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Ano 2
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Nº 23
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Mensal
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Fe v e r e i r o d e 2 0 1 6
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Diretor : José Luís Elias
CARNAVAL FOLIA EM PORTUGAL
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>POR CÁ
CASTELO BRANCO
UMA METRÓPOLE NA RAIA
PORTO
CIDADE VIVIDA É CIDADE SENTIDA
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MARAVILHOSA CIDADE PORTUÁRIA
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> passageiro frequente
nota de abertura
Um ano depois
Viajar na fotografia
Machado de Assis escreveu um dia que “Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem”, uma frase que faz todo o sentido para a equipa que faz o jornal destinos no momento em que, com esta edição, comemoramos um ano de publicação. O ano que passou desde a saída da primeira edição para as bancas de jornais, serve hoje de reflexão e análise sobre o que podíamos ter feito e não fizemos, sobre o que de positivo e negativo aconteceu, sobre as críticas e elogios que tivemos. Mas hoje quando fazemos essa ponderação, e sabemos tirar conclusões, ficamos mais conscientes que os erros que cometemos não se irão repetir e que as virtudes deste projeto editorial irão ser potenciadas.
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Sabemos que cumprimos com o que nos propusemos fazer à partida, ajudar os leitores a viajar, despertar curiosidades e vontade de fazerem novas experiências, dar pistas sobre o que fazer, o que ver, o que comer e o que comprar nos destinos que elegeram para as suas viagens ou para férias.
de alguns pode bem transformar-se em motivo de romaria para outros. O mundo está cheio desses exemplos,
como o Cadillac Ranch. Trata-se da obra do milionário norte-americano Stanley Marsh que decidiu convidar artistas de São Francisco para criarem uma obra coletiva. São dez Cadillac, de modelos entre os anos 40 e 60, enterrados de frente e que acompanham a famosa Rota 66, no troço de Amarillo, no estado do Texas. Inicialmente, os carros, comprados no ferro velho, foram ali colocados nas suas cores originais – turquesa, amarelo, dourado e azul céu –, mas com o tempo os curiosos que visitavam a obra começaram a escrever os seus nomes nos veículos e a grafitá-los, o que faz com que os mesmos estejam longe do original. Dizem inclusive que o autor se refere à sua obra na atualidade como estando melhor à medida que os anos passam.
AS TORRES PETRONAS ganharam em pouco tempo o estatuto de imagem de marca de Kuala Lumpur, na Malásia, com o seu ponto
mais alto a marcar 452 metros de altura. Ligadas por um passadiço no 41º e 42º andar, chamado de Skybridge, as torres gémeas da Malásia cresceram da visão do antigo primeiro-ministro malaio, Tun Mahathir Mohamad, para anunciar a entrada do país asiático na economia global e símbolo de um país em rápido crescimento. São visíveis de praticamente qualquer ponto da cidade, com os seus 88 andares e 32 mil janelas. Podem ser visitadas, mas apenas até ao passadiço, que possui inclusive um restaurante. Apesar de ser maioritariamente espaço de escritórios, na sua base tem um centro comercial com várias lojas de luxo.
A EXCÊNTRICIDADE
Mas para nós o mais gratificante foi termos podido interagir com muitos dos nossos leitores, quer através do Facebook do destinos, quer pessoalmente durante a execução dos nossos passatempos, nas visitas aos navios de cruzeiro Anthem of the Seas da Royal Caribbean e Empress da Pullmantur e na entrega dos prémios dos Passatempos de Viagens. Para este segundo ano a certeza que aqui deixamos é a de que a pequena frase que nos acompanhará é “MELHORAR SEMPRE”. Vamos continuar a rota editorial inicialmente traçada, dando uns retoques aqui e ali, recriando algumas rubricas e criando novas, visitando novos destinos e lugares, dando-lhe a conhecer mais unidades de alojamento e as melhores ofertas do mercado.
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E vamos apostar numa maior interação com o leitor. Voltaremos já na próxima edição aos PASSATEMPOS e oferecemos a entrada gratuita na BTL – Feira Internacional de Turismo, que vai decorrer na FIL, no Parque das Nações, no início de março. Aqui esperamos receber os nossos leitores no nosso stand 3C62, no pavilhão 3, onde iremos sortear fins de semana em Portugal. A si que é nosso leitor, agradecemos a fidelidade da sua leitura, e esperamos que nos acompanhe neste nosso segundo ano de vida, participe nas nossas iniciativas e tenha excelentes viagens em 2016.
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José Luís Elias
ficha técnica
Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa
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MONTE KILIMANJARO,
a cúpula de África, é tão mágico quanto o seu nome que pode significar Monte de Luz ou de Grandeza.
Imortalizado por Ernest Hemingway em “As neves de Kilimanjaro”, este pico situado na Tanzânia, junto da fronteira com o Quénia, é uma verdadeira metáfora para a beleza envolvente da África Oriental. Uma das suas mais emblemáticas caraterísticas reside na diferença de paisagens que proporciona, tendo em conta que este antigo vulcão, com o topo coberto de neve, ergue-se a 5895 metros de altura no meio de uma planície de savana. Antiga zona privilegiada de caça, hoje o Kilimanjaro e as suas florestas circundantes fazem parte do Parque Nacional do Kilimanjaro, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade.
www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: quinzenal (à quarta-feira)
Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Maria Morgado, Sara Cunha Ferreira, Vasco Ricardo (design)
fevereiro de 2016
> tema de capa
Carnaval em Portugal FOLIA DE NORTE A SUL
De onde nos chega o Carnaval não se conhece. Daqui ou dali, a certeza fica-nos pela sua longevidade na memória. Todos os anos, 40 dias antes da Páscoa, a imaginação solta-se, o corpo liberta-se e o nosso país enche-se de cor, música e muitos sorrisos e gargalhadas. Este ano não é exceção, por isso, vamos à folia! Texto: Sara Cunha Ferreira
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elas brincadeiras que acontecem durante o Carnaval dir-se-ia que esta festa pagã pouco tem de religiosa. Mas na verdade tem tudo. Conta-se que o nome carnaval é o ponto de partida para a abstinência da carne, período que antecede a Quaresma. É a extravagância no seu auge, para depois entrar em recolhimento e celebrar Jesus. É pois, momento de folia, de festa e exagero, um pouco por todo o país. O padre que se veste de cantor rock, a beata que usa mini saia, o político que traja de santo e o merceeiro de imperador romano. Tudo é permitido, cada um encarna o seu oposto, semelhante ou fantasia. Tudo é permitido porque, como diz a vox populi, no “Carnaval, ninguém leva a mal”. As partidas multiplicam-se, as ruas enchem-se de confetis e máscaras, atrás fevereiro de 2016
das quais, todos são iguais. Não há “senhor doutor” nem “zé do café”. Todos são capricho, alegria e cor, apenas concorrendo para arrancar a risada mais genuína e sonora. É, como reza algures na história, cortar amarras e extravasar energias antes da recolha espiritual. São festas que primam pela sua espontaneidade, originalidade e sátira política e social, com verdadeiras obras de arte que aliam a tradição às mais modernas exigências, como os caretos que desfilam com escolas de samba, os corsos com as mais proeminentes figuras públicas nacionais e internacionais, ridicularizadas pelo seu cinzentismo político, impopularidade, descrédito ou decadência mediática. Enfim, tudo é motivo para rir e fazer rir. Do festejo popular ao individual, o Entrudo é uma das mais democráticas festas que se conhece e aquela que
transforma qualquer sociedade, qualquer lugar e qualquer pessoa. Da comédia mais purista à mais brejeira, não há quem fique indiferente a esta folia que já marca obrigatoriedade nos calendários de muitos concelhos e freguesias do nosso país. Com ou sem tema, com ou sem reis e rainhas, há carnavais em Portugal que já são um verdadeiro cartaz turístico e que atraem cada vez mais os foliões para um fim de semana grande bem passado. Fecham-se as ruas das cidades para desfiles de cor e animação, onde os corsos se dividem com as escolas pela atenção dos visitantes. E há momentos paralelos que se tornaram entretanto tradição, como o desfile das matrafonas, em Torres Vedras, homens vestidos com os mais infames trajes femininos e que arrancam gargalhadas à mais sisuda criatura. O jornal destinos desvenda os programas
das mais badaladas festas carnavalescas do país. Entre os dias 6,7 e 9 de fevereiro, escolha o seu Entrudo e divirtase, porque “a vida são dois dias e o Carnaval são três”!
OVAR TRANSFORMA-SE EM ALDEIA DO CARNAVAL As atividades do Carnaval de Ovar começam em janeiro e desmultiplicam-se em atrações para todas as idades, desde a Caminhada, o desfile da Chegada do Rei, o Carnaval Sénior, o Carnaval das Crianças e o Baile de Máscaras. Mas para os dias que antecedem a Terçafeira Gorda, há muito ainda por assistir, como a Noite da Farrapada, a 5 de fevereiro, a partir das 22 horas, no centro da cidade. Este é o primeiro ano que este evento acontece, num desfile individual ou em grupo, espontâneo e divertido onde
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a animação e a alegria são as únicas regras. No dia seguinte, sábado, dá-se o desfile das Escolas de Samba, pelas 22 horas, calcorreando a Avenida Sá Carneiro. Pela meia-noite, o Chafariz Neptuno recebe música de vários Djs, numa antecipação ao Grande Corso Carnavalesco de domingo que irá ocupar a Avenida Sá Carneiro, pelas 14h30. Na segunda-feira de Carnaval, há Matiné Infantil no Espaço Folião, pelas 15 horas e às 22 horas acontece a Noite Mágica. Anualmente, mais de 100 mil pessoas, mascaradas ou não, rumam ao centro da cidade para uma festa com DJ’s, espetáculos pelos grupos “Bailando”, no Mercado Municipal, e “Samba sem Fronteiras” e Dj André Guimarães, no Jardim Cáster e DJ Carlos Oliveira, na Praça da República. No Espaço Folião, Mike Hawkins, Overule, Jonh Mayze & Miguel Faria são os destaques. Ainda nos dias 5 e 6 de fevereiro, é possível visitar a Aldeia do Carnaval, um espaço único onde convivem e trabalham cerca de duas mil pessoas dos 24 grupos e escolas de samba. Nos dias 7 e 9 de fevereiro, surge o momento alto do Carnaval de Ovar, com os Grandes Corsos Carnavalescos
OVAR
Visitas Guiadas Aldeia do Carnaval 5 e 6 de fevereiro 15h | 16h | 17h | 18h | 19h Inscrições através do emailturismo@cmovar.pt | +351 256 509 153 Desfiles: Avenida Sá Carneiro, Espaço Folião, Mercado Municipal, Jardim Cáster, Praça da República, Chafariz Neptuno Bilhetes À venda no Centro de Arte de Ovar, Rua de Timor e Av. Sá Carneiro Das 9h às 12h e das 13h às 18h Bancada para desfile das Escolas de Samba – 2,5€ Bancada para desfile do Grande Corso de domingo – 13€ Bancada para desfile do Grande Corso de terça-feira – 11€ Peão – 6,00 € Espaço Folião – 5€/pulseira com direito a entrada nos dias 6,7 e 8. Camarote (20 pessoas, inclui serviço de catering) – 3000€ ou 50€ individual/dia
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que invadem a Avenida Sá Carneiro, atraindo milhares de pessoas. São cerca de dois mil figurantes, provenientes de 14 Grupos Carnavalescos, seis Grupos de Passerelle e quatro Escolas de Samba que anualmente escolhem um tema para o grupo.
MEALHADA TEM BRILHO LUSO-BRASILEIRO É dos mais conhecidos carnavais do país e aquele onde mais samba se ouve. Ostentando orgulhosamente o título de Carnaval luso-brasileiro, na Mealhada a
festa é rija, com direito a sambódromo, desfile de escolas de samba e até vedetas vindas do outro lado do oceano, para se sentarem nas cadeiras da realeza, guardando-se sempre o segrego das suas identidades até ao último minuto possível. Apesar de a festa começar em finais de janeiro, com o desfile trapalhão, onde toda a gente participa, mais ou menos trajada a rigor, com mais ou menos caricatura, são os dias que antecedem a Terça-feira Gorda a grande aposta do carnaval da Mealhada. Assim, a folia começa a 5 de fevereiro, com a apresentação das escolas de
samba pelas 23 horas, no Sambódromo Luís Marques, na Mealhada. É aqui que se ficam a conhecer os enredos das escolas, com os seus temas atuais, mas díspares. Por exemplo, a escola GRES Batuque levará a desfilar o tema “E não viveram felizes para sempre”, para a Gres Tijuca dizer bem alto “Yes We Can”. Já a Escola de Samba Sócios da Mangueira desfilará com o tema “Bem vindos ao parque de diversões dos Sócios da Mangueira” e a Escola Real Imperatriz presta por sua vez homenagem à mais luso-brasileira de todas as mulheres, com o tema “Carmen Miranda a Sambar”. Depois de conhecidos os enredos, os corsos principais terão lugar também no Sambódromo Luís Marques, pelas 15 horas, nos dias 7 e 9 de fevereiro, onde podemos esperar por muito samba (naturalmente!), carros alegóricos e grupos de sátira.
LOULÉ TOMADA DE PIRATARIA Este ano, o mais antigo corso carnavalesco do país terá como tema a “Pirataria”. Pelas 15h00, a Avenida José da Costa Mealha, em Loulé, irá receber 14 carros alegóricos em desfile, acompanhados por escolas de samba, grupos de animação em representação de algumas coletividades do Concelho, cabeçudos, gigantones, entre outros animadores louletanos. As figuras da política ou do desporto são os principais intervenientes neste desfile e os casos que marcam a atualidade a grande inspiração para os criativos do Carnaval louletano. A fantasia e imaginação desta equipa irão levar-nos ao mundo da pirataria onde personagens de todos os quadrantes políticos irão
MEALHADA Dia: 5 Apresentação das Escolas de Samba – 23 horas Evento Gratuito
Corso Principal 7 e 9 de fevereiro – 15 horas Sambódromo Luís Marques (junto das piscinas municipais) Preços: 5€ (Gratuito para crianças até 11 anos mediante identificação)
fevereiro de 2016
> tema de capa
LOULÉ
Tema: Pirataria Dias: 6, 7 e 9 de fevereiro - das 15h às 18h Desfiles: Av. José da Costa Mealha Preços: 2€
tomar de assalto esta festa. O Capitão António Costa “Gancho” surge ao leme de um barco pirata cor-de-rosa, de espada em punho, tal como o Capitão Pedro Passos Coelho “Gancho”, que durante quatro anos foi o “terror dos mares”. Em embarcações de dimensões mais reduzidas surgem mais dois piratas: Jerónimo de Sousa e Catarina Martins que, de olhos bem abertos, fitam o horizonte, muito atentos a tudo o que se passa nas águas lusas. Já no barco presidencial, o Capitão é Marcelo Rebelo de Sousa, enquanto, lançados ao mar e presos dentro de barris, está uma das suas opositoras nesta corrida a Belém, Maria de Belém, além dos ex-Chefes de Estado Cavaco Silva, Jorge Sampaio e Mário Soares. Da política para o desporto, o “rei” Cristiano Ronaldo continua a ser presença assídua, no carro da Bola de Ouro da FIFA, liderado por Lionel Messi e com a ex-namorada do português, Irina Shayk, a bordo. Já o selecionador Fernando Santos vai até França de limusine, com direito a champanhe e mala Chanel, para participar no Europeu de Futebol que acontece este ano. Também o Zé Povinho, essa figura tão popular nesta folia, é chamado a tripular um carro que irá guiá-lo no “Tour de France”. Paralelamente, a organização do Carnaval de Loulé promove um vasto programa de animação durante estes dias. Na sexta-feira de manhã, dia 5 de fevereiro, as escolas públicas e privadas do 1º Ciclo e Pré-Escolar do Concelho de Loulé participam em mais uma edição do Carnaval Infantil, e na segunda-feira à noite as atenções centram-se no “Palácio” do Nera onde, a partir das 21h30, tem lugar o “Baile de Gala do Carnaval”. Os visitantes são convidados a mascararemse a rigor, de acordo com a temática “Pirataria” e a festa promete ser de muito glamour e animação. No Domingo Gordo de manhã, a Avenida José da Costa Mealha volta a ser palco de mais uma Prova de Atletismo e Marcha Passeio de Carnaval, enquanto a manhã do dia de Entrudo terá a Corrida Carnavalesca das Barreiras Brancas.
SESIMBRA REGRESSA ÀS CEGADAS O Carnaval de Sesimbra é composto por seis escolas de samba e dois grupos de axé, cada um com o seu tema e desfiles programados para os dias 7 e 9 de fevereiro, ou seja, domingo e terça-feira, a partir das 14 horas. A festa desta bela vila piscatória começa na Praça da Califórnia, com os corsos a desfilarem pela Avenida 25 de Abril, Rua da Fortaleza e Avenida dos Náufragos. Porém, sendo este o ponto alto do Carnaval de Sesimbra, a vila tem muito mais para mostrar nos dias que fevereiro de 2016
antecedem o Entrudo, com as atividades a começarem dia 5, sexta-feira, pelas 10h30 com o desfile das escolas pela Avenida da Liberdade, Largo 5 de Outubro e Rua João da Luz. Meia hora depois há o concurso Infantil de Fantasias de Carnaval, na Fortaleza de Santiago. Da parte da tarde, pelas 15 horas acontece o chamado desfile Trapalhão, com início no Largo da Junta de Freguesia da Quinta do Conde, passando depois pela Avenida Cova dos Vidros e Parque da Vila, na Quinta do Conde. Já pelas 16 horas, o Grupo Feminino de Afro-axê Tripa Mijona entrará em cena com a sua desfilada pela Avenida 25 de Abril, Rua da Fortaleza e Avenida dos Náufragos. A fechar o dia de sábado, pelas 22h30 a animação estará a cargo do Trio Noite Dominó, também pela Avenida 25 de Abril, Rua da Fortaleza e Avenida dos Náufragos, Sesimbra Já na segunda-feira, pelas 15 horas, é a vez do Cortejo de Fantasias de Palhaço invadir a Praça da Califórnia, seguindo depois pela Avenida 25 de Abril, Rua da Fortaleza e Avenida dos Náufragos. No dia de Carnaval, terça-feira, a festa começa com as Cavalhadas, no Largo das Forças Armadas, em Alfarim, pelas 15 horas e paralelamente a vila de Sesimbra assiste ao seu corso principal, a partir da Praça da Califórnia. Em Sesimbra a festa continua na quarta-feira, dia 10, com o Enterro do Bacalhau, que passará pela rua Professor
SESIMBRA
Corsos principais 7 e 9 de fevereiro - 14h Desfiles: Praça da Califórnia, Avenida 25 de Abril, Rua da Fortaleza e Avenida dos Náufragos Todos os eventos são gratuitos
Dr. Fernandes Marques, Avenida dos Náufragos, Largo da Marinha (1ª paragem), Rua da Fortaleza, Largo de Bombaldes, Largo do Município (2ª paragem), Rua da República e Largo José António Pereira (3ª paragem). Durante os três principais dias de folia, haverá também as famosas Cegadas, feitas por grupos de homens que com humor, dramatismo ou brejeirice revelam o sentido satírico e humorístico da população. As Cegadas vão ter lugar dia 6 pelas 15h na Fortaleza de Santiago e pelas 21h no Restaurante Retiro do Conde, Lagoa de Albufeira. No domingo terão como palco o Grupo Desportivo União de Azoia, às 16h, no Restaurante Retiro do Meco, Aldeia do Meco, pelas 17h, e na Pastelaria O Mel da Manhã, Zambujal de Baixo, às 18 horas. Haverá ainda Cegadas dia 8, às 20h30 no Café Carioca, em Aiana de Cima, e 21h30 no Café Baratinha, em Caixas, e dia 9 à 18h no Grupo Desportivo de Alfarim. O Carnaval de Sesimbra termina
dia 13, às 21h30, com as Cegadas no Cineteatro Municipal João Mota, em Sesimbra.
