Destinos 29 Julho a 11 de Agosto

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MONTRA: 10 SUGESTÕES DE FÉRIAS E LAZER publicidade

P.V.P.

(CONT.)

1€

Ano 1 | Nº 12 | Quinzenal | 29 de julho a 11 de agosto 2015 | Diretor: José Luís Elias

MACAU

>POR CÁ FEIRAS MEDIEVAIS DE VOLTA AO PASSADO

ORIENTE COM TOQUE LUSO MONTEMOR-O-VELHO MONDEGO COMO PROTAGONISTA

PORTUGAL DOS PEQUENITOS PARA TODA A FAMÍLIA

>LÁ FORA GUINÉ-BISSAU ENCONTRO COM A NATUREZA

RIO DE JANEIRO VOAR SOBRE A CIDADE MARAVILHOSA

TOLEDO

ENTRE DOM QUIXOTE E A ARTE DE EL GRECO

>FICAR

PORTOBAY LIBERDADE REQUINTE E BOM GOSTO AO ESTILO VINTAGE


> passageiro frequente

PASSATEMPO

nota de abertura

Mais destinos

FRASE ORIGINAL

Nesta edição do destinos fazemos “férias” aos passatempos, mas voltaremos já na próxima edição com um PASSATEMPO que vai surpreender os leitores. Nas onze edições já publicadas tivemos várias iniciativas que presentearam os leitores com viagens para duas pessoas à Ilha do Sal em Cabo Verde, a Porto de Galinhas (Recife) no nordeste brasileiro, a Djerba na Tunísia, e a Albufeira no Algarve.

1 semana de férias para 2 pessoas (em setembro) no hotel de 5H São Rafael Atlântico, no Algarve O prémio do passatempo “Vá com o destinos a Albufeira” já foi entregue. A nossa leitora Célia Moreira foi a vencedora, com a frase:

Os leitores que participaram através do www. facebook.com/jornalDestinos.pt, tiveram a possibilidade de receber bilhetes para o RFM SOMNII que se realizou na Figueira da Foz, e alguns irão velejar num magnífico passeio no Tejo. Um dos pontos altos destes PASSATEMPOS foi a possibilidade que 60 leitores tiveram de visitar e almoçar a bordo do navio Anthem of the Seas, uma experiência de que publicámos a reportagem na última edição do destinos.

“Ai destinos, Ai destinos Para o Algarve quero ir E no São Rafael ficar A ver o mar!”

Apesar de estarmos no verão, época do ano por excelência para se fazerem férias - pelo menos para os europeus e os portugueses não são exceção -, quisemos nesta edição ir um pouco mais longe sugerindo duas opções fora do normal “sol e praia”. Apresentamos uma reportagem sobre Macau, um destino tão distante de Portugal em termos geográficos mas tão próximo pelo passado histórico que une os nossos povos e que ainda se nota a cada esquina, nas tabuletas da rua escritas em chinês e em português, na mistura dos monumentos ou na gastronomia. A outra opção que deixamos é a de viver uns dias totalmente diferentes na Guiné Bissau, país de onde as notícias que nos têm chegado pela televisão não são muito boas, mas que se encontra estabilizado e em crescimento económico. O turismo é um dos pilares desse crescimento e hoje a oferta turística já está formatada e a hotelaria, se bem que modesta, é eficiente. Este é um país para experiências sem fim e agora que isso está na moda o melhor mesmo é ler com atenção as indicações que lhe deixamos e ir até lá. Ainda fora de portas, temos uma reportagem inserida na rubrica experiências, que é nada mais nada menos do que o Rio de Janeiro visto do ar. Também no Brasil, no estado nordestino da Bahia, é nossa sugestão de agenda a Sauípe Folia, na costa do Sauípe e em Espanha, para quem gosta de autoférias, propomos uma visita um pouco mais demorada à bela cidade de Toledo. As feiras medievais são cartaz de norte a sul em época de verão, por isso fomos saber que atrações oferecem algumas delas e deixamos quatro dicas para o caso de pensar em andar a passear pelo país. O “Portugal dos Pequenitos” perto de Coimbra é outra sugestão, bem como Montemor o Velho e a Feira de São Mateus em Viseu. São muitas as opções que lhe deixamos nesta edição do jornal destinos, por isso é escolher o que mais lhe agrada, ver se a bolsa comporta o custo, e se assim for faça a mala e boas férias.

José Luís Elias

ficha técnica

Diretor: José Luís Elias Administrador: Gracinda Alves Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa

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O voucher para uma semana de férias para duas pessoas, em setembro, no Hotel São Rafael Atlântico 5H, em Albufeira, foi entregue esta semana por Mário Ferreira, CEO da cadeia de hotéis e resorts NAU.

Apurados vencedores sunset no Tejo PASSATEMPO SUNSET NO TEJO

Já foram apurados os vencedores do passatempo “Vá com o destinos a um sunset no Tejo”, uma iniciativa conjunta jornal destinos e Taguscruises. - Edgar Fernando Lorga - Filipe Nunes Rodrigues - Cátia Margarida Casanova da Silva Martins - Cláudia Margarida Gonçalves Zenario - Victor Manuel Bombarda Borges - Mauro Daniel Rodrigues Cristo - Daniel Custodio - Ana Cristina Franco - Arlindo Figueiredo Costa - Maria Helena Mação Ferreira Cabral Costa Estes foram os 10 primeiros leitores a participar no passatempo dando todas as respostas corretas. São elas:

De que doca lisboeta partem os veleiros Taguscruises? Doca do Bom Sucesso Qual o nome do skipper que iniciou a Taguscruises em 2010? José Gomes Qual o nome do primeiro veleiro da Taguscruises, que se tornou o símbolo da empresa, e que aparece na fotografia do “Mapa de Passeios”? Whatever Quais são as cores do logótipo Taguscruises? Azul e branco

Vá com o a um sunset no Tejo Participe e Ganhe!

> Para participar neste PASSATEMPO, terá de responder corretamente às perguntas publicadas no www.facebook.com/jo rnal Destinos > As primeiras dez respostas certas serão as vencedoras deste PASSATEMPO. > As respostas às perguntas que fazemos poderão ser encontradas em www.taguscruises.com. > Os vencedores do PASSATEMPO “Vá com o destinos a um sunset no rio Tejo“ irão velejar durante duas horas e apreciar Lisboa da melhor perspectiva. Os veleiros da TAGUSCRUISES saem da Doca do Bom Sucesso junto à Vela Latina, perto da Torre de Belém.

COM O APOIO:

1 a 14 de julho 2015

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R0 G0 B78 C100 M97 Y26 K47

Qual é o objectivo da Taguscruises? Transmitir o conhecimento sobre Lisboa e a sua paixão por velejar

www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: quinzenal (à quarta-feira)

Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Maria Morgado, Pedro Sá, Sara Cunha Ferreira, Sofia Soares Carraca, Vasco Ricardo (design)

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> tema de capa Guia de Viagem INFORMAÇÕES ÚTEIS

Diferença horária: Mais 8 horas que em Portugal Passaporte: Validade superior a seis meses, não sendo necessário visto Moeda: A moeda local é a pataca (1 euro corresponde a 8,9 patacas), podendo utilizar dólares de Hong Kong, com ambas as moedas disponíveis nas caixas automáticas. Língua: As línguas oficiais são o mandarim e o português, mas não será fácil encontrar quem fale a língua de Camões. Contrariamente, e nas camadas mais jovens, o inglês será sempre uma boa alternativa. Aconselha-se a andar com um cartão do seu hotel, assim como moradas importantes e lugares que pretende visitar escritos em “chinês”, podendo pedi-lo no seu hotel. E a vida ficará muito mais facilitada. Tempo: A melhor altura do ano para visitar Macau será entre finais de setembro e novembro, com as temperaturas e humidade mais baixas.

Macau

ETERNO ABRAÇO ENTRE O ORIENTE E O OCIDENTE

No outro lado do mundo, numa pontinha de uma planície do sul da Grande China, na margem oposta do estuário do Rio das Pérolas, entre edifícios de traça lusitana e templos taoistas, entre harmoniosos sentires que unem o Oriente e o Ocidente, entre o cantonês e o por vezes audível “bom dia”, encontramos o último território europeu na Ásia, Macau. Uma Macau que segue em direção a um futuro que se faz hoje, mas que não se esquece, e orgulhosamente, do seu passado. Texto: Fernando Borges

É

comum pensar que fazer turismo consiste em viajar por lugares interessantes. Uns marcados pela arquitetura, outros pela história, pela beleza paisagística, pelo interesse cultural, pelo exotismo… Pela diferença! Lugares que, resumindo, despertam a nossa atenção por esta ou aquela razão. Mas há poucos lugares que conseguem reunir todas estas “atrações” num só “espaço”. E é neste “poucos” que aparece Macau. E fá-lo de uma forma tão marcante e tranquilamente natural que cada vez mais vai reclamando a atenção desse viajante. Esse que procura a tal “diferença”.

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E basta caminhar. Sempre caminhar para se sentir que aqui, em Macau, nasceu há muitos séculos uma interminável “história de amor”, uma história testemunhada por Luís de Camões e pelos intrépidos e aventureiros navegadores portugueses que no século XVI já navegavam pelos oceanos da costa do Pacífico com os seus ágeis galeões, percorriam os mares do sul da China e que se deixaram encantar pelo estuário do Rio das Pérolas. E aí ficaram por Macau. A mesma “história de amor” que passados todos esses séculos continua a fazer com que se olhe para Macau com uma especial ternura, invadindo-nos com uma doce mas

igualmente estranha sensação. Sejamos ou não descendentes desses aventureiros marinheiros. Mas sim, uma ternura que se envolve de uma certa nostalgia para quem tem como língua-mãe a língua de Camões, essa memória viva do convívio entre o Ocidente e o Oriente, entre portugueses e chineses.

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SABORES LUSOS EM RUAS DE EXOTISMO ORIENTAL

E é caminhando pela atmosfera das suas ruas, uma atmosfera que nos transporta muitas vezes para a reminiscência de antigos

D E S D E

1439€

P/ PESSOA | QUARTO DU

8 DIAS / 7 NOITESPLO

PARTIDAS: 1 A 31 DE OU TUBRO DE LISBOA OU PORTO

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PASSAGEM AÉRE A | TA XAS | TRANSPORTE PARA MA CAU PEL A TURBOJET | TRAN SFERES | ALOJAMENTO | VISITA A MACAU COM GUIA EM INGLÊS AGÊNCIA DE VIAGENS :

BESTRAVEL

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> tema de capa

OLÁ, SOU O KAI KAI

Somos duas das maiores atrações de Macau e moramos no Parque de Seac Pai Van, na tranquila ilha de Coloane. Chamo-me Kai Kai, moro com a minha amiga Xin Xin e somos os dois simpáticos pandas gigantes oferecidos a Macau pelo governo chinês por ocasião do 15º aniversário da transferência de poderes de Macau para a China, cumprindo-se assim uma promessa feita pelo Presidente chinês Xi Jinping. E estamos à espera da sua visita.

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romances, exalando o charme de uma cidade com sabores lusos, no meio de ruas estreitas aqui e ali pontuadas por templos que respiram o delicado exotismo oriental e pequenos jardins, que por vezes parece querer transportar-nos para um mundo algo irreal, que melhor se respira Macau. Basta olhar para as placas que identificam as ruas e avenidas escritas em “chinês” e em português, para os edifícios no mais profundo estilo colonial português, puramente neoclássicos, palácios e igrejas que bem poderiam estar numa qualquer rua ou praça de uma qualquer cidade ou vila portuguesa. Só que aqui, em Macau, estão encostados a templos taoistas de onde saem intensos odores a incenso. E há aquela sensação não menos estranha de pisar, a milhares de quilómetros de distância, a genuína calçada portuguesa por onde circulam rostos ocidentais que se perdem num mar de outros rostos que dizem que este é território chinês… Sim, porque Macau está do outro lado do mundo, bem encostado à China, a escassos minutos de um ferry-boat que liga este território a um outro igualmente especial, Hong Kong.

LARGO DO SENADO “PONTO 0” DA DESCOBERTA Uma Macau que não raras vezes tem como “ponto 0” para se iniciar a sua descoberta o Largo do Senado de onde saem pequenas e estreitas ruas intensas de vida e de cor, toda ela embelezada por essa calçada portuguesa e por edifícios que marcam

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a sua história, como o do Leal Senado, que se impõe na sua beleza. E outras construções que oferecem no seu conjunto uma unidade tradicionalmente lusitana, como a igreja de Santo Agostinho, o teatro D. Pedro V, o edifício da Santa Casa da Misericórdia, a igreja da Sé ou a igreja de S. Domingos, enquanto ali ao lado o templo taoista de Sam-Kai-Kun reforça a dualidade arquitetónica da cidade. Largo do Senado que continua a ser o local mais popular para eventos públicos e festejos, onde desaguam centenas de turistas, chineses e macaenses de aparência marcadamente cosmopolita, sendo igualmente o principal ponto de encontro de jovens namorados com cabelos pintados, roupas coloridas e muita descontração. Mas Macau não é apenas este legado histórico e arquitetónico centrado à volta do Largo do Senado, das não menos admiradas ruínas de S. Paulo, talvez a mais internacional e conhecida imagem do território, ou da Fortaleza do Monte, de onde se tem uma vista geral de Macau e que se estende já pela China continental. É também a Macau que mereceu as honras de ser consagrada em 2005 como Património da Humanidade pela UNESCO, a Macau do Jardim de Camões, do Jardim Hong Kong Miu ou Lou Lim Leoc. Verdadeiros oásis de tranquilidade, bucolismo e exotismo onde os chineses se encontram para jogar dominó, passear as suas gaiolas por entre pequenos percursos rodeados de bambus e lagos onde proliferam flores de lótus, exercitarem-se aos primeiros raios de sol em

doces e suaves movimentos de Tai Chi e Chi Kung, ou interpretar peças da ópera chinesa. Existe também a Macau das lamparinas chinesas que iluminam velhos bazares rodeados de modernas vitrinas com os mais internacionais griffes, dos mega neons em caratéres chineses que anunciam ali existir mais um casino, das casas de penhores,

dos pagodes e templos envoltos em fumos e odores de incenso, como o de A-Má, o mais venerado de todos eles. A Macau das ruas estreitas percorridas por tendas e bancadas onde tudo se negoceia e se come, como a imperdível Rua da Felicidade, do tradicional Mercado Vermelho, lugar que fervilha de gente pela

MACAU, PATRIMÓNIO MUNDIAL DA HUMANIDADE Em julho de 2005, o centro histórico de Macau passou a fazer parte da lista do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. Merecidamente, os espaços urbanos como o Templo de A-Má, o Quartel dos Mouros, o Largo do Lilau, a Casa do Mandarim, a Igreja de São Lourenço, o Seminário e Igreja de São José, o Teatro D. Pedro V, a Biblioteca Sir Robert Ho Tung, a Igreja de Santo Agostinho, o Edifício do Leal Senado, o Templo de Sam Kai Vui Kun, a Santa Casa da Misericórdia e a Igreja da Sé passaram a fazer parte desta lista. Assim como Casa de Lou Kau, a Igreja de São Domingos, as Ruínas de São Paulo, o Templo de Na Tcha, o Troço das Antigas Muralhas de Defesa, a Fortaleza do Monte, a Igreja de Santo António, a Casa Garden, o Cemitério Protestante, incluindo a Capela Protestante, a Fortaleza da Guia e o Farol, o Largo da Sé, o Largo de São Domingos, o Largo da Companhia de Jesus e o Largo de Camões. Um impressionante conjunto de elementos reconhecidos como fazendo parte da história mundial, pois ilustram bem os primeiros e mais duradouros encontros entre a China e o mundo ocidental.

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manhã e pela tarde, de muitos e pequenos mercados de rua, do Cais de Sampanas onde às sete da manhã chegam juncos trazendo flores do outro lado do Rio das Pérolas, dos pequenos altares discretamente colocados ao longo das ruas, esquinas ou à porta das casas para afastarem os maus espíritos, dos prédios protegidos por grades para que os bons espíritos não saiam… Também do bairro de fantasia de “The Fisherman’s Wharf” que reproduz edifícios e cenários de diversos países, desde uma praça tipicamente portuguesa com o inevitável restaurante Camões a um hotel da Louisiana ou ao Rock’s, do Coliseu de Roma ao Royal Ópera House ou mesmo a um

tradicional e romântico café parisiense. Uma Macau onde não faltam os museus, como o Museu do Vinho, que testemunha todas as regiões demarcadas da vinicultura portuguesa identificadas por manequins vestindo a rigor os trajes das diversas regiões, do Museu do GP de Macau, e mais de duas dezenas de outros museus que esperam quem visita este lugar. Assim como a sempre visível Torre de Macau, a décima torre mais alta do mundo, nos seus 338 metros, com um restaurante rotativo que permite uma vista única sobre todo o território e as luzes brilhantes dos casinos e hotéis, um vertiginoso passeio à sua volta sobre uma plataforma suspensa, uma adrenalínica

MACAU… PASSO A PASSO Oito roteiros turísticos a pé, para incentivar os visitantes a explorar as diferentes zonas da cidade, ajudando ao mesmo tempo a distribuir os visitantes por diferentes locais da cidade e impulsionar o desenvolvimento do turismo comunitário, é mais uma das grandes apostas da Direção dos Serviços de Turismo de Macau (DST). São oito roteiros que percorrem diversas freguesias na Península de Macau, Taipa e Coloane, oito roteiros batizados com os títulos de Passo-a-Passo pelo Centro Histórico, Experiência de Criatividade, Intercâmbio Cultural Luso-Chinês, Arte e Herança Cultural, Histórias de Encanto da Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, Casamento entre o Oriente e o Ocidente na Freguesia de Santo António, Memórias da Vila da Taipa e Nostalgia em Coloane. Ao mesmo tempo, e como iniciativa de apoio na divulgação dos roteiros, a DST lançou um guia sobre os roteiros turísticos "Sentir Macau passo-a-passo", que apresenta os oito roteiros, atrações à volta, locais para comer, transportes, compras, espetáculos e atividades. Os visitantes podem obter exemplares gratuitos do guia nos balcões de informação turística sob a alçada da DST e hotéis da cidade, ou através do descarregamento na página eletrónica da DST, em www.macautourism.gov.mo.

escalada ou um não menos emocionante salto de bungee jump.

