Jornal destinos de Abril 2016

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Ano 2

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Nº 25

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Mensal

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Abril de 2016

NAMÍBIA

PAÍS DE CONTRASTES

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Diretor : José Luís Elias

>POR CÁ

DE VAGOS A AVEIRO POR TERRAS DE RIA E DE MAR

PORTALEGRE

UMA ESTRELA NA SERRA DE S. MAMEDE

MANTEIGAS

VEJA-A COM AS CORES DA PRIMAVERA

>LÁ FORA EXETER

CIDADE INSPIRADORA DE AGATHA CHRISTIE

ÁVILA

O SILÊNCIO DAS MURALHAS

SEVILHA

A SEMANA DA GRANDE FESTA DA ANDALUZIA publicidade

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> passageiro frequente

nota de abertura

Salvar o Sequeira Caro leitor, a edição que agora tem nas suas mãos tem um texto na pág.2 que lhe diz como pode ajudar a que o “Sequeira” fique no lugar certo, ou seja, no Museu de Arte Antiga de Lisboa, e inclui duas grandes reportagens, uma sobre a Namíbia, outra sobre a região da Costa Nova, tão diferentes entre si e, no entanto, tão unidas na preservação da cultura e dos usos e costumes ancestrais das suas gentes. A Namíbia, situada entre a Angola e a África do Sul, encerra em si toda a força do vasto continente africano, desperta lentamente para o cosmopolitismo e a modernidade do século em que vive, ao mesmo tempo que preserva as suas raízes. O que pretendemos encontrar quando escolhemos um destino africano está neste país, das estepes africanas e outros habitats, aos grandes animais selvagens. É um país da grande África ou, se quisermos, é um país da África negra. A reportagem sobre a Costa Nova, percorrida entre Vagos e Aveiro, com o seu epicentro em Ílhavo, transmite ao leitor o que de melhor existe nesta região de vasto litoral, onde a agricultura ainda está bem presente e água é o denominador comum. Terra de gente da faina do mar, que sempre tirou proveito da “sua ria”, e viveu, de forma singular, nas “suas” Gafanhas. Porque esta é também a terra da porcelana, escolhemos para Ficar o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel, de que lhe falamos. Com a chegada da primavera voltam os tão desejados fins de semana de passeio, o ritual para uma escapadinha, pelo que sugerimos vários restaurantes um pouco por todo o país, e uma agenda de eventos que o pode orientar nas suas escolhas. Por cá, falamos de Portalegre no Alto Alentejo e de Manteigas, terra serrana de encantos mil, e São Miguel, a maior das ilhas açorianas, é a nossa indicação para uns dias de turismo ativo. Na nossa rubrica de agenda indicamos vivamente que vá a Barrancos, entre 7 e 10 de abril, à Feira do Presunto e dos Enchidos. Pode apreciar a região, degustar alguns petiscos alentejanos e fazer compras de carnes que, mesmo comidas em casa, farão a diferença no paladar. Lá fora, para além da Namíbia, propomos-lhe uma visita a Exeter em Inglaterra, temos duas sugestões para a vizinha Espanha, uns dias na bela região de Ávila, e uma ida às grandes festas de Sevilha, cartaz internacional que envolve praticamente toda a cidade e onde é patenteada toda a genuinidade andaluza. Com uma edição recheada de sugestões, esperamos poder contribuir para facilitar as suas escolhas. Se assim for, tenha uma excelente viagem.

José Luís Elias

ficha técnica

Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa

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Colabore para “Pôr o Sequeira no seu lugar” Saiba como tornar-se mecenas da obra “A Adoração dos Magos”. Esta é uma campanha de angariação de 600 mil euros lançada pelo Museu Nacional de Arte Antiga, para adquirir esta valiosa obra e colocá-la à vista de todos. Texto: Maria Morgado

A

té 30 de abril ainda pode contribuir para a compra de uma valiosa obra de arte. Trata-se de “A Adoração dos Magos”, pintura de Domingos Sequeira que está há 170 anos na mesma família e pode ser agora comprada por 600 mil euros. Surgiu ao Museu Nacional de Arte Antiga Lisboa, a oportunidade imperdível de integrar no seu acervo – ao lado do cartão ¬final e dos desenhos preparatórios, que já fazem parte da sua coleção – a pintura “A Adoração dos Magos”, uma peça fundamental do património nacional. Mas, para adquirir esta obra, o Museu precisa de contar com o empenho e a participação de todos. O Museu convida, por isso, os portugueses a patrocinar “A Adoração dos Magos”, que até tem já lugar reservado. “A Adoração dos Magos”, que integra um conjunto de quatro óleos a que os historiadores se referem como o “testamento” de Domingos António de Sequeira, vai ter a seu lado outras obras deste que é um dos mais importantes pintores portugueses do século XIX. Lá estarão a Alegoria à Constituição, a Coroação da Virgem, o Retrato da Família do 1.º Visconde de Santarém e o do conde

de Farrobo, assim como uma das pinturas que o artista fez quando, regressado dos seus primeiros anos em Roma, achou que o meio cultural português era demasiado pequeno e que o melhor mesmo era tornar-se monge na Cartuxa de Laveiras. Instituições, empresas e cidadãos poderão contribuir no museu – onde a obra vai estar exposta e à volta da qual se organizarão visitas guiadas –, por transferência bancária ou na página sequeira.publico.pt. Assim, por seis cêntimos, cada um pode ajudar a comprar “A Adoração dos Magos”, obra que data de 1828 e pertence ao último período de Domingos Sequeira, pintor

que morreu em 1837.“A Adoração dos Magos” foi adquirido em 1845 pelo duque de Palmela à filha do artista, tendo estado até agora em coleção particular. De dimensões de 1x1,40 m, a obra de um dos maiores nomes da pintura portuguesa, foi exposta no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) entre 17 de dezembro de 2013 e 30 de março de 2014, assim como 15 estudos cuja maioria pertence já ao MNAA, entre outros que se encontram dispersos pelo Museu Soares dos Reis no Porto, Machado de Castro em Coimbra, Anastácio Gonçalves em Lisboa e CasaMuseu Egas Moniz em Avanca. <

MODALIDADES DE PAGAMENTO • No website sequeira.publico.pt através de • Por multibanco cartão de crédito ou multibanco (mínimo de 1,5 €) ENTIDADE 21584 REFERÊNCIA 999 999 999 • Por transferência bancária conta do Grupo dos Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga • Por cheque à ordem de GAMNAA e enviado (GAMNAA) no Banco Millennium bcp para: Grupo dos Amigos do Museu Nacional de NIB 0033-0000-45468532333-05 Arte Antiga Rua das Janelas Verdes 1249-017 IBAN PT50-0033-0000-45468532333-05 Lisboa BIC/SWIFT BCOMPTPL • Através de donativo em dinheiro, ao GAMNAA (contribuição mínima de 6 cêntimos apenas disponível no MNAA, junto à obra)

www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: quinzenal (à quarta-feira)

Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Maria Morgado, Sara Cunha Ferreira, Vasco Ricardo (design)

abril de 2016


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> tema de capa

Guia de Viagem

Namíbia

INFORMAÇÕES ÚTEIS

PAÍS DE PROFUNDOS E MARCANTES CONTRASTES

Clima: Tipicamente subtropical no norte e desértico no sul. As temporadas são invertidas em relação às europeias. Moeda: Dólar Namibiano Passaporte: Obrigatório Vacinas: Não são necessárias Cuidados: Na época das altas temperaturas aconselha-se o consumo de bastante água. O sistema de saúde público é bastante frágil, não viage sem um bom seguro de saúde que lhe dê acesso às clínicas e hospitais privados.

Visivelmente marcada pela ocidentalidade na capital e quase virgem e selvagem na savana e no imenso deserto que ocupa a grande maioria dos mais de 800 000kms2 que formam o país, a Namíbia apresentou-se-me como uma espécie de Coca-cola: “primeiro estranha-se, despois entranha-se”.

O

destino desta viagem foi Windhoek. A capital que, ao primeiro contato, pareceu-me faltar-lhe alguns traços de uma África ritmada, colorida e agitada a que me habitei noutras paragens. Manifestamente ocidentalizada, a cidade foi implantada no centro de um país, maioritariamente, constituído por montanhas, savana e deserto e organiza-se entre avenidas desenhadas por prédios, lojas e espaços comerciais contemporâneos. Percorri a Independence Avenue, uma das avenidas principais, à procura da história de uma

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Texto: Filomena Ricardo

nação colonizada por alemães entre 1884 e 1915 e que conquistou à África do Sul a liberdade em 1990. Onde passados 25 anos se respira liberdade, no século 19 existia o chamado Zoo Park, local onde foi construído um memorial para homenagear os soldados alemães que morreram às mãos da etnia Nama na luta contra o domínio colonial. Foi também nesta emblemática avenida que foram descobertos importantes fósseis de elefantes pré-históricos com mais de cinco mil anos, agora espólio dos principais museus. Mas andar pelo centro de Windhoek hoje em dia é, sobretudo, abril de 2016


sentir o pulsar da cidade, observar o desfile da grande maioria dos habitantes que trajam à ocidental e da minoria que teima em ostentar a tradição da africanidade ou os passeios e piqueniques no verdejante jardim, almoçar nos bons e requintados restaurantes, fazer negócios e compras de toda a espécie de produtos, como…. claro… de artesanato. Por entre as organizadas e limpas ruas que desembocam na Independence Avenue encontrei dezenas de bancas com peças esculpidas em madeira, osso, barro, ferro ou casca de ovo de avestruz…. verdadeiras recordações de uma África, para mim, um pouco mais genuína. E foi, precisamente, numa dessas bancas que, inesperadamente, despertei para as desigualdades do país que tem na extração de minérios a principal atividade económica. Assumidamente como atrativo turístico, em pleno centro da cidade, as himbas com os corpos quase a descoberto, pintados com uma argila vermelha rompem a modernidade da paisagem…. a troco de alguns dólares namibianos e da compra de colares ou pulseiras deixam-se fotografar e fazemnos recuar na história de uma nação cujos atuais pouco mais de dois milhões de habitantes descendem de 13 etnias, poucas das quais ainda “virgens” e espalhadas pelo norte do país. Dos cerca dos trezentos mil habitantes de Windhoek, cem mil vive à saída da cidade em Katutura que significa “o local para onde não queremos ir” mas, digo eu, se o que o motiva numa viagem à Namíbia é conhecer a fundo esta África de contrastes - vá. Faça-se acompanhar de um guia ou de um local e mergulhe nas memórias do Apartheid, pois este bairro periférico com barracas a perder de vista - para onde noutros tempos era empurrada a comunidade negra - declara vida, ritmos, cores, cheiros e sabores que a violenta história não conseguiu apagar….

PELOS CAMINHOS DA HISTÓRIA Antes de sair de Windhoek aconselho ainda uma visita a Christuskirch, uma igreja luterana construída como símbolo da paz. Os principais atrativos deste monumento são a utilização de pedra de quartzo local e os sinos de bronze e o relógio da torre de origem alemã. Aproveite a proximidade e, a cerca de 100 metros, encontra o Alte Feste que significa fortaleza antiga. Construído em 1915 para servir de quartel militar é hoje um museu por excelência da história da Namíbia desde a ocupação Alemã. E já agora, reserve algum tempo para conhecer o Independence Memorial Museum, um espaço museológico que, inaugurado há dois anos, reúne uma parte significativa do espólio dos museus de Windhoek e é já considerado um marco turístico. Percorrer os três andares é percorrer a construção deste país situado na África austral. Documentação, acessórios de guerra e outros materiais expõem com grande clareza a repressão do regime do Apartheid, o apoio internacional, a guerra armada e os movimentos da Swapo, o partido que liderou a revolução que abriu caminho abril de 2016

SANTUÁRIO DE VIDA SELVAGEM Considerado o principal santuário da vida selvagem da Namíbia, o Etosha National Park é local de visita obrigatória. Habitado por mais de cem espécies de mamíferos, cerca de trezentas espécies de aves e mais de uma centena de répteis, a reserva estende-se por uma área superior a 20 mil km2. Se tiver a oportunidade de visitar esta reserva em estado puro não a desperdice pois na memória ou na máquina fotográfica guardará, certamente, momentos únicos do reino animal, como por exemplo uma caçada dos reis da selva a uma das muitas espécies de antílopes que por lá habitam. Oportunidades

para a independência da Namíbia. Se lhe sobrar algum tempo faça ainda uma visita ao Parliament Gardens. No maior jardim da cidade vai, certamente, deslumbrar-se com a variedade de plantas que sobrevivem às altas e secas temperaturas que se fazem sentir numa

que aumentam se a visita começar ao nascer do sol, altura em que outros animais de grande porte como o rinoceronte ou elefante também se deixam avistar com mais facilidade. Para enriquecer a experiência dentro do parque existem cinco resorts para todo o tipo gostos e carteiras onde pode pernoitar e ter assim a possibilidade de fazer safaris noturnos, acompanhado por guias profissionais, pois o self-drive à noite é, estritamente, proibido. Rodeado de um cenário silencioso, imenso e desértico, a experiência ao vivo promete superar aos melhores documentários sobre a vida selvagem.

capital situada a mais de 1600 metros acima do nível do mar.

SANTUÁRIO DA VIDA SELVAGEM Num país com a menor densidade demográfica do mundo e com uma área

geográfica oito vezes maior que Portugal, a Namíbia é um verdeiro santuário para a vida selvagem e os safaris são, seguramente, imperdíveis. Apesar dos apenas três dias que permaneci no país e das cerca de 30 horas de viagem de avião, com várias escalas, seria impensável não viver essa experiência. Mas para chegar à Namíbia existem outras alternativas de voo, como por exemplo via Luanda com partidas de Lisboa todos os dias. A escolha recaiu sobre o N/a'an ku sê Lodge and Wildlife Sanctuary. A cerca de uma hora de distância da capital, a viagem é feita por entre montanhas de tom castanho avermelhado - convidativo de uma ida ao deserto numa próxima viagem ao país - e acompanhada por nuvens que se afiguram algodão e que parecem querer desprender-se de um céu azul de beleza rara. Um cenário árido mas fascinante, semelhante ao do filme “Os Deuses devem estar Loucos” gravado no vizinho Botswana. N/a'an ku sê Lodge, tal como as construções da capital é moderno com apontamentos da tradição, confortável e luxuoso, tanto nas zonas comuns da piscina e restaurante, como

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> tema de capa

COMO IR

Hotel Hilton Windhoek Windhoek Country Club Resort

“Nouvelle cusine”. The Social - Com apenas três meses de vida já conquistou a preferência da alta sociedade namibiana, tanto pela simpatia do serviço e do espaço como pela gastronomia mediterrânica. Os proprietários são portugueses.

ONDE COMER

O QUE VER

Voos Air France / KLM South African Airways / TAP ou TAAG via Luanda

ONDE FICAR:

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nos seis apartamentos que se podem alugar por preços que variam entre os 2500 e os 1600 dólares namibianos por noite. Financiado pela Jolie-Pitt Fundation, a maioria dos animais que existem no lodge são resgatados da natureza, seja porque ficaram órfãos, estão feridos ou correm qualquer tipo de perigo. Mantidos num ambiente controlado mas semelhante ao habitat natural, o safari de jipe pelo parque num contato quase direto com babuínos, leões, leopardos, chitas e cães selvagens, asseguro-lhe, que tem tanto de arrepiante como de fascinante. Das muitas atividades que existem no santuário esta foi a única que tive oportunidade de vivenciar, numa viagem por terra seca e acidentada onde nos fomos cruzando com zebras, springboks, órixs e outros tantos animais que livremente convivem com a permanente presenças de turistas. Mas entre os 250

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dólares namibianos e os 950, pode ainda optar por aprender com os San Bushman - etnia cuja cultura é considerada a mais antiga do mundo e para a qual a reserva desenvolveu um programa de proteção - a alimentar os animais selvagens, a fazer fogo com paus, os segredos das plantas que usam para fins medicinais, como caçam e montam armadilhas ou algumas das danças, cantos e contos tradicionais. Lições para uma próxima viagem a um país com uma vida selvagem quase bíblica, partilhada por uma escassa presença humana multirracial face à dimensão de território….povoado pelos San, Coloured, Basters, Herero, Kavango, Damara, Ovambo, Nama, Tswana, Caprivian e brancos entre outros. Um equilíbrio quase perfeito que à chegada se estranha e à partida entranha-se…. ao ponto de desejar regressar… <

Joe’s Beer House - situado no bairro de Eros. É um dos restaurantes mais famosos de Windhoek em parte graças à estrutura da sua construção em madeira e palha, ao tamanho e decoração, uma espécie de ferro velho de matérias, máscaras e estatueta típicas. Os pratos principais são os grelhados de carne de caça Xwana - localizado no bairro de Katutura, a ementa é constituída apenas por pratos tradicionais da Namíbia, como o Owambo Chicken e o Smiley (cabeça inteira de borrego incluído olhos e dentes). Gothemann - é um restaurante bastante antigo mas elegante e luxuoso com boa cozinha internacional, localizado na Independence Avenue. NICE - (Namibia Institute of Culinary Education) também oferece uma boa degustação. Situado em Windhoek Wes, muito próximo do centro, numa lindíssima casa colonial restaurada, tem diferentes salas temáticas e pátios exteriores muito agradáveis para uma refeição no verão. A aposta é a

Se ficar apenas por Windhoek, não deixe de ir à Independence Avenue e de beber um bebida fresca, ao fim do dia, no terraço do Hotel Hilton Windhoek, enquanto observa o por do sol. Se sair da capital, as opções podem variar entre um safari numa das muitas reservas e parques naturais que existem no país ou pelo deserto. Se o tempo de estadia lhe permitir, aventure-se pelo Cape Cross, a maior colonia de focas do mundo, ou pelo Fish River Canyon, o segundo maior canyon do mundo e o maior de África.

