Symphony of the Seas: um destino turístico
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1€ A partir de
2,52€
Viaje seguro Ano 4
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Nº 47
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Mensal
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Maio de 2018
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Diretor : José Luís Elias
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ilha do sal
COM SABOR DO MAR >por cá Guimarães
A “Cidade-Berço”
Torres Vedras e Alenquer Cidade Europeia do Vinho 2018
Alcongosta Festa da Cereja
>ficar Dormir por entre a natureza
>lá fora Iémen
O esplendor parado no tempo
nápoles
festival da pizza
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> passageiro frequente
Viajar na fotografia
nota de abertura
Cheira a férias Esta edição do jornal destinos que agora lhe chega às mãos, tem algo de especial, concretamente uma reportagem feita há alguns anos sobre o Iémen, hoje um país em guerra e, por via disso, difícil de ser escolhido como destino de viagem. Mas é precisamente por isso que publicamos esta reportagem, para que cada vez mais se ganhe consciência de que as guerras são uma privação tão grande ao conhecimento como ao desenvolvimento dos povos. Especial também é o jornal destinos poder contar com um texto vivido e escrito por Diamantino Pereira, um profissional à muitos anos ligado ao mundo das viagens, uma personalidade com profundo conhecimento de muitos países do nosso planeta. Texto que nos transporta a uma realidade vivida num país que só daqui a alguns anos nos poderá voltar a oferecer a segurança para o visitarmos e vivenciar a sua cultura milenar.
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Originalmente Torre Gorgot, é agora conhecida como Torre Galatea em honra a Gala Dalí, a mulher de Salvador Dalí
que fez deste local a sua casa. Localizada em Figueras, a cidade natal do génio do surrealismo, na Catalunha perto da fronteira com França, a torre e casa pertenceram outrora às muralhas da cidade. A arquitetura pouco comum que hoje apresenta é resultado das alterações feitas por Dalí, que lhe deu cor e lhe adicionou estruturas em forma de pão e ovos, e aqui passou grande parte do tempo do final da sua vida. Hoje é o Teatro-Museu Dalí e dedica o seu acervo à obra do artista, com a parte principal do museu a nascer da reconstrução de um dos locais onde exibiu uma das suas primeiras exposições. É aqui que podemos encontrar o maior e mais diverso espólio de obras de Salvador Dalí, que aqui se encontra sepultado numa cripta na cave do edifício.<
A Casa de Brás de Albuquerque é mais conhecida, por razões óbvias, como a Casa dos Bicos. Bem no coração de Lisboa, tem a sua fachada revestida de
pedra aparelhada em forma de diamante ou pirâmide, os tais bicos. Foi construída em 1523, com inspiração no renascimento italiano e em marcos como o Palácio dos Diamantes de Ferrara. De dimensão menor, ganha encanto pelas suas janelas e portas irregulares e todas diferentes entre si. Destruída pelo terramoto de 55 foi depois usada como armazém e sede de comércio de bacalhau, foi posteriormente retornada à sua glória e é onde hoje funciona a Fundação José Saramago, com a biblioteca do Nobel da Literatura e uma exposição permanente sobre a sua vida e obra. No piso térreo alberga ainda um Núcleo Arqueológico do Museu da Cidade de Lisboa, onde se encontra um espólio que percorre a história de Lisboa desde a ocupação romana até ao séc. XVIII. <
O Atomium é um dos ex-libris de Bruxelas e celebra em 2018 o seu 60º anivresário. O edifício foi construído no âmbito da Expo
58, através da visão do arquiteto André Waterkeyn que planeava que se mantivesse de pé durante seis meses. O seu sucesso foi tanto que foi renovado e continua a receber milhões de visitantes todos os anos. As nove esferas de alumínio formam uma célula, que representa um cristal elementar de ferro ampliado 165 milhões de vezes, até atingir os 103 metros de altura. Cinco das nove esferas são visitáveis, estando ligadas entre si por tubos de 35 metros, com escadas rolantes no seu interior. Para além da belíssima vista panorâmica que o restaurante na esfera superior oferece sobre a cidade, albergam uma exposição permanente sobre os anos 50 e exposições temporárias (de momento sobre a obra de Magritte). <
Na nossa rubrica Lá Fora, fomos à Ilha do Sal, em Cabo Verde, destino de férias que se tem desenvolvido nos últimos anos e de que os milhares de portugueses que já ali fizeram férias dão boa nota. Uma ilha que para além da excelência das praias, em especial a de Santa Maria, oferece experiências capazes de perdurar na memória e dá a possibilidade de realizar um sem número de atividades, na maioria ligadas ao mar. Por Cá, viajamos até à cidade “berço” e damos-lhe a conhecer Guimarães, apresentamos dicas gastronómicas e sugestões de visitas que o vão transportar no tempo. Na agenda nacional damos conta da Festa da Cereja, o melhor fruto do mundo para muitos, que vai realizar-se uma vez mais em Alcangosta, no Fundão.
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Na rubrica Experiencia apresentamoslhe o recém-inaugurado Symphony of the Seas que passou a deter o título de maior navio do mundo. Não pelas dimensões mas por tudo o que elas permitiram incorporar no navio, e também pelo sem fim de experiências que proporciona, o Symphony, muito mais do que um navio é um destino turístico. Esta é uma edição com muitas sugestões e indicações para as férias que se aproximam ou para passar um fim de semana, em especial se a sua opção for a de ficar por cá.
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José Luís Elias
ficha técnica
Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa
Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt
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www.facebook.com/jornalDestinos Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Membros dos Orgãos Sociais: Gracinda
Alves, José Luis Elias, Sofia Elias Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15
Estatuto Editorial publicado em www. turisver.com/estatuto-editorial-do-jornaldestinos
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca
Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira) Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas
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Guia de Viagem MOEDA
Ilha do Sal
Férias ao sabor do mar A Ilha do Sal é a mais desértica de Cabo Verde. Tem pouco a ver com as restantes ilhas do arquipélago cabo-verdiano, é verdade, mas é a mais procurada pelos turistas. Numa ilha em que se veem miragens, têm vindo a implantar-se várias unidades hoteleiras, muitas de cadeias internacionais. A ilha tem ganho vida, criado opções de animação numa dinâmica que atrai cada vez mais turistas.
Escudo cabo-verdiano (ECV) 1€ – 110ECV O Euro é aceite em praticamente todo o lado
DOCUMENTOS
Passaporte: Obrigatório Visto: Obrigatório. Pode ser providenciado pelas agências de viagens, nas embaixadas ou consulados de Cabo Verde, ou à chegada ao país (Preço: 25€) Taxa de turismo: 2€ por pessoa/noite para maiores de 15 anos, até máximo de 10 noites. A pagar nos hotéis.
FUSO HORÁRIO
Outono / inverno: GMT -1 Primavera/verão: GMT -2
CLIMA
Árido ou semiárido Temperatura média anual 25ºC. Amplitudes térmicas pouco expressivas. Chuva escassa. Brisa ou vento fraco.
Texto: José Luís Elias
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a ilha do Sal não cheira a África, de continente africano há ali muito pouco. De verde, quase nada. Quando o avião sobrevoa a ilha, o que se vislumbra é uma grande língua espraiada e a ideia que se tem é a de um deserto plano, de uma paisagem quase lunar. Mas há as praias, imensas, de quilómetros. O mar verde claro, a areia tão fina e clara que mais parece farinha. E o sol. E a temperatura amena durante todo o ano. Ali nunca faz frio e o calor, mesmo quando aperta, é suavizado por uma brisa constante. Razões mais do
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que suficientes para que o Sal se tornasse um destino turístico e esteja a ser cada vez mais procurado pelos turistas, tanto de verão como de inverno. A ilha não despertou para o turismo agora, durante muitos anos foi a porta de entrada por avião em Cabo Verde e o aeroporto Amílcar Cabral, em Espargos, tornou-se uma plataforma no meio do oceano entre as Américas e a Europa. Hoje, Cabo Verde já tem mais aeroportos internacionais, mas continua a ser o do Sal o que mais voos internacionais e turistas recebe, constituindo-se como um hub de distribuição dos passageiros
que estando no país não querem perder a hipótese de conhecer outras ilhas do arquipélago. A grande atração desta ilha é essencialmente o clima, os seus areais e o mar. Se não gosta de praia ou piscina de hotel, então este não é o seu destino de férias. Mas para os que gostam de fazer férias de sol e praia, então, sim, o Sal é um dos destinos ideais, com o seu clima ameno durante o inverno europeu e não exageradamente quente durante o verão, e com um mar sempre agradável para quem não suporta águas frias. Atrativo desta ilha são também as visitas à vila
de Espargos, a capital, a Santa Maria do Sal, onde se encontra a maioria dos hotéis e por isso mesmo o centro turístico da ilha, e ainda ao pequeno vilarejo piscatório de Palmeira. Numa visita à ilha é porém indispensável tomar um banho nas Salinas, ver as miragens, ou passar umas horas na Buracona.
Neste “pedaço da Lua” também se veem tubarões Para conhecer a ilha basta um dia, as opções para o fazer são três, a compra de uma opcional organizada por uma maio de 2018
agência de viagens, o aluguer de um táxi ou de um carro, de preferência um jipe, buggy, ou uma moto quatro. Nós optámos pelo jipe e munidos de chapéu, óculos de sol e protetor solar partimos à descoberta da ilha. Como nota diga-se que por ali há sempre que ter cautelas com o sol porque os dias, mesmo parecendo pouco quentes, dada a existência dos sempre presentes ventos alísios que amenizam o calor, deixam a pele bem tostada. Por isso, como “farda” a opção mais correta são uns sapatos leves ou chinelos de praia, t-sirht, calções de banho e o inevitável chapéu. Saímos por volta das 10h00 do hotel em Santa Maria, levando na mochila somente a máquina fotográfica, a toalha de praia, o protetor solar, água engarrafada – é claro, acabada de sair do frigorifico – e algum dinheiro para beberricarmos alguma coisa e almoçar. Ao volante do nosso jipe, vamos pela estrada que já conhecemos aquando do transfere entre o aeroporto e o hotel, diretos a Espargos onde chegamos menos de meia hora depois e onde resolvemos fazer a nossa primeira paragem, apreciar os edifícios na sua maioria de baixo porte, os jardins e praças. Poucas lojas a lembrar as antigas das nossas cidades, um jardim com esplanada e um café que foi de paragem obrigatória para contatarmos com os primeiros locais e alguns vendedores de artesanato. Porque a cidade é pequena e o centro é o mais interessante, visita-se rapidamente. Em Espargos optamos por ir pela estrada da direita tendo como objetivo chegar
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à Baía da Parda, mais conhecida pela Baía dos Tubarões. O percurso, a partir de determinada altura, é feito por terra batida, e em torno o que se vê é terra seca, árvores contam-se pelos dedos e só as acácias são mais frequentes. Chegados à baía percebemos que para avistar os tubarões-limão teremos que meter-nos na água – o que não é grande sacrifício – e andar por cima e entre as pedras que se encontram no fundo do mar. Para andar os cerca de 500 metros que nos separam do ponto onde se avistam os tubarões que, garantem-nos, são pacíficos, é aconselhado usar sapatos de borracha próprios para não ferir os pés. No local há calçado deste tipo para alugar e o preço, embora dependa dos dias, nunca ultrapassa os 2€. A maré está baixa e até ao ponto que se podem fazer os avistamentos dificilmente subirá acima dos joelhos. Chegados ao ponto, por mais que olhássemos nada aparecia e já estávamos convencidos a regressar a terra firme quando, de repente, ele ali estava mesmo à frente, a nadar debaixo de água mas bem visível, que aqui a água é transparente. Era um tubarão pequeno o que por instantes nadou perto de nós mas mesmo que não o tivéssemos visto, o passeio teria valido a pena.
Um Spa natural feito de água e sal Cerca de quinze minutos depois estávamos a chegar a Pedra Lume, pequena praia de areia bem amarela e
mar calmo, que convida qualquer um para uns mergulhos. Não foi o nosso caso, que já estávamos com algum atraso, por isso decidimos subir a um dos pontos mais altos da ilha para visitar as salinas. De longe vê-se parte de uma enorme estrutura em madeira que em anos passados fazia de elevador, trazendo o sal do centro do extinto vulcão onde é produzido até ao porto. É para entrar nas salinas que fazem jeito os tais euros ou escudos cabo-verdianos, já que a entrada é paga. Bilhete comprado, sobe-se uma rampa que dá acesso ao centro do vulcão e que desemboca num pequeno túnel. Atravessado este depara-se aos nossos olhos uma paisagem praticamente nua mas nem por isso menos atrativa. Lá em baixo é possível viver uma experiência única: banhar-se na água de uma salina – e acredite que sal é o que não falta por ali! Também aqui fazem muito jeito os sapatinhos de borracha. Andar sobre as pedras de sal, fora de água ou dentro dela, é doloroso. Mas vale a pena tomar um banho ali. A água não tem muita altura e o que vale mesmo a pena é deitar-se pois mesmo que não saiba nada
nem boiar não irá ao fundo. Vinte e seis vezes mais salgada que a do mar, aquela água é de tal forma pesada que nos permite flutuar o tempo todo, qual colchão de água natural. E quando sair da água verificará que todo o seu corpo estará coberto por uma camada espessa de sal. Não terá no entanto que ir assim para o hotel, na infraestrutura existem chuveiros – há que comprar umas chapinhas que dão direito ao duche – como existe bar e loja, para tomar uma bebida ou comprar… sal.
Miragens e a Buracona com o seu “olho azul” Tínhamos um encontro marcado com o almoço no outro lado da ilha, e pelo caminho iríamos ver as famosas miragens da ilha do Sal, por isso a viagem continua agora atravessando a ilha em largura – o máximo que atinge são 12Km –, direitos à Buracona. É neste trajeto que quase sempre se podem “ver” miragens: numa ilha quase desértica a água é a miragem mais presente. Hoje, a Buracona está mais segura, passou a ter guia e um nadador salvador, passadiços em madeira, rampas para
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idosos ou pessoas com mobilidade reduzida, uma cerca protetora em madeira e um miradouro, espaço para vendas de souvenirs, casa de banho público, zona para banho de chuveiro, vestiário, placas informativas, jardins e restaurante. O senão para o turista é o pagamento de 3€ de uma taxa ecológica, mas se for com tempo vale a pena. A maior atração é o Odje Azul (Olho Azul), uma caverna subaquática, na qual os raios de sol incidem entre as 11h00 e as 12h00, criando um efeito visual semelhante a um olho azul de rara beleza. Este local é magnífico para fotografia, em especial nos dias em que, literalmente, o mar se joga contra as rochas e se eleva vários metros acima da terra. O restaurante, gerido pelo Luciano Teixeira, um jovem empreendedor local, é um hino à gastronomia vinda do mar. Com uma vista deslumbrante, chegou primeiro o pão de alho para acompanhar as cracas e os percebes, seguidos do prato principal que foi uma enorme espetada de camarão com lulas, acompanhada de salada e outros condimentos que a terra dá. Antes de terminarmos o dia ainda voltámos a passar por Palmeira, lugar piscatório que é também o porto da ilha onde chega tudo o que não tem, o mesmo é dizer que tudo chega ali, sendo igualmente o porto mais bem apetrechado da ilha e com melhores serviços para apoiar quem viaja de iate e a quer visitar. Pequena povoação que dá algumas boas fotos, se conseguirmos captar imagens de gente de trabalho no seu habitat natural.
