Turisver de Junho 2017

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n Junho de 2017 n Mensal n Nº 853 n Ano XXXII n Preço 5€ n Director José Luís Elias

| A informação para os profissionais do Turismo |

CTP Quer ver o Turismo na agenda da UE

Vitor Filipe

Presidente e CEO da TQ Travel Quality

Uma vida no turismo

MSC Meraviglia Baptizado 13º navio da MSC Cruzeiros Air Transat Fam tour ao Canadá

TURISVER | JUNHO DE 2017

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JUNHO DE 2017 | TURISVER


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TURISVER | JUNHO DE 2017

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>editorial

A solidariedade é contagiosa. Contagie e deixe-se contagiar.

> Chegou a hora

T

José Luís Elias, Director joseluiselias@turisver.pt

Turisver

inha previsto dedicar o editorial desta edição à deslocação à Bruxelas Comunitária, de um grupo de empresários portugueses liderados pelo presidente da Confederação do Turismo Português. No entanto, a calamidade que se abateu sobre alguns concelhos da região Centro do país, onde o fogo consumiu vidas humanas e fez perigar milhares de pessoas, não me deixou indiferente. Portugal viveu uma das mais trágicas páginas da sua história. Até à altura em que escrevo estas linhas, 64 pessoas perderam a vida e mais de duas centenas foram hospitalizadas, muitos foram evacuados das suas casas e aldeias, muitos perderam tudo o que tinham, bens, casas, terrenos agrícolas, gado. Os prejuízos são enormes para as famílias que habitam estas regiões e para o país, a natureza ficou ferida e o país menos belo. Mas acima de tudo há a lamentar as vidas que se perderam nesta tragédia – se não foram mais, se a desgraça não foi maior, isso se deveu aos nossos bombeiros que, uma vez mais, deram tudo de si até à exaustão. Ter a coragem de continuar é a única forma que temos de homenagear os que partiram, e apesar da tristeza e da dor perante o que estava a acontecer, de imediato os portugueses mostraram que estavam aptos a continuar e capazes de grandes gestos de solidariedade para com todos os que estavam precisados de ajuda. O turismo tem tido um crescimento enorme nos últimos anos, o que tem levado ao aumento do investimento, nomeadamente em grande hotéis e resorts. Este é o mais notado e o que salta para as páginas dos jornais, mas muitos pequenos empresários têm investido por esse país fora, no seu interior, e também nos concelhos agora visados pelo infortúnio, e nos concelhos vizinhos. Muitos investiram as poupanças em estabelecimentos de alojamento, em restaurantes, em projectos de animação, ajudaram a criar empregos no interior, a fixar populações e agora temem pelo futuro. Muitas destas regiões perderam o seu brilho, que lhe era dado pela imensa área verde de floresta, mas não perderam o seu património, as suas praias fluviais, a sua gastronomia e o saber receber das suas gentes. A solidariedade não pode nem deve ser ocasional, a solidariedade é estarmos sempre perto quando é necessário, é irmos, é incentivarmos os nossos amigos a ir, é ter um cartaz na agência de viagens com uma proposta de visita a Figueiró dos Vinhos, a Pedrógão Grande, a Góis, a toda esta vasta região de floresta que podemos ajudar a erguer-se mais depressa com um fim-de-semana lá passado. O turismo é a indústria da paz e da solidariedade. Muitas vezes dou comigo a pensar que, no segundo caso, nem sempre as pessoas reagem da forma mais positiva. Destinos que por este ou aquele motivo têm, repentinamente, que enfrentar problemas ficam “às moscas”, os turistas afastam-se e começa a degradação turística dos lugares, com consequências nefastas para as populações e para quem investiu ou trabalha no sector que se vê sem emprego. Não podemos, nem devemos, deixar que isso aconteça nestes concelhos que tanto têm para dar a quem os visita. <

Medalha de Prata de Mérito Turístico do Governo Português DIRECTOR: JOSÉ LUÍS ELIAS • PROPRIEDADE E EDITOR:

// A Confederação do Turismo Português em colaboração com a eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar (membro da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu), levou uma delegação empresarial a visitar e reunir com várias instituições da União Europeia, com a finalidade de sensibilizar os responsáveis políticos de Bruxelas a terem uma política para o sector. Um lobby pelo turismo na União Europeia foi das frases mais pronunciadas pelos elementos da delegação.

Medalha de Prata da APAVT de Mérito Turístico

EDITORA, LDA. • NIPC 504 651 757 • SEDE (ADMINISTRAÇÃO REDACÇÃO E PUBLICIDADE) RUA DA COVA DA MOURA, Nº 2, 2º

ESQ. 1350-177 LISBOA • TELEFONE 213 929 640 • FAX 213 929 650 • EMAIL SOGAE@TURISVER.PT • WEBSITE WWW.TURISVER.COM • INSCRITO NO ICS COM O Nº 111 233 • DEPÓSITO LEGAL Nº 10 533/85 • PERIODICIDADE MENSAL • TIRAGEM 6500 EXEMPLARES • PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO MX3 – ARTES GRÁFICAS, LDA. - PARQUE INDUSTRIAL ALTO DA BELA VISTA, PAVILHÃO 50 - SULIM PARQUE, 2735-340 AGUALVA CACÉM • TELEFONE 219 171 088/89/90 • FAX 219 171 004 • EMAIL CLIENTES@MX3AG.COM • WEBSITE WWW.MX3AG.COM

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JUNHO JUNHO DEDE 2017 2017| |TURISVER TURISVER


>abertura Atlas da Hotelaria 2017

Investimento hoteleiro responde ao aumento da procura O ano de 2016 foi de recordes para o turismo português em toda a linha: receitas, RevPar, dormidas na hotelaria, taxa de ocupação mas também ao nível da abertura de novas unidades hoteleiras. O investimento hoteleiro continua este ano, com a consultora Deloitte, responsável pelo Atlas da Hotelaria, a dar conta da abertura de 38 novos hotéis ao longo deste ano, com destaque para Lisboa. TEXTO: FERNANDA RAMOS

“ Em 1º lugar

está o conforto.

Rodrigo

D

e acordo com o Atlas da Hotelaria 2017 da consultora Deloitte, para este ano está prevista a abertura de 38 novos hotéis, tipologia que continua a dominar em Portugal, com 73% da oferta de alojamento. A maioria vai surgir em Lisboa, 18 no total, com predomínio dos cinco e quatro estrelas (cinco novas unidades para cada uma destas categorias) seguindo-se o Porto, onde se prevê que abram oito novos hotéis (três de cinco estrelas, quatro de quatro estrelas e um outro sem categoria definida). Bem perto fica a região Centro, com a previsível abertura de sete novos hotéis (quatro de quatro estrelas) e só depois surge o Algarve, onde devem abrir quatro hotéis até ao final do ano, sendo um de cinco estrelas e três de categoria intermédia). Ainda no Continente, o Alentejo deverá ver nascer um novo quatro estrelas ainda este ano. A insistência nos quatro estrelas também não sai fora do tipo de oferta predominante no país, onde lideram os quatro e três estrelas com 38% e 33% do mercado, respectivamente. A aposta nos cinco estrelas também não é de estranhar já que actualmente esta categoria aparece apenas em quarto lugar do ranking, com 8% do oferta total. A reter é o facto de 2016 ter já trazido consigo 81 novos empreendimentos de várias tipologias, totalizando 1.945 empreendimentos. O investimento é a resposta dos empresários hoteleiros ao “boom” turístico em Portugal. O ano passado o país superou os 53 milhões de

dormidas, as receitas de aposento ultrapassaram os dois mil milhões de euros e a taxa de ocupação média superou os 63%. Em número de empreendimentos, segundo o estudo, o ranking é liderado pelas regiões do Norte e do Algarve que concentram, cada uma, 22% da oferta, sendo que no Algarve está concentrada 32% da oferta em termos do número de unidades de alojamento. Lisboa com 15% dos empreendimentos representa 21% das unidades de alojamento. De destacar que em número de empreendimentos, o Centro figura no terceiro lugar, com 21% do total. A taxa de ocupação é liderada pela Madeira, com 77,5% e por Lisboa com 72,5%, com esta região a apresentar o mais elevado preço médio por quarto (80,65€) e o maior valor médio de RevPar (59,18€). De acordo com o Atlas, Lisboa registou em 2016 uma taxa de ocupação superior à de algumas das grandes cidades europeias (76,2%), como Roma, Madrid e Paris, embora ainda abaixo de Londres, Amesterdão e Barcelona. Mas o estudo também sublinha que o valor das receitas por quarto disponível (RevPAR), de 69,1€ no caso de Lisboa e de 42,9€ no caso do Porto, continuam bastante abaixo da média europeia que se cifrou o ano passado nos 87,9€. O que continua desde há anos inalterável é o ranking das principais cadeias hoteleiras a operar em Portugal onde o Top3 continua a ser constituído pelos grupos Pestana Hotels & Resorts/ Pousadas de Portugal, Vila Galé Hotéis e Accor Hotels <

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>opinião

www.turisver.com

i TURI por: Atilio Forte

Tópicos do mês: Hotéis europeus (para já) fora da refrega das reservas directas: A hotelaria europeia é constituída, como se sabe, por inúmeros operadores independentes. Ora esta enorme fragmentação do mercado tem tornado a luta pelas reservas directas com os grandes consolidadores/distribuidores (principalmente online) menos acesa do que nos Estados Unidos da América (EUA) onde, recorde-se, cerca de 60% das unidades estão debaixo do “guarda-chuva” de uma marca. Projectos de alojamento deverão passar a considerar o uso de dispositivos móveis: As cadeias hoteleiras Wyndham Hotels and Resorts, Marriott International e Holiday Inn (detida pelo InterContinental Hotel Group) estão entre as marcas que já se preocupam em dar resposta à crescente necessidade dos seus clientes terem de recarregar uma infinidade de equipamentos electrónicos portáteis e, por isso, estão a instalar, sobretudo nos quartos, vários tipos de tomadas. A título de exemplo, o Washington Marriott de Georgetown incluiu portas USB nos candeeiros das mesas-de-cabeceira, na recente renovação que levou a cabo. Segurança na hotelaria: Como diz o ditado “cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém”. Por essa razão não admira que a principal conclusão do Seminário sobre Contra Terrorismo, realizado em Singapura, no mês passado, pelo Hotel Industry Safety and Security Watch Group tenha enfatizado a importância de proteger as unidades e os seus hóspedes, de modo a precaver eventuais ataques terroristas. Entre as recomendações efectuadas sugere-se que os hotéis adoptem os mais recentes e tecnologicamente sofisticados sistemas de segurança e, simultaneamente, dêem formação sobre vigilância de comportamentos suspeitos a alguns dos seus colaboradores. 6

JUNHO DE 2017 | TURISVER

Comentário Turisver - A Confederação do Turismo Português liderou uma comitiva de empresários às Instituições Europeias, com o objectivo de reforçar as relações institucionais entre a CTP e os organismos europeus, e colocar o turismo na agenda da União. Na sua opinião, é com acções deste tipo que se consegue sensibilizar os responsáveis europeus para uma maior atenção a esta actividade económica? Atilio Forte – À semelhança do que temos feito com outros acontecimentos que também consideramos marcantes, entendemos começar a nossa resposta por saudar e louvar esta iniciativa conjunta da CTP – Confederação do Turismo Português e da Eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar (membro da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu), que visou dar a conhecer a algumas das associadas da CTP os “corredores e meandros do poder” das instituições da União Europeia (UE) pois, como é do conhecimento público, há um vastíssimo conjunto de decisões com impacto directo e indirecto na actividade económica, em geral, e no turismo, em particular que, crescentemente, são tomadas em “Bruxelas”, com obrigatoriedade de adopção por todos os Estados-Membro. Realça-se ainda a oportunidade desta acção pois, para muitos, a mesma também serviu para recordar que, desde há sensivelmente dois anos, a CTP integra o Conselho Económico e Social Europeu e, portanto, tem vindo a participar nos pareceres daquele importante organismo comunitário, embora nunca tenha feito grande eco dessa sua actividade ou prestado contas dos trabalhos aí desenvolvidos, bem como dos resultados obtidos. Dadas estas notas prévias, somos de opinião que todos os gestos que sublinhem e ponham em evidência a importância estratégica do turismo para a economia da UE são deveras importantes, pois é sempre bom recordar o peso que o turismo representa no Produto Interno Bruto (PIB) europeu e os empregos que assegura e gera, vantagens que ganham maior dimensão quando apenas consideramos os países do Sul da União (nos quais Portugal está inserido). Por outro lado, sendo o “Velho Continente” o maior destino turístico mundial, não pode, nem deve, a UE alhear-se desse estatuto/responsabilidade, mormente em tempos – como os actuais – onde encontrar actividades e fórmulas que dinamizem as economias são tão necessárias. Será bom aqui fazer um parêntesis para relembramos que foi graças a Portugal que, pela primeira vez, o “Turismo” apareceu citado num Tratado da UE, mais concretamente no “Tratado que Estabelece uma Constituição para a Europa” – especificamente no Capítulo respeitante aos “Domínios de Acção Comum” dos diversos Estados-Membro –, publicado em Julho de 2003, aprovado em Junho de 2004 e assinado em Outubro do mesmo ano. As tarefas preliminares para a Convenção Europeia, cujo Grupo de Trabalho nacional foi liderado pelo saudoso Professor Doutor Ernâni Lopes (e que tivemos o privilégio pessoal de integrar), concluíram pela apresentação ao Governo português de então de um texto com várias propostas, entre as quais uma (considerada inegociável) que visava o reconhecimento “político” da actividade turística pela UE, através da sua menção na redacção final daquele Tratado. As negociações que se seguiram não foram fáceis. E, tal como hoje, revelaram a existência de “duas Europas”, uma do Norte – a dos países emissores de fluxos turísticos – e outra do Sul – a dos países receptores de fluxos turísticos –, só tendo sido possível um acordo graças à conjugação de esforços dos Estados-Membro do Sul, muito devido ao empenho pessoal do então Primeiro-Ministro português (mais tarde Presidente da Comissão Europeia) José Manuel Durão Barroso. Volvida quase uma década e meia, constatamos que a percepção sobre os benefícios e contributos da actividade turística para a economia europeia felizmente evoluiu. Não obstante o que acabamos de afirmar, se passarmos para aspectos mais práticos, verificamos que, pela actuação da generalidade das instituições comunitárias, o turismo tem ainda um longo caminho a percorrer até atingir a consideração que, por mérito e direito próprios, merece. Razão mais do que suficiente para caucionar e enaltecer a iniciativa em análise. Mas também argumento adicional para reconhecer o muito trabalho que a actividade turística tem pela frente no seio da UE, uma vez que as acções de sensibilização (e de pressão) são importantes, mas não podem estar desgarradas de uma estratégia mais ampla, que lhes dê consistência, substância e metas a alcançar. Em nossa opinião, para que tal possa materializar-se, será fundamental: Desde logo pugnar pela criação de uma Confederação Europeia de Turismo, que reúna todas as Associações Europeias representativas dos diversos sectores que integram a constelação turística, de modo a apresentar-se junto


ISMO Nota: Recordamos que esta é uma rubrica em que privilegiamos o envolvimento com os leitores que podem colocar questões a Atilio Forte através do e-mail iturismo@turisver.pt

de “Bruxelas” como interlocutor único e representante global dos agentes turísticos privados da UE. Antevendo e antecipando eventuais dificuldades iniciais, pelo menos avançar com uma Confederação Europeia dos países do Sul da União que, por um lado, defenda os interesses das suas associadas, isto é dos agentes económicos privados e, por outro lado, que tenha mandato para, casuisticamente, procurar e realizar entendimentos com confederações nacionais do “Norte da Europa”, de modo a esbater desconfianças e, mais importante, gerar pontos de convergência que, por certo, revelar-se-ão determinantes para a construção futura de um ambiente propício ao seu alargamento e representação “de” e “a” todo o espaço comunitário. Deverá, também, assumir-se como um imperativo instar todas as confederações turísticas nacionais a valorizarem o papel da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu, dos próprios Eurodeputados (mormente os eleitos por cada um dos países) e das demais instituições comunitárias com quem se relacionam, solicitando-lhes audiências, apresentando-lhes estudos, fazendo-lhes propostas, confrontando-as com impactos de medidas, sublinhando a importância do turismo no investimento, na criação de riqueza e emprego, na coesão territorial e, porventura mais importante, na afirmação da própria UE, através da valorização das diferenças dos seus Estados-Membro, pois elas significam a genuinidade e autenticidade tão procuradas pelos turistas de hoje e, simultaneamente, recuperam o “velho” princípio europeu que pugnava pela coesão e igualdade, através da manutenção da heterogeneidade e características identitárias de cada um dos países que a integram. Por último, e para não sermos exaustivos, defender sem tibiezas a criação de um Comissário Europeu para o Turismo (preferencialmente tutelando também a Aviação), que integre o Governo da UE (Comissão Europeia). Em conclusão, os promotores desta inédita iniciativa estão de parabéns. Mas para que ela produza os resultados desejados é necessário que a mesma se repita, que se multiplique a outros países e que os agentes económicos privados europeus ganhem verdadeira consciência que só em conjunto conseguirão fazer mais e melhor pela afirmação do turismo na União Europeia. Afinal, é a união que faz a força! Por isso, decidimos terminar escolhendo uma das mais célebres frases de Jean Monnet – um dos “pais-fundadores” da UE –, a qual ganha uma dimensão acrescida quando também pensada e aplicada ao turismo: “Não coligamos Estados, unimos Homens”.

O+ do mês: O destaque deste mês vai para a recente decisão da empresa de transportes públicos de Madrid, que proíbe a postura de pernas abertas aos homens que utilizem os seus veículos, de modo a não permitir que os mesmos ocupem mais espaço do que o que lhes é concedido pelo “seu” lugar e, por esse motivo, perturbem o passageiro do lado, dando assim satisfação às inúmeras reivindicações de grupos feministas que lhe têm sido dirigidas nos últimos tempos, entre as quais conta-se o das “Mujeres en Lucha” que, no início de 2017, recolheu 11.500 assinaturas na petição pública que, para o efeito, levou a cabo (#nomanspreading). Contudo, não se julgue que este tipo de medida é insólito, uma vez que outras cidades como Nova Iorque, Tóquio ou Seattle, há largos anos que promovem esta correcção comportamental. No entanto, como nos diz a terceira Lei de Newton “a toda a acção há sempre uma reacção oposta e de igual intensidade”, pelo que estes movimentos cívicos tendem a alastrar-se, existindo já nas redes sociais um outro, também relacionado com o uso dos transportes públicos, mas desta feita visando as mulheres que ocupam demasiado espaço com as suas malas, sob o “hashtag” #shebagging.

A rubrica opinião tem o apoio da ERV – Compañia Europea de Seguros, SA TURISVER | JUNHO DE 2017

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>opinião

T E X T O : M A R T I M P E S S A N H A , PA R T N E R D A G E M A D I G I TA L

Tecnologia que redesenha o conceito de turismo

À

ideia da viagem associaremos sempre trar de forma muito mais eficaz e apelativa as várias opconceitos como a aventura e a descober- ções de destino que exibem. É claro que uma descrição ta. Desde sempre que pegar na mala e sair literária será sempre interessante na forma como puxa do local a que chamamos “casa” funciona pela imaginação, mas na feira de Turismo da Madeira como uma forma de preservar a espon- em que participei com a GEMA, demos aos visitantaneidade e abrir os horizontes, confrontar realidades tes a oportunidade de fazerem perguntas a um avatar diferentes e encontrar o inesperado. Mas ao contrário de Cristóvão Colombo (que equipado com detetor de dos nossos pais e avós, temos hoje ao nosso dispor uma movimentos e software de reconhecimento facial, era gama de tecnologias revolucionárias, que mais e mais controlado por um operador invisível noutra sala) e de premeiam as nossas viagens, desde fazerem uma travessia pela Madeira a escolha do destino ao planeamencom uns óculos de realidade virtual, to da estadia, passando claro pela de onde podiam olhar a 360° alguns “Antes mesmo da própria experiência dos locais que dos pontos mais emblemáticos do visitamos. Seria fácil ceder a uma escolha do destino, arquipélago. Não se trata apenas de ideia romântica do turismo e desamais do que uma brochuas tecnologias de oferecer creditar todas estas novas ferramenra ilustrada a um potencial cliente, tas como sintoma de uma incapacirealidade aumentada trata-se de poder apresentar um dade de nos deixarmos surpreender. melhores destinos turísticos do trazem toda uma dos Mas basta olhar com atenção para mundo fazendo-lhe jus. E tal como os desenvolvimentos tecnológicos nova vida às feiras de este pode ser o momento em que na área do Turismo para compreenfamília decide onde vai passar turismo, que com elas uma der que viajar é hoje uma atividade as suas férias, funciona também que se recobre de um enorme pose tornam capazes como forma de planear o que fazer tencial, que se abre a um conjunto o avião já aterrou. APPs de de mostrar de forma quando cada vez mais vasto de experiências, realidade aumentada ou postos inque nos pode ajudar a chegar onde muito mais eficaz e terativos podem motivar o viajante nunca fomos, que pode levar mais mais sobre a cultura, apelativa as várias aa conhecer longe a nossa espontaneidade sem história, os modos de vida, os que para isso tenhamos de abdicar opções de destino que desportos, enfim o que melhor cada segurança, que nos permite ver o local que visita. Temos exibem” racteriza mais, sentir mais, conhecer mais. desenvolvido esse trabalho com As soluções de realidade aumentada resultados muito interessantes em e virtual são especialmente pertinentes neste contex- museus e instalações, em vários países. to. Basta pensar que também elas se apresentam como Mas é claro que o potencial destas tecnologias não fica portas para novos mundos, pontes para novas realida- apenas pelas suas aplicações mais direcionadas para des. Quem diria que pôr uns óculos nos podia levar tão contextos de exibição ou lúdicos. Através de software longe como um avião? Mas não nos deixemos contagiar que lê a localização dos utilizadores, torna-se cada vez pela ideia de que uma viagem pelos sentidos anula uma mais possível recorrer a guias áudio que acompanham viagem pelo globo. O que estas tecnologias permitem, o utilizador, em vez de ditar os seus passos. Se, finalmais e mais a cada dia, são novas formas de explorar mente, mencionarmos o modo como estes guias estão a os vários mundos à nossa volta. É precisamente neste ser adotados no âmbito do turismo de acessibilidades, sentido que a indústria do turismo pode olhar para a como por exemplo para turistas invisuais, que assim se evolução tecnológica como um poderoso aliado na di- podem orientar num local desconhecido e desfrutar da versificação e aperfeiçoamento da sua oferta. adrenalina de conhecer um sítio novo, percebemos que Antes mesmo da escolha do destino, as tecnologias de o futuro nos pode estar a reservar melhores viagens, realidade aumentada trazem toda uma nova vida às fei- mais bem planeadas e mais intensas, para que à família ras de turismo, que com elas se tornam capazes de mos- reste somente o essencial: desfrutar da aventura. < 8

JUNHO DE 2017 | TURISVER


>entrevista Vitor Filipe – presidente e CEO da TQ Travel Quality

Vida feita de trabalho, esforço e sucesso TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

Aos 66 anos de idade Vítor Filipe, actualmente CEO da TQ Travel, está a comemorar 50 anos de carreira no sector das viagens e turismo. Uma carreira longa que o fez passar pelas muitas mudanças que marcaram as agências de viagens, e também plena de experiências e de histórias. É do seu percurso profissional de meio século que Vítor Filipe fala à Turisver nesta entrevista.

T história?

urisver – Está a comemorar 50 anos de carreira no sector das agências de viagens. Como foi o inicio desta longa

Vítor Filipe – Faço 50 anos de carreira no próximo dia 7 de Julho. Entrei a 7 de Julho de 1967 na então agência Turismo de Moçambique. Estava no período de férias de Verão e disse aos meus pais que ia trabalhar durante o Verão para ganhar algum dinheiro e fui inscrever-me no Centro de Colocações do Sindicato dos Empregados de Escritório e enviaram-me para duas empresas mas nenhuma delas me seduziu. A terceira entrevista foi numa agência de viagens e quando entrei comecei a ver uns posters, uns aviões, e isso suscitou o meu interesse. Fiquei e cá estou, há 50 anos, nesta actividade aliciante. Ainda se recorda do seu primeiro chefe?