A NOITE É A SEGUNDA “VIDA” DE MACAU E quando a noite chega, Macau ganha uma outra vida. Não menos ou mais intensa, apenas mais luminosa e brilhante com os neóns dos muitos hotéis que iluminam os céus e inundam de outras fantasias os nossos sentidos. Noite que leva para o espaço onde se ergue o Casino Lisboa e Grande Lisboa o epicentro para o encontro de uma outra Macau. Mas também ela quase irreal, efervescente de vida e de animação, de encontro de culturas e tradições. Sim, e há a Macau roubada ao mar e que se ergue nas ilhas de Taipa e de Coloane. Ilhas ligadas à península por um conjunto de modernas pontes onde cresceu e cresce a “Las Vegas do Oriente”, mas também onde o silêncio e tranquilidade encontra o seu reino. A Taipa é feita de intensa vida noturna, que continua a afirmar-se como o grande centro de entretenimento do Oriente, sem deixar de ser um lugar de tradições e a conservar um estilo de vida antigo. É também das ruas e calçadas onde imperam nomes portugueses entre lojas tradicionais e pequenos templos chineses, das mansões coloniais, do aeroporto internacional, do jockey club… E que se converteu num paraíso para os gourmets. Sim, é aqui que se reúne um cada vez maior número de restaurantes de cozinha portuguesa, macaense, chinesa, japonesa, indiana, italiana, francesa… Cotai é porta de entrada para os grandes hotéis e casinos, o istmo que junta Taipa a Coloane, a “Las Vegas do Oriente”. Dos bares onde dançam jovens tailandesas, vietnamitas e russas, dos grandes espetáculos teatrais e musicais, de intermináveis e 29 de julho a 11 de agosto 2015

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> tema de capa

COMO IR

A direção será Hong Kong e sempre com uma escala numa cidade europeia ou no Dubai, se optar por voar com a Emirates. Na capital high-tech da Ásia, e sem sair do aeroporto, atravesse o delta do Rio das Pérolas num ferry e em cerca de uma hora estará em Macau.

ONDE FICAR

Sofitel Macau at Ponte 16 HHHHH (181€) – Macau Hotel Lisboa HHHHH (123€) - Macau JW Marriott Hotel Macau HHHHH (343€) – Cotai Grand Emperor Hotel HHHH (242€) – Macau Pousada de Coloane HHHH (141€) – Coloane Hotel Sintra HHH (101€) – Macau Rocks Hotel HHH (145€) – Macau

MACAU, UM MUNDO DE SABORES Dizem que em Macau nasceu a primeira comida de fusão, um feliz “casamento” entre ingredientes chineses, receitas portuguesas, especiarias e mais ingredientes levados há séculos de África, Índia e Malaca pelos navegadores portugueses na sua rota em direção ao Oriente. E assim nasceu também a comida macaense. Minchi (carne picada e misturada com ovo mexido e batatas fritas cortadas aos bocadinhos), sopa lacassá (uma sopa feita com uma massa de arroz que parece aletria e caldo de camarão, caranguejo desfiado e gengibre), arroz chao chao de bacalhau, arroz de pato no forno, arroz de costeleta no forno (Cok Tjú Pá Fán), arroz de peixe no forno, galinha à macaense (Pou Kok Kai), galinha africana, cabidela de pato, caldeirada à moda de Macau, caldo de raiz de lótus (Lin Ngau), camarões grandes recheados, camarões panados, caranguejo em

animadas noites. É ponto de partida à conquista do mundo oriental e ocidental muitos séculos após a chegada dos primeiros europeus idos da ponta mais ocidental da Europa, o povo de Camões, levados em frágeis galeões à procura da árvore das patacas. Taipa que nos leva até à ilha de Coloane, a ilha dos silêncios e dos espaços verdes, dos miradouros e das praias, das aldeias que já foram exclusivamente de pescadores, da pequena igreja de São Francisco Xavier, do magnífico e impressionante Templo de Ma-Cho, das praias de Cheoc Van e de Hac Sa, dos restaurantes onde moram e resistem

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casquinhas, caril de galinha e caril de peixe são alguns dos pratos que fazem parte da gastronomia macaense. Também a gastronomia cantonesa tem o seu espaço, com os dim sum, pequenos bolinhos que parecem raviolis cozinhados especialmente ao vapor, embora também possam ser fritos, a merecer um destaque especial. A não perder os dim sum com recheio de frango, de camarão e de carne de porco, a que se acrescenta quase sempre gengibre e molho de soja Outra presença constante em Macau é a cozinha portuguesa. Desde o bacalhau à Brás às sardinhas assadas, do arroz de cabidela aos enchidos e queijos, das migas ao simples bitoque, da carne de porco à alentejana ao pargo no forno... E sempre com a presença dos melhores vinhos lusitanos.

os sabores lusitanos em comunhão com os sabores macaenses e chineses. Na Ásia existe um lugar onde o Oriente e o Ocidente se conjugam harmoniosamente numa combinação secular de culturas e sentidos, lugar de encontro entre “sabores” de um longínquo Portugal e o exotismo asiático. Existe um lugar chamado Macau que apesar dos grandes arranha-céus e mega edifícios que desenham hotéis e casinos, contornando o horizonte, mantem-se único. E tudo numa dimensão inversamente proporcional ao tamanho do seu património. Sim, é aqui, em Macau, que reside o Oriente mais ocidental. >

ONDE COMER

Litoral – Comida macaense – Rua do Almirante Sérgio, 261 A – Macau O’Manel – Comida portuguesa – Rua de Fernão Mendes Pinto, 90 – Taipa António – Comida portuguesa – Rua dos Clérigos, 7 – Taipa Miramar – Comida portuguesa – Praia de Hac Sa – Coloane Le Chinois – Comida macaense – Hotel Sofitel at Ponte 16 – Macau Nga Tim – Comida macaense – Rua do Caetano, 8 – Coloane 360º - Buffet internacional – Torre de Macau, um restaurante numa plataforma giratória a 338 metros de altura.

GRANDE PRÉMIO DE MACAU Uma das atrações de Macau é o seu Grande Prémio. Uma série de provas de automóveis e de motos que se realiza anualmente, em novembro, desde 1954, que tem na prova de Fórmula 3 a mais esperada de todas, sendo a única prova automobilística do mundo que tem a sigla GP sem pertencer ao calendário da Fórmula 1. Uma prova em que os melhores pilotos do mundo são convidados a participar e um dos circuitos mais emocionantes do mundo. Um circuito que percorre o meio da cidade, intercalando longas retas - Porto Exterior - com as sinuosas curvas do Monte da Guia ou a curva do Hotel Lisboa. Uma prova por onde já passaram os mais famosos pilotos de Fórmula 1, e que utilizaram o GP de Macau como trampolim para a prova rainha dos desportos motorizados. Ayrton Senna, Michael Schumacher, Mika Hakkinen, David Coulthard, Ralf Schumacher, Pedro Lamy ou Pedro Couceiro são alguns dos nomes que preenchem a sua história.

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> seleção

AF_[cruise]_bestravel_Julho15.pdf 2 21-07-2015 12:37:57

APENAS 3 (BOAS) RAZÕES PARA FAZER UM CRUZEIRO Está a preparar as suas próximas férias? Fazer um cruzeiro está na sua lista de experiências? Este tipo de viagem começar a ganhar um lugar de destaque junto dos portugueses. O benefício é imediato: uma variedade de opções num único local. Esta é uma das principais razões que tornaram os cruzeiros uma solução de férias cada vez mais popular. Continue a ler e fique a saber mais.

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É VISITAR MAIS DO QUE UM DESTINO Ao viajar num cruzeiro terá a oportunidade de conhecer vários destinos numa única viagem. Diga adeus aos transfers de hotel em hotel e à maçada de fazer e desfazer a mala de viagem. Aqui a viagem é o mais importante e estão reunidas as condições para desfrutar ao máximo. Para além disso, há destinos e itinerários para todos os gostos, o que lhe permite conhecer várias culturas numa única viagem. É uma oportunidade que não vai querer desperdiçar.

itinerário e a cabine e considere-se de CMY férias. K Agora já tem os motivos certos para embarcar num cruzeiro, comece a pensar quais os destinos que quer descobrir. Mediterrâneo, Cidades Históricas, Fiordes, Transatlânticos, Caraíbas? Bemvindos a bordo! Boa viagem, com a Bestravel! * Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico.

PERFEITO PARA TODA A FAMÍLIA De miúdos a graúdos, há cruzeiros perfeitos que são transversais a todas as idades. Os adolescentes têm o seu sítio para relaxar, longe das áreas de lazer para os mais pequenos. Os pais podem escapar para um jantar romântico, aproveitando o horário alargado do kids club. É impossível não gostar de uma viagem que conjuga jogos de vídeo e piscinas, oferecendo ainda tempo para as famílias jantarem juntas ou fazerem actividades em terra.

ZERO COMPLICAÇÕES Não há férias tão fáceis de planear. Acabou-se a procura por diferentes hotéis que se adequem ao seu orçamento e a coordenação de viagens entre destinos. Escolha a companhia, o navio, o 29 de julho a 11 de agosto 2015

DE FACA E GARFO

Actualmente os cruzeiros têm mais restaurantes que a maioria dos resorts de praia. Enquanto as salas de jantar com os tradicionais buffets continuam a ser a principal opção, existem restaurantes temáticos, mais íntimos, que oferecem uma atmosfera mais convidativa e uma gastronomia mais inovadora, proporcionando uma experiência que não irá querer perder.

A CABINE

Existem diferentes classes de cabine a bordo. As interiores são mais baratas, mas não têm janela. Os preços sobem conforme aumentam as opções e também dos benefícios. Para escolher a cabine mais adequada ao seu orçamento e à sua necessidade, analise bem a planta do navio.

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> experiência

Rio de Janeiro

SENSAÇÕES DE VOAR COMO UM PÁSSARO

Voar é como sentir o infinito. Estamos todos de acordo? Claro que sim! Sobrevoar as cidades, as montanhas e os mares, estar acima dos arranha-céus e das nuvens. Alimentar os sonhos. E o meu sonho, quando falava em voar, e desde há muito, era olhar o Rio de Janeiro como se uma ave fosse. E voei... E a paixão pela Cidade Maravilhosa ganhou novas asas. Texto: Fernando Borges

Q

uando se voa, o sentimento de liberdade é total. Ainda mais quando perante os nossos olhos estão paisagens estonteantes. Ora longínquas, ora ali à distância de uma mão. Pequenas ou grandes, mas sempre encantadoras. Não é só desafiar a gravidade. É a expansão sem limite da liberdade. É como que, por magia e quase num absoluto silêncio, dar continuidade a um gesto irrestrito. É quase como que manter com os pássaros um laço, dar forma aos sonhos. Sem limites. E havia em mim, desde há muito, um sonho que por este ou aquele motivo ia sendo adiado. Sobrevoar essa cidade que para muitos, arrisco mesmo dizer para quase todos que a conhecem, a olham como a mais bela de todas, principalmente quando vista do ar, o Rio de Janeiro.

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Mas eu queria olhá-la bem mais lá do alto para que esse olhar fosse mais brilhante, para melhor a compreender. Quem sabe mesmo, para ficar ainda mais apaixonado. Bem antes da hora marcada, lá estava eu no heliporto da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Não é só de helicóptero que poderá ter uma visão sobre o Rio de Janeiro. Sinta como é maravilhosa a emoção de voar em asa delta ou parapente e veja a Cidade Maravilhosa como se fosse um pássaro. Suba até à Pedra Bonita e deixe-se planar até aterrar nas areias da praia de São Conrado.

E enquanto o helicóptero da Helisight não aparecia no horizonte, trazendo alguns turistas que também tinham sonhado sobrevoar a Cidade Maravilhosa, na esplanada ia perdendo o olhar por esse postal ilustrado do Rio, seguindo o caminhar ou o pedalar de alguns “cariocas” que aqui, na lagoa, têm o seu momento de relax e de encontro com a cidade. De repente, os meus pensamentos e o olhar perdido encontraram a figura desse helicóptero. Suavemente aproximou-se, poisou e dele saíram quatro turistas que no olhar traziam bem vincado o prazer e emoção que tinham vivido.

O RIO DE JANEIRO A MEUS PÉS Era a minha vez. E comigo estava a emoção de ir concretizar um velho sonho. E veio a pergunta: “quer com porta aberta ou

fechada?” E a minha resposta foi automática: “'Tá' brincando, 'né'? Aberta, claro! E não dá para ir pendurado no patim?” Risada feita e estava criado o ambiente de boa disposição. Apertado o cinto, “checado” o sistema de comunicação e verificada a operacionalidade da máquina fotográfica, rapidamente se perdeu o contacto com o solo e logo estavamos no meio da lagoa. Ah, ia-me esquecendo, estava um início de tarde ensolarado... A subida, vertiginosa, a cada metro galgado, ia fazendo com que a emoção e o deslumbramento fossem ganhando espaço. Tinha o Rio de Janeiro a meus pés! E uma visão de quase180º para a frente e para trás, para cima e para baixo. E a tentação de querer sair dali e voar... Apenas voar sobre todo aquele cenário que a cada rotação das hélices mais encantador se tornava. E a Lagoa, a cada metro subido, ia ganhando cada vez mais a forma de coração, e ficando para trás. Havia que ir acompanhando o traçado reto do canal do Jardim de Alah, voar exatamente sobre a linha divisória do Leblon e de Ipanema, enquanto ao longe aproximavam-se as montanhas de vegetação luxuriante que ao longo dos anos foram dando espaço às favelas. 29 de julho a 11 de agosto 2015


propositadamente pensados para respirar e refletir. É tudo tão maravilhosamente bonito que não se consegue pensar em nada. Daqui vemos tudo. É a apoteose final. Daqui, “pendurados” no ar, com Cristo no primeiro plano e ao fundo tudo o resto, sentimos que fazemos parte viva do principal cartão-postal da cidade, da imagem mais emblemática do Rio e do Brasil. Depois, é a suave descida de regresso à Lagoa. Momentos para apreciar com calma o que ainda nos é oferecido. Tanta beleza. Mas ainda há tempo para olhar para o

Redentor, sorrir e agradecer. Ainda há tempo para um último olhar em todas as direções na procura de mais um momento para um último clique. Para um último suspiro. E mais uma vez desejar poder partilhar este momento. >

COMO IR

A companhia aérea TAP tem 14 voos semanais para o Rio de Janeiro a partir de Lisboa, com saída às 9h35 e 14h55, e no sentido inverso com saída às 17h10 e 22h25.

ONDE FICAR

JW Marriott Hotel HHHHH (265€) Av. Atlântica, 2600 – Copacabana Pestana Rio Atlantica HHHH (202€) Avenida Atlantica 2964 – Copacabana Vila Galé Rio de Janeiro HHHH (90€) Rua do Riachuelo,124 – Lapa Arpoador Inn HHH (108€) R. Francisco Otaviano, 177 – Ipanema

ROTAS E PREÇOS

Helisight www.helisight.com.br/ 1 - Jardim de Alah / Praia de Ipanema / Pedra do Arpoador / Praia Forte e de Copacabana / Praia Vermelha com vista do Pão de Açúcar. Tempo: 7/8 min. – (100€)

D E S D E

1280€

2 - Jardim Botânico / Floresta da Tijuca / Cristo Redentor. Tempo: 9/10 min. – (130€)

P/ PESSOA | QU ARTO DUPLO

9 DIAS / 7 NO

3 - Cristo Redentor / Praias de Copacabana e Ipanema / Praia Vermelha com vista do Pão de Açúcar / Lagoa Rodrigo de Freitas / Jardim de Alah. Tempo: 12 /13 min. – (180€)

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PARTIDAS: ATÉ 24 DE OU TU DE LISBOA BRO ALOJAMENTO :

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4 - Cristo Redentor / Praias do Leblon, Ipanema e Copacabana / Praia Vermelha com vista do Pão de Açúcar / vista do Dois Irmãos e Rocinha/ Av. Niemeyer / Lagoa Rodrigo de Freitas / Jardim de Alah. Tempo: 15/16 min. – (220€)

EM TRANSFERESAÉRE A | TAXAS | SEGURO BÁSI| ALOJAMENTO | CO DE VIAGEM AGÊNCIA DE VIAGENS: H

ALCON VIAG ENS

Do alto percebemos que a Rocinha, o Vidigal e a favela Chácara do Céu tornaram-se um só e gigantesco complexo. Mas já mar a dentro, o helicóptero inclinouse suavemente para a esquerda à medida que aumentava a velocidade. E o mesmo acontecia com a beleza do cenário. À direita, as Ilhas Cagarras, o farol e os barcos que esperavam a hora de atracar na Baía da Guanabara. À esquerda, Ipanema, os seus prédios e areal. E Copacabana. Abaixo de nós, uma dezena de traineiras pescavam. Disseram que naquela hora seriam lulas. Desta vez não senti inveja dos que se bronzeavam no areal lá em baixo nem nas piscinas de um dos muitos hotéis da Avenida Atlântica. Depois foi o Arpoador e as suas pedras a ficarem para trás, o Forte e os seus canhões prateados apontados para o oceano. Nesse momento senti-me o guardião da Princesinha do Mar e acenei para banhistas, jogadores de volei e surfistas. Sim, sabia que ninguém estava a olhar para mim. Mas aconteceu aquele gesto tão mecânico de quem se sente feliz. Até porque não estávamos tão alto e as 29 de julho a 11 de agosto 2015

pessoas não eram “formiguinhas” como se poderá pensar. Sim, estava completamente em êxtase. Dificil de explicar como me sentia. Olhava, olhava... E por vezes esquecia-me de disparar a máquina fotográfica. Mas sorria feliz! Lá estavam os barquinhos da colónia de pescadores do Posto, acreditei ver a estátua de Drummond rodeada de turistas fotógrafos e até aquela amiguinha que de bikini tomava banhos de sol na piscina do Copacabana Palace. E o calçadão estava ainda mais belo. E Copacabana era a imagem da perfeição. Estavam a ser as fotos mais fáceis da minha vida. Apesar de me esquecer muitas vezes que estava ali para fotografar. Mas tinha a certeza que para onde apontasse a máquina, a foto ficaria irrepreensível. Digna de um verdadeiro profissional.

