Shelley Souza - Estudo de mercado para desenvolvimento de estamparia masculina

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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA SHELLEY ADASSA SOUZA

ESTUDO DE MERCADO PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTAMPARIA MASCULINA

CURITIBA NOV./2016


2 SHELLEY ADASSA SOUZA

ESTUDO DE MERCADO PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTAMPARIA MASCULINA Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Tecnólogo em Design de Moda, 6.º período do Curso de Tecnologia em Design de Moda, da Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba. Orientadora: Professora Patrícia Gaspar

CURITIBA NOV./2016


3 TERMO DE APROVAÇÃO

SHELLEY A. SOUZA

ESTUDO DE MERCADO PARA DESENVOLVIMENTO DE ESTAMPARIA MASCULINA

Este trabalho foi julgado e aprovado como requisito parcial para a detenção do grau de Tecnólogo do Curso Superior em Tecnologia em Design de Moda na Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba.

_______________________________________ Edson Korner Coordenador do Curso

Orientadora: Prof. Patrícia Gaspar___________________________ Banca: Prof. Me. Edson Korner______________________________ Prof. Rafael Carvalho Machado_______________________________

Curitiba, 01/12/2016.


4 RESUMO O vestuário masculino sofreu grandes transformações a partir do século XX. Tendo como base essa evolução, este trabalho tem como objetivo criar uma coleção de estampas que se aplique a um público-alvo que busca camisas masculinas fora das padronagens formais. Para isso, fez-se necessário uma pesquisa quantitativa para identificar o estilo e os tipos de estampas usadas por esse perfil de consumidor. A partir do resultado dessa coleta de dados, foi desenvolvida uma coleção de quatro estampas considerando os atributos mais valorizados pelo público selecionado. Palavras-chave: estamparia masculina; publico-alvo; marketing.


5 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – TEXTURA VIRTUAL OU TEXTURA ESPACIAL .................................. 13 FIGURA 2 – CÍRCULO CROMÁTICO ....................................................................... 15 FIGURA 3 – ESTAMPARIA BASEADA NO MUNDO NATURAL 1 ........................... 18 FIGURA 4 – ESTAMPARIA BASEADA NO MUNDO NATURAL 2 ........................... 19 FIGURA 5 – ESTAMPARIA GEOMÉTRICA .............................................................. 20 FIGURA 6 – ESTAMPARIA BASEADA EM GRADES E LINHAS ............................. 21 FIGURA 7 – ESTAMPARIA FIGURATIVA ................................................................ 22 FIGURA 8 – CALANDRA .......................................................................................... 23 FIGURA 9 – PRENSAS PLANAS .............................................................................. 24 FIGURA 10 – REPPORT EM VIDRO ........................................................................ 25 FIGURA 10 – REPPORT MÓDULO E GRID ............................................................ 26 FIGURA 11 – PESQUISA: QUADRO DE ESTILOS (PARTE 1) ............................... 37 FIGURA 12 – PESQUISA: QUADRO DE ESTILOS (PARTE 2) ............................... 38 QUADRO 1 – QUADRO DE ESTAMPAS ................................................................. 39 GRÁFICO 1 – ESTILOS PREDOMINANTES ............................................................ 43 GRÁFICO 2 – ESTAMPAS ........................................................................................ 44 QUADRO 2 – RESULTADO DAS ESTAMPAS CONFORME PESQUISA ............... 44


6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 07 2 MODA MASCULINA ................................................................................................ 8 3 DESIGN DE MODA ................................................................................................ 11 3.1 ELEMENTOS DO DESIGN ................................................................................. 12 3.1.1 Textura ............................................................................................................. 12 3.1.2 Cor .................................................................................................................... 13 3.2 Harmonia de tons ou cromática........................................................................... 16 3.2.1 Esquemas de combinações de cores............................................................... 16 4 ESTAMPARIA ........................................................................................................ 17 4.1 Estamparia digital por sublimação....................................................................... 22 4.2 Rapport ................................................................................................................ 24 5 MARKETING...........................................................................................................26 5.1 Segmentação de mercado...................................................................................27 5.1.2 Bases para segmentação de mercado ............................................................. 29 6 MARKETING DE MODA ........................................................................................ 31 6.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E ESTRATÉGIA DE PRODUTO ...... 32 6.1.1 Fatores culturais ............................................................................................... 32 6.1.2 Fatores sociais ................................................................................................. 33 7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 36 8 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 41 8.1 DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO ....................................................................... 41 9 DESENVOLVIMENTO DAS ESTAMPAS...............................................................43 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 51 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 52 APÊNDICE – QUESTIONÁRIO APLICADO ............................................................ 55


7 1 INTRODUÇÃO O vestuário masculino sofreu grandes transformações a partir do século XX. Atualmente, com base na evolução desse modo de vestir e a multiplicidade de estilos do homem contemporâneo, faz-se necessário utilizar ferramentas de marketing para segmentar o mercado e identificar um público-alvo não somente por meio de bases demográficas, mas também por bases comportamentais. Este trabalho de conclusão de curso tem por objetivo desenvolver uma coleção de estampas direcionadas a um público-alvo que busca camisas masculinas fora das padronagens formais. Para tanto, faz-se necessário identificar o público e verificar os tipos de estampas mais valorizados por ele. Para alcançar esses objetivos foram desenvolvidas a pesquisa bibliográfica e uma pesquisa quantitativa por meio de questionário online. O TCC parte da contextualização da moda masculina, em que buscou-se evidenciar as mudanças que afetaram as roupas do segmento desde o início do século XX. Após essa etapa, foram desenvolvidos capítulos sobre o design de moda, comportamento do consumidor e bases para identificação de público-alvo. Ainda que a amostragem tenha reunido mais de 100 respostas, verificou-se que homens que buscam estampas diferentes das padronagens tradicionais ainda representam a minoria no segmento. As estampas foram desenvolvidas com base nas escolhas desse público em relação a cores e padronagens.


8 2 MODA MASCULINA O vestuário masculino, ao longo da história, esteve atrelado à organização social e autoridade. Segundo Castilho (2007, apud FONSECA, 2015), como reflexo do modelo de homem herdado da sociedade patriarcal no início do século XX, os homens trajavam calça comprida, paletó, colete e gravata, o que trazia até mesmo um aspecto de uniformização. As transformações surgiram em decorrência de situações históricas que culminaram na necessidade de repensar os conceitos pré-estabelecidos, de modo a encontrar alternativas para os impedimentos estruturais, principalmente no que se refere ao período de guerra. Viveu-se durante os anos de 1940 um período de escassez em função da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) que afetou diretamente o vestir de toda a sociedade, refletindo na falta de matérias para sua produção. Somente no término da década de 1940, com o fim da Grande Guerra, aos poucos a sociedade foi retomando suas atividades cotidianas. Nesse movimento, a moda acabou por se transformar novamente. Barros (1997, p. 137) faz menção à década de 1940 quando afirma que “a visão conservadora que regia a moda masculina começa, afinal, a passar por transformações. Como uma verdadeira revolução, com prós e contras, os homens começaram a se rebelar diante das tradições”. No final da década de 1940 e início da década de 1950 surgiram na Inglaterra os “Teddy Boys”, homens mais jovens que não queriam se vestir como seus pais. Segundo Hopkins (2011), os Teddy Boys inspiravam-se no estilo de alfaiataria dos Dandis Eduardinos dos anos 1900 e tinham grande influência do rock norte-americano. Na 60 modelagens mais justas tornaram-se populares delineando mais o corpo masculino, calças mais justas e blusas mais coloridas tornaram-se popular. Ao longo do tempo, como resultado das modificações no sistema da moda e devido ao desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, a cultura juvenil buscou seus símbolos materiais e culturais de identidade nos produtos da indústria cultural: filmes, discos, livros e roupas utilizados como símbolos próprios por essa faixa etária na forma de bens de consumo. A década de 1970 trouxe modificações ainda mais significativas para os homens. Estampas florais e psicodélicas passam a ser bem aceitas e tomam o lugar da formalidade. Nos Estados Unidos, mais especificamente em clubes para gays,


