MIMAR-SE NAS TERMAS DO CENTRO DE PORTUGAL
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Viaje seguro Ano 4
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Nº 49
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Mensal
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Julho de 2018
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Diretor : José Luís Elias
CUBA
TERRA DE SONHOS
>POR CÁ
>LÁ FORA
AO ENCONTRO DOS ESPELHOS DE ÁGUA
SANTIAGO, UMA ILHA ONDE SE SENTE ÁFRICA
ALENTEJO
CABO VERDE
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> passageiro frequente
Viajar na fotografia
nota de abertura
Meses de verão Estamos no verão, se bem que nestes primeiros dias ele nos apareça um tanto ou quanto envergonhado. Com ele chegam as férias que se estendem, para os portugueses, do mês de junho ao mês de setembro, como se estivéssemos numa curva em forma de onda. Crescendo no início, atingindo o auge em agosto, para começar a decair no mês seguinte. Nesta edição do jornal destinos, o tema de capa é Cuba, país que retratamos através de uma reportagem realizada em visita a várias cidades do país de Fidel. Uma viagem que pode ser feita em forma de circuito turístico, ou através de excursões programadas à partida de Cayo Coco ou de Varadero, destinos de veraneio por excelência desta ilha das Caraíbas. Na nossa rubrica Lá fora a proposta que apresentamos é “o outro” Cabo Verde, a ilha de Santiago, por muitos considerada a mais africana do arquipélago e bem diferente dos destinos de praia deste país como são as ilhas do Sal e da Boavista. Em Santiago recomendamos visitas à Cidade Velha e ao Tarrafal mas também o contacto com as populações locais para um melhor conhecimento da cultura deste país.
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A MURALHA DA CHINA é uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno e é fácil perceber porquê. Cresceu ao longo de mais
de 1.500 anos, com diferentes materiais e técnicas que caracterizam as regiões por onde passa. Estende-se por 21.196Km, desde Dandong, a este, até ao Lago Lop, a oeste. Concebida com o âmbito de proteger o país dos ataques de povos nómadas a norte, atravessando rios e montanhas, a sua parte mais afamada é aquela localizada perto de Pequim, construída em 1831. O muro tem entre 7m a 10m de altura, com a largura de 7m na base e 6m no topo. Intercetada por diversas torres, é um dos monumentos mais visitados da China, apresentando sempre algo de novo, com um novo recanto pronto a ser descoberto. São muitos os trechos da muralha que estão abertos a visitas, com empresas a organizar excursões do mais variado tipo.<
O CRISTO REDENTOR é uma das imagens mais conhecidas do Brasil, e quiçá do mundo. É um cartão de visita
deste país, localizado no Cume do Morro do Corcovado, debruçado sobre o Rio de Janeiro. É, também, uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em si é uma estátua art decó que retrata Jesus Cristo de braços abertos, obra do engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa, do escultor francês Paul Landowski e do engenheiro Albert Caquot. Foi inaugurada a 12 de outubro de 1931 e desde então não cessou de atrair massas de turistas. Com os seus 30m de altura, e os 28m de braços esticados, este ícone brasileiro serve de pano de fundo a milhões de fotografias, com a pose eleita a ser aquela que imita a do Cristo, de braços abertos, sobre o Rio de Janeiro.<
MAIS PERTO DE PORTUGAL encontrase outra das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, o Coliseu de Roma. Bem no
coração da cidade, junto ao Fórum Romano, é o maior anfiteatro alguma vez construído. A obra foi concluída em 80 d.C., com início na época do imperador Vespasiano e término na de seu sucessor, Tito. Em tempos áureos o Coliseu albergava entre 50.000 e 80.000 espetadores, sendo utilizado para combates de gladiadores, caça de animais extintos, encenações e até simulações de batalhas navais, sendo inundado através de brilhantes mecanismos. Hoje encontra-se em decadência, fruto de terramotos e outros incidentes, mas não deixa de ser o grande símbolo da Roma Imperial. Está aberto todos os dias entre as 8h30 e as 19h15 (de março a agosto), com o bilhete combinado com o Fórum Romano a custar 12€.<
Por Cá a proposta vai para o Alentejo com os seus extensos espelhos de água, onde as praias fluviais de qualidade fazem a alegria de miúdos e graúdos. Na rubrica Curtas damos enfoque a Alcobaça. Envolvido num meio rural, o concelho oferece a possibilidade de se juntar o útil ao agradável numa visita cultural onde o património impera, a par da gastronomia e dos usos e costumes da população. Na rubrica Experiência damos nota dos “mimos” de que pode usufruir nas termas do Centro de Portugal. Para lhe darmos informações mais precisas, visitámos as estâncias termais do Luso e São Pedro do Sul, onde se respira bem-estar em contato com uma natureza ímpar.
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O AgitÁgueda é um festival de cor e alegria que leva a cultura à cidade, através de espetáculos de arte urbana, concertos e muitas iniciativas que vão prender a atenção de turistas e locais. São 23 dias de animação permanente com momentos para adultos e crianças. Procurámos, nesta edição, deixar um leque de opções para férias, ou simples “escapadinhas” de um ou dois dias. Se vai fazer férias em breve, desejamos que usufrua ao máximo delas.
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José Luís Elias
ficha técnica
Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa
Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt
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www.facebook.com/jornalDestinos Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Membros dos Orgãos Sociais: Gracinda
Alves, José Luis Elias, Sofia Elias Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15
Estatuto Editorial publicado em www. turisver.com/estatuto-editorial-do-jornaldestinos
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca
Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira) Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas
julho de 2018
INFORMAÇÕES ÚTEIS
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Passaporte: validade mínima de seis meses Visto: tarjeta turística ou visto tradicional, que pode tirar no Consulado de Cuba em Portugal (Rua Pero da Covilhã No. 14, Restelo, Lisboa. Telefone: 213 041 866) Moeda (para os turistas): Peso convertível ou CUC. O câmbio pode ser feito no aeroporto ou no hotel, mas também pode fazer levantamentos em caixas automáticas. A correspondência é de 1 CUC –1€ Língua: Castelhano, embora o inglês seja muito comum Clima: Tropical, calor e humidade todo o ano Fuso horário: -5 horas que em Portugal
> tema de capa
Guia de Viagem
: TURÍSTICO
S O N H AN D O
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Uma Cuba de sonho Visitar Cuba nove meses após furacão Irma, qualificado pela Organização Mundial de Meteorologia como o mais forte de sempre no Atlântico, ter varrido o território, criou em mim um sentimento de ansiedade. Como iria encontrar o país? Que vestígios da calamidade iria encontrar? julho de 2018
A
s imagens vistas na televisão aquando da passagem do Irma não deixavam antever o melhor dos cenários, lembrava-me dos telhados de casas arrancados, das árvores portentosas caídas e muitas delas arrancadas pela raiz, das inundações de centenas de quilómetros de estradas e das areias varridas das suas praias. Os dias passados em Cayo Coco (ver caixa) e os quase 260Km de estrada percorridos entre a Ilha e Santa Clara, responderam às minhas perguntas e acabaram com a minha ansiedade. O país recuperou dos danos causados pelo Irma e muitos locais afetados, depois de recuperados, encontram-se melhor do que antes, dado que já precisavam de obras. Não é a primeira vez que percorro a estrada conhecida como “ Teraplén” e é sempre emocionante atravessar estes 17Km de uma via que corta o mar e liga o arquipélago à ilha mãe, Cuba. Uma estrada com local de paragem para as fotos da praxe e que parece flutuar sobre as águas enquanto pássaros e arbustos dão cor a uma paisagem dominada por tons de azul e verde do mar. Quase quatro horas depois, chegamos à cidade de Santa Clara. Pelo caminho foi possível fazer paragens para tirar fotos, visitar uma “finca”, pequena propriedade
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> tema de capa
CAYO COCO QUE MAR… Cayo Coco é um paraíso na terra, pode parecer-lhe um lugar comum, ou uma frase feita, mas é realidade. Embora esta ilhota (dizemos ilhota porque a definição de Cayo é pequena ilha) seja bastante turística, isso só é notado porque tirando os empregados das unidades hoteleiras e quem trabalha no turismo, não existe população local, nem vila ou aldeia onde vivam. De resto a ilha não perdeu os ingredientes que a fazem merecedora da qualificação de paraíso, a começar pela defesa do meio ambiente e da ecologia. Por ali a construção, incluindo de resorts, tem regras e é proibido pescar nas suas margens. Ao ler estas linhas está por certo a pensar no violento furacão Irma que o ano passado fustigou as Caraíbas e levou a destruição a várias localidades cubanas, principalmente a Cayo Coco. É verdade que Cayo Coco
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rural, onde se contata diretamente com as gentes locais e a natureza e onde se pode tomar um café, um mojito e outras coisas mais – algumas têm mesmo restaurantes onde se pode experimentar a genuína comida cubana.
SANTA CLARA: A CIDADE DE “CHE” GUEVARA Se Cuba é hoje o que é, deve-o essencialmente a dois homens: Fidel Castro e Ernesto Guevara. Eles são os rostos visíveis da Revolução em todo o país, mas se existe lugar que mais clama por “Che”, esse é Santa Clara. Fiquei feliz por visitar esta emblemática cidade no dia 14 de junho, data em que o seu herói faria, se fosse vivo, 90 anos. Santa Clara viveu em 1958 a última batalha da revolução, que mudou até aos dias de hoje a face política e social de Cuba, numa estratégia arrojada concebida e liderada por Che. Duas colunas de tropas revolucionárias invadiram a cidade, com a rápida adesão da população, a batalha foi ganha e foi
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ficou muito destruído, que as suas unidades hoteleiras foram muito afetadas, algumas praticamente reduzidas a escombros, mas Cayo Coco renasceu, qual Fénix, e hoje está totalmente reconstruído, mais belo ainda do que antes, com os seus empreendimentos turísticos totalmente renovados, mais modernos e atrativos. Para pena de todos, o Irma deixou uma única nódoa negra na ilha, as grandes colónias de Flamingos cor de rosa que emprestavam beleza rara a Cayo Coco foram dizimadas e hoje todos os que conheceram esta terra polvilhada de flamingos esperam ansiosamente que outros retornem. À partida da ilha de Cuba, a Cayo Coco chega-se de avião ou por estrada e se deste último modo pode ser mais cansativo, é sem dúvida mais belo um passeio a mirar as desafiantes tonalidades que o mar assume ao ser banhado pelo sol.
assim dado o passo final para a queda do regime do ditador Fulgencio Batista. Para consagrar este feito do médico / aventureiro / jornalista / viajante e guerrilheiro internacional, foi construído um memorial que guarda os restos mortais de Ernesto Guevara (seu nome oficial) e de mais 16 companheiros de luta. Quando cheguei ao grande largo que se estende aos pés da estátua de “Che”, majestosa, erguida a dezasseis metros do chão, fui invadido por um misto de admiração e satisfação contida. A estátua do comandante guerrilheiro é imponente e quer marcar para sempre na memória de quem a vê, a exata forma como o comandante entrou na cidade – com uma espingarda na mão e a outra sobre o peito. No interior do Mausoléu o respeito é a palavra de ordem, por isso o silêncio é para seguir à risca e não se pode usar a máquina fotográfica nem aparelhos eletrónicos. Neste local, mas noutros espaços, podem ser vistos objetos pessoais, documentos escolares incluindo o diploma de formatura em medicina, a par de lembranças de infância. Depois da visita, rumei ao centro da cidade de Santa Clara, à antiga Plaza
Com cerca de 22Km de fofa e branca areia, Cayo Coco – cujo nome se deve a um pequeno pássaro, tão branco quanto a areia, que por ali habita – tem um recife rico em vegetação e é refúgio de centenas de aves. Os desportos náuticos e os passeios para mergulho em catamarã são grandes atrações por estas paragens. Some-se a indizível cor das águas tépidas e transparentes que convidam a banhos intermináveis e a mergulhos constantes em busca do colorido dos peixes que tantas vezes se podem ver à vista nua, a que acresce ainda a tranquilidade e segurança destas paragens que tornam as férias inesquecíveis. Estava certo Ernest Hemingway ao imortalizar os Cayos cubanos, a sua beleza e a sua magia. É só assistir por aqui a um por do sol para comprovar que está, verdadeiramente, num paraíso. <
Mayor, hoje denominada de Parque Vidal. Uma praça rodeada de edifícios clássicos do século passado, preservados e com corredores assentes em colunatas, onde situam restaurantes e bares. Agradável
mesmo é ficar sentado numa das esplanadas e observar o vai e vem dos locais, atravessando o enorme jardim que fica no centro da praça. Foi num dos restaurantes do Parque Vidal
| Catedral de Santa Clara
julho de 2018
DICA A não perder a típica comida crioula, com influência espanhola, africana e caribenha, com muitos vegetais e frutos do mar. Boa escolha são também as combinações de frango ensopado com tomate acompanhado de arroz com feijão cozido, ou moros e cristianos. Acresce a “Ropa vieja a la Cubana”, uma espécie de cozido de carne com base de caldo de tomate. Antes ou depois da refeição, “mojitos”, “daiquiris” e rum são obrigatórios e há também que experimentar os deliciosos gelados na Coppelia, em Havana, a mais famosa geladaria de Cuba.<
| Trinidad Património Mundial
que decidi almoçar. Com uma decoração e mobiliário de meados do século XX, senti-me a comer num museu. Tudo estava tão limpo e tão preservado que me transportou para outros tempos e aqueles que um dia conheceram os grandes cafés de Lisboa ou do Porto, também nascidos neste período, podem fazer uma ideia do que falo. Uns quarteirões percorridos para norte da praça, entramos na zona velha da cidade, a área onde foi fundada Santa Clara em 1689, casas baixa que conservam o seu aspeto colonial, com as telhas de barro cozido, um local a visitar que as máquinas fotográficas agradecem. Santa Clara tem ainda mais dois lugares a visitas. Um é a Catedral de Santa Clara de Asis, com a imponente estátua da santa na entrada como que dando as boas vindas aos visitantes e os seus magníficos vitrais ao longo das laterais da igreja. Outro é o Monumento Accion del Tren Blindado, um espaço museológico ao ar livre onde estão estacionados os vagões do comboio descarrilado pelos guerrilheiros comandados por “Che”, impedindo assim a chegada de tropas e armas aos defensores do governo de Fulgencio Batista. No local está também a retroescavadora que teve importância capital na detenção do comboio e uma exposição de documentos e fotos, pelo que esta visita representa um abraço forte dos turistas à história contemporânea de Cuba.