DOS BIKINIS DA PRAIA DE COPACABANA AO CORCOVADO Quase sem dar por isso, de repente estava colado ao Pão de Açúcar. Contornámos a pedra nua do Morro da Urca, planámos sobre a Enseada de Botafogo, mais mar e a Baía da Guanabara. E o Maracanã já se via

lá ao fundo. Espreitei, mas não havia jogo. Tudo estava calmo no reino do futebol. De repente, Fernando, o outro, o comandante, iniciou uma vertiginosa subida como que anunciando que algo de especial iria acontecer. Como que num roteiro de filme, o clímax desta viagem estava guardado para o fim. Uma reviravolta total que me despertou do meu estado quase de narcotizado que a paisagem me tinha provocado. Estávamos a acompanhar a subida de uma encosta, ali bem colados, até atingir a corcova da montanha – soube nesse momento que estava ali a origem do nome Corcovado, que perde a determinada altura a cobertura verde para exibir uma pedra, o famoso dorso do rochedo. Num movimento rapido estavamos no seu cume. E a coroa do Redentor à distância de um abraço. E o cenário não podia ser mais sublime. Lá em baixo estava o nosso ponto de partida, a Lagoa e o hipódromo, mas também Ipanema, Leblon, o arquipélago das Cagarras, o Jardim Botânico e a Pedra da Gávea, um pouco mas quase nada mais ao longe. E como foram bons os escassos segundos parados no céu. Foram segundos mágicos de paragem no tempo e no espaço

5 - Cristo Redentor / Praias do Leblon, Ipanema e Copacabana / Praia Vermelha com vista do Pão de Açúcar / vista do Dois Irmãos e Rocinha/ Av. Niemeyer / Lagoa Rodrigo de Freitas / Jardim de Alah. Tempo: 15/16 min. – (270€) 6 - Cristo Redentor / Praias do Leblon, Ipanema e Copacabana / Praia Vermelha com vista do Pão de Açúcar / Lagoa Rodrigo de Freitas / Jardim de Alah / travessia da Baía de Guanabara / Fortaleza de Santa Cruz / Praia de Icaraí / MAC / Sambódromo / Maracanã / Maciço da Tijuca / lagoas e praias da Barra e São Conrado com vista da Pedra da Gávea / Av. Niemeyer. Tempo: 30 min. – (300€) 7 - Cristo Redentor / Praias do Leblon, Ipanema e Copacabana / Praia Vermelha com vista do Pão de Açúcar / Lagoa Rodrigo de Freitas / Jardim de Alah / travessia da Baía de Guanabara / Fortaleza de Santa Cruz / praias oceânicas de Niterói / MAC / Centro do Rio / Sambódromo / Maracanã / Maciço da Tijuca / lagoas da Barra da Tijuca / Praias da Barra da Tijuca, Pontal, Recreio, Prainha e Grumari / Praia de São Conrado com vista da Pedra da Gávea / Av. Niemeyer. Tempo: 60 min. – (500€)

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> notícias

Viagem no tempo pelo Porto com o InterContinental Porto “Time Travel in Porto” é o novo programa do hotel InterContinental Porto do Palácio das Cardosas, edifício do séc. XVIII e ponto de partida para uma verdadeira viagem pela mítica história da cidade. A viagem começa com um passeio de uma hora pela cidade num carro clássico, serviço de luxo disponibilizado pela

Clássico Porto, acompanhado por Joel Cleto, historiador que dedicou grande parte da sua vida à história da cidade. Depois, seguem-se as tradicionais Caves do Vinho do Porto, e nas Caves Graham’s será feita uma visita guiada a locais de acesso privilegiado. Ao final da noite há lugar para um jantar no premiado VINUM

– restaurant & wine bar, localizado na varanda destas caves, onde a gastronomia e os vinhos se encontram num casamento perfeito. O regresso ao Palácio das Cardosas será feito, novamente, de carro clássico, numa viagem noturna que completa esta que se espera memorável experiência.

SATA com mais voos em agosto Até 31 de agosto, a companhia aérea SATA disponibiliza mais lugares nos seus voos entre Lisboa e Açores e também para a América do Norte. Os voos para os Açores partem de Lisboa, com destino a Ponta Delgada, Terceira, Horta ou Pico. Para a América do Norte os voos seguem de Lisboa para Boston, tal como de Ponta Delgada e Terceira. Para Toronto foram reforçadas as rotas a partir de Ponta Delgada, de onde partem igualmente voos com destino a Montreal.

Hotel Solverde proporciona piqueniques com vista mar Para um dia completo na Praia da Granja ou no jardim do Hotel Solverde Spa & Wellness Center, em Vila Nova de Gaia, a unidade proporciona cestos de piquenique com diferentes opções gastronómicas, até ao fim da época balnear, por 25€ por pessoa, mesmo para quem não está hospedado. E para usufruir da piscina e do cesto de piquenique, o valor é de 40€ por pessoa, com as crianças a partir dos três anos até aos 12 a usufruírem de um desconto de 50 por cento. O Hotel Solverde sugere um menu com sanduiche Solverde em pão integral, mini panados de peru, bola de espinafres e frutos secos, empadinhas de galinha, salada de tomate e queijo feta, palitos de queijo/presunto, ovo cozido, tortilha, mini-quiche lorraine, batata Chips e, para adoçar a refeição, pastéis de nata e fruta da época.

Crowne Plaza Porto tem novo menu de domingo

Capela do Espírito Santo dos Mareantes reabriu após obras de conservação A Capela do Espírito Santo dos Mareantes, em Sesimbra, já reabriu ao público depois de ter recebido recentemente obras de conservação, que incluíram caiação no interior e pintura exterior, bem como a reparação das caixilharias e caleiras. Localizada no centro da Vila, a Capela foi edificada no século XV como sede da Confraria do Espírito Santo dos Mareantes

de Sesimbra, e possuía uma capela e um hospital, arruinados com o terramoto de 1755. O hospital foi encerrado e permaneceu a Capela, agora aberta todos os dias até 16 de agosto, das 14h30 às 19h e das 21h às 23.30 horas. No resto do ano está aberta diariamente das 9 horas às 12h30 e das 14h às 17h30 horas.

O hotel da Avenida da Boavista tem um novo menu de domingo que estará em vigor até 30 de agosto, entre as 12h30 e as 15h00. Trata-se de um menu fixo que inclui três pratos, cada um composto por uma seleção de tapas e petiscos, do Chef Jorge Sousa, acompanhados por sumo natural de laranja ou limonada, incluídos na refeição. O Brunch de Verão, como é apelidado, custa 20€ por pessoa e 10€ por criança, com direito a menu especial com entrada, prato principal e uma sobremesa.

Melhor sombra está na Tapada de Mafra Vila do Bispo é Município do Ano 2015 Graças ao projeto “Festival de Observação de Aves & Atividades de Natureza de Sagres”, a Universidade do Minho, através da plataforma UM-Cidades, decidiu atribuir a Vila do Bispo, no Algarve, o título de “Município do Ano Portugal 2015”. Este projeto potencia a preservação do património natural algarvio e atrai um número

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cada vez maior de visitantes ao município e à região, o que lhe permitiu conquistar o prémio entre 80 projetos concorrentes. O “Festival de Observação de Aves”, que vai cumprir a sua 6.ª edição na emblemática zona de Sagres, recebe assim o reconhecimento pela crescente diversificação da oferta do destino ao nível do birdwatching.

Até ao próximo dia 13 de setembro, todos os visitantes da Tapada Nacional de Mafra terão disponíveis propostas para serem usufruídas à sombra das árvores que ali existem. Foram criados três packs específicos de verão. O Pack Percursos 360º inclui passeios pedestres ou geocaching, espetáculo com aves de rapina e ateliê de apicultura. Já o Pack Circuito Encantado inclui circuito de comboio, espetáculo com aves de rapina e ateliê de apicultura. Por fim, o Pack Verão Fresco oferece iniciação ao tiro com arco, espetáculo com aves de rapina, ateliê de apicultura e batismo equestre. 29 de julho a 11 de agosto 2015


“Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

> selo de garantia

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE

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RELAXAR NUM SPA TERMAL DESDE

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Longe vão os tempos em que P/PESSOA se procuravam as PACOTE Termas apenas ACQUATERMAL para a cura de 3 DIAS determinada maleita. Hoje, as estâncias termais, apresentam uma ampla oferta ao nível do bem estar além de um sem número de atividades. Assim recomendamos S. PEDRO DO SUL, VISEU que relaxe corpo e mente no ambiente clássico e requintado das Termas de S. Pedro do Sul onde, no Balneário Rainha Dona Amélia pode juntar a magia das águas termais com tratamentos de relax. O balneário oferece um diversificado programa de bem estar que vai desde tratamentos individuais a packs de vários dias. A nossa sugestão vai para o pacote Acquatermal, de três dias, que contempla piscina/hidromassagem fixa combinada com massagem de relaxamento geral, massagem facial e duche cachão. Complementarmente pode percorrer um dos sete trilhos pedestres disponíveis no concelho de S. Pedro do Sul e usufrua da beleza paisagística envolvente que começa logo na vila termal.

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FÉRIAS À BEIRA SERRA

E porque não desfrutar de uns dias de verão numa zona serrana? É verdade que é no inverno que quase todos buscam a Serra da Estrela e as regiões circundantes onde vão em busca da neve e dos prazeres a ela ligados. Mas no verão também há prazeres imensos em percorrer as paisagens serranas. Em plena Serra da Estrela, o hotel Eurosol Seia Camelo permite tirar partido dos ares da montanha sem sair de uma cidade, além de, a partir dele, se poder aceder facilmente a uma série de praias fluviais bem agradáveis como Sandomil, a 15 Km ou a Lapa dos Dinheiros, a apenas 9 Km. Rodeado de amplos espaços verdes, com 79 quartos e cinco suites, este três estrelas situado em pleno coração da cidade de Seia, disponibiliza parque infantil, piscina e restaurante, o bem conhecido Camelo, de gastronomia regional.

FLUVIÁRIO PARA CRIANÇAS

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MORA, ALENTEJO 29 de julho a 11 de agosto 2015

PEQUENO ALMOÇO INCLUÍDO

Sob o mote “Águas transparentes para umas férias diferentes” o Fluviário de Mora organiza, até 8 de setembro, um sem número de atividades para os mais pequenos. Desde uma simples “Caça ao Tesouro” até aulas no laboratório que desafiam os conhecimentos da criançada. “Sobre o verão, eu sei…”, “Perfil de um peixe”, “O rio nas tuas mãos”, “Aquarista por uma hora” ou “À descoberta do Fluviário Técnico”, as propostas são muitas, algumas gratuitas outras pagas. A última referida custa 8€, tem a duração de uma hora e decorre na exposição “Percurso de um Rio e Área Técnica do Fluviário de Mora”. “Dormindo com as lontras” é outro dos programas possíveis. Neste caso tem a duração de 15 horas, custa 50€ e requer marcação com sete dias de antecedência. Mais baratas são as atividades “Á pesca na Ribeira”, com a duração de hora e meia e preço de 10€ por pessoa, o mesmo que custa “Uma aventura radical na Copa das Árvores” ou mesmo a comemoração de um aniversário neste espaço.

SEIA

PRAIA NO SRI LANKA Praias a perder de vista, um património inimaginável, ruínas que nos fazem recuar a tempos já perdidos no tempo, uma saborosa gastronomia e a simpatia das suas gentes, tudo isto aliado a preços em conta, fazem do Sri Lanka, onde se situava o antigo Ceilão português, um destino atrativo. Duas das suas praias mais famosas, Trincomalee e Passikudha são duas das mais famosas praias de um país por muitos denominado de “A Lágrima da Índia”. E é exatamente nestas duas praias que reside a proposta do operador YOU: uma viagem de 10 dias / 7 noites, em voos regulares (diários exceto aos sábados) da Turkish Airlines à partida de Lisboa ou Porto via Istambul para Colombo, capital do Sri Lanka, ou em alternativa, em voos Emirates ou Qatar Airways. Válido até 31 de outubro, o programa contempla sete noites de alojamento em hotéis de quatro ou cinco estrelas, em regime de alojamento e pequeno almoço ou meia pensão, assistência local pelo representante do operador e transferes. O preço que apresentamos é para sete noites no hotel Anilana Nilaveli, 5* em Trincomalee, de 1 de setembro a 31 de outubro.

SRI LANKA

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1749€

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> curtas

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98€ P/ NOITE

Toledo

HOTEL FONTECRUZ TOLEDO 5H SÓ ALOJAMENTO EM QUARTO DUPLO

ENTRE AS AVENTURAS DE DOM QUIXOTE E A ARTE DE EL GRECO

É inquestionável que Toledo é uma das cidades de Espanha com maior riqueza monumental, conservando sob as suas muralhas um inigualável legado artístico e cultural em forma de igrejas, palácios, fortalezas, mesquitas e sinagogas. E é esta grande diversidade que a converte num verdadeiro museu a céu aberto. Por tudo isto está inscrita na lista de Património Mundial pela UNESCO.

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uitas foram as vezes que ao conversar com amigos, que têm no viajar um prazer especial e uma forma de acrescentar dias aos dias, falavam de Toledo como a “ cidade das três culturas”. E era encontrar a resposta viva desta afirmação que durante muito tempo me fazia desejar um dia partir ao seu encontro. E a resposta encontrei logo nos primeiros passos dados no seu casco histórico. Rapidamente encontrei mil e uma respostas aos porquês de esta cidade ser conhecida como a “cidade das três culturas”. Em todos os recantos e pormenores os meus olhos encontraram testemunhos à convivência que durante muitos séculos aconteceu aqui entre cristãos, árabes e

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judeus, tornando-se mesmo num exemplo universal. Também posso dizer que Toledo foi capital de Espanha até 1560 e da Espanha

visigoda. Mas que importa quando temos perante nós a cidade de El Grego? Uma cidade impregnada de esoterismo e de lendas, onde começam as Rotas de Dom

Texto: Fernando Borges

Quixote, inscritas como Itinerário Cultural Europeu e que constituem uma forma incontornável de conhecer toda uma região que Cervantes elegeu como lugar de nascimento do “genial fidalgo”. Bom, a importância está na sua impressionante arquitetura medieval e que caminhar através dela é fazer uma viagem no tempo que nos leva até à Idade Média no verdadeiro sentido da palavra. A mesma cidade medieval que impressionou Tito Lívio, que a descreveu como “uma pequena cidade fortificada”, uma fortaleza que foi sempre um evidente parâmetro da sua história. E assim acontece ainda nos dias de hoje quando acompanhamos os seus muros que rodeiam o Tejo. E é ao acompanhar estes muros que nos apercebemos o porquê de Toledo tanto 29 de julho a 11 de agosto 2015


impressionar os amantes da arte. É que esta é uma cidade carregada de sugestões estéticas, de tesouros guardados em centenas de monumentos e edifícios que se “afogam” em histórias e lendas, ao mesmo tempo que nos mostram testemunhos das mais variadas culturas e períodos. Testemunhos em grande parte devido a essa convivência de séculos entre cristãos, árabes e judeus, que teve o seu apogeu cultural no período medieval, testemunhos como a Mezquita del Cristo de la Luz, do século X, com as suas intactas nove cúpulas inspiradas pela Mezquita de Córdova. Ou a Vieja Puerta de la Bisagra, construída entre os séculos XII e XIII, a única que resta da antiga muralha árabe ou ainda a Sinagoga de Santa María la Blanca ou a Sinagoga del Transito. Sem esquecer os testemunhos de arte mudéjar das igrejas do Cristo de la Vega, San Vicente, San Miguel ou de Santiago del Arrabal, essa arte que nasce como ponto de encontro entre o cristianismo e o islamismo. Mas não são apenas os tesouros arquitetónicos que através dos séculos deixaram o seu testemunho em Toledo. Também foram muitos os artistas que marcaram a história e cultura da cidade. E entre eles, claro, destaca-se El Greco, autor da obra “O Enterro do Conde de Orgaz”, que se encontra na Iglesia de Santo Tome. Mas também outros tesouros das artes como quadros de Caravaggio, Renoir, Tiziano, Goya, Van Dyck, Rafael ou Velázquez.

“GLÓRIA DE ESPANHA” TAMBÉM FORA DE PORTAS

E é caminhando também para lá das muralhas que nos chegam mais razões para que um dia Cervantes a tenha descrito como a “Glória da Espanha”. É que para além da histórica e monumental Toledo aninhada

COMO IR

EL GRECO, O “GREGO DE TOLEDO” Domínikos Theotokópoulos nasceu na Grécia. Mas é como El Greco que se tornou conhecido este pintor, escultor e arquiteto nascido na ilha de Creta. Foi em Toledo que viveu a maior parte da sua vida e criou as suas mais consagradas obras. Assim, partir à descoberta desta cidade de Castilla y León é igualmente encontrar-se com a vida e obra de um pintor que como nenhum outro soube misturar a técnica Renascentista com influências bizantinas e que inspirou outros grandes artistas como Pablo Picasso e Jackson Pollock. Obras que se encontram em lugares tão marcantes como a Catedral de Toledo, o Hospital Tavera, a Iglesia de Santo Tome, a Capilla de San José e o Convento de Santo Domingo el Antiguo. Mas nenhum outro lugar está tão impregnado do espírito de El Greco como a Judiaria, o bairro onde viveu e onde se encontra o Museo del Greco.

entre grossas pedras que durante séculos a protegiam, há a Toledo que nos faz entrar na comunidade autónoma de Castilla y León, uma região de Espanha com o seu quê de selvagem e por vezes solitária. Basta seguir os estreitos percursos que constituem os caminhos ecológicos do Tejo que são um constante convite a atravessar a pé ou de bicicleta a íngreme margem

direita do rio enquanto se observa garças e mergulhões, corvos marinhos e patos entre choupos, juncos e tamarindos. Caminhos ecológicos que fazem parte de lendas e realidades de uma Toledo que Cervantes colocou no caminho de Dom Quixote, cujas histórias são contadas nas ruas onde por vezes chegam brisas que descem do monte ao sabor das águas do Tejo. >

A melhor forma de ir ao encontro de Toledo será voar com a TAP, a partir de Lisboa ou do Porto até Madrid. Na capital espanhola poderá optar por viajar nos famosos comboios rápidos AVE, apanhando-os na estação Puerta de Atocha, e em 33 minutos estará na estação Central de Toledo, havendo comboios de hora a hora a partir das 7 horas da manhã. Outra opção é fazer os 70 quilómetros que separam Madrid de Toledo por estrada, e sempre seguindo a A-42

ONDE FICAR

Fontecruz Toledo HHHHH (98€) Abad Toledo HHH (64€) Hacienda del Cardenal HHH (62€) Parador de Toledo HHHH (145€)

QUE COMER

Perdiz estufada é o prato estrela em Toledo. Outras propostas são os guisados de carne de veado, as “carcamusas a la toledana”, um ensopado com carne de porco ou de bovino que inclui presunto, chouriço, cebola, pimento vermelho, tomate, vinho branco, ervilhas, azeite, oregãos, açúcar, malagueta... Também os queijos de ovelha, as sopas de alho e o gaspacho fazem parte da sua gastronomia, com o rei dos doces a ser o mazapán de Toledo, com a primeira receita conhecida datada de 1525, dividindo-se a sua origem entre Veneza e a cidade alemã de Lubeck.

