victor Penalber (81 kg), Tiago Camilo (90 kg), Rafael Silva (+100 kg) e David Moura (+100 kg) fizeram bonito e cravaram 5 a 0, garantindo a vaga na final contra Cuba. Com dois ippons de Chibana e Pombo, o Brasil abriu 2 a 0 e comemorou o ouro com a vitória de Penalber na terceira luta. Tiago Camilo venceu mais uma e David Moura acabou superado pelo cubano na última luta, a única derrota da equipe masculina durante a competição. Além do ouro na disputa por equipes, o time masculino brasileiro sobrou no individual. A única categoria em que os meninos não medalharam foi o peso meio-leve (66 kg). A prata do feminino veio na disputa contra o Canadá, depois que Érika Miranda (52 kg), Rafaela Silva (57 kg), Mariana Silva (63 kg), Maria Portela (70 kg) e Rochele Nunes (+78 kg) passaram pelo Equador com vitória por 4 a 1 (a única derrota foi no pesado). Na final, as meninas começaram bem com as duas vitórias seguidas de Érika Miranda e Rafaela Silva, mas as canadenses conseguiram impor-se e venceram as outras três lutas contra Mariana Silva (63 kg), Bárbara Timo (70 kg) e Mayra Aguiar (78 kg). Além desta medalha, o feminino conquistou mais três ouros, três pratas e um bronze no individual, medalhando em todas as categorias e ficando também com o primeiro lugar geral à frente de Cuba, que teve três ouros e seis bronzes.

No primeiro dia Brasil conquista nove medalhas

O Brasil começou bem na disputa do Pan -americano, já que, dos 11 atletas que compe-

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tiram no primeiro dia, dez chegaram às disputas por medalhas, sendo oito nas finais e dois na briga pelo bronze. Ao todo foram conquistadas quatro medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze, além de um quinto lugar. Em luta equilibrada contra o argentino Emmanuel Lucenti, Victor Penalber (81 kg) levou o adversário a sofrer uma punição, resistiu até o fim e ficou com o primeiro ouro para o Brasil. “Há sempre alguma coisa para melhorar, ainda mais num ano pré-olímpico. Os 400 pontos desta competição vão ser muito importantes. Pensando em Olimpíada, acho que a gente tem muito o que melhorar, essa categoria é forte. No pódio hoje tínhamos pelo menos dois atletas entre os dez primeiros”, disse Penalber, que agora tem quatro títulos pan-americanos. Tiago Camilo (90 kg), que venceu duas das três lutas preliminares por ippon, subiu ao lugar mais alto do pódio com a desistência do cubano Asley Gonzalez, campeão mundial no Rio em 2013, que sentiu o ombro recém-operado. Na sequência, Mayra Aguiar, que competiu pela primeira vez como campeã mundial, encarou uma velha conhecida na final do meio-pesado (78 kg), a americana campeã olímpica Kayla Harrison. O resultado foi igual ao da última luta entre as duas, a semifinal em Chelyabinsk, com vitória para a brasileira por apenas um shido de vantagem. “Estou muito feliz. É sempre bom voltar com um ouro. Quando a gente fica muito tempo parada, não sabe como vai ser, o que vai acontecer, e deu tudo certo”, comemorou a brasileira. “Eu acho que eu não estou ainda 100%, há muita coisa ainda para ajeitar, mas é um passinho de cada vez. Vou voltar para casa, arrumar o que tiver de arrumar, mas eu saio daqui muito feliz pelo meu esforço e pelo resultado, que me deu muita força para continuar buscando o meu sonho”. O quarto e último ouro do dia veio na final brasileira do peso-pesado masculino entre Rafael Silva e David Moura, que levou a melhor na diferença das punições. David sofreu três e Rafael, quatro, ficando com a prata. Além dele, Mariana Silva (63 kg), Luciano Corrêa (100 kg) e Rochele Nunes (+78 kg) conquistaram o segundo lugar nas suas categorias, vencidas pelos cubanos Maylin Carvajal (63 kg), José Armenteros (100 kg) e Idalys Ortiz (+78 kg), respectivamente. Maria Portela e Bárbara Timo, que se haviam enfrentado na segunda fase do peso médio (70 kg), chegaram às disputas pelo bronze. Timo acabou ficando com o quinto lugar e Portela subiu ao pódio, trazendo para o Brasil o único bronze do dia. Ketleyn Quadros (63 kg) também competiu, mas caiu na primeira luta para Diana Velasco (Colômbia), em combate decidido no golden score. www.revistabudo.com.br

Patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Judô

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C ampeonato Pan-Americano Sênior de Judô Com final verde-amarela no 60 kg, Brasil conquista mais seis medalhas

O sábado foi mais um dia de muitas medalhas para o Brasil. Seis, dos sete judocas em ação, chegaram às finais em seis categorias (48 kg, 52 kg, 57 kg, 60 kg, 66 kg e 73 kg), conquistando mais quatro ouros e duas pratas, com destaque para o peso ligeiro masculino, que teve duelo final entre Eric Takabatake e Felipe Kitadai. O medalhista de bronze em Londres 2012 levou a melhor e conquistou o pentacampeonato pan-americano. “Foi minha melhor competição. Fazia tempo que eu não encarava uma competição tão boa quanto esta. E fazer uma final com o Eric, que é um amigo, é muito legal. Mesmo perdendo, seria um amigo o campeão, sairia feliz também”, avaliou Kitadai, que venceu todas as lutas por ippon. A equipe masculina ainda conquistou mais um ouro, com Alex Pombo (73 kg), que começou muito bem vencendo o primeiro confronto por ippon em 30 segundos contra Everet Desilets (USA). Em seguida, ele derrotou Arthur Margelidon (Canadá) na diferença de punições (3-2) e conseguiu pontuar com yuko na final com o cubano Magdiel Estrada para ser campeão. No feminino, Sarah Menezes mostrou sua força no continente, derrotando duas adversárias duríssimas: Dayaris Mestre (Cuba), na semifinal, e Paula Pareto (Argentina), na final. Contra a cubana, Sarah havia sido punida três vezes, mas conseguiu um yuko que a colocou na final. Em mais uma luta tensa, Sarah levou Pareto a sofrer três punições e sagrou-se campeã. “Para mim o resultado foi maravilhoso, principalmente pelo lado emocional, com tudo o que estava acontecendo nas outras competições”, revelou a campeã olímpica de 2012. “E também pela maneira como eu lutei, começando muitas lutas perdendo nas faltas, conseguindo controlar, reverter o quadro e aplicar mais faltas na adversária. Então, fico muito feliz com meu desempenho e a forma como encarei toda a competição. Agradeço a todos

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que torceram, me apoiaram e que estiveram comigo em todos os momentos”. O terceiro ouro brasileiro foi de Érika Miranda (52 kg), num dia brilhante, vencendo a semifinal contra Ecaterina Guica (Canadá) e a final contra Angelica Delgado (USA), ambas por ippon. Rafaela Silva (57 kg) também chegou à final numa reedição da decisão do mundial de 2013 e do pan -americano de 2014, quando a brasileira enfrentou a americana Marti Malloy. Neste sábado, porém, a campeã mundial de 2013 ficou com a prata e ainda saiu sentindo muitas dores no cotovelo esquerdo. A única categoria que não teve representante brasileiro nas finais foi o 66 kg. Em sua luta de estreia, Charles Chibana encarou o cubano Carlos Tondique e foi superado nas punições, levando duas contra uma do adversário. Com as seis medalhas conquistadas no segundo dia de disputa, o Brasil já havia garantido matematicamente o título de campeão geral com oito ouros, seis pratas e um bronze. Em segundo estava Cuba, com quatro ouros, duas pratas e oito bronzes. Somando as conquistas do individual às medalhas de ouro e de prata obtidos por equipe, o Brasil voltou do Canadá com o moral elevadíssimo e com a perspectiva de conquistar mais de uma dezena de medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

Medalhas do Br asil

Felipe Kitadai é eleito o melhor atleta da competição

Fechando a participação brasileira no pan-americano com chave de ouro, o ligeiro Felipe Kitadai foi eleito o melhor atleta masculino da competição. O brasileiro conquistou a medalha de ouro em sua categoria vencendo todas as lutas por ippon, inclusive a final contra seu compatriota Eric Takabatake. Nas redes sociais, o atleta comemorou mais esse feito: “É muito bom colher os frutos, principalmente depois de tanto trabalho”.

Parceira oficial da Confederação Brasileira de Judô

Mayra Aguiar conquistou o ouro no 78kg

Ouro Sarah Menezes (48kg) Érika Miranda (52kg) Mayra Aguiar (78kg) Felipe Kitadai (60kg) Alex Pombo (73kg) Vic tor Penalber (81kg) Tiago Camilo (90kg) David Moura (+100kg) Equipe Masculina Prata Rafaela Silva (57kg) Mariana Silva (63kg) Rochele Nunes (+78kg) Eric Takabatake (60kg) Luciano Correa (100kg) Rafael Silva (+100kg) Equipe Feminina Bronze Maria Por tela (70kg)

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Campeonato Paulista de Judô – Sub 21 / 2015

Palmeiras

é campeão paulista

Imitando a fênix e renascendo das próprias cinzas, a Sociedade Esportiva Palmeiras literalmente passeou no masculino e sagrou-se campeã geral do Campeonato Paulista sub 21, primeiro certame da FPJ desta temporada. Resta saber o que a nova diretoria de judô da equipe alviverde preparou nas demais classes, pois no sub 21 o Palmeiras resgatou sua tradição nos tatamis. POR

paulo pinto I Fotos budopress e Marcelo lopes

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om apoio da 8ª Delegacia Regional, Associação Marcos Mercadante de Judô e Prefeitura de Araras, a Federação Paulista de Judô (FPJ) realizou o Campeonato Paulista de Judô sub 21, evento classificatório para o Campeonato Brasileiro de Judô desta classe. Contando aproximadamente com 300 atletas vindos das 16 DRJs, a competição realizou-se no dia 2 de maio, no Ginásio de Esportes Nélson Ruegger, de Araras (SP). A cerimônia de abertura registrou a presença de autoridades políticas e esportivas, entre as quais Nélson Dimas Brambilla, prefeito de Araras; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Joílson dos Santos, secretário de Esportes de Araras; Luiz Augusto Carmello, gestor de Marketing da Unimed Araras; Eduardo de Moraes, secretário municipal do Governo e Relações Institucionais de Araras; professor Marcos Mercadante, anfitrião do evento; vereadores Breno Zanoni Cortella e Magda Regina Carbonero Celidorio; delegados regionais Sidney Paris, Cléber do Carmo, Júlio César Jacopi, Celso de Almeida Leite e Osmar Feltrim (Mazinho); Hatiro Ogawa, coordenador de judô do Centro Olímpico e ex-presidente da FPJ; Adib Bittar Dib, tesoureiro da FPJ; Edson Koshi Minakawa, diretor de arbitragem da FPJ; Marilaine Ferrante, coordenadora de arbitragem

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sub 21

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da FPJ; e Joji Kimura, diretor técnico da FPJ. A cerimônia de abertura também foi abrilhantada com as presenças dos professores kodanshas Belmiro Boaventura da Silva, Hissato Yamamoto, Michiharu Sogabe, Uishiro Umakakeba, Antônio Honorato, Leandro Alves Pereira, Kanefumi Ura, Sérgio Luís Bim e Mercival Daminelli.

Pinheiros vence no Feminino

Somando uma medalha de ouro e uma de bronze, três equipes dividiram a terceira colocação: Associação Desportiva São Caetano/Projeto Viver Bem; SEMEL Lins/Morimoto e Associação Marcos Mercadante de Judô. Conquistando uma medalha no pesado, a equipe da SEDUC Praia Grande fechou o grupo de equipes que conquistaram o ouro no feminino.

A categoria feminina apresentou um pódio bastante equilibrado, com seis equipes conquistando medalhas de ouro, e o Clube Pinheiros venceu com dois ouros, uma prata e um bronze. O time da Secretaria de Esporte e Lazer de São José dos Campos ficou em segundo lugar, com duas medalhas de ouro.

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Palmeiras passeia no masculino No masculino apenas quatro equipes alcançaram o ouro: SESI São Paulo, Sociedade Esportiva Palmeiras, Clube Pinheiros e Associação de Judô Rogério Sampaio. Com um rendimento surpreendente, a Sociedade Esportiva Palmeiras desbancou os rivais SESI São Paulo e Esporte Clube Pinheiros, faturando quatro medalhas de ouro e uma de bronze. Com este resultado a nova diretoria da equipe

alviverde mostrou que está determinada em recuperar a tradição palmeirense nos tatamis, e quem sabe escrever nova página na história do judô brasileiro. Desbancando o todo poderoso Clube Pinheiros, o SESI São Paulo ratificou sua condição de equipe forte e competitiva, ficando em segundo lugar com dois ouros, uma prata e cinco bronzes. A Associação de Judô Rogério Sampaio fez as honras do judô da Baixada Santista no masculino, conquistando um ouro no leve.

Sociedade Esportiva Palmeiras é campeã geral Com quatro ouros, uma prata e um bronze, a equipe da Água Branca sagrouse campeã geral do certame, seguida pelo arquirrival Clube Pinheiros, que somou três ouros, duas pratas e dois bronzes. O SESI São Paulo ficou em terceiro lugar conquistando expressivas doze medalhas: dois ouros, duas pratas e oito bronzes, enquanto o time da Secretaria de Esporte e Lazer de São José dos Campos chegou ao quarto lugar com dois ouros e um bronze. A quinta colocação foi dividida por duas equipes: São Caetano/Projeto Viver Bem e Associação Marcos Mercadante de Judô, que totalizaram um ouro e dois bronzes cada uma. Em sétimo lugar ficaram três equipes: SEDUC Praia Grande, SEMEL Lins/Morimoto e Associação de Judô Rogério Sampaio, que conquistaram uma medalha de ouro e uma de bronze.

Finais eletrizantes Seguindo o formato adotado pela CBJ que realiza finais simultâneas, mais uma vez os amantes do judô de São Paulo vibraram com as lutas finais acontecendo simultaneamente nas seis áreas montadas no Ginásio de Esportes Nélson Ruegger. No masculino a luta mais dinâmica e pegada foi a da categoria meio-médio, onde Alecsander Medeiros Nicolai da Sociedade Esportiva Palmeiras levou a melhor sobre Ronnie Warlley Ribeiro, da Associação de Judô de Bastos. Ronnie apresentou um judô com maior volume. Quando todos

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achavam que o atleta alviverde estava morto no combate, Nicolai aproveitou uma vacilada do adversário, e jogou de wazari nos instantes finais no combate. No naipe feminino o confronto da categoria pesado entre Agatha Martins Silva da SEDUC - Praia Grande e Ellen de Oliveira Furtado do SESI Bauru, foi dramático. Menos experiente a judoca do Litoral fez uma luta mais tática, enquanto que Ellen Furtado apresentou maior intensidade e ritmo de luta. Numa bobeada da judoca sesiana e fazendo uso de uma técnica de koshi-waza, Agatha ergueu a gola de sua adversária e entrou com um tsuri-komi-goshi indefensável, e correu literalmente para o abraço, sagrando-se campeã paulista sub 21 aos 19 anos. Foi realmente um desfecho impressionante, já que esta é uma técnica pouco usada para os judocas dessa categoria de peso.

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Dirigentes exaltam a democratização na escolha das sedes dos eventos Durante o torneio, Osmar Feltrim, o Mazinho, reclamou da falta de eventos em mais regiões do Estado. “Precisamos trazer os campeonatos importantes para o interior. Temos de democratizar o acesso a todos, de forma equitativa e menos desigual. Existem ótimos ginásios e temos excelente infraestrutura. Temos que ser contemplados, e não adianta ficar levando as competições para regiões próximas a São Paulo, que muitas vezes não possuem nenhuma estrutura. Campeonatos como este são importantíssimos porque preparam os atletas para as competições nacionais e merecem estrutura compatível. As delegacias precisam sediar eventos de grande porte, pois eles atraem a mídia

local, o que promove e projeta a modalidade na região. Na capital nada disso acontece, pois dezenas de eventos são promovidos no mesmo fim de semana.” Nélson Dimas Brambilla, prefeito de Araras, deu boas-vindas a todos. “Parabenizo e dou boas-vindas a todos os atletas que aqui estão. Faço uma sau-

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Campeonato Paulista de Judô – Sub 21 / 2015 dação especial aos professores, que são o pilar na formação de atletas e ao mesmo tempo são agentes formadores de bons cidadãos. Por meio de seus princípios e disciplina o judô tem hoje papel preponderante na formação de uma juventude mais focada e sadia. É uma honra enorme poder sediar um evento tão importante, e estamos honrados também por receber cada um de vocês em nossa cidade. Aproveito para parabenizar o professor Mercadante e sua equipe por representar nossa cidade em todo o País e no exterior com grande desenvoltura.” José Jantália, vice-presidente FPJ, agradeceu ao governo de Araras pela excelente acolhida. “Este é um momento de grande alegria para o judô de São Paulo. A oportunidade de realizar um evento como este em Araras, cidade estratégica do Estado, facilita o acesso dos professores, atletas e familiares. Penso que promover torneios apenas na capital acaba gerando empecilhos para a maioria dos atletas. Faço um agradecimento especial ao prefeito Nélson Dimas e toda a comunidade ararense, por terem disponibilizado a estrutura necessária para a realização do nosso evento.” Joílson dos Santos Souza, secretário de Esportes de Araras, enalteceu a força do judô ararense. “Para todos nós da secretaria e moradores de Araras é uma honra enorme receber um evento da FPJ. O trabalho que nossa pasta desenvolve em parceria com a Associação Mercadante de Judô tem proporcionado excelente resultado e enorme visibilidade para nossa cidade no campo esportivo. Em paralelo, isso tem promovido grande crescimen-

Alessandro Puglia entrega homenagem ao prefeito Nelson Dimas Brambilla

Sidnei Paris

Árbitros perfilados

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Luiz Augusto Carmello

Joílson dos Santos, Nelson Dimas Brambilla e Marcos Mercadante

Atletas perfilados na cerimônia de abertura

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to do judô em nossa cidade e na região.” Alessandro Puglia, presidente da FPJ, falou sobre a importância desta competição. “Este é o certame mais importante desta categoria, já que daqui sairão os atletas que representarão o Estado de São Paulo no campeonato brasileiro. Em São Paulo estão mais de 80% dos atletas que compõem a seleção brasileira desta classe. É um campeonato de alto nível e podemos até ter algumas surpresas, com atletas mais jovens se classificando. Araras é uma cidade incrível, o professor Mercadante solicitou a realização deste evento, e achamos louvável devido ao reconhecimento do trabalho que ele desenvolve e pela importância de trazermos os campeonatos para o interior. O Campeonato Paulista sub 18 será realizado em Ribeirão Preto e a ideia é levarmos o maior número possível de competições para o interior, desde que as cidades ofereçam a estrutura adequada e necessária para a realização dos eventos do nosso calendário.” O professor kodansha e delegado da 8ª DRJ Oeste, Sidnei Paris, felicitou a diretoria técnica pela descentralização desta competição. “Todos nós das delegacias regionais do interior estamos muito motivados, pois a diretoria técnica da FPJ está se empenhando em trazer também os principais eventos para o interior, e isso é importantíssimo. Temos de descentralizar os eventos da capital. Tenho certeza de que toda a comunidade do judô do interior está muito contente com a postura atual e o comprometimento de nossa diretoria, no tocante à realização dos eventos em todo o Estado”.

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Campeonato Paulista de Judô – Sub 21 / 2015

Paulo Pinto, Alessandro Puglia e Cleber do Carmo

Alessandro Puglia, Nelson Brambilla, Marcos Mercadante, Magda Regina Carbonero e Breno Zanoni

Marcos Mercadante enfatizou a excelente localização de Araras. “É uma honra sediar o primeiro campeonato paulista de judô da primeira divisão em nossa cidade. Já havíamos recebido competições da classe aspirante, fato que não se compara aos eventos da primeira divisão. Inscrevemos dez atletas e estamos felizes por contribuir com a evolução do judô paulista. Trouxemos este certame para Araras e oferecemos estrutura e logística necessárias para a realização de um grande evento. Nossa cidade possui uma localização estratégica e excelente estrutura hoteleira e de serviços. Daqui sairão os melhores atletas que representarão São Paulo no campeonato brasileiro desta temporada, e nossa cidade fará parte da equipe que vai ao brasileiro em busca de medalhas para o nosso Estado”, disse Mercadante, anfitrião do evento.

Celso de Almeida Leite, Angélica Mayumi e Ademir Nora

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José Jantália

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Classificação individual Feminino Superligeiro 1º Amélia R. Souza - Lins/Morimoto 2º Bruna Lopes - Mogi/Chiao 3º Bruna Borges - Judô Pissarra 3º Desiree K. Ferreira - Est. Turística Itu Ligeiro 1º Nathalia Mercadante – Assoc. Mercadante 2º Amanda Nayara Correa - A Hebraica 3º Bianca Paiva - E. C. Pinheiros 3º Natalia de Oliveira – Assoc. Pompeia

Professores kodanshas, dirigentes e autoridade na execução do hino nacional

Meio-médio 1º Barbara Faria - Semel Rio Preto 2º Yanka Dalbem - E. C. Pinheiros 3º Amanda C. Valério - S. Caetano/ Viver Bem 3º Karoline Barbeirotti - Rogério Sampaio

Meio-leve 1º Nykson R. Ferreira - S. E. Palmeiras 2º Gabriel Alves - S. Caetano/ Viver Bem 3º Leonardo Pavani - S. Caetano/ Viver Bem 3º Murilo Jaqueti - Barão de Mauá

Médio 1º Aine D. Schmidt - E. C. Pinheiros 2º Ello Anny Santos - Associação Bastos 3º Karol Priscila Bueno - SESI - SP 3º Thayane R. Heidrich - Lins/Morimoto

Leve 1º Jose Victor Basile - Rogério Sampaio 2º Lincoln K. Kanemoto - Semel Rio Preto 3º Luiz A. Beretta F. - Assoc. Mercadante 3º Gabriel Rodrigues - Judô Olímpico

Meio-pesado 1º Pamella Barbosa - S. Caetano/ Viver Bem 2º Kelly Karine Diniz - Judô Clube Itararé 3º Larissa Machado - Hombu Budokan 3º Pamella Pastorello - Assoc. Mercadante

Meio-médio 1º Alecsander Medeiros - S. E. Palmeiras 2º Ronnie Ribeiro - Associação Bastos 3º Elimario Louzada - S. E. Palmeiras 3º Nicolas Mendes - Adpm-Reg. S.J.C.

Pesado 1º Agatha Martins - Seduc - P. Grande 2º Ellen Furtado - SESI - SP 3º Victoria de Oliveira – C. A. Juventus 3º Thais M. Suzuki - Assoc. Kyoei

Médio 1º Henrique Francini - E. C. Pinheiros 2º Gabriel Rusca - A D Santo André 3º Paulo R. de Araújo Jr. - SESI - SP 3º Thiago H. Chiodi - Águias do Judô

Masculino

Meio-pesado 1º Leonardo Ribeiro - S. E. Palmeiras 2º Raul Almeida – S. Caetano/ Viver Bem 3º Cleber Machado - SESI - SP 3º Arthur Santana - SESI - SP

Meio-leve 1º Jessica Couto – Semel Rio Preto 2º Anne K. Alves - São João/Apaja 3º Vitoria B. Camargo - SESI - SP 3º Franciele C. Terenzi - Santana Pedreira

Superligeiro 1º Jonathan Bauer - SESI - SP 2º Diego A. Rocha - E. C. Pinheiros 3º Rodrigo Makiyama - Assoc. Vila Sonia 3º Leonardo de Oliveira - SESI - SP

Leve 1º Joice Machado - E. C. Pinheiros 2º Ketelyn Nascimento - S. E. Palmeiras 3º Joseane Nunes - A Hebraica 3º Nayara J. Leandro - SESI - SP

Ligeiro 1º Vitor Torrente - S. E. Palmeiras 2º Douglas Ap. de Sena Jr - C. T. Meninos 3º Kainan Pires - E. C. Pinheiros 3º Weverton Alencar - Assoc. Divinolândia

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Pesado 1º Hugo Moura - SESI - SP 2º Matheus Monteiro - SESI - SP 3º Victor A. Santos - Assoc. Belarmino 3º Flávio Oliveira Jr - Seduc - P. Grande

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C ampeonato Brasileiro de Karatê-dô Tradicional Infanto-Juvenil

Curitiba sedia Brasileiro de

Karatê-dô Tradicional

Competição realizada no ginásio da PUC recebeu karatecas de dez Estados e apresentou crescimento em número de inscritos. POR

Antônio Carlos Walger

paulo pinto I Fotos budopress

C

om apoio da Federação Paranaense de Karatê-dô Tradicional (FKTPr) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a Confederação Brasileira de Karatê-dô Tradicional (CBKT) realizou o 25º campeonato nacional da modalidade na categoria infanto-juvenil. O certame realizou-se na excelente arena esportiva da PUC, em Curitiba, e teve a participação de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Bahia, Ceará, Pará, Maranhão e Distrito Federal. Ao todo 428 atletas participaram do campeonato e totalizaram 1.224 inscrições nas competições de kata individual, kata equipe, embu individual, embu misto, fuku-go individual, kumitê individual e kumitê equipe. A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades esportivas, como Gilberto Gaertner, presidente da CBKT; Sérgio Bastos, vice-presidente da CBKT; Alfredo Aires, diretor de eventos da CBKT; Antônio Carlos Walger, presidente da FKTPr; Eckner Cardoso, presidente da FKTB; Luiz Ivan Sousa e Silva, vice-presidente da FPKI; e os professores shihans Takuo Arai e Tasuke Watanabe, que é também consultor técnico da CBKT.

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Gilberto Gaertner

Antônio Carlos Walger e Daniel Laurindo da Kimonos Yama

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Membros da mesa de honra

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Árbitros que atuaram na competição

Crescimento e incremento na gestão técnica Apesar da crise econômica, João Cruz Erbano, diretor secretário da CBKT, comemorou o pequeno crescimento nas inscrições. “Fazendo uma comparação com o evento de 2014, esta edição apresentou um resultado bastante positivo, já que mesmo com a crise que se instalou no País houve crescimento de 5% nas inscrições desta temporada. Considerando as dificuldades que o governo impôs ao nosso País, acho que obtivemos um resultado extremamente positivo.” Cruz falou sobre as inovações que aceleraram a competição. “Recebemos dez Estados, que inscreveram 428 atletas e, ao todo, 1.224 inscrições foram formalizadas. O mais importante em relação a 2014 é que tivemos um upgrade no sistema de software, que proporcionou grande economia no planejamento e gerou melhor material de apoio para os mesários. Não tivemos nenhum erro no controle de sistema. Este ano houve apenas uma falha de inscrição, e obtivemos 99,9% de acerto. Este único erro ocorreu devido à falta de revisão do responsável pela inscrição. Considero que este tenha sido o ano com a melhor estrutura de planejamento e organização, e devemos este avanço ao desenvolvimento deste novo software.” O dirigente prevê competições mais ágeis, com ajuda dos softwares de gestão. “Este planejamento permitiu a adequação dos recursos físicos e humanos de forma inteligente, e pudemos identificar os gargalos da competição, que foram priorizados e solucionados. Somamos estas informações ao histórico que vínhamos produzindo nos campeonatos e pudemos medir o tempo de cada disputa de forma precisa. Podemos afirmar, por exemplo, que a competição de kata com 30 atletas levaria 90 minutos e com isso obtivemos 95% de probabilidade de acertar a duração de cada competição. Na parte da manhã houve um ganho de produtividade de 15 minutos. Se produzirmos registros corretos, futuramente poderemos calcular o tempo de todos os eventos, mas para atingirmos este

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objetivo os envolvidos têm de fazer a sua parte no momento de inscrever os atletas.” Antônio Carlos Walger lamentou a perda de inscritos pelo momento difícil do País. “Tínhamos um número muito maior de atletas inscritos, mas muita gente foi desistindo por que muitos prefeitos na última hora descumpriram o que havia sido acordado e cancelaram o fornecimento de transporte para os atletas e seus familiares. A crise já chegou às prefeituras e agora está atingindo o esporte. Neste momento, o que pode reverter este quadro é a interferência do empresariado, ou seja, da iniciativa privada, e foi exatamente isso que viabilizou a realização desta competição. As empresas Sanepar, Embrasil Serviços de Segurança e Ecco Salva Emergências Médicas apoiaram e viabilizaram a realização desta competição, assim como a Pontifícia Universidade Católica do Paraná, que mais uma vez nos ofereceu esta estrutura excelente a um custo muito baixo.” Para Gilberto Gaertner, presidente da CBKT, o certame apresentou extrema qualidade. “A realização de eventos nas dependências da PUCPR ajuda muito em toda a logística montada para os nossos torneios. As instalações são excelentes tanto para os atletas quanto para a assistência. Apesar de estarmos vivendo um ano de acentuadas dificuldades no campo econômico, fizemos uma competição com muita qualidade, e no tocante às inscrições o evento manteve a curva de crescimento. Menor que no ano anterior, mas o número de participantes foi 5% maior que em 2014.” O dirigente nacional falou sobre os eventos do segundo semestre. “Em nível internacional teremos um evento histórico, o 1º Mundial Unificado, na Eslovênia, entre os dias 12 e 18 de outubro. Em nível nacional teremos a Copa Nordeste entre 25 e 27 de setembro, em Fortaleza, e o Brasileiro Adulto, de 27a 29 de novembro, em Curitiba. Vivemos um momento de reequilíbrio em nível internacional, e isso repercute diretamente nos países filiados, mas no Brasil felizmente o grupo remanescente está coeso e muito otimista”, comemorou Gaertner.

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Lorena Lima da Costa e Petterson Lozinski de Moraes

Lorena Lima da Costa

Thaís Koval

Fillipe Salvaterra Ribeiro

Ana Carolina de Souza

Sérgio Bastos entrega Homenagem da CBKT à João Cruz

Calendário complementar de 2015 Data

Local

Evento

12 a 18 de Outubro

Koper - Eslovênia

1º Campeonato Mundial Unificado

25 a 27 de Setembro

Fortaleza - CE

Copa Norte Nordeste

27 a 29 de Novembro

Curitiba - PR

Brasileiro Adulto

Informamos que outros eventos utilizando o nome do Karatê Tradicional não são oficiais da nossa entidade nem da ITKF, portanto, não nos responsabilizamos pelos mesmos. Informações e contato Fone (41) 3027-7007 / secretaria@cbkt.org / cbkt@cbkt.org

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C ampeonato Brasileiro de Karatê-dô Tradicional Infanto-Juvenil Mato Grosso mantém a pegada e fica em primeiro lugar Mais uma vez o Estado de Mato Grosso foi campeão geral e ratificou sua supremacia no karatê-dô tradicional. Mesmo com a ausência da Academia Shotokan, de Cuiabá, o karatê da Região Centro-Oeste mostrou sua força e que está arraigado na cultura do Estado. O Paraná obteve um grande resultado ficando em segundo lugar, enquanto São Paulo ficou em terceiro. A forte equipe da Bahia ocupou a quarta colocação e o Maranhão conquistou o quinto lugar. Com exceção dos Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro que não foram a Curitiba com equipes expressivas, o resultado geral premiou mais uma vez os Estados que alavancam o Karatê-dô Tradicional no Brasil.