TRINIDAD PARA MAIS TARDE RECORDAR Depois do “banho” de revolução para lavar a alma, cheguei a Trinidad, para ter um “banho” de património histórico, de cultura e de dança. Esta cidade é uma pérola, é daqueles lugares que por muitos anos que passem nunca vamos esquecer, e a que de tempos a tempos desejamos voltar, nem que seja para passar só um dia. julho de 2018
Tornada, muito justamente, Património Mundial pela UNESCO em 1988, Trinidad é uma cidade de colinas, em que as casas térreas coloniais, com varandas em ferro e cores suaves mas vivas, as muitas igrejas e as ruas em paralelepípedo, os seus largos e praças, nos levam a deixar vaguear pelo imaginário de épocas antigas. Esta cidade é vida e esta é-lhe conferida pelas lojas de “recuerdos”, pelos cafés, restaurantes e bares, pelas gentes locais e pelas galerias de arte que se vão encontrando amiúde e em que vale a pena entrar e falar com os vendedores que em muitos casos são os autores das obras. A não perder são também os museus, em especial o Museu Municipal no edifício Centero. Todas as cidades devem ser visitadas a pé e em Trinidad, por ser um “museu” ao ar livre, ainda faz mais sentido andar pelas ruas estreitas e por vezes íngremes, calcetadas de paralelos, observando a
fachada desta casinha ou daquela igreja, espreitando a loja de artesanato ou escutando o som bem afro-cubano que sai de um barzinho. Com tudo isto, sentimo-nos bem e rapidamente nos integramos no ambiente. Depois de andar e andar e de me deliciar com o que ia vendo, um som saído de um bar cativou-me e entrei num pátio ao ar livre onde já estavam turistas canadianos a ouvir música ao vivo. Era o La Canchanchara, e é aqui que num copo de barro se bebe uma bebida local do mesmo nome, feita em porções de rum, mel, e gotas de limão. A música inebria e a bebida também, por isso não se deixe ir no “sabe tão bem” ou no “é deliciosa”, porque depois da segunda o desastre fica próximo. Segui viagem até uma feirinha de artesanato, onde há de tudo um pouco e muitas das coisas à venda são feitas com produtos locais. Depois o hotel, onde já tinha deixado as malas e o Iberostar Grand Trinidad foi mais uma surpresa,
um hotel datado do século XX, de estilo colonial e com uma decoração belíssima que lhe transmite um ambiente clássico fantástico. À noite, por indicação, lá fui colina a cima à procura da Casa de La Musica. A meio do percurso os sons que me chegavam aos ouvidos já me diziam que ia no bom caminho. Chegado, deparei-me com uma “casa” ao ar livre, uma enorme escadaria, rodeada de “barraquinhas bar” e mesas. No meio, entre os amplos degraus, um super palco, com um super grupo a cantar e tocar ao vivo – uma casa cheia de turistas e locais onde animação é a palavra de ordem. Depois foi ainda tempo para visitar mais um ou dois espaços de música e dança no caminho de regresso ao hotel e para me deparar, no jardim, com um grupo que tocava, como se a noite ainda fosse uma criança. Não fiquei muito tempo, o corpo já clamava por descanso e no dia seguinte, manhã cedo, havia que seguir para Havana.
HAVANA A CIDADE A QUE SEMPRE SE VOLTA Desde o primeiro dia em que a percorri, já lá vão bons anos, Havana apaixonou-me e apaixona-me mais sempre que a ela regresso. É dos meus destinos favoritos, cidade que guardo com carinho, na memória e no coração, e de que fui acompanhando a evolução. E nesta Havana pela qual muitos se apaixonam, à força de tanto lá voltar, tenho os “meus locais”, lugares a que invariavelmente volto e a que vou juntando sempre mais alguns. Havana tem sons de “salsa” e de “rumba”, sabe a “mojitos” e “daiquiris” que aqui são os melhores do mundo, e os “puros” (charutos), deixam no ar um odor que inebria. Cidade onde os dias
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> tema de capa
| Havana
quentes se aquecem ainda mais por via das suas alegres gentes que dão vida ao emaranhado de ruas e às praça, que nos fitam, sorriem e acenam das varandas inspiradas nos típicos balcões andaluzes, ou se reúnem em torno de um velho tocador que entoa canções, ora alegres ora dolentes. Passeio-me por Havana. A par de alguns carros de “nova” geração, ainda por ali andam os antigos carros americanos, grande parte dos anos 50, outros anteriores. São Cadilac, Dodge, Chevrolet, Pontiac… Percorrer as ruas de Havana numa destas raridades, é uma experiência para a vida. Já tenho várias, e a todas guardo com prazer. Havana está diferente, passou e continua a passar por um emaranhado de obras que reflete bem as “dores” do crescimento, da modernização e do alindamento. Mas guarda o charme, o calor humano, a nostalgia até, tal como guarda os locais míticos de uma revolução que as imagens de Fidel e de “Che” e locais como a Plaza de la Revolución não deixam esquecer. Cidade que é Património Mundial, o seu fascínio vive em muito da Cidade Velha, hoje menos velha que antes. Habana Vieja percorre-se a pé, quase sempre a partir da Plaza de la Catedral, onde à noite se pode jantar de frente para a velhinha Catedral, à luz ténue das velas, sob um céu cravejado de estrelas, escutando a quente música cubana, em fundo, e rematando o repasto com um
< VARADERO UM DESTINO DE MAR IMPERDÍVEL Destino turístico de eleição para muitos portugueses e não só que o consideram dos melhores das Caraíbas – ou mesmo o melhor entre os melhores, – Varadero tem tudo. Para começar, são “apenas” 25Km de praias bem cuidadas, onde a fraquíssima ondulação do seu “mar-piscina” acaba a espreguiçar-se num imenso areal que em muitos locais parece feito de farinha e noutros ostenta um fino e gostoso granulado. Gostosa é também a temperatura daquele mar transparente, feito de tonalidades indescritíveis, entre os esverdeados, azulados e turquesa claro – uma cor que, se ainda não foi a Varadero, nunca encontrou. Destino de praia todo o ano, por ali podemos passar o dia a vaguear – lentamente que o calor não quer pressas – entre a praia e as piscinas enquanto nos refrescamos com um coco ou qualquer outra bebida com ou sem rum ou apenas “lagartear ao sol” contando com o abrigo das palmeiras. Muitos outros destinos permitem isso, é verdade, mas o que conta muito em Varadero são as pessoas, a animação em que pontifica a sempre bela música cubana, a segurança com que se pode sair dos resorts mesmo à noite e o glamour de ir a um restaurante gourmet num Cadilac dos anos 50, que ainda os há e são muitos, e terminar a refeição com um belíssimo rum velho e um charuto. Nos últimos anos, Cuba ficou diferente, Varadero também. Há hotéis de grande qualidade que podiam estar em qualquer outra parte do mundo, marinas com lojas, proliferam restaurantes e outros negócios privados, até já se encontram vendedores nas praias, mas o que é intrínseco ao seu povo, a sua cultura, a sua alegria de viver, a sua música e gastronomia, continuam lá, como o mar que possibilita tantos desportos náuticos. Fazer mergulho em Punta Hicacos, visitar o Parque Josone, uma reserva de floresta e fauna, rumar em catamarã ou veleiro alugado, a Cayo Blanco, onde a água é ainda mais quente, para um almoço de marisco, são algumas das possibilidades que Varadero também dá.<
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charuto e um rum – porque estou em Havana! Em torno somam-se os edifícios que viraram grandes hotéis, pátios que são unidades de charme, hotéis boutique, bares e restaurantes. Do terraço de muitos, especialmente os que ficam nas proximidades do Capitólio (réplica do que “mora” em Washington) das suas exclusivas piscinas, a vista da cidade, aos pés, impressiona. Cidade de história e cultura, que adotou Hemingway e a que este adotou, em Havana é incontornável uma ida à Bodeguita Del Médio, à Floridita, bares frequentados pelo escritor, e ao Hotel Ambos Mundos, onde ele viveu e onde, no seu terraço, existe um bar onde se bebem dos melhores “mojitos” do país. Por falar em escritores, Eça de Queirós também viveu em Havana e é recordado num grande mural de azulejos da autoria de Almada Negreiros, que cobre uma das paredes do café La Columnata Egipciana, um dos mais emblemáticos da cidade e que costumava frequentar. Perto unem-se as ruas Mercaderes e Obispo onde se ergue a estátua de Luís de Camões. De Havana muito mais haveria a dizer, mas destaco apenas um outro “must” que só a capital cubana oferece: um passeio pelo Malecón ao entardecer. Foi o que fiz antes de me despedir da cidade, quem sabe até um próximo dia. TEXTO: JOSÉ LUIS ELIAS
| Havana, vista para o Capitólio
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> notícias
Real Marina Residence torna-se pet friendly O Real Marina Residence, em Olhão, já é um empreendimento pet friendly, com todas as comodidades para os amigos de quatro patas e com uma causa solidária. O hotel passa, então, a admitir gatos e cães até 15Kg, bastando informar no ato da reserva que viajará com o animal de estimação. O apartamento será equipado com alguns itens especiais, como cama, resguardos, wc para gato, tigelas para comida e água e iguais VIP no momento da chegada. O hotel disponibiliza ainda informação sobre parques locais para cães, menus para animais de estimação no apartamento e parcerias para pet sitting, banho e tosquia, hidroterapia, veterinário, transporte e treino especializado. Por cada animal é cobrada uma taxa de 25€ por noite, onde 2€ revertem para a ADAPO – Associação Defesa dos Animais e Plantas de Olhão. No check-in existe uma ficha de admissão com um regulamento que o dono preenche e assina, sendo importante que os mesmos cumpram as normas do direito internacional e português, bem como o registo do seu animal de estimação.<
Nova plataforma promete experiências únicas no mundo rural A bookingrural.pt é uma plataforma inovadora, mobile friendly e 100% portuguesa que responde à procura de produtos, serviços e experiências que Portugal tem para oferecer em espaço rural. Tem como objetivo apresentar toda a oferta diversificada a quem procura um Portugal fora dos centros urbanos, apresentando uma panóplia de produtos de excelência. Cria a oportunidade de ficar alojado em espaços que emanam história, cultura e tradição, onde impera a tranquilidade, a natureza e a autenticidade do espaço, do território e das pessoas. Conjuga a riqueza da agricultura, dos vinhos, dos azeites, dos animais com o turismo de natureza, de lazer, de experiências únicas e marcantes da ruralidade e do interior de Portugal.<
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“Surfe” a net gratuitamente em Portimão Portimão quer proporcionar a todos um acesso livre à Internet no município, pelo que está a desenvolver o projeto Portimão Free Wifi, que consiste em criar zonas de Wi-Fi gratuito em vários locais, com prioridade para os espaços públicos, culturais e desportivos. Nos principais edifícios municipais já é possível aceder livremente à Internet, bastando escolher a rede “Portimão Free Wifi”. A Internet já pode ser navegada sem custos acrescidos
nos Paços do Concelho, Parque de Feiras e Exposições de Portimão, Mercado de Portimão, Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes, Polos de Portimão, Alvor e Mexilhoeira Grande, Museu de Portimão, TEMPO, Portimão Arena, Casa Manuel Teixeira Gomes e Terminal Rodoviário, entre outros. O serviço será, ainda, ativado na área adjacente ao Coreto, na Zona Ribeirinha de Portimão, e no Jardim 1 de Dezembro. <
Novas rotas a voar de e para Portugal
As novidades a nível de rotas de e para aeroportos portugueses são sempre muitas, pelo que segue um pequeno resumo. Foi no Dia de Portugal que a portuguesa TAP começou a voar para a cidade italiana de Florença, com 10 frequência semanais. A Air Canada Rouge já inaugurou o seu serviço sazonal de voos diretos entre o Porto e o seu hub de Toronto. A rota conta com três voos por semana, até 27 de outubro e foi estreada quase a par com a ligação entre Lisboa e Montreal, também com três voos por semana. A Delta Air Lines inaugurou este ano duas novas rotas para Portugal, em concreto o voo entre Lisboa e Atlanta, o hub da companhia aérea, e entre Nova Iorque e Ponta Delgada. O primeiro diário e o segundo com cinco frequências semanais, ambas as rotas são sazonais e juntam-se
assim à já existente ligação de Nova Iorque-JFK a Lisboa. No outono é a vez da easyJet começar a ligar Lisboa a Manchester, a partir de 28 de outubro. A companhia aérea que inaugurou recentemente a rota FaroMilão Malpensa, anunciou que a rota Lisboa-Manchester terá três frequências semanais, às segundas, quartas e domingos, até 28 de março de 2019. Por seu lado, a Ryanair vai iniciar a rota Faro-Londres Southend em abril do próximo ano. De início o serviço contará com cinco frequências semanais. A companhia aérea tinha já iniciado, a princípios de junho, as rotas Ponta Delgada-Manchester e Faro-Breslávia. Estas novas rotas contam com uma frequência semanal cada. Por fim, avançamos ainda que a LATAM Airlines chega a Portugal no próximo dia 3 de setembro, com a inauguração do voo entre São Paulo e Lisboa, que irá operar cinco frequências por semana, com bilhetes à venda a partir de 699€.<
Aeroporto de Lisboa tem nova área de self check-in O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, inaugurou uma nova área de self check-in e self baggage drop. A Área de Check-in A dotou o aeroporto de um sistema tecnologicamente inovador, que pretende aumentar a sua capacidade de terminal. A solução apresenta quiosques e balcões de utilização automática em formato self-service, sendo numa primeira fase apoiada por funcionários destacados para o efeito, de forma a garantir maior comodidade aos passageiros.<
Marriott International tem novo programa de fidelidade A partir do próximo mês de agosto, será possível aos membros do programa de fidelidade Marriott acumular e resgatar pontos com mais rapidez. Ao ser membro terá a oportunidade de juntar as contas dos programas Marriott Rewards, The Ritz-Carlton Rewards e Starwood Preferred Guest, com acesso a um sistema único de benefício em todo o portefólio de hotéis participantes, com 30 marcas e 6.600 hotéis em 130 países e territórios. Poderá, também triplicar o saldo, com 10 pontos por cada dólar gasto em todas as marcas da cadeia Marriott International, exceto no Residence Inn, Towne Olace Suits & Element, que darão cinco pontos por cada dólar. Com os novos níveis de bónus, os membros Elite acumularão pontos referentes a despesas com alimentação, bebidas e danos acidentais e atingem mais rapidamente o Status Elite. As novidades incluem também mais recursos para dispositivos móveis, com uma experiência digital aprimorada ao reservar diretamente em Marriott.com, SPG. com ou nas apps. Poderá escolher entre os hotéis da cadeia, além de aproveitar Wi-Fi gratuito. Através do smartphone é possível fazer o check-in e check-out, receber notificações “Room Ready Alerts” e utilizá-lo como chave para o quarto.< julho de 2018
> selo de garantia
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
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VERÃO NO ALDEIA DOS CAPUCHOS HOTEL
QUARTO DUPLO 3 NOITES MEIA PENSÃO
O Aldeia dos Capuchos Hotel – Apartamento, Golf & Spa, sobranceiro às praias da Costa de Caparica, apresenta pacotes de verão a preços promocionais, válidos de 15 de julho a 15 de setembro. Os preços variam consoante o regime pretendido: três noites em meia pensão custam a partir de 665€, cinco noites desde 995€ e para sete noites há preços desde 1.260€. Em regime de pensão completa os valores são desde 730€, 1.055€ e 1.390€, respetivamente. O hotel oferece a estada a uma criança por família, até aos 10 anos e o programa inclui pequenos-almoços diários, acesso ao ginásio, piscina interior e circuito de spa e transporte gratuito para a Praia Nova, na Costa da Caparica, onde os hóspedes têm à disposição espreguiçadeiras, chapéu-de-sol, duas águas e dois sumos de laranja. Mais informações em: www.aldeiadoscapuchos.pt Contacto para reservas: reservas@aldeiadoscapuchos.pt
À DESCOBERTA DA MAGIA DOS AÇORES São Miguel, Faial, Pico e Terceira são as ilhas que DESDE: compõem o Circuito Mágico, e magia é o que se encontra P/ PESSOA em cada uma. Em traços 8 DIAS / 7 NOITES largos, São Miguel é a ilha onde encontramos todas as tonalidades de verde possíveis e imaginárias. O Faial é marcado pela sua capital, a cidade da Horta, e a animação da sua marina. A Terceira é a ilha do património e de riquezas geológicas sem par e o Pico é a “ilha negra”, linda como só ela. O circuito, de 8 dias / 7 noites, inclui voos, acompanhamento de guia local, transferes e excursões, alojamento, 13 refeições com bebidas, entradas no Algar do Carvão, Museu dos Baleeiros, Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, Monumento Natural e Regional da Caldeira Velha, Lagoa das Furnas e no Parque Terra Nostra. Inclui também Travessia Marítima entre Madalena / Horta / Madalena, taxas, IVA e Seguro de Viagem Soltrópico Global Extra. O programa é do operador turístico Soltrópico e tem partidas de Lisboa e do Porto aos sábados até 20 de outubro. Saiba mais em: www.soltropico.pt
1.185€
julho de 2018
CRUZEIROS NO TEJO COM ALMOÇO Nos dias quentes de Verão nada melhor que um passeio pelo rio e em Lisboa o Tejo é rei e senhor. Ao longo deste mês de julho, todos os sábados, pode não só usufruir de um pequeno cruzeiro de duas horas pelo Tejo, mas também deliciar-se com um almoço típico, a bordo. A proposta é da empresa Seaventy e o cruzeiro com almoço típico buffet, tem partida do novo Cais da Ribeira das Naus, a bordo do barco Evora com capacidade para de 240 pessoas. O preço é de 40€ por pessoa. Mais informações em: www.seaventy.pt PREÇO
40€
P/ PESSOA
TAVIRA CELEBRA VINHO
PREÇO Se está pelo Algarve não vai querer perder o evento P/PESSOA “Tavira, os Dias do Vinho” ACESSO A TODAS AS PROVAS que vai decorrer naquela cidade algarvia durante o fim de semana de 13 a 15 de julho e que ocupará parte da Rua do Cais, do Jardim do Coreto e do Mercado da Ribeira, tudo junto à Ponte Antiga sobre o rio Gilão. Estão prometidos fins de tarde vínicos, iluminados pelo pôr do sol e pelo brilho das noites de Tavira. A abertura ao público será às 18h00 e o encerramento às 24h00, exceto dia 15 em que encerrará às 23h00. A iniciativa vai contar com a presença de cerca de 40 produtores de vinhos, além de iguarias, de várias regiões do país. No programa, não poderiam faltar as provas de vinho, especialmente as provas cegas. A participação no evento custa 5€ e inclui a oferta de um copo Riedel que dá acesso à prova de todos os vinhos e espumantes presentes no evento. A prova cega terá um custo adicional de 2€. Informações em: www.cegosporprovas.pt | www.facebook.com/groups/ cegosporprovas
5€
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> por cá
ALENTEJO PELOS ESPELHOS DE ÁGUA
Umas férias diferentes
| Monsaraz
O Alentejo é terra de longas planícies douradas, interrompidas por oliveiras e sobreiros que lhes oferecem tonalidades de verde. É terra de praias que surgem de fantásticos recortes na costa atlântica, que se abrem em cenários idílicos. É também terra de um dos maiores lagos artificiais do mundo e de outros espelhos de água que tem de conhecer e que apresentamos nas linhas que se seguem.