9 afrodescendentes e latinos de Nova York e da Filadélfia, surgiu no período o estilo disco, tendo seu auge somente em meados da mesma década. A mistura de gêneros musicais apreciados por esses públicos, como o funk, o soul e a salsa, serviu como base para a criação de um novo ritmo que passava a embalar as festas. O surgimento da música disco é tido como um movimento de liberdade, pois a cena rock predominava entre os jovens e não deixava espaço para gêneros mais dançantes. A revolução sexual, a independência das mulheres e a popularidade entre afro-americanos e latinos são alguns dos fatores que impulsionaram o estilo disco ao sucesso. Todo esse universo foi fundamental para dar base ao desenvolvimento de um visual futurista e exagerado, com cores vibrantes e muito, muito brilho. Para Hopkins (2011), a popularização de materiais sintéticos, como spandex, lycra e lamê, possibilitou roupas ajustadas que não prejudicassem os movimentos frenéticos na pista de dança. Conforme aponta Rodrigues (2012), apesar dos excessos da moda da época, foi o purismo das criações do estilista Halston que definiu o verdadeiro luxo. Halston trabalhava com moulage em tecidos fluídos como seda, jersey e cetim, e evitava aviamentos e combinações de cores. Em apenas alguns anos, tornou-se o primeiro designer superstar bilionário da indústria da moda norte-americana. Os looks do personagem Tony Manero, do filme “Os embalos de sábado à noite” (1977), serviam como base para o vestuário masculino, com ternos em tons claros, grandes golas e calças boca-de-sino. O público masculino também aderiu aos sapatos plataformas, e foi também nesta época que as camisas estampadas começaram a aparecer. Historicamente, o período foi marcado por sexo, drogas e a disseminação da aids, que contribuiu para a queda do movimento. Em contrapartida, no Reino Unido, o estilo Glam Rock libertou a moda masculina com toques de androginia. O look se popularizou por artistas como David Bowie, e Marrc Bolan, porém, não resistiu até a década de 1980 com a chegada do punk rock, que ganhou destaque principal no cenário underground de Nova York (HOPKINS, 2011). O movimento punk é muito abrangente, não se integrando apenas ao modo de se vestir e à música, mas também a comportamento e ideologias formadas como o “faça você mesmo”, que surgiu como uma afronta às grandes corporações comerciais. Os punks também defendiam o anarquismo e direitos que na época


10 eram “tabu”, como por exemplo a aceitação dos gays e das mulheres como sendo iguais a todos. As bandas punks Sex Pistols, The Clash, Rancid também defendiam as mesmas ideologias (HOPIKINS, 2011). A aparência da roupa desleixada era uma das principais características punk. Como parte da ideia anticonsumista que o movimento prega, muitos vestem roupas de brechó e outros customizam roupas comuns com metais, rasgos e tinta spray. As principais peças são calças ajustadas e rasgadas, kilts, jaquetas e coletes de couro ou denim customizados com tachas, bottons e patches, além de frases de impacto que também aparecem nas camisetas. Segundo Hopikins (2011), a música continuou como forte influência na moda, perpassando por estilos e gêneros musicais nos anos de 1980 desde o lançamento da MTV em 1981. Foi um período de moda irreverente, com muita cor, brilho e até maquiagem para os homens. Foi no final da década de 1980 e início da década de 1990 que surgiu o hip hop, movimento cultural que é referência de estilo e tem como principal ideal a luta contra as diferenças entre classes sociais. Esse movimento ressalta jaquetas bomber extragrandes, jeans baggy de corte largo e estampas inspiradas no grafite e na arte de rua. Em 2000, o estilo hip hop incluiu etiquetas de grife como Gucci e Louis Vuitton (HOPIKINS, 2011). Há alguns documentários e livros que retratam a cultura do hip hop e sua interferência na moda. O mais recente, “Fresh Dressed” (2015), de Sacha Jenkins, aborda essa influência desde quando o estilo surgiu nas periferias até estar presente nas vitrines de grandes marcas. Nele, há depoimentos e opiniões de colecionadores, estilistas e de rappers como Kanye West e Pharrell Williams. No documentário é ressaltada a importância das marcas, a ostentação e a utilização da roupa como instrumento de afirmação masculina. Desse modo, a mudança da postura masculina em relação à moda reflete as profundas transformações do papel dos homens na sociedade, extrapolando esse contexto. A mudança para uma estrutura social pós-industrial com uma cultura de mídia pós-moderna aumentou as possibilidades de autoexpressão e diminuiu as restrições sociais e organizacionais tradicionais. Nesse novo terreno cultural proliferam códigos culturais, na medida em que os grupos procuram estabelecer nichos culturais em que seus membros possam assimilar seletivamente as influências da mídia e de seu ambiente mais próximo. O resultado é uma complexa cultura multicodificada [..]. (CRANE, 2006, p. 394).


11 Moda, mídia e consumo caminham juntos na formação da identidade do homem contemporâneo. Um exemplo histórico dessa influência é o papel desempenhado pelo jornalismo de moda ao instituir, por intermédio das revistas voltadas a essa temática, um termo em particular que se tornou muito usual: o street style. As publicações foram pioneiras ao destacar, em seções de fotos, pessoas anônimas andando nas ruas de grandes metrópoles com o objetivo de detectar tendências. Tornaram-se populares e foram de grande importância para a moda masculina, sendo um formato utilizado até hoje nas novas mídias, incluindo a online. Em vista das transformações pelas quais a moda masculina sofreu ao longo das décadas na sociedade, torna-se obrigação dos criadores de moda entender os diferentes papéis do homem na sociedade, sem apelo aos extremos. Os homens que se mantêm engessados às suas antigas tradições e preconceitos, bem como os que são extremamente vaidosos e excêntricos, discorre Queiroz (2009, p. 23), já estão ultrapassados, pois são ideias pré-concebidas dos padrões masculinos.

3 DESIGN DE MODA Calanca (2008) defende que as funções simbólicas dos produtos são determinadas por aspectos espirituais, psíquicos e sociais. Individualidade, diferenciação em estilo, aprovação do círculo social, realização pessoal, são características que os indivíduos tentam alcançar com o uso de peças de vestuário para se sentirem pertencentes a um grupo. Estar à frente do que é proposto visualmente, ser reconhecido pelo o que se usa, ser considerado ícone de estilo e atitude, são realizações reconhecidas pelo público-alvo e seus semelhantes. A estética é a função mais facilmente percebida no produto de moda, mas não é a única. Por intermédio das ferramentas oferecidas pelo design são ressaltadas outras funções da moda e sua interferência em relação ao ser humano. Cabe, ao designer de moda, o aprofundamento dessas questões e o verdadeiro conhecimento da realidade cultural para que não sejam superficiais e passageiras as soluções apresentadas às problemáticas dos produtos de moda.