Destaques na competição

Dra. Bruna Erbano fazendo atendimento

O pódio dos Estados finalistas

Parte das equipes do Matogrosso e São Paulo

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Ana Carolina de Souza, da Associação União da Força (MT), foi campeã juvenil do kumitê individual, prata no embu feminino e no kata equipe. Aluna da sensei Arlene Amarante, tem no guiaku-zuki seu tokui-waza. Para conquistar as medalhas nas quatro modalidades, Ana teve de participar de 35 disputas. “Também competi no fuku-go individual, mas não medalhei. Participo das competições nacionais desde 2008, quando tinha 7 anos, e meu melhor resultado foi em 2013, em Fortaleza (CE). No próximo ano subo para o adulto, mas ainda não me sinto preparada para esta classe. Vou dedicar-me mais aos treinos para poder encarar a mudança.” Lorena Lima da Costa conquistou cinco medalhas na competição: ouro no embu misto, ouro no fuku-go, bronze no kata equipe, prata no kata individual e bronze no kumitê individual. A atleta juvenil do Grêmio Recreativo Barueri tem no giako-zuki seu tokui-waza. “Meus técnicos são Rodrigo Alves e Andrey Marques, e esta

As gêmeas mesárias Camila e Aline Santiago Luz

é minha terceira participação em brasileiros, no qual obtive o melhor resultado nacional.” Outro destaque na competição foi a paranaense Thaís Koval, da Academia Caminho Livre de Karatê, do sensei Borges, em Apucarana. Com quatro medalhas, Thais foi um dos destaques do juvenil. “Obtive um ouro no kata equipe, bronze kata individual, bronze em fuku-go e bronze no embu misto. A competição foi muito bem organizada e o nível técnico, excelente. Apesar das quatro medalhas, eu não atingi os objetivos traçados, mas no ano que vem vou treinar um pouco mais e buscar o resultado.” Um dos grandes destaques da competição foi Fillipe Salvaterra Ribeiro, do Zanca Dojô, de Cuiabá, que conquistou cinco ouros. Aluno do sensei Zanca, o karateca tem no mae-gueri sua técnica preferida e explicou como alcançou este feito. “Os cinco ouros foram no kata equipe, kata individual, kumitê individual, kumitê equipe e fuku-go. Foi um resultado muito melhor do que eu havia previsto porque encontrei dificuldades para treinar este ano, devido à mudança de cidade pela faculdade. Onde moro não há professor de karatê tradicional e tive de treinar sozinho. Foi difícil e enfrentei alguns problemas, mas quando podia ia a Cuiabá para treinar com a seleção, e graças a Deus foi o suficiente.” Peterson Aparecido Lozinski de Moraes, que defende o Grêmio Recreativo Barueri e é aluno do sensei Rui Koik, faturou quatro medalhas no juvenil. “Meu golpe preferido é o giako-zuki e conquistei um ouro no embu misto, bronze no kumitê equipe, prata no embu masculino e prata no kata equipe. Minha meta é evoluir tecnicamente e conquistar o paulista, que é a próxima competição.” Rafael Kendy Kimura, da Associação de Karatê Oriental de Arapongas (PR), estreou em competições nacionais conquistando um ouro no kata individual. Rafael está na faixa laranja 12/13 anos e é aluno do sensei Rogério. “Meu kata preferido é o heian-nidan e foi uma experiência muito boa. Pude competir com várias pessoas de todo o País, e fiz umas oito demonstrações de kata. Estou treinando bastante para meu próximo exame para faixa verde.” www.revistabudo.com.br


Classificação individual e equipe Enbu Fem. 14-17 anos 1º PR - Gabriela Fernandes e Jennifer Ribeiro 2º MT - Mariana Paiter e Ana Carolina Carmo 3º SP - Gabriela Souza e Victória Sales Cruz

Kata Ind. Fem. 12-13 anos 1º Gabriela Maria Fernandes - AKCL PR 2º Larissa Rodrigues da Mota – AKCL PR 3º Taina Vasconcelos – URUMAKAN DF

Enbu Mas. 14-17 anos 1º MT - Nalberth Amorim e Vitor G. Zanca 2º SP - Petterson Lozinski e Douglas H. Silva 3º BA - Lorenzo Costa e Diogo Sousa Jesus

Kata Ind. Fem. ano 10-11 anos 1º Maria Eduarda Ribeiro - UNIÃO MT 2º Emily Kaylane Silva - DRAKON - BA 3º Ana Vitoria Vieira – AKCL - PR

Enbu Misto 14-17 anos 1º SP - Lorena Costa e Petterson Lozinski 2º MT - Jaine do Carmo e Victor do Carmo 3º BA - Lorenzo Santana e Karla Saraiva

Kata Ind. Fem. 08-09 anos 1º Brenda G. Sacon - CENTROEST PR 2º Ana Clara Finatto - CENTROEST PR 3º Camilla Hasegawa - CENTROEST PR

Kata Equipe Fem. 16-17 anos 1º PR Jennifer Peres, Thais Koval e Larisiane Souza 2º BA Iana Silva Santos, Ilana Santos e Karla Saraiva 3º SP Lorena Costa, Victória Sales e Gabriela Souza

Kata Ind. Mas. 14-15 anos 1º André A. Kakuno - BODHIDHAR PR 2º Bruno Nogueira - SHOBUKAN RS 3º Thiago Moura – JINSEIKAN BA

Kata Equipe Fem. 14-15 anos 1º MT Letícia Souza, Jaine Carmo e Naiwmy Shimisu 2º PR Amanda Barbosa, Gisele Estevo e Larissa Rodrigues 3º SC Bruna Sarmento, Mirian de Quadros e Yasmin Soares

Kata Ind. Mas. 16-17 anos 1º Filipe Salvaterra Ribeiro - ZANCA MT 2º Nalberth Luiz Amarante - UNIÃO MT 3º Douglas Henrique Silva - BARUERI SP

Kumitê Ind. Fem. 2004-2005 1º Maria Fernanda Silva - DRAKON BA 2º Maria Laura Puretz - CENTROEST PR 3º Emily Kaylane Silva - DRAKON BA 3º Milena Hartmann - RENSHUKAN RS

Kata Equipe Fem. 12-13 anos 1º MT Naiany Martins, Daniela Arruda e Melissa Zanca 2º BA Alexia Pitanga, Hevenlly Moura e Vanessa Batista 3º PR Gabriela Fernandes, Larissa Mota e Maria Calsavarra

Kata Ind. Mas. 12-13 anos 1º Rafael Kendy Kimura - ORIENTAL PR 2º Rodolfo Freire - LEMBUKAN SP 3º Murilo Allebrandt - TAERUKAN PR

Kumitê Ind. Fem. 2006-2007 1º Brenda G. Sacon - CENTROEST PR 2º Giovanna Magdal - TAERUKAN PR

Kata Equipe Fem. até 11 anos 1º MT Ágata Silva, Maria Aguiar e Laura Torrezan

Kata Ind. Mas. 10-11 anos 1º Pedro Turquino - SHOGUN BA 2º Gabriel Soares Silvério - SOUZA PR 3º Aidan P. Miranda - SHOBUKAN RS

Kata Equipe Mas. 16-17 anos 1º MT Filipe Ribeiro, Victor Carmo e Nalberth Amarante 2º SP Petterson Lozinski, Piasky Simões e Douglas Silva 3º BA Bruno Vasconcelos, Thiago Pereira e Vitor Moura Kata Equipe Mas. ano 14-15 anos 1º BA Diogo Sousa, Lorenzo Costa e Thales Almeida 2º MT Gabriel Cruz, Vinícius Albuês e Vitor Santos 3º PR André Kakuno, João Taporoski e João Taporoski

Kata Ind. Mas. 08-09 anos 1º Gabriel Fortes - UNIÃO MT 2º Rafael Takemoto - CENTROEST PR 3º Gabriel de Medeiros - ASTRISSI MT Kata Ind. Mas. até 07 anos 1º Reneé Butaca da Costa - ZANCA MT

Kata Equipe Mas. 12-13 anos 1º MT Nicolas Martins, Igor Cruz e João Souza 2º SP Rodolfo Freire, Thomas. Gordon e Lucas Quadros 3º BA Matheus Moura, Wened Silva e Cesar Santos

Fukugo Ind. Fem. 1998-1999 1º Lorena Lima – BARUERI SP 2º Amanda Soares – TAERUKAN PR 3º Thais Koval - AKCL PR

Kata Equipe Mas. até 11 anos 1º MT Lucas Silva, Luiz Hissachi e Nicholas Henry Taborelli 2º PR Álvaro Cabral, Kirill Larkin e Matheus Rodrigues 3º RS Aidan de Miranda, Guilherme Tessaro e João Bortoli

Fukugo Ind. Mas. 1998-1999 1º Filipe Salvaterra - ZANCA MT 2º Nalberth L. Amarante - UNIÃO MT 3º Victor Matheus Carmo - UNIÃO MT 3º Samuel Siqueira - HAGAKURE PR

Kata Ind. Fem. 16-17 anos 1º Larisiane Souza – AKCL PR 2º Lorena Lima da – BARUERI SP 3º Thais Koval – AKCL PR Kata Ind. Fem. 14-15 anos 1º Mariana Paiter – ASTRISSI MT 2º Patricia Kurita - HAGAKURE PR 3º Aline T. Brol – BODHIDHARMA PR

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Kumitê Equipe Mas. 1998-1999 1º MT - Nalberth Amarante, Victor do Carmo, Filipe Ribeiro e Vitor Zanca 2º PR - João Marques, Pablo Pertanela, Gabriel Ferrarine e Daniel Carollo 3º MA - Antonio Oliveira, Matheus Dourado e Victor Alves 3º SP - Rafael Barbosa, Douglas Silva, Petterson Lozinski e Piasky Simões

Kumitê Ind. Fem. 1998-1999 1º Ana Carolina de Souza - UNIÃO MT 2º Jeanne Gabriely Santos - ZANCA MT 3º Lorena Lima da Costa - BARUERI SP 3º Jennifer Gabriely Peres - AKCL PR Kumitê Ind. Fem. 2000-2001 1º Jaine do Carmo - UNIÃO MT 2º Iana Silva Santos - DRAKON BA 3º Caroline Castro - CENTROEST PR 3º Larissa Andrade - JARDIMALE PR Kumitê Ind. Fem. 2002-2003 1º Gabriela Maria Fernandes - AKCL PR 2º Melissa Maria Zanca - ZANCA MT 3º Naiwmy Silva Shimisu - UNIÃO MT 3º Daniela Silva de Arruda - UNIÃO MT

Kumitê Ind. Mas. 1998-1999 1º Filipe Salvaterra Ribeiro - ZANCA MT 2º Victor Matheus do Carmo - UNIÃO MT 3º Nalberth Luiz Amarante - UNIÃO MT 3º Rafael Gameiro Barbosa - SIMÕES SP Kumitê Ind. Mas. 2000-2001 1º Gabriel Monte Cruz - UNIÃO MT 2º Thales H. Almeida - SHOGUN BA 3º Pedro Mateus Silva - JARDIMALE PR 3º Vitor Hugo Moura - SHOGUN BA Kumitê Ind. Mas. 2002-2003 1º Vitor Hugo Santos - ASTRISSI MT 2º Rodolfo Freire - LEMBUKAN SP 3º Gabriel José Santos - ICHIBAN PR 3º Nicolas F. Neves - ASTRISSI MT Kumitê Ind. Mas. 2004-2005 1º Igor Milani Falconery - UNIÃO MT 2º Luiz Henrique Hissachi - UNIÃO MT 3º Lucas Vinícius do Carmo - UNIÃO MT 3º Pedro Santos de Assis- DRAKON BA Kumitê Ind. Mas. 2006-2007 1º Rafael Joz Tito - RENSHUKAN RS 2º Hugo Victor Martins - MARANHENS MA 3º Rafael S. Takemoto - CENTROEST PR 3º Nicholas Henry Taborelli - ZANCA MT Kumitê Ind. Mas. 2007 Acima 1º Reneé Butaca da Costa - ZANCA MT

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C ampeonato Paulista de Menores – FESPT

Taekwondo define seleção paulista menores

A

Competição que definiu o time paulista para o campeonato brasileiro mostra o bom momento do taekwondo em todo o Estado de São Paulo.

Federação do Estado de São Paulo de Taekwondo (FESPT) realizou dia 20 de junho o Campeonato Paulista Menores, envolvendo as classes infantil, cadete, júnior e sub 21. Com apoio da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de São José dos Campos, o certame realizou-se no ginásio de esportes do Tênis Clube da cidade. Organizado pelo mestre Daniel Melo e pela Liga Vale-Paraibana de Artes Marciais, o evento classificatório para o campeonato brasileiro das classes menores contou com disputas de poom-

sae e kyorugi nos naipes masculino e feminino. Além de definir os atletas que defenderiam São Paulo no certame nacional, o Campeonato Paulista Menores 2015 teve como campeã a Liga Vale-Paraibana de Taekwondo. A vice-campeã foi a SEEST de São Caetano do Sul, enquanto a Associação Rodney Santos, do Guarujá, ficou em terceiro lugar. Ricardo Ogata, coordenador de arbitragem da FESPT, convocou 14 árbitros para atuarem no evento: Alex Vinicius Marques, Amanda Carolina Ferreira, Amanda dos Santos Moura, Antônio POR

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Marcos de Miranda, Francisco Nunes de Oliveira, Lucas Henrique Oliveira Fernandes, Lucimara dos Santos Maciel, Marcos Vinícius Dias dos Santos, Mário Sérgio Cruz, Mayra Luciana Ishibashi, Rafael Silva Miranda, Ricardo Massato Ogata, Rosângela Cristina de Assis e Thanara Maria Machado. A seleção paulista que representou São Paulo no campeonato brasileiro teve sua comissão técnica formada pelos seguintes professores: Rodney Saraiva,

paulo Pinto I Fotos Budopress

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Professor Givaldo Gomes

delegado da seleção paulista; Reginaldo Santos e Clayton Santos, técnicos; Weleder Lourenço e Sander Borba, auxiliares técnicos; Renata Carvalho, Andressa Coelho, Geraldo Siqueira, Júnior Sousa, Cláudio Higuchi, Anderson e Antônio Marcos, técnicos auxiliares. A competição tornou-se um marco na área técnica, já que pela primeira vez o capacete eletrônico foi utilizado oficialmente no Estado de São Paulo. Esta experiência foi avaliada por Ricardo Ogata, coordenador de arbitragem da FESPT. “O capacete eletrônico será utilizado nas Olimpíadas Rio 2016 e nossa proposta é fazer com que a arbitragem e os atletas estejam totalmente adaptados ao seu uso. Na prática sua utilização diminui o peso e a reponsabilidade da arbitragem nos combates, oferecendo maior tranquilidade aos competidores, que passam agora e preocupar-se apenas com seu desempenho. As interrupções nos combates diminuem cerca de 70%, e a aplicabilidade desse equipamento foi comprovada pela WTF como 100% confiável.” Mestre Daniel Melo, presidente da Liga Vale-Paraibana de Artes Marciais, avaliou a competição positivamente. “Conseguimos adequar as competições e atender a todo mundo, organizando dois eventos simultaneamente: o Campeonato Paulista de Menores e o Circuito Joseense de Taekwondo. Recebemos cerca de 800 atletas e 2 mil espectadores. Vários lutadores apresentaram alto nível técnico e temos certeza de que o Estado de São Paulo será muito bem representado no campeonato brasileiro.” O dirigente joseense falou sobre o desenvolvimento da modalidade em todo o Vale do Paraíba. “Felizmente hoje fazemos um grande trabalho na base de nossa modalidade em São José e em todo o Vale. Esta ação é possível graças ao apoio do governo municipal que, por meio do prefeito Carlinhos de Almeida e do vereador Valdir Alvarenga, apoiam nossas principais iniciativas. Tradicionalmente o Vale revela grandes atletas para nossa modalidade, e a Júlia Vasconcelos é uma prova da consistência do nosso trabalho. Temos hoje mais de 100 professores formados e mais de 15 mil praticantes na região, e tudo isso é reflexo do bom momento que o taekwondo vive em nosso Estado e no Brasil.” www.revistabudo.com.br

Ricardo Ogata

Mestres Flávio Bang e Daniel Melo

ATLETAS ClassificaDOS Infantil Feminino 32kg - Ana Julia Almeida 34kg - Rafaela Bertoni + 52kg - Cauane Gonçalves Cadete Feminino 41kg - Nicole Maciel 44kg - Ellen Bitencourt 47kg - Daniele C. Bispo 51kg - Sandy Macedo 55kg - Nathalia Guimarães 59kg - Laura H. Castilho Junior Feminino 42kg - Isabela Leitão 44kg - Danielle de Oliveira 46kg - Juliana Santana 49kg - Beatriz Palma 52kg - Ysslam Hammoud 55kg - Stephanie Forcin 59kg - Steffany Siqueira 63kg - Larissa Pirola 68kg - Milena Guimarães Sub 21 Feminino 46kg - Letícia Oliveira 49kg - Carolina Bezerra 53kg - Nathalia Dinis 57kg - Juliana Moreira 62kg - Navia Tanaka 67kg - Milena Guimarães 73kg - Júlia G. Oliveira +73kg - Gabriele Siqueira Infantil Masculino 30kg - Enzo Paludo 32kg - Matheus Bartholo

34kg - Rodrigo Guarani 36kg - Luis Henrique Gois 39kg - Rafael Y. Higuchi 42kg - Ivan Victor Ferrari 48kg - Guilherme Rodrigues 52kg - Pedro de Almeida Cadete Masculino 33kg - Kallyl Bertolino 37kg - Victor K. Ichihara 41kg - Pedro Eduardo Mota 45kg - Lucas Machado 49kg - Luiz H. Pelegrim 53kg - Isaias Almeida 57kg - Gabriel Ramos 61kg - Ítalo M. Fernandes +65kg – Gabriel Cerqueira Junior Masculino 45kg - Carlos M. Bezerra 51kg - Luis Lantigua Diaz 55kg - Luís Felipe Ramos 59kg - Guilherme Ronqui 63kg - Matheus Oliveira 68kg - Pablo H. Bearari 73kg - Caio V. Teixeira 78kg - Guilherme Marques +78kg - Leandro Ferreira Sub 21 Masculino 54kg - Vinicius Pecorari 58kg - Leonardo Vieira 63kg - William Ribeiro 68kg -Sérgio Rissa Jr. 74kg - Marcos V. Dantas 87kg - Edson Dias Souza +87kg - Daniel Alves

Flávio Bang, secretário geral da FESPT, analisou o momento da modalidade. “Vivemos um excelente momento e nossa organização experimenta grande crescimento. O número de entidades que se associam à FESPT é surpreendente e acreditamos que isso aconteça devido às políticas que desenvolvemos. Acima de tudo buscamos a união e o crescimento mútuo de todos. Entendemos que, se nossos filiados forem frágeis, nossa gestão consequentemente será frágil. Buscamos atender aos interesses comuns e não apenas aos de um pequeno grupo, e com isso o taekwondo está muito mais forte em São Paulo.” Para o dirigente paulista o taekwondo se emancipou politicamente e foca agora maior desenvolvimento técnico. “Existe uma nova geração na gestão da modalidade nos níveis estadual e nacional. A atual diretoria da CBTKD democratizou a gestão, e a participação dos Estados é cada vez maior. Agora cada um tem de fazer a sua parte, buscando maior espaço para o taekwondo no cenário esportivo nacional.” Na avaliação do professor Givaldo Gomes, faixa preta 6º dan e delegado de São Paulo nas competições nacionais, a seletiva formou uma equipe que deverá conquistar numerosos títulos em Londrina. “O resultado prático dessa competição foi excelente e temos certeza de que estamos levando ao Paraná um time altamente competitivo. A participação maciça das escolas do nosso Estado resultou numa seleção de altíssimo nível.” Para o professor da Academia Central Team, de Mauá, o taekwondo paulista está em franca ascensão. “Vivemos hoje em clima de harmonia e união. Todos buscam o interesse comum, sem preteridos ou preferidos. Ninguém usurpa e nem é usurpado de seus direitos, sejam eles na área técnica ou na administrativa. Todos estão satisfeitos porque as promessas são cumpridas e ninguém é deixado de lado. Até os professores que vieram depois perceberam que não existem privilégios de nenhuma ordem para ninguém. Todos são bem-vindos e recebidos democraticamente. Esta coesão gerou um grupo forte, os resultados práticos estão aparecendo nos tatamis e com isso o taekwondo paulista está em franca ascensão.” Revista Budô número 16 / 2015

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literatura - PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO JUDÔ

Paulo Duarte

desvenda os fundamentos

do judô

Para facilitar o trabalho daqueles que, verdadeiramente, se interessam pelo aprendizado da essência do Judô Kodokan, o professor Paulo Duarte compilou em seu livro as principais informações técnicas extraídas dos grandes mestres. POR

ZÉDU SOUZA I Fotos MARCELO KURA

U

m dos maiores formadores de atletas para o judô de alto rendimento do Brasil, Paulo Duarte resume a essência de sua obra. “Neste livro, disseco alguns golpes no modo kihon, cujo intuito é apresentar uma progressão pedagógica que, segundo meu entendimento, deverá proporcionar um desenvolvimento harmonioso na prática do judô. Para tal, ousei modificar a ordem das técnicas do Gokyo, por entender que elas devem ser treinadas obedecendo a uma ordem de dificuldade mais rigorosa.” Como concebeu o livro? Por um bom tempo o judô brasileiro contou com um grande número de professores que, infelizmente, não se encontram mais entre nós. Com eles aprendemos o judô em toda a sua essência. A filosofia, a doutrina e a técnica nos eram ensinadas com tamanha competência que o nível de conhecimentos adquiridos pelos judocas brasileiros era sempre enaltecido pelas comissões japonesas que periodicamente visitavam nosso país. Numa tentativa de retransmitir esses preciosos ensinamentos é que resolvi escrever este livro. Por que escrever um livro falando sobre a progressão pedagógica do judô? Todo ensinamento que se propõe científico precisa

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obedecer a uma progressão pedagógica como forma de facilitar o entendimento daqueles que procuram conhecimento. Com o judô não é diferente. Quando o Gokyo foi elaborado, as necessidades do mundo do judô eram outras, porquanto a sua prática não havia atingido a dimensão que hoje constatamos. Nos dias atuais, a maior parte do público praticante é composta por crianças, e elas se encontram no início de seus processos cognitivos e físicos. As crianças têm muitas dificuldades no tocante às técnicas aplicadas em um só apoio – o-soto-gari, harai-goshi, uchi-mata e outros. O o-soto-gari, por exemplo, é uma das técnicas mais difíceis de serem aplicadas, no entanto, é a primeira a ser ensinada no judô. Não obstante, as crianças quando a aplicam procuram encostar o pé no chão, em busca do segundo apoio. Uma revisão do Gokyo para estabelecer uma nova ordem em que os golpes sejam classificados de acordo com o grau de complexidade exigido em sua execução se faz necessária. Em linhas gerais, do que trata o livro? A proposta é mostrar o quanto é importante desenvolver os fundamentos para que os judocas percebam que sem eles torna-se muito difícil atingir um alto nível de prática. A indulgência no exercício dos fundamentos compromete todo o desenvolvimento. O uchi-komi e o nage-ai devem ser praticados, exaustivamente, tendo somente os movimentos (kihon) como www.revistabudo.com.br


mais bem fundamentado nos princípios básicos que regem sua postura, seus deslocamentos e sua pegada, mais eficiente vai tornar-se em seu desempenho. Você tem algum novo projeto editorial em andamento? Sim. Tenho me dedicado muito a apreciar os artigos que compilei ao longo da minha carreira, concernentes às experiências de professores, atletas e dirigentes, que hoje servem de material de estudo para registrar o que foi feito em determinada época. Minhas atenções, agora, estão voltadas para a internacionalização que a nova geração vem vivenciando e suas importantes contribuições para o crescimento do judô brasileiro como um todo.

objetivo. Mesmo os atletas que já possuam suas especialidades técnicas (tokui -waza) devem durante a prática do uchi -komi e do nage-ai valer-se do movimento kihon. O livro enfatiza a importância dos Princípios Metodológicos para corroborar o pensamento dos grandes mestres, que são unânimes em afirmar que sem uma base técnica muito bem fundamentada o crescimento técnico sofre grandes danos. A qual público se destina sua obra? Professores ou praticantes? Ambos. A obra é importante para aquele que vai ministrar o conhecimento, assim como para quem vai utilizá-lo em suas experiências. O professor é sempre desafiado no seu dia a dia diante das situações-problema que exigem o conhecimento dos fundamentos para que os ajustes técnicos sejam feitos. O atleta, por sua vez, quanto www.revistabudo.com.br

Paulo Duarte e Paulo Pinto, diretor da Global Sports Editóra

Paulo Duarte orienta os judocas Wedja e Vaguinho, numa seção de fotos para o livro

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PROJETOS SÓCIO-ESPORTIVOS

Fórum debate lei paulista de incentivo ao esporte

Encontro reuniu gestores públicos e esportistas, que apresentaram sugestões e ideias que poderão estimular o desenvolvimento do desporto paulista. POR

N.T. MATEUS I Fotos MARCELO LOPES

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o primeiro fórum Lei Paulista de Incentivo ao Esporte (LPIE), representantes de entidades de administração esportiva, clubes sociais e prefeituras apresentaram e discutiram sugestões visando a agilizar e melhorar procedimentos básicos, desde a inscrição dos projetos até a prestação de contas. O encontro realizou-se na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado, dia 28

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de julho, e foi conduzido por Lívia Galdino, secretária adjunta de Esporte e presidente da Comissão de Análise e Aprovação de Projetos, e demais membros da CAAP. De forma transparente e democrática, os 150 participantes puderam apresentar suas dúvidas e sugestões relativas à gestão em 2016, enquanto os dirigentes mostraram suas propostas e conduziram os debates em linguagem simples e clara.

Lívia Gaudino é natural do Rio de Janeiro, mestre em Tecnologias de Processos, atuando na gestão de entidades do terceiro setor.

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Lei paulista de incentivo A busca de fontes de receita para tocar projetos esportivos tem sido continuamente facilitada pela edição de leis de incentivo que proporcionam recursos do governo para esse fim. O estímulo fiscal ao esporte é uma realidade e representa ótima oportunidade para as entidades captarem recursos. A lei estadual de incentivo (Decreto 55.636, de 2010) concede crédito outorgado correspondente ao valor do ICMS destinado pelos respectivos contribuintes a projetos esportivos credenciados pela Secretaria de Esporte do Estado de São Paulo. Para obter mais esclarecimentos sobre as possibilidades oferecidas pela LPIE, a revista Budô entrevistou Lívia Gaudino, que detalhou as possibilidades de financiamento de projetos esportivos com recursos públicos. O que é a LPIE? E uma lei que permite ao governo estadual praticar renúncia fiscal de uma parte do ICMS para incentivar projetos esportivos. Como ela funciona? Entre os meses de setembro a dezembro de 2015, os interessados poderão apresentar seus projetos, utilizando um modelo disponível no site da SELJ. Após a entrada dos pedidos, acompanhados dos documentos necessários, o projeto passa por uma analise documental e outra técnica. Se for considerado exequível, segue para uma análise conclusiva na Comissão de Análise e Aprovação de Projetos (CAAP), que dará o resultado final. Uma vez aprovado o projeto, a entidade www.revistabudo.com.br

recebe o Certificado de Incentivo ao Desporto (CID), que a autoriza a buscar as empresas que destinarão parte do ICMS para o incentivo do esporte.

Ampliando o acesso à informação, pois entendemos que com isso forneceremos ferramentas para as instituições se organizarem.

Quais instituições podem ser beneficiadas? Instituições do terceiro setor, como associações, clubes, entidades de administração esportiva, e prefeituras. Os projetos de infraestrutura só podem ser apresentados por prefeituras ou órgãos governamentais. As entidades têm de estar funcionando há pelo menos três anos.

Quem pode contribuir com a LPIE? Somente pessoa jurídica e o limite para contribuição é de 60.901 Ufesps (R$ 1,2 milhão, aproximadamente). O universo de doadores é o dos contribuintes do ICMS, tributo do qual serão gerados os créditos outorgados pela lei estadual.

Como obter informações completas sobre a LPIE? Pelo site www.selj.sp.gov.br ou pelo telefone 11 3241-0092. De que forma a SELJ pretende desenvolver ações no sentido de ampliar o acesso à LPIE? Estamos desenvolvendo um sistema de cadastro de projetos que ampliará o acesso e acompanhamento do processo pela entidade. Nele os interessados encontrarão um passo a passo para facilitar o preenchimento do formulário. Oportunamente divulgaremos cursos e palestras que faremos em todo o Estado para proponentes e empresas. Atendendo à proposta do secretário Jean Madeira, pensamos levar a secretaria de forma itinerante para todas as regiões do Estado de São Paulo. No passado, poucos se beneficiavam. De que forma pretendem democratizar o acesso à LPIE?

Cada proponente pode apresentar mais de um projeto? Sim, até três projetos para análise, até o limite de 609.010 Ufesps (cerca de R$ 1,2 milhão). Quais devem ser os objetivos dos projetos? Os projetos devem ter como alvo as áreas de formação esportiva e de rendimento, esporte de participação. São beneficiados ainda projetos das áreas de gestão e desenvolvimento esportivo e de infraestrutura, estes voltados para a construção e reforma de instalações, desde que situadas em espaços públicos. Qual é a contrapartida das empresas apoiadoras? Além de toda a contribuição social, a empresa se beneficiará com a divulgação de sua marca gratuitamente, pois quem fará a renúncia fiscal é o governo do Estado. Existe uma pesquisa que mostra claramente que as marcas associadas ao esporte têm melhor aceitação no mercado. Revista Budô número 16 / 2015

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Paulista máster e de kata

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supera expectativas Refutando e contrariando o momento delicado que a economia brasileira atravessa, esta edição do Campeonato Paulista de Judô Grand Master e de Kata obteve novo recorde de atletas inscritos e projetou a competição a um patamar anda mais elevado no calendário de eventos da FPJ

A

POR

PAULO PINTO I Fotos BUDoPRESS

Federação Paulista de Judô realizou no dia 20 de junho a edição de 2015 do Campeonato Paulista Máster e de Kata, com apoio da 15ª DRJ e do Floresta Atlético Clube. O ginásio do clube de Amparo, como de hábito, foi o palco da competição que reuniu os melhores judocas do Estado nas classes máster e kata. Superando todos os prognósticos e expectativas, esta edição manteve a já tradicional tendência de crescimento do judô grand master. Os 329 judocas inscritos na disputa de shiai comprovam tudo aquilo que escrevemos nos últimos anos a respeito da classe, pois grandes nomes do sênior migraram para esta categoria, trazendo muita qualidade técnica e a transformando rapidamente numa classe extremamente técnica e competitiva. No kata foram inscritas 117 duplas, sendo 49 no nage-no-kata, 27 no katame-no-kata, 31 no ju-no-kata, cinco no kime-no-kata e cinco no kodokan-goshin-jutsu. Com isso o número de atletas inscritos nas disputas de shiai e kata totalizou 563. O certame começou com a disputa de kata, que a cada ano atrai maior número de judocas com baixa idade e graduação, evidenciando o interesse crescente por esta forma de disputa.

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C AMPEONATO PAULISTA MÁSTER E DE KATA A prova de kata encerrou-se por volta do meio-dia, e a diretoria técnica da FPJ interrompeu a competição para dar início à cerimônia de abertura. O protocolo reuniu autoridades esportivas de todo o Estado, entre as quais Ademir Nora, presidente do Clube Floresta; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Edison Koshi Minakawa, diretor de arbitragem da FPJ; Joji Kimura, diretor técnico da FPJ; Luís Alberto dos Santos, diretor de cursos da FPJ; José Jantália, vice-presidente da FPJ e cerimonialista do evento; Fábio Nora, professor anfitrião; e os delegados regionais Celso de Almeida Leite, Júlio Jacopi, Sidney Paris e Márcio André, representante da 2ª DRJ. A competição contou com a presença e a participação importante de vários professores kodanshas, já que grande parte deles atuou na banca examinadora dos katas. Entre eles estavam Michiharu Sogabe, Dante Kanayama, Alessandro Puglia, Belmiro Boaventura da Silva, Orlando Sator Hirakawa, Edison Koshi Minakawa, Luís Alberto dos Santos, Nélson Onmura, Sidney Paris, Rubens Pereira, Antônio Honorato de Jesus, Mercival Daminelli, Milton Ribeiro Correa, Milton Trajano da Silva, Jiro Aoyama, Yoshiyuki Shimotsu, Rodrigo Mota, Alcides Camargo, Rioti Uchida e Leandro Alves Pereira. Em seu discurso de abertura o professor Admir Nora deu boas-vindas aos participantes desta edição do certame. “É com enorme satisfação que mais uma vez estamos sediando o Campeonato Paulista Máster e de Kata. Este evento faz parte do calendário anual do Floresta Atlético Clube e do município de Amparo. Todos vocês são muito bem-vindos a nossa cidade e desejo a todos uma excelente competição.” Alessandro Puglia destacou o comprometimento do professor Ademir Nora e sua colaboração na gestão da 15ª DRJ Grande Campinas. “Quero iniciar fazendo uma pequena homenagem ao professor

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Ademir Nora. Há anos Amparo sedia o paulista máster, mas o envolvimento do sensei Nora extrapola a realização dessa competição. Seja nos eventos desta delegacia, seja nos eventos da FPJ, o professor Nora nunca está de braços cruzados. Ele chama a responsabilidade para si, e sempre está inserido na realização dos nossos eventos. Em nome de toda a diretoria técnica da FPJ quero registrar o nosso agradecimento por sua colaboração.” O dirigente paulista finalizou prometendo a criação de um evento máster no segundo semestre. “Quero parabeniza -los por terem gerado novo recorde nas inscrições desta competição. O número de participantes aumentou significativamente e com isso superamos todas as marcas atingidas nas edições anteriores. Houve um crescimento enorme e isso nos estimula a trabalhar mais pela classe de vocês. Lembro que no passado desenvolvemos um trabalho pioneiro no kata, e antes mesmo que a Confederação Brasileira de Judô pensasse em promover eventos dessa classe nós já organizávamos disputas de kata. Foi pensando nesse pioneirismo que decidimos continuar investindo no judô máster e no kata, e acordamos realizar no segundo semestre o primeiro campeonato veteranos e de kata open. A competição será aberta para todo o Brasil e estamos no aguardo de sugestões e ideias sobre o formato deste novo evento. Queremos sortear passagens para o campeonato mundial máster que este ano se realizará em Amsterdã, na Holanda. Ainda não sabemos como isso será feito, mas encontraremos uma forma democrática para levar isso a cabo”, prometeu o dirigente. No encerramento da cerimônia de abertura, a professora Rosângela de Oliveira, a Índia, foi homenageada por seu aniversário, pelos relevantes serviços prestados ao judô paulista e pelos imporRevista Budô número 16 / 2015

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Associação

Urumakan

de Lutas Marciais Fundada em 1971

Shihan Jackson da Silva

Pioneiro do karatê-dô tradicional no DF Criador do Kodomô (Sistema pedagógico de karatê infantil)

8º Dan - Karatê Tradicional 4º Dan – Karatê Shorin-ryu

Sensei Jackie Rambell Sho-dan

SCLN 116 Bloco C Lojas 53/65 – Asa Norte Brasília – DF

Telefone: ( 61) 3373-2552 e-mail: jackyenrambel@gmail.com

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Classificação individual DO SHIAI Masculino Máster 1 Ligeiro 1º Carlos E. Silvestre - SEMEL F. Morato 2º Willian Matias - Associação Limeirense 3º Rodrigo E. de Carvalho - Assoc. Fênix 3º Argeu H. Cardoso - C. A. Bioleve Meio-leve 1º Adalberto Figueiredo - Assoc. Sekai 2º Wellington Machado – Acad. Calasans 3º Alexandre D. Nobrega - C. A. Taboão Leve 1º Adriano Lima - Osasco/Yanaguimori 2º Filipe L. Vergara - Projeto C. Campeões 3º Luís F. Carvalho - Sayão Futebol Clube 3º Marcelo Magalhaes - UNIMES Meio-médio 1º Lucas A. Borges - Rio Preto A. C. 2º Lucas Miquiniotti - Biriquí Perola C. 3º Pedro Moraes - Grêmio Barueri 3º Ivan Ferreira - Grêmio Cubatão Médio 1º Seyji Alex Shiroma - Assoc. Shiroma 2º Renato Yoshio Kimura - Clube Mogi 3º Oberdan Alves - Mogi Guaçu 3º Nilson Ferreira - Projeto Pelicano Meio-pesado 1º Rogério dos Santos - Associação Mauá 2º Manoel Santos - Associação Shiroma 3º Rafael Facanali - Associação Shiroma 3º Vinicius Grassi - Judô na Faixa Pesado 1º Kleber Soares - Assoc. Campineira 2º Nicolas D. Pinheiro - UNIMES 3º Marcos Freitas - Assoc. Pro Alcance 3º Frederico Melo - Assoc. Indaiatubana Máster 2 Ligeiro 1º Cristian Cezario - Assoc. Moacyr 2º Dener de Andrade - Assoc. Bushido 3º Wagner de Morais - Assoc. Moacyr 3º Jose Luiz Guitte - Projeto Pelicano Meio-leve 1º Rodolfo Zanin - Assoc. Fênix 2º Otto F. Pinho - Assoc. Piquete 3º Alexandro de Freitas - Academia Mura 3º Ederson Ramos - SEDUC - P. Grande Leve 1º Milton Marques - Rio Preto A. C. 2º Ronaldo Rocha - S. C. Corinthians 3º Anderson Luiz Neves - SEMEL S. J. C 3º Rodrigo Braiani - Assoc. Kenshin Meio-médio 1º Danilo T. Pietrucci - Assoc. Divinolândia 2º Leandro A. Goncalves - Assoc. Shiroma 3º Alex Sandro Russo - Sociedade Harmonia 3º Flávio Pradella - Associação Sta. Bárbara Médio 1º Peterson de Mello - Assoc. Itapirense 2º Harlley D. Arruda - S. C. Corinthians 3º Alexandre R. Ambrozim - Assoc. Kassada 3º Tiago A. Leal Leite - Paulista Shoshichi Meio-pesado 1º Eduardo Fortaleza - Sec. Ribeirão Preto 2º Jose A. Barbosa - SEMEL Amparo 3º Leandro Bello - Vila Souza A. C. 3º Wener de Mello - Associação Itapirense Pesado 1º Daniel Hideki Kan – Osasco / Yanaguimori 2º Fábio Oliveira Nora - Floresta Atlético Clube 3º Vinicius F. Cury - Osasco/Yanaguimori 3º Bruno Figlioli - Associação Másters Máster 3 Ligeiro 1º Rubens da Costa - SEMEL Amparo 2º Alexandre A. Nogueira - Assoc. Kenshin Meio-leve 1º Leandro U. Borges - Academia Calasans 2º Francisco I. Chagas - Assoc. Limeirense 3º Anderson N. Mariano - SEMEL S. J. C 3º Alessandro Moreira - Projeto C. Campeões Leve 1º Cesar Rocha - Assoc. Yamazaki 2º Vlamir Ferreira - Judô na Faixa 3º Alessandro Santiago - Grêmio Barueri 3º Marcelo Angelo - Associação Shiroma

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Meio-médio 1º Alexandre Bucchino - Assoc. Messias 2º Fernando Hirakawa - Assoc. Hirakawa 3º Jairo Rodrigues - Academia Shoorikan 3º Carlos Alberto Sato - Assoc. Akatsuki

1º Sérgio Honda - Associação Indaiatubana 2º Luiz C. Moreira - SME - Penápolis

Médio 1º Vagner V. Pereira - Clube Penha 2º Leandro Ferreira - Assoc. Yamazaki 3º Renato Gaspar - S. E. Palmeiras 3º Anderson Santos - Proj. Judô Olímpico

Leve 1º Dairo Pimentel Jr - Assoc. Cohab 2º Reginaldo Melo - SEDUC P. Grande 3º Edson D. Bertolli - Assoc. Moacyr 3º José da Silva – Niitsuma & Andrade

Meio-pesado 1º Alexandre Cervelati - Birigui Perola C. 2º Glauber Diniz - Clube Mogi 3º Adamo Passos - Budokan Peruíbe 3º Ricardo Rassi - Sec. Ribeirão Preto

Meio-médio 1º Araan C. Carvalho - Cult. Artística 2º Antônio M. Naldi - São João/Apaja 3º Carlos Hugo Gaitan - Assoc. Messias 3º Paulo Ferreira - S. E. Palmeiras

Pesado 1º Elton Fiebig - Rio Preto A. C. 2º Ricardo Aguiar - S. E. Palmeiras 3º Cleiton Chrisoste - Ribeirão Pires F.C 3º Paulo E. Guglielmetti - Clube Tumiaru

Médio 1º Irahy Tedesco - Cult. Artística 2º Jairo Baptista - Est. Turística Itu 3º Giorgio E. Buoro - Assoc. Moacyr

