Vanessa Ratusznei - Coleção de moda para a prática de crossfit

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COLEÇÃO DE MODA PARA A PRÁTICA DE CROSSFIT Vanessa Milani Ratusznei1 Edson Korner2 RESUMO

CrossFit é uma modalidade que está crescendo no cenário esportivo. Sua prática consiste na realização de movimentos funcionais variados em alta intensidade. Visto que essa intensidade ocasionalmente promove a ocorrência de hematomas e/ou arranhões nos praticantes, existe a oportunidade do desenvolvimento de produtos de vestuário que auxiliem o bem-estar durante e pós treino. Dessa forma, o presente estudo teve o objetivo de desenvolver uma coleção de moda sportswear voltada a prática do CrossFit, visando a proteção do corpo de forma adequada. A metodologia utilizada foi baseada em pesquisa bibliográfica e coleta de dados mediante questionário aplicado ao público praticante dessa modalidade. A análise ergonômica e de técnicas de costurabilidade foram essenciais para o desenvolvimento da coleção. Por fim, o resultado foi satisfatório devido as experimentações realizadas. Palavras-chave: CrossFit; proteção; coleção sportswear.

1 INTRODUÇÃO

Desenvolvido na década de 90 pelo ex ginasta e treinador fitness Greg Glassman3, a modalidade CrossFit consiste na combinação de exercícios funcionais variados realizados em alta intensidade (KUHN, 2013). Glassman (2007) classifica o CrossFit como o ‘esporte do fitness’, que seguindo uma metodologia empírica construiu uma comunidade online colaborativa através do site ‘CrossFit.com’, que recebe aproximadamente 25000 visitantes por semana. Estabelecido oficialmente em 2000, o CrossFit, Inc.4 alcançou em 2014 10.000 afiliados pelo mundo. Hoje esse número já subiu para 13000, sendo 580 apenas no Brasil (BEERS, 2014). Herz (2014) afirma que existe um CrossFit look, no qual o único elemento para proteção contra lesões subcutâneas, como hematomas e arranhões, é a meia 1

Aluna do 6º. Período do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba. 2 Professor Orientador. 3 Fundador e diretor executivo da corporação CrossFit®. 4 CrossFit Incorporated (corporação).


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¾. Considerando que a modalidade executa exercícios de alta intensidade, e que sua prática resulta ocasionalmente em tais lesões, torna-se relevante a existência de roupas que proporcionem certa proteção, já que atualmente no mercado não se encontra produtos de vestuário especificamente com essa finalidade. Desta forma para desenvolver uma coleção de moda sportswear contendo proteção adequada para a pratica do CrossFit, é preciso primeiramente definir a filosofia que envolve a modalidade e descrever os principais movimentos realizados. Também faz-se necessário analisar, através da ergonomia, a relação entre roupa e movimento corporal, para então estabelecer quais regiões do corpo requerem proteção. Estas etapas auxiliarão a pesquisa e seleção dos tecidos que serão utilizados na coleção. Para atingir os objetivos, foi realizado uma pesquisa bibliográfica e um levantamento de campo, no qual por intermédio de um questionário, solicitou-se informações a um grupo significativo de pessoas a respeito do problema estudado. Em seguida, mediante análise quantitativa, obteve-se conclusões correspondentes aos dados coletados (MARCONI; LAKATOS, 2010).

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 CROSSFIT

2.1.1 Definição e Filosofia

Desenvolvido na década de 90 pelo ex ginasta e treinador fitness Greg Glassman, a modalidade CrossFit consiste na combinação de exercícios funcionais variados realizados em alta intensidade. É considerado hoje uma dieta e uma série de exercícios, uma corporação de academias e treinadores, e também uma comunidade de praticantes (KUHN, 2013). Como a definição geral de ‘fitness’ não inclui os conceitos de força, velocidade, potência e coordenação, os diretores do CrossFit, Inc. criaram uma nova concepção sobre o que é ser fitness. Eles, diferentemente da maioria, não consideram que qualquer atleta seja um bom exemplo de fitness (GLASSMAN, 2002).


