n Maio de 2016 n Mensal n Nº 840 n Ano XXXI n Preço 5€ n Director José Luís Elias
| A informação para os profissionais do Turismo |
3º Fórum Turismo Interno “Vê Portugal” vai debater o MI X Conferência Anual do Turismo Um evento consolidado Em Viagem Marca YOU vai ter nova dinâmica
António Gama
– presidente do Conselho de Administração da Nortravel
“A qualidade é a nossa grande referência”
nortravel.pt
EUROPA E ÁSIA COM GUIA NORTRAVEL Em 2016 a Nortravel aumentou a oferta de circuitos de longa distância obedecendo aos critérios que nos granjearam prestigio e reconhecimento no mercado. Desde o rigor na programação à seleção de hotéis e restantes serviços, tudo foi feito de forma a garantir a “Qualidade Nortravel” nestes novos produtos na Ásia. À semelhança dos “Circuitos na Europa”, estes circuitos são acompanhados por guia Nortravel de língua portuguesa (não obstante sermos também conduzidos por guia local de cada país). Igualmente importante é o facto de estes circuitos serem no regime de “Tudo Incluído” de modo a garantir máximo conforto e aproveitamento.
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A REFERÊNCIA DE TOPO EM CIRCUITOS ÁSIA COM GUIA NORTRAVEL EM PORTUGUÊS
Israel – Terra Santa
O Melhor do Cáucaso – Geórgia, Arménia e Azerbaijão
Uzbequistão – O Património e a Magia da Rota da Seda
O Melhor do Irão
Indochina – Vietname, Camboja e Laos
China Milenar – extensão a Hong Kong e Macau
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>editorial
“Erros são as dores do crescimento da sabedoria.” William George Jordan, escritor
> Mais dinheiro no bolso
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uando tentamos ter a percepção se o ano turístico está a correr bem, por vezes somos apanhados pela falta de dados estatísticos ou por uma visão menos global do sector. Nem sempre quando um sector de actividade está bem, todos estão a passar um bom momento. Um exemplo que sustenta esta afirmação é a realidade que se viveu nos últimos anos, com crescimentos sucessivos do número de turistas que nos visitaram mas em que se verificou uma queda no negócio das agências de viagens,
em especial das que faziam da área do lazer o seu core bussiness, situação que se ficou a dever à perda do poder de compra dos portugueses.
José Luís Elias, Director joseluiselias@turisver.pt
Temos acompanhado os dados do Instituto Nacional de Estatística e de outras entidades, nomeadamente associativas, e cruzado estes dados com informações recolhidas junto de empresários e directores de empresas de diferentes áreas, e hoje, a convicção que tenho, é que estamos perante um ano que, se estivéssemos a falar do sector dos vinhos, poderíamos considerar um ano “vintage”. Não quero com isto dizer que todos os problemas do turismo estão resolvidos, evidentemente que não o estão, até porque com o crescimento, como se usa dizer, vêem sempre as chamadas “dores de crescimento”. Numa olhadela às estatísticas recentemente divulgadas pelo INE, referentes ao primeiro trimestre do ano na hotelaria em Portugal, esta registou um aumento de 14,9% no número de hóspedes, a que correspondeu um crescimento de 16% nas dormidas. Estes dados são tão mais positivos se pensarmos que estamos a falar de uma época baixa do ano turístico, mesmo tendo em consideração que o período da Páscoa foi no mês de Março. Se a esta situação juntarmos as perspectivas de crescimento que os hoteleiros têm para a época alta, em regiões já de si tradicionalmente fortes como são o Algarve e a Madeira, facilmente chegamos à conclusão que estamos perante um excelente ano. Outro dado importante é que este crescimento no primeiro trimestre, aconteceu de forma homogénea em todo o país, com os Açores a registarem uma subida de 55,6%, o Algarve 28,2%, Lisboa 27,5%, o Porto e Norte 25,3%, e o Alentejo 21,8%. Se a hotelaria vai bem apesar do aumento da oferta dos últimos anos, as agências de viagens não o vão menos, nomeadamente as mais vocacionadas para o incoming porque a vinda de estrangeiros tem aumentado. Mas também as que assentam o seu negócio no lazer não têm este ano razões de queixa, atente-se na subida significativa de vendas antecipadas para o Verão, e no facto de vários operadores turísticos afirmarem que já existem voos especiais com algumas partidas esgotadas. Este é um ano “vintage” porque o turismo internacional cresce para Portugal mas também porque os portugueses estão a voltar a fazer férias, quer cá dentro, quer comprando pacotes de férias para o Caribe, Cabo Verde ou outros destinos. Os portugueses estão com mais dinheiro no bolso e estão a começar a gastá-lo porque estão mais confiantes no futuro como dizia há dias um governante. É capaz de ter razão.
Turisver
Medalha de Prata de Mérito Turístico do Governo Português DIRECTOR: JOSÉ LUÍS ELIAS • PROPRIEDADE E EDITOR:
// A abertura do Túnel do Marão ao tráfego rodoviário vem poupar tempo nas viagens, mas acima de tudo deverá vir a poupar vidas humanas. Uma obra que há muito as gentes desta região, longínqua dos grandes centros urbanos, merecia, e que pode vir a abrir mais a região ao turismo.
Medalha de Prata da APAVT de Mérito Turístico
EDITORA, LDA. • NIPC 504 651 757 • SEDE (ADMINISTRAÇÃO REDACÇÃO E PUBLICIDADE) RUA DA COVA DA MOURA, Nº 2, 2º
ESQ. 1350-177 LISBOA • TELEFONE 213 929 640 • FAX 213 929 650 • EMAIL SOGAE@TURISVER.PT • WEBSITE WWW.TURISVER.COM • INSCRITO NO ICS COM O Nº 111 233 • DEPÓSITO LEGAL Nº 10 533/85 • PERIODICIDADE MENSAL • TIRAGEM 6500 EXEMPLARES • PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO MX3 – ARTES GRÁFICAS, LDA. - PARQUE INDUSTRIAL ALTO DA BELA VISTA, PAVILHÃO 50 - SULIM PARQUE, 2735-340 AGUALVA CACÉM • TELEFONE 219 171 088/89/90 • FAX 219 171 004 • EMAIL CLIENTES@MX3AG.COM • WEBSITE WWW.MX3AG.COM
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AF_EP15_Turisver_65x285mm.pdf
TEXTO: FERNANDA RAMOS
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14/12/15
>abertura
Vê Portugal
3º Fórum de Turismo Interno coloca foco no MI Na sua terceira edição, o “Vê Portugal – Fórum de Turismo Interno” ganha enfoque no segmento de Meetings Industry, um produto em que a Turismo Centro de Portugal quer passar a apostar mais significativamente, por via da abertura do Centro de Congressos do Convento São Francisco e do lançamento, previsto para este ano, do Convention Bureau Coimbra Centro de Portugal.
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erá por força deste novo posicionamento A abertura do Convento já está a ter efeitos positino segmento de MI que, segundo Pedro vos. “Já se notam diferenças na cidade”, confessou a Machado, presidente da Turismo Cen- vereadora do turismo de Coimbra, Carina Gomes, tro de Portugal, entidade organizadora na apresentação do Fórum, adiantando mesmo que do evento, o “Vê Portugal – 3º Fórum de “até ao final de 2017 já estão agendados mais de 30 Turismo interno” marcado para os dias 29 a 31 de congressos, nacionais e internacionais, de média e Maio no Cento de Congressos do Convento São grande dimensão”. Francisco, em Coimbra, pode chegar ao número Voltando às temáticas do “Vê Portugal”, Pedro Marecorde de 500 participantes. E também por isso, chado destacou também o painel “O valor da inum dos painéis do “Vê Portuformação no turismo”, um gal” destacados por Pedro Mapainel em que intervirão chado foi o que aborda o tema responsáveis do INE e do “Turismo de Negócios / MI”, departamento de estatísti“Vê Portugal – 3º que contará com a participacas do Banco de Portugal. Fórum de Turismo ção de Nina Feysen da ICCA e Outro dos destaques foi Jordi William Carnes, CEO do para o painel “Sazonalidade, Interno” Turismo de Barcelona e BarceBaixo índice de PermanênDatas: 29 a 31 de Maio cia, Litorização Turismo – lona Convention Bureau. No Centro de Portugal, a “esSoluções à vista?”. Local: Convento São truturação e posicionamento” Dividido em seis painéis, o 3º Francisco, Coimbra no segmento de MI é “uma Fórum de Turismo Interno nova página” que se pretende vai ainda debater o valor do abrir em termos de turismo, turismo na economia portuuma possibilidade que se guesa, o turismo acessível e abriu com a recente inauguinclusivo e as potencialidades ração do Convento São Francisco, em Coimbra, e materiais e imateriais dos territórios. que terá novo fôlego com o lançamento, “ainda em Todos estes são temas que em comum têm o facto 2016”, do Convention Bureau Coimbra Centro de de serem transversais a muitas regiões turísticas Portugal que ali irá funcionar. portuguesas e de terem a ver com o turismo interOs objectivos são ambiciosos: “Queremos colo- no, segmento de grande importância para qualquer car Coimbra no ranking das cidades da ICCA que destino turístico. Porque nos últimos anos “a tutela é liderado por Paris”. Um objectivo a curto prazo tem-se virado mais para a promoção internacional” porque “achamos que temos condições físicas, e “não tem dado a atenção devida ao turismo intermateriais e profissionais para que Coimbra possa no” torna-se “necessário”, afirma Pedro Machado, alcançar um dos 20 lugares do ranking da ICCA alertar o governo para esta realidade. O 3º Fórum nos próximos dois anos”. As estruturas, explicou, já do Turismo Interno vai poder fazê-lo, uma vez que existem e são de qualidade, caso das Universidades contará com as presenças do ministro da Economia de Aveiro e Covilhã, dos seis institutos politécnicos, que é o convidado do jantar conferência a realizar o Centro de Congressos das Caldas da Rainha e, dia 30 de Maio, e da secretária de Estado do Turisagora, o Convento S. Francisco. mo, que estará no encerramento. <
“A opção ideal para os meus clientes que viajam para o estrangeiro.”
Inúmeras vantagens para os seus clientes, comissão de 15% para a sua agência.
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>opinião www.turisver.com
i TURIS por: Atilio Forte
Tópicos do mês: A nova face de Cuba: O Governo cubano acaba de qualificar o turismo como actividade chave para o crescimento económico e, simultaneamente, revelar que, até 2030, o país irá acrescentar mais 108.000 quartos à sua oferta de alojamento, principalmente no segmento de luxo. É bom recordar que no ano transacto Cuba registou um recorde de turistas, tendo superado, pela primeira vez, a marca dos 3,5 milhões. O impacto do terrorismo em números: De acordo com o diário belga “Le Soir”, a companhia aérea belga “Brussels Airlines” terá sofrido prejuízos entre os 70 e os 100 milhões de euros, na sequência dos atentados terroristas ocorridos em Março passado. Tal situação, que se irá inevitavelmente repercutir na compra final daquela transportadora pelo Grupo Lufthansa – que já detém 45% do seu capital –, veio adiar a restante venda (inicialmente prevista para Agosto próximo) para finais de 2016, inícios de 2017.
Dia Nacional da Gastronomia: No próximo dia 29 de Maio, numa iniciativa conjunta da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas (FPCG) e da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) vai, pela primeira vez, celebrar-se (em Aveiro) o Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa. Volvidos 16 anos desde que a gastronomia passou a ser considerada Património Cultural de Portugal – iniciativa que contou com a dedicação e o empenho de muitos (entre os quais modestamente nos incluímos) –, esta é uma excelente notícia para um dos activos que conferem maior notoriedade ao turismo nacional. MAIO DE 2016 | 6
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Comentário Turisver.com – O Primeiro-Ministro disse recentemente, na inauguração da Feira Ibérica de Turismo (FIT) na Guarda, que “o turismo é um sector que importa expandir para aproveitar precisamente os recursos endógenos que existem em todas estas regiões do país. Temos todos grandes desafios pela frente para que o turismo seja uma actividade sustentável de norte a sul e do litoral ao interior”. Na sua perspectiva estas são frases que se dizem por circunstância, ou podem ter algum valor real? Atilio Forte – Sempre que um Governo sublinha e reconhece ao mais alto nível, como foi o caso, a importância estratégica e estruturante do turismo para a economia nacional, está não apenas a comprometer-se com esse desígnio mas, acima de tudo, a assumir uma inequívoca responsabilidade em tudo fazer para criar condições para que a actividade reforce e intensifique, sustentadamente, o seu papel de grande criadora de riqueza, emprego, coesão territorial e social, em Portugal. Como se sabe, o nosso país possui, do ponto de vista endógeno, uma enorme diversidade de recursos e valências – de Norte a Sul, no litoral e no interior, sem esquecer as Regiões Autónomas – que, apesar da exiguidade territorial, lhe possibilitam assumir-se como um verdadeiro concentrado de múltiplas e distintas tipologias de oferta turística, capazes de corresponderem às cada vez maiores tendências (e exigências) de uma procura que se motiva e se sente atraída pelo diferente, pelo único, pela vivência de uma experiência que possa considerar irrepetível. Perante esta evidência faz todo o sentido que se estimule a optimização dos nossos activos turísticos pois, ao fazê-lo, estaremos todos, sem excepção, a contribuir para atenuar alguns dos principais constrangimentos com que nos deparamos, como sejam, a geração de riqueza, a criação de emprego e a diminuição das assimetrias entre o interior e o litoral. Tudo isto com a enorme e simultânea vantagem de promovermos as melhores de todas as exportações nacionais, aquelas cujo consumo se faz dentro das nossas fronteiras e que, por esse motivo, provocam um enorme efeito multiplicador noutras áreas da economia portuguesa. Convirá, ainda, não esquecer o contexto em que estas afirmações foram proferidas, uma vez que elas vêm na sequência do anúncio da (pelo menos) diminuição do valor das portagens a pagar nas ex-SCUT’s – que de entre outros malefícios prejudicaram objectivamente a actividade turística – e da inauguração do Túnel do Marão, porventura a última barreira que faltava vencer para tornar mais próxima a região de Trás-os-Montes do restante Portugal continental. Não temos dúvidas em afirmar que este anúncio (portagens) e a inauguração desta obra contribuirão, em muito, para um aumento da actividade turística, tanto nos fluxos internos como nos externos, expondo ainda ao turismo a região do país menos conhecida, o que gerará um mais homogéneo desenvolvimento económico e social de todo o território. Inúmeras vezes temos aqui referido que o “como chegar?” é determinante para a existência e para o crescimento e desenvolvimento sustentados do turismo. Por isso nunca entendemos, nem concordámos, com o pagamento de portagens, nomeadamente, na Via do Infante (A22) e na Auto-Estrada da Beira Interior (A23), porque prejudicaram o desenvolvimento da actividade, dado não haver quaisquer alternativas credíveis às mesmas. Por todas estas razões, somos de opinião que estas são palavras de grande importância e, mesmo, de esperança. Contudo, com idêntica franqueza também dizemos que – à semelhança do que acontece com a sazonalidade – a litoralização do nosso turismo pode ser atenuada, mas não totalmente erradicada. E se tal for alcançado já será um precioso contributo para que as gerações vindouras conheçam um país mais homogéneo, mais coeso, menos assimétrico e turisticamente mais próspero Turisver.com – A Fundação Inatel vai dar formação, nas suas unidades hoteleiras, a refugiados que estão em Portugal, empregando estas pessoas que fogem de conflitos bélicos. Pensa que este exemplo pode ser levado à prática num contexto hoteleiro mais alargado? Atilio Forte – Vale a pena contextualizar esta iniciativa da Fundação Inatel, a qual foi anunciada em Setembro de 2015 e baptizada como “Programa Aylan” (em homenagem – e com o nome – à criança, de três anos,
ISMO Nota: Recordamos que esta é uma rubrica em que privilegiamos o envolvimento com os leitores que podem colocar questões a Atilio Forte através do e-mail iturismo@turisver.pt encontrada sem vida numa praia turca, cujas imagens chocaram o Mundo, em geral, e a Europa, em particular), tendo por objectivo acolher 100 refugiados (ou migrantes), provenientes dos conflitos sírio, do Norte de África e do Iraque, e contribuir para a sua completa inclusão na sociedade nacional, aliás à semelhança do que a Fundação já havia feito na década de ’90, aquando da guerra do Kosovo. Este Programa é composto por três fases, sendo a primeira – a do acolhimento (alojamento e alimentação em unidades hoteleiras da Fundação Inatel) – dedicada à aprendizagem do português (e do inglês, quando se justifique), ao contacto com a realidade portuguesa e ao início da formação profissional; a segunda que privilegiará actividades ocupacionais e profissionais de apoio, nas unidades hoteleiras onde estejam instalados; e, a terceira, em que a Fundação, em colaboração com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e com o Conselho Português para os Refugiados (CPR), os ajudará a encontrar um emprego no mercado de trabalho nacional. Passando agora a responder à questão que nos foi colocada, não sem antes destacar o óbvio humanismo, universalismo e solidariedade que envolvem esta meritória acção, que ilustra bem o “modo português” de estar no Mundo, a Fundação Inatel já anunciou que pretende contar com a colaboração mais alargada das demais entidades turísticas, nomeadamente, com as ligadas ao sector do alojamento, o que permitirá o envolvimento dos agentes económicos privados que assim o entendam. Para tal irá utilizar (e contactar directamente) as parcerias que a Fundação já detém com as unidades hoteleiras privadas, procurando mobilizá-las para esta causa, e aproveitar as oportunidades de emprego que nelas possam existir ou surgir. Claro está que nada obsta que quaisquer outras empresas ou entidades manifestem a sua disponibilidade para participarem no “Programa Aylan”. Deste modo, todos quantos queiram dar um outro (novo) sentido à arte de bem receber de Portugal e dos portugueses, têm aqui uma nobre oportunidade.
O+ do mês: Como é sabido, o maior evento de empreendedorismo, inovação e tecnologia da Europa – “Web Summit” – vai realizar-se, entre 8 e 10 de Novembro próximos, em Lisboa (na primeira vez que acontece fora de Dublin), sendo um acontecimento privilegiado quer para a atracção de investimento directo estrangeiro, quer para as “sart ups” portuguesas. A cerca de 6 meses de distância todos os indicadores apontam para o seu sucesso, nomeadamente o facto de já contar com cerca de 27.000 (!) participantes inscritos, provenientes de 149 países (no ano transacto, por esta mesma altura, tinham-se inscrito 1.317 pessoas, de 19 países), nalguns casos representando “gigantes” da economia mundial como a Coca-Cola, a Ogilvy, a Cisco, a American Express, a Amazon ou a Red Bull, para além de inúmeros fundos de capital de risco. O investimento de 1,3 milhões de euros, efectuado pelo Turismo de Lisboa, pelo Turismo de Portugal e pela AICEP, para acolher este evento durante três anos (cujo contrato assinado prevê a sua extensão por mais dois), mais do que justificar-se, começa a revelar-se como um dos que, do ponto de vista turístico, maiores e melhores repercussões e retorno poderá ter tanto para Lisboa, como para Portugal. <
A rubrica opinião tem o apoio da ERV – Compañia Europea de Seguros, SA TURISVER | MAIO DE 2016
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>entrevista António Gama
– presidente do Conselho de Administração da Nortravel
“A qualidade é a nossa grande referência” TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS
As novidades da programação da Nortravel para este ano, os resultados que a operação está a conhecer em termos de vendas, a situação em Portugal, em Espanha e no Brasil, foram alguns dos temas que abordámos na entrevista com António Gama, presidente do Conselho e Administração da Nortravel, com quem falámos também da relação com a TAP.