O QUE COMPRAR

Artesanato, muito. Da Namíbia e dos países vizinhos. Estas compras podem feitas nos tradicionais mercados de rua, nas lojas da Independence Avenue ou no Craft Market, onde se encontram coloridas tapeçarias - o artesanato mais forte no país - máscaras locais, bijuteria, roupas confecionadas com tecidos africanos ou girafas, elefantes, leões e outros animais de madeira. abril de 2016


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> notícias

CP com tarifas promocionais A CP acaba de lançar tarifas promocionais nas suas rotas de longo curso e nas viagens entre Lisboa e Porto. A campanha que apresenta descontos entre 62% (comboio Intercidades) e 65% (Alfa Pendular) tem o número de lugares limitado a 11.000, com cerca de 6.700 a serem afetos às viagens entre Lisboa e Porto, rota que terá quase mil lugares disponíveis por dia. Desta forma, uma viagem entre Lisboa e Porto na 2ª classe do Alfa Pendular passa a custar 11€, enquanto no Intercidades custa 9,50€. Para aceder a estes descontos, os passageiros têm que adquirir os seus bilhetes com pelo menos oito dias de antecedência face à data em que pretendem viajar. Os descontos abrangem também ligações a outras cidades portuguesas. <

Rio Maior com novo Turismo Rural Casas de São José é o nome do mais recente empreendimento de Turismo em Espaço Rural, em Rio Maior. Composto por nove casas de campo com terraço, área de estar e kitchenette, a unidade oferece duas piscinas, um jardim de plantas aromáticas, um extenso prado e uma envolvência rural em que sobressai um olival centenário. O empreendimento dispõe ainda de uma sala de convívio e de uma área exterior

ideal para a organização de eventos e festas. Das actividades disponíveis nas Casas de S. José, destaque para o contato direto com os animais e a natureza envolvente, podendo mesmo aprender-se a plantar árvores e a fazer hortas. Porque isso faz também parte do modo de vida rural, os hóspedes podem aproveitar também a sua estadia para aprenderem a cozer pão e fazer bolos. <

Museu das Notícias nasce em Sintra

Brussels Airlines reforçou oferta para Portugal A companhia aérea belga, Brussels Airlines retomou no final do mês passado a sua operação regular entre Bruxelas e o Porto, com uma oferta de 10 voos semanais. Nos meses de julho e agosto, a transportadora vai mesmo oferecer dois voos diários entre as duas cidades. A Brussels passou também a disponibilizar um maior número de lugares entre Bruxelas e Faro, enquanto a rota para Lisboa passou a ser servida por mais três frequências por semana, totalizando 10. À partida de Bruxelas os passageiros portugueses vão passar também a ter acesso a um novo destino de longo curso recentemente aberto por esta companhia: Toronto, no Canadá. <

Espaço experiencial dedicado às notícias, aos media e à comunicação, o NewsMuseum vai abrir portas dia 25 de abril em Sintra, no local do antigo Museu do Brinquedo. O Museu, que aposta na interatividade, vai contar com mais de 25 módulos temáticos, recordando episódios da História de Portugal e do mundo, através da sua cobertura jornalística.

Em exposição estarão equipamentos e filmes cedidos por agências noticiosas e estações televisivas, uma réplica do estúdio do Rádio Clube Português, onde foi lido o comunicado do MFA em 25 de abril de 1974, uma torre metálica com 70 monitores ligada aos principais canais televisivos de notícias do mundo e um espaço para emissões de televisão "em direto".

Já é possível viver experiências realmente imersivas em Londres, “mergulhando” no seu passado como se viajássemos no tempo. Basta ter um smarphone e óculos de realidade virtual, depois uma nova app, já disponível, faz o resto. Em segundos estamos na Torre de Londres em pleno ano de 1255 e o ambiente que nos envolve é o da Londres do séc. XIII. Em Trafalgar Square pode viajar-se até aos tempos da II Guerra Mundial, sentir o caos da época, ver e ouvir as bombas a cair. Já na St. Paul's Cathedral (Catedral de S. Paulo) podemos assistir ao incêndio de Londres em 1666. “Estar dentro” da História e participar nela, é uma experiência que só pode ser desfrutada numa visita física ao local. <

Gôndolas de Veneza para todos

TAP aumenta voos para Marrocos A partir de 1 de julho, a TAP vai ter mais voos e aumentar a oferta de lugares por avião para Marrocos. Para Casablanca, capital económica de Marrocos, a companhia vai passar a oferecer dois voos por dia, cada um com uma capacidade para 70 passageiros. Os voos saem de Lisboa, diariamente, às 16h25 e às 22h00. No sentido contrário, partem de Marrocos às 5h35 e às 18h55. Para Marraquexe, capital turística do país, a transportadora aérea portuguesa vai passar de quatro para sete voos semanais, oferecendo assim voos em todos dias da semana. Os voos partem de Lisboa às 11h45 partindo de Marrocos às 14h20. A operação da transportadora para Marrocos integra ainda a rota de Tânger, com três voos por semana. <

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Londres em experiência imersiva

As tradicionais gôndolas que atravessam os canais de Veneza vão passar a estar mais acessíveis a pessoas com incapacidade motora, já que vão ter acessos específicos para cadeiras de rodas. Para já o acesso por cadeira de rodas terá que ser feito à partida da Piazzale Roma, através de um elevador ali colocado especificamente para este serviço denominado Gondolas4All. O elevador vai ser operado pelos próprios gondoleiros que estão a ter treino especial e as gôndolas serão equipadas com rampas de acesso. Espera-se que o serviço venha a estender-se a outros pontos de partida. <

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“Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

> selo de garantia

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE

TAILÂNDIA

DESDE:

1.588€ P/PESSOA C/ PEQUENO ALMOÇO

PAUSA GULOSA NA AVENIDA O Sofitel Lisbon Liberdade tem uma PREÇO: nova proposta para o lanche: o Goûter, uma reinterpretação do tradicional lanche P/PESSOA francês, com um toque de requinte e originalidade. O Goûter by Sofitel Lisbon Liberdade surpreende desde logo pela apresentação. Depois LISBOA da degustação de uma bebida à base de groselha no bar do Hotel, surge uma caixa de madeira que acolhe uma verrine de frutos vermelhos, um iogurte com coulis de fruta, uma madalena, um macarron, um croissant com chocolate, um mini pastel de nata, uma tosta mista, pão caseiro, bolachas, crackers, torrada com uma fatia de chocolate, compota de morango, doce de abóbora, nutella, e manteiga com e sem sal. A degustação completa-se com uma chávena de café, chocolate quente ou chá. O Goûter é servido todos os dias da semana, das 16h00 às 18h00, no bar e biblioteca do Hotel. <

12€

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Para quem vai casar entre o final desta primavera e o verão, sugerimos uma lua de mel nas praias paradisíacas da Tailândia, concretamente em Phuket. A proposta é para uma inesquecível semana (8 dias / 7 noites) com alojamento no cinco estrelas Hilton Phuket Arcadia Resort & Spa, em quarto Deluxe Garden View. Para si que está em lua de mel, há ofertas várias e exclusivas como uma cesta de frutas e flores no quarto à chegada; cama king size garantida e decorada com flores à chegada. O programa proposto pelo operador Soltrópico tem partidas diárias de Lisboa, Porto ou Faro na Emirates, e o preço indicado é para qualquer uma das partidas de abril a 22 de outubro. <

FUNTASTIC COIMBRA MOSTRA A CIDADE DE ABRIL A OUTUBRO

EXPOSIÇÃO DE CERÂMICAS DE HEIN SEMKE De terça a domingo, no Museu Nacional do Azulejo, em Lisboa, das 10h00 às 18h00, pode “passear-se” pela exposição “Cerâmicas de Hein Semke. Doação Teresa Balté”. Esta exposição temporária é composta por 93 cerâmicas selecionadas entre as 209 doadas ao museu em 2015 pela viúva de Hein Semke, Teresa Balté. Entre LISBOA as obras expostas estão esculturas, bustos, máscaras, jarras, jarrões, travessas, placas e pratos…, testemunho de uma obra ímpar na cerâmica moderna de autor, produzida em Portugal no século XX. Hein Semke (1899-1995) nasceu em Hamburgo e radicouse em Portugal em 1932. Semke deixou uma poderosa obra cerâmica, de que o Museu Nacional do Azulejo apresentou uma retrospetiva em 1991. Em 2015, a coleção foi enriquecida com a doação feita por Teresa Balté. <

LUA DE MEL EM PHUKET

BILHETE NORMAL:

PREÇOS:

12€ (ADULTO)

6€

(CRIANÇA)

De 8 de abril a 23 de outubro, excepto às segundas-feiras, vai ser possível percorrer os mais belos locais de Coimbra a bordo de um autocarro de dois andares, descapotável. O Funtastic Coimbra oferece passeios de uma hora pela cidade, das 10h00 às 17h00, com informação turística gravada em seis línguas: português, inglês, espanhol, alemão, italiano e francês. Os preços são de 12€ adulto, 10,8€ ou 9€ por pessoa para grupos (consoante o número de pessoas) e 6€ para criança. O bilhete é válido por 24 horas, permite a entrada e saída nas paragens sempre que se pretender visitar os locais. O Funtastic vai disponibilizar também o “Mondego Cruise”, uma viagem no barco Basófias. O preço deste bilhete conjunto é de 16€ para adultos, 14,4€ para grupos e 8€ para crianças. <

5€

BILHETE FAMÍLIA (A PARTIR DE 4 PESSOAS):

-50%

COIMBRA

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> curtas

Exeter

INSPIROU AGATHA CHRISTIE E TRANSPIRA ENSINO A famosíssima escritora de romances policiais, Agatha Christie, que nasceu mesmo ali ao lado, rendeu-se por esta cidade do sudoeste da Inglaterra com mais de 2 mil anos de História. Hoje são os estudantes, na maioria estrangeiros, que lhe dão vida. Texto: Maria Morgado

É

muito comum, viajantes como eu que quando vão à Inglaterra limitem os seus passeios à capital Londres. Não é para menos, tendo em conta os atractivos que a cidade oferece. Mas um dia aventurei-me mais para sudoeste do país e em poucas horas descobri a cidade que inspirou a famosa escritora policial Agatha Christie, Rainha/Dama do Crime, de seu nome verdadeiro Agatha Mary Clarissa Miller (ela nasceu a 15 de Setembro de 1890 numa cidadezinha mesmo ao lado – Torquay no condado de Devon) e onde escreveu vários dos seus mais renomados romances. Falo de Exeter, uma cidade marcada por belezas naturais e arquitetura medieval, mas que também possui uma das mais conceituadas instituições britânicas de ensino – a Universidade de Exeter está entre as top 10 do país e entre as 200 melhores do mundo, de acordo com o Times Higher Education World University Rankings 20122013, e que agrega bastantes estudantes estrangeiros. Assim, Exeter, com cerca de 150 mil habitantes, uma das cidades mais

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antigas do país é, ao mesmo tempo contemporânea, cosmopolita e vibrante pela grande quantidade de jovens de todas as nacionalidades que aí passam grandes temporadas a fazer as suas pós-graduações. “A Universidade de Exeter é o melhor sítio

para aprender Inglês e fazer amigos de diferentes nacionalidades ”, contava-me uma estudante italiana que integrava um grupo de jovens a estudar e a conversar num dos muitos cafés com esplanada existentes nas mais diversas praças da cidade.

CHÁ COM CREME DE DEVON Saboreie um chá com creme tradicional (chá e biscoitos com geleia e creme maturado) em todo o condado de Devon, considerado o inventor do conceito. De certeza que encontrará chás deliciosos em todo o sudoeste da Inglaterra, mas Devon oferece alguns dos melhores.

É também hospitaleira, segura e considerada um dos melhores lugares para se viver no Reino Unido, devido à qualidade das suas comodidades e da baixa taxa de criminalidade. Capital do condado de Devon, está a pouco mais de duas horas de comboio de Londres e oferece o tradicional estilo de vida britânico.

JOVENS ESTUDANTES SÃO OS MELHORES GUIAS É com este grupo de jovens das mais diversas nacionalidades que, antes de começar a explorar Exeter, aguço o apetite para o que vou encontrar nesta viagem de dois dias. Foi eleita "A Melhor Cidade Britânica" em termos de qualidade de vida, possui abril de 2016


oito restaurantes inseridos no "Which Good Food Guide" - (Guia dos Melhores Restaurantes), tem excelentes instalações para a prática de desporto, cultura, música, compras, socializar e outras actividades. É conhecida pela sua histórica catedral, tem mais serviços per capita, do que qualquer outra cidade na Grã-Bretanha, fora de Londres, tem uma localização ideal para uma escapada de um dia ou fim de semana, tem muito para oferecer em qualquer altura do ano, desde compras, boa comida e entretenimento, reunindo lojas, cadeias de armazéns e boutiques, assim como cafés, restaurantes e pubs para agradar a todos os gostos. Princesshay é o centro comercial da cidade, vencedor de vários prémios, com mais de 60 lojas, cafés e restaurantes. A sua arquitectura distintiva é maravilhosamente elegante e integra-se lindamente nos edifícios históricos de Exeter. Tem os mercados animados de Market Street, museus, com destaque para o Royal Albert Memorial Museum and Art Gallery (em memória do príncipe Albert), galerias de arte que alojam coleções inovadoras, e os espetáculos que se realizam normalmente no Exeter Phoenix. Eles põem-me a par de outras curiosidades. Essa é para os fãs de Harry Potter. J.K Rowling morou aqui em Exeter! Ela estudou na Exeter University e utilizou uma das ruas daqui da cidade como inspiração para o Beco Diagonal – Diagon Alley. E o professor Snape também foi inspirado num professor aqui da cidade! Munida destas preciosas informações, agora quero desbravar a cidade, não sem antes, no entanto, pousar a bagagem no meu hotel, nada mais nada menos que o hotel mais antigo de Grã Bretanha, o ABode Exeter The Royal Clarence, uma antiga estalagem do século XVII, hoje unidade de 4 estrelas, que se ergue orgulhosamente há 400 anos, no centro da cidade, com vistas espetaculares sobre a Catedral. E fico mesmo num quarto virado para esta grande obra-prima. O ABode Exeter tem excelentes credenciais culinárias, sob orientação do mundialmente reconhecido Chef Michael Caines, oferecidas juntamente com 53 quartos modernos e de luxo, sob a cuidada

custódia da família Brownsword. Uma sensação quente me invade ao entrar nesta unidade de estilo discreto, que permanece fiel à herança do edifício. Todos os luxos de um espaço contemporâneo estão casados com caraterísticas originais da propriedade, incluindo vitrais, arenito vermelho de Devon e vigas de madeira. Beneficiando de todos os encantos

da "cidade velha" e ao mesmo tempo a segundos de distância da moderna zona comercial, o hotel está idealmente posicionado para nos aventurarmos pela cidade e descobrir as suas atrações a pé. E porque estava mesmo aí à minha frente, comecei pelo monumento central da cidade, a incrível Catedral do século XII, dedicada a S. Pedro, uma das maiores e das mais belas catedrais medievais de Inglaterra, com suas altíssimas e impressionantes duas torres que fizeram parte do edifício normando original quando foi consagrada em 1133. Visitas guiadas gratuitas permitem explorar o fascinante passado desta famosa cidade, dos romanos a fantasmas, reis, rainhas e criminosos. A sua estrutura arquitetónica é gótica, mas toda ela está impregnada de influências normandas. No interior é impressionante ver as mais longas abóbadas góticas decoradas do mundo.

2000 ANOS DE HISTÓRIA A CÉU ABERTO E NÃO SÓ… Depois de absorver a atmosfera relaxante e admirar algumas das melhores esculturas medievais, e sem esquecer as informações daquele alegre grupo de estudantes, calcorreei cada pedaço interessante da cidade nas ruas laterais, sem pressas, incluindo a bonita zona ribeirinha do Rio Exe que borda Exeter e a sua doca histórica, a 10 minutos a pé da Catedral, que oferece uma excelente seleção de cafés, restaurantes, bares e salões de chá, bem como uma mistura eclética de lojas. Escolhi um destes estabelecimentos e desfrutei de um delicioso chá de creme de abril de 2016

Devon. Também há ateliers de artesanato, onde se realizam muitas das exposições. Foi também no cais que aluguei uma bicicleta para apreciar a fascinante coleção de edifícios históricos e monumentos construídos há mais de 2.000 anos. Muitos são abertos ao público, mas alguns só podem ser vistos a partir do exterior. E para ter outra perspetiva da cidade optei por alugar uma canoa a remos e viajar ao longo do canal. Também se fazem cruzeiros, mas preferi o silêncio de uma viagem a sós. As praias ficam a 20 minutos do centro da cidade e o acesso a outras cidades também é muito fácil. Fora dos limites de Exeter é um belo campo.De um lado, a deslumbrante Jurassic Coast, Património Mundial pela UNESCO, do outro a extensa paisagem do Parque Nacional de Dartmoor. Mas fiquei-me por aqui para descobrir os 2.000 anos de história de Exeter no Quay House Visitor Centre, um filme interessante sobre a cidade, que abrange desde os tempos romanos até ao presente, e o The Mint Methodist Church, anteriormente parte de um convento beneditino. Ainda descobri uma maravilhosa variedade de parques, jardins e reservas naturais, que oferecem muitas oportunidades para passear, relaxar e desfrutar da paz e tranquilidade. Alguns parques e áreas de lazer oferecem uma vista deslumbrante de toda a cidade. O Northernhay Garden tinha sido uma pedreira no tempo dos romanos e é um dos mais antigos espaços públicos abertos, enquanto o Rougemont Gardens é o lugar onde as peças de Shakespeare são representadas ao ar livre a cada verão. Se pensa que Exeter é só o que está visível está enganado. A cidade esconde-se também nas suas extensas passagens subterrâneas medievais, datadas do século XIV, hoje preenchidas com exposições interativas e estimulantes serviços de interpretação. Estão disponíveis visitas guiadas de 90 minutos por passagens abobadadas que se estendem sob as ruas da cidade, com preços de £6 o adulto, £4 a criança e o bilhete de família (2+3) fica por £18.< Moeda: Libra (£) 1 libra = 1,24€

COMO CHEGAR

A PARTIR DE LONDRES De comboio – duração 2h11 – Preço £71.9 ida e volta De autocarro – Duração cerca de 4h30 Preço - £45 De carro – Duração cerca de 3h30 através de M4 e M5

ONDE COMER

Michael Caines Restaurant at ABode Exeter Cathedral Yard, Exeter, EX1 1HD Harvester - Malthouse 7 Haven Road, Exeter, EX2 8BP The Barn Owl Guardian Road Exeter, Business Park, Exeter, EX1 3PE

ONDE FICAR

Abode Exeter The Royal Clarence HHHH Cathedral Yard, Exeter, EX1 1HD Preço – 166€ quarto/noite Braeside Guesthouse 21 New North Road, Exeter, EX4 4HF Preço - 80€ quarto/noite Park View Bed and Breakfast Park View B&B, 8 Howell Road, Exeter, EX4 4LG Preço - 108€ quarto/noite

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COMO IR

> curtas

Ávila

De Lisboa a Ávila são cerca de 577 quilómetros. Deverá ir pela A1 até à saída para a A23 e depois para a A25 até à fronteira de Vilar Formoso. Já em Espanha espera-o a A62 para o levar até Salamanca e aí entrar na A50 que o deixará às portas de Ávila. Desde o Porto são cerca de 458 quilómetros. Deverá seguir pela A1 até Albergaria-a-Velha e aí entrar na A25 até à fronteira de Vilar Formoso. Depois é também seguir pela A62 e A50 até Ávila.