TORRES VEDRAS COM FIGURAS E FIGURÕES A praça da República em Torres Vedras foi o primeiro espaço destacado para receber o ato oficial do Carnaval de 2016, com a inauguração do Monumento do Carnaval, dia 16 janeiro. Desde então, a contagem decrescente para a habitual folia de Torres Vedras termina naturalmente a 5 de fevereiro. Pelas 9h30, o centro da cidade – Rua Henriques Nogueira | Av.5 Outubro, Rua Santos Bernardes e Rua Augusto José Lopes Júnior vai receber o Corso Escolar, para depois a noite de Torres Vedras se transformar, a partir das 2 horas num gigante recinto de animação, com a chegada dos Reis ao edifício da Câmara Municipal, na Avenida 5 Outubro. No Carnaval de Torres Vedras é
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> tema de capa
MADEIRA
Tema: Madeira – Carnaval de Sonho Dias: 3 a 9 de fevereiro Cortejos principais – Dia 9 às 16h e 21h Desfiles: Rotunda do Porto, Avenida Francisco Sá Carneiro, Rotunda Francisco Sá Carneiro, Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses (faixa sul), até à Praça da Autonomia Todos os eventos do programa são gratuitos
das 15h, com atividades na baixa citadina do Funchal que incluem música ambiente carnavalesca, com atuações por parte de bandas filarmónicas, iluminações e decorações alusivas à época. A partir do dia 5 de fevereiro, a animação passa a ser feita a partir das 10h, destacando-se neste dia o Desfile e Festa de Carnaval das Crianças, entre as 10h30 e as 12h30 e o Carnaval Solidário, iniciativa organizada pela Associação de Desenvolvimento Comunitário do Funchal, com desfile nas placas centrais da Avenida Arriaga previsto para as 14h30 e encerramento pelas 17h30, no Auditório do Jardim Municipal. No sábado, dia 6 de fevereiro, para além da animação carnavalesca comum aos restantes dias em que decorrem as Festas, realiza-se, a partir das 21h00 o Cortejo Alegórico e dia 9, às 16 horas, o Cortejo Trapalhão, o mais popular, e onde a criatividade, a imaginação e a caricatura saltam à vista. Para estas folias, o itinerário tem como ponto de partida a Rotunda do Porto, para depois seguir para a Avenida Francisco Sá Carneiro, Rotunda Francisco Sá Carneiro, Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses (faixa sul), até à Praça da Autonomia. O Carnaval de Sonho deste ano termina na Madeira na terça-feira , a partir das 18h30 com um Concerto/Baile de Carnaval, a ter lugar no Auditório do Jardim Municipal. >
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conhecida a tradição dos homens se vestirem de mulheres. Também na monarquia desta festa não poderia faltar uma verdadeira “matrafona”, com dois homens como rei e rainha do Carnaval destas bandas. São dois Torreenses e com uma dinastia prolongada, já que ocupam o trono há nove anos. Este primeiro dia termina com a música de vários Djs que se dividem por três palcos, das 22h30 às 4h da madrugada – Praça Machado Santos (Palco 1), Jardim de Santiago (Palco 2), e Mercado Municipal (Palco 3). No sábado, a festa oficial começa às 21h pelo centro da cidade, com o Corso Noturno, o Concurso Grupos Mascarados, e Tó'Candar. A noite termina mais uma vez com a atuação de Djs nos mesmos palcos já referidos. O dia seguinte, domingo, começa o desfile do Corso Diurno – Tó'Candar, às 14h30 pelo centro da cidade, e às 22h30 voltam os DJs Carnaval Party, distribuídos pela Praça Machado Santos (Palco 1) e no Jardim de Santiago (Palco 2), até às 4 h da manhã de segundafeira. No mesmo dia, o Pavilhão Multiusos da Expotorres recebe o Baile Máscaras Tradição, às 14h30 e o centro da cidade volta a animar-se pelas 21 horas com o Corso Trapalhão, Tó'Candar. É então que às 23 horas se dá o Concurso das Matrafonas, na Avenida 5
TORRES VEDRAS
Tema: Figuras e Figurões Dias: 5, 6, 7, 8, 9 e 10 de fevereiro Horários do recinto: Sábado - das 16h às 3h Segunda - das 19h às 3h Domingo e Terça-feira - das 11h às 19h Preços: 5€ / dia ou 10€ livre trânsito para 4 dias
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de Outubro, enquanto os Djs começam a tocar 30 minutos antes nos palcos da Praça Machado Santos, Jardim de Santiago e Mercado Municipal. Terça-feira de Carnaval, haverá ainda às 14h30 o Corso Diurno Tó'Candar, no centro da cidade, e às 19h abrem-se as portas do recinto (ruas fechadas), para a folia. A edição deste ano do Carnaval de Torres Vedras termina na quarta-feira com o Enterro do Entrudo, às 21 horas, na Praça da República ao Tribunal, e espetáculo de fogo de artifício.
FUNCHAL É JARDIM DE CARNAVAL O Carnaval é vivido com intensidade na Madeira, tendo como ponto de referência a cidade do Funchal. Nas ruas, hotéis, bares e discotecas a animação é uma constante, mas a festa faz-se principalmente nas ruas e avenidas da cidade, misturando corsos com os habitantes e turistas. Para este ano, a Madeira diz que o seu Carnaval é de Sonho num calendário que começa dia 3 de fevereiro, a partir
ESCAPADA CARNAVALESCA Se já escolheu o Carnaval de Torres Vedras como destino de folia para este ano, o resort Dolce CampoReal sugere-lhe o seu programa de Escapadela de Inverno, para que possa desfrutar a dois ou em família o Entrudo deste ano. O Dolce CampoReal fica na freguesia do Turcifal, a pouco mais de 10 minutos do centro de toda a animação de Torres Vedras. Este resort proporciona-lhe a proximidade certa para desfrutar do Carnaval, mas também o sossego para recuperar as energias da folia, com a sua idílica paisagem rural. Os preços do programa incluem três noites de alojamento, de 6 a 9 de fevereiro, com pequeno-almoço incluído, em quartos duplos Deluxe, Superior Deluxe ou Premium, de acordo com a opção. Preços: Quarto duplo Deluxe (dois adultos) – 233€ Quarto Superior Deluxe APA (dois adultos + 1 criança/cama extra) – 290€ Quarto Premium APA (dois adultos + 2 crianças/camas extra) – 346€
fevereiro de 2016
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> notícias
Cidades do Porto e Lyon vão ficar mais próximas A partir de 27 de março, a companhia aérea francesa Aigle Azur vai ligar as cidades do Porto e de Lyon, em França. A nova rota vai contar com três voos por semana, às quintas, sextas e domingos, sempre com horários diferenciados. Assim, às quintas-feiras, os voos da Aigle Azur vão sair do Aeroporto de Lyon - Saint Exupery às 12h20 para aterrarem no Porto às 13h30, voltando a sair às 14h15 para chegar a França às 17h20. Às sextas-feiras os voos saem de Lyon às 17h10, chegam ao Porto às 18h20, voltam a partir às 19h05 e chegam a Lyon às 22h10. Já aos domingos, a partida de Lyon está marcada para as 18h15 com chegada ao Porto às 19h25. Do Aeroporto Francisco Sá Carneiro partem às 20h10 para aterrarem no Aeroporto de Saint Exupery às 23h15 (sempre horas locais).
Alentejo nos melhores destinos vinícolas do mundo A revista especializada Wine Enthusiast Magazine colocou o Alentejo entre os 10 melhores destinos vinícolas do mundo a visitar este ano. A publicação norteamericana ressalta o “charme rústico” da “região vinícola mais relaxada de Portugal” onde os tintos estão “prontos a beber”. “Com quilómetros de vinhas e sobreiros, cidades históricas no topo de colinas e praias desertas, já para não mencionar
a crescente variedade de hotéis e restaurantes, o Alentejo tem algo para oferecer a todos os visitantes”, descreve o artigo. Na lista dos melhores destinos vínicos para 2016 figuram Las Vegas (EUA), Bordéus (França), Margaret River (Austrália), Alto Adige (Itália), Paso Robles (EUA), País Basco (Espanha), Franschhoek (África do Sul), Burgenland (Áustria) e Ashland (EUA).
Hotel do Sado com selo internacional allergy-friendly O Hotel do Sado Business & Nature, em Setúbal, foi certificado pelo ECARF – Centro Europeu de Fundação para a Investigação em Alergias, com o selo internacional de hotel allergy-friendly. Esta classificação, única em Portugal, assegura que os quartos podem ser preparados para hóspedes com alergias ao pó, ácaros e outros, com revestimentos especiais das almofadas e roupa de cama, sendo que os amenities são também certificados. No que diz respeito a alergias alimentares, a cozinha está preparada para confecionar pequenos-almoços, refeições e catering para clientes com intolerância à lactose, glúten e outros. Os detergentes utilizados para limpeza são também específicos, não contendo componentes causadores de alergias.
Novo Turismo Rural em Montalegre Chama-se A Casa da Avó Chiquinha e fica em Montalegre, Trás-os-Montes, em pleno Parque Nacional da Peneda Gerês. Com vista privilegiada para o Vale do Cávado, a nova unidade de Turismo Rural conta com nove quartos com casa de banho privativa, TV LCD, sistema de aquecimento, Wi-Fi gratuito e acesso a uma piscina no exterior. A Casa pode ser alugada por quarto, piso ou na totalidade, Nesta última modalidade pode usufruir de kitchenette, e churrasqueira. As zonas de lazer estão equipadas com mobiliário confortável que convida ao descanso frente a uma paisagem magnífica onde pode fazer corridas, caminhadas ou passeios em bicicleta.
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Abrigo da Montanha é agora Hotel Rural & Spa No Sabugueiro, paredes meias com a Serra da Estrela, o Abrigo da Montanha reabriu agora como Hotel Rural & Spa de 4*. A unidade conta com 21 quartos, entre os quais se contam seis suites, restaurante de cozinha regional que se abre num jardim interior onde crescem ervas aromáticas típicas de região que vão tornar irresistíveis as iguarias servidas. O novo Hotel Rural tem Spa equipado com piscina, sauna, banho turco, chuveiro suíço e cabine de hidromassagens e de onde se abre uma extensa vista sobre as encostas da Serra da Estrela que até na decoração está presente, quer pelas fotografias expostas quer pelos materiais utilizados. Serviço de lavandaria, estacionamento, receção 24h, jornais e computador para consulta, aluguer de motos 4, bicicletas e passeios de jipe, compõem a oferta do hotel.
Hotel Minho é “amigo dos ciclistas”
Passadiço do Paiva reabre dia 13 O passadiço sobre as escarpas do rio Paiva, em Arouca, vai reabrir ao público no próximo dia 13 de Fevereiro, mas terá algumas novidades. A afluência diária vai estar limitada a 3.500 visitantes diários e a entrada, que passa a poder ser comprada online numa plataforma inaugurada no início deste mês, vai custar 1€. A estrutura conta com 8 Km de extensão mas a partir do
próximo dia 13, apenas um quilómetro do passadiço irá manter-se de acesso livre. Outra novidade é a transformação operada na zona que era apontada como a menos apelativa do passeio, por se afastar das margens do Paiva e obrigar a uma subida íngreme em terra batida, através do pinhal. Agora foram construídos mais 200 metros de degraus, o que torna a escadaria mais imponente.
O Hotel Minho, quatro estrelas em Vila Nova de Cerveira, passou a ostentar o certificado Bikotel, o que significa que proporciona boas práticas no acolhimento de ciclistas. A partir de agora, neste hotel de charme, os ciclistas de estrada ou de montanha, têm à disposição um conjunto de serviços especialmente criados a pensar nas suas necessidades. Passando a ser parceiro Bikotel, o Hotel Minho oferece também descontos em lojas e alojamento. Os pontos Bikotel destinam-se a membros do Club Bikotel que ao efetuarem compras ou dormidas num dos parceiros Bikotel, podem acumular um ponto por cada euro gasto. Os pontos podem ser trocados por vouchers “Desconto Bikotel”, a utilizar em cada um dos parceiros aderentes. fevereiro de 2016
“Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
> selo de garantia
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE
ALENTEJO EM FAMÍLIA PALÁCIO DA LOUSÃ PARCEIRO DO ENDURO
Assistir ao arranque do Campeonato Nacional de Enduro, em meio da soberba paisagem da Serra da Lousã e alojar-se num palácio do século NO ALOJAMENTO XVIII será talvez o melhor de três 13 E 14 FEV. mundos, e é isso que lhe propomos. Parceiro do Campeonato Nacional de Enduro que arranca a 14 de fevereiro na Lousã, o Palácio da Lousã Boutique Hotel preparou descontos de 10% no alojamento para os amantes da modalidade, mas para que possa beneficiar da promoção para os dias 13 e 14 deste mês, as reservas devem ser realizadas diretamente com o hotel. Este ano, a prova terá como principal LOUSÃ novidade a localização da “especial Xtreme” no centro da vila, enquanto as restantes especiais serão no Arneiro. O Palácio da Lousã Boutique Hotel está inserido num edifício brasonado do século XVIII, outrora Palácio da Viscondessa do Espinhal, imóvel classificado como Património Histórico de Interesse Público. Situado em pleno centro histórico da vila, porta de entrada da Rota das Aldeias do Xisto, oferece uma atmosfera acolhedora e deslumbrantes vistas sobre a Serra da Lousã.
-10%
“Alentejo em família” é o programa criado pelo Hotel Rural Horta da Moura, em Monsaraz, para que possa desfrutar das Terras do Grande Lago. O programa inclui duas noites de alojamento em suite, com pequeno-almoço, água e fruta no quarto à chegada, almoço ou jantar no restaurante Feitiço da Moura. Incluem-se também várias atividades como passeio pedestre pelos Trilhos D’el Rei com safari fotográfico, acompanhado por um especialista, e atividades equestres em picadeiro. Outras possibilidades são um passeio de charrete em família, passeio de barco no Lago Alqueva e uma visita guiada ao DESDE: Caminho das Oliveiras Milenares. Os preços, para duas noites, são desde 99€ por pessoa em dias de semana e 3 a 4 pessoas por quarto, ou 119€ ao fimP/ PESSOA de-semana. As crianças até aos 3 anos têm estadia grátis e 2 NOITES dos 4 aos 11 pagam 50% desde que alojadas no quarto dos pais.
99€
MONSARAZ
MICRO CARROS NO MUSEU DO CARAMULO
DESDE:
7€
Até 28 de fevereiro está BILHETE a tempo de visitar a GERAL exposição temporária “Micro Carros”, no Museu do Caramulo. São carros de pequenas dimensões cujo aparecimento tem sobretudo coincidido com épocas de crise, como a II Guerra Mundial, mas que têm sido construídos ao longo dos tempos. Parcos em luxos e performances, sem grande CARAMULO valor comercial, nunca foram importantes para os colecionadores pelo que alguns dos micro carros em exposição no Museu do Caramulo são verdadeira raridade. Em exposição estão 17 automóveis, com destaque para o SADO 550, o primeiro carro português produzido em série nos anos 80. A exposição pode ser visitada todos os dias exceto segundas-feiras, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 17h00 (até às 18h00 aos fins de semana e feriados), ao mesmo tempo que as exposições permanentes de arte, automóveis, motociclos e brinquedos, patentes no Museu. O bilhete de adulto custa 7€, as crianças dos 6 aos 12 anos pagam 3€ e os seniores 5€. fevereiro de 2016
354€
P/ PESSOA QUARTO DUPLO
MADEIRA
FIM DE SEMANA COM FLORES NA MADEIRA Passar uns dias na Madeira é sempre um bom programa. Se isso acontecer durante a Festa da Flor que este ano se realiza de 7 a 17 de abril é ainda melhor. Cartaz turístico de grande relevo em terras madeirenses, a Festa da Flor empresta um colorido e um odor muito particular às ruas do Funchal e estar entre flores, numa ilha que já é florida por excelência é acima de tudo um festival para os sentidos. Para que possa ver um pouco de tudo isto, o operador turístico Soltrópico tem várias propostas. Uma delas de fim de semana, com partida de Lisboa em voos TAP na sexta-feira, 8 de abril e regresso no domingo. O programa, de três dias / duas noites, apresenta preços desde 354€ por pessoa em quarto duplo com alojamento no Cheerfulway Bravamar Hotel, de 3*, com pequeno almoço. Inclui transferes aeroporto / hotel / aeroporto, seguro de viagem Portugal Extra e todas as taxas.
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> sugestões
São Valentim BRINDE AO AMOR
Não se explica, sente-se. Não se vê, sente-se. Não se toca, sente-se. Amor é verbo etéreo que chega um dia a todos. Um dia que de tão mágico tem de ser celebrado. E aparte do calendário de cada um, há uma data universal e a que ninguém é alheio: 14 de Fevereiro. Um dia para amar mais que os outros.