ONDE COMER

Alfileritos 24 – Calle de Alfileritos, 24 – Tapas, croquetes de mexilhões e camarões, tártaro de atum com algas e espargos, mil folhas de foie gras, veado grelhado com molho de cogumelos selvagens… Casa Aurelio – Calle Sinagoga, 6 – assados, em especial leitão e cabrito, fritadas de cabrito e comida tradicional de La Mancha La Abadia – Plaza de San Nicolás, 3 – As especialidades são os mil-folhas de veado e leitão com marmelo La Perdiz – Calle Reyes Católicos, 7– Perdiz a la toledana e pratos tradicionais de Castilla e La Mancha

O QUE VISITAR

Mezquita del Cristo de la Luz Alcázar de Toledo Catedral de Toledo Iglesia de los Jesuítas

Iglesia de Santo Tome

Sinagoga Santa María la Blanca Museu Sefardi no Convento de Caballeros de Calatrava

QUE COMPRAR

Damasquinado é o que mais desperta a atenção do visitante e o que é mais procurado. Um trabalho de artesanato que consiste em incrustar autênticos fios de ouro em distintas figuras, como Dom Quixote e Sancho Pança, gravadas em caixinhas, pratos ou brincos. Armaduras, espadas, peças em ferro forjado, bordados, cerâmicas e trabalhos em vidro são outros atrativos na hora das compras. 29 de julho a 11 de agosto 2015

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> curtas

ONDE FICAR

Residencial Abade João HHH (desde 35€/noite) Rua dos Combatentes da Grande Guerra, 15 Montemor-o-Velho Tel.: 239687010

ONDE COMER

Restaurante A Grelha Rua Fernão Mendes Pinto Montemor-o-Velho Tel.: 239689372 Casa Arménio Rua Do Mourão nº1 Tentúgal Tel.: 239951175 O Manjar do Tojal Tojal - Pereira Tel.: 239645179

Montemor-o-Velho MONDEGO COMO PROTAGONISTA

Entre Coimbra e Figueira da Foz encontramos uma das mais antigas vilas portuguesas. Para quem está entre a cultura ou por dias de veraneio nestas duas metrópoles, aproveite para visitar Montemor-o-Velho, o seu património histórico e natural, bem como algumas das suas famosas freguesias, onde se inclui Tentúgal.

Texto: Sara Cunha Ferreira

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ontemor é tão antiga que realmente teve de “atrelar” a denominação de “Velho”. Não é fantasia minha. Segundo reza a História, quando D. Sancho I reedificou a vila alentejana de Montemor-o-Novo, a primeira, logo mais antiga, não teve como “escapar”. E neste caso não se trata de algo pejorativo, até porque a antiguidade é um posto e a sabedoria é sempre bem vinda. A verdade é que Montemor-o-Velho soube aproveitar estas voltas de calendário e é hoje uma das mais importantes e bonitas vilas portuguesas. Com o Rio Mondego e o seu castelo como protagonistas, a vila foi crescendo ao ritmo das correntes suaves do rio, com a população a erguer as suas casas ao longo da distante margem, não se “atrevendo” a subir pelas colinas do castelo. Por isso, com a fortaleza lá no alto do monte, o rio a ladear e os verdes campos férteis que dão mantimento às suas gentes, a vila sente-se abrigada e protegida, já que esta fortificação desempenhou um importante papel de proteção da nacionalidade. Mas esta é também terra de aventureiros, nomeadamente de Fernão Mendes Pinto, o explorador português que acompanhou a expedição portuguesa ao Japão, no século XIV e que vive hoje eterno nas asas de uma das aeronaves da frota da TAP. Muito além de histórias e estórias de

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“capa e espadachim”, Montemor-o-Velho é terra de trabalho, graças ao Mondego que propiciou arrozais e agora culturas de regadio que se estendem a perder de vista, ou pastos verdejantes por onde

PAPAS DE MOADO Imagine uma sobremesa que tem como um dos ingredientes principais o sangue do porco, recolhido após uma tradicional matança. Tal como tantas outras coisas que desconhecemos, as Papas de Moado primeiro estranham-se, mas rapidamente se entranham. As especiarias, frutos secos e muito açúcar, remetem-nos para sabores de norte de África e podem ser confundidas com os “mexidos” do Norte, pela sua aparência, mas o sabor não se lhe compara. E não se negue a prová-las, depressa se arrependerá se o fizer, quando todos à sua volta exclamarem o deleite!

passeiam os animais de sempre. De natureza bem presente e sempre reinante, encontramos um património natural único, com a Reserva Natural do Paul de Arzila, na margem esquerda do Rio Mondego, e o Paul do Taipal, onde os amantes da ornitologia se perdem na observação de aves que procuram estes santuários para procriar, como a Garça-vermelha e Garçapequena. Contudo, o destaque da vila vai, incontornavelmente, para o castelo e sua fortificação que é também monumento nacional. Lá existem infindáveis pontos de interesse, como a Porta da Peste, as ruínas do Palácio das Infantas, da Capela de São João ou da Capela de Santo António,

mas também as torres de Menagem e do Relógio e as igrejas de Santa Maria de Alcaçova e de Santa Maria da Madalena. Entre os verdes que habitam envoltos nas suas muralhas, em autênticos jardins apalaçados, não deixe de visitar a Casa do Chá Paço das Infantas. Para além da paisagem que proporciona, este espaço que, embora moderno, se funde como lava na antiguidade, oferece fins de tarde reconfortantes.

TESOURO GASTRONÓMICO Montemor-o-Velho é também sinónimo de uma gastronomia rica e única, muito apreciada graças à sazonalidade imposta pelos ex-líbris da sua culinária: a lampreia e o sável. Não é por isso de estranhar que sejam protagonistas incontornáveis de festivais gastronómicos por esta região, com demonstrações de arroz de lampreia e sável frito a deixar quem experimenta num “babar” saudosista. Nas carnes, destaque para pratos como pato assado ou de cabidela, e o sarrabulho, não esquecendo o acompanhamento de papas laberças, uma espécie de esparregado de nabiças. E já expectante, mesmo sem espaço para mais repasto, não poderia faltar a doçaria, não fosse eu uma gulosa de raiz: espigas doces, arroz doce e, como não poderia deixar de ser, os meus pastéis de eleição: Tentúgal. Na verdade, a Vila da Tentúgal dista a parcos quilómetros de Montemor-o-Velho, pelo que não se iniba de a visitar, bem como a fábrica onde são cuidadosamente embrulhados os recheios destes pastéis dos “deuses”. >

PARQUE ZOOLÓGICO EUROPARADISE A um par de quilómetros de Montemor-oVelho, se viaja em família, não deixe de visitar o Europaradise Zoo, um parque zoológico inserido em área protegida que, para além de relaxantes passeios, dá a conhecer um acervo privilegiado de aves, mamíferos e felinos. As crianças dos 3 aos 11 anos pagam 2,5€ e os adultos 5€.

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> lá fora Guia de Viagem INFORMAÇÕES ÚTEIS

Guiné-Bissau

Saúde: É aconselhável a profilaxia contra a Malária (Paludismo) antes, durante e após a viagem. Consulte o seu médico sobre as melhores medidas profiláticas. Documentos necessários: Passaporte válido e visto de entrada Quando ir: A estação das chuvas decorre de junho a outubro. A melhor época para visitar a Guiné-Bissau é o período entre novembro e maio. Os meses mais amenos são dezembro e janeiro. Temperaturas: Março, abril e maio são os meses mais quentes, com temperaturas (dia) a chegarem aos 34º e níveis de humidade muito altos. As temperaturas máximas durante o dia raramente descem dos 30º durante o ano. Moeda: Franco CFA. 1 Euro equivale a 650 CFA. Levar dinheiro é a sua melhor aposta, pois os cartões de débito e de crédito não são largamente usados. Os euros podem ser trocados nos bancos ou nas casas de câmbio à volta do mercado, em Bissau, ou nos melhores hotéis. As caixas multibanco só funcionam com cartões locais.

ENCONTRO COM A NATUREZA

A Guiné-Bissau é um dos países africanos mais comprometidos com a proteção do ambiente. “Terra da biodiversidade", este pequeno grande mundo é dotada de uma riqueza singular a nível da sua natureza e condições excecionais para o ecoturismo. Texto: Maria Morgado

É

como viajar no tempo para um lugar chamado Paraíso. Uma calma, uma paz… E a paisagem. É tão difícil conseguir descrever cada um daqueles “momentinhos”, em que até parece que o tempo não passa, mas que infelizmente acaba. Apesar da modesta dimensão do país, cerca de um terço de Portugal, a Guiné-Bissau é caraterizada por uma grande diversidade paisagística e reúne vários ecossistemas. A cor verde da bandeira traduz a sua vegetação exuberante e importante. A costa atlântica é uma vasta planície coberta por selva densa. Por causa de sua topografia plana, o mar penetra profundamente no interior do país, criando grandes estuários cercados por manguezais na foz dos principais rios, com muita exuberante vegetação circundante. Só em plantas, estão identificadas mais de 800 espécies. Por isso,

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os amantes da natureza vão maravilhar-se todos os dias com esse ecossistema, pois cada visão da natureza pode reservar uma surpresa.

4 REGIÕES PARA ECOTURISMO Existem no território guineense quatro regiões com assinalável interesse para o ecoturismo ou turismo de Natureza. Um local belíssimo para realizar o melhor ecoturismo é o Parque Natural dos Tarrafes do Rio Cacheu, a área protegida mais próxima da capital e a de mais fácil acesso. Dos oitenta mil hectares que constituem a área do parque, quase 70 por cento estão cobertos de floresta de mangue. É o maior bloco contínuo de mangal (que em crioulo se designa por tarrafe) de toda a África Ocidental, onde podemos apreciar mais de duas centenas de espécies de aves, incluindo

flamingos e papagaios. Mas existem, também, embora nem sempre ao alcance do olhar do viajante, crocodilos, hipopótamos, gazelas, hienas e macacos. A Lagoa da Cufada é uma rede de espelhos de água e planícies verdes rodeada por floresta. Este Parque Natural fica no centro, muito próximo da cidade de Buba e estendese por quase noventa mil hectares. Os passeios pelas lagoas permitem a observação de várias espécies de aves, residentes ou migradoras, como flamingos, pelicanos e papagaios de todas as cores. Entre a fauna aquática abundam mamíferos como hipopótamos, peixe-boi e crocodilos. Em terra, com sorte, o olhar do visitante pode tropeçar ocasionalmente com gazelas, porcos do mato e antílopes. O Parque Nacional das Florestas de Cantanhez. As matas de Cantanhez, constituem a última mancha de floresta

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D E S D E

1380€ P/ PESSOA EM QUARTO DUPLO

6 DIAS / 5 NOITES PARTIDAS:

1 A 31 DE AGOSTO DE LISBOA OU PORTO ALOJAMENTO:

HOTEL COIMBRA & SPA 3H REGIME APA INCLUI:

PASSAGEM AÉRE A | TA XAS | ALOJAMENTO | SEGUR O VIAGEM AGÊNCIA DE VIAGENS :

BESTRAVEL

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> lá fora

COMO IR

Voos diretos da EuroAtlantic duas vezes por semana (terças e sextas). A TACV voa de Lisboa via Cidade da Praia e a Royal Air Maroc, via Casablanca.

ONDE FICAR

Em Bissau: Azalai 24 de setembro, Hotel e Spa Coimbra, Hotel Ancar, Malaika Hotel, Aparthotel Lobato, Hotel Tamar. O Lybia Hotel está em fase final de remodelação. Nos parques naturais que aqui mencionamos existem pequenas unidades de alojamento, tipo turismo rural.

ONDE COMER

Em Bissau e arredores: Padaria Africana – um bacalhau inesquecível; Papaloca – churrascos; Dona Fernanda – Bica grelhada; Adega do Loureiro – sabores da comida típica portuguesa; “K” Bar Kaipirinha – espetadas; Marisqueira Safim – o mais badalado restaurante nos arredores de Bissau. Prábis ou Quinhamel, não muito longe da capital, comem-se ostras baratas.

CAFÉS “SABURA DI TERRA”

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primária da Guiné-Bissau e são habitat de várias espécies. A zona, que cobre uma área superior a 100 mil hectares, acolhe, nomeadamente, populações de chimpanzés que estão a ser objeto de estudo, mas também várias espécies de macacos, e ainda antílopes, pavões e várias espécies de aves, para além de flora rara. A menina dos olhos da mãe-natureza guineense é, todavia, o Arquipélago dos Bijagós, uma imensidão de ilhas e ilhotas, habitat de várias espécies e plantas raras, assim como de algumas populações de tartarugas marítimas e os incomuns hipopótamos de água salgada (ler nesta edição).

23 GRUPOS ÉTNICOS DÃO COR AO PAÍS É um país pobre, mas terra que acolhe os viajantes com enorme hospitalidade. É um país único pela sua riqueza natural, cultural e histórica. Um país que sabe cuidar do seu turista e o cativar. Se bem que só de olhar para a vida ao ar livre, sentir o clima de sol já faz da Guiné-Bissau um local totalmente único. São tantas tribos e etnias (dizem que são 23 as principais) existentes que a cultura emanará do ar e deixará o turista certamente fascinado. Se procura um lugar que não está massificado pelo turismo, este minúsculo país de África Ocidental, a cerca de 4 horas de avião de Lisboa, é para si: Culturas interessantes, cidades históricas e carnavais,

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A gastronomia guineense é rica, variada e genuinamente africana. O caldo de mancarra (amendoim) que acompanha a galinha ou carne, o Chabéu que é comparado à Muamba angolana, a Cafriela, o Siga à base de óleo de palma e quiabo, o Brindge de carne ou peixe e a Poportada com farinha de arroz e carne de porco, são alguns exemplos de especialidades guineenses. Encontramos também uma fabulosa variedade de peixe que normalmente é servido grelhado. A qualidade do marisco não fica atrás, como o camarão e as incomparáveis ostras.

bem como praias de areia branquíssima, mar azul e calmo, vida selvagem, caça, pesca e o maior arquipélago de África. São muitas experiências a não perder, claro, se estiver disposto a viver com a falta de alguns serviços e infraestruturas turísticas no país. Mas tudo poderá ser rapidamente ultrapassado quando sentir o cheiro inconfundível da terra e o calor do povo.

BISSAU, CONFUSA MAS ENCANTADORA A viagem tem mesmo que começar em Bissau, a capital, onde está o único aeroporto internacional. Para o resto do país, a maior parte das estradas estão bem conservadas ou em reabilitação. Também Bissau está em franca reabilitação. O novo presidente da Câmara pôs mãos à obra, começando a recuperar ruas, monumentos de valor histórico e patrimonial, praças, jardins e, principalmente o “Bissau Velho”, zona da capital onde se concentra grande parte do casario colonial. É uma cidade pequena, confusa, mas encantadora. O calor e a humidade desde logo, mas também o trânsito confuso, o improviso das ruas e gente, muitas pessoas de um lado para o outro, a maior parte jovens, o barulho e os risos francos. É cidade de todos os cheiros. Bissau já foi uma cidade muito bonita. Adivinha-se pelo que sobrou. Mas, porque as cidades são as pessoas que nelas vivem, é uma capital especial. Por isso dizem sempre aos estrangeiros que não podem deixar a

cidade sem beber a “água de Pindjiguiti” (nome do Porto de Bissau), porque isso dignifica “ir e voltar um dia”. A Praça dos Heróis Nacionais é o centro e de lá chega-se ao porto a pé. E num par de horas pode-se entrar por um bairro da periferia adentro, mergulhar na Bissau profunda e real, e regressar pelo Bandim, o maior mercado do país, parte a céu aberto, onde se compra e se vende tudo, mas tudo mesmo. Os edifícios mais importantes da cidade são o Palácio Nacional, a Praça dos Heróis Nacionais, e a Catedral. Outro ponto atrativo é a Fortaleza da Amura, onde se encontra o mausoléu de Amilcar Cabral. O Memorial Pidjiguiti, em homenagem aos mortos de 3 de agosto de 1959, está a ser transformado numa das mais belas praças de Bissau, a par da Praça dos Heróis

Ponto de Encontro, Bate Papo e Café Império

MOVIDA

Os ritmos quentes passam nas discotecas, entre elas o X, Insónias e Tabanka, onde se dança até o sol raiar.

O QUE FAZER

Se procura praia ou pesca desportiva, o Arquipélago dos Bijagós é o santuário, mas também a praia de Varela, no continente, é a não perder. Se a sua preferência é o turismo de natureza, então as quatro áreas protegidas vão, de certeza, surpreender. Não perca o Carnaval de Bissau.

Nacionais, com o seu coreto e a estátua de Maria da Fonte, que foi completamente reabilitada. Em todos os lugares o que é especialmente interessante é a vida da cidade, que acontece dentro e em torno dos mercados, ricos em produtos naturais frescos e artesanato tradicional. O artesanato nomeadamente o de tecelagem, é muito conhecido, mas é a estatutária, uma das maiores manifestações artísticas da Guiné-Bissau. Como mostra representativa da cultura etnográfica musical, o Carnaval de Bissau é hoje um importante cartaz turístico do país. As ruas ficam repletas de máscaras coloridas de dimensões surpreendentes e de grupos de dançarinos talentosos, representando quase todos os grupos étnicos. >

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COMO IR

Ferries semanais levam viajantes de Bissau para a ilha. Pode optar também por um cruzeiro nos Bijagós no Africa Princess, que começa e termina no porto de Bissau à sextafeira, de outubro a maio. Cruzeiro: 900€ por pessoa, em cabine dupla. Inclui receção no aeroporto, transferes de/ para o aeroporto, todas as refeições com as bebidas que se propõem a bordo, os passeios para visitar as aldeias e observar a natureza, praia e banhos de mar todos os dias. Pesca: 165€ - aluguer diário de um barco de pesca, que inclui pescador de apoio (máximo 3 pescadores desportivos); 300€ aluguer diário lancha rápida.