ONDE FICAR

Palácio de los Velada HHHH Desde: 51€ Cuatro Postes, HHH Desde: 37€ Puerta de la Santa HH Desde: 45€

O QUE VER

Plaza del Mercado Chico Basilica de San Vicente Reserva Natural de Iruelas Plaza de Santa Teresa Castelo de Valdecorneja (aldeia de El Barco de Ávila) Vila de Arevalo

POR ENTRE O SILÊNCIO DAS MURALHAS É entre muralhas que continuam a proteger palácios senhoriais, praças e arcadas que são um prelúdio para a sua grande obra, a Catedral, que se ergue uma das mais fascinantes cidades da Península Ibérica, Ávila. Muralhas que também a protegem dos ventos que sopram da Serra de Gredos e de Paramera, que a envolvem numa atmosfera de magia que se perpetua pela história dos séculos. Texto: Fernando Borges

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izem que foi a Ávila dos Cavaleiros e que as suas muralhas foram erguidas para os proteger dos ventos que descem durante o inverno das serras que a cercam, e que as suas enormes portas se fechavam até à chegada de ondas de calor, acordando-os então do seu sono de inverno. Também dos invasores que dela se queriam apoderar. Bem como dos seus tesouros. Séculos passados, muitos séculos mesmo, é

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essa a sensação que se apodera de quem a visita. De que ela está ali para nos proteger. Assim como para que façamos uma viagem pela história de todos esses séculos. Os que separam essa Ávila dos Cavaleiros da Ávila de hoje. E lá está ela. Imponente, sóbria e muito castelhana. Só que agora essas muralhas já não a protegem dos invasores que se queriam apoderar dos seus tesouros. Agora protege os invasores de um tempo que se faz presente. Esses que como nós partem ao seu encontro e descoberta. Invasores que chegam para admirar esses mesmos tesouros, a monumentalidade que acompanha cada rua e cada praça, o seu património cultural e as festividades que acontecem quase sempre usando velhos palácios e igrejas como palco. Mas também as paredes dessa muralha. Assim como acontecem nos cafés e restaurantes de todas as ruas, oferecendo a Ávila um certo ar cosmopolita. E como é fácil descobrir que esta é uma cidade que foi concebida para ser uma cidade de fronteira nos longínquos e agitados tempos das disputas entre a Espanha Cristã e os muçulmanos. A cada passo descobre-se que esta é uma cidade onde foi erguido um dos sistemas defensivos mais perfeitos e mais espetaculares de Castela. Mas tudo foi em vão. Na realidade, famílias senhoriais como os Bracamonte, Velada, Davila ou Guzmanes nunca tiveram oportunidade de mostrar a sua valentia e de pôr à prova as muralhas da cidade que ajudaram a erguer. Porque Ávila nunca foi uma cidade sitiada, nunca teve necessidade de testar a eficiência das suas defesas. Mas ficou o testemunho. Testemunho dessa época e dos senhores que

ali “reinavam”, são os 30 palácios senhoriais, perfeitamente preservados, espalhados em torno de bairros que parecem nascer das pedras da sua muralha, a maioria construídos ao longo do século XVII, sob a forma de torres ou casarões que, também eles, parecem derreter as suas paredes com as da muralha. E é passeando tranquilamente, por vezes quase a medo para não acordar tantas memórias, que se vai descobrindo todo o seu esplendor. E lá estão os nobres brasões e as suas armas entre portadas românicas e refrescantes pátios, como os do Palácio de los Velada, hoje convertido em hotel, do Torreón de los Guzmanes, da Casa de los Davila ou do Palácio de los Polentinos. Passeios que passam obrigatoriamente pela Praça do Mercado, com a sua atmosfera camponesa e onde melhor se toma o pulso à sociedade avilense dos tempos de hoje, a caminho de uma paragem igualmente

AREVALO – AQUI VIVEU ISABEL A CATÓLICA Se Ávila impressiona pela sua monumentalidade, por possuir a maior muralha preservada da Europa, bem perto há uma pequena vila,

ONDE COMER

Tres Siglos – Comuneros de Castilla, 11 Menus de degustação regional El Molino de la Losa – Calle Bajada de la Losa, 12 Gastronomia tradicional El Rudo - Calle de Enrique Larreta, 7 Costela de leitão, novilho ou cabrito assado com guarnição Las Cancelas - Calle de la Cruz Vieja, 6 Grelhados

obrigatória na magnífica Catedral da cidade. E este lugar poderá ser o melhor para se estar quando chega o entardecer, quando os últimos raios de sol chocam com as suas paredes, num momento tão cheio de magia que muitos dos blocos parecem ficar manchados de uma cor baunilha fazendo realçar a textura das paredes que formam esta verdadeira obra de arte. E talvez seja este o momento onde ao visitante são oferecidas com mais clareza as sombras e remotas lembranças do passado fascinante e perfeitamente preservado de uma cidade igualmente fascinante. Um momento que se junta a muitos outros para mostrar o valor histórico e patrimonial das suas pedras, as mesmas que levaram Ávila a ser reconhecida como Património Mundial da Humanidade pela Unesco em 1995. <

Arevalo, marcada intensamente pela história e que também marcou a história de Espanha. E basta passear pelo seu centro histórico para que fiquemos completamente arrasados pela sua beleza, profundamente alicerçada em testemunhos que nos contam essa história e a sua importância. Ou bastaria dizer, por exemplo, que aqui viveu durante muitos anos Isabel a Católica, na companhia da sua mãe e do seu irmão. Mas não é apenas para recordar Isabel a Católica ou visitar os seus edifícios, igrejas, palácios e jardins que uma visita a Arevalo seja obrigatória quando se vai a Ávila. É que esta é também terra de fortes tradições e devoções, como a que têm pela Nossa Senhora das Dores, padroeira de Arevalo, que também é de Granada. Uma terra que se orgulha de cozinhar o melhor leitão de Espanha. E dizem alguns que do mundo.

abril de 2016


De Lisboa: apanhe o IP7 e tome a direção 7 (Espanha, Évora), e depois siga a saída 7 (Portalegre, Estremoz). Continue no IP2, tome a saída Estremoz/Espanha e siga em direção a Portalegre. Do Porto: circule pela A1 e siga até à saída 7 (Abrantes/Torres Novas). Continue pela A23, siga a saída 15 (Portalegre/Nisa), passe Nisa e prossiga até Portalegre.

> curtas

COMO IR

ONDE FICAR

Convento da Provença Monte Paleiros – Ribeira de Nisa Tel.: 245 337 104 Hotel Turismo S. Mamede – Congress & Spa HotelHHH E.N. 246, direção Elvas Tel.: 245 307 600 Solar das Avencas Parque Miguel Bombarda, 11 Tel.: 245 201 028

ONDE COMER

Portalegre

DICA

DOCE E PACATA CIDADE

Aproveite para conhecer os bons vinhos alentejanos diretamente no produtor. Em Portalegre tem a Tapada do Chaves (www. tapadadochaves.com) e o Monte da Penha (www.montedapenha. com), com visitas e provas.

Lá no alto do Alentejo, Portalegre comanda a tranquilidade alentejana paredes meias com o Parque Natural da Serra de S. Mamede. É no seu concelho que se localiza o pico da serra e é dele que partimos rumo ao sul do Tejo, para conhecer a razão pela qual José Régio por Portalegre ficou até ao último dos seus dias.

S

ituada na encosta da Serra de S. Mamede, Portalegre vive agora da natureza infinda do parque, onde muitos partem em busca da pureza da fauna e flora caraterísticas do concelho. Mas do que hoje se conhece de Portalegre muito se deve à grande e antiga tradição industrial patente nos inúmeros vestígios que conseguem ainda hoje influenciar o tecido económico da região. Exemplos dessa grandiosidade industrial não faltam, como a Real Fábrica de Lanifícios, datada do século XVIII e que continua a dar nome às tapeçarias portalegrenses. Ou a Fábrica Robinson, do século XIX que se dedicava à cortiça, mas também tapeçarias, e que hoje é espaço de cultura ao serviço da cidade e das suas associações culturais. Esta fábrica é, aliás, atualmente um dos maiores pontos de referência histórica de Portalegre e digna de visita, onde se destacam as altas chaminés de tijolo que marcam a paisagem alentejana. É que durante a sua recuperação foi descoberto um mosteiro, o de São Francisco. Ainda do ponto de vista arquitetónico, a cidade sofreu recentemente importantes intervenções urbanísticas que em parte lhe mudaram a face. É o caso do Centro de Congressos, construído no edifício da Câmara Municipal que fica precisamente na antiga Fábrica de Lanifícios. Mas também o Centro das Artes do Espetáculo ou a ligação em madeira (vinda do Brasil, dizem) das duas abril de 2016

torres do castelo, obra que me deixou muito desconfiada quanto à sua “beleza”. Mas a capital do norte alentejano renovou-se também no Calvário e na Praça da República, esta última um conjunto urbano extramuros onde se destacam as arcadas do antigo mercado hoje com cafés e esplanadas a contemplar as fachadas dos solares barrocos. Aliás, em Portalegre muita nobreza por aqui passou, facto que hoje pode ser testemunhado pelo conjunto de edifícios imponentes e de amarelo vivo que dão um colorido muito particular a este cantinho alentejano. Em especial, o Palácio Amarelo, mas outros palácios por aqui se encontram, como o Avilez, Achioli, Barahona ou as casas nobres

Caldeirão dos Sabores Rua Luís Pathé, 12 Horário: Das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 22h30 Encerramento semanal: Domingo à noite e segunda-feira Restaurante S. Mamede Largo Dr. Frederico Laranjo, 19 Horário: Das 12h30 às 15h00 e das 19h00 às 22h00 Casa Capote R. 19 de Junho 56 Telemóvel: 245 092 312 O Cortiço D. Nuno Álvares Pereira, 17 São Lourenço Tel.: 245202176

Texto: Sara Cunha Ferreira

dos Viscondes de Portalegre e, dos Condes de Melo ou de D. Nuno de Sousa.

PAIXÃO DE QUEM POR LÁ PASSOU Depois das primeiras impressões pela cidade, havia que conhecer a fundo as raízes de Portalegre. Não tardaram as referências a José Régio, professor e escritor que teve em Portalegre a importância de colecionador de antiguidades, espólio esse que viria a deixar para o município numa mostra viva que se encontra na Casa-Museu com o seu nome. De destacar a sua coleção de Cristos, feitos por mestres sem teorias nem escolas, como se pode ler no espaço, e que faziam parte do enxoval das noivas no Alentejo. Mas há também arte pastoril, faianças, trabalhos em ferro e os barros de Portalegre, obras que espelham o intenso contacto dos artesãos com a Natureza. De museus portalegrenses não pode faltar uma visita ao Museu da Tapeçaria, localizado no antigo Solar Caldeira Castel-Branco e onde

REBUÇADOS DE OVO Provenientes do portalegrense Mosteiro de S. Bernardo, os rebuçados de ovo são uma tentação para os apreciadores de ovos moles. Envoltos numa fina película de açúcar, quando esta parte termina, descobrem-se os segredos conventuais em forma de magníficos ovos moles. A receita, essa está fechada a sete chaves no convento…

podem ser vistas obras de grande variedade de autores nacionais, como Almada Negreiros ou Júlio Pomar, e estrangeiros, como Jean Lurçat e Le Corbusier. E enquanto passeia, entre um museu e outro, não vão escapar-lhe à vista as Portas de Portalegre, engenhos de defesa do território que fizeram parte do castelo e suas muralhas. Já foram sete Portas, hoje são três: Devesa (final da Rua Luís de Camões e início da Rua 5 de Outubro.), Alegrete (arrabalde de São Francisco e do Corro – hoje Praça da República) e Crato (Liga o Largo do Paço à Rua 1ª de Maio). Para além do castelo, outro edifício se destaca na pacatez de Portalegre, a Sé Catedral, com as suas torres sineiras. Mas apesar de a religiosidade estar bem presente na terra, destes belos edifícios apenas me arrancam as delícias conventuais. Portalegre encerra em si várias especialidades como o manjar branco, o toucinho-do-céu ou a lampreia de amêndoa, com origem no Convento de Santa Clara. Mas também outras iguarias gastronómicas que só o Alentejo sabe proporcionar, como as migas, sopas de tomate, alhada de cação, bacalhau com couve ou o cabrito e que quase porta sim, porta sim, convidam a degustar. E depois do paladar satisfeito, nada como trazer para casa um pouco do Alentejo. O artesanato de Portalegre é único. Traga consigo de recordação os trabalhos em cortiça e cestaria, sem esquecer os tapetes de Portalegre, claro! <

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> curtas

DICA Visite o Viveiro de Trutas e aproveite para levar algumas para casa, adquirindo para o efeito uma guia nas instalações do Parque Natural da Serra da Estrela, em Manteigas. Perto do Parque das Merendas instalou-se a truticultura, tendo aproveitado as águas serranas para a produção de duas espécies diferentes: Truta Fário e Truta Arco Íris.

Manteigas

COMO IR

De Lisboa: Tomar a A1 Norte até à saída em Torres Novas para a A23. Seguir até à saída para a Covilhã Sul, variante N18. Seguir para a N339 e depois para a N338 até Manteigas. Do Porto: Seguir pela A1 em direção a Lisboa. Saída em Carvalhos/Grijó para a A25. Seguir depois pela N329-1 em direção a Mangualde até à N232 rumo a Manteigas.

CORAÇÃO SERRANO

ONDE COMER

A serrana Manteigas começa por estes dias a ganhar as cores da primavera, num quadro que parece ganhar todo o colorido do universo e rejuvenescer o vale e os seus casarios de pedra. Esta é uma altura mais que perfeita para partir à descoberta de uma das mais pitorescas vilas que abraçam a Serra da Estrela, e deixar-se apaixonar por ela. Texto: Sara Cunha Ferreira

A

s minhas memórias de Manteigas são antigas, de infância, numa das primeiras – senão a primeira – viagem organizada da minha vida. Com os meus pais, de autocarro, partimos rumo à Serra da Estrela, para ver a neve. Na recordação ficaram as descidas de tobogã, o frio cortante e a estadia num hotel de 40 quartos em Manteigas, número que jamais esqueci e que para mim, com menos de uma dezena de primaveras feitas, parecia por si só uma aventura de filme, perder-me pelos seus corredores. Hoje chegou a vez de os meus filhos arrumarem nas estantes da memória as mesmas aventuras e não poderia ser noutro local que Manteigas. Como primeiras impressões ficam as estradas sinuosas e de recorte, com o “abismo” ali tão perto. O mais velho divertia-se a imaginar as distâncias das ribanceiras; a mais nova preferia a magia do gelo e da neve, numa clara alusão a

desenhos infantis. Aninhada no vale glaciar alongado e estreito, em forma de “U” perfeito, por entre a cordilheira lá estava Manteigas. Incrível como numa pequena vila conseguimos vislumbrar quase de imediato duas igrejas e cinco capelas. Aqui a religião, como em todo o país, é levada a sério, mas acima de tudo são locais de interesse arquitetónico, para além do culto que pontilham a vila de um tom diferente. Mas Manteigas é muito rica em paisagens, não só arquitetónicas, mas principalmente de Natureza, que a todos maravilha e que transmite uma tranquilidade ímpar, até aos mais pequenos reguilas que calmamente se passearam pelas ruas, num constante virar de cabeça em reconhecimento do espaço, sem um som emitir. Estavam essencialmente aturdidos pela calmaria, pelos parcos carros nas estradas e pela inexistência de arranha céus, casas para além da perspectiva infantil. O alvoroço chegou apenas por conta de

CALDAS DE MANTEIGAS A cerca de 3 km da Vila de Manteigas encontra a Estância Termal de Caldas de Manteigas, que com as suas águas sulfurosas, trata de várias doenças, como o reumatismo, dermatoses, problemas com vias respiratórias e doenças musco-esqueléticas. É da Fonte Santa que brotam estas águas quentes, mas a estância possui ainda uma piscina, ginásio de recuperação e sauna.

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uma lagartixa que incrivelmente nesta época do ano saiu do seu buraco à procura de um aquecedor raio de sol. Com o relógio a chamar para o almoço, fomos até ao Parque de Merendas de Caldas de Manteigas, a poucos quilómetros da vila, onde se encontra a Estância Termal. A maioria do farnel vinha de Lisboa, mas iguarias com feijoca, o pão, mel, queijo, chouriço e alguns licores não podiam deixar de ser daqui, de uma das lojas de produtos regionais que misturam as iguarias culinárias com as famosas camisolas, meias, casacos e pantufas que aquecem como nenhumas outras. Aliás, contaram-me mesmo que em Manteigas há um mercado com produtos regionais, no segundo sábado de cada mês, mas não era o nosso dia. Mais que satisfeitos com as compras – e com os miúdos curiosos para avaliar a quentura das pantufas – lá nos deixámos almoçar do Parque das Merendas das Termas.