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3.1 ELEMENTOS DO DESIGN 3.1.1 Textura A textura é muito importante, pois a relação da roupa com o corpo, além de visual, é tátil. O caimento de um traje será determinado pelo tecido no qual é confeccionado, o que altera, ainda, a percepção de cor e volume da peça. Por isso, o designer deve estar familiarizado com as propriedades dos tecidos, características como “suave”, “rígido”, “áspero”, “macio”, “quente”, “frio” e também por meio de aplicações como bordados e efeitos tridimensionais. Segundo Lupton (2008), “em design, a textura é tanto concreta quanto virtual. O designer pode transferir muitas ideias para o papel ou para a tela do computador, mas, se não souber escolher a textura adequada, não chegará ao resultado esperado.” Entre diversos tipos de texturas, há a visual ou ótica, que simula as texturas táteis. Como uma estampa de pelos de onça, por exemplo, que passa a ideia de que os pelos são reais, porém, essa percepção somente existe devido às qualidades óticas. Para Lupton (2008), a textura inclui a superfície efetivamente empregada na feitura de uma peça impressa ou de um objeto palpável e a aparência ótica dessa superfície. O tecido pode ser grosso ou fino, bem como os materiais da embalagem podem ser brilhantes ou foscos. As texturas palpáveis afetam não somente a maneira como uma peça ou objeto é sentida pela mão, mas também sua aparência. Uma superfície brilhante reflete a luz diferentemente da superfície fosca.


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FIGURA 1 – TEXTURA VIRTUAL OU TEXTURA ESPACIAL

FONTE :Lupton,Elen (2008)

A figura 1 é um exemplo de textura criada pelos designers Michelle Bowers, Rick Valicenti e Jenn Stucker. O alfabeto faz parte de uma coleção variada criada para o experimento Playground, de Rick Valicenti, no qual as letras são constituídas a partir de objetos e processos palpáveis. 3.1.2 Cor A cor é a sensação produzida por certas organizações nervosas sob a ação da luz, mais precisamente é o reflexo da luz sobre um objeto. Portanto, onde não há luz não há cor. Esse elemento influencia no clima da coleção em sintonia com a


14 estação. Para Pedrosa (2010), o aparecimento da cor está condicionado à existência de dois elementos: a luz (estímulo) e o olho (como aparelho receptor). Conforme Pedrosa (2010), a cor também pode produzir reações emocionais, revelando as implicações sensoriais num encadeamento analítico controlado, com base em observações e experimentos demonstrados pelos tradicionais estudiosos da psicologia das cores. Segundo Treptow (2013), a cor possui três características: a) matiz – é representado pela sutil graduação do círculo cromático; b) saturação – indica se uma cor é forte ou apagada (intensidade ou pureza da cor); c) valor ou luminosidade – capacidade de uma cor refletir mais ou menos luz. Quando a saturação de uma cor é alterada, como o acréscimo do preto a um matiz puro, também se altera a luminosidade, reduzindo a claridade da cor. Em 1665, Isaac Newton descobriu que um prisma divide a luz em um espectro de cores: amarelo, laranja, vermelho, azul, verde índigo e violeta. Ele as organizou em forma de um círculo, semelhante aos usados ainda hoje para descrever e fazer a relação entre as cores, o que permitiu o desenvolvimento de uma teoria básica das cores. (LUPTON, 2008). As cores que se encontram próximas no disco cromático são análogas. Cada cor tem um elemento em comum com as outras da sequência, por isso, utilizá-las em conjunto produz uma harmonia natural. Cores posicionadas diametralmente no disco são complementares. Elas são opostas, como quente e fria, e uma cor não contém nenhum elemento da outra. Lupton (2008) afirma que o disco cromático é uma ferramenta muito útil para o design, pois afeta a energia visual e a atmosfera de qualquer composição.


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FIGURA 2 – CÍRCULO CROMÁTICO

FONTE: Pinterest (2016).

Na figura 2, o diagrama apresenta a combinação de cores primárias, secundárias e terciárias. Dentro da teoria das cores, pode-se estudar a cor sob alguns aspectos básicos, como aspecto da construção física da cor, aspectos fisiológicos e os aspectos culturais simbólicos da percepção cromática. Silveira (2011) afirma que “a cor não tem existência material para os aspectos físicos e fisiológicos da percepção.” Os aspectos físicos da cor definem-na como uma sensação percebida em certas organizações nervosas a partir do estímulo da luz, ou seja, seria o resultado da ação da luz sobre os olhos. A partir dessas observações, não se pode afirmar que os objetos possuem cores. Segundo a autora o que ocorre, então, são raios de luz batendo nos objetos e sendo absorvidos e refletidos diretamente para os olhos que, por sua vez, por meio de reações químicas e fisiológicas do organismo, são capazes de fazer uma primeira interpretação do resultado de raios oriunda das propriedades físicas do objeto. Segundo Pedrosa (2010), os aspectos fisiológicos são designados por dois tipos principais. O primeiro é gerado por uma excitação mecânica saturando parte da retina com uma cor forçando a outra parte da retina a produzir fisiologicamente a cor


16 complementar a que foi excitada. O segundo é formado por ação do cérebro ou da própria retina (sensação colorida no escuro, mecanismo dos sonhos). 3.2 Harmonia de tons ou cromática A harmonia de tons não é, como pode sugerir o termo, a combinação de tons bonitos ou agradáveis. Para Pedrosa (2010), na harmonia, a ação de contraste e semelhança das partes constitui uma unidade. Cromática expressa os elementos mais ativos da escala de tons. Nela, as cores mais puras (tons) substituem as funções dos valores de luz e sombra (claro e escuro). Ainda, segundo o autor (2010), existe maior dificuldade para harmonização das cores puras do que para a harmonização de tons coloridos ou incolores, pois, nessa última, os conflitos são eliminados devido à adição do preto e do branco. Ele afirma que, para a harmonização de um acorde complementar, misturam-se os dois tons a serem harmonizados. Essa mistura produz um cinza-neutro, que determina o caráter misto da harmonização que também poderá ser chamado de equilíbrio pelo tom-rompido. Nesse caso, o resultado da mistura fará com que a cor fria do acordo funcione. 3.2.1Esquemas de combinações de cores O esquema de combinações de cores é interessante para a aplicação das cores em projetos, pois são formas de manipular o circulo cromático, encontrando possíveis paletas. Kopacz (2002, apud SILVEIRA, 2011) separa os esquemas de combinações de cores em dois grupos: o grupo dos “esquemas de consenso “ e o dos “esquemas de equilíbrio”. O primeiro tem o intuito de não causar contraste, já que contorna as cores que estão dentro e fora do círculo cromático, como branco, preto e os castanhos. Os contrastes aparecerão justamente no segundo grupo, porém com total controle de seus efeitos. Para Silveira (2011), são esquemas de consenso: acromático, neutros, monocromático, análogos. São esquemas de equilíbrio: diáticas complementares, diáticas tons-rompidos, triádicas assonantes, complementares divididas, esquemas com quatro cores, esquemas com seis cores.