ONDE FICAR

Em Bubaque Casa Dora - Telefones: (+245) 6925836 / 5967714 - Email: casadorabubaque@ gmail.com Hotel Kasa Africana – Telefones (+ 245) 594 92 13/ 658 16 67 Em Rubane Ponta Anchaca Lodge Hotel -Telefone (+245) 639 4352 Em Orango Orango Parque Hotel – Telefone (+245) 6615127

Bijagós O EX-LIBRIS DA GUINÉ-BISSAU Um salpicado de 88 ilhas bordadas por palmeiras no Oceano Atlântico, com apenas 20 delas habitadas. Pontinhos tropicais verdejantes com quilómetros de praias desertas espetaculares, hipopótamos de água salgada na ilha de Orango, e costumes incomuns como um dos poucos matriarcados funcionais do mundo.

Texto: Maria Morgado

F

alar de turismo na Guiné-Bissau é falar do Arquipélago de Bijagós, o principal destino turístico do país. Composto por mais de 80 ilhas e ilhéus localizados na costa do Oceano Atlântico, Bijagós, é considerado o ex-libris do turismo guineense. Este arquipélago rodeado de águas calmas, povoadas de peixes, moluscos e mariscos, num mar que ainda não sabe o que é a poluição, é a maior atração turística da Guiné-Bissau. Os Bijagós oferecem ao turista um conjunto rico em paisagem, etnografia e magia. Nas suas aldeias cruzam-se com homens e mulheres de rara beleza. Nos seus canais passeiam grupos de turistas encantados. A população, cerca de 20 mil habitantes, sendo na sua maioria Bijagó, ocupa apenas 20 ilhas. Devido ao seu património natural e cultural único, é a única Reserva Atlântica da Biosfera da UNESCO em África desde 1996. Viajar e pescar nos seus parques nacionais, desfrutar de suas praias absolutamente virgens, visitar as tabancas (aldeias) e interagir com as pessoas e com os seus valores culturais, é uma experiência única e inesquecível. Para alguns, trata-se de uma viagem iniciática. Para outros, é um “benchmark” na sua busca pessoal. Para os pescadores ... pura adrenalina! Apoiada numa natureza deslumbrante, esta região oferece excelentes alternativas para a pesca, para a observação de pássaros, para a fotografia, para navegar nos canais entre os mangais, para desfrutar das suas ilhas de 29 de julho a 11 de agosto 2015

areia branca, e para contactar com diferentes culturas étnicas. Os seus habitantes apoiados nos seus fortes valores culturais, ao longo de séculos têm sabido gerir inteligentemente este equilíbrio com a natureza.

ONDE MANDAM AS MULHERES Trata-se de uma sociedade muito estruturada e equilibrada, onde as mulheres e os idosos são de fundamental importância - diz-se que, talvez por isso, os seus valores se tenham preservado tão bem. Visitar uma tabanca e interagir com seus habitantes, é a melhor maneira de entender a cultura dos Bijagós. Os Bijagós oferecem um misto único de ambientes: 50% do território é composto por florestas de palmeiras. O resto é savana húmida ou seca. Nas suas margens e canais, além dos seus impressionantes 37.000 hectares de mangais, existem zonas sedimentares muito ricas, extensas praias e pequenas enseadas. As praias de areia branca, palmeirais, a cálida água de um mar tropical e as temperaturas ambientes moderadamente elevadas, convidam a uma melhor compreensão do valor da vida. A Ilha de Bubaque é o ponto de partida ideal para organizar expedições às outras ínsulas (alugando um barco). A atmosfera é francamente relaxante, os caminhos imersos em verdes labirintos propícios a passeios de bicicleta (que pode ser alugada no local), e as praias magníficas. Se a tudo isto acrescentarmos a infinita afabilidade da gente local, que mais pode pedir o viajante? >

AFRICA PRINCESS: AMBIENTE E CONFORTO DE UM IATE PRIVADO O Africa Princess oferece o meio por excelência de acesso seguro e cómodo numa semana, a uma amostra representativa da enorme diversidade dos Bijagós. Desfrutar de uma nova praia todas as manhãs, visitar várias tabancas (aldeias), pescar em diferentes lugares todos os dias e explorar múltiplos cenários da biodiversidade do arquipélago. Trata-se de um catamarã motorizado com dois cascos, sobre os que se estende um amplo deck aberto, preparado para proporcionar uma navegação confortável e segura. É propriedade do empresário português Jorge Horta. O Africa Princess foi concebido para desfrutar 180º do sol e 360º da paisagem numa imersão permanente, rodeado pela natureza. O barco oferece as espreguiçadeiras na proa, em seguida as mesas, a ponte de comando e, finalmente, o bar. O deck panorâmico é sempre a escolha preferida. Existem ainda 4 cabines duplas com acabamentos em madeira, ar condicionado e casas de banho individuais totalmente equipadas. Para transferes rápidos e confortáveis, dispõe de uma lancha bem como de quatro barcos para a pesca e para a exploração da fauna e da flora selvagens, pelos canais interiores bordeados por mangais. Para pedidos específicos, a empresa pode também desenhar viagens temáticas. A empresa vai buscar o passageiro ao aeroporto de Bissau para o levar para o barco. A partir de então, todas as refeições estão incluídas, à exceção do bar e da pesca. Normalmente o Africa Princess visita as Ilhas do sul dos Bijagós, que são as mais selvagens e onde todos os dias o barco navega para uma nova praia.

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> ficar

D E S D E

158€

P/ NOITE EM QUARTO DUPLO CL ASSIC

PortoBay Liberdade REQUINTE E BOM GOSTO AO ESTILO “VINTAGE”

Fica praticamente paredes meias com a Avenida da Liberdade, suficientemente perto para que a possamos alcançar com o olhar ou para que a percorramos a pé para cima e para baixo, as vezes que quisermos dando olhadelas mais ou menos furtivas, mais ou menos atentas, às lojas que ostentam marcas de renome mundial para gáudio de muitos turistas, por certo também de muitos hóspedes do PortoBay Liberdade. Texto: Fernanda Ramos

E

stamos na Rua Rosa Araújo, é ali que se ergue o mais recente hotel boutique de cinco estrelas aberto na área da principal artéria lisboeta, que a ela foi buscar o nome, “Liberdade”, mas que dela fica suficientemente afastado para que o bulício da grande avenida comece apenas no quarteirão abaixo. Numa zona em que proliferam edifícios cujas fachadas são verdadeiras obras de arte, o hotel PortoBay Liberdade, propriedade do grupo hoteleiro madeirense PortoBay, não foge à regra. Instalado num palacete construído no início do século passado, dele preserva a histórica fachada, completamente recuperada pelo arquiteto Frederico Valsassina. Em branco, azul pastel e cinza, essa mesma fachada torna o hotel facilmente reconhecível quando se percorre

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a rua, ajudada também pelo facto de, do lado direito de quem se encontra de frente para o hotel se localizar uma pequena esplanada, parte integrante do hotel e prolongamento do bar & lounge, o Aviator 6, que ocupa parte do seu lobby e presta serviço a hóspedes e passantes entre as 10h30 e as 00h30. É um dia de verão, do início de julho, e a tentação de ficar já pela esplanada, sob o olhar “invejoso” de quem passa é muita. Mas há que entrar que a hora para nós é de trabalho – um trabalho no entanto bastante prazeroso já que vamos poder conhecer a fundo o que este hotel boutique, repleto de requinte logo desde o exterior, tem para oferecer aos seus clientes. Portas abertas pelo simpático concièrge, entramos diretamente no lobby do hotel onde se encontra a receção e desde

logo nos assalta a certeza de que por ali vamos passar um tempo de qualidade. A decoração envolve-nos e abraça-nos, há peças que nos levam de volta a um passado que não é tão distante como isso – afinal o século XX foi apenas ontem e foi nele que muitos de nós viveram a maior parte das nossas vidas –, combinadas com um conforto moderno e uma classe intemporal. Portas adentro parece que não estamos no centro de Lisboa, menos ainda que estamos tão próximos da Av. da Liberdade, tal é a calma e principalmente o silêncio. No espaço predominam as madeiras velhas e os mármores que, veremos depois, são presença constante em todo o hotel. Há bidões escuros a servirem de floreiras que contrastam com o branco das porcelanas com desenhos em tons de azul. Sofás e maples confortáveis, de desenho

intemporal recheiam o lounge e o lobby bar, este tendo em destaque, ao fundo, do lado direito de quem entra no hotel, um móvel (parece mais um conjunto de prateleiras) devidamente iluminado para realçar as cores vivas das garrafas que ali se encontram cuidadamente expostas. Isto já para não falar de uma mala de viagem,

DICA Aprecie o pôr do sol no topo do PortoBay Liberdade. Bem mais que uma esplanada, o rooftop bar “Deck7” é um oásis onde se pode preguiçar enquanto se aprecia uma das 300 referências de bebidas ali disponíveis com a inimitável luz de Lisboa como pano de fundo. De ambiente intimista e elegante ali pode desfrutar dos últimos raios de sol do dia enquanto relaxa no jacuzzi.

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LARGAS À “BISTRONOMIA”

Já falámos dele nas páginas do destinos mas a reportagem sobre o PortoBay Liberdade não ficaria completa se não o referisse aqui. Falo do Bistrô4, o restaurante da unidade que segue o conceito de “bistronomia” onde o sabor se funde com o requinte e a simplicidade e nos pratos se combina a alta gastronomia com a cozinha mais típica dos “bistrôs”. No Bistrô4 há também paladares que se fundem, os mais madeirenses com os mais “alfacinhas”, das lapas aos peixinhos da horta, por exemplo, e tudo pode ser acompanhado de vinhos de excelência graças à farta garrafeira do hotel. Dividindo-se entre sala interior e um pátio rodeado de oliveiras e limoeiros, o que aqui salta à vista, além da comida, é uma grande peça de azulejaria da artista Joana Rêgo. O Bistrô4 tem uma oferta para todos os momentos do dia, desde o pequeno-almoço ao jantar, passando pelo almoço, em que se pode optar pelo Menu Executivo, servido de segunda a sexta-feira ao preço de 20€ por pessoa, sem bebidas.

quartos ostentam varandas, muitas com balaustradas em ferro trabalhado e com direito a cadeiras e mesinha de apoio. Quartos há de cinco categorias, desde os “Classic” às suites, todos sobriamente decorados e um verdadeiro hino ao conforto. Uma vez mais, as madeiras ganham realce no misto de cores sóbrias e envolventes e porque estamos num cinco estrelas não faltam amenities de qualidade, chinelos e roupões, zona de trabalho e mesmo uma máquina de café porque pode apetecer a qualquer hora.

Os quartos diferem em área útil, medeiam entre os 20 e os 58m2, esta última dimensão a fazer a alegria dos que ocupam as suites onde a sala de estar é dotada de uma varanda antiga e espaçosa com portadas também antigas e onde, além do duche, há também uma generosa banheira. Entre uns e outras ficam os quartos “deluxe” com direito a sofá que pode ser cama. A separar os quartos, os habituais corredores que aqui não são tão habituais como isso. Além da decoração das paredes, com as fotos de que já falámos, estes não se prolongam em linha reta, antes são sinuosos acompanhando o desnível que existia entre os dois prédios que deram origem a este hotel de charme, verdadeiro oásis de calma e relax no meio da cidade.

UM “AR” DE RESORT Falta ainda dar um pulinho ao último piso de onde se aprecia uma inesquecível paisagem. Ali está instalado o “Deck7”, bar & rooftop lounge, onde se pode tomar uma gostosa bebida entre as 11h00 e as 22h00. Cereja no topo do bolo é o jacuzzi que ali assentou arrais, logo à entrada da esplanada. Se pensa que já não falta nada, desengane-se. O PortoBay Liberdade além de hotel de charme é um resort urbano pelo que não podiam faltar ginásio e Spa (no piso -1 com assinatura Aromatherapie) com piscina interior aquecida com luz natural, hidromassagem e jatos de água, quatro salas de tratamento para uma ou duas pessoas, sauna, banho turco, e zona de relaxamento que se prolonga num pátio interior onde um tronco antigo de uma árvore de generosas dimensões funciona como verdadeira obra de arte. >

quase um baú, velhinha de muitos anos que também ali se expõe ou da miniatura de um avião de outros tempos que serve de inspiração ao nome do bar.

INTERIOR DE CHARME

Passemos aos pisos superiores por onde se espalham os 98 quartos que o hotel oferece. Ao imediatamente superior, onde também há salas para eventos, acedemos por meio de uma escadaria de madeira – não está sozinha, há uma outra, original do edifício antigo que foi completamente preservada e faz as delícias de hóspedes e visitantes como nós, até pelos lambrins, também de madeira, que foram igualmente mantidos. Definitivamente, apesar do silêncio, estamos 29 de julho a 11 de agosto 2015

em Lisboa. Nas paredes, em todos os andares, há fotos a preto e branco assinadas por Henrique Seruca retratando bairros lisboetas, cada um deles correspondendo a um andar: Alfama, Liberdade, Tejo… E para que não restem dúvidas do trabalho de recuperação realizado, há fotos dos edifícios antigos. Que se olhe também para os tetos quando se percorre o hotel pois eles são verdadeiras obras de arte, também restauradas. Logo do primeiro andar, de pequenos varandins que orlam salas de eventos, vislumbramos um dos ex-libris do hotel, os seus pátios interiores. Um deles serve praticamente como prolongamento da área de repouso do Spa e piscina interior, no outro prolonga-se o restaurante, o Bistrô4,

com assinatura do Chef Benoît Sinthon galardoado com uma estrela Michelin no The Cliff Bay, hotel do grupo no Funchal - mas sob a responsabilidade mais direta do Chef Executivo João Espírito Santo. Ainda no primeiro andar há uma aconchegante sala de estar com lareira, televisão e serviço de bar. Ali, como na decoração de todo o hotel, da responsabilidade de Paula Bianchi pontificam peças únicas de estilo vintage que combinam na perfeição com a arquitetura do edifício. Espreitemos os quartos à hora do meio dia banhados pela espetacular luz de Lisboa que entra, quente e sem cerimónia, pelas janelas e varandas de dimensões diferentes consoante a categoria do alojamento. No PortoBay Liberdade, 70 por cento dos

FICHA TÉCNICA

PortoBay Liberdade Classificação: 5H Abertura: Março de 2015 Localização: Rua Rosa Araújo (Lisboa) Quartos: 98 | 5 tipologias (Classic | Superior | Deluxe | Junior Suite| Suite) Restaurante: Bistrô4 (conceito de bistronomia) Bares: Aviator6 (bar & lounge com esplanada) | Deck7 bar & rooftop lounge Biblioteca Wi-fi gratuito em todo o hotel Piscina interior aquecida Ginásio Spa (4 salas de tratamento | área de relaxamento | sauna | banho turco) 4 Salas de reuniões | Business Centre Facilidades para pessoas com mobilidade reduzida

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> gastronomia

THE VINTAGE RESTAURANT & BAR

Tradição aliada a requinte Diz-se que também se “come” com os olhos e mais não podia concordar. Nem sempre é certo o momento de puro prazer em que a beleza visual se alia a papilas gustativas a “dançar” de contentamento. Porém, no The Vintage Restaurant & Bar este momento é certo! Texto: Sofia Soares Carraca

É

sempre uma ocasião feliz quando entro, pela primeira vez, num restaurante onde há muito queria ir. Felicidade que cresce quando a ocasião coincide com a apresentação da sua carta para este verão. O chef Vitor Cardoso presenteia-nos, novamente, com a gastronomia tradicional, onde vai buscar pitadas de inspiração a cozinha internacional, aliada à frescura requisitada a esta época estival. O The Vintage Restaurant & Bar é parte do de The Vintage House Lisboa, sendo que a sua entrada é feita por uma porta distinta, na Rua Barata Salgueiro, deste hotel que faz esquina. Tem também, logicamente, entrada através do lobby, numa escadaria que desce e dá acesso direto ao bar. O bar e o restaurante, de decoração similar, são separados pela parede que se encontra atrás do bar, forrado a cabedal castanho. O ambiente é escuro sem ser pesado, com soalho de madeira e robustas cadeiras de veludo com padrão que cercam as mesas pretas, redondas ou quadradas. Existe ainda um pequeno pátio interior, leia-se: espaço onde os fumadores podem alimentar o vício. A sala do restaurante é redonda, redondinha na verdade de pequenina que é. Uma enorme fotografia de Lisboa a preto e branco cobre um dos lados enquanto o outro é rasgado por janelas, que lhe oferecem luz natural. Aqui, as mesas estão vestidas com toalhas brancas e guarnecidas com pão, azeite, vinagre balsâmico e flor de sal, bem como manteiga polvilhada com pimenta rosa. Num almoço deste calibre nem olho a ementa e aguardo que me cheguem, uma a uma, as sugestões do chef. O meu menu de verão é inaugurado pelo bisque de lavagante, da secção das sopas. Sem ver o empregado que se aproxima sei perfeitamente que vêm aí a minha entrada quando no nariz se inunda o aroma a mar e a marisco. O prato é centrado por um ravioli de lavagante, que com o caldo que o circunda resulta numa explosão gustativa do rico crustáceo. O bisque foi a rampa de lançamento para a estrela que lhe seguiu, cogumelo Portobello com farinheira frita e ovo panado. Quem lê tal descrição pensa “que prato pesadão para o verão”. Confesso que o pensei.

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Não podia estar mais enganada. A alheira não abunda mas faz-se notar, tal como esperado, e o conjunto em si é absoluto deleite. Seguro nos talheres, perfuro suavemente o topo desta pirâmide e de pronto corre languidamente a gema sobre o cogumelo grelhado. É daqueles pratos que acaba sem nos apercebermos da velocidade com que o comemos, ademais acompanhado de um refrescante Fiúza Rosé. É tempo de passar ao prato de peixe e, em consonância, ao Fiúza Sauvingnon Blanc, que melhor o complementa. Os filetes de robalinho corados vêm intricadamente enrolados, num empratamento exemplar. Sobre uma cama

de espinafres salteados ao lado de “nozes” de puré de batata e tomates cherry, é tão delicioso quanto atraente. Quando apresentam os secretos de porco com migas do pingo diz-se, na mesa, que o chef há-de ter uma costela alentejana. O que mais tarde veio a confirmar-se. Este prato é como umas migas alentejanas com carne de alguidar, aprimorado com muito requinte. Os secretos, também enrolados, são suculentos, sem um rasgo de secura. As migas, encimadas com um punhado de legumes salteados, são tudo aquilo que delas esperamos, aliado a uma leveza que cria impossível. Esta carne é emparelhada com um Fiúza Cabernet Sauvignon, que até

ROOFTOP BAR VARANDA DO CASTELO O restaurante não é o único espaço que alia prazer a gastronomia no The Vintage House Lisboa. Durante o verão, um dos pisos altos do hotel, abre portas a uma fantástica varanda, com vista privilegiada para o Castelo de São Jorge e a cidade de Lisboa. O Rooftop Bar apresenta uma carta de snacks, oferecendo também a possibilidade de apreciar o menu à la carte. Está aberto todos os dias, entre as 17h00 e 24h00.