ÁGUAS GLACIARES Orgulhoso pela lição estudada, o mais velho falava dos vários estádios da água, comentando o seu parecer sobre a neve e a importância que a mesma em estado líquido tem para Manteigas, tudo por tentar perceber a que se devia tal infraestrutura chamada de Termas. Como ficaríamos a saber mais tarde, em visita ao Centro Interpretativo do Vale Glaciar do Zêzere (Fonte Santa – adultos: 1€; jovens dos 10 aos 18: 0,50€; crianças até 9 anos: grátis) e ao voo de balão quente que nos proporciona uma viagem virtual de oito minutos por estas terras há 30 mil anos atrás, a água neste concelho é estruturante e a base da sua existência, como se testemunha pelas rochas polidas, blocos erráticos, covões, e ainda moreias e lagoas glaciares

Casa de Pasto Ideal Rua da Igreja, N.º 1 – Vale de Amoreira Tel.: 275 487 273 Especialidades: Peixinho do rio, Truta com molho de escabeche; Chanfana; Febra. Taberna das Caldas Caldas de Manteigas Tel: 275 981 352 Especialidades: Feijoca; Enchidos; Queijo e outros petiscos. Sabores Serranos Rua Tenente Coronel Biscaia Rabaça, Sameiro

ONDE FICAR

Hotel Vale do Zêzere (Desde: 45€/ quarto noite) Quinta de Santo António, Estrada da Lapa Hotel Berne Quinta de Santo António, Manteigas (Desde: 55€/ quarto noite) Casa d’Avenida (Desde: 65€/quarto noite) Travessa de Santo António nº. 60

vislumbrados neste voo que nos abre o apetite para percorrer estes trilhos a pé. Há porém outro importante ponto de referência aquático: o Poço do Inferno. Tratase de uma cascata com cerca de dez metros graças à ribeira de Leandres, afluente da margem direita do Zêzere, que por ali perdeu caminho até cair. É de uma beleza estonteante toda esta região de Manteigas. Por entre a vegetação frondosa e bucólica que durante o frio se revela áspera e crespa, numa mistura de espelhos cristalinos de água e gelo, vemos ainda a mão do homem que muito lutou para daqui tirar a sua sobrevivência. Seja pela pastorícia, de onde retira a matéria para os queijos, peles e lãs, seja pelos socalcos de apoio agrícola que predominam a paisagem, tanto a vila de Manteigas como o panorama que a envolve são quase emocionantes de testemunhar, a que nem mesmo os meus filhos ficaram alheios. A noite já fechava as cortinas e o jantar na vila esperava-nos. Da minha memória dos 40 quartos em Manteigas, ficou agora o Vale Glaciar. Daqui por uns anos saberei qual a lembrança que nos meus filhos ficou tatuada. < abril de 2016


> por cá

Por terras de ria e de mar

Aveiro. Terra salgada da ria, do mar que lhe está junto. Terra doce da água dos rios, que são vários que por ali passam. Terra de pesca e de praia. E de pão. Região de verdejantes matas e arenosas dunas. Por aqui espreitei os brincares de Vagos, soube histórias do bacalhau em Ílhavo e suas Gafanhas, na Costa Nova onde os palheiros viraram casas de veraneio. Passeei pelas paisagens da ria, deleitei-me com o seu abraço e, bem junto a ela, em plena cidade de Aveiro, cedi à tentação dos ovos moles e senti-me no céu. Texto: Fernanda Ramos

T

irar uns dias para ficar a conhecer um pouco melhor uma qualquer região de Portugal é sempre uma ótima ideia, seja qual for a época do ano porque o nosso país, qualquer das suas regiões, é destino para todo o ano. A dificuldade, na maior parte das vezes, está em decidir a escolha do lugar, o rumo a tomar e o percurso a desenhar, as coisas a ver. E em ver o mais possível tirando o melhor partido de uns poucos dias, ficando ainda com algum tempinho para repousar. Foi nesta simbiose entre descoberta e repouso que pensei quando, ainda abril de 2016

Março dava os primeiros passos, decidi, no aconchego dos primeiros raios de sol, partir à descoberta de um pouquinho deste país lindo que é o nosso. Confesso que os meus pensamentos foram também para as estradas pouco concorridas, hotéis longe de cheios, restaurantes em que não há que recear as temidas cruzinhas ao lado da iguaria que se quer mesmo experimentar e em que o “lamento, mas já não temos” nos cria ainda mais apetite. Porque gosto de água, do seu ténue barulho que me descansa e embala, optei por uma região onde o mar e a terra se encontram a cada passo de

forma única, onde a terra é abraçada por “fios” de água, belos e longos “dedos” de uma “mão” que se chama ria de Aveiro. Por ali, pela região de Aveiro, e tal como se diz em Ílhavo, “o mar é tradição”, impregna a paisagem, a cultura, o modo de vida das gentes, a gastronomia… e há muitos lugares a revisitar, outros tantos a descobrir. Não entro em discussões sobre se a ria de Aveiro é ou não ria de verdade, nem disso me lembrei quando escolhi estas terras ricas de mar e de rios - e são muitos, como o Vouga, o Antuã ou o Boco, que de manhã me sorria e de que me despedia à noite, quando mais não

parecia que um pedaço de céu que a meus pés refletia os incontáveis pontinhos que reluziam acima de mim e pareciam saudar-me. Porque o “meu” hotel, aquele que escolhi cuidadosamente por ser pedaço da história da região e da sua paisagem mais típica, foi o novíssimo Montebelo Vista Alegre, na quinta onde nasceu há dois séculos a fábrica de porcelana que leva o mesmo nome, paredes meias com esse Boco que é “dedo” da ria. Feitas as escolhas, lá me preparei para, num dia de manhã, percorrer, por etapas, que é como gosto de viajar, os cerca de 250 Km que separam Lisboa de

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> por cá

OVOS MOLES

Ir a Aveiro e não cometer o pecado da gula deliciando-se com ovos moles, só pode ser… pecado. Típico da região, herança deixada pelas comunidades de freiras, o doce, de sabor peculiar e cor dorada, é normalmente envolvido em finas camadas de hóstia em forma de conchas, búzios ou peixes. Mas pode ser também comido de barricas de madeira ou porcelana, adornadas com motivos da ria e da região.

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Ílhavo, cidade que seria o meu porto de abrigo e ponto de partida para novas e antigas descobertas.

VAGOS

Percorrida a A8, a portagem de Tornada antecede a saída para Vagos, como quem vai para Mira. Vá com atenção que esta é uma zona de Scuts e vai ouvir os “temidos” avisos sonoros correspondentes. Porque o dia tinha ainda muito para dar, Vagos foi a minha primeira longa paragem. Sabia que teria ali muito para visitar, como o Santuário de Santa Maria de Vagos, fundado em inícios do séc. XIII, por D. Sancho I e, por isso mesmo, local repleto de histórias e de lendas que convida à introspeção. Atente-se na porta e beneditério, datados do séc. XVI, no púlpito do séc. XVIII e na escultura típica do séc. XIV. Mas a minha curiosidade ia para o Museu do Brincar, sito no Palacete Visconde de Valdemouro, bem perto da igreja matriz – outro local que haveria de visitar - e quase paredes meias com

Museu do Brincar Largo Branco de Melo Palacete Visconde de Valdemouro, rc Telefones: 234 796 151 / 919 353 170 / 964 695 304 www.museudobrincar.com Horário Terça a domingo

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a estrada N109 que atravessa parte da região. Gosto de brinquedos. De brinquedos de todos os tipos, de todas as épocas. Fazem-me retornar a uma infância repleta de jogos e brincadeiras, com amigos verdadeiros ou imaginários. Por isso me senti tão bem andarilhando por um local onde se encontram milhares de brinquedos, entre bonecas, jogos de mesa e de construção, material escolar de outros tempos, como de outros tempos são os brinquedos de lata e madeira e até os fantoches. Por ali se viaja do antigo ao moderno, este último bem refletido no piso interativo, onde os mais novos se podem deliciar em brincadeiras mil. Tudo isto por 3€. Concelho onde as águas salgadas do mar e da ria se juntam e comandam todo o litoral como comandam também tradições e vivências das suas gentes, havia que demandar essa vertente, a ocidente, feita de praias, ou uma outra, mais para este, onde o Boco se impregna das águas de diversas nascentes e dá vida e verde a vales sinuosos. Afinal, por

10H00 às 12H30 | 14H00 às 17H30 Encerra às segundas e feriados Preços • Crianças até aos 3 anos - grátis • Crianças com 3 ou mais anos | jovens | adultos | seniores - 3€ • 6 ou mais ingressos - 2€ por visitante

aqui as terras são de água feitas e nelas as gentes desenvolveram, ao longo de gerações, as suas fainas. Se falamos das praias de Vagos temos que falar da Vagueira que, em tempos que a isso se prestam, mostra aos visitantes os segredos da “arte xávega”, pesca artesanal feita com redes de cerco. Conheço-a de outras “andanças”, mais a sul, ali não foi hora para isso, o mar de março estava demasiado revolto, escuro, e o vento, esse, soprava demasiado frio. Paciência! Mas “demasiado” era também o apelo do mar e a beleza da paisagem, que me levaram a sair do carro e passear um pouco pelo longo passadiço que se sobrepõe às dunas e dá acesso a uma praia de areal imenso, dourado e reluzente aos tímidos raios de sol. Praia abraçada por quilómetros de um cordão dunar a perder de vista, praia vestida de azul e de ouro, onde o mar se encontra com uma paisagem ainda algo rural e onde, em meses de verão, nem falta um parque aquático e muita animação, incluindo ateliers lúdicos, mostra de artes e ofícios, biblioteca na praia e, claro, recriação da arte xávega. Uma coisa é certa: com o inverno a dar os últimos suspiros, toda a zona se preparava já para receber os veraneantes que hão de chegar. E esta é uma praia para todos, com rampas de acesso, passadiços, estacionamento e apoios. No verão, dizem-nos num café, chega a enchente, de portugueses e estrangeiros, apesar de as águas por ali serem algo frias para quem vai de sul. Como também nos vão dizendo que, em querendo mais privacidade, é só

procurar a praia do Areão, 5 Km para sul, em saindo da Gafanha da Boa Hora e entrando na que leva o nome da praia. Pelo caminho encontram-se outras praias, claro, como a da Duna Alta - afinal

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estamos no litoral. Apesar da areia trazida pelo vento teimar em ultrapassar os óculos de sol, e dos “chuviscos” salgados que me brindavam em tarde de maré cheia, estar em meio daquela imensidão, respirando aquele ar impregnado de maresia, revigora e preenche, num estreito comungar com a natureza A Vagos haveria ainda de voltar para um périplo mais atempado pela Mata das Dunas, pela região da Gândara e pelos moinhos. Terra feita de braços de rio que outrora os barcos navegavam, Vagos, a vila e o concelho, é talvez por isso mesmo, eivada de igrejas, igrejinhas e capelas. Capela do Espírito Santo (saída norte de Vagos), Capela de S. Sebastião (na estrada que leva a Soza), ambas em forma circular, Capela da Misericórdia, reconstruída nos finais do séc. XIX, e a igreja matriz de Soza, são apenas alguns exemplos. A não perder são os moinhos de São Romão, em Santo André, onde outrora se moíam cereais, e as tradicionais Casas Gandarezas, de características arquitetónicas peculiares casas simples da zona rural de Gândara, de linhas direitas, edificadas em torno de um pátio amplo. Marcando antes de ir, poderá ser visitada a casa Gandareza de Santo António, de 1937. Uma casa construída em adobes de cal e areia secos ao sol, com telhado de quatro águas com telha de Marselha, e organizada em torno do pátio interior, para o qual davam a casa de habitação, os celeiros, telheiros, currais e galinheiros. Pátio interior, também chamado estrumeira, que era habitualmente coberto por uma latada ou parreiral. Somam-se, pelo tipicismo e paisagem

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envolvente, as azenhas do Boco de que há alguns exemplares ainda em funcionamento – e lá está, uma vez mais, o incomparável barulhinho da água a correr. Por falar em rio Boco, é hora de rumar a Ílhavo, pela tal estrada N109 que lhe é praticamente paralela e o atravessa, levando à cidade, num caminho curto de apenas 8 Km, sempre em frente.

ÍLHAVO CAPITAL DO BACALHAU Ílhavo atrai-me pelos recortes. De um lado a cidade, separada das Gafanhas pelo rio Boco. Mais junto ao rio, as Gafanhas de Aquém e da Boavista, esta mesmo em frente da Vista Alegre, separada por uma breve ponte por que haverei de passear uma e outra vez, sentindo o ligeiro odor típico da ria. Mais afastadas, passada a Mata Nacional das Dunas da Gafanha, as Gafanhas do Carmo, da Encarnação e a da Nazaré (de sul para norte), desligadas da Costa Nova pelo Canal de Mira. Pode parecer confuso e tudo distante, mas não o é. Em lá estando, quase sem darmos conta saímos da cidade e temos o pé na Costa Nova, passando pela mata e pelas Gafanhas. De Ílhavo se diz que tem “o mar por tradição”, terra “temperada pelo sal e pelo sol, pela maresia e pelo pinheiro bravo”. Porque tem a ria como protagonista, deleita em paisagens naturais únicas, mas há muito mais para ver. Se chegar antes das 18h, dirija-se ao posto de turismo, onde lhe darão o máximo de informação. Ali fiquei a saber, por exemplo, que Ílhavo é também terra de pão, que este se faz ali de vários tipos, que há padarias (a palavra mais exata será, talvez, padeiras) que permitem que na madrugada os forasteiros assistam, em suas casas, ao fabrico, ainda artesanal, de vários tipos de pães. Revivo um passado que não é meu, que só conheço de ouvir contar, mas volto ao presente assim que provo um desses pãezinhos, acabadinho de cozer, servido com apetitosa manteiga. A água cresce na boca. Soube também que nas ruas estreitinhas, orladas de casario baixo e antigo, adornado a vistosos azulejos, se escondem muitos segredos, como restaurantes típicos e pastelarias – sim porque além dos azulejos, Ílhavo é terra de muitas pastelarias e padarias. Perco-me a percorrer essas ruas, atento nas casas adornadas a azulejo, nas artísticas varandas. No posto lhe dirão que tem que passar pela Vila Africana, Vila Vieira e Casa dos Cestinhos, exemplares magníficos da arquitetura Arte Nova, para ali levada pelas gentes do mar que conheceram outras paragens. As três casas, dizem-me, integram o Roteiro de Arte Nova de Ílhavo, mas outros roteiros são possíveis, como o das pescas. Cidade jovem, de 1990, em Ílhavo tudo está ligado ao mar, tudo mora perto dele e é por ele influenciado. Terra de capitães, pilotos e marinheiros, de gente ligada a uma faina que é maior, não admira que os principais locais a visitar sejam o Museu Marítimo com o seu Aquário dos Bacalhaus - esta é a

MUSEU CELEBRA FAINA MAIOR São lugares de visita incontornável em Ílhavo, o Museu Marítimo que conta a história épica da pesca do bacalhau à linha e o Navio Museu Santo André que, ancorado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, conta a vida do arrasto. Polo do Museu Marítimo de Ílhavo, o navio, um arrastão clássico, fez parte da frota portuguesa da faina maior, a pesca do bacalhau, entre 1948 e 1997. E já que é de faina maior que falo, atente-se, na rotunda à entrada da Gafanha da Nazaré, à Estátua da Faina Maior que retrata toda uma história de Terra e Mar, inspirada no Farol da Barra, nas figuras dos pescadores, no bacalhau e nas velas dos antigos lugres bacalhoeiros, da autoria do artista ilhavense António Neves. Na cidade de Ílhavo, o Museu inclui o Aquário dos Bacalhaus onde o peixe que é rei das nossas mesas se pode observar no seu habitat. Por ali se mergulha na história da faina maior que é também a história da região, através de uma vasta coleção de objetos relacionados com a pesca à linha do bacalhau, a pesca da laguna, além de coleções de malacologia e de algas marinhas. Relacionado com a pesca do bacalhau à linha, este Museu possui uma notável coleção de instrumentos de navegação antiga e moderna onde se destaca uma bússola marítima portuguesa de finais do século XIX, os agulhões dos dóris – utilizados na pesca à linha do bacalhau – e as bitáculas de navios. Para além destes, a coleção contempla alguns exemplares de sextantes, oitantes e aparelhos azimutais utilizados na navegação nos inícios do século XX. Mas também há uma coleção referente à

terra deles, da sua seca – o Farol da Barra, o Navio Museu Santo André (um bacalhoeiro) e, claro, os palheiros.