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Esta modalidade ampla e inclusiva, através de seus princípios, mudou a própria indústria fitness. Ela prepara os treinados para qualquer contingência física necessária, visando desenvolver o condicionamento dos mesmos (TIBANA; ALMEIDA; PRESTES, 2015). Dessa forma o CrossFit se utiliza de três pilares para estimar ou nivelar o fitness. O primeiro é baseado nas 10 valências físicas gerais mais reconhecidas pelos fisiologistas esportivos: resistência cardiorrespiratória, força, vigor, potência, velocidade, coordenação, flexibilidade, agilidade, equilíbrio e precisão. O segundo baseia-se na capacidade e habilidade do atleta durante a prática realizada, analisando sua performance. O terceiro tem como base as 3 principais vias metabólicas (fosfato, glicose e oxigênio) que providenciam energia para a realização das ações do corpo humano (GLASSMAN, 2002). O autor supracitado ainda afirma que cada um destes pilares é de fundamental relevância para o conceito que rege o CrossFit, e cada um tem uma forma diferente de avaliar o nível fitness de um atleta, ou a eficácia de sua força e condicionamento. Portanto, este novo conceito diferenciado, o qual procura moldar homens e mulheres que sejam igualmente hábeis em ginastica, levantamento olímpico e movimentos multi-articulares, define-se como ‘CrossFit ’.

2.1.2 Contexto Atual

Oficializado em 2000, o CrossFit Inc. possui hoje aproximadamente 6500 afiliados apenas nos Estados Unidos. Inicialmente crescia em 100 afiliados por ano, porém em 2013 já crescia em 1000 a cada 3 meses, atingindo em 2014 10000 afiliados mundo a fora (BEERS, 2014). Primeiramente o CrossFit surgiu como um estilo de treino elitizado, entretanto começou a ganhar rápido reconhecimento e consequentemente adeptos variados, crescendo consideravelmente ano após ano. Nos últimos anos a corporação já cresceu mais de 70%, e se continuar nesse ritmo, logo alcançará o valor de 500 milhões de dólares nos próximos 5 a 10 anos (KUHN, 2013). Em comparação, a conhecida franquia fitness ‘Planet Fitness’, que circula desde 1992, começou a franquiar em 2003, atingindo 827 franquiados nos Estados Unidos em 2014. Nem mesmo a ‘Anytime Fitness’ (maior franquia fitness atualmente) pode se comparar com a taxa de crescimento da CrossFit Inc. Em 2014


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esta, fundada em 2001 e com início de franqueamento em 2002, possuía por volta de 2700 franquias pelo mundo (DAWSON, 2015). A CrossFit Inc. gera seu rendimento basicamente através de dois recursos. Um deles é pelo modelo de afiliação, o qual afiliados pagam uma taxa para utilizar o nome ‘CrossFit’ em suas academias. O outro é pelo ‘CrossFit's training certification program’, um certificado para indivíduos que tenham interesse em tornarem-se treinadores. Existem 4 credenciais a serem adquiridas, a fim de nivelar as habilidades de um treinador. Cada credencial possui um certificado, sendo assim para atingir cada nível é preciso fazer um curso que custa em média 1000 dólares (KUHN, 2013). A corporação tem começado a gerar outro tipo de rendimento, incorporando outros grandes nomes e marcas à seu nome. Por exemplo, a CrossFit Inc. se aliou a nomes como Rebook, Gold´s Gym, Progenex e Rogue Fitness, desenvolvendo uma relação simbólica com o intuito de promover ambas as partes (KUHN, 2013). CrossFit é uma modalidade relativamente nova no cenário fitness, portanto é muito cedo para dizer se ela vai prevalecer ou deixar de existir. Entretanto, devido a sua elevada taxa de crescimento num curto período de tempo, vale-se explorar algumas razões pelas quais atrai tantos adeptos que procuram algo além do fitness (DAWSON, 2015). Quando Glassman criou o CrossFit ele tinha um objetivo em mente, de desenvolver uma atividade que fosse não apenas motivar seus participantes a se exercitar, mas também a trabalhar constantemente afim de atingir um nível elevado de fitness. Esta se destaca dentre outras modalidades fitness pela diferença de equipamentos e aparência, mentalidade e objetivos pelos quais o mesmo é conduzido (KUHN, 2013). O autor supracitado ainda afirma que a concepção da existência de uma resposta fisiológica induzida pelo treinamento de alta intensidade já era de conhecimento comum antes da invenção do CrossFit, ele não foi o primeiro, nem o único, a contempla-la. Porém, este se destaca pelo fato de abranger um senso de comunidade e pertencimento.


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2.1.3 Comunidade

O intuito do CrossFit tem sido forjar uma ampla, genérica, e inclusiva forma de fitness. A metodologia trabalhada é inteiramente empírica, com discursos sobre segurança,

eficácia

e

eficiência.