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urisver – A Nortravel tem-se afirmado ao longo dos anos pelos circuitos de grande qualidade que apresenta ao mercado e pelas grandes viagens. Quais são as novidades para este ano? António Gama – Este ano apresentamos um catálogo único para a Europa e Ásia que se chama “Europa e Ásia – circuitos e cruzeiros em português”, onde seguimos um mesmo conceito: circuitos com guia em português e partidas garantidas. As principais novidades para a Europa são o circuito “Encantos da Croácia e Eslovénia”, o “Circuito Alexandre
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o Grande” na Grécia, o circuito Polónia Fé e Património” totalmente realizado na Polónia e que, segundo penso, irá ser um grande sucesso, e na Itália temos o “Circuito da Sicília”. Numa região menos conhecida no nosso mercado, entre a Europa e a Ásia, temos “O Melhor do Cáucaso” que passa por vários países, como a Geórgia, a Arménia e o Azerbeijão. Na Ásia temos vindo a mudar o conceito dos nossos programas, e propomos viagens mais culturais, com guia em português. A grande novidade é o circuito do Uzbequistão “Património e a Magia da Rota da Seda”, mas destaco um outro pro-
grama que tem registado uma boa procura que é “ O Melhor do Irão”. Para continuar a liderar esta oferta têm de inovar e manter um grande equilíbrio com programação de anos anteriores. Como é que o conseguem? A qualidade é a nossa grande referência. Partindo desse ponto tem de existir um grande equilíbrio e nem sempre um circuito que é um grande sucesso num ano continua a ser um grande sucesso no ano seguinte. Isso acontece por várias razões, por exemplo, se em dois ou três anos seguidos há um circuito que faz um
pleno, mesmo que o produto continue competitivo é possível que no quarto e no quinto ano baixe as vendas porque muita gente já fez esse circuito, não se criou nova clientela para que o ritmo se mantenha. No entanto há outras razões mais sensíveis que fazem com que os circuitos tenham um grande êxito. Sabemos que existem destinos na Europa que geram grande apetência por parte dos clientes mas que por vezes são destinos que têm preços caros e que dificilmente podem ser comprados pela generalidade dos nossos clientes. Quando, por alguma razão, conseguimos baixar o preço, ou porque a companhia aérea criou tarifas mais competitivas ou porque a hotelaria baixou os seus preços, nem que seja por uma diferença de 100 euros, o circuito passa a estar numa fasquia que o mercado entende que o destino vale em termos de preço e isso é o suficiente para esse destino ter, num determinado ano, um sucesso total. Este ano, por exemplo, está a acontecer-nos isso com Moscovo e S. Petersburgo, porque o rublo desvalorizou e juntaram-se vários factores que fizeram com que os preços completamente loucos que tínhamos que propor ao mercado passassem a ser preços que estão dentro da tal fasquia que o mercado está disponível para pagar. Depois há outros fenómenos que não conseguimos entender tão bem. Por exemplo, os países nórdicos são sempre muito caros, este ano continuam caros e no entanto estamos a vender bem. Estamos também a vender muito bem a Ásia, nomeadamente o Uzbequistão e a Indochina, em que temos algumas partidas já garantidas. Estamos também a vender bem o Cáucaso. Continuam com uma forte aposta na Itália e apresentam a Sicília para circuitos e como destino de praia? Temos um voo especial para Catânia e programamos um circuito, já que temos lugares que nos permitem fazer isso, e ficamos com lugares disponíveis para poder vender o destino com estadias na praia. Não é um produto novo, já o temos há alguns anos, mas aumentámos a oferta consideravelmente.
De há anos para cá a Nortravel tem vindo a propor aos clientes alguns destinos de praia. Nota que a procura por este tipo de oferta tem crescido? Sim, temos tido crescimentos continuados. Começámos por ofertas muito pequenas e era normal que tivéssemos crescimento, mas pensamos que este ano vamos ter um crescimento mais acentuado, até pela experiência de destinos que já tínhamos em que aumentámos muito a oferta e estão a correr muitíssimo bem.
CABO VERDE EM VOO ESPECIAL A GRANDE NOVIDADE Cabo Verde, nomeadamente a ilha da Boavista, surge como a primeira aposta que a Nortravel faz em charter, não é assim? Não é a nossa primeira aposta em charter porque pontualmente tivemos charters, como aconteceu com Dubrovnik e já tinha acontecido também com a Sicília em que tínhamos tido lugares numa operação charter. No entanto, esta operação para a Boavista talvez seja a de maior número de lugares e de duração mais prolongada. Esta operação significa que a aposta da Nortravel em Cabo Verde é para ser continuada? É. Cabo Verde não surgiu este ano, o passo que resolvemos dar este ano fomo-lo preparando ao longo dos últimos quatro anos. Achamos que este é um passo absolutamente natural, na medida em que temos conseguido crescimentos interessantes. Por outro lado, nenhum operador se pode dar ao luxo de não ter um produto de praia se quiser ser um operador generalista e que pretenda satisfazer as necessidades dos seus clientes. Por via disso, teríamos que optar por um destino para dar o pontapé de saída e pareceu-nos natural que isso fosse feito com Cabo Verde que tem a vantagem da proximidade, do povo acolhedor, do clima ameno… No que toca a Portugal, continuam a ter os Açores e a Madeira como pontos fortes?
“(…) nenhum operador se pode dar ao luxo de não ter um produto de praia se quiser ser um operador generalista e que pretenda satisfazer as necessidades dos seus clientes”
Estamos a vender muitíssimo bem os dois destinos, temos uma versão de circuito que segue o conceito Nortravel e isso representa uma boa parte das nossas vendas, tanto para a Madeira quanto para os Açores. É nos Açores que continuam a colocar um foco especial? Sim, porque os Açores são nove ilhas, e quando estamos a trabalhar um destino que nos permite uma variedade de propostas que nunca podem ser feitas num só circuito, isso deixa-nos margem para podermos criar propostas diferenciadoras, para criar oportunidade para os mesmos clientes irem várias vezes. A Nortravel é o único operador que programa as nove ilhas nos Açores e apercebemo-nos de clientes que repetem o destino porque estão apostados em visitar as nove ilhas, embora fazendo os vários circuitos acabem também por repetir alguma ilha, mas a beleza das ilhas açorianas é tal que me tenho apercebido que as pessoas não se importam de passar uma segunda ou terceira vez numa ou noutra ilha. Em termos da Madeira e Porto Santo o que é que tem mais peso para a Nortravel? Nós vendemos bem Porto Santo mas a Madeira tem outra dimensão, tem outro potencial, tem uma oferta hoteleira maior e é um destino de todo o ano. Mesmo assim estamos a vender bem as duas ilhas, cada uma à sua dimensão, até porque a Madeira é um produto de ano inteiro e Porto Santo não é. Por outro lado, Porto Santo tem limitação ao nível do número de camas, pelo que nunca poderá ser um destino com um volume de vendas tão grande como a Madeira.
QUEREMOS CONTINUAR UMA PARCERIA FORTE COM A TAP Notou-se, ao longo destes anos, a grande parceria que a Nortravel tem
com a TAP. Está tranquilo com todas as alterações, nomeadamente com a redução de destinos à partida do Porto? Estamos mais ou menos tranquilos até porque sabemos que os anos de mudança são sempre os mais complicados. Este ano sofremos com as indefinições de uma casa que estava a ser arrumada e onde muitas vezes os nossos interlocutores não sabiam, à sexta-feira, com que regras iriam trabalhar na segunda. Quem não tem casa organizada, quem não tem as regras bem implementadas e interiorizadas tem sempre muita dificuldade em passar a mensagem, pelo que acabámos por viver tempos complicados, com a equipa da Nortravel muito bem entrosada com a equipa da TAP, mas foram dificuldades naturais. No final conseguimos organizar tudo e estamos com a nossa programação no mercado em que boa parte das propostas são em voos da TAP. Valorizamos muito a nossa relação com a TAP e achamos que a TAP também valoriza a relação com a Nortravel e a considera um parceiro estratégico pela ocupação de voos que lhe faz, que vai além dos tradicionais, até porque fazemos uma enorme cobertura na Europa. Quanto ao futuro, o que pretendemos é continuar com a parceria forte que temos com a companhia, de preferência cimentá-la ainda mais e fazê-la crescer, sempre que existam condições para tal. Por outro lado, sabemos que uma empresa tem que olhar para a sua rentabilidade, tem que ser gerida com objectivos que podem ser ou não os mesmos que tem a Nortravel e temos que estar preparados para alternativas. Essas alternativas existem e, portanto, estamos muito tranquilos em relação ao futuro, mas não vale a pena estarmos a antecipar cenários, o melhor é prepararmo-nos para o futuro, cimentando o presente e mantendo as coisas com toda a naturalidade, que é o que estamos a fazer.
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A Nortravel tem um posicionamento no Brasil e em Espanha. É conhecida a crise no Brasil e o que eu gostava é que me fizesse o ponto de situação de cada um destes mercados. O mercado espanhol é um projecto TURISVER | MAIO DE 2016
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>entrevista
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“Quanto ao futuro, o que pretendemos é continuar com a parceria forte que temos com a companhia [TAP], de preferência cimentála ainda mais e fazê-la crescer, sempre que existam condições para tal”
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que teve que desacelerar porque tínhamos voos com a SATA e a SATA deixou de ter disponibilidade para esses voos à partida de Espanha para os Açores, o que representava uma percentagem muito grande do negócio. A partir do momento em que deixou de haver essa oferta, e com toda a naturalidade, o negócio reduz-se, assim, continuamos em Espanha mas a vender produtos de voo regular. Não é o mesmo volume a que estávamos habituados mas não surgiram outras oportunidades que nos permitissem substituir porque se coloca também a questão da rentabilidade. No Brasil houve muitos acontecimentos inusitados, muita surpresa, muita gente que desapareceu do mercado, mas mesmo durante o início da crise o nosso crescimento manteve-se alto porque já temos raízes muito sólidas no mercado, o nosso trabalho de casa tinha sido bem feito e o prestígio da Nortravel é muito grande. Posso dizer que, no Brasil, a marca Nortravel é, pelo menos, tão prestigiada como em Portugal, e esse é o grande segredo deste nosso negócio e da nossa presença neste mercado.
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A crise que se vive neste momento é uma crise de dimensões absolutamente históricas. Já assistimos no Brasil a crises políticas e económicas, já assistimos a crises sociais mas tudo ao mesmo tempo, que eu me lembre, é a primeira vez. Em número de passageiros viajados este ano, no primeiro trimestre, a Nortravel ainda cresceu 3,31% face ao mesmo período do ano passado, isto num momento em que o mercado está em quebra. Menos animadores são os indicadores relativos a reservas até ao final do ano, em que estamos com uma quebra de 23,89%. Apesar de pouco animador ainda penso que este número é melhor do que a generalidade do mercado. Mas continuo a pensar que no momento em que a crise seja debelada, a Nortravel vai ficar numa posição muito confortável porque foi muito duro passarmos a mensagem, foram anos de luta constante, mas passámos a mensagem da forma certa, nunca desiludimos nenhum parceiro e nunca desiludimos um cliente. Estas são as sementes que ficam para o futuro e me fazem continuar a pensar que o Brasil vai ser um mercado extremamente importante para nós.
E a procura em Portugal? A reposição de algum poder de compra está a fazer-se sentir? Estamos a ter um ano muito tranquilo, espero é que não se trate do “olho do furacão”. O que temos sentido é extremamente positivo e animador, no entanto não entro na ideia de que tudo vai ser fácil no futuro. Até ao final de Março tivemos um crescimento de quase 10% no número de clientes viajados, o que é positivo mesmo tendo em conta que a Páscoa este ano foi em Março. No que se refere a reservas até ao fim do ano, estamos impressionados porque o nosso crescimento é superior a 30%. Nos últimos anos foram muitos os portugueses que deixaram, pura e simplesmente, de viajar, já o ano passado se notava que havia saudades e desejos de voltar a fazer viagens e este ano existe uma confiança que espero que se consolide no futuro, mas vamos esperar, não queremos entrar em euforias porque temos que estar preparados para qualquer eventualidade. <
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>agenda
>notícias
Data: 28 a 30 de Setembro Local: São Paulo (Brasil)
44ª ABAV - Expo A ABAV – Expo Internacional de Turismo tem lugar este ano de 28 a 30 de Setembro, no Expo Center Norte (SP), com uma série de inovações na configuração, tema do Congresso ABAV de Turismo, eventos simultâneos e atracções paralelas. A 44ª edição será ancorada em três importantes pilares: Lazer, Corporativo e MICE, que actuarão como referência na oferta de produtos, serviços e as melhores oportunidades de negócios para visitantes e expositores. Na área do conhecimento a novidade passará pela revitalização da Vila do Saber – agora denominada Arena do Conhecimento – espaço dedicado a debates do sector e conferências. O espaço ganhou novo layout e uma estrutura fundamentada em áreas temáticas chave.
Data: 18 a 22 de Janeiro 2017 Local: Madrid
37ª edição da Fitur A edição de 2017 da Fitur – Feira Internacional do Turismo – vai ter lugar entre 18 e 22 de Janeiro, em Madrid. A edição número 37 arranca com as melhores expectativas sobretudo pelo balanço registado em 2016. Com o objectivo de impulsionar e ampliar ainda mais os negócios dos participantes e atendendo a novas necessidades previstas nas diferentes áreas do certame, a Fitur projectou uma nova sectorização do espaço. Para além da sua área comercial, o certame conta com um calendário de actividades onde se potenciam, as reuniões e whorkshops, como é o caso do programa de compradores convidados.
Data: 15 a 19 de Março 2017 Local: Lisboa
29ª edição da BTL A 29ª edição da BTL – Feira Internacional de Turismo vai ter lugar entre os dias 15 e 19 de Março de 2017. A decisão da data foi tomada pela organização do certame, após consulta aos seus parceiros e players do trade nacional e internacional. O local é sempre o mesmo – FIL, Parque das Nações em Lisboa. “Consensualmente, esta escolha tem em conta a estratégia definida e a sua calendarização ser mais favorável à promoção nacional e internacional, justificando-se esta escolha ser a mais propícia para a promoção nacional e internacional dos vários destinos turísticos que pretendem, com a sua presença no salão, promover sinergias para concretização de negócio”, refere comunicado da entidade organizadora do certame.
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ANT tem novos corpos sociais Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, é o novo presidente da Associação Nacional de Turismo (ANT). Esta associação, sem fins lucrativos, presidida anteriormente por Pedro Machado do Turismo do Centro, foi criada em Novembro de 2013, tendo como fundadores as Entidades Regionais de Turismo do Algarve, Alentejo, Centro de Portugal, Porto e Norte de Portugal e a Direcção Regional de Turismo da Madeira, tendo ao longo dos dois anos de existência incorporado novos membros. Além de Desidério Silva, a nova direcção tem como vice-presidentes Melchior Moreira – Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte, e Francisco Coelho – Associação de Turismo dos Açores, e como vogais Carlos Moura – AHRESP e Ceia da Silva – Entidade Regional de Turismo do Alentejo. O suplente da direcção é Cândido Mendes – Federação Portuguesa de Turismo Rural. A Assembleia Geral é presidida por Eduardo Jesus – Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura da Madeira, e tem como secretários Vítor Neto – NERA – Associação Empresarial da Região do Algarve e Jorge Humberto Silva – Entidade Regional de Turismo de Lisboa. Preside o Conselho Fiscal Pedro Machado – Entidade Regional de Turismo do Centro, sendo vogais Nuno Camilo – ACP (Associação de Comerciantes do Porto) e Jorge Sampaio – Associação Portuguesa Rota dos Vinhos. <
Springwater compra maioria do capital da Pullmantur A Springwater Capital acaba de adquirir 51% da companhia de cruzeiros Pullmantur e percentagem idêntica da Croisières de France à Royal Caribbean. A operação inclui a constituição de uma joint venture entre o fundo de investimento suíço e a Royal Caribbean. De acordo com um comunicado conjunto emitido pelas empresas envolvidas na operação, a Royal Caribbean manterá 49% do capital da joint venture agora constituída, ficando igualmente com a propriedade dos navios e aviões das companhias adquiridas. A operação, de que não se conhece o montante, ficará concluída no final de 2016. A nova joint venture entre a Royal Caribbean e a Springwater, amplia a relação já existente entre as suas marcas ao nível dos negócios de aviação, operação turística e agências de viagens. Recorde-se que a Springwater tinha já adquirido à Royal Caribbean negócios naquelas áreas, que resultaram na formação do grupo Wamos. <
Everjets suspende ligações regulares à Madeira e aposta no charter A companhia aérea Everjets decidiu suspender os voos regulares entre o Continente e a Madeira, que iniciou em finais de Outubro do ano passado e aposta em voos charters, não só para o Funchal e Porto Santo, como para outros destinos. A Everjets explica em comunicado que “está a reorganizar a sua operação na Madeira e vai apostar, já a partir de Junho, nas operações charter para o Funchal e Porto Santo. José Pereira, director
executivo da Everjets, citado no comunicado, afirma que “esta é uma aposta nas necessidades dos madeirenses, na sua economia e na dinamização do turismo”. O director executivo da Everjets adianta que “o redireccionamento dos voos é uma estratégia para a Everjets, já que os nossos planos nunca foram ficar apenas pela Madeira, não faria sentido. Já fazemos actualmente voos charter, e vamos continuar a diversificar esta oferta”. <
VRSA vai ter hotel para atletas de alta competição A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António acaba de lançar concurso público de construção, exploração e gestão de uma unidade hoteleira de gama superior junto do Complexo Desportivo da cidade, com vista a dar resposta aos milhares de estágios de alta competição que aquele espaço desportivo acolhe anualmente. A Câmara já tinha apresentado projectos para a construção de seis hotéis referindo que serão investidos “cinco milhões de euros” na construção do hotel no Complexo Desportivo e que as obras começarão em Setembro. A unidade terá a tipologia mínima de quatro estrelas e cerca de uma centena de quartos e será construída junto aos campos de ténis do Complexo Desportivo e localizada a poucos metros da Mata Nacional das Dunas Litorais e do centro histórico da cidade. <
Europcar abre primeira estação nos Açores A Europcar acaba de chegar aos Açores, onde abriu a sua primeira estação na ilha de São Miguel, concretamente junto à estação de serviço da segunda circular no sentido LagoaPonta Delgada. A primeira estação da Europcar em São Miguel vai disponibilizar um total de 300 viaturas na altura de pico de actividade e criar sete postos de trabalho. Aberta de segunda a sexta-feira, das 07h00 às 24h00, a nova estação vai oferecer um leque de
soluções de mobilidade, nas quais se incluem serviços pensados para as necessidades empresariais, e produtos relevantes para o consumidor e os operadores de turismo. Com a nova estação da ilha de São Miguel a rent-a-car passa a contar com uma rede de 86 estações em Portugal continental e ilhas. Nas restantes ilhas dos Açores, os clientes continuarão a ser servidwos pela empresa de rent-a-car com a qual a Europcar mantém parceria. <
Travel BI do Turismo de Portugal já está online O Turismo de Portugal já tem disponível online o Travel BI, plataforma de gestão de conhecimentos que se dirige a empresas e a outros agentes públicos e privados, traduzindo a aposta do organismo no desenvolvimento de um sistema de business intelligence. O sistema incorpora a informação produzida pelos diversos sistemas de informação do organismo, e por outras fontes nacionais e internacionais. Melhoram-se assim os mecanismos de avaliação das políticas de turismo e disponibiliza-se mais e melhor conhecimento às empresas. O Travel BI integrará informação actualizada sobre os 22 mercados emissores mais importantes para Portugal, apresentando conteúdos desenvolvidos em estreita articulação com as equipas do Turismo de Portugal presentes nesses mercados. A plataforma, disponível em http://travelbi. turismodeportugal.pt agregará ainda informação estatística, estudos e análises sobre o desempenho do sector. <
Hotel “A Brasileira” no Porto abre em 2017 O emblemático e histórico café “A Brasileira” na Invicta, vai ser hotel com o mesmo nome lá para o final do próximo ano, após transformação do edifício. Propriedade do empresário António Oliveira, a unidade, que ostentará 5 estrelas, beneficia de uma parceria de apoio à gestão celebrada entre aquele empresário e o Grupo Pestana, pelo que a unidade irá integrar os canais de distribuição do maior grupo hoteleiro nacional. As obras de recuperação e
transformação do edifício deverão arrancar no início deste Verão. Localizado na Rua Sá da Bandeira, o hotel terá 90 quartos, incluindo quatro suites, wine bar, health club, ginásio e um pátio interior com um jardim vertical. O restaurante vai manter-se fiel ao desenho original do arquitecto Januário Godinho, e a cafetaria vai reabrir. Sabe-se também que serão preservadas as características da fachada e a imagem das salas do résdo-chão com a sua traça original . < TURISVER | MAIO DE 2016
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>em foco X Conferência Anual do Turismo
TEXTO: FERNANDA RAMOS
Pessoas são o elo mais forte do turismo
Dez anos depois da primeira Conferência Anual do Turismo, organizada pela Ordem dos Economistas da Madeira, o evento consolidou-se na agenda dos debates turísticos anuais. Este ano a organização dedicou a X Conferência às “Pessoas”: às que fazem o turismo, que recebem o turista, que pensam o turismo e que compram turismo. De todas elas e sua importância se falou no evento.