17 Para o esquema de combinação de cores, o círculo cromático é um instrumento de extrema importância. 4 ESTAMPARIA Segundo Andrade Filho e Ferreira (1997, p. 88), “estamparia é o beneficiamento têxtil que tem por finalidade imprimir desenhos coloridos nos tecidos”. A estamparia têxtil está relacionada ao design têxtil e de superfície. Uma definição genérica e normalmente aceita sobre estamparia têxtil é que esta consiste nos procedimentos utilizados para se obter um motivo, em uma ou mais cores, que se repete com regularidade sobre o fundo. Os acabamentos baseados em estampas representam um meio importantíssimo para agregar valor aos tecidos lisos. (POMPAS, 1994, apud YAMANE, 2008, p. 19)

No setor da moda, ao desenvolver uma coleção, segundo Macieira (2007), a estamparia oferece uma variedade de imagens, no total de 34, importantes para o conceito de uma coleção criada e na valorização de modelagens e peças do vestuário ao design de moda atual. Uma definição genérica e normalmente aceita sobre estamparia têxtil é que esta consiste nos procedimentos utilizados para se obter um motivo, em uma ou mais cores, que se repete com regularidade sobre o fundo. Os acabamentos baseados em estampas representam um meio importantíssimo para agregar valor aos tecidos lisos. (MACIEIRA, 2007)

A sincronia de uma peça estampada valoriza o produto criado e faz surgir uma identificação de um determinado público aos aspectos estéticos, às cores e aos valores atribuídos a essa criação, evocando significados a uma marca em específico (MACARINI, 2012). Estampar ou imprimir designa de maneira genérica diferentes procedimentos que têm como “finalidade produzir desenhos coloridos e também brancos ou monocromáticos na superfície de um tecido, como se fosse uma pintura localizada que se repete ao longo da metragem da peça e aplicada no seu lado direito” (MACARINI, 2012, p. 12). De acordo com Pezzolo (2007), a impressão de têxteis como arte surgiu no leste da Ásia no início do século XVI, na utilização de um tecido rústico denominado de icaten, e logo mais cotton (algodão). A arte dessa impressão recebia cera em


18 suas aplicações como forma de impedir a absorção da tinta ou corante, reservando a cor branca, denominada como batik, em sua técnica artesanal. Chataignier (2006) ressalta que existem dois tipos de batik: o javanês e o africano. No javanês, o tecido recebe, em seu efeito final, sucessivos tingimentos de tecido no qual somente as partes não vedadas pela cera são tingidas e máscaras são aplicadas por pincel. Edwards (2012) cita diversas fontes de inspiração para os designers de estamparia. Entre elas, estão: a) Mundo natural – Dentre as várias inspirações no mundo natural, as mais comuns são: folhas, arvores, plantas, frutas, animais. As formas naturais podem ser copiadas, exatamente como são, ou então estilizadas a ponto de somente a forma em que o desenho foi inspirado ser reconhecida. FIGURA 3 – ESTAMPARIA BASEADA NO MUNDO NATURAL 1

FONTE: Wagner Campelo (2016).

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Imagem coletada no Pinterest Imagem coletada no Pinterest.

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19 FIGURA 4 – ESTAMPARIA BASEADA NO MUNDO NATURAL 2

FONTE: Pinterest (2016).

b) Geométrico – “Qualquer forma geométrica pode tanto ser manipulada de modo a gerar repetição de si mesma quanto utilizada com outras figuras para criar designs diferentes (EDWARDS, 2012 p.126) O essencial é a forma com que os elementos são distribuídos e combinados para obter harmonia na estampa.


20 FIGURA 5 – ESTAMPARIA GEOMÉTRICA

FONTE: Lygia Clark (2016).

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c) Grades e listras – Listras verticais, horizontais ou cruzadas em vários ângulos formando grades fazem parte das combinações mais básicas do design têxtil. Elas permanecem como uma das opções mais populares para a ornamentação de tecidos, para moda e para a decoração.

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Imagem coletada no Pinterest.


21 FIGURA 6 – ESTAMPARIA BASEADA EM GRADES E LINHAS

FONTE: Sol Lewitt (1980).

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d) Figurativo – São bastante amplas as inspirações deste grupo. Inclui brinquedos, gravuras, imagens de pessoas em paisagens além de cenas mitológicas e alegóricas. São desenhos que expressam a criatividade do designer e provoca um diálogo com quem os vê.

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Imagem coletada no Pinterest.


22 FIGURA 7 – ESTAMPARIA FIGURATIVA

Fonte: Pinterest (2016).

4.1Estamparia digital por sublimação A estamparia por sublimação consiste primeiramente em imprimir a estampa em uma folha de papel especial chamada de transfer. Segundo Vieira (2014), a imagem impressa é transferida através de uma calandra para o tecido, que deve ser composto de no mínimo 60% de conteúdo de fibras sintéticas a base de poliéster para uma melhor qualidade da impressão. O calor sublima a tinta transformando-a num gás que migra para as fibras do tecido tingindo-o de forma permanente. Ou seja, consiste na transformação da tinta


23 que está em estado sólido direto para o gasoso. O tecido deve ser aquecido em temperaturas acima de 160 graus centígrados por poucos segundos para não serem danificados. O processo ocorre porque, quando a temperatura aumenta, as moléculas entram em agitação e se transformam em gás sem passar pelo estado intermediário, que é o liquido. A tinta usada é um corante especial à base de água e isento de metais pesados. A técnica pode ser feita de maneira contínua, numa calandra (Figura 8), ou de maneira localizada, em prensas planas (Figura 9). FIGURA 8 – CALANDRA

FONTE: Infosign (2016).

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Imagem coletada no site da empresa.

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24 FIGURA 9 – PRENSAS PLANAS

FONTE: Infosign (2016).

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4.2 Rapport O nome rapport, de origem francesa, significa “encaixe”. Essa técnica consiste na criação de módulos usados para a formação de grandes áreas de repetição. Segundo Vieira (2014), o formato do módulo é quadrado e o tamanho varia de acordo com o processo em que será adotado. Para a criação de módulos transformados em rapport são usados softwares vetoriais como Corel Draw® e Adobe© Illustrator®.

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Imagem coletada no site da empresa.


25 FIGURA 10 – REPPORT EM VIDRO

FONTE: Bonifácio (2013).


26 FIGURA 10 – REPPORT MÓDULO E GRID

FONTE: Bonifácio (2013).

5 MARKETING A maioria dos conceitos e atividades de marketing utilizados nos dias de hoje foram desenvolvidos nos Estados Unidos, imediatamente seguidos à Segunda Guerra Mundial, pois a reestruturação das empresas fazia-se necessária em virtude do final da guerra (SCHULTZ, 2001). O termo marketing surgiu, segundo Cobra (2001, p. 34) da palavra mercari, que significa comércio, forma de transicionar ou mesmo comercializar. Segundo Kotler (2012), o marketing surgiu de maneira formal apenas no início do século XX, e hoje é uma atividade dentro das empresas que tem como função determinar os mercados de atuação, identificar as necessidades e desejos dos consumidores para planejar os produtos e/ou serviços, assim com as estratégias de promoção adequadas a esses mercados e consumidores. Kotler (2012) define marketing como “um processo social pelo qual indivíduos e grupos obtém o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos de valor entre si”.