Usando

scoreboards5,

temporizadores

e

cronômetros, junto a definição de regras e padrões de performance, cria-se um sentimento de motivação, o qual é compartilhado pelos praticantes. Origina-se então um senso de comunidade entre desenvolvedores e co-desenvolvedores, que tornam-na colaborativa através de uma plataforma online (GLASSMAN, 2007). O autor supracitado ainda afirma que o modesto ato de postar publicamente na internet sua série diária há 6 anos atrás, fez com que Glassman instigasse a evolução de uma comunidade onde a performance humana é medida e publicamente registrada. A CrossFit, Inc. é uma fonte aberta em que qualquer um pode compartilhar algo afim de demonstrar o fitness. Treinadores, atletas e praticantes, podem coletivamente progredir a arte e a ciência de otimizar a performance humana. Os praticantes do CrossFit procuram, e são encorajados, a testar seus próprios limites físicos a cada dia durante as sessões de treino, o que é raro nas academias tradicionais. A camaradagem entre os integrantes, a torcida para conseguir terminar o WOD, transmite um sentimento que não é vivenciado em outras academias fitness (KUHN, 2013). Os crossfitters treinam no que se assemelha a um grande container ou armazém,

conhecido

como

‘box’,

em

português

‘caixa’.

Abastecido

com

equipamentos minimalistas, o box oferece a seus ocupantes pouca oportunidade de ser autônomo ou anônimo. Isso é completamente diferente em academias fitness tradicionais, onde os clientes são capazes de criar limites virtuais entre si e com os outros, ouvindo música, lendo ou assistindo televisão enquanto se exercitam em um equipamento (DAWSON, 2015). O autor supracitado ainda afirma que algumas aulas de ginástica em grupo oferecem um local onde as pessoas se reúnem para exercitarem-se sozinhos em um mesmo ambiente. Diferentemente, para o CrossFit a formação do grupo requer a participação ativa e interação entre os individuos, o que é essencial para a criação

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Quadro utilizado para anotar o desempenho de cada praticante do treino.


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de uma comunidade. Torcer para outros, e receber torcida de outros é uma propriedade integral do CrossFit. Identificados por seus uniformes, os crossfitters possuem um certo padrão de vestimenta, o ‘CrossFit look’. Esse consiste em, para mulheres, uma calça ou shorts bem justo com mínimo de costura, meias ¾ (para proteger as canelas de hematomas e arranhões), ‘Reebok CrossFit Nano’6 como tênis de treino, e uma headband7. Para os homens, o traje é menos distintivo, porém a ‘Reebok CrossFit’ é a marca preferida dentre os praticantes (HERZ, 2014).

2.1.4 Movimentos Praticados

Para o fitness que se busca, cada parâmetro dentro de seu controle deve ser modulado a fim de ampliar os estímulos o máximo possível. Assim, a rotina torna-se inimiga, e a variabilidade uma busca constante. Dessa forma, o treino por intervalo é a chave para desenvolver o sistema cardiovascular, garantindo os mesmos benefícios de exercícios que trabalham a resistência, sem perder capacidades de força, velocidade e potência. Variações na duração dos exercícios, no tempo de intervalo de descanso e no número de repetições, condiciona a via metabólica dominante do sistema cardiovascular (GLASSMAN, 2002). Os exercícios praticados no CrossFit consistem basicamente em movimentos de levantamento olímpico (agachamentos, arrancos, arremessos, desenvolvimentos com a barra, etc), de ginástica (paradas de mão, paralelas, argolas, subidas de corda, ...), e aeróbicos (remada, corrida, bicicleta, pulos de corda, burpees 8, ...) (TIBANA; ALMEIDA; PRESTES, 2015). Os movimentos de levantamento olímpico têm como objetivo trabalhar a resistência,

desenvolvendo

primeiramente

força,

velocidade

e

potência,

e

secundariamente flexibilidade, coordenação, agilidade, precisão e equilíbrio. Os de ginástica têm como objetivo o controle do corpo, desenvolvendo força, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, agilidade e precisão. Os exercícios aeróbicos trabalham principalmente a resistência cardiovascular. Exercícios funcionais trabalhados, como

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Tênis prozudido pela marca Reebok, direcionado para a prática do CrossFit. Faixa utilizada na testa para absorver o suor. 8 Exercício corporal. Seu movimento consiste em um agachamento combinado de uma flexão; quando o corpo voltar ao estado inicial, finaliza-se com um pulo, jogando os braços para o alto. 7