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erca de 900 pessoas assistiram, a 6 de Maio, à X Conferência Anual do Turismo, organizada pela Ordem dos Economistas da Madeira, este ano subordinada ao tema “Pessoas”, porque por mais que se viva na era da conectividade e da economia de partilha, o turismo continua, como deixaram claro vários oradores, a ser uma actividade de pessoas. Por isso, apesar de muito se ter falado de tecnologia e do que ela pode beneficiar as empresas de turismo, as Pessoas (enquanto prestadores de serviços, clientes, empresários e empregados) foram a “pedra de toque” do evento. Por elas começou a conferência, com o presidente do Turismo de Portugal,
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Luís Araújo, a sublinhar que “falar de turismo e não falar de pessoas é algo impensável”. Fazendo um diagnóstico do sector, disse que o contributo do turismo para a economia nacional “é inequívoco” e que os resultados que Portugal está a ter “não são fruto da conjuntura”, antes se devem às pessoas porque “há muitos profissionais a fazer muito e a fazer bem”. Porque “não há turismo sem pessoas”, afirmou, “a nossa capacidade de bem receber, a interacção que conseguimos estabelecer entre as diversas vertentes da oferta e da procura determinam o sucesso da actividade”. “A excelência dos recursos humanos é um factor de competitividade decisivo para o turismo em Portugal”, pelo que o Turismo de Portugal está apos-
tado em mais e melhor formação, no empreendedorismo e numa relação mais forte com o mobile, mas também no “reconhecimento”, “valorização” e “promoção das pessoas” que fazem o turismo. Luís Araújo afirmou mesmo que o reconhecimento em termos de recursos humanos tem também que passar pela “valorização dos salários”. Para André Barreto, presidente do Secretariado Regional da Ordem dos Economistas da Madeira, “vivemos tempos perigosos” porque os números do turismo “são potencialmente inebriantes”. Mas isso não deve fazer com que se perca o foco ou não se atente nos novos desafios e, acima de tudo, na concorrência. “Hoje, o que nos distancia da Mongólia é um simples clique de rato do computador, é uma
Miguel Albuquerque
“Estamos a trabalhar bem” mas “temos que ter cautelas e os pés bem assentes na terra” (…) “temos que consolidar e melhorar o nosso destino” Luís Araújo
“A excelência dos recursos humanos é um factor de competitividade decisivo para o turismo em Portugal” imagem que nos aparece no ecrã, uma mensagem que nos é enviada para o nosso email, é um pop up que nos surge quando estamos no computador”, mas a ciência, em turismo, “reside na capacidade de superar as expectativas de cada um dos nossos clientes”, o que “exige dedicação e conhecimento”. Sobre o produto turístico, disse, “a mentira tem perna curta”, que há que “estar atento às megatendências” porque “conhecimento é poder” e, mais do que nunca, “ter a capacidade de dialogar com os turistas o ano inteiro”. Para um conhecimento mais profundo das preferências dos clientes, defendeu uma maior e melhor utilização das novas tecnologias que considerou também fundamentais na relação dos hóspedes com os serviços da hotelaria. Referindo-se ao tema da conferência, afirmou que “as empresas são as pessoas que lá trabalham”, defendendo por isso que “os recursos humanos devem ser retirados da rubrica das despesas e entrar na do investimento”. Defendeu ainda a revisão da legislação
laboral que deve “premiar o mérito” porque “não somos todos iguaizinhos”.
MADEIRA ESTÁ A “TRABALHAR BEM” Mais de 1,2 milhões de turistas, mais de 6,6 milhões dormidas, RevPar a aumentar 12% na Madeira e 13% no Porto Santo, proveitos totais a rondarem os 321 milhões de euros, e 550 mil turistas de cruzeiros. Tudo somado, 2015 foi ano de recordes para a Madeira. Os números foram sublinhados pelo presidente do Governo Regional que sublinhou que na Madeira, independentemente da conjuntura internacional, “estamos a trabalhar bem” e que a estratégia que tem sido seguida em termos de promoção tem sido “bem direccionada”. Miguel Albuquerque deixou um alerta; “temos que ter cautelas e os pés bem assentes na terra”, até porque, mesmo face a estes números e às perspectivas de que venham a manter-se ou até a subir em 2016, “não vamos aumentar
André Barreto
“Os recursos humanos devem ser retirados da rubrica das despesas e entrar na do investimento” Adolfo Mesquita Nunes
“Não se pode «turistificar» demasiado os destinos”. O novo turista “quer exclusividade, e a pior coisa que pode dizer-se de um local é que «estava cheio de turistas»” Eduardo Jesus
“Aquilo que nos motiva, é uma política concertada que valorize, primeiro, as condições para quem cá vive e depois para quem nos visita
o número de quartos de forma desmesurada”. Acima de tudo, disse, “temos que consolidar e melhorar o nosso destino”, melhorando e requalificando infra-estruturas, desenhando novos produtos, alargando o calendário de alguns eventos, colocando o foco na cultura, naquilo que é genuíno e torna o destino diferente. Referindo-se directamente à cultura, citou a Casa das Mudas que “é um sucesso e uma grande atractividade turística devido à sua colecção” e enumerou algumas das acções que o Governo Regional está ou vai levar a cabo neste âmbito (ver caixa). A terminar salientou que “as perspectivas são boas” e que a Madeira “tem boas razões para estar optimista”, até porque tem algo que “é muito importante”: o facto de “a vivência do turista se confundir com a vivência da população”, algo a que chamou “humanização” do destino.
O “PERIGO” DA TURISTIFICAÇÃO DOS DESTINOS O que o aumento exponencial do número de turistas pode trazer a um destino é aquilo a que o ex-secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, chamou “turistificação”. Para que a ela não se chegue o que há a fazer é gerir bem o espaço público, um desfio nada fácil de levar a bom termo, mas que há que tentar vencer porque os turistas, principalmente os “novos” turistas não gostam de destinos demasiado cheios de turistas. “Não se pode «turistificar» demasiado os destinos”, afirmou Mesquita Nunes, sublinhando que, se é verdade que a nova geração, aquela que está sempre “ligada” e para a qual “o wi-fi é tão ou mais importante que a água quente nos hotéis” não vai a lado nenhum que não seja recomendado pelos amigos, não é menos verdade que, paradoxalmente “quer exclusividade, e a pior coisa que pode dizer-se de um local é que «estava cheio de turistas”. A sharing economy está aí, é uma realidade com que as empresas do turismo não podem lutar, por isso devem tirar partido dela para captar clientes e conseguir novas oportunidades de negócio, utilizando uma ferramenta tão importante como a “big data” para obter toda a informação possível sobre cada cliente e através dela satisfazer
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>em foco
e ultrapassar as suas expectativas. E o que satisfaz um cliente não é necessariamente o que satisfaz outro: “Em breve, o minibar do meu quarto estará fornecido com os produtos da minha preferência, que são diferentes dos produtos no minibar do quarto ao lado”, exemplificou. Na sua óptica, outras alterações estão à vista: o clássico recepcionista de hotel dará lugar ao anfitrião, o check-in será automático e feito online, as malas serão carregadas por um drone, ao mesmo tempo que se irá generalizar o uso da «ponta dos dedos» para com um simples clique escolher uma bebida no bar, uma refeição no room-service ou pedir os serviços da lavandaria. No entanto alertou Mesquita Nunes, “nada se faz sem as pessoas, sem os “locais””, sendo necessário garantir que o destino não se artificializa e continua a poder “proporcionar experiências aos turistas, sem pôr em causa a vivência dos moradores”, que conta com as suas gentes e que estas “vivem como querem e lhes apetece”.
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APROXIMAR O CLIENTE PELA TECNOLOGIA “A tecnologia como factor de aproximação do cliente” foi o mote da intervenção de Leonor de L’Hermité, da Google Portugal que classificou o turista da actualidade, como pessoas que vivem para o digital, uma realidade que será mais notória em 2020, ano em que “haverá 25 biliões de dispositivos ligados ao digital”. “Os consumidores estão cada vez mais ligados e procuram uma cada vez maior utilidade digital”, referiu, sublinhando que o search assume uma importância significativa por se tratar da “forma mais declarada de intenção” para procurar destinos de férias. “Quando alguém escreve ‘férias na Madeira’, está mesmo à procura de informação sobre férias na Madeira. Há ali uma curiosidade e um princípio de intenção”, afirmou. Sobre a Madeira disse que a região 16
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“tem aproveitado” as oportunidades que o digital recebe e explicou que o elevado número de turistas britânicos que a região oferece tem a ver com o facto de saber aproveitar bem o “Holidays Blues”, ou seja, o primeiro dia de trabalho após a passagem do ano que corresponde ao grande pico de reservas de férias por parte dos turistas britânicos. Nesse dia, disse, “a página do Youtube é bombardeada com imagens e anúncios da Madeira, que convidam o público a visitar a região. Já Pablo Caspers, da eDreams, pôs a tónica nas diferenças entre as pessoas, avisando que é um erro tratar todos da mesma forma. “Temos de tratar cada cliente de maneira diferente e os hotéis e agentes de viagens devem oferecer coisas diferentes. Mas isso nem sempre acontece com os anúncios online e o digital”, afirmou. “Se os clientes são diferentes entre si, não lhes podemos oferecer a mesma coisa”, avisou. “O que faz um cliente voltar é a personalização do serviço”,
afirmou, pelo que a personalização e a segmentação são “extremamente importantes”.
UMA ACTIVIDADE HUMANIZADA Numa conferência em que ficou claro que apesar da tecnologia ter cada vez mais peso e importância, o turismo é uma actividade em que as pessoas são o “elo mais forte” para o sucesso de um destino, Eduardo Jesus, secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, não fugiria ao tema e ressaltaria que o turismo “é, provavelmente, a indústria mais humanizada que existe. As pessoas são a procura, são também a oferta e são o próprio negócio”. Para o governante, “o turismo tem esta particularidade: é feito por pessoas, para pessoas, através de pessoas”.
Projectos em curso na Madeira Miguel Albuquerque na abertura e Eduardo Jesus no encerramento, elencaram alguns dos projectos que estão a ser desenvolvidos, no sentido de reforçar a atractividade da Madeira enquanto destino turístico.
• Recuperação do Museu Vicentes – Tem um dos espólios mais importantes de fotografia da Europa
• Recuperação da Quinta do Imperador do Monte – instalação, no local, de um Museu do Romantismo
• Aproveitar a estrutura existente no Porto do Funchal para abrir o Museu dos Carros Clássicos
• Melhoria e requalificação de infra-estruturas como as Levadas e os jardins
• Recuperação dos “Caminhos Reais” na Calheta – percursos, muitos deles intactos, que se estendem por 91 km
• Prolongamento da Festa da Flor para três semanas já em 2017 • Descentralização da Festa da Flor para vários municípios, à imagem do que começou a acontecer este ano
• Aposta na Festa do Vinho
Do lado do produto, disse, as infra-estruturas confrontam-se com a forma com que se recebe “e o que ganha nessa comparação é o acolhimento, a simpatia, a competência”. Do mesmo modo, “muito mais do que a tecnologia que suporta o destino, é a forma como se transmite, como se organiza a oferta e como se gere a expectativa daqueles que nos procuram e que procuram também as pessoas”. Do lado da procura o peso das motivações pessoais é inquestionável, por isso, os valores que devem nortear a promoção devem ser o “respeito pela autenticidade da oferta, a honestidade do local e do destino e a transparência”. Não esquecendo que “o turismo tem a ganhar com a introdução da tecnologia”, o secretário Regional disse no entanto que nas pessoas, na “humanização do destino”, assenta uma importante “vantagem competitiva”. Sobre o bom momento turístico que a Madeira vive disse que “não significa uma meta, não significa motivo para festejos descontrolados”, antes “significa uma grande oportunidade” para “fazermos aquilo que necessariamente temos que fazer” porque manter um destino é “uma caminhada interminável”. Uma caminhada que passa “mais pela requalificação e valorização do que propriamente pelo crescimento do número de camas”. O governante disse também que na Madeira, o turismo é “um compromisso transversal à própria sociedade”, contando com o envolvimento dos municípios e das gentes locais. Mais do que isso, afirmou, “aquilo que nos motiva, é uma política concertada que valorize, primeiro, as condições para quem cá vive e depois para quem nos visita. Seria completamente errado construirmos uma oferta turística que não atendesse às condições de quem vive cá” porque, afirmou “não há nenhum destino turístico que seja sustentável se não se basear nesta sequência”. <
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>actualidade
Corpos sociais ADHP DIRECÇÃO Presidente • Raúl dos Santos Ribeiro Ferreira Vice-Presidente • Fernando Miguel Farropas Garrido ASSEMBLEIA GERAL Presidente • José Portugal Catalão CONSELHO FISCAL Presidente • Fernando Mateus Dias Carvalho
TEXTO: FERNANDA RAMOS
Na cerimónia de tomada de posse dos novos corpos sociais da ADHP para o triénio 2016-2019, Raul Ribeiro Ferreira, voltou a lembrar a revogação do decreto que extinguiu a figura de director de hotel e manifestou esperança em que, em conjunto com a tutela, esta situação seja revertida. E esta será, prometeu, uma das bandeiras do novo mandato que agora inicia à frente desta Associação.
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ADHP
Novos corpos sociais tomaram posse
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á três anos, quando tomámos posse, tínhamos como mote «Respeitar o passado, construir o futuro». Três anos depois, pensamos que foi isso que fizemos, respeitando o passado da Associação e ajudando a construir um novo futuro”. Foi assim que o presidente da ADHP iniciou a sua intervenção no acto de tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação, lembrando também que a juventude está presente numa Direcção em que “todos somos licenciados”, uma condição que apenas frisou por estar na base daquilo que se pretende que seja “o director de hotel do futuro”. Para os próximos três anos, fez notar, novos desafios se abrem, com a Direcção a sentir-se “preparada” para os enfrentar”. Os bons anos que o turismo vive em Portugal foram sublinhados por Raul Ribeiro Ferreira que fez, no entanto notar a preocupação com o RevPar que apesar de ter vindo a subir nos últimos tempos “continua ainda muito baixo”, o que preocupa os directores de hotéis enquanto gestores. Para o presidente da ADHP os bons indicadores são fruto de um trabalho conjunto, mas os directores de hotéis querem “uma quota parte desse mérito” porque “sem funcionários e sem líderes das equipas não é possível ter resultados desta importância”. Esta “quota parte” de responsabilidade nos bons resultados do turismo vai servir para que a nova Direcção da ADHP, ao longo deste mandato de três anos, “explique aos empresários que há profissionais devidamente
habilitados e que podem optar por eles e não por pessoas que, aparentemente, são mais baratas mas que custam diariamente à unidade muito dinheiro”. “Um director de hotel é hoje uma pessoa muito mais atenta às crises económicas, às mudanças culturais, aos novos canais de distribuição e venda, às mudanças nos meios de transporte, aos novos mercados emergentes, às novas modalidades de educação, às novas tipologias de alojamento, aos nichos de mercado, à forma de valorizar o produto que tem”, disse Ribeiro Ferreira, afirmando que “este é o director de hotel em que a ADHP acredita e quer ajudar a construir”. Para isso a Associação criou, nos últimos três anos, uma certificação, concedida não só aos responsáveis pela gestão das unidades hoteleiras no activo como a alunos que terminam a sua formação superior em gestão hoteleira, tendo também apostado na formação, em conjugação de esforços com várias instituições que ministram cursos na área da hotelaria, e na atribuição dos Prémios Excelência. Lembrando que as primeiras certificações foram entregues durante o congresso do ano passado, o presidente da ADHP especificou que, a formação que a Associação ministra baseia-se em três pilares fundamentais, “saber ser, saber estar e saber fazer”. Os cursos, sublinhou, são dados por directores de hotéis no activo e “só nos últimos anos formámos mais de 900 pessoas”. Este ano, há já um segundo curso na zona de Lisboa e “temos intenção de abrir na
Madeira, no Norte e no Algarve, até ao fim do ano”.
UM HOTEL TEM QUE TER UM DIRECTOR Estas medidas a nível formativo e de certificação tiveram como objectivo suprir de alguma forma a situação criada com a desregulamentação da profissão de director de hotel que a revogação do decreto n.º 271/82 implicou, tendo assim “acabado com o exercício da profissão”, sendo que hoje em dia, explicou Ribeiro Ferreira, “designa-se por director de hotel os operacionais que estão à frente dos hotéis”. Para o presidente da ADHP este “é um erro que consideramos grave” e que a Associação dos Directores de Hotéis continua a querer ver revertido. “Enquanto eu cá estiver, e enquanto não o conseguir, irei continuar a falar nisso”, afirmou a propósito. Porque em hotelaria os recursos humanos são fundamentais, a ADHP apresentou já uma proposta à secretária de Estado do Turismo “que está em discussão com as associações do sector” para que os recursos humanos possam vir a integrar os requisitos da classificação hoteleira, adiantou Raul Ribeiro Ferreira. No entanto, para o presidente da ADHP isto não chega, o papel do director de hotel continua a ser essencial. Tanto assim que afirmou: “se não conseguirmos convencer a secretária de Estado e os outros parceiros que um hotel tem que ter um director, então teremos que admitir que falhámos”, algo em que Raul Ribeiro Ferreira não quer acreditar. <
> dossier transportes
Investimentos 2016 Total: 74 M€
TEXTO: FERNANDA RAMOS
O turismo está em alta em Portugal com os indicadores turísticos a crescerem acima da média, mundial e europeia. Porque o turismo depende das acessibilidades, particularmente das aéreas, os aeroportos estão na ordem do dia e no nosso país têm sido muitos – e vão continuar a ser – os investimentos feitos nesta área, para que o crescimento turístico não sofra constrangimentos.