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uma noitada entre amigos, no emprego, nos transportes públicos, a passear o cão, num casamento, batizado ou funeral, nas redes sociais ou à janela. À primeira, segunda ou terceira vista, desarmada ou com graduação elevada. No meu caso, foi um pouco de tudo, menos de funeral ou com cães para enquadramento. A verdade é que seja com quem for, não há lugar tabu para o amor acontecer. Não há pombos, maçãs, poções, flechas, borboletas no estômago ou corações mais ou menos vermelhos que melhor o ilustrem que um par de mãos dadas, que a união de lábios, que uma troca cúmplice de olhares. Uns dizem ser reação química, outros o
Texto: Sara Cunha Ferreira
divino ou até o favorável alinhamento de planetas. Porém é no inexplicável que reside a magia. É isso mesmo: o amor é mágico, sentimento poderoso que “troca as voltas” a duas pessoas, duas peças que se completam num puzzle de probabilidades infinitas e que por desígnios se encontram, sabe-se lá como e porquê. Explicar o amor, equacioná-lo, atribuir-lhe uma fórmula é despi-lo de felizes acasos, é dar-lhe uma razão de existir quando o que se quer é apenas vivê-lo, sem entraves. Mas materializa-lo, realça-lo, é dar-lhe oxigénio e encher os “tubos de ensaio” dos mais céticos de mais e mais reações químicas. Naturalmente que cada casal de apaixonados tem uma data muito própria
para relembrar o que os uniu e em que circunstâncias. Mas sendo o amor universal, que não conhece fronteiras, cores nem credos, há também uma data que a todos serve, aquela que ficou instituída como a mais visível celebração do amor. Para gáudio de muitos casais, este ano o dia de São Valentim, a 14 de fevereiro, celebra-se a um domingo, abrindo por isso as portas a um sem número de possibilidades de surpreender a carametade com a mais exuberante prova de romantismo. Mais que nos outros dias, o dia de São Valentim é para ser pejado de ronronares, arrulhadas, de muitas trocas de afeto e muito doce e mel entre enamorados. Mais
que relembrar o momento que os uniu, cumpre-se a materialização do imaterial nas mais diversas formas. Há filmes para ver, jantares para degustar, viagens a cumprir em momentos de prazer e onde a imaginação é servida pelo lado mais romântico da história que partilham, seja ele mais requintado ou até “kitsch”. É a oportunidade para um ritual diferente ou o mesmo de sempre, servindo a paixão de cada um, e já que se trata de um fim de semana, é ensejo de fuga, de espaço exclusivo a dois e que o jornal destinos se prepara para dar umas quantas sugestões. O momento é vosso, as escolhas também, para que este ano, que até é bissexto, seja um dos mais especiais da vossa vida.
> TRANQUILIDADE APAIXONANTE > SORTE AO AMOR O Hotel Casino de Chaves não se esqueceu dos apaixonados e por isso mesmo quer dar-lhes a oportunidade de celebrarem o amor da forma mais romântica possível, ao som das músicas de uma vida inteira. Para criar essa banda sonora, o Hotel Casino de Chaves, em Valdanta, a 10 minutos do centro da cidade nortenha de Chaves, preparou um programa que inclui animação da MT80, uma banda covers dos anos 80 e 90 que preparou um repertório
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especial para esta data. Seja amor novo ou experiente, para esta noite dance e desfrute das melodias que acompanham os apaixonados há décadas. Hotel Casino de Chaves – Desde 160€ Inclui uma noite em quarto duplo, jantar romântico para duas pessoas e animação com concerto da MT80.
O Casa do Adro Hotel, localizado em Ferreira do Zêzere, quer que os casais namorem no sossego da Vila. Este é precisamente o nome do programa especial para os apaixonados que este Boutique Hotel, erigido num edifício histórico, criou – “Namore no Sossego da Vila”. O Pack inclui uma noite em quarto duplo com almoço buffet. Uma das surpresas é o Welcome Kit S. Valentim composto por morangos com chocolate, espumante, pétalas e claro, velas aromáticas. Ao jantar os hóspedes serão presenteados com iguarias que fazem crescer água na boca e que despertam o lado romântico
de cada um, como Risotto de camarão, champanhe e coentros; raia com legumes salteados, ou tornedó de novilho, foie gras, batata salteada e grelos. Para sobremesa nada melhor do que bolo húmido de chocolate e morangos. As bebidas estão incluídas, vinho branco e tinto selecionados Solar dos Loendros e Quinta do Côro. Casa do Adro Hotel – 160€ p/ casal Inclui uma noite de alojamento, Welcome Kit S. Valentim, almoço buffet, e jantar romântico. Jantar romântico – 80€ p/ casal fevereiro de 2016
> ROMANCE EM PAISAGEM RURAL Imagine um resort que respira requinte e romantismo em plena paisagem rural. Toda a envolvência do resort Dolce CampoReal é um verdadeiro hino à paixão, a uma dezena de minutos de Torres Vedras. Sabendo tirar partido do luxuriante ambiente da natureza invernal, o resort preparou uma programação especial para usufruir de momentos de requinte e romantismo com a sua a cara-metade, com atividades, alojamento, jantar, brunch e experiências spa para usufruir a que mais agradar ou em conjunto. O programa Dolce São Valentim, por exemplo, inclui alojamento, tratamento VIP com espumante e morangos com chocolate, jantar no restaurante Grande Escolha, com bebidas incluídas, e acesso ao Spa, com jacuzzi, sauna a vapor com ervas medicinais e banho turco e acesso à piscina interior. Mas há também a possibilidade de usufruir apenas, no dia 13 e 14 de Fevereiro, da atmosfera romântica e acolhedora do restaurante Grande Escolha, mas também brunch no Garden Terrace com um menu especial, experiência equestre a dois (70€ p/ casal), batismo de golfe (18€ p/pessoa), passeio de jeep numa "Aventura Romântica" (22,50€ p/pessoa) ou tratamentos de spa por 170 minutos (125€ p/ casal).
Brunch de São Valentim (dia 14 de Fevereiro as 12h às 16h) – 22,50€ p/pessoa Buffet servido no restaurante Grande Escolha com uma seleção de padaria e pastelaria, sobremesas, sumos de fruta, compotas e doces caseiros, queijos nacionais e internacionais, pratos quentes e saladas, entre outras iguarias preparadas no momento. Jantar de São Valentim (dias 13 e 14 de Fevereiro) – 55€ p/pessoa Entrada de Gravlax de salmão com manga, abacate e morangos acompanhado de KirRoyal; Prato de peixe com garoupa, camarão e vieira com risotto de abóbora, nozes e poejos acompanhado de vinho branco Principium Chardonnay Arinto; Prato de carne com tornedó de veado com molho de chocolate e frutos vermelhos, e terrina de legumes e espuma de foiegras, acompanhado de vinho tinto PrincipiumMerlot Touriga Nacional; sobremesa com mousseline de chocolate branco com maracujá e macaron de maçã do amor, acompanhado da tradicional Ginja d’Óbidos.
> EMBALADOS POR TRÓIA São várias as propostas do Troia Resort para que o vosso amor seja embalado ao som dos golfinhos e da maré da baía de Setúbal. Um destino a menos de uma hora de Lisboa que possui uma das mais românticas paisagens, com vista para o Rio Sado e Serra da Arrábida, para além das inúmeras atividades que o resort oferece, como praia, passeios de barco, golfe, Casino e inúmeros restaurantes com programas específicos para estes dias. A unidade Aqualuz propõe um fim de semana inesquecível desde 159€ por noite, a começar com um brinde com uma garrafa de espumante e morangos com chocolate, num tratamento verdadeiramente VIP à entrada. Este programa inclui o jantar de 13 de fevereiro, acesso gratuito ao Wellness Center
composto por piscina interior, sauna, banho turco e jacuzzi e um revigorante pequenoalmoço buffet. Já o Troiaresidence, unidade residencial do Troia Resort, sugere um fim de semana desde 99€ por noite, com uma garrafa de espumante e morangos com chocolate e usufruto da piscina interior, sauna, banho turco e jacuzzi da unidade Aqualuz. Aqualuz – Desde 159€/noite Tratamento VIP à chegada, jantar, acesso ao Wellness Center e pequeno-almoço buffet Troiaresidence – Desde 99€/noite Espumante e morangos com chocolate, acesso ao Wellness Center do Aqualuz
Dolce CampoReal – Desde 199€ p/ noite Alojamento, late check-out até às 16h, pequeno-almoço buffet para dois, tratamento VIP, jantar romântico, acesso ao circuito no Divine by Ritual SPA, WI-FI e Parqueamento gratuito.
> CELEBRAÇÃO INEBRIANTE
> LISBOA DOS ENAMORADOS O romantismo de Lisboa é inegável. A sua luz ao nascer e por do sol são dos momentos mais românticos que um casal pode desfrutar e neste campo, a capital não desilude. Com dois hotéis no centro, o Grupo Dom Carlos Hotéis convida a desfrutar de um atendimento personalizado e de qualidade, com conforto e um ambiente sempre acolhedor. E por tal, tanto o hotel Dom Carlos Liberty, junto à cosmopolita Avenida da Liberdade, como o Dom Carlos Park, nas imediações do Marquês de Pombal, centro nevrálgico da capital, são a companhia perfeita para a fevereiro de 2016
noite de São Valentim e podem servir-lhe de base para uma intensa e apaixonante visita à capital portuguesa. Dom Carlos Liberty e Dom Carlos Park – 39.50€ p/ pessoa Uma noite em quarto duplo superior, upgrade para quarto Deluxe mediante disponibilidade, pequeno-almoço buffet até às 11h30, tratamento romântico no quarto, duas fatias d’ O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo e espumante, roupão e chinelos para uso durante a estadia. Saída tardia até às 14:00. Internet wi-fi gratuita.
Para o dia mais romântico do ano, a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Luxury Winery House, em Covas do Douro, preparou um programa romântico com vista para o estonteante Douro, e para os charmosos jardins da quinta, com recantos que proporcionam o cenário ideal para celebrar o amor a dois. Nos dias 12 e 13 de fevereiro a Quinta Nova sugere a proposta “Love in Douro” com atividades especialmente selecionadas para uma experiência romântica inesquecível. Ladeado por vinhas verdejantes, delicie-se com um aperitivo junto à lareira com a sua cara-metade ou aproveite o calor intimista da ocasião para experienciar uma “abertura a fogo” de uma garrafa de vinho do Porto Vintage. Para um jantar de São Valentim inesquecível, o Chef José Pinto convida a usufruir de um menu
exclusivamente criado para este dia especial. Na decoração aconchegante do restaurante Conceitus usufrua de uma gastronomia original acompanhada pelos melhores vinhos produzidos na Quinta Nova. Para uma experiência completa a sugestão é um momento de aprendizagem através de uma visita à Adega e ao Atelier do Vinho, onde poderá degustar os melhores vinhos do Douro e viver uma nova experiência de sabores a dois. Quinta Nova Winery House – 139€ (terrace) Inclui alojamento em quarto com vista para o rio e vinhas, um welcome drink, winetour e prova de vinhos Douro, jantar Wine & Love (bebidas do jantar incluídas – 4 vinhos), tratamento vip no quarto e late check-out.
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> curtas
E D E S D
46€
P/NOITEPLO U A QU RTO D T E RN BEST WESAINHA R L E T HO D. AMÉLIA N TO) ME (SÓ ALOJA
Castelo Branco CASTRUM RAIANO
A capital da Beira Baixa é um verdadeiro prato cheio de coisas boas. A outrora Albi Castrum, daí o nome dos seus habitantes – albicastrenses -, não é uma cidade raiana perdida no tempo. É uma moderna metrópole que não esquece as suas raízes históricas e todos os dias presta tributo ao seu castelo, aos fidalgos solares, ricas igrejas, amplas ruas e belos jardins. Texto: Sara Cunha Ferreira
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astelo Branco modernizou-se e tem agora como acesso ao seu centro grandes vias que saem da autoestrada A23 para nos receber. De avenida em avenida, por artérias com as suas moradias e solares, somos encaminhados diretamente para o coração da cidade, não sem antes passar pela zona industrial, com os seus centros comerciais. Há bastante azáfama por estas ruas. É fim-de-semana e os albicastrenses parecem gostar de respirar a cidade, com as suas ruas e praças vivas, cheias de movimento de gente que se passeia e faz as compras da semana. É o sol de inverno que ajuda por estas terras que tão bem sabem o que é verdadeiramente frio e calor. A sua condição de cidade interior dá-lhe por isso uma nova alma e Castelo Branco tem crescido de forma a tornar-se mais moderna, mas também mais prazerosa, tanto para se viver, como visitar. Por ventura a pensar nos verões escaldantes, onde os 40 graus batem com frequência, esta cidade alba conseguiu nos últimos anos agregar um dos mais interessantes conjuntos de praças, jardins
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e espaços públicos do país. Um dos mais recentes exemplos deste serviço em prol das populações foi a criação de uma piscina/praia, um complexo digno de visita pois foi construído para parecer exactamente uma praia paradisíaca. Não tem areia, mas o chão imita a cor
e textura na perfeição, incluindo algumas “rochas”. Tem pontes de travessia por entre as diferentes “margens” da piscina e uma área ajardinada para estender a toalha. Acredite, esta piscina/praia fotografada do ângulo certo, parece que está num qualquer país das Caraíbas (bilhete normal
de 1 dia - 3,80€). Outro exemplo desta modernidade está no Campo Mártires da Pátria, onde encontramos o edifício da Biblioteca Municipal, erguida no antigo quartel do Regimento de Cavalaria. Inaugurada em 2007, também os espaços que acompanham a Biblioteca são um verdadeiro chamariz, com os seus lagos comunicantes e amplas áreas de descanso. Também por aqui está o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, talvez o mais emblemático dos novos edifícios, pelas suas linhas retas que me fizeram lembrar um escopro a esculpir todas as formas de arte que apresenta, em forma de exposições de pintura, escultura, concertos clássicos ou recitais. O espaço oferece
PAPAS DE CAROLO A gastronomia da Beira Baixa encontra em Castelo Branco um excelente pólo difusor. Um dos doces mais tradicionais são as Papas de Carolo, preparado de milho, amarelo ou branco triturado mais grosseiramente que a farinha de milho. Um saboroso cruzamento entre o leite-creme e o arroz doce.
fevereiro de 2016
COMO IR
ainda a possibilidade de visitas guiadas, ou por conta própria, com recurso a tablets, numa espécie de simbiose com arte digital.
De Lisboa, circular pela A1 sentido norte até à saída para Torres Novas. Entrar na A23 até Castelo Branco. Do Porto, seguir pela A1 até à saída Lousã, Soure, Condeixa para a A13 onde deverá permanecer até à convergência com o IC8 na saída para Castelo Branco. Seguir até à saída para a A23 em direcção a Castelo Branco.
EXCELENTE OFERTA CULTURAL Com estes dois exemplares bastaria para pensarmos que Castelo Branco muito se debruça sobre a cultura. E tal é efetivamente verdade. Os albicastrenses, comparando com outras cidades de interior, inclusive raianas, não se podem queixar da sua oferta cultural. Há, por exemplo três museus e até um centro de interpretação, que nos ajuda a revistar a cidade de outros tempos. Para além do Museu do Canteiro, do Museu das Artes e Ofícios e outro no Paço Episcopal, do qual falarei mais adiante, não posso deixar de destacar o Museu Cargaleiro, ilustre filho da terra que por aqui expõe as suas maravilhosas obras e expressões como pintura, cerâmica, escultura, azulejaria e tapeçaria do artista português. Fica na rua dos Cavaleiros, transformada numa lindíssima praça, a fazer jus ao Museu, e bem no coração da Zona Histórica da cidade, nas imediações da Praça de Camões, popularmente conhecida como Praça Velha. É nesta “velha praça” com os seus “arcaicos edifícios” que se esconde o Arco do Bispo. É um maravilhoso ex-libris arquitetónico, uma casa de meados do séc. XIII, primeira residência temporária dos bispos da Guarda nesta cidade, que tem nas suas fundações um arco que faz de túnel entre os vários edifícios da Praça. Dizem ter sido a Porta do Pelame, uma das portas de defesa da cidade, sendo do outro lado visível a Porta Monumental, que servia de acesso à residência do Bispo. Mas de testemunhos de defesa nesta cidade há o castelo, edificado num ponto mais elevado que, tal como em tantas outras cidades de fronteira, permitia vislumbrar todo o território em volta, para
ONDE COMER
antecipar qualquer invasão inimiga. Este é um castelo Templário, do século XIII, parte integrante da linha defensiva do Tejo, de que faziam parte outros castelos como o de Almourol, de Monsanto, de Pombal, de Tomar e o Castelo do Zêzere. Atualmente a sua torre de menagem está bastante arruinada e da cerca medieval restam alguns troços de muralha, como a Torre do Relógio. Ver daqui a capital da Beira Baixa é a certeza do passado e do presente, numa cidade em que a tradição e o moderno vencem pela homogeneidade.