7

por exemplo arremesso de medicine balls9, providenciam prática em treinamento físico e de movimentos em geral, potencializando estímulos de força, potência, velocidade, coordenação, agilidade, equilíbrio e precisão (GLASSMAN, 2002). Segundo o site oficial da CrossFit.Inc (CrossFit.com), adota-se 12 movimentos, chamados de ‘Movimentos Fundamentais do CrossFit’, como base para se alcançar o condicionamento desejado. Estes se dividem em: 3 formas de agachamentos (Air Squat, Front Squat e Overhead Squat), 3 tipos de empurradas (Shoulder Press, Push Press e Push Jerk), 3 modos de levantamentos (Deadlift, Clean e Sumo Deadlift High Pull), e 3 outros movimentos (Thruster, Wall Ball e Pull Up). São esses:

a)

Air Squat: Agachamento simples. Conforme ilustrado na figura 1, agacha-se

jogando os joelhos para fora, mantendo a lombar ereta e os calcanhares no chão durante o movimento.

FIGURA 1 - AIR SQUAT

FONTE: CrossFit.com (2016)

b)

Front Squat: Agachamento com a barra. Conforme ilustrado na figura 2,

agacha-se com a barra apoiada no ombro, mantendo os cotovelos altos durante o movimento.

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Bola pesada, revestida de couro, usada para exercícios de ginástica e condicionamento físico.


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FIGURA 2 - FRONT SQUAT

FONTE: CrossFit.com (2016)

c)

Overhead Squat: Agachamento com a barra acima da cabeça. Conforme

ilustrado na figura 3, posiciona-se a barra acima da cabeça com os braços esticados, para então realizar o agachamento.

FIGURA 3 - OVERHEAD SQUAT

FONTE: CrossFit.com (2016)

d)

Shoulder Press: Levantamento de barra acima da cabeça. Conforme ilustrado

na figura 4, posiciona-se a barra no ombro mantendo os cotovelos altos. Utiliza-se então apenas a força dos braços para levanta-la acima da cabeça.


9

FIGURA 4 – SHOULDER PRESS

FONTE: CrossFit.com (2016)

e)

Push Press: Levantamento de barra acima da cabeça, com auxílio do quadril.

Conforme ilustrado na figura 5, posicionando-se a barra no ombro e mantendo os cotovelos altos, utiliza-se a força dos braços e um impulso do quadril para levanta-la acima da cabeça. FIGURA 5 – PUSH PRESS

FONTE: CrossFit.com (2016)

f)

Push Jerk: Levantamento de barra acima da cabeça, utilizando a força dos

braços e impulsão do quadril. Conforme ilustrado na figura 6, a barra é recebida acima da cabeça com as pernas ainda flexionadas, para depois serem completamente estendidas.


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FIGURA 6 – PUSH JERK

FONTE: CrossFit.com (2016)

g)

Deadlift: Levantamento de barra do chão. Conforme ilustrado na figura 7,

retira-se a barra do chão, cuidando para não curvar a lombar, finalizando o movimento com os braços e pernas estendidos.

FIGURA 7 - DEADLIFT

FONTE: CrossFit.com (2016)

h)

Sumo Deadlift High Pull: Levantamento de barra do chão com base aberta,

conforme ilustrado na figura 8. Com as pernas afastadas retira-se a barra do chão, cuidando para não curvar a lombar, levantando-a na altura do peito, mantendo os cotovelos altos.


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FIGURA 8 – SUMO DEADLIFT HIGH PULL

FONTE: CrossFit.com (2016)

i)

Clean: Levantamento de barra ou medicine ball do chão, conforme ilustrado

na figura 9. Com as mãos na barra, ou nas laterais da bola, cuidando para não curvar a lombar, retira-se a barra/bola do chão, impulsionando o corpo para cima, principalmente os ombros. Com a barra/bola ainda em inercia para cima, o corpo se posiciona a baixo dela, em posição de agachamento. FIGURA 9 – CLEAN (MEDICINE BALL)

FONTE: CrossFit.com (2016)

j)

Thruster: Desenvolvimento com a barra. Conforme ilustrado na figura 10,

posiciona-se a barra no ombro, e mantendo os cotovelos altos faz-se um agachamento finalizando com a barra acima da cabeça.