Após ano recorde de passageiros
ANA investe na requalificação dos aeroportos
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m 2015 o turismo mundial voltou a bater recordes e de acordo com as estimativas da Organização Mundial do Turismo, nos próximos anos a chegada de turistas internacionais a todo o mundo irá continuar a crescer a um ritmo sustentado, com a Europa a manter-se como preponderante nos números finais. Dentro do continente europeu, Portugal tem sido dos países onde a chegada de turistas estrangeiros mais tem subido e ao que tudo indica assim continuará a ser este ano. É facto assente que as acessibilidades desempenham um papel fundamental nos movimentos turísticos, como se costuma dizer sem acessos não há turismo. A localização geográfica do nosso país, aqui bem no cantinho mais ocidental da Europa leva a que mais de 80% dos turistas que anualmente demanda o destino cheguem até nós por via aérea, pelo que aviação e aeroportos se tornam peças fundamentais no xadrez das acessibilidades. É impossível falar
de turismo sem falar de aviação e aeroportos. Tanto assim que, depois de alguns anos em que a ideia pareceu ter sido abandonada – e já o foi por várias vezes ao longo das últimas décadas – o tema do “novo aeroporto” para Lisboa está uma vez mais em cima da mesa, justificado pelo muito que tem crescido o número de turistas estrangeiros que Lisboa recebe e pela vontade, expressa há dias pelo presidente da Câmara e do Turismo de Lisboa, de continuar a crescer em número de turistas e de que esse crescimento não esbarre em constrangimentos como a falta de capacidade aeroportuária. Mas mesmo sem que Lisboa tenha tido um novo aeroporto – e recorde-se que o ano de 2016 chegou a ser apontado como aquele em que a capital iria ter a funcionar um novo aeroporto, nos tempos em que se faziam os projectos para a Ota –, os constrangimentos não se fizeram sentir por enquanto, dado que ao longo dos últimos anos a Portela – neste momento a funcionar já com
Lisboa • T1 – 30,9M€ • T2 – 2,6M€ Faro • Previsto 2016: 24,7M€ • Orçamentado: 35M€ • Conclusão das obras: Maio de 2017 Açores: 5,9M€ Madeira: 4,0M€ Porto: 3,9M€
• Não aviação (parques
automóveis, lojas, wi-fi, etc): 2,3M€
o nome de Aeroporto Humberto Delgado – tem sido alvo de avultados investimentos em obras de ampliação e modernização, com vista a torná-lo mais capaz de receber um número cada vez maior de passageiros. Mas o Aeroporto de Lisboa não é o único a ser alvo de obras de beneficiação, já que os Aeroportos do Porto, Faro, Ponta Delgada e Funchal integram o conjunto de investimentos já anunciados para este ano pela empresa que gere os Aeroportos de Portugal.
RECORDE DE PASSAGEIROS O ano de 2015 foi de recorde no número de turistas em Portugal e foi também de recorde no número de passageiros para os aeroportos portugueses. Ao todo, passaram pelos aeroportos portugueses 38,9 milhões de passageiros, num aumento de 11% em termos homólogos. Mais de metade passou pelo aeroporto de Lisboa que ultrapassou a barreira dos 20 milhões de passageiros,
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>dossier transportes
num aumento de 10,7% face ao ano anterior. Quanto a este ano, no primeiro trimestre os aeroportos nacionais terão somado cerca de 7,8 milhões de passageiros, num aumento cifrado em mais de 13% face ao mesmo período de 2015, acima da média europeia que, de acordo com dados divulgados pela ACI Europe (Airport Council International), se situou nos 8,2%. Uma vez mais, pelo aeroporto de Lisboa terão passado mais de metade dos passageiros processados nos aeroportos portugueses, mais de 4,27 milhões, segundo relatório da já referida entidade internacional, num aumento homólogo de 7,4%. Dados oficiais já deram conta que em 2015, ano da liberalização das ligações aéreas para os Açores, a maior subida percentual tinha sido registada nos aeroportos do arquipélago, onde o crescimento foi de 25,7%, chegando a 1,6 milhões de passageiros. No primeiro trimestre deste ano, dados a que a Turisver teve acesso tornam claro que a situação está a repetir-se, já que pelos aeroportos açorianos terão passado, entre Janeiro e Março, mais de 340 mil passageiros, num aumento acima dos 45% face ao mesmo período do ano passado, o qual se traduz em quase 11,5 mil passageiros a mais. Segundo a ACI Europe, todos os aeroportos portugueses registaram crescimentos no primeiro trimestre deste ano. O Porto, que o ano passado atingiu 8,1 milhões de passageiros, um crescimento de 16,7% face a 2014, foi um dos cinco aeroportos europeus da sua categoria (Grupo 3, entre os cinco e os 10 milhões de passageiros / ano) que mais cresceu entre Janeiro e Março deste ano: + 17,4% em termos homólogos, para
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um total de quase 1,78 milhões. Faro, que cresceu 4,4%, para os 6,4 milhões de passageiros em 2015, liderou mesmo o crescimento europeu entre os aeroportos da sua categoria no passado mês de Março e foi outro dos cinco melhores no trimestre, com um aumento homólogo de 28,5% para mais de 789 mil passageiros. Já a Madeira que o ano passado atingiu os 2,7 milhões de passageiros, mais 6,3% do que no ano anterior, subiu 12,5% no primeiro trimestre deste ano, ficando muito perto dos 621 mil passageiros. Transversal a todos os aeroportos é o facto de o aumento abranger todos os tipos de voos, ou seja, os tradicionais, os low cost (relativamente aos Açores não há dados comparativos relativos ao primeiro trimestre) e os charters. O que vai mudando é a liderança em termos de companhias e mercados, com a TAP a perder terreno para as companhias low cost em todos os aeroportos nacionais, continuando no entanto a liderar o tráfego nos aeroportos de Lisboa e do Funchal. Quanto aos mercados de origem dos passageiros todos apresentam subidas à excepção do Brasil, algo que não surpreende se atentarmos nos últimos dados divulgados pelo INE em que este mercado aparece em perda homóloga de mais de 8% face ao primeiro trimestre do ano passado. Uma coisa é certa: se tivermos em conta que dos 8,4 milhões de dormidas na hotelaria registadas no primeiro trimestre deste ano cerca de 5,8 milhões se deveram a estrangeiros e que estas registaram um aumento homólogo de 13,5%, a importância de termos boas ligações aéreas ao nosso país e infra-estruturas aeroportuárias de qualidade e
com capacidade, torna-se inegável. E tendo em conta que, por via de regras de segurança, os passageiros acabam por passar cada vez mais tempo nos aeroportos, torna-se também inegável a necessidade de os aeroportos serem, em simultâneo, locais onde se possa passar um tempo agradável e de qualidade.
INVESTIMENTOS EM CURSO Nenhum destes objectivos tem sido estranho à estratégia de desenvolvimento que tem sido seguida nos aeroportos portugueses, com destaque
para Lisboa. Por aqui, quem viaja sabe bem que numa semana tudo muda, os passageiros percorrem outros caminhos, os balcões de check-in e drop off estão cada vez mais alargados, os estacionamentos de aeronaves também, há mais zonas de lazer, novas lojas, novos espaços de restauração. Em inícios deste ano a ANA Aeroportos de Portugal anunciou que no corrente ano vai ser realizado um investimento de 74,3 milhões de euros que abrangerá os aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Funchal e Açores com remodelações e reformulações.
Novas rotas O que conta, em matéria de acessibilidades são também as novas rotas. Em 2015, easyJet e Ryanair chegaram a Ponta Delgada, por via da liberalização, e em breve poderão chegar também à Terceira. Para a Madeira, além de voos sazonais, companhias como a easyJet, Air Berlin, Thomson Airways, British e Germania abriram novas rotas. Também o ano passado, Aigle Azur, SAS, germanwings, Vueling, Flybe, Air Nostrum, Monarch e Ryanair abriram novas rotas para Faro. Já o Porto passou também a ser servido por novas rotas da Ryanair, easyJet, Swiss, Turkish Airlines e Czech Airlines, sendo que já este ano também a Aigle Azur abriu um novo destino para este aeroporto (Lyon), estando a assistir-se ao aproveitamento, por parte de várias companhias, das rotas europeias que a TAP deixou de operar à partida do Aeroporto do Porto. Quanto a Lisboa, novas rotas foram abertas pelas companhias Wizz Air (low cost polaca), easyJet, SATA e Ryanair. Tudo somado, a maior parte das rotas abertas é à partida do Reino Unido e da Alemanha, mas o ano passado como este ano há reforços para França, Polónia, República Checa e Turquia. O que também se nota, ao nível das novas rotas de carácter anual, é a preponderância das low cost. Para este ano, estão confirmadas 25 novas rotas para o conjunto dos aeroportos da ANA, com a gestora aeroportuária a garantir que estão a ser estudadas cerca de 100 novas oportunidades de rotas para todos os aeroportos da rede. <
Passageiros 1º trimestre 2016 Total: 7,8 milhões (+13,3
%)
• Lisboa: 4,3 milhões (+7,4% • Porto: 1,8 milhões (+17,4%)*) • Faro: 789 mil (+28,5%)** • Madeira: 621 mil (+12,5%) • Açores: 342 mil (+48,4%) * 5º lugar do ranking da ACI para os aeroportos do Gru Europe cresceram em passageiros po3 que mais ** 2º lugar do ranking da para os aeroportos do GruACI Europe cresceram em passageiros po3 que mais
No aeroporto de Lisboa, onde as obras não têm parado, o investimento previsto para este ano rondará os 33,5 milhões de euros. Deste montante, e devido ao aumento da procura por parte das companhias low cost, 2,6 milhões de euros foram encaminhados para a requalificação do Terminal 2, onde está a ser reformulada e aumentada a capacidade do controlo de segurança dos passageiros no Piso -1, a par do aumento da área de embarque e do alargamento da capacidade das áreas de pré-embarque. Segundo foi anunciado, as obras no T2 deverão terminar este Verão. Já no que se refere ao Terminal 1, e com o prazo de conclusão a estar previsto para finais deste mês de Maio, o investimento de 30,9 milhões de euros incluía a reformulação das áreas de controlo de fronteiras, o aumento da capacidade de check-in e despacho de bagagens, ampliação da capacidade do controlo de segurança e relocalização da área de “Food Court” com um fluxo único de passageiros, o alargamento da área de “Duty Free” (conceito de “walk through” no fluxo de chegadas Schengen) e ainda a criação de novas áreas de “lounge”. De acordo com o plano apresentado, o aeroporto de Faro vai receber o segundo maior investimento da ANA. Para este ano está previsto o investimento de 24,7 milhões de euros, de um total de 35 milhões de euros orçamentados para a requalificação desta infra-estrutura aeroportuária onde se irá assistir à remodelação quase total do terminal de passageiros. Aumento e melhoria da oferta comercial, melhoria do ambiente comercial e adequação da oferta ao perfil de passageiro e à sazonalidade da operação, compatibilização do layout com os objectivos
operacionais e a procura de soluções eficientes em termos de investimento, exploração e manutenção, serão algumas das áreas abrangidas pelo investimento. Quando as obras estiverem concluídas, em Maio de 2017, o Aeroporto de Faro será um novo aeroporto. Seguem-se, em montante de investimentos, os Aeroportos dos Açores, com 5,9 milhões de euros e o Funchal que receberá melhorias no valor de quatro milhões de euros abrangendo o aumento e melhoria da oferta e do ambiente comercial, o incremento da eficiência operacional e a satisfação dos requisitos dos clientes e stakeholders. As obras estão em curso e deverão terminar no final deste mês. No que toca ao Aeroporto do Porto, também até ao final deste mês, decorre um investimento orçado em 3,9 milhões de euros, tendo em vista o aumento e melhoria da oferta e ambiente comercial, bem como a melhoria da oferta de restauração e do espaço e conforto em esplanadas. Grande parte destas remodelações está já em curso, muitas delas a finalizar, mas a Turisver sabe que os investimentos não vão ficar por aqui, em breve serão anunciadas novas obras, nomeadamente em Lisboa, mas não só. Quanto a Lisboa, refira-se que no passado dia 15 de Maio, data em que o Aeroporto adoptou o nome de Humberto Delgado, o presidente da Vinci Airports, Nicolas Notebaert, mostrou-se disponível para continuar a garantir a boa acessibilidade aérea à capital portuguesa, afirmando, concretamente, que estamos preparados para definir com o Governo qual será a melhor oferta adicional de capacidade para a região de Lisboa”, no sentido de garantir que o crescimento turístico não vai esbarrar em constrangimentos. < TURISVER | MAIO DE 2016
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>dossier transportes
Rota sazonal
United liga Lisboa e Washington
TEXTO: FERNANDA RAMOS
A partir do próximo dia 26 e até 7 de Setembro, a United Airlines vai ter uma ligação diária directa entre as capitais portuguesa e norte-americana (aeroporto internacional de Dulles). Esta não é a única novidade da companhia que está a preparar-se para renovar a sua frota.
A
nova rota entre Lisboa e Washington, de carácter sazonal, vai ser operada entre 26 de Maio e 7 de Setembro, em avião Boeing 757-200 de 169 lugares. A oferta é composta por 16 assentos-cama em United Business First e 153 lugares em United Economy, incluindo 45 assentos em Economy Plus. O novo voo partirá diariamente de Lisboa às 10h50, chegando a Washington/Dulles às 14h10 do mesmo dia. O voo de regresso tem partida de Washington/ Dulles marcada para as 17h55, chegando a Lisboa às 06h20 do dia seguinte (horas locais). A duração dos voos será de 8 horas e 20 minutos para oeste e 7 horas 25 minutos para leste. De acordo com a United Airlines, os voos de Lisboa foram “convenientemente programados” para ligar Washington/Dulles a uma extensa rede de serviços para destinos em todas as Américas. A United opera voos de Washington/Dulles para mais de 300 destinos em toda a América do Norte, América Central e América do Sul e do Caribe, incluindo mais de 80 voos nonstop.
RENOVAÇÃO DA FROTA No final do passado mês de Março, a United Airlines anunciou a encomenda de mais 25 aviões Boeing 737 – 300 que, segundo a companhia, deverão começar a ser recebidos a partir do final do próximo ano. A nova frota vai permitir aumentar 22
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a oferta de lugares, já que se trata de aviões maiores, e desenvolver a eficiência. A próxima geração de aviões Boeing 737-700 proporciona melhor experiência de voo, com melhorias nas cabines, onde se incluem maiores compartimentos superiores para guardar bagagem de mão adicional. O Boeing Sky Interior do aparelho cria a sensação de um espaço maior, através de painéis laterais esculpidos e de luzes LED na cabine, que recriam a suavidade do céu azul e as cores do pôr-do-sol. A United vai retirar a frota Boeing 747 até final de 2018 e converter as encomendas dos aviões 787, com entrega previamente antecipada para 2020, em quatro aparelhos 777-300ER e cinco 787-9, com data prevista para início de 2017. Estas substituições traduzem-se no acele-
Rota Lisboa – Washington (sazonal)
• Data: 26 de Maio a 7 de Setembro
• Avião: Boeing 757-200 de 169 lugares
Horário • Partida de Lisboa: 10h50 • Chegada a Washington/ Dulles: 14h10 • Partida de Washington/ Dulles: 17h55 • Chegada a Lisboa: 06h20 do dia seguinte
ramento da reforma dos Boeing 747 e, ao mesmo tempo, na satisfação das necessidades de capacidade da United. Além disso a companhia encomendou também 35 Airbus A350-1000, 153 Boeing 737, 10 B777-300ER, 27 aviões B787 e 10 aviões Embraer E175, estes últimos a serem operados pela United Express. A transportadora aérea norte-americana está também a proceder à renovação dos assentos nas cabines de primeira classe. A renovação vai abranger mais de 200 aviões da companhia. O primeiro avião a receber as novas cadeiras foi um Airbis A319, ainda o ano passado, mas este ano será o forte da renovação. Com 21,1 polegadas de largura, a nova cadeira Premium é mais larga do que a actual e terá vários elementos de design personalizados e acabamentos incluindo a etiqueta com assinatura da marca United. Desenvolvida em colaboração com clientes convidados pela companhia para testarem protótipos da cadeira personalizada, foram criados vários elementos que visam a melhoria da experiência do passageiro em voo, incluindo capas de pele em tons marinho e champanhe, uma mesa em formato bandeja com suporte para tablet, um assento articulado para maior conforto quando inclinado e apoio de cabeça ajustável, bem como tomadas universais junto aos bancos, armazenamento adicional na cadeira, incluindo dois bolsos no encosto e de lado, para acomodar laptops e tablets. <
>dossier transportes Desde 5 de Maio
MARCIO JUMPEI
LATAM Airlines já substitui LAN e TAM TEXTO: FERNANDA RAMOS
As marcas LAN e TAM começaram no passado dia 5 de Maio, a ser substituídas pela marca LATAM. Naquele dia cruzaram os céus os três primeiros aviões com a marca LATAM Airlines inscrita. A nova identidade começou a estar visivel em vários aeroportos, apoiada por um novo site, www.latam.com.
F
oi em inícios de Agosto do ano passado que o Grupo LATAM Airlines unificou as suas marcas. TAM (do Brasil) e LAN (do Chile) passavam a estar integradas e a marca LATAM passava a reunir todas as companhias de passageiros e de carga que formavam o grupo, concretamente, LAN Airlines e suas filiais no Peru, na Argentina, na Colombia e no Equador; TAM Linhas Aéreas; TAM Transportes Aéreos Del Mercosur S.A. (TAM Airlines – Paraguai); e as linhas aéreas de carga do Grupo LATAM, compostas por LAN CARGO, LAN CARGO Colombia, ABSA (TAM Cargo) e Mas Air. Nessa altura tinha ficado assente que a nova imagem seria implementada ao longo de três anos mas que começaria a ser vista em 2016, uma promessa que se cumpriu no passado dia 5 de Maio, data em que foram realizados três voos sob a insignia LATAM Airlines, entrou em funcionamento o site www.latam. com e a nova identidade começou a ser vista em 13 aeroportos de diferentes pontos do mundo, nomeadamente, Bogotá, Brasília, Buenos Aires/Ezeiza, Guayaquil, Lima, Madrid, Miami, Nova Iorque/John F. Kennedy, Quito, Rio de Janeiro/Galeão, Santiago, São Paulo/ Congonhas e São Paulo/Guarulhos. Também nesta data iniciaram-se as vendas para o voo entre São Paulo e Joanesburgo, na África do Sul, a ser operado pela LATAM Airlines Brasil, com este a ser, assim, o único grupo de companhias aéreas latino-americano a ligar os dois continentes.
São Paulo / Guarulhos – Santiago (Chile), Santiago – Lima e São Paulo / Guarulhos – Brasília foram os três primeiros voos comerciais efectuados sob a marca LATAM Airlines. Uma data histórica para o grupo, que foi realçada pelo seu CEO Enrique Cueto: “Hoje, inicia-se um novo capítulo da história da aviação da América Latina e do mundo. A LATAM começa a oferecer aos seus clientes mais do que uma nova marca, mas também uma nova experiência de viagem. A marca LATAM nasce para simplificar e melhorar a viagem de todos os passageiros. As mudanças serão feitas de forma gradual, ao longo dos próximos anos, mas muitos dos benefícios serão imediatos”, afirmou o responsável.