The Vintage Restaurant & Bar The Vintage House Lisboa Rua Rodrigo da Fonseca, nº2 1250-191, Lisboa Tel. 210 405 400 restaurante.vintage@nauhotels.com Todos os dias entre as 12h00 e as 15h00, e as 19h00 e as 23h30 Preço médio de 35€ por pessoa Cartões de débito e crédito

“lacrimeja” de tão bom que é. Nisto, e já com um estômago proeminente que assinala que todos os pratos saíram da mesa impecavelmente “limpos”, chega a sobremesa. É na verdade um trilogia, pois nem pensar abandonar este local provando uma só. Em modo degustação o prato à minha frente apresenta diversos elementos, dos quais se destaca o mil-folhas de sericaia. Parecem duas minis panquecas entrecruzadas com mousse de ameixa, num doce que se come de uma garfada só. À sericaia junta-se um húmido bolo de chocolate com avelã e toffee, que surge de mãos dadas com frutos vermelhos e gelado de baunilha. Um conjunto que a muitos pode parecer básico mas que é, para mim, um clássico intemporal. Para o fim deixo o cheesecake de chocolate branco e maracujá. Chega a hora do café. Nem sempre considero esta uma descrição relevante no curso de uma refeição. Na verdade porque Portugal é, entre muitas outras coisas, o país com bom café. Porém, de quando em vez, há mimos dignos de menção. O bom café não vem acompanhado pelo habitual quadradinho de chocolate negro, que convenhamos nem a todos agrada, mas por uma generosa taça com “moedas” de chocolate belga, tanto preto como branco. E assim, com a boca doce, termina a minha experiência no The Vintage, com um cumprimento ao chef. > 29 de julho a 11 de agosto 2015


MENU

Entradas Carpaccio de salmão, ovo de codorniz, alcaparras e mesclum de alfaces 7,50€ Cogumelo Portobello grelhado, farinheira frita e ovo panado 9,50€ Bacalhau com natas envolvido em massa filo sobre alho francês e tomate 9,50€ Salada Caprese 8,00€ Sopas Gaspacho de tomate cherry e frutos vermelhos 4,50€ Creme de abóbora assada com caril, sementes de abóbora e alho 4,50€ Bisque de lavagante, ravioli de lavagante com legumes 7,00€ Sopa do dia 4,00€ Risotto Risotto de cogumelos mistos e espargos verdes com azeite de trufa 11,50€ Risotto de beterraba com camarão grelhado e molho de manteiga e limão 16,50€ Peito de frango recheado com foie gras, arroz malandrinho de cogumelos mistos 14,50€ Tempura de polvo com arroz malandrinho do mesmo, rúcula e maionese de alho 15,00€ Pastas Gnocchis de batata com molho de tomate e pesto 10,50€ Esparguete alla carbornara 10,50€ Peixe Atum fresco grelhado com batata lionesa, juliana de courgette e vinagre balsâmico 18,50€ Lombo de salmão grelhado com emulsão 29 de julho a 11 de agosto 2015

de caril, arroz venere aromatizado com gengibre e alho, legumes e chutney de abacaxi 17,00€ Filetes de robalinho corados sobre tomate cherry, espinafres salteados e puré de batata 15,50€ Bacalhau assado lascado, ovo cozido, coentro sobre grelos, migas de tomate e azeitonas 16,50€ Carne Secretos de porco preto com migas do pingo e legumes salteados 14,50€ Magret de pato corado, esmagada de batata-doce e chucrute 15,50€ Costeletas de borrego fritas com crosta de azeitonas, couscous de caril e pimentos, molho de alecrim e alho 24,50€ Tornedó de novilho à Professor com batata frita 24,50€ Bife da vazia com manteiga café de Paris, batata salteada com ervas aromáticas e esparregado de espinafres 20,50€ Sobremesas Mil-folhas de sericaia com mousse de ameixa 5,50€ Tarte Tatin de abacaxi com gelado de coco e erva príncipe, com molho de caramelo e rum 5,50€ Bolo de chocolate e avelã com toffee, frutos vermelhos e gelado de baunilha 5,50€ Cheesecake de chocolate branco e maracujá, sorvet de laranja 5,50€ Fruta laminada 5,50€ Gelados artesanais: 1 bola 2,50€; 2 bolas 4,00€; 3 bolas 5,50€ Queijos portugueses, marmelada, uvas e tostas 12,50€

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> por cá

Feiras Medievais DO PASSADO SE FAZ O FUTURO

Longe, muito longe vão os tempos em que o comércio era direto entre produtores e consumidores. Mas para além do negócio, as feiras dos tempos medievais eram também ponto de encontro, onde não faltava a animação. Hoje são um livro a três dimensões, para mostrar de onde viemos e com isso aprender onde poderemos chegar. Texto: Sara Cunha Ferreira

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éculos passaram desde que o camponês tirava da terra o seu sustento. Da porta de casa até aos caminhos mais movimentados, todos os espaços serviam para a venda, até que se percebeu que a organização também contribuía para o lucro. Dizem os historiadores que as feiras medievais eram muito maiores do que os mercados e que por isso aconteciam com muito menos frequência, já que recebiam

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todo o tipo de produtos, animação e pessoas e que poderiam durar dias, muito à semelhança do que hoje se pretende recriar. Mas para levar a cabo estas feiras, era preciso pagar, mesmo quando eram organizadas pela Igreja, que tanto ditava as leis àquela época. De feira em feira, a pé ou a cavalo, desbravando florestas e por caminhos inóspitos para chegar à próxima localidade ou estrada comercial, alguns começaram a fazer

da venda vida e depressa se aproveitou o ponto de encontro para passar o tempo pela animação de bobos, música, dança, representações teatrais, artes circenses, cartomancias e feitiçarias e demonstrações de força e masculinidade, em regaste de donzelas, como torneios e justas. E para além de novas artes em pinturas e tapeçarias, não esquecendo que estes lugares eram essencialmente palco comercial, onde se podia encontrar os produtos da terra, animais e, mais

tarde, metais e pedras preciosas, seda, especiarias e perfumes de países distantes. É um pouco disto e um tudo de História nacional que se pretende recriar em cada um dos eventos que acontecem por Portugal fora este verão, sob a temática Feiras Medievais. Para que mergulhe no conhecimento vivo, ao mesmo tempo que se diverte em família, deixamos-lhe quatro sugestões que, acredite, valem mesmo a pena! 29 de julho a 11 de agosto 2015


Aljubarrota Medieval 14 A 17 De Agosto

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á poucos momentos na nossa História tão emblemáticos como a Batalha de Aljubarrota. Para reviver este momento tão mítico, o município de Alcobaça recria em Aljubarrota Medieval a vitória na batalha que marcou o destino da nacionalidade, garantindo a independência. No arranque do evento, a 13 de agosto, haverá uma noite exclusivamente dedicada à Padeira de Aljubarrota que inclui um cortejo e dramatização itinerante pelas ruas da vila, espetáculo de fogo e ilusionismo. O outro grande destaque será no Dia da Batalha (15 de agosto) com a III Recriação da Batalha de Aljubarrota que vai contar com centenas de participantes e figurantes vestidos e armados a rigor. Durante 4 dias pretende-se reviver os tempos medievais e celebrar a Batalha de Aljubarrota, momento decisivo na história da Nação, cuja vitória portuguesa resolveu a disputa que dividia o Reino de Portugal e o Reino de Castela e Leão. E já que está por terras de Aljubarrota, não deixe de visitar o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, onde poderá encontrar artefactos fascinantes encontrados no campo de batalha, tais como uma exposição de ossos de combatentes com sinais de lesões sofridas em combate. Paralelamente, pelas ruas estreitas que caracterizam Aljubarrota, os locais, em parceria com todos os que queiram viver a História, vestem-se a rigor para recordar os

tempos medievais. Vai encontrar os aromas do pão da padeira, os queijos, enchidos, mel, compotas, para adoçar a boca, mas também olaria, tecelagem e bordados, numa página viva da nossa história. A par do modo de vida, os visitantes poderão ainda encontrar a animação de tempos tão idos e que ainda hoje fascinam gerações, como cartomantes, feiticeiras, tendas árabes, tavernas, muita música e malabarismo. Tudo ao som de muita música e poesia, que ajudavam a passar o tempo de quem nem sequer sonhava em ditaduras de relógio. Nestes quatro dias poderá encontrar no recinto preparado para a Feira uma mão cheia de animações com bobos e jograis,

mas também momentos negros como julgamentos e execuções. Haverá também a interpretação do quotidiano civil e militar do século XIV, tendas de armeiro, arqueiro, cavaleiro, dona, hospital, mesteres e oficinas medievais, espetáculos com falcões, águias e caça de montaria, torneios de cavalaria, tiro com arco longo, justas a pé e demonstração de artilharia medieval, para além da tenda da Rainha, com as suas damas de 1385, com os seus trajes e

vestuários, para bem discriminar as classes sociais que existiam na altura. Programado está igualmente um espaço dos escritores, onde Maria João Lopo de Carvalho e Vanda Marques Furtado irão apresentar os seus livros.

um espetáculo Equestre Teatral, e às 23h30 um espetáculo de fogo. Para o último dia, as atividades mantêm-se até às 18 horas onde acontece o Cortejo de Cabral e às 21h30 o Assalto ao Castelo " A Lenda da Prensa".

Horário: Dia 14: 18h – 2h Dia 15: 12h – 2h Dia 16: 12h – 24h

Horário: 14 agosto: 18h00 às 24h00 15 a 17 agosto: 12h00 às 24h00 Entrada livre

BELMONTE MEDIEVAL 14 a 16 de agosto

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vila histórica de Belmonte é, como dizem os seus habitantes, um verdadeiro museu a céu aberto, por isso só poderá ser o local certo para realizar uma viagem no tempo, até à Idade Média. É que Belmonte tem importantes vestígios romanos, com a sua enigmática Torre de Centum Cellas ou a vila romana da Fórnea, e mais recentemente (em relação à Época Medieval, entenda-se!), por lá nasceu Pedro Alvares Cabral, e é a mais impressionante localidade de criptojudaísmo da Península Ibérica, tendo por isso um Museu Judaico e uma sinagoga. Bem ciente desta herança, Belmonte tem abraçado nos últimos anos, no seu castelo, uma recriação dos tempos medievais. Nestes três dias, haverá atividades e iniciativas para todos os gostos, de forma gratuita. A começar, a abertura oficial dá-se pelas 18 horas do dia 14, seguindo-se uma hora mais tarde o espetáculo de Tiro com Arco no Castelo dos Arqueiros d'el Rei. Paralelamente acontece a Oficina de Lucette e um par de horas depois será apresentado o Cortejo a Santiago. Pela noite dentro, a partir das 22h30 dá-se início ao Espectáculo "Kinessis". 29 de julho a 11 de agosto 2015

No dia seguinte, as atividades diferem das anteriores a partir das 17 horas, com a Oficina Cota de Malha - Castelo (máximo 4 pessoas) - Arqueiros d'el Rei, e às 18 horas haverá animação de rua com o Cortejo " Tratado das fronteiras". Como ponto alto do segundo dia, Belmonte recebe, às 22 horas,

Entrada livre

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> por cá

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VIAGEM MEDIEVAL EM TERRA DE SANTA MARIA DA FEIRA 29 julho a 9 de agosto

proveitando o seu castelo medieval, Santa Maria da Feira leva a cabo todos os anos uma verdadeira viagem aos tempos da Idade Média, mais propriamente ao século XIII e ao reinado de D. Afonso III, Rei de Portugal e do Algarve, para esta que é já a 19ª edição do evento. Trata-se de uma autêntica aula viva de história, onde se cruza o passado com o património, animação e gastronomia da época, ao sabor de momentos de animação como recriações de grande escala, encenações, jogos, música, arte, torneios, espetáculos equestres… um sem número de atividades que nos ajudam a fotografar momentos de tempos que só nos chegam dos livros. Para além das “aventuras” no Castelo de Santa Maria de Feira, toda a cidade se transporta para o reinado de D. Afonso III. A cerimónia de abertura acontece no dia 29 de julho, na Praça Nova, mas também haverá atividades no centro histórico, mercado municipal, nas margens do Rio Cáster, nos jardins, Museu e claustro do Convento dos Lóios, nas ruas, como dos Descobrimentos e Dr. Roberto Alves, Quinta do Castelo, Guimbras ou Loja Interativa de Turismo. A Viagem tem este ano uma abordagem diferente para quem pretende uma experiência exclusiva, ao viver o evento de forma mais intensa e sensorial. São os Bilhetes Experiência que proporcionam

participações em espetáculos, visitas guiadas e até repastos à semelhança do povoado e com história. Estes bilhetes custam entre 5 e 35 euros, conforme a atividade escolhida e bilhete individual ou de família. As crianças não foram esquecidas, havendo para elas, para além de toda a animação,

oficinas que vão desde expressão plástica, de barro a contos, sujeitas a valores que oscilam entre os 5€ e 7€, sendo os contos de participação gratuita. Para que possa usufruir de todas as ações que vão ter lugar durante estes dias, a organização da Feira preparou ainda aparcamento em 13 parques de estacionamento e transferes do Pingo Doce, com paragem no perímetro da Viagem Medieval, que circulam de hora em hora por 0,50€ a viagem.

Horário: Segunda a sexta –15h00 / 01h00 Sábados e domingos – 12h00 / 01h00;

Cavalo na Liça (5€), pelas 20h00 e 22h30, na Praça Al-Mu’thamid, e o Juízo de Alá, pelas 24h00 no Largo da Colegiada. Os Serões do Axarajibe realizam-se todos os dias no Castelo de Silves (5€), às 22 horas, e incluem música, dança oriental, dança de fogo, falcoaria, astronomia, armeiro e malheiro.

Horário: Todos os dias: 18h00 - 01h00

Preçário: Entrada livre no primeiro dia do evento [29 julho] Bilhete diário: 2€ [semana] / 3€ [fim de semana] Pulseira: 5€ Crianças até 1,30 m de altura isentas de pagamento

FEIRA MEDIEVAL DE SILVES 7 a 16 de agosto

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esde 1996 que o mês de agosto em Silves se veste de sons, falares, cores e aromas do tempo em que a cidade era capital do sul do país. O que começou como uma feira quinhentista, para comemorar os 500 anos do Foral Manuelino de Silves, depressa se tornou numa Feira Medieval. Dez anos depois da primeira edição, há agora em simultâneo com as programações as mais variadas atividades, animadas por bobos, histriões, bufões, trampolineiros, saltimbancos, acrobatas e malabaristas… Pelas ruas de Silves, haverá também soldados, contadores de histórias, feiticeiros e demais aventureiros que irão recriar a azáfama que se vivia por entre mercadores, mendigos e aleijados, larápios, rameiras e “seus antípodas”: os frades. Imagine-se esta gente toda, com as suas indumentárias nascidas das mãos das mulheres de casa, em que tudo das mãos saía, tendo por banda sonora a música da Idade Média, para além de pregões e incitamentos. É esta alegria de outrora que vai encontrar em Silves, através das encenações, de torneios de armas a cavalo, de música e danças, falcoaria e grupo de armas. A X Feira Medieval de Silves oferece ainda a possibilidade de adultos viverem

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experiências medievais (35€) e também de crianças dos 6 aos 10 anos (17,50€), para além dos eventos diários como as Recriações Históricas, na Sé Catedral, a Leitura do Edital, nas Portas da Cidade, pelas 18h30, a teatralização do Episódio Diário em diversos locais da cidade a partir das 19 horas, o Torneio de Armas a

Preçário: Bilhete diário: 2€ ! Pulseira Livre Trânsito (válida para os 10 dias da Feira): 4€ As crianças até 1,30 m de altura estarão isentas do pagamento de entrada 29 de julho a 11 de agosto 2015


> experiência CUSTOS DA VIAGEM CP – Comboios de Portugal Lisboa Oriente – Coimbra B Intercidades Adulto: 19,20€/percurso Criança a partir dos 4 anos: ½ bilhete – 9,60€/percurso Táxi: 7€ sensivelmente/percurso Entrada Portugal dos Pequenitos: Adulto: 9,50€ Criança 3-13: 5,95€ Total: 93€

Portugal dos Pequenitos REVIVER O PASSADO EM MINIATURA Fruto de umas férias desencontradas do marido nasceu uma das mais gratificantes experiências com os meus filhos. Perdida em Lisboa numa semana de Julho, com pouco mais a fazer que ir à praia, lembrei-me dos saudosos verões no Portugal dos Pequenitos que visitava todos os anos por esta altura com os meus pais. E da necessidade e improviso surgiu um dia memorável.