Máster 4 Ligeiro 1º Ailes Nobrega - Clube Tumiaru Meio-leve 1º Luiz Carlos Brigida - São João/Apaja 2º Agnaldo Oliveira - Pequeno Davi 3º Ivan M. Viveiros - Edinho Company 3º Sergio Kazuo Noda - Clube Mogi Leve 1º Vagner Sandes - Associação Hinodê 2º Paulo Castelanos - Associação Hinodê 3º Osmar Alves - A D Santo André 3º Mauricio Ferraz - Clube Camp. Regatas Meio-médio 1º Alessandro Pongolino - Assoc. Pessoa 2º Diogo Takao Ueda - C. A. Taboão 3º José Goncalves - Judô Pissarra 3º Eduardo Fernandes - Judô na Faixa Médio 1º Rogerio Shinobe – Assoc. Vila Sonia 2º Jefferson Delgado - Osasco/Yanaguimori 3º Antônio Martinez - Academia Calasans 3º Marcos R. G. Pizzato – Clube Cult. Artística Meio-pesado 1º Dalton Ramos - Assoc. Registrense 2º Marcelo Zanetti - Academia Heisei 3º Wagner Alves – Assoc. Hortolandense 3º Luis Cesar Merli – Assoc. Masters Pesado 1º Leo Eduardo Secches - Ateneu Mansor 2º Adilson Galhardo - Assoc. Hinode 3º Marcos F. da Silva – Assoc. Real União 3º João Carlos Felipe - SEMEL Amparo Master 5 Ligeiro 1º Rodolfo Yamayose - Osasco/Yanaguimori 2º Sidnei de Andrade - Assoc. Kyoei Meio-leve 1º Luiz Carlos Brigida - São João/Apaja Leve 1º Silvio Tardelli – E. C. Pinheiros 2º Carlos Salto Neto - Birigui Pérola C. 3º Rui Ferrante - Ateneu Mansor 3º Carlos R. Peres - Sec. Franco da Rocha Meio-médio 1º João J. Velloza - Osasco/Yanaguimori 2º Hélio Guengi Itto - Assoc. Vila Sonia 3º Franco V. Ribeiro - Associação Messias 3º Marco A. Rodrigues - Assoc. Yamazaki Médio 1º Marco A. Trinca - S. E. Palmeiras 2º Marcos Magri - Associação Moacyr 3º Ediwaldo A. Fazzolari - Assoc. Mito 3º José C. Arantes - SEMEL Sertãozinho Meio-pesado 1º Acácio Lorenção Júnior - Grêmio Barueri 2º Alvaro Vasques - Projeto Pelicano 3º José F. de Lima - Estação Turística Itu 3º Ubirajara Mendonça - Assoc. Pro Alcance Pesado 1º Marco A. Pereira - Clube Mogi 2º Edson Shigueo Sakai - Clube Mogi 3º Celso J. Guimarães - Assoc. Fenix Máster 6 Ligeiro

Meio-leve 1º Júlio Kawakami - S. E. Palmeiras

Meio-pesado 1º Benedito Oliveira - Sec. Ribeirão Preto 2º João Carlos Alves - Assoc. Moacyr 3º Luis de Araújo - Assoc. Messias 3º Ronaldo Magno – Camp. Regatas Pesado 1º Mauricio Calil - Clube Paineiras 2º Samuel Bastos - Budokan Peruíbe 3º Jorge Ribas - Assoc. Irmãos Ribas 3º Pedro Ribeiro – Ass. Serv. Campinas Feminino Máster 1 Leve 1º Adriana Cavalcanti - Pirituba F C 2º Lucivania Araújo - Assoc. Pro Alcance Meio-médio 1º Raquel Gardini - Dir. Esp. Itupeva 2º Patrícia Baumgartner – Assoc. Rio Claro 3º Giovana Badaro – Assoc. Anderson Cássio 3º Maria Azevedo - SEMEL S. J. C Médio 1º Tabata A. Bonfante - Assoc. Aleixo - M.F. 2º Laila Maria Melo – Associação Pessoa 3º Carolina Cirino - Associação Limeirense 3º Sarah S. Tassinari - Proj. Judô Olímpico Meio-pesado 1º Juliana Medeiros - S. E. Palmeiras Pesado 1º Anna P. Rodrigues - São Paulo F. C. Máster 2 Ligeiro 1º Suzana de Oliveira - A. D. Bandeirantes 2º Valdiceia Galdino - Assoc. Itapetininga Meio-médio 1º Márcia de Oliveira - Assoc. Bom Retiro Médio 1º Laura Fernandes - Academia Calasans Meio-pesado 1º Adriana de Almeida – A. Adriana Bento Pesado 1º Milena Siqueira - Bauru Judô Clube 2º Ana Lúcia Coutinho - SEMEL F. Morato Máster 3 Ligeiro 1º Sandra B. da Silva - SME - Penápolis Leve 1º Edneia Carvalho - Academia Taboão Meio-médio 1º Rosangela de Oliveira - UNIMES 2º Maria A. Santos - Assoc. Resgate 3º Isabel R. Freitas - Judô Pissarra 3º Cleide A. dos Santos - SEMEL S. J. C Médio 1º Fatima Belboni - Associação Messias 2º Andrea Moraes – Associação Itapirense Meio-pesado 1º Maura P. Moreira - Sensei Divino 2º Valéria Souza - Associação Limeirense 3º Suzel Libel - Associação Cho Do Kan Pesado 1º Raquel de Oliveira - Associação Shiroma 2º Rogéria Cozendey - Sind. São Sebastião 3º Daisy A. dos Santos - Judô Pissarra

tantes títulos conquistados para São Paulo e para o Brasil. “Estou muito emocionada com esta deferência. Passei minha vida nos tatamis e o judô é uma grande paixão em minha vida. Não esperava por este reconhecimento, mas foi um grande presente de aniversário, disse a atleta do Litoral paulista”. Celso de Almeida Leite, delegado da 15ª DRJ e responsável pelos números da FPJ, comemorou mais um recorde do judô veteranos. “Este ano a classe máster nos surpreendeu de verdade. Com 329 atletas inscritos no shiai e 117 duplas participando no kata, obtivemos um crescimento nas inscrições superior a 30%. Percebo a classe máster muito motivada, e muitos judocas estão voltando para a competição. A meu ver há maior conscientização sobre a necessidade de manter a atividade física e cuidar da saúde. Sem contar que, quando um atleta vive o ambiente de competição, fica muito difícil parar e esquecer tudo que experimentou no shiai-jô. De qualquer forma superamos nossas expectativas e agora temos que repensar uma competição que vem crescendo anualmente”. Na sequência o árbitro aspirante à FIJ Tomio Takayama, de Jundiaí, fez o ritsu-rei e a competição foi reiniciada com as disputas de shiai. Nos tatamis a nova geração do M1 mostrou que está chegando com muita garra e determinação. Um número bastante elevado de atletas afirmou estar preparando-se para o campeonato mundial grand master de Amsterdã, em setembro. Entre os medalhistas do shiai figuram velhos conhecidos que se preparam para invadir a Holanda, onde se juntarão ao batalhão de brasileiros que em setembro lutará por medalhas para o Brasil. Entre estes destacamos Acácio Lorenção, campeão meio-pesado do M6; Cristian Cezário, campeão ligeiro do M2; Rodolfo Zanin, campeão meio -leve do M2; Danilo Pietrucci, campeão meio-médio do M2; Elton Fiebig, campeão pesado do M3; Marco Aurélio Trinca, campeão médio do M5; Sérgio Honda, campeão ligeiro do M6; Irahy Tedesco, campeão médio do M6; Pedro Ribeiro, bronze do pesado no M6; Rosângela de Oliveira, campeã meio-médio do M3; e Fátima Belboni, campeão médio do M3. Revista Budô número 16 / 2015

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POLÍTIC A INTERNACIONAL

No México Carlos Fernandes critica abusos da Kukkiwon Com base nos reiterados abusos cometidos pela Kukkiwon no Brasil e nos países onde o taekwondo está assentado, o presidente da Confederação Brasileira de Taekwondo achou por bem denunciar vícios e abusos praticados pela entidade que deveria propagar a modalidade no mundo e difundir a prática do taekwondo de forma legal e lícita. POR

PAULO PINTO I Fotos matias rojas/masTKD

A

assembleia geral da Pan American Taekwondo Union (Patu) realizada no México, com a presença de representantes da World Taekwondo Federation (WTF), foi recheada de assuntos específicos e polêmicos. O presidente da CBTKD, Carlos Fernandes, discursou e cobrou atitudes mais claras e severas por parte da Patu e da WTF perante a Kukkiwon, que vem negociando diplomas aleatoriamente em vários países, desrespeitando as políticas adotadas pelas federações nacionais e o sistema político -esportivo implantado pela WTF. Carlos Fernandes iniciou sua fala dizendo à assembleia: “O Brasil está aqui em defesa do bom andamento e da ética do taekwondo mundial; os bons mestres e atletas profissionais não podem ser igualados aos caronistas aos quais a Kukkiwon fornece diplomas e certificados, sem respeitar regras internacionais e nacionais. O taekwondo hoje pertence ao mundo e não à Kukkiwon, que se acha dona da modalidade”. O discurso do brasileiro acabou contagiando os demais dirigentes na assembleia. “Temos excelentes mestres e campeões olímpicos em vários países, e pergunto aos senhores: até quando teremos de ser reféns desse sistema absurdo de certificados exigido pela Kukkiwon nos eventos da WTF? Acredito que outros países, a exemplo do Brasil, não se curvarão a isso por muito tempo mais.

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Carlos Fernandes na assembl

eia geral da PATU

A Kukkiwon tem de prezar pela harmonia, união e a ética nos países filiados à WTF e não provocar o contrário”, disse Carlos Fernandes, que finalizou perguntando: “o Kukkiwon irá ensinar, certificar e difundir o taekwondo como fazem as federações na-

cionais? imaginem se a Inglaterra, que inventou o futebol, agisse da mesma forma: como seria o futebol hoje? não temos professores e mestres capacitados a ensinar taekwondo e a certificar esses profissionais? A Patu e a WTF, órgãos dirigentes do taekwondo, devem solicitar os certificados das federações nacionais a elas filiadas, estes sim os legítimos certificados do Momento em que o taekwondo”. dirigente brasileiro Essa pauta sobre reivindica uma ação da WTF a Kukkiwon na assembleia da Patu foi solicitada pelo Brasil durante os Jogos Pan-Americanos realizados no Canadá e teve apoio de todos os presentes, e já está repercutindo em todo o mundo. Os Estados Unidos e demais países americanos reforçaram o discurso do Brasil, que com apoio de todos os presidentes das federações nacionais obteve do presidente da Patu a promessa de que tomará a frente nesse caso. Ao final do encontro os presidentes das federações nacionais solicitaram a Carlos Fernandes que participe das próximas assembleias, já que esta última foi muito mais ativa e embasada em discussões positivas. Otimista, Carlos Fernandes voltou ao Brasil com a certeza de que seu apelo reper-

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Dirigentes internacionais posam para foto após encontro

cutiu e será atendido pelo dirigente máximo da modalidade no continente americano. “Obtive do presidente da Patu a promessa e a garantia de que esse imbróglio com a Kukkiwon será equacionado rapidamente junto à WTF”, disse o dirigente. No Brasil, perguntamos ao dirigente se a Kukkiwon vem promovendo a festa dos certificados com aval da WTF, e Fernandes negou a participação da entidade mundial. “A federação internacional respeita a entidade sul-coreana, que foi a precursora da modalidade. Mas nem tudo tem o aval da WTF e não acredito que a diretoria da entidade compactue com os abusos cometidos pela Kukkiwon. A WTF é uma entidade séria e de respeito. A meu ver erra apenas por permitir que a Kukkiwon exija que os atletas lutem com seus diplomas. Isso os obriga a se inscreverem em duas entidades mundiais, quando é a WTF que rege todo o sistema competitivo e olímpico do taekwondo. A Kukkiwon hoje é apenas uma entidade que passa a sacola para obter dividendos sem oferecer absolutamente nada em troca aos seus filiados. Já sobre os caronistas que preferem ficar comprando diplomas do Kukkiwon, eu desejo mais é que façam bom proveito.” Perguntamos o porquê da demora por uma cobrança de atitude da WTF, e Fernandes explicou que há muito solicita uma posição da entidade mundial. “Não só reclamei como cobrei respostas claras da federação internacional, que exigia diploma da Kukkiwon dos atletas que participavam das competições internacionais. Mas na ver-

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dade existe uma série de agravantes nesse processo. A Kukkiwon se aproveita dessa abertura para fazer ingerências políticas nos países filiados à WTF e à Patu. Desrespeita as leis internacionais, já que para ela normas, regras, estatutos e ética não significam absolutamente nada. O mais engraçado é o fato de afirmar na cara de pau que os diplomas dela é que têm validade no mundo. Com isso negocia e distribui diplomas e busca transferir autoridade e força política aos atravessadores de seus certificados. Se a Kukkiwon quer fazer parte do sistema geopolítico da WTF, ela também tem de cumprir regras e normas. Não somos apenas nós, os filiados, que devemos seguir as disposições legais de nossa modalidade. Penso que os dirigentes da Kukkiwon perderam a noção de tempo e acham que ainda são donos do taekwondo. Se querem respeito, têm de se dar o respeito. Espero que os dirigentes de todos os países se posicionem, pois nós não vamos mais suportar esta ingerência e levaremos isso às últimas consequências.” Fernandes explicou por que chama os taekwondistas que se credenciam na Kukkiwon de caronistas. “Chamo de caronistas os praticantes que não querem cumprir as regras em suas instituições nacionais para obter a promoção de dans. Pegam carona negociando certificados por meio dos oportunistas que vendem de forma vergonhosa a promoção da Kukkiwon. Estas pessoas implantam a discórdia, para colher os dividendos da negociação feita junto à entidade sul-coreana. Pois para esses caronistas fica mais fácil obter a promoção por

meio da ilegalidade do que se preparando e fazendo os exames de forma correta. Mas o mal não perdura para sempre, acabo de chegar do México e já fiquei sabendo que a WTF não vai mais cobrar diploma da Kukkiwon para os atletas participarem dos opens internacionais, em apoio a nossa iniciativa na assembleia da Patu. Penso que, se não pararmos a Kukkiwon, teremos sérios problemas futuramente. Meu conselho seria que a Kukkiwon virasse um museu histórico do taekwondo em vez de ficar promovendo dans sem direção e desrespeitando as entidades de direito filiadas à Patu e à WTF”.

Repercussão internacional Além do apoio de países americanos, vários dirigentes confirmaram apoio ao Brasil, entre eles o presidente da União Europeia de Taekwondo. A Áustria vai publicar carta atacando a prática intervencionista da Kukkiwon, e países como Suécia, Itália e Grécia, entre outros, prometem fazer coro ao dirigente brasileiro. Recentemente a imprensa sul-coreana questionou a legitimidade das incursões da Kukkiwon no exterior. Poderia o Kukkiwon ser realmente a sede do taekwondo mundial? Entre outras polêmicas e questões levantadas pela imprensa sul-coreana, estão o resultado de auditorias realizadas no Kukkiwon e denúncias de ações que envolvem atividades em países como EUA, China, Brasil e Rússia, além das críticas aos festivais de graduação de 3º ao 7º dans, celebrados em vários países.

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C AMPEONATO BRASILEIRO SUB 18 DE JUDÔ

São Paulo passeia no feminino e Paraná surpreende no masculino Vinte federações entre as 26 inscritas chegaram ao pódio, com destaque para o Paraná, campeão no masculino, e São Paulo, campeão no feminino. POR

D

isputado no Ginásio Poliesportivo Dom Bosco, em Campo Grande (MS), o Campeonato Brasileiro sub 18 desta temporada foi marcado pelo intenso apoio da torcida para os atletas da casa, por um bom nível técnico e pela diversidade de talentos que surgiram de vários cantos do País. Nada menos que 20 das 26 federações que participam do torneio conquistaram, ao menos, uma medalha. No sábado, 30 de maio, foram disputadas as categorias superligeiro, ligeiro, meio-leve, leve, meio-médio e médio em mais de dez horas ininterruptas de judô. No domingo, as categorias meio-pesado e pesado fecharam as disputas. Esta competição foi a última oportunidade de somar pontos

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VALTER FRANÇA I Fotos CBJ

Luan e Alan Vieira, os dois maiores medalhistas do judô paranaense na atualidade

para o ranking nacional da categoria, principal critério para a convocação para o Campeonato Pan-Americano e o mundial sub 18. O campeão somou 160 pontos; o vice, 110 e os terceiros colocados, 80 pontos para a tabela de classificação. Marcelo Theotônio, gestor das equipes de base da Confederação Brasileira de Judô, expôs os critérios de ranqueamento da entidade. “A Gestão das Equipes de Base definiu que os primeiros colocados do ranking nacional estarão automaticamente classificados para o Campeonato Pan-Americano. Já para o mundial, além de estarem no topo de sua categoria, os atletas precisam ter somado mais do que 320 pontos. É uma forma de valorizar a regularidade nas competições ao longo do ano.” www.revistabudo.com.br


No último dia de competição a federação que se deu melhor foi São Paulo, que faturou os dois ouros em disputa no feminino com Pamella Palma no meio -pesado e Beatriz Souza no pesado. Após a conquista do ouro Beatriz Souza comemorou o bom momento. “Treinei bastante, principalmente o psicológico, para não perder o foco. Lutei forte, firme, e consegui fazer o que eu sei de melhor. A convivência que estamos tendo com a seleção principal é muito importante e proporciona grande aprendizado. Acredito que no treinamento de campo de Saquarema eu evoluí na luta de solo e coloquei isso em prática hoje”, disse Beatriz Souza, que já soma sete títulos brasileiros no currículo nas classes sub 13, sub 15 e sub 18. O domínio paulista no feminino foi enorme, já que no sábado sua equipe havia somado três ouros, com Jéssica Silva no ligeiro, Larissa Pimenta no meio-leve e Franciele Terenzi no leve. Os cinco ouros renderam a São Paulo o título de campeão geral. Paulino Namie vibrou com as oito medalhas conquistadas com o time feminino. “É uma satisfação acompanhar essas meninas, que fizeram por merecer esse título. Elas tinham grandes chances, chegaram como favoritas e todas medalharam. Foi um campeonato muito forte e conseguir cinco medalhas de ouro é um grande feito”, disse o técnico paulista. Mato Grosso do Sul ficou em segundo lugar, com os dois ouros de Bianca Vilma Rosa no superligeiro e Vitória Andrade no meio-médio. Samara Oliveira do Espírito Santo ficou com o ouro no médio. Já no masculino a briga pelo topo da classificação entre Paraná e Rio Grande do Sul foi decidida pelo número de sétimos lugares (três para os paranaenses e dois para os gaúchos). Ambas as federações conquistaram dois ouros, dois bronzes e um quinto lugar. Alan Vieira, técnico paranaense do masculino, avaliou o desempenho da sua equipe. “O desempenho de nossos atletas foi resultado de muito trabalho. A garotada não está começando agora, é um grupo que vem junto desde o sub 13. Nós viemos ao longo dos anos preparando esses meninos e estamos muito felizes com o resultado.” Os destaques da equipe do Paraná fowww.revistabudo.com.br

Patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Judô

ram Luanh Saboya Rodrigues, campeão no meio-médio, e Matheus Assis, no médio. O tricampeão brasileiro Luanh Saboya enfatizou a importância do intercâmbio técnico. “O treinamento de Saquarema com a seleção principal e judocas de fora do País foi muito importante porque praticamos com judocas de alto nível, atletas olímpicos. O lutador acaba adquirindo experiência, fica mais maduro e solta os golpes com maior facilidade quando enfrenta adversários da sua idade”, disse o judoca curitibano. Contudo, sem dúvida nenhuma, o mais emocionado com o título foi o gaúcho Daniel Silva. Ao sair da área de combate com a vitória sobre o forte Renan Torres (SP), o ligeiro abraçou por longos minutos seu técnico Rodrigo Bilhar. Ainda com olhos marejados, fez questão de destacar a importância do apoio do sensei e dos amigos. “Tenho de agradecer muito aos meus amigos e meus professores. Já vinha buscando esse título há algum tempo e, finalmente, hoje deu tudo certo. É uma sensação inexplicável, não tenho palavras pra descrever. Só sei que agora é continuar treinando para conquistar outros títulos como esse”, disse Daniel. O segundo ouro da federação gaúcha veio por meio de Airton Silva no meio-leve. O fato de 20 federações entre as 26 que disputaram a competição terem obtido medalhas é uma prova de que o investimento da CBJ na descentralização do judô brasileiro está dando resultados, em especial nas categorias de base. José Neto, atleta de Goiás, destacou o equilíbrio da classe sub 18. “A gente vê que o judô está no Brasil todo. Não só Goiás, mas também o Piauí, o Maranhão, entre outros, têm atletas de alto nível, que estão crescendo e podem chegar à seleção. A organização nos grandes centros é maior, mas existem talentos em todos os lugares do Brasil”, disse o campeão entre os leves (66 kg), que dividiu o pódio com judocas do Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Minas Gerais.A gaúcha Brenda Gonzaga Revista Budô número 16 / 2015

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C AMPEONATO BRASILEIRO SUB 18 DE JUDÔ comemorou o título. “Já tinha sido vicecampeã brasileira duas vezes nos últimos campeonatos. Estou muito feliz porque estava batendo na trave e agora consegui. Lutei bem tranquila, muito focada, fiz o que treinei.” O treinamento de campo sub 18, encerrado no dia 4 de junho, proporcionou o convívio de 189 pessoas entre atletas

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e técnicos com a comissão técnica da classe cadete. Estiveram presentes os técnicos Douglas Potrich, Danusa Shira, Yuko Fujii e os fisioterapeutas Tiago Ferreira, Rodolfo Monteiro e Fabiano Ivo, além dos assistentes técnicos Matheus Theotônio e Edmilson Guimarães. O gestor das equipes de base enfatizou a importância desse trabalho. “Acreditamos que o convívio dos atletas das 26 federações com os integrantes da comissão técnica e da Gestão das Equipes de Base é fundamental para a evolução do judô nacional. Estamos investindo para estreitar essa relação. Teremos uma série de atividades paralelas aos treinos exatamente com esse objetivo”, disse Marcelo Theotônio.

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Bang Taekwondo Club

Marília

SEEST São Caetano do Sul

São Caetano do Sul

Academia Amw Sports Spah Center

São Paulo

Clube Atlético Juventus

São Paulo

Academia Artes Marciais Alto do Ipiranga

Mogi das Cruzes

Clube Campineiro de Regatas e Natação

Campinas

Academia Belmiro Giordani

Santos

Dojan Nippon

Piracicaba

Academia Central Team

Mauá

Dualli Saúde e Bem Estar

Marília

Academia de Taekwondo Leopardo

Suzano

Du Sol Team

Jacareí

Academia Frente a Frente TKD

Cotia Cotia

ECN Carlos Negrão

São Paulo

Academia Ipiranga

São Paulo

Equipe de Lutas do Tatuapé

São Paulo

Academia Joyce Taekwondo

Biritiba Mirim

Equipe Hawarang-Do Taekwondo

Vargem Grande do Sul

Academia OTC Carlos Costa

Campinas

Equipe Sander Sport de Taekwondo

Marília

Academia Sport Winner São

Carlos

Focus Faith Paraguaçu

Paulista

Academia Studio das Lutas

Rio Claro

I.T.A.M Jackson de Oliveira

Praia Grande

Academia Taquaral Sport Center

Indaiatuba

Instituto AFG

Santos

Alessandro Fernandes Taekwondo

Santos

Instituto Lions de Taekwondo

São Vicente

André Panzelli Taekwondo Team

São Bernardo do Campo

Instituto Mestre Tilico

Campinas

Associação Alta Paulista de Taekwondo

Marília

Liga Universitária Paulista de Taekwondo

São Paulo

Associação Alto rendimento Taekwondo

Sorocaba

Liga Vale Paraibana de Artes Marciais

São José dos Campos

Associação Bandeirantes de Taekwondo

Bauru

Massa Team

São Paulo

Associação de Taekwondo de São Paulo

São Paulo

Projeto Raça - Prefeitura de Hortolândia

Hortolândia

Assoc. de Taekwondo do Estado de São

Marília

Ribeirão TKD Bang

Ribeirão Preto

Associação Desportiva Taekwondo Itu

Itú

Santo André Taekwondo

Santo André

Associação Furia TKD Suzano

Suzano

SAS Casa do Pequeno Cidadão III

Marília

Associação Miyamoto de Taekwondo

São Paulo

SAS Casa do Pequeno Cidadão IV

Marília

Associação Paulista de Taekwondo

Marília

SAS Casa do Pequeno Cidadão Padre

Marília

Associação Rodney Taekwondo Santos

Santos

SAS Casa do Pequeno Cidadão Rosália

Marília

Associação Seon de Taekwondo Clube

Diadema

SAS Casa do Pequeno Cidadão VI

Marília

Associação Taekwondo Deuilson Lima

São Vicente

Secretaria de Esportes de Marília

Marília

Associação Weleder Lourenço São Vicente

São Vicente

Secretaria de Esportes de Ribeirão Pires

Ribeirão Pires

Atleta Cidadão SJC

São José dos Campos

Sociedade Esportiva Palmeiras

São Paulo

Bang Taekwondo Club Garça

Garça

Sport Club Corinthians Paulista

São Paulo

Bang Taekwondo Club Maracaí

Maracaí

Taekwondo Bebedouro DME • BANG

Bebedouro

Bang Taekwondo Club Paraguaçu Paulista

Paulista

Taekwondo Maninho

Mogi das Cruzes

Bang Taekwondo Club Vera Cruz

Vera Cruz

Valter Berto Taekwondo

São Paulo

Bang Taekwondo Club Jaboticabal

Jaboticabal

Vila Ema TKD

Boituva Taekwondo

Boituva

Vinhedo Taekwondo - NC

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São Paulo

Revista Budô número 16 / 2015 Vinhedo

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C AMPEONATO PAULISTA OPEN DE KARATÊ

Paulista open tem recorde de participantes Evento open que reuniu 1.778 atletas nas disputas da classe escolar, equipes de shiai e jogos universitários homenageou Natália Brozulatto, campeã dos Jogos Pan-Americanos de Toronto.

M

ais uma vez o Ginásio Mauro Pinheiro foi palco de um certame promovido pela Federação Paulista de Karatê (FPK). No dia 15 de agosto foram realizados os campeonatos paulistas de karatê open, escolar, equipes de shiai e o universitário, em parceria com a Federação Universitária Paulista de Esportes (Fupe). Nos tatamis estavam os melhores karatecas paulistas das classes em disputa, representando as principais agremiações esportivas e instituições de ensino superior com maior tradição no karatê do Estado. Participaram da mesa de honra dirigentes do karatê bandeirante e autoridades políticas, entre os quais, Jean Madeira, secretário de Esporte do Estado de São Paulo; José Carlos de Oliveira, presidente da FPK; Pedro Hidekasu Oshiro, vice-presidente da FPK; Ivon da Rocha Dede, diretor financeiro da FPK; Nelson Mitsuo Higa, diretor de arbitragem da FPK; Sérgio Hiroshi Takamatsu, diretor de projetos sociais; Paulo Romeu da Silva, diretor de eventos da FPK; Carlos Tsutiya, diretor de graduação da FPK; Carlos Magno Batista, coordenador geral da equipe técnica; Ailton Bichara Grilo, diretor adjunto de arbitragem da FPK; Valmir Zuza da Cruz, diretor técnico da FPK; Natália Brozulatto, campeã dos Jogos de Toronto; e os professores Mirtha Celayes e Geraldo de Paula. Em paralelo à competição o departamento de eventos da FPK fez uma homenagem importantíssima para Natália Brozulatto, campeã dos Jogos Pan-Americanos no -68 kg, que hoje é referência na modalidade. Em seu discurso de abertura, José Carlos de Oliveira cumprimentou os pais que participaram da competição. “Quero parabenizar os pais por abrirem mão de seu fim de semana para estar aqui conosco e com seus filhos, praticamente lutando lada a lado

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POR

PAULO PINTO I Fotos Revista Budô

ga Jean Madeira entre ia tál homenagem a Na Brozulatto

José Carlos de Oliveira

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Árbitros que atuaram no certame

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C AMPEONATO PAULISTA OPEN DE KARATÊ

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C AMPEONATO PAULISTA OPEN DE KARATÊ

A marca da conquista www.shihan.com.br

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C AMPEONATO PAULISTA OPEN DE KARATÊ

Ivon da Rocha Dedé, Geraldo de Paula, Mirtha Celayes, Natália

Renata Galati, José Carlos e Maurício Alves

e Ailton Brozulatto, Jean Madeira, José Carlos de Oliveira, Pedro Oshiro

Paulo Pinto e Ivon Dedé

com eles. Como gestor da modalidade, dou a maior importância a esta atitude de todos vocês. Primeiro, por estarem investindo na formação de seus filhos e, segundo, por nos ajudarem a fazer um trabalho cada vez melhor no karatê paulista. Sabemos que a nossa modalidade não é apenas um esporte, acima de tudo o karatê é um veículo para transformação e formação para os jovens, e acreditem que este é o nosso maior objetivo. Aproveito a oportunidade para parabenizar e publicamente agradecer a Natália Brozulatto por ter representado São Paulo e o Brasil em Toronto, de forma brilhante. O karatê brasileiro agradece, porque sabemos a importância de sua conquista. Tenho certeza de que, assim como eu e centenas de pessoas que estão aqui hoje, você faz karatê com o coração, e esse é o seu diferencial.” Aproveitando a homenagem feita a Natália, Jean Madeira lembrou que ela se tornou referência para esta geração de karatecas e para todos os brasileiros que admiram as modalidades de luta. “Há pouco estávamos cantando o Hino Nacional diante da bandeira do Brasil, e nela está escrito Ordem e Progresso, mas lamentavelmente todos nós estamos acompanhando o caos que implantaram em nosso País. O Brasil está de cabeça para baixo, completamente desordenado e com a economia estagnada. Em curto e médio prazo não existe a menor possibilidade de voltarmos a pensar em progresso. Precisamos de mudanças e essa mudança começa dentro de nossas vidas, de nossas casas e dentro de cada um de nós. Temos de fazer nossa parte e isso o esporte esta fazendo, cada professor está cumprindo com seu papel social e compete sim ao governo do Estado dar a devida atenção e total respaldo aos senhores, que no dia a dia estão formando cidadãos para o futuro do

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Bichara Grilo

Natália deu autógrafos e passou para fotos com fãs

Entre Jean e Zeca, Natália exibe a medalha de ouro conquistada em Toronto

nosso Estado e do nosso País. Parabéns a todos vocês e espero ter o prazer de poder estar com vocês em outras oportunidades.”

Natália Brozulatto é homenageada Definitivamente, os praticantes do karatê são atletas diferenciados e comprometidos. Mostrando desprendimento e altruísmo, Natália Brozulatto, campeã dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 na categoria -68 kg, ratificou esse pensamento ao comparecer à cerimônia de abertura do Campeonato Paulista Estudantil, no qual permaneceu quase todo o dia, dividindo sua conquista com os fãs e colegas da modalidade. Surpresa com o assédio dos fãs, Natália contou à Budô como chegou ao ouro em Toronto. “Esta foi minha primeira participação nos Jogos Pan-Americanos e felizmente estreei com o pé direito. Já conhecia todas as adversárias; um dia antes recebi o chaveamento das lutas e tratei apenas de pontuar quais eram as principais características de cada atleta. Com base nisso tratei de estabelecer minha estratégia para os combates e com isso cheguei à grande final sem maiores dificuldades.” A karateca piracicabana explicou que a final foi consequência de um grande trabalho em equipe. “Eu conhecia muito bem a mexicana Xhunashi Caballero, e para enfrentá-la me preparei muito bem em todos os sentidos: técnico, físico e psicológico. Entrei confiante e tenho certeza de que meu posicionamento no koto foi determinante no resultado. Desenvolvemos um grande trabalho em equipe com toda a comissão técnica e este apoio foi de fundamental importância.”