Em Santa Maria de dia é praia… de noite a agitação Se de dia Santa Maria é uma localidade onde a agitação se fica pela praia e pelo pontão junto ao mar onde chegam os barcos de pesca, já a partir do final
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do dia ganha vida com muitos turistas a passearem nas suas ruas, procurando refrescar-se nas geladarias ou num bar com esplanada. Durante o dia, nesta zona da ilha tudo que é relacionado com o mar está à disposição do turista: se quer ler um livro sem ter alguém ao seu lado a perturbar este é a praia ideal, mas se a sua opção for pelas experiências ou por férias mais ativas, opções não faltam, desde o windsurf e o kitesurf que reinam por estas paragens. A ilha recebe provas de nível internacional incluindo uma etapa do circuito mundial de windsuf, dada a qualidade das suas ondas e os constantes ventos. O mar possibilita outros desfrutes como
A noite tem-se transformado e hoje já é um dos atrativos da ilha, em especial de quinta a domingo, quando a rua onde se situa a maior parte dos bares fecha ao trânsito e a festa, com música ao vivo, vem para a rua, onde se somam esplanadas. A vila, onde são cada vez mais os restaurantes que fazem do peixe e mariscos os seus pratos de eleição, vira local de animação pela noite e, por ser um local seguro para se estar, é muito apreciado pelos turistas.
mergulho de profundidade com botija ou simplesmente o snorkling para ver os corais, ou mesmo um mero passeio num barco com fundo de fibra que possibilita que se veja o fundo do mar. A pesca é outra das ofertas e aqui as opções são muitas, da pesca desportiva mais profissional para os “craques”, à pesca com um simples pau que enrola a linha e na ponta tem um ferro que faz os anzóis e o isco irem até ao fundo, sendo apenas preciso esperar que o peixe morda para puxar a linha e a pesca estar consumada. Para passear há um “calçadão” que se estende desde grande parte dos hotéis até à vila de Santa Maria, numa distância que se percorre a pé sem muito esforço. Mesmo no finalzinho, já quase a entrar em Santa Maria, está o “pontão”, um dos atrativos para os turistas, principalmente à hora da chegada dos barcos de pesca e do peixe, dada a azáfama que se cria, a possibilidade de contato com a comunidade local e de conseguir belas fotos que retratam as gentes caboverdianas e a sua labuta.
Numa região onde a procura turística não para de crescer, é natural que os hotéis se multipliquem e isso tem acontecido no Sal. Ilha onde a maioria das unidades hoteleiras pratica o Tudo Incluído, o hotel Morabeza, o mais antigo da ilha que continua com um charme inigualável, continua a ter um serviço mais personalizado e muito profissional. No entanto estão a surgir novas unidades que marcam a diferença e ajudam a elevar o padrão hoteleiro da ilha, como é o caso do Hilton Cabo Verde Sal Resort, que tem uma oferta ao nível dos melhores cinco estrelas de praia, um excelente Spa e ginásio, grandes áreas de piscina e de lazer ao ar livre, uma gastronomia internacional de grande qualidade e quartos espaçosos com uma grande varanda para passar bons momentos ao final do dia. É, como se costuma dizer, um hotel para não pôr defeito. < *O destinos esteve na Ilha do Sal a convite da TACV – Cabo Verde Airlines
DICA Na praia de Santa Maria existem escolas para quem se quiser iniciar no kitesurf e windsurf, cada vez mais na moda. Estas estimulam o negócio de aluguer de material para estas modalidades, sendo que os melhores locais para o surf ficam na Ponta Preta, à saída de Santa Maria, ou na vila de Palmeira, onde se encontram ondas chamadas “tubulares”. <
Como ir:
TACV voos diretos Avião: B767 a partir de Maio Capacidade: Confort Classe 22 lugares; Económica 160 lugares Frequências: 5 por semana exceto às segundas e sextas-feiras Horário: Saída de Lisboa às 17h45 Duração do voo: 3h30
ONDE FICAR
Hilton Cabo Verde Sal Resort hhhhh Oásis Salinas Sea hhhhh Meliá Dunas Beach hhhhh Morabeza hhhh
ONDE COMER
Vila Santa Maria Americo's Restaurant – Peixe e marisco Baraonda – comida italiana Recomendações: Beber água engarrafada | Usar repelente de insetos | Levar medicamento para a diarreia Levar: Roupa leve e larga | boné | óculos de sol | protector solar maio de 2018
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> selo de garantia
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
Passeio no Galeão do Sal Preço
Adultos:
6€
Jovens (6-17 anos):
Conhecer o mundo dos bacalhaus
3€
Em Ílhavo, no Aquário dos Família: Bacalhaus que integra o Museu Marítimo, o peixe que é rei das lusas mesas, o bacalhau do Atlântico, pode ser observado no seu habitat. Perfeitamente inserido no percurso expositivo do museu, que celebra a faina da pesca do bacalhau (designada Faina Maior), o Aquário, com 3,2m de profundidade, oferece uma experiência de conhecimento e de lazer. Projetado em espiral descendente, o Aquário, onde foi recriado o ecossistema dos bacalhaus, é aberto e pode ser avistado em percurso circular, o que proporciona uma maior proximidade com os peixes. Já que para conhecer o mundo dos bacalhaus vai estar no Museu Marítimo de Ílhavo, visite todo o espaço museológico onde poderá mergulhar na história da Faina Maior que é também a história da região. Museu Marítimo de Ílhavo – Av. Dr. Rocha Madahíl terça a sábado:10h00 –18h00 | domingo: 14h00 –18h00 Mais informações em: www.museumaritimo.cm-ilhavo.pt
15€
Em família no Hotel Termas da Curia desde: 146€
Localizado na região da Bairrada, o Hotel Termas P/ noite da Curia tem em vigor, 2 adultos+2 crianças até ao final de junho, Meia Pensão uma promoção especial para famílias, com oferta de Meia Pensão, que permite tirar partido da natureza que envolve o hotel, nomeadamente, da sua densa mata, cortada por amplas avenidas e caminhos, e do enorme lago artificial que se situa no seu interior. Um local de grande beleza, com uma ilha em meio do lago que se une às margens através de típicas pontes. Pensado de forma a permitir uma série de atividades para toda a família, todas elas tirando partido daquilo que a envolvência do hotel tem para oferecer, este programa especial é válido para dois adultos e duas crianças até aos 12 anos e inclui alojamento e pequeno-almoço buffet, almoço ou jantar sem bebidas, acesso livre à piscina exterior, uso de gaivotas ou aluguer de bicicletas, utilização do parque infantil e do campo de ténis (neste caso o equipamento não está incluído). Mais informações em: http://www.termasdacuria.com/hotel
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Agora que o Galeão do Sal Pinto Luísa já entrou de novo ao ativo e a Câmara de Alcácer do Sal tem disponíveis os seus dois galeões (o outro é o Amendoeira), propomos um passeio de meio dia a bordo destas embarcações. O próximo é já no dia 26 de maio, com saída do Cais da Margem Sul, em Alcácer, às 10h00, para percorrer o rio e o estuário do Sado até à zona dos Cachopos, cerca de 16Km à descoberta da fauna e flora da região. O programa, que dura até às 13h00, tem ponto de encontro às 09h30 no Cais da Margem Sul, para briefing aos “marinheiros”. É aconselhável roupa adequada, chapéu, protetor solar, comida e água, máquina fotográfica e binóculos para observação de aves. As inscrições devem ser realizadas até 23 de maio e os valores apresentados incluem acompanhamento técnico e seguro de acidentes pessoais. Informações e inscrições: Posto de Turismo de Alcácer do Sal, Largo Luís de Camões | Telefs: 265 009 987 e 911 794 685 | email: posto.turismo@m-alcacerdosal.pt
Preço
Adultos:
10,90€ Até 12 anos:
5,50€
desde:
2.003€ P/ Pessoa Quarto duplo C/ Peq. Almoço
À descoberta das belezas do Canadá
“Rota das Descobertas” é um circuito de 9 dias / 7 noites pelas belezas do Canadá, com duas noites de alojamento em Toronto, uma em Otava, duas em Québec e outras tantas em Montreal. Das belezas que este circuito dá a conhecer, um dos destaques vai para as Cataratas do Niágara, na região de Toronto. Mundialmente famosas, as cataratas são duas, uma do lado
americano, outra do lado do Canadá, esta em forma de ferradura. Já a caminho de Otava, outra beleza a descobrir é o Parque Algonquin, com 7.725Km2 de florestas, lagos, rios e uma abundante vida selvagem. O circuito, do operador turístico Viajar Tours, inclui visitas panorâmicas das cidades de Toronto, Otava, Québec e Montreal, plenas de magia, bem como a alguns dos seus principais atrativos turísticos. Além de voos, à partida de Lisboa e do Porto, e do alojamento, o preço inclui diversas visitas, guia local em língua portuguesa ou castelhana, todas as taxas e seguro multiviagens. O visto de entrada no país e as despesas de reserva não estão incluídos no preço. As partidas de Lisboa e Porto são aos sábados, até 6 de outubro. Mais informações em: www.viajartours.pt maio de 2018
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> notícias
MSC Cruzeiros apresenta IA a bordo
O aniversário é da Vila Galé mas os desejos são seus
A MSC Cruzeiros vai introduzir um assistente pessoal digital como novidade do MSC for Me a ser estreado no MSC Bellissima, navio que será batizado a 2 de março de 2019. É uma inovação de Inteligência Artificial conversacional ativada por voz, que pode comunicar, aprender e prever inteligentemente as suas necessidades para fazer sugestões relevantes. A nova oferta concede informação personalizada para ajudar a simplificar e melhorar a experiência de férias com a MSC Cruzeiros, com respostas simples a perguntas feitas a partir do camarote.
Ao contrário dos assistentes digitais de casa, que dependem de programas cloudbased com recurso à Internet, esta oferta digital foi desenhada em torno de uma solução baseada no navio, customizada especialmente para a MSC Cruzeiros. Poderá comunicar com o novo aparelho em sete línguas diferentes, incluindo em português do Brasil. O MSC for Me é uma experiência digital multicanal que foi concebida para o ligar à sua experiência de férias com tecnologia de ponta. Inclui a app MSC for Me, televisão no camarote e informação interativa nos ecrãs espalhados pelo navio, entre outros.<
Lounges Emirates oferecem experiência cinematográfica imersiva A Emirates oferece uma experiência cinematográfica envolvente nos seus lounges no Aeroporto Internacional do Dubai, através de headsets de cinema Skylights, que estão a ser testados no Concourse B da Primeira Classe neste mês de maio. Os headsets, que pesam apenas 120gm, visam um ecrã fixo com um campo de visão angular para conteúdos 3D e 2D, oferecendo uma experiência de visualização Full HD. O som e vídeo integrados permitem que mergulhe totalmente no que está a assistir, com uma grande variedade de conteúdos disponíveis, com filmes, documentários e vídeos em 360°. O serviço é gratuito e a Emirates planeia lançar a experiências nos seus sete lounges no Dubai, distribuídos em três Concourse. Em cada um dos Concourse há um lounge exclusivo da Emirates, em Primeira Classe e Executiva, com entrada gratuita para quem viaja em executiva ou primeira classe, bem como para membros Silver, Gold e Platinum da Emirates Skywards. <
O Grupo Vila Galé está a celebrar o seu 30º aniversário e quer festejar com todos os seus clientes. Assim sendo, no passado dia 1 deste mês de maio lançou a campanha “30 anos, 30 prémios”, com passatempos mensais, para que ganhe prémios todos os meses, até ao final de 2018. A iniciativa funciona através do site vilagale30anos.com, onde será possível participar nos desafios que são lançados todos os meses. Esteja também atento às redes sociais do Vila Galé para descobrir tudo sobre esta campanha e habilitar-se a ganhar um dos 30 prémios que oferece todos os meses.<
VisitAlgarve de “cara lavada” Já se encontra online o novo sítio promocional do Turismo do Algarve, adaptado a todos os dispositivos móveis, em visitalgarve.pt, com uma imagem contemporânea e apelativa, conteúdos dinâmicos e uma navegação intuitiva. O renovado site fornece informação sobre a vasta oferta turística da região, através de um conjunto de ferramentas inovadoras e interativas. Confere uma experiência de navegação user friendly, agregando informação que vai desde os concelhos, principais produtos turísticos, sugestões de locais a visitar, experiências, rotas culturais e pedestres, guias digitais e eventos. No VisitAlgarve pode ainda contar com a ajuda de um wish-list, uma lista de favoritos onde pode guardar todas as informações que deseja manter sobre o destino. No futuro, será ainda disponibilizada uma funcionalidade de travel planner, que vai permitir planear a viagem, adicionando itens como o que visitar, onde ficar, onde comer, eventos, etc., sendo depois apenas preciso fazer download do seu plano de viagem e meter-se a caminho. <
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“Viriato” é o primeiro transporte público autónomo de Portugal
Alcácer do Sal e Torrão com Internet gratuita
Viseu vai ser a primeira cidade portuguesa a ter em operação de transporte público um veículo totalmente elétrico e autónomo, o “Viriato”. Criado pela TULAlabs, o pequeno veículo tem capacidade para 24 pessoas, tanto sentadas quanto em pé, e vai começar a circular em breve numa via segregada. É um transporte não poluente, autónomo e disponível em permanência, que vai substituir o funicular e, uma vez que é silencioso, vai poder circular durante a noite. O veículo carrega em cinco minutos e tem autonomia para 100Km. A sua operação é assegurada por um sistema de gestão e monitorização para veículos autónomos, que apresenta informação sobre a posição, a velocidade e distância em tempo real. O “Viriato” tem um nível 5 de automação, o nível máximo na escala criada pela Society of Automatic Engineers, baseada no grau de autonomia da máquina e na necessidade de intervenção humana no veículo. Neste nível 5, a Inteligência Artificial assume na totalidade o controlo do automóvel, que está desprovido de pedais e volante. <
O Largo dos Açougues, Praça Pedro Nunes, Posto de Turismo e zona envolvente, Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Alcácer do Sal e Pavilhão Gracieta Baião, em Alcácer do Sal, e a Praça Bernardim Ribeiro, no Torrão, são os seis pontos do concelho que têm agora wi-fi gratuito. Com a disponibilização de Internet gratuita nos Centros Históricos de Alcácer do Sal e do Torrão, pretende-se maximizar a experiência no concelho dentro do conceito Smart Destinations, permitindo aceder a toda a informação digital sobre o concelho, sem encargos. < maio de 2018
> por cá
Guimarães
A “Cidade-Berço” Guimarães viu nascer Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, razão pela qual é por muitos conhecida como a “Cidade-Berço”, o berço da nação portuguesa. Muitos séculos passados continua a ser cidade de importância, que merece uma prolongada visita para que nos familiarizemos com todo o seu património histórico e cultural. Texto: Sofia Soares Carraca
G
uimarães é não só terra onde nasceu Afonso Henriques, em 1110, mas também o local a partir do qual o primeiro rei de Portugal impulsionou a reconquista do território aos mouros, fundando a nação portuguesa. Foi aqui que em 1128 Afonso Henriques travou uma batalha contra os galegos que ansiavam tomar posse do então Condado Portucalense e ao sair vitorioso tornou Guimarães a sua capital. Por tudo isto ainda subsiste a inscrição “Aqui nasceu Portugal” numa das torres da antiga muralha da cidade. Com passado tão ilustre, o ponto de partida óbvio para uma visita a Guimarães é o seu castelo. O Castelo de Guimarães foi erguido no século X, sendo ainda assim uma construção posterior às muralhas da cidade. Situado no topo de uma colina, foi construído de modo a
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proteger o burgo dos constantes assaltos de hordas de vikings pelo norte, e de mouros pelo sul. Encontra-se perfeitamente recuperado, com todos os recortes de que foi dono outrora, em épocas em que a sua importância era inegável. Paredes-meias com o castelo encontramos o Paço dos Duques de Bragança, do século XV. Inspirado na arquitetura senhorial francesa, foi mandado construir por D. Afonso de Barcelos, o primeiro duque de Bragança. Encontra-se hoje perfeitamente recuperado, retornado à sua importância gótica e é utilizado como residência oficial do Presidente da República. Aqui podemos ver o Monumento a D. Afonso Henriques, visitar um pequeno museu de arte contemporânea e admirar as imensas salas do primeiro andar, com um conjunto de obras de arte e decoração. Daqui ingressamos pela Rua de Santa
Maria, construída no século X para ligar os dois núcleos da então Vimaranes, a Vila Alta, com o castelo, e a Vila Baixa onde nasceu a Colegiada de Guimarães no Largo da Oliveira e a partir do qual veio a nascer o agora Centro Histórico da cidade, declarado pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, em 2001. Percorremos esta rua por entre casas senhoriais da elite local até à Colegiada, que hoje alberga o Museu de Alberto Sampaio, com um rico acervo de peças dos séculos XIV, XV e XVI.