JARDIM DO PAÇO EPISCOPAL Relativamente perto do castelo fica o antigo Paço Episcopal e o seu belíssimo jardim. Um espaço completamente atípico e cuja sumtuosidade demonstra na perfeição a importância que a cidade teve outrora. Trata-se de um dos mais originais exemplares da arte Barroca em Portugal e
AS “DOCAS” DE CASTELO BRANCO A vida noturna de Lisboa é sobejamente conhecida na zona das docas. Mas Castelo Branco não lhe fica atrás na “movida”. A cidade respira um ar muito jovial e por ser facilmente percorrida a pé, é comum encontrar os albicastrenses a desfrutar das opções de entretenimento que se foram erguendo. É o caso das “Docas Secas”, como é popularmente conhecida a praça junto do município que oferece tanto um espaço de descontração como de animação. Todos os caminhos de Castelo Branco vêm aqui dar, e todos os seus habitantes chegam aqui para desfrutar dos vários cafés, restaurantes e bares que estão abertos todos os dias, de manhã à noite. A oferta é vasta, e o espaço que pela manhã serve o pequeno-almoço pode muito bem transformar-se à noite num bar com música. De verão ou inverno, este é o ponto de encontro de todos os que querem aproveitar as horas para além do trabalho e é geralmente o início de serões bem passados entre amigos, rumo a uma sessão cinematográfica no Cine-Teatro ou a um “pé de dança” numa das muitas discotecas que Castelo Branco mantém para sua exclusiva animação.
fevereiro de 2016
passear por este espaço é uma verdadeira descoberta e uma viagem às “modas” de outros tempos. A entrada do jardim faz-se pela Rua Bartolomeu da Costa, zona histórica de portados quinhentistas, e onde também se encontram o Museu Francisco Tavares Proença Júnior, sedeado no antigo Paço Episcopal, e o Parque da Cidade. Passando o portão de ferro, o jardim divide-se em quatro sítios diferentes, mas interligados através da entrada, do patamar do buxo, do Jardim Alagado e o Plano Superior. Todo o espaço tem um significado e foi construído tematicamente. Por exemplo, no patamar do buxo estão cinco lagos que representam as chagas de Cristo e é também aqui que se encontra a célebre Escadaria dos Reis, onde os reis espanhóis aparecem mais pequenos que os portugueses. Noutras zonas encontramos referências aos Signos do Zodíaco, às Quatro Estações do Ano, ao Fogo e à Caça. Já no Museu Francisco Tavares Proença Júnior, com um espólio rico em peças arqueológicas, podemos encontrar as típicas tapeçarias albicastrenses, com as suas colchas de linho bordadas com fio de seda natural em cores vivas, conhecidas como bordado de Castelo Branco. Se a carteira o permitir, adquira um destes belos exemplares do artesanato português. E num final de passeio pela capital Beirã, descobrem-se ainda testemunhos
A Cozinha Rua Dr. João M. Grave – Lote 153 R/Esq. Castelo Branco Especialidades: arroz de pato, feijoada de marisco, espetadas de porco, peixe grelhado Telf: 272 323 677 / 969 995 255 A Mila Rua do Campo de Futebol, Casal da Fraga São Vicente da Beira Especialidades: cabrito assado no forno, leitão assado no forno à casa, bacalhau à casa Telf: 272 487 189 / 966 610 759 Encosta da Muralha Urb. Encosta do Castelo, Lote 19 r/c Especialidades: Peixe fresco, bacalhau, cabrito, maranhos, enchidos e doces conventuais. Tel.: 272 322 703 As Violetas Rua Tomás Mendes da Silva Pinto, Lote 3 R/C Dto Especialidades: açorda de bacalhau c/ couve, papão de peixe, tartiflette, bife de vitela “às violetas” Telf: 272 347 907
ONDE FICAR
Tryp Colina do Castelo Hotel HHHH - Desde 57€ quarto duplo/noite Império do Rei HHH - Desde 42€ quarto duplo/noite Herdade da Urgueira (Vale de Pousadas) – Desde 55€ quarto duplo/noite
de uma comunidade judaica que em Castelo Branco se refugiou nos tempos em que estes eram forçados à conversão ou expulsos do seu país. Estão inclusive criados roteiros que percorrem as ruas do casco medieval reconstituindo a possível delimitação da velha judiaria. Em portadas de casas da Rua d’Ega, da Rua Nova e da Rua da Misericórdia podemos encontrar vestígios dos sefarditas que aí viveram e perceber a importância que Castelo Branco também tem na História da Humanidade. >
Especialidades: Pratos de bacalhau exclusivos Peixe fresco (de Mar) recebido da lota 3 vezes por semana Pratos regionais (Cabrito, maranhos e enchidos) Garrafeira selecionada (mais de 250 referencias) Doces conventuais Queijos da região Fácil acesso (atrás do hospital, mt perto do Castelo) Com esplanada Urbanização Encosta do Castelo, Lote 19 R/C | 6000-776 CASTELO BRANCO GPS: 39º49’28.5 “N7º29’57.2”W | Telefone: 272 322 703 / 969 674 150 encostadamuralha@gmail.com | www.encostadamuralha.com
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> curtas
COMO IR VOO EASYJETÃO)
(SÓ IDA - AMESTERD
D E S D E
45€
ONDE FICAR
P/PESSOA
Inntel Hotels Rotterdam Centre HHHH Desde 131€/duplo noite Leuvehaven 80 Holiday Inn Express Rotterdam HHH - Desde 99/ duplo noite Weena, 121 - Central Station
D E S D E
69€
DU P/ NOITE | QUARTO
Roterdão
PLO
BASTION HOTEL ROTTERDAMH ALEXANDER 4
MARAVILHOSA CIDADE PORTUÁRIA Os bombardeamentos alemães à cidade estratégica de Roterdão deixaram o seu centro numa autêntica terra de ninguém. Da outrora bela cidade portuária da Holanda restavam resíduos dos seus imponentes edifícios, alguns ainda do tempo de Erasmo. Hoje, a elegante Roterdão é uma metrópole mutante, para que o seu coração não volte a ser tão friamente atingido. Texto: Sara Cunha Ferreira
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oterdão é uma cidade comunicante, com as suas pontes que ligam os rasgões do rio Maas. Não é uma cidade de canais, como Amesterdão, mas também deve à água a sua existência, não fosse durante séculos o mais importante porto do mundo. Depois da devastação da Segunda Guerra Mundial, em que Roterdão foi tomada de assalto pelas tropas alemãs, o centro da cidade viu-se obrigado a renascer literalmente das cinzas, mantendo apenas um par de edifícios emblemáticos que testemunham a história deste país. Um deles é a St. Laurenskerk, ou Igreja de São Lourenço, o único edifício medieval que restou, exemplo da arquitetura do século XV, após os bombardeamentos de 1940. Não deverá ser este o ponto de partida para mergulhar por Roterdão, mas a visita a esta igreja é incontornável não pela sua espetacularidade, já que há outras de maior imponência, mas pelo simbolismo que carrega para os holandeses. A minha primeira impressão da cidade é a moderníssima estação ferroviária, depois de apanhar o comboio desde Amesterdão. Apesar de Roterdão ter aeroporto (The Hague), não existem ligações directas a partir de qualquer das cidades portuguesas e, tendo em conta a excelente oferta de transportes públicos na Holanda, é preferível voar até à capital e daí apanhar um comboio. Descendo a rua da estação dos comboios em direcção a Weena, avenida larga ladeada por edifícios modernos, caminho para chegar a Coolsingel, onde se encontra o edifício da Câmara de Roterdão, o outro que faz par com a Igreja de São Lourenço na resistência às tropas alemãs. É um dos edifícios mais fotografados de Roterdão, até
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como fundo às famosas selfies. As imediações da Câmara são em si um destino muito próprio. A rua Meent, por exemplo, que ladeia o edifício da Câmara, é muito conhecida pelos seus cafés e restaurantes, e a Beurstraverse, conhecida por Koopgoot e que passa por baixo da Coolsingel, ou a rua Lijnbaan, do lado oposto à Câmara, acessível pelo eléctrico (paragem com o nome da rua), são um dos pontos obrigatórios para os amantes das compras, já que aqui se encontram as grandes cadeias da moda e marcas famosas. Uma das provas da modernidade de Roterdão, e da sua constante mudança, são os gigantes arranha-céus que vão surgindo no horizonte da cidade. No “bairro” Kop van Zuid está o edifício mais alto da Holanda, o Maastoren, mas por todas as artérias de Roterdão esta paisagem é uma constante, até porque foi aqui que nasceu o primeiro arranha-céus em todo o mundo – a Casa Branca (Witte Huis). Porém, arquitetonicamente existe um conjunto fascinante e totalmente diferente em Overblaak: as Casas em Cubo. São um ícone da cidade, um conjunto de casas em cubo, erigidas em 1984, que formam uma árvore. Apenas uma casa não está ocupada, para poder ser visitada, numa experiência nada menos que surreal, pela sua inclinação a 45 graus.
e navios que dão um charme encantador a estes “bairros”. E como de mar se fala, o Museu Marítimo de Rotterdam é de visita obrigatória. Fica em Leuvehaven e é um verdadeiro mundo de objectos marítimos e experiências interativas, como visitar um navio de 1868. Outro navio que se pode visitar é o SS Rotterdam (em Katendrechtse Hoofd), atracado num dos cais da cidade para o rio Maas. É o maior navio de passageiros já construído em solo holandês, da companhia de cruzeiros Holland America Line. Além de poder visitar este belo navio de 1959, pode ainda passar uma noite e desfrutar do por do sol a bordo (visitas das 10h às 17 horas). Mas o tema mar não se esgota em Roterdão, naturalmente. Em Westelijk Handelsterrein podemos conhecer um antigo complexo de armazéns portuários, agora restaurados para dar lugar a lojas, galerias, restaurantes, bares e discotecas. É uma cidade fantástica, com um casamento entre os cais portuários e seus antepassados com a modernidade dos arranha-céus e arquitetura futurista. Apesar de ser a segunda cidade mais importante da Holanda, nada fica a dever a Amesterdão. Pelo contrário, Roterdão é tão ou mais bela que a capital holandesa, na sua constante invocação ao mar, às balsas e grandes navios que contam histórias de marinheiros. >
CONTAR O PASSADO Passando de ponte em ponte, recordamos incessantemente a essência portuária da cidade. É o caso de Delfshaven, em Veerhaven, depois de atravessar a ponte Erasmusbrug e a fantástica paisagem que nos oferece. Há o recortar tradicional holandês das casas, e os veleiros, barcos
Dada a proximidade entre Roterdão Amesterdão (distam cerca de 70 km), são preferíveis voos para a capital holandesa e seguir de comboio para Roterdão. Existem voos diretos e mais companhias a operar esta rota, incluisve a TAP.
DICA No Zoo de Roterdão (Diergaarde Blijdorp) não deixe de visitar o Oceanium, um túnel de 22 metros no fundo do mar, onde é possível ver muitos animais marinhos e costeiros, como tubarões, tartarugas, lontras marinhas, papagaios-do-mar e pinguins-rei.
ONDE COMER
O Mercado Municipal é local obrigatório para um almoço ou lanche. Há um sem número de iguarias por onde escolher, desde a mais holandesa à “universal”. Parkheuvel Heuvellaan, 21 Para uma experiência gastronómica e visual ímpar. Restaurante internacional galardoado com duas estrelas Michelin. Citroen Prinsendam, 130 Cozinha mediterrânica num ambiente descontraído. Eau Lounge Boompjes, 750 Restaurante com vista para a ponte Erasmus. Gastronomia de fusão.
O QUE COMPRAR
Uma vez na Holanda, não há como não comprar umas tamancas, tulipas e outros souvenirs. A Plaza Rotterdam ou a Prins Alexander são alguns dos locais com lojas de lembranças.
O QUE COMER
Bitterballen, snack de carne em forma de almôndegas para mergulhar em mostarda. Hutspot, é o prato nacional holandês. Carne cozida com puré de legumes à base de cenoura, feijão branco, batata e cebola.
MERCADO MUNICIPAL DE ROTERDÃO O mercado coberto de Roterdão é a mais recente atracão da cidade. Com o tamanho de um campo de futebol, além do edifício ser lindíssimo, no seu interior não faltam chamarizes visuais, com tudo o que se pode esperar de um mercado municipal. Por aqui há uma centena de vendedores de peixe, 15 lojas de comida e oito restaurantes. Da comida à bebida, passando por flores e plantas, verdadeiras iguarias dignas do chef mais gourmet, às sanduíches para almoços apressados, este espaço é o local ideal para se sentir o pulsar dos holandeses, para experimentar as variadas delicatessens e comprar inclusive uns sabores exclusivos. O mercado fica na área de Blaak, acessível por qualquer meio de transporte (Rotterdam Blaak), e está aberto ao público das 9h às 20 horas.
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D E S D E
1345€
QUARTO DUPLO CIRCUITO R | 1 NOITE 2 NOITES DAKA NOITE SAINT LOUIS | 1ITE S SALY LOMPOUL | 3 NO SALY EM TI + A AP ME GI RE
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Guia de Viagem Localização: A 560 Km do arquipélago de Cabo Verde, o Senegal confina com o Oceano Atlântico a oeste, a Mauritânia a norte e leste, o Mali a leste e ainda a Guiné e Guiné-Bissau a sul. Moeda: Franco CFA Ocidental (1€ equivale a 655,96 F CFA) Língua oficial: Francês Fuso horário: mesma hora de Portugal Continental Clima: Tropical (há variantes consoante as zonas) Dakar: + de 30ºC de junho a outubro; 24 a 27ºC nos restantes meses Chuvas raras no verão Saúde: Vacina contra a febre amarela obrigatória; ingerir apenas água engarrafada
ABREU
INFORMAÇÕES ÚTEIS
Não é necessário visto de entrada Passaporte: validade mínima de 60 dias São aceites cartões de crédito em hotéis É possível levantar dinheiro em caixas automáticas mas nem todos os bancos aceitam cartões de crédito para levantamentos Taxa turística hoteleira de 600 F CFA (às vezes já incluído na diária) É costume deixar gorjeta nos restaurantes
É
Senegal UMA EXPERIÊNCIA PARA A VIDA Com as suas cores e os seus cheiros tão característicos, África tem o condão de nos conquistar e o Senegal, a “Porta de África” é exemplo disso. A pouco mais de três horas e meia de voo, aterrar em Dakar, a capital senegalesa, é entrar noutro mundo. Num mundo completamente diferente em usos e costumes, em tradições, na paisagem, na fauna e na flora. Diferente nas pessoas que, no entanto, em comum com os portugueses têm a alegria e a tolerância.
Texto: Fernanda Ramos
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um dos países mais visitados da África Ocidental, destino dileto dos franceses e belgas que enchem as praias da Petit Côte a norte de Dakar e com quem compartem a língua e alguns sabores da gastronomia. Senegal é o país da “Teranga” – uma palavra sem tradução literal mas que significa qualquer coisa como acolhimento, calor humano, bondade e gentileza, alegria e tolerância. E essa é uma realidade quando se contacta de perto com as pessoas, aparentemente fechadas numa primeira abordagem, mas logo depois sorridentes e comunicativas. País rico de cultura e artes, de artesanato e tradições, é-o também em paisagens diversificadas que vão das praias à cosmopolita Dakar e passam por inúmeros parques naturais, santuários da vida animal que a UNESCO elevou a património mundial. Como património mundial é também a ilha de Gorée ou Goreia, a escassos minutos da capital. Aterre-se em Dakar, ponto de partida para outras andanças, quase sempre rumo às praias de Sally Portudal, mas o Senegal tem muito mais para ver e desfrutar. O nosso conselho é que fique um pouco mais por Dakar, dois dias pelo menos, para melhor conhecer a cidade e os seus atrativos, deambular pelos mercados e visitar alguns bairros e locais mais típicos e dar um pulinho a Gorée.
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Em Dakar, cidade bordejada por uma avenida larga à beira-mar, a Corniche des Almadies e ladeada por mangueiras a pedirem água, há prédios altos e hotéis modernos, avenidas largas e condomínios de luxo, restaurantes também de luxo, bares e até casinos, mas tirando esta vertente mais europeia, a capital senegalesa é bem africana. Basta observar a azáfama que enche ruas e ruelas, as cores fortes das vestes que cobrem mulheres e homens, sentir os cheiros também fortes que chegam até nós, que vêm de especiarias, peixes e frutas dos mercados. Atente-se também na algazarra que se ouve a cada canto, no som dos tambores em tom festivo, nos edifícios que ainda ostentam traços coloniais. Sentimos África logo à saída do aeroporto, quando repetimos mil vezes que não queremos que nos levem as malas – nós fazemos isso –, que não precisamos de transporte, que não compramos isto, aquilo ou aqueloutro, sejam estatuetas,
DICA São quase 250 Km e 4 horas por estrada (pela N2 é o percurso mais rápido) mas há voos e a viagem compensa. Se for possível vá até Saint Louis, antiga capital senegalesa que parece ainda parada no tempo. À beira do rio Senegal, mantém traços da época colonial e é, desde 2000, Património Mundial da UNESCO. A imponente Ponte Faidherbe desenhada por Gustav Eiffel e o jazz, são atrativos suplementares.
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colares, pulseiras ou até flores, porque apenas chegámos e ainda não trocámos dinheiro… A falta de moeda local tem resolução, o câmbio pode ser feito ali: aceito euros, dizem-nos. Claro que sim, mas a operação quase nunca é vantajosa para o turista que paga em euros e recebe o troco em francos senegaleses. E aí é que o câmbio não corresponde: 1€ vale 656 francos, sabemos nós, mas ali podem ser 620 ou 600, depende de quem faz o câmbio e da simpatia que conseguirmos conquistar. Há ainda o problema do arredondamento, para cima, por falta de trocos. Isto para dizer que os 656 Francos serão 650. Conta certa.
também há sacos e bonecas de pano, malas, pulseiras…e o mercado de Cobobane, o mais típico e tradicional, o mais puramente africano, perto da antiga gare ferroviária e do porto. Mercados não faltam, souvenirs há em cada esquina. Mas
há regras: discutir o preço até à exaustão e não esperar moedas de troco. “Trocos” são raridade mas há sempre a possibilidade de trazer mais uma pulseira ou um colar. Em Dakar vivem duas cidades, uma mais europeia, rica e “ordenada”, outra mais
CIDADE DE MERCADOS Voltemos às ruas de Dakar, à África que se mostra ao turista nos muitos mercados ao ar livre onde se vende de tudo, de sabão em barra a sapatos, de móveis a alimentos, de lingerie a doces mais ou menos gordurosos, passando por mil e uma quinquilharias e pelos Guccis, os Pierre Cardin, os Dolce e Gabana a preço de feira e inevitavelmente contrafeitos. Imperdível é a visita ao mercado de Sandaga, imenso e caótico, repleto de colorido, totalmente ao ar livre, ladeando ruas e ocupando-as. Um local onde em termos de meio de transporte tudo vale, embora o mais típico seja o "transport en comum", furgonetas de passageiros, algumas profusamente decoradas, onde sempre cabe mais um, ou mais 10… à pendura, na traseira – leia-se, no exterior. Há também o Marché Kermel agora num belo edifício junto ao porto da cidade, um mercado a saber a terra e a mar (produtos hortícolas, peixe e marisco) e o Marché Tilène, na Medina, a parte mais antiga da cidade onde as ruas são estreitas, cruzadas por carroças e em cada canto se improvisa uma venda. Há a cidade do artesanato Soumbédioune, onde os ex-libris são as máscaras e as estátuas em madeira de ébano, mas fevereiro de 2016
vibrante e colorida, incomparavelmente mais pobre. A poluição sonora (há buzinas a tocar a cada momento) e o trânsito caótico fazem parte de ambas. Aparentemente os condutores senegaleses apenas conhecem a regra da “sua” prioridade, os outros que esperem. O peão atravessa as ruas literalmente por entre os carros. Também o fizemos, e constatámos que os carros, afinal, até param - a poucos centímetros dos peões e raramente nas passadeiras que ali são meramente decorativas. Mas param. Além da urbe e das praias, Dakar é cultura. Visitas obrigatórias são a Grande
HINO À NATUREZA O Senegal é também terra de várias reservas naturais, ou não estivéssemos nós em África. Bem perto de Saly, a pouco mais de 15 Km (N1 no sentido Mbour e Casamance), pode visitar-se a Reserva Natural de Bandia, santuário de vida selvagem. É certo que será difícil encontrar por ali os “Big7” mas poderá deleitar-se a observar girafas, rinocerontes, búfalos, antílopes, zebras e muito mais, tudo enquadrado em 3.500ha de uma natureza feita de baobás gigantes, arbustos espinhosos e lianas que tudo envolvem de forma caprichosa. Visitar este santuário de vida animal custa 10.000 Fcfa, cerca de 15€ por adulto, as crianças dos 3 aos 12 anos pagam metade. Se
utilizar o seu próprio veículo (alugado, claro) terá que desembolsar mais 15€, mais 7€ pelo guia obrigatório e um pouco mais de 60€ se for em todo-o-terreno da reserva. Perto de Dakar, a escassos 6Km está a Reserva do Parque Hann que inclui reserva natural e jardim zoológico. Fica bem longe, a cerca de 650 Km de Dakar, para o interior, mas não podíamos deixar de sugerir uma visita ao Parque Nacional Niokolo-Koba, considerado o melhor do Senegal. Classificado Património Mundial pela UNESCO, o Parque tem 900.000 hectares e situa-se nas margens do rio Gâmbia. À partida de Dakar podem comprar-se pacotes de dois dias.