COSTA NOVA ÀS RISCAS Comecemos por estes. Autênticas “casas de pijama”, aos Palheiros da Costa Nova ninguém consegue ficar indiferente. Eu também não fiquei, que havia muito tempo os não via, e não resisti, como os leitores não resistirão, a tirar “aquela selfie” que logo partilhei com amigos e

navegação moderna, outra dedicada às artes de pesca da Ria de Aveiro, onde pontificam embarcações típicas em tamanho real, além de coleções de pintura, desenho e cerâmica. Junto ao Museu, de arquitetura moderna, aprecie-se também a estátua do Homem do Mar, em bronze, de Celestino Alves André. Museu Marítimo de Ílhavo - Av. Dr. Rocha Madahíl De março a setembro terça a sábado:10h00 -18h00 | domingo: 14h00-18h00 De outubro a fevereiro terça a sábado: 10h00-18h00 Navio-Museu Santo André Jardim Oudinot - Gafanha da Nazaré De março a setembro terça a sábado:10h00 -18h00 | domingo: 14h00-18h00 De outubro a fevereiro terça a sexta: 10h00-18h00 | sábado 14:00-18:00 Preços: Museu: Adulto: 5€ Jovens (6-17 anos):2,50€ Família (2 adultos + 2 crianças/jovens): 13€ Navio-museu Adulto: 3€ Jovens (6-17 anos) -1,50€ Família (2 adultos + 2 crianças/jovens): 8€ Bilhete Integrado (Museu + Navio) Adulto: 6,50€ Jovem (6-17 anos): 3,00€ Família (2 adultos + 2 crianças/jovens): 7€

conhecidos nas redes sociais para que se “roessem de inveja”. Afinal, eu estava de mini férias... E não é que todos os palheiros dão excelentes fotos, com aquele genuíno colorido das suas riscas garridas? Não ouviu falar dos “palheiros”? Quando olhar as fotos, ou chegar ao local, verá que até sabe bem do que falo. Entretanto explico: Hoje casas às riscas (vermelhas e brancas, azuis e brancas, verdes e brancas…), de telhados em bico, foram, no séc. XIX, armazéns

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> por cá

BUGAS

Em Aveiro como em Ílhavo, nas Gafanhas como na Costa Nova, a bicicleta é dos meios de transporte mais utilizados. E Aveiro é terra de “Bugas”, bicicletas de utilização pública e gratuita. Vá a uma loja, deixe um documento com foto, retire a bicicleta e passeie-se. Boa viagem e bom exercício!

Farol da Barra Largo do Farol, Praia da Barra Marinha Portuguesa Visitas: quartas-feiras, das 14h às 17h Acesso gratuito Sem possibilidade de marcação prévia Não recomendável a pessoas com mobilidade condicionada

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amplos e sem divisões construídos pelos pescadores para ali guardarem alfaias da sua arte. Mas não eram ainda garridos, eram vermelho ocre. E também só mais tarde começam a ser divididos com tabiques de madeira, decorados com conchas de ostras. Mesmo assim tudo isto foi antes de as nossas gentes terem descoberto a praia, ali tão próxima. Só nessa altura começa a história dos atuais “palheiros” adornados de riscas. Olho-os e sorrio ao recordar filmes que retratam épocas antigas em que para “ir a banhos” se vestiam fatos riscados que tapavam praticamente todo o corpo… Os “palheiros” ficavam a condizer! Datado de 1808, o Palheiro José Estêvão, assim denominado porque viria, nos anos 70 do século XIX a ser adquirido pelo parlamentar José Estêvão, é peça rara e mantém, ainda hoje, o original vermelho ocre. O parlamentar fazia dele habitação balnear e por lá passaram nomes grandes como Eça de Queirós, Guerra Junqueiro e Oliveira Martins. Tinham ali nascido, definitivamente, as casas de veraneio da Costa Nova. O local encanta por este charme revivalista mas também pelas espetaculares paisagens e pela praia que ostenta o título de “praia acessível, praia para todos”, bandeira azul e qualidade ouro. A completar, os passadiços a perder de vista que se sobrepõem às dunas, evitando que estas sejam pisadas algo

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comum a praticamente a todas as praias da região, que parecem ligadas por um só passadiço imenso. Bem perto da praia, praticamente em cima dela, ergue-se o novíssimo Centro Sociocultural da Costa Nova, um edifício de arquitetura arrojada nas proximidades da Capela da Nossa Senhora da Saúde. Maioritariamente construído em madeira, está integrado na área do Plano de Pormenor da Área de Equipamentos da Frente Marítima da Costa Nova e, segundo me disseram, é ali que tudo vai acontecer em termos de animação cultural, principalmente durante o verão. Mas já que está pela Costa Nova não vire costas à Ria que fica do outro lado da praia. Eu não virei. Andei também por aquela “marginal”, pelo largo “calçadão” à beira-ria e no dia seguinte haveria mesmo de ir ao Mercado do Peixe, mais outra experiência de que se deve desfrutar. Os ílhavos (ou ilhavenses) têm sorte. De um lado a ria, de outro praias, que à da Costa Nova se junta a da Barra, mais para norte, bem na frente da Gafanha da Nazaré e completando um areal dourado com cerca de 7 Km, que enquadra o mais alto farol de Portugal (o segundo da Europa) ainda em atividade. Construído em 1893, com 62 metros de altura, 66 metros acima do nível do mar, está aberto a visitas uma vez por semana (às quartasfeiras) e dali se observa uma paisagem de extasiar, um areal a perder de vista, A subida, de mais de 300 degraus, não é fácil, mas vale a pena, ainda que horas depois de o ter feito “não sinta as pernas”. À Praia da Barra como à Costa Nova, o acesso faz-se pela A25 e atravessando a Ponte da Barra, saindo de Aveiro ou Ílhavo, sendo que neste caso há que passar uma primeira ponte sobre o rio Boco, e percorrer, paralelo ao rio, a Gafanha do Aquém. Mais próximo da Barra fica a Gafanha da Nazaré, de onde na primeira metade do século passado os homens saiam para o

mar, em vastas temporadas, e as mulheres trabalhavam nas secas de bacalhau ou na agricultura. Por isso, por aqui o bacalhau é rei que pede meças às papas de abóbora ou carolo de milho. São os sabores da terra e do mar que se juntam, mas a esses já lá iremos. Visite-se a Casa Gafanhoa, típica casa de lavoura que permite vivenciar o dia a dia das comunidades do litoral e o Jardim Oudinot, onde está atracado o Navio Museu Santo André, antigo bacalhoeiro fielmente recuperado. A partir do ancoradouro pode aproveitar-se para passear na ria, de moliceiro ou lancha.

LUGAR DA VISTA ALEGRE Voltemos a Ílhavo, à Quinta da Vista Alegre, onde se situa a fábrica, o hotel onde pernoitei, e muito mais, que estamos em terras de porcelana. Voltamos ao séc. XIX, a 1812, ano em que José Ferreira Pinto Basto a adquiriu para ali instalar a que viria a ser, por alvará régio de 1824, a Real Fábrica da Vista Alegre. Na quinta já existia palácio, capela e outros edifícios, a que se juntariam casas para os empregados, escola, teatro, creche, refeitório e muito mais. É o Bairro da Vista Alegre que nasceu e cresceu com a fábrica. Num “terreiro” orlado de edifícios, acede-

se à Capela e ao Museu, ao teatro ainda fechado, a lojas de cerâmica da Vista Alegre e de Bordallo Pinheiro, e à fábrica. Por este espaço me quedei no dia em que fui presenteada com uma inesquecível visita guiada à fábrica, em plena laboração. Um presente tal significa entrar num mundo à parte, repleto de segredos, num mundo de arte, saber e criatividade. Acompanhar o processo de criação, da composição da pasta à cozedura final, observar mãos precisas e ágeis que com verdadeira mestria pintam finas e ínfimas peças, é experiência para a vida. Ali se cruzam cheiros, texturas e cores. Ali se fabricam mais de 400 tipos de peças em simultâneo, do simples prato à flor mais delicada. Dali saem, diariamente, 40 mil peças… Mesmo que não consiga visitar a fábrica - não está aberta ao público - não deixe de visitar o Lugar da Vista Alegre. É ali que mora, totalmente renovado, o Museu Vista Alegre que dá a conhecer, de forma interativa, antigos e modernos processos de fabrico e pintura, antigas e modernas peças. Também ali se pode e deve visitar a Capela da Nossa Senhora da Penha de França, de finais do séc. XVII. Edifício de bela arquitetura, apresenta na fachada principal uma imagem em pedra da Nossa Senhora da Penha de França, Padroeira da Vista Alegre. No interior destacam-se azulejos setecentistas, retábulos em mármore e talha dourada, abóbadas decoradas de frescos – restauradas pela mestria dos artistas da Vista Alegre -, e no vão da Capela-Mor ergue-se o túmulo episcopal de D. Manuel de Moura Manoel, o bispo que a mandou construir, esculpido em pedra de Ançã.

AVEIRO, ALI TÃO PERTO Estou na região da ria de Aveiro, como tal não podia faltar um pulinho a esta

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Aveiro Restaurante Mercado do Peixe – Mercado do Peixe José Estevão, Largo Praça Peixe, 1 (Glória e Vera Cruz) Encerra às quartas-feiras Com vista para o Canal São Roque, ao almoço ainda é possível apreciar as tradicionais peixeiras, a apregoar a venda do peixe fresco, acabado de chegar à doca. Especialidades: Peixe fresco grelhado, caldeirada de bacalhau ou de enguias, cataplanas, ensopado de rodovalho ou robalo Preço médio (duas pessoas): 45-50€

sobremesas, a maior parte das ementas é constituída por pratos para duas pessoas.

ONDE COMER

Gafanha da Nazaré: Restaurante Traineira, Wines & Foods - Av. José Estêvão, 578 A Restaurante de referência da Gafanha da Nazaré, de ambiente acolhedor Cozinha regional Especialidades: Ovas de bacalhau, caldeirada de enguias, enguias fritas, línguas de bacalhau, misto de bacalhau abafado (caras, línguas, samos, cozidos com batata e couve, e depois abafado no tacho), ensopado de peixe, filetes de polvo, entre outros Preço médio (duas pessoas): 45€ (com bebidas)

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passo pela Oficina do Doce, na R. João Mendonça, à beira do Jardim do Rossio, para adoçar a boca com ovos moles. Já disse que voltaria a Aveiro, e voltei. Para jantar e dar um pezinho de dança na Estação da Luz, a discoteca mais “in” da região, onde se pode ficar noite dentro, até que raiem os primeiros raios de sol. Mas para quem não aprecia discotecas, a cidade tem inúmeros bares onde se pode tomar uma bebida. Os meus dias de mini férias estavam a acabar, mas tive ainda tempo para partir à descoberta de outras praias do centro norte de que não cabe aqui falar. Ficou muito para dizer, muitas povoações para descobrir? Ficou, muito. Mas o que pretendi fazer foi tão somente deixar-lhe algumas pistas, aguçar-lhe o apetite de partir à descoberta destas terras de mar e de ria ou reavivar memórias. <

Gafanha da Encarnação Restaurante O Gafanhoto - Rua da Escola, 21 Decoração rústica e agradável. Sobressaem pinturas e fotos que retratam a antiga faina do mar, da pesca e salga do bacalhau Especialidade: Caldeirada de enguias, ensopado de peixe, feijoada de búzios com gambas, sopa de peixe Preço médio (duas pessoas): 50€ (com vinho)

LIGADA AO MUNDO

AO Chegámos bem LIGADA a Paris ! Está bom tempo, beijinhos !

Chegámos bem abeijinhos Paris ! aproveita Fantástico, e Está bom tempo, ! Está bom tempo, beijinhos ! meu à Tia ! dá um beijinho

De Lisboa a Ílhavo são 250 Km pela A8 e A17 (ou pela A1). Seguir para N335/Ílhavo. Preços: A1 + A17 + Scuts: 4,85€ + 12,55€ + 0,95€ + 0,50 Do Porto são cerca de 55 Km pela A1. A partir daí pode tomar a A25 no sentido da Gafanha da Nazaré e sair na saída 2 ou seguir para a A 17 e tomar a saída em direcção à ER 335/Ílhavo. Preços: A1 + A25: 4,80€ Nota: Os trajetos incluem portagens (e SCUT)

Fantástico, aproveita e

Fantástico, aproveita e! dá um beijinho meu à Tia dá um beijinho meu à Tia !

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

Em terras encaixadas entre o mar e a Ria, terra de pescadores e da faina maior, a gastronomia está, inevitavelmente, ligada ao mar. O bacalhau, de que ali se aproveita tudo (línguas, caras e samos), rivaliza com as enguias, os ensopados, peixes grelhados, caldeiradas, mariscos e muitos petiscos. Não sabe o que são samos? Eu também não sabia, mas encontrei quem me explicasse, o que em Ílhavo é fácil - os ilhavenses são comunicativos e, acima de tudo, gostam de dar a conhecer a sua terra e tradições aos forasteiros. Pois “samos” são as bexigas natatórias do bacalhau, algo gelatinosas e com uma textura que chega a parecer dobrada. Depois há as tripas, que neste caso são um doce regional recheado com chocolate ou ovos moles e natas. E, claro, os ovos moles. E não se espante que, à exceção das

MUNDO

Chegámos bem a Paris !

COMO IR

O QUE COMER

Montebelo Vista Alegre, HHHHH Lugar da Vista Alegre, Ílhavo Desde: 105€ Quarto duplo, pequeno-almoço Ílhavo Plaza & Spa Hotel, HHHH Av. Mário Sacramento, 113 Desde: 73€ Quarto duplo, pequeno-almoço Hotel As Américas, HHHH R. Eng Von Hafe, 20 Desde 77€ Quarto duplo, pequeno-almoço Hotel Moliceiro, HHHH R. Dr. Barbosa de Magalhães, 15-17, Aveiro (frente ao Jardim do Rossio) Desde: 99€ Quarto duplo, pequeno-almoço Hotel Azevedo, HHH Rua Arrais Ançã, 16 - Costa Nova Desde: 50€ Quarto duplo, pequeno-almoço Aveiro Rossio Hostel R. João Afonso nº1, Largo do Rossio Desde: 52€ Quarto duplo | Casa de banho privativa, pequeno-almoço

Costa Nova Restaurante Dóri - Mercado Municipal da Costa Nova Rua José Estêvão, Praia da Costa Nova Vista direta para a Ria, serviço de refeições no terraço Especialidades: Frutos do mar, cozinha mediterrânica Recomendação do Guia Michelin 2016 Preço (duas pessoas): entre 40 a 80€ (com bebidas)

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

cidade, local maior de uma ria que domina toda a paisagem e a torna bela entre as belas. Tanto que não têm conta aqueles que a apelidam de “Veneza portuguesa”. Mas os canais, aqui, são braços da ria, atravessados, em terra, por inúmeras pequenas pontes, e na água pelos muitos moliceiros, hoje já sem velas porque estas não passam sob as tais pontes. Passear a pé pela cidade é o que se impõe e nada melhor para o fazer que “desaguar” em cima do canal central da ria, na Praça Humberto Delgado. Dali à Av. Dr. Lourenço Peixinho, junto ao canal do Côjo, é muito perto. É aqui que mora o Fórum Aveiro, uma das atracões da cidade em dias soalheiros, dado constituir-se num centro comercial a céu aberto. Também perto, e de visita obrigatória, o Museu de Aveiro, antigo Mosteiro de Jesus, original do século XV que abriga o túmulo da princesa Santa Joana, padroeira da cidade. Podem também ver-se inúmeras peças religiosas, quadros e esculturas, e a Capela de Santo Agostinho, da Igreja de Jesus. Ali bem perto não posso deixar de visitar o Parque Infante D. Pedro, mais conhecido como Parque da Cidade, ótimo para fazer uma caminhada. Passeio-me por ruas e ruelas nas cercanias, em meio de prédios Arte Nova datados dos inícios do século passado, o que faço a partir daquele que é o edifício mais emblemático deste estilo na cidade, o Museu de Arte Nova, na casa Major Pessoa. Vou até ao Mercado do Peixe onde mais tarde irei jantar, miro as antigas casas de pescadores neste que é o casco mais antigo e típico da cidade, passo por igrejas e capelas de barroco e maneirismo feitas, e termino de novo no canal central para fazer um passeio de moliceiro, apreciar a cidade de outra perspetiva, ir até um pouco mais além, à Gafanha da Nazaré, por exemplo. E poderia até partir de Aveiro para a Costa Nova, de barco, o que não farei desta vez. Mas antes de “embarcar” passeio-me pelo Largo da Fonte Nova e canal do Côjo para tirar uma belas fotos, ao canal e à antiga fábrica que ainda empresta um bom colorido à paisagem. E, claro,

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> ficar FICHA TÉCNICA

Montebelo Vista Alegre Hotel, 5H Lugar da Vista Alegre, Ílhavo Projeto e decoração: equipa de arquitetos do Grupo Visabeira, liderada por Paula Fonseca Nunes e Tiago Araújo 69 quartos standard na ala nova | 6 quartos standard no Palácio | 7 suites ( 3 na ala nova e 4 no Palácio) Restaurante Vista Alegre (gastronomia regional reinventada, de autor) 2 bares: "Real Fábrica" | "Ria" (junto à piscina exterior com vista sobre o Rio Boco) Zona de bar e de estar no Palácio Ginásio Piscina exterior e interior Spa (sauna, banho turco, jacuzzi, salas de massagens e relaxamento) Jardim histórico protegido Estacionamento privado Como Chegar De Lisboa: 244 Km – Trajeto com portagens e SCUTs Seguir por A8 (ou A1) e A 17 para a N109 em Aveiro. Sair em direção a Sto. André e seguir para Ílhavo Do Porto: 83 Km – Trajeto com portagens Seguir pela A1 e A25 para Gafanha da Nazaré (saída 2). Seguir para Ílhavo, via Rua do Norte, Rua do Sul e Rua dos Álamos A1 para ER335 em Aveiro, saída para N335/Ílhavo. Continuar pela ER335 e seguir pela N109 para Ílhavo

Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel NO MUNDO MARAVILHOSO DA FINA PORCELANA Há uma escada de metal, em caracol, que liga o moderno ao antigo, o presente ao passado, o minimalismo nórdico dos anos 50 a 70 ao estilo intemporal das residências palacianas dos séculos XVII e XVIII. Há um pátio que alberga uma fonte de onde brota água que faz a “vista alegre”. De um lado há um rio que é pedaço de ria, e do outro um terreiro amplo que dá entrada a uma belíssima capela, a uma fábrica da mais fina porcelana – a Vista Alegre – e a um Museu que conta a história da fábrica. Texto: Fernanda Ramos