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Retorno à época medieval Dica Não perca a oportunidade de apanhar o Teleférico da Penha, até ao topo do Monte da Penha para desfrutar de belas vistas sobre Guimarães, que se estendem até ao Atlântico. Passados os 10 minutos de viagem, lá em cima pode admirar o Santuário de Nossa Senhora da Penha, com os seus azulejos parietais.
Ao passear pelo Centro Histórico de Guimarães, ainda dentro de muralhas, sentimo-nos como dentro de um filme da época medieval. Passeamos por um labirinto de ruelas ligadas por arcos e praças pitorescas. Observamos edifícios do século XIV, emoldurados por varandas
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de ferro, balcões e alpendres de granito, por entre torres e claustros. O ponto de partida óbvio para toda esta beleza é o Largo da Oliveira, que deve o seu nome a uma oliveira secular que se encontra a seu centro. É aqui que vemos o Padrão do Salado, um templete gótico que comemora a batalha do Salado, a Igreja de Nossa Senhora de Oliveira, o primeiro monumento gótico erguido no Minho, e o edifício medieval dos antigos Paços do Concelho, coroado por ameias que dão acesso ao Largo de São Tiago, e atualmente o Museu de Arte Primitiva Moderna. A contrastar com o medieval Largo de São Tiago encontra-se, na ponta oposta, o Largo do Toural, com preocupação no planeamento urbanístico, apresentando uma área aberta e arejada, característica do iluminismo do século XVIII. Por todo o Centro Histórico não faltam pontos de interesse, como o Castelo dos Almadas, a típica moradia nobre do século XVIII que é o Palácio dos Lobos Machado, a Capela do Anjo da Guarda, o Convento de Santa Clara do século XVII, a Casa do Arco com uma ponte armoriada sobre a rua e o barroco Convento do Carmo. Fora do perímetro muralhado do Centro Histórico de Guimarães merece a pena uma passagem pelo em tempos Palácio Vila Flor, hoje Centro Cultural Vila Flor, um edifício do século XVIII onde primeiramente se localizou a Universidade do Minho. Pode ainda recuperar as suas forças no pulmão da cidade, o Parque da Cidade, uma área verde com cerca de 30 hectares, com corpos de águas, um parque infantil, áreas de piquenique, restaurante e bar. <
Como ir
Para chegar a Guimarães de carro o trajeto mais direto desde Lisboa é feito através da A1, até ao Porto. A partir daqui deve seguir pela A3 para a N105 em Guimarães, pela saída em direção a A7/Fafe/A11/Felgueiras/ A24/V. Real/Vizela e continuar até à cidade. Os percursos distam em cerca de 45 minutos do Porto e de 3h30m de Lisboa. Atenção que são percursos sujeitos a portagens.
Onde ficar
Pousada Mosteiro Guimarães hhhhh Largo Domingos Leite de Castro | Desde 133€ p/ noite Tel.: 253 511 249 | pousadas.pt/pt/ hotel/pousada-guimaraes Hotel Toural hhhh Lugar A. L. Carvalho | Desde 80€ p/ noite Tel.: 253 517 184 | hoteltoural.com Hotel Mestre de Avis hh Rua D. João I, 40 | Desde 30€ p/ noite Tel.: 253 422 770 | hotelmestredeavis.pt
Citânia de Briteiros: viagem à proto-história A apenas 16Km do centro de Guimarães encontra-se a Citânia de Briteiros, no alto do Monte de São Romão e sobre o vale do Rio Ave. É representativa da cultura castrense que atingiu o seu apogeu no século II a.C. e surpreende pela sua beleza cénica e acima de tudo pelos vestígios deixados por antepassados da proto-história. As ruínas da antiga cidade são visitáveis e mostram um conjunto de muralhas, casas circulares e retangulares já dispostas em quarteirões, um forno crematório e um Spa. As construções deixam-nos perceber a organização daquelas gentes tão remotas, no que se transforma numa visita impressionante que nos transporta até mais de 2000 anos atrás.<
Onde comer
Cor de Tangerina – Largo Martins Sarmento, 89 – 1º Andar Restaurante, cafetaria e pastelaria vegetariano Tel.: 253 542 009 | cordetangerina@ gmail.com Le Babachris – Rua D. João, 39 Alta cozinha de inspiração na gastronomia portuguesa Tel.: 964 420 548 | contacto@lebabachris. com Histórico by Papaboa – Rua de Valdona, 4 Comida tradicional portuguesa | Antigo forte com pátio interior Tel.: 253 412 107 | historico@papaboa.pt
De histórias se enriquece Portugal, e em particular Guimarães. Inaugurado em 1998, o Hotel Mestre de Avis é um marco para todos aqueles que gostam de arte, sair de casa, mas mesmo assim sentir-se em família. É um dos hotéis mais bem localizados de Guimarães. Situado no centro histórico, classificado pela Unesco “Património Cultural da Humanidade”, a 100 metros do Toural e a cinco minutos da auto-estrada. Fundado num edifício histórico, o hotel oferece 16 quartos para uma inesquecível estadia nesta tão bela cidade. Estamos no sítio ideal, para a pé visitar os melhores e mais fascinantes locais históricos, culturais e de lazer da cidade de Guimarães. O Hotel Mestre de Avis aposta no Turismo Sustentável respeitando o meio-ambiente, sendo o primeiro e até hoje o único hotel no distrito de Braga galardoado pela GreenKey.
Hotel Mestre de Avis & Galeria 40 – Rua D. João I, Nº 36/44, 4810 - 422 GuIMARães | Tlf: +351 253 422 770 | 253 519 450 | 926 513 323 | Fax: +351 253 422 771 geral@hotelmestredeavis.pt | www.hotelmestredeavis.pt | www.facebook.com/pages/Hotel-Mestre-de-Avis/
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Torres Vedras e Alenquer
Cabe, novamente, a Portugal a honra de ser Cidade Europeia do Vinho, com a distinção a caber, este ano, a Torres Vedras e Alenquer. Para comemorar esta atenção atribuída pela RECEVIN – Rede Europeia das Cidades do Vinho, ambos os concelhos abremse numa panóplia de iniciativas ligadas ao vinho, que pretendem dar a conhecer o melhor do seu território. Texto: Sofia Soares Carraca
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Cidade Europeia do Vinho 2018
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Cidade Europeia do Vinho é um programa de promoção de territórios vitivinícolas criado pela RECEVIN no ano 2000. A rede conta com Portugal, Alemanha, Eslovénia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália e Sérvia como países membros, sendo uma ou mais das perto de 800 cidades destes países escolhida anualmente como Cidade Europeia do Vinho. A última vez que a honra coube a Portugal foi somente há três anos, com a localidade alentejana de Reguengos de Monsaraz a ser Cidade Europeia do Vinho em 2015. O território nacional ligado ao vinho volta a estar em destaque neste ano de 2018, com Torres Vedras e Alenquer a ostentar este título, a par com Dionysos na Grécia. A Cidade Europeia do Vinho 2018 Torres Vedras e Alenquer é um convite para mergulhar num território do vinho ainda pouco conhecido, mesmo para os portugueses. É uma oportunidade para descobrir e provar a diversidade da região dos Vinhos de Lisboa, para valorizar o trabalho de adegas, cooperativas,
quintas produtoras e milhares de pequenos agricultores, que resultam em uva e vinho de qualidade. Para honrar este título Torres Vedras e Alenquer apresentaram um projeto intermunicipal, em que prepararam mais de 80 iniciativas ligadas ao vinho, que desvendam os produtores vitivinícolas, as atividades de enoturismo e a história e estórias do vinho. O programa delineado permite explorar a cultura, as castas, os terroirs e a gastronomia dos concelhos, sempre com a harmonização dos excelentes vinhos do Oeste. A distinção a Torres Vedras e Alenquer surge a par com o Ano Europeu do Património Cultural, pelo que o vinho surge associado a outros eventos que não estão somente ligados à gastronomia e restauração, mas
também com outras vertentes culturais.
Tradicionalmente cidades do vinho Tanto Torres Vedras quanto Alenquer são locais com grande tradição na produção vitivinícola de vinhos tintos, brancos e rosés, sendo concelhos pioneiros na elaboração de vinhos leves. No seu reportório destaca-se a maior quinta produtora do país, e uma das maiores do mundo, a Casa Santos Lima, e a Adega Cooperativa de S. Mamede da Ventosa, aquela que apresenta a maior produção a nível nacional. Em conjunto, os concelhos apresentam cerca de 714Km², numa paisagem dominada por quintas antigas, casas senhoriais e campos vinhateiros, que têm agora o maior prazer
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em dar a conhecer. A antiguidade desta cultura da vinha e do vinho na região é comprovada historicamente, com testemunhos a nela falar a datar de anos de 1300. As castas aqui plantadas fazem parte desta história, com a Estação Vitivinícola de Dois Portos, em Torres Vedras, a empenhar-se na preservação das castas tradicionais, guardando um património genético das cerca de 340 castas existentes no país. Os mais de sete mil hectares de vinha que formam o terrior de Torres Vedras são influenciados pelo Atlântico e pelos solos predominantemente argilo-calcários. De momento, são mais de vinte os produtores que apresentam verdadeiros néctares, mas a tradição vinícola remonta ao tempo da colonização romana. A vinha alongase por todo o território, ocupando solos provenientes de formações jurássicas e eventualmente do Cretácico. Já Alenquer tem tradição vitivinícola desde a Idade Média, reunindo hoje uma área de vinha superior a 8.000 hectares, por entre colinas e vales abraçados pela Serra de Montejunto e pelo Tejo. É em quintas seculares que nascem apaladados vinhos brancos aromáticos e tintos vivos, enquanto novos e de raro bouquet quando envelhecidos. Quintas que aliam a produção de vinhos à história e cultura das gentes e da terra. De destacar, ainda, que é em Alenquer que está sediada a Rota dos Vinhos de Lisboa, em concreto no Museu do Vinho de Alenquer, no antigo Real Celeiro Público.
Atividades para todos Como já referido, são mais de 80 as atividades programadas para este ano em Torres Vedras e Alenquer como Cidade Europeia do Vinho 2018. É um programa recheado com incidência nas áreas da cultura, desporto, arte, investigação, promoção e enoturismo. Ainda assim, há alguns momentos deste programa completo e diversificado que merecem destaque. No segundo e terceiro fins de semana de julho decorre o Wine Cellars & Art Fest Portugal, uma iniciativa com a curadoria de Nuno Côrte-Real que visa levar artistas plásticos, músicos, pensadores, literatura, enologia, gastronomia e artes cénicas à Quinta Valle Riacho, em Alenquer, e à Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa, em Torres Vedras. Com a curadoria de Gabriel Raposo, o Circuito de Arte Contemporânea 10 10 10 – Arte em Cidades vai unir simbolicamente as duas cidades, através da arte contemporânea. O Circuito convida a circular pelo território onde, pela Estrada Nacional 9, se irão encontrar de 10 em 10Km trabalhos desenvolvidos por diversos artistas contemporâneos. Durante todo este mês de maio decorre a Rota dos Petiscos em Torres Vedras, com 22 espaços aderentes a disponibilizar um petisco elaborado para o momento acompanhado por um copo de vinho de qualidade. A Rota vai contar com um desdobrável para que não perca nenhum petisco, com o valor de 3€ por pessoa – petisco + copo de vinho. Um concurso de curtas-metragens, o Festival do Vinho, Wine Sunset Parties durante o verão, palestras sobre vinhos, palestras, degustações enogastronómicas, passeios em 4x4, visitas a adegas e quintas, concertos, danças, até uma Feira Quinhentista e muito mais, são as atividades que completam o programa da Cidade Europeia do Vinho 2018 Torres Vedras e Alenquer. <
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Calendário 7/5 – Histórias Cultivadas | Quinta da Folgorosa | Sessões de leitura de livros de escritores portugueses que retratam a vida do campo | Componente lúdica de exploração da memória musical das canções de roda 19/5 – Poemas do Vinho e da Mística | Casa da Ribeira | Sessão de leitura e comentário de quadros de estilo persa do poeta medieval Omar Khayyam e do seu admirador Fernando Pessoa | Mostra de imagens de manuscritos inéditos do espólio de Pessoa sobre o tema 9/6 – Requiem, de Antonio Tabucchi | Quinta da Boa Esperança | Sessão de leitura do livro que é também uma homenagem a Portugal, um “Alive no País das Maravilhas” em que Wonderland é Lisboa 14-17/6 – Feira Quinhentista | Merceana | A gastronomia e o vinho, enquanto bebida típica da idade medieval, são o ponto forte das festas | Gaiteiros, danças medievais, jogos, cortejos, malabaristas, teatro, exposições 14-17/6 – 1º Encontro Nacional de Aguarela | Adegas e quintas de Torres Vedras e Alenquer | Retrato do património relacionado com a vinha e o vinho através da
visão dos aguarelistas participantes, que irão pintar ao vivo no local 23/6 – Memórias de Baco nos Céus de Torres Vedras | Serra do Socorro | Palestra por Máximo Ferreira | Observação astronómica: Coroa Boreal, região confinada entre as constelações de Hércules, do Boieiro e da Serpente, que representa a coroa que Baco, ébrio de vinho, retira da cabeça e lança ao céu 23/6 – Carnaval, S. João, Sardinha, Pão e Vinho | Páteo da Azenha | Sardinhada com vinhos de referência, com presença dos produtores | Animação, música, grupo de baile e DJ Degustações Quartas de Degustação – Vinhos, Queijos e Enchidos na Cervejaria Boca Santa, em Santa Cruz Quinta de Degustação – Vinhos & Mariscos na Petisqueira Bate Boca, em Santa Cruz Wine Fridays – Música e Vinho no RadioStation Bar, Páteo da Azenha, em Santa Cruz<
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> lá fora Guia de Viagem Informações úteis
Clima: Árido e semiárido | quente e húmido Moeda: Rial Iemenita | 1€ = 304,64 YER Passaporte: Obrigatório Visto: Obrigatório (a entrada no país é interdita a todos os indivíduos cujos passaportes apresentem um visto ou carimbo de entrada / saída de Israel) Língua: Árabe | segunda língua mais falada é o inglês
Iémen
Fuso horário: mais 3 horas que em Portugal Continental
O esplendor parado no tempo O Iémen aparenta ser, aos olhos do mundo, o país mais fechado da sua região e o menos recetivo às influências do Ocidente. A minha visão é diferente, porque desmonta alguns preconceitos. Quando existe alguma empatia, os iemenitas chegam mesmo a convidar-nos a partilhar do seu estufado de legumes, sabiamente preparado no tradicional tacho de barro preto. E que bem me sabe tão simples iguaria…
Texto e fotos: Diamantino Pereira
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o Iémen, a lei foi inspirada e mantida por clãs armados, sistema que continua a existir. Quem conviveu alguma vez com os iemenitas tem de reconhecer que se trata de um povo hospitaleiro e cordial, desmistificando a imagem tantas vezes construída pelos média internacionais. Não poucas vezes, em pequenas cidades, tive o ensejo de partilhar a minha refeição juntamente com iemenitas, os quais colocavam a sua arma numa cadeira ao lado enquanto tomavam a sua refeição, nunca manifestando qualquer tipo de arrogância ou hostilidade. Bem pelo contrário, não hesitam em ensinar a melhor maneira de comer, levando os alimentos diretamente à boca, usando a mão direita com um pedaço de pão. Quando existe
alguma empatia, os iemenitas abrem um sorriso para convidar a partilhar do seu saboroso estufado de legumes, confecionado no tradicional tacho de barro preto. Os norte-americanos estão para os mexicanos como os sauditas estão para os iemenitas. A Arábia Saudita é, vamos chamar-lhe assim, a “terra prometida” para os iemenitas, que sonha emigrar para este próspero país, que tanto necessita de mão de obra estrangeira, sobretudo na área da construção civil. Contudo, a Arábia Saudita atua como uma potência regional – marca as suas diretrizes, estabelece as regras para todos os países limítrofes e reage com alguma agressividade quando se sente desafiada. Assim atuou face ao Iémen, quando este decidiu apoiar Saddam Husseim durante a guerra do Iraque. Concluída a
invasão do Kuwait por parte do Iraque em 1990, a Arábia Saudita, em represália, decidiu expulsar cerca de 700 mil iemenitas que sustentavam as suas famílias através do envio regular de remessas de milhares de reais. Mais tarde, o êxodo massivo – por um “forçado regresso a casa” – resultaria num grave problema para a economia do Iémen. Como se não bastasse, o Kuwait, que suportava financeiramente e por completo o sistema de saúde do Iémen, cancelou esse apoio. Seguiram-se dez anos de total isolamento em relação aos países vizinhos até que o Iémen recuperasse os antigos laços com as monarquias petrolíferas. Desde logo, com a Arábia Saudita, cujas relações seriam reatadas no ano 2000, mediante acordo assinado em Jedah.