É
oficialmente verão e sabemos que nesta altura em que as temperaturas disparam e o sol nos sorri o que procura é a água nas suas mais variadas vertentes. É tempo de deixar para meses vindouros as visitas citadinas e de nos concentrarmos em banhos de sol e longos mergulhos em águas que nos refrescam a alma. Atreva-se a fugir às praias de mar e a ir ao encontro de novas experiências. É rumar ao Alentejo e conhecê-lo numa nova perpectiva, através dos seus espelhos de água. Locais em que o azul contrasta com a paisagem a que o Alentejo nos vem habituando, de suaves montes dourados que se estendem sem fim. Alie o ritmo de vida mais lento que aqui se vive e a inigualável gastronomia alentejana ao tão desejado contacto com a água. Fomos ver como tudo isto acontece e traçámos um roteiro que se centra nas barragens de Montargil, Maranhão, Gameiro e, claro, do Alqueva.
OS TRÊS ‘M’S DE ÁGUA Montargil, Maranhão e Mora. Eram estas as localidades dos espelhos de água
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| Barragem de Montargil
alentejanos, antes de surgir o Grande Lago, com a Barragem do Alqueva, terminada a 2002, que curiosamente surge num quarto ‘M’, em Moura. Estas três localidades encontram-se a curta distância entre sim, compondo um
triângulo que de virtuoso tem a água, com o vértice inferior em Mora, Montargil a oeste e Maranhão a este. A água é característica comum, mas não é o único elo de ligação. Por aqui sentese a tranquilidade que domina a região,
ao passo que, por outro lado, somos assolados por uma vontade imparável de experimentar, de viver, de ver e de provar. A vila de Montargil surge no topo de um morro sobranceiro à albufeira, de onde vemos os raios de sol a brilhar sobre as águas, num verdadeiro quadro vivo em tons de verde, azul e dourado. Encontramo-nos numa zona de transição entre o Ribatejo e o norte da região alentejana, influenciando a paisagem. A Barragem de Montargil forma uma albufeira, com uma extensão de cerca de 17Km no seu maior braço, estendendo-se desde as imediações de Ponte de Sor até um pouco depois de Montargil. Oferece praias de areia fina, áreas para a prática de desportos náuticos, estruturas de apoio a barcos e motos de água e zonas de pesca desportiva. Não podemos deixar de nos perder pela vila, “empoleirada” sobre a albufeira, onde percorremos ruelas estreitas, visitamos a Igreja Matriz de finais do século XVI e passamos pelo Pelourinho. A 20Km encontramos a Vila de Mora, uma localidade que é o perfeito reflexo da tranquilidade e é atravessada pelo julho de 2018
| Açude do Gameiro
DARK SKY ALQUEVA Há poucos lugares em Portugal onde nos sentimos cobertos por um céu estrelado intenso e brilhante. O Alqueva é um destes lugares, em que olhamos para cima e vemos um imenso manto azul-escuro, bordado a dourado. Esta área é tão importante que foi certificada internacionalmente como uma reserva Dark Sky pela UNESCO, numa área que se estende por cerca de 3.000Km. O Dark Sky Alqueva foi a primeira “Starlight Tourism Destination” do mundo e, como tal, os municípios em redor do Grande Lago fazem o esforço conjunto de preservar esta característica e durante a noite reduzem as luzes públicas ao mínimo, para que melhor desfrutemos deste fenómeno natural.<
| Avis
Rio Raia, com águas mais inquietas aqui e mais calmas ali, mas sempre com uma vegetação exuberante a acompanhar as margens. Foi no Açude do Gameiro, neste rio, que nasceu o Parque Ecológico do Gameiro, com uma belíssima praia fluvial e o Parque de Arborismo do Gameiro, ideal para a prática de atividades mais ou menos radicais, com um passadiço em madeira que se estende ao longo de 1,5Km do rio. Contudo, o maior ex-libris deste conjunto é o Fluviário de Mora, um aquário dedicado aos ecossistemas de água doce. Outro dos atrativos do Rio Raia é a sua apetência à prática de pesca desportiva, encontrando-se facilmente nestas águas achigãs, barbos e carpas. Partimos, então, para o terceiro ‘M’, de Maranhão, junto à Vila de Avis, berço da ordem militar homónima, local que alia a natureza ao património histórico. A albufeira do Maranhão é um local convidativo e aprazível, com o Complexo do Clube Náutico de Avis a brindarnos com diversas ofertas de lazer, que podemos aliar às horas de dolce far niente na praia fluvial e piscinas. A castiça Vila de Avis situa-se no alto de um monte granítico, que se ergue em 201m. Cheia de história, segue um traçado medieval com o casario branco a ser adornado com faixas a amarelo ou azul, nas suas janelas e portas. Entramos pela Porta do Anjo, junto à Torre da Rainha, e calcorreamos ruas que sobem e descem pelo centro histórico. Visitamos o Convento de S. Bento de Avis, de 1211, passamos pelo Pelourinho e Igreja Matriz e terminamos a apreciar o edifício dos julho de 2018
Paços do Concelho, com os seus claustros quinhentistas, que fez em tempos parte da residência dos Mestres da Ordem de Avis.
O GRANDE LAGO A meio caminho entre os 3 ‘M’s e o Grande Lago, fazemos uma paragem na encantadora e pacata Vila do Alandroal, que se ergue numa colina a 341m de altitude e deve o seu nome aos aloendros que por aqui crescem e cedem madeira ao rico artesanato local, que surge a par com outras matérias-primas como a cortiça, a pele e o chifre. Aqui a presença humana data de há muito, como comprovam os monumentos megalíticos que perduraram no tempo, como o povoado fortificado de Castelo Velho, o Menir da Pedra Alçada, o Santuário Rupestre da Minha e a Villa Romana de Castelinhos. Na vila o casario caiado a branco abraça o Castelo do Alandroal, dominado pela sua Torre de Menagem. É no interior das muralhas que encontramos a Igreja Matriz do século XVI e fora destas que nos deparamos com a Fonte Monumental, o Pelourinho e a Igreja da Misericórdia. A gastronomia é outros dos seus pontos fortes, deliciando-nos com ensopados, migas, açordas e sopas e o pão alentejano. Do Alandroal seguimos para o Lago Alqueva. Produto da Barragem do Alqueva, este é um dos maiores lagos artificiais da Europa. A albufeira com cerca de 250Km² abrange cinco concelhos alentejanos, cada um mais belo que o anterior. Onde antes existiam campos com oliveiras e sobreiros, agora encontramos uma vida renovada, movida pela água.
Pelas suas margens podemos conhecer a encantadora vila-museu de Monsaraz, uma vila medieval perfeitamente preservada por onde caminhamos em ruas de xisto por entre casas brancas, cercadas por uma muralha também de xisto. Subindo às muralhas abre-se um panorama com as melhores vistas sobre o lago, com as águas a espelhar a luz do sol e a tomar conta de quilómetros e quilómetros de terra em diferentes direções. Aqui podemos mergulhar nas calmas águas do lago através da Praia Fluvial de Monsaraz, uma extensão de areia grossa e branca que entra pelas águas. Do outro lado do lago podemos visitar o Castelo de Mourão e passar pela nova Aldeia da Luz para visitar o Museu da Luz, que mostra os objetos dos habitantes da aldeia antiga que ficou submersa pelas águas do lago.< TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA
COMO IR
A partir de Lisboa, o percurso mais direto e rápido até Montargil é através da Estrada Nacional. É atravessar a Ponte Vasco da Gama até ao Montijo e seguir pela saída 3 em direção a IC3/Alcochete/Porto Novo. Continuando pela IC3 até à N251 deve, em Couço, seguir pela Ponte de Santa Justa para a N2 até Montargil.
ONDE FICAR
Lago Montargil & Villas HHHHH Montargil | Desde 135€ p/ noite Tel.: 242 241 250 |lagodemontargilhotel. com Alandroal Guest House Alandroal | Desde 65€ p/ noite Tel.: 918 899 936 | alandroalguesthouse@ gmail.com Vila Planície Hotel Rural HHHH Monsaraz | Desde 99€ p/ noite Tel.: 266 557 021 | vilaplanicie.pt no
ta
9,6 n
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Em pleno coração do Alandroal, vila raiana do Alentejo Central, voamos por outros mundos, porém não esquecemos os encantos da região. Somos uma tradicional Casa Senhorial, cuidadosamente adaptada ao conforto dos tempos modernos, sem perder a nossa história. Venha viver momentos de paz, sonhos e aventuras inesquecíveis. Contactos: feelalentejo@hotmail.com | 918 899 936
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> curtas
Alcobaça O ROMANCE E A HISTÓRIA Uma ida a Alcobaça é a perfeita mistura entre a monumentalidade, a história e a cultura, mas também a ruralidade, por locais cosmopolitas densamente habitados e por praias sem igual, não estivesse este concelho a abraçar por completo a Nazaré. São, portanto, umas férias perfeitas, com momentos para todos, deixando memórias que perduram.
A
lcobaça é uma das pontas do triângulo mágico do património português, que se completa na Batalha e em Tomar, todos eles com monumentos classificados pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. Património que surge ainda a par da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia. O Centro de Portugal é uma região monumental, que nos aguça o apetite pela rica história traçada pelos nossos antepassados, em locais que podem ser palmilhados numas férias enriquecedoras. Mas centremo-nos em Alcobaça, onde os dias também nos fazem viajar pelo tempo e pela história, enquanto desfrutamos de paisagens magníficas e nos deleitamos com uma gastronomia que por aqui é invariavelmente rica. É por aqui que se encontra a maior igreja portuguesa, aquele monumento que é Património Mundial da Humanidade, a Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, ou simplesmente Mosteiro de Alcobaça. O mosteiro da Ordem de Cister destacase na paisagem em toda a sua grandeza e luz. É por si só digno de visita, mas a cidade tem muito mais para oferecer e, como tal, decidimos deixar o mosteiro
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para o final da nossa visita. Chegados a Alcobaça dirigimo-nos ao Posto de Turismo que nos informa que foram traçados diversos percursos pedestres que dão a conhecer o melhor da cidade e do concelho. Cada percurso tem direito ao seu próprio miniguia, e depois de folhearmos alguns acabámos por eleger o Percurso Camoniano – Pedro e Inês em Cerâmica de Alcobaça. Foi em finais do século XIX que Alcobaça se afirmou como um território de expressão cerâmica artística, uma vertente que deve ser explorada. Este percurso nasce de uma interpretação do episódio de Inês de Castro de Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, passando por 10 fábricas de cerâmica que traduzem em cada peça este universo literário e histórico. Percurso Camoniano terminado, seguimos rumo ao Jardim do Amor, onde o visitante pode escrever uma dedicatória e colocá-la nos cofres embutidos nas paredes do jardim, através de um kit com o valor de 20€. Para terminar este primeiro dia por terras de Cister subimos ao Castelo de Alcobaça, hoje em ruínas. O castelo, em posição dominante sobre a cidade, abrese em vistas perfeitas sobre a paisagem
de Alcobaça, transformando-se num dos seus melhores miradouros. É de lá do alto que vemos a luz do dia a desaparecer aos poucos e dar lugar à penumbra da noite.