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ebe pois, bebe à vontade. Acharás que é (muitas vezes) Tão útil para a saúde Quão para a Vista Alegre”. É assim que reza a antiga inscrição da Fonte do Carrapichel. Uma prova de que não foi a famosa fábrica de porcelana Vista Alegre que deu nome ao lugar mas, ao invés, foi à fonte do lugar que fábrica e a porcelana foram buscar o nome. Hoje o nome é também sinónimo de hotelaria de luxo porque naquele lugar onde a vista se alegra nasceu um hotel de cinco estrelas que por um lado é palácio, antiga morada dos fundadores da fábrica, por outro é um edifício moderno, perfeitamente integrado na paisagem, que se estende entre o terreiro da fábrica e o rio Boco, braço da ria de Aveiro. Entre o palácio e a ala nova, a escada de metal, em espiral. E tudo, mesmo tudo, envolto num aprazível e relaxante silêncio, às vezes cortado pelo antigo sino que é chamamento para os trabalhadores da fábrica. Já um dia disse nas páginas deste jornal que gosto do cheiro que emana dos hotéis novos, de sentir os pés afundar em alcatifas novas, do toque dos tecidos

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ainda quase virgens, das paredes ainda sem marcas de uso. A tudo isto junto desta vez outros cheiros e outros toques: o cheiro das finas porcelanas quase acabadas de pintar, a visão de peças e artísticas pinturas feitas à mão e que adornam paredes. Estamos em Ílhavo, a dois paços de um braço de ria e a pouco mais das Gafanhas que ficam do outro lado de uma pequena ponte e que a vista ainda

consegue abranger, concretamente as Gafanhas do Carmo e da Encarnação porque a outra, talvez mais conhecida, a da Nazaré, fica já um pouquinho mais distante. Foi ali, no Lugar da Vista Alegre, que em 1824 nasceu a Fábrica da Vista Alegre. Hoje, nos terrenos que circundam a fábrica, complementando o património de quase dois séculos que a envolve, erguese o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel

para cujos interiores foi transportada a histórica marca de porcelana portuguesa. Assim que cruzamos as portas de entrada, num lobby amplo, há peças Vista Alegre espalhadas, artisticamente expostas, em suportes, pendendo das paredes ou adornando mesas. Num local onde a calma envolve, as cores são claras, abundam os cinzas, os brancos, aqui e ali cortados pelos castanhos das madeiras, os esverdeados e azuis, cores da natureza exterior que ali se estendem em carpetes e pinturas que decoram paredes. Olhando para o lado direito, temos a surpreendente Fonte do Carrapichel, do século XVII, cujas estruturas em pedra, agora expostas, acabam por integrar a própria decoração. Verdadeiro ícone do hotel, estas estruturas que se encontravam ocultas sob a antiga fábrica, são visíveis do hall de entrada e acompanham toda a escada que leva ao primeiro andar onde estão o restaurante, o bar e algumas salas de estar. A fonte, propriamente dita, está num pátio exterior, que é também espaço de estar, e dela continua a brotar água, a tal água que cura maleitas e faz a “vista alegre”. É também no primeiro piso que abril de 2016


encontramos o restaurante Vista Alegre, o bar “Real Fábrica”, onde estão integradas, de forma bem visível, as pedras vermelhas da antiga construção da fábrica, e acolhedoras salas de estar. Também neste piso, seguindo um corredor contíguo, encontramos o confortável Spa da unidade, dotado de piscina interior, salas de massagens e relaxamento.

PISOS SOB O SIGNO DA PORCELANA

A água é um dos motivos do hotel que se situa a escassos 3km do mar e a breves passos do rio Boco, braço da ria de Aveiro. É sobre o rio e as Gafanhas que se abre a vista à partida dos quartos da ala nova e do restaurante. Nas varandas, de dimensões generosas, aproveite o dia e a luminosidade tão particular da região, mas não deixe observar o céu à noite, “enfeitado” com milhares de “pontinhos luminosos”. Nos quartos e suites da ala nova, a decoração é minimalista e requintada e o mobiliário, todo ele nacional, foi maioritariamente desenhado em exclusivo para o hotel. A enriquecer a decoração estão peças e desenhos murais, realizados

pelos pintores da Vista Alegre. Cada um dos três pisos do hotel celebra uma parte do processo de produção da porcelana, desde a modelagem às peças pintadas à mão, passando pelas peças em branco, temas que assumem protagonismo nos espaços comuns, na sinalética e no interior dos quartos. O primeiro piso é dedicado aos “Moldes e Forma”, dando as boas-vindas aos hóspedes com uma instalação composta por elementos alusivos ao tema. Seguese o “Piso do Branco”, foram utilizadas apenas peças em branco, com o terceiro piso a ser reservado à temática do “Decorado”, para o qual foram produzidas peças únicas. A suite master é um dos mais luxuosos espaços da unidade. Ali há peças únicas e personalizadas da Vista Alegre e um serviço de loiça Vista Alegre “by Christian Lacroix”. O cuidado com os detalhes estende-se à casa de banho, onde paredes e loiça sanitária foram pintadas à mão.

rebocos em gesso e retratos e paisagens nas paredes. Saindo da ala nova, vai ter-se ao Palácio subindo a escadaria em caracol mas também pode ir-se pelo jardim, um pátio de pavimento empedrado e com desenhos de inspiração árabe na porta e envolvente de acesso à escadaria e corpo principal do Palácio. Neste edifício, cuidadosamente restaurado, os quartos e suites, com vista para o terreiro onde se encontra a fábrica e o Museu, são completamente diversos, transportam-nos para um passado distante de fausto e grandeza. O destaque vai para a Suite da Capela, que dá acesso ao varandim da Capela Mor, e a Suite do Postigo, que se desenvolve em três níveis, e permite o contacto visual com o Altar da Capela de Nossa Senhora da Penha de França. Mesmo que não fique alojado nesta ala do hotel, pergunte na receção se a pode visitar porque vale a pena, pelos quartos e áreas públicas, onde pontificam espaços como o Varandim dos Pintores e a Sala do Fundador, onde as pinturas murais foram cuidadosamente restauradas. Se conseguir ver alguma das suites, decoradas em estilo vintage, dê uma olhadela às casas de banho, onde pontificam banheiras tipo vitorianas. A não perder é também o terraço que

DICA No terreiro da Vista Alegre há lojas onde pode adquirir peças desta porcelana. Se estiver hospedado no hotel tem até um desconto, pelo que é de aproveitar. Para peças do “dia a dia” recomendamos o outlet onde se vendem também artigos com “defeitos” que a nossa vista não atinge. Se for apreciador de Bordallo Pinheiro, tem também uma loja destas louças.

integra a Sala do Fundador, local privilegiado de vista panorâmica sobre a envolvente do Palácio, a ria e a zona das Gafanhas, que conserva tradicionais pares de bancas no murete envolvente e integra ainda um antigo passarinheiro, embutido na parede que o terraço partilha com a ala adjacente do Museu. <

VISITAR O PASSADO No Palácio, cujo início de construção remonta aos finais do século XVII, foi mantido o traçado original, com tetos e

GASTRONOMIA REGIONAL Com vista para o rio Boco e as Gafanhas o restaurante Vista Alegre tem uma decoração única e uma gastronomia ímpar. A vista é claro, alegra-se perante tal panorama, mas são outros os sentidos que ali mais se satisfazem quando o “pecado” da gula desperta. O grande trunfo do restaurante é mesmo a gastronomia regional, evidentemente com um cunho de autor, ou não fosse este um espaço integrado num hotel de luxo. Porque estamos em Ílhavo, terra do bacalhau, recomendamos para início um carpaccio de bacalhau, mas pode sempre optar pelo de carne. Se optar pelos pratos de caraterísticas mais regionais o problema vai estar na escolha porque da carta fazem parte iguarias como o arroz de línguas de bacalhau, a cataplana de bacalhau, o bacalhau em crosta de alheira, o arroz de polvo ou a cataplana de peixes e mariscos. E, claro, em terras que são da Ria, poderá também experimentar a afamada caldeirada de enguias ou mesmo enguias fritas. Para um prato mais actual mas de cunho regional, garantimos que o risotto de bacalhau é de comer e chorar por mais. Se ainda deixou espaço para a sobremesa, não se esqueça que a grande especialidade da região são os ovos moles… Não se esqueça de acompanhar toda a refeição com um vinho de excelência. Depois, vá “esmoer” a refeição passeando pelo sítio da Vista Alegre, que tem muito para ver, ou vá simplesmente até ao bar “Real Fábrica”, ao lado do restaurante, onde estão integradas, de forma bem visível, as pedras vermelhas da antiga construção da fábrica.

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> gastronomia

Celebrar a primavera à mesa Já é primavera. É a minha estação do ano preferida – e, por isso, sou suspeita para falar – mas se alguém me perguntar qual é o período melhor para sair e curtir os primeiros raios solares mais quentes, eu diria sem pestanejar: a primavera! O clima está a tornar-se favorável para sair de casa, passear e fazer escapadas pelo país, que começa a beneficiar de temperaturas amenas e mais bem agradáveis. Os dias começam a ficar mais longos e agradáveis, os casacões, luvas e botas começam a ficar arrumados a um canto. É o início de uma nova vida. Os campos estão mais verdes, as flores de todas as cores nascem espontaneamente por todas as partes e, sem pedir licença, vão invadindo e doando alegria aos jardins, aos parques e até à beira das estradas. É uma explosão de cores. E como estamos a falar de sair, e de um dedo de conversa mais prolongado com amigos ou familiares, pressupõe também deliciarse com as melhores iguarias que alguns restaurantes portugueses escondem e merecem ser descobertas. Se estiver por esses lados e se pretender ir de propósito, aproveite. Deixamos-lhe aqui o convite: Brinde a chegada da primavera à mesa. Texto: Maria Morgado

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IL GALLO D’ORO Onde o mar comanda a mesa Quem pretende embarcar num autêntico festim gastronómico com os melhores sabores da ilha da Madeira, também tão conhecida pelos seus produtos, tanto do mar, como da terra, partir para uma verdadeira celebração gourmet, só há um sítio para o fazer: o primeiro e único restaurante com estrela Michelin da Madeira: Il Gallo D’Oro do Hotel The Cliff Bay, com o Oceano Atlântico a envolver-nos. A demarcação mediterrânica e ibérica está bem vincada e a aposta nos produtos do mar faz todo o sentido. Na verdade, em terra de mar, o peixe é rei. A abrilhantar o sabor, estaria a ligeireza da confeção e a elegância dos pratos autênticas obras de arte criadas pelo Chef Benoît Sinthon. Hotel The Cliff Bay – Estrada Monumental, 147 – Funchal, Ilha da Madeira Tel. 291 707 700 Menu Assinatura (4 pratos): 95,00€ por pessoa (válido para duas pessoas)

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RESTAURANTE ADLIB Apelo a todos os sentidos É o rei das combinações improváveis, tomando partido dos ingredientes mais díspares e juntando-os numa perfeita harmonia, que à partida se julga ser impossível. Aliando um ambiente sofisticado e intimista a um serviço de Ressources excelência, o AdLib é um apelo aFlowers todos os sentidos oferecendo© by uma cozinha de aliança entre o sabor francês e a gastronomia portuguesa. Parte do Hotel Sofitel Lisbon Liberdade, ou seja, num ambiente requintado, não é um local pretensioso, pelo contrário, é relaxado deixando-nos, tanto o espaço quanto o pessoal, à vontade e prontos para apreciar uma refeição de excelência, ao invés de impor as mais elaboradas regras de etiqueta.. Avenida da Liberdade, 127 – Lisboa Tel: 213 228 350 Preço médio de 50€ por pessoa, sem bebidas Menu “Sabor do Dia” 20€ por pessoa

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BAR JOÃO DO CABEÇO Paroledemoi Deliciar-se com o melhor prego em bolo do caco Paragem obrigatória para quem visita a Ilha do Porto Santo, é o João do Cabeço. Com ar rústico, o som abafado do martelo a bater a carne, o cheiro intenso a manteiga d’alho e empregados com energia contagiante. É o famoso João do Cabeço, onde se come o melhor prego em bolo do caco. É uma casa de pedra com o típico teto de “salão”, um telhado de argila e areia que mesmo impermeável permite o ar circular, e uma esplanada com grandes mesas de madeira e bancos corridos. Quem conhece o João do Cabeço sabe à priori o que vai pedir: Cerveja Coral fresquinha e vivaça e o prego em bolo do caco barrado com manteiga d’alho. É fofo e quente, com a manteiga a derreter, a carne desfaz-se na boca, é macia e bem temperada. Sítio do Cabeço, Vila de Porto Santo Tel: 291 982 137 Especialidades: Caldo Verde 3€; Lapas grelhadas 11€; Prego no prato 9,50€; Bifana no bolo do caco 4€; Batata frita 4€; Milho frito 4,50€ abril de 2016

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RESTAURANTE COMME ÇÁ Numa casa portuguesa

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INEVITÁVEL – VINHOS E PETISCOS Valorizar experiências portuguesas Apesar de ser um restaurante inserido num hotel, tem porta para a rua, num claro convite a quem por aqui se passeia. O Hotel Vila Galé Estoril renovou o seu restaurante “Inevitável”, para dar-nos a saborear um excelente conceito para comer a dois ou em grupo: Vinhos e Petiscos. O conceito é muito simples: de um cardápio de 14 sugestões de petiscos, entram ainda em cena uma entrada de pão rústico, manteiga e azeitonas temperadas, e o bife da casa: o Inevitável. Agora, há a possibilidade de “matar saudades” dos petiscos tradicionalmente portugueses, ao mesmo tempo harmonizados pelos conhecidos vinhos Vila Galé produzidos na Casa de Santa Vitória, no Alentejo.

Fica no centro do Porto. É uma verdadeira casa portuguesa onde o naco de vitela, o arroz de polvo, o bacalhau à Gomes de Sá, as costeletas de poço grelhadas e o arroz de pato são reis. No Comme Çá come-se também com os olhos, já que o restaurante ergue-se num belíssimo antigo armazém-mostruário da Fábrica de Cerâmica das Devesas, de 1890, em estilo neo-árabe e azulejos de tons quentes. A identificação revela-se numa panela de ferro fundido pendurada à entrada. Do chão ao teto, da sala à cozinha, vê-se e sente-se Portugal. Na decoração encontramos objetos ligados à rotina da confeção nas cozinhas portuguesas e artigos vintages, hoje autênticas raridades. O cenário convida e a comida também. Para acompanhar estas delícias a casa tem uma carta de vinhos brancos e tintos portugueses, além de excelentes sangrias.

Vila Galé Estoril Avenida Marginal – Estoril Tel: 214 648 400 Para petiscar: 3€, 5€ e9€ Prato: 15€ Sobremesa: 4€

Rua José Falcão, 199 Tel: 222 033 098

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O prato ronda os 12€ para 2 pessoas

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RESTAURANTE PICADEIRO Experiência sensorial

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ZAMBEZE Verdadeira varanda sobre Lisboa

Para juntar três prazeres: o convívio, a gastronomia e nobre arte equestre, no moderno Centro Vale do Lima. Aqui fica o Restaurante Picadeiro, em Ponte de Lima, excelente espaço, caloroso e intimista, com uma original e graciosa panorâmica sobre cavalos e cavaleiros, e uma gastronomia que arranca sorrisos ao recordar a típica cozinha minhota, de olhos postos nas nossas tradições. A sua imensa luminosidade, decoração sóbria com denotações em tons dourados e azeitona, para fugir à monotonia, e umas quantas ferraduras de “boa fortuna” pelas paredes, resultam numa perfeita mescla entre o que realmente aqui importa: a boa cozinha e uma janela virada para as tradições lusitanas. Todo o Restaurante Picadeiro respira o Minho e isso vê-se perfeitamente na ementa.

Verdadeira varanda que se abre sobre a Baixa e o Tejo, o Zambeze Restaurante conjuga da melhor forma a gastronomia beirã e moçambicana, numa carta rica e repleta de iguarias. Localiza-se em Lisboa, entre o Castelo de São Jorge e o Largo do Caldas, mais concretamente no terraço do antigo mercado de Chão de Loureiro, hoje parque de estacionamento multifuncional, onde há sempre lugares disponíveis e duas horas são gratuitas para quem faz uma refeição no restaurante. Não sendo propriamente barato, o Zambeze faz jus ao conceito preçoqualidade. Pode fazer-se uma refeição por cerca de 30€ sem vinho, usufruir de um excelente espaço subdividido em duas salas e uma esplanada. O serviço é profissional, com empregados afáveis e conhecedores dos pratos que compõem a lista. A esplanada, é um imenso miradouro de 300 m2 que encanta locais e turistas.

Centro Equestre do Vale do Lima Rua do Senhor de Pias, 1336 Sernados, Feitosa Ponte de Lima Tel: 258 943 834/ 966 291 791

Calçada Marquês de Tancos, Edifício EMEL, Mercado Chão do Loureiro – Lisboa Tel:21 887 7056 Preço da refeição sem vinho 30€

Entrada, sopa e prato principal rondam os 23€ por pessoa abril de 2016

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> experiência

São Miguel PARA ALÉM DA CONTEMPLAÇÃO Se pensa que uma semana na ilha de São Miguel é tempo demasiado e vai ficar entediado, que em dois ou três dias fica a conhecer e usufruir de tudo, está enganado. As opções que ali lhe são oferecidas vão facilmente preencher-lhe os dias, sempre em contacto com a natureza. Texto: José Luís Elias

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e a imagem que tem da ilha de São Miguel, são paisagens incríveis dos campos que muitas vezes terminam no azul do mar, tudo em meio com lagoas que são como “pérolas” dentro de uma ostra, bem no centro de grandes manchas de verde que as rodeiam, que a ilha é um lugar de rica gastronomia à base dos produtos locais que a terra dá e o mar possibilita, que tem um património cultural bem diferenciado daquele que encontramos no continente, não está enganado, tudo isto se mantém na ilha que é capital do arquipélago. No entanto, nesta ilha atlântica tem vindo a desenvolver-se um conjunto de produtos turísticos que proporcionam experiências únicas. O turismo ativo que começou com os passeios no mar para visualizar de perto baleias e golfinhos, estendeu-se por terra firme e hoje está à sua disposição um número incrível de propostas que vão preencher-lhe o tempo e dar a conhecer locais e pormenores da ilha a que antes não havia acesso. Vai perceber, ao longo do texto, que vou sugerir-lhe “mil e uma maneiras” de, em família, ter umas férias diferentes na natureza, muito embora, se for mais sedentário, possa sempre optar por apenas contemplar as magníficas paisagens naturais da ilha. O desfio, no entanto, aqui fica lançado, à espera que possa usufruir de algumas destas experiências.