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O Iémen é aparentemente o país mais fechado da região e o menos recetivo às influências do Ocidente. Contudo, é o único – entre as nações desta área do globo – que permite o pluralismo político e onde existe (com limitações, é certo) liberdade de imprensa.
Antes e depois do Imã Antes da República, o Iémen era governado por um Imã – o guia. Tratava-se de uma figura muito parecida (simultaneamente) com a de um rei e um sacerdote, acumulando todos os poderes. Era eleito pelos descendentes do Profeta. Em 1962, um golpe militar deu origem à formação da República Árabe do Iémen. Entretanto, a Guerra Civil entre os Republicanos do Norte, apoiados pelo Egito de Nasser, e os monárquicos do Sul, apoiados pela Arábia Saudita, haveria de se prolongar anos a fio… Tanto os sauditas quanto os egípcios financiavam e forneciam armas em grandes quantidades às diversas tribos beligerantes. Resultado: no final do conflito, essas tribos acabariam por adquirir um forte poderio militar. O antigo presidente Ibrahim Al Hamdi, que governou o país de 1974 a 1977, bem tentou desarmar as várias fações do regime, mas acabou assassinado. Ao finalizar a guerra civil no Iémen do Sul em 1967, Aden converteu-se na capital do único regime marxista-leninista do mundo árabe, fechada aos ocidentais, constituindo ainda assim uma referência cultural e política de uma revolução que seguiu a utopia de ser igualitária e fraternal. Após uma longa guerra civil, o Iémen do Norte conquistou o Sul e unificou o país: o Iémen do Norte e o Iémen do Sul deram então lugar à República do Iémen.
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A população do Sul nunca se sentiu confortável com a unificação. Em 1994, apoiada pela Arábia Saudita, Aden decidiu combater o Norte, na altura apoiado pelo Egito. Pretendia terminar com a união Norte-Sul e conquistar a sua independência. Depois de três meses de combates, Aden pagou bem caro a sua ousadia. O Norte, através de constantes bombardeamentos, destruiu bairros e pequenas aldeias do Sul. Atualmente, apesar de as regiões do Sul – ainda sobre grande influência britânica – defenderem o desarmamento das tribos, os clãs do Norte continuam a impedi-lo, sustentando que as tribos armadas são o grande poder de um exército nacional forte. O Estado mantém um “secreto” pacto com as tribos que continuam fortemente armadas e a ditar as leis em cada uma das suas regiões. O Governo central não pode tomar decisões que sejam contrárias aos interesses das suas tribos, que continuam a manter uma forte representatividade no Congresso, como também não pode ignorar o peso real das regiões sob domínio tribal. Os sheiks (chefes tribais) têm, manifestamente, uma enorme influência no poder central.
Diyah ou a força do poder tribal A maioria das regiões do Iémen é governada através da aplicação das leis tribais. No quotidiano, o poder central não tem qualquer domínio ou jurisdição sobre as tribos, mesmo
perante litígios. O sistema tribal é, de facto, o pilar da estrutura social do país, porque as tribos garantem a ordem e a estabilidade e preservam a identidade nacional, quando em diversas ocasiões o poder central fica debilitado ou é ameaçado por força vindas do exterior. As tribos iemenitas não são nómadas – dedicam-se essencialmente ao comércio e à agricultura. Cada tribo tem um sheik que gere o seu próprio território. Contudo, é normal estabelecerem-se alianças entre várias tribos. Não se pode escolher ou rejeitar uma tribo. Através do nascimento, passa-se a fazer parte de uma. O sheik é um cargo transmitido por herança aos filhos ou aos irmãos. Cada tribo conta com um sábio, conhecido por aqil, que exerce um papel conciliador quando existem divergências ou conflitos. A tribo é mais que uma família. Cabe-lhe defender e proteger os seus membros. Se porventura um membro de outra tribo comete homicídio, o sheik negoceia a diyah, recompensa monetária pela vida perdida. Muitas vezes, essa recompensa não chega, porque a honra e a nobreza falam mais alto. Em 2008, aconteceu um episódio em que os sentimentos de honra prevaleceram em relação à diyah: o filho do líder de todas as tribos do Iémen (Abdulah), seguramente a pessoa mais importante do país, mais que o próprio Presidentes da República, assassinou sem motivos fortes um jovem de uma outra tribo. Inúmeras foram as tentativas de acordo, envolvendo o pagamento de
avultadas quantias, a construção de estradas na região da tribo – tudo em vão. Exigia-se vingança, ou seja, a morte do filho do sheik. Perante esta ameaça, o visado, com a ajuda do pai, refugiou-se em Oman. Após sete meses, quando aparentemente tudo parecia esquecido, o jovem regressou ao Iémen. No dia seguinte, em plena capital Sanah, ele e os seus guarda-costas foram metralhados pelos membros da tribo Bani DabianAmran, encarregados de concretizar a vingança. No Iémen, a tribo tem plenos poderes para exercer a sua autoridade política ou judicial sobre um território com fronteiras determinadas há centenas de anos. A estrutura social dos clãs é muito rigorosa, o comportamento dos homens e das mulheres está sujeito a um sério e restrito código de honra. Por exemplo, o roubo é pronta e severamente castigado. Tive ocasião de assistir a um pequeno episódio em Sanah, que revela o sentido de honra tribal. Um modesto vendedor ambulante foi preso pela polícia no centro da cidade. Colocou a sua pouca mercadoria num saco de plástico negro e deixou-o a um canto do local. Com receio que lhe roubassem a mercadoria, questionei o meu guia se não havia maneira de a protegermos. Khaled respondeu prontamente: “O saco pode ficar aí por tempo indeterminado, que jamais alguém irá roubá-lo”. Todas as tribos estão fortemente armadas, sendo que alguns dos seus membros exercem maio de 2018
funções militares no exército nacional. Todos os iemenitas são responsáveis pela segurança da nação e não permitem que o poder político, instalado na capital Sanah, tome decisões que possam hipotecar o futuro do país. O Governo não pode ignorar o poder das tribos, que dominam grandes áreas do território nacional e onde as suas leis se fazem respeitar. O sistema tribal iemenita tem mais de 2.000 anos. Entre as tribos principais do Iémen, temos: Khawlan – uma confederação de tribos, cujo domínio se estende para lá das fronteiras com a Arábia Saudita; – Hashid e Bakil – descendentes diretos do bisneto da Rainha do Saba. Existem outras tribos de menos importância, como Bani Jabr, Ashkrat, Zaraniq e Kurabibani.
Kalashnikov, naturalmente… A população do Iémen, é a mais armada do mundo. Nas pequenas cidades da província é fácil encontrar-se nos tradicionais souks (praças públicas) todo o tipo de armas. Desde um simples revólver até uma moderna kalashnikov. Existem entre 50 ou 60 milhões de armas em todo o país, o que representa uma media de quatro armas por habitante, incluindo crianças e anciãos. As recentes guerras civis permitiram que cada uma das famílias beligerantes, no final do conflito, pudesse ficar com um autêntico arsenal em sua casa. Faz parte da cultura deste país os homens estarem sempre munidos de armas. Desde a idade dos 6 anos que uma criança do Iémen usa (obrigatoriamente) preso à sua cintura e sobre o seu estômago a tradicional adaga curva, conhecida por yambya. Confidenciava-me Khaled, o meu guia, que é normal nos casamentos as famílias convidadas, cada um dos seus membros, comparecerem na cerimónia devidamente armados. Como fazendo parte da indumentária levam à tiracolo a sua kalashnikov… Trata-se de uma excelente ocasião de ostentarem o seu poder bélico ou político, assim como a sua riqueza. Nada mudou nos últimos 100 anos no Iémen. Nem sequer o Sul, que foi colonizado pelos Ingleses e experimentou um regime marxista. Alberto Moravia escreveu: “Iémen, um país onde a Idade Média nunca terminou. A sua história ficou petrificada no passado”. Os homens continuam a vestir-se como no passado, com a sua tradicional futa, bata que termina sobre o joelho, usam a yambya sempre colocada no cinto e parecendo que protege o seu peito; as mulheres continuam a usar os niqab, cobrindo por completo a face e deixando somente a descoberto os seus olhos.
O momento mais esperado o casamento Vestidas de um manto negro que as sepulta da cabeça aos pés, somente os olhos são visíveis, através de uma pequena abertura no véu. Na Constituição de 1991, ficou determinado que o Iémen é um país laico. Teoricamente, ambos os sexos são iguais perante a lei e as mulheres têm o direito de votar. Contudo, existe pressão dos grupos de conservadores no sentido de ser introduzida a Sharia (lei islâmica) na carta constitucional. A nível familiar, o direito islâmico é muito praticado, sendo que, por exemplo, a poligamia é permitida. Ainda assim, o facto é que as mulheres iemenitas participam cada vez mais na vida maio de 2018
social e política do país. Muitas há que estudam e ocupam lugares importantes nas empresas privadas e em organismos oficiais. O casamento é a cerimónia social de referência para os iemenitas. Como em todas as culturas islâmicas, um casamento envolve despesas avultadas com a sua preparação e realização, já que se prolonga durante vários dias. A maioria dos contratos matrimoniais “assina-se” à quarta-feira na casa da noiva e na presença das duas famílias. No
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Qat: a droga “democrática” A maioria dos iemenitas, sejam homens, mulheres ou jovens a partir dos 14 anos, não concebem a vida sem o consumo diário de três dezenas de folhas de qat… Tratam-se de folhas que se retiram de uma árvore – muito similar à amoreira – que tem origem no Corno de África. Cultiva-se no Iémen desde há 70 anos, em terrenos situados a cerca de 1.500 a 2.500 metros de altitude. Não requer muitos cuidados: depois de a árvore ter atingido a sua maturação, o agricultor somente tem de colher duas vezes por ano as respetivas folhas. Está provado, através de estudos químicos, que o qat é um estimulante de tipo médio, sendo catalogado como droga pela Organização Mundial de Saúde. Seja como for, os seus consumidores atestam que não provoca nenhuma excitação ou dependência. Aparentemente, não tem efeitos secundários nocivos. Confesso que durante a minha estada no Iémen não arrisquei a experimentar o “alegadamente inofensivo” qat. Contudo, o meu amigo Khaled, que consumia uma dose (um pequeno saco de plástico) diária, garantia-me que isso lhe trazia calma, tranquilidade, bemestar… Desde políticos a militares, polícias, comerciantes, jovens estudantes – aqui, toda a gente consome qat, sempre acompanhado de água pela desidratação que daí resulta. A maneira de consumir é muito simples: ao longo de três horas, vão-se mascando ininterruptamente dezenas de folhas, cujos resíduos vão-se acumulando num dos lados das paredes da boca, formando uma autêntica “bola” de golf… As sessões de consumo iniciam-se normalmente depois das 15h00, nas ruas, nas residências, mesmo nos locais de trabalho ou até em qualquer ou praça de uma aldeia ou na própria capital, Sanah.
É normal, o chefe de família levar ao fim do dia para a sua casa uma embalagem de qat para partilhar com a sua mulher e os filhos de idade superior a 14 anos. Contas feitas, as famílias despendem um terço das suas receitas na aquisição desta droga, à venda nos souks, durante toda a manhã e ao fim da tarde, por dezenas de vendedores que exibem, embalada em pequenos sacos de plástico, a mercadoria em pleno chão das ruas de todas as cidades e aldeias. Cada saco de qat varia entre os 5 e os 10 euros, de acordo com a qualidade do produto. Há, de facto, muitas e diferentes qualidades de qat, cujo consumo é tão grande que as outrora famosas plantações de café de moka, foram substituídas por este tipo de cultivo, que “promete” diariamente a cerca de 8 milhões de pessoas um “efeito mágico”, muita calma e indolência, após três a quatro horas sempre a mascar… A dimensão social do qat é difícil de compreender no Ocidente. Além dos efeitos estimulantes e relaxantes, o consumo desta droga está fortemente enraizado na sociedade iemenita. Quando alguém merece a simpatia e a confiança de uma família, é convidado a participar nas sessões de consumo de qat, tendo por cenário a intimidade do interior da casa, mais exatamente nos salões conhecidos por mafraj. A súbita ausência nas sessões de qat no seio de uma determinada família significa qua a pessoa ausente deixou de gozar desse privilégio. A propósito, comentase que quando um ministro deixa de participar numa sessão de qat do Presidente é sinónimo que perdeu, desde logo, a sua confiança. O grande problema para os iemenitas é quando eles emigram para os países vizinhos, como a Arábia Saudita e o Oman, onde o consumo de qat está rigorosamente interdito.<
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seus convidados – aqui estamos no mafraj, autêntico clube masculino, cenário eleito para conviver, discutir negócios e mascar qat.
Policromia, vida e pão
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primeiro dia das celebrações, a muzayiina (esposa do barbeiro local) decora as mãos e a planta dos pés da noiva com pasta de henna. Durante a quinta-feira, realizam-se grandes manifestações musicais e danças. No final, a noiva é conduzida ao hamman¸ local onde se encontram as mulheres da família e as amigas íntimas. Particularmente as mais experientes transmitem-lhe a maneira como se deve comportar durante os primeiros dias do seu noivado. As celebrações desenrolam-se até sexta-feira, dia em que todos os homens que participam na cerimónia se reúnem logo de manhã numa grande sessão de consumo de qat (droga tradicional no país, disseminada literalmente por toda a gente) na casa da autoridade local que oficializa o casamento. Ao fim do dia a noiva será conduzida até à casa do noivo, onde será desposada. Uma cerimónia de casamento será considerada rica e faustosa não em função da comida ou da animação, mas, essencialmente, pela qualidade e quantidade de qat servida aos seus convidados…
Em cada iemenita um arquiteto Os iemenitas sempre construíram os seus edifícios desafiando as leis da gravidade. Muitos deles ficam localizados nos picos das montanhas escarpadas e à beira de precipícios, tendo por base uma superfície de poucos metros, mas não deixando de ostentar, por vezes, uma vaidade sem
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Todos os edifícios do Iémen dispõem de vitrais muito coloridos, localizados normalmente nos pisos superiores. Alguns apresentam entre oito a doze cores limites… Estamos a falar de edifícios que tanto podem ser palácios como simples casas particulares. Diz-se que há um arquiteto em cada iemenita. E que mede a sua felicidade em função do número de pisos e quartos da sua casa. Existem autênticas maravilhas nas cidades de Sada, com as suas construções de argila de forma circular, e em lbb, com as suas torres de rocha. A base destes edifícios são rochas basálticas que suportam os tijolos de adobe. A Casa de Rocha é talvez a mais famosa construção do Iémen. Situada num vale fértil, a cerca de 10Km de Sanah, representa um antigo palácio de cinco andares assente sobre um promontório de paredes côncavas. Parece que a todo o momento se vai desequilibrar e cair sobre as nossas cabeças. Quando se constrói um edifício no Iémen, pretende-se que sirva para alojar toda a família. Dispõe de 2 a 6 andares e nele coabitam as várias gerações de uma mesma família. A estrutura interior destes edifícios é muito simples e funcional. Subindo as primeiras escadas, muito inclinadas, chegase ao salão dos hóspedes – o fonduk. É aqui que o dono da casa manifesta toda a hospitalidade ao seu convidado. Nas restantes divisões, ficam situados os diversos quartos utilizados para alojar as cinco ou seis dezenas de membros da família. O último andar é o local privilegiado da casa, em regra inacessível às mulheres e às crianças, um exclusivo dos homens e
diferentes. Ao receberem a luz do Sol refletem um efeito admirável de tons diversos nas paredes do interior da casa. conhecidos por takrim, estes vitrais têm a forma de meia-lua e são construídos à base de gesso. Os motivos são florais ou geométricos, predominando as estrelas de pontas várias. À noite, a luz artificial origina um colorido, também ele, de beleza ímpar. Os souks são de uma importância vital na vida dos iemenitas. Não se pode ver estes
OUTRAS VISITAS INESCAPÁVEIS Taizz: dispõe de um mercado muito colorido e repleto de vida. Está localizado bem perto das portas de Bab Musa. Ibb: uma cidade muito bonita. Os edifícios estão muito bem conservados e, na maioria dos casos, pintados de branco. Jibla: a capital das terras altas. Infelizmente, existem somente ruínas dos seus majestosos palácios. Marib: capital do Reino de Saba, concentra o maior número de achados arqueológicos de todo o país. Aden: a capital do Sul. Devido às influências estrangeiras, como o tempo do domínio inglês, assim como a cultura marxista-leninista que imperou nos anos 70, Aden é completamente diferente da capital Sanah. Não usam armas, nem sequer as yambiyas, e utilizam os talheres durante as refeições. Ainda assim, não deixam de mascar qat. Os seus souks mantêm as principais tradições e costumes de todo o Iémen.