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uem é pai sabe que crianças com menos de dois dígitos de idade fechadas em casa dão mau resultado. Alguém tem de ceder: os pais ou a casa. Como nenhuma das parcelas da equação estava preparada para um destino tão cruel, restava apenas uma alternativa: sair. O fim de semana tinha passado e com o pai a trabalhar, depois de uns dias de desencontro na marcação de férias, restava eu sozinha com eles, tendo por companhia no horizonte a praia ou museus. Para o mais velho, com oito anos, os museus poderiam ser opção, mas para a pequena, com três anos frescos, as alternativas para a distrair não me surgiam com a fluidez necessária. Foi então que me lembrei das visitas a Coimbra e ao Portugal dos Pequenitos, que com os meus pais fazia sempre que regressávamos de férias no Norte. Decidida a ter um dia diferente, depressa lembrei de aproveitar a deslocação para os estrear em viagens extensas de comboio, não tão longas para os aborrecer, mas compridas o suficiente 29 de julho a 11 de agosto 2015

Texto: Sara Cunha Ferreira

para “tomarem o gosto” do “pouca terra, pouca terra”. Confesso que ir de automóvel é uma tentação, mas convenhamos que combustível e portagens são (e foram!) altamente desencorajadoras. Ficava por idealizar a logística da viagem: como ir e voltar entre a estação da CP de Coimbra B e o Portugal dos Pequenitos? Onde Comer? Confesso que nem me desdobrei em pensamentos quanto a transporte. Com dois miúdos pequenos e parquíssima experiência em transportes públicos, quanto mais fora da minha zona de conforto, decidi-me por um táxi que nos levou porta a porta sem perder mais tempo. Quanto ao almoço, com umas sanduíches, uns sumos para crianças e umas frutas fresquinhas, estava decidido o repasto em forma de piquenique. Com as crianças entusiasmadas com a ideia de um dia totalmente atípico, com coisas novas para fazer, sítios novos para ir e caminhos novos por descobrir, tudo se encaminhava para um dia memorável. E, felizmente, não me enganei. Eram 8h39 da manhã quando o comboio iniciou a sua marcha. De mochila às costas

com o farnel e miúdos pela mão, sentámonos nos lugares previamente escolhidos, ficando o mais velho à janela. Optei por não pagar bilhete para a mais nova, que está isenta desde que não ocupe lugar. E em boa hora o fiz. Poupei sensivelmente 10 euros por percurso e o espaço entre o meu lugar e o do irmão chegou perfeitamente e confortavelmente para ela. Distraídos pelas “rápidas paisagens” e pelo vai e vem de passageiros, as duas horas de viagem ganharam asas e mal se deu por passarem.

MAGIA DA INFÂNCIA Um táxi depois, lá chegámos ao destino. Com as suas estátuas gigantes de corneta na mão e uma fila de gente sob um sol abrasador, desenhei mentalmente as recordações de outros verões, na mesma fila, à mesma entrada. Pouco passava das 11 horas quando entrámos no recinto. Mágico, fotográfico e inalterado. As memórias mantêm-se fiéis. Intocáveis, casa após casa, varanda, porta e janela como as que espreito em fotografias, algumas de cor devorada pelo tempo.

Escusado será dizer que os meus pequenos fizeram exatamente o mesmo que eu, décadas atrás. Agora eram eles os protagonistas das mesmas imagens, das mesmas brincadeiras entre a Universidade de Coimbra a uma escala inimaginável (o edifício de que mais gostaram), e as casas típicas portuguesas, Convento de Tomar, e tantos outros detalhes que nos dão orgulho no nosso país. O almoço, em jeito de piquenique, foi nos jardins que se encontram no final do recinto, uma zona de relva, ladeada por abençoadas árvores que nos proporcionaram a sombra desejada para acabar com a fome. Como sobremesa, o gelado oferecido pela compra de cada bilhete, uma cortesia da marca que comercializa o Super Maxi. Dezenas de minutos passavam das 15 horas quando regressámos à estação de Coimbra B, numa viagem que se fez ao sabor da sesta. Lisboa surgiu no horizonte em cima das 18 horas, altura certa para um regresso a tempo de banhos e jantar. O pai ouviu o entusiasmo de um dia muito bem passado. E prometeu voltar, desta vez a quatro. >

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> grandes dicas

por SOFIA SOARES CARRACA

CASTELO BRANCO

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Piscina Praia Castelo Branco

e está em Castelo Branco, a aproveitar o rico património histórico e cultural da cidade, está também a largas dezenas de quilómetros do mar e das praias de areia. Ou talvez nem tanto… Aqui nasceu a Piscina Praia Castelo Branco. Os verões no centro de Portugal, e nesta cidade em particular, são secos e quentes. Com certeza a ideia de vestir o fato de banho, agarrar na toalha e encher-se de protetor é tentadora. E tanto pode, como deve fazê-lo, basta para isso dirigir-se a esta “praia” em pleno interior. As maiores piscinas do país ainda que longe do mar, replicam-no na perfeição. No caso, toda a área é coberta por pavimento cor de areia, inclusive a base da piscina. Assim, a água assemelha os tons cristalinos do mar. A entrada na piscina, por um dos lados, faz-se através do próprio declive do solo. Tal e qual estivesse a entrar no mar e, passo ante passo, a ficar cada vez mais submerso pela água fresca. A piscina é intercalada por pontes e tem direito a sua zona de rochas. O espaço que a circunda é um verdejante relvado, onde pode estender a toalha a aproveitar os raios quentes do sol, ou debaixo de uma sombra. Existe ainda uma área de toldos, onde pode alugar espreguiçadeiras por 2€. Esta praia do interior encontra-se aberta todos os dias, durante o verão, entre as 09h00 e as 19h30, sendo que os utentes que já se encontram “a banhos” podem permanecer até às 20h00. >

BARRAGEM DE SANTA CLARA

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Pesca à carpa

demira é, sem sombra de dúvida, digna de visita, tal inclui a freguesia de Santa Clara-a-Velha, dona da intrínseca beleza das aldeias alentejanas e da Barragem de Santa Clara, alimentada pelo Rio Mira. Este é um local de impressionante calma e paz onde é encorajada a prática de diversas atividades como canoagem, remo e pesca desportiva e, no último caso, o destaque vai para a pesca à carpa. A carpa é um peixe trazido, da Europa Oriental e Ásia Ocidental, para a Europa Ocidental no século XII. Dá-se muito bem em águas calmas e como tal prospera neste grande lago. Aconselhamos a prática do “catch and release” em que, depois de apanhadas, as carpas retornam ao seu habitat natural. Assim, a nossa dica vai para o Bass Catch in Santa Clara. A empresa convida a diversas atividades lúdicas em que se incluem as jornadas de pesca tanto à carpa como ao achigã. Todavia, não pense que estas jornadas consistem apenas em pegar num barco e ir à pesca, vão muito para além disso. Esta prática é, em si, um fantástico passeio pela barragem, com a sua água espelhada, diversos ilhéus e recantos mágico, numa bela paisagem serrana. As reservas podem ser feitas através dos contatos telefónicos 96 355 38 29 e 96 710 89 36, com o mínimo de dois dias de antecedência. As jornadas são de quatro ou oito horas, com preços a partir dos 60€. >

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AZEITÃO

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Quinta da Bacalhôa

isboa tem um sem fim de atividades por onde escolher. Quando consideramos a área da Grande Lisboa a lista de programas cresce exponencialmente. Nesta edição apresentamos uma proposta na pacata Vila Nogueira de Azeitão, a visita ao Palácio e Quinta da Bacalhôa. Para além das famosas tortas de Azeitão, esta zona oferece uma variedade de excelentes vinhos. Na Quinta da Bacalhôa temos o prazer de ver algumas das vinhas da Bacalhôa Vinhos de Portugal, de onde surgem estes néctares divinos. A visita é feita com um guia que nas vinhas nos indica quais as castas aqui produzidas, como o Cabernet, ou o Sauvignon ou ainda o Merlot e o Petit Verdot. No interior do Palácio da Bacalhôa explica-nos a origem dos ricos elementos de decoração, deste espaço que passou por diversos donos, acompanha-nos ao longo dos azulejos dos séculos XV e XVI e a uma fantástica varanda de vistas privilegiadas. Ainda nos leva aos bonitos jardins, com mini labirinto, peças de Bordalo Pinheiro e a Casa do Lago, onde encontramos o primeiro azulejo datado em Portugal. A visita pode ainda estender-se à Quinta da Bassaqueira, a sede da empresa, onde podemos ver os bastidores da produção do vinho. As quintas são anexas e o transporte entre as duas está incluído. Neste percurso continuamos a ser acompanhados por um guia que de início nos leva ao Museu Bacalhôa, com exposições adquiridas pelo presidente do Grupo Bacalhôa e colecionador compulsivo, Joe Berardo. A primeira é a “What a Wonderful World”, impressionante aglomerado de artigos Art Noveau e Art Deco. Passeamos entre os intrincados artefactos ao som de Louis Armstrong, nesta viagem ao Anos Loucos. Há ainda um espaço reservado à mestria de Rafael Bordalo Pinheiro, com alguns dos seus mais famosos produtos em cerâmica, incluindo o Zé Povinho. Passamos do ambiente de euforia e glamour para uma exposição com artefactos da cultura africana. A “Out of Africa” é uma ode a Nelson Mandela, admirado por Berardo que ao longo de diversas viagens ao continente africano foi colecionando peças etnográficas e contemporâneas. A partir daqui caminhamos entre centenas de pipas até uma sombria adega, com muitas outras pipas, onde se encontra a exposição “O Azulejo Português”. O ambiente é relaxante e a luz ténue, ao som de música clássica, que diz o guia é a preferida do vinho que aqui envelhece, passamos entre notáveis painéis de azulejos do século XVI ao século XX. Para terminar em beleza, a visita acaba na Loja de Vinho, localizada junto ao Jardim Japonês onde se encontram peças do escultor Nizuma e a árvore Kabi, bisneta da única árvore que sobreviveu à bomba de Nagasaki. Aqui somos presenteados com uma prova de vinhos, onde degustamos aqueles sobre os quais nas passadas horas fomos ouvindo falar. Esta visita conjunta, com a Quinta e o Museu, tem a duração de duas horas e o preço de 6€, por pessoa. Pode ser marcada através dos contatos telefónicos 212 198 067 e 916 485 206, através do e-mail visitas@bacalhoa.pt, ou ainda no próprio site bacalhoa.pt. > 29 de julho a 11 de agosto 2015


> conselhos ao viajante

VIAJE EM SEGURANÇA PELA INTERNET

A Internet é uma tentação. Sites com preços altamente apelativos são um verdadeiro chamariz para umas viagens de sonho e para muitos funciona literalmente como um isco, sendo apanhados, na pior das hipóteses, numa viagem que não passará de quimera. Por isso, redobre a sua atenção sobre os sites que visita e triplique quando se preparar para reservar. Texto: Sara Cunha Ferreira

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comodismo estar em frente a um computador e decidir o futuro das suas férias. É fácil, rápido, mas pode estar longe de lhe trazer milhões. É o fruto dos tempos, do avanço das tecnologias e, não querendo ser “velho do Restelo”, é algo que mesmo sendo idealizado para facilitar a vida, pode rapidamente se transformar num tormento. Não estou com isto a querer dizer que deve descartar por completo a compra organizada, a reserva de hotel, avião ou carro online, mas que deve pesquisar muito bem e ter a certeza do passo que se prepara para dar. E para se sentir mais seguro, pode sempre verificar se a página online está inscrita no Registo Nacional de Agências de Viagens e Turismo do Turismo de Portugal, através do número com as siglas RNAVT. Seja como for, “o seguro morreu de velho”, por isso seguem alguns conselhos sobre os cuidados a ter com férias “made in Internet”: – Entrar no “espírito de férias” tem, por primeira tarefa, escolher o destino. Uma

Está seguro que leva tudo?

vez definido, pesquise por várias fontes online para cruzar informação sobre os locais mais seguros para escolher o hotel ou onde o mesmo fica caso pretenda adquirir uma viagem organizada, num binómio tão importante como qualidade/ preço, não esquecendo acessibilidades e também comércio. – Tendo também em conta o preço, as últimas pesquisas apontam para uma melhor tarifa em hotéis quando reservados com um mês de antecedência. Em relação às companhias aéreas, o melhor será pesquisar meses antes, de preferência assim que confirmar as suas datas de descanso com a entidade laboral. – Destino escolhido, chega a altura de se debruçar sobre o hotel. Os sites de reservas hoteleiras já apresentam imagens atualizadas das unidades, mas tente pesquisar o hotel através da sua página oficial, para perceber se não há erros. Porém, tenha em atenção que as imagens na página oficial do hotel são sempre perfeitas, por isso não descure as de sites onde os utilizadores podem carregar as

suas próprias fotografias. – Em relação aos preços, pesquise se o site oficial do hotel não apresenta o “Melhor Preço Garantido”, ou seja, o preço mais baixo. Mesmo assim, não se coíba de comparar valores, pode sempre economizar, nem que seja uns trocos. Por outro lado, se um hotel de 5 estrelas está a metade do preço dos outros da mesma categoria e da mesma zona, alguma razão deve haver. Não acredite em milagres! – Tão importante quanto o preço são os comentários. Pesquise e compare por vários sites as avaliações dos utilizadores. E tenha em consideração a cultura e costumes do país para onde vai, para poder ter mais consciência sobre os comentários que lê.

MOMENTO DA RESERVA – De acordo com o Centro Europeu do Consumidor, a realização da reserva online, através do pagamento de sinal ou da totalidade em viagens organizadas, hotel, avião ou rent-a-car, é sinónimo de contrato, por isso, tenha sempre em atenção quais

os procedimentos que deverá ter em caso de cancelamento ou alteração da reserva. Ou seja, verifique se não terá custos associados, o que acontece a maioria dos casos, com o pagamento de uma taxa de cancelamento ou do valor já investido. – Relativamente à salvaguarda de contratempos, existem seguros de cancelamento de viagem que pode subscrever. Geralmente os sites oferecemlhe esta possibilidade quando reserva a viagem, mas pode sempre contratar este tipo de produtos por uma seguradora da sua preferência, adicionando ou não coberturas. – Na reserva de avião, tenha o cuidado de inserir os nomes dos passageiros corretamente, tal como estão nos documentos de identificação, pois um erro pode implicar uma alteração e esta poderá ter custos. – Em todas as suas reservas, imprima sempre os documentos. Serão estas as bases que necessitará para sustentar os seus argumentos em caso de reclamação. >

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29 de julho a 11 de agosto 2015

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> agenda

EVENTOS E ESPETÁCULOS até 10 de setembro

GRANDES CONCERTOS DO CASINO

7 de agosto a 13 de setembro

LISBOA

O Casino Estoril apresenta, novamente, os Grandes Concertos do Casino. Todas as quartas-feiras, a partir das 22h00, desenrolam-se efetivamente grandes concertos, de entrada livre. Os nomes anunciados são Os Azeitonas, já dia 30 de julho, seguidos por GNR, João Pedro Pais, Carminho, Deolinda e Jorge Palma, a terminar com Expensive Soul.

Bilhete geral (acesso a todos os dias da Feira e inclui espetáculos) – 37,5€ Bilhetes fins de semana: dias 8 e 9 agosto – 6€ dias 14, 15 e 16 agosto – 10€ dias 22 e 23 agosto – 6€ dias 28 e 29 agosto – 12€ dias 5 e 6 setembro – 6€

13 a 16 de agosto

NISA EM FESTA 2015 A Praça da República desta vila no norte alentejano recebe um festival de música, com direito a mostra de artesanato e de produtos locais, e ainda tasquinhas e restaurantes de produtos locais. Em cartaz conta com nomes como Richie Campbell, B4, José Cid e o Dj Eddie Ferrer.

3 a 9 de agosto

ANDANÇAS 2015 CASTELO DE VIDE

O Andanças é o “festival internacional de danças populares”. Durante sete dias a Barragem de Póvoa e Meadas recebe uma aldeia global multicultural que promove a aprendizagem da dança e música popular. Aqui dança-se em mais de uma centena de diferentes estilos, desde danças portuguesas a africanas, passando pelas ciganas, bálticas e catalãs, entre muitas outras.

15 de agosto

FESTA DE NOSSA SENHORA DO MONTE FUNCHAL

Nos meses de verão toda a Ilha da Madeira celebra festas religiosas, dia 15 de agosto é a vez da mais famosa de todas, a de Nossa Senhora do Monte. A festa começa na noite anterior, onde milhares de pessoas se juntam numa enorme animação, onde reina a poncha madeirense, a espetada em pau de louro e o bolo do caco. No dia seguinte é tempo de procissão, que percorre a freguesia do Monte.

7 a 16 de agosto

#ULISSEIA21 LISBOA

O novo espetáculo multimédia do Terreiro do Paço é inspirado na história de amor de Ulisses e Ofiússa, passada no reino onde se diz que hoje se localiza Lisboa. É uma narrativa de som e luz projetada na fachada do Arco da Rua Augusta, que relata esta lenda e as origens da cidade. São sessões diárias e gratuitas, às 21h30, 22h30 e 23h30, que recorrem a efeitos visuais 3D e sonoridades pelos Djs Ride e Holy.

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MUNICÍPIO DE VISEU / JOSÉ ALFREDO

NISA

FEIRA DE SÃO MATEUS

Festa secular

Já tem seis séculos e diz o Município de Viseu que é a mais antiga feira franca da Península Ibérica. A Feira de São Mateus é, indubitavelmente, o maior e mais importante certame da região, onde em largos dias se passeia entre diversão, comércio e importantes discussões estruturantes. Mas é acima de tudo um chamariz turístico que leva cada vez mais pessoas ao concelho. Texto: Sara Cunha Ferreira

E

ntre expositores, tasquinhas, barraquinhas de comércio, roulottes de farturas, carrinhos de choque, carrosséis e muita animação e concertos se vive a Feira de São Mateus, um ex-líbris de Viseu há 623 anos. Este ano não é exceção. Esperam-se os filhos da terra e os de fora, para encontros e reencontros entre o divertimento que a Feira oferece. A edição deste ano terá, porém, uma novidade no seu espaço, com o palco dos concertos no espelho de água do Pavia, a comandar o recinto no final de uma “avenida” que começa na Porta de Viriato, ladeada pelos stands de artesanato, gastronomia e demais comércio. É a feira de sempre com toques de modernidade, com atracões para todos os estilos e gostos, nunca esquecendo a secularidade que a acompanha, como por exemplo um dia dedicado aos sabores tradicionais portugueses, a 4 de setembro, onde serão apresentados licores, ovos moles de Aveiro, pão de UI, enchidos, biscoitos, queijos, entre outras delícias tão nacionais e em que os seus expositores, para além de terem em comum a portugalidade, gozam do selo de garantia da Qualifica. E como vem sendo habitual, a programação tem de tudo, não esquecendo iniciativas que promovem novas obras, novos artistas, novos interesses, como a exposição “Objetos Experimentais”, que será inaugurada a 21 de agosto. Trata-se

de um projeto que resulta da obra de jovens artistas na construção de objetos interativos, mecânicos e/ou tecnológicos e que possam ser experimentados pelos visitantes da Feira. Paralelamente, a agenda contará com dias especiais, nomeadamente o Dia do Emigrante (15 de agosto), Dia das Danças do Mundo (24 de agosto) e Dia da Paróquia de São José (3 de setembro).