NOVA MARCA ESTREIA NOVA ROTA O dia 5 de Maio marcou também o início da venda de passagens para a primeira nova rota internacional da LATAM Airlines Brasil, que ligará a América Latina a África. A rota entre São Paulo / Guarulhos e Joanesburgo, com três frequências por semana, vai arrancar a 2 de Outubro, em Boeing 767 com 191 lugares em Classe Económica e 30 em Premium Business. A operação do voo está sujeita à aprovação final da autoridade governamental sul-africana. “Depois do continente americano, da Europa e da Oceania, a África se tornará o quarto continente com operações aéreas do Grupo LATAM. Trabalhá-
mos intensamente nos últimos meses para obter todas as aprovações para operar este voo”, comenta Roberto Alvo, vice-presidente Senior Internacional e de Alianças do Grupo LATAM Airlines. Ao todo, o Grupo LATAM espera transportar mais de 50 mil passageiros por ano entre os dois lados do Atlântico. “Joanesburgo, que recebe viajantes de todo o mundo, é uma das principais
portas de entrada do continente africano, com conexão facilitada para outros destinos – como Cidade do Cabo, Durban e as ilhas paradisíacas de Maurício, Seychelles e Maldivas. Além de safáris, são destaques da região as reservas naturais do famoso Kruger National Park, as praias para surfistas e as impressionantes rotas de vinhos e outras propícias para excursões culturais e naturais”, avança a companhia. <
1º A350 XWB a cruzar o Atlântico A LATAM Airlines foi a primeira companhia aérea do continente americano e a quarta em todo o mundo a receber um Airbus A350 XWB. O primeiro aparelho deste tipo com as cores da LATAM estreouse a cruzar o Atlântico, num voo que ligou o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, ao Aeroporto Adolfo Suárez Madrid – Barajas, na capital espanhola. De acordo com o grupo, o interesse por este tipo de avião tem a ver com a sua intenção de manter uma frota jovem e moderna, com aviões mais eficientes e sustentáveis, aproveitando a última tecnologia e oferecendo a máxima comodidade. O A350 XWB reúne o que há de melhor em aerodinâmica, desenho e tecnologias avançadas, conseguindo uma redução até 25% de custos operacionais incluindo o consumo de combustível. Além disso é fabricado com mais de 70% de materiais compostos, titânio e ligas de alumínio, transformando num aparelho mais leve, eficiente e resistente. A fuselagem é mais ampla e comporta 318 passageiros em classe económica 30 em Premium Business, com acentos reclináveis até 180 graus. O ar dentro da cabine renova-se a cada três minutos e o avião emite até 25% menos de gases de efeitos nocivos em comparação com outros aviões de longo curso. TURISVER | MAIO DE 2016
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>dossier transportes
TEXTO: CAROLINA MORGADO
Neste mundo de pequenas e médias empresas dos transportes terrestres de turismo as “coisas” não são fáceis. A concorrência é “desleal” e os “apoios financeiros são parcos”. Assim o confirmam o presidente da Algarve T, Leonel Caetano, e a sócia gerente da ANE Tours, Mariana Oliveira.
Transportes terrestres e turismo
Pequenas empresas queixam-se de concorrência desleal e falta de apoio
SIGHTSEEING TOURS SANTIAGO DE COMPOSTELA & VALENÇA
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AMARANTE, RÉGUA, PINHÃO & VILA REAL
DOURO VINHATEIRO DIA INTEIRO / FULL DAY
FÁTIMA & COIMBRA DIA INTEIRO / FULL DAY
MINHO HISTÓRICO DIA INTEIRO / FULL DAY
PORTO CITY TOUR MEIO-DIA/ HALF-DAY
COIMBRA & AVEIRO DIA INTEIRO / FULL DAY
Oficial Tour Guides Tourism Drivers
TRANSPORTES E TURISMO
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AGÊNCIA DE VIAGENS E TURISMO » VOOS, HOTEIS, FÉRIAS E PROGRAMAS Mercedes Turino 34 lugares
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Volvo 55 lugares
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ara Leonel Caetano, presidente da cooperativa de Táxis de Turismo, Algarve T “como é do conhecimento geral, o sector enfrenta uma concorrência, na nossa opinião desleal”. Considera que “a lei parece ser clara, menos para quem não quer ver. O transporte ocasional remunerado de aluguer em viaturas ligeiras de passageiros está sujeito à posse de alvará específico, a emitir pelo IMT, porém parece que ninguém está interessado em fazer cumprir a lei, uma vez que os interesses dos grandes grupos económicos do sector mais uma vez parecem estar acima de qualquer Lei. E como se não bastasse tudo se prepara para, por encomenda, se alterar a legislação”. Por essa razão, o responsável não quer falar do futuro, referindo apenas que “os projectos são muitos, porém as incertezas quanto ao futuro limita-nos no que concerne a grandes voos restando-nos manter as rodas bem assentes na estrada, elevando o nível do serviço prestado para assim continuarmos a distinguirmo-nos da nossa tenaz concorrência”. Apesar do aumento de notoriedade e do prestígio do Algarve, região onde se encontra a sede da co-operativa, bem como dos “esforços das entidades competentes e das empresas privadas em dinamizar esta região, não só através de eventos que promovam o Algarve pelo mundo fora, como ao nível da melhoria das infra-estruturas, resorts e espaços comerciais”, apesar “das inequívocas vantagens do aumento de turistas das últimas décadas,” Leonel Caetano não deixa de sentir “uma certa nostalgia quando penso que o Algarve jamais voltará a ser aquele paraíso à beira-mar plantado de que já tenho saudades, todavia consciente que isso faz parte do progresso e não obstante de que, quem souber procurar ainda encontra fantásticas ilhas do verdadeiro Algarve inexplorado que ainda não foi monopolizado pelos
grandes grupos económicos”. No Algarve também não se pode esquecer o factor sazonalidade. É neste quadro que o responsável observa que “a sazonalidade é algo com que sempre vivemos, habituámo-nos a viver assim, ao estilo da formiga”, sublinhando que “sabemos que temos de nos esforçar durante 6 meses para sobreviver todo ano. É uma situação extremamente prejudicial à região uma vez que muitas das pessoas vêem-se forçadas a arranjar dois trabalhos para fazer face às suas obrigações, ressentindo-se assim, em determinados áreas na qualidade do serviço prestado e na simpatia característica própria do povo algarvio”. E acrescenta que ainda que a sazonalidade “impossibilita, principalmente ao nível dos serviços de manter equipas bem treinadas para fazer face ao “boom” turístico dos meses de Julho e Agosto cujos bons profissionais, na falta de estabilidade, acabam na sua grande maioria por emigrar”. A estes desafios, acrescem a falta de apoios financeiros, conforme refere Mariana Oliveira, sócia gerente da ANE Tours, sedeada em Matosinhos. “Não somos subsidiados, só vivemos do aluguer ocasional. Não temos benefícios fiscais nem ajudas para renovação da frota. Acabamos por ser fustigados e o nosso preço final não consegue ser tão competitivo como o que praticam os grandes”.
NOVOS INVESTIMENTOS PARA INOVAR Mesmo assim, tanto a Algarve T como a ANE Tours têm feito grandes investimentos na frota. No caso da agência do Norte, acaba de adquirir veículos novos como é o caso de três Mercedes V Class de sete lugares e 1 da classe E, bem como um Mercedes mini bus de nove lugares. Com 25 anos no mercado, a ANE Tours apresenta-se com um serviço flexível e inovador. Vinte anos de experiência da família Oliveira com os Táxis de Turismo levaram à criação da ANE Tours - Agência de
Mariana Oliveira Sócia gerente da ANE Tours
“A base de gestão familiar dos tempos iniciais mantém-se mas sempre marcada pela inovação de um modelo de gestão avançado e adaptado às actuais exigências de mercado. E a provar que o modelo é o acertado está o facto de ter sido distinguida como PME Excelência 2015”.
Leonel Caetano Presidente da Algarve T
“Os projectos são muitos, porém as incertezas quanto ao futuro limita-nos no que concerne a grandes voos restando-nos manter as rodas bem assentes na estrada, elevando o nível do serviço prestado para assim continuarmos a distinguirmonos da nossa tenaz concorrência”.
Viagens e Transportes de Turismo em 1995. “A base de gestão familiar dos tempos iniciais mantém-se mas sempre marcada pela inovação de um modelo de gestão avançado e adaptado às actuais exigências de mercado. E a provar que o modelo é o acertado está o facto de ter sido distinguida como PME Excelência 2015”, indica a responsável. Dispondo de uma frota de veículos modernos e topo de gama, desde Sedan a monovolumes de sete lugares, mini bus e autocarros de turismo de 50 lugares, a ANE Tours conta ainda com motoristas qualificados e certificados, com curso de turismo e 10 anos de experiência. Para Mariana Oliveira, “estas são algumas das mais-valias da empresa, que aposta na constante formação da equipa e na eficiência e flexibilidade dos serviços. Os clientes podem contar com serviços de transferes, tours e circuitos turísticos, tendo ainda veículos disponíveis para reuniões, congressos ou meros passeios, com programações próprias e fornecendo serviços de transporte personalizados”. A empresa opera para operadores turísticos, outras agências de viagens ou particulares. Dispõe de garagem própria, guias oficiais e tem novas instalações. Por outro lado, acaba de renovar o seu site. Por tudo isso, Mariana Oliveira afirma que “temos orgulho em prestar um serviço de excelência. A flexibilidade e a personalização dos serviços, a constante actualização tecnológica, a monitorização das viaturas em tempo real e o apoio de back office, permite-nos oferecer o melhor serviço e garantir a exclusividade de cada cliente”. Por seu turno, a Algarve T tem também uma história de sucessos. O seu presidente conta como tudo começou: “Corria a segunda metade da década de 70, pós revolução, e o fenómeno do turismo começava a dar sinais de que seria necessário legislar e criar profissionais que garantissem a qualidade dos serviços prestados aos turistas que nos visitavam. Foram assim criados, pelo
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>dossier transportes
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decreto-lei 41/80 de 21 de Agosto, entre outras, a profissão de motorista de turismo. Ao primeiro curso ministrado pela Escola de Hotelaria e Turismo de Faro no ano lectivo de 87/88, compareceram 24 alunos cuja ambição seria vir a obter um dos 76 alvarás ainda disponíveis para a zona turística do Algarve, de um contingente de 80”. Dos 24 alunos do referido curso 13 elementos viriam a fundar a Algarve T e a 1 de Fevereiro de 1989 foi feita a escritura da Cooperativa de Automóveis do Algarve, CRL. Hoje a empresa “exibe a maior frota do país no que concerne ao transporte de aluguer de passageiros em veículos ligeiros, ou seja, um serviço público que leva o bom nome do Algarve e de Portugal por esse mundo fora. Em 27 anos de existência, a Algarve T passou das 13 viaturas iniciais a 59, actualmente todas da marca Mercedes”, especificou Leonel Caetano, para acrescentar que a frota da cooperativa “assenta em princípios de elevada qualidade distribuída por três categorias de viaturas adaptáveis ao número de passageiros e à respectiva bagagem”. A cooperativa oferece, assim, Mercedes Class S, Sedans e Stations Classe E, com capacidade até 4 passageiros e monovolumes Class V/Viano, com capacidade para 6 e 7 passageiros. “Uma frota moderna e diversificada conduzida por profissionais qualificados que falam inglês e pelo menos outra língua, francês, alemão ou russo cujo objectivo é de satisfazer as preferências e necessidades dos clientes mais exigentes que nos visitam”, sublinha. A actividade desenvolvida pode abranger um singular transfer de curta distância para os campos de golfe, restaurantes, aeroportos (chegadas e partidas), casamentos, exposições, congressos, tours, assim como longos cursos no país e no estrangeiro, ou ainda eventos especiais que podem abranger toda a estadia do cliente. A grande maioria dos clientes da Algarve T resulta das sinergias desenvolvidas junto das agências de viagem nacionais e estrangeiras, das unidades hoteleiras de quatro e cinco estrelas do Algarve.< 26
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Roadshow da Transdev percorre 10 cidades portuguesas Ao longo de três semanas o roadshow Transações 2016 vai passar por 10 cidades portuguesas, com o objectivo de comunicar junto das populações locais três ações distintas: Via Emprego, Happy Summer e Mega Concurso Transdev. A marca irá desenvolver várias iniciativas, entre as quais se destacam a oferta de 75% de desconto a todos aqueles que estiverem numa situação de desemprego. “Com esta iniciativa a Transdev pretende dinamizar o sector dos transportes de passageiros com três acções distintas e inovadoras. Durante três semanas iremos estar presentes em 10 cidades com o objectivo de comunicar junto dos diversos públicos-alvo as diferentes acções Transdev. Se por um lado queremos premiar os nossos clientes com um Mega Concurso e dar aos mais jovens a possibilidade de terem um Verão inesquecível (com viagens ilimitadas em toda a rede Transdev), não nos esquecemos também daqueles que mais necessitam, oferecendo 75% de desconto a quem estiver numa situação de desemprego”, refere Rui Pereira, coordenador de Marketing e Comunicação da Transdev Portugal. O Grupo Transdev tem sede em França e presença em 20 países (incluindo Portugal), distribuídos pelos 5 continentes. Em Portugal a sede é em Matosinhos e opera em todo o território nacional. Com cerca de
1800 colaboradores, em Portugal, a empresa possui uma frota de aproximadamente 1500 viaturas. Actualmente, a actividade da empresa ao nível nacional incide exclusivamente no sector rodoviário, detendo 12 empresas e participações na Internorte, Intercentro, Rede Nacional de Expressos, Renex e Rodoviária do Tejo. O volume de negócios na Transdev, em Portugal, atingiu os 105 milhões de euros em 2015. A empresa aposta na criação de serviços integrados e de mobilidade sustentável que vão ao encontro das reais necessidades de mobilidade e desenvolvimento das áreas onde opera, criando soluções à medida de cada contexto específico. Uma das apostas da empresa tem passado pela renovação da sua frota, como é o caso das seis unidades do mini autocarro iTrabus S33 que acaba de adquirir, que estarão em operação no território nacional para serviços de transporte urbano e interurbano. A aquisição destas seis unidades do iTrabus S33 evidencia a confiança dos operadores de transporte nacionais neste mini autocarro. Configurado para transporte escolar, turismo e serviço urbano, o iTrabus S33 evidencia-se pela sua lotação até 34 lugares, pela segurança na condução e pelo conforto que é proporcionado aos seus passageiros, correspondendo a elevados padrões de qualidade de transporte. <
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>dossier transportes
TEXTO: CAROLINA MORGADO
A Cityrama é o resultado de mais de 50 anos de experiência no turismo, aliado a um espírito inovador e às novas perspectivas de mercado sem nunca perder de vista a sua verdadeira natureza: “a de perfeito anfitrião e embaixador de excelência”, oferecendo uma ampla gama de soluções, desde visitas regulares, passeios hop on hop off e serviços de incoming e outgoing. É assim que a empresa se define. A inexistência de legislação própria para os circuitos panorâmicos é um dos desafios que a empresa enfrenta, num mercado que tem vindo a crescer.
A Cityrama opera em Portugal com circuitos panorâmicos e regulares, alugueres de turismo, circuitos longos, transferes, incoming e agência de viagens
Cityrama
Várias formas de descobrir Portugal
O
pera em Portugal com circuitos panorâmicos e regulares, alugueres de turismo, circuitos longos, transferes, incoming e agência de viagens. Num mercado do turismo em franco crescimento no país no seu todo e em Lisboa em particular, a Cityrama, representante da marca Gray Line (cadeia de agências distribuídas por mais de 700 destinos mundiais) em Portugal, pretende tornar a passagem do turista por Lisboa o mais cómoda e apaixonante possível, através de experiências que perdurem na memória. A Cityrama propõe várias formas de descobrir o nosso país: desde uma tarde a admirar a cidade de Lisboa, a uma viagem de dez dias pelos quatro cantos de Portugal. E para além dos diferentes programas disponíveis, de autocarro e em cruzeiro, a empresa oferece ainda a oportunidade de eleger os locais a visitar, adaptando o percurso aos objectivos do cliente. A empresa oferece um conjunto de experiências aos turistas, que passam por levá-los a provar os melhores vinhos alentejanos ou as deliciosas iguarias de Sintra, visitar o centro de fé cristã, em Fátima, fazer um cruzeiro pelo rio Tejo, ouvir o fado, conhecer as ruas lisboetas ou desfrutar das paisagens naturais de Portugal. De acordo com João Costa, do departamento de Comunicação da empresa, o circuito panorâmico é actualmente o mais completo, com quatro linhas – Belém Line, Oriente Line, Castle Line e Cascais Line – que cobrem os pontos de interesse mais procurados pelos turistas. A
linha de Belém também designada por “ Linha das Descobertas Portuguesas”, tem 18 paragens, enquanto a linha do Oriente inclui 17 paragens e complementa a linha de Belém. A linha do Castelo, apesar de ser pequena, com apenas 12 paragens, é muito especial e muito procurada uma vez que proporciona uma visita ao Castelo de S. Jorge. Finalmente, o Cascais Line permite visitar não só Lisboa, onde o percurso se inicia, mas também o Estoril, Cascais, a Praia do Guincho e os contrafortes da Serra de Sintra. Nestes casos o bilhete é de uso ilimitado durante 48 horas e o passageiro pode entrar e sair sempre que lhe apetecer, com comentários áudio em 14 idiomas. O serviço de circuitos turísticos Hop On Hop Off em autocarros descapotáveis panorâmicos de dois pisos é o mais carismático da empresa. A Cityrama criou ainda uma aplicação para smartphones, a MiSight Lisbon, e toda a frota está equipada com wifi gratuito. Os clientes podem ainda recorrer à aplicação “Discover it Yourself ”, um tour para quem busca total autonomia na descoberta do país.
ATRAVESSAR A PONTE 25 DE ABRIL EM AUTOCARRO DESCAPOTÁVEL Aquele responsável indicou ainda a grande procura que se faz sentir no percurso turístico que faz a travessia da Ponte 25 de Abril com visita ao Cristo Rei. “Foi uma forma que encontrámos para que os turistas possam atravessar uma ponte que apenas vêem de longe durante a sua passagem por Lisboa. A forma de lá chegar é num original
autocarro descapotável, que permite usufruir de uma nova forma de atravessar a Ponte 25 de Abril. As partidas são às 10h30 e às 15h30, no Marquês de Pombal, e os tours têm uma duração total de cerca de duas horas, incluindo a visita de uma hora ao Cristo Rei e o regresso pelo mesmo trajecto. Outro produto que a Cityrama oferece, em parceria com terceiros, é um mini cruzeiro no Rio Tejo, de Abril a Outubro. Trata-se de proporcionar uma perspectiva diferente de apreciar a cidade de Lisboa e a sua luz tão característica. O mini cruzeiro passa pelo Parque das Nações e termina em Belém. No que diz respeito aos circuitos longos, a Cityrama disponibiliza ainda viagens para descobrir as maravilhas ou o melhor de Portugal, o Norte (com ida a Santiago de Compostela) e o Sul do país. Já a oferta de circuitos sightseeing é vasta. Destaque para o Lisboa Clássica, Sintra, Fátima em meio-dia ou dia inteiro, passeios directos para Fátima ou com possibilidade de visitar outros locais emblemáticos durante o percurso. Arrábida faz igualmente parte de um destes circuitos, que possibilitam visita ao centro de Setúbal, vila de Sesimbra, uma panorâmica pela Serra da Arrábida, bem como às caves José Maria da Fonseca e degustação do tradicional Moscatel de Setúbal. Évora Wine tour já consta da lista dos passeios organizados pela Cityrama, aliando história, arquitectura e gastronomia. Para todos estes circuitos, os utilizadores podem adquirir os seus bilhetes directamente, e saem com o mínimo de dois passageiros.< TURISVER | MAIO DE 2016
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>meetings industry Congressos e eventos TEXTO: CAROLINA MORGADO
O MI é um segmento que tem vindo a crescer em Portugal, mas o ritmo poderia ser maior. Apontam-se questões como falta de centros de congressos de raiz capazes de acolher eventos de grande dimensão. O que se tem feito tem passado pela adaptação de espaços já existentes que, em termos de custos associados, o país deixa de ser competitivo, apesar de Portugal ter uma boa capacidade de serviços de hotelaria, restauração e de transportes.