PÉROLAS ARQUITETÓNICAS Fora do centro da cidade, é merecedor de visita o mosteiro feminino cisterciense
REAL ABADIA DE SANTA MARIA DE ALCOBAÇA Horário (abril-setembro): Todos os dias: 9h00 às 19h00 Bilhete individual – 6€ MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE COZ Horário: De terça-feira a sábado: 9h30 às 12h30 | 14h00 às 18h00 Domingo: 14h00 às 18h00 Tel.: 969 642 970 Visitas guiadas gratuitas
de Santa Maria de Coz, um dos segredos mais bem guardados de Portugal. O mosteiro barroco está aberto ao público, com visita guiadas gratuitas, desde fevereiro do ano que passou. Coz é uma das mais antigas povoações dos Coutos de Alcobaça, com este mosteiro a ter sido um dos mais ricos mosteiros femininos da Ordem de Cister em Portugal, testemunhando a riqueza desta
| Castelo de Alcobaça julho de 2018
MUSEU DO VINHO DE ALCOBAÇA
| São Martinho do Porto
comunidade religiosa. Mas claro, em Alcobaça a verdadeira joia é o seu mosteiro, o primeiro ensaio de arquitetura gótica em Portugal. Diz a lenda que D. Afonso Henriques, quando partiu à conquista de Santarém, fez paragem na Serra dos Candeeiros e jurou que caso conseguisse expulsar os mouros do seu castelo doaria a Bernardo de Claraval tudo quanto alcançava a vista, em direção ao mar. Foi assim que a Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça foi fundada, em 1153, por D. Afonso Henriques, que doou ao abade francês da Ordem de Cister todo este território, que transformou nos Coutos de Alcobaça. O edifício com mais de 800 anos conserva ainda o conjunto de dependências medievais e é na sua igreja onde repousa o amor entre D. Pedro e D. Inês de Castro, em túmulos dispostos frente a frente. Este é o mais antigo dos quatro Lugares Património Mundial do Centro de Portugal e impõe, ainda hoje, valores como
a grandeza e o amor eterno. A sua monumentalidade é tanto mais evidente, quanto mais límpida e austera é a sua arquitetura. Do gótico destaca-se a longa igreja, de aproximadamente 100m, que surge a par com o claustro, a sala do Capítulo, o Parlatório, o dormitório, o refeitório e cozinha do século XVIII e a sala dos monges.
QUEM PASSA POR ALCOBAÇA NÃO PASSA SEM CÁ VOLTAR
PRAIAS DE QUALIDADE Não podemos falar em Alcobaça como concelho, sem referir a sua costa Oeste, onde se espalham maravilhosas praias que fazem a delícia de miúdos e graúdos por esta altura do ano. A mais conhecida será, com certeza, a Baía de São Martinho do Porto, uma dádiva da natureza de imensa beleza. A baía, em forma de vieira, é ligada ao mar por uma entrada estreita que proporciona a estas águas salgadas uma tranquilidade difícil de igualar e tons de azul difíceis de imaginar.
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MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE COZ
PRAIA DE SÃO MARTINHO DO PORTO
VISITE O MUSEU DO VINHO O Museu do Vinho de Alcobaça é o mais completo museu do país na temática vitivinícola, com um espólio que contempla a enologia, a etnologia, a tecnologia tradicional, a arqueologia industrial e também as artes plásticas e decorativas. Celebra não só a virtuosidade do vinho que é aqui produzido, como também a riqueza de todo o vinho nacional. São mais de 10.000 peças móveis que nos apresentam a história da vinha e do vinho, num acervo que é o mais completo do país abrangendo aspetos da cultura material do vinho de valor histórico, científico, industrial e etnográfico, que vão desde o século XVII ao século XIX. Para terminar em beleza, a visita ao museu acaba com uma prova de vinhos da região. Visitas guiadas: Terça-feira a domingo: 10h00 | 11h00 | 12h00 | 14h00 | 15h00 | 16h00 | 17h00 | Bilhete geral: 3,60€.< julho de 2018
PERCURSO CAMONIANO PEDRO E INÊS EM CERÂMICA DE ALCOBAÇA
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> curtas
ONDE FICAR
Real Abadia, Congress Hotel & Spa HHHH Rua da Escola, Capuchos | Desde 66€ p/ noite Tel.: 262 580 370 | realabadiahotel.pt Vale d’Azenha Hotel Rural & Residences HHHH Rua da Barrada, 39 | Desde 120€ p/ noite Tel.: 262 001 340 | hotelvaledazenha.com Challet Fonte Nova Rua da Fonte Nova, 8 | Desde 96€ p/ noite Tel.: 262 598 300| challetfontenova.pt
O EMBALO DA MÚSICA EM ALCOBAÇA Até ao dia 29 de julho, Alcobaça recebe novamente Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça. O mote desta 26ª edição é “Música Sem Fronteiras”, celebrando a música de um mundo multicultural e sem fronteiras. Os espetáculos têm lugar, sobretudo, nas noites de quinta, sexta e sábado e nas tardes de domingo, tendo como palco privilegiado a Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça e a sua multiplicidade de espaços. O festival é a ligação entre a arte e o património, apresentando cerca de 40 propostas artísticas em Alcobaça, na região e em outros pontos do país, no âmbito da Rota de Cister. Desde grandes orquestras a reconhecidos solistas, passando por grupos de câmara e ensembles de distintas formações, o Cistermúsica será um mês com programa para todos os públicos. Mais informações: cistermusica.com <
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ONDE COMER
TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA
A gastronomia de Alcobaça merece que corra aqui muita tinta. Por aqui não podemos passar sem provar o afamado licor de ginga, os francamente deliciosos doces conventuais, que são herança das tradições cistercienses, e a doce Maçã de Alcobaça. Para além do peixe e marisco concedido pela sua costa atlântica, Alcobaça orgulha-se em ter como prato mais conhecido o fantástico frango na púcara, que sabe ainda melhor harmonizado pelos vinhos locais de qualidade.
É ideal para a prática de vela, canoagem ou windsurf e pede uma visita à Vila de São Martinho do Porto, com imponentes moradias tradicionais, que em tempos recebeu a mais alta nobreza e burguesia do reino. A vila tem uma marginal ideal para passeios ao pôr do sol e diversos restaurantes onde nos podemos deliciar com iguarias cedidas por este imenso mar, como lagosta suada, santola recheada, lavagante, robalo, dourada e linguado grelhado.<
COMO IR
Lisboa dista de Alcobaça em cerca de 120Km, que podem ser percorridos em cerca de 1h30m. O trajeto mais simples e direto é através da A8. Na autoestrada siga pela saída 22 em direção a N8-5/ Nazaré/Alcobaça/V. dos Frades. Seguir pela estrada nacional até ao centro de Alcobaça.
O Cabeço – Rua Dona Elvina Machado, 65 Comida tradicional | quinta com animais Tel.: 914 500 202 | ocabeco.pt Magna Carta – Wine & Food – Rua António Correia Sousa Luz Comida gourmet | wine bar Tel.: 244 599 114 | mail: geral@magnacarta.pt Pastelaria Alcoa – Praça 25 de Abril, 44 Doces conventuais da tradição cisterciense Tel.: 262 597 747 | pastelaria-alcoa.com
O QUE COMER
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julho de 2018
UMA ILHA ONDE SE SENTE ÁFRICA
Quando falamos em Cabo Verde a associação direta é a ilhas que são paraísos de praia, a retiros em resorts com todas as mordomias em que ganhamos novas forças. Estas ilhas são o Sal e Boavista, mas o arquipélago é composto por outras oito. Santiago é o centro cultural e social de Cabo Verde, uma ilha com muito para oferecer, sem esquecer também as deliciosas praias.
julho de 2018
799€
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4 NOITES MAR 4 H PARTIDAS / 5 DIAS DE LISBO A PORTO E FARO ATÉ , 31 D E OU T U BR O
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PASSAGEM CLUI: AÉ DIRETO | RE A EM VO O TRANSFE RE S | ASSISTÊN ALOJAME CIA LO CAL | NTO | TAX AS | SEGURO D E VIAGEM O PE R A D O R TURÍST ICO : SOL (CONSULT FÉRIAS E O SEU A GENTE DE VIAGE NS)
Guia de Viagem INFORMAÇÕES ÚTEIS
Moeda: Escudo cabo-verdiano – 1€ = 110ECV | o euro é aceite na maioria dos sítios Passaporte: Obrigatório Visto: Obrigatório | pode ser providenciado pelas agências de viagens, nas embaixadas ou consulados de Cabo Verde ou à chegada ao país | 25€ Taxa de turismo: 2€ por noite por adulto (maior de 16 anos) | a pagar nos hotéis Língua: Crioulo cabo-verdiano e português Fuso horário: GMT -1 (sem horário de verão) Clima: Árido ou semiárido | temperatura média anual de 25°C | época da chuva de julho a setembro
A
viagem a Cabo Verde durou uma semana e deu para conhecer duas ilhas apenas, Santiago e Sal, mas foi suficiente para deixar o “bichinho” que parece ter contagiado tantos outros portugueses que escolhem o país como o seu destino de férias, ano após ano. Um destino que pode ser descoberto ao longo de várias viagens, pelas 10 ilhas, cada uma com seu encanto e todas tão diferentes entre si. O arquipélago é dividido em dois grupos, o Barlavento a norte, onde encontramos a Ilha do Sal, e o Sotavento a sul, que engloba Santiago. A língua materna de Cabo Verde é o crioulo cabo-verdiano, que devido à insularidade adquiriu diferentes variantes de ilha para ilha. Sendo uma língua única, a variante do crioulo falado em Santiago passou a ser conhecida como badiu, termo que serve também para identificar os habitantes da ilha. Santiago é a única ilha do arquipélago a ter semáforos para controlar o trânsito. Com isto quero dizer que a tranquilidade e aquele estilo de vida que parece correr
> lá fora
Santiago
D E S D E
| Fortaleza da Cidade Velha
a um tempo mais lento que o normal aqui não se sente. Estamos na capital, onde param as mais proeminentes figuras da política e cultura nacional. Se nos centrarmos na Cidade da Praia, capital da ilha e de Cabo Verde, esta realidade é ainda mais óbvia, com sumptuosos edifícios que dão casa a embaixadas dos mais diversos países e hotéis de categoria que foram desenhados para receber as mais distintas figuras internacionais. Contudo, a par com tudo isto surge a tão conhecida morabeza. Morabeza é a amabilidade, a delicadeza e a gentileza com que o povo caboverdiano recebe os seus visitantes e
incorpora no seu dia a dia. A morabeza contagia-nos para um estado de feliz languidez, que nos embala ao longo dos dias passados em Cabo Verde, mesmo aqui na cosmopolita capital. E não é exatamente esse o sentimento que procuramos nas férias? Cabo Verde tem, no total das ilhas, mais de 500.000 habitantes, sendo que mais de metade estão concentrados em Santiago. É a maior ilha do arquipélago, a mais importante, a mais completa no seu todo. Tudo isto faz com que seja uma visita óbvia. Alia uma cidade cosmopolita, com zonas históricas e recantos pitorescos, sem esquecer as tão
procuradas praias de areias douradas e mar calmo.
A CAPITAL NOVA E A VELHA CAPITAL
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A Praia é a cidade mais populosa de Santiago, tomando lugar bem no sul da ilha, com edifícios a debruçarem-se sobre as águas do Atlântico. A cidade é o centro administrativo da ilha e consequentemente do arquipélago. Um centro cultural, altamente habitado onde se encontram os maiores atrativos a nível de animação cultural da ilha. A cidade é feita por um conjunto de
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> lá fora
| Tarrafal
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| Rua da Banana - Cidade Velha
| Assomada
planaltos, geralmente conhecidos por achadas, e respetivos vales. Num destes planaltos encontra-se o centro da cidade, um promontório à beira-mar conhecido como Plateau, ou Platô. Aqui encontramos património edificado de importância, como o Palácio Presidencial de finais do século XIX, construído para ser residência do governador português, o edifício da Câmara Municipal e tantas outras casas coloniais, muitas de diferentes cores aguerridas. É no Plateau, também, que se encontra o primeiro museu etnográfico do país. O Museu Etnográfico da Praia, situado num edifício do século XIX, conta-nos a história da ilha e do país através de uma pequena exposição, que nos dá a conhecer um pouco das tradições cabo-verdianas. Toma lugar perto do Quintal da Música, um local incontornável numa passagem por Santiago, um restaurante animado
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com música ao vivo e delícias locais. Contudo, Praia não foi a primeira capital de Cabo Verde, cabendo esta honra à Ribeira Grande de Santiago até 1770. A Ribeira Grande é comummente conhecida como Cidade Velha, reservando as glórias de outros tempos. Perto da actual capital, a cerca de 15Km, esta foi a primeira cidade construída por europeus nos trópicos, fundada dois anos após os navegadores portugueses chegarem à ilha. Dada a sua riqueza arquitetónica é considerada Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, sendo o único local com esta classificação em Cabo Verde. Nasceu por meio das terras férteis de um vale profundo, na foz da Ribeira Grande, o que lhe garante características únicas. A povoação cresceu num anfiteatro junto ao mar, mas é no planalto que a encima que começa a
nossa visita, pela Fortaleza de São Filipe. A fortaleza foi construída em anos de 1500, em resposta aos ataques corsários de Sir Francis Drake à cidade. Lá do alto
abrem-se vistas perfeitas para o vale e para a cidade com o mar à sua frente. Na fortaleza podemos admirar uma cisterna que perdura desde a original julho de 2018
SAL: A ILHA DO SOL
construção e as paredes e torres que foram reerguidas em pedra amarela. A Cidade Velha atingiu o auge do seu esplendor no século XVI, em que se compunha por cerca de 500 edifícios de pedra e cal, onde se destaca a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Este é o mais antigo edifício da cidade, ainda existente, e um belíssimo exemplo da arquitetura gótica em África. O seu interior é modesto, mas apresenta, ainda assim, um friso dos azulejos azuis e brancos que por Portugal tanto se encontram. Paralela à Rua Carreira, onde se localiza a igreja, encontramos a Rua da Banana, a mais antiga da África Subsariana e dos trópicos, urbanizada pelos europeus. É um alinhamento de casas bem tratadas que se ergueram em pedra e foram cobertas a cal. É um museu vivo, onde os telhados das casas são uma cobertura de folhas de coqueiro e estas alegram a vista com portas e janelas de corres aguerridas. Na Praça do Pelourinho surge um mercadinho espontâneo, com pessoas a vender o sempre presente artesanato local, a par com as frutas exóticas que permitem as águas deste vale fértil. Fazemos uma paragem no bar e guesthouse Tereru di Kultura para ver o sol a descer no horizonte acompanhados de uma caipirinha, aquele que parece ser o cocktail predileto por estas bandas, e de um pão de alho. À nossa frente, para além dos coqueiros, estende-se um mar de um azul-escuro profundo que bate contra as pedras negras da praia, num cenário que faz lembrar a minha ilha do coração, a Madeira. A paleta é alegrada pelos pequenos barcos piscatórios que aliam a tinta branca a outra de tons vermelhos, amarelos e azuis, pelas coloridas redes de pesca que descansam sobre as rochas e pelos jovens que pegam em pranchas julho de 2018
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A Ilha do Sal parece uma língua que se estende do norte a sul ao longo de 30Km. É vizinha da Boavista e tal como esta é conhecida como um ideal destino para férias de praia, com um mar esverdeado de águas quentes e calmas que bate suavemente contra extensões de areia dourada, fina e macia. Este cenário paradisíaco surge a par com resorts e hotéis que pontilham a primeira linha de praia, numa oferta diversificada pronta para acolher turistas desertos de um período relaxado à beira mar, regado de deliciosos cocktails, com música caboverdiana e uma bela cachupa à mistura. O Sal é um destino de férias por excelência e verdade seja dita que não apetece sair do hotel, que o percurso entre o quarto e a praia é suficiente para dias plenos e felizes. Mas há que fazer um esforço e partir à descoberta da cultura local e pontos atrativos desta pequena ilha. É a mais árida e seca de todo o arquipélago cabo-verdiano. Predomina uma paisagem desértica e praticamente plana, onde quase conseguimos observar a totalidade da ilha de qualquer um dos seus pontos. Contam-se pelos dedos das mãos as árvores que aqui subsistem, mas ainda assim apresenta uma paisagem diversificada e pronta a ser conhecida. A ilha tem uma única avenida alcatroada, que liga os seus pontos mais importantes, nomeadamente Santa Maria a sul e Espargos, a capital no centro da ilha, passando pelo Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, a grande porta de entrada em Cabo Verde. Todo o norte da ilha é feito através de caminhos em terra batida, que nos levam aos seus pontos de interesse. A oeste a Buracona, uma piscina rochosa natural, com o
famoso Olho Azul, que foi buscar o nome aos tons fantásticos de azul que as águas assumem quando lhes bate o sol. A este as Salinas de Pedra de Lume, que se encontram desativadas e foram transformadas em piscinas de água de alto teor de sal e enxofre que, segundo dizem, faz maravilhas à pele. Entre estes dois pontos encontra-se uma planície desértica onde, dado o calor que emana da terra, podemos ver uma miragem, que faz os nossos olhos acreditarem estar a ver água. É ainda de referir a localidade de Palmeira, com o seu porto piscatório de onde partem tours de barco ou catamaran, que acompanham a costa da ilha, e a Baía da Barda, mais conhecida como Baía dos Tubarões, onde as rochas vulcânicas emanam o calor do sol e atraem os pequenos tubarões-limão, que podem ser avistados com 98% de certeza em excursões. Por fim, Santa Maria pede para ser explorada ao longo de umas horas. É onde se encontra um sem fim de lojas de artesanato local, com vendedores a chamar “família!” aos portugueses que passam. É uma povoação catita, que está a ser rejuvenescida aos poucos. Nos restaurantes encontram-se lagostas nas montras e à noite ganha toda uma nova vida com diversos locais de animação noturna a alegrar as noites quentes. Não deixe de percorrer o famoso pontão de madeira, sobre a Praia de Santa Maria, a melhor da ilha, onde a todas as horas podemos ver peixe e ser amanhado, redes a serem reparadas e pescadores a chegarem com o fruto do seu trabalho, numa agitação intensa onde participam homens e mulheres de todas as idades.<
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> lá fora
COMO IR
Tanto a TAP como a TACV – Cabo Verde Airlines efetuam voos diretos entre Lisboa e as ilhas do Sal e de Santiago. O voo tem a duração de cerca de 3 horas e 30 minutos.