27 Blessa (2009) conceitua marketing como uma importante ferramenta de planejamento e, desse modo, execução de bens e serviços como forma de satisfazer

as

necessidades

de

seus

consumidores

e

principalmente

das

organizações de acordo com o enfoque e as necessidades de cada empresa. A função do marketing, entre outras, também na concepção de Hayden (1999), é suprir as necessidades do homem e, de uma maneira geral, satisfazê-las de acordo com seus ideais. Já para Drucker (apud KOTLER; KELLER, 2006), o objetivo do marketing para o autor é tornar supérfluo o esforço de vendas, pois, de acordo com ele, por intermédio das ferramentas de marketing, os profissionais têm a capacidade de conhecer e entender o consumidor-alvo tão bem de forma que o produto ou serviço possa se adequar ou se vender a si próprio. A American Marketing Association (AMA) definiu marketing como uma função organizacional e uma série de processos para a criação, comunicação e entrega de valor para clientes, e para a gerência de relacionamentos com eles de forma que beneficie a organização e seus stakeholders. Com bases nessas definições, é importante considerar que conhecer o cliente para um marketing efetivo implica considerar a segmentação de mercado que é uma forte característica dos dias atuais. 5.1 Segmentação de mercado Peter e Olson (2009) afirmam que a segmentação de mercado se baseia na ideia de que um único produto não atrairá todos os consumidores, pois seu conhecimento sobre o produto, seu envolvimento e seu comportamento de compra variam. Para entender a percepção do consumidor-alvo, primeiramente faz-se necessário uma análise das relações entre ele e o produto. Para isso, analisa-se o afeto e a cognição, o comportamento e os ambientes envolvidos no processo de compra/consumo de um produto particular. Para Kotler (2012), a escolha do segmento, conjugada com os elementos do ambiente em que a empresa envolve suas atividades, deve ser precedida de certas características fundamentais para que ocorra de forma eficaz. Os critérios no contexto de segmentação de mercado determinam os estágios de decisão de compra dos consumidores e seus comportamentos entre escolha de produto,


28 informações, as alternativas e o pós-compra, ou seja, a avaliação do cliente e a adoção desse produto, o seu significado (SOLOMON, 2011). A

segmentação

de

mercado,

para

muitas

empresas

que

buscam

constantemente conhecer seus consumidores, passou a ser uma estratégia importante de marketing para o relacionamento com os clientes e o sucesso dos negócios, além de proporcionar diversos benefícios para as organizações. Nesse sentido, para Hooley e Saunders (1996), a segmentação de mercado parte dos seguintes benefícios: a) relacionar um nicho defensível por meio das competências de cada empresa ao mercado em que atua; b) melhorar a identificação dos segmentos que não foram atendidos, gerando novas oportunidades de negócio; c) identificar, por meio de segmentos específicos, as possibilidades de crescimento mesmo em declínio, como uma estratégia; d) adequar melhor produtos e serviços de acordo com as necessidades do mercado em que atuam, que desejam atingir e de acordo com a posição competitiva. De acordo com Las Casas (2001), produtos e serviços ofertados precisam satisfazer necessidades e desejos dos consumidores que possuem, cada qual, diferentes características entre si, as quais devem ser identificadas pelas empresas auxiliando nos processos decisórios de estratégias e de segmentação desses clientes. Hooley e Saunders (1996) compreendem dois aspectos importantes na segmentação de mercado: a divisão de grupos heterogêneos e a maneira de alocar recursos de marketing entre produto, preço, praça, promoção, ou seja, as estratégias adotadas no contexto do mix de marketing ao consumidor. Portanto, receber opiniões de clientes, reclamações, tudo isso direciona para uma boa qualidade do serviço. Sendo assim, faz-se necessário o estudo de bases e segmentação de mercado. Kotler (2012) expõe os seguintes critérios para segmentação: a) mensurabilidade – trata da capacidade de medir a quantidade de pessoas e o perfil das pessoas que compõem cada segmento; b) substancialidade – refere-se ao tamanho dos segmentos de mercado. É obrigatório serem grandes e rentáveis o suficiente para serem atendidos,


29 devendo ser calculados por meio da projeção de vendas e comparados aos custos mercadológicos de entrada do mercado; c) Acesso – trata da capacidade de medir o grau de alcance e atendimento dos segmentos. 5.1.2 Bases para segmentação de mercado De acordo com Kotler (2012), as bases para segmentação de mercado se dividem em diferentes variáveis: a) Geográfica – É a divisão do mercado em diferentes unidades geográficas, como bairros, regiões, cidades, estados, nações. Serve para determinar territórios de venda e a aplicação de recursos para distribuição e seleção de mídia; b) Demográfica – É necessário considerar as características demográficas para estimar desde os atributos de produtos que sejam mais atrativos para determinado perfil da população segmentada até o meio de comunicação que deve ser usado para atingir o consumidor de modo eficiente. É dividida por variáveis como: - idade: identificar as características da faixa etária pretendida; - sexo:

identificar

as

características

do

gênero

predominante

renda

predominante

pretendido; - renda:

identificar

as

características

da

pretendida; - forma educacional: identificar as características educacionais; - religião: identificar as características religiosas pretendidas; - etnia: identificar as características étnicas pretendidas; - nacionalidade:

identificar

as

características

de

nacionalidade

pretendidas. c) Psicográfica – Os consumidores são divididos em diversos grupos com base em traços de personalidade, estilo de vida ou valores. Essas bases

de

segmentação

permitem

observar

detalhadamente

o

comportamento de consumidores potenciais, motivações e percepções em suas experiências de consumo. A partir disso pode-se desenvolver um composto de marketing dirigido para eles;


30 d) Comportamental – É uma espécie de segmentação complementar das variáveis demográficas. A partir do perfil demográfico, o perfil comportamental é traçado a fim de verificar características que auxiliem na escolha do mercado como ocasião da compra (motivo); e) Variáveis relativas ao usuário e ao uso – Os melhores pontos de partida para definir segmentos de mercado são ocasiões, status do usuário, índice de utilização, estágio de disposição e status de fidelidade; f) Ocasiões – Podem ser definidas por aspectos temporais da vida de um consumidor, como hora do dia, semana, mês, ano ou outros aspectos. Para Kotler (2012 p. 242), “os consumidores podem ser identificados de acordo com uma ocasião em que sentem uma necessidade fazendo uma aquisição ou utilizam um produto”; g) Variável afetiva – Refere-se a tipos de reação mental exibidos pelos consumidores a estímulos e eventos em seu ambiente. As reações emocionais estão extremamente ligadas ao afeto, podendo ser favoráveis ou desfavoráveis. Peter e Olson (2009, p. 41) referencia o afeto com algumas propriedades: - “Uma característica correlata do sistema afetivo é que as pessoas têm pouco controle sobre suas reações afetivas”, ou seja, as pessoas podem reagir de imediato a uma determinada situação produzindo sentimentos de frustração e raiva. Contudo, as pessoas podem reagir indiretamente a esses sentimentos mudando de ambiente ou mudando

o

comportamento

que

está

desencadeando

esses

sentimentos; - A reação afetiva pode ser sentida fisicamente, como o frio na barriga decorrente da excitação de ter feito uma compra importante, como um novo carro ou casa.