12

FIGURA 10 - THRUSTER

FONTE: CrossFit.com (2016)

k)

Wall Ball: Desenvolvimento com a medicine ball. Conforme ilustrado na figura

11, posiciona-se a bola no peito, e mantendo os cotovelos abertos faz-se um agachamento finalizando com um arremesso da bola à parede. FIGURA 11 – WALL BALL

FONTE: CrossFit.com (2016)

l)

Pull-Up: Desenvolvimento na barra fixa. Conforme ilustrado na figura 12,

pendura-se na barra, com as mãos levemente afastadas. Com a força dos braços, suspende-se o corpo até o peito estar em paralelo com a barra. FIGURA 12 – PULL-UP

FONTE: CrossFit.com (2016)


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As sessões de treino do CrossFit não possuem especificações, porém usualmente segue-se uma certa ordem. Inicia-se com uma atividade de aquecimento, seguido por outra que desenvolva força ou melhore a habilidade em algum movimento específico. Ao final faz-se uma série de exercícios funcionais, trabalhando o condicionamento metabólico de forma intensa e variada, constituindo o ‘WOD’, sigla em inglês para ‘workout of the day’ que significa ‘treinamento do dia’ (TIBANA; ALMEIDA; PRESTES, 2015). O WOD geralmente possui pelo menos 2 das categorias de movimentos fundamentais, podendo ser movimentos de condicionamento cardíaco, levantamento olímpico, ou de ginástica. A maioria deles foram projetados com o objetivo de se realizar uma certa quantidade de séries de exercícios específicos em um tempo estabelecido, ou de se realizar um número estipulado de exercícios ou repetições o mais rápido possível (KUHN, 2013).

2.2 ERGONOMIA

A Associação Brasileira de Ergonomia (Abergo) adota como conceito de ergonomia a definição oficial apresentada em 2000 pela Associação Internacional de Ergonomia (IEA): A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Os ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.

O principal objetivo da ergonomia se resume em analisar fatores que possam influenciar no desempenho do sistema produtivo, buscando interferências que consigam reduzir efeitos potencialmente nocivos à tarefa do trabalhador, proporcionando segurança, satisfação e saúde ao mesmo (IIDA, 2005). Visto que o vestuário se faz intrínseco à vida humana, é valido considerar a relevância da adaptação de roupas, afim de oferecer conforto, mobilidade, bom caimento, segurança e confortabilidade ao usuário (DINIS; SANTOS, 2010).


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2.2.1 Aplicação em Produtos de Moda e Vestuário

Existem vários níveis de interferências ergonômicas que podem ser efetuadas no vestuário, uma delas é a ‘ergonomia de concepção’. Esta é realizada durante o desenvolvimento do projeto do produto de moda e vestuário, sendo este o melhor momento para uma intervenção, já que permite a geração de testes, simulações e prototipagens antes da definição do produto final (DINIS; SANTOS, 2010). Iida (2005) estabelece qualidades essenciais de um produto, caracterizandoas em 3 vertentes: técnicas, ergonômicas e estéticas. A qualidade técnica, refere-se à eficiência com que o produto executa a função para qual foi criado. A qualidade ergonômica está relacionada com a facilidade de adaptação antropométrica, incluindo facilidade de manuseio, uso, conforto, segurança e vestibilidade, favorecendo a interação do corpo com o ambiente e objetos. Já a qualidade estética consiste na relação entre o usuário e o produto, ou seja, o grau de aceitação e prazer atrelado ao produto, envolvendo aspectos simbólicos da percepção humana, como sensoriais, emocionais, sociais e culturais. Deste modo, torna-se necessário realizar estudos ergonômicos e de usabilidade na etapa inicial da concepção do produto de moda e vestuário, para que se cumpra os requisitos de vestibilidade, adequando peças à seus usuários e suas atividades. A falta deste poderá favorecer a ocorrência de acidentes, danos à saúde e desconforto. Os produtos não devem prejudicar a circulação sanguínea, mobilidade, transpiração e função respiratória, mas sim oferecer proteção ao corpo e resistência a desgastes físicos, cortes e abrasão (BEZERRA; MARTINS, 2006). Os fatores técnicos-funcionais do produto de moda e vestuário se relacionam diretamente com as necessidades fisiológicas do corpo, conceitos de antropometria (ciência que estuda as medidas do corpo humano, volumes, formas, seus movimentos e articulações), e características da biomecânica (ciência que investiga o movimento sob aspectos mecânicos, suas causas e efeitos nos organismos vivos), tendo como finalidade a adequação do produto ao usuário (SILVEIRA, 2008). As pessoas exercem múltiplas funções e consequentemente a roupa deve acompanhar e se adaptar a estas. Portanto se considerarmos a roupa como extensão do nosso corpo, veremos que necessitarão de requisitos que contribuam para o conforto térmico, mobilidade, segurança, dinamismo e higiene. Esses elementos combinados em um produto de vestuário, junto a correta aplicação de


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materiais, são imprescindíveis para que ocorra a satisfação das necessidades do usuário (BEZERRA; MARTINS, 2006).