ONDE FICAR
Santiago: Oásis Praiamar HHHH Praia | Desde 85€ p/ noite Oasisatlantico.com/pt/praia-mar Santiago: Pestana Trópico HHHH Praia | Desde 93€ p/ noite pestana.com/pt/hotel/pestana-tropico Sal: Hilton Cabo Verde Sal Resort HHHHH Santa Maria | Desde 203€ p/ noite hiltonhotels.com/pt_BR/cabo-verde/hiltoncabo-verde-sal-resort/
ONDE COMER
| Tarrafal
RECOMENDAÇÕES Não é aconselhável beber água da torneira em Cabo Verde, em especial no Sal que não apresenta reservas de água potável. Faça-se acompanhar de uma garrafa de água ao longo do dia e não se esqueça de pôr na mala protector solar, repelente, chapéu e roupa larga e confortável.<
< | Tarrafal
de surf e tentam fazer o melhor destas águas calmas.
PERCORRER A ILHA DE SUL A NORTE Num dos dias em Santiago propusemo-nos dar uma volta à ilha, atravessá-la de sul a norte pelo seu interior e regressar à Praia pela costa este. Numa ilha com 75Km de comprimento e 35Km de largura fazemos de tudo para conhecer o máximo dos seus recortes e história, e o Tarrafal, a norte, é um ponto de visita obrigatório. A partir do momento em que deixamos para trás a Cidade da Praia vemos as cores da ilha a mudar dos tons da terra para os verdes que ainda se fazem sentirem embora há muitos meses se viva a época seca. O melhor conselho que posso dar é que faça este tour com um guia local, para que melhor possa perceber os recantos de Santiago e, mais que isso, para que este lhe possa abrir os olhos para as figuras que tanto se orgulham em ver em montes e serras, que vão desde um elefante deitado, à estátua de Marquês de Pombal que se encontra no
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centro da praça de mesmo nome, em Lisboa. A meio caminho entre o sul e o norte, bem no centro interior da ilha, fazemos uma paragem técnica. É tempo de esticar as pernas, beber um café, que por estas bandas é quase decerto português, e entrar em contacto com a comunidade num dos mais tradicionais mercados da ilha, o Mercado de Santa Catarina. Assomar-se é como dizer “subir ao cume”, com o nome da cidade a assentar-lhe na perfeição. Subimos uma montanha e à nossa frente surge a Assomada. Aqui vive-se uma atmosfera muito particular numa perfeita junção entre a urbe e a ruralidade. O centro da cidade ainda apresenta testemunhos da sua história, com edifícios em estilo colonial português, sendo que ao redor deste centro cresceu uma imensa malha urbana, que parece não ter fim. Continuando caminho entramos no Parque Natural da Serra da Malagueta, um dos pontos altos da ilha. No seu topo passamos pela garganta da Serra da Malagueta, a estrada que passa entre
os seus picos, a 1.034m. Do outro lado começamos a descer para o Tarrafal, onde o primeiro ponto de paragem é o Campo de Concentração do Tarrafal, que é o hoje o Museu da Resistência que pretende dar dignidade ao espaço e memória das vítimas. O campo foi mandado construir pelo Estado Novo, com os primeiros presos políticos a partirem de Portugal em 1936. Tinha como objetivo afastar da metrópole os presos problemáticos e mostrar aos contestatários que a repressão era levada ao extremo. Encarcerou presos políticos portugueses até 1954, funcionando depois até 1974 como prisão para caboverdianos, guineenses e angolanos. No atual museu visitámos as celas comunitárias e individuais, a cozinha, o posto de pronto socorro e a biblioteca, todos eles com descrições sombrias do que aqui se passou noutros tempos, nem por isso assim tão distantes. Mudando o cenário para algo muito menos triste, continuamos até à deliciosa praia do Tarrafal. Esta vila tem uma
Santiago: Quintal da Música – Praia Gastronomia local | música ao vivo Tel.: +238 261 16 79 | mail: quintaldamusica@gmail.com Santiago: O Poeta – Praia Comida local gourmet | lounge sobre o mar Tel.: +238 261 38 00 | mail: rest.poeta@ cvtelecom.cv Santiago: Baía Verde – Tarrafal Especialidade: peixe grelhado | sobre a praia Tel.: +238 266 11 28 | mail: baiaverde@ cvtelecom.cv Sal: Americo’s – Santa Maria Gastronomia local | música cabo-verdiana Tel.: +238 242 10 11 | mail: soaresamerico@gmail.com
das poucas praias de areia branca de Santiago, aquela que é, com certeza, a mais apetecida da ilha. É uma baía rodeada de coqueiros, com um vasto areal fino e águas calmas de tons aliciantes. Primeiro paramos no restaurante Baía Verde, localizado mesmo sobre a praia, e deliciamo-nos com diferentes tipos de peixe grelhado, com o incontornável atum e ainda um pouco de cachupa. Depois descemos avidamente até à praia e aqui nos deixamos ficar, calmamente, sobre o sol. O regresso à Cidade da Praia faz-se por um caminho muito mais serpenteado. Sobem-se montes e descem-se vales à medida que acompanhamos a costa este da ilha. Veem-se enseadas e pequenas praias, umas de areia e outras de rocha. Percorremos estradas empedradas por entre cenários áridos e vales férteis, com toda a espécie de plantações. As paisagens de Santiago são distintas, mas todas belas. Passamos, também, pela localidade de Espinho Branco onde se encontram os Rabelados (do português rebelados), uma comunidade que se revoltou contra as reformas da Igreja Católica na década de 40 e se isolou da restante população. A comunidade exerce as suas antigas tradições clandestinamente, recorrendo a grupos coesos de modo a não ser extinta. São hoje poucas as casas que perduram, mas em Espinho Branco encontram-se cerca de 2.000 Rabelados, que moram em habitações feitas em palha e folha de coqueiro, vivendo da agricultura, pesca e artesanato.< O destinos esteve em Cabo Verde a convite do operador turístico Solférias TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA julho de 2018
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> ficar
Retiros de charme Com as férias à porta e o corpo, tanto quanto a mente, a sentirem o apelo do descanso, se possível num ambiente afastado de grandes confusões, propomos que parta à descoberta de unidades hoteleiras que são verdadeiros oásis de tranquilidade. Escolhemos, por isso, unidades de pequena dimensão, afastadas das grandes urbes para que o descanso seja mais completo, desde boutique hotéis a empreendimentos de turismo rural, onde é estreito o contato com a natureza, mas que em comum têm a qualidade de serviço e o charme das instalações. Todos eles são locais onde os hóspedes se sentem bem, onde o conforto é rei e onde à qualidade dos serviços se alia a diversidade de propostas e, em alguns casos, o luxo. TEXTO: FERNANDA RAMOS
DESDE:
140€
QUARTO DUPLO C/ PEQUENO-ALMOÇO
FÁTIMA ·
Luz Charming Houses um retiro de luxo
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o nº 78 da Rua Principal de Moimento, a uns escassos cinco minutos do Santuário, o Luz Charming Houses, que leva a assinatura “A soul experience” foi classificado como retiro cultural de luxo, e isso assenta que nem uma luva. O empreendimento é uma pequena aldeia de cor terracota, cujos edifícios são inspirados na arquitetura tradicional da região de Fátima e da Serra de Aire, dos séculos XIX e XX. Com um design arrojado que junta o tradicional e o contemporâneo, na pequena aldeia entra-se por um caminho de lajes de pedra envolto em árvores que à noite se iluminam. Por ali não falta uma “mãe casa”, o edifício principal onde se situam os espaços comuns, a receção e mesmo uma mercearia onde pontificam os produtos locais. Mas também não falta uma ermida, um curral das ovelhas e um algar (gruta natural) onde está agora instalado o Spa denominado Luz Senses. Quartos, que correspondem a casas, são 15, nove superiores, cinco suites e uma master, as últimas com alpendre e espaço de cozinha. Ao entrar em cada quarto, envolto apenas nos sons da natureza, há sempre um código ou uma mensagem que espera o hóspede e o convida a pensar. Acresce sala de refeições com lareira, sala de estar com lareira bem no centro, piscina em pedra, tudo isto na tal “mãe casa” que é de todos e onde existe mesmo, num recanto, uma “árvore dos sentidos” onde cada um é convidado a deixar uma mensagem. Informações em: luzhouses.pt
SERRA DA ESTRELA ·
E
Charme serrano na Casa das Penhas Douradas
m meio do Parque Natural da Serra da Estrela, onde a natureza permanece intocável, o ar é puríssimo, o silêncio absoluto e tranquilidade é rainha, ergue-se a Casa das Penhas Douradas, Burel Expedition Hotel. A 1.500m de altitude, numa paisagem em que a montanha domina, este boutique hotel convida à contemplação. O conforto e o serviço de qualidade são reis e senhores numa unidade que em tudo aproveita o meio que a envolve e neste aproveitamento dos produtos locais está outra das suas mais-valias. Inspirado na arquitectura local e construído com recursos a materiais naturais, como a cortiça e a madeira, este hotel onde o charme domina e que é dotado de uma atmosfera mágica, possui 17 quartos e uma suite, piscina interior aquecida e com vistas panorâmicas (há janelas enormes quase envoltas nas encostas rochosas da serra), equipada com hidromassagem, sauna, duche vichy e um spa com diversos rituais e massagens com óleos de infusões de plantas endógenas da Serra da Estrela. Soma-se um restaurante, com cozinha gourmet que tem por base produtos locais, assim como pratos vegetarianos. A partir daqui se pode partir à descoberta da magia do Parque Natural da Serra da Estrela, seja a pé, de bicicleta, de jipe ou automóvel. Como também se pode ficar a conhecer de perto o fabrico do Burel, o mais antigo tecido de lã artesanal português, já que a Casa das Penhas Douradas reconstruiu a última fábrica de lanifícios de Manteigas, a Burel Factory. Informações em: casadaspenhasdouradas.pt
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DESDE:
150€
QUARTO DUPLO C/ VARANDA C/ PEQUENO-ALMOÇO
julho de 2018
DESDE:
275€
GRÂNDOLA ·
(SETEMBRO) QUARTO DUPLO MÍNIMO: 2 NOITES
SÃO BRÁS DE ALPORTEL ·
No retiro sublime da Comporta
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Sublime Comporta é um lugar encantado, retiro onde se fundem ambiente e experiência sensorial. Rodeado de pinheiros mansos, lagoas que parecem querer passar despercebidas, dunas e arrozais, aqui o tempo parece parar como por artes de magia. Espaço ideal para relaxar corpo e mente, um local onde nos sentimos rodeados pelo estilo de vida simples e tradicional da Comporta, o empreendimento está aninhado numa propriedade de cerca de sete hectares, colada à Herdade da Comporta. A unidade possui 14 quartos, cinco deles no edifício principal, enquanto os restantes estão numa estrutura secundária a 50 metros da principal. Todos estão no piso térreo, para uma perfeita simbiose entre o interior e o exterior que rodeia a propriedade, e todos se caracterizam pela sua luz, espaço e simplicidade, bem ao estilo de quem procura relaxar longe (mas perto) das zonas urbanas. Aos quartos e suites acrescem ainda várias villas, uma atualização do estilo característico das “cabanas da Comporta”, todas com piscina privada, lareira interior e exterior e terraço e que oferecem entre dois a cinco quartos. A unidade oferece ainda dois bares (um no lobby outro na piscina), restaurante (o Sem Porta) e spa. Saiba mais em: sublimecomporta.pt
Ruralidade e tradição na Quinta dos Tesouros
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e procura um Algarve diferente, feito de ruralidade e tradição, a Quinta dos Tesouros, em S. Brás de Alportel, deve estar na sua rota. Unidade de turismo rural resultante da recuperação de uma casa tradicional de 1931, feita à base de pedra e cerâmica da região, oferece uma suite e vários quartos single e duplos com casa de banho, alguns com duche e banheira, ar condicionado, roupeiro, televisão por satélite, wi-fi gratuito, minibar, cofre e cafeteira elétrica. No calmo coração algarvio, vivem-se experiências memoráveis em comunhão com a natureza. Cometa o “pecado” da gula com um pequenoalmoço serrano recheado de produtos regionais, onde não faltam sumos naturais, queijos, compotas e uma amostra da pastelaria gourmet à base de amêndoa, figo e alfarroba, da autoria da proprietária, Fátima Galego, famosa boleira/doceira algarvia. Aproveite e prove alguns licores como o de alfarroba, poejo, ou lúcia lima. Na Quinta dos Tesouros há massagens, piscina de água salgada, terraço e um jardim onde moram uma oliveira com mais de 2000 anos e uma pedra menir pré-histórica. A unidade proporciona atividades como birdwatching; observação de estrelas e de borboletas, percursos pedestres e trilhos de bicicleta. Informações: quintadostesouros.pt
DESDE:
85€
QUARTO DUPLO (ECONÓMICO) C/ PEQUENO-ALMOÇO
DESDE:
147€
QUARTO DUPLO C/ PEQUENO-ALMOÇO
julho de 2018
FURNAS, ILHA DE SÃO MIGUEL ·
Banho de natureza no Terra Nostra Garden Hotel
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ara quem pretende passar uns dias de revigorante descanso, rodeado por uma paisagem feita de todos os tons de verde, salpicada de todas as cores que as flores, principalmente camélias, podem ter, o Terra Nostra Garden Hotel, em pleno Vale das Furnas, só pode ser o lugar ideal. Decorado com as cores da terra, dotado de um charme muito especial, o hotel abre-se em duas alas que comportam os 86 quartos. Na Ala Jardim, há quartos com terraço e espreguiçadeiras, varandas que se abrem sobre o Parque e o tanque de água térmicas e tépidas, verdadeiro spa ao natural, onde mergulhar é viver uma experiência única. Já os quartos da Ala Art Deco parecem transportar os hóspedes para a tradição e o charme dos primeiros tempos do hotel. Soma-se o TN Wellness Place que nos tratamentos tira partido do potencial do Vale das Furnas e do Parque, utilizando ervas e flores ali plantadas. Ervas que também são utilizadas na preparação de iguarias que são depois servidas no restaurante e em algumas bebidas, no bar. Informações: bensaude.pt/terranostragardenhotel/
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> experiência
LUSO E S. PEDRO DO SUL
| S. Pedro do Sul
Mimar-se nas termas do Centro de Portugal Não é só para tratar das mazelas do corpo. Hoje as estâncias termais têm uma vasta oferta complementar aos tratamentos clássicos que, recorrendo às excecionais virtudes das águas minerais naturais, proporcionam o bem-estar através de duches, banhos, massagens, saunas, ou estética, com programas para um fim de semana diferente. O Centro de Portugal é uma região rica neste aspeto.