31 6 MARKETING DE MODA O marketing de moda vem evoluindo muito nos últimos 25 anos. Segundo Dillon (2012), antes dos anos 1970, essa área focava basicamente a moda feminina e a mídia se dedicava mais a esse grupo de consumidores. Atualmente, as atenções se concentram cada vez mais no produto e na comunicação por intermédio da mídia. O marketing de moda, que combina elementos da propaganda, do design e da administração de empresas, pode ser descrito como a face da indústria da moda. Muito do marketing de moda implica manter-se à frente das tendências de moda e dos hábitos do consumidor. Para Cobra (2009) o conceito de marketing de produtos de moda pode ser resumido em 4 pontos : cliente, conveniência, comunicação e custo. -

Cliente: Pode ser tanto o consumidor final como o canal de distribuição.

-

Conveniências : O distribuidor do produto pode ser tanto um lojista ou um distribuidor intermediário que leve o produto até o consumidor final proporcionando conveniências de maneira a facilitar o uso ou a compra do produto.

-

Comunicação : Faz parte da estratégia de convencimento do consumidor através da propaganda, promoção de vendas, internet, entre outros.

-

Custo : Os custos de marketing devem ser estabelecidos com base no mercado e não apenas na contabilidade.

Dillon (2012) afirma que é muito importante a análise do mercado, independentemente do nicho da indústria em que a empresa está inserida, e o desenvolvimento de alguns objetivos mensuráveis que possam ser atingidos por meio de ferramentas de marketing. Uma boa estratégia de promoção, por exemplo, ajuda a estabelecer a melhor forma de atingir o público-alvo por intermédio da marca, do design, das embalagens, dos materiais de marketing, da publicidade e da mídia utilizada para divulgar a coleção. Para o referido autor, o profissional de marketing de moda deve, então, criar campanhas de publicidade dirigidas a grupos específicos de consumidores as quais atendam às suas necessidades, constituir o elo entre o estilista e o consumidor, identificando a criação de tendência de moda a fim de vender os produtos


32 desenvolvidos por esses profissionais. Além disso, deve-se identificar as tendências de sucesso e o grupo de consumidores. 6.1 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR E ESTRATÉGIA DE PRODUTO Para Peter e Olson (2009), o comportamento do consumidor é fundamental para a estratégia de marketing e produto, pois é por meio dele que as vendas são efetuadas e os lucros são obtidos. Com base nisso, estratégias de marketing são concebidas a fim de influenciar o afeto e a cognição dos consumidores, de modo a provocar um comportamento observável no consumidor para que tenham algum valor para a empresa. O comportamento do consumidor envolve o sentimento e o pensamento que as pessoas vivenciam no processo de consumo. Inclui também tudo o que influencia esses pensamentos, tais como propagandas, aparência dos produtos, embalagem, entre muitos outros. Os profissionais de marketing devem entender quais significados os produtos e as marcas têm para os consumidores, o que leva o consumidor a comprá-los ou a usá-los e o que influencia o ato de fazer a compra. O comportamento do consumidor é determinado também pelas trocas que os seres humanos realizam entre si, envolvendo a renúncia de dinheiro para obter um produto ou serviço, por exemplo. Para Kotler (2012), o comportamento de compra o consumidor é influenciado por fatores sociais, culturais e pessoais. Entre eles, os fatores culturais exercem a maior influência. 6.1.1 Fatores culturais A cultura é o principal determinante dos desejos e comportamentos de uma pessoa. Segundo Kotler (2012), uma criança cresce exposta a valores como realização e sucesso, disposição, individualidade, progresso, conforto material, individualismo, bem-estar, liberdade, humanitarismo e juventude. Uma criança que cresce em outro país pode ter uma visão completamente diferente de si mesma, de rituais e de seu relacionamento com os outros. Sendo assim, o profissional de marketing deve observar os valores culturais de cada localidade para entender qual a melhor forma de levar seus produtos o mercado ou elaborar de maneira adequada


33 uma promoção. Para uma identificação mais específica de seus membros, é importante analisar a subcultura. Entre a subcultura estão as nacionalidades, as religiões, os grupos raciais e as regiões geográficas. Segundo Kotler (2011), quando essas subculturas se desenvolvem e se tornam influentes o bastante, as empresas elaboram programas de marketing específicos para atendê-las. 6.1.2 Fatores sociais O comportamento de compra do consumidor também é influenciado por fatores sociais, como grupos de referência, família, papéis sociais e status: a) Grupos de referência – São aqueles que exercem algum tipo de influência direta ou indireta sobre atitudes ou comportamentos de uma pessoa. Segundo Kotler (2012), grupo de afinidade são os que exercem influência direta. Algum deles são grupos primários, como família, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, com os quais se interage de modo contínuo e informal. Pertencem ao grupo secundário grupos religiosos, profissionais ou associação de classes, que costumam ser mais formais e exigir menos interação contínua; b) Família – Para Kotler (2012), a família constitui o grupo de referência primário mais influente e constitui a mais importante organização de compra de produtos de consumo na sociedade. Dos pais, uma pessoa adquire determinada orientação religiosa, política, além de uma noção de ambição pessoal, autoestima e amor. “Quase 40 por cento das famílias têm seguro de automóvel com a mesma empresa que os pais do marido.” (KOTLER, 2011 p. 166); c) Fatores pessoais – Kotler (2012) afirma que as decisões do comprador também são influenciadas por características pessoais, como idade, estágio no ciclo de vida, personalidade e autoimagem, estilo de vida e valores, ocupação e circunstâncias econômicas. É de extrema importância que os profissionais de marketing conheçam bem essas características, visto que exercem impacto direto sobre o comportamento do consumidor; d) Estilo de vida e valores – Um estilo de vida é o padrão de vida de uma pessoa expresso por interesses, opiniões e atividades. Kotler (2012) aponta que pessoas da mesma classe social, com a mesma ocupação e


34 subcultura podem ter estilos de vida bem diferentes. Sendo assim, os profissionais de marketing buscam estabelecer ligações entre seus produtos e os diferentes grupos de estilo de vida. Segundo Peter e Olson (2009), a estratégia do produto tem como influenciar os consumidores em curto e longo prazo. Em curto prazo, as estratégias para um novo produto procuram influenciar os consumidores levando-os a experimentá-los. Em longo prazo, procuram desenvolver a lealdade à marca e obter uma grande participação do mercado. A análise consumidor–produto é de extrema importância na elaboração das estratégias de produto. O afeto, a cognição, o comportamento, os ambientes relacionados ao produto e seus significados para os consumidores devem ser cuidadosamente considerados no lançamento de novos produtos. Algumas características facilitam mais diretamente a experimentação, ao mesmo tempo em que estimulam o despertar pela lealdade à marca. Peter e Olson (2009 p. 403) analisam cada uma das características: a) Compatibilidade – “Refere-se ao grau de consistência do produto com o afeto, a cognição e o comportamento atual dos consumidores.” (PETER; OLSON, 2009 p. 403). Sendo assim, o produto é mais propenso a ser experimentado quando não exige uma mudança nos valores e nas crenças do consumidor ou em seu comportamento de compra e uso; b) Experimentabilidade – A experimentabilidade, desvinculada da compra, nos casos em que o produto pode ser comprado em menor quantidade para a experimentação, por exemplo, aumenta a probabilidade de esse produto influenciar os consumidores a experimentá-los. Experimentar gratuitamente por um período de tempo um pacote de software, no caso, é uma opção que o consumidor tem para experimentar um produto em pequena quantidade sem correr riscos significativos; c) Observabilidade – A observabilidade, para Peter e Olson (2009 p. 404), “é o grau de acordo com o qual o produto e seus efeitos podem ser sentidos por outros consumidores.” Quando pessoas influentes falam com frequência de novos produtos na mídia, estes têm maior probabilidade de ser adotado mais rapidamente; d) Velocidade – Refere-se ao espaço de tempo em que o consumidor se satisfaz com o produto. O produto que consegue mostrar seus benefícios mais rapidamente tem maior chance de ser pelo menos experimentado;


35 e) Simplicidade – “A simplicidade é relativa ao grau de facilidade com que os consumidores compreendem e usam um produto” (PETER; OLSON, 2009 p. 404). Produtos com pouca complexidade de montagem ou de uso têm maior probabilidade de serem experimentados; f) Vantagem competitiva – Características que permitem a diferenciação de um produto em relação às outras classes de produto, formas de produto e marcas. É a mais importante das características do produto, não apenas para que seja experimentado, mas também para que desenvolva lealdade da parte do consumidor à marca.