Os velhos amigos dos tatamis, Maurício e Dedé

“Os jovens precis am acreditar em seus sonhos e en que não existe o im tender possível quando estamos determinados na vitória ou foca dos num objetivo.” Sobre o trabalho em equipe, Natália revelou qual foi a palavra de ordem. “Fizemos todo um preparo para esta competição, e a palavra de ordem do time foi confiança, disciplina e preparo. Todo time estava comprometido e juntos construímos o melhor resultado obtido até hoje, nos jogos.” Falando ainda sobre os jogos, Natália enfatizou o bom momento do karatê brasileiro. “Fomos ao Canadá com uma equipe composta por sete atletas e voltamos com cinco medalhas. Este resultado comprova que o karatê vive um novo momento em nosso País, e isso passa diretamente pela gestão da CBK, pela consistência do trabalho técnico e pelo grande esforço feito pelos professores nos Estados.” Sobre a sua presença no ginásio do Ibirapuera, Natália disse que agora quer mostrar a todos jovens karatecas que não existe o impossível quando se está determinado. “Estou aqui atendendo a um pedido do professor José Carlos, o Zeca, que queria homenagear-me pela conquista em Toronto. Mesmo estando ainda descansando após os jogos, aceitei o convite porque agora eu quero muito mostrar minha medalha para todos os jovens karatecas brasileiros. Eles precisam acreditar em seus sonhos e entender que não existe o impossível quando estamos determinados na vitória ou focados num objetivo.” www.revistabudo.com.br


Classificação individual E POR EQUIPES Kata Cadetes - 14/15 Fem. Abs. 1º Nayara Paula - Izildinha 2º Giovana Cesar – Educac. 3º Maria Fernandez - Análise 3º Dayane Gomes - Magnificat Cadetes - 14/15 Masc. Abs. 1º Fabricio Siqueira – C..T. Joy 2º Felipe Agra - Ant. Inacio 3º João P. Hentz - Anglo Jales 3º Victor Andrade - N. A. Solito Júnior - 16/17 Fem. Abs. 1º Bruna R. Baiocchi - Kami 2º Gabriela Santos – P. Grande 3º Thalia Silva - Super Escola 3º Giulia G. Santos - Cambuci Júnior - 16/17 Masc. Abs. 1º Matheus Pereira - Seikan 2º Alex Martins - Mizuho Dojo 3º Gabriel Pedroso - Kenko 3º Thayan Silva – P. Grande Mirim até 7anos Fem. Abs. 1º Marina Garcia - Dias 2º Jamile Vitoria - Kami 3º Joana Silva – S. Seduc 3º Amanda Mota - Gladiators Mirim até 7anos Masc. Abs. 1º Pedro Simão - Kami 2º Levi Brandão - Brandão 3º Jonathan Correia - Gladiators 3º Gustavo Rocha - CGE Sub10 - 8/9anos Fem. Abs. 1º Alessandra Ferreira – E. S.S. 2º Manuela Marchiori - Objetivo 3º Giulia Martins - Freinet 3º Anna Azevedo - C. Arruda Sub10 - 8/9anos Masc. Abs. 1º Emanoel Sampaio - Marconi 2º David Batista - Universo 3º Felipe Carvalho - Caetano 3º Henry Souza - Centenário Sub12-10/11anos Fem. Abs. 1º Iara Trujillo - F. Pessoa 2º Ana Caldeira - Ana Jacinta 3º Beatriz Alves - Aleixo 3º Jessica Vitoria - Alexo Sub12-10/11anos Masc. Abs. 1º Cauã dos Santos - Cultura 2º Murilo V. de Souza - Brizola 3º Leonardo Lima – P. Jundiaí 3º João Barbosa - HS Soares Sub14-12/13anos Fem. Abs. 1º Rachel Freitas - C. Marconi 2º Sabrina Hayashi - Singular 3º Mariana Fernandes - Carrossel 3º Yasmin Gabrielly - Adventista Sub14-12/13anos Masc. Abs. 1º Wendell Ferreira - França 2º Igor Kenji - Gomes 3º Leonardo Zeller - Schledorn 3º Gabriel Hara - Hiroshima Sub21-18/20anos Fem. Absoluto 1º Carolina de Lima - Yoshimura 2º Luana Bueno - Resistencia 3º Victoria Teixeira - CEU Jaçanã 3º Natalia N. de Paula - Muniz Sub21-18/20anos Masc. Abs. 1º Diego Sales - Gaviões 2º Giovani Andreotti - Kuroshio 3º Giovanni Fontes - Palmeiras 3º Izael Borges Jr - MCKAN Senior-Ac.21ano Fem. Abs. 1º Deise Oliveira - MCKAN

2º Eliana Rontani - Indaiatuba 3º Gabriela Scolari - Kuroshio 3º Maria José Aline - Indaiatuba Senior-Ac.21ano Masc. Abs. 1º Allan J. de Souza - Seikan 2º Lucas Argolo - Kuroshio 3º Lucas Souza - P. Cidadão 3º Weffesom Santos - MCKAN Máster A-36/44 Fem. Abs. 1º Silmara Oliveira - Cidadão 2º Claudia Linardi - Seikan 3º Rosana Araújo - Moutinho 3º Debora Pina - Country C. Master A-36/44 Masc. Abs. 1º Joel Veronesi - Santo André 2º Alessandro Gouvea - Cidad 3º Delfino A. Neto - Nagata 3º Israel Rubens - Mizukan Master B-45/54 Masc. Abs. 1º Waldenilson Sousa - Country 2º Marcelo Bertochi - R. Oliveira 3º Ricardo Pincelli - Nagata 3º Bolívar Filho - Bonsai Jyuku Máster C-Ac.55 Fem. Absoluto 1º Maria Gomes - CEU Tiquatira 2º Maria Firmo da Silva - G. Moutinho Máster C-Ac.55 Masc. Absoluto 1º Jair Davanso - Palmeiras 2º Joaquim dos Santos - C. Esportivo 3º Saturnino S. Silveira - Ipiranga Shiai Cadetes 14/15 Fem. 3º Kyu -55kg 1º Esther Barboza - Ipiranga 2º Nicoly Silva - F. de Menezes 3º Natasha Fernandes - Kenko 3º Rafaela Tomazi - Ken In Kan Cadetes 14/15 Fem. 3º Kyu +55 Kg 1º Thaina Silva - Genesis 2º Marcela Rampasso - Palmeiras 3º Lannyara Senner - Bellegarde 3º Bruna Peres Lopes - Bettencourt Cadetes 14/15 Fem. 2º Kyu -50kg 1º Ayra Nakamura - Objetivo 2º Isadora Trombini - Criarte 3º Aline Teixeira - Piteco 3º Kevellin Martins - F. Pessoa Cadetes 14/15 Fem. 2º Kyu -60kg 1º Lais Amaral F. - Tozzi 2º Dayane S. Gomes - Magnificat 3º Maria Victoria Fernandez - Analise 3º Sarah Helena Santos - Ferreira Cadetes 14/15 Fem. 2º Kyu +60 Kg 1º Ana Beatriz Oliveira - Ângulo 2º Paula B. de Morais - E. Objetivo 3º Rafaela Silva - Universo 3º Victoria Silva Alves - Mignoni Cadetes 14/15 Masc. 3º Kyu -55kg 1º Ruan Ferreira - Toledo 2º Marcelo Mondadon - Integração 3º Eduardo Rodrigues - Pacheco 3º Ramon Souza - Ourinhos Cadetes 14/15 Masc. 3º Kyu +55 Kg 1º Kaue A. Silva - V. Galvão 2º Igor Costa Chagas - Basto 3º João V. Marques - Ari Bocury 3º Vitor Lima - W. Shepps Cadetes 14/15 Masc. 2º Kyu -50kg 1º Álvaro Mendonça - SESI 2º Erick M. Canto - Cooperativo 3º João Victor Santos - Ipiranga 3º João Pedro Teixeira - SESI Cadetes 14/15 Masc. 2º Kyu -60kg

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1º Frank Furtado – R. Amaury 2º Guilherme Barros - P. Moraes 3º Patrick Girelli - Centurion 3º Renan Dias - Kenko Cadetes 14/15 Masc. 2º Kyu +60 Kg 1º Guilherme Silva - Universo 2º Jhonatan Felix - J. São João 3º Giovani Salgado - Passarelli 3º Gustavo Argolo - Kuroshio Junior 16/17 Fem. Abs. 1º Jessica Linhares - Resistencia 2º Bruna Baiocchi - Kami 3º Brenda Pereira - Resistencia 3º Ana Beatriz Meroti - Aranha Junior 16/17 Masc. Abs. 1º Rafael Inácio Mota - Resistencia 2º Vitor Araújo - Wado Ryu 3º Guilherme Salgado - P. A. Cidadão 3º Gustavo Yukihito - Bonsai Jyuku Senior -18 e Ac. Fem. Absoluto 1º Erica Santos - Resistencia 2º Carolina Ramalho - Resistencia 3º Natasha Kussano - Resistencia 3º Gabrielle Sepe - CPP/Wada Senior 18 e Ac. Masc. Abs. 1º Diogo Garcia - T. da Serra 2º Felipe Rocha - Resistencia 3º José Moraes - Indaiatuba 3º Douglas Ramos - Subaru Sub10 8/9anos Fem. Abs. 1º Manuela Marchiori - Objetivo T. 2º Alessandra Ferreira Elza S.S. 3º Isabela Marques - A. Lourenço 3º Giulia Nascimento - Photon Sub10 8/9anos Masc. Abs. 1º Lucas Barreiro - Glauber R. 2º Artur Nalio - Oliveiras 3º Gabriel Santana - Morungaba 3º Yago Valente - SESI 349 Sub12 10/11anos Fem. 4º Kyu -45kg 1º Ana Júlia Caldeira - Ana Jacinta 2º Sabrina Santos - J. Costa 3º Karoline Santos - A. Lourenço 3º Raphaella Arias - Objetivo Sub12 10/11anos Fem. 4º Kyu +45kg 1º Leticia Vittiello - Piteco 2º Aline B. S. Gomes - Piteco 3º Brenda F. Pinto - Aténas 3º Mikaely Martines - Ipiranga Sub12 10/11anos Fem. 3º Kyu -40kg 1º Ana Luísa Nogueira - Col. Saber 2º Laís Botelho - Mazzini 3º Maria Heloisa Bertolin - Brizola 3º Ana Flavia Pereira - Piteco Sub12 10/11anos Fem. 3º Kyu -50kg 1º Giovana Araújo - Troncareli 2º Amanda Sayuri - Col. Saber 3º Hanna Ferreira - COC N.M 3º Bianca Hindrikson - R. Pacheco Sub12 10/11anos Fem. 3º Kyu +50kg 1º Fiorella Nascimento - Photon 2º Carolline dos Santos - Brizola 3º Natali Katano - Educar Sub12 10/11anos Masc. 4º Kyu -45kg 1º Lineker Pietrucci - L. Bittencour 2º Lucas Honda Aranha 3º Nicolas Mantovane - A. Lourenço 3º Miguel Alejandro - P. Mouta Sub12 10/11anos Masc. 4º Kyu +45kg 1º Vitor Alves - Nobrega 2º Gabriel Caetano - Objetivo 3º Luiz Gabriel - P. Salles 3º João Victor - Ourinhos

Sub12 10/11anos Masc. 3º Kyu -40kg 1º Conrado de Almeida - C. Phoenix 2º Rafael de Paula - Brocatt 3º Felipe Augusto - Meula Brizola 3º Leonardo A. Lima – P. de Jundiaí Sub12 10/11anos Masc. 3º Kyu -50kg 1º Eric V. Ruiz - Col. Marconi 2º João Pedro Barbosa - H. S. Soares 3º Matheus Bartolomasi - Sta. Cecilia 3º João Vitor Andrade - B. Basto Sub12 10/11anos Masc. 3º Kyu +50kg 1º Diego dos Santos - Marle Leite 2º Allan Pessoa - Godoy Camargo 3º Ragner Durand - C. Esportivo 3º Hengus Correa - O. Rocha Sub14 12/13anos Fem. 4º Kyu -55kg 1º Luana Santana - Morungaba 2º Maria Clara Santos - F. Pessoa 3º Giovana Simão - SESI 3º Isadora Lopes - F. Pessoa Sub14 12/13anos Fem. 4º Kyu +55 Kg 1º Maria E. Costa - Viver Aprender 2º Adrielly Santos - Aleixo 3º Claudia V. Caio - Tabajara 3º Gabriel Alves - F. Montoro Sub14 12/13anos Fem. 3º Kyu -45kg 1º Michele B. Oliveira - N. Ferras 2º Giovana Trujillo - F. Pessoa 3º Gabriela Strumendo - Aranha 3º Barbara C. Cruz - Universo Sub14 12/13anos Fem. 3º Kyu -55kg 1º Stephanny Monterrubio - Atenas 2º Laura Pedrogão - Col. Marconi 3º Giulianni Andreotti - Kuroshio 3º Amanda de Oliveira - F. Ribeiro Sub14 12/13anos Fem. 3º Kyu +55 Kg 1º Anna Laura Prezzoti - Villa Lobos 2º Rebeca Torquato - Objetivo 3º Ana Beatriz Borges - Aleixo 3º Paloma Inácio - Porto Gueli Sub14 12/13anos Masc. 4º Kyu -55kg 1º Pedro Fernandez - C. Barreto 2º Gabriel Movio - Molina 3º Ygor Kishibe - Pastina 3º Walter D. Ferreira - A. Rissi Sub14 12/13anos Masc. 4º Kyu +55 Kg 1º Marcelo de Oliveira Jr - São Luiz 2º Higor Balbino - Ourinhos 3º Breno Santos - Semes Seduc 3º Leonardo Cipoletta - C. Extensão Sub14 12/13anos Masc. 3º Kyu -45kg 1º Gustavo Fernandes - Semepp 2º Felipe de Lima - Aleixo 3º Allan R. Silva - M.A. Souza 3º Carlos Jacob - Kenko

3º Bruno Assis - Hortolândia Master A 36/44 Fem. Abs. 1º Andreia Silva - CES Mateus 2º Meiriani O. Souza - Trindade 3º Aline Toledo - Makoto 3º Juçara Lemos - Dojô Bertioga Master A 36/44 Masc. Abs. 1º Cristiano Beltrão - Muniz 2º Denni Bravo - G. Moutinho 3º Antonio Pereira - Butoku Kai 3º Rogerio Gonçalves - Muniz Master B 45/54 Fem. Abs. 1º Katia Feijó - Bonsai Jyuku Master B 45/54 Masc. Abs. 1º Ricardo Barbosa - Bonsai Jyuku 2º João P. Ornelas - Portuguesa 3º Marcelo Luiz Conde - Seikan 3º Valdemir Gonçalves - Educando Master C Ac.55 Fem. Abs. 1º Maria Gomes - CEU Tiquatira Master C Ac.55 Masc. Abs. 1º Marcos José Silva - R. Oliveira 2º Joaquim Santos - C. Esportivo Equipe Sênior Fem. 3º Kyu 1º Resistencia - Resistencia 2º Indaiatuba - Indaiatuba 3º CPP/Wada - CPP/Wada Equipe Senior Masc. 3º Kyu 1º T. da Serra - T. da Serra 2º Indaiatuba - Indaiatuba 3º MCKAN - MCKAN 3º Makoto - Makoto Equipe Cadetes Fem. 3º Kyu 1º Hisatugo - Hisatugo 2º MCKAN - MCKAN 3º SESI Santos - SESI Santos 3º Subaru - Subaru Equipe Cadetes Masc. 3º Kyu 1º P. A. Cidadão - Cidadão 2º Hisatugo A - Hisatugo 3º SESI Santos - SESI Santos 3º Ourinhos - Ourinhos Equipe Sub12 Fem. 3º Kyu 1º Kami - Kami 2º Unidos - J. da Costa Equipe Sub12 Masc. 3º Kyu 1º Hisatugo - Hisatugo 2º MCKAN - MCKAN 3º Centro Esportivo - Esportivo Equipe Sub14 Fem. 3º Kyu 1º Hisatugo - Hisatugo 2º Kami - Kami

Sub14 12/13anos Masc. 3º Kyu -55kg 1º Igor Kenji - Gomes 2º Bruno da Silveira - Troncareli 3º Lucas Nascimento - Nohim Ahmad 3º Joaquim Nascimento - Jd. São João

Equipe Sub14 Masc. 3º Kyu 1º Kakaton - Kakaton 2º Kami - Kami 3º Kenko - Kenko 3º P. A. Cidadão - Cidadão

Sub14 12/13anos Masc. 3º Kyu +55 Kg 1º Rafael Berçocano - Adventista 2º Lucas Vieira - E. Lions Club 3º Fabricio Araújo - Troncareli 3º Igor Nascimento - Jose Candido

Equipe Junior Fem. 3º Kyu 1º Sport Way - Sport Way 2º Resistencia - Resistencia

Sub21 18/20anos Fem. Abs. 1º Gabrielle Sepe - CPP/Wada 2º Giovana Liberatori - T. da Serra 3º Brenda Munhoz - Gomes 3º Kamila Rodrigues - R. Oliveira Sub21 18/20anos Masc. Abs. 1º Hélio Pereira Neto - Resistência 2º Andrew Vicente - Resistencia 3º Lucas Elói Santos - Indaiatuba

Equipe Junior Masc. 3º Kyu 1º Hisatugo - Hisatugo 2º Hisatugo A - Hisatugo 3º Karate um passo à frente 3º Guarukai - Guarukai Equipe Master Masc. 3º Kyu 1º Portuguesa - Portuguesa 2º Makoto - Makoto 3º Bonsai Jyuku – B. Jyuku

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LANÇ AMENTO NOVA LOJA SHIROI FIGHT & CO

Shiroi

inaugura loja-piloto Com a inauguração do 15º estabelecimento, a Indústria de Kimonos Shiroi pretende firmar novo conceito na rede de lojas dirigidas para o segmento de esportes de combate.

N

POR

Paulo Pinto I Fotos Revista Budô

um momento em que o mercado brasileiro está retraído e as empresas encolhem os investimentos, a Shiroi Fight & Company mantém o planejamento traçado na temporada passada e dá grande passo ao lançar sua 15ª loja, que deverá mudar conceitos e impor novo padrão em toda a rede. Otimista, o empresário Maurício Alves fala sobre os novos projetos. “Todos sabem que a franquia é bom investimento para quem sonha ter o próprio negócio. Com este formato, buscamos estabelecer novo conceito em nossa rede de lojas, visando a transformar o negócio numa franquia. Por meio dela pretendemos treinar, desenvolver e fornecer suporte contínuo para cada franqueado da rede em todo o País.” Em seu discurso de inauguração, o diretor executivo da Shiroi Fight & Company

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enfatizou a liderança da marca no segmento dos esportes de combate. “Estamos dando um grande passo no sentido de consolidar nossa marca como líder de mercado também no varejo. Pretendemos promover uma revolução neste segmento. Hoje, nossa empresa já é a maior indústria do segmento das artes marciais, produzindo para as maiores marcas, como Pretorian, Shinai, Gracie Barra, Bad Boy, Rilion Gracie e outras que mantemos em sigilo a pedido do cliente, além da linha completa de produtos Shiroi. A partir de agora nossas lojas passarão a vender todos os produtos relacionados ao esporte e ao fitness e atingiremos um mercado mais abrangente.” Para Carla Alves, diretora da nova loja Shiroi Fight & Co, a ideia é atender a novos mercados. “A meta principal é aumentar a presença de consumidores em nosso estabelecimento. Buscamos diversificar o atendimento no sewww.revistabudo.com.br


Maurício Alves e Carla Alves

Ketlin Souza, Luís Alberto Novaes e Marcela Alves

Sensei José Aparecido da Silva, da Associação de Karatê-Do Oriental, que atende a 16 municípios da região, e Maurício Alves

Maurício Alves, Carla Alves e Renata Galati

Renata Galati e Marcela Galati, designer de interiores e responsável pelo desenvolvimento e execução do projeto da nova loja Shiroi Fight & Co

Osmar Probo, Maurício Alves e Edgar Gava

tor de esportes de combate e atuar no segmento de fitness e de suplementos alimentares, já que grande parte dos praticantes de lutas consome estes produtos. Aumentamos a variedade de itens oferecidos aos nossos clientes e agregamos novo mercado esportivo.” Na avaliação de Renata Galati, gerente comercial do Grupo Shiroi, o novo ponto de venda é um marco nas operações da empresa. “Além de ser a concretização de um objetivo traçado há anos pela diretoria, a abertura da Shiroi Fight & Co inova a marca Shiroi e traz novo padrão para nossa rede de lojas nas principais cidades do País.” “A ideia”, explicou Renata, “é unir os mercados fight e fitness no mesmo ambiente, oferecendo mais comodidade e conforto aos praticantes dos esportes de combate, fisiculturistas e todos que buscam suporte para a prática esportiva. Esta proposta atende aos propósitos do nosso slogan: A maior diversidade de produtos para artes marciais.” A gerente comercial enumerou os diferenciais da loja situada em Apucarana. “Trata-se de um piloto para a rede de franquias Shiroi Fight & Co, onde, num ambiente descontraído, ofereceremos kimonos, equipamento de proteção, vestuário, acessórios esportivos e suplementos nutricionais a preços extremamente competitivos, além da maior variedade de produtos e marcas. O empreendedor terá o diferencial de adquirir uma franquia que não restringe a venda aos produtos de nossa fabricação. Consolidamos parcerias que garantirão ao investidor a opção de trabalhar com as melhores marcas do mercado.”

A nova loja Shiroi Fight & Company está situada na Praça Int. Manoel Ribas (Redondo), 400, em Apucarana, região Norte do Estado do Paraná.

Maurício Alves com sensei Expedito Borges, o Borjão, diretor da Academia de Karatê Caminho Livre (AKCL)

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C AMPEONATO PAN-AMERIC ANO DE TAEKWONDO JUVENIL E C ADETES

Brasil

conquista 17 medalhas no

As seleções juvenil e cadetes foram a Aguascalientes, no México, onde obtiveram um resultado inédito, garantindo a extraordinária terceira colocação geral no individual e o bronze na competição por equipes. POR

Paulo pinto I Fotos MATIAS ROJAS / Mas TKD

México

A

s seleções brasileiras obtiveram um resultado inédito no Campeonato Pan-Americano de Taekwondo, nas classes juvenil e cadetes, conquistando 17 medalhas: três de ouro, cinco de prata e nove de bronze. A comissão técnica do time brasileiro foi composta por Rivanaldo Freitas, coordenador técnico; Lécio Mizael, Rodney Saraiva e Flávio Alves, técnicos de ambas as classes. Os atletas brasileiros chegaram a oito finais, que renderam três ouros e cinco pratas. As medalhas de ouro foram conquistadas por Vinicius Brunini, 63kg; Milena Guimarães, 68kg; e Juliano Adjuto, 78kg; do juvenil. As medalhas de prata foram conquistadas por Carlos Bezerra, 45kg; Raphael Oliveira, 48kg; Nívea Silva, 49kg; e Gabriel Silva, 68kg, do juvenil, e Daniel Graciola, 45kg, no cadetes.

Após a conquista do ouro, Vinícius Brunini comemora com a bandeira do Brasil

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As medalhas de bronze foram conquistadas por Amanda Riebau, 42kg; Danielle Oliveira, 44kg; Fagner Dantas, 55kg; Kelly Locatelli, 52kg; Thays Barbosa, 55kg; e Vítor Lima, 73kg, no juvenil, e Carolina Farina, 41kg; Ana Paula Morais, 59kg; e Bruna Silva, 59kg, no cadetes. Para Lécio Mizael (MG), o resultado inédito comprova o bom momento e a evolução técnica do taekwondo brasileiro na base. “Viemos a Aguascalientes com duas equipes jovens, porém muito bem prepara-

Lécio Mizael Juliano Adjuto, ouro

Flávio Alves

Milena Guimarães, 68kg

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Rivanaldo Freitas

Rodney Saraiva

Milena Guimarães, ouro no 68 kg

Vinicius Brunini, 63kg

Juliano Adjuto, 78kg

Vinícius Brunini, ouro no 63kg

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CAMPEONATO PAN-AMERICANO DE TAEKWONDO JUVENIL E CADETES das. As 17 medalhas conquistadas, o bronze por equipes e a terceira colocação geral mostram que estamos evoluindo rapidamente. Em breve estes atletas chegarão ao topo e o Brasil estará sendo representado por um grupo bem mais expressivo. Tudo isso é fruto do planejamento e do trabalho que estão sendo feitos na atual gestão.” Na avaliação de Mizael, o nível técnico foi muito bom. “Vivemos hoje uma nova realidade. A nova CBTKD tem proporcionado grande dinâmica à modalidade. O Brasil é hoje muito mais competitivo e participativo em nível nacional e internacional, e isso facilita muito o nosso trabalho na seleção brasileira. Hoje os atletas do Brasil vão às competições em busca do ouro e não apenas para realizar intercâmbios. Acredito que estamos formando uma nova geração em várias categorias. No ano passado tivemos um campeão mundial, dois atletas se classificaram para os Jogos Olímpicos da Juventude e um deles foi campeão, e isso é reflexo do trabalho feito pelos gestores e, é claro, pelos professores nos Estados.” Sobre o resultado inédito na competi-

ção mestre Lécio creditou parte deste resultado ao excelente trabalho feito pela comissão técnica juvenil. “Claro que o grande mérito destas medalhas deve ser creditado aos atletas talentosos e seus professores, que fazem um trabalho diário nos Estados, mas o diferencial da seleção juvenil é a comissão técnica. Fazemos um trabalho dirigido, no qual todos se completam, e estamos em busca realmente do melhor resultado para o taekwondo do Brasil. Não pensamos nos nossos Estados ou em nossas escolas, pensamos apenas no melhor para os nossos atletas e para o País.” Em seu balanço final o técnico mineiro destacou a paridade técnica significativa entre os atletas do Brasil e do exterior. “Obtivemos vários resultados inéditos no México, o terceiro lugar na classificação geral e o bronze por equipes mostram que o Brasil está entre as principais forças da América. Nossos atletas estão competindo em igualdade com os dos demais países e chegaram a oito finais. Além de ser um número bastante expressivo de finais, este foi o melhor resultado em toda história da seleção juvenil.”

Seleção Brasileira Juvenil Feminina Amanda Karonine, 42kg Danielle Souza, 44kg Dangela Guimarães, 46kg Nívea Barros, 49kg Kelly Locately, 52kg Thays Karolinny, 55kg Maria Izabelly, 59kg Maria Eduarda, 63kg Milena Titoneli, 68kg Raquel Gomes, +68kg Seleção Brasileira Juvenil Masculina Carlos Bezerra, 45kg Raphael Alves, 48kg Diego Figueiredo, 51kg Fagner Dantas, 55kg Lucas Oliveira, 59kg Vinicius Brunini, 63kg Gabriel Nascimento, 68kg Vítor Hugo, 73kg Juliano Adjuto, 78kg Arthur Fernandes, +78kg Seleção Brasileira Cadete Feminina Carolina Farina, 41kg Liriel Dara Feitosa, 44kg Ana Paula, 59kg Bruna Beatriz, +59kg Seleção Brasileira Cadete Masculina Daniel Graciole, 45kg

Carlos Fernandes com atletas e comissão técnica do Brasil em Aguascalientes

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INTERC ÂMBIO TÉCNICO BRASIL X JAPÃO

Professores kodanshas e dirigentes da FPrJ com Toshizo Ido e Takahiro Fujiki Noriyuki Ishikawa, deputado estadual de Hyogo, presenteia Luiz Iwashita

Delegação de Hyogo que visitou a FPrJ

Toshizo Ido, governador de Hyogo, recebe homenagem do professor Luiz Iwashita

Makoto Yamashita, representante da província de Hyogo no Brasil, com Luiz Iwashita

Delegação de Hyogo com dirigentes e atletas paranaenses

Delegação de Hyogo visita Federação Paranaense de Judô POR

paulo pinto I Fotos lilo barros

Retribuindo a visita feita em 2014 por dirigentes da Federação Paranaense de Judô, o governador de Hyogo chefiou a comitiva japonesa que veio a Curitiba para conhecer a sede do judô paranaense.

C

omo parte das atividades previstas no programa de eventos do intercâmbio técnico entre Brasil e Japão, promovido pela Federação Paranaense de Judô e o Governo de Hyogo, no dia 21 de agosto a delegação japonesa visitou a sede da FPrJ, onde foi recebida com uma cerimônia de boas-vindas. Autoridades esportivas e políticas participaram do encontro que comemorou a parceria entre asiáticos e latino-americanos, idealizada em 2012 e levada a cabo apenas em meados de 2014, quando a comitiva chefiada por Luiz Iwashita foi a Hyogo e outras províncias do Japão. Entre as 30 pessoas que integravam a

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comitiva japonesa, além de outros visitantes, estavam Toshizo Ido, governador de Hyogo; Noriyuki Ishikawa, deputado estadual de Hyogo; Makoto Yamashita, representante da província de Hyogo no Brasil; Takahiro Fujiki, presidente da Federação de Judô de Hyogo; os professores de judô Tsugihiro Nakau e Hiroshi Asahori; e os atletas de Hyogo que fazem parte da seleção japonesa Hifumi Abe, campeão japonês dos 66 kg; Hyouga Noushou, 60 kg; Reiya Kobayashi, 81 kg; Juubei Ishiyama, 100 kg; e Lee Hwang Yo, 100 kg. Toshizo Ido disse que está satisfeito com o intercâmbio entre Hyogo e o Paraná, e que a troca de experiências entre jovens

atletas é de fundamental importância para os dois lados. Ido falou ainda que torce para que a relação entre Brasil e Japão, que já é muito boa, cresça ainda mais e se prolongue por muitos anos. “Desejo sorte ao Brasil e também ao Japão nas Olimpíadas Rio 2016”, ensejou o governador de Hyogo. Já o presidente da FPrJ, Luiz Iwashita, agradeceu a presença da comitiva japonesa, deu parabéns aos 45 anos de irmandade entre o Paraná e Hyogo, e relembrou que atletas paranaenses já estiveram por duas vezes treinando na província, em 2013 e 2014. “Fomos muito bem recebidos e queremos voltar no ano que vem para estreitar ainda mais nossos laços”, disse. Além de Ido e Iwashita, fizeram parte da mesa de honra o deputado estadual de Hyogo Noriyuki Ishikawa; o presidente da Federação de Judô de Hyogo, Takahiro Fujiki; o representante da província no Brasil, Makoto Yamashita; e os diretores da FPrJ Vítor Moreira, Helder Faggion e Liogi Suzuki.

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XI Copa Minas Tênis Clube de Judô

Instituto Reação se impõe na Copa Minas Com 26 medalhas conquistadas, o Instituto Reação foi campeão geral do certame. O Sesi-DF ficou em segundo lugar e Brasil Vale Ouro obteve a terceira colocação. POR

PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ

R

ealizada de 3 a 6 de julho na Arena Minas Tênis Clube, a tradicional Copa Minas de Judô levou a Belo Horizonte 926 judocas vindos de 111 agremiações e 21 Estados. Entre as equipes inscritas estavam as maiores forças do judô verde e amarelo: Sogipa (RS), Esporte Clube Pinheiros (SP), Instituto Reação (RJ) e Minas Tênis Clube, anfitrião do certame. A 11ª Copa Minas Tênis Clube de Judô foi totalmente gerenciada pelo sistema Zempo, desde as inscrições, sorteio, ordem de lutas e resultados até a utilização do vídeo replay. Foi disputada em seis áreas com tempo de luta oficial nas classes sub 13 e sub 15. Já o sub 18 adotou a repescagem dos semifinalistas. Na classe sub 23 o tempo de combate foi de 4 minutos para ambos os sexos e repescagem a partir das quartas de finais. Realizada anualmente pela Federação Mineira de Judô com a chancela da CBJ, a Copa Minas é um dos mais tradicionais eventos do calendário nacional. Proporcionando grande intercâmbio técnico para atletas da base, ao lado da

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de Judô

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Copa São Paulo a Copa Minas é o maior evento voltado para esta classe. Várias autoridades esportivas e políticas participaram da cerimônia de abertura, entre as quais Carlos Henrique Martins Teixeira, diretor secretário do MTC; Euler Barbosa de Carvalho, diretor de Judô do MTC; Luiz Augusto Martins Teixeira, presidente da FMJ; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da CBJ; Francisco Grosso, presidente da FJERJ; Paulo Menezes, vice-presidente da FJERJ; Pelé do Vôlei, vereador da cidade de Belo Horizonte; Alessandro Puglia, presidente da FPJ; Georgton Pacheco, presidente da FTJ; Frederico Flexa, ex-atleta da seleção brasileira; e os atletas minastenista da seleção brasileira Ketleyn Quadros, Eduardo Bettoni e Hugo Pessanha. Mais uma vez no comando geral da competição, o professor Sérgio Cota promoveu um certame de altíssimo nível. A coordenação técnica ficou a cargo dos professores Edmilson Guimarães e Marson Albani, membros do departamento de gestão de eventos da Confederação Brasileira de Judô.

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XI Copa Minas Tênis Clube de Judô Dirigentes

Carlos Henrique Martins Teixeira, Luiz Augusto Martins Teixeira, diretor secretário do MTC presidente da FMJ

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Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da CBJ

Euler Barbosa de Carvalho, diretor de Judô do MTC

Ivan Fagundes, coordenador de arbitragem da FMJ

Sérgio Cota, coordenador geral da Copa Minas

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Pelé do Vôlei, Ricardo Santiago, Francisco de Carvalho, Luiz Augusto Martins e Carlos Henrique Martins

A cada ano um evento com mais atrativos Euler Barbosa de Carvalho destacou a tradição da Copa Minas no cenário judoístico nacional. “Nosso certame contou com a participação de 21 Estados e 111 agremiações. Vários atletas das principais equipes de base competiram, elevando o nível técnico da nossa competição. Trabalhamos no sentido de a cada edição tornar nosso evento mais atrativo e dinâmico. Dessa forma esperamos contar com uma participação cada vez maior das entidades coirmãs.” Representando Paulo Wanderley Teixeira, presidente da CBJ, Francisco de Carvalho deu boas-vindas aos competidores. “Em nome do nosso presidente parabenizo a diretoria minastenista pela realização de mais uma edição da Copa Minas, um dos principais eventos do calendário de nossa modalidade. Saúdo a todos os judocas que vieram a Belo Horizonte para enriquecer esta disputa. A cada ano nos deparamos com um evento muito mais ajustado e dinâmico. O principal intuito desse esforço é oferecer uma competição fundamentada nos padrões da Federação Internacional de Judô. Tenho certeza de que todos sairão de Minas Gerais satisfeitos, e voltaremos a vê-los em futuras edições.” Carlos Henrique Martins Teixeira lembrou que o Minas Tênis Clube é um dos poucos clubes sociais que investem verdadeiramente no judô. “Atualmente pouquíssimos clubes têm coragem e até mesmo a ousadia de investir nos chamados esportes olímpicos, e contrariando esta tendência o Minas Tênis Clube investe nas mais diversas modalidades olímpicas e até mesmo nas não olímpicas. Uma grande prova desse investimento está na seleção brasileira de judô e de inúmeras modalidades que contam com atletas de nossa equipe. No judô atingimos a maturidade e a conquista do tricampeonato do Troféu Brasil, a maior competição interclubes do País, ratificando esta afirmação. Há 11 anos iniciamos o processo de formatação desta competição que, acima de tudo prioriza os judocas da base, e nesse sentido promovemos hoje uma das melhores competições do calendário do judô brasileiro. Esperamos vê-los sempre em nossa competição, pois vocês são a razão de todo www.revistabudo.com.br

este trabalho”, disse o dirigente minastenista. Para Alessandro Puglia, a cada ano o torneio oferece maiores atrativos. “Geograficamente falando, Belo Horizonte está numa posição privilegiada e de fácil acesso para as equipes do Norte e do Sul do País. A estrutura do Minas Tênis é excelente, e a decisão de retirar a classe sênior da competição tornou o torneio muito mais atrativo para a base. Todos estes ingredientes, somados à tradição que a competição possui, projetam ainda mais a Copa Minas no cenário nacional do judô.” Luiz Augusto Martins Teixeira cobrou maior investimento na base. “Mais uma vez nos reunimos em Belo Horizonte para promover um evento elaborado eminentemente para o desenvolvimento das categorias menores. Aproveito para sugerir às autoridades esportivas do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro que destinem parte do investimento feito no desporto para as classes menores. Para um atleta chegar ao alto rendimento ele precisa passar por um consistente trabalho na base. Não existe fórmula diferente para o sucesso. Precisamos parar de canalizar todos os recursos para o topo, pois este é um equívoco gigantesco.” Floriano de Almeida explicou por que o novo formato oferece mais espaço para a base. “Percebemos que a maioria dos atletas que disputavam na classe sênior participava da sub 21. Tomamos a decisão de retirar o sênior da disputa para enxugar e agilizar a competição. Diferentemente das copas das quais participamos no Rio ou em São Paulo, a nossa tem repescagem e os cronômetros são parados quando as lutas são interrompidas, assim como é feito nas competições oficiais. A subtração do sênior resultou no maior intercâmbio para a base, que tem mais espaço também no treinamento de campo oferecido após a competição.” Sérgio Cota mostrou as razões de tantas mudanças a cada ano. “Em todas as edições entregamos um formulário para os professores inscritos e pedimos que todos façam sugestões visando à otimização do evento. São ajustes que buscamos fazer para melhorar, e na última edição tivemos um problema sério que prolongou o evento até as 23 horas. Foi desgastante para todos, e como nosso intuito é fomentar a base, decidimos parar com o sênior, e o evento ficou muito mais ágil. Outra mudança importante foi a cobrança de uma pequena taxa de inscrição. Com ela pudemos convidar seis árbitros de experiência internacional e cada um deles ficou responsável por uma área. Temos certeza de que com esta iniciativa sanearemos definitivamente os constantes problemas que ocorriam na arbitragem. Outro ponto importante é podermos contar com a equipe de gesRevista Budô número 16 / 2015

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Prof. Rogério Quintela da C. Silva Faixa Preta Ni-dan

Corpo Discente da Academia Brasileira de Treinadores

Comitê Olímpico Brasileiro

tão de eventos CBJ, que nos oferece tranquilidade e a certeza de estarmos realizando um certame com qualidade e dentro das normas da Federação Internacional de Judô.” Responsável pela coordenação de arbitragem da Federação Mineira e da competição, Ivan Fagundes avaliou a inovação na arbitragem. “Este ano tivemos o privilégio de poder convidar seis árbitros da Federação Internacional de Judô para coordenarem cada uma das áreas. Nosso interesse é desenvolver um trabalho com maior qualidade para os clubes convidados, nivelando nossa arbitragem com o que há de melhor no País, e felizmente isso está dando certo. Ao todo contamos com 33 árbitros na competição, entre eles os FIJ Cláudio Murayama (SP), Kenji Yamamoto (SP), Glaudison Azevedo (RJ), Gildásio Costa (RJ), Irisomar Fernandes (ES) e Leonardo Ângelo Stacciani de Resende (GO). A cobrança da pequena taxa de inscrição permitiu este investimento, e o resultado prático dessa ação foi excelente”.

Cariocas dominam a competição

Instrutor Chefe

Ateneu Barão de Mauá

Com cinco equipes entre as dez primeiras colocadas, o Estado do Rio de Janeiro nadou a braçadas e firmou-se como o maior protagonista desta edição da Copa Minas Tênis Clube de Judô.

Ton Pacheco, Luiz Augusto Martins e Alessandro Puglia

O Instituto Reação do Rio de Janeiro somou 161 pontos e foi o campeão geral do certame. O time comandado pelo experiente professor kodansha Geraldo Bernardes conquistou 26 medalhas e disputou 11 finais, obtendo 11 medalhas de ouro, duas de prata e 13 de bronze. Totalizando 115 pontos, o Sesi-DF ficou na segunda colocação geral com 16 medalhas. Os atletas brasilienses obtiveram sete medalhas de ouro, seis de prata e três de bronze. Em terceiro lugar figurou mais uma equipe do Estado do Rio de Janeiro, o Brasil Vale Ouro. O time da capital fluminense chegou à terceira colocação totalizando 84 pontos e conquistando três medalhas de ouro, três de prata e doze de bronze. O Minas Tênis Clube alcançou 96 pontos, mas, como promotor e organizador da competição, não participou da disputa de medalhas.