2.2.2 Relação Corpo e Tecido

Os materiais têxteis determinam a qualidade, caimento, durabilidade, conforto, facilidade de manutenção e propriedades especificas de qualquer peça do vestuário. Assim sendo, avanços tecnológicos que adicionam novas características e propriedades aos tecidos, aliados a ergonomia e modelagem, ocasionam maior liberdade de movimentos em um produto de vestuário, proporcionando maior conforto e segurança (BEZERRA; MARTINS, 2006). “Compreender a relação entre pele e tecidos é fundamental para a elaboração de vestuários ergonômicos, isto porque os tecidos cobrem a maior parte do corpo humano no dia-a-dia”. A pele é o fator de interação entre o corpo humano e o vestuário ou ambiente. Logo, a escolha dos tecidos para compor o produto de vestuário deve ser feita com cautela, a fim de propiciar ao máximo conforto térmico e sensorial-tátil, já que esses influenciam no desempenho e segurança do usuário (MENEGUCCI, 2012). O autor supracitado ainda afirma que a sensação de conforto na pele, quando em contato com o tecido, está associada a pressão do vestuário no corpo e ao toque do tecido na pele. Nestas condições, tecidos que apresentam boa capacidade de absorção e secagem, microfibras que melhoram o toque, compressão e modelagem adequadas, conferem a sensação de conforto sensorial-tátil. Esse também está relacionado com a composição e espessura das fibras que formam o tecido. Wollina, Abdel-Naser e Verna consideram que a pele: Exerce uma série de funções essenciais que garantem a proteção da estabilidade fisiológica do corpo humano, possui a função de barreira responsável pela termorregulação, defesa microbiana e do sistema imunológico. A termorregulação, que é mediada pelo fluxo sanguíneo local e evaporação do suor, é importante nas interações entre pele e têxteis. A idade, o gênero e atividade estão relacionados com diferenças de termorregulação da pele e devem ser consideradas no desenvolvimento de tecidos. A pele é um órgão de comunicação sensível e protetor (2006 apud MENEGUCCI, 2012).

A interação entre vestuário e superfície da pele é inicialmente mecânica, classificando o atrito e a pressão como principais forças. Os atributos táteis e


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sensoriais dos materiais têxteis interferem diretamente na integridade da pele, por exemplo, mesmo os menores picos de pressão como a causada por uma costura, quando muito ocorrentes, podem causar lesões (WOLLINA; ABDEL-NASER; VERMA, 2006 apud MENEGUCCI, 2012). Hoje presenciamos a era do ‘Easywear’, roupas que não aprisionam ou pesam, são pouco perceptíveis à pele, se fundem ao corpo, protegendo-o discretamente. Este conceito reflete-se da tecnologia, que cada vez mais torna os tecidos eficientes e imperceptíveis. Dentre os fatores de benefício, notam-se os atrelados a fisiologia, como a impermeabilidade, elasticidade, hidrodinâmica, proteção térmica e conforto tátil (BEZERRA; MARTINS, 2006).

3 DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO

Para que o projeto atingisse o objetivo esperado, o processo de desenvolvimento da coleção envolveu a exploração de fatores que influenciam diretamente no resultado final desta. Fatores tais como: análise dos dados coletados, seleção de materiais adequados e concepções da ergonomia.

3.1 DADOS COLETADOS

O questionário desenvolvido teve a finalidade de obter informações relevantes sobre os praticantes de CrossFit. Os principais pontos abordados foram: comportamento de consumo de produtos voltados a prática da modalidade; fatores que possivelmente influenciam na ocorrência de lesões subcutâneas derivadas das sessões de treinos; e em quais regiões do corpo se percebe a ocorrência de hematomas e/ou arranhões. Esse questionário foi disponibilizado online durante o período de 1 semana, e obteve um total de 125 respostas, sendo 79 mulheres e 46 homens, dos quais 75% treina a mais de um ano nas categorias Scale ou Intermediário, e possuem idade entre 19 e 35 anos. Este público, principalmente o gênero masculino, demonstrou grande interesse em consumir produtos relacionados ao CrossFit; as marcas preferidas foram Reebok, Rogue e Nike. A marca KVRA apareceu, também, como preferência masculina.