CARTAZ DIA A DIA Entre concertos, festivais, eleições e sessões de cinema, não há dia da Feira de São Mateus sem animação paralela. O cartaz conta com espetáculos pagos e outros de acesso gratuito. Relativamente aos pagos, com preços a variar entre os 2,50€ e os 7,50€, conta-se a primeira animação a 8 de agosto, com os DJ's RFM Dance Floor – Kura, Banda do Mar (9 de agosto), Agir (12), Pedro Abrunhosa (13), Tony Carreira (15), Festival Internacional de Folclore (16), Azeitonas, DJ PPKool e Tuna dos Bombeiros (20), Xutos & Pontapés (22), Slimmy e Ricardo Azevedo (23), Daniela Mercury (28), Anselmo Ralph (29), The 7Riots (30), Tiago Bettencourt (3 de setembro), Diabo na Cruz (5), D.A.M.A. (6) e a fechar a animação da Feira, a 12 de Setembro, estará José Cid. Já entre os espetáculos de acesso gratuito conta-se a atuação a 10 de agosto do Rancho Folclórico “As Cabacinhas de Santiago”, às 21h e do Grupo de Cantares

Flamiam às 22 horas. No dia seguinte haverá atuação de Diogo André, às 21 horas no Palco Banco Bic e às 22 horas a eleição da Miss Emigrante. A 17, 18 e 19 de agosto sobem ao palco o Grupo de Cavaquinhos de Passos de Silgueiros, The Grey Hound James Band e Noite de Fado com Mara Pedro, respetivamente. A 21 de agosto haverá uma demonstração da Federação Portuguesa de Lohan Tao e às 22 horas, no palco principal da Feira, será a vez das sonoridades do Coro Mozart. No dia 24 celebra-se o Dia das Danças do Mundo com um espetáculo, a partir das 20h30, do FFitness Health Club, com Zumba e Djembel, das Habibas da Lua, com Dança Oriental e de Pedro e Fernanda, a mostrar Kizomba, Bachata e Salsa. Nos dias 25, 26 e 27 estão programados concertos de Lamed Klan, Infantuna de Viseu e Cachupa Psicadélica, respetivamente. O primeiro dia de setembro está reservado para Depeche Note, a 4 de setembro chega a vez de Rock Moit’Alive: os Vultos, e entre 7 e 11 de setembro atuam os Minhotos Marotos, Cantorias, espetáculo de DJ’s Live is Life, e um concerto Gospel. Paralelamente, as noites de 30 e 31 de agosto serão dedicadas ao cinema com a exibição no Palco Banco Bic de “Aniki Bobó”, de Manuel Oliveira, e “Um Dia no Circo”, de Edward Buzzell, ambos de entrada gratuita. > 29 de julho a 11 de agosto 2015


4 a 6 de setembro

Local: Complexo Hoteleiro da Costa do Sauípe Bilhetes: Os passes para três dias custam 605 reais já com taxas, cerca de 175 euros. Encontram-se à venda no site da Line Bilheteria. Existem diversas promoções aliadas ao alojamento no complexo turístico. Não se esqueça que apenas quem se encontra hospedado no Complexo Hoteleiro da Costa do Sauípe tem acesso às Festa da Piscina. Aconselhamos a que reserve com alguma antecedência a sua viagem, na medida em que a procura à folia é muita no Brasil, especialmente por parte dos próprios brasileiros.

EVENTOS E ESPETÁCULOS 30 de agosto a 7 de setembro

BURNING MAN 2015 NEVADA

O Deserto de Black Rock, nos Estados Unidos da América, transforma-se na Cidade de Black Rock e recebe milhares de pessoas, que durante uma semana vivem em comunidade. Aqui incentivase a auto-expressão e a autoconfiança e independência, através das artes. São diversas as instalações artísticas que culminam em grande festa quando queimam a gigantesca estátua do “Man”.

28 a 30 de agosto

READING & LEEDS FESTIVAL READING E LEEDS

Os festivais irmãos decorrem, nos mesmos dias, em duas cidades diferentes, em Inglaterra. As políticas, a organização e o cartaz são os mesmos. Variando os dias entre Leeds e Reading os nomes em cartaz são The Libertines, Mumford & Sons, Metallica, Alt-J, Bastille e Royal Blood, entre muitos outros.

15 e 16 de agosto

Sauípe Folia Diz-se que o Brasil é rei do Carnaval (e de muitas outras coisas). Uma vez adquirido este título porque não prolongar esta época festiva, sem a restringir ao mês de fevereiro ou março? Assim surgem as micaretas, o carnaval fora de época. Aquele de que aqui falamos toma local na Costa do Sauípe, na Baía, e são três dias de folia.

O

Sauípe Folia é uma ode à música brasileira, em todas as suas vertentes. São dias intensos, pois as horas de sono são poucas, que vão do sertanejo ao pagode passando pelo axé e o samba, sem esquecer o forró e até a lambada. Ao completar 15 anos de festa, o Sauípe Folia promete ser ainda mais irreverente, enérgico e vibrante. Não sendo a festa atrativo suficiente, o local onde toda ela se desenrola é francamente paradisíaco. O Complexo Hoteleiro da Costa do Sauípe enquadra-se numa reserva natural junto a uma fantástica linha costeira da Baía, daquelas famosas praias do Brasil. O maior complexo hoteleiro do país alberga cinco luxuosos hotéis e seis pousadas temáticas, em três zonas distintas. A zona fechada, com acesso por um sem fim de portas, tem ainda um campo de golfe, o Sauípe Kids para os mais novos, um Spa, um centro comercial, uma réplica de uma vila da Baía e não uma, nem duas, mas 21 piscinas. Chamemos-lhe uma “cidade” exclusiva que, por alturas de início de setembro, recebe 29 de julho a 11 de agosto 2015

Texto: Sofia Soares Carraca

um mega carnaval. Fora de época! Este carnaval espalha-se por três zonas diferentes. A Piscina é uma espécie de aquecimento para a festa rija das noites. Durante a tarde é lá que a festa começa, a apanhar sol de cocktail na mão, ou mesmo dentro da piscina pode ouvir concertos, num ambiente descontraído. Tenha em atenção que a Festa da Piscina é reservada a hóspedes do Complexo Hoteleiro do Sauípe. Este ano apresenta a banda Duas Medidas, no sábado, e a banda Avenida Se7e no domingo. Já em horas mais avançadas começa a euforia dos foliões, com as grandes apresentações na Arena do Sauípe Folia.

Este grande palco foi projetado pelo arquiteto Giuseppe Mazone e confere ao Sauípe Folia o título de “maior micareta indoor” de todo o Brasil. O local está perfeitamente equipado com casas de banho, bares com barmans e barmaids exemplares e zona de restauração. Na sexta-feira a Arena recebe o Dj Alok, a banda de axé Timbalada e a dupla de música sertaneja Henrique e Diego. No dia que se segue o cartaz conta com a Banda Eva e a banda de pagode Psirico. Já no domingo os nomes anunciados são o cantor Saulo, ex-líder da Banda Eva, e a Harmonia do Samba. Ainda há artistas a confirmar para completar este cartaz, tanto no sábado como no domingo. Por fim, e como se trata de carnaval, não podiam faltar performances no Trio Elétrico. Ou seja, um camião adaptado para a apresentação de música ao vivo. Daqueles que desfilam no sambódromo, seguidos e antecedidos de dançarinas com pouca roupa. Assim os “foliões” reúnem-se à volta dos trios aproveitando melhor o espaço a dançar, cantar e a pular. Os artistas que atuarão no Trio em 2015 estão ainda por confirmar. >

MOUNT HAGEN CULTURAL SHOW PAPUA

É raro termos o privilégio de assistir a rituais de tribos da Nova Guiné. Esta mostra cultural concede-nos exatamente essa honra. Durante dois dias e uma noite diversas tribos se juntam, com os ornamentos que lhes são caraterísticos, a dançar e a cantar em ritos cerimoniais. As vestes, das mais de uma centena de tribos, incluem penas, plantas e pinturas faciais.

10 a 22 de agosto

ROSSINI OPERA FESTIVAL PESARO

A cidade italiana que viu nascer o compositor Gioachino Rossini aplaude, anualmente, a genialidade do artista. São muitos os concertos de música clássica que compõem o programa da XXXVI edição do festival que comemora a vida do criador do Barbeiro de Sevilha. Espalhados pelo Teatro Rossini, Adriatic Arena, Teatro Sperimentale e Auditorium Pedrotti os concertos têm custos desde os dez euros.

22 a 30 de agosto

ASTE NAGUSIA BILBAO

Um festival que é uma ode à cultura do País Basco. Começa com lançamento de um foguete e a aparição da mascote Marijaia a uma varanda, depois disto é a euforia. Há música e dança, desportos rurais como cortar madeira e competições de transporte de pedras, desfiles de gigantes, touradas, competições de fogo de artifício, e muita, muita comida.

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POR ENTRE AS ILHAS AÇORIANAS

Uma viagem por algumas das encantadoras ilhas dos Açores. Chegando à Ilha de São Miguel rapidamente, no dia que se segue, voam novamente, agora para a Ilha Terceira. Aqui, com um guia Turangra, visitam a Serra do Cume, o Vulcão Algar do Carvão, as Piscinas Vulcânicas dos Biscoitos e a Angra do Heroísmo. No terceiro dia o passeio é pelo Pico. Depois de uma viagem de ferryboat chegam ao Faial, para visitar o Vulcão dos Capelinhos, a Espalamaca, passando no Peter Café Sport na Marina da Horta. No quinto dia regressam a São Miguel, onde permanecem até o final da viagem. Na maior ilha dos Açores os dias são aproveitados entre a Vila de São Roque, as Sete Cidades, a Lagoa do Fogo e Caldeira Velha e as Furnas, entre tantos outros.

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PASSEIOS PELO FUNCHAL

É conhecido que a Ilha da Madeira proporciona um sem fim de programas, que a todos satisfaz. Mas nem sempre é preciso sair da sua capital para que se entretenha alegremente durante dias. O Arts In Hotel Conde Carvalhal fica no centro do Funchal. Desde aqui podemos visitar uma data de monumentos e atrativos, a pé. Perca-se nas ruas da zona histórica e deleite-se com a pitoresca cidade. Passe pelo Forte de São Tiago, as portas pintadas da Rua de Santa Maria, o Mercado dos Lavradores e pela Sé Catedral do Funchal. Aproveite os inúmeros cafés da cidade para comer uma queijada da Madeira, ou uma sandes de carne de vinha d’alhos em bolo do caco. Pode sempre optar por pacotes como o Super Excursões ou o Super Levadas e conhecer o resto da ilha.

D E S D E

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DOM PEDRO GOLF 4H ALOJAMENTO E PEQUENO-ALMOÇO

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ALGARVE RELAXADO

Quando pensamos em Algarve somos diretamente transportados para um ambiente de praia e lazer, onde melhor se aproveitam os dias de calor. Sendo isto atrativo suficiente, quando à equação se junta um tratamento de luxo em ambiente de puro relaxamento, a proposta torna-se irresistível. O Dom Pedro Golf encontra-se a 200 metros da Marina de Vilamoura e a 150 metros da praia. Oferece uma extensa zona de jardins, piscinas exteriores e um shutle bus para os fantásticos campos de golfe de Vilamoura. Aliado a tudo isto aparece este programa, que dá acesso ao Dom Pedro Spa e Spa Aquae, com jacuzzi, sauna, piscina interior e ginásio, bem como a um tratamento de luxo com uma receção VIP no quarto, e possível upgrade para Club Room.

D E S D E

100€

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2 DIAS / 1 NOITE ALOJAMENTO:

PALÁCIO DA LOUSÃ BOUTIQUE HOTEL 4H ALOJAMENTO E PEQUENO-ALMOÇO

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ALOJAMENTO | TRATAMENTO VIP À CHEGADA COM ESPUMANTE | PEQUENOALMOÇO NO QUARTO | LATE CHECK-OUT , ATÉ ÀS 16H00 | 10% DESCONTO NO RESTAURANTE A VISCONDESSA AGÊNCIA DE VIAGENS:

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NOS MONUMENTOS DA LOUSÃ

A Lousã, no interior do Centro de Portugal, é daqueles locais em que “tropeçamos” constantemente em monumentos, apreciando ainda a sua deslumbrante envolvente paisagística. Visitar esta vila é incontornável, principalmente quando o alojamento é também ele feito num monumento. O Palácio da Lousã é o primeiro Boutique Hotel de Portugal, situado no antigo Palácio da Viscondessa do Pinhal. Não só por se encontrar num palácio mas também pelo serviço do hotel sentir-se-á como realeza, quando atenderem as todas as suas mordomias. Durante o dia aproveite para visitar o Castelo de Arouce, as Ermidas da Sra. da Piedade e desfrutar da natureza da Serra da Lousã, com os seus veados, corsos e javalis, desta que é ainda um ponto da Rota das Aldeias de Xisto.

Menu de Criança no Restaurante Astória do Palácio das Cardosas

O InterContinental Porto Palácio das Cardosas transparece a herança cultural da Invicta, com vista para a Avenida dos Aliados. Todo o hotel é requintado, bem como o seu Restaurante Astória. Uma exaltação à gastronomia portuguesa, que agora apresenta uma carta a pensar nos mais novos. O Menu de Criança está disponível todos os dias ao almoço e ao jantar, promovendo uma alimentação saudável e divertida. Desenhado pelo chef Theo Randall e pela nutricionista Annabel Karmel, informa sobre o valor nutricional de cada prato e possui jogos educativos. Os mais novos podem aproveitar pratos como sopa Inclui: entrada | prato de tomate sorridente, panadinhos de bróculos e esparguete principal | sobremesa | bebida à bolonhesa com legumes escondidos, com, por exemplo, chupa-chupa de melancia para sobremesa e acompanhado por um smoothie tropical.

DESDE

18,50€

30

Sunset Parties com música e vinho alentejano Depois de passarem pelo Porto, entre 30 de julho e 9 de agosto, Lisboa, a Costa Alentejana e o Algarve, vão ter sunsets de festa com a 2ª edição das Sunset Parties Vinhos do Alentejo. A iniciativa, de entrada gratuita, visa proporcionar momentos descontraídos para dar a conhecer os vinhos da região, tornando-os mais próximos dos seus consumidores, brindando com eles ao verão. Esta edição irá contar com cerca de 52 vinhos e 28 produtores e a música que acompanhará as diversas festas estará a cargo de um DJ convidado. LISBOA 30 julho | Azimute (Paredão Cascais) | 18h00 às 21h00 31 julho | Can the Can (Terreiro do Paço) | 18h00 às 21h00 1 agosto | Tróia Beach Club | 18h00 às 21h00 2 agosto | Casablanca (Costa da Caparica) | 18h00 às 21h00 COSTA ALENTEJANA / ALGARVE 6 agosto | Bar do Marquês (Porto Covo) | 18h00 às 21h00 7 agosto | Duna Beach (Lagos) | 18h00 às 21h00 8 agosto | Columbus, Cocktail & Wine Bar (Faro) | 18h00 às 21h00 9 agosto | Eduardo’s Paradise (Almancil) | 18h00 às 21h00 29 de julho a 11 de agosto 2015


D E S D E

D E S D E

1193€

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8 DIAS / 7 NOITES

D E S D E

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8 DIAS / 7 NOITES

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ALOJAMENTO E PEQUENO-ALMOÇO PARTIDAS DE MADRID ATÉ 31 DE AGOSTO

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8 DIAS / 7 NOITES ALOJAMENTO:

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1212€

P/ PESSOA | QUARTO DUPLO

8 DIAS / 7 NOITES ALOJAMENTO :

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RELAXAMENTO EM CAYO COCO

Cayo Coco é uma das ilhas (cayos) mais conhecidas de Cuba. É intrínseca a beleza natural que a ilha possui, com areias fofas e águas calmas dos mais diversos tons de azul. Tudo isto aliado a um tratamento de luxo do Playa Coco. Em Cayo Coco pode encontrar a maior duna de areia de Cuba, a Loma del Puerto, bem como zonas que albergam flamingos, íbis, recifes e um incontável número de peixes e o segundo maior recife de coral do mundo.

O REINO DA TAILÂNDIA

PRAIA E CULTURA EM MAIORCA

Maiorca é a maior das Ilhas Baleares, em Espanha. Para além de famosas praias, banhadas pelas águas quentes do Mediterrâneo, temos um frondoso e rico interior e ainda a fantástica Palma de Maiorca. Viagem perfeita para relaxar junto à praia, que se encontra ao mesmo tempo no centro de uma cidade. Imperdível a Platja de Palma e o incrível passeio em comboios e elétricos do século passado, que ligam até Port de Sóller.

A Tailândia é um paraíso na terra, no Sudeste Asiático. É fascinante a cultura tailandesa, a riqueza dos sabores orientais da típica gastronomia thai, a hospitalidade do seu povo e as praias paradisíacas. Phuket é a maior ilha da Tailândia, situada na província de mesmo nome. Em pleno Mar de Andamão as praias que a circundam são francamente deslumbrantes. Bangkok, a capital, é considerada por muitos como o melhor destino turístico do mundo, onde pode encontrar palácios e templos reais, museus, lojas e restaurantes tradicionais.

RIVIERA MAYA

Um destino perfeito para as férias de verão, no Caribe mexicano. Sete noites na fantástica Playa del Carmen, famoso local de areias finas e brancas. Na Riviera Maya tem ao seu dispor o Grande Arrecife Coral Maya, o segundo maior de todo o mundo, uma diversidade ecológica única e incomparável beleza das praias banhadas por águas caribenhas. O Riu Lupita é rodeado por uma vegetação luxuriante, com duas piscinas de água doce, um terraço-solário, o centro de wellness Renova Spa, e restaurantes temáticos.

apresenta

7 de agosto 2015 ESTÁDIO MUNICIPAL LEIRIA

Neste verão, em Tróia, a semanada das crianças é por nossa conta!

BOB SINCLAR

Alojamento grátis para crianças até 12 anos, no apartamento com os pais e oferta de semanada de 20€, por criança, dos 4 aos 12 anos em consumos nos restaurantes Azimute, Atrium, Peninsula e Beach & Tapas. Oferta válida em estadia mínima de 7 noites e exclusivo para reservas directas nas unidades Aqualuz Troia e Troia Residence, no período de 15 de Junho a 20 de Setembro de 2015.

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29 de julho a 11 de agosto 2015

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