Recordo. A agência pertencia à família Ferreira dos Santos, muito conhecida principalmente em Moçambique, mas quem estava no terreno eram duas pessoas que me marcaram imenso. Uma foi a Sra. D. Zita Taborda com quem aprendi muito, nomeadamente a postura e a forma de conviver com pessoas de diferentes estratos sociais porque na altura as pessoas que viajavam pertenciam a estratos bem definidos. Aprendi também muito com Fernando Carvalho que fez o seu percurso na antiga Wagons Lits e foi depois convidado para sócio da Turismo Moçambique, onde eu o conheci - era uma pessoa extraordinária, um vendedor nato, com quem tenho histórias interessantíssimas. Para ele não existiam listas de espera, dizia sempre que tudo estava bem e muitas vezes as pessoas deitavam as mãos à cabeça porque não havia lugar de avião, mas a verdade é que ele conseguia sempre resolver as situações. Nessa altura tive como chefe outra

pessoa com quem também tive muito gosto em partilhar grande parte da minha profissão, o Raul Guedes, na altura chefe de agência e que mais tarde viria a ser meu sócio na Equador. Recordo outras figuras com que trabalhei nessa altura, como o Carlos Luís que trabalhou na Abreu e na Top Tours – há outro Carlos Luís que também prezo muito, um amigo que está sediado no Algarve e que foi presidente da APAVT. Todas estas pessoas me marcaram muito, incutiram-me o gosto pela profissão. Tanto assim foi que acabei por dizer aos meus pais que iria acabar o curso à noite para continuar a trabalhar. A verdade é que acabei e até melhorei as notas porque comecei a olhar os estudos de outro modo. E não era só trabalho e estudo, jogava hóquei em patins – comecei no Sport Lisboa e Benfica, joguei lá durante seis anos e cheguei a ser capitão, apesar de ser sportinguista empedernido e para meu gáudio ainda fiz um ano no clu-

be do meu coração. Terminei com 20 anos porque fui chamado para a tropa e estive dois anos na guerra colonial. Que idade tinha nesta altura? Comecei com 16 anos, era um menino, e fiquei na mesma agência até entrar no serviço militar. Quando regressei ainda fiquei mais um ano, mas com o 25 de Abril a agência mudou o nome para Agência de Turismo Meridiano.

EM TEMPOS DE LIBERDADE Sem falsas modéstias considero que sempre fui um bom profissional e comecei a ser muito assediado para mudar de empresa e em 1976 fui trabalhar para a Havas, que também já não existe. Aí conheci o Joaquim Ferreira, profissional de grande gabarito com quem construi uma relação de amizade que subsiste até hoje. Quando fui para a Havas tinha tido

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>entrevista

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outro convite para uma agência que também já não existe, a Capristanos, uma agência de muito peso por onde passaram grandes profissionais, como o Duarte Machado que foi meu director e viria a ser presidente da APAVT, o Rui Horta, a Laura Antunes e tantos outros. Acabei mesmo por ir mais tarde para a Capristanos onde dirigi a loja da Rua do Ouro e o Duarte Machado estava na sede. Enquanto eu lá estava a empresa acaba por passar algumas vicissitudes e acabo por ir para a Mercure, uma agência com uma dinâmica muito interessante, muito ligada aos eventos desportivos, nomeadamente futebol – era a agência oficial do Benfica, o seu proprietário era uma figura que marcou o nosso sector, o Manuel Barbosa, um homem sui generis com quem também apreendi bastante e que me deixou muita saudade.

OS ANOS 80 E A ENTRADA NA VISA Eu era um grande vendedor e tinha muito negócio nas mãos – naquela época os clientes eram muito fidelizados às pessoas – e a Mercure tinha muitos altos e baixos, pelo que comecei a preocupar-me. Tinha uma relação de amizade com o José Pinto, da Turopa, que foi uma empresa marcante do nosso sector pela inovação que trouxe, pela maneira de trabalhar e pelos grandes profissionais que por lá passaram e, na época, o José Pinto tinha feito uma parceria com um grupo de agências de viagens que na altura se chamava Visa e 10

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“Às vezes as pessoas nem se apercebem da evolução que o turismo tem tido. Quando comecei, em 1967, as reservas de hotel eram feitas por telegrama. Ligava-se para a Marconi e ditávamos o telegrama, em francês ou inglês, e este era enviado com resposta paga de sete palavras”

era liderado pelo Ivo Rodrigues, que nos deixou há pouco tempo e a quem eu devo muito do que sou, e pelo Manuel Proença que desde há muitos anos está dedicado à hotelaria. Quando começo na Visa, convidado pelo Ivo Rodrigues através do José Pinto, a proposta foi para dirigir uma agência em Almada. Estávamos nos inícios dos anos 80 e fiquei algo preocupado porque era uma zona muito conotada pelo Partido Comunista e comecei a pensar que poderia perder alguns dos bons clientes que tinha. Mas fui a Almada, a agência ficava na Cova da Piedade, muito perto do antigo Pão de Açúcar, uma zona muito interessante em termos de movimento e acabei por aceitar o desafio, até porque o Ivo Rodrigues oferecia-me 10% para entrar na sociedade. Arrisquei e em boa hora o fiz porque correu-me muito bem. É aqui que pela primeira vez se assume como empresário do sector?

Exacto. Na altura tínhamos um núcleo duro que pertencia ao grupo Visa, o Ivo Rodrigues, o Manuel Proença, o Vítor Marques, o João Moita e uma pessoa mais ligada à área administrativa. Passados anos, por divergências entre os sócios, o grupo partiu-se, o Ivo Rodrigues ficou com Lisboa, Estoril e Almada. Entretanto os cartões Visa vieram para Portugal em força, indemnizaram o grupo e tivemos que mudar de nome para Equador. Antes disso, quem estava no Estoril era o José Carlos Paulino, outra pessoa que me marcou bastante e do qual fui sócio durante muitos anos. Como é que era o turismo nessa altura? Às vezes as pessoas nem se apercebem da evolução que o turismo tem tido. Quando comecei, em 1967, as reservas de hotel eram feitas por telegrama. Ligava-se para a Marconi e ditávamos o telegrama, em francês ou inglês, e este era enviado com resposta paga de sete palavras. A resposta era-nos depois trazida por um boletineiro da Marconi, uns funcionários que vestiam fardas caqui e andavam de mota ou bicicleta. O telegrama de resposta era depois arquivado junto da reserva, como confirmação. A seguir veio o telex e é já nos tempos da Equador Almada que aparecem os primeiros faxes. A partir daí a evolução não pára e é rápida, com os computadores, a internet… Recordo que foi em Almada que introduzimos o TAPmatic – o sistema

de reservas da TAP, percursor dos GDS -, o que também foi uma evolução enorme. Os GDS passaram a ser marcantes para as agências de viagens? Muito. Em Portugal trabalhávamos com o TAPmatic, depois a TAP e um grupo de companhias, lideradas à época pela British Airways, criaram um GDS que se chamava, e chama, Galileo e por seu turno a Lufthansa e outras companhias criaram o Amadeus – isto na Europa. O curioso é que hoje parece que os GDS são grandes inimigos das companhias aéreas, quando foram elas que os criaram, mas os GDS sempre foram muito importantes para as agências de viagens que têm tido sempre uma grande abertura por parte deles e posso dizer que em Portugal somos parceiros. Há grandes lutas, grandes negociações, mas tem sido sempre uma relação win-win, que é o que se pretende. Com os GDS para já a relação está pacífica, o que não quer dizer que as coisas não se alterem. Quando se tratava de viagens de lazer eram vocês que faziam tudo ou já havia operadores turísticos? Já havia, um dos primeiros foi a Multitour, fruto de uma parceria entre várias agências de viagens, incluindo a Turismo Moçambique. Depois apareceu a Apolo, por onde passaram grandes profissionais como o Carlos Amorim, o Jorge Gama, o Manuel José Pires… Passados uns anos a


Abreu cria o Clube 1840, depois aparece a Vip… A Abreu hoje parece muito distante das outras agências pela sua dimensão. Nessa altura essa distância existia? A Abreu sempre teve a liderança, principalmente na área do lazer, e isso só começa a ser posto em causa, mas mais na área das empresas, quando nasce a Top Tours, uma empresa excepcional criada por três pessoas também excepcionais e que abrangia as três grandes áreas de negócio: o Mário de Matos no outgoing, o Jacinto Aleixo na área dos operadores e o Rui Horta, uma figura do incoming, o “mister turismo” como já lhe chamaram e de quem me orgulho de ser amigo.

NASCIMENTO E VENDA DA EQUADOR Voltamos ao nascimento da Equador com o Vítor Filipe como sócio… Passados dois ou três anos, o Ivo Rodrigues resolve abrandar a sua actividade empresarial e propõe-me a venda das quotas que tinha como sócio maioritário. Aceitei, com a condição de pagar devagarinho, o que aconteceu e esta é mais uma razão pela qual afirmo que devo muito do que sou ao Ivo Rodrigues. Comprei a empresa, em finais dos anos 80, e comprei também as quotas de um dos sócios que havia no Estoril e fiquei com o José Carlos Paulino – eu fiquei minoritário no Estoril e ele ficou minoritário na agência de Almada, fizemos uma parceria que correu bem. Quando o Paulino resolveu enveredar por outros caminhos, comprei a quota dele. Entretanto, tinha-se juntado a nós o Raul Guedes, que tinha estado na ACP das Amoreiras e tinha muito negócio ao nível das empresas, embora eu tenha sempre ficado com a maioria do capital. A entrada do Guedes dá-se com o intuito de abrirmos uma agência em Lisboa, o que veio a acontecer – abrimos uma loja na Alameda D. Afonso Henriques. A partir daí fomos crescendo, abrimos Alfragide que foi um grande sucesso, conseguimos clientes de grande prestígio. Depois compro a Turismo Meridiano, o que me deu um enorme prazer porque praticamente todas as pessoas que lá trabalhavam tinham sido meus colegas. A partir de certa altura optei por parcerias: fiz uma no Porto com a Isabel Burnay e em Lisboa com o Fernando Mendes, quando abri a Equador Saldanha. Hoje, quando se diz que muito do que o turismo é se deve aos empresários que andaram lá por fora de mala na mão a bater às portas, principalmente na área do receptivo, é a realidade?

Fiz muito isso, até porque nos anos 90 também abri o meu receptivo. Já tinha um receptivo, mas de pequena dimensão, e fruto de uma parceria que formei com a Laura Antunes e a Conceição Zenha, abri a Equador Internacional, o receptivo da Equador. Criei uma empresa bastante interessante, penso mesmo que quando a vendi seria a sétima agência de viagens em Portugal. A Equador era uma empresa sólida, apetecível, com uma situação financeira muito razoável, rodeada de grandes profissionais e muitos deles acompanharam-me quando vendi a Equador ao Grupo Sonae, como o José Luís Silva que era meu sócio, a Ana Canedo que já está reformada, o Vítor Morais que ainda se mantém no activo, a Isabel Pedro, a Alzira Fernandes, que trabalhou comigo em receptivo e hoje está na área de empresas da Geostar, e alguns até são hoje meus sócios como a Luísa Sequeira e o Jorge Dias. Na altura em que vendo, a empresa tinha muito mais peso que a própria Star que deu o pulo precisamente quando compra a Equador. Em relação à minha passagem pela Star, penso que também contribuí, como muitos outros, para a Star ter dado o pulo que deu e ter passado a ser a terceira principal agência do país e até, em termos de lazer, ter ficado em primeiro ou segundo, juntamente com a agência Abreu. Tínhamos localizações óptimas nos centros comerciais, nos hipermercados do grupo Sonae. Ao fim de seis anos houve algumas divergências que me motivaram a dar outro rumo à minha vida.

VEIO A NECESSIDADE E INTERESSE PELO ASSOCIATIVISMO Antes de entrarmos nessa parte mais recente do percurso vamos voltar um pouco atrás e abordar outra área também importante da sua carreira. Quando é que se interessou pelo associativismo? Para mim essa é uma fase muito importante da minha vida. Houve uma época, quando ainda estava na Equador e a empresa já tinha algum peso, em que começámos a sentir que havia condições de comercialização desfavoráveis às médias agências, ou seja, que havia uma grande protecção relativamente às grandes agências que na época eram a Abreu, a Top Tours, a Space e a Intervisa – penso que estas seriam as quatro empresas que lideravam o sector. Numa conversa informal numa viagem de avião para Lisboa, o João Pombo, que tinha em mãos o projecto da Geotur, falámos sobre a situação e a necessidade de nos juntarmos para não continuarmos a perder negócio. Ficámos de convidar alguns amigos para um jantar no Pabe e é aí que decidimos

avançar com um projecto comum, uma espécie de central de compras em que iríamos concentrar esforços para negociarmos com os nossos parceiros. O nosso maior interlocutor na época era a TAP e tivemos a felicidade de ter, do lado da TAP, como interlocutora, uma pessoa de grande visão, a Dra. Maria José Rita, que gostou do nosso projecto até porque se estava também a sentir muito condicionada a uns poucos players. Formámos então a Elovia, que inicialmente era apenas para empresas da zona de Lisboa. Foi um projecto muito interessante, de enorme sucesso, que foi depois alargado à região Norte, através do Carlos Costa, da Clubtur, que tinha uma boa relação com o João Pombo. O Carlos Costa traz então um grupo de amigos, todos do Norte, para se juntarem a nós, e fomos crescendo. O projecto continua hoje, já não como Elovia, mas como Go4Travel, em resultado da fusão de um grupo que aparece a seguir à Elovia e que de início se denominava Aviana, à época liderado pela Maria de Lurdes Dinis. Pelo meio houve várias transformações: a Elovia passou a ser Eloair, a Aviana passou a HCT, numa evolução conjunta que resultou. Quando formámos a Elovia sentimos também que era necessário dar um empurrão na APAVT que tinha tido uma força muito grande dentro do turismo logo a seguir ao 25 de Abril com o Joaquim Pinto da Silva, a quem sucedeu o Carlos Gonçalves Luís que também fez um excelente trabalho. Seguiu-se o Duarte Machado que era essencialmente um profissional do receptivo quando os problemas que estavam a surgir relacionavam-se com o outgoing, e verificou-se que a equipa do Duarte Machado era formada por pessoas que estavam muito longe de conhecer em profundidade o outgoing. É então que na Elovia se desenha uma estratégia, liderada pelo João Pombo, de termos um papel interventivo na APAVT. Na altura juntou-se uma série de vontades, houve também um grupo liderado pelo Rui Horta que convidou a agência Europeia, na altura liderada pelo Atilio Forte, e é então que se dá a candidatura do Atilio Forte à APAVT numas eleições muito disputadas em que a Elovia apoia o Atilio Forte para presidente e integra essa direcção, com o Rui Horta a liderar a Assembleia Geral. Foi uma direcção que fez um trabalho magnífico na APAVT a todos títulos e eu, embora não estando na APAVT, acabava por estar também envolvido até porque dentro da Elovia era a pessoa mais chegada ao João Pombo. Quando se dá a saída do Atilio para a Confederação do Turismo, que mexe completamente com o sector – quem deu força à CTP foi a APAVT – o João Pombo passa para a presidência da APAVT e eu entro na Direcção, aca-

bando depois por suceder ao João Pombo como presidente, e penso que fiz um trabalho razoável. Uma presidência que ficou marcada pela célebre XP… É verdade, isso foi marcante, foi uma luta muito grande mas tivemos a felicidade de termos do outro lado pessoas que conheciam muito bem o sector das agências de viagens, como o Carlos Paneiro, foi ele aliás que descobriu o código XP. Na altura já estava Fernando Pinto como administrador da TAP, o Luiz Mór, pessoas muito conhecedoras com que fizemos uma grande parceria. É bom recordar, porque as pessoas por vezes esquecem-se, que a TAP dá um salto enorme nessa época como eu aliás vaticinei em conversa com o Dionísio Barum. Depois a Portugália e a SATA aceitam também a XP e penso que isso foi benéfico para todos: não trouxe custos para as companhias aéreas, ao contrário aumentou-lhes as receitas, e trouxe receita para os agentes de viagens. Foi uma época marcante em que os congressos também nos correram muito bem, recordo até com orgulho o facto de ter realizado o primeiro congresso da APAVT num PALOP, em Moçambique, um país que marcou a minha vida. Foi o último congresso realizado sob a minha direcção e recordo que tivemos um grande apoio por parte do ministro de turismo de Moçambique, Fernando Sumbana Júnior.

SAÍDA DA STAR E CRIAÇÃO DA TQ TRAVEL Voltando à carreira profissional, ao fim de seis anos sai da Star e monta uma nova empresa. Como é que foi? Houve algumas divergências entre mim e as pessoas que lideravam o projecto na altura, nomeadamente o Dr. Martins Jesus, e senti que começava a haver algum mal-estar, pelo que resolvi ter uma conversa com o Dr. Nuno Jordão que era o presidente da área a que eu pertencia, a distribuição. Eu tinha uma cláusula de não concorrência no contrato, de que ele acabou por me libertar e resolvi partir para um projecto novo. Sabia de uma agência que estava à venda porque o sócio maioritário, Benvindo José da Silva, tinha falecido havia pouco tempo. Eu conhecia bem a empresa porque era um dos sócios da Elovia por convite meu, e tínhamos até sido sócios noutro projecto de um operador, a Munditour que teve muita gente envolvida, por isso falei com a Rita Pereira que era a proprietária, chegámos rapidamente a acordo, desafiei algumas pessoas que conhecia bem para o projecto e comecei, com a Luísa Sequeira e o Jorge Dias que ainda hoje estão co-

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>entrevista migo. Começámos na antiga Benvindo Tours, na Rua do Salitre, tivemos sucesso desde o primeiro momento, começámos a facturar valores muito interessantes para quem começa e crescemos rapidamente. Fomos convidando colaboradores com muita experiência e isso deu-nos capacidade para termos um projecto sólido. Primeiro começámos com o outgoing e um ano depois começámos com o receptivo para onde convidei o Jorge Rodrigues que hoje é também meu sócio nesta área. O Jorge saiu da Star e trouxe duas pessoas da equipa dele e veio também o meu filho Ricardo que era colaborador da Equador Internacional. Uma das razões para eu comprar a Benvindo Tours prendeu-se com o facto de a empresa fazer parte da Go4Travel pois sabia a mais-valia que isso ia significar para o negócio.

um diálogo muito profícuo com o Miguel Quintas que liderou a Amadeus e tem um projecto interessantíssimo que é o Consolidador.com – temos ambos provas dadas e penso que poderemos ser uma mais-valia em termos de futuro, numa direcção de gente muito válida, disposta a trabalhar e que defenda os interesses dos agentes de viagens. A grande preocupação do outgoing reside nas companhias aéreas e nós temos projectos muito interessantes nessa área, provavelmente iremos ter um consultor para tratar do transporte aéreo, iremos estudar muito bem o nosso relacionamento com a IATA para ver se nos entendemos e voltamos a ser parceiros sem que as companhias olhem para os agentes de viagens com desconsideração. Em termos concretos penso que no final do Verão estaremos em condições de apresentar um projecto em que a Go4Travel tenha um papel de liderança, mas volto a frisar, o Vítor Filipe só alinhará num projecto em que não existam divisões.

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A determinada altura torna-se sócio de um operador? Não, essa é uma situação que eu herdo por via da Elovia ter comprado um operador que era a Solférias e pertencia, na altura, à Intervisa e à Cosmos, liderada então pelo António Laranjeiro. A Elovia era dona da Solférias e nós, como membros da Elovia SGPS tínhamos uma quota no operador. A Solférias passou por várias vicissitudes dentro da Elovia, nunca foi um projecto de sucesso na época e só começa a dar o salto com o Mundovip e a ES Viagens e, principalmente, quando ao projecto se junta o Nuno Mateus e a Sónia Regateiro. As minhas primeiras quotas dentro da Solférias eram da Equador e ficaram para a Sonae, mas quando compro a Benvindo esta era accionista da Solférias por via da Eloair, por isso foi uma situação que herdei. Ou seja, com a Benvindo sou accionista da Solférias e membro da Go4Travel e as coisas têm corrido muito bem.

CHEGADA À PRESIDÊNCIA DA GO4TRAVEL Desde há quase dois anos é presidente da Go4Travel. Agarrei-me muito ao projecto da TQ mas envolvi-me também na problemática da Go4Travel e há cerca de dois anos deu-se uma mudança de rumo com a entrada de uma nova administração e houve pessoas que acharam por bem que fosse eu a liderar essa mudança e o processo tem corrido muitíssimo bem. Conseguimos reunir uma administração de excelência mas posso dizer que muito do que temos feito foi iniciado pela anterior administração, nomeadamente a abertura a novas empresas, com a entrada da Cosmos, que foi muito importante, e a TopMic de Rui Horta. Continuámos este processo e conseguimos uma nova dinâmica. 12

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Como é que olha para o seu futuro?

O ano passado foi muito difícil, deu muito trabalho, admitimos mais alguns accionistas que têm sido uma grande mais-valia para a nossa sociedade, como a Em Viagem, a Globalis WTS e o Consolidador.com. Este ano tem corrido muito bem, estamos com crescimentos muito bons graças à dinâmica que foi criada. Penso que temos feito um bom trabalho ao nível de contratação com os nossos parceiros. Para o futuro próximo está a sua candidatura à presidência da APAVT. Na convenção de Viseu, que foi um grande sucesso para a nossa sociedade, o tema APAVT foi discutido e achámos que é altura da Go4Travel poder liderar um projecto dentro da APAVT. Foi isso que nos propusemos, o Vítor Filipe não foi indicado para presidir à APAVT, o que não quer dizer que não o venha a fazer. O que eu quero que as pessoas percebam é que o Vítor Filipe está disponível para liderar um projecto patrocinado pela Go4Travel mas que será sempre um projecto dos agentes de viagens e não da Go4Travel, mas achamos que por várias vicissitudes que aconteceram nos últimos anos, é preciso dar uma “sapatada” no outgoing e para isso será necessário que a APAVT tenha uma direcção com uma dinâmica diferente da actual. Pessoalmente, estou muito à vontade para falar da direcção liderada pelo Pedro Costa Ferreira, pessoa por quem tenho uma amizade

“Agarrei-me muito ao projecto da TQ mas envolvi-me também na problemática da Go4Travel e há cerca de dois anos deuse uma mudança de rumo com a entrada de uma nova administração e houve pessoas que acharam por bem que fosse eu a liderar essa mudança e o processo tem corrido muitíssimo bem” de muitos anos e que tem feito um excelente trabalho. O Pedro recuperou financeiramente a APAVT que tinha sido deixada numa situação caótica pelo anterior presidente e tem feito um excelente trabalho em termos de incoming, conseguiu a vinda dos congressos dos agentes de viagens ingleses e alemães que foi muito importante, mas talvez esteja na altura de haver uma dinâmica diferente. Por exemplo, está na altura de os órgãos sociais serem muito representativos, com empresas de topo do sector, e de haver uma liderança forte em que todos se sintam representados. O outgoing está a passar por problemas muito graves que têm que ser muito bem trabalhados. Tenho tido

Já estou com 66 anos e em termos empresariais irei estar aqui mais uns quatro anos. Em termos associativos, se forem encontradas convergências em relação à APAVT, penso que poderei ser um elemento agregador – se sentir que vai haver divisões, não contem comigo. Os estatutos foram mudados e eu se for para a APAVT quero revertê-los, voltar limitar o número de mandatos, provavelmente de dois ou três anos renováveis por mais dos ou três anos. O meu objectivo é aos 70 “encostar às boxes” e se for eleito para a APAVT só farei um mandato. Trabalho, esforço e sucesso – estas três palavras resumiriam bem a sua carreira? Provavelmente. Nada se consegue sem trabalho e sem esforço – para ter sorte é preciso muito trabalho mas também precisamos de uma luzinha que nos ilumine o caminho. Mas nunca podemos dizer que estamos bem. Aqui na TQ, por exemplo, tivemos um 2016 muito difícil até pela exposição que tínhamos a Angola. Perdemos cerca de 3,5 milhões de euros em vendas e tivemos que os recuperar. No outgoing, talvez por estarmos muito agarrados a um mercado que era o brasileiro, também tivemos uma quebra grande já no final de 2015 e na primeira metade de 2016. Felizmente este ano as coisas têm-se composto, o mercado brasileiro começou a recuperar ainda em 2016 e está de novo a todo o gás. O objectivo agora é voltar a facturar o que facturei em 2014, o ano de maior sucesso para a TQ. Em termos de Elovia e Go4Travel, as coisas têm corrido muito bem. Quanto ao futuro, há que voltar a lutar muito para ter algum sucesso. <


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>agenda Data: 27 a 29 de Setembro Local: São Paulo

ABAV - Expo Internacional de Turismo 45ª ABAV Expo internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa regressam este ano ao Pavilhão de Exposições do Anhembi (São Paulo). Esta Feira anual está formatada para absorver as diferentes procuras da cadeia produtiva do turismo, em especial a dos agentes de viagens. Num mercado cada vez mais competitivo, participar da ABAV Expo é estar em contacto directo com os diferentes players do sector, no ambiente propício à realização de negócios, à aquisição de conhecimento e ao relacionamento. Esta edição evidenciará o turismo de luxo com a estreia de um lounge exclusivo para a realização de networking, além de experiências personalizadas aos convidados Vips. Também a Vila do Saber, inova na sua proposta para 2017 com uma estrutura de conteúdo mais dinâmica e atracções interactivas, visando maior aproximação com os participantes. Portugal mantém sempre uma forte presença neste evento, tendo em conta a importância do turismo brasileiro para o nosso país. <