Rua Guarujá, 27 – Jardim Paulista Ribeirão Preto (SP) www.ateneubaraodemaua.com.br Ribeirão Preto (SP) – Brasil Telefone: (16) 3624-4404 - 9 9167-2772 quintelaro@gmail.com

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Confederação Brasileira de karatê FAK - Federação Alagoana de Karatê

Presidente Jadgilson T.de Oliveira Av. João Davino, 445 – Sl. 302 - Ed. São João - Maceió – AL karate.fak.alagoas@hotmail.com

FAK - Federação Amapaense de Karatê

Presidente Geyse Arruda Passagem José Barbosa, 115, Infraero 1 - Macapá – AP Tel. (96) 91546025 geysoramos@gmail.com

FAK - Federação Amazonense de Karatê Presidente Washynton Luis Carneiro de Melo Rua Santa Helena, 802 - Betânia - Manaus – AM Tel. (92) 93391407 – 8212-7419 www.fak.org.br

FBK - Federação Baiana de Karatê

Presidente Antônio Carlos Negreiro Praça Castro Alves - Palácio dos Esportes, sala 107 Salvador – BA Tel. (71) 33210083 www.fbk.org.br - fbk@fbk.org.br

FCKDF - Federação Candanga de Karate do Distrito Federal

Presidente: Abdias Cordeiro Dias SRPN – Gin. Cláudio Coutinho Comp. Aquático - Sala AI 12 – Brasília - DF Tel. (61) 3327-1216 www.karatedebrasilia.org.br - fckdfkarate@gmail.com

FCK - Federação Cearense de Karatê

Presidente Luiz Carlos Nascimento Júnior Rua Pedro Rufino, 10 – Varjota - Fortaleza – CE Tel. (85) 32634101 www.karateoficialceara.com.br - karateoficialceara@ uol.com.br

FEK - Federação Espírito-santense de Karatê

Presidente João Espirito Santo Av. João Felipe Calmon, 723 – Centro - Linhares – ES Tel. (27) 99637222 – 33714941 - 32641422 contato@fgk.com.br - fgk@fgk.com.br

FEKAEGO - Federação de Karatê do Estado de Goiás

Presidente Joílson Ferreira Moraes Al. Couto Magalhães, QD.88 Lt.15 - Setor Pedro Ludovico - Goiânia – GO Tel. (62) 3942 6029 - 9619 6217 www.fekaego.com.br - fakaego@hotmail.com www.revistabudo.com.br

FKEM - Federação de Karatê do Estado do Maranhão Presidente Joaquim Pedro Almeida Ribeiro Rua das Hortas, 17 – Centro - São Luiz – MA Tel. (98) 88859688 www.budokanma.com.br - budokanma@hotmail.com

Federação de Karatê do Mato Grosso

Presidente Gentil Apolinário de Souza Rua Arnaldo Estevan, 1215 – Centro - Rondonópolis – MT deltakarate@ibest.com.br - karatefkemt@hotmail.com

Federação de Karatê Mato Grosso do Sul Presidente Paulo José Muniz Rua do Touro, 130 – Vila Nhanha (Guanandizão) Campo Grande - MS Tel. (67) 3346-4300 - fkmsoficial@gmail.com - fkms@ brturbo.com.br

FKR - Federação de Karate de Rondônia Presidente: Ronaldo Seráphico Patrício Rua Enrico Caruso, Bairro Aponiã - Porto Velho - RO Tel. (69) 9982-5507 e 8104-8335 www.karaterondonia.com.br federacaokaraterondonia@gmail.com

FEKTO - Federação de Karate do Tocantins

Presidente: Jocivaldo Dias Cardoso QDR 210 S AVE LO 05 - N 16 LT 01 CS 03 – Palmas - TO Tel. (63) 9212-1335 e 8426-1335 www.karate-to.com.br - ftkika@gmail.com

FMK - Federação Mineira de Karatê

Presidente João Carlos Godoy Av. Olegário Maciel, 311 – sala 206 – Centro - Belo Horizonte – MG Tel. (31) 32010114 www.fmk.org.br - minaskarate@bol.com.br

FPRK - Federação Paranaense de Karatê Presidente Aldo Lubes Rua Marechal Deodoro, 51 - sala 810 - Curitiba – PR Tel. (41) 32241059 - 99620187 fprk@fprk.com.br - www.fprk.com.br

FPK - Federação Pernambucana de Karatê

Presidente Luciano de Moura Beltrão Rua João Francisco Lisboa, 121. Cidade Universitária Recife – PE Tel. (81) 3272.2996 – 8899-2999 (OI) - 9695.4892 (TIM) karatepernambuco@hotmail.com

FKEP - Federação de Karatê do Estado do Piauí

Presidente Fabricio Pimentel Soares Rua Jonatas Batista 852 – Centro Norte - Teresina - PI Tel. (86) 8838-5568 - 9955-8890 karatedopiaui@hotmail.com

FKERJ - Federação de Karatê do Estado do Rio de Janeiro Presidente Juarez Silva dos Santos Rua Garibaldi s/n - Centro - Duque de Caxias – RJ Tel. (21) 3842-4429 – 3248-3455 - 3046-8713 www.fkerj.org - secretaria@fkerj.com.br

FNK - Federação Norte-rio-grandense de Karatê Presidente Márcio Oliveira Lima Rua Antônio Farache, 1854 - A - 201 - Bairro Capim Macio - Natal – RN Tel. (84) 8813-4883 – 9698-7234 www.fnk.org.br - marciolima@supercabo.com.br

FGK - Federação Gaúcha de Karatê

Presidente Celso Piaseski Rua Gonçalves Dias, 700 - Ginásio da Ginástica - Porto Alegre – RS Tel.(51) 32316670 - contato@fgk.com.br - www.fgk. com.br

FRK - Federação Roraimense de Karatê

Presidente Oberlan Jones Avenida Getúlio Vargas, 7155 - São Vicente - Boa Vista – RR - 69303-472 Tel. (95) 36264677 - 91190320 - 81005808 karate.frk@gmail.com - oberlanj@gmail.com

FCK - Federação Catarinense de Karatê Presidente Durci da S. Nascimento Rua Bateias, 701 – Bairro Fátima - Joinville – SC Tel. (47) 3028-3926 – 3028-3946 - 9974 6148 9111 0603 www.fckarate.com.br - akan.durci@gmail.com

FPK - Federação Paulista de Karatê Presidente José Carlos de Oliveira Rua dos Estudantes, 74 sala 45 - São Paulo – SP Tel. (11) 38879880 - 38876493 www.fpk.com.br - karatefpk@uol.com.br

FSK - Federação Sergipana de Karatê Presidente Cristóvão José Bittencourt da Silva Av. Francisco José da Fonseca, 418 - Aracajú - SE Tel. (79) 32512957 – 99622938 fsergipekarate@yahoo.com.br

FKEPA - Federação de Karatê do Estado do Pará Presidente Pedro Yamaguchi Avenida Almirante Barroso 5.492 - Castanheira Bairro Souza - Belém – PA Tel. (91) 32313049 – 9981-8899 Karatedopara@hotmail.com

FPBK- Federação Paraibana de Karatê Presidente Antônio Carlos da Costa Nascimento Rua Santa Catarina, 444 – Liberdade - Campina Grande – PB carlinhodokarate@hotmail.com

Confederação Brasileira de Karatê

Presidente Luiz Carlos Cardoso do Nascimento Sede Rua Pedro Rufino, 40 Sala A Varjota – Fortaleza CE - 60175-100 Fones (85) 3048-6855 / 9792-3451 / 8883-9257 cbkarate.blogspot.com.br - karatecbk@uol.com.br Revistawww.karatedobrasil.org.br Budô número 16 / 2015 165


Kodanshas do Brasil - Stanlei Virgílio

A paixão pelo judô Traduzida em livros Mais do que as competições, a filosofia e a beleza dos movimentos fizeram Stanlei Virgílio apaixonar-se pelo judô. Essa paixão transformou-se em ensinamentos para os alunos de sua academia e em oito livros sobre técnicas e histórias da modalidade. POR

paulo pinto I Fotos budopress

N

o começo dos anos 1950, pouca gente sabia o que era na realidade o judô, visto por alguns como uma luta mortal praticada pelos japoneses. Mas Stanlei Virgílio, chegado havia pouco a Assis para iniciar sua carreira profissional, enxergou além dos golpes e combates. Nascido em 31 de março de 1932, em Rio Claro, ele havia passado por outras cidades do interior paulista, como Bebedouro e Jaboticabal, onde concluiu seus estudos na Escola de Agricultura em 1950, antes de chegar a Assis. Foi nessa cidade, onde iria trabalhar na Empresa de Mecanização Agrícola S.A., que fez o primeiro contato com o judô e teve as primeiras aulas com o professor Massao Kodama. Ao longo de sua vida, até por limitações impostas pelo trabalho, apresentou-se em muitas competições e exibições, mais por amor ao esporte do que em busca de grandes títulos. Em 1987 fundou a Academia Stanlei de Judô e Ginástica, em Campinas. A preocupação em transmitir a seus alunos conceitos até então pouco conhecidos levou-o a escrever um livro sobre técnicas e fundamentos do judô. E não parou mais de escrever. Stanlei não tem dúvidas de que se tornou uma pessoa melhor, inclusive fisicamente, graças ao judô. Por ele abandonou o futebol, o atletismo e o tênis de mesa. E se sente feliz porque o judô lhe deu tudo que queria da vida. Especialmente a possibilidade de construir sua academia, dentro dos parâmetros

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que sempre sonhou, com um programa de ensino estudado, aperfeiçoado e melhorado. O que não significa que não tenha sofrido decepções. A maior delas, afirma, é não ter seu trabalho e sua dedicação reconhecidos pela Federação Paulista de Judô, embora tenha contribuído decididamente para a criação da 15ª DRH – Grande Campinas, da qual foi um dos comandantes. Do futuro, só teme que sua academia possa um dia deixar de existir. Conheça mais dessa personalidade marcante do judô paulista na entrevista a seguir. Quantos livros escreveu até hoje? Escrevi dez: A arte do judô, A arte e o ensino do judô, Defesa pessoal, Golpes extra gokio, Judô Campinas – história e arte, Personagens e histórias do judô brasileiro, Conde Koma e Ne-waza, todos sobre judô, além de Despertar da mecanização agrícola e Uma vida, autobiografia. O que o motivou a escrever sobre judô? A escassez de literatura. Antes de 1980 eram raríssimos os livros sobre judô, e a maioria era muito ruim. Qual livro lhe deu mais prazer? Acho que o mais prazeroso foi o primeiro, porque não via a hora de ser publicado; os outros foram uma consequência, uma continuidade. Mas não se pode dizer que um é melhor do que o outro. Há uma sequência que começa mostrando o que é o judô, para que um principiante entenda seus conceitos e não as técnicas. Já para escrever Os golpes extra gokio pesquisei mais de 100 deles para escolher os que entrariam, e tive de treiná-los até a perfeição. Ensinei e fiz demonstrações desses golpes em vários lugares. Outro livro particularmente interessante é o Conde Koma, que conta toda a história do judô desde o Japão até a entrada dele no Brasil, em 1915. Qual biografia foi mais desafiadora? A do Conde Koma, porque tive de viajar no tempo e no espaço. Não enfrentei apenas problemas financeiros, mas tive de ausentar-me de minha vida e enfrentar inúmeras adversidades para mapear a vida e os caminhos daquele pioneiro dos tatamis em nosso País. Qual foi a entrevista mais emocionante que já fez? www.revistabudo.com.br

uma atenção inesperada. Quando falei soFoi com o sensei Sadai Ishihara, na cidade de Assai, em 2001. A impressão que me bre um livro ao professor Ney Wilson, atual causou foi de desolação: um professor gestor do alto rendimento da CBJ, e pedi como ele, um nome que tem de ser lemque me ajudasse a localizar as pessoas que brado para sempre pelo judô do Paraná, deveriam ser ouvidas lá no Rio de Janeiro, era uma figura pequena, sentadinha ele me hospedou num hotel em frente na soleira de uma porta toda quebraà federação e conseguiu que as pessoas da. A academia, que fora referencial no fossem até lá falar comigo. Fui três vezes Norte do Paraná, era só escombros. Na ao Rio fazer essas entrevistas. O Renato, o casa dele, de madeiChico do Judô e o Ney ra toda desgastada, também me ajudaram dona Kiê foi fazer um quando precisei pagar café para a gente, inum adiantamento para Sensei Motoyuki sistindo em dizer que a editora, depois que o Murayama nos era brasileira, que os Gerardo Siciliano disse filhos são brasileiros, moldou e nos ensinou que o livro não interese que não lembrava sava à FPJ. Cada federaa fazer o que mais nada do Japão. ção que ajudou recebeu Esta foi a entrevista depois 40 exemplares.. achava certo – e que realmente mais me comoveu. VieO que o impele a seaté hoje todos nós ram-me lágrimas de guir trilhando o caconcordamos ver a situação de um minho da literatura judoca que lutara técnica e didática? que ele estava diante do imperador A ausência de material do Japão, um privipara passar aos alunos definitivamente légio reservado aos que virão. O pouco de certo. melhores, agora vematerial que existe por lhinho, abandonado aí é muito mal feito e naquela cidade. mal explicado. Minhas publicações têm tudo detalhado, fotografias com legendas numeradas, tudo Os livros lhe proporcionaram ganho certinho. Há coisas da história muito infinanceiro significativo? teressantes nestes livros. Infelizmente, só tive prejuízos. No livro do Conde Koma fiquei uma semana em É possível comparar o judô atual com Belém, viajando de ônibus por estradas o de 50 anos atrás? de terra, com ajuda do presidente da feO judô evoluiu muito. Para melhor, claro, deração paraense da época. Depois de porque naquele tempo os professores muito custo encontrei o japonês que que vinham do Japão ainda tinham e precisava entrevistar, só que ele não faensinavam um pouco de técnica. O meu lava português. A mulher dele traduziu, professor era formado aqui. O Massao mas não resolveu; foi muito esforço para Kodama que me desculpe a franqueza, nada. Fui a Manaus também pesquisar mas ele não tinha conhecimento nesobre ele. Só que naquele tempo eu tinhum de judô. Ele simplesmente largava nha condições de me aventurar e bancar o povo lutando. Naquela época acháas despesas. vamos que aquela luta dos japoneses matava – e não era nada disso. Nem kata Recebeu muito apoio da comunidade existia. A evolução veio gradativamente. judoísta? Quem ensinou kata pela primeira vez no Algumas pessoas me ajudaram muito, Brasil foi o Yoshio Kihara, que veio do Jacomo o Renato Fruehwirth, na época em pão com a filha. Antes não existia nada, que era presidente da Federação Paranaera tudo na força mesmo. ense de Judô. A FPJ, ao contrário, nunca me ajudou em nada. Recentemente o O que se perdeu de mais importante atual presidente me fez uma indelicadeza em todos esses anos? que jamais poderia esperar, mas vamos A filosofia do judô. deixar pra lá. Em contrapartida, às vezes nos deparamos com pessoas que nos dão Qual foi o fato mais importante na

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Kodanshas do Brasil - Stanlei Virgílio que fundamos um ano antes da 15ª DRJ, já dispunha de material para fazer os eventos, seis áreas de tatamis novos, seis áreas de seminovos. Fui delegado regional aqui de 1990 a 1995 e depois disso o Celso de Almeida Leite, que sempre foi uma pessoa muito capacitada, assumiu. Quando o indiquei para o cargo o Bahi foi contra, dizendo que ele nem era judoca. Eu argumentei que era o único que tinha condição, e a gestão dele é excelente até hoje; ele melhorou, organizou e fez a delegacia crescer. A única mágoa que tenho é que dois anos depois ele tirou toda a equipe que eu havia deixado, gente experiente e de muita responsabilidade, como os professores kodanshas Mercival Daminelli, Milton Trajano, Cláudio Kyoshi Konno, Nélson Pedroso e eu. história do judô? A criação da Federação Paulista de Judô, indubitavelmente. Acho que a implantação das federações, primeiro a FPJ, em 1958, em 1962 a do Rio de Janeiro. Antes disso, por exemplo, aqui em São Paulo existiam núcleos formados por famílias como os irmãos Ono, os Ogawa e a turma do Tatsuo Okoshi que englobava as escolas dos senseis Tokuzo Terazaki, Katsutoshi Naito, Seissetsu Fukaia e Sobei Tani. Foi muito difícil unir todas estas escolas, na época, mas foi preciso para a evolução do judô. Qual foi a importância da implantação das delegacias regionais no desenvolvimento da modalidade? Foi extraordinária, porque cada região pode trabalhar e fazer o judô avançar sem depender tanto da FPJ. Nós, da 15ª DRJ, quando ainda não tínhamos a delegacia aqui, dependíamos da 8ª DRJ e com isso o judô aqui era restrito, acanhado, massacrado, e tudo de que precisávamos tínhamos de pedir para Rio Claro, onde vi coisas absurdas. Certa vez vi toda uma turma ser reprovada em exame, e pouco depois entraram no escritório várias caixas de laranja e garrafões de pinga e logo todos foram aprovados. Lembro que todos das turmas de Limeira e Piracicaba foram reprovados. Eu fiz o nage-no-kata com o Umeo Nakashima, e fui reprovado. Quando perguntei para o Oide por que havia sido reprovado, ele disse que eu pegava antes (eu era o tori) e eu neguei. Na ver-

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dade, me reprovou porque não foi com minha cara e pronto. E todos havíamos sido muito bem preparados pelo sensei Murayama. As DRJs sempre tiveram força política ou isso é coisa recente? O grande trunfo das delegacias regionais é resgatar a importância geopolítica da modalidade. Quando a 15ª DRJ foi fundada, já tínhamos aqui a União Campineira de Judô, com 33 associações. Essa união nos projetava politicamente no Estado e foi por meio dessa força que derrubamos o lobby do Mubarac e companhia na região. Num acordo que envolveu o Hatiro, Jantália e o Tico, propusemos apoio ao Hatiro Ogawa, que venceu o Watanabe e honrou o trato, permitindo que fundássemos a 15ª DRJ, que hoje é a maior delegacia do Estado depois da capital. A União Campineira,

Paulo Pinto e Stanlei Virgílio

Por que demorou tanto para se criar a 15ª DGR, se o judô foi sempre tão importante na região? Porque o Mubarac e o Watanabe não queriam de jeito nenhum. O que viabilizou a criação da DRJ foi o acordo político que firmamos. Caso contrário estaríamos até hoje sob o jugo de terceiros. Qual é o maior responsável pela propagação do judô na Grande Campinas? O judô em Campinas teve três pernas. A primeira, José de Almeida Borges, pai do Odair Borges, que trouxe o sensei Shigueichi Yoshima para ensinar. Só que ele mesmo nunca fez nada pelo judô; a vida toda só fez por ele e pelo Odair. Sobre o sensei Yoshima, podemos chamá-lo de pai do judô de Campinas. A segunda perna foi o Sebastião Germano, que veio para cá em 1966, comprou sua academia, teve os filhos que lutaram, e foi ele que introduziu o judô nos clubes. A terceira perna, quem realmente fez a difusão do judô em Campinas e região, foi o sensei Motoyuki Murayama. Nada sobrou dos dois primeiros, mas Murayama fez escola e ramificou nossa modalidade na região. Cito como exemplos o Milton Trajano, que conhece e estuda as coisas do judô, o www.revistabudo.com.br


Cláudio Kioshi, que também tem uma academia, o Anízio Belchior, o Mercival Daminelli, o Nélson Pedroso e eu. Somos seis professores graduados que continuamos formando judocas, seguindo e semeando os ensinamentos do sensei Murayama para centenas de alunos que estão na estrada do judô. Ele nos moldou e nos ensinou a fazer o que achava certo – e até hoje todos nós concordamos que ele estava definitivamente certo. Qual o judoca que mais o impressionou positivamente em todos esses anos? No livro que ainda estou escrevendo cito três pessoas: meu professor Masahiko Murayama, a quem devo muito, pois foi um pai para mim; Sérgio Adib Bahi, com quem tinha grande sintonia, além da amizade; e Mateus Sugizaki, outra pessoa que sempre admirei e que faria originalmente o prefácio do livro de ne-waza. Qual foi o maior professor de judô na região? Indubitavelmente foi o sensei Motoyuki Murayama. E no Estado de São Paulo? Massao Shinohara. Se alguém no Brasil merece o 10º grau, sem dúvida alguma é ele. E em nosso País? O professor kodansha Ryuzo Ogawa foi o grande percursor do judô no Estado e no País. Qual foi o maior judoca que conheceu nestes anos? Ainda fico com os dois que já citei anteriormente, Sérgio Adib Bahi e Mateus Sugizaki. São as duas pessoas que mais admirei por suas trajetórias no judô. Qual foi o judoca mais técnico que conheceu? Participei pouco de competições, porque minha vida profissional não permitia. Mas, se for julgar pelo que ouvi a vida inteira, seria o Ricardo Kurachi. Dizem que ele não lutava: simplesmente bailava encima dos tatamis. E o maior dirigente? Sérgio Adib Bahi. Ele não olhou só o judô de forma local, ele trabalhou nas Américas, ele levou meus livros para as Américas. Quando morreu, estava a ponto de ser presidente da FIJ, porque www.revistabudo.com.br

to. Na época eu não tinha dinheiro, mas seu prestigio em termos mundiais era meus alunos se cotizaram e pagaram. excepcional. Era um dirigente honesto, Hoje, se eu quiser uma graduação, tetrabalhador, competente, um empresánho de pagar muito dinheiro. Não tenho, rio muito bem sucedido. Era uma pesmas mesmo que tivesse não pagaria. Um soa que vivia para o judô e não do judô. cara que gastou o que Num dos meus livros eu gastei para escrever escrevi o seguinte: grande parte da históEm 25 de julho de ria do judô do Brasil, 1999 chegou a triste O judô está que dedicou o tempo notícia, morreu Sérespalhado pelo que dediquei ao judô, gio Adib Bahi, porém pouco antes de sua mundo e tem a função ainda ter de pagar? Sinceramente, é um morte, em entrevista principal de mudar, absurdo. que me concedeu para feitura deste educar e melhorar Qual é o sonho que livro e talvez já prenutre em relação ao vendo o desfecho uma sociedade por judô? final, fez questão de meio dessa arte. É Já fiz o que tinha de deixar esta mensanão tenho mais gem para os jovens: nesse aspecto do judô fazer, condições para nada. “O judô educa, é o esporte por exceque os professores têm Este é o último livro que vou escrever. Goslência, o esporte da de concentrar-se  . taria que meus alunos integração de todos e minha academia os valores positivos; continuassem depois foi missão das geraque eu me for, porque amo isto aqui. ções passadas solidificá-lo, fazê-lo cresQuero que meu neto continue. Quem dá cer, e essa missão é também desta miaulas aqui é o Glauco, que é uma pessoa nha geração e das gerações que virão. excelente. Desvinculá-lo do uso da força através da técnica e manter intacta sua filosofia nos Qual é a mensagem que deixa para os dá a certeza de que ele será amanhã o futuros judocas do Brasil? esporte do universo”. O judô vale a pena. É o esporte por excelência. Em competições, os judocas que vêm de nível sociocultural menor se saem E qual é mensagem que deixa para os melhor. Como vê esse fato? professores de judô? Não há dúvidas de que nas camadas Jigoro Kano queria fazer uma coisa granmais pobres existe mais determinação de para mudar o Japão. E ele conseguiu: e vontade de vencer na vida; por isso o judô hoje está espalhado pelo mundo surgem grandes revelações, tanto no e tem a função principal de mudar, edujudô quanto em outras modalidades. car e melhorar uma sociedade por meio Além disso, hoje algumas prefeituras dessa arte. É nesse aspecto do judô que estão bancando o esporte, e o judô os professores têm de concentrar-se. tem sido bem aceito. Em Atibaia, por exemplo, a prefeitura tem um projeto com mais de mil alunos. É desses mananciais que saem grandes campeões.

O que é preciso para dar maior impulsão à modalidade? Acho que precisaria haver mais justiça. Tenho 63 anos de judô, escrevi oito livros, tenho uma academia desde 1987 pagando filiação, e o que vejo na federação? É só unilateral. Só fui promovido ao 6º grau porque meu professor Murayama insistiu muito, fez uma proposta e entregou para o sensei Suga, que deu encaminhamen-

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KARATÊ-DÔ TRADICIONAL

Professores, instrutores e monitores que participaram do encontro

Encontro leva Tanaka e Inoki ao Distrito Federal Evento que reuniu mais de 100 karatecas em Brasília resgatou a tradição e os princípios do karatê-dô tradicional da ITKF.

C

om o apoio da Federação de Brasília de Karatê-dô Tradicional e do CIEF, a Associação Urumakan de Lutas Marciais realizou o 28º encontro de karatê-dô tradicional do Distrito Federal e entorno. O evento realizou-se no dia 8 de agosto no ginásio de esportes do Centro Integrado de Educação Física do GDF (CIEF) e contou com a participação de aproximadamente 100 karatecas, entre os quais mais de 30 professores faixas pretas do Distrito Federal e entorno. Responsáveis pela introdução desta arte marcial no Brasil, os shihans Yasutaka Tanaka, 10º dan, e Hiroyasu

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POR

paulo pinto I Fotos ronald veiga

Hiroyasu Inoki, Yasutaka Tanaka, Jackyên Rambel e Jackson da Silva

Inoki, 9º dan, puxaram o treino e mais uma vez transmitiram todo o conhecimento que acumulam sobre os fundamentos do karatê-dô tradicional aos karatecas do planalto central. Na avaliação do professor shihan Jackson da Silva, organizador e anfitrião do evento, o encontro atingiu os propósitos traçados pela organização. “Foi um encontro de karatecas que estão em busca de aprimoramento e desenvolvimento técnico, porque até então muitos karatecas de Brasília (principalmente as crianças) não conheciam os senseis Tanaka e Inoki. O treinamento abrangeu do infantil ao sênior, já que a prática do karatê envolve desde crianças com www.revistabudo.com.br


5 anos a adultos com até 85. O sensei Tanaka é um exemplo disso, pois hoje está com 83 anos.” O professor Jackson enfatizou a importância da volta dos senseis Tanaka e Inoki a Brasília. “Na verdade a história do tradicional começou em Brasília, pois foi aqui que em 1989 houve o primeiro campeonato para crianças e adultos, um ano após a fundação da CBKT. O evento reuniu os maiores nomes do tradicional da época, entre ele sensei Tanaka, que era o presidente de honra, e Inoki, que também trabalhou muito pela fundação da CBKT. Achava que Brasília estava um pouco esquecida daquilo que chamamos de tradição e do karatê original do Japão, e por isso convidamos os senseis pioneiros para darem um curso aqui.” Sobre o diferencial do conteúdo pedagógico do karatê-dô tradicional, sensei Jackson lembrou que nos tatamis não existe milagre. “Não possuímos uma fórmula miraculosa do ensino de karatê. Somos comprometidos com aquilo que nos propomos a fazer. Olhando para os adultos, ensinamos e fazemos um karatê no qual se treinam a mente, o corpo e o espirito, enfatizando a defesa pessoal. Sob um ponto de vista infantil e pedagógico, vemos hoje uma infinidade de psicólogos, médicos e orientadores escolares indicando a prática do karatê para crianças hiperativas, com distúrbios motor e psicológico, ou com problemas de socialização. Pregamos que a prática do karatê oferece, até mesmo de forma lúdica, uma infinidade de vantagens para as crianças que iniciam a prática com baixa idade. Os resultados aparecem rapidamente no comportamento, no relacionamento social e familiar e, principalmente, no desempenho escolar.” O professor Jackson falou sobre a importância histórica do DF no cenário nacional do karatê tradicional. “A CBKT foi fundada no Rio de Janeiro, com a proposta de ter sede em Brasília. Mas isso nunca aconteceu. Esta era a aspiração do professor doutor Manoel Tubino, um dos maiores responsáveis pela fundação da entidade. Além de exímio karateca, Tubino foi membro de importantes organizações, como o International Council for Sport Pedagogy (ICSP) e a Association Internationale des Ecoles Superieures d’Education Physique (AIESEP), da qual era diretor. No Brasil, foi professor e diretor em diversas faculdades, www.revistabudo.com.br

Hiroyasu Inoki com a garotada

Mestre Yasutaka Tanaka com a garotada

ritos Professores insc ro no encont Jeison Oli vei ra Eliz ald o Be zer ra Nin ã Tio do sio Re gin ald o Mig ue l Kal aza n Alb erto Nicola u Bru sco Tia go Santos Jai r Bis po Jei cks on Ram be l Antôn io Jos é Ro sim ar Flávio Vicente Joa qu im Fát im a Ré gia Alc ien e Tio do sio Jac kyê n Ram be l Kar ina Ma ria Cristia no Ord on es

Jac kso n Bis po Flávio Vitor Wi llia n Ro cha Ro nal d Vei ga Raf ael Au gu sto Hu go Ro cha Ma ria Ed ileu sa Co lom be lli Jún ior Ro nal do Lop es Má rcio Lei te Ed mu nd o Lim a Ray ann e Matia s Da nye lle Nu ne s De lan o Ne res Rin ald o Dia s Má rcio Sal da nh a

a os que estão autorizados Os professores listados são l ITF, no Distrito Federal ona dici Tra ensinar o Karatê-Dô do FBK T comunica que no fim e Entorno. A diretoria da an Tasuke Watanabe para ano estará recebendo o shihdes de 2015. o encerramento das ativida

tendo sido presidente do Conselho Nacional de Desportos (CND), secretário de Educação Física e Desportos (SEED/MEC) e presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento do Esporte (INDESP). Em seu discurso no dia da fundação da CBKT, Tubino enfatizou que precisava existir um karatê que resgatasse as raí-

zes da modalidade, por isso ele buscou todas as informações e amparo nos Estados Unidos, junto à ITKF, para que fosse fundada em Brasília uma confederação que fomentasse um karatê voltado para sua própria essência. Infelizmente ele faleceu em dezembro de 2008, sem que seu sonho fosse concretizado.” O professor brasiliense falou sobre a relação dos senseis Tanaka e Inoki com os karatecas locais. “Tanaka sempre é muito bem-vindo a Brasília, onde os alunos e os professores buscam oferecer-lhe uma boa acolhida. Tanaka e o sensei Inoki são as duas maiores autoridades da modalidade no continente, mas o fato marcante é que representam a reserva moral e ética do karatê tradicional. São os pilares da ITKF nas Américas. Tanaka possui seriedade e idoneidade ímpares e sempre defendeu o pensamento de que o karatê faz parte de um processo milenar de evolução das chamadas artes marciais. O sensei Inoki também segue esta tradição e, como reza a cultura nipônica, é um professor que ensina dando exemplo, e não falando. Ambos sempre foram recebidos de braços abertos em Brasília, tanto é que já marcaram a volta ao DF. Eles gostaram muito da acolhida dos mais de 100 karatecas que acompanharam o treinamento comandado por ambos.” Sensei Jackson parabenizou os participantes do treinamento. “Os professores que estiveram no encontro são o alicerce do karatê no Distrito Federal e entorno. Todos fizeram questão de vir prestigiar e abraçar os mestres que vieram do Rio de Janeiro para transmitir a arte do karatê, e é por isso que continuamos fazendo este trabalho em prol do verdadeiro karatê-dô tradicional.” Para finalizar, o professor do Planalto Central fez um agradecimento público a sua filha Jackyên Rambel, pela promoção e organização do 28º encontro de karatê-dô tradicional do Distrito Federal e entorno. “Além de ser hoje meu braço direito, minha filha é uma menina extremamente comprometida e muito dedicada ao esporte. É estudiosa e tenho muito orgulho dela. Está se formando em direito, mas nunca abandou o trabalho que desenvolve com as crianças. Hoje ela é responsável por mais de 50 karatecas mirins. E é muito bom ver que, assim como ela, muitas mulheres abraçaram o karatê tradicional.” Revista Budô número 16 / 2015

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Premier League Bra zil 2015

Brasil

é campeão da Premier League Com seis ouros, quatro pratas e quinze bronzes, o Brasil isolou-se no topo do quadro de medalhas, resultado inédito na competição. POR

PAULO PINTO I Fotos REVISTA BUDÔ

São Bernardo do Campo (SP) – Com apoio da Federação Paulista de Karatê (FPK) e da Prefeitura de São Bernardo do Campo, a Confederação Brasileira de Karatê (CBK) promoveu a primeira edição da Premier League de Karatê do Hemisfério Sul. A competição, que garante 456 pontos para os campeões no ranking da World Karate Federation (WKF), foi realizada pela primeira vez fora da Europa e fez sua estreia nas Américas em altíssimo

Brose e Zeca, dois gigantes dos tatamis

Mesa de honra

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Luiz Carlos Cardoso entrega homenagem a William Millerson

Paulo Dias e Ricardo Aguiar

José Carlos de Oliveira entrega homenagem a José García Maañón

William Millerson, José García Maañón e Luiz Carlos Cardoso

nível, já que nos dias 30 e 31 de maio grandes nomes do karatê mundial marcaram presença no Ginásio Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo. Entre os destaques estavam Douglas Brose, bicampeão mundial no kumitê e número 1 do ranking no -60 kg; o espanhol Damian Quintero, campeão mundial no kata, número 2 do ranking e hexacampeão europeu; a dominicana Ana Josefa Villanueva, bronze no mundial e número 6 do ranking no kumitê -50 kg; a espanhola Sandra Jaime Sanchez, campeã europeia de kata e quarta colocada no ranking; a dominicana Maria Dimitrova, vice-líder do ranking no kata; e as feras do kata Tze Wai Leong, da Malásia, e Jorge Merino, de El Salvador. Ao todo 26 países participaram da competição: Argentina, Canadá, El Salvador, Itália, Equador, Chile, França, Colômbia, República Islâmica do Irã, Malásia, Holanda, Peru, Polônia, Marrocos, Portugal, Romênia, República Dominicana, Suécia, Taipei, Senegal, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Suíça, Uruguai e Brasil. Autoridades políticas e esportivas marcaram presença no evento, entre as quais José García Maañón, presidente da Panamerican Karate Federation (PKF); William Millerson, vice-presidente da WKF; Luiz Carlos Cardoso, presidente da CBK; José Carlos de Oliveira, presidente da FPK; Mauro Roberto, represen-

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Equipe de apoio a colaboradores da Premier League Brazil

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Premier League Bra zil 2015

Luiz Carlos Cardoso e Mauzler Paulinetti

Celso Rodrigues entrega homenagem a Javier Mantilla

Luiz Roberto Padilha, Luiz Carlos Cardoso, Joílson Ferreira Moraes, Yasunori Yonamine e

Luiz Carlos Cardoso entrega homenagem a José Carlos de Oliveira

William Millerson premia karateca especial após apresentação no certame

Três gerações da campeoníssima família Yonamine, Nicole, e Simone

Diretores e dirigentes da CBK com familiares

Árbitros que atuaram na competição

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tante de José Devesa, secretário de Esportes de São Bernardo; William Cardoso, diretor técnico da CBK; Celso Rodrigues, diretor de arbitragem da CBK; Hércules Queiroz, diretor administrativo da CBK; Hermes Queiroz, diretor financeiro da CBK; Irazer Gadelha, presidente do STD da CBK; Luiz Kotsubo, dirigente da IKGA Brasil; os membros da comissão de arbitragem da WKF Javier Mantilla (Venezuela), Hector Arena (Argentina) e Zitounit Metyout (Marrocos); Ivon Dede, diretor financeiro da FPK; Nelson Higa, diretor de arbitragem da FPK; e os dirigentes estaduais Durci Nascimento, de Santa Catarina, Pedro Yamaguti, do Pará, Luís Carlos Júnior, do Ceará, Celso Piaseski, do Rio Grande do Sul; Washington Melo, do Amazonas; Cristovam Bitencourt, de Sergipe; Joílson Ferreira, de Goiás; e Abdias Cordeiro, do Distrito Federal. Jean Madeira, secretário de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, que também esteve presente, elogiou o empenho da Federação Paulista de Karatê na promoção de um evento tão importante em São Paulo. “Conhecemos o trabalho desenvolvido pelos departamentos de eventos e técnico da FPK. A realização de um certame

internacional com a presença de equipes de todos os continentes não nos surpreende, pois sabemos que os eventos da FPK possuem padrão internacional. Na pessoa de José Carlos de Oliveira cumprimento todos os karatecas que realizaram este evento grandioso em nosso Estado.” No encerramento da cerimônia de abertura houve a brilhante apresentação dos alunos do Instituto Ken Yu Goju-Ryu Karatê-Do, formado por karatecas especiais que, sob a supervisão do professor Sérgio Longo, fizeram várias apresentações de kata e arrancaram aplausos dos karatecas que estavam na arena de São Bernardo do Campo.