maio de 2018
café. Mais tarde, comerciantes portugueses e holandeses vinham aqui negociá-la ao porto de Moka. E esta haveria de ser a denominação de um dos mais famosos cafés do mundo – justamente, o Café de Moka. Durante o século XVII, foram transportadas indevidamente algumas sementes desta planta e iniciou-se a cultura em diversas regiões do mundo, desde logo no Brasil. A maioria da produção de café do Iémen (nos últimos dez anos, as suas 20.000 toneladas anuais com destino à Europa baixaram drasticamente para cerca de 4.000) foi, como vimos, substituída pela cultura do qat, muito mais rentável. Por isso mesmo, o Porto de Moka é hoje apenas uma miragem do esplendor de outrora. Durante o primeiro século a.Cristo, o incenso cultivava-se quase exclusivamente no sul da Arábia. O seu grande valor, pois era cotado na bacia do Mediterrâneo e em todo o Médio Oriente, tornava esta planta muita cobiçada. Mais tarde, os mercadores árabes levariam o incenso a várias paragens do Oceano Índico.
Vertigem de uma capital ancestral
locais apenas pela sua função mercantil. Muito para além dessa dimensão, o souk é o centro da vida social do iemenitas. Estes souks têm as suas próprias regras. A mais importante é a haram, que proíbe qualquer tipo de agressão física, incluindo em tempo de guerra. Trata-se do lugar mais respeitado depois da mesquita. Cada souk tem o seu chefe (sheik al suq), o qual faz cumprir – sempre que necessário – esta lei. Nos souks onde se comercializam animais, existe um responsável (musalih) que vale pela qualidade do gado e observa a seriedade dos intervenientes nas transações. Nas ruas, comercializa-se tudo o que é imaginável, incluindo o tradicional qat. Nos souks, existem dezenas de panificadoras que abastecem os milhares de compradores. maio de 2018
Eu próprio visitei dezenas, percorrendo as suas intermináveis ruelas. Nunca senti a mais pequena insegurança, nem sequer ter “provado” em algum momento a hostilidade das populações locais. Aqui, nos souks, o colorido é profuso. O cheiro a pão – vindo das dezenas de panificadoras – é intenso, provocando-nos um súbito apetite difícil de controlar. Indispensável numa mesa iemenita, o pão – além de alimento – serve de “utensílio doméstico” ao substituir os talheres para manusear a carne, o peixe ou as verduras dispostas no prato – por outras palavras: os iemenitas não usam talheres. O pão constitui a base gastronómica e alimentar do país. Existem numerosas variedades, que se cozem num forno de
lenha chamado tannur. O mais comum dos pães é o hobs, torta espalmada, fina, aromatizada com especiarias e que se coze colando-se a massa às paredes laterais do forno. O rashus, mais consistente, acompanha normalmente as refeições de peixe; o meluga tem um sabor muito suave; o shaer é confecionado com farinha de cevada; o kudham é o pão mais popular e consumido por toda a população.
Do café moka ao incenso No século XVII descobriu-se no Iémen a planta que iria revolucionar as bebidas em todo o mundo: o café. Durante anos a fio, este seria mesmo o único produtor mundial da matéria-prima, ou seja, a planta do
Sanah é a capital do país, com um tráfego intenso e desordenado. As ruas, na maioria dos casos, estão limpas. O rio que banha a cidade apenas corre na época da chuva. Depois fica completamente seco. Entretanto, o governo mandou alcatroar o seu leito com cerca de 14Km, transformando-o em autênticas vias rápidas. Quando chove, o caudal sobe e a circulação rodoviária fica inibida. Trata-se de uma cidade segura. Nunca senti qualquer hostilidade ou agressão por parte destas gentes. Nunca presenciei um roubo ou qualquer tipo de animosidade. Caminhei tranquilamente através de ruas e avenidas. Fui várias vezes convidado a participar na cerimónia do qat. Sempre declinei cordialmente o convite… O centro da cidade, Suq al Mih, é muito bonito e curioso. Trata-se do coração e do pulmão da grande urbe. BidYalma é a porta de entrada do souk. Em frente à referida porta, pululam restaurantes ambulantes e improvisados com os seus grandes grelhadores a carvão, onde desfilam os tradicionais kebabs e as espetadas de carne de borrego. Antes de nos sentarmos, temos de comprar o pão na padaria mais próxima. Não é nada difícil, pois são incontáveis as padarias em toda a cidade e em plena rua. Não são permitidas bebidas alcoólicas de nenhuma espécie. Existe um vendedor ambulante que se encarregará de servir o chá enquanto desfrutamos da refeição. Não existem mesas individuais. As mesas compridas foram concebidas para 10 ou mais pessoas. Temos apenas de observar um espaço livre e ocupá-lo. <
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> experiência
Symphony of the Seas
Mais do que um navio, um destino turístico
Ficha técnica
Chama-se Symphony of the Seas, começou a navegar em finais de março e é o maior navio do mundo. Esta verdadeira Sinfonia dos Mares é um mega resort e um destino turístico em si próprio, e até novembro está “aqui ao lado”, a fazer cruzeiros no Mediterrâneo à partida de Barcelona. Nós navegámos nele e vamos dar a conhecer um pouco do muito que tem para oferecer. Texto: Fernanda Ramos
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ow!!! Não há como fugir, o Symphony of the Seas é mesmo o navio do “wow”. Antes do mais, pelo tamanho, porque é grande, muito grande mesmo. No seu interior transporta um verdadeiro mundo de opções – no entretenimento, espetáculos, atividades desportivas, em restaurantes e bares, em alojamento e compras. Um navio que fica entre a oferta de uma cidade e a de um mega-resort e que eleva conceitos como o de férias e entretenimento em família a um novo patamar. Acima de tudo, o Symphony não é um mero navio, é um destino de férias. Entrar nele é ter a certeza de que nem uma semana de férias é suficiente para desfrutar de tudo o que oferece. Quer comer um gelado? Andar de carrossel? Descer 10 andares num escorrega gigante? Surfar nas ondas de uma piscina? Correr ou jogar golfe? Ir às massagens? Ver um espetáculo? Patinar no Gelo? Ir às compras? Comer comida japonesa? Ostras? Experimentar um bom vinho? – Tudo isto e muito mais é possível a bordo do Symphony! Os números poderão, talvez, dar melhor nota da dimensão deste navio recém inaugurado. O Symphony mede 362m de comprimento, 66 de largura e quase 73 de altura. Para
o construir foram necessários 36 meses e o labor de 4.700 trabalhadores que deram vida a um investimento que rondou os 1,17 mil milhões de euros. No seu interior pode acomodar quase 9.000 pessoas, entre hóspedes e tripulantes.
SETE BAIRROS, SETE TEMAS, UM MUNDO DE OPÇÕES Royal Promenade, uma “avenida” vibrante 24 horas por dia. Central Park, bairro ao ar livre com mais de 12.000 plantas tropicais verdadeiras, restaurantes e lojas. Boardwalk, o bairro do carrossel também com lojas e restaurantes. Entertainment Place, bairro noturno onde não falta Casino, Clube de Comédia, jazz ao vivo e pista de gelo. Pool and Sports Zone, a zona desportiva por excelência, onde nem falta minigolfe. Youth Zone, uma área dedicada aos mais novos e Vitality at Sea Spa & Fitness Center, onde repousa o maior spa e centro de fitness em alto mar. Estes são os sete bairros temáticos em que se divide o Symphony of the Seas e só por este resumo poderá ficar com a ideia do mundo que pode fazer a bordo deste mega-resort. No Symphony embarca-se pelo deck 5, direitinho à Royal Promenade. Aqui está a
Construção: estaleiro STX France em St. Nazaire País de registo: Bahamas Arqueação bruta: 228.081 toneladas (+ que 17 mil elefantes africanos) Largura: 66m Comprimento: 362m de comprimento (+60m que a altura da Torre Eiffel) Altura: 72,54m (equivale a prédio de 24 andares) Velocidade: 22 nós Calado: 9m Decks: 18 Elevadores: 24 (para hóspedes) Propulsores: 4 com 7.500 cavalos de potência cada (cada propulsor tem mais cavalos que 7 Ferraris juntos) Capacidade: 6.680 hóspedes + 2.200 tripulantes (de 70 nacionalidades) Camarotes: 2.759 (camarotes com varanda, tanto para o exterior e para o Central Park | camarotes com varandas virtuais | suites e Lofts e a nova Ultimate Family Suite) Bairros: 7 Bares e lounges: 42 Restaurantes: 22
receção do navio e também aqui podem marcar-se excursões em terra, embora o melhor meio para as marcar seja através de meios digitais, e são muitos porque no Symphony a Internet é rápida e até há um ‘Instagrammer-in-Chief’ para nos ajudar a maio de 2018
CURIOSIDADES A bordo do Symphony pode encontrar: • Mais de 25 opções gastronómicas • Mais de 300 pratos exclusivos • 4.908 lugares em restaurantes • 781 funcionários de 46 nacionalidades em restaurantes • 184 barmen • 40 marcas de cerveja • 340 marcas de vinho • 30 tipos de desporto ou atividades radicais • O número de obras de arte é superior ao de pinturas no Louvre
encontrar os melhores spots para fotografar. É dos espaços mais movimentados do navio e também aquele que, à imagem de Nova Iorque, nunca dorme. Logo pela manhã, fervilha de vida, e até há quem por ali exercite o corpo em aulas de ginástica. Durante o dia é um vai-vem para o Starbucks e o Café Promenade, aberto 24 horas, o Bionic Bar, onde as bebidas são escolhidas através de um tablet – pode mesmo criar o seu próprio cocktail – e compostas e servidas por dois robôs e também para o Rising Tide Bar que sobe e desce entre os decks 5 e 8. Um típico bar pub inglês, o Alle & Anchor, a pizzaria Sorrento’s e, na galeria o Schooner Bar, de inspiração náutica e cheiro a mar, são apenas algumas possibilidades da Royal Promenade. Para passear ou ficar numa esplanada, ao ar livre escolha o Central Park, no deck 8, espaço a céu aberto, criado à imagem do seu homónimo de Nova Iorque, onde moram mais de 12.000 plantas tropicais verdadeiras e se ouve o chilrear de passarinhos por artes da tecnologia. Chops Grille, Jamie's Italian by Jamie Oliver, 150 Central Park e o bar de vinhos Vintage, além do Park Café, são alguns dos restaurantes e bares que aqui pode encontrar. Também ideal para passear é a Boardwalk, com o seu carrossel original esculpido à mão e com as novidades Playmakers Sports Bar & Arcade e Sugar Beach. Os mais novos têm no “bairro” Youth Zone, uma área que lhes é completamente dedicada, com espaços (incluindo nas piscinas) e programação específica. Não é para os mais pequenos, mas os mais jovens irão gostar das novidades Battle for Planet Z, primeiro jogo de laser tag (espécie de paintball com lasers) a bordo de um navio da Royal Caribbean e Escape the Rubicon, um “escape room” a bordo de um submarino. Os mais aventureiros terão que passar pelo “bairro” Pool and Sports Zone onde estão o Ultimate Abyss (escorrega que se eleva a maio de 2018
47,5m acima do mar e tem uma queda de 30m em 13 segundos), o trio de escorregas de água The Perfect Storm, dois simuladores de surf FlowRider, minigolfe, slide com altura de nove decks, piscinas e até o novo restaurante mexicano El Loco Fresh (deck 15). Se é daqueles que não passa sem exercitar o corpo ou se quer apenas abandonar-se a uma relaxante massagem, o “bairro” indicado é o Vitality at Sea Spa & Fitness Center, o maior spa e ginásio sobre as águas, e onde também pode relaxar no Itinerário Solarium só para adultos. • Temporada de verão: Barcelona, Palma
PELA NOITE DENTRO Para a animação noturna, o “bairro” a procurar é o Entertainment Place, onde se localizam o Casino Royale e o Studio B, uma pista de gelo e o recém-lançado jogo de laser tag, sem esquecer uma discoteca silenciosa em que cada pessoa escuta a sua música preferida através de auscultadores enquanto trauteia e dança ao ritmo apropriado. Denominada “Hush! Silent Party”, fica no deck4, o mesmo onde pode também encontrar uma discoteca clássica, com DJ, o Attic Nightclub. Se lhe apetecer pode ainda experimentar os seus dotes de cantor no Karaoke para adultos, assistir a um espetáculo de jazz ou dar um pezinho de dança ao som das quentes músicas latinas (deck5). O que não vai querer perder são os espetáculos. O grande destaque vai para o "Hairspray", o primeiro musical da Broadway a bordo de um navio da Royal Caribbean e que pode ser apreciado no Royal Theater. A não perder é também o "Flight", uma sátira histórica sobre a evolução da aviação que termina com homenagem aos famosos Irmãos Wright. Já no Studio B prepare-se para fazer uma viagem no tempo até "1977", com um espetáculo de patinagem no gelo envolto em alta tecnologia que nos transporta até Londres.