>notícias Investimento até 100 M€ para criar o Mundo do Vinho em Vila Nova de Gaia No coração do centro histórico de Vila Nova de Gaia vai nascer um Mundo do Vinho, projecto que nascerá da conversão do património do grupo The Fladgate Partnership, tendo por base um investimento a rondar os 100 milhões de euros. Tem abertura prevista para Junho de 2020. Ocupando uma área superior a 30.000m2, onde “moravam” os armazéns do vinho do Porto, o projecto irá aumentar exponencialmente o número de espaços que podem ser conhecidos e explorados pelos turistas, aos quais passarão a ser oferecidas cinco experiências diferenciadas: Wine Experience para contar a história dos vinhos portugueses da vinha à garrafa; Cork Experience que conta a história da cortiça que rolha as

garrafas de vinho; Porto Through the Ages, os mais de dois mil anos de histórica da cidade Invicta; Fashion & Design Museum para dar a conhecer a indústria da moda e do design, a Norte; e The History of Drinking Vessels que conta como os copos para beber vinho foram mudando através dos tempos. Trata-se de um grande complexo cultural, de retalho e restauração, que pretende ser um importante centro para a expansão do turismo e que visa servir 560.000 visitantes, que realizarão no World of Wine mais de 1 milhão de visitas culturais. Uma escola de vinho, 12 áreas de restauração, espaço de eventos, lojas, espaços para exposições temporárias e estacionamento subterrâneo para 150 viaturas, completam o projecto. <

Data: 20 a 22 de Outubro Local: Londres

Feira de investimento imobiliário e no turismo em Portugal Trata-se de um evento profissional, dedicado ao investimento no mercado imobiliário e do turismo em Portugal, direccionado aos investidores britânicos e de outros países – Europa, Médio Oriente e Ásia, presentes em Londres. O certame decorre no Business Design Centre, em Londres, em paralelo com a 2ª edição do encontro de negócios The Portuguese Offer, e conta com o apoio da aicep Portugal Global, e a Câmara de Comércio Portugal-Reino Unido. Para os expositores constituirá uma oportunidade para exporem as suas propriedades imobiliárias ou projectos de desenvolvimento urbanísticos ou de turismo, estabelecer contactos de negócio e realizar encontros e reuniões com profissionais e investidores.<

Data: 28 de Fevereiro a 4 de Março de 2018 Local: Lisboa

30ª edição da BTL

No ano em que comemora o seu 30º aniversário, a Bolsa de Turismo de Lisboa vai realizar-se de 28 de Fevereiro a 4 de Março, tendo o palco de sempre, as instalações da FIL, no Parque das Nações, em Lisboa. A antecipação da data resultou de uma decisão conjunta e unânime tomada pela organização e respectivo Conselho Estratégico, após consulta dos parceiros e players do trade nacional e internacional, tendo em conta a estratégia definida e a sua calendarização ser mais conveniente à promoção nacional e internacional, ao mesmo tempo que a coloca a anteceder a ITB de Berlim e seguindo-se ao Carnaval, quadra que movimenta um significativo fluxo de viagens em Portugal e em mercados com forte presença na BTL, como o Brasil. < 14

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easyJet com duas novas rotas de França para Faro A easyJet coloca o Algarve mais perto de cidades francesas com duas novas rotas, de Nice e Lille para o aeroporto de Faro, asseguradas por Airbus A320, com capacidade de 186 lugares. Com a inauguração dos novos serviços, o aeroporto de Faro passa a ligar o Algarve a 10 aeroportos franceses, sendo o mercado francês, neste Verão, responsável por um

acentuado acréscimo de 30% na oferta total de lugares em relação ao Verão do ano passado. Esta operação da easyJet para Nice e Lille vai servir a região do Algarve três vezes por semana (segundas, quartas e sextas) na temporada de Verão e prolongar-se na temporada de Inverno com duas frequências semanais (segundas e sextas). <


Puralã Hotel inaugurado O Puralã Wool Valley Hotel&Spa, a mais recente unidade do Grupo Natura IMB Hotels, acaba de ser inaugurado pelo Primeiro-Ministro, António Costa. Recorde-se que o Puralã Hotel, que contou com um investimento de 1.5 milhões de euros, resultou da requalificação integral do antigo Hotel Turismo da Covilhã no âmbito do Portugal 2020.

Com 100 quartos e reproduzindo a história dos lanifícios, a unidade que funciona desde finais do ano passado, oferece restaurante com buffet diário, bar e salas polivalentes, bem como o Natura Clube & Spa, com piscina interior aquecida, exterior, jacuzzi, sauna e banho turco/hamman, ginásio, squash, massagens e estética.<

TAP inicia operação para 4 novos destinos A TAP inaugurou, no passado dia 10 de Junho, a rota de Toronto, ao mesmo tempo que reforça a sua presença na Alemanha com novos voos para Estugarda e aposta em mais dois destinos no mercado espanhol – Gran Canária e Alicante. A operação de Toronto oferece cinco frequências semanais, com saída de Lisboa aos sábados, domingos, segundas, quartas e sextas, às 18h45, e chegada a Toronto às 22h00. No sentido inverso, a saída de Toronto é às 23h55 e a chegada a Lisboa às 12h15 do dia seguinte. Os voos serão operados em equipamento A330, com capacidade para 268 passageiros. Para Estugarda, na Alemanha, as ligação serão bi-diárias, realizadas em aviões Embraer 190 ou Embraer 195, com partidas de Lisboa às 13h25 e às 18h55, e de Estugarda às 06h00 e às 18h20. Gran Canária é agora retomado com uma frequência diária em ambos os sentidos, com partidas de Lisboa às 10h40 e da Gran Canaria às 13h40. Os voos serão operados, na sua maioria, em equipamento Embraer 195, com capacidade para 118 passageiros. Alicante passa a ser servido também por voos diários, com saídas de Lisboa às 09h40 e partidas de Alicante às 13h30. A operação será assegurada por ATR 72-600, cuja capacidade é de 70 passageiros. <

Longitude9 é novo operador turístico para segmento luxo João Mateus e Luís Tonicha associaram-se ao grupo brasileiro Master Viagens para lançar a Longitude9, operador turístico para o segmento de luxo, reunindo no seu portefólio circuitos europeus diferenciados e exclusivos. A Longitude9 oferece experiências únicas, personalizadas ou em grupos restritos, que vão desde dirigir um Ferrari em Maranello ou tomar um chá no deserto de Marrocos. Tudo foi seleccionado cuidadosamente para proporcionar experiências inovadoras e marcantes, fora do comum, combinando gastronomia, arte, beleza e conforto. <

AHRESP quer conhecer melhor o negócio da restauração e bebidas A AHRESP e a Nielsen Portugal vão realizar um inquérito no território continental português com o objectivo de conhecer melhor o negócio das empresas e os padrões actuais do consumo dos clientes. Os primeiros resultados serão divulgados em Setembro. Este inquérito, que visa colmatar a carência de informação sobre a regular operação das empresas do sector da restauração e bebidas, incidirá em cerca de 1.500 estabelecimentos de Norte a Sul de Portugal. Os dados que serão recolhidos irão permitir à AHRESP, aos seus associados e aos empresários da restauração, obter informação da maior relevância sobre os comportamentos da procura e, consequentemente, apoiar a definição ou o reajustamento da sua estratégia comercial. A consulta irá medir também a dimensão da procura do mercado internacional nesses estabelecimentos. <

Luna Hotel Turismo de Abrantes já abriu O Luna Hotel Turismo de Abrantes acaba de ser inaugurado numa cerimónia que contou com presença do Primeiro-Ministro António Costa, após um investimento privado de 2,1 milhões de euros. O Luna Hotel Turismo de Abrantes, situado no centro da cidade, no Alto de Santo António, insere-se na categoria de boutique hotel, é composto

por 44 quartos e suites, decorados e mobilados sob o conceito clássico alusivo à época da sua inauguração (1954), e tem um espaço dedicado a eventos, como casamentos, baptizados, banquetes, conferências e congressos, piscina exterior, ginásio e jacuzzi, e serviço de bar e restaurante, que apostará num cardápio com a gastronomia tradicional da região. < TURISVER | JUNHO DE 2017

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>reportagem

Foi com os objectivos de reforçar as relações institucionais entre a Confederação do Turismo Português e os organismos europeus e colocar a política de turismo na agenda da UE, que a CTP em colaboração com a eurodeputada Cláudia Monteiro de Aguiar, levou uma delegação empresarial a Bruxelas, no início de Junho. TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

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Delegação da CTP na União Europeia

O turismo tem de ter uma voz na União Europeia

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epois de uma visita realizada no início do ano, que serviu de preparação para a deslocação desta delegação empresarial do turismo às instituições comunitárias, ficou claro que a Confederação do Turismo Português está disposta a criar um grupo de interesse que inclua os países do sul da Europa – aqueles que têm as suas economias mais dependentes do sector turístico

–, o Conselho Económico e Social Europeu (CESE) onde a CTP já tem um representante, o Comité Europeu das Regiões que já tem vários elementos sensibilizados para o turismo, entre outros organismos. O turismo é uma área económica tratada no seio da União Europeia apenas de forma indirecta, muitas vezes pela vertente dos transportes, ou da defesa dos consumidores. Apesar de a Europa ser o continente que recebe mais turistas em todo o mundo, em Bruxelas não se discute turismo e muito menos existe uma política para o sector, como ficou claro nas palavras que proferiu à delegação portuguesa Christian Godsam, coordenadora de políticas do Comité Europeu das Regiões: “O turismo continua a ser um ‘não-assunto’, não é considerado um negócio sério”, afirmou. Para mudar este estado de coisas, Francisco Calheiros e a deputada europeia Cláudia Monteiro juntaram esforços e estão dispostos a criar um lobby, algo que é legal junto da UE, ao contrário de Portugal onde não existe regulação nem legislação sobre a matéria. Para Francisco Calheiros tudo o que possa levar os responsáveis políticos em Bruxelas a olhar

para o turismo “é fundamental para as pretensões da CTP”. Por isso, admite, “viemos tentar fazer lobby e com certeza viremos aqui fazê-lo mais vezes no futuro”. Para cativar os seus pares para esta batalha, Cláudia Monteiro tem usado as ‘armas’ que o turismo português lhe fornece, nomeadamente o crescimento que se tem verificado. “O trabalho extraordinário que a indústria tem feito e os resultados positivos que tem conseguido são argumentos fortes que tenho cá e que me ajudam nas lutas internas e parlamentares a dar a importância que o sector merece junto das instâncias europeias”, salientou a eurodeputada que deixaria no ar uma questão: “Se a Europa tem uma Política Agrícola Comum, porque não ter também uma política europeia para o turismo?”.

TURISMO DEVE TER UMA LINHA DE FINANCIAMENTO ESPECÍFICA Em praticamente todos os contactos e reuniões realizadas, um tema que os elementos da delegação levaram para cima da mesa foi o do financiamento ao sector, já que faltam linhas de apoio ao turismo e as que existem


Carlos Moedas – Comissário Europeu da Investigação, Ciência e Inovação

“Turismo tem de ser uma estratégia nacional coordenada a nível da Europa” têm condições que levam a maioria das empresas portuguesas a estarem excluídas à partida, dada a sua pequena dimensão. Uma das preocupações imediatas do presidente da CTP é ainda referente ao actual Quadro Comunitário de Apoio a Portugal, conhecido como 2020 e que não é favorável ao sector. “Estamos num Quadro Comunitário que está a meio e ainda podemos inverter algumas tendências e iremos sensibilizar o Governo no sentido de conseguirmos ainda vir a ter apoios específicos ao turismo” salientou Francisco Calheiros, que não quer continuar a ver as empresas do turismo a concorrerem ao mesmo pacote de apoio de todas as outras porque “o investimento na hotelaria é muito específico, tem contornos muito próprios” defendeu. Mas se ainda é possível, segundo o responsável da CTP, criar condições para um melhor apoio às empresas turísticas no actual Quadro Comunitário, não deixa de ser fundamental “termos desde já um papel activo no desenho do próximo QCA pós-2020” disse Francisco Calheiros, até porque a sua preparação em Bruxelas irá começar, o mais tardar, no início do próximo ano. As baterias da Confederação do Turismo Português estão apontadas no entanto para a criação junto da União

Europeia de um “lobby” que venha a desenvolver um papel importante que conduza à criação de uma linha específica para o turismo já no próximo quadro de fundos estruturais. Para tal a CTP conta desde já com o trabalho da deputada Cláudia Monteiro de Aguiar que a este propósito referiu ser “fundamental tentar unir esforços” e “fazer tudo para que seja criada uma linha específica de apoio financeiro para o turismo”. Neste sentido deu indicações que vários parlamentares europeus e outros quadros da UE já estão sintonizados para esta e outras necessidades específicas do turismo. A delegação de empresários portugueses foi recebida pelo comissário europeu Carlos Moedas, que abordou vários assuntos e respondeu às questões levantadas pelos empresários, sublinhando, no que toca ao Quadro Comunitário de Apoio, que “continuamos numa Europa fragmentada e que para o turismo não tem uma visão comum, o que para mim é um problema económico” (ver caixa).

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DOIS DIAS DE TRABALHO COM BALANÇO MUITO POSITIVO

No final da visita a Bruxelas, em conversa com os jornalistas portugueses que acompanharam a iniciativa,

Numa Europa que, “por razões políticas” continu a a estar “extrem amente fragmentada”, o comissário europeu Carlos Moedas defende que “o turismo tem de ser uma estratég ia nacional, mas tem que estar coorden ada a nível da Europa, com uma visão comum aos valores europeu s”. Em reunião com o grupo de empresários que a Confederação do Turismo Portugu ês levou em visita de trabalho a Bruxelas, o comissário europeu Carlos Moedas frisou que os problem as com que o turismo se debate a nível da legislaçã o europeia são sentidos também noutras áreas: “a legislaçã o é estática , feita por advogados a olhar para o passado e não uma legislaçã o dinâmica a olhar para o futuro, feita nem só por político s nem só por advogados, mas com aqueles que são os seus utilizadores porque eles é que sabem do negócio”. Este é, aliás “um dos maiores desafios que temos na política europeia” onde a legislaçã o leva três a cinco anos a fazer e se legislam e regulam coisas que “dentro de cinco anos não fazem sentido ou não existem , ou então transfor maram-se em produto s complet amente diferent es”. Acresce o problem a da interpretação da lei: “ os Estados Membro s fazem uma interpretação mais rígida da Lei do que deveriam e criam situaçõe s que travam a inovaçã o”, referiu o comissário. Por tudo isto, para que não fique espartilh ado por uma legislaçã o em pouco tempo tornada obsoleta e não fique dependente de uma legislaçã o demasia do reguladora e interven cionista , Carlos Moedas defende que “o turismo tem de ser uma estratég ia nacional que tem que estar coorden ada a nível da Europa com uma visão comum aos valores europeu s” que são aquilo que traz à Europa tantos milhões de visitante s por ano. “Temos que nos unir nessa identida de europeia” que tem muito a ver com a nossa herança cultural e, sustentou, “o turismo pode ter um papel muito importante” na constru ção dessa identida de europeia . Aliás, Carlos Moedas sustenta ver a relação entre a União e o Turismo na vertente de “como o turismo pode ajudar a Europa, mais do que ser a Europa a dizer o que o turismo deve fazer”. <

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>reportagem Francisco Calheiros fez um balanço positivo desta “jornada europeia”, referindo que “em dois dias fizemos tudo, fomos ao Conselho Economico e Social Europeu, estivemos com os membros do Tourism Manifest em que estão todas as forças vivas, estivemos com a representação de Portugal, com o comissário Carlos Moedas”. Tudo somado, afirmou, permitiu “estarmos neste momento perfeitamente cientes de como as coisas funcionam em Bruxelas”. Sustentou ainda que a mensagem da importância do turismo “não só para Portugal como para a Europa que é ainda o primeiro destino mundial”, tem que ser passada. Para o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, que integrou a comitiva, o “balanço é muito positivo por várias razões, em primeiro lugar porque nos apresentámos todos em conjunto, associações e grandes empresários, subsectores diferenciados, com interesses também diferenciados, mas com causas comuns”, em segundo lugar porque “sabemos que representamos subsectores com interesses próprios, por vezes até litigantes, mas sabemos também que temos um amplo espaço de manobra comum e de interesses comuns”. A terceira nota deixada pelo presidente da APAVT foi para os encontros realizados, com destaque para o encon-

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tro com o comissário Carlos Moedas. “Quem está a representar as associações e eu próprio, até pelo meu trabalho na ECTAA, sabe que é na Europa que se decidem muitas das coisas que pensamos que decidimos em Portugal”, frisou ainda, em declarações à Turisver. José Castelão Costa, administrador da Sociedade Grupo Pestana SGPS, S.A., considerou que esta visita já deveria ter sido feita até porque “serviu esclarecer alguns equívocos que existem, uma vez que em Portugal há uma certa sensação de que não se pode fazer nada por causa da União Europeia e quando chegamos aqui e falamos com as entidades o que parece é que as coisas não dependem delas mas da vontade dos governos”. Quanto à relação entre a União Europeia e o turismo, a nota de Castelão Costa não é assim tão positiva, já que a UE parece ainda distante de abraçar as causas do turismo, e esta pouca atenção dada ao sector, é parcialmente atribuída “ao desequilíbrio que há nas instituições sobre o peso dos países emissores relativamente ao peso dos países receptores”. Em declarações à Turisver sublinharia que este “é um trabalho que tem que ser feito” porque “o turismo é uma actividade económica com grandes efeitos no desenvolvimento económico de alguns países, na sua balan-

ça comercial e se estamos integrados num espaço europeu que se quer solidário, há que olhar para isto com olhos de ver”. Este foi apenas o início de uma longa jornada, a Confederação do Turismo quer ir mais longe. Agora vai ser dado seguimento às reuniões de Bruxelas com a certeza de que a CTP e a deputada europeia Cláudia Monteiro de Aguiar, que integra a Comissão de Transportes e Turismo, vão trabalhar em conjunto. “Até Setembro vamos voltar a analisar as necessidades do sector para que

possamos, a uma só voz, entregar as conclusões desse trabalho ao Governo”, nomeadamente aos Ministérios da Economia e do Planeamento, garantiu a deputada, afirmando-se “disponível para colaborar com todas as entidades portuguesas para dar voz às necessidades do país”. Por seu turno, Francisco Calheiros garantiu que a CTP vai ter cada vez mais “uma presença activa em Bruxelas, que é onde tudo se decide”, e enfatiza a ideia de que “tem de aparecer uma voz na Europa que represente o turismo”. <

Visita de trabalho a Bruxelas | Lista de participantes

• Francisco Calheiros – presidente do Conselho Directivo da CTP – Confederação do Turismo Portugu ês

• Pedro Costa Ferreira – presidente da Direcção da APAVT –

Associação Portugu esa das Agência s de Viagens e Turismo

• Raul Martins – presidente do Concelho Geral da AHP – Associação da Hotelari a de Portugal

• Jorge Armindo – presidente da Administração da APC – Associação Portugu esa de Casinos, S.A.

• Jorge Ponce de Leão – presidente do Concelho de Administração da ANA – Aeropor tos de Portugal , S.A.

• D iogo Gaspar Ferreira – presidente do CNIG – Conselho Nacional

da Indústri a do Golfe e da APR – Associação Portugu esa de Resorts

• José Castelão Costa – presidente da Mesa da Assembleia-Geral da CTP | administrador da Sociedad e Grupo Pestana, SGPS, S.A.

• Ana Cristina Ávila – vice-presidente da Mesa da Assembleia-Geral |

delegada de Turismo da Direcção Regional de Turismo dos Açores na Associação de Turismo dos Açores • Francisco Lopes – vogal do Conselho Fiscal da CTP | administrador dos Hotéis Tivoli, S.A. • António Abrantes – secretário-geral da CTP • Paulo Pinto de Barros – representante da CTP | presidente do IAFE – Instituto da Empresa

Departamento de Reservas / Reservation Department Campo de S. Francisco, 19 - 9500 - 153 Ponta Delgada Tel. +351 296 304 891 - TLM. +351 912 223 993 E-mail: reserve@ilhaverde.com www.ilhaverde.com

• Nuno Brito – director de Relações Institucionais, Comunicação e RH da EDP, S.A.

• Miguel Magalhães Duarte – secretário-geral do Grupo Millennium BCP

• José Regalado – director responsável projectos Portugal 2020, PDR, Direcção de Marketin g de Empresa s do Grupo MLN CBP

• C ésar Gonçalves – Partner da PWC – PriceWaterhouseCoopers & Associados

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>actualidade “O Turismo em Portugal: momento actual e estratégia futura” foi o tema a que se subordinou um almoço-conferência promovido pela Vida Imobiliária e que teve como convidado o presidente do Turismo de Portugal, que não fugiu ao tema proposto. Começando a sua intervenção por apresentar os números do Turismo, Luís Araújo falou dos desafios que se colocam ao turismo português, de metas a atingir e da estratégia para o conseguir.

Luís Araújo – presidente do Turismo de Portugal

“É fundamental levar o turismo para o interior”

TEXTO: FERNANDA RAMOS

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turismo português está a passar por um momento único e isso é reconhecido por todos até pelo impacto que os resultados da actividade turística têm sobre os outros sectores, como é o caso da imobiliária, com Gil Machado, da Vida Imobiliária, a afirmar que “muito daquilo que de bom tem acontecido no mercado imobiliário nos últimos tempos depende muito do sucesso da missão do Turismo de Portugal em continuar a ter Lisboa e Portugal na senda dos bons resultados turísticos”. Falando para uma plateia maioritariamente formada por empresários ligados ao sector da imobiliária, foi pelos bem conhecidos resultados da actividade turística em 2016 que o presidente do Turismo de Portugal começou: 7% do PIB, 10% do emprego, 53 milhões de dormidas, 19 milhões de hóspedes dos quais quase 12 milhões foram estrangeiros e 12,7 mil milhões de euros de receitas – números a que, segundo Luís Araújo, apenas se conseguiu chegar “com o esforço de todos”. Não obstante, há “desafios de diversa ordem” pela frente e só ultrapassando-os Portugal pode “liderar o turismo do futuro”, sustentou. Para que melhor se entenda a premência de ultrapassar esses desafios, sublinhou que Portugal tem assistido a “um aumento expressivo do número de camas” com o alojamento local a representar hoje “um terço do total da

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oferta de alojamento a nível nacional”, com “165 mil camas registadas”. Referiu também o “aumento expressivo das empresas de animação turística” cujo número ascende a “quase 5.000 empresas registadas no país”, sublinhando que “só nos últimos dois meses foram criadas 500 novas empresas de animação turística”. Números que mostram bem que “este é um sector em que a sociedade está a apostar”. Se o aumento da procura tem justificado o crescimento da oferta, a nível do alojamento e das empresas relacionadas com a actividade turística, há agora que tomar medidas para que toda esta oferta não fique ociosa e para que os bons resultados turísticos se reflictam na economia de todas as regiões do país, sem excepção. “Alargar a actividade turística a todo o território” tendo em conta que, “90% das reservas feitas pelos turistas ainda são para o litoral” é um dos grandes desafios, com o presidente do TP a afirmar ser fundamental “levar o turismo para o interior”, mas a tarefa não é tão descomplicada como pode parecer, a começar pelo facto de a esmagadora maioria dos turistas que nos visitam utilizar o transporte aéreo tendo por isso Lisboa, Porto e Faro como portas de entrada no continente. “Esta é uma questão a que não podemos fugir, mas também não nos podemos resignar”, defendeu, frisando que Portugal tem que combater em três frentes: “O primeiro combate é que es-

Em Portugal “90% das reservas feitas pelos turistas ainda são para o litoral” e “37,5% da capacidade hoteleira ainda fica inactiva ao longo do ano” ses turistas fiquem cá e não sigam viagem para outros destinos, o segundo é que fiquem o mais tempo possível, e o terceiro é que, ficando, conheçam outras regiões ou que regressem para conhecer outras regiões”. Alertando que “não podemos estar a promover regiões que não estão tão preparadas” deixou clara a urgência de “criar produto que toque nas várias regiões”, como o trekking, o walking e o cycling ou o projecto “Os Caminhos de Fátima” que “atravessa o país de Norte a Sul”. “Promover o emprego, a qualificação e valorização das pessoas”, “crescer em valor e de forma sustentada”, melhorando as margens das empresas e captando “o tipo de turistas que mais nos interessa”, foram outros dos objectivos sublinhados, a que acrescem outros também fundamentais como a diminuição da sazonalidade num país onde “37,5% da capacidade hoteleira ainda fica inactiva ao longo do ano”. Este é, por isso, outro dos 10 grandes desafios inscritos na Estratégia Turismo 2027 que o presidente do Turismo de Portugal apresentou, de forma resumida mas em todas as vertentes, nesta conferência. <


>dossier meeting industry

Meetings Industry

Que caminho para o crescimento?