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O estudo foi dividido em gênero, pois o fator anatômico dos corpos feminino e masculino pode interferir de maneira diferente nas respostas. Assim, analisando exclusivamente o público feminino, observou-se que durante as sessões de treino, as regiões do corpo mais afetadas com hematomas e/ou arranhões são as mãos, canelas e joelhos. Constatou-se, ainda, que conforme a categoria aumenta de dificuldade, (considerando a categoria FIT com menos dificuldade e a RX com maior dificuldade) regiões do corpo como coxas, braços e clavículas também sofrem lesões subcutâneas. A análise do público masculino mostra que durante as sessões de treino, as regiões do corpo mais afetadas são as mãos e canelas. Constatou-se que, conforme a categoria aumenta de dificuldade, (considerando a categoria FIT com menos dificuldade e a RX com maior dificuldade) regiões do corpo como coxas e peitoral (braços, ombros e clavículas) começam a sofrer lesões subcutâneas. Ambos os gêneros mostraram interesse em adquirir produtos de vestuário relacionados a prevenção de arranhões e/ou hematomas derivados das sessões de treinos da modalidade CrossFit. Entretanto, foi apresentado fatores que poderiam inibir o consumo como preço injusto, baixa efetividade e possível dificuldade na execução dos exercícios. Alguns homens, que treinam na categoria RX, não se mostraram interessados em consumir o produto, relatando que a ocorrência de tais lesões subcutâneas fazem parte do estilo de treino da modalidade.

3.2 EXPERIMENTAÇÃO

Para a coleção, buscou-se elaborar uma forma de proteção integrada ao vestuário, de modo a se diferenciar de equipamentos de proteção já existentes. A proteção desenvolvida tem como função principal evitar a ocorrência de hematomas e/ou arranhões em certas áreas especificas do corpo. A princípio, essa proteção se daria pela utilização de uma dupla camada de tecido com uma gramatura alta (acima de 350g/m2) em recortes localizados, porém verificou-se que essa alternativa não é suficiente para evitar tais lesões, pois falta um agente de amortecimento. Optou-se, então, por manter o modelo de dupla camada de tecido em recortes localizados, porém sem restringir a alta gramatura. Fez-se a aplicação de fibra entre as camadas, a fim de promover ação de amortecimento, conforme a figura 13.


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Entretanto, na fase de prototipagem, verificou-se que a fibra não foi suficiente para solucionar a questão de amortecimento, e provocava calor nas regiões que foi aplicada, gerando desconforto térmico.

FIGURA 13

NOTA: Registrado pela autora.

Para tornar o modelo de dupla camada efetivo, foi preciso selecionar um material que cumpre a funcionalidade de amortecimento, e que não cause desconforto ao usuário. Dessa forma, o material escolhido (Figura14), apesar de ser usualmente usado para forrar bolsas, possui uma estrutura que permite a passagem de ar entre seus filamentos internos, fazendo com que sua ação amortecedora seja bem eficaz.

FIGURA 14

NOTA: Registrado pela autora.


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Este material, ao qual foi nomeado de “forro filamentado”, foi utilizado para criar uma amostra (Figura 15), com o objetivo de analisar sua eficácia em relação a quesitos como: amortecimento, costurabilidade, e lavagem. Este foi costurado a uma legging comum, na região da canela, para a verificação e aprovação desses 3 pontos.

FIGURA 15

NOTA: Registrado pela autora.

Outro ponto examinado foi quanto a aplicação desse material a peças de vestuário, determinando modo, local, e formato adequados que não fossem prejudicar o usuário de alguma maneira. Com base no questionário e propriedades do material, as regiões do corpo que foram selecionadas para serem protegidas foram, para as mulheres: canelas, joelhos, clavículas e cóccix (apesar dessa região não ter obtido um índice alto de respostas no questionário, as mulheres que assinalaram esta área comentaram que as lesões subcutâneas ocorridas nesse local são mais graves). Para os homens: canelas, coxas, braços (parte superior, próximo ao ombro) e clavículas. – A região das mãos foi descartada para ambos os sexos, pois para proteger essa área envolveria o desenvolvimento de luvas; essas se encaixam na categoria de equipamento de proteção, e o enfoque desse projeto consiste no desenvolvimento de vestuário. Considerando princípios ergonômicos e antropométricos, constatou-se que em regiões do corpo não articuláveis (canela, coxa, clavícula e ombro) pode-se aplicar recortes de diversos formatos convenientes, desde que não interfiram


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mobilidade e conforto. Por outro lado, o joelho é uma área de alta articulação, portanto o material deve ser aplicado de forma a não causar desconforto quando articulado. A solução para aplicação no joelho foi gerada conforme a figura16.