NOVIDADES Os jogos de entretenimento Battle for Planet Z e Escape the Rubicon são, já o dissemos duas novidades a bordo do Symphony. Somam-se os restaurantes El Loco Fresh ( deck 15, mexicano), Hooked Seafood (no
de Maiorca (Espanha), Provença (França), Florença, Pisa, Roma e Nápoles (Itália) – 7 noites • A partir de 24 de novembro: partidas de Miami, Flórida para cruzeiros de 7 noites nas Caraíbas Orientais e Ocidentais. <
Solarium, marisco), e Playmakers Sports Bar & Arcade. Este Está na Boardwalk e pela localização e pelos seus 31 televisores ligados durante todo o dia, é um espaço descontraído onde se pode experimentar a clássica gastronomia americana, com as suas tradicionais asas de frango, hambúrgueres, sundaes, cervejas artesanais e cocktails. Também na Boardwalk está a nova Sugar Beach, de doces e gelados, que conta com mais de uma centena de tipos de guloseimas e onde são promovidas atividades e workshops. A mais espantosa novidade a bordo é, no entanto, a Ultimate Family Suite. De dois andares e uma área de 125m2, nada falta nesta suite familiar, nem um escorrega através do qual os mais pequenos (e não só) podem descer do primeiro piso. Tem cinema privado, TV HD de 85 polegadas,
uma parede LEGO do chão ao teto e uma varanda de 20m2 onde se pode jogar ténis de mesa ou relaxar numa banheira de hidromassagem, enquanto um “Royal Genie” (mordomo) prepara uma bebida. A título de curiosidade, podemos dizer que ainda o Symphony não navegava já esta suite estava reservada para as épocas de Natal e Ano Novo. O preço para estas quadras é um choque e não queremos assustar, até porque no Symphony há várias tipologias de camarotes a preços completamente diferentes. Fixe que os camarotes com varandas virtuais e com vista para o Central Park são mais baratas que as varandas exteriores, que há quartos familiares, lofts e suites, ou seja, há alojamento para todas as bolsas.< *O destinos viajou no Symphony of the Seas a convite da Melair (representante da Royal Caribbean em Portugal)
Check-in Mobile em estreia O Symphony of the Seas traz uma experiência de check-in destinada a eliminar filas. O novo processo tem na base uma combinação de reconhecimento facial, códigos de barras e beacons. Os hóspedes podem efetuar o check-in através do aplicativo móvel da companhia e carregar a sua "selfie" de segurança para criar a sua conta de bordo. À chegada, passam por um controlo de segurança e, em seguida, dirigemse diretamente para o seu camarote, onde a sua chave estará pronta e à sua espera. Além do check-in mobile, o navio conta com a Internet mais rápida em alto mar, localizador a bordo de última geração e camarotes com varandas virtuais. <
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ficar >
Dormir por entre a natureza
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ualquer motivo é bom para partir à descoberta do nosso rico Portugal e ficar alojado em locais idílicos. Nesta rúbrica damos destaque a alojamentos todos eles diferentes entre si, mas com um ponto em comum, estão localizados na Beira, no topo da região Centro de Portugal, em pleno contacto com a natureza. Estas unidades surgem por entre o verde frondoso de montanhas e vales e oferecem muito mais que um local para dormir, mas sim espaços a serem vividos em comum com aqueles de quem mais gosta. É a partir destes locais que pode conhecer a história e vivências mais tradicionais destas localidades, conhecer de perto a cultura das Beiras e apaixonar-se por uma região rica. São locais que apelam à vida ao ar livre, ao palmilhar a terra ao encontro de novas descobertas, ao explorar de novas aventuras. Espaços para todos os gostos e para todas as experiências.
Vila Velha de Ródão
Lisboa – 217Km > Porto – 251Km > Coimbra – 129Km
DESDE
Herdade da Urgueira
A Herdade da Urgueira toma lugar na freguesia de Perais em Vila Velha de Ródão e estende-se ao longo de 620 hectares numa zona de excelência da olivicultura, tendo-se tornado numa referência do olivoturismo na Região Centro. A produção de azeite é uma tradição milenar, que é agora aliada a uma vertente turística, que dá a conhecer o melhor do concelho. O olivoturismo é um dos principais atrativos da Herdade da Urgueira,
100€ p/ noite p/ duplo
que instalou uma réplica de um lagar de azeite, que serve de mote para o desenvolvimento de um conjunto de iniciativas em relação a este produto, em que pode aprender sobre a sua história e processo de produção. Para alojamento foram reconstruídas as pequenas casas onde moravam os trabalhadores do antigo Monte da Urgueira, tal como estruturas de apoio ao cultivo e criação de gado. Nasceram sete apartamentos temáticos, de T1 a
T3, todos eles inspirados na oliveira, na azeitona e no azeite. Foi também recuperada a zona onde viviam os antigos donos da quinta, que se divide em alojamentos temáticos, a suite Urgueira com sala e varanda com vista para o montes os dois quartos Perais e os dois quartos Tostão A e B. Serviços: pequenos-almoços | restaurante | piscina | terraço panorâmico Reservas: 272 073 570 | meetingplace@ herdadedaurgueira.com
Fundão
Lameirinhos
DESDE
60€
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p/ noite p/ duplo
É na Aldeia da Barroca, pela encosta ocidental da Serra da Gardunha que desce em direção ao Zêzere que surge esta casa no Sítio dos Lameirinhos. Foi em tempos casa de família e quinta destinada ao comércio, com um enorme forno no rés de chão onde era feito pão que era vendido a par com manteiga, ovos, leite, fruta e produtos maio de 2018
Época baixa
Lisboa – 276Km > Porto – 160Km > Coimbra – 82Km
Seia
Villa Travancinha
1500€ P/ 2 noites 2000€ P/ semana
Casa até 25 pessoas
Época alta
2000€ P/ 2 noites 3000€ P/ semana
Casa até 25 pessoas
Figueira de Castelo Rodrigo
Casa dos Poços Situada na aldeia beirã de Vilar Torpim, a Casa dos Poços é um espaço único, que surge paredes-meias com Foz Côa e Espanha, por entre paisagens cativantes. A habitação de turismo rural combina na perfeição a contemporaneidade e a biodiversidade, permitindo o contacto direto com a população, usos, costumes e natureza locais, por entre o granito e as oliveiras de onde surge o Azeite Biológico Casa dos Poços. Pela natureza a Casa dos Poços aconselha e facilita passeios de burro, pedestres, de barco pelo Douro, observação de aves, visitas às Aldeias Históricas vizinhas, tiro ao arco e com zarabatana, paintball, orientação e peddypaper, para além de disponibilizar bicicletas para usufruto de todos. A Casa dos Poços é dona de 10 quartos temáticos, de entre os quais três são duplos, seis de casal e um adaptado a pessoas com mobilidade reduzida. Na casa o granito está sempre presente,
É por entre paisagens verdejantes e a pacata serenidade que proporciona o Parque Natural da Serra da Estrela que se encontra a Villa Travancinha, uma casa com história onde depois de chegar apetece ficar. A casa, com capacidade para 25 pessoas, é alugada no seu todo e tem “relax” como palavra de ordem. Cada um dos seus nove quartos é inspirado pela história de um livro. As obras literárias consagradas que lhes dão nome e motivo de decoração são Chocolate,
a par com uma decoração simples e cómoda que dá destaque às ferramentas da vida rural. É toda ela desenhada para o convívio, com salas comuns de lazer e relaxamento com lareiras, onde pode pegar num livro e perder-se na leitura, e ainda uma sala de jogos com bar. Serviços: piscina exterior aquecida | solário | jacuzzi, banho turco e sauna | bicicletas | wi-fi Reservas: 271 377 034 | geralcasadospocos@gmail.com
Lisboa – 370Km > Porto – 245Km > Coimbra – 205Km
Principezinho, Guerra e Paz, O Velho e o Mar, Volta ao Mundo em 80 Dias, Sonho de uma Noite de Verão, Dom Quixote, O Romance da Raposa e As Mil e Uma Noites. Os quartos são uma delícia, mas a estadia faz-se também nos espaços comuns, com a sala principal a ser o local ideal para relaxar, ou jogar uma partida de snooker. No piso de cima a Villa Travancinha tem
uma outra sala de convívio, que convida a jogos de tabuleiro, ou à leitura de um dos livros disponíveis. Os pequenos-almoços são tomados com vista para os bonitos jardins e piscina, com o exterior a ser dominado pelo verde da paisagem. Serviços: pequenos-almoços | wi-fi gratuito | parque infantil | barbecue | piscina Reservas: 917 730 118 | claudiaf. camelo@gmail.com
Lisboa – 296Km > Porto – 166Km > Coimbra – 106Km
DESDE
65€ p/ casa p/ noite
DESDE
80€ p/ noite p/ duplo
Gouveia
Casas do Toural
Lisboa – 256Km > Porto – 212Km > Coimbra – 100Km frescos da quinta. Estas memórias mantêm-se vivas com a reabilitação da quinta pelos netos do original proprietário. A estrutura da casa mantém-se a mesma. A padaria deixou de funcionar, mas foi transformada numa confortável sala de estar com paredes de xisto, com o forno a funcionar agora como lareira, num ambiente acolhedor e convidativo. No primeiro piso, cinco dos seis quartos passaram a ter casa de banho integrada, e surgiu ainda uma sala de estar mais sossegada, com maio de 2018
janelas luminosas sobre os pátios. O pátio superior, coberto por uma latada de vinha, liga ao pinhal e às árvores de fruto por onde o hóspede pode passear tranquilamente. Nesta altura em que o calor desponta o tanque é ideal para refrescar, e podem fazer-se trilhos pela montanha, a pé ou de bicicleta, e ir até às piscinas fluviais das aldeias próximas. Serviços: pequenos-almoços | cozinha | tanque Reservas: 916 285 593 | info@ lameirinhos.com
Já imaginou fazer umas férias numa verdadeira quinta, por entre agricultura com o maior respeito pela natureza e animais como ovelhas, galinhas e patos? As Casas do Toural são o local para si. Aqui pode acompanhar as colheitas de agricultura biológica e experimentar os sabores mais frescos de framboesas, mirtilos, avelãs, castanhas, uvas, favas, pimentos e tomates, entre outros. A quinta toma lugar em Gouveia, por entre frondosos jardins, plantações e tanques de água, onde pode entrar em contacto pleno com a natureza. Por entre este cenário idílico pode jogar uma partida de ténis, mergulhar nas refrescantes águas da piscina, passear pelos percursos da montanha, ou ainda conhecer o Museu Municipal de Arte Moderna Abel Manta, mesmo em frente às casas. O alojamento é feito em 10 casas distintas, com capacidades entre 2 e 14 pessoas. Todas elas estão equipadas com kitchenette ou cozinha, para que se sinta totalmente
em casa. Algumas têm ainda lareira, para aquecer as noites frias de inverno. O pequeno-almoço tem o custo de 7,5€ por pessoa, que pode ser servido nas salas de pequeno-almoço ou na própria casa. Serviços: piscina | campo de ténis | salão de jogos | sala de brinquedos | atelier de pintura | laboratório de química | barbecue Reservas: 963 023 893 | casasdotoural1@gmail.com
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> ficar Ficha técnica
Pestana Porto A Brasileira 5h Quartos: 90 – 84 duplos | 6 suites Telefone | wi-fi | televisão | mini-bar | cofre | casa de banho com secador | amenities Castelbel Serviços: Ginásio | pátio interior | pequeno-almoço buffet no restaurante A Brasileira | room servisse | wi-fi | receção 24 horas Horário Cafetaria: 8h00 às 24h00 Horário Restaurante: 12h30 às 15h30 e 19h30 às 23h00 Contactos: Rua Sá da Bandeira, 91 Tel.: 225 311 000
Pestana Porto – A Brasileira City Center & Heritage Building
Reavivar a história do Porto O Pestana Porto – A Brasileira devolveu à Invicta uma história que tem
mais de 115 anos. O hotel de 5 estrelas recuperou a antiga e histórica cafetaria A Brasileria, bem no centro do Porto, ao mesmo passo que deu nova vida a todo o edifício que a encima, indo sempre buscar inspiração ao café, bem como à época áurea do povo português.
O
hotel nasceu numa localização perto de perfeita, encontrando-se no centro do triângulo composto pelo Teatro Sá da Bandeira, a Avenida dos Aliados e a Estação de São Bento. Mais dentro do coração do Porto era difícil. Abriu as suas portas, na Rua Sá da Bandeira, no passado mês de março, mas já está a dar cartas com o seu restaurante e cafetaria, ambos abertos a não-hóspedes, a chamar à atenção de todos. O edifício emite uma luz em amarelo claro, que lhe concede o ladrilho uniforme da sua imponente fachada novecentista, agora recuperada. Não há um pormenor que se destaque ao primeiro olhar, mas
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Texto: Sofia Soares Carraca
sim uma sucessão de surpresas que me teriam puxado para dentro do Pestana Porto – A Brasileira, mesmo não fosse esse o meu destino. Todo o piso térreo, que foi em tempos ocupado pela cafetaria, divide-se agora entre esta, o restaurante e a receção do hotel, todos ligados entre si. A Brasileira continua a ocupar o que em tempos foi a sua “sala pequena”, na esquina esquerda, com a rua do Bonjardim, que faz lembrar o Flatiron, em Nova Iorque. Toda a cafetaria faz jus àquela aberta em 1903 pelo Sr. Telles, que prometia que “o melhor café é o da Brasileira”. Da cafetaria passamos ao restaurante que também ostenta a denominação A Brasileira. Este apresenta-se numa
cuidada mistura entre o estilo da época e a simplicidade contemporânea, que se unem na perfeição num espaço quente e acolhedor. É aqui que são servidos os pequenos-almoços do hotel, bem como almoços e jantares a todos os que admirem a perícia do chef Rui Martins. Vale a pena passar para o lobby pelo exterior do edifício, para admirar uma vez mais o intrincado trabalho de Art Decó em ferro forjado e vidro da pala e as imensas janelas do restaurante, que ainda ostenta o nome Telles sobre a porta. A receção
encontra-se na outra ponta do edifício e recebe todos os seus hóspedes com um Mr. Blaque, um cocktail de boas-vindas desenvolvido com um licor caseiro feito em especial para A Brasileira com os seus famosos grãos de café, e também com laranja, baunilha e canela.