Nos últimos anos, Portugal conseguiu uma imagem mais positiva junto dos mercados externos que se reflecte num segmento tão importante como o dos congressos, eventos e incentivos. Mas no MI (ou MICE como muitos preferem ainda designá-lo), temos um longo caminho a percorrer, como ficou claro pelas declarações de Eduarda Neves (managing director da Portugal Travel Team), Helder Marcelino e João Jesus, directores de vendas e marketing do Grupo Minor para Lisboa / Norte e para o Algarve, respectivamente. TEXTO: FERNANDA RAMOS

D

ados da International Congress & Convention Association (ICCA) relativos a 2016, deram conta da subida de Portugal no ranking mundial das cidades organizadoras de congressos e incentivos associativos, com o país a assegurar o 10º lugar em termos mundiais e o sétimo na Europa, mas além deste ser um ranking algo redutor, sabe-se que este é um segmento que continua por cá a enfrentar constrangimentos. É pelos DMC – Destination Management Company que passa grande parte do trabalho de captação de conferências e incentivos internacionais, pelo que são eles quem melhor consegue avaliar o “estado” do destino em termos de visibilidade e de atractividade e o que nos foi afirmado foi que, apesar de Portugal andar nas “bocas do mundo” e de Lisboa e Porto estarem cheias de turistas, esta visibilidade ajuda mas não é suficiente ao nível do MI. Eduarda Neves, managing director da Portugal Travel Team que expressa também a opinião de alguns dos

seus colegas que integram o Capítulo de DMCs da APAVT, afirma que em termos de visibilidade e atractividade do destino Portugal “existe alguma melhoria” mas não mais do que isso, o que leva a que os DMCs mantenham o seu foco no “trabalho de ‘venda’ do destino, como sempre fizeram” dado considerarem que “a visibilidade que Portugal tem neste momento não é suficiente para atrair estes segmentos”. Esclarecendo que “o ranking da ICCA se refere sobretudo à organização de Congressos” enquanto “a maioria dos DMCs trabalha o segmento de incentivos e conferências e não de congressos”, sublinhou que neste segmento particular, os DMC continuam a sentir constrangimentos vários, a começar pelo elevado número de concorrentes. “A concorrência entre destinos é muito grande e muitos dos nossos concorrentes oferecem muito melhores condições – sobretudo em termos de IVA – ou em oferta de hotelaria de cinco estrelas luxo, em que temos pouquíssimo para oferecer”, afirma, acrescentando que “neste momento estamos no radar

Eduarda Neves

“A nossa competitividade neste segmento de mercado está a ser limitada pela falta de capacidade dos Centros de Congressos, pelas acessibilidades, pela falta de hotelaria compatível”

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João Jesus

“Sempre foi e continuará a ser mais fácil vender MI para Lisboa devido às ligações aéreas aos mercados. Mercados como os EUA, Brasil ou Ásia, são muito mais acessíveis para Lisboa do que para o Algarve” de muitos organizadores devido à impossibilidade de outros destinos de oferecer segurança”.

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LIGAÇÕES AÉREAS ENTRE OS CONSTRANGIMENTOS De constrangimentos falou também Helder Marcelino, director de vendas e marketing para a área de Lisboa/ Norte do grupo Minor que considerou existirem “condicionantes de produto, de oferta, de procura e mesmo de po-

líticas” relativamente a este segmento. Na capital, onde o grupo tem o centro de reuniões do Tivoli Lisboa, no palacete contíguo, diz-nos que “o MI tem beneficiado dos espaços que têm aberto, da requalificação de venues no centro da cidade, do facto de a cidade estar mais no top of mind deste segmento porque temos tido mais eventos internacionais” e porque “o turismo de lazer tem aumentado imenso e isso tem um efeito replicador no MI que é dos únicos onde conseguimos desviar um

destino, ao contrário do corporate”. Lisboa não é a única cidade considerada em termos de MI. Eduarda Neves sublinha que regiões como o Porto/ Norte e o Algarve “sempre foram consideradas para os incentivos e conferências”, mas também aqui existem hoje constrangimentos diversos ao crescimento deste segmento: “Neste momento o Porto não tem disponibilidade hoteleira e o Algarve só pode ser considerado a partir de Maio até Outubro, visto não ter ligações aéreas fora destes meses de época alta “, afirma a responsável, explicando ainda que, no caso das ligações áreas refere-se às asseguradas por companhias regulares que são as “maioritariamente utilizadas por este tipo de eventos”. João Jesus, director de vendas e marketing da Minor Hotels para o Algarve afirma também que para a região as acessibilidades aéreas são um problema. “Sempre foi e continuará a ser mais fácil vender MI para Lisboa devido às ligações aéreas aos mercados. Mercados como os EUA, Brasil ou Ásia, são muito mais acessíveis para Lisboa do que para o Algarve”, levando a que a Tivoli sempre tivesse tido a preocupação de apostar em negócio “proveniente de mercados com boas acessibilidades a Faro, como o Reino Unido, a Alemanha, o Benelux e, claro, o mercado nacional”. Hoje, diz, a situação melhorou “com o aumento de voos directos para o Algarve nos últimos dois a três anos”. O que também tem ajudado a região é o trabalho feito pelas DMC, reconhece João Jesus. “As grandes empresas organizadoras de eventos em Portugal quase todas têm sucursais ou balcões no Algarve e as equipas estão perfeitamente preparadas para vender o destino, têm um grande conhecimento sobre ele”.

ENTRAVES À COMPETITIVIDADE São os constrangimentos os grandes responsáveis pelo facto de 2017 22

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Helder Marcelino

“(…) em termos de promoção podíamos ter uma orientação e uma capacitação mais efectiva, ir a alguns nichos de mercado que não estão a ser explorados, um trabalho que tem sido feito, e bem, pelos agentes de turismo, pelos DMC”.

não estar ainda a ser melhor. Para a Portugal Travel Team o ano “está a correr melhor que os anteriores”, mas a empresa depara-se com “bastantes constrangimentos devido à falta de disponibilidade na hotelaria e uma aplicação de regras de IVA sem sentido”. Como no momento não são expectáveis grandes mudanças, nomeadamente ao nível da fiscalidade, “as perspectivas para os próximos anos são semelhantes”, diz Eduarda Neves.


>dossier meeting industry Na Minor não há razões de queixa. Em Lisboa, o centro de reuniões da Tivoli “para Setembro e Outubro está com uma posição de vendas superior à de 2016”, diz Helder Marcelino, para quem Lisboa tem “todas as condições” e “um potencial enorme para crescer e ser melhor”, o que mais facilmente aconteceria se existisse um novo centro de congressos: “Seria uma boa novidade no mercado que iria dinamizar o sector”, afirma. Considerando que “somos competitivos não só em preço como em infra-estruturas, flexibilidade”, não deixa de sublinhar que a fiscalidade é um entrave: “Há países que permitem a recuperação de alguns impostos, Portugal não”. Assim, “tratando-se de eventos internacionais para sermos mais competitivos nesta área teríamos que fazer algumas alterações no panorama fiscal”. No Algarve, o novo Centro de Congressos que o grupo vai abrir em Setembro em Vilamoura, que duplica a capacidade face ao anterior e comporta novas facilidades e tecnologias, tem já “bastantes grupos confirmados”, num claro “acréscimo de procura” face aos anos anteriores, assegura João Jesus, que afirma também que a região está pronta para crescer neste segmento e que “tem tudo o que é preciso, nomea-

damente em termos hoteleiros” e “a partir de Setembro uma oferta mais alargada em centros de congressos”. Eduarda Neves explica que “a nossa competitividade neste segmento de mercado está a ser limitada pela falta de capacidade dos Centros de Congressos, pelas acessibilidades, pela falta de hotelaria compatível”. Explica assim que “precisamos de cadeias hoteleiras de luxo, sobretudo cadeias internacionais. Precisamos de formação e de ligações aéreas directas de muitos dos mercados emissores com maior poder de compra para este segmento”. O Fundo de Captação de Congressos e Eventos Internacionais pode ajudar? Para os directores da Minor “qualquer iniciativa que aporte va-

lor é sempre de louvar”. Já Eduarda Neves afirma que, no caso da sua empresa como das empresas dos seus colegas DMCs, “não tem impacto algum”.

PREPARAR O FUTURO Desta forma, a questão que se impõe é saber o que há a fazer para que possamos crescer mais? Eduarda Neves afirma que “temos que pensar melhor nas estratégias para o futuro e deixar de tomar decisões em cima do joelho!” A responsável deixa também um alerta: “Temos destinos concorrentes que neste momento estão fora do mercado por todas as razões que conhecemos. No dia em que voltarem ao

mercado, se não fizermos nada, voltamos a cair para o fundo da lista”. Para Helder Marcelino, o que se deve melhorar tem essencialmente a ver com a promoção. “Nós continuamos a fazer sempre a mesma coisa que é ir às feiras de sempre, nos lugares de sempre e com as pessoas de sempre. Penso que em termos de promoção podíamos ter uma orientação e uma capacitação mais efectiva, ir a alguns nichos de mercado que não estão a ser explorados, um trabalho que tem sido feito, e bem, pelos agentes de turismo, pelos DMC, mas esse apoio à promoção seria uma grande ajuda”. Acrescenta que “poderíamos, sem deixar cair o mercado mais tradicional que é importantíssimo, criar formas de adicionar mais valor à nossa oferta para conseguirmos entrar em novos nichos de mercado e em novos mercados”. Também João Jesus considera que “apesar de termos visto, nos últimos anos, um incentivo maior por parte do governo, nomeadamente do Turismo de Portugal, ao nível da promoção, há muito caminho para fazer nos mercados internacionais”, nomeadamente, “pensar numa organização diferente de eventos nesses países, através de um contacto mais directo com os clientes”.<

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Foi pelo MI que “ressurgiu” a Herdade dos Salgados, em Albufeira. Três anos depois a aposta da NAU Hotels & Resorts neste segmento mantem-se, está sólida e alarga-se, noutros contornos, a outras unidades. Com grande experiência em promoção turística e neste segmento, Mário Ferreira, CEO da NAU, diz que o caminho passa por fazer bem, não estar à espera de apoios públicos e buscar o suporte de quem sabe e conhece o mercado, os DMCs.

Mário Ferreira – CEO NAU Hotels & Resorts

“2017 será mais um ano fantástico” no MI

TEXTO: FERNANDA RAMOS

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té ao momento é na Herdade dos Salgados que mora o maior centro de congressos do país, o Palácio de Congressos do Algarve, com 41 salas modulares e um Auditório com 1650 lugares. Por via desta oferta, a NAU Hotels & Resorts decidiu, desde o seu “ano zero” apostar nos eventos, na vertente de acções de training de marcas automóveis, que se prolongam meses. Mário Ferreira, CEO da NAU Hotels & Resorts recorda que tudo começou por “um trabalho a solo que desde logo muito apoiado por alguns DMC”. Os três maiores eventos ali realizados “tiveram como origem o mercado alemão e como suporte o mesmo DMC, a Team Quatro”, explica, precisando que “nos eventos de menor dimensão temos trabalhado com todos os PCO e DMC nacionais”. Este trabalho feito pela NAU praticamente em parceria com um DMC, acabou por catapultar a visibilidade do destino para eventos de grande exigência logística. “Para uma grande quantidade de eventos, Portugal já era considerado, nomeadamente Lisboa e Algarve, mas para outros não era considerado antes dos Salgados”, afirma. É o caso das “acções para formação da rede comercial de marcas automóveis, que são muito longas, envolvem muita gente e necessitam de condições logísticas 24

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“Não estamos à espera que o Estado faça o trabalho que nós devemos fazer”, por isso “vamos a todos os eventos e feiras internacionais”, onde “os custos são diminuídos pelo apport quer do Turismo de Portugal, quer das associações a que pertencemos”

muito particulares” que existem nos Salgados e são “uma forte vantagem competitiva” num empreendimento que sofre de alguns constrangimentos para captação de grandes congressos internacionais, a começar pelo facto de estar no Algarve, ou seja, num destino de férias. “O sector que mais congressos organiza está ligado à saúde e ao medicamento e desde há anos que estes não podem realizar congressos em hotéis de cinco estrelas nem em destinos balneares para não poderem ser confundidos com férias pagas aos médicos. Por outro lado, têm que ser perto de Universidades ou


>dossier meeting industry centros de pesquisa farmacêutica”, explica Mário Ferreira, concluindo que “o Algarve não se adapta a nada disto“ como a Herdade dos Salgados que “está junto ao mar, integra um campo de golfe e os hotéis são todos de categoria superior, cinco estrelas”. Entraves que não existem nos congressos nacionais que nos Salgados contam com a vantagem de um relativo isolamento que lhes permite uma assistência mais ampla. Ao Palácio dos Congressos, o grupo NAU junta outras ofertas para MI, como o centro de congressos de São Rafael “um dos mais bem apetrechados”, Montargil, Vintage Lisboa e Palácio do Governador que em Março e Abril recebeu o lançamento do novo modelo da Bougatti que ocupou o hotel lisboeta a 100% durante um mês.

tais para este negócio”. As perspectivas positivas não são sequer beliscadas pelo facto de ao Palácio dos Congressos se juntar em Setembro, outro grande centro de congressos, com oferta semelhante, do grupo Minor (Tivoli). “A concorrência é muito bem-vinda porque reforça a capacidade e a notoriedade do destino, porque serão mais empresas a fazer acções internacionais. Vamos ser três grupos com estruturas importantes para MI a promover a região e isso ajuda até a captar outro

DMC SÃO FUNDAMENTAIS Tudo somado, “2017 será mais um ano fantástico” num segmento em que “estamos a colher o que semeámos”. Mas Mário Ferreira não se cansa de repetir que além do “trabalho de base de promoção e divulgação da nossa parte” e “da qualidade do serviço que prestamos e que nos permite ter bom feedback dos clientes”, tem sido “muito importante o apoio das DMC que são fundamenC

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tipo de eventos, de variadas dimensões”, afirma Mário Ferreira. Grande defensor do sector privado, assume que na NAU “não estamos à espera que o Estado faça o trabalho que nós devemos fazer”, por isso “vamos a todos os eventos e feiras internacionais”, onde “os custos são diminuídos pelo apport quer do Turismo de Portugal, quer das associações a que pertencemos”. O Fundo de Captação de Grandes Congressos Internacionais e o departamento para apoiar eventos

criado no Turismo de Portugal “poderá fazer a diferença”, mas Mário Ferreira admite não ter ainda opinião bem formada. “Não sei quais são os meios de que dispõe, não tive necessidade de usar o Fundo, não fomos convidados para participar no que quer que fosse, mas é reconfortante saber que se amanhã precisar de um apoio do Turismo de Portugal, ele existe. Se o que vamos solicitar será ou não contemplado é outra questão”. “Tendo em conta os meios escassos num país que está a sair da crise, os apoios que existem são interessantes”, diz o CEO da NAU, frisando que “tudo o que se faça para promover nunca é demais”, até porque há que aproveitar o ganho de notoriedade que Portugal tem tido. Hoje Portugal “é um Top of Mind de quase toda a Europa” e isso beneficia o MI. Deixa no entanto um alerta: “Os grandes congressos internacionais dificilmente virão para o Algarve”, desde logo pelas dificuldades do transporte aéreo: “Apesar dos desenvolvimentos, o Aeroporto de Faro continua longe da capacidade de ligação que tem Lisboa que está conectada com todas as capitais europeias, com muitas cidades do Brasil, África, Canadá, EUA, Médio e Extremo Oriente”. Por isso, captar eventos para Lisboa é “mais simples”. <

K

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conjunto de salas, pátios e jardins em interligação. Todas estas aéreas podem funcionar num todo ou em parte com grande elasticidade. Os espaços principais no Plaza Ribeiro Telles são complementados com vestíbulos, para recepção, coffee break, etc., e alguns deles possuem também salas de trabalho/reuniões anexas que estendem ainda mais o alcance da sua utilização. Todos eles são climatizados, isolados e insonorizados do ruído ambiente, isto porque o conforto acústico foi sempre uma prioridade. O serviço no Plaza Ribeiro Telles inclui, entre outros, aluguer do espaço e equipamento, total assistência no decorrer do evento, recepcionista, acompanhamento na utilização das instalações de apoio, nomeadamente cozinha, bem como aconselhamento nos parceiros a serem contratados nas áreas complementares, sejam de catering, decoração, animação, baby-sitter, hospedeira ou apoio no estacionamento. Cada evento é acompanhado de perto por um coordenador, pronto para responder a qualquer situação ou pedido especial. É também dada uma especial atenção à decoração, onde reina a sobriedade, sempre que solicitado, são contratadas as melhores empresas e profissionais de cada sector de modo a garantir o bom gosto, aliado à qualidade, requinte e simplicidade. O Plaza Ribeiro Telles Centro de Eventos, dispõe ainda de instalações e cozinhas devidamente equipadas, que permitem prestar um serviço na área de catering, que pode ser servido nas salas de conferência e auditórios, mas também nas zonas adjacentes, tais como pátios, jardins e sala de exposições/museu. Quem organiza o seu evento naquelas instalações pode contar com uma completa gama de equipamentos e infra-estruturas tecnológicas, tais como data-show, retroprojector, projector de slides, flip-chart, com papel e marcadores, écran de grandes dimensões amovível, e projector para computador (VGA, Super VGA e XVGA).

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O Estádio do Sport Lisboa e Benfica oferece uma enorme diversidade de es-

paços para a realização de eventos desportivos, empresariais, comerciais ou particulares, seja para a apresentação de um produto, realização de um jantar de gala, ou acções de team building, coktails, visitas ao estádio, casamentos, concertos, conferências, congressos, reuniões, seminários, entre outras acções, dispondo de uma equipa de eventos que presta um serviço integral na organização de um evento à medida de cada empresa. Os espaços multifuncionais e os serviços disponíveis para a satisfação das necessidades da empresa permitem realizar desde uma reunião de empresa de apenas duas pessoas até um evento para 65.000 pessoas. A começar pelo próprio estádio, basta dar largas à imaginação. O clube ergueu uma obra que contempla inúmeras possibilidades de animação, de lazer, de comércio e de espectáculo glorioso e total em campo. Diz-se que é o centro de todas as emoções, mas também é o grande centro de negócios da cidade de Lisboa, com boas vias de acesso e mais de 2200 lugares de estacionamento. No que diz respeito a salas, existe um espaço multifacetado, rectangular, que tanto funciona com 4 salas de menor dimensão propícias a realização de reuniões e cocktails de pequeno formato, como com apenas uma sala de maior dimensão, com características ideais para eventos que envolvam maior número de pessoas. Situam-se no Piso 1 do estádio, com uma excelente vista para o relvado. Há ainda o auditório com 96 lugares, equipado com projector, tela, 1 microfone wireless, 2 microfones de mesa, sistema de som, leitor de DVD e VSH. O clube oferece ainda a Praça Centenarium, espaço ao ar livre com 1000 m2 propício para a realização de concertos, espectáculos, feiras, exposições, Funparks e todo o tipo de eventos que careça de utilização de um espaço de grande dimensão e ao ar livre.

EMBLEMÁTICO CCCA O Centro Cultural e de Congressos de Aveiro (CCCA) é parte de um edifício emblemático da arquitectura industrial aveirense, a antiga fábrica de cerâmica Jeronymo Pereira de Campos, magnífico exemplar de arqueologia


>dossier meeting industry

industrial, construída entre 1915 e 1917, que constitui um belíssimo exemplo de recuperação. O espaço, profundamente ligado à cidade, conta com vários auditórios e salas de exposições. Desde a sua abertura, em 1995, passaram por este espaço grandes eventos: congressos nacionais e internacionais, reuniões de trabalho e incentivo, debates, exposições, concertos e peças de teatro.

MEO ARENA: DE 20 A 20 MIL PESSOAS O MEO Arena, anteriormente denominado como Pavilhão Atlântico, é um espaço destinado a atracções públicas e festivais localizado no Parque das Nações, em Lisboa. Com uma capacidade de 20 mil espectadores, é o maior pavilhão de espectáculos de Portugal, palco da música, do desporto, da arte, da cultura, mas também de negócios, onde grandes acontecimentos ganham

uma nova vida. Com uma localização privilegiada, excelentes acessibilidades – destaque para a proximidade ao Aeroporto Internacional de Lisboa (cinco minutos) – o MEO Arena oferece modernas e excelentes infra-estruturas. Quer se opte por um serviço “chave na mão” ou pela utilização do espaço com total independência o MEO Arena Corporate Events é um parceiro experiente que, com 18 anos de existência já produziu mais de 1.800 eventos, garantindo know-how e o apoio técnico necessário a todos os eventos, independentemente da sua dimensão e tipologia. No recinto do MEO Arena, versátil por natureza, é possível receber os mais variados eventos como congressos, reuniões de empresas, feiras, catering, lançamentos de produto, ou seminários das 20 às 20 mil pessoas, composto por três áreas integradas. Uma dessas áreas é o Pavilhão de Portugal que, com salas de dimensões

diversas, é o espaço ideal para o acolhimento de eventos de prestígio, ou o Arena Box, integralmente autónomo, com uma área máxima de 2000m2, possibilidade de modularização (com ou sem bancada, plateia em pé ou sentada) e capacidade variável entre as 500 e as 4.000 pessoas. O MEO ainda possui um Centro de Negócios, com um conjunto de 11 salas, completamente integráveis, de que resulta um “open space” de 600m2, ou estanques entre si, que permite responder às necessidades de reuniões de pequena e média dimensão ou, como espaço complementar dos eventos que se realizam no MEO Arena e Sala Tejo. Este conjunto de espaços com luz natural, abriga grupos a partir das 20 pessoas. Com uma área de 260 m2, o Moche

Room, a antiga Sala do Tratado de Lisboa, é ideal para reuniões até 50 pessoas. Separada da Sala MEO Arena pelo mesmo túnel técnico, o que lhe permite beneficiar de acesso directo a qualquer equipamento, seja qual for a dimensão, a Sala Tejo é um espaço extraordinário de 2.200 m2 livres, de acesso independente, banhado por luz natural e com um pé direito de 12 metros de altura média. O ex-libris do MEO Arena é composto por uma sala de 5.200 m2 e capacidade para 12.500 pessoas sentadas. A capacidade total, no entanto, é de 20.000 pessoas em eventos com plateia em pé, sem cadeiras na arena. O espaço é de uma versatilidade total, podendo a sala ser reduzida para diversas configurações. <

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>dossier meeting industry Onze anos após a sua conversão num espaço multiusos, o Campo Pequeno bateu, em 2016, todos os recordes ao nível de dias de utilização, num total de 122, tendo acolhido 94 eventos, dos quais mais de uma dúzia dos chamados eventos corporativos. Por isso, nesta área quer fazer mais, conforme disse à Turisver, Vasco Cornélio da Silva, director de espectáculos e eventos. TEXTO: CAROLINA MORGADO

Campo Pequeno

Versatilidade é a grande mais valia

• Àrea: 1.250m2 • Capacidade: 1.100 pessoas • Ocupação: 122 dias em 2016 • Eventos: 94 em 2016 • Eventos corporativos: 12/13 por ano • Museu: 35 mil visitantes em 2 anos • Estacionamento subterrâneo: 1.250 lugares • Centro comercial: 60 lojas • Restaurantes: 20 • Salas de cinema: 8

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Campo Pequeno é, desde 2006, “um espaço que tem tido uma grande preocupação em estar presente em várias áreas de negócio, para além da tradicional área da tauromaquia”, conforme disse Vasco Cornélio da Silva, director de eventos e espectáculos, acrescentando que “a sua renovação veio trazer vantagens noutro tipo de áreas e de negócio,

nomeadamente dos espectáculos e dos eventos corporativos”. De facto, hoje o Campo Pequeno caracteriza-se pela versatilidade, e é nos eventos corporativos onde as apostas estão mais concentradas neste momento. “Temos capacidade para fazer mais nesta área, temos que criar condições para que este espaço seja utilizado em todas as vertentes, ou seja, de forma multidisciplinar, e estamos a fazer um esforço para nos darmos a conhecer mais na área corporativa”, referiu o responsável. Na área de eventos corporativos o Campo Pequeno destaca-se também pela sua localização: no centro de Lisboa, no eixo viário entre o aeroporto e a grande maioria dos hotéis, tem um centro comercial, um parque de estacionamento, uma rede de transportes públicos muito boa, e possui uma área de 1.250 m2, capaz de acolher todo o género de eventos. De realçar igualmente a sua arquitectura neo-árabe, que interessa principalmente a estrangeiros que procuram um ambiente que lhes diga alguma coisa, sem ser um espaço incaracterístico. “É um espaço com uma grande alma portuguesa”, realça Vasco Cornélio da Silva, acrescentando que “ faz lembrar um bocado as mil e uma noites”. Para eventos, o Campo Pequeno tem disponível a arena com 1.250 metros quadrados, capaz de rece-

ber até 1.100 pessoas sentadas, mas também pode receber congressos ao associar a arena e a bancada. “As obras permitiram modelar o espaço com uma grande versatilidade porque conseguimos retirar da arena toda aquela parte ligada à tauromaquia e ficamos com um espaço circular com 40 metros de diâmetro, onde colocamos um piso por cima da terra e alcatifa”, explicou o responsável, indicando que isto “permite-nos concorrer com outros espaços em Lisboa nesta área”. Outra das mais valias daquele espaço de Lisboa é que a sua entrada, pela Av. da República, está ao mesmo nível da arena. Por outro lado, há a possibilidade de colocar na fachada uma tela grande de promoção do evento. A Direcção de Espectáculos e Eventos conta com uma pessoa dedicada à área de eventos corporativos e tem mantido contactos com a maioria dos DMC presentes no mercado. “Quando se realizam visitas com esses profissionais reconhecem que os seus clientes só podem ser quem procura identidade e é aqui que o Campo Pequeno é apelativo”, sublinhou Vasco Cornélio da Silva. Para os próximos anos, a aposta do Campo Pequeno é continuar a afirmar-se como uma sala de referência em termos de espectáculos, manter a vocação taurina e crescer no segmento dos eventos corporativos.<