NATUREZA É CONNOSCO

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Rua José das Neves Ferreira - Arm. 12 9500-731 Ponta Delgada, Azores, Portugal Telf: 296284362 - 915172738-924399217 www.facebook.com/pages/TurisVerde/303776466344844 website: www.turisverde.com Lat: 37º,74.272727 | Long: -25º,69,22670

Chegado, ainda pela manhã, à capital da ilha, Ponta Delgada, decidi dedicar este meu primeiro dia em terras micaelenses, a percorrer e conhecer a cidade. A minha primeira escolha foi fazê-lo apanhando a conhecida “Lagarta”, pequeno comboio turístico que, diariamente, faz vários percursos na cidade e nos transporta a recantos a que mais tarde poderemos retornar, para vermos mais em pormenor, num passeio que, para isso, deve ser feito a pé. São vários os percursos (ver caixa) que podem fazer-se, todos com o mesmo custo: 5,00€. Optei pelo circuito “Histórico”, coloquei os “phones” através dos quais se tem acesso à gravação descritiva dos locais a visitar e lá fui eu “lagartear”. É uma forma engraçada de percorrer as ruas, dado que a marcha é lenta, possibilita, por isso, tirar fotos, e posso garantir que dado os ângulos e perspetivas possibilitadas pela pouca altura das três carruagens, elas ficam bem interessantes. O percurso histórico, que passa essencialmente pelo centro da cidade, levou-me pelas Portas da Cidade e a Igreja Matriz, à Igreja Mãe de Deus, ao Mercado da Graça e a Santa Clara. Passei por vários jardins e praças, o que torna o passeio mais interessante, e diria que, mesmo sem deslumbrar, são cerca de duas horas bem passadas. O resto do dia foi ainda para ser vivido na cidade. A opção passava por alugar uma bicicleta ou uma scooter, optei pela segunda hipótese e achei incrível a experiência. Calcorrear as ruas estreitas da zona antiga da cidade, parar à porta de um café/ geladaria, saborear os ditos, tendo parada, mesmo em frente da mesa da espanada a “minha” “scooter”, foi algo que me aconteceu pela primeira vez na vida. Posso dizer, por isso, que esta é, sem dúvida, uma maneira mais fácil, económica e amiga do ambiente, de ver tudo em Ponta Delgada. De bicicleta talvez possa ser ainda melhor, pelo menos para o ambiente, mas é preciso pernas…

VOAR DE BALÃO, MERGULHAR COM TUBARÕES, NADAR COM BALEIAS Os dias seguintes foram mais radicais. Sobrevoar a ilha em balão é poder absorver o que de mais belo tem o cenário

que nos fica, literalmente, aos pés. Os inúmeros tons de verde que se vislumbram fazem lembrar uma tela e, em função da vegetação que cobre os campos, salpicados aqui e ali por pequenos povoados, esta paisagem contrasta com o imenso mar azul que se avista em fundo, e com o recorte da ilha. A Ribeira Grande é a “capital” do balonismo em São Miguel, para aqui está já agendado o segundo Festival de Balões de Ar Quente que se realiza entre os dias 13 e 17 de julho, pelo que nos meses do próximo verão já veremos nos céus da ilha vários balões. A predisposição dos turistas para esta aventura é crescente, o equipamento e os conhecimentos de quem dirige esta oferta são garante da segurança destas extasiantes viagens, 300 metros acima do solo. Mergulhar com tubarões pode parecerlhe uma ideia um tanto louca, mas nestes mares açorianos a proposta tem ganho fama e adeptos. Se for aventureiro por natureza, se gostar de adrenalina e for fã de mergulho, sugiro-lhe que avence, e sem medos. As empresas que propõem este tipo de experiência, são um garante de segurança máxima, sendo apenas conveniente que os candidatos a esta grande e inesquecível experiência sejam iniciados no mergulho. A aventura é feita em grupo e dura cerca de seis horas – não, não são seis horas com tubarões, tudo se inicia com uma viagem de barco até um spot onde se encontram os tubarões. Neste local há um tempo dedicado à preparação do “encontro com os tubarões” e só quando estão reunidas as condições chega a hora do grande mergulho, devidamente acompanhado por instrutores certificados. Para quem já o fez, esta é uma experiencia única só comparável à sensação que um normal condutor poderia ter ao encontrar-se ao volante de um Fórmula 1. Mas claro que, no que toca ao mergulho, há na ilha várias empresas especializadas capazes de lhe proporem sugestivos programas para explorar estes mares que são considerados dos mais interessantes do mundo, devido à vida marinha que por lá se encontra. O batismo de piscina ou de mar é o primeiro passo para se apaixonar pela prática do mergulho e abril de 2016


seja, hoje já há de tudo e para todos os gostos, tudo para agradar a uma família inteira que tenha apelos diferentes. Para visitar a ilha e conjugar todas, ou pelo menos algumas das sugestões que deixei, pode optar por passeios organizados, feitos nos habituais mini bus, ou pelo aluguer de automóvel. No entanto, uma boa opção é um Jeep em 4x4. A grande novidade nos Açores é fazer um passeio no Azores Big Truck, pela ilha de São Miguel. Não sabe o que é isto do Big Truck? Pois eu explico: Trata-se de um veículo 4x4 com chassis e marca MAN, cuja carroçaria foi desenhada e adaptada, tendo como objetivo acomodar confortavelmente

AS PRAIAS E O SURF Dizer-se que São Miguel é um destino de praia pode ser um exagero, mas considerar que a ilha oferece belas praias de águas “mexidinhas” mas quentes, é uma realidade. Tanto assim que hoje já encontramos hotéis e apoios de praia de muita qualidade, para os veraneantes, mas porque as águas por ali não são calmas, o surf tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos. Ribeira Grande, a 20 minutos de Ponta Delgada é uma cidade costeira que tem potenciado a praia para férias, e também o surf, oferecendo um dos melhores beach breaks dos Açores, onde são organizadas anualmente algumas das provas oficiais da modalidade. No entanto, outras praias ao longo da costa são procuradas para a prática deste desporto, como as praias do Pópulo e das Milícias, em São Roque, ou a praia do Lombo Gordo, no concelho do Nordeste. Mas, por estas paragens, o mar, sempre presente, oferece-lhe tudo e proporciona ao homem que faça tudo, desde vela à pesca desportiva em alto mar, passando por um simples passeio de barco. Uma das atrações mais procuradas pelos turistas continua ainda a ser a observação de cetáceos, pelo que existe muita e diversificada oferta. No entanto, as empresas que propõem a realização destes passeios na companhia de uma equipa profissional de skippers, biólogos e vigias, abril de 2016

transmitem a ética necessária à observação das baleias e golfinhos.

COM OS PÉS ASSENTES NA TERRA As caminhadas são a forma de adquirir um conhecimento mais profundo da região. De forma organizada e segura, encontra programas de meio dia e dia inteiro que o levam a visitar lugares incríveis, como o passeio da Caminhada nos Moinhos que começa na Ribeira Funda e termina no porto piscatório da vila da Maia, num itinerário ao longo do qual poderá ir tomando banho nas piscinas naturais e aproveitar para visitar o museu do tabaco, instalado numa antiga fábrica. Mais conhecidos são os passeios pelas lagoas do Fogo ou das Sete Cidades, a lagoa mais lendária. Trata-se de uma bela caminhada onde vai admirar a fauna e a flora locais, aprender sobre elas e, também, ficar a conhecer a lenda de amor que “explica” a formação das duas lagoas, a verde e a azul. Para que o dia se torne mais relaxante poderá comer num dos restaurantes da lagoa da Sete Cidades ou mesmo fazer um piquenique tendo em fundo aquela visão arrebatadora. Depois é só mais um pequeno esforço, verdadeiramente compensador: fazer um pouco de canoagem pelas lagoas, contemplando a natureza em volta. Na natureza, e usufruindo dela na sua plenitude, existem, nas empresas especializadas em turismo ativo na ilha de São Miguel, programas muito relaxantes como o da observação das baleias, ou os passeios a cavalo. Já no que toca a propostas mais radicais, pode escolher entre trekking, BTT, canyonings ou escaladas. Ou

Venha descobrir connosco os mais belos locais de S. Miguel

Lic: 01/2002

explorar um universo que o comum dos mortais apenas perceciona através de imagens. Depois, sem excessos, entre no mundo do Scuba Diving e divirta-se!

24 passageiros e, ao mesmo tempo, proporcionar-lhes uma aventura “a bordo” de uma viatura com caraterísticas radicais, em circuitos "off-road". No Big Truk pode optar por três circuitos: o Adventure Tour, cuja atração principal são as Sete Cidades onde são percorridos alguns sítios de difícil acesso; o Experience Tour, que combina a experiência de observação de cetáceos com circuito "off road" na zona noroeste da ilha; e o Emotion Tour, que tem como principal destino a cratera da Lagoa do Fogo e a zona central da ilha". Se experimentar e ficar cliente, poderá, fazendo os três percursos e ficar a conhecer praticamente toda a ilha. <

4x4 tours; passeios pedestres; BTT tours e Pesca www.trilhosdanatureza.com e-mail: info@trilhosdanatureza.com Tlm: 919020506

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> grandes dicas

por FERNANDA RAMOS

BIKE ROADS ALDEIAS DO XISTO

“Subida Épica do Fundão – Cerejeiras em Flor” Já imaginou subir, em bicicleta, a Serra da Gardunha, tendo como cenário as cerejeiras em flor? Pois a partir de 10 de abril poderá aventurar-se pelo cenário único da Cova da Beira através da nova “Subida Épica do Fundão – Cerejeiras em Flor” das Aldeias do Xisto. Em pleno reino da cereja, os dois primeiros quilómetros da subida, até à chegada à aldeia de Alcongosta, são feitos na companhia de extensos pomares de cerejeiras. Conhecida como Capital da Cereja, Alcongosta destaca-se pelo seu brasão composto por duas cestas de vime com cerejas e um castanheiro, e pelo seu pavê, um piso sobre o qual se atravessa toda a localidade durante 1.272 metros e uma inclinação superior a 7%. A última casa da aldeia marca o início da Estrada Florestal de Alcongosta, com as cerejeiras a serem substituídas aos poucos substituídas por castanheiros e carvalhos. Já no último quilómetro, a vegetação torna-se mais rasteira e permite apreciar toda a Cova da Beira, com destaque para as cidades do Fundão e da Covilhã e para a Serra da Estrela. A estrada alcatroada e a subida terminam junto à entrada do Natural Glamping da Gardunha. Mais informações em: www.aldeiasdoxisto.pt

SANTA LUZIA ARTHOTEL

Guimarães Se está pelo norte do país, mais concretamente pela cidade que é berço na nacionalidade, aqui deixamos uma dica sobre um hotel onde pode ficar alojado, o Santa Luzia ArtHotel que abriu portas no último dia de 2015 e por isso ainda cheira a novo. O hotel ocupa o edifício de uma antiga casa senhorial oitocentista e dessa data foram recuperados alguns elementos de pedra, mas desde a fachada que este é um hotel bem moderno, arrojado até. No centro histórico de Guimarães, o nome do Santa Luzia ArtHotel não engana, é hotel com artes e de artes, e foi a estas que a decoração foi buscar inspiração. É de arte que se fala nas áreas públicas, algumas podendo transformar-se em salas para exposições ou até zonas de espetáculo. Uma dualidade que não é inocente pois o que ali se pretende é que o hotel seja, como era hábito nos inícios do século passado, um local de tertúlia e convívio, mas que seja também, em simultâneo, um espaço tão intimista como a casa de cada um dos seus hóspedes. Classificado com quatro estrelas, este é um hotel diferente, até quando o tema é a piscina, melhor dizendo, as piscinas, que há três interiores e uma exterior, no último andar do edifício, que tem nada menos que 46 metros de comprimento. Spa com salas de tratamento, sauna, banho turco e ginásio, além das tais três piscinas interiores, 99 quartos de seis tipologias, nomeadamente prestige e suites, restaurante, bar e biblioteca, complementam a oferta. Morada: Rua Francisco Agra, 100, 4800-157- Guimarães

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ROTA DA LÃ

Serra da Estrela Não se fala muito dela, mas existe. A Rota da Lã desenvolve-se numa região, a serra da Estrela, que trabalha a lã desde os primórdios da nacionalidade e que por isso é fértil em património arqueológico-industrial no que aos lanifícios se refere. São vários os concelhos da região onde a tradição no fabrico de lanifícios atravessou os tempos, desde que a lã era trabalhada de forma artesanal, até às fábricas, passando pelas grandes manufacturas. Covilhã (Tortosendo e Unhais da Serra), Gouveia, Guarda (Maçainhas, Meios e Trinta), Manteigas, Penamacor, Pinhel e Seia (Alvôco da Serra, Loriga e S. Romão) são concelhos onde a tradição do trabalho da lã é rica e é também por ali que se encontram algumas das mais modernas empresas mundiais em tecnologia têxtil, para além de uma Universidade e de um Museu de Lanifícios (considerado pela Unesco o melhor museu têxtil da Europa) cuja existência se deve a essa importante história industrial. Faça esta rota, mergulhe num tipo de turismo diferente, o industrial, e não se esqueça de visitar o Museu dos Lanifícios, na Covilhã, com a Real Fábrica Veiga, o Centro de Interpretação dos Lanifícios e a Real Fábrica de Panos, bem como o Museu dos Meios, na Guarda. abril de 2016


Caminhar no meio da mata, mergulhar, descer rios em rafting, desafiar cascatas em rapel ou aventurar-se num safari, são atividades que atraem cada vez mais praticantes. Mas, antes de praticar o “Turismo de Aventura” deve tomar alguns cuidados. Texto: Maria Morgado

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iajar é sempre bom para recarregar as baterias, conhecer lugares novos e também uma forma de fugir do stress e da rotina dos grandes centros urbanos. Ficar perto da natureza, fazer caminhadas, conhecer trilhos novos, cascatas e praticar turismo de aventura são práticas cada vez mais comuns e que combinam muito bem com um estilo de vida mais saudável e ecológico. É uma prática que utiliza de forma sustentável os patrimónios naturais e culturais que promove tanto o bem-estar dos praticantes como um incentivo à conservação e o cuidado com o meio ambiente. Embora tudo isso seja muito bom e até aconselhável, é preciso tomar algumas precauções. Mais vale prevenir do que remediar. Quem está a pensar realizar o chamado turismo de aventura, que inclui passeios ou atividades radicais, seja em Portugal, seja no estrangeiro, deve ter cuidado na hora de contratar o serviço de uma empresa. Caso contrário, o que era para ser lazer e diversão pode transformar-se em algo trágico, com sérias consequências. É primordial que procure informações básicas na hora de contratar um pacote. Se a empresa tem alvará de funcionamento, pelo menos saberá à partida que não vai cair nas mãos de agências clandestinas. Não deve ter vergonha em fazer perguntas e de ver a qualidade do material que será usado. Pergunte tudo. Informe-se sobre todos os dados acerca do programa, ou seja, qual o grau de dificuldade do roteiro; quais as atividades incluídas; se é necessário fazer previamente cursos específicos e qual a condição física exigida conforme a atividade escolhida; quais as AF_235x60_Turisver_select_V2.pdf características da região, etc. Termos uma boa noção do que somos ou

• Peça referências e confira se a empresa que oferece o serviço está formalizada e se tem alvará de funcionamento • Verifique se a empresa oferece seguro que cubra atividades de aventura e natureza • Veja se a empresa conhece e aplica as normas técnicas portuguesas para a atividade que oferece. • Utilize apenas equipamentos que estejam em boas condições de uso • Não esqueça: sempre que tirar os pés do chão, esteja de capacete. Sempre que entrar na água, esteja com colete salva-vidas. • Na aventura, aja de acordo com as regras ambientais básicas: não faça fogo, não contamine o rio, ande apenas nos trilhos demarcados, ao produzir lixo, traga-o de volta. • Confira o estojo de primeiros socorros que a empresa está a levar e leve na sua mochila os seus próprios remédios específicos. • Seja responsável. Conheça os seus limites, não coloque em risco a sua saúde nem a vida dos outros. • Hidrate-se, alimente-se e mantenha-se aquecido.

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não capazes de fazer, não tanto para que possamos explorar esses limites mas para que possamos manter um ritmo confortável, para podermos apreciar a atividade em si é muito importante. É aconselhável informar-se sobre sugestão de roupas apropriadas para 1/4/16 13:49 vestir e levar e, também quanto a equipamentos, objetos e produtos de

primeira necessidade que deverão fazer parte da bagagem. A água, é da maior importância levar em quantidade suficiente, pois a sua falta irá condicionar rapidamente muitos factores fisiológicos. Outro dado que não pode ser esquecido é quanto à presença de um guia especializado e competente no tipo de programa escolhido. <

• Observe sempre os limites de peso, altura e idade estipulados para a atividade. • Crianças, idosos e portadores de deficiências físicas, dependendo da disposição de cada um e da natureza da atividade, também podem praticar o turismo de aventura, observando cuidados especiais.

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abril de 2016

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> conselhos ao viajante

PRATICAR TURISMO DE AVENTURA EXIGE ALGUNS CUIDADOS


> agenda

EVENTOS E ESPETÁCULOS 29 de abril a 5 de maio

FESTAS DO SENHOR SANTO CRISTO

7 a 10 de abril

PONTA DELGADA

Intrinsecamente ligadas à ilha açoriana de São Miguel, as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres são uma das mais importantes manifestações e festividades religiosas da ilha. São três dias de muita festa, arraiais, iluminação e fogo de artifício numa celebração secular que venera a imagem de Cristo depositada no Convento da Esperança, em Ponta Delgada. Esta, com o seu tesouro composto por resplendor, ceptro, corda e coroa, sai em procissão como agradecimento pelo fim de inúmeros e sucessivos terramotos que há séculos abalaram a ilha.