Falta competitividade a Portugal
O
segmento MI em Portugal tem vindo a crescer. 2015 foi já um ano dinâmico com empresas nacionais e estrangeiras a voltarem a apostar em congressos e incentivos. 2016 também não deverá fugir à regra prevendo-se um crescimento dos negócios com vista a acompanhar o que se verificou no passado. É indiscutível que ao nível dos principais eventos esperados para Portugal este ano, concretamente em Novembro e em Lisboa, o Web Summit é o mais aguardado, tendo em conta o impacto mediático e o número de participantes esperados, que são 35 mil. Mas a hotelaria de Lisboa não está muito convencida desses impactos. Pedro Ribeiro, director Comercial da cadeia Dom Pedro Hotels afirmou que “muitos desses participantes vão optar pelo alojamento local, senão a poucos meses da sua realização, os hotéis de Lisboa já estariam contratados, e posso dizer que 80% das unidades da cidade ainda têm disponibilidade para essas datas”, para acrescentar que sobre a Web Summit “há mais conversa do que resultados concretos. É uma incógnita e vamos ver o que vai acontecer”. Ao nível do ranking da ICCA, Portugal desceu para a 15ª posição, facto que para muitos gestores, está abaixo do potencial que o país tem para este segmento, pelo menos ao nível de pequenos e médios congressos, porque para mega reuniões conti-
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nuam-se a colocar questões de inexistência de um Centro de Congressos de raiz em Lisboa e de uma boa infa-estrutura deste tipo no Algarve, mais perto do Aeroporto de Faro. É neste sentido que Pedro Ribeiro considera que “em termos de custos associados acabamos por não ser competitivos”. Portugal tem uma boa capacidade de serviços de hotelaria, restauração e transportes, mas falta investimento em infra-estruturas adequadas, funcionais, modernas, com maiores capacidades, multifacetados versáteis e menos dispendiosas. Até aqui o que se tem feito são adaptações de espaços existentes. Quanto ao Algarve e ao Porto, fala-se da necessidade de uma estratégia concertada de forma a combater a sazonalidade. A questão não está apenas na inexistência de espaços, mas também na estruturação da procura e captação de eventos. A secretária de Estado do Turismo já veio a público dizer que já tem equipa no Turismo de Portugal para captação de congressos e eventos internacionais para Portugal, liderada por Joaquim Pires, estando-se a fechar fundo com critérios de identificação de prioridades em termos de localização e organização no tempo, uma vez que “a captação de congressos e eventos internacionais são uma alavanca importante quer para o posicionamento de Portugal, quer para garantir factor de atractividade muitas vezes fora da época alta e fora dos destinos tradicionais”.
Num recente encontro com a imprensa, o capítulo de DMCs da APAVT, dirigido por Eduarda Neves, managing director da Portugal Travel Team e vice-presidente da APAVT, alertou para as principais preocupações deste segmento em Portugal, chamando a atenção, entre outros, para o “impacto” que a supressão do IVA em Espanha nesta área tem tido em Portugal. Estas empresas enfrentam “concorrência desleal” e “perda de competitividade” de outros países que fazem Portugal perder milhões, ‘apontando o dedo’ nomeadamente a Espanha e à Alemanha, que propiciam condições fiscais mais vantajosas. Espanha deixou de aplicar IVA na contratação de DMCs para a realização de reuniões e incentivos, enquanto Portugal pratica a taxa máxima de 23%.
SEGMENTO IMPORTANTE PARA OS 5 ESTRELAS Em Lisboa, este segmento é muito importante para os cinco estrelas e o Dom Pedro Palace “tem sido historicamente forte no MI. Até 2008 representou 60% das receitas da unidade e neste momento está nos 40%, tendo sido diluído pelo turismo de lazer, o que demonstra também que a cidade de Lisboa é cada vez mais procurada pelo turismo de lazer”, disse o responsável. No entanto “continua a ser um segmento muito importante para nós não só em Lisboa como no Algarve, seja ao nível da ocupação, preço médio e receitas suplementares”, indicou ainda o director Comercial da Dom Pedro Hotels. “No Algarve os nossos hotéis têm um mix mais variado e não ocupa uma posição tão forte no alojamento porque centro de congressos Fórum Dom Pedro, em Vilamoura, é utilizado também por clientes que estão alojados noutros hotéis do Algarve”. O centro de congressos Fórum Dom Pedro, um edifício autónomo mesmo ao lado do Dom Pedro Golf Resort, em Vilamoura, com uma área de 440 metros quadrados com capacidade para organizar eventos até 450 pessoas em plateia, mais quatro salas com 50 a 200 metros quadrados, podendo ser usados para coffee breaks o foyer do Fórum e os jardins circundantes. Para eventos ou reuniões de menor dimensão, existem dentro dos hotéis salas mais pequenas, com todas as facilidades. No Dom Pedro Marina tem salas com capacidade até 150 pessoas em plateia, enquanto no Dom Pedro Golf Resort pode contar com salas com capacidade até 80 pessoas em plateia. Já o Dom Pedro Palace, com 263 quartos, oferece 20 salas de reuniões e eventos em cerca de1.4000 metros quadrados de espaços funcionais, bem equipados, a maioria com luz natural, bem como uma equipa de profissionais experientes que se dedicam a este segmento. A Herdade dos Salgados, no Algarve, que acolheu durante três meses a apresentação mundial do modelo Tiguan da Wolkswagem, tem dado cartas ao nível de grandes eventos. Só este encontro representou mais de 50% da facturação do total da Herdade na época baixa e cerca de 10% do volume de negócios do ano inteiro. Mário Ferreira, CEO do Grupo NAU Hotels & Resorts observou que, num ano como este, o segmento de eventos representa cerca de 15% das receitas do Grupo. Trata-se de “um segmento prioritário para nós em que queremos crescer e cimentar a nossa aposta com um serviço de alta qualidade e com alto valor acrescentado”, indicou, para acrescentar ainda que “até meados de Junho o Salgado Palace estará completamente cheio com vários eventos de menor dimensão.
O executivo realçou que “o Algarve tem potencial para ser palco dos maiores eventos mundiais em qualquer altura do ano, criando e mantendo postos de trabalho e dinamizando a economia local numa altura de menor procura”, decisivos para combater o fenómeno da sazonalidade.
NO CENTRO FALTAM HOTÉIS No ano em que foi inaugurado o novo Centro de Congressos de Coimbra, no Convento São Francisco, a Turismo Centro de Portugal quer lançar também o Convention Bureau de Coimbra Centro de Portugal. Duas realidades que irão contribuir para alcançar a meta anunciada por Pedro Machado: incluir Coimbra no Top 20 do ranking da ICCA. A abertura, no passado dia 8 de Abril, do Centro de Congressos de Coimbra, instalado no Convento São Francisco permite alavancar a oferta da região Centro no que toca ao segmento do turismo de Meetings Industry, juntando-se a outras valências que o destino já tem neste mesmo segmento, em termos de espaços para congressos e eventos e em termos da hotelaria de qualidade. A propósito, Pedro Machado afirmaria que “queremos colocar a cidade de Coimbra no ranking das cidades da ICCA que é liderado por Paris”. Um objectivo que não é para este ano mas que é para muito próximo: “Achamos que temos condições físicas, materiais e profissionais para que Coimbra possa alcançar um dos 20 lugares do ranking da ICCA nos próximos dois anos”. O que falta agora a Coimbra são hotéis: “Coimbra precisa de mais mil camas no imediato” frisou Pedro Machado. Os três novos hotéis já aprovados pela Câmara, irão já ser uma ajuda. O Convento São Francisco, o novo centro de convenções e espaço cultural de Coimbra, cuja renovação custou 42 milhões de euros e durou cerca de 6 anos, tem capacidade para receber, em simultâneo, 5 mil pessoas nas suas diferentes salas e auditórios. No total, são 12 mil metros quadrados para programação cultural e um auditório de 1.125 lugares. O equipamento está dividido em três componentes, todas elas interligadas: a Igreja de São Francisco, o convento e o auditório, numa relação entre o património antigo de estilo maneirista coimbrão, e a arquitectura contemporânea, que
tem a assinatura de Carrilho da Graça no convento e grande auditório, e de Gonçalo Byrne na intervenção na igreja. O auditório tem um fosso para orquestra sinfónica, seis cabines para tradução simultânea, uma boca de cena de 18 metros, condições acústicas ímpares e uma relação com o palco quase única em Portugal devido à distância reduzida entre o último espectador e a frente de palco. Nos dois pisos superiores do Convento, os espaços, dotados de várias salas polivalentes, estarão mais focados para a realização de conferências e eventos, havendo no segundo piso um salão que tanto pode servir para congressos como para área expositiva para as artes plásticas e visuais. Já a Igreja de São Francisco, com um pé-direito de quase 30 metros, pode receber até 600 pessoas e terá seis quartos e uma cozinha para residências artísticas no piso superior. Neste novo equipamento da cidade, há ainda um restaurante, um café-concerto, um pátio interior com esplanada, uma praça frontal e vários estúdios de ensaio, contando com 1.600 metros quadrados de espaço expositivo. Na entrada do convento, o corredor pode levar o visitante até a um espaço de boas-vindas, “Welcome Center”, que servirá como “centro de interpretação da memória da cidade” - uma espécie de ponto de partida para turistas que passem por Coimbra.
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>meetings industry
“Este complexo é dos poucos em Portugal que une as características de grande sala de espectáculos, grande área de exposições e de grande centro de congressos”, disse o presidente da Câmara, Manuel Machado. O autarca acredita que está a desenhar-se “uma nova centralidade cultural em Portugal”. “Ficamos felizes com o êxito do CCB ou Serralves, mas estamos para competir”, assegurou o presidente da Câmara. Para o responsável, se CCB e Serralves “contribuíram” para notabilizar Lisboa e Porto, então o Convento “servirá para valorizar Coimbra como centro cultural que é há muitos séculos”.
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PORTO PALÁCIO ESPERA CRESCIMENTO DE 15% Uma das maiores e bem equipadas
unidades hoteleiras da Invicta para recepção de reuniões e congressos é o Porto Palácio Congress Hotel & SPA. Este segmento, de acordo com informação disponibilizada pelo 5 estrelas, representa já aproximadamente 35% da receita total do hotel e 30% da receita de alojamento. Depois do considerado “excelente ano de 2015” o Porto Palácio espera um crescimento do segmento MI de 15% em 2016. O complexo multifuncional do Porto Palácio Congress Hotel & SPA integra um Centro de Congressos com capacidade até 600 pessoas, incluindo 11 salas de reunião equipadas com as mais actuais tecnologias audiovisuais, que se adaptam a diferentes necessidades. Dispõe ainda de uma área com 600 m2, no piso -1, com capacidade para 270 pessoas (Foodcourt), que ofere-
Manuel Machado Presidente da Câmara Municipal de Coimbra
Pedro Ribeiro Director Comercial da Dom Pedro Hotels
“Ficamos felizes com o êxito do CCB ou Serralves, mas estamos para competir. Se CCB e Serralves contribuíram para notabilizar Lisboa e Porto, então o Convento {São Francisco} servirá para valorizar Coimbra como centro cultural que é há muitos séculos”.
“Muitos desses participantes {Web Summit} vão optar pelo alojamento local, senão a poucos meses da sua realização os hotéis de Lisboa já estariam contratados, e posso dizer que 80% das unidades da cidade ainda têm disponibilidade para essas datas”
Pedro Machado Presidente da Turismo Centro de Portugal
“Achamos que temos condições físicas, materiais e profissionais para que Coimbra possa alcançar um dos 20 lugares do ranking da ICCA nos próximos dois anos”.
Departamento de Reservas / Reservation Department Campo de S. Francisco, 19 - 9500 - 153 Ponta Delgada Tel. +351 296 304 891 - TLM. +351 912 223 993 E-mail: reserve@ilhaverde.com www.ilhaverde.com
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ce um ambiente diferente para os eventos. Este espaço, dotado com tecnologias de comunicação, acústica e de imagem tem um conceito arquitectónico que respeita as especificidades físicas e técnicas de cada evento, permitindo um óptimo desempenho funcional da sala e um máximo conforto dos mais variados utilizadores, sejam eles público, artistas ou técnicos. Dos camarins aos armazéns de apoio, dos acessórios técnicos às cabines de tradução simultânea, passando pela iluminação cénica, régie de som, comunicação de cena e projecção de imagem com equipamentos multimédia actualizados, versáteis e expansíveis, tudo foi projectado ao pormenor. Para refeições o hotel dispõe do restaurante Madruga, ideal para grupos e eventos, do Nautilus Bar & Bistrô com gastronomia portuguesa e internacional, da cervejaria Portobeer e do VIP Lounge, localizado no último andar do Hotel (19ºpiso), com um ambiente cosmopolita, sofisticado, terraço exterior e uma vista única sobre a cidade do Porto. Em termos de alojamento, o hotel disponibiliza 251 quartos distribuídos por 15 pisos e com diferentes categorias: Quartos executivos (192), Deluxe (41), para deficientes (2), 12 suites executivas, 3 Deluxe suites, 2 superior Deluxe suites e 1 Grand Palácio suite. <
Ambiente Frankfurt 2016
A Ambiente Frankfurt é conhecida entre fabricantes e fornecedores como a maior feira internacional para o sector. Portugal esteve mais uma vez presente com empresas dedicadas à decoração de interiores para lar e hotelaria. No segmento de Contract Business, dedicado ao canal Horeca, a procura é de novas tendências.
Em busca de novas tendências
A
Ambiente Frankfurt de 2017 já está marcada. O evento que aborda vários segmentos em decoração para retalhistas e distribuidores e que tem no segmento Contract Business uma área especialmente dedicada a fabricantes e fornecedores para o ramo da hotelaria e restauração, vai ter lugar no próximo ano de 10 a 14 de Fevereiro. Apesar de não ser uma feira exclusivamente dedicada ao sector Horeca, os fornecedores e fabricantes procuram cada vez mais produtos fora do seu circuito tradicional, ou seja, das feiras direccionadas para a hotelaria. O canal Horeca é um nicho que tem vindo a crescer nesta feira precisamente por os clientes, tanto da restauração como da hotelaria, estarem a apostar cada vez mais na diferenciação, disse o representante da Grestel, fabricante de cerâmica, empresa mais virada para o “private label”, que exporta 98% dos seus produtos, e facturou 14 milhões de euros em 2015, um crescimento de 22% em relação a 2014. A perspectiva é de manter este crescimento em 2016. Igualmente para a Ivo Cutelarias, o canal Horeca representa cerca de 25% da produção da empresa, enquanto o canal da grande distribuição tem o peso de 35%, e o da indústria e transformação de alimentos já chega aos 40% do dotal da produção. Apesar de representar apenas 1/4 da sua produção e não ser o seu mercado preferencial, a Ivo Cutelarias está muito empenhada nas exigências do canal Horeca e, confor-
me nos foi dito durante a Feira, é onde disponibilizam uma excelente qualidade dos seus produtos.
PRODUTOS QUE FAZEM A DIFERENÇA Daí a importância da sua presença na Ambiente Frankfurt, uma vez que é considerada como resposta diferenciadora, onde se procuram produtos que fazem a diferença da hotelaria tradicional, certame que, na opinião da empresa, apresenta uma boa dinâmica que também dá para satisfazer os potenciais interessados neste tipo de produtos, tem um excelente nível de visitas e sem dúvida muita qualidade de potenciais clientes. Hoje os principais mercados desta empresa são o Canadá, os Estados Unidos e a Europa, com o mercado interno a representar apenas cerca de 9%. Em 2015 facturou aproximadamente 6,8 milhões de euros, cerca de 7% mais que em 2014. Para este ano a previsão de crescimento é na ordem dos 20%, que se deve em parte à reestruturação da linha de produção e aumento da capacidade produtiva a decorrer ao longo do ano. A Castelbel também esteve presente na Ambiente a mostrar as suas marcas, não só as que são vendidas em lojas e através de revendedores, mas também as que são comercializadas para hotelaria, principalmente no que diz respeito à parte da fragrância de espaços, em difusores de grandes dimensões para
lobbies e espaços comuns de hotéis em Portugal e no estrangeiro, bem como as velas para Spas, saquetas perfumadas para roupeiros e papéis perfumados para gavetas, entre outras. Para esta empresa é uma grande vantagem competitiva, em termos de imagem de marketing, estar presentes em hotéis emblemáticos porque os clientes passam pelos lobbies três ou quatro vezes e vêem as garrafas de fragrância com o logótipo da Castelbel, gostam do cheiro e sentem-se atraídos. O principal mercado da Castelbel é o dos Estados Unidos da América, e o português já ocupa a segunda posição. Aqui só conseguiu entrar a sério em 2008, apesar da empresa existir desde 1999, isto porque agora as pessoas valorizam mais o made in Portugal. A Castelbel teve em 2015 um volume de negócios de oito milhões de euros, num crescimento de cerca de 43% em relação a 2014. Do total da facturação, 80% corresponde à venda no exterior e 20% ao mercado nacional. Este ano o objectivo é consolidar-se em Portugal, existindo, no entanto, todas as condições para crescer no estrangeiro, com a entrada de novos distribuidores. Neste sentido, o aumento do volume de negócios previsto para 2016 é de cerca de 10%. A presença na feira foi coroada de sucessos. Estando a empresa em franca rota de ascensão, há cada vez mais distribuidores a procurá-la, até porque está permanentemente a lançar novas colecções. < TURISVER | MAIO DE 2016
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>av&to
Em Viagem
Marca YOU é para manter
TEXTO: CAROLINA MORGADO
A Em Viagem garantiu aos jornalistas que a marca YOU, que acaba de adquirir, vai ganhar nova dinâmica, mas é para manter, ao mesmo tempo que a empresa reformula os seus diferentes negócios, criando identidades separadas tanto por segmentos de mercado como por marcas, acompanhada por um rebranding do seu porfólio.