QUALQUER EVENTO DEVE

SER MEMORÁVEL

//Reuniões //Conferências

//Ações de team building //Lançamentos de produto

Escolha um lugar único para o seu evento. O Estádio do SL Benfica dispõe de espaços versáteis, serviços de excelência e uma equipa especializada e dedicada ao seu dispor, com vasta experiência na organização de todo o tipo de eventos.

www.slbenfica.pt/eventos benficaeventos@slbenfica.pt 707 200 100 (todos os dias das 9h às 20h) //Eventos desportivos

//Galas

//Filmagens //Sessões fotográficas

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>hotelaria Le Consulat

Alojamento com um conceito diferente O Le Consulat é o novo espaço de Alojamento Local de Lisboa, que surge do reaproveitamento do antigo Consulado do Brasil. Para François Blot, um dos seus sócios, “não é um hotel, é um espaço cultural”. A unidade, que abriu portas no início deste mês de Junho, apresenta também uma galeria de arte, loja, restaurante e bar. TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA

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novo Alojamento Local ganhou vida através de um investimento global de dois milhões de euros, por parte de dois sócios franceses, François Blot e Valérie Guérend. O Le Consulat, com localização privilegiada numa das arestas da Praça Luís de Camões, apresenta-se como um consulado de artes no coração de Lisboa, conjugando o alojamento a uma galeria de arte, uma loja, restaurante e bar, estes últimos abertos ao público. O antigo Consulado do Brasil foi agora redesenhado como um espaço de interligação da cultura de quatro países do Mediterrâneo, região de eleição de François Blot, nomeadamente

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Portugal, Espanha, França e Itália. A interligação é feita através de uma cuidada curadoria que vai desde os espaços, às obras presentes na galeria, à música que passa nas noites de quinta, sexta e sábado. “Não é um hotel, é um espaço cultural”, explica na inauguração do Le Consulat. O sócio francês partilha que a oferta a nível de restauração, hotelaria e comércio é muito semelhante em todas as cidades europeias que visita, sendo que este projecto surgiu como uma forma de impor a diferença. Para o investidor, “somos tratados como consumidores”, mas “somos muito mais do que apenas consumidores”, e por isto pretende “mostrar a vertente cultural de Lis-

boa”, através deste seu novo espaço. O edifício, com fachada a dar para a Praça Luís de Camões, apresenta-se em duas áreas distintas, concretamente uma zona cultural no primeiro piso e uma outra de alojamento no segundo e terceiro piso. Nesta segunda área, dispõe de 16 suites, com capacidade para entre dois a seis hóspedes, e preços a variar entre os 180€ e os 480€. A suite mais pequena apresenta uma área de 36m², com a maior a atingir os 140m², e aqui falamos em suites para por vezes descrever espaçosos apartamentos, com cozinhas totalmente equipadas e sala de jantar. No alojamento, que se considera de elevada qualidade, “o primeiro luxo que oferecemos é o espaço”, com a restante oferta a contar com um serviço de qualidade, com o hóspede a poder usufruir de todas as valências do espaço e desfrutar de um “tratamento de hotel de 5 estrelas”, atesta François Blot. A equipa por trás do projecto, fora os seus sócios, é toda composta por portugueses. O investidor assegura que “criei uma equipa fantástica”, de que fazem parte Adelaide Ginga, responsável pela curadoria da galeria e consultora na área de projectos artísticos, André Ribeirinho, que terá a seu cargo o Aperitivo Bar à Vins que contará com selecção de vinhos, charcutaria e queijos, chef André Magalhães, responsável pelos sabores do restaurante Taberna Fina que irá albergar

Le Consulat Morada: Praça Luís de Camões, 22 • Suites: 16 • Áreas das suites: entre 36m² e 140m² • Preços: entre os 180€ e os 480€ • Galeria • Bar • Restaurante • Loja residências e permanências de chefs internacionais, Luis Mangas, criador dos ambientes e pormenores de decoração, e Mike Stellar, DJ residente e curador musical. Sem qualquer experiência a nível do alojamento, François Blot e Valérie Guérend há muito que estão investidos no mundo da arte contemporânea, com as artes e a cultura a serem factores distintivos no Le Consulat. A área cultural do primeiro piso apresenta, até dia 25 de Agosto, a sua primeira exposição. A Panorama, tal como as exposições que a seguirão, aposta na promoção de artistas emergentes, e expõe obras inovadoras nas sete salas da galeria. O Le Consulat, na sua dedicação à arte contemporânea, pretende “oferecer algo mais” aos seus hóspedes, como explica Adelaide Ginga. Cada uma das 16 suites foi decorada em colaboração com as principais galerias de arte de Lisboa, para que os clientes possam “conviver com a arte, dormir com a arte, viver com a arte”. As peças, de diferentes artistas de renome internacional e maioritariamente nacionais, estão todas à venda, sendo substituídas por novas obras uma vez que sejam compradas. <


Grupo Stay Hotels

16 unidades até 2020 Detido a 100% por fundos de Private Equity geridos pela Inter-Risco, o Grupo Stay Hotels tem como objectivo atingir uma rede de 16 hotéis até 2020, e uma capacidade instalada de mil quartos. TEXTO: CAROLINA MORGADO

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té agora, o Grupo Stay Hotels investiu perto de 11,5 milhões de euros entre aquisições e remodelações. Nos próximos 18 meses serão investidos mais cerca de 5,5 milhões de euros na remodelação de unidades existentes. Acaba de abrir no Porto a sua oitava unidade hoteleira e a primeira criada inteiramente de raiz – o Stay Hotel Porto Centro Trindade, de três estrelas, com 73 quartos, o que representou um investimento de 2 milhões de euros, aplicados na requalificação do edifício, ao mesmo tempo que anuncia a aquisição do negócio do mais antigo hotel da cidade do Porto, o Grande Hotel de Paris. Ao investimento da Stay Hotels na aquisição do Grande Hotel de Paris seguir-se-á uma significativa ampliação do negócio existente, estando previsto um aumento de cerca de 20 quartos na unidade existente, a ser realizado nos imóveis adjacentes, também eles incluídos no negócio efectuado. Os 73 quartos do novo Stay Hotel Porto Centro Trindade estão disponíveis em tipologias One, Double e Twin. A unidade oferece um pequeno-almoço saudável e muito completo, disponível em horário alargado entre as 6h30 e as 12h00. A isto junta-se um serviço de bar e snacks 24h/24h, bem como um serviço de aluguer de bicicletas para quem quer conhecer a cidade de forma saudável e divertida. A sua localização garante igualmente um conjunto alargado de acessibilidades para

os principais pontos de interesse da Cidade Invicta. Entretanto, situado na Rua da Fábrica, em pleno coração da cidade do Porto, o Grande Hotel de Paris foi inaugurado em 1877, inspirado nos distintos costumes franceses. Ao longo dos 140 anos de existência, teve como hóspedes habituais alguns dos maiores vultos da cultura portuguesa do final do século XIX, como Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro e Rafael Bordado Pinheiro. O hotel foi adquirido na década de 90 pela família Ferreira, que procedeu a um intenso trabalho de restauro, remodelação e preservação da sua identidade e carácter histórico. A nova gestão tem o compromisso de preservar a personalidade do espaço, conjugando-a harmoniosamente com os valores da marca. Esta rede hoteleira portuguesa quer tornar-se numa marca de referência em hotéis de cidade, vocacionada para estadas de negócios e lazer, focada em proporcionar experiências diferenciadoras, baseadas na proximidade, bem-estar e modernidade, com preços baseados nos serviços prestados. Com a aquisição do Grande Hotel de Paris, a marca passa a disponibilizar um total de oito unidades hoteleiras, situadas de norte a sul do país (Torres Vedras, Faro, Guimarães, Coimbra, Évora, Lisboa e recentemente duas no Porto), em linha com o compromisso de proporcionar experiências únicas e diferenciadoras, baseadas na sua premissa “Just what you need”. <

A experiência faz da BRIFOUR uma profunda conhecedora dos métodos e processos, que levam à implementação de soluções inovadoras adaptadas a cada projecto.

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>av&to O ano de 2016 foi bom para os operadores turísticos, por força da reacção positiva do mercado, que retomou a confiança e voltou a viajar para o estrangeiro. A Travelplan não foi excepção, com Nuno Anjos, delegado do operador para Portugal, a assumir a expectativa de que 2017 volte a ser um ano de crescimento. O que também deseja é que este seja um ano em que os agentes de viagens se aproximem mais da Travelplan.

Nuno Anjos – delegado da Travelplan para Portugal

“Os agentes de viagens sabem que a Travelplan é competitiva”

TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

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uno Anjos, delegado da Travelplan para Portugal, assume que o ano começou em crescimento mas refere também que este se ficou a dever em grande parte ao acréscimo de reservas antecipadas, algo que diz não ter acontecido por acaso mas sim “por via de um trabalho conjunto” que os operadores começaram o ano passado, sensibilizando os consumidores para a necessidade de fazerem as suas reservas com a devida antecedência “para garantirem os seus lugares, aos melhores preços, tanto junto das companhias aéreas como das unidades hoteleiras, nos destinos escolhidos”. A expectativa é, no entanto, que o crescimento que agora se verifica possa vir a ser sustentado e tenha reflexos quando forem fechadas as contas do ano. Na Travelplan, a estratégia para este ano “passou por olharmos para aqueles que são os nossos principais destinos, analisar as pressões de que estavam a ser alvo por parte de outros mercados e, a partir daí, fazer as melhores opções, tendo em conta a oferta existente no mercado e as dificuldades de escoamento do produto” porque “todas as empresas procuram a rentabilidade e a Travelplan, não foge a essa regra”. Ilhas espanholas, Caraíbas com República Dominicana, Cuba e México, e toda a região da América Central coberta pelos voos da Air Europa, companhia aérea que, tal como a Travelplan, integra o grupo espanhol Globalia, são as principais apostas do operador. Produtos em que tem uma oferta competitiva ao nível dos preços, sempre que tal é possível. “Os agentes de viagens sabem que a Travelplan é competitiva, mas também sabem que não podem esperar preços de charter quando um destino é operado em voo regular, mesmo que estes sejam operados por uma companhia aérea do mesmo grupo”, explica Nuno Anjos. Estão neste caso vários destinos nas Américas, operados via Madrid, mas o responsável fez questão de sublinhar que, apesar da distância e do voo regular subjacente a este tipo de programação, “garantimos a melhor relação qualidade-pre32

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ço”. Uma qualidade que não passa apenas pelo transporte aéreo e pelo alojamento mas também pelos serviços de receptivo nos vários destinos, assegurados muitas vezes, por empresas que também integram o grupo Globalia, como é a Welcome Incoming Services, marca que a Globalia trouxe também para Portugal para fazer o receptivo dos seus passageiros de circuitos. Trata-se, assume, de “assegurar que os nossos clientes são recebidos da melhor forma possível”. O facto de a Travelplan pertencer ao mesmo grupo da Air Europa acaba por ser uma mais-valia, tanto para o operador quanto para o mercado que tem à sua disposição uma panóplia de destinos operados a partir de Madrid por esta companhia. A propósito Nuno Anjos sublinha que “a Air Europa é uma companhia que está cada vez mais sólida e o mercado português não lhe é alheio por aquilo que já representa dentro das suas operações, incluindo ao nível dos voos intercontinentais. Isso faz com que as ligações existentes desde Lisboa e do Porto sejam também as melhores para ligar o nosso mercado às rotas intercontinentais da rede da companhia”, pois “ir a Madrid para ter um voo directo para as Honduras é muito mais fácil, rápido e cómodo, do que fazer vários voos, além de que os horários são também os mais convenientes”.

OFERTA À PARTIDA DE PORTUGAL A oferta do operador para este Verão inclui uma operação em risco para Saidia, em Marrocos, à partida de Lisboa.

“Temos vindo a aumentar o número de lugares disponíveis para a operação de Saidia, um destino que nos é muito querido e onde estamos desde o princípio, enquanto Travelplan e enquanto grupo Globalia, através dos hotéis Be Live que pertencem ao grupo”, explica o nosso entrevistado. Neste destino a Globalia teve, desde sempre, “uma posição activa” que passa também em muito pela importância que assume o destino Marrocos pelo seu todo. “Para nós, Marrocos não é só Saidia, é também Marraquexe, por exemplo, para onde a cadeia de hotéis Be Live continua a expandir-se”. Também em voos directos à partida de Portugal, o operador oferece a ilha de Menorca, desde Lisboa e

“Os agentes de viagens sabem que a Travelplan é competitiva, mas também sabem que não podem esperar preços de charter quando um destino é operado em voo regular, mesmo que estes sejam operados por uma companhia aérea do mesmo grupo”

Porto com a Iberia, bem como Las Palmas em voo directo da TAP, com o operador a ter “lugares em risco em todos os voos”. Neste destino, afirma Numo Anjos, “a Travelplan consegue ser muito competitiva pela presença muito alargada que ali tem”. Ainda na programação de risco acrescem vários destinos nas Caraíbas, como Varadero, em Cuba, e Punta Cana, na República Dominicana. “Para estes destinos, além de termos lugares nas operações charter, contamos também com os voos regulares da Air Europa que nos permitem, no caso de Cuba, oferecer um produto de excelência que são os nossos combinados”. Neste caso, por se tratar de voos regulares, os passageiros podem escolher ficar mais ou menos dias no destino, consoante pretendam”. O mesmo acontece com a República Dominicana onde, para além dos pacotes em charter, o operador disponibiliza voos regulares para Santo Domingo com a Air Europa.

APROXIMAÇÃO AOS AGENTES DE VIAGENS Uma maior proximidade aos agentes de viagens é o que a Travelplan está a tentar no mercado português. Nuno Anjos faz notar que “reforçámos a nossa presença nos pontos de venda com a elaboração de diversos cartazes sobre os nossos principais produtos” que foram distribuídos pelos representantes comerciais do operador e na acção “Gathering Travelplan” que levou o operador a realizar, de Norte a Sul do país, encontros com agentes de viagens em algumas das principais cidades. Nesta acção desenhada para dar a conhecer os produtos e serviços da Travelplan aos agentes de viagens “foi muito importante ouvirmos o que os agentes de viagens portugueses tinham para nos dizer, saber das maiores dificuldades sentidas pelo mercado relativamente à Travelplan”. A propósito garante que “já tomámos algumas medidas sobre o que nos foi dito, nomeadamente no que toca ao nosso site em que têm vindo a ser introduzidas algumas melhorias”. A proximidade aos agentes de viagens é para continuar, garante Nuno Anjos que adianta mesmo que vão ser realizadas acções de formação sobre o site institucional do operador, travelplan. pt, quando todas as melhorias tiverem sido introduzidas. <


>especial formação Cada vez mais os grupos hoteleiros estão comprometidos em acolher alunos que chegam das escolas para estágios curriculares, extra-curriculares ou profissionais, como forma de poderem aplicar e reforçar, em contexto real de trabalho, as competências que adquiriram em ambiente escolar. É o caso da Bensaude Hotels, e dos grupos Vila Galé e Dom Pedro. Da mesma forma, estas cadeias hoteleiras consideram esses estagiários uma importante fonte de recrutamento. TEXTO: CAROLINA MORGADO

Grupos hoteleiros comprometidos

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oas notícias para os alunos que terminaram a sua formação nas mais diversas escolas que ministram formação em turismo. A projecção para a criação de emprego mais forte, para o terceiro trimestre de 2017, é feita pelos empregadores do turismo, com evidência para os sectores da restauração e hotelaria, com uma previsão de crescimento de 29%, revela o Manpower Group Employment Outlook Survey, que acrescenta que as grandes empresas e a região Sul do país são as que estão na linha da frente em relação à criação líquida de emprego no mesmo período. Os empregadores do sul do País prevêem o volume de contratação mais forte do terceiro trimestre (+21%), enquanto na comparação por dimensão, as grandes empresas antecipam a maior projecção para a criação líquida de emprego, com uma previsão de +21%. Um estudo realizado com base num inquérito a uma amostra representativa de 625 empregadores em Portugal revela que estes empregadores manifestam intenções de contratação optimistas para o terceiro trimestre de 2017, com especial destaque para os ligados ao turismo, com uma melhoria de 13 p.p.. Se é real que os empregadores nas

Estágios permitem reforçar competências adquiridas três regiões (Norte, Centro e Sul) antecipam um aumento da contratação durante os próximos três meses, a verdade é que as melhores perspectivas são as dos empregadores a Sul, que projectam uma criação líquida de emprego de 21%. Tanto no Centro como no Norte é antecipado um aumento optimista de 11% e 10%, respectivamente. Comparativamente com o trimestre anterior, a maior evolução acontece no Sul com uma subida de 9 p.p., na região Centro, a melhoria é de 2 p.p., e no Norte não se regista alteração em relação ao trimestre anterior. As pequenas e médias empresas têm também previsão de contratar C (14% e 13% respectivamente), enquanto as micro empresas prevêem M crescimento, mais baixo, de 8%.

num serviço genuíno, muito orientado para os nossos hóspedes e clientes”. Neste contexto, “a formação é um instrumento privilegiado para alinhar as nossas pessoas e equipas e para capacitá-las com as competências essenciais ao nível de serviço que proporcionamos”. Na Bensaude Hotels, a formação é 1 25/05/2017 14:49:46 contínua. TTurismo.pdf “Procuramos realizá-la

sobretudo na chamada época baixa, mas que está, também nos Açores, a ficar mais curta”, disse o responsável. Assim sendo, “temos que estar preparados para incorporar os nossos processos formativos nos períodos normais da nossa actividade”. O Grupo tem investido em várias áreas de formação, umas de natureza mais técnica – Qualidade e

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EQUIVALÊNCIA AO 12º ANO NÍVEL IV

Y

BENSAUDE HOTELS INVESTE 100 MIL EUROS EM FORMAÇÃO CM

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CY

A Bensaude Hotels considera fundamental a aposta na formaçãoCMYe desenvolvimento dos seus colaboK radores, assegurou o director dos Recursos Humanos do Grupo, Jorge Aguiar, para indicar que “o nosso posicionamento assenta em bons equipamentos hoteleiros, alguns deles inseridos em contextos absolutamente únicos, mas também

PRÉ-INSCRIÇÃO

DURAÇÃO

3 anos letivos 3300 horas FORMAÇÃO_

_Sociocultural 1000 horas _Científica 500 horas _Técnica 1100 horas _Formação Prática em contexto de trabalho 700 horas DESTINATÁRIOS

Jovens entre os 15 e os 20 anos

5 euros

MATRÍCULA

25 euros

SEGURO ESCOLAR

5 ,70 euros

TÉCNICOS DE TURISMO

CENTRO DE RECURSOS E TECNOLOGIAS

Taxa de 25 euros, com possibilidade de redução face ao IRS familiar e abono de família CONDIÇÕES DE INGRESSO

9º ano completo

CONTATOS

Rua do Paraíso 1 a 5 1100-396 Lisboa Telefone - 218844130 www.epar.pt facebook.com/epar.escolaprofissional info@epar.pt TURISVER | JUNHO DE 2017

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Segurança Alimentar e F&B, por exemplo, outras de natureza mais comportamental, designadamente nas áreas de relação com clientes e hóspedes, bem como na área comercial e de vendas, designadamente para todo o seu Front-Desk. Periodicamente, promove programas integrados de formação em liderança e gestão de equipas destinados aos seus quadros intermédios. Jorge Aguiar explicou à Turisver que a Bensaude Hotels tem uma equipa interna de formação constituída por, aproximadamente, 20 colaboradores devidamente acreditados, no âmbito da certificação do Grupo como entidade formadora. A formação interna é desenvolvida por esta equipa. “Por outro lado, recorremos com frequência aos serviços de entidades externas, altamente capacitadas nas suas áreas de actuação, como, por exemplo, a Escola de Formação Turística e Hoteleira dos Açores, mas também a várias consultoras de referência”. “Para além da formação base que proporcionamos aos nossos colaboradores, temos procurado, sempre que possível, actuar de forma mais estratégica através do desenvolvimento de projectos também mais integrados, como foi o caso do projecto «Tradição e Inovação» destinado ao Terra Nostra Garden Hotel”, realçou o director dos

novos profissionais, através de cursos de qualificação intensivos pós 12º ano, por exemplo, sobretudo nas áreas de F&B, no que à hotelaria nacional diz respeito”. Reconhece, por outro lado que “há profissões que têm vindo a ganhar uma elevada visibilidade, sendo cada vez mais valorizadas”, como é o caso da área de cozinha. Assim, “julgo que, progressivamente, à medida que formos subindo na escala de valor enquanto destino, as próprias empresas hoteleiras irão ganhando margem que lhes permitirá também valorizar ainda mais as profissões e os profissionais que actuam neste sector”, sublinhou.

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VILA GALÉ DESTACA PROGRAMA VG 365º Joana Ferreira Departamento de Recursos Humanos do Grupo Vila Galé

Recursos Humanos da cadeia hoteleira açoriana. Em 2016, a Bensaude Hotels apresentou um volume de formação de 10.700 horas, num total de 1.023 participações em formação. O investimento em formação, custos directos, foi de, aproximadamente, 100 mil euros, o que perfaz um investimento de, aproximadamente,

“Acreditamos que para os nossos estagiários é sempre enriquecedor terem um contacto real com o ambiente de trabalho e com o dia-a-dia de um hotel, dando-lhes oportunidade de por em prática e aperfeiçoar o que aprenderam e de ganhar experiência”

200 euros por colaborador. Em média, cada colaborador teve 20 horas de formação no ano passado. Em média, “acolhemos entre 50 a 60 estagiários por ano nos nossos hotéis”, disse Jorge Aguiar, até porque “através do estágio o aluno tem a possibilidade de aplicar em contexto real de trabalho as competências que adquiriu na Escola, reforçando-as”, acrescentando que “o trabalhar com profissionais qualificados e experientes dá também ao estagiário um bom referencial de profissional que pode ser importante para o futuro”. Da mesma forma, “os estagiários são uma importante fonte de recrutamento para a Bensaude Hotels e muitos deles, logo que terminam o seu curso, são admitidos na nossa cadeia hoteleira”. Em relação à formação que se ministra nas escolas em Portugal, Jorge Aguiar faz uma crítica. “O sistema formativo nacional tem tido uma grande dificuldade em acompanhar o crescimento exponencial que o turismo tem apresentado em Portugal, sobretudo nos últimos anos, o que gera fortes desequilíbrios no mercado de trabalho e tem um impacto negativo na qualidade dos serviços e produtos que o destino proporciona a quem nos visita”. Por isso julga ser necessário “muito rapidamente, investir, de forma maciça, na formação e qualificação de 34

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“As acções formativas são uma forte aposta do grupo Vila Galé e um eixo fundamental na sua política de recursos humanos”, assegura Joana Ferreira, do departamento de Recursos Humanos da cadeia hoteleira. Por isso, o grupo tem vindo a aumentar a sua oferta nesta área, dispondo, nomeadamente da Academia Vila Galé, um programa interno para desenvolvimento pessoal e aperfeiçoamento dos conhecimentos técnicos. Por outro lado, conforme indica a responsável, existe também uma plataforma online, através da qual os colaboradores se podem inscrever em cursos. Adicionalmente, este ano “temos vindo a fazer vídeos de formação com diferentes temáticas – mais operacionais, sobre atendimento e gestão de reclamações, de procedimentos – de forma a passar a mensagem de uma forma mais inovadora e interessante e para complementar as iniciativas desenvolvidas anteriormente”. Na Vila Galé, as acções de formação, sem divulgar o investimento que é feito anualmente nesta área, “são contínuas e abrangem todas as áreas operacionais, embora sejam mais concentradas na época baixa, quando os hotéis têm menor ocupação”. Assim, consoante a temática, podem ser ministradas por quadros da empresa, como acontece com HACCP, educação ambiental, F&B, alojamento, assuntos laborais e jurídicos, segurança contra incêndios ou por formadores e empresas especializadas externas. No entanto, o grupo também recebe alunos das mais diversas escolas para estágios curriculares, extracurriculares ou profissionais. Além disso, dispõe do Programa VG 365º, que consiste num estágio de um ano em que o candidato, interno ou externo, exerce funções em três hotéis diferentes e em todas as áreas operacionais, obtendo assim uma visão completa do funcionamento de uma unidade hoteleira. “Acredi-


>especial formação

tamos que para os nossos estagiários é sempre enriquecedor terem um contacto real com o ambiente de trabalho e com o dia-a-dia de um hotel, dando-lhes oportunidade de por em prática e aperfeiçoar o que aprenderam e de ganhar experiência”, esclareceu Joana Ferreira. A propósito evidenciou que o grupo “capta, valoriza e investe nos profissionais nos quais reconhece valor e empenho”, referindo ainda a estreita relação que mantém com as escolas, que se concretizam com “visitas de estudo nos hotéis do grupo, estamos presentes nos fóruns de estágios e carreiras das escolas de hotelaria e turismo, participamos

em palestras, conferências e acções de formação das escolas”. Na opinião desta responsável, a formação que é ministrada nas escolas em Portugal “é de qualidade e temos vindo a verificar que as gerações mais novas tiram maior partido das iniciativas disponíveis, estão academicamente melhor preparadas, têm mentalidade mais aberta, aceitam a mobilidade geográfica com muita naturalidade e conseguem trazer novas visões para o sector”.