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| Buçaco
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ara combater a ideia estereotipada de que as termas são apenas direcionadas para idosos ou pessoas doentes, visitámos as estâncias termais do Luso e São Pedro do Sul, duas das 18 existentes no Centro de Portugal, para demonstrar que nelas respira-se o bem-estar, promoção da saúde e melhoria de qualidade de vida,
aliando estes mimos ao contacto com uma natureza ímpar, a uma gastronomia rica e repleta de saberes e sabores, e a uma cultura e património presentes em cada cidade, vila ou aldeia. Em Portugal, a tradição de fazer termas é já longa. Diz-se que os romanos já iam a banhos e este vestígio é sobejamente evidente, por exemplo, na Vila Termal
de S. Pedro do Sul onde estão a ser reabilitados os balneários romanos, que no próximo ano já poderá visitar. Dizia que essa tradição já é longa, mas sofreu várias alterações ao longo das gerações. Se já foi considerado um luxo para as elites, nos últimos anos fazer tratamentos termais ficou associado a um hábito de uma população mais idosa, que recorre aos benefícios das águas termais para a cura de doenças, principalmente do foro respiratório e músculo-esquelético, hoje trata-se de uma experiência holística e única, que alia os benefícios das águas nas vertentes de saúde e bem-estar à riqueza dos ambientes onde as termas se situam, com um vasto património cultural e gastronómico. Várias estâncias termais sofreram remodelações e, atualmente, são espaços modernos com spa termal, sofisticados e preparados para proporcionar os melhores serviços, quer na vertente de termalismo clássico, quer na vertente de bem-estar. A região Centro agrega quase julho de 2018
LUSO COMO IR
De Lisboa ou do Porto: Seguir pela A1 até à saída 14 para N234 em direção a Cantanhede/Mealhada. Depois é só seguir as indicações que dizem Luso.
ONDE FICAR
Grande Hotel de Luso HHHH Desde 90€/quarto/noite (pequeno-almoço incluído) Tel: 231 937 937 Site: http://www.hoteluso.com Email: info@hoteluso.com
ONDE COMER
Rei dos Leitões (Mealhada) Av. da Restauração, 17 Tel: 231 202 093/231204509 Preço médio 22€ Aqui não há apenas leitão. A carta é abrangente e inovadora, com apontamentos gourmet
O QUE COMER
Leitão da Bairrada acompanhado de vinho espumante
MENU SPA TERMAL (LUSO) metade das estâncias termais de Portugal e estas encontram-se próximas de locais de elevado interesse histórico e património natural. Dito isto, esta é pois uma oportunidade de tomar o contacto com as águas termais. Fuja das barulhentas cidades e regresse ao melhor que a vida tem. Descubra, como nós, as estâncias termais do Luso e S. Pedro do Sul e reencontre o equilíbrio com que sempre sonhou. Vá ao encontro da origem do bem-estar.
TERMAS DE LUSO – UMA EXPERIÊNCIA VERDADEIRAMENTE ÚNICA Rodeadas pela beleza indescritível da Serra do Buçaco, as termas de Luso proporcionam uma experiência verdadeiramente única, que explora a intimidade e o encanto dos sentidos.
Ao contrário de outras estâncias, está aberta o ano inteiro. Se ficar instalado no Grande Hotel de Luso, marque a experiência que pretende usufruir (ver apenas alguns exemplo em caixa), vista o roupão, calce uns chinelos, coloque a sua toca e, descontraidamente, deixe o seu quarto e entre directamente nas termas por uma passagem envidraçada, sem ter que atravessar a rua. Na vertente de bem-estar pode escolher pacotes de curta duração HalfDay e OneDay Spa Experience, e outros com duração até cinco dias com e sem alojamento incluído. No final vai-se sentir relaxado, ou revitalizado, rejuvenescido e cheio de energia. O Spa Termal de Luso oferece ainda com o Circuito Acqua Sensations, uma zona de excelência para experiências de banho e calor e que explora os benefícios da ação dinâmica e térmica da Água Termal de Luso, que tem no seu espaço uma
GUIA TERMAS CENTRO DE PORTUGAL O “Guia Termas Centro de Portugal”, lançado recentemente, é um compêndio de informação essencial sobre as 18 estâncias termais da região e a sua envolvência. Pretende-se com este guia captar o interesse de clientes que não ainda não tenham experienciado termas, e por outro, incentivar clientes que já tenham contactado com termas a visitar outras estâncias da região. O Guia Termas Centro de Portugal revela as características da água de cada estância termal, as indicações terapêuticas e os tratamentos de termalismo clássico e serviços de bem-estar disponíveis. Esta informação é complementada por sugestões de o que fazer por perto, onde dormir e onde comer. Este ano as Termas Centro já lançaram um website que também reúne informação útil sobre cada uma das estâncias (www.termascentro.pt). Em breve, ficará disponível uma aplicação Termas Centro onde os clientes são convidados a aprender sobre as termas e a sua envolvência através de jogos, assim como a plataforma de venda direta.< julho de 2018
RITUAIS SENSATIONS Luso Sensations – Aromateria: 100€ – 1h Radiant Skin – Anti-stress: 110€ – 1h15 Wine Enotions – Vinoterapia 150€ – 2h RITUAIS DE CORPO Ambiente de sais: 60€ – 00h45 Leveza e beleza: 90€ – 1h Anti-celulite: 120€ – 01h30 RITUAIS COM ÁGUA Duche de agulheta: 16€ – 00h07 Hidromassagem: 20€ – 00h15 Duche Vichy com massagem costas: 25€ – 00h15 RITUAIS DE MASSAGEM Luso relax: 45€ – 00h45 Total relax: 60€ – 1h Pedras do sol. 70€ – 01h15 Ayurvédica: 75€ – 1h
piscina interativa, fonte de gelo, sauna, hammam, duche suíço, duche sensações e sala de relaxamento. Se pretender algo mais romântico, saiba que nas Termas de Luso existem salas para rituais de banho e massagens a dois. Aproveite todos esses momentos com a sua cara metade. | Luso
VISITAR
Mata Nacional do Buçaco (Entrada 5€ por veículo)
Após todos estes mimos, vai sentir vontade de explorar a região. Completam a sua experiência termal a possibilidade de visitar o Mosteiro das Carmelitas Descalças (Séc. XVII) e ao edifício Neomanuelino do Palace Hotel do Bussaco, entre outras atividades culturais como espetáculos e exposições. Campos de ténis, piscinas, pavilhão polidesportivo, circuitos de manutenção e possibilidade de fazer passeios de bicicleta ou de barco, favorecem a atividade física moderada num ambiente de tranquilidade e ar puro.
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TERMAS DE S. PEDRO DO SUL – RAINHA DE GRANDE BELEZA NATURAL
Em S. Pedro do Sul aliam-se as propriedades únicas da sua água à natureza esplêndida que envolve a cidade termal. Rodeada pela Serra da Arada, pelo Monte de S. Macário e pela Serra da Freita, em conjunto com o rio
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> experiência
ESTÂNCIAS TERMAIS QUE INTEGRAM A REDE TERMAS CENTRO
INSTITUTO AQVA (SÃO PEDRO DO SUL)
Termas de Alcafache, Termas de Almeida – Fonte Santa, Termas de Águas – Penamacor, Caldas da Felgueira, Caldas da Rainha, Termas do Carvalhal, Termas da Curia, Termas do Cró, Termas da Ladeira de Envendos, Termas de Longroiva, Termas de Luso, Termas de Manteigas, Termas de Monfortinho, Termas de Monte Real, Termas de Sangemil, Termas de S. Pedro do Sul, Termas de Unhais da Serra, Termas de Vale da Mó.<
PROGRAMA AQVA aqva termal – 3 dias: 180€ - inclui piscina com hidromassagem fixa, massagem de relaxamento geral, massagem facial, banheira com hidromassagem, duche cachão, duche com massagem geral e massagem com pedras quentes geral. aqva vida – 2 dias: 100€ - inclui piscina com hidromassagem fixa, massagem de relaxamento local, massagem facial, duche cachão e duche com massagem geral. MOMENTO AQVAS (pacotes de 1 dia) Leveza: 55€ Anti-stress: 60€ Energia: 50€ Sensação: 60€ Equilíbrio: 50€ Purificante: 27€ AQVA & CORPO Relaxamento geral: 45€ - 00h40 Pedras quentes local: 30€ - 00h30 Esfoliação e hidratação corporal: 50€ - 00h50 Duche com massagem geral: 25€ - 00h25 Piscina com hidromassagem fixa: 15€ - 00h30
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Vouga, transparece ainda mais a beleza natural e o ar puro existente em São Pedro do Sul. Abertas durante todo o ano, as Termas de S. Pedro do Sul colocam à disposição dois balneários termais – o clássico Balneário Rainha D. Amélia e o amplo Balneário D. Afonso Henriques, ambos modernamente equipados e com uma equipa técnica qualificada. É efetivamente no balneário Rainha D. Amélia que pode desfrutar de programas na área do bem-estar, que podem ser experimentados num único fim de semana. Não saia sem dar uma vista de olhos no pequeno museu que conta a história destas termas que há mais de 2.000 anos promovem a saúde e o bem-estar. Começaram por ser denominadas Caldas Lafonenses e passaram à sua designação atual em 1910. Diz-se que Dom Afonso Henriques foi aqui curado de uma fratura numa perna após a batalha de Badajós, e que a Rainha Dona Amélia teria sido cliente frequente na procura da cura para as suas maleitas. Enfim, são curiosidades. Animação é que não falta na bela Vila Termal de S. Pedro do Sul com o Vouga a seus pés. Há atividades diárias para toda a família, com iniciativas diversas de lazer, como caminhadas, ginástica, dança, cinema, espetáculos musicais, karaokes, entre outros. Para os mais aventureiros, aproveite a espetacular ecopista, um percurso lúdico à volta do Vouga. Usufrua também da Serra da Arada e das aldeias típicas, das quais a da Pena é um bom exemplo, para interagir com a realidade rural, ou aceite o desafio e aproveite o programa “14 freguesias – 14 experiências” onde vai poder tomar contacto com um produto típico dessas localidades. E o que dizer da gastronomia da região? É de comer e chorar por mais. Se o expoente máximo é a vitela de Lafões, o bacalhau com broa não lhe fica atrás. Tudo regado pelo vinho de Lafões. Falamos de águas, mas aqui o vinho, a acompanhar uma refeição digna de nome, não pode faltar. Para quem pretende desfrutar de uma curta experiência termal vocacionada para o relaxamento e bem-estar, as Termas de São Pedro do Sul disponibilizam o AQVA Spa, o local ideal para refúgio do quotidiano. Os clientes podem optar por serviços individuais ou combinados em programas de duração de até 3 dias. Hidromassagem, massagens com pedras quentes, esfoliações, duches variados são algumas
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SÃO PEDRO DO SUL COMO IR
De Lisboa ou do Porto: Seguir pela A1, depois para a A25 em direção a Viseu, depois pela saída para a N333 em direção a Vouzela/S. Pedro do Sul, depois em direção à N16
ONDE FICAR
Hotel do Parque - Health Club & Spa HHHH Desde: 80€/quarto/noite (pequeno-almoço incluído) Rua do Serrado Tel: 232 723 461 Email: geral@hoteldoparque.pt Site: www.hoteldoparque.pt
ONDE COMER
Adega do Ti Joaquim Restaurante típico Rua Central, 781 Tel: 232 711 024/969 654 671 Site: www.adegatijoaquim.com Email: adegatihoaquim@gmail.com Preço médio:13€
| Aldeia da Pena
das ofertas que integram os packs. Existem ainda múltiplas opções de programas específicos para o rosto (Aqva&rosto); tratamentos exclusivos das Termas de S. Pedro do Sul (Aqva&assinatura) com recurso à linha de dermocosméticos próprios destas termas, os produtos Aqva; e os programas Aqva&corpo, que vão desde massagens de relaxamento a hidratação corporal, com diferentes preços, durações e propósitos. Para estas experiências termais convém
levar fato de banho, chinelos e touca. Aproveite a linha Aqva que foi usada na sua experiência termal, compre e leve para casa, pois esta sensação de bem-estar vai-se manter. A linha surgiu para levar o melhor da água termal de S. Pedro do Sul até si. Pode optar pela linha hidratação ou a linha antienvelhecimento. Todos os produtos são testados dermatologicamente e têm eficácia comprovada.< TEXTO: CAROLINA MORGADO
O QUE COMER
Vitela de Lafões Assada, Cabrito à Lafões, Bacalhau com Broa, Arroz de Vinha de Alhos, Arroz de Carqueja, Sopa de Feijão, enchidos regionais acompanhados do vinho de Lafões
VISITAR
Aldeias típicas: Pindelo dos Milagres, Aldeia da Pena, Covas do Monte, Covas do Rio, Aldeia do Fujaco, Manhouce, São Cristóvão de Lafões, Aldeia do Candal, Coelheira. Aldeia da Landeira, Aldeia de Leirados e Gestosinho julho de 2018
> grandes dicas
por FERNANDA RAMOS
ILHA DAS FLORES
Aldeia da Cuada – Turismo de Aldeia “É aqui o paraíso”. Esta é a promessa que faz aos visitantes a Aldeia da Cuada, na ilha das Flores, uma das mais autênticas ilhas açorianas e também uma das que guarda em si uma natureza mais “selvagem”. A aldeia, projeto onde a sustentabilidade ambiental é levada muito a sério, ajuda a isso mesmo – à preservação da natureza. A aldeia, que estava abandonada, foi totalmente recuperada de acordo com a traça rural das suas casas de pedra, hoje com o interior adaptado às atuais necessidades. Retiro verdadeiramente rural onde é permanente a comunhão com a natureza, a Aldeia da Cuada, no litoral norte da Ilha das Flores, entre a Fajã Grande e a Fajãzinha, é composta por 16 casas (7 T1, 7 T2, 1T4 e 1T6), que conservam nomes de tempos passados, em alguns casos dos seus antigos proprietários. É assim que encontramos, por exemplo, a Casa da Esméria, o Palheiro do Pimental ou a Casa da Maria José, entre outras. Todas dispõem de casa de banho privativa, cozinha equipada, aquecimento, wi-fi gratuito e área exterior exclusiva com mesa, guarda-sol, espreguiçadeira e churrasqueira. Na aldeia há receção e lavandaria, transporte de bagagens, um museu, um bar (o Bar da Aldeia) onde é servido o pequeno-almoço e refeições tradicionais acompanhadas de música da região, ao vivo, e ainda um restaurante. Contactos: 292 590 040 | info@aldeiadacuada.com | aldeiadacuada.com
LINHARES DA BEIRA
Tesouro da Meia Noite
N
ão são precisas justificações para visitar qualquer uma das Aldeias Históricas de Portugal, mas se necessitar de uma nós damos: vá festejar a Lenda do Tesouro da Meia Noite, de 13 a 15 de julho na Aldeia História de Linhares de Beira. Trata-se de um evento de cariz cultural e gastronómico, com muita animação à mistura, que prometem marcar os moradores e os visitantes de Linhares. Com entrada gratuita, o evento “Tesouro da Meia Noite” pretende criar uma viagem sensorial pela aldeia, através de personagens que vivem na memória coletiva dos seus habitantes. O ambiente cénico vai levar o visitante a perder-se nos recantos públicos e privados da Aldeia Histórica de Linhares da Beira, através de um “Roteiro dos Sabores” onde encontrará tentadoras e saborosas surpresas. O programa da festa é muito rico e variado. Haverá um show cooking pelas mãos do chef Tiago Bonito, detentor de uma estrela Michelin, um Mercadinho D'Aldeia para promover os produtos locais, espetáculos de luz e som junto do imponente castelo de Linhares, teatro de rua e muito mais, como pacotes de alojamento a preços especiais. Entre as muitas iniciativas, apenas o jantar comunitário (dia 14) e as oficinas de produtos naturais (dia 15) estão sujeitas a inscrição prévia para 271 776 307 ou turismo@cm-celoricodabeira.pt.