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O
operador turístico YOU, que acaba de ser alienado pela Em Viagem “ganhará outra estrutura connosco, terá mais possibilidade de abordar o mercado e nós ganharemos mais sinergias”, declarou o sales manager da Em Viagem, João Fernandes, acrescentando que “a linha será basicamente a mesma, bem como a imagem, até porque não nos interessa descaracterizar o que existe. A YOU vem complementar a nossa oferta”. Num encontro com a imprensa, em Lisboa, os novos donos do operador turístico YOU garantiram que vão manter a marca e a identidade do operador turístico que acabam de adquirir à Tryvel, acrescentando este ano à programação apenas o Algarve e as ilhas portuguesas, mas mesmo assim “com produtos diferenciados, promovendo o conceito de unique places em Portugal e escapadas temáticas”, disse Paulo Martins, membro da administração da empresa e director deste novo projecto. Sem precisar o valor do negócio, o sales manager da Em Viagem disse que “foi o valor normal de uma transacção destas para um operador jovem”, adiantando que foi “uma oportunidade que surgiu e que “vem dar outra dinâmica à empresa. Ter um operador na casa traz sempre uma vantagem competitiva”. “Não vamos descaracterizar a YOU, até porque tudo o que existe neste operador foi o que motivou o nosso interesse”, afirmou João Fernandes, acrescentando que “a nossa ideia é de continuidade e de manutenção da linha de comunicação que o ope-
rador tinha”. E para tranquilizar o mercado, disse que “o que existe está garantido, tanto ao nível de acordos como de reservas”. A YOU, que existe há cerca de um ano, disse, “tem já uma boa quota de mercado, tendo facturado em seis meses, mais de 600 mil euros. É um operador específico, especializado em grandes viagens temáticas e destinos culturais e dirigido a um nicho muito específico. Por isso acreditamos que a Tryvel vai continuar a ser um cliente da YOU”. “No próximo ano poderemos alargar para outros destinos, mas sempre dentro da filosofia, da lógica e das
O grupo YOU passa a ter a YOU Tour Operator e a Your Hotels, Beds and More, uma marca b2b que era a antiga Em Viagem DMC, o negócio B2C mantém a marca Em Viagem, o mesmo acontecendo com a Em Viagem rent-a-car, negócio ainda muito localizado no Alentejo, mas que vai ser potenciado.
características da YOU”, referiu João Fernandes. A equipa da YOU mantém-se, à excepção de Miguel Barradas que passa a integrar os quadros da Tryvel, e junta-se Joaquim Duarte, que faz parte do departamento de contratação da Em Viagem.
CADA NEGÓCIO TERÁ UMA IDENTIDADE PRÓPRIA Paralelamente à aquisição da YOU, a Em Viagem, que até à data tem crescido sempre com a mesma marca, “vai agora passar para uma fase mais madura e mais profissional, reestruturando a empresa” com a separação dos negócios, criando identidades legais separadas tanto por segmentos de mercado como por marcas. Nesse sentido também a antiga Em Viagem DMC, a plataforma online B2B passa a designar-se Your Hotels Beds and More. A empresa, para além da rede de agências de viagens, possui também a Em Viagem rent-a-car, um negócio ainda local na região do Alentejo, mas que vai ser potenciado. Refira-se que a Em Viagem, dos empresários Mário e João Raposo, com 10 agências de viagens espalhadas pelo país e com previsão de abertura até ao final deste mês de uma loja no Funchal, mantém a sua sede em Sines, enquanto o operador YOU funcionará no Parque das Nações em Lisboa. Nos últimos três anos, de acordo com João Fernandes, a Em Viagem DMC, agora Your Hotels Beds and More, tem crescido e a ganhar quota de mercado, enquanto a empresa no seu todo tem aumentado o seu volume de negócios em cerca de 30% a 40% ao ano. <
Travelplan
O top 3 de procura está a ser liderado para os destinos onde a Travelplan detém uma maior disponibilidade de lugares de avião em operações charters, seja de Lisboa ou do Porto para Palma de Maiorca e Menorca, nas Baleares, e Punta Cana, na República Dominicana
TEXTO: CAROLINA MORGADO
O director-geral para Portugal do operador turístico espanhol Travelplan afirmou que optar por comprar viagens durante a campanha de reservas antecipadas vai ser a melhor solução este Verão, pelo menos em relação a alguns destinos que opera, designadamente Canárias e Baleares. “Quem não optar por reservar agora poderá correr fortemente o risco de não conseguir ter a melhor oferta disponível”, alertou Fernando Bandrés em declarações à Turisver.
Compra antecipada para ter a melhor oferta
C
om a campanha de vendas antecipadas a decorrer até ao dia 31 de Maio para os principais destinos para onde opera, designadamente em charter, a Travelplan indica já um crescimento superior a 15% comparado com o mesmo período do ano anterior. Fernando Bandrés que falava à Turisver à margem da tradicional Festa de Verão do operador turístico, que decorreu no Urban Beach, em Lisboa, confessa que espera pelo menos manter este ritmo e, se, possível, ultrapassá-lo um pouco. Neste sentido alerta para a necessidade de compra antecipada de férias para os principais destinos para onde opera, tais como Baleares e Canárias, uma vez que “são destinos de refúgio e, tendo em conta a instabilidade em alguns outros destinos fortes, a previsão de ocupação hoteleira vai ser muito alta”. Um dos objectivos da festa da Travelplan, tanto em Lisboa como no Porto, foi também no sentido de “tentar cativar o mercado para vendas o mais antecipado possível porque, para além de apresentarem descontos, o melhor que elas têm é que o cliente vai garantir disponibilidade de alojamento”, para acrescentar que poderá acontecer “termos lugares de avião ainda disponíveis no last minute, mas sem possibilidade de confirmação de hotel”, apesar “de termos feito todas as protecções e garantias” para que isso não venha a acontecer. Mesmo assim “nunca se pode fazer a 100%”, disse. Apesar de “faltar ainda muito para
vender” e ainda “não ter o Verão feito”, o director-geral da Travelplan em Portugal está optimista, mas “queremos que os clientes tenham consciência e as agências de viagens saibam transmitir que vão ser destinos complicados ao nível da ocupação hoteleira. Temos algum receio de oferecer muitos lugares contratados e depois não ter capacidade para confirmar os hotéis, pelo menos os que os clientes querem”, reforçou.
QUASE 20 LUGARES EM CHARTERS O top 3 de procura está a ser liderado, como explicou o responsável, para os destinos onde a Travelplan detém uma maior disponibilidade de lugares de avião em operações charters, seja de Lisboa ou do Porto para Palma de Maiorca e Menorca, nas Baleares, e Punta Cana, na República Dominicana, este último duas operações semanais de Lisboa, às segundas e quartas-feiras. Há a acrescentar ainda a participação em parte charters fretados em colaboração com alguns operadores em Portugal como são os casos de Saidia, em Marrocos (de Lisboa e do Porto) com operação feita exclusivamente para a unidade de 5 estrelas do Grupo, Be Live, Canárias (Gran Canaria, Lanzarote, Fuerteventura e Tenerife), Enfidha, na Tunísia (do Porto) e Varadero em Cuba (aos sábados), o que totaliza 19.941 lugares, sem contar com um conjunto de destinos em linhas regulares. Bandrés referiu que Saidia está a manter-se “bastante bem, apesar de haver ainda pessoas reticentes em
relação a Marrocos”. Por outro lado, em relação a Cuba “contra uma opção pessoal minha, não vamos estar na operação de Cayo Coco”. Refira-se que o operador espanhol, presente em Portugal há 17 anos, havia abandonado o segmento charter até ao ano passado. Este ano “vamos em linha com os lugares contratados em 2014”, considerou Fernando Bandrés Entre a oferta da Travelplan, destaca-se ainda a partida única a 6 de Junho para os Fiordes da Noruega, com sete noites em hotéis de 4 estrelas superior, com todas as refeições e excursões incluídas. Uma oportunidade, segundo o responsável, para assistir ao degelo e ao sol da meia-noite. Esta operação é directa para Bergen, com regresso a ser feito por Oslo. Em 2015 a Travelplan facturou 21 milhões de euros e transportou 21 mil passageiros, contra os 10 mil passageiros e um volume de negócios de cerca 11 milhões de euros verificados em 2014. Para este ano, o objectivo é manter os números de 2015. “Acredito que vamos manter a mesma produção do ano passado, tendo em conta que a nossa contratação tem praticamente o mesmo número de lugares. O crescimento vai ser sempre nas linhas de carreira regular”, sublinhou o director-geral do operador turístico em Portugal. Quanto a oferta disponível este ano no mercado, Fernando Bandrés destaca que “há crescimentos em alguns destinos, mas também há recuo em relação a outros. Portanto, penso que uma coisa vai compensar a outra e que o mercado está mais regrado”. < TURISVER | MAIO DE 2016
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>av&to XIII Convenção do Grupo Airmet TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS
O Grupo Airmet Portugal realizou em Sevilha a sua XIII Convenção. Um evento que se revestiu de uma importância especial porque realizado num momento em que a facturação do grupo e os resultados das empresas que o integram apresentam crescimento e porque a Airmet Portugal está a comemorar o seu 10º aniversário.
XIII Convenção do Grupo Airmet
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m Sevilha a Airmet Portugal juntou na sua XIII Convenção, realizada em finais de Abril, as agências afiliadas e os seus parceiros de negócio. À Turisver, Paulo Mendes, director-geral do Grupo Airmet começou por sublinhar o “sabor especial” desta Convenção realizada no momento em que a Airmet está a “comemorar
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10 anos de actividade em Portugal”, onde o grupo começou a operar em Julho de 2006. Também por isso, a Airmet decidiu este ano “fazer algo diferente”, tendo para isso escolhido a cidade de Sevilha para “acolher este evento que queríamos que tivesse grandeza” e que representasse também “uma ligação a Espanha onde a marca Airmet nasceu”. Outra novidade foi a realização, num modelo diferente, de “dois workshops, um numa manhã, outro numa tarde, por forma a podermos ter presentes mais fornecedores complementares, com os quais as agências, normalmente, não têm contacto”. Para Paulo Mendes, esta foi “uma grande Convenção” que teve como um dos objectivos principais “unir as agências” após um 2015 que considerou ter sido “um grande ano” e, em simultâneo, “preparar as nossas associadas para o ano que agora se segue”. Precisando um pouco mais aquilo que foi o ano de 2015 em termos de resultados, Paulo Mendes disse à Turisver que o crescimento global de vendas atingiu os 14%, com o agrupamento a ter sustentado o seu maior volume de vendas com o aumento verificado na área da tour operação que foi superior a 20% face ao ano anterior – “2015 foi um bom ano para a tour operação”, reconheceu o responsável”. Por outro lado,
a média de vendas de cada uma das 262 agências do agrupamento registou “um aumento efectivo de 7%, em linha com o crescimento do mercado nacional”, informou o responsável, sublinhando que “foi um bom ano para todos”. Traçar objectivo é sempre uma preocupação do Grupo Airmet e na Convenção deste ano foram dados a conhecer projectos e objectivos de médio e longo prazo. Mesmo assim, o director-geral do grupo afirma que “o nosso objectivo principal é continuar a crescer com qualidade – sempre foi assim que nos quisemos definir”, garantiu, sublinhando que outro dos objectivos definido passa por “continuar a crescer a dois dígitos”. Embora considere que isso “não será fácil nos próximos anos, tendo em conta que já facturamos 138 milhões de euros”, Paulo Mendes considera que o mercado está a permitir esses crescimentos. Esclarece no entanto que “o que queremos é que esse crescimento de dois dígitos seja de média por balcão”.
RESERVAS ANTECIPADAS EM ALTA Outros dos pilares em que assentou a Convenção foi a transmissão das orientações sobre a contratação feita com os fornecedores para 2016, e em informações sobre as “novas ferramentas de trabalho, a nível tec-
Agências fundadoras homenageadas
Um dos pontos altos da Convenção da Airmet foi a homenagem prestada pelo agrupamento às agências fundadoras. Na Convenção estivaram presentes cinco das onze agências que desde a primeira hora integraram o projecto. Paulo Mendes director-geral da Airmet salientou, a este propósito, ao Turisver.com que “esta é uma iniciativa que vamos ter todos os anos, homenagear as agências de viagens que estão no agrupamento há 10 anos”. As agências homenageadas foram: • Férias e Destinos (Leiria) • Cotuvia Agência de Viagens e Turismo (Lisboa) • Ávila Viagens e Turismo (Oliveira do Bairro) • Sphera Tours Agência de Viagens e Turismo (Algarve) • Exposé Viagens e Turismo (Algarve)
nológico, que passam a estar ao dispor dos agentes Airmet” bem como sobre “as campanhas que estamos a realizar com os fornecedores e que podem potenciar as vendas durante o ano”. Entre os novos projectos apresentados, destaque para a “central exclusiva para o grupo Airmet, onde ao longo do tempo iremos fazer integrações com vários produtos turísticos”, sublinhou-nos Paulo Mendes. De resto, como disse Paulo Mendes à Turisver “a Convenção é feita nesta altura do ano exactamente para fornecer aos nossos associados o máximo de informação que lhes permita prepararem o seu ano de vendas de maior volume, que se começam a realizar a partir de agora para os meses de Julho, Agosto e Setembro”. O corrente ano verificou-se muito positivo ao nível das vendas antecipadas para o Verão, e as agências do Grupo Airmet não fugiram à regra. “Seguimos a mesma tendência do mercado”, disse Paulo Mendes, explicando que “neste momento os crescimentos estão acima da média normal para este período”, algo que se verificou “principalmente até meados de Abril” e em “destinos como o Algarve, as Caraíbas e ainda as Baleares e as Canárias”. O crescimento, acima da média, nestas reservas, afirma o responsável, “por um lado, satisfaz-nos, mas por outro deixa-nos a pensar como vão decorrer os meses de Maio e Junho, principalmente porque estes são, tradicionalmente, dois grandes meses de reservas para o Algarve”. Paulo Mendes põe a hipótese de os
clientes terem “antecipado as suas reservas e, se assim for, a euforia que se viveu em período de reservas antecipadas vai acabar. Como também pode ocorrer que em Maio e Junho já não haja produto para vender” embora afirme esperar que tal não aconteça: “se o ritmo de reservas se mantiver, o ano 2016 será excepcional”.
que as agências abdiquem da sua marca para se juntarem todas sob uma mesma marca”. No entanto o responsável reconhece que “a existência de uma marca corporativa
única é fundamental no médio e longo prazo, para que se consiga uma melhor identificação junto do cliente final e se adquira maior notoriedade”. <
APOSTA NA FORMAÇÃO A Airmet dá particular atenção à formação das suas afiliadas, e são várias as acções que leva a efeito durante o ano, todas certificadas. Este ano “estamos a seguir um modelo de acções de formação de maior proximidade aos operadores turísticos”, disse-nos Paulo Mendes, adiantando que já este ano foram realizadas acções nas agências sobre produto. “Já fizemos 200 horas de formação, em seis acções e temos previstas mais quatro, duas em Maio e duas em Junho, antes da época alta. Depois, em Setembro, voltaremos com mais formação de produto”, explicou. A Airmet leva ainda a efeito acções de formação mais específicas, de nível mais técnico. “Normalmente fazemos 12 a 14 cursos por ano em matérias mais técnicas”, seja sobre ferramentas de trabalho ou consultorias porque “queremos ser uma solução global para as agências de viagens, para que elas possam ter connosco tudo o que precisam para o seu dia-a-dia”. O que está para já fora de cogitação é a criação de uma imagem de marca única. “A marca é a identidade pessoal de cada agência e é difícil TURISVER | MAIO DE 2016
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>av&to Cabo Verde na Coraçon
Roadshow da Solférias recebeu mais de 500 agentes de viagens TEXTO: FERNANDA RAMOS
Coimbra, Porto, Lisboa, Albufeira e, pela primeira vez, Vigo, na Galiza, foram as cidades que receberam o já tradicional roadshow da Solférias sobre o destino Cabo Verde. No total, o evento recebeu mais de meio milhar de agentes de viagens que foram conhecer as novidades do destino.
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roadsow começou a 9 de Maio, em Coimbra, com 61 agentes de viagens. O Porto, a 11 de Maio, foi “um sucesso como sempre”, registando a adesão de mais de 170 agentes, em Lisboa, dia 12, o roadshow contou com 200 agentes e Albufeira, dia 13, com cerca de 50. Tudo somado “devemos ultrapassar os 520 agentes”, sublinhou Sónia Regateiro, directora comercial da Solférias. A grande novidade deste ano do já habitual roadshow “Cabo Verde na Coraçon” foi a extensão a Vigo, na Galiza. Ali o roadshow recebeu a visita de 40 agentes de viagens, “uma excelente adesão” dado esta ter sido a primeira vez que a Solférias ali de deslocou para apresentar o seu produto. Por isso, como salientou aos jornalistas Sónia Regateiro, os agentes da Galiza pretenderam ter informações “não só sobre as nossas operações do Porto para Cabo Verde mas também sobre outros destinos”, com a responsável a sublinhar que “aquilo de que me apercebi foi que o mercado está muito saturado com o Caribe e para eles torna-se mais barato apanhar um voo no Porto do que voar para Madrid”. Daí que fique a promessa da Solférias: “Vamos apostar fortemente na promoção na Galiza, não só para Cabo Ver38
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de, mas também para Porto Santo, Saïdia e todas as outras operações que temos à saída do Porto”, além dos programas para Portugal Continental, nomeadamente o Algarve. A passagem por Vigo serviu para auscultar o mercado em várias frentes. Tanto assim que os agentes de viagens da Galiza fizeram sen-
Sónia Regateiro
“Vamos apostar fortemente na promoção na Galiza, não só para Cabo Verde, mas também para Porto Santo, Saïdia e todas as outras operações que temos à saída do Porto”,
tir que os horários da TAP de Vigo para Lisboa não permitem ligação com as suas operações e obrigam a passar uma noite na cidade, pelo que se torna mais viável viajar para o Porto. Num balanço geral, Sónia Regateiro diz que para este Verão “as operações estão bem compostas, consolidadas”, as reservas antecipadas até 30 de Abril “funcionaram muito bem”, embora agora tenham acalmado um pouco “principalmente na Boavista porque o Sal continua a vender muito bem” o que se deve ao facto de os hotéis Riu e Iberostar na Boavista terem cortado as reservas antecipadas para o Verão, “o que fez com que os preços aumentassem exponencialmente”. Por outro lado, sente-se também o efeito do encerramento dos hotéis RIU na Ilha do Sal para renovações. Não obstante, a responsável comercial da Solférias garante que “ainda há muita coisa para vender”, nomeadamente no que toca a Cabo Verde.
VENDAS A BOM RITMO Fazendo um ponto de situação sobre as vendas da restante programação do operador para este Verão, Sónia Regateiro destacou que “Porto Santo está de novo a ser um sucesso de vendas. Saïdia, que apa-
rece este ano pela primeira vez na programação da Solférias “teve um arranque difícil” para as primeiras partidas, de 4 e 11 de Junho, “mas a partir de 18 de Junho já temos uma boa ocupação e está a ser satisfatório”. O Dubai está a ter “muita procura” e Ras Al Khaimah, novo destino do operador nos Emirados, “está a ser muito bem aceite no mercado”. Maldivas, Miami, São Tomé e, claro, Disneyland Paris, foram outros destinos destacadas pela responsável que fez notar no entanto que “o Brasil abrandou bastante” em vendas, fruto do Zika, primeiro, e depois pela instabilidade política e social. “As vendas para o Brasil não congelaram, porque há sempre qualquer coisa que vai mexendo, mas baixaram drasticamente”, disse. Outro destino que “está a ser difícil de vender” é a Grécia, devido ao “preço elevado” e à “concorrência com outros destinos que aparecem com preços de dois por um”. O Algarve está bem e recomenda-se em termos de procura nas em alguns casos já se notam entraves ao nível da capacidade hoteleira. O roadshow Cabo Verde na Coraçon contou com a participação de representantes das companhias aéreas TAP e TACV, hotéis Oásis Atlântico, RIU, Iberostar e Meliá, e do receptivo Terra Sab. <
Grupo Star Viajes chega a Portugal
Uma mão cheia de vantagens TEXTO: CAROLINA MORGADO
Nasceu há 25 anos em Espanha com o objectivo de defender as pequenas e médias agências de viagens das grandes corporações do sector e acaba de entrar em Portugal com a meta de incorporar num ano pelo menos 50 agências de viagens no país, começando pelas que não estão alinhadas com nenhum dos agrupamentos já presentes no país. O Grupo Star Viajes garante algumas vantagens competitivas.