CADEIA DOM PEDRO FAZ ESCOLA HÁ 48 ANOS Há 48 anos que a cadeia Dom Pedro

é conhecida como uma grande escola, tendo já formado ao longo destes anos um incontável número de colaboradores. A formação foi sempre considerada um pilar chave da organização, como nos refere a sua directora de Recursos Humanos, Teresa Cópio. A Dom Pedro aposta na formação on the job em matérias direccionadas através do levantamento das necessidades, elaborando planos de formação anuais identificados com as necessidades de cada trabalhador. Teresa Cópio reconhece que “hoje em dia as competências no sector estão muito bem definidas para a prestação de um serviço de qualidade, e são totalmente diferentes das que existiam há 20 anos atrás”, para realçar que o turismo é uma indústria de pessoas para pessoas, daí ser importante que a formação não seja apenas para cumprir calendário, ou seja, aquele número de horas que está definido no código de trabalho. Até porque as necessidades são diferentes em relação ao tipo de serviço que se pretende prestar, “a não ser que os hotéis passem todos a adoptar aquilo que é o modelo do Evolution”. A directora de Recursos Humanos da Dom Pedro Hotéis reconhece que as escolas “estão a fazer um esforço enorme”, por isso tem mantido uma boa

relação que as instituições de ensino espalhadas pelo país, até porque o grupo possui hotéis em Lisboa, Algarve e Madeira. “Desenvolvemos sempre a nossa formação com parceiros da área porque sabem como ninguém as necessidades do sector”, mas acredita que mais do que formação técnica é preciso formar pessoas como cidadãos, “o que é um pouco mais difícil”, disse. Teresa Cópio tem noção clara que hoje a geração millenial não tem nada a ver com há 20 anos atrás, procura um novo padrão de formação do ponto de vista curricular, sendo por isso necessário saber lidar com ela. Para além da hotelaria, a empresa adquiriu cinco campos de golfe em Vilamoura. Neste sentido, está a iniciar um plano de formação junto dos operacionais no terreno, em contexto específico e direccionado. A cadeia Dom Pedro esteve sempre ao longo dos anos receptiva a receber estagiários de todas as escolas do sector. Segundo Teresa Cópio, este ano foi mais difícil porque, por um lado não há alunos, por outro a oferta hoteleira aumentou muito no país. Mesmo assim, 48 estagiários passaram pelas suas unidades, sempre com possibilidade de serem absorvidos “se quiserem aprender mais”. <

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>especial formação Escolas empenhadas

A taxa de empregabilidade dos alunos que saem das escolas de hotelaria e turismo diz tudo. Há cada vez mais e melhor formação nesta área, que há medida que vai evoluindo com a busca de novas experiências por parte dos viajantes, as temáticas também têm sido mais específicas, como comentam responsáveis ligados à formação em turismo.

Há cada vez mais e melhor formação

TEXTO: CAROLINA MORGADO

A

taxa de empregabilidade dos alunos formados nas Escolas do Turismo de Portugal voltou a subir em 2016, situando-se agora nos 88%, de acordo com o mais recente Estudo de Inserção Profissional. As candidaturas para o próximo ano lectivo decorrem a 16 de Julho. Os cursos de Turismo de Ar Livre e de Técnicas de Cozinha/ Pastelaria são os que apresentam uma taxa de actividade de 100%, seguidos do curso de Culinary Arts com 93,5%. Importa destacar que, dos alunos empregados, 90,2% encontram-se a desenvolver actividade no sector do turismo, sendo que 86,1% ficaram colocados no mercado de trabalho em menos de três meses. Mais de 81% dos alunos afirmam estar a desempenhar funções adequadas à formação recebida. A formação ministrada nas Escolas é um importante pilar da actuação do Turismo de Portugal, através da qual está comprometido a contribuir para a sustentabilidade e qualidade do serviço prestado pelas empresas e agentes do sector. A qualificação dos recursos humanos torna-se, por isso, essencial para a consolidação da competitividade do turismo, razão pela qual, o Turismo de Portugal tem estado a 36

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reformular a sua oferta formativa e a rever os curricula no sentido de integrar nos seus cursos as competências assinaladas pelo mercado, tendo em conta as novas exigências e tendências, nomeadamente soft skills e comunicação. Entre as novidades para o ano lectivo 2017/2018 destaque para o Curso de Especialização Tecnológica em Turismo Cultural e do Património, com o objectivo de contribuir para o conhecimento do destino, sua atractividade, valorização e sustentabilidade. A rede escolar do Turismo de Portugal é constituída por 12 escolas, de Norte a Sul do país, (Porto, Douro/ Lamego, Viana do Castelo, Coimbra, Oeste, Estoril, Lisboa, Portalegre, Setúbal, Vila Real de Santo António, Portimão e Faro). As Escolas do Turismo de Portugal formam mais de 3.000 alunos por ano, preparando os jovens para o primeiro emprego e, simultaneamente, qualificam os profissionais do sector, com vista à melhoria da qualidade e prestígio das profissões turísticas.

FORMAR EM TEMÁTICAS ESPECÍFICAS É OBJECTIVO Animação em turismo é o novo curso que a Escola de Hotelaria de Fátima lança no próximo ano lectivo. De

acordo com Francisco Vieira, director executivo da Insignare, entidade que gere a escola, será um curso de nível 4, com dupla certificação, quer profissional, quer académica, que permite aos jovens prosseguirem os estudos de nível superior, ou entrar directamente no mercado de trabalho, “que é o que acontece em 90% dos nossos jovens alunos”. Porquê animação em turismo? Francisco Vieira responde que “o que vamos vendo, sobretudo na hotelaria de grandes dimensões, nos resorts ou mesmo nas empresas de animação e de enquadramento de pessoas em diversas actividades, a carência é suprida por outro tipo de profissionais que não têm a devida preparação”. Por isso, “pretendemos construir jovens profissionais com competências transversais que possam animar essas empresas, que vai desde fazer ginástica, dançar, cantar, fazer jogos, portanto, será um curso pró-activo, lúdico e de boa disposição”, explicou. Este curso tem também outras áreas de competência, desde o domínio mais reforçado das línguas estrangeiras, como uma capacidade de relacionamento inter-pessoal, e outras actividades de carácter mais desportivo e de lazer. A Escola de Hotelaria de Fátima vai igualmente manter o curso de

cozinha-pastelaria que, segundo Francisco Vieira, “tem sempre uma forte procura”, bem como de restaurante-bar, “também este muito procurado pelos jovens, o que não acontecia no passado”. O curso de pastelaria-padaria, lançado no último ano lectivo “tem superado as nossas expectativas”, disse o director executivo da Insignare, que dá conta da existência de 300 alunos em cada ano. Francisco Vieira refere que a escola faz questão de colocar os seus alunos em contexto real de trabalho, dando como exemplo os jovens que terminam agora o primeiro ano, que vão estagiar durante um mês, não propriamente em unidades hoteleiras ou de restauração, mas em talhos, charcutarias, padarias e mercearias “para começarem a perceber as questões dos horários, do relacionamento entre as pessoas e das responsabilidades, até porque estamos a falar de jovens de 15 e 16 anos”. Outra preocupação da escola passa pela criação de cursos com temáticas mais específicas, embora Francisco Vieira considere que “é pena não conseguirmos adivinhar aquilo que serão as necessidades das empresas de turismo daqui a 10 anos, tendo em conta a mutação que está a haver, com um turista que pro-


Francisco Vieira Director executivo da Insignare

Adriano Costa Director da ESTH/IPG

“Crescemos quer em qualidade quer em quantidade, em condições, em equipamentos, crescemos na relação com as empresas.

“Não faz sentido estarmos a pensar que vamos criar ofertas formativas, por exemplo em cruzeiros se não temos nem rio nem mar aqui ao lado”.

cura experiências e deixou de ser um indivíduo passivo, e quer levar conhecimento e levar coisas para contar. E nós aí temos que ter clara formação naquelas matérias em que o turista tem uma atitude de curiosidade intelectual e cultural. Neste sentido, tem estado a orientar a nossa formação para este tipo de respostas”. O executivo indica, por outro lado, que “mais do que formação técnica, neste nível etário, é a formação enquanto cidadãos que deve ter preponderância, sem descurar os instrumentos fundamentais”. Francisco Vieira vê com agrado o facto de haver uma grande receptividade por parte das empresas em receberem jovens para realizarem os seus estágios. “Tomara houvesse mais alunos para estagiar e até colocar a trabalhar”, disse, uma vez que quase sempre, o estágio converte-se em emprego. “Temos aqui na escola um serviço de apoio à colocação dos alunos, e as empresas procuram-nos todos os dias”. De uma coisa o responsável não tem dúvidas. “Crescemos quer em qualidade quer em quantidade, em condições, em equipamentos, crescemos na relação com as empresas. Só para o ensino profissional, nas escolas do Ministério da Educação entraram 8 mil jovens em cursos de hotelaria e turismo no ano lectivo 2016/2017. No entanto, nas escolas do Turismo de Portugal, que reconhecemos pela sua qualidade, entraram pouco mais de 3 mil jovens”, sublinhou, para acrescentar que “achamos que a Secretaria de Estado do Turismo devia assumir um papel de reguladora da qualidade e não de operadora de formação, porque a grande maioria de mão-de-

-obra que está a chegar à hotelaria e à restauração é formada nas escolas do Ministério da Educação”. Francisco Vieira destaca também a valorização das profissões do turismo. “Sou do tempo em que era muito difícil convencer um jovem a seguir um curso de cozinha, as turmas abriam com um número mínimo de alunos, mas convencer os pais era ainda pior. Aqui a comunicação social, principalmente as televisões, tiveram um papel importante, pois hoje é difícil não encontrarmos um programa de gastronomia ou de culinária, isso valorizou muito, além dos casos de sucesso que, felizmente, são muitos”.

CRIAR DINÂMICAS COM EMPREGADORES O Departamento de Turismo, Património e Cultura da Universidade Portucalense (DTPC) tem 135 alunos no primeiro ciclo em turismo, ministrando cursos de Licenciatura em Turismo, Mestrado em Turismo e Hospitalidade, Mestrado em Património Cultural e Desenvolvimento do Território, Short Master em Turismo Rural e Desenvolvimento Regional, Short Master em Green Tourism, Short Master em Cultura do Vinho e Enoturismo. De acordo com Isabel Freitas, directora deste departamento, “os alunos têm um estágio curricular no 3º ano da licenciatura que lhes proporciona uma relação estreita com o mercado de trabalho. Ao longo dos 3 anos da licenciatura as diferentes unidades curriculares promovem contactos e visitas a diversos locais de trabalho e convidam técnicos superiores de turismo a trabalhar na área que venham trocar connosco

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Se o seu destino é Turismo e a Hospitalidade, vai no rumo certo. Licenciaturas • Gestão da Hospitalidade • Turismo Mestrados • Turismo e Hospitalidade • Património Artístico, Conservação e Restauro • Património Cultural e Desenvolvimento de Território Short Masters • Gestão de Negócios de Hospitalidade e Turismo • Cultura do Vinho e Enoturismo • Escanção - Especialidade em Vinhos • Turismo no Espaço Rural e Desenvolvimento Regional . Green Tourism Saiba mais em:

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Do conhecimento à prática.

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a experiência e indicar competências e conhecimentos necessários à formação de um profissional do turismo”, isto porque “para nós o perfil de saída é muito importante e a identificação das competências profissionais é essencial para desenvolver conteúdos programáticos das diversas disciplinas do curso”. Por isso “tentamos que a avaliação seja prática e muito próxima do desenvolvimento de trabalhos mais práticos ou de resolução de problemas”. Nessa ligação à realidade do turismo “fenómenos como o entendimento da diversidade cultural, da diversidade social e da protecção patrimonial, ambiental e da identidade cultural são linhas de trabalho que consideramos prioritárias para o século XXI”, considerou ainda Isabel Freitas para acrescentar que “preocupam-nos temas actuais como a segurança, as diferenças religiosas ou problemas ambientais, entre outros, como matérias de sensibilização para a acção de uma profissão que trabalha activamente com a globalização”. A directora do DTPC sublinha ainda que “é nessa linha que criamos dinâmicas com os nossos empregadores e que solicitamos anualmente a presença dos nossos orientadores de estágio num brainstorming que pretende identificar as necessidades do mercado de trabalho perante um mundo em mudança constante”. Anualmente a Escola introduz processos de melhoria nos currículos dos ciclos, decorrentes da necessidade identificada de melhorar competências ou áreas do saber em turismo, deu-nos conta a responsável, que nota que há competências e conhecimentos base que são elementares e que se mantêm ao longo do tempo, mas há anualmente identificação de mais competências e mais saberes em áreas que resultam essencialmente do crescimento de novas dinâmicas do turismo, que “obrigam, cada vez mais, a orientar a formação para ambientes específicos e inovadores. Já não é apenas uma questão de seguir “as modas” mas sim de acompanhar a evolução e a inovação”. Quanto à taxa de empregabilidade, Isabel Freitas indica que “os contactos que temos feito com ex-alunos para ofertas de empregos têm encontrado todos os alunos integrados no mercado de trabalho. Notamos que existe uma excelente empregabilidade no âmbito do turismo, muito em particular no Porto”, declarou. Até porque a Universidade do Porto tem tido “uma excelente relação com os nossos parceiros institucionais e com o apoio que conferem aos nossos estudantes”. Por outro lado, “conservamos parceiros com trabalho continuado,

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o que nos permite trabalhar mais próximo e produzir uma melhor integração dos nossos alunos” realçou a responsável. O turismo tem mudado nos últimos anos, facto que tem obrigado as escolas a lançar novos cursos para temáticas mais específicas. A propósito, Isabel Freitas avançou que “procuramos estar sempre actualizados nas tendências e acompanhar a mudança”. Nestes últimos tempos a aposta vai para o ambiente e para a sustentabilidade ambiental e patrimonial. Neste sentido foi criada formação na área ambiental e ecológica como é o caso do Green Tourism – Turismo ecológico. Também “o crescimento do mercado dos vinhos ditou que avançássemos para o Enoturismo, mas associamos a Cultura do Vinho porque entendemos que ligado ao vinho há toda uma identidade e diversidade patrimonial que caracteriza Portugal e que faz a diferença quando falamos de mercado internacional”. Igualmente, “com o crescimento do mundo rural, e do desenvolvimento das preocupações com cidades de pequena dimensão e com áreas de densidade demográfica mais baixa, levou-nos ao desenvol-

vimento da área do turismo rural e do desenvolvimento regional”, concluiu a responsável.

ENRIQUECER A QUALIDADE E SUSTENTABILIDADE DA OFERTA Por seu turno, o Departamento de Economia, Gestão e Informática da Universidade Portucalense (DEGI), dirigido por Filomena Castro Lopes oferece, actualmente o curso de 1º ciclo em Gestão da Hospitalidade que veio, desde o ano lectivo 15-16, substituir o antigo curso especialidade em Gestão Hoteleira. Este curso é mais abrangente que o antigo curso de especialização em Gestão Hoteleira pois permite aos alunos optarem por uma das seguintes especialidades: Hotelaria e Restauração, Turismo no Espaço Rural, Unidades de Saúde e Bem-estar e Golfe e Lazer. Por outro lado, tem como oferta pós graduada o short master em Escanção, que vai na 3ª edição, e lançou este ano o short master em Gestão de Negócios de Hospitalidade e Turismo. Segundo a directora do DEGI, no curso de 1º ciclo temos, em todos os anos da licenciatura, estágios curriculares em que os alunos vão para

o mercado de trabalho. A existência de visitas de estudo e seminários, quer no âmbito das diferentes unidades curriculares quer como actividades exta-curriculares, são frequentes ao longo da licenciatura. No 3º ano há uma unidade curricular, seminários, onde a ligação ao mercado é total. “Temos protocolos com diferentes instituições dentro das áreas de especialização que o curso oferece”, realçou. Também aqui, as formações fazem-se muito em ambiente de trabalho com os estágios obrigatórios no 1º ciclo, com as visitas de estudo, presentes em todas as ofertas que o DEGI tem, e também em ambiente de simulação e role playing. “Temos uma cozinha pedagógica, uma sala de refeições e um hotel onde os alunos têm as aulas de alimentação e bebidas e de alojamento”, explicou Filomena Castro Lopes. Além disso “usamos na licenciatura de Gestão da hospitalidade um software de Gestão de hotéis e restaurantes que permite aos alunos o usarem em diferentes unidades curriculares e conseguirem analisar dados como que a gestão de um verdadeiro hotel se tratasse”. Filomena Castro Lopes, que garantiu haver uma taxa de empregabilidade total, refere que “nunca tivemos dificuldade em colocar os nossos alunos em estágio, quer a nível nacional como internacional”. Ciente que o turismo está a crescer cada vez mais no Porto e Norte de Portugal, “temos estado atentos, por isso a criação dos nossos short master Escansão – serviço de vinhos, e Gestão de Negócios de Hospitalidade e Turismo”, sublinhou a directora do DEGI, para concluir que “achamos que o crescimento do turismo no Porto e Norte e Portugal justificam a necessidade destas formações para enriquecer a qualidade e sustentabilidade da nossa oferta”.

FORMAR PARA O FUTURO A Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda (ESTH/IPG), situada em Seia, vai manter o seu leque de oferta formativa no próximo ano lectivo, estando no entanto já a trabalhar na introdução de novos cursos para o ano lectivo 2018/2019. Adriano Costa, director da escola, não quis para já adiantar pormenores porque “como fazemos parte da Rede de Instituições Públicas de Ensino – RIPTUR – achamos que toda a oferta formativa deve estar relacionada com as especificidades de cada uma das regiões” Adriano Costa refere ainda que “não faz sentido estarmos a pensar que vamos criar ofertas formativas, por exemplo, em cruzeiros se não temos nem rio nem mar aqui ao lado, mas quando falamos em turismo de na-


tureza não nos podemos também referir às grandes cidades porque não têm condições para os jovens formados aplicarem os seus ensinamentos”. Neste sentido o director da ESTH/ IPG é da opinião que “de uma vez por todas, deve haver a tal reestruturação da oferta formativa, tendo em conta as potencialidades de cada uma das regiões, para evitar que toda a gente faça mais do mesmo e depois ouvimos as expressões que o interior não se desenvolve porque não temos pessoas qualificadas”. Na região onde se insere esta Escola de Turismo e Hotelaria, “temos a Serra da Estrela, turismo de natureza, turismo de aventura, e é nestas áreas que devem assentar grande parte da nossa oferta formativa”, indicou ainda. Com cerca de 350 alunos, esta escola procura marcar a diferença no que à formação diz respeito, e está atenta aos desafios do futuro, procurando, acima de tudo valorizar os seus maiores activos: os seus estudantes. Com o slogan “Formar para o Futuro”, o objectivo da instituição de ensino superior tem sido incutir nos seus estudantes capacidade crítica e criativa através da participação em actividades extracurriculares que potenciem o talento e o empreendedorismo aliadas a uma consistente formação teórico-prática. Para Adriano Costa “formar para o futuro, quer dizer, no concreto, que os nossos alunos ‘colocam a mão na massa’”, para acrescentar que “não queremos ser como outras escolas que privilegiam apenas os cursos que estão na moda e que nem têm condições para leccionar”. Referiu, por outro lado que “as nossas grandes mais valias é que estamos equipados com um conjunto de laboratórios, cozinhas, quartos, hotel, além de termos um restaurante de aplicação a funcionar durante o período em que decorrem as aulas, o que lhes permite estarem a trabalhar em contexto real”. O responsável assegurou que a escola mantém um bom relacionamento com os empregadores para saber o que se forma e em que áreas. “Procuramos conhecer as necessidades das empresas para enriquecer os nossos planos de formação”, sublinhando que “o que para nós é motivo de orgulho é termos muitos pedidos das empresas para estágios e muitas vezes não temos disponibilidade”. Outro grande orgulho é o facto de grande parte desses alunos conseguirem bolsas de estágio para continuarem os seus estudos no estrangeiro. A realização de estágios obrigatórios em todos os cursos permite aos estudantes da ESTH/IPG uma rápida integração no mercado de trabalho, traduzindo excelentes níveis de

Isabel Freitas Directora do DTPC

Filomena Castro Lopes Directora do DEGI

“Procuramos estar sempre actualizados nas tendências e acompanhar a mudança”.

“Nunca tivemos dificuldade em colocar os nossos alunos em estágio, quer a nível nacional como internacional”.

empregabilidade quer ao nível dos diplomados dos seus cursos de licenciatura (Turismo e Lazer, Gestão Hoteleira, Restauração e Catering) quer ao nível dos CTEsP (Cozinha e Produção Alimentar e Animação Turística e do Património Cultural e Natural). Ao nível do mestrado em Gestão e Sustentabilidade no Turismo o enfoque está na investigação e na realização de trabalho de campo. Apesar disso, a região não absorve a totalidade dos alunos formados devido à sua reduzida oferta hoteleira e à existência de apenas dois grandes grupos hoteleiros – a Visabeira e a Natura IMB Hotels, que por sinal têm como directores de operações dois ex-alunos desta escola.<

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ISEG vai formar para o segmento de luxo

Glion forma em gestão de marcas de luxo Glion foi a primeira escola de gestão hoteleira a oferecer uma especialização na área da gestão de marcas de luxo ao nível do bacharelado, para atender à crescente procura de profissionais no sector do luxo. Este grau em Gestão de Marcas de Luxo é um programa de três anos e meio incluindo a realização de dois estágios de seis meses e ainda dois semestres de especialização. Na escolha da área do luxo, os alunos após a finalização do segundo estágio no sector realizam cinco cursos, que oferecem conhecimentos específicos em marketing e negócios com o objetivo da colocação dos alunos em cargos de topo nesta área. “A Glion atribui especial importância à qualidade da educação e ao conteúdo dos seus programas, razão pela qual desenvolve os cursos com base nas tendências e necessidades das indústrias de luxo e de hotelaria do futuro, desenvolvendo conteúdos académicos em parceria com profissionais e recrutadores”, refere Benoît-Etienne Domenget, CEO da Sommet Education, para acrescentar que “ao associar prática com teoria, e mantendo um diálogo constante com os líderes do luxo, os alunos da Glion desenvolvem as suas soft skills e ficam mais experientes sendo um aspecto atractivo para os recrutadores.” Com um volume de negócios de 222 mil milhões de dólares, o turismo de luxo tem vindo a ganhar um lugar de destaque na economia global nos últimos anos. Um sector dinâmico que constantemente procura perfis específicos para a criação de experiências e cada vez mais recruta profissionais com formação em hotelaria e turismo, adaptando-se aos diferentes contextos culturais, atenção aos detalhes e sentido de estética.< 40

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O ISEG vai promover nos dias 16 e 17 de Outubro a 1ª edição do curso intensivo “Luxury Tourism Management”, formação que aborda as principais características e tendências da gestão do luxo aplicadas ao sector do turismo e hospitality. Numa altura em que o segmento do turismo de luxo cresce fortemente em Portugal, o ISEG considera essencial compreender as diferentes dimensões deste mercado. O luxo como inspiração competitiva e diferenciação estratégica é, por isso, o tema central deste curso que se apresenta dividido em quatro blocos: Essência do Luxo, Mercado de Turismo de Luxo, Consumidor de Turismo de Luxo e Estratégias no Turismo de Luxo. O curso é coordenado por Gilberto Jordan, CEO do André Jordan Group, e Helena Amaral Neto, docente do ISEG, e tem como orador principal Carlos Ferreirinha, uma referência no segmento do luxo na América Latina. Destina-se a todos os profissionais do sector do turismo, desde hotelaria, golf, restauração, agências e operadores turísticos. Esta formação executiva conta também com importantes parcerias com entidades do sector, tais como Turismo de Portugal, Associação da Hotelaria de Portugal, Associação Portuguesa de Resorts, Conselho Nacional da Indústria do Golfe e Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo. As inscrições estão abertas até 10 de Outubro, através do site do ISEG e custam 1.750 euros. Para quem se inscrever até 15 de Setembro, o valor é de 1.500 euros. <