José Carlos de Oliveira e Luiz Carlos Cardoso homenageiam Jean Madeira

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Brasil dispara no quadro de medalhas Competição inédita no continente, a Premier League era uma incógnita para os atletas que não têm o hábito de competir no exterior, mas mesmo assim vimos duas centenas de lutadores brasileiros entre os expoentes da modalidade vindos de todas as partes do mundo. Como anfitrião, o Brasil pôde inscrever maior número de atletas e, consequentemente, aumentou a possibilidade de vagas no pódio, mas foi a qualidade técnica do karatê brasileiro que nos colocou em dez finais, que resultaram em seis medalhas de ouro. O Brasil obteve ainda quatro medalhas de prata e 15 de bronze. O segundo lugar geral foi conquistado pela República Dominicana, que obteve dois ouros, três pratas e um bronze. O Canadá ficou em terceiro lugar, somando um ouro e três bronzes. A Argentina ficou na quarta colocação, conquistando um ouro e um bronze. Os Emirados Árabes Unidos, Malásia, Estados Unidos e El Salvador dividiram a quinta colocação, conquistando uma medalha de ouro cada um. Revista Budô número 16 / 2015

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Premier League Bra zil 2015 Totalizando 25 medalhas, no feminino o Brasil subiu ao pódio no kata individual, equipe e em todas as classes de peso do kumitê; já no masculino só não medalhou no kumitê -75 kg. As medalhas de ouro foram conquistadas por Valéria Kumizaki, kumitê - 50 kg; Fernanda Pacheco, kumitê +68 kg; Douglas Brose, kumitê -60 kg; Luiz Victor da Rocha Barros, kumitê -67 kg; e pelas equipes de kata feminino e masculino compostas por Nicole Mota, Noelle Felipe, Bruna Peterson, Frederico Rocha, Eric Nascimento e Williames Souza. As medalhas de prata vieram por meio de Marcos Sá, no kata individual; Júlio Cézar da Silva, no kumitê -84 kg; no kata equipe feminino com Jéssica Cristina Luebk, Júlia Kruger e Gabriela Elias da Silva; e kata equipe masculino com William Barbosa, Fabrice Chiron e Luiz Inácio de Lima. As medalhas de bronze foram conquistadas por Vanessa Araújo Campos, kumitê -50 kg; Júlia Piccinini Hort, kumitê -55 kg; Stephani de Lima, kumitê -61 kg; Ana Luíza da Silva, kumitê -68 kg; Marina Oliva, kumitê +68 kg; Thainan Schopchaki, no kata; Edemilson dos Santos, kumitê -60 kg; Alerrandro de Sousa, kumitê -60 kg; Vinícius Figueira e Breno Teixeira, no kumitê -67 kg; Alberto Azevedo, kumitê -84 kg; Wellington Barbosa, kumitê +84 kg; Williames Souza Santos, no kata individual, além das duas equipes de kata compostas por Artur Casadei, Lucas Rodrigues, Daniel Yamaoka, Lucas Inocêncio, Estevão Silva e Christian Tavares.

Sistema de proteção e pontuação eletrônico oficial do Rio 2016 www.daedobrasil.com.br

Organização e pontualidade marcam evento Um dos personagens mais expressivos nos bastidores da competição foi Diego Spigolon, técnico da seleção brasileira, que arregaçou as mangas literalmente e trabalhou duro na realização da competição. “O que me motivou a comprometer-me com a realização deste evento foi justamente tudo aquilo que vivi no exterior. Assumi algo no sentido de fazer com que ele fosse tão bom quanto os realizados na Europa. Independentemente dos recursos financeiros disponíveis, trabalhamos pelo sucesso do evento, e felizmente tudo fluiu muito bem. Contamos com 55 colabores em nosso staff e com a ajuda deles conseguimos cumprir todos os

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horários previstos, e nenhum fato negativo foi registrado. Acho que a avaliação de dirigentes e atletas do exterior será muito boa. Diante da realidade atual do País, acho que o Zeca foi um herói e esta primeira edição será um marco na realização de grandes eventos da WKF no Brasil e no continente.” Na avaliação de Javier Mantilla, membro da comissão de arbitragem da WKF, a realização da primeira edição da Premier League foi superpositiva. “Considero que este torneio obteve êxito total, pois sabemos do esforço e do investimento que certames deste porte demandam. Na área técnica vimos campeões mundiais, europeus e do K1. Na área estrutural tudo transcorreu dentro do planejado sem nenhuma ocorrência negativa. Esperávamos mais participantes, mas talvez a época do ano e a realização de outros eventos tenham feito com que apenas 400 atletas comparecessem. Parabenizo a FPK e a CBK pelo sucesso da competição, e como dirigente deste continente e membro da comissão de arbitragem da WKF avalio o certame positivamente. Espero que o Brasil continue investindo na realização de eventos desse porte, pois somente assim cresceremos tecnicamente.” Luiz Carlos Cardoso, presidente da CBK, comemorou o sucesso de um evento histórico. “Realizamos algo inédito no continente, e o melhor de tudo é que os dirigentes da WKF que aqui estiveram gostaram do que fizemos e já autorizaram a realização deste torneio no Brasil em 2016. Aceitamos o convite e vamos analisar com calma as propostas de cada cidade para decidir qual vai sediar o evento. Realizaremos a segunda edição da Premier League com base naquilo que foi feito em São Paulo, e sabemos das dificuldades encontradas pela FPK, mas os dirigentes paulistas promoveram um grande evento e tomaremos tudo que foi feito aqui como base para as próximas competições internacionais”, disse o dirigente, que avaliou a possibilidade de Fortaleza sediar o certame em 2016. “Sabemos que o Brasil vive uma crise e, se até cidades como São Paulo encontram dificuldade para receber recursos governamentais, imawww.revistabudo.com.br

gine o Nordeste. Contudo, vamos estudar as propostas e certamente levaremos o evento para a cidade que apresentar a melhor.” José García Maañón, presidente da PKF, acredita no crescimento progressivo da competição. “Assumi a presidência da Federação Pan-Americana em 2013, e na época disse que precisávamos fazer a Premier League na América e mantê-la por dois anos, e o Brasil assumiu esta responsabilidade. Felizmente tudo deu certo, mas lamentavelmente os países não abraçaram o evento. Tivemos aqui 26 equipes, mas apenas cerca de dez eram do continente americano. E precisamos de no mínimo 20. Sabemos que a Premier League demanda esforço financeiro gigantesco, mas é uma iniciativa importantíssima para o nosso desenvolvimento. Se quisermos manter esta competição, todos nós temos de apoiá-la, e nesse sentido os dirigentes brasileiros estão de parabéns não só pela coragem, mas pela qualidade do certame que vimos aqui. Tenho certeza de que, na medida em que haja mais etapas no continente, os dirigentes enxergarão a importância do intercâmbio técnico que todos os países desfrutarão.” Para José Carlos de Oliveira, presidente da FPK e grande anfitrião, o resultado justificou todas as dificuldades enfrentadas na organização do certame. “Foi um ano de planejamento e o evento acabou vindo num momento muito difícil do nosso País, quando os governos estadual e municipal cortaram todos os investimentos no desporto. Mas felizmente nossa organização é como uma grande família, na qual todos participam e dão a sua contribuição. Nesse sentido acabamos realizando um evento enxuto, em que cada um fez a sua parte e acabou que todos gostaram do que viram e voltaram para seus países satisfeitos. Agradeço às equipes da FPK e CBK pela dedicação, bem como a todos os árbitros, técnicos, professores e atletas que abrilhantaram esta primeira edição da Premier League Brazil. Juntos fizemos história e espero que este evento passe a fazer parte do calendário oficial da Federação Pan -Americana de Karatê.”

Presidente de honra da PKF e vice -presidente da WKF, William Millerson enfatizou a expectativa em torno da primeira edição da competição. “Sabíamos que o futuro da Premier League no continente dependeria do sucesso da primeira edição, e por isso nossa expectativa era gigantesca. Esperávamos mais atletas e maior número de países, mas em linhas gerais foi um bom começo. Acho que para o próximo ano deveremos convidar os países com maior antecedência, e com isso as inscrições deverão aumentar significativamente. Estive em vários eventos da Premier League e posso afirmar que a competição foi satisfatória, o Brasil fez um bom trabalho e ficamos satisfeitíssimos com os resultados obtidos.” William Cardoso destacou o potencial do Brasil na promoção de grandes eventos. “Por ser o primeiro torneio realizado na América e tendo em vista que em duas semanas teremos os Jogos Europeus e na semana que vem o Campeonato Sul-Americano no Chile, estamos satisfeitíssimos com os 400 atletas vindos de 26 países e pelo que tudo isso representa para o Brasil, em quantidade e qualidade, já que além de sediar o evento fomos o grande campeão da competição. Por toda a expectativa que criamos frente à organização e a realização de um evento desta magnitude, certamente atingimos nosso principal objetivo, que era mostrar para o mundo o nosso potencial. Em paralelo ratificamos nossa capacidade técnica, disputando dez finais e conquistando o título desta fase da Premier League de Karatê.” Revista Budô número 16 / 2015

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Premier League Bra zil 2015

Finalistas avaliam desempenho Sexta colocada no ranking da WKF e uma das karatecas mais experientes do Brasil, Valéria Kumizaki obteve o ouro no kumitê -55 kg e destacou a importância de vencer no Brasil. “Invisto muito do circuito mundial da Premier League, participando de quase todas edições do certame. Estou muito feliz por ter somado mais pontos no ranking e mais feliz ainda por ter conquistado o ouro em meu País.” Douglas Brose conquistou o ouro no kumitê -60 kg e comemorou o primeiro lugar no ranking da WKF. “Esta foi mais uma etapa da liga mundial, uma das competições mais importantes da WKF. A realização deste evento em nosso País propicia grande credibilidade e prestígio para o karatê brasileiro, e conseguir o ouro numa etapa realizada aqui é muito gratificante. Estou treinando forte para o pan-americano e agora vou ficar um mês na Europa preparando-me para essa competição, mas antes vou comemorar muito este ouro inédito.” Fernanda Juma Pacheco comentou o ouro obtido no kumitê +68 kg. “Estou muito feliz por participar de uma competição desse nível dentro do Brasil. Vencer em casa tem um gostinho especial, e estou muito feliz porque sinto-me realizada.” Vice-campeão no kata individual, Marcos Sá comemorou a medalha de prata inédita. “É uma honra subir ao pódio numa competição que

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reúne os melhores atletas do mundo. Desde janeiro me preparava para a competição e tenho de agradecer muito ao presidente da CBK, por ter trazido a Premier League para o Brasil, aos meus professores e a todas as pessoas que me têm ajudado.” Luiz Victor da Rocha Barros conquistou o ouro no kumitê -67 kg e figura em 31º no ranking da WKF. “Sempre assisti à Premier League, mas infelizmente nunca tive oportunidade de participar de uma competição na Europa ou Ásia. Sempre sonhei com a possibilidade entrar numa disputa no Brasil, e esta medalha é a realização de um sonho. Agradeço à CBK por este feito e espero que esta medalha proporcione avanços em meu currículo.” Júlio Cézar da Silva, vicecampeão no kumitê -84 kg, estreou no circuito internacional em altíssimo estilo. “Esta medalha é superimportante e não tenho palavras para expressar a felicidade que estou sentindo. Agradeço a Deus porque esta é a minha primeira competição internacional oficial, ao mesmo tempo em que vou terminando minha trajetória como competidor, pois já estou com 34 anos. Estou quase fechando meu ciclo competitivo, mas faço isso com chave de ouro. Mesmo assim tudo isso é muito gratificante.”

Técnicos analisam a competição Toni Mesa, técnico da República Dominicana, comemorou o vice-campeonato. “Achamos que o nível técnico foi altíssimo, e toda a nossa comissão técnica pensa que devemos fortalecer este evento, já que pode ser uma via para aumentar a condição técnica dos países do nosso continente. A Europa promove várias etapas anualmente e isso tem sido fundamental no crescimento técnico deles. O Brasil mostrou que tem muita qualidade e precisamos incrementar este intercâmbio. Viemos ao Brasil objetivando reforçar a equipe para os Jogos Pan-Americanos, e fundamentalmente para medir algumas tarefas de treinamento, como técnicas de perna, tempos de ataque e contra-ataque www.revistabudo.com.br

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Premier League Bra zil 2015

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que têm dado bons resultados. Fizemos cinco finais, que resultaram em dois ouros, três pratas e um bronze. A conquista do vicecampeonato nos proporciona grande esperança para Toronto, onde esperamos obter um grande resultado.” Para Wanderley Machado, técnico da seleção brasileira, o intercâmbio técnico foi o grande legado da competição. “Já estivemos em outras edições da Premier League na Europa e esta primeira edição no Brasil foi muito bem organizada, não deixando nada a desejar em relação aos eventos realizados na Europa. Temos de creditar a qualidade do certame ao pessoal de São Paulo, que trabalhou incansavelmente por este resultado, e ao emprenho do professor Luiz Carlos, que teve a iniciativa e a coragem de assumir este compromisso. O Brasil teve um desempenho excelente. Como técnicos, nós sempre queremos um pouco mais, porém o grande ganho deste evento não foram apenas as medalhas e os pontos conquistados no ranking, e sim o gigantesco intercâmbio técnico oferecido a centenas de atletas brasileiros e do nosso continente, que nesse momento não teriam como ir para a Europa e viver tudo que vivemos aqui. Penso que esse é o legado desse tipo de competição.” Marcelo Fernandez, diretor técnico e treinador da seleção chilena, vibrou com o melhor resultado na Premier League. “O nível técnico foi muito bom, com a presença das principais equipes da América e da Europa, o que atendeu plenamente ao nosso propósito, que era reforçar o preparo para os Jogos Pan-Americanos. Nos deparamos com os nossos principais adversários no Campeonato Sul-Americano, que se realizará na próxima semana no Chile, e nos Jogos Pan-Americanos de julho, em Toronto. Temos quase dois meses para ajustar a equipe, e nossa vinda atendeu plenamente a este objetivo. Estamos renovando toda a seleção e mesmo assim fizemos três finais e conquistamos cinco medalhas, o nosso melhor resultado na Premier League.” Valmir Zuza da Cruz lembrou que o aprendizado foi a marca do torneio. “O evento não deixou nada a desejar com relação às etapas realizadas no exterior. Foi bastante enxuto, em função do momento que o nosso País atravessa, mas foi muito bem resolvido e o nível técnico foi excelente. Um dos pontos altos foi o curso de arbitragem feito www.revistabudo.com.br

pelo professor Javier Mantilla, que colocou em prática tudo que existe em termos de modernidade na arbitragem. Com isso pudemos perceber que o nível da arbitragem brasileira está muito bom. Sobre o desempenho de nossa equipe, vimos novos atletas se sobressaindo e outros, como Douglas Brose, Luiz Victor da Rocha e Valéria Kumizaki, que fizeram a lição de casa e se mantiveram no topo. O mais importante em minha avaliação foi o intercâmbio técnico oferecido a todos os atletas do Brasil e aos professores que estavam na arquibancada. Até as pessoas que não participaram e só vieram assistir puderam ver como está o karatê no mundo hoje. Esse aprendizado é algo imensurável, e sem dúvida promoverá grande avanço técnico no kumitê e no kata.” Para Ricardo Aguiar, em algumas edições mais o Brasil estará definitivamente inserido no circuito da Premier League mundial. “Acompanho a Premier League há nove anos, e, sendo bastante realista, esta etapa teve nível técnico inferior ao que estamos acostumados a ver na Europa. Mas, na verdade, isso aconteceu em função do evento que garantia vaga para os Jogos Europeus, realizado no mesmo período, que faz parte do circuito olímpico. Os principais atletas não perderiam a oportunidade de conquistar pontos para vir à América do Sul. Outro fator, talvez, tenha sido o fato de ser a primeira vez dessa competição na América. Isso pode ter gerado alguma insegurança nos participantes. De qualquer forma, para nós foi uma conquista gigantesca.” Aguiar justifica o otimismo: “Por ter sediado uma etapa da Premier League em São Paulo, a Confederação Brasileira de Karatê ampliou sua credibilidade – que já vinha aumentando muito – no cenário internacional. Se trouxermos este evento mais duas ou três vezes para o Brasil, certamente vamos adquirir know-how e qualificação suficientes para receber, por direito e de fato, os melhores atletas do mundo”. No tocante à organização, “excepcional e de alto nível”, Aguiar elogiou o trabalho apresentado em São Bernardo do Campo. “Apresentamos o mesmo padrão das competições feitas na Europa. Já acompanhei vários campeonatos mundiais que não tinham a mesma organização que vimos aqui. A disposição das áreas de aquecimento e toda a logística do evento foram impecáveis. A FPK e a CBK realizaram um evento grandioso, e provaram que somos capazes de organizar competições de alto nível. A realização da Premier League no Brasil certamente pôs fim ao estigma criado em torno do País, após a realização do campeonato mundial no Rio de Janeiro, que Revista Budô número 16 / 2015

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Premier League Bra zil 2015 deixou uma péssima imagem no exterior. Éramos vistos como incapazes de promover grandes torneios, e graças a este evento isso acabou. Agora sediaremos o Campeonato Pan-Americano no ano que vem, quando teremos mais uma oportunidade para ratificar nosso profissionalismo. Com isso, quem sabe poderemos sediar futuras edições da Premier League.”

Classificação individual Kumitê Feminino -50 Kg 1º Ana Villanueva - República Dominicana 2º Gabriela Bruna - Chile 3º Vanessa Araújo Campos - Brasil 3º Yamaika Kuijper - Holanda -55 Kg 1º Valeria Kumizaki - Brasil 2º Jacqueline Factos - Equador 3º Constanza Paredes - Chile 3º Julia Piccinini Hort - Brasil

Douglas Brose exalta nível técnico Para Douglas Brose o confronto de datas fez com que muitos atletas deixassem de participar do certame. “Tecnicamente a competição foi muito forte, mas deixamos de receber vários atletas do alto nível do mundo todo em função do Campeonato Sul-Americano e dos Jogos Europeus, que se realizarão em duas semanas. Acho que, se fizermos um planejamento mais adequado no próximo ano e o calendário permitir, certamente os maiores expoentes do karatê mundial estarão competindo aqui.” Segundo o bicampeão mundial, a Premier League foi uma prévia dos Jogos Pan -Americanos. “Acho que todos os atletas do continente classificados para os jogos estão treinando e avaliando os adversários de Toronto”, disse Brose, que ainda explicou por que não vai ao Campeonato Sul-Americano. “Venho de muitas competições seguidas, e meu preparador físico decidiu que seria melhor descansar, pois este evento ocorreu praticamente na mesma semana e priorizamos

-61 Kg 1º Kamille Desjardins - Canadá 2º Javiera Gonzalez - Chile 3º Alexandra Grande - Peru 3º Stephani de Lima - Brasil -68 Kg 1º Carmen Harrigan - República Dominicana 2º Susana Li - Chile 3º Valeria Echever - Equador 3º Ana Luiza da Silva - Brasil

os pontos da Premier League, que são muito importantes para o ranking. Por outro lado, são oferecidas apenas duas vagas por categoria para cada País, e eu acho importante abrir espaço para os atletas mais novos competirem e adquirirem experiência.” Douglas finalizou explicando que já está focando o mundial de 2016. “Todos sabem que meu grande objetivo nesta temporada é o ouro inédito dos Jogos Pan-Americanos, mas já estou com um olho mirando o campeonato mundial de 2016, na Áustria. Meu olho esquerdo está focando os jogos, e o direito está mirando o Campeonato Mundial de 2016.”

medalhas Quadro de Ouro Prata

País

Classificação 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 13ºº 13

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Brasil

cana

Republica Domini Canadá

Argentina Emirados Árabes Malásia El Salvador USA Chile Colômbia Equador Tunísia Peru Holanda Irã

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6 2 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0

Bronze 15 4 1 3 2 0 1 0 5 0 0 0 0 0 0 0 2 3 0 2 2 1 0 1 1 0 1 0 1 0

Total 25 6 3 2 1 1 1 1 5 2 3 1 1 1 1

68+ Kg 1º Fernanda Pacheco - Brasil 2º Aissa Faten - Tunísia 3º Marina Oliva - Brasil 3º Camelie Boisvenue - Canadá Kumitê Masculino -60 Kg 1º Douglas Brose - Brasil 2º Andrés Rendon Llanos - Colômbia 3º Edemilson dos Santos - Brasil 3º Alerrandro de Sousa - Brasil -67 Kg 1º Luiz Victor da Rocha - Brasil 2º Deivis Ferreras - República Dominicana 3º Vinicius Figueira - Brasil 3º Breno Teixeira - Brasil -75 Kg 1º Thomas Scott - USA 2º Juan Felipe Landazury - Colômbia 3º Franco Icasati - Argentina 3º Patrice Boily-Martineau - Canadá -84 Kg 1º Jorge Merino - El Salvador 2º Julio Cezar da Silva - Brasil 3º Alberto Azevedo - Brasil 3º Jorge Perez - República Dominicana 84+ Kg 1º Franco Recouso - Argentina 2º Anel Castillo - República Dominicana 3º Wellington Barbosa - Brasil 3º Alejandro Mellado - Chile Kata feminino por equipe 1º Brasil 2º Brasil Kata masculino por equipe 1º Brasil 2º Brasil 3º Brasil 3º Brasil Kata masculino 1º Tze Wai Leong - Malásia 2º Marcos Sá - Brasil 3º Armin Roushanioskouei - Irã 3º Williames Souza Santos - Brasil Kata feminino 1º Sandra Sanchez - Emirados Árabes Unidos 2º Maria Dimitrova - - República Dominicana 3º Suany Guadalupe - Equador 3º Thainan Schopchaki - Brasil

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Seleção Brasileira de Karatê

Blumenau sedia treino para o Sul-Americano Santa Catarina é hoje um dos maiores polos do karatê verde e amarelo, e com a força do karatê catarinense Blumenau sediou o último treino da seleção de base que disputou o campeonato sul-americano da modalidade.

D

POR

JEFERSON TABARELLI I Fotos ARQUIVO

e 15 a 17 de março, Blumenau recebeu a seleção brasileira de karatê para treinamentos preparatórios do campeonato sul-americano da modalidade, programado para junho, no Chile. Comandados pelo técnico Vanderlei de Oliveira, os treinos reuniram karatecas das categorias sub 14, cadetes, júnior e sub 21 e foram realizados na Sociedade Recreativa e Esportiva Ipiranga. A equipe conseguiu reunir cerca de 30 atletas, como aponta o técnico Vanderlei de Oliveira. “Foram mais de sete horas de treino e, além de buscarmos melhorias, o evento foi importante para proporcionar momentos de integração do grupo e revelar as qualidades técnicas de cada um.” O treino foi organizado pela Confederação Brasileira de Karatê (CBK) em parceria com a Federação Catarinense

de Karatê (FCK), Fundação Municipal de Desportos de Blumenau (FMD) e Sociedade Recreativa e Esportiva Ipiranga. Essa foi a última das três concentrações de treinos promovidos pela CBK na preparação da equipe nacional de base de disputou o campeonato sul-americano. A empresa Zanshin, que atua no mercado das artes marciais desde 1992, presenteou todos os atletas da seleção brasileira com um kimono da linha Gold Line. A marca Zanshin foi concebida para satisfazer as mais altas expectativas dos praticantes de esportes e artes marciais. O compromisso de negócios da empresa é baseado em três fundamentos: alta qualidade, melhor serviço e preços acessíveis. Os produtos Zanshin são a escolha de muitos dos melhores atletas, tanto que o slogan da empresa é “A marca dos Campeões”.

Tarcísio Pedro da Silva, Nilson Miranda Amador, Moacir Marques e Vanderlei Machado de Oliveira

Sensei Vanderlei Machado de Oliveira e Moacir Marques com parte dos atletas da seleção que receberam karategis Zanshin

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FUPE – JUESP

Campeonato Paulista Universitário

reuniu 350 atletas das

artes marciais

Nesta edição as modalidades de luta reuniram as disputas de judô, karatê, jiu-jitsu e taekwondo. fonte

COMUNICAÇÃO FUPE I Fotos PAULO ANSHOVINHAS

A

Federação Universitária Paulista de Esportes (Fupe) organizou nos dias 15 e 16 de agosto o Campeonato Paulista Universitário em 15 modalidades, dentre elas judô, karatê, jiu jitsu e taekwondo, que reuniram mais de 350 atletas de artes marciais. A atual gestão da Fupe vem reestruturando a entidade desde 2012, e ano a ano tem alcançado números cada vez mais expressivos, não só batendo recorde de inscritos em todas as modalidades em 2015, mas conseguindo reunir os principais atletas de todas as regiões do Estado de São Paulo.

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Judô

Uma das mais tradicionais modalidades no meio universitário, e esporte oficial nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), o judô foi realizado em parceria com a Federação Paulista de Judô (FPJ), com a coordenação técnica do árbitro internacional Edson Minakawa. A competição realizou-se no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP). Modalidade de luta com maior número de atletas e instituições inscritas no Paulista Universitário desta temporada, na série diamante o judô reuniu mais de 120 atletas vindos de 12 instituições de ensino. A competição dividiu-se em três séries: prata, ouro e diamante, que foi seletiva para o JUBs 2015. Com dez equipes inscritas, a série ouro foi equilibradíssima, já Unip e UniSantAnna mostraram força e dominaram a série diamante.

Quadro de Medalhas Judô - Série Diamante

Quadro de Medalhas - Judô Série Ouro

OURO

PRATA

BRONZE

TOTAL

USCSIMES

1

2

3

UNISA

1

1

2

FMU

1

1

MACKENZIE

1

1

USP

1

1

FACULDADE MAX PLANCK

1

1

FEFISA

2

1

3

UNIFAE

1

1

MACKENZIE

2

2

ANHANGUERA

1

1

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OURO

PRATA

BRONZE

TOTAL

UNIP

7

8

2

17

UNISANTANNA

6

2

7

15

ANHEMBI MORUMBI

1

1

UNITALO

1

1

USP

1

2

3

FMU

3

3

UNIRP

1

1

UNISA

1

1

UNIVAP

1

1

EEFE USP

1

1

FACCAMP

1

1

UNOPAR

1

1

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KARATÊ

FUPE – JUESP Realizada em parceria com a Federação Paulista de Karatê (FPK), a competição ocorreu no Ginásio Mauro Pinheiro no dia 15 de agosto, em conjunto com outro evento da FPK, que coordenou toda a parte técnica. A parceria rendeu frutos e a modalidade dobrou em número de inscritos. O grande destaque da segunda maior modalidade de luta desta edição do Campeonato Paulista Universitário ficou por conta do eclético quadro de medalhas, que contou com 16 entidades premiadas.

KARATÊ UNIP

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OURO

PRATA

BRONZE

TOTAL

4

1

6

11

UNISANTA

4

3

1

8

FACOL

2

2

UNISANTANNA

1

2

1

4

UNG

1

1

2

ANHEMBI MORUMBI

1

1

UNESP BAURU

1

1

UFSCAR

5

3

8

MED - USP

1

3

4

ESTACIO SÁ

1

1

UNI - TAUBATÉ

1

1

UNIARA

1

1

UNICEP

1

1

FEFISA

1

1

SUMARÉ

1

1

UNISANTOS

1

1

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JIU-JITSU

Esta foi a segunda edição da modalidade, que iniciou a participação como um dos projetos da Fupe em 2014, e o sucesso foi evidente, reunindo o dobro de atletas em 2015, ficando clara a popularidade crescente da modalidade no meio universitário. Uma das modalidades de luta mais tradicionais no Brasil, o jiu-jitsu parece ter conquistado definitivamente seu espaço no cenário universitário paulista.

JIU-JITSU OURO

PRATA

BRONZE

TOTAL

UNIFESP SANTOS

2

2

1

5

FEFISA

2

2

4

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MACKENZIE

2

1

3

ESPM

1

1

2

UNIVAP

1

1

UNICAMP

1

1

USP

1

3

4

UNITALO

1

1

2

UNIFAE

1

1

USCS

1

1

FNC

2

2

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TAEKWONDO

FUPE – JUESP Realizada em parceria com a Federação do Estado de São Paulo de Taekwondo (FESPT), com coordenação técnica do mestre Adauto Silva, o taekwondo também teve recorde de inscritos. Reunindo 15 instituições de ensino, o taekwondo foi a terceira modalidade em número de instituições inscritas, e o certame foi realizado no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP). Unicamp e UniSantAnna brigaram medalha a medalha pela liderança no evento, com a entidade de Campinas levando a melhor por uma medalha de prata a mais, no quadro geral de medalhas.

Quadro de Medalhas - Taekwondo

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OURO

PRATA

BRONZE

UNICAMP

5

5

2

TOTAL 12

UNISANTANNA

5

4

2

11

UNIP

2

2

1

5

UFSCAR

1

1

1

3

FEFISA

1

1

2

ANHANGUERA

1

1

2

UNITAU

1

1

FISICA USP

1

1

FPG-FACUL. PRAIA GRANDE

1

1

CATÓLICA

1

1

UNIFE

1

1

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Dirigentes avaliam edição de 2015

Na avaliação de Mauzler Paulinetti, vice -presidente administrativo da Fupe, o crescimento do número de instituições e atletas participantes comprova a qualidade da gestão na entidade. “Esse é o nosso terceiro ano à frente de uma entidade que, quando assumimos, estava inadimplente e negativada junto a todos os órgãos federais, estaduais e municipais. Hoje o desporto paulista está reestruturado e caminhamos para atingir a excelência na gestão esportiva.” Para o dirigente, as parcerias com entidades que fazem a gestão de modalidades olímpicas e não olímpicas impuseram maior dinâmica aos eventos universitários no Estado de São Paulo. “As principais entidades de administra-

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ção esportiva nos auxiliam na realização de eventos, de forma que as competições universitárias obedecem aos mesmos critérios de organização e arbitragem dos certames federativos.” José Carlos de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Karatê, enfatizou a importância das competições universitárias. “A realização de torneios universitários oficiais faz com que um número cada vez maior de jovens atletas seja contemplado com bolsas de estudo nas melhores instituições de ensino privado do País. Tenho plena convicção de que a inserção é uma das principais funções sociais do esporte, e a realização desse torneio é um grande exemplo disso, já que inúmeros karatecas de classes menos favorecidas defenderam as cores de grandes universidades.” Para José de Souza Júnior, presidente

da Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo, a parceria entre a Fupe e demais entidades consolida a qualidade das competições universitárias. “Esta é a nossa terceira experiência no desporto universitário, e a cada evento temos a certeza de estar promovendo competições com melhor nível técnico. Lembro-me de quando eu estudava e competia em torneios da classe universitária e sentíamos enorme dificuldade porque muitas vezes eram contratados árbitros e profissionais que não estavam atualizados no tocante às regras e até mesmo à dinâmica de nossa modalidade. Por meio das parcerias que a Fupe efetua hoje, sem dúvida alguma a entidade nivelou seus eventos com o que há de melhor no Estado e no País em cada modalidade. Parabenizo os atuais gestores da entidade pelo empenho em proporcionar um grande evento aos seus filiados”.

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PONTO DE VISTA

Estágio no Japão mostra a força do trabalho na base Judocas das equipes sub 18 e sub 21 viajaram para estágio técnico em Tóquio. O principal objetivo da viagem foi intensificar a preparação da equipe júnior para o campeonato mundial de outubro, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Esta é a competição mais importante do ano para a seleção sub 21. POR PAULO

Douglas Vieira

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PINTO I Fotos ARA MONSOLES, KAZUO PRODUÇÕES e MÁRCIO RODRIGUES / MPIX

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a primeira semana de agosto a seleção brasileira sub 18 participou do campeonato mundial realizado em Sarajevo, onde conquistou duas medalhas de prata e duas de bronze, três quintos e três sétimos lugares, finalizando a disputa na 12ª colocação. Todos os medalhistas – Igor Morishigue (prata), Michael Marcelino (prata), Jéssica Silva (bronze), Beatriz Souza (bronze) – e outros judocas juvenis embarcaram para o estágio técnico no Japão. Oportunidade inédita para muitos deles, que nunca estiveram na terra natal de Jigoro Kano. Diante do excelente desempenho do Brasil em Sarajevo, entrevistamos Douglas Vieira, técnico da seleção brasileira sub 21 masculina, para saber como é feito hoje o trabalho na base. Para os mais jovens, lembramos que o professor kodansha Douglas Vieira foi o primeiro judoca brasileiro a disputar uma final olímpica, conquistando a medalha de prata na categoria até 95 kg em Los Angeles, em 1984. Nascido em 17 de junho de 1960 em Londrina (PR), logo mudou para Caçapava (SP), onde começou no judô aos 4 anos, com o pai, Sílvio Vieira. Mais tarde Douglas passou por Catanduva e São José do Rio Preto, e treinou com os professores Natal Pe-

rini e Kazuo Nagamine. Aos 20 anos mudou para São Paulo, onde treinou com o sensei Ogawa, e depois se transferiu definitivamente para o Esporte Clube Pinheiros, tendo como treinador o lendário sensei João Gonçalves Filho. Após 20 anos no clube, Douglas encerrou uma carreira com importantes conquistas nacionais e internacionais. Como é o trabalho de formação da nova geração do judô brasileiro? Chamamos de base as classes sub 18 e sub 21, e há muito tempo mantemos um gestor específico para a base. Seguimos um calendário anual individualizado para atividades como campeonatos brasileiros, concentrações, viagens internacionais para treinamento e competições, que são eventos e compromissos voltados especificamente para as necessidades e os objetivos da base. Meu trabalho começou no sub 21 feminino em 2010, na gestão do Luiz Romariz; depois a coordenação passou para o Kenji e atualmente o Marcelo Theotônio está à frente do departamento. Este formato tem proporcionado resultados satisfatórios ou Sarajevo foi um fato isolado? Desde a minha entrada na seleção noto um crescimento constante nas atividades e nos resultados obtidos pelos atletas. O que foi conquistado em Sarajevo é decorrente de todos estes anos de trabalho em conjunto com alguns técnicos que realmente têm conseguido preparar melhor seus atletas. A comissão técnica do sub 18, formada pelos experientes Douglas Potrich e Danusa Shira, responsáveis pela condução da equipe nos eventos nacionais e internacionais, fornece feedback para os técnicos dos clubes de oriwww.revistabudo.com.br


Douglas observa treino de brasileiros e japoneses em um dos vários dojôs do Kodokan

Atletas e comissão técnica no embarque para Tóquio

gem dos atletas. Tudo isso produz reflexos na classe sub 21, na qual os judocas prolongam o processo por mais três anos e se preparam para a transição ao adulto. O procedimento no sub 21 repete a mesma forma: eu e a Andrea Berti contamos com a colaboração dos técnicos de origem dos atletas para dar continuidade ao trabalho feito no sub 18 e prepará-los para os eventos internacionais. Como é feito o trabalho de transição de classes? A transição entre categorias é mais difícil, mas buscamos sempre fazer um trabalho de adaptação. Começamos a trazer os atletas sub 18 para treinarem com os sub 21, realizando concentrações e até eventos nacionais e internacionais em conjunto. Com isso minimizamos o impacto da mudança de classe e damos continuidade ao trabalho. As comissões técnicas sub 18 e sub 21 organizam o calendário e conduzem todo esse processo, que encurta muito a distância entre as duas classes. Em Sarajevo dez atletas classificaramse entre os sete melhores do mundo em suas classes. Existe a possibilidade desse time chegar aos pódios do sênior em número ainda maior? Como expliquei na resposta anterior, atuamos na base para tornar o caminho para o sênior muito mais fácil. Há dois anos começamos este trabalho de transição, participando de treinamentos em conjunto com a categoria sênior. O último foi em Mangaratiba, na concentração para os Jogos Pan -Americanos de Toronto, e os resultados foram bastante significativos. Como conseguem pontuar e identificar possíveis campeões? Temos vários talentos atuando nas diferentes categorias. Cabe aos técnicos de origem, juntamente com a comissão técnica da base (sub 18 e sub 21), conduzi-los para o alto rendimento e, como consequência, trazer resultados para o judô brasileiro. www.revistabudo.com.br

Qual é a importância de treinamentos como este do Japão? Em minha opinião, proporcionamos preparo técnico, físico e psicológico para os nossos atletas. Com certeza ajuda muito na formação e preparação deles. É importante dizer que tomamos o maior cuidado em orientar e administrar volume, intensidade e frequência dos treinamentos. Também damos total cobertura às lesões que possam ocorrer, desde a prevenção com os nossos fisioterapeutas e, se houver afastamento, até a plena recuperação do atleta. Cuidamos da alimentação e fazemos o controle da massa corporal. Quais são os profissionais que atuam na equipe multidisciplinar da base? Hoje a CBJ possui uma estrutura enorme, e cada departamento tem gestão própria. O professor Paulo Wanderley nos dá autonomia, mas cobra resultados e esse formato de gestão faz com que todos estejam permanentemente em busca do melhor desempenho. A equipe começa na administração e o nosso gestor é o Marcelo Theotônio, que tem o apoio de Edmilson Guimarães, Matheus Theotônio e Pedro Dassoler. Atualmente, com a renovação dos contratos, mantemos somente os técnicos e fisioterapeutas, mas trabalhamos com médico, nutricionista, psicólogo e preparador físico. Além disso, vamos trazer mais dois auxiliares técnicos para as seleções de base. Técnica e preparo físico são fundamentais, mas como controlar fatores subjetivos, como a atitude mental, nos judocas da base? Estes atletas que se classificam nas seletivas e estão no processo para o mundial da categoria já são diferenciados. A nossa função é dar estímulos diários para a manutenção de seus objetivos. Com certeza aquele que não tiver garra, determinação e vontade não fará parte da seleção, que é apenas o primeiro passo. Antigamente

Atletas do masculino com membros da comissão técnica no Instituto Kodokan

muitos judocas se contentavam com isso, mas hoje nossos atletas têm como objetivo vencer o mundial da categoria. Qual é a sua expectativa para o mundial sub 21? São as melhores. Apesar de ter uma equipe muito jovem, confio plenamente em nosso trabalho e nos atletas que compõem o time. Convido a revista Budô para acompanhar o trabalho que será feito para o mundial, de 13 a 15 de outubro na concentração em Pindamonhangaba. Tenho certeza de que vocês ficarão otimistas com o trabalho que estamos desenvolvendo. A CBJ faz investimento gigantesco no sênior, que em Astana sofreu um grande revés. Como vê esse quadro? O judô está entre os cinco esportes mais importantes para o Brasil atingir a meta de fazer parte do Top 10 nos Jogos Olímpicos. Está havendo um grande investimento, mas ao mesmo tempo há muita pressão e cobrança de resultados. Estamos nos aproximando deste grande objetivo e percebo que a pressão aumentou e isso faz com que aconteçam bons e maus resultados. Espero sinceramente que todos nós que estamos envolvidos nos jogos possamos convergir toda esta pressão e ansiedade por bons resultados, confirmando o Brasil como potência mundial da modalidade. O judô que fazíamos em nossa época era muito mais sofrido, mas encontrávamos muito prazer e alegria. Havia mais liberdade para errar. De alguma forma todas as gerações lutaram para melhorar e chegar à excelência que atingimos hoje. Mas tudo isso virou um compromisso gigantesco e nem todos suportam a pressão, e não apenas do lado brasileiro. Nossos adversários também são cobrados e pressionados. Vencerão aqueles que, além de melhor preparo e maior determinação, tiverem mais habilidade para lidar com a pressão. Revista Budô número 16 / 2015

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literatura - jutsu a arte oculta no karatê

JUTSU

A arte oculta no karatê O livro Jutsu – A Arte Oculta no Karatê revela todo o processo pelo qual essa técnica passou em suas três grandes mudanças, até tornar-se o mundialmente conhecido esporte de combate. POR

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paulo pinto I Fotos budô

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sensei Vinicio Antony, 5º dan (ITKF), procura compartilhar todo o conhecimento, experiências, descobertas e desenvolvimento alcançados em seus pouco mais de 30 anos de estudo, prática e aperfeiçoamento do karatê e de outras artes marciais nas 168 páginas deste livro. Os amantes do karatê, e de artes marciais em geral, vão conhecer a história quase nunca contada das verdadeiras origens do karatê. Vinicio mostra em detalhes todo o processo de reestruturação técnica, política e pedagógica pelo qual a modalidade passou desde sua origem até apresentar-se como a técnica esportiva da atualidade. “Desvendo mitos e apresento fatos, e baseado em minha experiência como profissional de educação física e técnico de alguns importantes nomes das lutas profissionais, dou dicas de treinamento e preparação técnica, física e mental para maior alcance e desenvolvimento dentro da arte”, diz o autor. O livro nasceu da vontade de Vinicio de compartilhar seu trabalho de pesquisa e entendimento sobre as artes marciais, depois de constatar que há um equívoco generalizado quando o assunto é karatê. “Muitas pessoas o consideram algo único, quando na verdade se trata de um extenso e rico acervo técnico”, explica. E Vinicio não pretende parar aqui. Já tem até o título para novo livro: O Sensei, um guia prático para os mestres em artes marciais. “Mas isso é a longo prazo!”