Mesquita, a pouco mais de 1Km do mercado de Tilène, a Catedral da Memória Africana no Boulevard de la République, nas proximidades do Palácio Presidencial, a Câmara Municipal e a Assembleia Municipal na Praça do Soweto. A visitar também são as muitas galerias de arte, com destaque para a que é dedicada a pinturas de areia. E há o que é impossível não ver, o gigantesco Monumento da Renascença Africana, inaugurado em 2010. No cimo de uma escadaria imensa, a estátua tem 49 metros (é maior que o Cristo Redentor ou a Estátua da Liberdade) e representa os 50 anos da independência do Senegal. Também a não perder, a antiga Gare Ferroviária de inícios do séc. XX, nas proximidades do porto de onde partem os barcos que ligam a Gorée. Também ali perto os que gostam de arriscar podem fazê-lo no Casino du Port.
MEMÓRIAS DO PASSADO
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Fica a menos de 3 Km de Dakar, mas por mar, e é do porto que saem vários tipos de barcos que a espaços de menos de uma hora levam os turistas numa travessia que não dura mais de 20 minutos e que nos transporta ao passado, ao recolhimento e quase silêncio de uma pequena ilha de 28ha dona e senhora de uma História feita de feridas e lágrimas. Mas há uma emoção e um fascínio que fevereiro de 2016
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prendem os visitantes a Gorée, ilha que pela sua situação geográfica, ao longo de quase quatro séculos serviu de entreposto negreiro, ponto de chegada e partida dos escravos africanos que cruzariam mares com destino às Américas. Ocupada por portugueses que ali estabeleceram feitoria em 1444, holandeses, franceses e ingleses, a ilha entra em declínio a partir da abolição da escravatura em 1848, mas sobretudo desde a criação de Dakar, cerca de uma década depois. Mesmo assim só em 1929 Gorée é anexada à capital. Ali é de passado que nos falam as pedras, as fachadas dos edifícios, as ruas íngremes e estreitinhas, onde o trânsito automóvel é proibido, orladas de casario que lembra o estilo colonial. Património Mundial desde 1978, por Gorée, ilha com 900 m de comprimento e 300 de largura, calculase que tenham passado 20 milhões de escravos em direção às Américas, dos quais seis milhões nunca lá chegariam. A “Maison des esclaves” (Casa dos escravos) é de visita obrigatória. Construída pelos franceses no século XVIII, o piso térreo tinha “jaulas” para os escravos, enquanto no andar superior, hoje museu, os “senhores” faziam negócio. Particularmente tocante é a Porta do Não-Regresso, no piso térreo, uma janela para o cais onde acostavam os navios negreiros – quem neles embarcava não regressava e através dessa janela, a fuga (se oportunidade houvesse) era, inevitavelmente, para a morte. A visitar também o Fort D’Estrées, onde um museu relata a história do Senegal e Gorée desde o neolítico à independência, o Castel que resultou de várias fortificações erguidas na ilha, e a Igreja dos Portugueses, do séc XV, primeiro monumento ali erigido. Acima de tudo a ilha, onde reinam hoje as buganvílias, merece o passeio. Por ali o tempo corre muito devagar, a paisagem convida ao repouso e ao relax e, porque não, a um mergulho nas águas cálidas que a rodeiam.
PARAÍSO DA COSTA ATLÂNTICA A pouco mais de 20 km de Dakar, em direção a Norte, pela Route RufisqueNiaga – Lac Rose,“mora” uma surpresa: o “Lac Rose” ou Lago Rosa, ou ainda Lac Retba, verdadeiro nome. O local tornou-se famoso por ter sido, durante anos, o ponto final do percurso do Rally Paris-Dakar. Paraíso de flamingos, o lago tem dimensões impressionantes (5 Km de comprimento) e mais parece um mar de águas paradas. O que espanta é o tom róseo que as suas águas ganham quando beijadas pelo sol. Não é milagre, a cor deve-se a uma bactéria e à alta concentração de sal das águas. Mesmo assim é um fenómeno apenas visível na estação seca, quando as águas baixam. Neste local, a extração do sal é faina para homens e mulheres e um atrativo mais para os olhos dos turistas. Mas é para sul que se deve seguir quando se pretende chegar às praias de Saly Portudal, reduto turístico por natureza. São cerca de 70 Km através da A1 e N1 até chegar à joia da coroa do turismo senegalês. Saly Portudal é o maior complexo turístico da África ocidental, um tesouro escondido entre Dakar e o delta de Sine Saloum. O nome desta estância balnear quase
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se confunde com Portugal e a verdade é que nos idos do séc. XV a zona foi frequentada pelos marinheiros portugueses. Hoje tudo é bem diferente e este trecho da Petite Côte senegalesa é preenchido por empreendimentos turísticos, oferta já vasta, para todos os gostos e bolsas. Os operadores portugueses têm pacotes para Saly a preços razoáveis, mas no Senegal as coisas não são baratas. Por ali fala-se francês (além de dialetos locais como o crioulo) e paga-se “à francesa”, que o mesmo é dizer que ao pagar um café ou uma cerveja até pensamos que estamos em Paris… Em Saly os aldeamentos permitem que se faça de tudo um pouco: pesca desportiva, vela, surf e windsurf, esqui aquático, golfe, ténis, equitação, safaris ao interior, e dali partem barcos para pesca grossa em passeios de dia inteiro que ultrapassam os 500 euros (se trouxer peixe no regresso paga mais). Dizem os especialistas que vale o dinheiro, que vale até a viagem ao Senegal já que ao largo de Saly já foram batidos recordes mundiais de pesca em alto mar para espécies como os merlins, as barracudas e os espadartes. A praia é um dos atrativos de Saly. O mar é de um verde profundo mas transparente, as águas mornas e porque o nível de sal enorme, quase permitindo a flutuação, qual salinas. Não se esperem areais imensos em largura, porque o mar vai ganhando espaço à terra e tem que ser “parado” por enormes blocos de cimento que o impedem de galgar para terrenos dos empreendimentos, mas as areias são douradas e o por do sol ganha tonalidades fantásticas. Outro aviso: há locais com rochas, pelo que o mais avisado é entrar na água com sapatinhos de borracha próprios para caminhar em recifes. Com estas cautelas, bons mergulhos e bom descanso em areias finas e fofas à beira de um mar esmeralda, desfrutando do calor, das cores, dos cheiros e das sensações de África. >
COMO IR
TAP: voos diretos de Lisboa a Dakar Duração da viagem: aproximadamente 3,5 horas De Dakar a Gorée • Vários tipos de embarcações a partir do porto da cidade • Entre 15 a 20 min. de trajeto • Bilhetes de ida e volta comprados no local: 5.000 F (adulto), 2.500 F (criança)
ONDE DORMIR
Ibis Dakar, HHH A 8 minutos da Place de la Independence |Centro de Dakar |vista para o mar Desde: 111€ | Quarto duplo | Sem pequeno almoço Novotel Dakar, HHHH A 5 minutos da Place de la Independence |Centro de Dakar |vista para o mar Desde: 207€ | Quarto duplo |Pequeno almoço incluído Radisson Blu Hotel, Dakar Sea Plaza, HHHHH Route de la Corniche Ouest, Fann Corniche A 20m da praia Desde: 282€| Quarto duplo | Sem pequeno almoço Lamantine Beach, Resort & Spa, HHHHH Saly Portudal Desde: 213€ | Quarto duplo | Meia Pensão Les Flamboyants, HHH Saly Portudal Desde: 79€ | Quarto duplo | Meia pensão
O QUE COMER
Rica em cores e paladares, a gastronomia senegalesa nasce de uma série de influências culinárias. Ali se misturam sabores franceses, africanos, libaneses e até asiáticos. Nos hotéis e restaurantes de qualidade, as cartas são variadas e propõem uma mistura de pratos tradicionais e cozinha de autor. Peixes e carnes grelhadas, a par de mariscos vários, são o prato forte em regiões como Dakar, em Saint Louis, no norte e em Casamance, no sul. Thiebbu Jeen (arroz com peixe) é o prato mais tradicional, aliás grande parte dos pratos senegaleses levam arroz ou cereais na sua
confeção. E não podemos esquecer as muitas frutas tropicais, ali bem sumarentas.
ONDE COMER
Dakar Le Ngor – Corniche des Almadies, em cima da praia Perto do centro da cidade. Decoração africana Cozinha: Grelhados, Africana, Frutos do mar Serve bebidas alcoólicas Preço: 20-30€ La Fourchette - 4 Rue Parent (Marche Kermel) Restaurante pequeno, acolhedor e romântico Cozinha: Francesa, Mexicana, Asiática, Fusão Fecha sábado ao jantar e domingo Preço: 30-40€ La Cabane du Pêcheur - Plage de Ngor | BP 8 679, em cima da praia Decoração tradicional Cozinha: frutos do mar Sábados e domingos apenas almoço Preço: 30-45€ Le pointe des Almadies - Route des Almadies | Pointe des Almadies Aberto todos os dias das 11h00 às 24h00 Recomendado para famílias com crianças Tem piscina Cozinha: Libanesa, Vietnamita, Francesa, Mediterrânea, Europeia Preço: 15-40€ Ilha de Gorée Chevalier de Boufflers - Debarcadere de Gorée Na praia. Decoração simples Cozinha: Peixes, frutos do mar Tem vinhos europeus Preço: variável
O QUE COMPRAR
Os artigos mais populares são estatuetas em madeira e máscaras de ébano, peças em couro e pele e telas decorativas Bogolan. Tecidos de algodão, mantas e joias em ouro e prata, são também opção. Mas seja o que for que quiser comprar, é comum ter que regatear, embora as lojas já funcionem muito com preços fixos. fevereiro de 2016
> gastronomia
RESTAURANTE ORIGIN
Festim gustativo Foi um dos espaços mais badalados de Lisboa. Faz parte do meu roteiro de memórias boémias dos finais dos anos 90 que resistiu até junho passado, quando calou de vez os sons das suas jam sessions na noite da capital. Era o Speakeasy. Hoje é morada para uma feliz trilogia de sushi, gin e rio Tejo que nos remete para as origens da cidade. Apresente-se o restaurante Origin.
Restaurante Origin Cais de Oficinas, Armazém 115, Rocha Conde de Óbidos Lisboa Tel.: 912057002 Terças, quartas e domingos: 12h – 24h Quintas, sextas e sábados: 12h – 4h Preço médio p/pessoa: 50€ Não fumadores (tem esplanada) Tem estacionamento
Texto: Sara Cunha Ferreira
O
Armazém 115 no cais da Rocha Conde de Óbidos, a meio caminho entre Alcântara e o Cais do Sodré, ainda pisca o olho às memórias do Speakeasy. Mantém toda a sua estrutura encantadora de tijolo vermelho, com janelas em madeira e portas duplas, agora sem o toldo e plantas de adorno, à entrada. A recebernos está o ainda “projeto” de esplanada que em março deverá ocupar toda a frente do restaurante até à água. Já o interior é um verdadeiro exercício de localização de espaços. Já não há quadros nas paredes, o enorme lustre desaparece e o palco deu lugar a um Gin Corner. A decoração
ORIGIN A BORDO
é completamente desprovida de qualquer exagero e pode até dizer-se que é de uma simplicidade fantástica, onde comandam mesas austeras de madeira e cadeiras “de cada nação”. A luz chega das janelas e lâmpadas suspensas de intensidade regulável, das quais quase não nos apercebemos. O ambiente é uma verdadeira viagem às origens da cidade, numa Lisboa virada para o rio e que dele retira tudo o que necessita. Faz-nos pensar os tempos em que os barcos por aqui atracavam com as suas mercadorias, imaginando a azáfama por entre estas oficinas. Com base neste conceito nasceu há um mês o Origin, restaurante que combina a gastronomia japonesa com apontamentos da cozinha
Como se um restaurante de excelência não fosse suficiente, Rui Santoro, proprietário e criador do Origin, quer elevar ao expoente máximo a experiência de mar que Lisboa nos proporciona. Por tal, o conceito não se resume à tradicional restauração, saindo mesmo das quatro paredes do restaurante para subir a bordo de um veleiro Origin ou seu. Ou seja, com o Origin Sushi Boat tem a oportunidade de ver Lisboa do lado do rio, descontrair ao sabor do vento e ainda desfrutar das iguarias do restaurante. Se o veleiro é seu, também há resposta, já que o Origin faz entregas na Doca do Espanhol, Alcântara e Bélem. Encomendas: 912 819 712 Horário de entregas: 12h – 22h
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mediterrânica (mantendo o forte no peixe) e 34 variedades de gin, entre cítricos, florais, secos, frutados e herbais, de especiarias ou madeira, mas também sake, vinhos, sangria, espumantes e champanhes, cervejas e refrigerantes. Ao entrar, do lado esquerdo, o sushiman trabalha e nós temos o privilégio de acompanhar todo o processo.
EU VERSUS SUSHI Visitei o Origin a convite, convencida pelo regresso ao passado e pelo facto de servirem pratos mediterrânicos - não sou apreciadora de sushi e o gin passa-me ao lado. À partida gostei da ideia de haver alternativas e pareceume uma verdadeira opção democrática para jantares de convívio. O certo é que ao ver os pratos que cirandavam pelas mesas convenceu-me a abdicar da segura cozinha mediterrânica para entrar no jogo de quem me acompanhava. Resultado: 2h30 de puro deleite, da responsabilidade de Otávio Melo, antigo sushiman do Altis Belém Hotel. À mesa
chegaram-nos combinados, para além de gunkan, temakis, niguiris, makimonos, tempura e rolos. Comi de tudo, repeti e não fosse a vergonha (e a carteira!), teria redobrado o pedido até saber como reproduzir em casa. Na bebida não houve tempo para escolhas. Perguntaram-me apenas a preferência pela qualidade do gin. Chegou-me um generoso Bulldog cítrico que também viria a ser repetido. Na imagem inicial de um conceito que pretende ir atrás da moda, fiquei certa de que a escolha de um Gin Bar num restaurante de sushi faz todo o sentido. São prazeres que não se atrapalham, antes se complementam, num hino à frescura de sabores, para além de não precisar de me deslocar a mais lado nenhum para um bom copo. Por fim, para um final verdadeiramente feliz, teria de chegar uma sobremesa que não desiludisse. Aromaki de chocolate e menta com gelado de nata e coulis de frutos vermelhos foi a escolha, embora tenha sido avisada que demoraria dez minutos a chegar à mesa, por ser confecionada na hora. Acedi e em boa altura o fiz. Um delicado cruzamento entre a fina massa japonesa, num rolo de crepe que explode entre a frescura da menta, o calor do chocolate, o doce do gelado e a acidez do coulis. O tempo correu entre a boa conversa e melhor comida, temperada pelo gin. As luzes foram adormecendo e uma Lisboa de arrebatar esperava do outro lado da porta, com os mastros dos veleiros a cortarem o horizonte e o reflexo da lua nas águas do silencioso Tejo. Para “esquecer”, apenas os preços. Mas já se sabe, o sushi, tal como os bons prazeres da vida não têm preço. >
EMENTA
Pela sua característica democrática, entre cozinha japonesa e mediterrânica, a carta do Origin é muito vasta. Seguem como exemplos os combinados de sushi, sempre uma boa aposta entre amigos. Combinado Sashimi Origin (30 peças) – 37,50€ Combinados (Sushi e Sashimi) Vegetariano (16 peças) – 16€ Combinado (18 peças) – 19,50€ Combinado (35 peças) – 37€ Especial do Chef (45 peças) – 52€ Sobremesa Aromaki de chocolate e menta com gelado de nata e coulis de frutos vermelhos – 5,50€
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> ficar
Hotel Santa Margarida CHARME ACOLHEDOR ENTRE O XISTO E O PINHAL Em Oleiros, no distrito de Castelo de Branco, em meio de uma paisagem dominada por pinheiros e terras que são de xisto e argila, há um hotel que surpreende pela qualidade das instalações e serviço, o Hotel Santa Margarida que ao design contemporâneo alia a influência do que de mais tradicional existe na região e das aldeias de xisto que por ali proliferam. Um hotel surpreendente, aconchegante e charmoso à espera de ser descoberto. Texto: Fernanda Ramos
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m plena vila de Oleiros, povoado que resiste desde os tempos medievos, com raízes que se perdem no tempo, ergue-se o Hotel Santa Margarida. Implantado num dos locais mais emblemáticos da vila, paredes-meias com a ribeira que leva também o nome de Oleiros e de que ocupou um pedaço da margem esquerda, o hotel surpreende, desde logo pela sua traça arquitetónica moderna, de paredes direitas onde o branco se junta ao avermelhado do barro e ambos se aliam ao xisto que aqui e ali adorna as paredes. Com pouco mais de três anos de existência, o Hotel Santa Margarida ostenta orgulhosamente as suas quatro estrelas e a elas faz jus: nas instalações, na decoração, no acolhimento e serviço e, claro, na mesa, ou não estivéssemos nós em terras beirãs. Para quem vai de Lisboa, chegados a Oleiros o centro histórico fica à esquerda, com o hotel a despontar do lado oposto, transposta uma pequena ponte sobre a ribeira que empresta um frescor primaveril em dias que o sol desponta, mesmo que seja inverno. Confesso que isso me agrada, a proximidade da água, o barulho ténue do seu correr, o poder ver no horizonte povoados que parecem encavalitar-se em
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encostas sempre encimadas pela torre da igreja… Faço por isso uma declaração de interesses: ainda sem ter entrado no hotel já estava meia apaixonada pelo cenário que o envolve, pelo inesperado de uma construção moderna e cúbica, ali em meio de terras “duras”, de xisto e argila, onde o gelo nos visita desde o cair da noite.