Alunos da Lusófona vão aprender conteúdos Travelport O Departamento de Turismo Universidade Lusófona acaba de anunciar a mais recente parceria, desta vez com a Travelport. O protocolo de parceria acaba de ser celebrado com a presença de António Loureiro, director Regional da Travelport em Portugal, Espanha e países Africanos de Língua Portuguesa, por ocasião da sessão de encerramento do ano lectivo naquela instituição de ensino. Trata-se de uma parceria de cooperação conjunta, que se baseia na aprendizagem do sistema Galileo, no âmbito da disciplina de Gestão de Agências de Viagens da Licenciatura em Turismo e respectiva atribuição do Passaporte Galileo. Haverá no Campus Universitário a Sala Travelport destinada apenas a essa aprendizagem. Mafalda Patuleia, directora do Departamento de Turismo da ULHT explica que “esta parceria é um passo para uma maior cooperação entre estas duas instituições na aproximação do mercado de trabalho à academia”, realçando que “só com este estreitar de laços é possível caminhar na formação de profissionais que respondam às necessidades de um mercado cada vez mais competitivo”. António Loureiro refere que “a aposta na formação dos futuros profissionais de Turismo é um dos eixos diferenciadores da actuação da Travelport em Portugal, desde a sua entrada no mercado nacional há 25 anos.” A responsável assegura ainda que “a parceria com a Universidade Lusófona garantirá aos seus estudantes um conhecimento aprofundado sobre o GDS Galileo – sistema de reservas utilizado pela grande maioria das agências de viagens nacionais –, já que desta forma podem estar em contacto com a tecnologia de ponta que disponibilizamos aos nossos parceiros e que certamente se traduzirá numa mais-valia para a entrada no mercado de trabalho”. <

Politécnico de Setúbal com nova oferta formativa Pós-Graduação em Gestão e Marketing Turístico é a nova oferta formativa do Instituto Politécnico de Setúbal, Escola Superior de Ciências Empresariais, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria. As candidaturas estão abertas até 9 Julho. De acordo com o plano de estudos, temas como comportamento do cliente turístico, gestão de mercados turísticos, estratégia e sustentabilidade no turismo, contabilidade de gestão aplicada ao turismo, metodologias de investigação, sistemas de informação aplicada ao turismo e comunicação de produtos e destinos turísticos serão algumas das temáticas nos dois semestres desta formação, terminando cada um com um seminário. <

Fórum Turismo 2.1 organiza Academia de Formadores´17 O Fórum Turismo 2.1 acaba de anunciar a organização da Academia de Formadores 2017, evento direcionado para professores e formadores das escolas com oferta de ensino e formação na área do turismo. Este evento irá decorrer durante os dias 3, 4 e 5 de Julho, no Lux Park Lisboa Hotel, contando o Fórum Turismo 2.1 com a participação de mais 30 oradores convidados e de 140 professores e formadores. O Fórum Turismo 2.1 promove este evento com o objectivo de debater as ameaças e os desafios do desenvolvimento da formação no sector do turismo. Segundo António Marto, secretário-geral da associação organizadora, a Academia de Formadores´17 irá ter no seu programa 10 diferentes temas em debate e a participação de experientes players do sector. “A Academia de Formadores´17 corresponde à necessidade identificada de promover uma visão abrangente sobre os desafios da formação no sector do Turismo, nomeadamente os que decorrem do impacto da formação profissional e académica, pensando nas necessidades que o sector irá enfrentar nos próximos anos”. <


Aveiro apresenta dois novos cursos na área do turismo A EFTA – Escola de Formação Profissional em Turismo de Aveiro acaba de anunciar, em conferência de imprensa, na sede do Turismo Centro de Portugal, novos cursos de especialização tecnológica (CET). Os dois novos cursos, que começam a ser leccionados em Setembro, são de Técnico Especialista em Gestão e Produção de Cozinha e o de Técnico Especialista em Gestão e Produção de Pastelaria. As inscrições estão abertas até final de Junho. A criação de cursos de especialização na área do turismo tendo como consequência o reforço da qualidade dos serviços prestados aos visitantes e, por outro lado, aumenta a qualificação dos trabalhadores da área, permitindo a melhoria das suas condições salariais, foram os motes das intervenções durante a conferência de imprensa. Para Pedro Machado, o crescimento traz desafios, sendo que “um deles é preservar a autenticidade dos destinos: como preservar a autenticidade e, ao mesmo tempo reforçar a atractividade”, enquanto o outro “reside nos recursos humanos”. De acordo com o presidente do Turismo do Centro de Portugal, “estes cursos da EFTA contribuem de forma dupla para fazer face a este desafio”, pois por um lado, “permitem aumentar o número de quadros qualificados em áreas específicas, reforçando a qualidade do serviço”, por outro “tem um efeito benéfico na valorização do trabalho”. Manuel Torrão, director da EFTA, fez a apresentação dos cursos, juntamente com Paula Ribeiro, coordenadora dos CET. Os responsáveis da escola destacaram o facto de estes serem cursos com uma provável grande taxa de empregabilidade e que a procura está a superar as melhores expectativas. Os Cursos de Especialização Tecnológica (CET) são destinados a alunos que terminaram o ensino secundário e conferem uma qualificação de nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações. Permitem a qualificação de quadros intermédios através de uma especialização em áreas tecnológicas e o prosseguimento de estudos, bem como a obtenção de equivalências a algumas licenciaturas, com a atribuição de créditos. O Técnico Especialista em Gestão e Produção de Cozinha tem como principais funções planificar, dirigir e coordenar os trabalhos de cozinha e colaborar com o serviço de gestão de Food & Beverage na estruturação de ementas e no processo de cálculo dos custos, bem como preparar, confeccionar e empratar refeições num serviço de qualidade superior, aplicando novos equipamentos de produção, novos produtos e novos processos de confecção. O Técnico Especialista em Gestão e Produção de Pastelaria tem como principais funções planificar, dirigir e coordenar os trabalhos de pastelaria e colaborar com o serviço de Food & Beverage na estruturação de ementas e no processo de cálculo de custos, bem como confeccionar bolos e outros produtos de pastelaria, de confeitaria e de gelataria, pão e produtos similares de padaria. <

Alunos das escolas da Insignare em estágios no estrangeiro Quase 60 alunos das escolas da Insignare (Escola Profissional de Ourém e Escola de Hotelaria de Fátima) seguiram para várias cidades na Europa, para realizarem os seus estágios curriculares, com a duração de dois meses, apoiados pelo programa Erasmus +. Esta é uma prática há vários anos que as escolas de Insignare operacionalizam no âmbito de uma estratégia de internacionalização para os seus alunos e colaboradores. Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido (Escócia e Irlanda do Norte) são os quatro países que acolheram os 56 alunos. Estes alunos irão aplicar as suas competências técnicas em ambientes e equipas multinacionais, aprendendo também novos conhecimentos e metodologias de trabalho. Para além da actividade de cariz profissional, os alunos aproveitarão os seus tempos livres para conhecerem outras realidades sociais e culturais. “Dar Mundo” aos seus jovens alunos, normalmente provenientes de meios rurais da região e de famílias carenciadas, é um dos objectivos deste esforço das escolas Insignare, que ano após ano, têm conseguido obter o fundamental apoio do Programa Comunitário Erasmus +. <

Les Roches Marbella gradua mais 16 alunos portugueses Num total de 133 alunos que acabam de se graduar em diferentes cursos de Les Roches Marbella, 16 são portugueses. Portugal tem vindo a apresentar de forma crescente a presença de alunos em Les Roches, sobretudo no Campus de Marbella. Estes alunos receberam diplomas de diferentes cursos, como bacharelato em Administração e Gestão Hoteleira, pós-graduação em Marketing de Turismo de Luxo e pós-graduação de Gestão Hoteleira Internacional. Deste grupo de graduados, 81 alunos foram bacharelato e os restantes 52 alunos de pós-graduação provenientes de 36 países. A Les Roches Marbella, durante os seus mais de vinte anos de história, tem permitido aos seus graduados empregos em empresas de prestígio no sector da hotelaria e turismo a nível internacional, em mais de 54 países. Os alunos vivem num campus multicultural com mais de 620 estudantes de 70 nacionalidade com formação especializada, inteiramente em inglês. Todos os cursos são reconhecidos e acreditados a nível universitário pelo New England Association of Schools & Colleges (NEASC). A Les Roches Marbella vai dar início em Julho / Agosto, a uma nova chamada para os seus cursos de licenciatura e pós-graduação nos seus campus internacionais em Espanha, Suíça, China e Estados Unidos (Chicago). Pelas suas características, foi classificada como a segunda melhor instituição de hotelaria e lazer por um dos rankings universitários (QS Ranking Mundial da Universidade by Subject 2017) com base no grau de empregabilidade dos seus alunos e os princípios de turismo responsável e sustentável. <

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>cruzeiros Tudo “cheirava” a festa. E adivinhava-se que seria uma festa de arromba. A condizer com a importância do motivo, o baptismo do 13º navio de cruzeiros da MSC e o primeiro de uma nova classe. Também pelas centenas de convidados que chegavam dos quatro cantos do mundo e que se preparavam para dar os primeiros passos naquele a que as “gentes” da MSC chamam de a “oitava maravilha do Mundo”, o MSC Meraviglia. TEXTO: FERNANDO BORGES

Números e mais números… • Peso – 171.598 toneladas os • Comprimento – 315 metr • Altura – 65 metros • Decks – 19 • Capacidade – 5.714 passageiros/ tripulantes (75% • Camarotes e suites – 2.244 ex) com varanda/8 suites dupl • Tipologia de cabines – 100 m2 • Espaços públicos – 33.00 • Restaurantes – 12 • Bares –20 • Lojas – 21 • Piscinas – 4 • Elevadores – 32 • Pontos de conectividade – 16.000 • Ecrãs interativos – 114 • Custo – 900 milhões de euros

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MSC Meraviglia

Grandiosidade que impressiona

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ma tenda enorme erguida no cais do porto de Le Havre preparada para receber mais de 2.000 convidados. Como cenário de fundo, um impressionante navio de cruzeiro. Um dos maiores do mundo, o maior alguma vez construído por uma companhia europeia. O MSC Meraviglia.

A contagem do tempo para que a garrafa de champanhe se partisse contra o casco branco do navio continuava, e sabíamos que este gesto seria “amadrinhado” por esse ícone intemporal do cinema mundial e italiano, Sophia Loren. A madrinha de todos os navios de cruzeiro da MSC. Mas antes, entre o chegar ao porto de Le Havre e a cerimónia de baptismo, houve tempo para descobrir alguns dos motivos que fazem do MSC Meraviglia isso mesmo, uma maravilha. Apenas alguns, pois o Meraviglia é tão grande, tão grande, que seria necessário muito mais tempo. Talvez mesmo só fazendo um dos cruzeiros de oito dias que durante o Verão está a realizar, até 10 de Novembro, pelo Mediterrâneo Ocidental a partir de Barcelona, visitando Marselha, Génova, Nápoles, Messina e La Valleta. Assim que entramos somos invadidos por uma sensação de deslumbramento e de espaço. Também que existe uma sofisticada combinação de tecnologia de vanguarda. Basta olhar para os 80 metros do LED cheio de efeitos visuais que cobre parte dos 96 metros da Galeria Meraviglia, a Promenade de dois andares, o centro social do navio. Ou sentir a inovação tecnológica digital baptizada com o nome de ‘MSC for Me’ criada para corresponder às necessidades dos passageiros e que passa por pulseiras electrónicas interactivas que ligam o passageiro aos diversos serviços do navio substituindo os tradicionais cartões, servindo igualmente de localizador. O passageiro pode, também, usar os

mapas interactivos distribuídos por todo o navio ou o serviço de ‘Tailor Made’, um verdadeiro conselheiro digital pessoal que disponibiliza recomendações personalizadas baseadas nas sua preferências. Quer quando se fala em reservar uma mesa num dos restaurantes, ou excursões. Apenas dois exemplos! Mas, são os amplos espaços que impressionam. Quer os das diversas áreas da Promenade, do restaurante buffet ou de qualquer um dos 12 restaurantes e 20 bares, assim como os do MSC Aurea Spa onde são oferecidos mais de 18 tratamentos corporais, 22 faciais e mais outros tantos capilares. Espaços que mais se sentem quando passamos para as zonas das piscinas, quer se opte pela “relaxantemente elegante” Atmosphere Pool, inspirada em South Beach, em Miami, pela piscina interior com tecto deslizante, no Horizon Pool, que oferece sempre uma vista deslumbrante sobre o que nos rodeia, na exclusividade do privado Sundeck MSC Yatch Club, ou no Polar Aquaparque, um espaço de diversão para toda a família composto por quatro escorregas aquáticos complementados pelo AquaPlay, uma área para os mais pequenos. Tudo isto representa apenas uma parte da diversão e entretenimento que o Meraviglia oferece a toda a família. E lá está o Sportplex, uma área para os mais novos composta por espaços divididos por faixas etárias, zona desportiva, cinema 4D e máquinas de videojogos, a Experiência LEGO recheada dos mais recentes produtos da marca das pequenas peças coloridas, o Baby


Club Chicco, uma creche abrangente, o Laboratório DOREMI, onde os jovens podem ter contacto com as tecnologias futuristas… Quando a noite chega o entretenimento ganha uma dimensão de classe mundial, oferecendo três espectáculos por noite ao estilo Broadway no seu teatro com capacidade para 985 pessoas. A isto juntam-se os desfiles na Promenade, o TV STUDIO, um espaço polivalente com a última tecnologia, as partidas de bowling, as competições nos simuladores de F1 e as noites passadas a dançar no ATTIC CLUB, num bar com música ao vivo ou à beira da piscina. Mas, é sem dúvida a exibição do Cirque du Soleil at Sea a maior de todas as atracções, não só de entretenimento mas do próprio navio. Um lugar onde os viajantes podem desfrutar de um espectáculo único e viver uma experiência de “show e cocktail” ou “show e jantar”. Por tudo isto é natural que quando se iniciou a cerimónia de baptismo do MSC Meraviglia, que teve como mestre de cerimónias o actor e comediante Gad Elmaleh, a participação do também actor e cantor Patrick Bruel e dos Kids United,

um grupo pop de jovens entre os 8 e os 16 anos criado para promover os direitos das crianças, Pier Francesco Vago, presidente executivo da MSC Cruzeiros, tenha orgulhosamente afirmado que “por esta razão, esta noite é um momento de extremo orgulho para todos nós na MSC Cruzeiros, ao vermos o primeiro dos nossos navios de próxima geração ser apresentado”. Uma oportunidade aproveitada por Gianni Onorato, CEO da MSC Cruzeiros, para revelar um pouco mais do futuro da companhia, que passa pela construção de mais um navio da Classe Meraviglia, dois da Classe Meraviglia-Plus, uma evolução da Classe Meraviglia, três de uma nova geração, a Seaside, com estreia prevista para Novembro de 2017, e de três mega navios, com mais de 200.000 toneladas, que formarão a Classe World. E já passava das 22h00 quando, elegante como sempre, Sophia Loren corta a fita que deixaria cair a garrafa de champanhe contra o casco do 13º navio de cruzeiros da MSC, o Meraviglia! Estava batizado aquele a que a MSC chama de “oitava maravilha do mundo”! <

Cirque du Soleil, a “cereja no topo do bolo” Não seria necessário para cativar os amantes dos cruzeiro s, nem quem pretend e um dia descobrir o porquê de cada vez serem mais aqueles que optam pelos cruzeiro s para as suas férias. É que o MSC Meravig lia é completo. E este completo passa pela intermin ável oferta de entretenimento. Mas a MSC queria mais. E vai daí leva para bordo do Meravig lia o Cirque du Soleil, sem olhar a custos. Basta dizer que dos 900 milhões de euros gastos para a constru ção deste que é o primeiro navio da classe Meravig lia, 100 milhões foram usados para receber o famoso circo fundado em Baie-Saint-Paul, por Guy Lalibert é e Daniel Gauthier. Tudo se passa no Carrousel Lounge, um espaço familiar especialmente criado para receber o mais famoso dos circos e os 413 viajante s que pretend am assistir a dois espectáculos distinto s, no conceito, história e ambient e – SONOR e VIAGGIO, espectáculos que se realizam duas vezes por noite ao longo de seis noites de cruzeiro, para que todos os passageiros possam assistir à magia do Cirque de Soleil. <

Eduardo Cabrita: “Vai ser bom para o mercado português” O MSC Meraviglia vai ser bom para o mercado português pelos destinos onde se vai posicionar esta temporada – Mediterrâneo Ocidental, com partidas de Barcelona, Marselha e Génova, mas também pelos itinerários que vai fazer no Verão de 2018 – Norte da Europa, Fiordes, Báltico e Atlântico Norte, bem como no Inverno de 2019/20 pelas Caraíbas, com partidas de Miami, é a convicção do director-geral da MSC Cruzeiros em Portugal, Eduardo Cabrita, em declarações à Turisver. Lisboa recebeu a mais recente maravilha da frota MSC Cruzeiros, o MSC Meraviglia. Para celebrar a escala inaugural estiveram presentes na cerimónia a bordo cerca de 170 pessoas, entre autoridades, parceiros e convidados, que assistiram à habitual troca de placas com o Comandante do navio, Comandante Pontecorvo e as autoridades portuárias de Lisboa. Como é sabido, os cruzeiros que os portugueses mais procuram são os do Mediterrâneo, mas Eduardo Cabrita frisou que “temos cada vez mais clientes de Portugal a optar pelo Norte da Europa e, com esta categoria de navio, com todo o entretenimento e gastronomia de alto nível, vai ser uma esmeralda, não só no Mediterrâneo, como no Norte da Europa”. Outra grande vantagem, segundo o director-geral da MSC “é que temos cada vez mais portugueses a fazer cruzeiros nas Caraíbas, portanto, quando o MSC Meraviglia se posicionar em Miami, para nós vai ser óptimo porque será uma pedra preciosa no continente americano e podemos tentar quebrar um pouco a hegemonia que existente nessa zona do mundo com as outras marcas”. Para os embarques e desembarques em Barcelona, a MSC Cruzeiros não coloca pacote com avião porque “existem muitas companhias aéreas a preços muito competitivos a saída de Lisboa. No entanto, estamos a pensar até que ponto a locação de camarotes em Barcelona será suficiente para todos os mercados da Europa, por isso pretendemos criar um num programa desenhado para as partidas de Marselha. A realização do ship visit ao Meraviglia a Lisboa e a próxima com o Seaside no Funchal tem a ver com o carinho com que a companhia trata o mercado português, indicou Eduardo Cabrita para realçar que acredita que tal como “o MSC Preziosa vai fazer Lisboa-Lisboa, um destes novos navios possa fazer também saídas e chegadas à capital portuguesa. Nos próximos 10 anos esta companhia de cruzeiros vai ter mais 11 navios a juntar aos 12 já existentes. A MSC prevê, assim, triplicar o número de hóspedes e, consequentemente, o número de vendas, e “esperamos que também seja por países”, para acrescentar que em Portugal “estamos a crescer a dois dígitos, mais do que a média de crescimento do mercado de cruzeiros que se situa entre os 6% e os 8%”. O optimismo é reinante na MSC Cruzeiros Portugal: “Quanto mais navios existirem, mais itinerários existem e mais possibilidades os portugueses têm de escolher novas rotas, como aconteceu agora com Cuba e vai acontecer daqui a sensivelmente oito meses para a China, uma vez que vamos posicionar um navio para os europeus nessa região do mundo”, salientou, para acrescentar que “acredito que os próximos 10 navios que se seguem – e este é o primeiro dos 11 novos navios de três novos protótipos diferentes – vão ajudar, com certeza, os portugueses a optar cada vez mais pelas férias a bordo de um cruzeiro MSC.” Para a MSC Cruzeiros, o número de passageiros em Portugal tem subido todos os anos a uma razão de dois dígitos, a uma média de 14%. No ano passado, transportou 20.300 passageiros portugueses, o que corresponde a uma quota de mercado de cerca de 41% em relação aos cerca de 50 mil passageiros nacionais de cruzeiros que estão estimados. < TURISVER | JUNHO DE 2017

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>av&to Fam tour Air Transat / Jonview Canada

Canadá um gigante (ainda) desconhecido

Toronto, Niagara Falls, Ottawa, Québec, Montreal foram as cidades visitadas por agentes de viagens portugueses e um representante da Turisver a convite da Air Transat (representada em Portugal pela ART) e da Jonview Canada. Em seis dias, o grupo percorreu muitas centenas de quilómetros e deixou-se surpreender por belezas naturais, pela multiculturalidade das grandes cidades, pela mistura de estilos arquitectónicos em urbes que conservam ainda cascos antigos, pela riqueza gastronómica e a genuína afabilidade dos canadianos. TEXTO: FERNANDA RAMOS

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ejamos francos: o Canadá não é ainda um destino que esteja no top of mind dos portugueses para as suas férias e é por enquanto, para a maioria, um frio gigante desconhecido, tantas vezes confundido com os Estados Unidos. Ideias feitas que o nosso périplo pela região Leste do país, de Ontário a Québec desmistificou. Se à dimensão a que estamos habituados no nosso país, o Canadá é um gigante com os seus 10 milhões de Kms 2, seis fusos horários e climas variados, a verdade é que se no Norte do país o frio é polar, existem os temperos climáticos de Victoria e Vancouver, no Sul do país, a Oeste dos Grandes Lagos, onde nem neva no Inverno. Já a Leste dos Lagos, nas províncias de Ontário e Québec, com as cidades de Toronto, Ottawa, Québec e Montreal, sendo verdade que os Invernos são rigorosos (em Toronto as temperaturas vão abaixo dos -10ºC e em Montreal as mínimas podem chegar aos -25ºC), as Primaveras são amenas e no Verão as temperaturas vão além dos 30ºC. Por isso, para quem não quer neve, a época ideal para fazer uma incursão em terras do Canadá é entre meados de Maio e Setembro, se bem que o mês de Outubro seja fantástico para apreciar uma natureza em mutação, com as folhas dos ácer ou bordos – símbolo da Nação canadiana que figura na bandeira do país – a emprestarem tons avermelhados ao horizonte. Fica pois um alerta: quem visitar as províncias mais a Sul durante o Verão não tem que ir carregado de agasalhos – um simples casaco de malha chega e até convém porque o

ar condicionado nos restaurantes é bastante frio. Já na Primavera e início de Outono é imprescindível uma capa para a chuva e um agasalho um pouco mais quente, mas não exagerado, que as noites podem esfriar, principalmente em Montreal. Num país da dimensão do Canadá, as distâncias entre cidades são de centenas de quilómetros, mas as acessibilidades são boas, apesar dos engarrafamentos às horas de ponta. Favorável é o facto de as auto-estradas não terem portagens e de serem de muito fácil condução. As cidades que percorremos neste périplo são genericamente planas – apenas em Québec há algumas subidas – e devem ser conhecidas a pé, pelo que é imprescindível calçado confortável que, caso se visitem as Cataratas do Niágara, a pouco mais

de duas horas de Toronto, deve ser também impermeável.

À MESA COM PRAZER Apesar de os Estados Unidos serem “logo ali”, principalmente se estivermos em Niagara Falls, “o Canadá não é os Estados Unidos” e os canadianos fazem questão de reforçar a ideia a cada momento já que os muitos arranha-céus podem originar a comparação, mas a semelhança não vai muito além disso. A hora das refeições é uma agradável surpresa, com saladas e sopas à base de produtos locais para início, óptimas carnes e peixes saborosos, e sobremesas ricas, talvez porque a gastronomia encerre em si muito da multiculturalidade de um país feito de imigrantes de todo o mun-

Os participantes Acompanhada por Viktor Puharskky da ATR em representação da Air Transat e por Octavio Amaro da Jonview Canada, a fam tour em que se integrou a Turisver foi composta pelos seguintes agentes de viagem: Célia Semedo – TUI Portugal; Ercília Romão – GeoStar ; João Cruz – Solférias; Luís Sousa – TopAtlântico; Miguel Jesus – Image Tours; Marta Cruz – Lusanova Tours; Raquel Vieira – Oasis Travel; Sandra Rosa – Abreu


A VISITAR Toronto

• CN Tower – a melhor vista sobre a cidade e o lago Ontário

• Hockey Hall of Fam • Royal Ontario Museum • Ripley’s Aquarium of Canada • Toronto Zoo (Jardim Zoológico de Toronto)

• Ontario Science Centre (Centro de Ciências de Ontário)

• Bairro chinês • Ilhas de Toronto • PATH (cidade subterrânea) • Imprescindível passar um dia

em Niagara Falls, a cerca de duas horas de Toronto

Ottawa

• Parliament of Canada (estilo gótico)

• National Gallery of Canada • ByWard Market • Bytown Museum • Canadian Museum Civilization • Canadian War Museum • Gatineau Park • Canal Rideau Quebec

• Quartier Petit-Champlain • Place Royal e Musée de la Place Royale

• Igreja de Notre-Dame-desVictoires

• Funicular para a parte alta Dufferin Terrace

• Fairmont Le Château Frontenac • Musée du Jade

Vasta oferta hoteleira Hotéis de grandes cadeias internacionais não faltam nas cidades canadianas. Há de tudo, dos mais em conta aos de luxo, ali classificados com diamant es em vez de estrelas. Entre uns e outros um traço comum – são grandes, muito grandes, em altura e não só. Não raro têm mais que uma entrada e facilmente ultrapassam as mil camas. No centro das cidades a oferta é vasta, como também ao redor dos centros de congressos. Mas para os portugu eses nem tudo será fácil, há hotéis já esgotados para 2018. É o caso do Sheraton on the Falls, em Niagara Falls, que tem todos os quartos com vista para as catarata s já reservados para a época de Verão do próximo ano. Importa , assim, reservar bem cedo, principalmente tendo em conta que entre um quarto com vista para as catarata s e outro com vista para a cidade a diferença de preço anda em torno dos 50CAD e acordar olhando as catarata s de frente é uma experiên cia única. Chelsea Hotel em Toronto, Delta Ottawa City Center, Hotel Chateau Laurier Quebec e Le St-Martin Hotel Particulier Centre-Ville em Montreal, foram os hotéis onde o grupo se alojou, todos de quatro estrelas, todos de grande qualidad e e muito bem localiza dos para quem quer calcorrear as cidades. <

do. Restaurantes, hotéis e lojas, não faltam e há de tudo, para todos os gostos e todas as bolsas. Uma nota especial para as bebidas alcoólicas, todas caras. Uma cerveja ronda os 11CAD, uma garrafa de vinho cerca de 60CAD (há sempre vinho a copo) além de que ao preço inscrito nos menus há que juntar várias taxas, incluindo a de serviço que ronda os 15%. O câmbio é favorável aos portugueses já que 1CAD equivale a 0,70€ mas o benefício é aparente, no álcool como no tabaco – um maço

custa em média 11CAD mas pode chegar aos 20. Mas a água é uma espécie de bebida de boas vindas, grátis, e está sempre na mesa. Para quem quer gastar pouco há pizas, hambúrgueres, até cachorros e em todas as cidades há restaurantes da cadeia Tim Hortons, fundada pelo jogador de hóquei canadiano do mesmo nome, onde a comida (um fast food melhorado e mais saudável) é em conta. Num país que se assume como bilingue, a comunicação é fácil, até

porque além do inglês e francês há sempre quem fale espanhol, o que para qualquer português que se preze é meio caminho andado para iniciar diálogo. Para ajudar os canadianos são um povo afável, simpático, conversador, alegre, feito de gente que sorri e pede desculpa se por acaso e distracção atravessa na frente de alguém que está a tirar uma fotografia. Por ali os turistas sentem-se bem-vindos, tornando fácil a um português apaixonar-se pelo destino turístico e integrá-lo no grupo dos preferidos.