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Grupo Star Viajes desembarcou em Portugal com a ambição de alcançar meia centena de agências de viagens até Abril de 2017, segundo revelou o seu director-geral para o nosso país, Luís Pinto, adiantando que “vamos dar prioridade à contratação de pequenas e médias agências de viagens que não estão agregadas a nenhum outro agrupamento de viagens, bem como incluir as empresas de incoming”. A Star Viajes levará a cabo uma série de apresentações em Lisboa, Porto, Coimbra e, possivelmente, no Funchal para dar a conhecer as vantagens que oferece às agências de viagens. Vantagens essas que Agustín Lamana, conselheiro delegado e director-geral do Grupo, em conferência de imprensa em Lisboa, onde esteve acompanhado de Manuel Benavides Blanco, conselheiro do agrupamento, e Luís Pinto, que assume o cargo de director-geral da empresa no nosso país. Disponibilização de sistemas informáticos e soluções tecnológicas, contratação com operadores turísticos, hotéis e outros fornecedores, programação própria e criação de website com reservas online, apoio ao nível dos seguros e jurídico, são algumas das vantagens que as agências de viagens têm ao aderir a este grupo fundado há 25 anos em Espanha e com intenções de se expandir também, a partir de 2017, à América Central e do Sul.
Através da sua tecnologia própria, o grupo proporciona às suas agências: negociações com fornecedores, análise de rentabilidade, folhetos personalizados, folhetos exclusivos com programação própria, uma completa intranet com mais de 100 ferramentas de acesso exclusivo.
Isto tudo para que o agente de viagens possa “vender e comprar melhor”, pagando apenas um fee mensal “que se recupera com overs e rapels que se conseguem através da contratação, para além de poupar em dinheiro, serviços e tecnologias”, disse Lamana. Referiu que “não nos pautamos pela quantidade, mas sim pela qualidade das agências de viagens que incorporamos”, para sublinhar que o objectivo do grupo é dar competitividade às médias e pequenas agências, oferecendo-lhes condições que dificilmente teriam a operarem de forma independente. No fundo, disse, trata-se de “ter as condições dos grandes, mas com o espírito e o trato ao cliente dos pequenos”. A Star Viajes surgiu com o objectivo de defender as pequenas agências
das grandes corporações de agências de viagens “que tinham umas condições pelo seu volume que não tinham as pequenas agências de viagens”, negociando assim condições mais competitivas com os principais fornecedores do sector turístico. O responsável explicou que o grupo surgiu com “uma selecção das melhores agências de viagens espanholas, não pelo seu tamanho, mas pela qualidade. Rejeitámos muitas agências de viagens que não cumprem os requisitos”.
GRUPO EM CRESCIMENTO “Facilitamos às nossas associadas a melhor ferramenta de intranet para as agências de viagens, onde se tem tudo, não só a possibilidade de fazer reservas automáticas, como também vistos, tratamento de passaportes, condições meteorológicas dos destinos, informações cambiais, num total de 104 ferramentas na intranet e facilitamos também a construção e manutenção do site de cada uma das agências”, indicou Lamana. Outro ganho para as agências de viagens “é que tudo o que for feito em Espanha será descarregado em Portugal e vice-versa”, considerou ainda Luís Pinto. O grupo liderado por Agustín Lamana facturou o ano passado mais de 600 milhões de euros, 6,9% acima dos valores de 2014. O número de passageiros transportados não foi revelado, mas o crescimento foi relativamente mais abaixo, ou seja,
teve um aumento de 3% comparado com o ano anterior. “Isto quer dizer que estamos a vender mais caro, indicador de que a economia mundial está a melhorar e a tendência agora é crescer”. O principal negócio dos 304 postos de venda da Star Viajes é o lazer, mas nas grandes cidades espanholas o segmento de business travel (turismo de congressos e incentivos) já ocupa uma boa fatia. Juntamente com o Grupo Unida, o Star Viajes faz parte da Unión Ceus de Grupos Comerciales A.I.E, que tem contratos com os principais fornecedores do sector turístico, tais como tour operadores, hotéis e cadeias hoteleiras, companhias aéreas, rent-a-car, seguros e sistemas de financiamento, mantendo acordos com mais de 70 fornecedores de primeiro plano e conta com a representação de 62 correspondentes (receptivos) nos 42 principais países turísticos e de negócios do mundo. O Grupo Star Viajes, que este ano juntou cerca de 200 agentes de viagens e 40 fornecedores na sua Convenção em León, perspectiva que Portugal seja o palco do evento no próximo ano. Cascais deverá ser a sede da próxima reunião anual do grupo e já estão a decorrer negociações nesse sentido. Portugal é por isso o destino onde o grupo pretende fazer a sua próxima Convenção, possivelmente em Cascais, sublinhou esta manhã em conferência de imprensa Luís Pinto, seu director para Portugal. < TURISVER | MAIO DE 2016
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>destinos Revelado na GTM de Magdeburgo
Cresce o número de portugueses que visita a Alemanha
TEXTO: CAROLINA MORGADO
Os 145 mil turistas portugueses que em 2015 visitaram a Alemanha, proporcionaram 380 mil dormidas, uma subida de 12,6% face ao ano anterior. Estes números foram revelados durante a 42ª edição da Germany Travel Mart (GTM), o mais importante evento de vendas da indústria do turismo para a Alemanha, que decorreu em Magdeburgo, capital da Saxônia-Anhalt.
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ortugal representa apenas 0,5% do share dos turistas estrangeiros que anualmente visitam a Alemanha, mas em termos absolutos, o número tem vindo a crescer. Se em 2014 visitaram aquele país da Europa 131 mil turistas portugueses, em 2015 este número atingiu os 145 mil. Em 2016 a maior feira de turismo de incoming da Alemanha decorreu de 17 a 19 de Abril na cidade de Magdeburgo, antiga Alemanha de Leste. Uma oportunidade não só da Alemanha vender o seu turismo de uma forma geral, mas também para chamar atenção para as atracções culturais e históricas daquela cidade, capital da Saxônia-Anhalt. Foi precisamente nesta edição da GTM que Petra Hedorfer, directora executiva do Conselho Nacional do Turismo Alemão (DZT) revelou os números de entradas e dormidas dos turistas internacionais o ano passado na Alemanha, incluindo os de Portugal. A Alemanha não é um dos principais destinos de férias dos portugueses. No entanto, alguns operadores turísticos em Portugal programam cir-
cuitos pelo país e existe uma grande procura em termos de city breaks, designadamente para as cidades mais conhecidas e importantes. Nesta edição da GTM estiveram presentes apenas dois colaboradores da Agência Abreu, sendo um ligado ao operador e o outro à Abreu online. Todos os anos, esta plataforma B2B de turismo receptivo para a Alemanha junta especialistas e decisores internacionais da indústria de viagens e turismo, bem como jornalistas especializados de todos os principais mercados de origem, para descobrir as mais recentes tendências, desenvolvimentos e produtos turísticos da Alemanha. O GTM é organizado pelo DZT em parceria com uma região ou cidade diferente cada ano. Em 2017 o encontro está marcado para a cidade de Nurembergue, localizada a Norte do Estado da Baviera.
GRANDE RECEPTOR DE TURISTAS NA EUROPA Petra Hedorfer afirmou na Conferência de Imprensa, que antecedeu a abertura da Feira, que o facto de
a GTM continuar a atrair profissionais de turismo de 45 países, mostra a importância do destino Alemanha como país receptor de turistas. Em 2015 o número de dormidas de estrangeiros na Alemanha foi de quase 79,7 milhões, um resultado considerado recorde pelo sexto ano consecutivo. De acordo com o serviço de estatísticas alemão, o número de dormidas de visitantes do exterior em estabelecimentos com pelo menos 10 camas subiu 4,1 milhões o ano passado, um aumento de 4,5%, e a tendência de crescimento continua em 2016. Só nos primeiros dois meses deste ano já houve um aumento de 6% no volume de dormidas de hóspedes internacionais. De acordo com Petra Hedorfer “Os números de 2015 excederam as nossas próprias expectativas e as previsões da OMT, que assumiram um aumento global no tráfego de turismo de cerca de 3% a 4%, acrescentando que “a Alemanha está a provar ser um motor de crescimento, mesmo comparado com os países da Europa que têm sido tradicionalmente os principais destinos turísticos. Perspectivamos continuar em alta em 2016. No
entanto, devido a vários elementos de incerteza - incluindo a situação de segurança na Europa e em todo o mundo, as condições difíceis da economia global e da crise de refugiados - a nossa previsão é de uma taxa de crescimento ligeiramente mais lenta de cerca de 1% a 3%”. Os países europeus são responsáveis por 73,4% de todas as dormidas na Alemanha de visitantes estrangeiros, e estes mercados também contribuíram para o forte crescimento em 2015, com um aumento de 2,1 milhões de dormidas. Isto quer dizer que nove dos 10 principais mercados emissores de turismo para a Alemanha estão na Europa. A Holanda é o primeiro mercado em termos do número de visitantes, com 11,2 milhões de dormidas. No entanto, dos países que ajudaram a impulsionar o crescimento em curso de entradas na Alemanha, a Espanha lidera o ranking com mais 517 mil noites adicionais. Mas também continua a verificar-se um crescimento dinâmico dos mercados fora da Europa. Neste caso é a China que lidera o ranking de mercados de alto crescimento com mais 505 mil dormidas em 2015, seguidos dos EUA com um aumento de 439 mil pernoitas e os estados abares do Golfo (+330 mil dormidas). A Alemanha continua a ser o destino número um de city break para os europeus. Este segmento de viagens verificou em 2015 um aumento de 5% face ao ano anterior, atingindo cerca de 10 milhões de visitantes. Também é o lazer que leva os turistas estrangeiros à Alemanha. O número de visitas de férias aumentou também 5%, para 29 milhões, enquanto o mercado de viagens de negócios (congressos e convenções) absorveu 3,6 milhões de visitantes (aumento de 8%) e feiras e exposições totalizou 2,8 milhões. Os europeus gastaram 31,9 mil milhões de euros em viagens àquele país, representando uma subida de 8%. Cultura e natureza são os dois elementos centrais que continuam a atrair turistas internacionais à Alemanha e o DZT utiliza os grandes eventos como oportunidade para promover os aspectos particulares do destino. Viagens culturais são o pilar mais forte de turismo receptivo na Alemanha da Europa. Mais de um terço de todos os visitantes estrangeiros vai ver exposições e museus.
INTERESSE INTERNACIONAL FORTE NO GTM O GTM de 2016 contou com a participação de mais de 1100 profissionais do sector, dos quais mais de 500 eram estrangeiros. O maior contingente foi da Ásia / Austrália, mas os
profissionais da indústria da Europa e das Américas marcaram presença em grande número que, em conjunto com cerca de 300 expositores das indústrias hoteleira e dos transportes, organizações locais e regionais do turismo, tiveram durante dois dias encontros B2B para fazer negócios, novos contratos e fortalecer os já existentes. Esteve representada a variedade e qualidade dos produtos turísticos que a Alemanha tem para vender. Foi referido na Conferência de Imprensa que o conceito do GTM tem tido um impacto sustentado no sucesso do turismo receptivo da Alemanha: Nos últimos anos, mais de 80% dos compradores internacionais e expositores alemães disseram que concluíram, durante o evento, acordos de negócios positivos. Desde 2012, o DZT tem organizado o GTM como um evento verde, e este ano não foi excepção quando se trata de questões de sustentabilidade. Foram assim tomadas diversas medidas sustentáveis com vista a compensar as emissões de carbono de uma viagem internacional dos delegados, desde o catering que só usou ingredientes locais, passando pela utilização de pratos e talheres não descartáveis e ainda uma melhor utilização dos transportes públicos em vez dos tradicionais transfers em autocarros. Magdeburgo hospedou o evento pela primeira vez. Foi uma oportunidade da cidade do imperador Otto mostrar aos profissionais de turismo o que tem para oferecer. A região registou mais de 550 mil dormidas de visitantes estrangeiros o ano passado, o que se traduziu numa subida de 5,6%, reflectindo assim o desempenho geral da Alemanha no mercado internacional. <
Alemanha divulga as suas principais atracções No próximo ano, a maior atracção da Alemanha será ‘Luther 2017 - 500 anos da Reforma Protestante “com eventos que decorrerão em todas as vilas e cidades com laços históricos e associadas ao grande reformador da igreja, Martin Luther (Lutero). De acordo com a directora executiva da DZT “o legado da Reforma toca a vida de mais de 800 milhões de protestantes em todo o mundo, dos quais 73 milhões são luteranos”, para acrescentar que “esta campanha para marcar o aniversário da Reforma está-nos a dar a oportunidade de apresentar a Alemanha como um destino de viagem moderna de grupos religiosos em todo o mundo. Para além do seu enorme significado religioso, a Reforma também representa um marco na história cultural europeia. As pessoas e lugares associados à Reforma são tesouros culturais reconhecidos em todo o mundo e, portanto, eminentemente adequadas para promover viagens culturais para a Alemanha em mercados estrangeiros”. Estão disponíveis conteúdos em nove idiomas para as oito rotas Luther que conectam locais importantes da vida do reformador. A destacar também a “Documenta 2017”, uma das exposições mais importantes de arte moderna e contemporânea, que terá lugar pela 14ª vez. Conhecida como o “Museu de cem dias” , em 2012 recebeu 860 mil visitas, dos quais mais de um quarto eram provenientes do exterior, para desfrutarem de exposições, instalações, palestras e apresentações de mais de 300 participantes. No próximo ano terá lugar no seu local habitual, em Kassel, entre 10 de Junho e 17 de Setembro. TURISVER | MAIO DE 2016
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>figuras
>últimas
Frederico Costa
Wizz Air chega ao Porto com voo de Varsóvia
Administração | Grupo Pestana Frederico Costa, até agora presidente do Grupo Visabeira Turismo, vai integrar a administração do Grupo Pestana Hotels & Resorts, passando a ter a seu cargo a área das Pousadas. Frederico Costa deixa a presidência do Grupo Visabeira Turismo passados quase três anos após ter assumido funções. Profissional com vasta experiência, tanto na administração pública do turismo quanto na hotelaria, Frederico Costa vai agora assumir as funções de administrador no maior grupo hoteleiro português. Trata-se de uma “casa” que já conhece e onde já desempenhou funções nos anos 2004 e 2005. Durante esse período no Grupo Pestana, desempenhou os cargos de director de Marketing e Vendas das Pousadas de Portugal, director Comercial de Área do Grupo Pestana (Pestana Palace Lisboa, Atlantic Gardens Cascais e Pestana Porto) e director coordenador da Área Corporate de todo o Grupo Pestana. <
A companhia low cost Wizz Air iniciou uma nova rota entre o Porto e Varsóvia, com o baptismo de voo a decorrer no passado domingo, dia 15 de Maio. Os voos para o Porto terão duas frequências semanais, à quarta-feira e domingo. A Invicta torna-se assim a segunda cidade portuguesa na rede de rotas da companhia húngara, que já opera voos para Lisboa, a partir de Budapeste, Varsóvia e Bucareste. A Wizz Air vê o norte de Portugal como um destino turístico crescente na preferência dos polacos. Gabor Vasarhelyi, director de comunicação da companhia, afirma “estimamos para a operação PortoVarsóvia uma taxa de ocupação alta, na ordem dos 85%”.
A captação do segmento business é também uma aposta da companhia aérea, sendo que 71% das maiores empresas exportadoras para a Polónia são oriundas do Norte de Portugal, com relações comerciais a intensificarem-se nos últimos anos, de forma bilateral. A Wizz Air é a 21ª companhia aérea com presença no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, com uma rota que pretende ainda ajudar na ligação a outros destinos como Budapeste, Oslo, Tel-Aviv, Gotemburgo ou Birmingham. Com a chegada do Porto à sua rede de rotas, a Wizz Air, que em 2015 transportou 19,2 milhões de passageiros, fica agora responsável pela ligação de 119 destinos em 39 países, oferecendo um tráfego aéreo de confiança, tarifas baixas e um serviço de qualidade. <
Miguel Procópio
Director- geral de Outgoing | Oásistravel
Fernando Mendes
Director Comercial | TQ Travel Quality A TQ Travel Quality acaba de anunciar a contratação de Fernando Mendes para o cargo de director comercial da TQ Travel Quality, bem como de partner na TQ com funções executivas a nível Comercial, Marketing e Operações. Com uma longa experiência no mercado, especialista em MICE, área corporate e viagens tailor made, Fernando Mendes foi sócio gerente da Equador & Mendes, entre 2000 e 2016, empresa que operou inicialmente como Equador, tendo passado a STAR depois do grupo ser vendido à Sonae e posteriormente a GEOSTAR. Tendo iniciado carreira em 1982 na IGESTUR, o profissional esteve também na Top Tours, onde chegou a director. <
Setúbal tem hotel dedicado à Selecção Nacional Setúbal passou a ter este mês um hotel dedicado à Selecção Nacional. O Seleção – Sport Hotel é um novo projecto do empresário Jorge Franco, o conhecido fã nº 1 de Portugal, que acompanha a nossa selecção para onde quer que ela vá. Depois de longos anos a acompanhar a selecção portuguesa em inúmeras viagens dentro e fora do país, Jorge Franco entra agora num projecto onde se respira futebol de uma forma criativa e artística. Repleto de pormenores, os quartos são temáticos com os nomes de alguns dos jogadores que fizeram e fazem história na selecção de futebol 11, futsal e futebol de praia, tais como Vítor Baía, Germano, Humberto Coelho, Fernando Couto, Mário Coluna, Rui Costa, Cristiano Ronaldo, Paulo Futre, Eusébio, Deco, Ricardo Carvalho, Madger, Ricardinho, Peyroteo, Chalana, Luís Figo, João Vieira Pinto e Pauleta.
Desejo assinar a Revista por um período de ______________ ano(s)
O Seleção – Sport Hotel é o segundo projecto de hotelaria de Jorge Franco. Totalmente reconstruído, foi outrora a Residencial Manteigadas, nome derivado da localização: Rua da Manteigada, em Setúbal. O hotel tem dois pisos, é composto por um lounge, um bar, 18 quartos (nove por piso), piscina e Spa panorâmicos. <
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A Oásistraval apresenta Miguel Procópio como novo director-geral de Outgoing Miguel Procópio é licenciado em Turismo pelo Instituto Superior Novas Profissões, tendo 20 anos de experiência no sector. Trabalhou como gestor de grupos na Equador Viagens e TUI, tendo passado os últimos 12 anos como director das marcas TravelStore Pharma, Emotionstore e Allways, do TravelStore Group. <
Boletim de Assinatura Turisver
Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Continente e Ilhas € 52,50 (Anual)
Estrangeiro € 65,00 (Anual)
IVA incluído à taxa de 6%.
Assinale com uma cruz o destino pretendido.
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Pagamento por cheque ou vale dos CTT dirigido a: Rua da Cova da Moura, Nº 2, 2º Esq., 1350-117 LISBOA
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LIGADA AO LIGADA AO MUNDO MUNDO Chegámos bemaaParis Paris! ! Chegámos bem bem Chegámos a Paris ! ! Está bom tempo, beijinhos Estábom bom tempo, tempo, beijinhos Está beijinhos! !
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Fantástico, aproveitaee Fantástico, aproveita Fantástico, aproveita e ! dá meuààTia Tia dá um um beijinho beijinho meu ! dá um beijinho meu à Tia !
FRANÇA FRANÇA 20 FRANÇA 20 DE
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