Ao Hotel Santa Margarida cheguei ao início de uma noite de inverno. O termómetro rondava os 4ºC e à medida que a noite ia adentrando, o mercúrio descia. Mas portas adentro, duas crepitantes lareiras emprestavam ao hotel o aconchego das casas de aldeia. Cativaram-me as lareiras, como me cativou todo o hotel. Transpostas as portas de vidro, o hotel
oferece-se em espaços amplos, o hall abrese, em frente e para a esquerda, desafogado mas aconchegante. Um conforto que vem de uma das lareiras, que logo divisei e senti, do mobiliário, do cuidado posto na decoração e, sobretudo, das cores quentes, feitas de tons vermelhos, esverdeados e terra. Saltam à vista enormes jarrões vermelhoescuro, o mesmo tom que vemos em alguns sofás, nas paredes que sobem ao primeiro andar, em carpetes decoradas a branco, refletindo no seu desenho as árvores despidas que aparecem também pintadas na parede fronteira do bar. Há esculturas, peças que retratam a vida rural em tempos idos (um antigo tear, um alambique, bancos de madeira), com o hall a transformar-se em galeria de arte.
DICA Na região do Pinhal Interior Sul, o Hotel Santa Margarida pode ser ponto de partida para vários passeios. Sugerimos que vá a pé até ao centro da vila e não deixe de visitar a igreja, de belo altar. Não perca também uma visita à igreja do Estreito, freguesia vizinha, de arquitetura e interiores modernos. Outro local de visita obrigatória, a praia fluvial de Açude Pinto, de grande beleza mesmo no inverno.
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O que salta à vista é também a pedra que traz à memória as aldeias de xisto tão comuns naquela região. Há uma colada à receção, outra a acompanhar todo o restaurante que ali se segue ao bar, separado por uma parede de onde, de um lado e do outro, sai o calor das tais lareiras, uma delas a parecer “encavalitada” sobre um pequeno degrau de xisto e argila. Em terra de floresta, não faltam as madeiras, nos móveis, no chão, a exercerem função de biombo separador de espaços. E às linhas quadrangulares dos sofás contrapõem-se os pontos de luz, candeeiros estilizados em que as linhas retas e curvas se combinam. Sala de estar e bar são locais aprazíveis para se descansar de um passeio pelas cercanias, verdadeiros refúgios de bemestar. Como o são também os quartos, que ali são 23, incluindo quatro suites, todos luminosos, de design e mobiliário contemporâneo e, sobretudo, com dimensões inesperadas. Somando ao espaço de dormir uma ampla zona de estar, secretária e varanda, em todos eles ressalta a elegância da decoração, o conforto e aconchego que proporcionam. Há mesmo requintes a merecerem ser sublinhados: a ardósia em que nas casas de banho descansam os amenities (pode usá-los sem medo que são de boa qualidade), a cómoda prateada, encimada por um espelho também em cor prata, que se encontra nas suites, onde há também paredes revestidas a xisto e lareiras orladas a tijolo. Do primeiro andar, piso de quartos, vê-se a receção, e entre um e outro piso “cai” um enorme candeeiro, mais uma peça de arte e design a juntar a tantas outras que recheiam o hotel. A atmosfera tranquila e relaxante do interior prolonga-se no exterior, na zona das piscinas que parecem abraçadas pelas margens da ribeira, nos espaços ajardinados onde não falta um parque infantil, uma horta biológica e a cafetaria Torna, com um terraço que se abre sobre o riacho. É também ali que está o forno de lenha onde aos domingos é confecionado o célebre cabrito estonado, iguaria máxima da região.
ou as sopas que por ali ganham um sabor diferente, mais autêntico, e aquecem o corpo e a alma nas noites mais frias. Para terminar a refeição, para ajudar até à digestão de tamanhas iguarias em doses generosas, nada como um medronho – não, não falo do fruto, falo mesmo é da aguardente de medronho que muitos não sabem mas é característica desta região. O medronho “queima” pelo seu elevado teor alcoólico, como o povo diz “aquece até os ossos”, por isso, se não está habituado a bebidas fortes opte por um licor – de medronho ou de castanha, por exemplo. Aprecie um ou outro de forma lenta, que por ali o tempo não foge, confortavelmente sentado no Bar Raízes ou na sala de estar que leva o mesmo nome, ambos junto ao restaurante Callum. Se for inverno deleite-se com o aconchegante calorzinho que vai saindo da lareira, ou não fosse esta uma zona rural. >
ONDE O CABRITO É REI E O MEDRONHO PEDE MEÇAS Num hotel que aposta nas artes gastronómicas como forma de diferenciação, misturando, de forma sábia, a modernidade da apresentação dos pratos com o melhor das iguarias regionais, há um sem número de sabores que se misturam e há paladares a que não se resiste. Por ali, o foco é a cozinha regional, assente nos produtos que a terra dá e em pratos que se tornaram emblemáticos da região – e mais emblemático da região que o cabrito estonado, não há. O cabrito estonado é de Oleiros e o restaurante Callum, do Hotel Santa Margarida, faz-lhe as honras a cada domingo, com a iguaria a ser confecionada em forno de lenha, ali mesmo nos jardins do hotel, onde o cliente pode presenciar todo o processo da sua feitura, ou até mesmo participar nela. Se o cabrito estonado é rei no Callum, os maranhos, outra das iguarias típicas da região, bem como os enchidos ou os queijos, não lhe ficam atrás. Mas há outras especialidades de fazer crescer água na boca, como o pato confitado, que tive o prazer de experimentar, fevereiro de 2016
FICHA TÉCNICA
VINHO CALLUM: DOS CELTAS PARA OLEIROS Callum, já o disse, é o nome do restaurante do Hotel Santa Margarida. Pode parecer estranho, mas Callum é também nome de vinho. Um vinho genuíno da zona de Oleiros, feito a partir da casta que leva o mesmo nome e que provém dos tempos em que aquelas terras foram ocupadas pelos celtas. O nome assenta como uma luva quando pensamos na sua tradução: Callum significa “pele dura, crosta”, o que fica bem em terras que são de xisto. Ao longo dos tempos perdidos no próprio tempo, o vinho Callum a tudo resistiu, fosse a pragas ou doenças, talvez por ser “duro”, talvez por encontrar ali, nas margens da ribeira de Oleiros e na freguesia de Mosteiros onde continua a ser cultivado, o meio ambiente que lhe é mais propício. Ligeiro e de fraco grau alcoólico, muitas vezes comparado ao vinho verde, é usado quase só de forma doméstica, embora o seu processo de comercialização esteja já em curso. Mas se o quiser degustar, é bem possível que o consiga fazer no Hotel Santa Margarida, onde os produtos regionais são reis e senhores. E não se espante também se ali por Oleiros, alguém lhe der a provar a geleia de Callum, que existe e é saborosa.
Hotel Santa Margarida, 4H Oleiros 19 quartos | 4 suites (uma ideal para famílias de até 5 pessoas) Equipamentos: minibar, ar condicionado, TV, secador de cabelo, secretária, zona de estar, cofre e estores elétricos Restaurante Callum (cozinha regional) Bar Raízes Cafetaria Torna Piscinas exteriores para adultos e crianças Jardins Horta biológica Parque infantil Forno a lenha
COMO CHEGAR
Do Porto: A1 direção Coimbra; A13 para Miranda do Corvo (saída IC8 Castelo Branco); IC8 direção Sertã/Oleiros; N238 direcção Oleiros. De Lisboa: A1 para Norte; A23 direção Abrantes/Vila de Rei; N2 para Sertã; N238 direção Oleiros. De Coimbra: A13 direção Mirando do Corvo; Saída IC8 Castelo Branco; Saída Sertã/ Oleiros; N238 direção Oleiros GPS: 39.915707 / -7.910946
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Praça da Constitución, em cujos pórticos se vendia um pouco de tudo há dois séculos atrás - até à ribeira do Berbés, o Mercado de A Pedra ou a Praça da Pescadería – onde pode provar as famosas ostras – (ver dica), o centro histórico popularmente conhecido por “Casco Vello” merece mais do que um passeio.
CELEBRAÇÃO MAIS EMBLEMÁTICA
Vigo AQUI TÃO PERTO É a maior cidade da Galiza, mas com distâncias curtas para aproveitar cada dia. Acolhedora, flexível, manejável, Vigo é uma cidade a visitar, até pela proximidade que tem a Portugal, principalmente com o norte do país. A cidade fica aninhada nas límpidas águas da ria e é famosa pelo seu porto, que abraça completamente a cidade, uma vista espetacular principalmente quando estão atracados navios de cruzeiros. Texto: Maria Morgado
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embro-me bem que há uns anos atrás as pessoas iam a Vigo, mas não tinham tempo para apreciar os encantos que a cidade oferece. O objectivo era fazer compras nos armazéns El Corte Inglés, uma vez que Portugal ainda não estava na rota desta grande marca espanhola. Hoje, será diferente. E se ia à cidade e ficava fechado o dia inteiro, convidamo-lo agora a desfrutar toda a beleza natural, paisagística e histórica de Vigo, mesmo que seja numa escapada de fim de semana. O dia pode começar com um agradável passeio pelo centro da cidade que o leva desde a rua comercial do Príncipe até ao centro histórico, num percurso pela arquitetura e pela história que acaba na baixa da cidade. Aqui, até por volta do meio-dia, encontra desde tradicionais ostreiras até numerosos restaurantes onde pode provar a gastronomia local. Durante a tarde, uma boa opção para conhecer Vigo em dois dias de forma descontraída é o autocarro turístico, para contemplar a cidade enquanto se aproxima da praia de Samil, um lugar agradável para passear no inverno bem como para
desfrutar do sol no verão. Aproveite para ver o incrível por do sol sobre a ria. Caso prefira, pode regressar ao centro para ver o crepúsculo no miradouro da Oliveira, no Paseo de Alfonso. No primeiro dia conheceu a metade oeste da cidade e as suas praias, no segundo dia rume a leste. De manhã, poderá iniciar um percurso pelo passeio de As Avenidas perto do porto desportivo, pela zona do primeiro “ensanche” da cidade, onde há uma imensidão de exemplos da arquitetura senhorial de Vigo. De igual modo, no parque da Alameda e ao longo da rua Rosalía de Castro encontra excelentes estabelecimentos para fazer uma pausa gastronómica. Uma boa visita seria a subida à ermida do topo do monte de A Guia para contemplar toda a ria de Vigo, desde o fundo da enseada de San Simón e da ponte de Rande até às Ilhas Cíes. Se vier no verão ou na Semana Santa, poderá inclusivamente viajar de barco até às Cíes, partindo da Estação Marítima da Ria. Se quiser se aventurar fora da agitação urbana, a verdadeira preciosidade de Vigo fica a apenas 14 km da costa. O arquipélago das Ilhas Cíes é um dos segredos mais bem guardados da Europa; uma reserva natural que oferece trilhos espetaculares, praias excelentes e a oportunidade de observar pássaros exóticos. São apenas três pequenas ilhas para conhecer.
O CORAÇÃO DE VIGO
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No entanto, para além do porto, Vigo é o lar de inúmeros monumentos e museus, incluindo o Museu Marítimo da Galiza, o Museu de Arte Contemporânea e o centro cultural do
final do século XIX, o Teatro Caixanova. Vigo respira a partir do seu centro histórico, a sua carismática zona antiga: uma pequena aldeia no meio de uma cidade industrial e barulhenta. O processo de reabilitação ainda a decorrer permitiu devolver gradualmente a vida a este belíssimo bairro de vielas e ruas que serpenteiam até ao mar. Hoje, novos negócios e estabelecimentos estão a abrir em ruas como Palma, Oliva ou a rua Real, que faz a ligação de O Berbés com a “Colegiata”, como popularmente é conhecida a Concatedral de Vigo, a Igreja de Santa Maria. Desde a impressionante e sempre animada
Programe uma escapada a Vigo no último fim de semana de março, para poder celebrar a festa mais emblemática de Vigo no Bairro Histórico: “A Reconquista”. O centro histórico da cidade revive o século XIX e transforma-se num enorme mercado ao ar livre, na qual, em cada esquina encontramos “franceses a lutar contras vigueses”. Pessoas mascaradas de soldados, pescadores e camponeses, as ruas enfeitadas ao estilo da época, uma verdadeira viagem ao passado. O momento culminante é o episódio na rua Gamboa, no qual se simula o derrube da porta da vila. Os mercadores locais vendem deliciosos manjares, desde navalheiras e mexilhões a empanadas, churrasco, acompanhados de vinhos da terra e licores tradicionais. Esta grande festa de Vigo continua até altas horas da noite, num ambiente de rua inigualável. A 28 de março de 1809, um levantamento popular conseguiu expulsar os franceses e fez com que Vigo fosse a primeira localidade da Europa a conseguir expulsar o exército de Napoleão de uma praça conquistada. Teve a sua recompensa: um ano depois, Fernando VII outorgou a Vigo o título de cidade “fiel, leal e corajosa”. Pode ser uma ocasião única para programar uma escapada a Vigo na primavera. Este ano celebra-se a fim de semana de 2 e 3 de abril. >
COMO IR
De avião: A TAP vai passar a voar de Lisboa a partir de 1 de julho. Campanha especial desde 55€ euros por percurso ou 99€ para ida e volta. Do Porto, a TAP tem serviço de transporte terrestre diário desde o Aeroporto Sá Carneiro, mas só pode ser feito junto com a compra do bilhete aéreo até a cidade do Porto. De carro: Pela A1, siga depois pela A3 em direção a Valença. Em Espanha pegue a A55 em direção a Vigo. De comboio: O comboio internacional Celta permite-lhe ir e vir no mesmo dia a Vigo, com partidas diárias de Porto Campanhã – 23,60€.
ONDE FICAR
OSTRAS: PÉROLA GASTRONÓMICA As ostras são a pérola gastronómica de Vigo. Cultivam-se em Arcade desde os tempos dos romanos. Se há uma experiência gastronómica a não perder na cidade de Vigo é uma paragem obrigatória na rua das ostras. A rua Pescadería é um dos pontos de maior interesse turístico da Vigo urbana, pois oferece um espetáculo único: em plena rua, as ostreiras abrem as míticas ostras da ria de Vigo e preparam incansavelmente pratos e mais pratos desta deliciosa iguaria. A tradição é simples: os moluscos compram-se diretamente às ostreiras e degustam-se ao natural, com um bocadinho de limão e um bom alvarinho.
Hotel Coia de Vigo HHHH Sanxenxo, 1 | Preço: 62 €/noite Hotel Sercotel Tres Luces HHH Cuba, 19 | Preço: 44€/noite
ONDE COMER
Meson O Porton - Rua Pescadería, 1A Mariscos no geral e ostras em particular – 25€ com direito a vinho Casa Millos – Rua Santander,18 Restaurante típico com cozinha galega Asador Peinador – Av.Peinador,23 Grelhados Autocarro turístico 4 percursos diários Preço: 7,50€ adultos e 4€ crianças de 3-14 anos. Com o cartão turístico VigoCard desconto de 50%. fevereiro de 2016
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Porto
CIDADE MEDIEVAL E REAL Muita gente já terá passado pelo menos uma vez pela cidade do Porto, mas muito poucos terão tido a oportunidade de conhecer o Porto que lhe vamos apresentar hoje. Um Porto escondido, medieval, um Porto real, a cidade Invicta cantada por Carlos Tê e Rui Veloso, na conhecida música “Porto Sentido”.
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om as várias pontes que existem hoje na cidade e que tornam mais fácil chegar ao Porto para quem vem do sul do país, hoje vamos convidá-lo a atravessar a cidade de Gaia e subir à Serra do Pilar para aí, sim, ter o primeiro contacto visual com este Porto medieval e real, este Porto escondido. A vista é deslumbrante. Uma paisagem soberba sobre o Porto. Não há local melhor para começar o percurso pela história e o património da Invicta. Faça-se acompanhar, se possível, de um historiador – há visitas organizadas – e desvende a pé os seus encantos. Fí-lo com o arqueólogo e historiador Joel Cleto e, em dia e meio fiquei rendida a uma cidade que sempre pensei que conhecia. O “coração do Porto, o seu centro histórico é fundamental para percebermos a identidade das suas gentes. A cidade do Porto desenvolve-se sobre as colinas que dominam o estuário do rio Douro e formam uma paisagem urbana construída numa história já milenar em que a diversidade da arquitetura civil e religiosa testemunha o percurso de um centro histórico que remonta às épocas romana, medieval, renascentista, barroca e neoclássica, numa feliz articulação de arruamentos e casario, mas tendo sempre o rio como referência, criando hoje um centro histórico de valor panorâmico único, reforçado na profusão de monumentos como a Sé Patriarcal, a Igreja e a Torres dos Clérigos, a Igreja de Santa Clara ou o edifício da Bolsa. Classificado como Património Mundial desde 1996, o centro histórico do Porto fevereiro de 2016
Texto: Maria Morgado
encerra uma riqueza monumental e paisagística. É orgulhosa. Por ter dado nome a Portugal, por ser Invicta, Nobre e Leal. E por milhares de outras razões. Por isso não deixe de descobrir estas marcas que o tempo não apagou, deambular pelo Porto medieval e entendê-lo na sua essência, mas também um Porto com raízes romanas e árabes, a força do povo e a conquista portuguesa, de como a cidade se adaptou aos tempos modernos, mas também um Porto escondido, a cidade das lendas e dos mitos religiosos. Caminha nas ruas cheias de história - um caminho que te leva desde a ocupação romana ao Porto dos séculos XII e XIII, explorando a cidade entre muralhas até ao século XVIII com a sua expansão demográfica. Da avenida principal,
passando pelos seus lugares mais famosos, aos seus lugares mais secretos.