DOS “CÉUS” AO SUBSOLO À chegada a Toronto (no regresso voámos a partir de Montreal), pouco passava das 11h30, hora local (o voo da Air Transat saiu de Lisboa às 08h30 e nesta região do Canadá são menos cinco horas que em Portugal) fomos brindados com um dia morninho e com alguns raios de sol que sentíamos mais do que víamos, ou esta não fosse uma cidade onde tudo é gigante e grande parte dos prédios parece rasar os céus, do alto das suas várias dezenas de andares. Qualidade de vida, organização e segurança saltam à vista, aqui como nas restantes urbes que visitámos, tal como o apelo do hóquei no gelo em torno do qual as cidades canadianas vibram tanto quanto em torno dos mil e um festivais de Verão que fazem os canadianos descer

Montreal

• Parque Olímpico Torre Inclinada do Stade Olympique

• Vieux Montreal (Old Port) • Parc du Mont-Royal • Au Sommet – Observatório

360º (andares 45 e 46 do edifício Summet Place Ville Marie) • Place Des Arts • Basílica de Notre Dame • Quartier Chinois • RESO (cidade subterrânea)

à rua numa avidez de quem passa grande parte do Inverno sem praticamente ver luz do dia e sem sair à rua, literalmente. Algo apenas possível porque existem verdadeiras “cidades subterrâneas” que levam os residentes praticamente dos prédios onde vivem até às estações de metro e destas aos seus empregos. Vários metros abaixo do solo, seja em Toronto, onde tem a designação de PATH, como em Montreal onde assume a denominação de RESO, ao longo de muitos quilómetros (quase 30 no primeiro caso, cerca de 35 no segundo, a mais extensa rede subterrânea do mundo) há verdadeiras cidades com lojas de todas as gamas, restaurantes, cafés, supermercados, lavandarias – tudo o que imaginar se possa. Ao longo do percurso há entradas para o metro, para prédios de escritórios e de habitação e para alguns dos principais hotéis. < TURISVER | JUNHO DE 2017

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>tecnologias “O futuro define-se no presente. O que hoje é novidade transforma-se em hábito diário num curto espaço de tempo”. Este foi o mote da primeira edição do Amadeus Technology Innovation Forum Lisboa (ATIFL), que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, uma acção que pretendeu alertar o trade em relação às viagens do futuro, que afinal é já presente.

TEXTO: CAROLINA MORGADO

Amadeus chama atenção ao trade português

O futuro do viajante define-se hoje

A

s novas gerações mudaram o paradigma das viagens. Num mercado cada vez mais competitivo, a indústria de viagens terá que encontrar o seu próprio caminho através da inovação e da constante adaptação às mudanças que estão a ocorrer, disse Miguel Angel Puertas, director-geral da Amadeus Portugal que fez a abertura do evento, para realçar que “o crescimento da indústria da viagem terá de ser feito de forma social, ambiental, economicamente sustentável e responsável”, até porque os viajantes do futuro vão ter mais informação do que nunca e vão procurar expe-

riências personalizadas e relevantes. Foi em torno destes temas – desafios e oportunidades perante o novo viajante – que decorreu este primeiro fórum, onde estiveram presentes diversos profissionais do sector nas áreas das viagens, e aviação. De acordo com Miguel Angel Puertas, para a indústria de viagens lidar com estes novos viajantes, é necessário que as empresas de turismo se adaptem ao mundo das novas tecnologias, recorram ao uso de diversas redes sociais, primam pela transparência e promovam um turismo mais sustentável e voluntário, bem como manter os clientes entusiasmados e surpreendidos. Este evento contou ainda com a presença de Kristyna Trnkova, competitive intelligence senior analyst Amadeus IT Group, que abordou as novas tendências, Vanita Mahbubani, innovation strategy & ecosystems manager Amadeus IT Group, que enalteceu questões como tecnologia criativa – Ficção ou realidade? Outra forma de ver o mundo, e Jorge Sequeira, professor e orador motivacional.

O QUE MUDOU COM A NOVA GERAÇÃO Miguel Angel Puertas traçou o perfil do viajante presente, ou seja, os millennials (nascidos entre 1980 e 1995) versus a Geração Z (nascidos depois de 1995), hoje a grande 46

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parcela dos turistas que procuram o mundo inteiro. Conforme disse, é preciso ter atenção a estes últimos porque representam 25% da população, despendem mais de 44 milhões por ano, valor que será o quadruplo dentro de quatro anos. Definem-se como nativos digitais, realistas, preferem os emojis para comunicar, estão focados no futuro, usam preferencialmente as redes sociais, mas não partilham tudo, preocupam-se menos com o salário, preferem um trabalho mais flexível que lhes permita ter tempo para viajar, ou seja não vivem para trabalhar, mas sim trabalham para viver e, quando viajam, querem dar o seu contributo para a comunidade local. De acordo com o responsável, esta nova geração procura a personalização, a sustentabilidade, as experiências, e está sempre conectada. As novas tecnologias que a Amadeus oferece ao mercado foi outra questão abordada na sessão, que permitiu aos participantes conhecerem os vários factores que podem concorrer para o sucesso das suas empresas tais como criatividade e inovação, que Jorge Sequeira apelidou de “Criativação”, e que passam por questões como dúvida, actualizado, rigor, autonomia, ousadia, experimentação, positivismo, divergente, ambição e luta. Este evento pretendeu despertar para as potencialidades e novidades da tecnologia dirigida ao turismo. <


>aviação “Todas as companhias do Grupo Lufthansa presentes em Portugal estão a crescer bem e os voos têm uma ocupação muito boa”. É assim que Patrick Borg Hedley, country manager do Grupo aéreo no nosso país, justifica o facto de a Lufhtansa ter decidido alargar a operação de Verão em Portugal até finais de Novembro, e antecipar o horário do próximo Inverno para início do Março.

TEXTO: CAROLINA MORGADO

C

omo é sabido, o Verão IATA termina a 31 de Outubro e as companhias aéreas têm tendência de reduzir as suas operações. No entanto, não é o que vai acontecer com a Lufthansa este ano em Portugal, pelo menos no que diz respeito às ligações entre Lisboa e Frankfurt e entre o Porto e Frankfurt, que vão-se estender por mais um mês, ou seja, até final de Novembro. Este anúncio foi feito, em declarações à Turisver, por Patrick Borg Hedley, country manager da Lufthansa para Portugal, durante o evento eXperts on the Road, que teve lugar em Lisboa. O eXperts on the Road, que percorre ainda as cidades do Porto, Coimbra, Faro e Funchal, é uma iniciativa que o Grupo Lufthansa realiza todos os anos em Portugal com o objectivo de agradecer as agências de viagens no país que “contribuem para os bons resultados das companhias aéreas que fazem parte deste grupo aéreo”, disse o responsável. Só em Lisboa, O evento reuniu cerca de 150 agentes de viagens e operadores turísticos num cocktail nos jardins do Goethe Institut. Com este alargamento, a companhia aérea germânica vai manter os 21 voos semanais em cada uma das rotas. Refira-se que com a entrada do horário de Inverno a Lufthansa reduz as suas frequências, o que não irá acontecer este ano, pelo menos até finais de Novembro. Por outro lado, conforme declarou o responsável do Grupo para Por-

Lufthansa

Crescimento no mercado português faz alargar operação de Verão tugal, a Lufthansa “vai também aumentar os voos Porto-Munique de três para sete frequências semanais a partir de Dezembro, uma vez que consideramos aquela cidade portuguesa muito importante para as nossas operações”, ao mesmo tempo que “a rota semanal ao sábado, entre Faro e Frankfurt será mantida durante o Inverno, deixando por isso de ser uma operação apenas sazonal, tal como já acontece com o Faro-Munique”. Recentemente, o grupo anunciou que as ligações entre Bruxelas e o Funchal, pela Brussels Airlines, passariam a ser realizadas durante todo o ano e não apenas no Verão. A Edelweiss, subsidiária da Swiss, vai igualmente ligar Zurique ao Funchal durante o ano inteiro.

BOAS CONEXÕES PARA O LONGO CURSO Tanto Patrick Borg Hedley como Carsten Hoffmann, director-geral do Grupo Luthansa para a Península Ibérica, que veio a Lisboa de propósito para estar presente no eXperts on The Road, afirmaram que estas novidades previstas para o mercado português têm a ver com os bons resultados no nosso país das marcas que o grupo representa. “Os voos têm uma taxa de ocupação muito boa”, realçaram, tendo o country manager referido um crescimento a dois dígitos. Patrick Borg Hedley destacou também a importância da plataforma online do Grupo onde os agentes

de viagens devem recorrer uma vez que tem informações pertinentes. “É muito importante porque é um meio de comunicação com todo os agentes de viagens em Portugal”. Esta ferramenta destina-se aos agentes de viagens de todo o mundo e, para Portugal, atém de estar em português tem questões específicas ligadas a este mercado. O responsável indicou ainda à Turisver que a Lufthansa é muito usada para o longo curso a partir de Portugal. “É uma operação muito importante devido à fantástica conexão para a Ásia e Pacífico, a partir do aeroporto de Munique onde estão baseados os nossos A350 para voos para Boston, Delhi e Mumbai”, explicou, realçando que o aeroporto de Munique está a comemorar o seu 25º aniversário e “está cada vez maior e melhor, depois de ter aberto o ano passado o terminal satélite”. Igualmente, os A380 estão a operar para Bangkok e Hong Kong, passando a companhia germânica a oferecer mais lugares para estes destinos “com ligações fantásticas a partir de Portugal”, disse. Neste sentido, a Lufthansa vai expandir a sua rede de longo curso com novos destinos a partir de Munique e Frankfurt no Verão de 2018. As novidades são San Diego com voo directo, cinco vezes por semana, a partir de Frankfurt, enquanto Munique – Singapura volta a ser introduzido no horário da Lufthansa, com cinco frequências semanais. Ao mesmo tempo, a companhia aérea irá oferecer voos adicionais de

Munique para Chicago. Em vez de sete vezes por semana, a Lufthansa irá voar dez vezes por semana da Baviera para aquela cidade norte-americana. A partir do Verão do próximo ano, a Lufthansa irá passar a voar no Airbus A380 de Munique para mais três destinos de longo curso: Los Angeles, Hong Kong e Pequim. Para tal, irá transferir cinco dos seus 14 Airbus A380 de Frankfurt para Munique. Da mesma forma, conforme referiu a Swiss, a partir do aeroporto de Zurique, permite boa conectividade para ligações a São Paulo, Singapura e Hong Kong, com uma boa capacidade de lugares. < NOVIDADES DO GRUPO Lufthansa • Lisboa-Frankfurt e PortoFrankfurt – 21 voos semanais em cada uma das rotas até final de Novembro • Porto-Munique – passa de 3 para 7 frequências semanais a partir de Dezembro • Faro-Frankfurt – operação mantém-se durante o Inverno • Horário de Inverno é antecipado para início de Março Brussels Airlines • Funchal-Bruxelas – operação deixa de ser sazonal Edelweiss • Subsidiária da Swiss - vai ligar Zurique-Funchal durante o ano inteiro TURISVER | JUNHO DE 2017

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>aviação A comemorar 30 anos, a companhia aérea Air Transat é parte do Grupo Transat A.T. Inc. com forte presença também na organização de viagens e hotelaria, sempre com o objectivo de “oferecer produtos de qualidade aos viajantes”. Quem o disse foi Gilles Martin, director de vendas e distribuição da Air Transat, numa apresentação em Montreal, para o grupo de agentes de viagens portugueses que recentemente realizou uma fam tour a Ontário e Quebec, a convite da companhia.

Air Transat

30º aniversário marcado por novidades

TEXTO: FERNANDA RAMOS

P

ara o mercado português, a face mais visível deste grupo canadiano verticalizado e sedeado em Montreal é a Air Transat, companhia vocacionada para o segmento de lazer e representada em Portugal pela ATR, mas o grupo Transat AT Inc. integra a DMC Jonview (o receptivo do grupo que viajou de Portugal foi feito pela Jonview Canada) e a rede hoteleira Ocean Hotels & Resorts (através do consórcio com uma empresa espanhola), além de agências de viagens e outras companhias. No total, em 2016, o grupo registou receitas no valor de 2,9 mil milhões de dólares canadianos e atingiu 3,3 milhões de clientes, com um total de 4,3 milhões de passageiros e conta com mais de 5.000 funcionários. Vocacionada para o segmento de lazer, a Air Transat, hoje uma companhia aérea de voos regulares, transporta anualmente mais de três milhões de passageiros para perto de 60 destinos em 30 países. Nomeada pela Skytrax em 2016 como a Melhor Companhia Norte-americana na Aérea de Lazer, a Air Transat ocupa a quinta posição na classificação das companhias aéreas mundiais da AirHelp, sendo a única

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companhia aérea norte-americana no Top 15 deste ranking. Crescimento tem sido a palavra de ordem na estratégia da companhia nos últimos anos. Tanto assim que a Air Transat aumentou este ano a sua capacidade em 4%, tanto para os destinos do Sul como nos voos transatlânticos, onde se incluem rotas para Portugal, França, Reino Unido, Itália e Espanha, segmentos em que a companhia tinha aumentado 14% a sua oferta em 2016. Presente em 12 destinos europeus, a

companhia abriu este ano um novo destino transatlântico, Telavive, com Gilles Martin a sublinhar que o objectivo é “acrescentar um novo destino à sua rede todos os anos”. México (vários pontos), Cuba (sete destinos), República Dominicana (cinco destinos), Jamaica, América Central e do Sul (Colômbia, Venezuela e Costa Rica) são os principais destinos do Sul operados pela Air Transat que tem uma frota formada por aviões Boeing 737 e Airbus A330 e A310. A expandir-se no B2C, inte-


Rotas portuguesas: • 60 mil passageiros em 2016 Verão de 2017: • até 13 voos directos p/ semana de Toronto e Montreal para Lisboa e Porto Inverno: • Voo directo de Toronto para Faro Voos internos (época alta) • Diários entre Montreal e Toronto; • Diários entre Vancouver e Toronto; • Cinco voos por semana entre o Quebeque e Montreal; • Quatro voos por semana entre Calgary e Toronto; • Dois voos por semana entre Ottawa e Montreal; • Dois voos por semana entre Vancouver e Montreal. Económica Option Plus • Selecção de lugares • Check-in prioritário • Franquia de bagagem registada suplementar • Fila de espera prioritária nos postos de controlo de segurança (Montreal, Ottawa e Vancouver) • Embarque prioritário • Tratamento prioritário da bagagem • Extras de conforto a bordo

gra um call centre que funciona em 10 línguas, sete dias por semana, 24 horas por dia.

REFORÇO DA APOSTA EM PORTUGAL A companhia canadiana, que o ano passado transportou 60 mil passageiros nas rotas portuguesas, voltou a reforçar este ano a sua aposta em Portugal, tendo colocado um voo adicional entre Lisboa e Toronto no horário de Verão que a transportadora aérea decidiu prolongar até Novembro e que veio juntar-se ao voo adicional para Montereal, também de Lisboa. De Montreal, o voo adicional sai aos domingos para Lisboa e para o Canadá no dia seguinte. De Toronto o voo adicional parte aos sábados para Lisboa e daqui sai aos domingos para aquela cidade canadiana. A Air Transat opera assim, neste horário de Verão, até 13 voos directos entre o Canadá e Portugal (quatro voos por semana entre Montreal e Lisboa, três entre Lisboa e Toronto, sendo os restantes do Porto). A operação estende-se durante todo o ano, e no Inverno há um voo de Toronto para Faro. Aos voos directos acresce a possibilidade de ligações a mais quatro cidades do Canadá, Quebéc, Ottawa, Calgary e Vancouver. Assim, com a Air Transat, os portugueses podem entrar por uma cidade e sair por outra, sem custo adicional.

ECONÓMICA OPTION PLUS Criada para aqueles que, mesmo viajando em classe económica, pretendem mais de conforto e alguns “mimos”, a Air Transat disponibiliza a “Option Plus” que os convidados da fam tour ao Canadá experimentaram. Com esta opção, também disponível desde Portugal, os passageiros podem usufruir de serviços adicionais na classe económica como selecção de lugares, check-in, embarque e tratamento prioritário da bagagem, fila de espera prioritária nos postos de controlo

de segurança (Montreal, Ottawa e Vancouver), uma peça adicional de bagagem com 23 kg (total: duas peças com 23Kg cada), bem como “conjunto conforto” composto por cobertor, almofada insuflável para o pescoço e máscara para dormir e ainda auriculares e uma bebida alcoólica à refeição (uma garrafa pequena em vez de um copo). Caso o passageiro não adquira o Option Plus mas necessite de auscultadores ou do Kit Conforto, poderá adquiri-los isoladamente, a bordo. Os que adquirem a Option Plus juntamente com um voo de ligação Air Transat no Canadá terão direito, nesse voo, a todos os benefícios a bordo do segmento de voo internacional. Para ter tudo isto, há lugar ao pagamento de um adicional de 52€ por passageiro/segmento. O que também mudou recentemente foram as refeições, com o lançamento do novo menu do chef Daniel Vézina, disponível para todos os passageiros da Class Club (a executiva da Air Transat) e contra o pagamento de 25CAD para os passageiros em económica. Estas refeições, compostas por prato de queijo, sobremesa e vinho, vão ser alteradas ao longo das estações e devem ser pré-encomendadas no site da Air Transat. Também recentemente a Air Transat assumiu o compromisso de fazer tudo para que as famílias se sentem juntas, com as crianças, dos 2 e 11 anos, membros do Air Transat Kids Club, a terem uma selecção de lugares padrão gratuita.<

Jonview Canada: um mundo de possibilidades Operador de receptivo líder no Canadá, a Jonview Canada é outra das faces bem visíveis do Grupo Transat, fornecendo uma vasta gama de produtos aos viajantes e serviços em várias línguas, incluindo português e espanhol. Com mais de 3.000 fornecedores, incluindo mais de 1.400 hotéis, resorts e pousadas, entre outros meios de alojamento, e mais de 260 mil passageiros por ano, os programas oferecidos pela DMC vão desde city tours, seja nas maiores cidades como nas mais pequenas, a pacotes de turismo de natureza e aventura, enoturismo e programas de fly and drive (em português), entre muitos outros. Entre os muitos circuitos possíveis, destaque para o programa “Canadá Costa a Costa”. Reserva em tempo real, possibilidade de modificar reservas, download de produtos e preços, suporte gratuito 24 horas disponível em diversos idiomas, incluindo português, são alguns dos serviços que disponibiliza.< TURISVER | JUNHO DE 2017

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>figuras

>últimas

Luís Monteiro

Director-geral | Altis Grand Hotel e Altis Suites Com uma experiência de 30 anos no sector hoteleiro, Luís Monteiro iniciou a sua carreira no Hotel Le Meridien, tendo passado por diferentes áreas em unidades hoteleiras em Lisboa e no Algarve, até ser nomeado director do Grande Real Villa Itália em Cascais, e depois director-geral do Hotel Real Palácio em Lisboa. No final de 2015, Luís Monteiro exerceu as funções de director-geral de Hotel do Marriott Praia D’El Rey Golf & Resort, em Óbidos. Luís Monteiro tem uma Pós-Graduação em Direcção Hoteleira da ADHP e frequentou diversos programas para profissionais na Universidade de Cornell. <

Coimbra acolhe 29º Congresso da AHP de 15 a 17 de Novembro A AHP vai realizar o 29.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo em Coimbra, de 15 a 17 de Novembro. Coimbra estreia-se, assim, como cidade anfitriã do congresso anual da AHP, sendo a terceira vez que a Região Centro é a escolhida para a realização do evento, depois de Viseu em 2003, e Figueira da Foz em 2011. O anúncio foi feito por Raul Martins, presidente da AHP, que foi recebido nos Paços do Concelho da cidade de Coimbra pelo presidente do município, Manuel Machado, acompanhado por Pedro Machado, presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro.

Fernando Horta Director-geral | Cascade Resort

Com quase 30 anos de experiência em hotelaria, uma licenciatura em Engenharia e um MBA em Gestão Hoteleira, Fernando Horta iniciou o seu percurso em hotelaria em 1988 passando por cadeias como Le Meridien, Sheraton e Westin, atingindo a posição de director de Engenharia da Starwood Hotels & Resorts para Espanha e Portugal. Em 2005, assumiu pela primeira vez as funções de director-geral no The Lake Spa Resort, em Vilamoura seguindo-se um percurso internacional em vários mercados e unidades hoteleiras como o Epic Sana em Luanda, St. Regis Saadyiat Island Resort em Abu Dhabi, Le Meridien Douala nos Camarões e Le Meridien N’Fis em Marrocos.<

O congresso da AHP, que faz parte da agenda anual do sector, reúne mais de 400 participantes, cerca de seis dezenas de empresas parceiras, fornecedoras de bens e serviços para a hotelaria, consultores, estudantes e professores, responsáveis políticos e altos dirigentes da administração pública e privada, e conta com a presença de oradores nacionais e internacionais para debaterem temas de grande relevância para os profissionais da hotelaria e turismo. Para o mês de Julho, em Lisboa, está marcado o lançamento do tema e apresentação da imagem do congresso.<

Francisco Coelho

Director de F&B | Santa Luzia ArtHotel

Cais comercial de Faro vai ser revitalizado com projecto turístico O cais comercial da cidade de Faro vai ter um centro de investigação, uma marina, um aquário, um centro de congressos e hotéis. O projecto prevê a construção do novo centro de investigação do Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR) da Universidade do Algarve, um aquário com 7.000 metros quadrados, um centro de congressos, uma incubadora para 20 empresas ligadas ao mar, um centro náutico, uma marina com 440 lugares de amarração, área para reparação naval, três hotéis, áreas para comércio, serviços e restauração. Poderá ser concretizado entre cinco e 10 anos, tem potencial para criar mais de 1.500 postos de trabalho directos e implica um investimento na ordem dos 170 milhões de euros. <

Desejo assinar a Revista por um período de ______________ ano(s)

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Formado em Gestão Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto e pós graduado em Direcção Hoteleira pelo ISAG, Francisco Coelho leva para o Santa Luzia ArtHotel a experiência necessária para assumir o seu novo cargo, tendo já desempenhado funções no Grupo Pestana, Douro Azul e Pousada do Freixo. O objectivo desta aposta é assegurar a máxima satisfação dos clientes da unidade hoteleira, oferecendo um serviço de qualidade e certificando a rentabilidade dos eventos, através do departamento de Food & Beverage. <

Boletim de Assinatura Turisver

Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Continente e Ilhas € 52,50 (Anual)

Estrangeiro € 65,00 (Anual)

IVA incluído à taxa de 6%.

Assinale com uma cruz o destino pretendido.

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Pagamento por cheque ou vale dos CTT dirigido a: Rua da Cova da Moura, Nº 2, 2º Esq., 1350-117 LISBOA


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