36 7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para a identificação do público-alvo foi realizado um levantamento quantitativo por meio de um questionário fechado desenvolvido na plataforma Typeform©. O questionário foi publicado na mídia Facebook© entre os dias 4 e 10 de outubro de 2016. O texto da publicação informou que o questionário deveria ser respondido exclusivamente pelo público masculino. Como resultado foram obtidos 101 questionários respondidos. Os dados foram exportados da plataforma Typeform© para o editor de planilhas Excel©, para a tabulação. O questionário partiu de perguntas sobre características demográficas. Em seguida, foram elaboradas questões para identificar características comportamentais em relação ao consumo de moda. Em seguida, os homens deveriam selecionar um estilo de roupa com o qual mais se identificam. As imagens foram selecionadas com base na observação da pesquisadora em relação ao segmento masculino. A partir de estilos de vida observáveis no segmento masculino. Por fim, foram selecionadas imagens de estampas de acordo com os elementos de design descritos na seção 2.


37 FIGURA 11 – PESQUISA: QUADRO DE ESTILOS (PARTE 1)

FONTE: A autora (2016). NOTA: Estilo A – Formal: Corresponde ao homem que se veste de maneira formal. Trabalha em escritórios que exigem formalidade ou frequenta grupos sociais mais conservadores. Estilo B – Streetwear: Um homem que busca ser “descolado” e é antenado a redes sociais. Estuda ou trabalha em ambientes que não exigem formalidades. Estilo C – Básico: Este estilo não gosta de seguir tendências de moda. Procura informações de moda no próprio shopping ou nos eventos que frequenta. Estilo D – Descontraído: O estilo D corresponde a um homem um pouco mais ousado, ligado a cinema, esportes ou gastronomia. Procura tendências em eventos culturais.


38 FIGURA 12 – PESQUISA: QUADRO DE ESTILOS (PARTE 2)

FONTE: A autora (2016). NOTA: Estilo E – Hip Hop: O homem deste estilo procura informações de moda nas ruas, em baladas ou com pessoas que vivem o mesmo estilo de vida que ele. Segue tendências de moda, busca roupas despojadas e de estilo jovem para o lazer ou trabalha com arte de rua, grafite ou esportes. Estilo F – Bem humorado: Estilo ousado, que busca originalidade e autenticidade. Busca informação de moda na internet, ou em eventos culturais. Ligado a áreas criativas como fotografia, design, publicidade. Estilo G – Country: Este estilo segue as tendências de moda e busca informação na televisão, em baladas temáticas ou com pessoas do meio em que convive.


39 QUADRO 1 – QUADRO DE ESTAMPAS Estampas

Características Tema/Estilo: Geométrico, círculos. Técnica de geração da imagem de ilustração: Ilustração: Ilustração, desenho geométrico com círculos. Tipo

de

estampa

(rapport/estampa

loc):

rapport Tipo de cor: Cor primária, dessaturada, com baixa luminosidade. Cartela de cor: Composta por duas cores, azul e branco. Textura: Virtual. Tema/Estilo: Figurativo Técnica de geração da imagem da ilustração: Ilustração, desenho do tipo cartoon. Tipo

de

estampa

(rapport/estampa

loc):

rapport Dimensões

da

cor

(saturação

e

luminosidade): Cores saturadas. Cartela de cor: Composta por amarelo, laranja, preto, rosa, branco, verde, azul. Textura: Virtual.

Tema/Estilo: Mundo natural. Técnica

geração

da

imagem

ilustração:

Ilustração, desenho do tipo botânica. Tipo

de

estampa

(rapport/estampa

loc):

rapport Dimensões da cor (saturação e luminosidade): cores

análogas

desaturadas

com

pouca

luminosidade. Cartela de cor: Composta por verde e cinza. Textura: Virtual

(continua)


40 (continuação) Estampas

Características Tema/Estilo: Abstrato Técnica de geração da imagem de ilustração: técnica virtual Tipo

de

estampa

(rapport/estampa

loc):

raapport Dimensões

da

luminosidade):

cor Cores

(saturação

e

acromáticaas,

não

causam contraste. Cartela de cor: Textura: Virtual.

Tema/Estilo: grades e listras Técnica de geração da imagem de ilustração: técnica virual Tipo de estampa (rapport/estampa loc): raport Dimensões

da

cor

(saturação

e

luminosidade): Cores análogas, dessaturadas, com baixa luminosidade. Cartela de cor: Marrom e nude. Textura: Virtual.

Tema/Estilo: Grades e listras Tipo

de

estampa

(rapport/estampa

loc):

rapoprt Dimensões

da

cor

(saturação

luminosidade): Cores análogas, dessaturadas. Cartela de cor: Composta por azul e branco. Textura: Virtual.

FONTE: A autora (2016).

e


41 8 ANÁLISE DOS RESULTADOS A amostra geral teve como resultado 101 respostas de homens, localizados na cidade de Curitiba, com faixa etária entre 16 e 42 anos, a maioria com rendimento salarial entre R$ 3.001,00 e R$ 7.500,00. Os estilos que mais representam os homens que responderam o questionário são: 1º básico 2º formal 3º streetwear 4º bem humorado 5º descontraído 6º country GRÁFICO 1 – ESTILOS DA AMOSTRA GERAL

2%

básico

11%

35%

16%

descontraído hip hop

10% 23% 3%

formal

street bem humorado country

Percebe-se que ainda que seja representativa a quantidade de homens que buscam estilos alternativos, a maioria ainda se identifica com os estilos mais tradicionais, que remetem a uma roupa sem muita informação de moda e em cores neutras. Dos 101 homens que responderam a pesquisa, 87% residem em Curitiba e região metropolitana.


42 GRÁFICO 2

13%

Curi@ba e região Outras localidades

87%

FONTE: A autora (2016).

8.1 DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO Para a definição do público-alvo foram selecionados em primeiro lugar os homens que possuem uma frequência de compra elevada, ou seja, homens que compram um novo produto de moda a cada dois meses. Admite se que os homens que possuem uma frequencia de compra elevada sao aqueles que mais utilizam esse tipo de produto. Homens que consomem mais camisas ou sao aqueles que a utilizam no seu dia a dia profissional ou sao aqueles aqueles que também a utilizam em

momentos

casuais.