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O livro Como ponto alto, Jutsu – A Arte Oculta no Karatê faz uma releitura parcial da série básica de kata do Karatê Shotokan, os Heian, baseados agora no que Vinicio considera a sua verdadeira origem, ou seja, as formas conhecidas como Shanam Dai e Sho. “O principal objetivo dessa obra é fazer uma introdução ao Karatê Jutsu, explicando a origem da terminologia, além de fundamentar o amplo conteúdo técnico existente no karatê e que foi suprimido por sua transformação num esporte de combate, utilizando a apreciação do bunkai (aplicação) original dos Kata Heian”, explica o autor. O sensei discorre sobre a história do karatê, chegando à raiz dessa arte marcial milenar, deixando claro para o leitor que as artes marciais, em sua essência, eram completas como métodos de luta, mas que ao longo de muitas gerações, acabaram se especializando em determinadas técnicas, deixando outras de suma importância de lado. Vinicio discorre sobre a importância de conhecer todas as vertentes de um combate, e que dentro dos katas do karatê Shotokan estão contidas inúmeras técnicas antigas, literalmente escondidas. Em seus estudos, ele desvenda grande parte desses movimentos dos kata, de forma que muitas técnicas passam a fazer mais sentido. O livro mostra ainda o desenvolvimento

e adaptabilidade da arte ao contexto temporal, com a apresentação da transição das técnicas originais para as lutas profissionais. Um DVD complementar ao livro contém videoaulas desse trabalho de adaptação.

O autor Na década de 1980, no auge da moda New Wave e da explosão do rock nacional, Vinicio Antony iniciou seus treinos de karatê Shotokan. Seu mestre, o aluno do sensei Yasutaka Tanaka e integrante da geração de ouro do karatê brasileiro: Victor Hugo Blanco Bittencourt. Vitinho, um lutador experiente e com visão ímpar, enxergou naquele adolescente um talento nato. Começou a treinar Vinicio, e logo percebeu seu potencial como atleta. Tinha certeza de que ele poderia ser um dos melhores de sua geração. Infelizmente, Vitinho morreu precocemente e não viu que sua previsão se concretizou. Vinicio viu-se sem seu sensei. Obstinado, nem sequer passou pela sua cabeça desistir. Ao contrário, começou a treinar com outros mestres, que agregavam cada vez mais qualidade ao seu karatê. Aprendeu com Yasutaka Tanaka, Yoshizo Machida, Yasuyuki Sasaki, Hiroyasu Inoki, Tasuke Watanabe, Ugo Arrigoni, Flávio Costa e Sohaku Bastos. Através dos anos, ele reuniu as técnicas que aprendeu com esses grandes

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literatura - jutsu a arte oculta no karatê

mestres e, treinando sozinho, desenvolveu cada vez mais seu karatê, consagrando-se como um dos maiores atletas de todos os tempos na modalidade tradicional. Seu extenso currículo inclui 14 títulos brasileiros, sete títulos Sul-Sudeste e um vice-campeonato mundial, além das inestimáveis palavras do mestre Tanaka: “Atleta igual ao Vinicio eu nunca vi…” Depois de fazer mais de 150 lutas oficiais de karatê Shotokan, Vinicio se aposentou das competições em 1998, após

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representar a seleção brasileira no mundial tradicional realizado na Polônia. Pela seleção, participou de dois pan-americanos (1991 e 1993) e quatro mundiais (1992, 1994, 1996 e 1998), conquistando várias medalhas para o País. A partir de então, dedicou-se cada vez mais a se tornar um lutador completo – não apenas de karatê, mas que também conhecesse todas as formas de combate. Na luta de chão, optou pelo jiu-jitsu, no qual se graduou como faixa preta. Na trocação de curta e média distância, decidiuse pelo muay thay/kick boxing, graduandose também como faixa preta. Dessa forma, ele conseguiu agregar a seu jogo de karatê Shotokan (que prima pelos golpes lineares de longa distância) os golpes de varredura, joelhadas e cotoveladas do muay thay e a luta de quedas e finalizações no solo do jiu-jitsu. Quem acompanha a carreira de Vinicio já o viu, por várias vezes, finalizar lutas de jiu-kumitê (lutas de academia) em poucos segundos, mesclando as três técnicas: atingia com um golpe de longa distância, acrescentava outro de curta e finalizava no chão. Essa transição durava segundos, comprovando que,

para ele, não há mais diferenciação entre as técnicas, mas sim uma continuidade que permite que o lutador se adapte a qualquer situação que se apresente dentro de uma luta. Logo, lutadores profissionais de MMA começaram a vir até Vinicio, com o intuito de aprender um pouco do vasto repertório de técnicas que ele tinha sob seu domínio. O mais notório de todos é Vitor Belfort, que desde 2008 tem treinado karatê. Vitor impressionou-se com a forma como Vinicio conseguia adaptar o Shotokan ao MMA, e logo incorporou isso ao seu jogo. Tanto que em suas lutas contra Rich Franklin, Yoshihiro Akiyama, Michael Bispin, Luke Rockhold e Dan Henderson, Vitor nocauteou com golpes únicos, limpos: a essência do todome-waza (golpe definitivo no karatê). Atualmente, Vinicio conseguiu desenvolver um protocolo de treinamento do karatê jutsu. Nele, os alunos aprendem desde cedo a arte marcial de forma completa, sem amarras. Aprendem os socos lineares, clássicos do Shotokan, ao mesmo tempo em que aprendem os socos semicirculares, típicos do muay thay. Paralelamente, aprendem técnicas de queda e finalização no solo.

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TREINAMENTO DE C AMPO BRASIL E JAPÃO

Treinamento de campo reúne mais de 300 judocas em Curitiba POR

paulo pinto I Fotos lilo barros

Em evento aberto pelo governador da província de Hyogo, a Associação de Judô Iwashita promoveu treinamento de campo com judocas da seleção japonesa e atletas do Brasil. O grande destaque do encontro foi Hifumi Abe, campeão japonês dos 66 kg.

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om apoio da Federação Paranaense de Judô, Kimonos Yama e do Grupo Educacional Bagozzi, a Associação de Judô Iwashita promoveu treinamento de campo para atletas inscritos na oitava edição do torneio interestadual promovido pela academia. O intercâmbio técnico Brasil–Japão reuniu aproximadamente 300 atletas do Brasil e judocas da província de Hyogo que fazem parte da seleção japonesa. Entre eles estavam Hifumi Abe, 66 kg; Hyouga Noushou, 60 kg; Reiya Kobayashi, 81 kg; Juubei Ishiyama, 100 kg; e Lee Hwang Yo, 100 kg. Na avaliação do sensei Luiz Iwashita, este foi o maior treinamento de campo realizado

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no Paraná. “Devido à qualidade técnica dos atletas que vieram do Japão, nós já esperávamos um número expressivo de inscrições, mas não imaginávamos receber mais de 300 judocas. Tivemos de improvisar e promover três sessões de treinamento para adequar a situação”, explicou o anfitrião do evento, que previu edições futuras do encontro. “Nossos atletas ficaram encantados com a troca de informações e a predisposição dos judocas japoneses em transmitir o que sabem de forma espontânea e cordial.” Sensei Liogi Suzuki, professor kodansha 9º dan, avaliou o treinamento de campo positivamente. “Esse encontro foi bastante descontraído, reinou um clima de amizade e

festividade e reuniram-se mais de 300 participantes. Por tudo que vivenciei na história do judô brasileiro, nunca havia acontecido um evento de tamanha magnitude envolvendo Japão e Brasil. Existe a intenção de manter este intercâmbio técnico de ambos os lados, e isso certamente fortalecerá a base do judô do nosso Estado. Usando de suas prerrogativas, o sensei Makoto Yamanouchi aproveitou a oportunidade para solicitar a colaboração dos chefes da delegação japonesa no sentido de viabilizarem a doação de algumas áreas de tatamis japoneses para o judô do Paraná”. Helder Marcos Faggion, vice-presidente da FPrJ, enfatizou o intercâmbio técnico promovido no encontro. “Em nossa análise, esta foi uma experiência fantástica para os nossos atletas, já que a maioria jamais havia treinado com judocas de outros países. Os japoneses foram extremamente receptivos e treinaram de verdade, fizeram de tudo para transmitir um pouco do que sabem aos judocas do Brasil. Acho que eles também ficaram satisfeitos pela receptividade e a hospitalidade demonstrada pelos brasileiros.”

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Esportiva

Governo de São Paulo reformula Centros de Excelência e cria

Centros de Formação POR

Paulo Pinto I Fotos Marcelo Lopes

Evento que anunciou recursos para milhares de atletas foi realizado no Palácio dos Bandeirantes e contou com a presença de medalhistas olímpicos e dirigentes.

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m solenidade no Palácio dos Bandeirantes, marcada pela presença de atletas do alto rendimento e de autoridades políticas e esportivas, o governador Geraldo Alckmin anunciou no dia 17 de junho a reformulação do programa Centros de Excelência Esportiva do Estado de São Paulo, além da criação dos Centros de Formação Esportiva. Ao todo serão atendidos 4.137 atletas de 12 modalidades em 44 cidades do Estado, por intermédio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude (SELJ). Jean Madeira, o secretário de Esportes, Alex Costa de Lima, coordenador de Esportes, e toda a equipe responsável pelos programas marcaram presença na solenidade. O investimento total será de R$ 20,9 milhões. Vários medalhistas olímpicos abrilhantaram o evento, entre eles o judoca Rogério Sampaio, ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992; a medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, Maurren Maggi, que iniciou sua carreira no Projeto Futuro, embrião dos Centros de Excelência; e Henrique Guimarães, bronze em Atlanta, em1996. Entre os dirigentes esportivos estavam Mauro Roberto Chekin, presidente da Federa-

Alex Lima, Geraldo Alckmin, Jean Madeira e Maurren Maggi

Geraldo Alckmin Jean Madeira

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Mauro Roberto Chekin

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ção Paulista de Atletismo; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô; José Carlos de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Karatê; Maria Aparecida de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Boxe do Estado de São Paulo; Gerardo Siciliano, presidente da Associação de Judô Mauá; Alessandro Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô; Luiz Fernando Balieiro, presidente da Federação Paulista de Tênis; Pedro Hidekasu Oshiro, presidente da Associação Ken In Kan; Miguel Carlos Cagnoni, presidente da Federação Aquática Paulista; e dirigentes das demais entidades atendidas pelo projeto. A novidade deste ano foi a criação dos Centros de Formação Esportiva, onde atletas iniciantes terão à disposição treinadores, médicos e a estrutura necessária para a prática e o desenvolvimento esportivo. O governador Geraldo Alckmin valorizou o investimento de quase R$ 21 milhões no esporte em um momento de crise econômica no Brasil. “Esse recurso vai auxiliar na inclusão social, na saúde, na qualidade de vida e no combate à criminalidade. São Paulo investe porque acredita no poder transformador do esporte”, disse o governador. Nos oito centros de excelência, serão disponibilizadas as seguintes modalidades: judô, atletismo, basquete, vôlei, natação e nado sincronizado. Já nos 13 centros de formação serão oferecidos boxe, karatê, judô, atletismo, vôlei, basquete, tênis e wellness. Vale lembrar que algumas modalidades serão realizadas em mais de um núcleo, por isso o número total é de 44 cidades atendidas. O secretário Jean Madeira falou sobre os projetos Centros de Excelência e de Formação Esportiva. “Acreditar e investir no esporte gera resultados imediatos. Os jovens precisam dessa atenção especial, portanto, a criação dos Centros de Formação vai gerar mais oportunidades para aqueles que buscam espaço no cenário esportivo. Já os Centros de Excelência terão seu trabalho ainda mais competente na atividade com atletas de ponta”, concluiu o secretário.

Confira as 44 cidades atendidas pelos programas Centros de excelência e formação

Geraldo Alckmin, Francisco de Carvalho Filho e José Carlos de Oliveira

Centros de excelência

Henrique Guimarães e Geraldo Alckmin

São Paulo Santos Presidente Prudente

Centros de formação

Geisa Guedes e Geraldo Alckmin

Francisco de Carvalho, Alex Lima e José Carlos de Oliveira

Gilmaci Santos, Henrique Guimarães, Francisco de Carvalho, Alex Costa de Lima, José Carlos de Oliveira, Gerardo Siciliano e Anderson Lima

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São Paulo Bastos Ribeirão Preto Santos Divinolândia Presidente Prudente Sertãozinho Campinas São José do Rio Preto Barretos São Caetano do Sul Votuporanga

São Vicente Cubatão Cerquilho Ocauçu Cubatão Praia Grande Taubaté Mauá Fernandópolis Americana Itapetininga São José dos Campos Piracicaba Cândido Mota Assis Osasco Guarulhos São Paulo Jumirim Tietê Taboão da Serra Sumaré Guarujá Promissão Presidente Prudente Dracena Peruíbe Rio das Pedras Platina Santo Anastácio Santos Agudos São Bernardo do Campo Atibaia

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Centros de Excelência Esportiva

Ivan da Rocha Dede, José Carlos de Oliveira, Alessandro Puglia, Francisco de Carvalho Filho, Alex Costa de Lima, Henrique Guimarães e Adib Bittar

Geraldo Alckmin, Chico do Judô, José Carlos de Oliveira e Gerardo Siciliano

Repercussão O dirigente Francisco de Carvalho falou sobre a importância do apoio governamental no fomento esportivo. “O papel do governo estadual no desenvolvimento do esporte é de fundamental importância. A criação dos Centros de Formação Esportiva proporcionará enormes avanços, já que milhares de jovens que sonham chegar ao alto rendimento terão acesso à prática esportiva. Vejo, porém, a necessidade de serem desenvolvidas políticas que aperfeiçoem a relação destes centros com os Centros de Excelência”. Francisco de Carvalho finalizou enfatizando a relevância da prática esportiva. “Por mais que muitos setores da sociedade não admitam, o esporte tem papel preponderante na coletividade, já que sua prática melhora a qualidade de vida, proporciona bem-estar mental e aumenta a resistência física. Os recursos destinados a estes projetos certamente resultarão em grande economia para as áreas da saúde e segurança pública.” José Carlos de Oliveira, presidente da FPK, lembrou que o esporte de rendimento tem o poder de minimizar os desníveis sociais. “Os governos federal e estadual investem anualmente bilhões de reais na segurança pública e em presídios. Quase nada é investido no esporte, uma das poucas vertentes da atividade humana que tem verdadeiramente o poder de socializar e minimizar o impacto criado pelo gigantesco

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Maurren Maggi e Adib Bittar

abismo social existente em nosso País. A iniciativa do governo paulista aponta na direção, e esperamos que nos próximos anos o governo tenha sensibilidade de aumentar o investimento feito no esporte, já que o valor investido nesta temporada é algo meramente simbólico.” Segundo Alex Lima, coordenador de esportes do Estado de São Paulo, prevê maior aproveitamento técnico com novo formato. “Esta reformulação é muito importante no sentido de podermos acompanhar melhor o desenvolvimento dos atletas desde a base até o alto rendimento. A criação dos centros de formação permitirá que os atletas da base sejam mais bem direcionados e encaminhados. Acredito que este novo formato facilitará a formação de grandes atletas para representar nosso Estado.” Maria Aparecida de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Boxe do Estado de São Paulo, destacou a democratização do acesso à pratica esportiva para todas as classes sociais. “Além de oferecer maior estrutura para a prática e o desenvolvimento do boxe olímpico, a implantação dos Centros de Formação democratizará o acesso a nossa modalidade e gerará maiores oportunidades para os atletas crescerem e se destacarem no cenário esportivo. Em paralelo a isso estaremos promovendo a inclusão social, oferecendo mais saúde e qualidade de vida e entretenimento para crianças e jovens.” Na avaliação de Gerardo Siciliano, presidente da Associação de Judô Mauá, a iniciativa da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude promoverá maior inclusão social. “A criação dos Centros de Formação Esportiva proporcionará a inclusão de milhares de jovens na prática esportiva em todo o Estado. Em Mauá especificamente, por meio da Associação de Judô Mauá, nós disponibilizaremos dois núcleos às comunidades do Jardim Oratório e Vila Feital. Acredito que nos próximos anos poderemos ampliar este programa para atender ao maior número possível de crianças entre 7 e 14 anos.”

Geraldo Alckmin e Maurren Maggi

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karatê

Alguns dos principais me dal Fernanda Pires, Nayara Nér histas da Associação Muniz de Karatê e Titafight: Ros i, Natália Néri, Sensei Mu Cristiano Beltrão niz, Marcos Nacanisi, Ste eli Fernandes, fanie Otta e

Sensei Juvenal Muniz

Sensei Cristiano Beltrão

Titafight, karatê voltado

para o desenvolvimento humano Juntas, as equipes da Associação Muniz de Karatê e a Titafight formam uma grande família de esportistas que reúne formadores de cidadãos comprometidos com desenvolvimento humano e técnicos voltados para o preparo de atletas para o alto rendimento. POR

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zédu souza I Fotos felipe tamashiro

om formação no karatê Shotokan, sensei Juvenal Muniz detém o 5º dan, outorgado pela Federação Paulista de Karatê e Confederação Brasileira de Karatê, e é o líder da Associação Muniz de Karatê, na qual há mais de 30 anos realiza ações de grande relevância na Zona Leste da capital paulista. No tocante a crianças e jovens, sensei Muniz desenvolve um trabalho pedagógico voltado ao aprimoramento e à socialização do indivíduo dentro e fora do dojô. No campo esportivo, a Associação Muniz de Karatê e a Titafight formam uma equipe vencedora que representa a associação nos campeonatos estaduais e o Estado de São Paulo em competições nacionais. Com larga vivência nos tatamis, sensei www.revistabudo.com.br

Muniz já formou vários karatecas faixas pretas, entre os quais figuram numerosos shodans, ni-dans, san-dans e até yon-dans. Sensei Cristiano Beltrão possui 4º dan outorgado pela Federação Paulista de Karatê e Confederação Brasileira de Karatê. É senpai da Associação Muniz de Karatê e instrutor chefe da academia Titafight. Para Cristiano Beltrão, o karatê prioriza a formação de bons cidadãos. “Sou atleta e participo de quase todas as competições oficiais de kata e shiai, mas o principal objetivo de nossa modalidade é formar cidadãos com disciplina e cárter. A prática constante do karatê proporciona saúde e uma vida sem vícios. Em nossa academia fazemos treinamento budô e treinos específicos pré-competição e para exames de faixa.”

A parábola abaixo é o lema da Titafight Sem nenhum aviso, o discípulo de um grande mestre de conceituado dojô de artes marciais deixou de participar dos treinamentos. Após algumas semanas, o sensei decidiu visitá-lo. Era uma noite fria, e o sensei encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o aluno deu boas-vindas ao mestre e conduziu-o a uma cadeira perto da lareira, na qual o velho mestre acomodou-se confortavelmente, mas não disse nada. Apenas contemplava a dança das chamas e, ao cabo de alguns minutos, o velho sensei examinou as brasas e selecionou a mais incandescente e colocou de lado. Em pouco tempo ela tornou-se um pedaço de carvão frio e cheio de fuligem. Sem dizer uma única palavra, o mestre colocou o carvão de novo no fogo e quase imediatamente ele voltou a incandescer e arder em chamas. Ainda em silêncio, o mestre levantouse e dirigiu-se para a saída e, quando estava saindo, seu aluno disse: “Obrigado pela visita e pelo belíssimo sermão. Voltarei ao treinamento e ao convívio com o grupo”. Revista Budô número 16 / 2015

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cidade do judô

Ribeirão inova mais uma vez com a Rogério Quintela, Sílvio Caporal e Margaret Guimarães

Cidade do Judô

Idealizador e promotor de eventos inusitados envolvendo a prática e a difusão do judô, o criativo sensei Rogério Quintela inovou mais uma vez apresentando a Cidade do Judô

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POR

Paulo pinto I Fotos divulgação

ais uma vez a cidade de Ribeirão Preto promoveu um evento singular para a comunidade judoísta da região Nordeste do Estado de São Paulo, uma das mais tradicionais no ensino e prática do judô. O evento denominado Cidade do Judô, por seu idealizador professor Rogério Quintela, aconteceu nos dias 22 e 23 de maio, no Centro de Eventos do Ribeirão Shopping. Quintela é membro do Corpo Discente da Academia Brasileira de Treinadores do Comitê Olímpico do Brasil, técnico da equipe de judô Barão de Mauá há 21 anos e, atualmente é responsável pela formação de mais de 500

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judocas na região de Ribeirão Preto, falou sobre o evento inédito em nosso País. “Nossa proposta é trazer as crianças para o universo do Judô por meio das referências conhecidas por eles. Todos que foram ao evento tiveram a chance de ver de perto a força e a importância do judô, um esporte completo, que busca fortalecer o corpo, a mente e o espírito de forma integrada. Crianças a partir de 4 anos, iniciantes ou não, puderam participar de aulas e lutas diferenciadas por faixa etária. Os pais também puderam brincar e interagir com elas.” Na abertura aconteceu uma aula de judô para 250 crianças beneficiadas com as pre-

senças dos medalhistas olímpicos Douglas Vieira (prata em Los Angeles), Aurélio Miguel (ouro em Seul e bronze em Atlanta), Rogério Sampaio (ouro em Barcelona), Henrique Guimarães (bronze em Atlanta) e Carlos Honorato (prata em Sidney). Na sequência houve apresentação de taikô (tambores japoneses) o que impôs um clima nipônico e agradou muito toda a garotada. No sábado, o evento foi palco de uma etapa do Circuito Paulista Estudantil de Judô, às 11h, mesmo horário que foram iniciadas as lutas separadas por classes. Um dos pontos altos do evento foram os personagens de histórias em quadrinhos Batman, Homem Aranha, Homem de Ferro e Capitão América que posaram para fotos e brincadeira com as crianças nos tatamis. De forma lúdica e divertida, os participantes tiveram acesso ao esporte e a todos os seus benefícios, como a disciplina, equilíbrio e socialização. www.revistabudo.com.br


Doglas Vieira e Rogério Quintela

Foto com medalhista partindo da esquerda de preto: Edilson Guerra, João Naves, João Naves Filho e Vera Marabim Naves.

Rogério Sampaio, Douglas Vieira, Edson Santana, Aurélio Miguel, Peterson Campos, Benedito Oliveira, Carlos Honorato, Diego Liberato e Marcos Cunha

A Cidade do Judô foi uma realização do Ribeirão Shopping e teve o apoio da Rodonaves Transportes, Rodonaves Corretora de Seguros, Berçário e Escola Infantil Raio de Sol Encantado, Restaurante Bar do Sócio, Famosa Pizza, Aneethun, Ateneu Barão de Mauá e Fedeesp – Federação do Desporto Escolar do Estado de SP. O medalhista de prata Douglas Vieira falou sobre os objetivos desta ação. “Quando criamos este projeto a nossa proposta era divulgar o judô nas escolas, e depois achamos por bem agregar alguns super-heróis que são referências para a garotada. A ideia era fazer um link a mais no sentido de aproximá -los dos tatamis. Nossa principal proposta é usar o lúdico, mas focando sempre a formação deles e fazer com que interajam entre si”. Para o professor kodansha os objetivos do evento foram atingidos. “Em nossa avaliação foi altamente positiva, os pais puderam interagir e adoraram a nossa proposta. Eles www.revistabudo.com.br

também mostraram muita alegria, vibraram e brincaram muito. Todos nós tivemos um dia bastante feliz, e para os mais velhos foi muito importante porque eles puderam tirar fotos e ganharam autógrafos dos medalhistas olímpicos. Houve um resgate de parte da historia desses judocas e da importância do judô no cenário esportivo brasileiro”, disse Douglas Vieira. O medalhista de prata enfatizou a importância desse trabalho no âmbito acadêmico. “Após a ação junto às crianças recebemos um grupo de universitário que cursam Educação Física, e fizemos uma dissertação sobre a importância do trabalho lúdico com crianças de baixa faixa etária fundamentado no judô, e eles gostaram muito do que vivenciaram com as crianças e ouviram em nossa palestra”. O campeão olímpico Rogério Sampaio, destacou o pioneirismo do idealizador deste evento. “A Cidade do Judô, é um marco para

o judô de Ribeirão Preto. O professor Rogério Quintela sempre nos surpreende pela organização e empreendedorismo, aplicados em cada evento.” Medalha de bronze em Atlanta, Henrique Guimarães falou sobre a admiração pela seriedade e criatividade do prof. Quintela. “A Cidade do Judô foi sem dúvida uma das iniciativas mais formidáveis que presenciei até hoje. Reunir cinco medalhistas olímpicos, um acervo de medalhas e kimonos olímpicos mais centenas de crianças para recontar a história do judô é fruto de uma mente brilhante e inovadora. Nosso respeito e admiração ao prof. Rogério Quintela pela idealização deste sensacional evento.” O medalhista de prata Carlos Honorato parabenizou os promotores do evento. “O judô carece e agradece iniciativas como esta. Parabenizo a todos que acreditaram na capacidade do Quintela na organização e execução da Cidade do Judô.” Revista Budô número 16 / 2015

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cidade do judô

Despertando nas crianças o sentimento de pertencer à comunidade e à natureza

Vera Carlotti, Aurélio Miguel, Rogério Quintela, Rogério Sampaio, Roger Vieira e Aparecida Scatolin

Henrique Guimarães, Rogério Sampaio, Rogério Quintela, Aurélio Miguel e Carlos Honorato

Apresentação de Taikô

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a avaliação de Vera Carlotti, diretora do Ateneu Barão de Mauá, o evento inédito em Ribeirão inseriu centenas de crianças no universo esportivo. “A Cidade do Judô foi um evento maravilhoso e pioneiro em nossa cidade. O Ateneu Barão de Mauá e Barãozinho foram presenteados com a possibilidade de conviver com ícones do judô, atletas que deram

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o melhor de si por nosso País e que enriqueceram o conhecimento esportivo e pessoal dos nossos alunos”, disse. A gestora finalizou enfatizando a importância do ensino mais abrangente. “Acreditamos no futuro, na preparação do ser humano para os desafios cotidianos da vida. Queremos ir além da sala de aula, proporcionando uma educação que consiste em possibilitar o desenvol-

vimento de habilidades, apresentando novos questionamentos, que desenvolvam no educando a autonomia intelectual, para fundamentar racionalmente ações práticas e cognitivas. É importante despertar nas crianças e jovens o sentimento de pertencer à comunidade e à natureza. Quando a confiança se reflete na educação, o aprendizado se torna definitivo.”

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Karatê Shotokan

Sensei Richard Amos

ntana, Richard Senseis Roberto Sa l e Juan Oliva cie Ma n Amos, Robso

Richard Amos realiza workshop em Ribeirão Preto O renomado sensei Richard Amos, mestre de karatê Shotokan formado na JKA, esteve em Ribeirão Preto, onde realizou seminário para 80 professores de karatê do Brasil e Argentina

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adicado em Nova York (USA), onde dirige a World Tradicional Karate Organization (WTKO), entidade presente em 20 países aproximadamente, o inglês 7º dan Richard Amos esteve em Ribeirão Preto (SP), onde no dia 22 de agosto ministrou curso sobre os fundamentos do karatê Shotokan. Um dos principais alunos do sensei Mikio Yahara, 8º dan, Amos foi considerado pelo sensei Tetsuhiko Asai, 9º dan, o melhor estrangeiro formado na JKA em todos os tempos. Na época Asai era o instrutor chefe da JKA e Association, e até hoje é uma das maiores referências mundiais do karatê Shotokan. Atualmente Richard Amos é instrutor www.revistabudo.com.br

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POR paulo pinto Fotos RAFAEL MARTINEZ

chefe da WTKO e figura entre os principais mestres do karatê Shotokan do mundo. No término do curso Amos falou sobre a importância do seminário promovido pelo sensei Roberto Santana. “Nossa escola visa à qualidade e não à quantidade, e foi por esta razão que aceitei o convite feito pela WTKO Brasil. Por meio do sensei Roberto Santana estamos difundindo no Brasil a nossa filosofia de trabalho que visa ao desenvolvimento técnico sem deixar de respeitar as características de cada praticante. Entendemos que acima de tudo a prática do karatê deve priorizar o desenvolvimento humano.” O curso realizou-se na Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto e contou

com a participação aproximada de 80 professores de karatê do Brasil e Argentina, e o anfitrião avaliou a iniciativa positivamente. “Este foi o segundo evento promovido por nossa organização na América do Sul, e ficamos satisfeitos com o resultado obtido. Recebemos professores de vários Estados e até da Argentina, entre os quais nomes de grande expressão do karatê sul-americano, como os senseis Robson Maciel, Carlos Rocha, Juan Oliva, Felipe Martins, Neurilan Cirillo e Fernando Guimarães. Plantamos uma semente que certamente produzirá frutos no sentido de fortalecer o trabalho de professores que buscam uma nova proposta de trabalho dentro do karatê Shotokan”, disse Roberto Santana. Revista Budô número 16 / 2015

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C ampeonato Paulista de Judô – Sub 18 / 2015

Esporte Clube Pinheiros é campeão

8 1 b u s ista paul Com disputas emocionantes, a fase final do Campeonato Paulista sub 18 surpreendeu pela presença expressiva de 37 equipes no pódio. O SESI São Paulo foi campeão do masculino, enquanto o Mogi das Cruzes SMEL/Chiao venceu no feminino. Correndo por fora e ratificando sua tradição nos tatamis, o Clube Pinheiros conquistou quatro ouros que garantiram a primeira colocação geral na competição.

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paulo pinto I Fotos revista budô e Marcelo lopes

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Revista Bud么 n煤mero 16 / 2015

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C ampeonato Paulista de Judô – Sub 18 / 2015

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om o apoio da 12ª Delegacia Regional Mogiana, Ipanema Clube e Secretaria Municipal de Esportes de Ribeirão Preto, a Federação Paulista de Judô realizou o Campeonato Paulista sub 18, evento classificatório para o brasileiro de judô. Com 400 atletas vindos das 16 delegacias regionais do judô paulista, a competição realizou-se no dia 9 de maio, no ginásio de esportes do Ipanema Clube, em Ribeirão Preto (SP). A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades esportivas e políticas, entre as quais Genivaldo Gomes, presidente do Ipanema Clube e vereador de Ribeirão Preto; Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô; Layr Luchesi, secretário de Esportes e chefe da Casa Civil de Ribeirão Preto; Alessandro Maraca, secretário de Cultura de Ribeirão Preto; Valter Lúcio Pinto, secretário de Esportes de Sertãozinho; Guelfo Pescuma, diretor de Esportes de Sertãozinho; Edmilson Dezorto, diretor de Esportes de Ribeirão Preto; José Luiz Pontim, diretor de Esportes Especiais de Ribeirão Preto; Alessandro Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô; José de Araújo (Tio Zezinho), ex-delegado regional da Mogiana; Cléber do Carmo, delegado da 12ª DRJ; Aparecido Balduíno Pontes, diretor do Ipanema Clube; Terêncio Barbério Neto, diretor técnico da Mogiana; Gilson de Vito, diretor de arbitragem da Mogiana; Sidnei Paris, delegado da 8ª DRJ; Celso de Almeida Leite, delegado da 15ª DRJ; Osmar Aparecido Feltrim, delegado da 6ª DRJ; e os professores kodanshas Maurílio Cesário, Marcelo Hirono, Kanefumi Ura, Uishiro Umakakeba, Paulo Rogério Padovan, Sérgio Bin, Sérgio Ferrante, Francisco Aguiar Garcia e Galileu Paiva dos Santos.