INVICTA NAS LUTAS LIBERAIS A bravura das suas gentes é um facto a destacar. Um episódio histórico marcante para História de Portugal e que está injustamente esquecido é que, entre julho de 1832 e agosto de 1833, o Porto esteve cercado e foi diariamente atacado. A partir de dada altura, houve fome, a peste alastrou. O Porto sacrificou-se pela defesa da liberdade. É graças a esta resistência que o liberalismo triunfa e o absolutismo cai de vez no nosso país. Pedro IV ficou na memória dos portuenses como símbolo de liberdade, patriotismo e força de vontade que, desde sempre, moveu a cidade e os seus habitantes. A
participação e o grande envolvimento da Invicta nas lutas liberais (1832-1833), sensibilizou particularmente o monarca. A grande empatia e gratidão que sentia pelo Porto, leva-o, logo após a vitória liberal, a honrar a cidade com a sua visita. É também na Igreja da Lapa que, em 1835, por vontade testamental, o seu coração foi depositado, e cujo testemunho pode ser visto num dos relevos que ladeiam a estátua de D. Pedro IV, na Praça dos Aliados, em frente ao Palácio das Cardosas, hoje hotel de luxo. A designação do Porto como cidade Invicta nasce da resistência que a cidade demonstrou nesta altura. Por isso lhe foi atribuída a mais alta condecoração do país, a Ordem de Torre e Espada, e a associação do dragão ao Porto também tem a sua origem neste episódio. Foi este o último sinal de reconhecimento do monarca pelo esforço dos portuenses, ao serviço do país. A cidade apresenta uma fisionomia marcada pelo casario simples virado sobre a Ribeira e apinhado ao longo das colinas, onde ressaltam as torres graníticas das igrejas. Tudo começou no morro da Sé, ou morro da Pena Ventosa, rodeado por muralhas, que foram, em 1330 extravasadas em todas as direções com o desenvolvimento da cidade. Em meados do século XIV, torna-se premente construir uma nova muralha de modo a proteger a cidade em pleno crescimento de todas as arremetidas inimigas. Foi então D. Afonso IV o verdadeiro autor do amuralhar da cidade. No entanto, o rei não viu acabar a sua obra. Esta terminou em 1370 já
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no reinado de D. Fernando, por isso ainda hoje é conhecida como a marulha Fernandina, aquela que é mais visível nos tempos modernos e que desce até à Ribeira, ostentando ainda algumas portas da cidade. Este imponente lanço da muralha corre ao longo das Escadas do Caminho Novo e prolonga-se, entre o casario, pela Rua Francisco Rocha Soares. Aí ainda se vê um dos cubelos, entre os telhados. Ligada à memória do Infante e dos Descobrimentos, os antigos bairros situados no interior da muralha medieval do século XIV, apresentam, no emaranhado das ruas, uma morfologia urbana de cariz medieval e abrigam os principais monumentos e espaços que marcaram a fisionomia da cidade nos séculos XIV e XV e que foram cenário de importantes acontecimentos da época, que vêm desaguar na Ribeira para, entre bares e restaurantes ouvirmos falar de outras histórias que nos levam à burguesa Foz, que foi local de veraneio das gentes do Porto em tempos mais idos, mas que conserva ainda hoje exemplos de épocas áureas.
A COLINA DA MONUMENTALIDADE A colina da Sé destaca-se pela antiguidade do conjunto e pela monumentalidade da grande catedral, onde podemos admirar a traça arquitetónica do século XII, visível no interior e na fachada (renovada depois no século XVIII) e no núcleo gótico do claustro com uma elegante arcaria tripla e a capela de S. João Batista que guarda o túmulo do cavaleiro de malta, João Gordo. No antigo adro, hoje terreiro da Sé, destacamse o paço episcopal, grande complexo arquitetónico construído em 1737 sobre a primitiva residência do século XIII, e a torre
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de D. Pedro Pitões (também denominada Torre da Cidade). Alguns vestígios da muralha primitiva, que correspondem ao sistema defensivo construído durante a alta idade média e reforçado no século XII, podem ser percetíveis nos elementos construídos e no traçado das ruas, particularmente na Calçada de Vandoma e ao longo da Rua de D. Hugo. A ambiência de todo o conjunto que se ergue ao longo da colina, nesta área envolvente da Sé, é de cariz popular, com mercados tradicionais e constante ocupação das ruas que são assumidas como espaço coletivo e de relação social. Pelas Escadas das Verdades pode fazer-se o percurso de ligação com a parte ribeirinha. Na Rua da Alfândega, a Casa do Infante ou Alfândega Velha, merece uma visita atenta. A Rua Nova, que hoje tem o nome de Rua Infante D. Henrique, em memória do príncipe navegador, foi aberta por iniciativa do rei D. João I. Na envolvente da Praça do Infante, a Igreja de S. Francisco recorda-nos as ligações da cidade à dinastia de Avis.
FRANCESINHA: PETISCO DE CULTO Em abril de 2011, a AOL Travel, o megasite americano de viagens e turismo, considerou-a entre as 10 melhores sanduíches do mundo. No início de 2015, o site britânico The Culture Trip, elegeu a francesinha como um dos petiscos imperdíveis da Europa. A sanduíche de carnes inventada no Porto, com as suas camadas de queijo derretido, bife, salsicha fresca e outros enchidos. “É uma refeição pesada de proporções épicas, servida com uma generosa pilha de batatas fritas, mergulhadas num molho de marca registada”, escrevem. A sua criação tem raízes populares e muitas histórias rodam à volta deste petisco famoso. Com frequência e reunindo algum consenso, atribui-se a sua criação a Daniel David Silva, minhoto de Terras de Bouro, que após estar emigrado, trás as influências do croque-monsieur, confecionando-o por volta de 1953 na Regaleira, restaurante da rua do Bonjardim no Porto, que ainda hoje serve a iguaria, publicitando-se como local de origem da mesma. O nome “Francesinha”, reza a história, deve-se ao facto de Daniel David Silva afirmar que "A mulher mais picante que conheço é a francesa". A partir daqui muitas estórias se contam.
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Notável exemplar da arquitetura gótica mendicante, fazia parte do grande convento franciscano. São ainda significativos, neste templo, os testemunhos do período manuelino e renascentista. Dispersos estão alguns vestígios da cerca medieval e das respetivas portas, nomeadamente a conhecida Porta da Cidade, construção quadrangular com dois pisos, que pode ver-se na Rua de S. Sebastião e o troço que contorna o convento de Santa Clara. São exemplos desta filiação a Casa do Cabido e as Igrejas - dos Grilos, de S. João Novo, S. Bento da Vitória e dos Carmelitas. A época setecentista é extremamente rica do ponto de vista artístico, tendo entrado em Portugal mestres de nomeada, entre os quais é de destacar Nicolau Nasoni. A cidade tem na Igreja e Torre dos Clérigos, um expoente da arquitetura deste mestre e um autêntico cartão de visita. No terceiro quartel do século XVIII, com os Almadas, verifica-se um novo modelo de expansão urbana, de tipo radial. É aberta uma longa artéria - a rua do Almada -, e outros novos eixos - as ruas da Cedofeita e de Santa Catarina -, que se articulam com outras secundárias. Após a revolução liberal o Porto vive um período de expansão urbana, que extravasa a área histórica. São desta altura grandes construções como o Palácio da Bolsa, em estilo neoclássico, e que inclui um salão de belo recorte artístico e gosto revivalista neo-árabe, o Mercado Ferreira Borges, exemplar da arquitetura do ferro; notáveis pontes, também em ferro, para passagem do rio Douro. No início do século XX verifica-se uma tendência pelas linhas arquitetónicas ao gosto francês. Tal facto deve-se em larga parte a Marques da Silva, sendo duas das fevereiro de 2016
CIDADE DAS 6 PONTES Ponte da Arrábida, Ponte Luis I, Ponte Infante D. Henrique, Ponte Maria Pia, Ponte São João e, por fim, a Ponte do Freixo. Porto é a cidade das seis pontes. A melhor forma de as conhecer é através de um cruzeiro no Douro, onde podemos envolver-nos pelas suas histórias e pelas paisagens memoráveis que elas oferecem. Distintas uma das outras, cada uma com sua história e com sua beleza especial. Arquiteturas diferentes, como se cada uma tivesse a sua própria personalidade. Ponte Luís I – A construção inicia-se em 1881 e a inauguração acontece a 31 de Outubro de 1886, projeto da responsabilidade de Teófilo Seyrig, sócio de Gustave Eiffel. Esta ponte é um símbolo da cidade do Porto. Totalmente construída em ferro, transmite confiança e grandiosidade. Uma verdadeira peça de filigrana em ferro. É constituída por dois tabuleiros metálicos. Ponte Maria Pia – Edificada 1876 e 1877 pela empresa Eiffel Constructions Métalliques, foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do rio Douro. Por volta de 1877, antes de iniciar a principal obra pela qual ficaria na História (a Torre Eiffel em Paris), Gustave Eiffel apostou na inovação da época, desenvolvendo algo distinto das construções em ferro. Ponte da Arrábida – Tinha à data da construção o maior arco do mundo em betão armado. Foi projetada e construída em 1963 pelo engenheiro civil e professor universitário, Edgar Cardoso. É a ponte mais próxima do Oceano Atlântico. Ponte de São João – Construída em 1991, esta ponte foi projetada (à semelhança da Ponte da Arrábida) por Edgar Cardoso. Atualmente, o seu tabuleiro superior serve a rede de comboios que ligam o norte ao sul do país. Ponte do Freixo – A ponte mais a montante do rio, na cidade do Porto. Intitula-se de “ponte da periferia”, foi construída pelo Prof. António Reis e pelo engenheiro Daniel de Sousa, e inaugurada em Setembro de 1995, o seu tabuleiro superior foi aproveitado para ligações rodoviárias. Ponte do Infante – Batizada em honra do portuense Infante D. Henrique, é a ponte mais recente. Terminada em 2003, é a mais elegante no seu estilo.
principais obras deste arquiteto, a Estação de S. Bento (1900) com magníficos painéis de azulejos da autoria de Jorge Colaço, que ilustram a história dos transportes, aspetos etnográficos e acontecimentos célebres da história portuguesa, e o Teatro de S. João (1911). É dessa altura o traçado da Avenida dos Aliados, tendo no extremo norte o edifício da Câmara (construído entre 1920 e 1957). Assim, falar do Porto é começar sem nunca conseguir terminar de relatar todos os seus feitos, tradições, costumes, belezas..., mas sempre de mãos dadas com o seu rio. >
ONDE COMER
Restaurante Comme Ça
Rua José Falcão, 199 – Tel: 222 033 098 No centro do Porto. Encerra aos domingos. Aconselho naco de vitela e polvo. Preço: O prato ronda os 12€, para duas pessoas Restaurante Downing Street - Rua dos Canastreiros, 40. Tel: 22006418. Localizado no Centro Histórico, tem uma decoração rústica e ambiente informal. A sua ementa é baseada na cozinha tradicional portuguesa. Um dos restaurantes mais típicos da zona ribeirinha do Porto, com uma magnífica vista sobre o rio Douro. Preço: ronda os 15€
ONDE FICAR
Hotel Eurostars Heroismo HHHH
Rua do Heroísmo, 235/237. Reserva: +351)707500224. Alojamento perfeito para descobrir a cidade do Porto, pois está localizado a apenas 50 mts da estação de metro de Heroísmo. Desde 85€ quarto/noite com pequeno-almoço.
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> grandes dicas
por FERNANDA RAMOS
“A BODA NA ALDEIA” CASA DAS AVÓS, MOTRINOS
Reguengos de Monsaraz
ALDEIA DE TREBILHADOURO
Vale de Cambra Hoje convidamos os nossos leitores a visitar uma das “Aldeias de Portugal”. A nossa sugestão é a aldeia de Trebilhadouro, em Vale de Cambra e a ideia surgiu-nos porque o projeto turístico “Casas de Campo na aldeia de Trebilhadouro” acaba de ser premiado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana na categoria Reabilitação do Conjunto Urbano. Ainda em 2011 o lugar estava desabitado e numa situação de quase ruína e hoje abre-se aos olhos dos visitantes como uma aldeia serrana (fica a 625 metros de altitude) onde é possível entrever tradições e costumes de tempos perdidos no tempo, contactar com uma paisagem agrícola e florestal, salpicada de casas rurais feitas de pedra granítica e sinuosos caminhos também em pedra. Na aldeia abundam eiras e canastros onde em tempos se desfolhava o milho, se matavam porcos e se viviam as vindimas num espírito comunitário que também está presente no tanque público onde se lavavam roupas e na fonte onde no passado se enchiam os cântaros de água. Numa das encostas da Serra de Freita, com vista para o mar e a ria de Aveiro, a aldeia tem hoje uma trintena de quartos divididos por várias casas (de T1 a T4) inseridas num projeto de turismo rural: a da Rosalina, da Matilde, do Custódio e do Paço de Mato. Ficar por ali uma noite tem preços a partir dos 60€ para aluguer de um T1 para duas pessoas, com pequenoalmoço. Ali bem perto estão as gravuras rupestres do Trebilhadouro e que lhe permitem ser arqueólogo por um dia – este é, aliás, um dos programas propostos por uma entidade de animação turística, a Associação Rasgo. Mas pode apenas passear pelas ruas e deliciar-se depois com a gastronomia típica da região.
COMO CHEGAR: Do Porto Siga pela A1 e A32 em direção Aveiro na Rua 13 de julho Siga pela N227, N224 e EM550 em direção ao centro de Vale de Cambra Em Vale de Cambra, siga as indicações para Rôge (EM 550) Em Rôge seguir as indicações da Aldeia de Trebilhadouro Tempo aproximado de viagem: 45 minutos De Lisboa Siga pela A1 em direção ao Porto até à saída 17 Siga na rampa em direção a Vale de Cambra para a N224 Em Vale de Cambra, siga as indicações para Rôge (EM 550) Em Rôge seguir as indicações da Aldeia de Trebilhadouro Tempo aproximado de viagem: 2h30
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“A Boda na Aldeia” é uma exposição de bonecas produzidas na Casa das Avós (antiga escola primária de Motrinos, localidade do concelho de Reguengos de Monsaraz) por um grupo de cerca de 15 senhoras com idades entre os 55 e os 80 anos de idade. Na Casa das Avós, durante dois anos foram criadas bonecas que retratam os cinco momentos do casamento tradicional durante a primeira metade do século XX. Nesta exposição, o visitante ao entrar depara-se com um cortejo de bonecas vestidas a rigor, arranjos florais e ambientes de alegria. Os noivos estão dispostos em espaços separados, até que a cerimónia religiosa, no altar, os une para sempre. Ao “sim” segue-se o copo de água em que os noivos se preparam para partir o bolo e o jantar em que aguardam que lhes sirvam uma canja de galinha em tigelas de barro. O quarto nupcial é o momento final da exposição, não sem que antes os noivos tenham sido fotografados num jardim de cores vibrantes para perpetuar o momento. A exposição pode ser visitada às terças e quintas-feiras das 10h00 às 17h30 e aos domingos das 14h30 às 18h00.
NEVE
na Serra da Estrela Agora que já nevou – e bastante – na Serra da Estrela, é tempo de pegar nos esquis, na prancha de snowboard, nos casacos quentes, gorros, luvas, óculos (pelo menos de sol) e tudo o mais que se adeqúe ao frio e à neve, e rumar ao ponto mais alto de Portugal para ali passar uns dias envolto na alva paisagem. Se não for daqueles que gostam de esquiar também não há problema, sempre pode dar um passeio na neve, aventurar-se de mota ou fazer como os mais pequenos, apenas divertir-se. Na Serra da Estrela, os alojamentos da Turistrela (hotéis Carqueijais e Serra da Estrela e ainda os Chalés da Montanha) disponibilizam, até abril, pacotes especiais que juntam o alojamento a um dia de forfait grátis (utilização de pistas e meios mecânicos). Os preços são desde 79€ em duplo por noite para o Hotel dos Carqueijas, 89€ no Hotel Serra da Estrela e 116€ para os chalés familiares, neste ultimo caso sem pequeno-almoço. Para qualquer um dos alojamentos está em vigor a promoção “Fique 3 Pague 2” ou “Fique 5 pague 3”, que é válida de domingo a quinta-feira, até ao próximo mês de abril, exceto no caso de programas especiais ou em períodos de férias escolares. fevereiro de 2016
A febre de Dengue é uma infeção por vírus tropical transmitida por mosquitos e que ocorre em várias partes do mundo. Apesar de ser considerada uma doença simples, o desconforto que provoca e as consequências por não ser tratada podem resultar em complicações mais graves. Texto: Sara Cunha Ferreira
A
culpa é da fêmea. Da fêmea do mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão por picada do vírus da Dengue. Conhecido por povoar países quentes e húmidos, de temperaturas tropicais, nos últimos anos têm-se assistido a uma multiplicação destes mosquitos um pouco por todo o mundo, tendo havido inclusive em 2012 um surto no Arquipélago da Madeira, mesmo aqui ao lado, portanto. Os sintomas geralmente aparecem entre cinco e oito dias após a picada infeciosa com um início súbito de febre e dor de cabeça severa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náuseas, vómitos, glândulas inchadas ou prurido.Os sintomas podem persistir por cerca de sete a dez dias no total, embora às vezes por muito mais tempo. A febre de Dengue é normalmente uma doença simples, que requer tratamento apenas sintomático. No entanto, uma infeção subsequente a par do vírus pode resultar em complicações graves que requerem tratamento especializado. O desenvolvimento de uma vacina é, de manter as portas e janelas fechadas, o ar facto, uma prioridade mas como tal ainda condicionado ligado e deve utilizar-se uma não aconteceu, a prevenção continua a rede mosquiteira para dormir. ser o melhor remédio. Como estas espécies Tais precauções devem ser rotina para de mosquito estão mais ativas ao longo do todos os viajantes que procurem destinos dia, as medidas de proteção devem ser tropicais, mesmo que não estejam reforçadas neste período, embora durante a identificados pela Organização Mundial noite não seja de descartar a sua atuação. de Saúde como países com risco de Assim sendo, e porque o vírus não se Dengue, pois estas medidas evitam transmite de pessoa para pessoa, a também uma grande variedade de outras prevenção da doença passa pela adoção doenças transmitidas por insetos. Siga de medidas que evitem a picada de estas precauções do Instituto de Higiene mosquitos, como a aplicação de repelente e Medicina Tropical com atenção e não e o uso de roupa apropriada, de cores terá de cancelar as suas férias merecidas claras e que cubra uma grande área do e de sonho. E como não se trata de uma AF_invierno_235x60port.pdf corpo. No alojamento deve optar-se 1por 20/1/16lista13:24 exaustiva, recomendo também que,
preferência em ambientes arejados para evitar a inalação do produto; - Não usar repelentes em crianças de idade inferior a 2 meses; - Nas crianças a aplicação de repelentes deve ser sempre feita por adultos; - Ter em atenção as orientações das Autoridades de Saúde da região ou país. >
APOSTE NUMA CONSULTA APÓS A VIAGEM
antes da viagem, consulte o seu serviço de saúde.