Representando

uma

boa

oportunidade

empreendedores ou marcas que desejam atender o segmento masculino.

para


43

GRÁFICO 3 – ESTILOS PREDOMINANTES DOS HOMENS QUE POSSUEM UMA FREQUENCIA DE COMPRA ELEVADA

14%

30%

19%

básico formal descontraído

14%

21%

hip hop street bem humorado

2%

FONTE: A autora (2016).

Os resultados indicam que os homens que possuem uma frequência de compra elevada são na maioria aqueles que selecionaram as imagens correspondentes aos estilos “básico” e “formal”. No entanto, é importante observar que os estilos “básico e “formal” perderam espaço para os estilos alternativos se comparado com os resultados apresentados na amostra geral. Como objetivo deste trabalho é desenvolver estampas para um público que não busca produtos formais, foram excluídos da amostra de pesquisa os consumidores que escolheram as imagens correspondentes às estampas “D” e “F”.

Este gráfico revela os tipos de estampas predominantes entre aqueles que têm uma frequência de compra elevada e não selecionaram padronagens tradicionais.


44

GRÁFICO 4 – ESTAMPAS

estampas 10%

29%

Bem humorada 35%

10% 16%

retro cores neutras colorida xadrez

FONTE: A autora (2016).

profissões dos indivíduos da amostra predominantes foram as relacionadas à área criativa, como designer, e músicos. Os lugares em que o público mais busca informação de moda em ordem de ocorrência são: 1º pessoas do meio em que convivo 2º sites especializados 3º sites em geral 4º nas ruas.

9 DESENVOLVIMENTO DAS ESTAMPAS Considerando o resultado do público alvo as três estampas mais escolhidas pelo público masculino pesquisado, cuja localização é Curitiba, Paraná. Pode-se perceber que ambas formam uma paleta reduzida de cores, sendo elas e dessaturadas com pouca luminosidade.


45 QUADRO 2 – RESULTADO DAS ESTAMPAS MAIS ESCOLHIDAS CONFORME PESQUISA


46

FONTE: A autora (2016).

Para a criação das estampas para o público-alvo definido através da compilação do resultado do questionário aplicado para esse estudo, foram levados em consideração os fatores analisados em cada estampa do quadro 2 das mais escolhidas pelos respondentes: tema/estilo, técnica de geração da imagem de ilustração, tipo de estampa (rapport/estampa localizada), dimensões da cor (saturação e luminosidade), cartela de cor e textura. Também, foram observados dados demográficos desse público. A partir disso, elaboraram-se as estampas apresentadas nos quadro 2 e 3 , que foram criadas pela autora do estudo.


47 QUADRO 2 - ESTAMPAS DESENVOLVIDAS Tema/Estilo: grades e listras Técnica de geração da imagem de ilustração: técnica virual Tipo de estampa (rapport/estampa loc): raport Dimensões da cor (saturação e luminosidade): Cores

análogas,

dessaturadas,

com

baixa

luminosidade. Cartela de cor: verde, Textura: Virtual. Feita a análise a partir dos critérios acima na estampa xadrez mais escolhida pelo público alvo, foi criado uma estampa composta por grades e linhas com cores frias, dessaturadas e com pouca luminosidade.


48

Tema/Estilo: formas geométricas Técnica geração da imagem ilustração: técnica virtual Tipo de estampa (rapport/estampa loc): rapport Dimensões da cor (saturação e luminosidade): cores dessaturadas com pouca luminosidade. Cartela de cor: Composta por verde, bege e preto. Textura: Virtual Feita a análise a partir dos critérios acima na estampa geométrica mais escolhida pelo público alvo, foi resgatado alguns aspectos como: formas geométricas, paleta reduzida de cores, cores frias, dessaturadas e com pouca luminosidade.


49

Tema/Estilo: mundo natural Técnica

geração

da

imagem

ilustração:

Ilustração, desenho do tipo botânica. Tipo de estampa (rapport/estampa loc): rapport Dimensões da cor (saturação e luminosidade): cores dessaturadas com pouca luminosidade. Cartela de cor: Composta por verde, e preto. Textura: Virtual Feita a análise a partir dos critérios acima na estampa botânica mais escolhida pelo público alvo, foi resgatado alguns aspectos como: ilustração tipo botânica, Paleta reduzida de cores, cores frias, dessaturadas e com pouca luminosidade.

Tema/Estilo: formas geométricas, mundo natural e grades e linhas. Técnica geração da imagem ilustração: geração virtual Tipo de estampa (rapport/estampa loc): rapport Dimensões da cor (saturação e luminosidade): cores dessaturadas com pouca luminosidade. Cartela de cor: Composta por verde, cinza e preto. Textura: Virtual Essa estampa apresenta uma proposta da união das três categorias mais escolhidas pelo público alvo: xadrez, formas geométricas e botânica. Foi utilizado uma ilustração do tipo botânica para representar a categoria botânica, grades e linhas para representar a categoria formas geométricas e xadrez.


50


51 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho de conclusão de curso tinha por objetivo desenvolver estampas direcionadas a um público-alvo que busca camisas masculinas fora das padronagens formais . Foi fundamental para a pesquisa o estudo de elementos do design, bem como os estudos de marketing, que condicionam o desenvolvimento de produtos às preferências de um público-alvo específico. Diante da pesquisa bibliográfica que foi elaborada, foi realizada uma pesquisa quantitativa para identificar o estilo e os tipos de estampas usadas pelo público alvo. Ainda que o questionário tenha sido disponibilizado no Facebook para homens que residem em diversas regiões do país, 87% dos respondentes residem em Curitiba e região metropolitana. Inicialmente esperava-se que os homens que não

selecionaram

estampas

tradicionais,

pudessem

selecionar

estampas

consideradas mais divertidas e coloridas. Entretanto, o público predominantemente curitibano ainda é um tanto conservador quanto a cores e elementos que compõem a estampa. Três estampas, consideradas comuns em termos de composição dos elementos e paleta de cor, foram as mais escolhidas entre o público que busca estampas diferentes das padronagens mais tradicionais. Os objetivos estabelecidos no projeto foram concluídos, sendo eles desenvolver uma coleção de quatro estampas considerando os atributos mais valorizados pelo público selecionado.


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55 APÊNDICE – QUESTIONÁRIO APLICADO Perguntas do questionário aplicado, destinado ao público masculino. 1. Em qual cidade você reside? 2. Qual é a sua idade? 3. Qual classe de rendimento você pertence? a) mais de 15.001,00 b) de 7.501,00 a 15.000,00 c) de 3.0001,00 a 7.500,00 d) de 1.601,00 a 3.000,00 e) até 1.600,00 4. Qual a sua profissão? 5. Com que frequência você compra uma peça de roupa? a) 1 vez por semana b) 1 vez a cada 2 semanas c) 1 vez por mês d) 1 vez a cada 2 meses e) 1 vez a cada 6 meses f) 1 vez ao ano 6. Onde você busca informação de moda antes de comprar um novo produto? a) No próprio shopping b) Nas ruas c) Em revistas masculinas d) Na internet em sites especializados e) Na internet em sites em geral f) Em pessoas que vivem um estilo de vida semelhante ao meu g) Nas baladas h) Em eventos culturais. 7. Com qual estilo voce mais se identifica? ( fotos) 8. Com qual estampa voce mais se identifica? (fotos) 9. Selecione e avalie os atributos que você considera mais importantes em uma peça de roupa. a -Nada Importante b- Pouco importante c- Razoavelmente importante d- Importante e- Muito importante


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