FIGURA 16

NOTA: Registrado pela autora.

3.3 COLEÇÃO

A coleção de inverno desenvolvida, mostrada nas figuras 17-21, possui no total 15 looks, sendo 9 femininos e 6 masculinos. Visualmente não apresenta muitos recortes exagerados ou aviamentos decorativos, pois é voltada à modalidade CrossFit e não deve prejudicar sua prática. Alguns recortes existentes nas peças, além da função estética, foram pensados conforme as regiões do corpo que necessitam de proteção. Eles ajudam na adequação do forro filamentado com a peça, auxiliando sua aplicação. Considerando que os indivíduos praticantes de CrossFit não necessariamente sofrem com lesões subcutâneas nas mesmas áreas (por exemplo: uma pessoa pode constatar hematomas na canela, outra apenas no joelho, e outra na canela e joelho) o forro filamentado foi aplicado de maneira diferente nas peças, a fim de proporcionar variedade de produtos, conforme assinalado em vermelho nas figuras 17-19.


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FIGURA 17

FIGURA 18


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FIGURA 19

Foram selecionados 2 tecidos com finalidade estética, o Tela Net e o Metalics, utilizados para fazer detalhes nas peças (em tela e cor metalizada). Outros 2 tecidos, o Duplo Plus II e o Bouclê Plus, foram escolhidos levando em consideração o bom toque e caimento que proporcionam. Tendo em vista o bem-estar, selecionouse 2 tecidos que possuem propriedades especificas: o Compress, contém agentes de proteção UV, e texturas que auxiliam na transpiração; o Emana possui a tecnologia do Infravermelho longo (estimula a microcirculação sanguínea); ambos apresentam alta porcentagem de elastano (melhora estabilidade muscular) e toque suave a pele. As figuras 20-21 exibem peças desenvolvidas para o pré-treino. Não possuem alta funcionalidade prática porque não serão necessariamente usadas durante a realização dos exercícios físicos. Dessa forma, elas possuem maior função estética, utilizando-se de elementos metalizados, recortes em tela, referência militar e estilo oversize.


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FIGURA 20

FIGURA 21


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3.4 EDITORIAL

O registro fotográfico, apresentado pelas figuras 22-23, foi realizado em uma box de CrossFit (Contrainner10); aproveitando dos elementos de treino como cenário do editorial. O objetivo foi representar como se daria a funcionalidade das peças durante uma rotina de treino desta modalidade. Por exemplo, pela figura 22 podemos observar a finalidade da proteção contida na blusa de manga comprida masculina (localizada no braço próximo ao ombro). Na figura 23 observamos a utilidade da proteção contida na canela do macacão feminino.

FIGURA 22

NOTA: Registrado pela autora.

10

Localizado na Av. Com. Franco, 3859 - Jardim das Americas, Curitiba - PR, 81560-670


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FIGURA 23

NOTA: Registrado pela autora.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nas respostas do questionário foi constatado que é perceptível o aparecimento de hematomas após o treino de CrossFit, e existe o interesse do público crossfitters em consumir produtos de vestuário que contenham proteção adequada para a prática da modalidade. Foi observado, que este segmento específico é carente e possui potencial para ser explorado. Enfim, a coleção desenvolvida, objetivando a proteção de regiões corporais específicas, atingiu o resultado esperado. Pois a solução de proteção (utilizada de várias formas na coleção) criada com base nos resultados dos testes de diferentes materiais, explicitado na “experimentações” (subtítulo 3.2), foram satisfatórios. Foi fundamental, para esse projeto, a análise e aplicação da ergonomia e técnicas de costurabilidade. Estudos mais aprofundados sobre esses assuntos e


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desenvolvimento de novos materiais e tecnologia, podem gerar novas soluções e/ou aperfeiçoar a solução já elaborada.

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11

Tradução livre da autora. Tradução livre da autora. 13 Tradução livre da autora. 12


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14

Tradução livre da autora. Tradução livre da autora. 16 Tradução livre da autora. 15


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