COMO FUGIR À “MOSQUITA” - Use roupas frescas, largas, de preferência de cores claras e que cubram a maior área do corpo possível; - Optar por unidades hoteleiras com ar condicionado no quarto ou protegidos por redes mosquiteiras; - Aplicar repelente de insetos nas áreas do corpo expostas; - Ler e cumprir escrupulosamente as instruções do fabricante do repelente; - Aplicar os repelentes em aerossol de
Como já foi explicado, os sintomas da febre de Dengue tendem a aparecer entre cinco a oitos dias após a picada, o que pode significar que já está em casa, longe da contaminação. Por isso, se no regresso ficar doente e achar que pode ter infeção por Dengue, deve consultar o médico assistente ou um serviço de saúde local. Pode também ligar para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) para aconselhamento ou esclarecimento. Por outro lado, o Instituto de Higiene e Medicina Tropical disponibiliza a Consulta de Medicina Tropical que não abrange apenas o período que antecede a viagem, mas também o pós-viagem, dado que a Organização Mundial de Saúde recomenda a realização de exame médico após o regresso de uma viagem internacional a: - Portadores de doença crónica (doença cardiovascular, diabetes mellitus, doença respiratória crónica); - Viajantes com manifestações clínicas nas semanas seguintes ao regresso, particularmente em caso de febre, diarreia persistente, vómitos, iterícia, alterações do foro génito-urinário, doenças dermatológicas; - Quem considerar que esteve exposto a uma doença infeciosa durante a viagem; - Quem esteve mais de três meses num país em desenvolvimento.
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fevereiro de 2016
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> conselhos ao viajante
COMO PREVENIR A FEBRE DE DENGUE
> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS Até 28 fevereiro
MÊS DAS MIGAS MORA
2 a 6 de março
A autarquia de Mora volta a apostar num mês inteiramente dedicado às Migas, com vários restaurantes do concelho a disponibilizar nos seus cardápios as de pão, batata, espargos ou coentros. Todas elas uma referência incontornável da gastronomia alentejana.
PREÇOS: Individual Público - €5 Estudantes/ Cartão jovem - €2,5 Seniores (+65 anos) - €2,5 Entre os 11 e os 14 anos - €2,5 Até aos 10 anos: Grátis
17 fevereiro
DAWN OF MIDI E OZO BRAGA
Às 22 horas, os norte-americanos Dawn of Midi juntam-se aos portugueses OZO em concerto no GNRation. Um espetáculo de jazz sem swing nem improvisação aberta, diretamente de Brooklyn para o palco bracarense, com preço de 5€ para a plateia.
22 de fevereiro
FANTASPORTO PORTO
O mais emblemático festival do cinema fantástico volta à cidade do Porto de 22 de fevereiro a 6 de março. Concorrem entre si filmes e curtasmetragens de todo o mundo, reunindo inclusive estrelas de Hollywood na passadeira vermelha da fama do Teatro Municipal Rivoli.
24 e 27 de março
VIDIGUEIRA BRANCO – FEIRA DO VINHO E DO CANTE VIDIGUEIRA
Trata-se da segunda edição deste festival que pretende promover os vinhos da sub-região vitivinícola de Vidigueira, o azeite, o cante alentejano e a gastronomia tradicional. Do programa irá fazer parte exposição e venda de produtos agroalimentares, ateliês de pão, showcooking, provas de vinho e espetáculos musicais e de animação.
26 a 28 de fevereiro
15ª EDIÇÃO DA FEIRA DO QUEIJO DO ALENTEJO SERPA
Tem lugar no Parque de Feiras e Exposições de Serpa e apresenta mais de 105 expositores, metade dos quais dedicados ao queijo. Juntamse outras áreas como artesanato, produtos regionais, tasquinhas com gastronomia típica e outras atividades ligadas ao mundo rural.
25 de fevereiro
BACH X 2- SOLISTAS DA METROPOLITANA LISBOA
A Imprensa Nacional -Casa da Moeda recebe este espetáculo de entrada livre onde Bach estará com presença dupla. São as sonoridades de Johann Sebastian Bach e Carl Philipp Emanuel Bach interpretados pelos solistas Nuno Inácio, na flauta, e Marcos Magalhães, no cravo.
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BTL – Feira Internacional de Turismo de Lisboa 366 DIAS DE FÉRIAS
A Feira Internacional de Turismo de Lisboa, mais conhecida por BTL, é mesmo um ponto de encontro e ponto de partida. São três dias de feira aberta ao público com muita animação, boa gastronomia e muitas ofertas para que neste ano bissexto se faça uma verdadeira volta ao mundo. Texto: Sara Cunha Ferreira
O
Turismo é a indústria da Paz e viajar é conhecimento. Ambas começam dentro de portas, com a BTL a abrir o apetite aos viajantes com as suas propostas tentadoras e exclusivas para férias em todos os pontos cardeais. Desde Portugal aos quatro cantos do mundo, a feira de turismo por excelência no nosso país vai já na sua 28ª edição, para espalhar sorrisos e alegrias por todos com as suas ofertas, entre os dias 4 e 6 de março, já se sabendo que os dois primeiros dias são para os profissionais. Depois de em 2014 os Açores terem sido o destino nacional convidado e o Alentejo em 2015, este ano chega a vez do Algarve, a região turística nacional mais importante e que em 2014 registou cerca de 16,4 milhões de dormidas. Assim sendo, é natural que nesta edição da BTL este importante destino seja valorizado e promovido junto dos mais de 72 mil visitantes que esta Feira recebeu em 2015. Durante os dias da feira, o Algarve irá estar em destaque para apresentar aos visitantes a sua vasta oferta turística, desde os tradicionais sol e mar, golfe e turismo residencial passando pelos que estão em expansão como a gastronomia e vinhos, touring, turismo de saúde, de negócios, de natureza e náutico. Já a nível internacional, a edição deste ano da BTL conta ultrapassar os 36 destinos internacionais presentes em 2015, até porque terá de regresso o Egito e como país estreante
o Japão. Confirmados estão também destinos como Marrocos, Moçambique, Tunísia, Cabo Verde, Índia, Malásia, Tailândia, China, Indonésia, Cuba, República Dominicana, Panamá, Andaluzia e os tradicionais destinos brasileiros.
TRÊS PAVILHÕES PARA VIAJAR Por entre os seus pavilhões na FIL – Feira Internacional de Lisboa, podemos encontrar no Pavilhão 1 os destinos nacionais, entre eles o Algarve como convidado, e os destinos internacionais no Pavilhão 3. Já o Pavilhão 2 está reservado para o alojamento, operadores turísticos e agentes de viagens, animação turística e cultural, transportes e equipamentos e serviços, e até o Talkfest, uma novidade que alia a feira aos festivais de música. Todos eles setores transversais a esta indústria e que nos Pavilhão 1 – Destinos Nacionais Pavilhão 2 – Área alojamento, distribuição, animação turística, transporte. Pavilhão 3 – Destinos Internacionais Horários Os primeiros dias são exclusivos a profissionais, mas a partir das 18 horas de sexta-feira, diz 4 de março, o público é convidado a embarcar na viagem BTL. 4 março - 18:00 às 23:00 5 março - 12:00 às 23:00 6 março - 12:00 às 20:00
colocam por dentro de tudo o que se tem e faz de mais moderno em prol do turismo. Por entre os corredores dos pavilhões, cafés e conversas informais, o público é convidado a descobrir as propostas de cada país, de cada organismo nacional e internacional de promoção turística, de cada operador ou agência de viagens. Aqui esclarecemse dúvidas, expõem-se novas propostas, conhecem-se novos destinos e soluções, numa oportunidade única de comparar propostas e comprar a preços altamente competitivos. Tudo isto num ambiente espetacular de festa, cor e alegria, onde a música e a gastronomia marcam presença assídua.
EVENTOS PARALELOS Para além de toda a oferta em férias, na BTL inclui-se ainda um vasto programa de atividades paralelas, desde música, provas e degustações até a conferências e workshops destinados a todo o tipo de público. Este ano, e pela primeira vez, o espaço BTL recebe a Feira de Empregabilidade, uma bolsa de emprego dedicada ao setor do turismo, onde poderá anunciar ou responder a uma oferta de emprego. E como sempre, também elas um chamariz incontornável, haverá tascas e tasquinhas e um novo conceito de restauração. As propostas gastronómicas chegam de norte a sul do país, com o que de mais emblemático existem em cada região, numa verdadeira viagem para todos os sentidos. > fevereiro de 2016
Até dezembro
EVENTOS E ESPETÁCULOS 9 de fevereiro
MARDI GRAS
NOVA ORLEÃES, ESTADOS UNIDOS É a verdadeira folia pelas ruas de Nova Orleães, principalmente no bairro francês. Os conhecidos colares de contas vão parar aos pescoços das raparigas solteiras oferecidos pelos pretendentes. Nesta festa reinam os colares, as máscaras e o deboche.
6 de fevereiro
BATALHA DAS LARANJAS IVREA, ITALY
É uma verdadeira batalha de laranjas que acontece por esta altura na cidade de Ivrea, no norte de Itália. As origens do festival remontam ao século XII e contam várias estórias, sendo a mais “aceite” aquela em que a cidade conseguiu vencer um tirano, com as laranjas como símbolo dos testículos do vencido.
Todo o ano
6 e 7 fevereiro
CHOCOA FESTIVAL
AMESTERDÃO, HOLANDA
SAN SEBASTIÁN É CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA 2016 Chegou a vez desta pequena cidade costeira basca mostrar às suas congéneres europeias e resto do mundo a sua cultura. Uma cidade aberta para o mar e protegida por montanhas agora eleita Capital da Cultura 2016. Uma excelente oportunidade para a conhecer como cidade e como centro cultural de toda a Europa. Texto: Sara Cunha Ferreira
S
an Sebastián é um postal de praias e montanhas da região basca de Espanha. Capital administrativa das três províncias que compõem a Comunidade Autónoma Basca (País Basco), a nordeste da Península Ibérica, está a escassos 30 minutos da fronteira com França. Este ano toma a batuta cultural da Europa, com centenas de agentes e espaços culturais da cidade a participarem ativamente na preparação de um programa rico e variado, e em que o espetáculo inaugural, em meados de janeiro, contou com mais de setenta eventos planeados. Durante o curso de 2016, San Sebastián será mais que uma cidade para se olhar; é uma cidade que foi projetada para explorar a história, cultura, linguística e a complexidade social da Europa com as diferenças e semelhanças que detém o velho continente. O programa reflete as áreas de desenvolvimento que a cidade deseja aumentar sob a forma de cinco cais que irão enriquecer os “faróis” que dão o tema para San Sebastián como Capital Europeia da Cultura: Paz, Vida e Vozes, tudo regido pelo balancear das Ondas. Através das jornadas que irão ter lugar fevereiro de 2016
durante todo o ano, a corrente situação dos diversos conflitos que ocorreram durante o turbulento século XX na Europa será investigada, a riqueza da diversidade cultural do velho continente será retratada, e as diferentes culturas minoritárias que têm sabido conviver com o mar serão aproximadas, para assim a cidade transcender fronteiras e interligarse em pleno com a Europa. Já em funcionamento está o posto de informação para todos os que visitem San Sebastián durante este ano. Fica no piso térreo do Espacio 2016 e será o local privilegiado para receber informações em quatro idiomas – basco, espanhol, inglês e francês –, sobre o projeto Cidade Europeia da Cultura, mas também o calendário de atividades previstas para os próximos meses.
CULTURA E ATRAÇÕES A cidade de San Sebastián será literalmente conquistada pela cultura. Todos os seus mais emblemáticos edifícios deixam de ser maioritariamente pontos de referência turística para dar lugar a exposições, teatro, aulas de gastronomia, workshops de restauro, concertos de música, leituras e tudo o mais que se
possa imaginar. Há iniciativas que decorrem todo o ano e outras pontuais, que acontecem exclusivamente a cada mês ou que são de curta duração. É o caso do evento “Labore”, que termina a 18 de março e cuja dimensão é muito interessante por se tratar de sete projetos artísticos divididos por sete museus da cidade: Museu de San Telmo, Aquarium, Museu Diocesano, Museu Marítimo, Museu da Ciência, Museu de la Real e Museu Cementos Rezola. >
CIDADE IMPERDÍVEL
Mesmo que a roupagem durante este ano seja ligeiramente diferente, há sítios em San Sebastián eternamente imperdíveis e imutáveis. A cidade divide-se em três áreas principais, cada uma com sua própria personalidade. A zona velha e romântica, a tranquila Praia de Ondarreta, onde se situa a famosa escultura “Pente de Vento”, criação de um artista local que se tornou o símbolo da cidade, as ondas trovejantes da Praia de Zurriola, pontilhada de surfistas, e a famosa Praia da Concha, no centro, onde pode apanhar o “velhinho” funicular para o Monte Igueldo e deslumbrar-se com a fabulosa panorâmica sobre a cidade, a baía, o porto e farol.
Os verdadeiros amantes do chocolate têm aqui o pináculo da sua existência. Por dois dias, Amesterdão irá ensinar o processo chocolateiro, desde a semente até à tablete, irá mostrar todos os sabores, cores e feitios desta delícia e reunir todos os fabricantes num programa que inclui, naturalmente, provas.
Até 12 de fevereiro
FESTIVAL DE MÚSICA DAS CANÁRIAS
LAS PALMAS - GRAN CANARIA Já na sua 32ª edição, o Festival de Música das Canárias convidou artistas como o tenor Juan Diego Flórez ou a prestigiada Orquestra Filarmónica de Londres. O evento musical do arquipélago espanhol tem lugar no Auditorio Alfredo Kraus.
13 de fevereiro a 2 de março
FÊTE DU CITRON - FESTA DO LIMÃO MENTON, FRANÇA
Este evento de renome internacional tem este ano como tema as “20 mil Léguas Submarinas”. Menton, cidade da riviera francesa, transforma-se num autêntico espetáculo expositivo de obras com os famosos limões da região, num evento cuja mascote se chama, apropriadamente, John Lemon.
Todo o ano
CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA – POLÓNIA WROCLAW
A par da cidade basca de San Sebastian, na Polónia é Wrocław que também foi nomeada este ano Capital Europeia da Cultura. Situada no oeste da Polónia, o tema desta capital passa por “Despertares”, de onde surgiu também o mote para o ano cultural que se segue, em homenagem à cultura local.
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Marraquexe, a mágica cidade vermelha devido à cor da sua arquitetura, conhecida também como a “pérola do sul”, ou a “porta do sul” é um mundo de sons, cores e sabores. A sua beleza única transmite um sentido de exotismo enorme aos seus visitantes. A Medina é a zona histórica da cidade, e insere-se numa fortificação milenar. Formada por um labirinto de ruelas estreitas, a melhor forma de a explorar é a pé. Pela singularidade e caraterísticas únicas a Medina de Marraquexe está classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, assim como outros tantos monumentos da cidade.
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“12 meses, 12 pratos” nos restaurantes Vila Galé Os restaurantes dos hotéis Vila Galé acabam de lançar uma nova iniciativa gastronómica intitulada "12 Meses, 12 Pratos", com o objetivo de levar à prova a riquíssima gastronomia regional portuguesa que habitualmente está apenas disponível nas regiões onde as suas unidades se encontram. Em fevereiro vão brilhar os Secretos de porco, em março, a Alheira frita com grelos e em abril, a Açorda alentejana. Em maio é a vez das Pataniscas de bacalhau com arroz de feijão, em junho, Sopas de cação, em julho, Bacalhau à Brás, enquanto em agosto pode-se provar o Arroz de polvo à Algarvia. O Choco frito é o rei em setembro, o Cozido de grão com vagens à Alentejana, em outubro, a Feijoada de chocos à Algarvia, em novembro, passando pela ilha da madeira, com o Bife de atum Madeirense, em dezembro.
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Eu Fico…no Hotel oficial do Rock in Rio Este ano comemore os 30 anos do Rock in Rio com uma experiência Vip no hotel oficial dos artistas do Rock in Rio em Lisboa. Esta oferta Vip Dom Pedro inclui uma noite em Lisboa no hotel Dom Pedro Palace, em quarto tower com pequeno-almoço buffet, acesso ao Spa do hotel (com piscina coberta, jacuzzi, sauna e banho turco, fitness center e massagens), bilhete de um dia com acesso à tenda Vip no Rock in Rio, transfer vip para o Rock in Rio e acesso ao lounge Dom Pedro na Cidade do Rock.Os bilhetes serão entregues na receção do hotel. O Rock in Rio Lisboa já está aí à porta. É nos dias 19, 20, 26, 27 e 28 de maio, no Parque da Bela Vista. A sétima edição do Rock in Rio em Lisboa celebra os 30 anos do evento, dentro e fora do recinto. fevereiro de 2016
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A partir de dia 22 de fevereiro, o operador turístico Sonhando vai ter uma operação anual para Cuba com a Iberia, à partida de Lisboa, via Madrid, tendo como porta de entrada a capital cubana. Os pacotes, de sete noites, já disponíveis no site da Sonhando, englobam também outros destinos cubanos combinados com Havana, como Cayo Coco, Cayo Guillermo, Cayo Largo e Guardalavaca. A mágica Índia da agência de viagens Q’Viagem! leva-nos a conhecer as
maravilhas de Jama Masyid, o túmulo de Gandhi, o templo Sikh Qutab Minar, Jaipur, o palácio/museu Albert Hall Forte Amber, a dar um passeio de elefante, visitar Fatehpur Sikri, o orfanato de Madre Teresa de Calcutá, o túmulo de Itmad-ud-Daula, o Taj Mahal e, por fim, o Forte Vermelho de Agra. Para o Reino da Pérsia, a proposta do operador YOU diz respeito a partidas de Lisboa ou Porto via Istambul para Teerão e Shiraz, na Turkish Airlines, a 12 de
março, 23 de abril, 14 de maio e 4 de junho. São nove noites de alojamento em hotéis de 5 e 4 estrelas superior, e contempla visitas a Teerão, Kashan, Abyaneh, Isfahan, Yazd, Persépolis e Shiraz. Por fim, a nossa sugestão para São Tomé diz respeito a lua de mel, no hotel Club Santana. Afinal estamos no mês do amor e não há data melhor para presentear a sua cara-metade com uma lua de mel edílica, inspirada no mês do amor. >
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