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Após 20 anos Ribeirão volta a sediar a fase final do campeonato paulista Ao avaliar a competição, Cléber do Carmo lembrou

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que há duas décadas Ribeirão Preto não sediava grandes eventos. “Depois de 20 anos Ribeirão Preto e a equipe da 12ª DRJ voltam a sediar uma final do Campeonato Paulista de Judô, e acreditamos que esta ação é fruto do grande trabalho que toda a nossa equipe desenvolve. Estamos trabalhando muito, e os resultados vão surgindo rapidamente, justificando a confiança que a diretoria da FPJ depositou em nosso grupo. Buscamos realizar um evento grandioso, disponibilizando uma boa estrutura e um contingente de professores altamente capacitados. Recebemos autoridades políticas e esportivas, e o ponto alto da cerimônia de abertura foi a apresentação da banda da Policia Militar, que sob o comando do subtenente Rocha executou o Hino Nacional com maestria. Nos tatamis, Ribeirão Preto fez a sua parte, conquistando uma medalha de ouro com Lucas Barbosa no meio-leve. Todos estes indicativos proporcionam um balanço altamente positivo do certame.” Durante a cerimônia de abertura várias autoridades foram homenageadas e receberam um quadro de medalhas da FPJ. Entre os laureados destacamos Layr Luchesi e Genivaldo Gomes.

Mogi das Cruzes vence no feminino Após disputar cinco finais, a equipe do Mogi das Cruzes SMEL/Chiao foi campeã da classe feminina, obtendo

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C ampeonato Paulista de Judô – Sub 18 / 2015

Pescuma Júnior e Valter Lúcio

Edmilson Dezorto, Alessandro Puglia, Genivaldo Gomes, Lair Luchesi, Francisco de Carvalho, Cleber do Carmo, Alessandro Maraca 3 José Luís Pontim

A marca da conquista www.shihan.com.br

Francisco de Carvalho Filho José Luís Pontim, Tio Zezinho, Genivaldo Gomes e Paulo Araújo Layr Luchesi

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duas medalhas de ouro, com Giuliana Silva Monteiro (superligeiro) e Agnes Fernandes da Costa Motta (médio), e três de prata, com Giovanna Silva Monteiro (superligeiro), Gabrielle da Silva Anjos (leve) e Viviane Fernandes da Costa (pesado). O time vice-campeão foi o Esporte Clube Pinheiros, que conquistou duas medalhas de ouro, com Larissa Cincinato Pimenta (leve) e Beatriz Rodrigues de Souza (pesado). Somando um ouro, uma prata e dois bronzes, o SESI São Paulo ficou em terceiro lugar. As medalhas sesianas foram conquistadas por Daise Maria Locatelli (ouro no meio-médio), Gabriela Vitória Máximo Fontes (prata no meio -pesado), Giovanna Letícia de Oliveira e Giovanna Vitória Máximo Fontes (bronze no meio-pesado).

SESI São Paulo vence no masculino Comprovando o crescimento técnico de toda equipe, o SESI São Paulo foi campeão do naipe masculino, conquistando duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Os atletas de Bauru que subiram ao pódio foram Renan Ferreira Torres (ouro no ligeiro), Igor da Silva Morishigue (ouro no médio), Michael Vinícius O. Marcelino (prata no meio-leve) e Guilherme Augusto Nascimento Quadros (bronze no meio-leve). O São João Tênis Clube/Apaja ficou em segundo lugar, obtendo dois ouros e três bronzes, com Mike Silva Pinheiro, ouro no superligeiro; Guilherme Augusto Brait de Lima, ouro no ligeiro; Bruno César Watanabe, bronze no ligeiro; Haniel Gabriel Oliveira Simas, bronze no meio-leve; e André Lourenço Granado Soares, bronze no pesado. O Esporte Clube Pinheiros chegou ao terceiro lugar conquistando duas medalhas de ouro por meio de Lucas Rodrigues Togni, no meio-médio, e Lucas Antônio Martins Lima, no pesado.

Pinheiros é campeão geral Curiosamente, 37 equipes medalharam e conquistaram uma vaga no pódio, porém apenas oito agremiações obtiveram medalhas de ouro. Cinco destas medalhas foram para a Grande São Paulo, enquanto as 11 reswww.revistabudo.com.br

tantes ficaram no interior, sendo que nenhuma foi para o litoral. O Esporte Clube Pinheiros foi campeão geral do certame, totalizando quatro medalhas de ouro. O SESI São Paulo foi o grande recordista de medalhas e sagrou-se vice-campeão geral com três de ouro, duas de prata e três de bronze. Já o São João Tênis Clube/Apaja ficou em terceiro lugar, conquistando

três ouros e três bronzes. O Mogi das Cruzes SMEL/Chiao chegou ao quarto lugar com dois ouros, três pratas e um bronze. A ADC Santana Pedreira ficou em quinto lugar com um ouro e um bronze. Três equipes ficaram em sexto lugar, conquistando uma medalha de ouro: Secretaria Municipal de Esportes de Ribeirão Preto, ADC São Caetano e Centro Esportivo de Ourinhos.

Pesado 1º Beatriz Rodrigues - E. C. Pinheiros 2º Viviane Fernandes - Mogi/Chiao 3º Meire Elen Souza - Santana Pedreira 3º Bruna Bueno - Judô Makoto Masculino

Feminino

Superligeiro 1º Mike Pinheiro - São João/Apaja 2º Joao Paulo Correia - Assoc. Mercadante 3º Diogo Pedrosa - Assoc. Yamazaki 3º Felipe Dias - Assoc. Divinolândia

Superligeiro 1º Giuliana Monteiro - Mogi/Chiao 2º Giovanna Monteiro - Mogi/Chiao 3º Natalia Ap. de Oliveira - Judô Olímpico 3º Larissa Soares - Assoc. Guarujá

Ligeiro 1º Renan Torres - SESI - SP 2º Renan Tsutsumi - Circulo Militar 3º Felipe Carvalho - Assoc. Tucuruvi 3º Bruno C. Watanabe - São João/Apaja

Ligeiro 1º Jessica Carvalho - São João/Apaja 2º Giovanna Motta - A D Santo André 3º Luana R. dos Santos - Assoc. Yamazaki 3º Laura L. Ferreira - ADREARMAS

Meio-leve 1º Lucas de Andrade – S. E. Ribeirão Preto 2º Michael V. Marcelino - SESI - SP 3º Guilherme A. Nascimento - SESI - SP 3º Haniel Gabriel Simas - São João/Apaja

Meio-leve 1º Larissa Pimenta - E. C. Pinheiros 2º Ana Virginia Costa - Assoc. Hirakawa 3º Kenia de Souza - A Hebraica 3º Larissa V. Teixeira - Rogério Sampaio

Leve 1º Guilherme A. Brait - São João/Apaja 2º Jefferson L. dos Santos Jr. – ADPM -S.J.C. 3º Madison Oliveira - A Hebraica 3º Raphael Carvalho - Mogi/Chiao

Leve 1º Franciele C. Terenzi - Santana Pedreira 2º Gabrielle da Silva - Mogi/Chiao 3º Marcela Kin Shimada - Judô Clube Mogi 3º Ana Paula dos Santos - Titãs do Judô

Meio-médio 1º Lucas Rodrigues - E. C. Pinheiros 2º Mateus Sousa Viana - Assoc. Araçatuba 3º Leonardo F. Rodrigues - Assoc. Yamazaki 3º Renan Leite - Ômega Academia

Meio-médio 1º Daise M. Locatelli - SESI - SP 2º Tamires Cabral - Seduc Praia Grande 3º Ketelyn Araújo - S. E. Palmeiras 3º Ryanne Couto - SEMEL São José

Médio 1º Igor Morishigue - SESI - SP 2º Leonardo Lopes - Ômega Academia 3º Diógenes R. da Silva – SEMEL Guararema 3º Diego Ramos - Assoc. Guarujá

Médio 1º Agnes Motta - Mogi/Chiao 2º Manuella Frediani - Assoc. Vila Sonia 3º Sabrina Rosseto - SEMEL São José 3º Gabriella Mantena - Judô Olímpico

Meio-pesado 1º Joao Luiz da Silva - C. Esp. Ourinhos 2º Vinicius Y. Sakamoto - Judô na Faixa 3º Eduardo B. dos Santos - Assoc. Belarmino 3º Victor G. Cordeiro - Assoc. Kenshin

Meio-pesado 1º Pamella Barbosa - S. Caetano/Viver Bem 2º Gabriela V. Fontes - SESI - SP 3º Giovanna L. de Oliveira - SESI - SP 3º Giovanna V. Fontes - SESI - SP

Pesado 1º Lucas A. Martins - E. C. Pinheiros 2º Gustavo Prates - Assoc. Limeirense 3º Vinicius de Oliveira - Assoc. Jalesense 3º André L. Granado - São João/Apaja

Classificação individual

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JOGOS PAN-AMERIC ANOS

Medalhistas são agraciados por Geraldo Alckmin Jean Madeira e José de Souza Júnio

José de Souza Jú

r Edson Aparecido

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Geraldo Alckmin

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nior e Geraldo

Alckmin

Alckmin com a karateca campeã dos Jogos Natália Brozulatto

Atletas do Estado de São Paulo são condecorados com medalha de Mérito Esportivo POR

portal gesp I Fotos erik teixeira

s esportistas do Estado de São Paulo que participaram dos Jogos Pan-Americanos disputados em Toronto, no Canadá, durante o mês de julho, foram homenageados no dia 18 de agosto no Palácio dos Bandeirantes. O governador Geraldo Alckmin entregou aos atletas a medalha de Mérito Esportivo. Além de medalhistas, dirigentes e profissionais do esporte, participaram do encontro Jean Madeira, secretário estadual de Esportes; Edson Aparecido, secretário da Casa Civil; Alex Costa de Lima, coordenador estadual de Esportes; e Geraldo Alckmin, governador do Estado. Dos 589 atletas brasileiros que participaram da competição continental, 208 eram do Estado de São Paulo. A Região Sudeste conta com o maior índice de participantes – 62,3% –, dos quais 35,3% são paulistas, percentual maior que o de todas as outras regiões do Brasil somadas. Geraldo Alckmin enfatizou a importância do esporte no contexto social. “É uma grande alegria e uma grande honra receber os medalhistas pan-americanos. O Brasil brilhou como terceiro colocado, à frente de Cuba. Nossos medalhistas estão de parabéns, isso é uma grande emulação aos jovens, às crianças, a todas as idades, para a atividade esportiva. O esporte educa, ensina a ganhar e a perder, promovendo o es-

pírito de equipe, afasta das drogas, melhora a segurança, forma cidadãos e cidadãs”, afirmou o governador. Entre as 349 medalhas conquistadas pelos brasileiros, 131 foram obtidas por atletas nascidos no Estado de São Paulo. Edson Aparecido falou sobre a importância de homenagear os atletas que representaram o País e em especial o Estado. “Temos a honra de receber, homenagear e poder entregar essa honraria aos atletas do Estado que em Toronto lutaram por São Paulo e pelo Brasil. Vocês são heróis de verdade, e acima de tudo dão grande exemplo para todos os jovens do nosso País”, disse o secretário da Casa Civil. Aproveitando o clima de festa e de descontração, Jean Madeira pediu apoio da Casa Civil para tirar projetos do papel e pô-los em prática. “É função do poder público apoiar o esporte, fomentando a prática esportiva que, na verdade, é uma grande ferramenta de inclusão. Temos de transformar as políticas públicas de que tanto falamos em realidade, e é possível fazê-lo, desde que a sinergia aconteça em todas as esferas. Grande exemplo disso são os atletas que hoje estão aqui e que lutaram, venceram e se dedicaram com amor e com sacrifício para chegar aonde chegaram. Só me resta dar parabéns a todos vocês, guerreiros.” www.revistabudo.com.br


Marco Aurélio Cunha, diretor de futebol feminino da CBF com Natália Brozulatto

Alex Costa de Lima, Jean Madeira, Natália Brozulatto e Edson Aparecido

Na avaliação de José de Souza Júnior, presidente da Federação do Estado de São Paulo de Taekwondo, a iniciativa do Palácio dos Bandeirantes premia o esforço dos atletas e dirigentes. “A entrega das medalhas por parte do governo do Estado representa o reconhecimento pelo esforço e a dedicação de cada atleta em busca da vitória. Um incentivo do governador Alckmin, demonstrando a preocupação com políticas públicas de fomento ao esporte.” José Carlos de Oliveira, presidente da Federação Paulista de Karatê, disse que o encontro no Palácio dos Bandeirantes evidencia o comprometimento do governo do Estado com o desporto. “Ficamos felizes com a atitude do governador, pois entendemos que é papel do Estado fomentar e incentivar a prática esportiva. Tenho certeza de que hoje todos os esportistas do nosso Estado sentiram-se prestigiados pelo poder público, e isso é muito positivo.” Para Francisco de Carvalho Filho, vice -presidente da Confederação Brasileira de Judô, o governo de São

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Paulo jogou de ippon. “Sempre que nos encontramos com o poder Executivo é para tratar de temas referentes à estrutura da prática esportiva. Fomos convidados para vir a uma festa no Palácio dos Bandeirantes, uma festividade que premiou o desempenho de todo o time brasileiro em Toronto. Pela primeira vez na história dos Jogos Pan-Americanos o Brasil ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Estados Unidos e Canadá. Hoje o governador Geraldo Alckmin encaixou um uchi-mata e ganhou de ippon, e toca a nós dirigentes parabenizá-lo pela iniciativa.” Maria Aparecida Oliveira, presidente

de da

Federação de Boxe do Estado de São Paulo, lembrou que o governo estadual fez a parte dele fomentando o esporte no Estado. “Fomos convidados para um evento que premia o trabalho e o empenho de toda a classe esportiva. Para que a nossa delegação chegasse a Toronto forte e conquistasse o terceiro lugar nas Américas, todos os esportistas tiveram de imprimir esforços, competindo seja em eventos municipais, seja em estaduais ou nacionais. Foi assim que juntos formamos o time Brasil, e o governo de São Paulo também fez a sua parte, fomentando a prática esportiva em todo o Estado. Nada mais justo do que juntos comemorarmos o melhor resultado obtido nos jogos.”

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Campeonato Paulista de Judô - Fase regional 6ª DRJ

Hidehito Otuki

engrandece o paulista regional Revivendo a rotina dos fins de semana de décadas passadas, o professor kodansha Hidehito Otuki, presidente da lendária Associação Cerejeira de Judô de Votuporanga e ex-delegado da 6ª DRJ – Araraquarense, participou da abertura do certame realizado em Fernandópolis

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POR

paulo pinto I Fotos MARCELO LOPES e CRIS ISHIZAWA

om apoio da 6ª Delegacia Regional, a Federação Paulista de Judô realizou a fase regional – classificatória para o Campeonato Paulista – das classes sub 11, sub 13, sub 15 e sênior, no Ginásio de Esportes Beira Rio, em Fernandópolis (SP). Balizada pelo momento político nacional, a cerimônia de abertura contou com a presença de numerosas autoridades esportivas e políticas, entre as quais Francisco de Carvalho Filho, vice -presidente da Confederação Brasileira de Judô; Hidehito Otuki, professor kodansha pioneiro no judô da Araraquarense; Fausto Pinato, deputado federal pelo PRB; Rodrigo Garcia, secretário de Esportes de Fernandópolis; Osmar Aparecido Feltrim, delegado da 6ª DRJ; Chico Arouca e Valdir Pinheiro, vereadores de Fernandópolis; Roberto Fuscaldo, professor kodansha; Alexan-

dre Vanin, presidente da Associação de Judô de Fernandópolis; e Luiz Arakaki, diretor presidente da Alcoeste. O primeiro palestrante foi Rodrigo Garcia, que deu boas-vindas a todos os atletas. “É com enorme satisfação que Fernandópolis recebe mais um evento da Federação Paulista de Judô. Em nome da prefeita Ana Maria Matoso Bim, eu agradeço a presença dos professores, atletas e seus familiares em nossa cidade”, disse o secretário. Francisco de Carvalho destacou a gestão da 6ª DRJ – Araraquarense. “Cumprimento todos dirigentes e autoridades presentes e faço uma saudação especial ao professor Mazinho, delegado da FPJ nesta região. Osmar desenvolve excelente trabalho à frente desta delegacia, e algumas de suas principais virtudes são a sensatez e o equilíbrio. Estas qualidades têm feito com que esta região

mantenha crescimento constante e ordenado.” O dirigente nacional também destacou a presença do professor kodansha Hidehito Otuki no certame. “Contamos hoje com a presença ilustre de um judoca excepcionalmente importante no contexto judoístico do nosso Estado: sensei Hidehito Otuki. Um professor que ocupou cargos e funções estratégicas no desenvolvimento de nossa modalidade. Ainda novo, foi o braço direito do sensei Nozomu Abe, fundador da Associação Cerejeira de Judô de Votuporanga. Após o falecimento de seu mestre, sensei Otuki assumiu a presidência da tradicional escola de judô e tornou-se delegado regional, edificando uma obra importantíssima. Aproveito esta oportunidade para agradecer publicamente por tudo que o senhor realizou pelo judô, sensei Otuki.” Fausto Pinato enalteceu a gestão da Federação Paulista de Judô e cobrou comprometimento de todos para mudar o Brasil. “É devido ao trabalho de homens como os que aqui estão que o judô paulista transformou-se no que é hoje. Concordo com tudo o que o Francisco de Carvalho falou, porque ele falou com o coração e senti dentro do meu peito. Hoje estou no Congresso Nacional e sei que é muito difícil conseguir colocar as coisas no caminho certo e agir honestamente em Brasília. Não estou aqui porque sou deputado federal, e sim porque

Mazinho cumprimenta o amigo Otuki

Sensei Gordo de Jales e Francisco de Carvalho Francisco de Carvalho, Osmar Aparecido Feltrim e Fausto Pinato

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Revista Budô número 16 /Os2015 professores Mazinho, Chico, Otuki e Fábio

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sou judoca. Por muitos anos fui aluno do sensei Mazinho e vim aqui a convite dele, para rever e apoiar o trabalho dos amigos dos tatamis. Como judoca afirmo que em Brasília não decepcionarei vocês, porque vou trabalhar fundamentado em tudo que vivi e aprendi nos tatamis. Tenho certeza de que a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal promoverão a limpeza ética de que a política brasileira carece. O Brasil clama por isso. Repetindo o que foi dito aqui, pelo Chico, eu acredito que esta geração é mais inteligente e preparada que a nossa e acho que devemos de ter capacidade para continuar sonhando com um futuro melhor, já que somos do tamanho dos nossos sonhos e nossos sonhos são grandes. Temos de aprender a respeitar as leis para sermos respeitados, e o judô é uma grande ferramenta e referência para a nossa juventude. Meu compromisso com vocês é sério porque amanhã quero poder olhar nos olhos dos nossos jovens para dizer que temos o poder de mudar tudo que está errado, mas primeiro temos de acreditar, dar o exemplo e fazer a nossa parte. E é isso que estou fazendo”. Pinado finalizou agradecendo a oportunidade de estar entre amigos. “O judô me transformou numa pessoa disciplinada. Eu era muito arteiro e graças à paciência do sensei Mazinho e à persistência dos meus pais pude ser educado neste universo. Tenho uma dívida enorme com o judô e estar aqui hoje, em minha cidade e trazendo meu irmão Daniel para competir e trilhar o mesmo caminho nos tatamis, é algo incomensurável. Parabenizo a todos que de alguma forma contribuem para o desenvolvimento do judô que, além de atletas, forma grandes cidadãos.” Chico Arouca cobrou verba para revitalizar o ginásio de Fernandópolis. “Quero dar boas-

vindas a todos que vieram a nossa cidade e me desculpar por não estarmos recebendo vocês de forma mais adequada. Não estamos recebendo vocês como merecem, já que nosso ginásio foi sucateado e demanda ampla reforma. Aproveito para ratificar que todos nós contamos com apoio do deputado Pinato, no sentido de viabilizar a verba necessária para a reforma e modernização do único aparelho esportivo de nossa cidade.” Seguindo a linha do colega, o vereador Valdir Pinheiro solicitou recursos para o esporte. “Dou boas-vindas a todos e aproveito a oportunidade para sugerir ao colega Fausto Pinato que apresente projeto para inclusão de aulas de religião no ensino público. Saliento que o esporte é um agente transformador e precisamos apoiar todas as iniciativas que utilizem o desporto como ferramenta de inclusão. Com base neste pensamento sugiro ao nobre deputado que viabilize recursos para o esporte de Fernandópolis.” Sensibilizado pela presença do velho amigo dos tatamis, o professor Mazinho sugeriu realinhamento de graduação para a maior autoridade judoística da Araraquarense. “Hoje é um dia que jamais será esquecido, e a maior felicidade foi receber aqui meu velho amigo e irmão Otuki. Ele é kodansha 7º dan, e como delegado regional acabo de solicitar sua promoção. Vivi sua obra e acompanhei sua trajetória, e sei a importância do seu trabalho no judô paulista. Provavelmente nem ele mesmo saiba, mas sensei Otuki é a maior referência para todos nós. Não me refiro apenas às questões técnicas, e sim aos fundamentos éticos e morais que regem a nossa modalidade. Outra pessoa que me deixou muito feliz com sua presença foi o Luiz Arakaki. Ele presidiu a Associação Fernandópo-

lis de Judô, e foi em sua gestão que obtivemos nossas maiores conquistas, inclusive a aquisição de nossa sede.” O último depoimento foi proferido pelo sensei Otuki, que salientou a importância de o jovem praticar judô. “A prática do judô na infância é de extrema importância, mas as pessoas imaginam que o judô seja apenas lutar, derrubar e vencer, porém a coisa não funciona assim. Os professores focam a competição porque isso coloca a modalidade na mídia. Mas os jovens precisam aprender a vencer e a perder. Portanto, a atitude prioritária do professor não é exigir a vitória das crianças, mas exigir que aprendam os verdadeiros ensinamentos do judô. Sobre a questão técnica especifica, a primeira coisa que a criança precisa aprender é fazer a defesa. Defender-se é muito mais importante que atacar. Caso contrário a criança fica exposta, pode levar uma queda e se machucar. Acima de tudo o judô nos ensina a desenvolver o autocontrole, e, ensinando a criança analisar um ataque e fazer uma boa defesa, estaremos preparando os jovens para a vida. Ensinamos a filosofia do judô de forma equivocada. Perdendo ou ganhando nos tatamis, temos de prepará-los para a vida e ensiná-los a reverenciar o adversário, seja qual for o resultado. Abraçando o oponente a criança passa a compreender a importância de todos que estão à sua volta. Com pequenas atitudes como esta estamos preparando nossos jovens. Sempre fui muito exigente nesse quesito, e minha meta nunca foi ensinar a vencer. O resultado é inerente ao combate. Ensinando o jovem praticante a conduzir a luta e respeitar o adversário, ele saberá enfrentar as adversidades da vida. Respeitar para ser respeitado é a verdadeira essência da filosofia do judô.”

Geisa Guedes, Mário Manzati, Hidehito Otuki, Sonia Otuki, Francisco de Carvalho, Osmar Aparecido e Ézio Otuki, o Dedé

Fausto Pinato, Valdir Pinheiro, Chico Arouca, Rodrigo Garcia e Alexandre Vanin

Francisco de Carvalho Filho

Francisco de Carvalho, Fausto Pinato, www.revistabudo.com.br Hidehito Otuki e Osmar Aparecido Feltrim

Francisco de Carvalho, Luiz Arakaki e Hidehito Otuki

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projetos sócio-esportivos

Chico do Judô inaugura centro esportivo no Zaíra Núcleo esportivo que já proporcionava lazer e entretenimento, por meio da prática esportiva, a crianças, jovens e adultos do Jardim Zaíra 6, foi inaugurado oficialmente. POR

PAULO PINTO I Fotos ARQUIVO

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solenidade de inauguração oficial do Centro de Esportes Família Sadeck, espaço que oferecerá lazer e entretenimento para centenas de crianças e adultos da região, por meio da iniciação na prática esportiva, realizou-se domingo, 7 de junho. A cerimônia – um marco na vida de jovens e adultos de uma comunidade que não contava com nenhuma praça ou equipamento esportivo disponibilizados pela Secretaria de Esportes de Mauá – foi prestigiada por moradores e personalidades mauaenses, entre os quais Chico do Judô, grande responsável pela viabilização do espaço; Marco Antônio José Sadeck, representante da família Sadeck, doadora da área; Gerardo Siciliano, presidente da Associação de Judô Mauá; Alessandro Puglia, presidente da Federação Paulista de Judô; Ronaldo Melo e Jovenildo Lopes Soares, corresponsáveis pela viabilização do centro esportivo do Zaíra; e Soraya André, a primeira judoca a representar o Brasil numa Olimpíada. Um dos grandes destaques da cerimônia foi a exuberante apresentação da Corporação Musical Lyra de Mauá. Dirigida pelo experiente maestro Carlos Binder, a premiada banda mauaense executou o Hino Nacional e várias peças musicais. “Em nome de toda a direção, quero agradecer a todos que direta ou indiretamente participaram da construção deste centro esportivo que hoje entregamos a população”, disse Chico do Judô. “Fazemos também um agradecimento especial à família Sadeck, que cedeu o terreno com 720 metros quadrados para a construção deste equipamento. O Marco Antônio Sadeck está cumprindo a parte dele como cidadão. Mesmo não vivendo em nosso município, vem aqui, faz um gesto desses e proporciona bem-estar a centenas de famílias e jovens que serão beneficiados com a sua iniciativa. Afirmo que construímos este local sem um centavo da prefeitura ou de recursos públicos e que aqui não há dinheiro roubado. Ao contrário, foi com apoio da iniciativa privada, amigos e ex-atletas da Associação de

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Chico do Judô

Marco Antônio José Sadeck assinando doação da área em abril de 2014

Professor Walter Teixeira Júnior fazendo demonstração no dojô do Centro de Esportes

Faixada do Centro de Esportes Família Sadeck

Maestro Carlos Binder

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projetos sócio-esportivos

Alessandro, Soraya, Mara, Chico, Marco Antônio, Ronaldo e Gerardo

A turma da ginástica

Judô Mauá, membros da comunidade e verdadeiros cidadãos, que erguemos este espaço. Fizemos esta obra com a colaboração de pessoas que se preocupam com o próximo e buscam fazer o bem. Aqui não teremos zeladores nem faxineiros. Serão as pessoas da comunidade que nos auxiliarão na manutenção da área. Esta obra é a prova de que juntos podemos transformar sonhos em realidade.” Num depoimento bastante emocionado, Marco Antônio José Sadeck exaltou a importância da obra para a comunidade do Jardim Zaíra 6. “Vocês estão agradecendo à minha família pela doação desta área, mas acho que os papéis estão invertidos. Quem deve agradecer por esta obra maravilhosa que vocês edificaram, e hoje estão disponibilizando para a comunidade do Jardim Zaíra, sou eu e o Brasil como um todo. Nós é que devemos agradecer a você, Chico, que realmente cumpre o que assume com muita dignidade e eficiência. O senhor dá grande exemplo de cidadania a todos nós e em especial ao poder público, de como é possível realizar obras deste porte. Agradeço a todos pela oportunidade que me deram de contribuir, ainda que

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de maneira pequena, com este projeto. A grande obra foi realizada por você. Meu muito obrigado, Chico do Judô.” O núcleo possui uma sala para a prática de modalidades como judô, taekwondo, capoeira e ginástica para a terceira idade, além de vestiários, sala de administração e recepção. Mesmo antes de inaugurado oficialmente já funcionava com cerca de

120 mulheres na ginástica, 80 crianças no judô e mais 80 no taekwondo. As aulas de capoeira logo serão iniciadas, uma vez que um professor já se habilitou a ministrá-las como voluntário. Chico do Judô explicou como tudo começou. “Na verdade, quem fomentou tudo isso e teve a iniciativa foi o Jovenildo Lopes Soares, que trabalha na regularização de área. Ele e o Ronaldo Melo me convidaram para ir a São Paulo para falar com Marco Antônio Sadeck. Após a reunião, na qual explicamos quais eram os nossos propósitos, a família doou a área e seu único pedido foi que colocássemos o nome da família no espaço. Hoje, quase um ano após esse encontro, estamos entregando o núcleo.” O esportista reafirmou que buscou apoio na iniciativa privada, empresas e amigos. “Construímos tudo isso sem recursos públicos e contamos com a colaboração e mão de obra de pessoas da própria comunidade. Houve grande envolvimento

Amigos e colaboradores que marcaram presença na cerimônia de inauguração do centro de esportes

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Alunos do judô

Alessandro Puglia, Chico do Judô, Marco Antônio Sadeck, Gerardo Siciliano e Jovenildo Lopes Soares

Alunos do taekwondo

das pessoas do local, e parte dos recursos vieram da Associação de Judô Mauá. No Zaíra não existe nenhum equipamento esportivo colocado pela Secretaria Municipal de Esportes. Este é o primeiro espaço na comunidade e ele conta com o apoio da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de Sâo Paulo, por meio do projeto de formação, pelo qual o secretário, Jean Madeira, pretende inserir o judô de formação em todas as comunidades do Estado.” À frente da banda que existe há 81 anos, o maestro Carlos Binder fez questão de parabenizar a ação do colega Chico do Judô, que viabiliza o acesso das crianças da comunidade ao esporte. “Acho que esta ação é importantíssima, já que insere as crianças na prática esportiva. O caminho é esse mesmo. O esporte é uma das melhores ferramentas de inclusão social do nosso País, e temos de trazer o esporte para a comunidade.” A judoca Soraya André enfatizou a importância de ações como esta. “Não sou de Santo André e nem de Mauá. Sou do Brasil e eternamente serei uma judoca brasileira. O judô foi um caminho de vida www.revistabudo.com.br

para mim, pois também saí de uma comunidade. Quando o Hino Nacional tocou me emocionei e chorei de verdade, pois o judô promoveu uma grande mudança em minha vida. Para as crianças desta comunidade isso representa um marco, um novo começo e uma nova opção de vida. Esta iniciativa do Chico e das pessoas que acreditam nisso é extremamente importante, e são de iniciativas como esta que o Brasil carece. Só eu sei o que o judô promoveu em minha vida e o que pode acontecer de transformação na vida dessas crianças.” Corresponsáveis pela edificação deste importante projeto, Jovenildo Lopes Soares e Ronaldo Melo falaram sobre a importância da iniciativa. “É muito gratificante fazer parte deste projeto, para o qual cada um contribuiu de alguma forma, e juntos conseguirmos idealizar e construir este equipamento que servirá aos nossos jovens. O Chico é empreendedor e está totalmente comprometido com a nossa comunidade”, disse Jovenildo. “Quando idealizamos este projeto, o Chico abraçou a ideia e lutou bravamente conosco, até que o sonho se tornou realidade. Ele nunca mediu esforços para conseguir apoio,

recursos, e hoje nossa comunidade pode desfrutar o primeiro centro esportivo do Zaíra 6”, concluiu Ronaldo. Apesar da ausência do prefeito, ou de representantes do Executivo, a solenidade de inauguração do Centro Esportivo Sadeck envolveu algumas dezenas de colaboradores, e ofereceu várias atrações para a comunidade. Além da apresentação da Corporação Musical Lyra de Mauá, vários brinquedos infláveis como pula-pulas e escorregadores estavam à disposição das crianças. Foram oferecidos kits com lanches e sucos e houve muita diversão para a garotada. E no fim da festa foram as pessoas da comunidade que colocaram a casa em ordem. “Quero parabenizar a ação das mulheres da comunidade envolvidas no projeto. Após seis horas de festa, limparam tudo, varreram toda a rua e deixaram tudo em ordem. Esta é a nossa proposta na manutenção do equipamento, no qual não teremos nenhum funcionário privado ou público. O equipamento será totalmente zelado pela comunidade, assim como é feito no espaço bastante similar que mantemos no Oratório”, destacou Chico do Judô. Revista Budô número 16 / 2015

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IIIª Copa de Judô Professor Ka zuo Suga

Academia de Judô Pires vence Copa Kazuo Suga Em sua terceira edição, a Copa de Judô Professor Kazuo Suga bate recorde de atletas e recebe agremiações de oito delegacias regionais

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POR

paulo pinto I Fotos arquivo

rganizada pela Academia Judô Pires e Secretaria de Esportes de Tatuí, a terceira edição da Copa de Judô Professor Kazuo Suga reuniu 25 academias da região, além de tradicionais escolas de Santos, Mauá, Botucatu, Avaré e Piracicaba. O certame idealizado pelo professor Bruno Santi, ex-aluno do sensei Kazuo Suga, realizou-se no dia 14 de junho no ginásio de esportes do Clube de Campo de Tatuí e teve apoio do Clube de Campo de Tatuí, Kimonos Dojô, Pizzaria e Bife Hermelinos, Unitak, Auto Posto Trevo e Ballsam Perfumaria. O evento contabilizou 610 inscritos, alcançando número recorde de participantes. Além de ser o mais forte da região, o certame reuniu academias e escolas de oito delegacias regionais, entre as quais a tradicional Associação Mata Sugizaki, de Botucatu; Associação de Judô Mauá, do ABC paulista; Academia Yama Arashi, de Avaré; Associação de Judô Alto da Lapa, de São Paulo; e Unimes, de Santos. A cerimônia de abertura contou com a presença de autoridades esportivas e políticas, entre as quais os professores kodanshas Kazuo Suga, introdutor do judô em Tatuí e região, e Francisco de Carvalho Filho, vice-presidente da Confederação Brasileira de Judô; Miguel Lopes Cardoso Júnior, secretário de Esportes de Tatuí; João Guerra, diretor financeiro do Clube de Campo; Vanderlei Moraes, diretor social do Clube de Campo; e os professores Bruno Santi e Marcos Pires, anfitriões do evento. Em seu discurso Francisco de Carvalho Filho enalteceu a iniciativa dos professores Santi e Pires. “Mais uma vez retornamos a Tatuí para participar de um evento que premia a trajetória do sensei Suga, um judoca na acepção da palavra. Um homem que dedicou sua vida ao judô seguindo fielmente os ensinamentos do professor Jigoro Kano. Ele

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é o grande responsável pela difusão do judô em Tatuí e região, mas guardo em minha memória a lembrança de quando ainda jovens treinávamos juntos em Mauá. Parabenizo a iniciativa dos professores Santi e Pires, ex-alunos do sensei Kazuo. Isso é ser judoca e isso é fazer judô de verdade. Por meio deste evento e desta ação vocês estão reverenciando a pessoa que, como legado, deixará todo conhecimento transmitido a vocês. Agora é hora de fazerem o mesmo, transmitindo os ensinamentos que receberam do sensei Kazuo para esta nova geração de judocas.” Na avaliação de Bruno Santi esta edição da copa Kazuo Suga será um marco nos eventos da região. “Em apenas três anos nossa competição cresceu muito. Tenho o maior orgulho de estar à frente de um projeto que acima de tudo promove intercâmbio nas categorias de base. Reunimos mais de 600 atletas e escolas de oito delegacias regionais, com destaque para a Yama Arashi de Avaré, entidade que defendi durante cinco anos. Estou honrado pela presença de tantos atletas e amigos em nosso torneio anual.”

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de Disolina Suga, Kazuo Suga, Francisco Carvalho e Shinjiro Toyomura

Judô Pires conquista o bicampeonato

As irmãs Jéssica Palom Pâmela Cristina do Jud a e ô Pir

cos Pires Senseis Mar o Santi e Brun

Cla ss ificação po r associação s (Tatuí) 1º - Academia de Judô Pire (Mauá) uá Ma ô Jud de ção ocia 2º - Ass uí) 3° - Judô Adriana Bento (Tat 4° - Projeto Pelicano (Tietê) shi de Judô (Avaré) 5° - Associação Yama Ara

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Nos tatamis a Academia de Judô Pires fez valer sua força, e com grande número de atletas conquistou o bicampeonato do torneio. “Na primeira edição da copa, realizada em 2013, ficamos em terceiro lugar. No ano passado vencemos e nesta edição conseguimos repetir o feito. Ao todo conquistamos 79 medalhas para Tatuí: foram 18 ouros, 27 pratas e 34 bronzes. Este resultado reflete a qualidade do trabalho de nossa comissão técnica, que é formada pelos professores Marcos Pires, Lucila Luz, Jéssica Paloma e eu”, disse Bruno Santi. Grande destaque da competição, as irmãs Jéssica Paloma e Pâmela Cristina, recémchegadas à Academia de Judô Pires, obtiveram juntas quatro medalhas de ouro no sub 18 e no adulto. Elas também defendem a Secretaria de Esportes de Tatuí e o Clube de Campo de Tatuí. www.revistabudo.com.br


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