Cheiros dos Descobrimentos O lobby do Pestana Porto – A Brasileira é um espaço moderno e acolhedor, que dá acesso aos elevadores que sobem para maio de 2018
os quartos, ao restaurante mesmo a seu lado e para um piso inferior, o -1 onde se encontram salas de estar e reuniões e um ginásio, para quem gosta de se manter em forma. O acesso ao -1 é feito por uma escadaria em curva a par com um belíssimo corrimão em ferro e madeira que é réplica do originalmente aqui instalado no século XIX, pelo arquiteto Januário Godinho. Neste hotel, que é a sétima unidade com a marca de luxo Pestana Collection Hotels, é constante a atenção ao pormenor e o cuidado em manter a traça de um edifício histórico ao mesmo tempo que as multidões exigem modernidade. Ao subir para o quarto paro no primeiro piso, onde encontro um pátio interior com um jardim vertical, com uma parede verde frondosa em plantas, que sobe desde este
até ao 6º e último piso do hotel. As janelas dos corredores que dão acesso aos quartos vão sempre acompanhando este apontamento natural. O jardim é um espaço de relax, com cadeirões e sofás cujas almofadas são o aproveitamento das sacas de serapilheira onde são transportados os grãos de café. O café, temática central deste hotel, está também presente em todos os pisos, com uma máquina profissional com café pronto a ser utilizado e transformado em espresso, proporcionando a experiência de tirar um café, com as devidas instruções a ser fornecidas. O corredor deste piso 1 cheira precisamente a café, num mimo especial com que nos presenteia o hotel. Cada um dos seis pisos é inspirado numa das diversas especiarias trazidas para Portugal
Restaurante A Brasileira O restaurante do Pestana Porto – A Brasileira é liderado pelo chef Rui Martins, a cabeça à frente da ementa do Rib Beef & Wine e vencedor do concurso Chefe Cozinheiro do Ano em 2016. O talentoso chef, para a elaboração desta ementa, focou-se na cozinha portuguesa de autor de cariz tradicional e com um toque de modernidade. Todos os pratos contam com uma “pitada” de história, com o objetivo de transformar o fine dining em “fun dining”. O ambiente do restaurante é romântico com um “cheirinho” a O Grande Gatsby de Fitzgerald, com apontamentos em Art Decó, o magnífico chão original recuperado, sofás, cadeiras e cortinados em veludo azul-petróleo e os magníficos janelões em arcos e portas de vidro que deixam ver quem passa na rua, que nunca está morta. A refeição inicia com couvert de pão de Mafra, amassado e cozido no restaurante, a par com azeite e alho. Daí para a frente é feita de surpresa atrás de surpresa, em que com inspiração nos mais tradicionais pratos do receituário português, o chef Rui Martins foi estudando e desconstruindo os seus ingredientes até nos presentear com verdadeiras obras gourmet, com o carácter de “comer e chorar por mais” da nossa tradicional cozinha. <
a velha nova Cafetaria Foi a 4 de maio de 1903 que Adriano Telles concretizou o seu sonho de abrir uma cafetaria de qualidade no centro do Porto, um sucesso tal que deu mais tarde origem às A Brasileira de Lisboa, Braga, Aveiro e Coimbra. Chamava-se então A Brazileira, com a grafia típica da época, nome que foi buscar à origem dos grãos de café que importava. Era local onde era vendido café em saco e onde começou a ser servido em chávena, um traço inovador e que veio a marcar a cultura do café em Portugal. O café era na altura servido sem açúcar e os fregueses descontentes com a amargura tinham por hábito cuspi-lo para o chão, pelo que surgiram placas que pedem “por favor: não cuspam no chão”. As placas subsistem tal como outros elementos centenários, como as colunas, os mármores, o chão com flores, os candeeiros, os espelhos e até as placas das cadeiras que dizem “O melhor café é o da Brazileira”. A memória foi mantida mas trazida para os nossos dias, com a cafetaria
na época áurea dos Descobrimentos, nos séculos XV e XVI. Do 1 ao 6 temos café, chá, cacau, pimenta, canela e anis, respetivamente. Para além dos aromas característicos, toda a temática ronda à volta de uma destas especiarias, com os pormenores decorativos do corredor a lhe fazer alusão e com um ecrã táctil junto dos elevadores a explicar a sua história, origem e utilização. Nos quartos a temática mantém-se, com a cabeceira das camas a apresentar imagens quentes de mercados ou plantações de maio de 2018
a ser operada em colaboração com a Vernazza Coffee Roasters, que trabalhou minuciosamente até encontrar os grãos de café ideais para fazer os espressos d’A Brasileira, oriundos de uma fazenda de Minas Gerais a poucos metros de onde eram trazidos os grãos há décadas atrás. Para além do café de especialidade, apostou também no chá da Compagnie Coloniale e na confeitaria em associação com a Confeitaria Colonial. A Brasileira trouxe, ainda, de volta o bolo que era aqui servido em tempos, sem açúcar e com grandes quantidades de ameixa, damasco e frutos secos, que foi apelidado de “4 de Maio”. Passadas as 19h00 a cafetaria é transformada em bar, servindo cocktails de autor até às 24h00 durante a semana e à 1h00 nas noites de fim de semana. Muda-se a iluminação, mudam-se as roupas, sobe-se o volume da música, que conta com a assessoria de Rui Trintaeum, e apresentase um espaço perfeito para o início de noite.<
café ou de pimenta, ou de anis… Os quartos, todos eles com vista para a Rua Sá da Bandeira, e onde podemos espreitar para a esquerda quais as peças em cena no Teatro Sá da Bandeira, apresentam todo o conforto e comodidades esperados de um 5 estrelas. É uma belíssima estada esta feita por entre a história do Porto e de Portugal, com cheiro a café e uma centralidade que nos leva em poucos minutos a qualquer dos pontos mais importantes da capital do Norte. <
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> grandes dicas
por fernanda ramos
Marvão
Dormir numa estação de comboios Falamos de ficar alojado numa antiga estação de comboios e não de “bater uma pestana” enquanto espera o transporte. Exótico? Insólito? Talvez, mas é possível, e em Portugal, concretamente em Marvão. Instalada na histórica estação ferroviária Marvão/Beirã, criada do séc. XIX e classificada como Património Arquitetónico, a Train Spot Guesthouse permite dormir numa antiga estação de comboios com vista para o Parque Natural da Serra de São Mamede e com Espanha ali ao lado. Lá dentro moram quartos duplos e triplos com casa de banho privativa e partilhada, além de apartamentos para duas ou quatro pessoas. Tudo com uma ambiência rural e rústica, porém, confortável. Na adaptação da estação para alojamento turístico, preservaram-se as características originais do edifício e na decoração foram usados vários objetos antigos e tradicionais recolhidos na região. Mais informações em: www.trainspot.pt | info@trainspot.pt Gestão e Reservas: 963 340 221
Penacova
E
Desvendar os segredos do Mosteiro de Lorvão
m Lorvão, no concelho de Penacova, distrito de Coimbra, há segredos à espera de serem desvendados. Um deles é o Mosteiro de Lorvão, envolto em lendas no que toca à sua fundação, que uns atribuem à pós-reconquista cristã, no séc. IX, outros fazem remontar ao séc. VI. Teorias à parte, o Mosteiro de Lorvão é um dos mais antigos da Europa, foi de monges eremitas até ao séc. XI, beneditino no séc. XII e o dealbar do século seguinte entrega-o à Ordem de Cister, passando a convento feminino. Nele viveu e faleceu a Infanta D. Teresa (filha de D. Sancho I) que está sepultada na Igreja do Mosteiro com sua irmã, D. Sancha. Hoje os seus restos descansam em urnas que são verdadeiras obras primas, executadas no primeiro quartel do séc. XVIII. Além dos túmulos de prata merecem destaque as grandes telas de Pascoal Parente, representando São Bento e São Bernardo, nos altares sob o zimbório, bem como a porta de entrada de pau-preto, com aplicações de bronze dourado, que serve de separação entre a Igreja e o Coro. Atente-se também no órgão de duas fachadas em sóbrio, único no país, e nos altares do Coro. É ali que mora a mais fantástica obra da igreja: um magnífico cadeiral em jacarandá preto do Brasil e nogueira, construído entre 1742 e 1747, em que cada uma das magníficas cadeiras tem esculturas próprias. Segundo os especialistas, este é o mais espetacular cadeiral português e o mais magistral. Aprecie-se ainda o Claustro, dotado de algumas capelas devocionais datadas dos primeiros anos do séc. XVII. Citámos o Mosteiro mas falámos apenas da Igreja, mas esta é a única visitável já que o primeiro, embora monumento nacional, está ao abandono. Já a Igreja, onde continua a celebrar-se missa, abre diariamente as portas aos visitantes (exceto às segundas-feiras). Claustro, Sala do Capítulo, Coro da igreja, Sacristia e Sala do Tesouro são os espaços visitáveis. Horário: 09h00 – 12h00 | 14h00 – 18h30 Encerra: segundas-feiras, 1 de janeiro, domingo de Páscoa e dia de Natal Marcação de visitas: 918 216 726 | jrodisco@gmail.com (A/C Sr. José Rodrigues) Preço: 1,50€
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Porto Santo
Festival Rota do Atum
D
e 5 a 9 de junho, o Porto Santo vai viver, pela primeira vez, o Festival Rota do Atum. Serão cinco dias plenos de iniciativas gastronómicas, como um jantar temático em cada uma das noites e a presença de renomados Chefs nacionais e internacionais. No último dia haverá um jantar de gala, sob a orientação do Chef Cordeiro, e apresentação de vinhos de mesa madeirenses e Vinhos da Madeira. Workshops de cozinha com degustação e tertúlias, espetáculos de música e dança, exposições de fotografia, arte urbana e humor, integram o programa. Espaço ainda para o concurso “A Estrela é o Atum” que convida os portossantenses a apresentar as suas criações que tenham por tema este peixe. O programa não podia ficar completo sem a arte da pesca, estando previstas visitas aos atuneiros acompanhados por pescadores e a presença de artesãos locais ao longo de todo o evento. O evento é promovido pelo Vila Baleira Resort com o apoio do governo madeirense. Saiba mais em: www.vilabaleira.com maio de 2018
Texto: Sofia Soares Carraca
N
as próximas linhas falamos dos seus direitos enquanto passageiro do transporte ferroviário, que se aplicam a todas as viagens e serviços ferroviários dentro dos territórios pertencentes à União Europeia, com alguns países a aplicar estas diretrizes também a viagens internacionais com partida ou chegada num país não pertencente à UE. São também alguns os países a beneficiar destes direitos em transporte ferroviário em território nacional, em redes urbanas e regionais, não sendo este o caso de Portugal. Se considerar que os seus direitos não foram respeitados deve apresentar uma queixa à companhia ferroviária em questão, que tem a obrigatoriedade de responder no prazo de um mês. Caso a resposta obtida não o satisfaça, pode contactar a entidade nacional competente, no caso de Portugal o Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P. (808 201 212). Em primeiro lugar saiba que, quando compra um bilhete de comboio, não lhe
pode ser cobrado um preço superior em função da sua nacionalidade ou de onde efetua a sua compra. Em segundo, para além da companhia ferroviária ter regras de responsabilidade em caso de acidente e ademais, tem também de observar o dever de informação e as obrigações derivadas de atrasos ou cancelamentos de comboios.
>Cancelamentos e atrasos
Novamente, se a sua viagem de comboio for cancelada ou estiver atrasada tem o direito de ser devidamente informado sobre a situação. No caso de atraso, se lhe for comunicado que o comboio chegará ao destino final com um atraso de pelo menos uma hora, tem direito a • Desistir da viagem e exigir o reembolso imediato do custo do bilhete; • Ou a uma viagem para o seu destino final na primeira oportunidade ou em data da sua escolha. Tem também direito a alimentos e bebidas de acordo com o tempo de espera e até
a alojamento e transporte, caso tenha de esperar até ao dia seguinte. Quanto a indemnizações, não as receberá caso tenha sido informado do atraso na rota antes de comprar o bilhete. Não sendo este o cado tem direito a uma indemnização igual a: • 25% do preço do bilhete, se o comboio tiver entre uma e duas horas de atraso; • 50% do preço do bilhete, se o comboio estiver atrasado mais de duas horas.
caso de perda total ou parcial (após 14 dias) tem direito a: • Indemnização até 1.300€ por peça se poder provar o valor do conteúdo; • Indemnização de 330€ por peça na ausência de prova do valor do conteúdo. A bagagem registada pode sofrer, ainda, um atraso na entrega, com a indemnização a ser calculada por período de 24 horas, até 14 dias, período após se considera que esteja perdida.
>Bagagem perdida ou estragada
>Ferimentos
•
Quando se faz acompanhar de bagagem convém que a registe para, no caso de ser perdida ou danificada durante a viagem ter direito a uma indemnização. Tal não se verifica apenas em casos em que o problema se deva a um mau acondicionamento da bagagem, ao facto de não ser adequada ao transporte ou ter uma natureza especial. No caso de danos, a indemnização é equivalente à depreciação da bagagem danificada. No
A probabilidade é baixa, mas ainda assim convém referir que podem acontecer acidentes de comboio que resultem em ferimentos. Neste caso tem direito a receber uma indemnização, com o primeiro pagamento a ser feito no prazo de 15 dias, de modo a cobrir as necessidades imediatas. Tem ainda direito a ser indemnizado pela sua bagagem de mão, esteja esta registada ou não, que fique perdida ou danificada no acidente, até um montante máximo de 1.500€.<
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> conselhos ao viajante
Conheça os seus direitos! – Parte 2
Nesta rúbrica de Conselhos ao Viajante continuamos a falar dos seus direitos enquanto viajante. Na Parte 2 do “Conheça os seus direitos!” damos a conhecer os direitos dos passageiros ferroviários, para que as suas viagens de comboio dentro da União Europeia corram da melhor forma.
> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS 11 a 13 de maio
Festival Italiano Funchal
8 a 10 de junho
Este evento, que se estreou o ano passado em Vila Nova de Gaia, tem como principal objetivo a divulgação da arte do pizzaiolo, os verdadeiros profissionais na confeção de pizza. O momento alto do evento é o “Troféu Regional do Pizzaiolo da Madeira”, um espetáculo único e aberto a todos. Pode ainda comprar deliciosas pizzas que estarão sempre a sair do forno a lenha ao ar livre e participar em workshops de pizza e massa fresca, assistir a shows de acrobacias de pizzas e concertos.
25 e 26 de maio
North Music Festival Porto
A 2ª edição do North Music Festival realiza-se num dos locais mais emblemáticos do Porto, a Alfândega. O festival urbano, transversal e mainstream vai abrir a temporada dos grandes festivais de verão com um cartaz para todos os gostos, com Gogol Bordello, Guano Apes, Linda Martini, Da Chick, Ermo e Xinobi na sexta e The Prodigy, Mão Morta, First Breath After Coma, Slow J e DJ Ride no sábado. É uma experiência cultural, com gastronomia, provas de vinho, zona de jogos, filmes, documentários e muito mais.
1 a 3 de junho
Festivinhão
Arcos de Valdevez O Festivinhão – Festival Enoturístico de Arcos de Valdevez regressa após o sucesso alcançado nas suas duas primeiras edições. Toma lugar no Jardim dos Centenários, no Centro Histórico, e conta com espaço de exposição, provas de vinhos, apresentações, tasquinhas de petiscos, animação, curso de iniciação à prova de vinhos, percursos turísticogastronómicos e visitas a quintas, numa celebração da Casta Vinhão.
2 e 10 de junho
Feira Nacional de Agricultura
Santarém
Em 2018 a temática da Feira Nacional de Agricultura, a realizar-se no Centro Nacional de Exposições, vai incidir no “Olival e Azeite”. Para além de atividades relacionadas ao tema, como showcookings e o Concurso Nacional de Azeites, apresenta o Salão Prazer de Provar e momentos musicais com Xutos e Pontapés, Matias Damásio, HMB, Kura e David Antunes & Convidados. <
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Festa da Cereja
Deliciar-se em Alcongosta Redondas, pequenas, vermelhas e suculentas, as cerejas regressam em força para mais uma época a adoçar a boca dos portugueses. É impossível falar de cerejas sem pensar no Fundão, zona em que é rainha e que todos os anos dedica uma festa em sua honra, na Aldeia de Alcongosta. Para além de dar a degustar aquelas que são tidas como as melhores cerejas de Portugal, a festa apresenta animação diversa. Texto: Sofia Soares Carraca
A
lcongosta nasceu na Serra da Gardunha, no concelho do Fundão, conhecido como a capital da cereja e tendo nesta aldeia um dos seus focos mais importantes, razão pela qual é aqui que se celebra este apetitoso fruto. As cerejas do Fundão são conhecidas como sendo das melhores do país, eleitas por portugueses e também estrangeiros que se dirigem a estas terras por esta altura do ano. Tudo isto é razão para celebrar e, uma vez mais, a cereja é festejada nas ruas, com diversas atividades, animação, gastronomia e artesanato. Uma festa onde a tradição e a inovação andam de mãos dadas e onde podemos degustar os mais
diversos produtos que encontram na cereja inspiração. Há o já bem conhecido licor de cereja, mas também sangria de cereja, pão de cereja e como novidade da edição de 2017, os deliciosos pastéis de cereja. Durante os três dias de festa as tasquinhas e cafés da aldeia combatem amigavelmente para mostrar as suas melhores iguarias confecionadas com este fruto. Há também sessões de livecooking com diversos chefs, que demonstram todo o potencial que a cereja tem na cozinha portuguesa. O rubro fruto pode ser comprado um pouco por toda a parte, tanto em Alcongosta, como por todo o Fundão e em quiosques que nascem à beira das estradas que a estes locais dão acesso.
Rota das Cerejas do Fundão – CP A CP – Comboios de Portugal encarrega-se em levar os apreciadores de cereja até ao Fundão, numa rota que realiza anualmente aos sábados do mês de junho. A Rota das Cerejas do Fundão, a bordo do Intercidades nº541, ainda não tem datas, preços e programa definido. Por enquanto podemos apenas dizer que, nos anos que passaram, o comboio parte às 8h15 de Santa Apolónia, Lisboa, com possibilidade de embarque nas estações de Vila Franca de Xira, Santarém, Entroncamento e Abrantes. O Intercidades para em Ródão às 10h41, onde inicia a visita em autocarro com receção na Aldeia da Foz do Cobrão, com animação de grupo de bombos de Ródão, visita guiada à aldeia, museu e praia fluvial. Depois de um almoço com animação musical, o programa segue para Castelo Novo, com visita à loja de queijos da Quinta do Pomar na Soalheira e à aldeia templária. Segue para uma visita ao pomar de cerejais na Quinta do Pombal, Aldeia Nova do Cabo, para terminar no centro do Fundão, antes de chegar novamente a Santa Apolónia, às 22h20. Preços em 2017 (desde Lisboa) Adulto – 60€ em 1ª Classe | 52€ em 2ª Classe Criança – 47,50€ em 1ª Classe | 39,50€ em 2ª Classe
A festa é a altura ideal para abastecer o seu stock de cerejas, aproveite para a comprar a preços simpáticos e leve-as para casa como manda a regra, em cestos em esparto ou em verga de castanheiro. Estes produtos de cestaria e outros que tal estão disponíveis em mostras de artesanato espalhadas pela aldeia. Ao longo das suas 12 edições a festa tem vindo a crescer para além do espectro gastronómico, assumindo cada vez mais um carácter social e cultural. Para além das especialidades com cereja e de mostras de artesanato há um sem fim de atividades com que pode contar. A animação de rua estará a cargo de ranchos folclóricos, grupos de bombos da região e pela música dos instrumentos tradicionais do concelho. Há passeios organizados com guia pelos pomares, onde pode colher a cereja diretamente da árvore. Há ainda passeios de comboio, viagens de balão e outras iniciativas numa festa imperdível. <
maio de 2018
1 a 10 de junho
EVENTOS E ESPETÁCULOS 11 de maio a 17 de Junho
Wiener Festwochen Viena
O Wiener Festwochen é um evento de cinco semanas que apresenta uma imensa diversidade de performances de todas as artes, com especial atenção à música, mas também com dança, teatro e artes performativas espalhados por magníficos edifícios da cidade. Criado em 1950 de modo a lançar uma nova imagem para Viena, este evento multidisciplinar de artes define-se como um festival da alta cultura, subcultura e ainda da contracultura.