julho de 2018
ALMADA
Atividades culturais gratuitas
C
onhece Almada ou desta cidade sabe apenas que fica do lado sul da ponte 25 de Abril? Se daquela margem do Tejo apenas conhece o caminho para as praias da Costa ou outras mais a sul “roube” um bocadinho às praias e visite algum dos museus municipais que até agosto têm um vasto programa de atividades gratuitas. Faça uma visita guiada à Quinta do Almaraz, ao Museu Naval e ao Museu Medieval. Leve os mais pequenos a participar nas oficinas de tecelagem e em percursos por Almada Velha. No Sítio Arqueológico da Quinta do Almaraz, o dia 21 de julho é de visitas guiadas das 10h00 às 17h00, tal como o dia 18 de agosto), oficina de tecelagem (10h30) e atelier de olaria (16h00) e de 21 a 31 de agosto as crianças dos 6 aos 12 anos podem fazer um percurso de orientação a partir das 10h00. Já no Museu da Cidade, de 10 a 13 de julho, as crianças dos 6 aos 11 anos têm atividades dedicadas entre as 10h00 e as 14h00, enquanto no Museu Medieval Moderno há visitas de arqueologia em Almada Velha nos dias 7, 11 e 25 de julho e 4, 8 e 22 de agosto, sempre pelas 11h00. Este foi apenas um “cheirinho” da programação, mas há muito mais. Informações e Marcações Tel.: 212 734 030 | www.m-almada.pt/museus
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> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS 6 a 15 de julho
FESTIVAL DO PÃO MAFRA
7 a 29 de julho
O Pão de Mafra é rei neste festival que promove esta iguaria e os produtos e tradições locais, no belo cenário que é o Jardim do Cerco. De entrada gratuita, esta 8ª edição inclui atuações de ranchos folclóricos e atividades para crianças, tasquinhas com especialidades gastronómicas, exposição de veículos e alfaias agrícolas antigos e animação musical, com um cartaz com nomes como João Pedro Pais, Mia Rose e Carminho.
27 e 28 de julho
FESTIVAL FOLK CELTA PONTE DA BARCA
No último fim de semana deste mês o Choupal de Ponte da Barca recebe o Festival Folk Celta, de entrada gratuita que vai já na sua XI edição, e que este ano conta com os Dead Combo entre o grupo de artistas que vão dar música nas margens do Rio Lima. Durante os dois dias pode assistir a espetáculos e desfrutar da feira artesanal, com um espaço reservado à restauração e mostra de artesanato.
27 e 28 de julho
BELÉM ART FEST LISBOA
O Belém Art Fest volta a invadir o mais importante eixo cultural de Lisboa. A 7ª edição volta a unir a música, a arte e o património, tendo já Marcelo Camelo, Dengue Dengue Dengue e Conan Osiris como nomes confirmados dos concertos a decorrer no claustro do Mosteiro dos Jerónimos, Museu Coleção Berardo, Museu Nacional de Arqueologia, Picadeiro do Museu dos Coches e na Praça do Império, que vêm a par com exposições, visitas guiadas noturnas, street food e artesanato.
14 e 15 de agosto
SOLARIS SUNSET EMPIRE PORTIMÃO
A Praia da Rocha acolhe a edição de estreia do maior festival de verão alguma vez realizado no Algarve. Com um cartaz a contar com nomes consagrados da música eletrónica, como KSHME, Afrojack, Fedde Le Grand e W&W, o festival diferencia-se por se realizar na areia, permitindo o acesso ao mar. Com início às 14h00, dá a oportunidade de passar uma tarde de praia ao som de grandes DJs. <
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AGITÁGUEDA
23 dias de arte e cultura Ano após ano o mês de julho traz 23 dias de animação à cidade de Águeda. O AgitÁgueda é um festival de cor e alegria junto ao Rio Águeda, com instalações de arte urbana, espetáculos, concertos e tantas outras iniciativas. É um evento cultural único, que dirige a atenção para o valioso património da cidade e apresenta momentos que agradam visitantes de todas as idades e com todos os gostos. Para que se torne ainda mais apetecível, todo o seu programa é de entrada livre.
A
o nome AgitÁgueda é fácil associar os mais de 3.000 chapéus de chuva coloridos que cobrem quatro das principais ruas da cidade. O Umbrella Sky Project, desde 2011, garante ao festival fama além-fronteiras, mas o AgitÁgueda vai muito além desta criação de imenso impacto visual. É um festival imperdível, com tantas atividades, performances e momentos especiais ao longo de 23 dias, que a dificuldade recai na escolha. Em 2018, os chapéus de chuva já voltaram às ruas de Águeda, onde ficarão até ao dia 30 de setembro. O projeto vem merecendo menções honrosas ao longo dos anos e este não foi exceção. No final do passado mês de maio, a revista Architectural Digest destacou Águeda, e em particular o Umbrella Sky Project, como uma das 19 Ruas Mais Bonitas do Mundo, “ruas espetaculares que merecem uma viagem para serem vistas”. O AgitÁgueda surgiu em 2006 e desde então dá a conhecer a cidade através da arte e da cultura. Revitalizou espaços urbanos e dinamizou o comércio local, no que deu uma nova vida às ruas da cidade e transformou Águeda num museu a céu aberto, não somente neste atarefado mês de julho, mas ao longo de todo o ano, com obras de arte urbana a poder ser apreciadas em qualquer visita ou passagem pela cidade.
Efetivamente, a componente de arte urbana, ou street art, é o grande destaque do festival, que não deixou nenhum recanto da cidade ao acaso. O que se pretende é que se faça um roteiro de arte urbana, que percorra diversos pontos espalhados pela cidade, que espelham o seu valioso património edificado de uma
forma inovadora. Estas manifestações artísticas desenvolvidas em espaço público surgem um pouco por todo o lado, com toda a parede branca a servir de inspiração. O festival conta também com o AgitLAB, que se desenha como um laboratório de experimentações contemporâneas com
ÁGUEDA POR SI SÓ MERECE VISITA O AgitÁgueda surge como a oportunidade ideal para visitar a cidade encantadora que é Águeda, às margens do rio de mesmo nome. A localidade da região Centro de Portugal pertence ao concelho do mesmo nome que se abre em valências diversas que apelam à visita, como a imponente Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natural da Península Ibérica. A cidade oferece uma zona ribeirinha perfeita para passeios a pé ou de bicicleta e é dona de várias zonas de comércio tradicional, onde pode apreciar a gastronomia local e encontrar doces tradicionais. No seu coração encontra-se a Casa Museu Cancioneiro de Águeda, que resulta da recuperação de uma das mais belas e históricas casas da cidade, construída no século XVIII. Águeda apresenta diversos percursos pedestres implementados, que levam o visitante aos principais pontos de interesse do concelho, desde as freguesias serranas às mais litorais e urbanas. Nestes percursos encontram-se espigueiros, azenhas ou moinhos de água, palacetes e diversos imóveis de valor patrimonial. Para conhecer os trilhos pedestres que integram o concelho tem à disposição um novo mecanismo que lhe permite aceder a um conjunto de ferramentas e informações úteis sobre estes percursos. A aplicação móvel Walkinágueda tem mapas e informações sobre os diversos pontos de interesse a conhecer, para além de que permite acompanhar em simultâneo o percurso realizado. Disponível para download na App Store e Google Play, a app funciona sem ligação à Internet e inclui um sistema de contagem de calorias perdidas durante os percursos. Por fim, não podemos falar de Águeda sem referir a deliciosa gastronomia regional, onde se destaca o leitão assado à Bairrada, a chanfana e os rojões, bem como a carne de carneiro e a caldeirada de peixe. Para os “finalmente” há sabores intensos em doces como o pastel de Águeda, a barriga de freira, as cavacas ou o bolo de Santa Eulália, tudo isto regado a espumante e vinhos de qualidade das caves da Bairrada. < julho de 2018
FESTIVAL ACESSÍVEL O AgitÁgueda pretende, cada vez mais, ser um evento acessível para todos, um festival inclusivo. Assim, o público com mobilidade condicionada dispõe de lugares de estacionamento reservados, no Largo 1º de Maio e junto ao Pavilhão do GiCA. Existem, também, rampas no recinto que pretendem facilitar os acessos e uma plataforma, do lado esquerdo do palco, para assistir aos espetáculos realizados na tenda. O recinto possui, ainda, duas casas de banho adaptadas. <
PROGRAMA
vista a impulsionar a criação de novas tendências. No formato de residências artísticas, o AgitLAB é onde artistas podem experimentar e desenvolver o seu trabalho e pensamento crítico através da interação com o espaço público, pela performance visual e sound art.
ANIMAÇÃO SEM FIM O festival com início a 7 de julho começa, na verdade, na noite anterior, a 6 de julho, com a Silent Party, com dois DJs e duas frequências a proporcionar uma festa silenciosa mas com muita música. A nível de animação de rua, no AgitÁgueda podemos contar com momentos imperdíveis todos os dias, com concertos espontâneos, folclore, estátuas vivas, dança, body paiting e o já tão esperado Carnaval Fora d’Horas, com o samba a desfilar por debaixo dos
julho de 2018
famosos chapéus de chuva. A nível musical, o AgitÁgueda apresenta um cartaz recheado, com artistas para todos os gostos, que “agitarão” as noites no Largo 1º de Maio, bem junto ao Rio Águeda. Como cabeças de cartaz surgem Carlão, logo no arranque das festas, Paula Fernandes, a terminar, e Diogo Piçarra e Mariza, num alinhamento que conta ainda com Tim a acompanhar este ano a Orquestra Filarmónica 12 de Abril, Blaya e a inglesa Ella Eyre. No total são mais de 800 artistas em
mais de 35 concertos, que incluem animação afterhours om DJs como Insert Coin, Olga Ryazanova e Paulinho Coelho. Tantos mais são os momentos que compõem este festival, que integra até uma componente desportiva. É ir a Águeda num qualquer dia entre 7 e 29 de julho e com certeza irá render-se a este festival das artes e da cultura, que termina com um grande espetáculo de fogo de artifício. < TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA
6/7 – Silent Party | 22h00 | Rua Luís de Camões 7/7 – Carlão | 22h30 / MC Livinho | 23h30 8/7 – Tim & Orquestra 12 de Abril | 22h00 9/7 – M’Rald | 22h00 / D’Alma | 23h00 10/7 – Marta & SO | 22h00 / The Peorth | 23h00 11/7 – NAU | 22H00 12/7 – La Yegros | 22h00 13/7 – Dubiosa Kolektiv | 22h30 14/7 – Mariza | 22h30 15/7 – Bárbara Bandeira | 22h00 16/7 – Dang | 22h00 / Sardinha Também é Peixe | 23h00 17/7 – Sara Ribeiro | 22h00 18/7 – Wet Bed Gang | 22h00 19/7 – Waldemar Bastos | 22h00 20/7 – Diogo Piçarra | 22h30 22/7 – Carnaval Fora d’Horas + Color Day | 16h30 / Mário Mata | 22h00 23/7 – Paradigma | 22h00 / Dál’Mata | 23h00 24/7 – The Lucky Duckies | 22h00 25/7 – Moonshiners | 22h00 26/7 – Omar Souleyman | 22h00 27/7 – Blaya | 22h30 28/7 – Ella Eyre | 22h30 29/7 – Paula Fernandes | 22h00 / Fogo de artifício | 24h00
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> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS Até 31 de Julho
EL GREC
BARCELONA
25 a 27 de agosto
O Festival El Grec é o principal evento de teatro, dança, música e circo da cidade de Barcelona. Em 2018 chega à sua 42ª edição, sendo um evento de grande tradição que se foi transformando ao longo do tempo. O seu nome vem do principal espaço onde toma lugar, o Teatre Grec de Montjuic. É o principal produtor de espetáculos da Catalunha, apoiando artistas emergentes locais e abrindo a janela a propostas interessantes de outros países.