7 a 17 de abril

PEIXE EM LISBOA LISBOA

O Pátio da Galé, no Terreiro do Paço, recebe mais uma edição do Peixe em Lisboa, o mais internacional e emblemático evento gastronómico da capital. Durante esta semana, pode ainda aprofundar conhecimentos sobre vinhos em provas orientadas por especialistas, com harmonizações enogastronómicas, para que possa tirar o melhor partido do mundo gastronómico e vínico, pela mão dos chefes de cozinha.

22 a 24 abril

FESTA DO ALVARINHO E DO FUMEIRO MELGAÇO

A Festa do Alvarinho e do Fumeiro pretende, de ano para ano, ser diferenciadora das festas de gastronomia e vinhos que acontecem um pouco por todo o país. Nesta feira os produtos são 100% locais e por isso uma verdadeira mostra de promoção e venda dos produtos regionais e daquilo que melhor se faz em Melgaço. Estarão presentes os produtores, mas acima de tudo o Alvarinho e os produtos de fumeiro, como chouriço, paio, ou salpicão, do que melhor que as gentes de Melgaço sabem fazer.

21 a 25 de abril

OVIBEJA BEJA

Todo o Alentejo se encontra em Beja durante esta reputada feira. A Ovibeja é uma feira de produção agrícola, mas também da transformação, dos serviços. É uma mostra institucional dos produtos da região num espaço que também se assume como centro de negócios e de discussão dos temas da atualidade, tudo bem acompanhado de animação e entretenimento para todas as idades e gostos.

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EXPO BARRANCOS

10ª Feira do Presunto e dos Enchidos Abril está pela décima vez marcado no calendário como mês por excelência da Feira do Presunto e dos Enchidos. Abril é também mês de juntar em Barrancos os filhos que ficaram com os que partiram, para degustar os melhores produtos que esta terra da raia alentejana tem para dar.

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Texto: Sara Cunha Ferreira

Parque de Feiras e Exposições de Barrancos volta a receber os aromas, os sabores, cores e os sons dos produtos “made in”

Barrancos. Mais uma vez, esta terra da raia alentejana abre as suas portas para mostrar os melhores produtos que aqui se produzem, desde a gastronomia, com natural ênfase para o presunto e enchidos, mas também o queijo fresco de cabra, azeitonas e vinho, o artesanato em vime, fósforos, osso e cortiça, xisto, pirogravura e tecelagem, os usos e costumes barranquenhos e, claro, as touradas tão tradicionais de Barrancos. No recinto do Parque das Feiras, por estes dias estão garantidos muitos bailaricos, arruadas e concertos que sobem aos dois palcos do Parque – um perto das arcadas centrais, com bancadas, e outro no campo de baixo, perto das tasquinhas de restauração – onde a música popular ganha forma e som que acompanha as várias provas de degustação dos produtos locais, entre eles o presunto DOP - Denominação de Origem Protegida, que têm lugar nas arcadas centrais do recinto. O presunto de Barrancos, único em Portugal com DOP, é curado pela circulação de ar, sem qualquer recurso ao

fumeiro, num longo e exigente processo de maturação nascido da sabedoria dos barranquenhos. Depois é facilmente reconhecido pelo seu selo de certificação, a cruz de Aviz, marcada a fogo. Mas há também ranchos e showcookings, para mostrar os pratos tradicionais da gastronomia barranquenha, e à noite, para a consciência não pesar, há bailes para ajudar a queimar as calorias que nos pesam do sabor tão bom que nos fica. Mas fica aqui um aviso, por estes dias o peso a mais pode ser uma vantagem, já que há sempre um sorteio onde se pode ganhar “o peso em presunto”. Que o diga o ex-ministro da Economia Pires de Lima, que na edição do ano passado fez questão de se pesar depois de provar “o melhor presunto do mundo”, para tentar a sua sorte! Já fora do Parque, a organização não esquece que a festa continua e na Tenda Horário do Parque de Feiras e Exposições de Barrancos Dia 7: 17h00 às 00h00 Dia 8 e 9: 10h00 às 00h00 Dia 10: 10h00 às 20h00 Tenda Multiusos – Expo Noite: 00h00 às 05h00 Entrada gratuita no Parque e Tenda

Multiusos – Expo Noites haverá concertos dos nomes mais sonantes da música popular portuguesa, porque é também de portugalidade que se fala, mais ainda quando Barrancos está tão próximo dos amigos espanhóis que também fazem questão de partilhar a festa. Por isso não estranhe se, enquanto saboreia um bom fumado no pão alentejano, ouvir flamenco e vir sevilhanas pelo Parque.

VIDA RAIANA Uma vez em Barrancos, não se fique pelas imediações do Parque e Tenda e aproveite para visitar esta vila raiana, rodeada por Espanha, e que tem no Castelo de Noudar um dos seus pontos de interesse. Aqui não conseguimos ser indiferentes à paisagem deslumbrante que se apresenta, cujo relevo nos oferece um cenário de montes e vales onde correm as ribeiras do Múrtega e do Ardila, com o Parque Natureza de Noudar ali tão perto. Na vila, é desafio subir e descer por entre as ruas estreitas, de casas baixinhas – algumas quase a desafiar a imaginação “hobbit”, de tão pequenas –, pintadas de branco e debruadas a amarelo torrado do sol e portas castanhas. Uma pequena vila onde o solo dourado do capim se enobrece com a água das ribeiras e consegue ser única em todo o território português. < abril de 2016


12 a 17 de abril

Corridas na Plaza de la Maestranza Horário de bilheteira: Até 17 de Abril – 10h às 14 horas e 17h às 20h No dia da corrida as bilheteiras estarão abertas ininterruptamente, desde as 10h da manhã até à hora de início da corrida. Os bilhetes podem custar entre os 10€ e os 150€.

EVENTOS E ESPETÁCULOS 22 a 24 de abril

FESTA DE MOUROS E CRISTÃOS ALCOY

Mais de 80 aldeias e vilas a sul de Valencia, em Alicante, Espanha, celebram a reconquista cristã no século XIII, na Fiesta de Moros y Cristianos. As mais emblemáticas celebrações têm porém lugar em Alcoy, onde todas as procissões oriundas das redondezas convergem. Por aqui, centenas de locais vestem-se a rigor com as suas vestes tradicionais a representar as diferentes fações da festa.

23 de abril

CELEBRAÇÕES DO ANIVERSÁRIO DE SHAKESPEARE STRATFORD-UPON-AVON

Semana de festa em Sevilha

Durante uma semana, a cidade espanhola da Andaluzia vive apenas para a festa. Música, gastronomia, bailes, ganadaria e “muchas ganas” por diversão fazem de Sevilha durante a Feria de Abril uma cidade com um ambiente muito especial. Simplesmente inolvidável! Texto: Sara Cunha Ferreira

É

uma das festas mais internacionais e populares de Sevilha. Outrora feira de ganadaria, com o passar do tempo o seu ar festivo tomou conta até se converter num encontro imprescindível para os sevilhanos. Oficialmente, a Feria de Abril começa numa segunda feira, sensivelmente duas semanas após a Semana Santa, às doze badaladas da noite, com o “el alumbrao”. Trata-se da iluminação de milhares de bolbos coloridos na portada principal, que chega a atingir cerca de 50 metros de altura e cuja dinâmica decorativa é diferente a cada ano. Durante uma semana, milhares de casas (casetas, como chamam os locais) são instaladas no recinto da feira, transformando-se num segundo lar para os sevilhanos. Decoradas de variadíssimas cores e de toldos listados, as casetas são uma das almas da festa, onde os sevilhanos convivem ao som da música, cantam e, claro, dançam sevilhanas, extravasando as fronteiras das casetas para o recinto, enquanto degustam os produtos típicos andaluzes, bebem cerveja, vinho fino e manzanilla. A maioria das casetas são particulares, onde só entram familiares e amigos, mas há outras de entrada livre [ver caixa] e que refletem na perfeição o espírito da festa. abril de 2016

Nesta semana, todos trajam as vestes andaluzas: os homens com as roupas campinas tradicionais e as mulheres com os vestidos flamencos ou de cigana. Há uma alegria contagiante no ar e todos, mesmo sem querer, entram no ambiente contagiante da festa.

TRÊS SECTORES BEM ANIMADOS O recinto da feira chama-se El Real e situase entre o bairro Los Remedios e Tablada. Está dividido em três sectores: El Real, onde se encontram as casetas, a Calle del Infierno e a zona de parqueamento. São 275 mil metros quadrados distribuídos por 25 quarteirões e um total de 15 ruas, todas com nomes de toureiros famosos.

CASETAS ABERTAS AO PÚBLICO

Existem mais de mil casetas na Feria de Abril de Sevilha. Apenas 16 estão abertas ao público e ficam nas ruas: Calle Costillares: 13, 22 e 77 Calle Antonio Bienvenida: 13, 79 e 97 Calle Pascual Márquez: 9, 66, 81, 85, 153 e 215 Calle Ignacio Sanchez Mejias: 56 e 61 Calle Juan Belmonte: 196 Calle Curro Romero: 25

A rua do Inferno (Calle del Infierno) é uma zona lúdica e muito animada com uma multiplicidade de atracões, incluindo mecânicas, para adultos e crianças, a que os locais chamam de “cacharritos”, havendo também zona de restauração para refrescar os lábios e o corpo de tanta animação. Um dos momentos altos da festa são os tradicionais passeios de cavalo e charrete, pelas ruas do El Real. Um charmoso espetáculo equestre onde os mais belos exemplares equinos ornamentados e sumptuosas carruagens se desfilam em jeito de verdadeiras obras de arte. Mas estes passeios só acontecem até ao entardecer, para depois deixar as ruas livres para as sevilhanas e outras festividades e celebrações. Outro ponto alto não poderia deixar de ser o touro e as corridas. A temporada começa do Domingo da Ressurreição e as corridas que ocorrem durante a “feria” são conhecidas como “farolillos”. Todas as tardes a Plaza de la Maestranza enche-se de gente para testemunhar a corrida do dia, cujos bilhetes podem ser adquiridos na própria Praça de Touros. Por fim, após uma semana de diversão, solta-se o fogo de artifício, um impressionante espetáculo pirotécnico no domingo à meia noite, que se despede da Feria de Abril: Até para o próximo ano! <

Este ano comemoram-se os 400 anos da morte de William Shakespeare, o mais famoso dramaturgo de todos os tempos. Estão marcadas celebrações em vários pontos de Inglaterra, mas em Stratfordupon-Avon ganham maior relevância, por ter sido neste condado que o escritor viveu. O fim de semana de aniversário reúne a comunidade local, artistas e apaixonados pela obra do escritor numa celebração de dois dias. As ruas da cidade transbordam de música, pompa e drama, num programa que integra duas paradas, teatro de rua com recriações das peças de Shakespeare e música. Para os mais pequenos há teatro de marionetas e inúmeras atividades criativas.

21 de abril

NASCIMENTO DE ROMA ROMA

Todos os anos o nascimento de Roma é celebrado pelas ruas da cidade fundada por Rómulo e Remo a 21 de abril de 753 aC. Como o centro do Império Romano, Roma desempenhou um papel significativo no desenvolvimento da civilização que conhecemos hoje. As celebrações incluem desfiles, performances de gladiadores, banquetes e interpretações teatrais, que recriam os primeiros dias da cidade. Uma lição de história a céu aberto que apaixona historiadores e curiosos. Se está a pensar ir a Roma, esta altura é sem dúvida uma mais valia histórica e cultural.

15 a 24 de abril

COACHELLA INDIO

Realiza-se na Califórnia, nos Estados Unidos, é um dos mais famosos festivais de música e arte do mundo e é cada vez mais uma data incontornável para os amantes dos festivais multiculturais. Realiza-se em dois fins de semana (15 a 17 e de 22 a 24), e não há celebridade do mundo da música, cinema, televisão ou moda que não vá a Coachella. O cartaz do eventos conta com nomes como LCD Soundsystem, Guns’n’Roses, Sia, Ellie Goulding, Disclosure ou Calvin Harris.

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É a última grande cidade ao sul de Marrocos, com uma costa maravilhosa e oferta turística que a cada ano atrai visitantes de todo o mundo. Dias de muito sol, quase o ano inteiro, fazem de Agadir um destino de praia para muitos turistas. Fica virada para o oceano Atlântico mas está protegida dos ventos frios numa espécie de baía. Um longo areal e mar convidam à prática de diversos desportos náuticos, como windsurf, surf, bodyboard ou até andar de mota de água. Agadir possui lindas mesquitas espalhadas pela cidade inteira.

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Uma das melhores escolhas para este Verão. É o país das cores e de inesgotáveis atracções. Descubra as praias de areias brancas e águas cristalinas, os monumentos históricos, o merengue, a culinária, os tradicionais charutos e o rum... A sua capital, Santo Domingo, é uma verdadeira jóia arquitetónica colonial, tendo sido classificada Património da Humanidade pela UNESCO. Punta Cana é um dos maiores destinos turísticos da República Dominicana, com mais de 50 quilómetros de praias de areias brancas, águas quentes e cristalinas e exuberantes coqueiros.

CRISTALINAS ÁGUAS DE CAYO COCO – CUBA

As praias de Cayo Coco, em Cuba, são esplêndidas. A área é conhecida pelas suas espetaculares praias de areias brancas e finas, banhadas pelas águas verdes-azuladas e cristalinas do Atlântico. Aqui, os recifes de corais oferecem uma enorme riqueza biológica e uma grande diversidade de espécies marinhas – um paraíso para os mergulhadores. Dominada por excelentes resorts, esta ilhota é ideal para descansar e esquecer tudo o resto. É um lugar paradisíaco, possui 22 quilómetros de praias e destaca-se pelo seu alto grau de conservação do ecossistema.

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Complexo balnear do Lido renasce na Madeira Foi e será sempre o ex-libris da Madeira. Depois de seis anos fechado para obras, regressou em março com todo o seu esplendor de outrora. O Lido renasce, mais moderno, mas respeitando o desenho de Max Römer, o alemão que melhor pintou a Madeira nos seus costumes, cores e poesia. Há mais de 80 anos nascia aquele que seria o complexo balnear mais emblemático da Madeira e protagonista de várias remodelações. A mais recente foi motivada pela destruição dos temporais de Fevereiro de 2010. Com duas piscinas de água salgada renovada diariamente, o complexo disponibiliza também o acesso ao mar por escadas, para todos aqueles que preferem nadar no oceano. Esta zona balnear possui ainda duas piscinas para crianças, os campos do 'Madeirabol', um novo espaço de miradouro onde antes existia a esplanada, um restaurante/esplanada, novos equipamentos de apoio, e beneficia de uma situação privilegiada numa área muito frequentada por turistas, onde se concentram diversos hotéis, bares e restaurantes. Preço por pessoa/dia: 5€ Pacote 2 pessoas+2 espreguiçadeiras+1guarda-sol: 12.30€

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Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa Porque a liberdade vive-se em família Aproveite o feriado prolongado do 25 de abril para reservar para si e para a sua família uns merecidos dias de descanso e diversão. Porque a liberdade vive-se em família. Aceite o convite do 5 estrelas Montebelo Aguieira Lake Resort & Spa, no Vale da Aguieira (Mortágua) e desfrute de todos os mimos por apenas 88€ por noite em alojamento num apartamento T1. O programa inclui pequeno-almoço buffet no restaurante do resort, acesso gratuito à piscina interior aquecida, jacuzzi, sauna, banho turco, ginásio, courts de ténis, circuito de manutenção e parque infantil. Se na altura houver disponibilidade, pode fazer late check-out. Nas cristalinas e serenas águas da Barragem da Aguieira desenvolvem-se várias actividades de recreio e lazer que têm servido como principal cartão de visita a todos aqueles que apreciam o verdadeiro contacto com a natureza. No hotel estão disponíveis várias actividades como passeios de barco e desportos náuticos na marina, aluguer de bicicletas, mini-golfe, bem como diversos tratamentos de rosto e corpo, massagens e terapias orientais no Spa. Mais do que um lugar de bem-estar, aqui vai encontrar um espaço surpreendente! abril de 2016


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Escapadas de Abril Diz o velho ditado que “abril, chuvas mil”, mas também dizem os meteorologistas que vamos ter a melhor primavera de sempre. Então como acreditamos mais nos especialistas do que nos ditados, vamos aproveitar este mês de abril, até porque há pelo menos um fim-de-semana prolongado, altura ideal para fazer “uma ponte” e escapar-se por uns dias. Das nossas sugestões, a Islândia é que fica um pouco mais longe, mas está na Europa. É uma proposta de quatro

noites da Q’Viagem!. As suas principais atrações, o mais incrível que pareça, não são as cidades, mas sim a natureza que é impressionante, diferente, vulcânica e única. Vale também ir à Islândia para conhecer um pouco da cultura Viking. Depois há os Açores, para ir de avião, mas é aqui tão perto. O convite da Turangra é para visitar duas ilhas em oito dias: A ilha azul – Faial, e a ilha verde São Miguel. Qual delas a mais bonita, no entanto, diferentes. Cabanas de Tavira a sul e Arcos de

Valdevez bem no norte são sugestões que nos chegam do operador turístico Destinos e da Orbita Viagens, respetivamente. No primeiro caso, o convite é para se deliciar com a gastronomia da região, enquanto no segundo é para cuidar do corpo e da alma no fim de semana prolongado do 25 de abril. Se no Cabanas Park Resort, quer se trate de especialidades oriundas do mar, do interior algarvio ou da doçaria tradicional, os pratos oferecem uma variedade infinita de deliciosas e encantadoras ementas, e

deliciam as papilas gustativas de todos, situado em Vilar do Suente, Soajo, Arco de Valdevez, a Casa do Mezio Aromatic & Nature Spa Hotel está inserido na deslumbrante paisagem natural do Parque Nacional Peneda-Gerês e beneficia de bons acessos rodoviários. O hotel nasce no meio da natureza, local de bem-estar, um espaço surpreendente com cenários de beleza sensível e intimista das plantas aromáticas em estado puro. Tudo boas razões para umas escapadas de abril.

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