22 a 26 de maio
RHS Chelsea Flower Show Londres
festival da pizza
VIII Napoli Pizza Village Gosta da pizza? Este é o festival para si! Há centenas de anos que as primeiras pizzas, como hoje as conhecemos, surgiram através dos fornos de Nápoles, cidade que continua a ser famosa por esta iguaria gastronómica e que, todos os anos, organiza um festival onde descobre os melhores pizzaiolos do mundo e se podem degustar as melhores pizzas de uma vida.
A
Napoli Pizza Village oferece um “gostinho” da história napolitana, com uma paixão pela confeção de pizzas que não encontrará em mais nenhum local do mundo. Há diversos tesouros culinários espalhados pelo globo, mas poucas serão unanimemente adoradas como a pizza, a ser servida por todos os cantos do mundo, com os mais diversos ingredientes. Poucos festivais gastronómicos têm o poder de atrair visitantes de diversos países e este é, obviamente, um deles. Foi em Nápoles que foi inventada a pizza moderna e é aqui que se celebra esta criação. Se faz parte do conjunto de centenas de milhões de pessoas que gostam de pizza, ir ao Napoli Pizza Village é uma escolha lógica. Um festival como este existe não só para dar a conhecer a história da pizza, mas essencialmente para que se prove as melhores que se confecionam. Toma lugar na frente costeira de Nápoles, só por si um local merecedor de visita, que por esta altura se pinta com novas cores. Montanhas de massa fresca e centenas de ingredientes coloridos enchem as bancas de talentosos pizzaiolos, os chefs e verdadeiros mestres da pizza. O esforço conjunto das 50 pizzarias locais que compõem o festival produz mais de 100.000 pizzas, a ser degustadas pelo público. Um dos pontos altos do evento é o Campeonato Mundial de Pizza, que junta mais de maio de 2018
Texto: Sofia Soares Carraca
600 pizzaiolos de 40 países, incluindo de Portugal, para competir em distintas categorias, como freestyle, a lenha, glúten-free e a melhor pizza no geral. O júri que dá o parecer sobre o concurso é composto por chefs galardoados com estrelas Michelin. O festival abre-se, ainda, numa panóplia de atividades relacionadas com esta especialidade gastronómica. Há uma variedade de workshops que o ensinarão a replicar esta iguaria quando, que vão desde a forma correta de lançar a massa ao ar, como fazer molho de tomate de
acordo com as receitas tradicionais da pizza napolitana e aprender a cozinhar num forno a escaldar, como manda a regra.Nesta que está entre as maiores festas populares da Europa, pode ainda contar com laboratórios didácticos para os mais novos, animação de rua, entretenimento e concertos. <
A pizza ao longo dos anos Diz-se que a pizza napolitana teve o seu início no século XIX, quando o padeiro Raffaele Esposito decidiu colocar sobre a massa de tarte, mozzarella, manjericão e tomates, a lembrar as cores de bandeira italiana, numa iguaria que foi servida ao Rei Umberto I e Rainha Margherita. A rainha ficou tão encantada com esta inovadora criação, que veio a servir de inspiração para o seu nome, a Pizza Margherita. Quanto à pizza em geral, nasceu em Itália, mas com inspirações antigas, que remontam há mais de 6.000 anos. Crê-se ter sido os egípcios os primeiros a misturar farinha com água, numa receita que foi percorrendo as mais diversas civilizações ao longo dos séculos e que se veio a tornar a base da pizza. Os gregos assavam esta mistura sobre tijolos quentes e os fenícios adicionavam ingredientes sobre a massa. Foi durante as Cruzadas que a receita passada por gerações e civilizações chegou a Itália, pelo porto de Nápoles, onde foi desenvolvida até à perfeição que hoje nos é apresentada. A princípio, à massa eram apenas adicionadas ervas e azeite e era comida como uma sandes. Desenvolveu-se depois a sua forma redonda e juntaram-se os tomates, o toucinho, peixe frito e queijo, muito queijo. A especialidade foi ganhando cada vez mais adeptos, até abrir um restaurante inteiramente a ela dedicado, a primeira pizzaria do mundo, a Antica Pizzeria Port’Alba. Fundada em 1830, bem no centro de Nápoles, a pizzaria continua de portas abertas e é uma visita obrigatória para qualquer amante de pizza. <
Esta prestigiada exposição de flores fascina os seus visitantes com o design inovador dos jardins apresentados. Os terrenos do Royal Hospital Chelsea são transformados em magníficas mostras horticulturais, que juntam designers de jardins, especialistas em plantas, floristas e viveiros de renome, num dos mais charmosos bairros que circundam Londres. Para além de dar a descobrir flores e plantas raras em criativas obras florais, o evento apresenta concertos, espaço de comes e bebes e uma loja de plantas e de tudo o que se relaciona com jardinagem.
25 a 27 de maio
Medieval Rose Festival Rodes
É na Ilha de Rodes, na Grécia, que é celebrado este festival em que a tradição, mitos e história se fundem e se podem encontrar dragões a par com batalhas de tempos há muito idos. A cidadela fortificada Kastello, Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, é o principal palco do evento, onde se junta um esquadrão de historiadores, músicos, atores, artistas visuais e artesãos, tornando o festival numa experiência única e autêntica.
26 de maio a 25 de novembro
La Biennale di Venezia Veneza
A cada dois anos a encantadora cidade de Veneza alberga uma das maiores e mais prestigiadas exposições de arte do mundo, um evento que é na verdade a junção de centenas de pequenos eventos imperdíveis para qualquer amante das artes. São mais de 120 anos de Bienal, que com o passar do tempo foi juntando as artes plásticas à arquitetura, ao cinema, à dança, à música e ao teatro. <
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> na montra
D E S D E
1.430€ P/pessoa/duplo 10 dias
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estadia Vo os, transferes, ami Mi em ite de 1 no de Beach, em regime eiro de alojamento, cruz side 7 noites no MSC Sea o em regime de pensã s completa (bebida uro não incluídas), seg s, multiviagens, taxa IVA e o viç ser o: Operad or turístic
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Miami e cruzeiro nas Caraíbas
Ocho Rios, George Town, Cozumel, e Nassau são os destinos a visitar neste cruzeiro com partida de Miami, a bordo do novíssimo navio da MSC Cruzeiros, o MSC Seaside. Em dias de navegação, surge a oportunidade para aproveitar e explorar este navio, que foi criado para lhe proporcionar uma experiência superior de diversão. Poderá conhecer Ocho Rios, idílica localidade da Jamaica, banhada pelo mar das Caraíbas, onde se encontra a famosa cascata do Dunn. Deslumbre-se com a capital das Ilhas Cayman e percase nas suas praias de areias brancas e águas transparentes. Cozumel é a maior ilha do México. Nas suas águas cristalinas encontram-se importantes barreiras de corais que pertencem ao Recife Maia. Finalmente, Nassau.Desfrute das suas águas de cor turquesa e praias de areia branca incríveis.<
Aula de yoga e pequenoalmoço no Jupiter Marina Hotel Os sábados são dias de Yoga Breakfast no Jupiter Marina Hotel! A unidade hoteleira de Portimão já reabriu para a sua temporada de época alta, com algumas novidades, entre as quais o Yoga Breakfast, para um início de dia mais zen. Aos sábados, o dia começa pelas 8h30 com uma aula de yoga no rooftop do hotel, seguindo-se um recheado pequeno-almoço no restaurante Facho, às 9h30. Não se esqueça de levar roupa adequada à prática de yoga, sendo que pode usufruir das instalações do SoulSpa após a aula.<
17€
p/ pessoa
30
D E S D E
D E D E S
1.615€
P/pessoa/dupl o 7 noites Hotéis simple s serviços bá com Alojamento sicos e pequenoalmo ço Partidas de maio a setembro
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Vo os, circui to em au to carro de turismo com guia em língua espanhola, 4 refeições, transferes , taxa seguro de vi s, IVA, e agem Operad or tu Lusanova Trístico : our s (Consulte a sua agência de viagens)
Tesouros da Escócia
Visita panorâmica da capital escocesa, Edimburgo. Depois segue para Perth, antiga capital até 1437, e porta de entrada para as Terras Altas, com paragem em Pitlochry, pequena povoação que foi uma estância de férias da alta sociedade na época vitoriana. Vai ainda visitar Speyside, berço do whisky, seguindo depois para Inverness, capital das “Highlands”. Este circuito permite-lhe descobrir o famoso Loch Ness, dando início à pitoresca rota pelas margens do lago em busca de “Nessie”, o esquivo monstro que vive nos abismos do lago. A rota continua até às ruínas do Castelo de Urquhart e pelo romântico Castelo Eilean Donan até chegar à mística Ilha de Skye, passando por Fort William até ao sul pelo histórico Vale de Glencoe, pelas dramáticas montanhas de Buchaille Etive Moor e pelas margens do Lago Awe, sem esquecer o Lago Lomond e Stirling.<
D E S D E
896€
/dupl P/pessoa es 6 noit h
1.628€
o
e4 Hotéis 3e pequenoh
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f e re s e ia, trans Vo os, gu es, 4 refeições excursõ s, entradas C/bebida de visita, is nos lo ca marítima, ia s s e v a r t eguro taxas e s ico : r turíst Operad o ópico r Solt ua agência te a s (Consul viagens) de
Circuito Encanto (Açores)
É extenso o rol de atividades que se podem levar a efeito na ilha Terceira. O Algar do Carvão e a Gruta do Natal são duas extraordinárias experiências. Tem ainda a cidade de Angra do Heroísmo, designada como Património Mundial da UNESCO em 1983, dada a sua arquitetura e significados culturais únicos. O Faial é uma das paragens obrigatórias com o seu vulcão dos Capelinhos, a sua magnífica Caldeira coberta de vários tons de verde, os seus campos de pastagens rodeados de hortênsias azuis e as praias de mar calmo. Do outro lado do canal, está a ilha do Pico e a sua majestosa montanha que no interior conserva longas e preservadas grutas vulcânicas. Nos seus campos de lava estende-se um reticulado único de muros entre os quais nasce a vinha. De destacar ainda a observação de cetáceos. <
P/pessoa/duplo 7 noites Hotéis categoria standard Partidas de Lisboa até 13 julho (sextas-feiras)
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1 noite em San José, 2 no Parque Tortuguero, 1 noite em Arenal e 3 noites nas praias do Pacífico, 7 pequenos almoços, 3 almoços e 2 jantares(regime TI na estadia na praia), excursões, transferes, taxas e seguro de viagens Agência de viagens:
Halcón Viagens
Costa Rica em 3 essências
San Jose, Parque Nacional Tortuguero, Arenal e ainda as praias do Pacífico, uma viagem a não perder. A aventura começa com uma subida pela cordilheira vulcânica central onde se podem observar quedas de água e os bosques do Parque Nacional Braulio Carrillo. Continuando pelas planícies do norte da Costa Rica vai apreciar bonitas paisagens agrícolas com plantações de banana, mandioca, ananás e papaia, acompanhadas de pequenas aldeias como Sarapiquí, Muelle de San Carlos. Vai ainda poder realizar uma das várias excursões opcionais de meio-dia disponíveis. Recomendamos a visita aos miradouros do Vulcão Arenal. Finalmente as praias do Pacífico a seus pés para desfrutar de dias completamente livres em alojamento em tudo incluído.<
12€ 20€ p/ almoço/jantar
p/ pequeno-almoço
15€
p/ pessoa Sessão de duas horas
Delicie-se a bordo da Air Transat
A companhia aérea canadiana Air Transat já revelou a edição de verão do Menu do Chef por Daniel Vézina. Desde o início do mês que pode degustar dois novos pratos, que pode pré-encomendar: o filé mignon de porco com mirtilos do Quebeque e cordon blue de frango guarnecido com carne fumada. Os novos pratos, que vêm a par com outras opções no menu de verão de 2018 são servidos a todos os passageiros da Classe Club e estão disponíveis para compra na Classe Económica.<
Relaxe profundamente no Macdonald Monchique
O Macdonald Monchique Resort & Spa oferece agora sessões de Active Breathwork, uma experiência multisensorial guiada que conduz numa viagem profunda ao verdadeiro ser interior, incentivando transformações profundas e o despertar de uma perceção real. Orientada por Marti McNicholl, a modalidade baseia-se em elementos de práticas antigas e modernas, reinventadas para se tornarem numa ferramenta de auto-cura. O programa “Breathwork Day” visa uma hora no Sensorial Spa, três horas de sessão Active Breathwork e um almoço saudável por 150€ por pessoa. Os programas de três dias estão disponíveis por 570€ por pessoa, ou 900€ por casal. < maio de 2018
Férias junto ao mar Procura ideias para as suas férias de verão? Procura destinos paradisíacos onde a água é quente e transparente e o areal é dourado para passar a suas próximas férias? Então siga as nossas sugestões e não perca uma experiência de sonho, descobrindo verdadeiros paraísos que lhe vão surpreender.
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Djerba
Djerba, a ilha dos sonhos, como é conhecida localmente, oferece, para além do sol e das praias banhadas pelo Mediterrâneo, uma diversificada oferta de atividades dirigidas ao turismo. As praias de Djerba fazem jus a toda à fama de que desfruta em todo o mundo esta bela ilha tunisina cheia de luz. As suas águas cristalinas e tranquilas e a sua bonita vegetação repleta de palmeiras converteram-na num destino paradisíaco de luxo no Mediterrâneo. Oferece boas infraestruturas hoteleiras e de restauração. Ali, a história, a cultura e as tradições aliam-se, convidando-nos a dias de plena aventura. <
D E S D E
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Entretenimento e cultura, isto sem falar no maravilhoso mar caribenho. São esses alguns dos ingredientes que fazem de Cancún um dos destinos mais famosos do México e um dos mais completos do Caribe, com opções de lazer e descanso para todas as idades. Localiza-se na península de Yucatán e destaca-se pelo mar incrivelmente azul e pela grande diversidade de atrativos para quem gosta de história, gastronomia, compras, diversão e vida noturna.<
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Riviera do Mar Jónico
Extensos areais, um mar pouco profundo, águas cristalinas, a Riviera do Mar Jónico (Itália) apresenta uma oferta alargada de excursões muito interessantes, relativamente curtas e muito vocacionadas das paisagens, ao património histórico, passando pelos costumes, gastronomia e festas tradicionais, até à arte e cultura. É região onde a natureza se alia à alegria das gentes <
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D E S D E
Cayo Coco é o destino de praia mais popular de Cuba depois de Varadero. Verdadeiro paraíso tropical repleto de praias de areia branca, com águas calmas em tons azuis e verdes, onde as gaivotas fazem admiráveis mergulhos. É também lar de uma das maiores colónias de flamingos cor-de-rosa do mundo. Cayo Coco é um lugar onde pode escolher a sua própria aventura, explorar as maravilhas naturais através de observação de aves, ou realizar passeios e excursões de mergulho sobre o recife de coral. A pouca distância encontramos Cayo Guillermo, dona de uma das praias mais bonitas do Caribe, a "Playa Pilar".<
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O pagamento deverá ser efectuado por cheque emitido à Sogae – Editora, Lda. ou por transferência bancária para: IBAN: PT50 0036 0447 9910 2478 735 26 Montepio Geral
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