PROGRAMA 25 de Agosto Panorama: 18h00 às 22h00 | Emslie Horniman’s Pleasence Park 26 de Agosto J’Ouvert: 6h00 às 9h00 | início e final em Canal Way Dia das Crianças: 10h00 às 20h30 27 de Agosto Dia dos Adultos: 1h00 às 20h30
2 a 5 de agosto
CAMBRIDGE FOLK FESTIVAL CAMBRIDGE
O Cambridge Folk Festival é um dos mais antigos festivais de folk ainda a decorrer em todo o mundo. Realiza-se todos os anos desde 1965, atraindo cerca de 14.000 pessoas. É conhecido pela sua atmosfera única e pela música eclética que apresenta, juntando os melhores artistas do Reino Unido e Irlanda com nomes sonantes da música contemporânea, com artistas americanos de country, blues e roots e estrelas mundiais.
11 a 19 de agosto
FERIA DE MÁLAGA MÁLAGA
São as grandes festas de verão em Málaga, que têm na sua origem a comemoração da incorporação de Málaga no Reino de Castela, em 1487. É um evento aberto e cosmopolita que reflete a cidade como centro da Costa do Sol. Tem como pontos altos a inauguração da feira, com fogo de artifício, e a romaria com cavaleiros e carruagens, com centros de interesse na Feria del Centro, com degustação de vinhos e tapas, e no Real de la Feria, com animação e música.
7 e 9 de setembro
HAYNER BURGFEST 2018 DREIEICH
“Os Celtas – espadas de aços e cultos de fogo” é o tema da edição de 2018 do Hayner Burgfest, que transporta os seus visitantes à Idade Média, em Dreieich, perto de Frankfurt. Vai contar com artistas de fogo, malabaristas e cavaleiros. Como atrativos conta com reais combates de justa, bem como um mercado de artesanato com diversas bancas, sem esquecer as delícias culinárias de outro tempo.<
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AS DIFERENTES CULTURAS DE LONDRES
Carnaval de Notting Hill O Carnaval, como nós o conhecemos, terminou há seis meses, mas outros surgem fora de época para alegrar o restante ano. O Carnaval de Notting Hill é mais do que uma festa colorida, é uma celebração das diferentes culturas que se encontram representadas em Londres. São desfiles cheios de animação e programas dedicados a toda a família que comemoram a diferença e a igualmente, no calor do mês de agosto.
V
amos começar por resumir as origens do Carnaval. O festival pagão surgiu no Egito antigo e depois levado por romanos e gregos para a Europa. Acabou por ser adotado pela igreja e foi, então, transportado para as Caraíbas pelos traficantes de escravos europeus. Na emancipação dos escravos libertados, o festival foi transformado numa celebração do fim da escravidão, ganhando uma nova forma cultural. Nos anos 60 do século passado era grande o número de imigrantes de Trinidad e Tobago, uma paradisíaca ilha do mar das Caraíbas, que se encontravam em Londres. A comunidade, por sentir que não estava perfeitamente integrada, decidiu manifestar-se de uma maneira pacífica e mostrar o melhor da sua cultura, com um imenso Carnaval pelas ruas do bairro de Notting Hill. A festa nunca esmoreceu e com o passar dos anos foi ganhando outra dimensão, com a adesão de imigrantes de outras ilhas das Caraíbas. Hoje, é uma das maiores festas de rua de todo o mundo, em três dias repletos e atividades que vão muito para além dos cortejos e desfiles com plumas e brilhantes. É uma verdadeira celebração da diversidade
cultural, com as festividades a começar à boa moda britânica, bem cedo pela manhã.
RITMO CONTAGIANTE PELAS RUAS O Carnaval de Notting Hill veste-se com toda a pompa e circunstância. Pelas ruas deste bairro ouve-se o ritmo dos tambores africanos e bandas de percussão. Nos passeios os transeuntes admiram o cortejo que passa enquanto dão, também eles, um pézinho de dança, com várias pessoas a participar na folia com máscaras de sua autoria. Desde cedo que há rebuliço nas ruas, sendo aconselhável que se faça acompanhar por um mapa da festa para melhor se orientar. Na noite de sábado decorre a barulhenta e cheia de energia competição de tambores de aço. A Panorama reúne os melhores percussionistas da ilha, que numa renhida batalha sem regras nem limites põem toda a gente a dançar. O dia 26 de agosto começa bem cedo, com a tradicional abertura do Carnaval. O J’Ouvert é um cortejo diferente, mas não por isso menos colorido. O domingo é dia de família, sendo também dedicado aos mais novos. Os foliões
de palmo e meio têm direito ao seu próprio cortejo, que premeia as melhores máscaras no final. Já a segunda-feira é dedicada aos adultos. Neste dia a roupa diminui e os desfiles reinam as ruas estreitas de Notting Hill, com energia que contagia. O gigantesco cortejo foca-se em quatro estilos de música, a de bailes de máscaras, o som dos tambores de aço, a música calypso e SOCA – sons das Caraíbas e de África. Figurantes e visitantes dançam em conjunto, neste que é um festival de partilha. Para além de tudo isto, o Carnaval de Notting Hill conta com dois palcos, em Emslie Horniman’s Pleasence Park e Powis Square, com performances, espetáculos e concertos que se sucedem ao longo do dia. A música é o coração do festival, com as vibrações a fazerem sentir-se muito além de Notting Hill. As ruas do bairro encontram-se repletas de bancas e banquinhas, muitas delas com a sua própria música, com sons que nos levam a viajar à volta do mundo. Estas bancas servem as mais deliciosas iguarias, podendo contar sempre com aromas que fazem crescer água na bosa da boa comida caribenha.< TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA julho de 2018
> conselhos ao viajante
CONHEÇA OS SEUS DIREITOS! – PARTE 3 Nesta rúbrica de Conselhos ao Viajante continuamos a falar dos seus direitos enquanto turista. Na Parte 3 do “Conheça os seus direitos!” falamos um pouco dos direitos dos passageiros dos navios, para que percorra os mares na maior tranquilidade e segurança.
N
as viagens de navio dentro da União Europeia assistem-lhe determinados direitos, que é do seu interesse conhecer, para os aplicar caso necessário. Para começar, informamos que em caso nenhum, quando compra um bilhete, lhe pode ser cobrado um preço superior em função da sua nacionalidade, ou de onde efetua essa compra.
>CANCELAMENTO E ATRASOS
Num navio que parta ou chegue a um porto da União Europeia, independentemente da transportadora, se a sua viagem for cancelada ou estiver atrasada, nos momentos de espera tem direito a receber informações adequadas e atempadas relativamente às razões pelas quais tal sucede. Em caso da viagem ser cancelada ou num atraso superior a 90 minutos pode escolher entre duas hipóteses: • O reembolso do bilhete e, se for caso disso, uma viagem de regresso ao ponto
de partida inicial, se o atraso o impedir de realizar o objetivo da sua viagem; • Ser transportado, em condições semelhantes, para o destino final na primeira oportunidade e sem despesas extra. Nestes casos, de atraso superior a 90 minutos, na maioria dos casos terá igualmente direito a alimentos e bebidas, proporcionalmente ao tempo de espera, bem como a alojamento, caso esta se prolongue até ao dia seguinte. Se a chegada ao destino tiver mais de uma hora de atraso tem direito, também, a uma indemnização equivalente a 25% ou 50% do preço do bilhete, consoante a duração deste atraso. A isto excetuam-se situações de condições meteorológicas extremas ou catástrofes naturais. Porventura, se achar que os seus direitos não foram respeitados, pode apresentar uma reclamação à transportadora até dois meses depois da data em que ocorreu o incidente. Por seu lado, a transportadora deve reagir no prazo de um mês e dar-lhe uma resposta definitiva nos dois meses
que se seguem à reação da reclamação. Não satisfeito com a resposta obtida, deve contactar a entidade nacional competente. Os direitos acima descritos não se aplicam caso: • As embarcações tenham capacidade máxima de 12 passageiros; • As embarcações tenham uma tripulação de, no máximo, três membros; • Os navios efetuem deslocações muito curtas, menos de 500m por trajeto; • Sejam navios históricos, na sua maioria; • Seja uma excursão ou visita turística que tenha uma duração inferior a três noites a bordo, ou não ofereçam alojamento.
>ACIDENTES NO MAR
No caso de ferimento num acidente no mar tem direito a uma indemnização da transportadora, ou da respetiva seguradora. Tem igualmente direito a ser indemnizado pela transportadora se a sua bagagem, veículo ou outros pertences forem extraviados ou danificados, durante um acidente no mar. Tem direito a receber um adiantamento para fazer
jus às necessidades imediatas a nível de ferimentos provocados por: • Naufrágio; • Viragem de quilha; • Colisão; • Encalhe do navio; • Explosão ou incêndio a bordo; • Defeito do navio. Se for um passageiro com mobilidade reduzida a indemnização pela perda ou dano de cadeiras de rodas ou outro equipamento equivalente cobrirá na integralidade os custos da sua substituição ou reparação. >PERDA OU DANO DE BAGAGEM Se a sua bagagem foi perdida ou danificada deve informar a transportadora por escrito, idealmente na altura do desembarque ou no momento da restituição da bagagem, ou no prazo de 15 dias a contar desta data, o mais tardar. Não cumprindo estes limites temporais perderá o direito à indemnização.< TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA
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PORTO SANTO
A hospitalidade e simpatia da população, o clima ameno durante todo o ano, as espetaculares paisagens únicas, a par da riqueza e variedade dos recursos naturais, históricos e culturais, constituem apenas algumas das razões para descobrir este paraíso. A Ilha de Porto Santo é banhada por águas turquesa, sendo a sua principal característica a praia de areia fina e dourada que, estendendo-se ao longo de 9Km, convida a muitos banhos de sol e de mar. Saúde e bem-estar andam de mão dada nesta magnífica praia, dado que, para além das águas translúcidas, a areia possui propriedades terapêuticas raras. Além da praia, a cidade de Vila Baleira conta histórias e lendas de um passado mais ou menos remoto, como é o caso da Casa Museu, onde em tempos viveu Cristóvão Colombo. <
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MADEIRA
A Madeira, muitas vezes designada de "Pérola do Atlântico", "Ilha dos Amores", Éden ou Paraíso, é destino a visitar durante todo o ano. Toda ela constitui um parque natural ao conservar mais de 700 espécies de plantas. Um jardim à espera de ser descoberto. A sua vegetação luxuriante e variada, que combina as caraterísticas tropicais com as mediterrânicas, originando um mosaico vegetal diversificado e rico em tonalidades de verdes, formas e portes, é de facto um dos principais atrativos da Madeira, juntando-se ao seu variado calendário de eventos. A temperatura primaveril que se sente o ano inteiro convida à prática de atividades ao ar livre, sendo os passeios a pé os mais sugeridos, aproveitando a rede de percursos pelas levadas.<
Novos brunch nos Vila Galé do Algarve
Os brunchs para toda a família são a mais recente novidade do Vila Galé Cerro Alagoa, em Albufeira, aos domingos, e Vila Galé Marina, em Vilamoura, aos sábados. Disponíveis a partir das 12h30, para além das iguarias habituais incluem gnocchis salteados com pest , ceviche, carpaccio de foie gras, mousse de chocolate com avelãs e cacau, bem como uma seleção de sumos e águas detox, entre outros.<
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Delicie-se com um piquenique no Sofitel Lisbon Liberdade O Sofitel Lisbon Liberdade tem o programa ideal para viver o verão da melhor forma, disponibilizando o Summer Picnic. O requintado piquenique sem preocupações é um serviço que inclui um cesto preparado pelo chef Daniel Schlaipfer, do restaurante AdLib, e transporte em tuk tuk. Basta decidir qual o cesto que mais lhe agrada e o jardim ou miradouro onde o pretende saborear. <
julho de 2018
Verão de praia na Europa Normalmente quando pensamos em Verão pensamos em destinos tropicais, como serão as Caraíbas, a África ou o Brasil, e esquecemos que a Europa tem lugares fantásticos, cheios de sol, muito calor, águas límpidas e quentes para umas excelentes férias de Verão, onde se pode aliar o banho em praias espetaculares à cultura. Confira as nossas sugestões para quatro destinos europeus de sol e mar.
MONTENEGRO
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MALTA
Em Malta vai explorar 7.000 anos de história e ainda viver apaixonadamente no presente. Vai abranger os milénios com uma panóplia de coisas para descobrir. E onde quer que vá, as paisagens e arquitetura das Ilhas oferecem um cenário espetacular. As cores são marcantes, pedra cor de mel contra o mais profundo dos azuis do Mediterrâneo. Apesar do reduzido tamanho, Malta é um encanto que agrada aos mais variados públicos. Enquanto Valletta é o centro logístico, comercial e turístico do país, a agitação e a vida noturna animada está em lugares como Saint Julian e Silema. Na bela Mdina os ares são outros, mais contemplativos.<
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RIVIERA DO MAR JÓNICO
Extensos areais, um mar pouco profundo, águas cristalinas, a Riviera do Mar Jónico (Itália) apresenta uma oferta alargada de excursões muito interessantes, relativamente curtas e muito vocacionadas a paisagens e ao património histórico, passando pelos costumes, gastronomia e festas tradicionais, até à arte e cultura. É região onde a natureza se alia à alegria das gentes. Ponto de passagem do grande Mediterrâneo para o Mar Adriático a norte, estas são águas que banham algumas das mais belas praias do sudeste da Europa e que guardam fielmente as tradições mais ancestrais da história e da cultura mediterrânicas.<
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MAIORCA
A cativante ilha de Maiorca, a maior das ilhas Baleares, situa-se na costa oriental da Espanha, no mar Mediterrâneo. É uma ilha com uma atrativa diversidade geográfica, inúmeras praias, grutas remotas, uma impressionante cordilheira montanhosa, uma zona de pântanos protegidos e um dos maiores lagos subterrâneos do mundo… tudo isto banhado pelas calmas e quentes águas do Mediterrâneo e abençoado por um clima invejável. Em suma, um refúgio ideal para as suas férias! Palma, a capital de Maiorca, é uma animada cidade cosmopolita com vários bares, restaurantes, um casino e muito entretenimento e oportunidades de compras. <
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D E S D E
Montenegro, onde podemos sentir a sensação deliciosa de que descobrimos um lugar só nosso, sem ter que disputar espaço com mais milhares de pessoas que tiveram a mesma ideia, acumula uma diversidade enorme de paisagens e atividades para todos os gostos e épocas do ano. A Baía de Kotor é de longe a atração mais visitada do país. Tem um quê de litoral da Croácia, com um quê dos Alpes. Um dos cenários mais lindos europeus virou um dos símbolos de Montenegro. Cercada por uma cadeia de montanhas, essa pequena entrada para o mar recebe cada vez mais turistas. A subida à Fortaleza de Kotor é sofrida e leva mais de uma hora, mas tem uma vista incrível.<
D E S D E
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O pagamento deverá ser efectuado por cheque emitido à Sogae – Editora, Lda. ou por transferência bancária para: IBAN: PT50 0036 0447 9910 2478 735 26 Montepio Geral
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