Jornal destinos de Julho de 2016

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Julho de 2016

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destinos

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do

Mensal

2016

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de

Nº 28

nº28 – Julho

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este suplemento faz parte integrant e da edição

Ano 2

HARMONY OF THE SEAS O MAIOR NA

VIO DO MUNDO

>POR CÁ MACHICO

TERRA DE RELAX E BEM-ESTAR

PAMPILHOSA DA SERRA DIVERSÃO EM PLENO RIO

UM ABRAÇO DA NATUREZA Art_Rodape_235x40.pdf

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29/04/16

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“Ao pé de mim quando preciso”.

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Leonor

Visite as nossas mais recentes estações em Lisboa, nos Parques da Empark Berna, Alameda e Campo Grande e ainda em Vila Franca de Xira, na Travessa do Telhal.

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> passageiro frequente

nota de abertura

A maior edição A edição de Julho do jornal destinos que agora lhe chega às mãos, é a maior que publicámos este ano e a causa é um encarte totalmente dedicado ao Harmony of The Seas, o maior navio do mundo que começou a cruzar mares há pouco mais de um mês. Neste especial damos-lhe a conhecer o “mundo” de possibilidades que é fazer um cruzeiro num navio que pode transportar quase 9.000 pessoas, entre passageiros e tripulação, o que representa ter mais população do que muitos concelhos do nosso país.

Viajar na fotografia

As opções do que ver a bordo, do que comer ou beber, do que fazer, desde estar sentado numa esplanada a tomar uma bebida num Starbucks, ladeado de mais de uma centena de árvores e plantas diferentes, até aprender ou praticar patinagem num ringue de gelo, é algo fantástico quando se sabe que navegamos sobre o oceano. No Harmony of the Seas é fácil, passadas umas horas, esquecermo-nos de que não estamos em terra firme. É esta experiência fantástica que lhe tentamos dar a conhecer. A capa deste mês é dedicada a São Tomé e Príncipe. É a segunda vez que escrevemos sobre este destino, e bem o merece. O turista que viajar para estas ilhas, vai vivenciar África, os seus cheiros e sabores, vai estar em contacto com a História e a cultura de um povo, com a História das descobertas, o que significa que vai estar em contacto também com a nossa História e, cereja no topo do bolo, vai estar em permanente contacto com uma natureza que o vai rodear a cada passo, luxuriante.

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É COR-DE-ROSA! PODE PARECER um truque de Photoshop, mas é mesmo uma fotografia do Lago Hillier. É na

Ainda em África, mas no norte do continente, viajámos até Agadir, hoje um dos principais pólos turísticos de Marrocos em especial no verão, pelo bom clima, pelas boas praias, pela hotelaria de qualidade e por tudo o que ali, e a partir dali, se pode fazer. Na nossa rubrica “Curtas”, falamos de Santiago de Compostela, cidade onde terminam os Caminhos de Santiago e, num registo cultural, deixamos pistas sobre os museus que pode visitar durante uns dias em Londres. Cá dentro vamos até à Madeira e levamo-lo a Machico, cidade tantas vezes esquecida, mas injustamente, já que ali fica uma bela praia de areia dourada e uma área pedonal onde lojas, restaurantes e geladarias fazem furor. No campo das experiências falamos do Jardim Zoológico de Lisboa, onde toda a família poderá passar um dia diferente,

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VERSALHES SERÁ PARA SEMPRE símbolo de riqueza e opulência. Ao olhar para esta fotografia é possível imaginar

Na agenda internacional os Festivais Rías Baixas, na zona costeira da Galiza, são um cartaz multifacetado a não perder por quem optar por estas paragens durante o evento. Por cá sugerimos um programa cultural do que Almada tem para oferecer em julho e destacamos as Seaside Sunset Sessions, na Pampilhosa da Serra. Em vésperas de férias deixamos muitas sugestões aos nossos leitores. Se com elas o podermos ajudar nas suas escolhas, cumpriremos o nosso objectivo.

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José Luís Elias

ficha técnica

Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa

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AO MAYA É A PRAIA DO FILME “A PRAIA”, de Danny Boyle. Não é perfeitamente desconhecida, requerendo testes de bravura

Middle Island, na Austrália Ocidental, que se localiza o que é também conhecido como Lago Rosa. Não é o único no mundo que, devido à grande concentração de sal, reúne microorganismos que produzem este pigmento. Toda a Austrália esconde belezas de cortar a respiração, mas esta é quase um milagre da natureza. Águas impávidas cor de pastilha elástica, envoltas pela mais verdejante floresta, mesmo ao lado da brancura das areias e de mil tons de azul e turquesa do mar. A ilha, pertencente à Reserva Natural do Arquipélago Recherche, está em perfeito estado virgem. Depois de uma viagem de barco ou de helicóptero, pode aproveitar trekkings impressionantes. E não se preocupe, não há qualquer problema em nadar nestas deliciosas águas cor-de-rosa.

Maria Antonieta deitada no seu leito de rainha a pensar que vestido e chapéu inimaginável iria envergar nesse dia. O Palácio de Versalhes, localizado nos subúrbios de Paris, foi, em tempos, residência da família real francesa. Hoje abre as suas portas a todos os interessados, entretendo-nos com salas e salas de magníficas riquezas, fantásticas pinturas e intrigantes detalhes. Também o parque do castelo é digno de visita, onde quase conseguimos ver as damas da corte do Rei Sol a passear-se de saias ao vento por entre os diversos labirintos, lagos e jardins. Não esquecer, ainda, os Domínios de Maria Antonieta. O Petit Trianon era local onde decorriam as festas privadas da rainha, e onde esta se vinha recolher para uma maior privacidade.

para lá chegar, como no filme, mas não por isso menos espetacular. É na Ko Phi-Phi Leh, a mais pequena das ilhas Phi-Phi, na Tailândia, que foi encontrado este céu na terra. Uma baía quase fechada, circundada por penhascos, que proporciona águas quase tão calmas como se de um lago se tratasse. Andamos e andamos, mar dentro, e continuamos com a água pela cintura, envolvendo-nos no mais magnífico azul. As viagens até à ilha, feitas em cruzeiros de meio dia, incluem passagem pela impressionante Gruta Viking e diversas paragens pela costa, onde habitam os mais variados e coloridos corais. Tente abstrairse do facto de afinal o paraíso não estar deserto, mas sim cheio de turistas, e aproveite esta fabulosa criação da Natureza.

www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira)

Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca, Vasco Ricardo (design)

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INFORMAÇÕES ÚTEIS

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Clima: Tropical húmido Temperaturas: entre 21ºC e 29ºC com frequentes precipitações, sobretudo no sul da ilha de São Tomé e no Príncipe Moeda: Dobra – 24 500 Dobras equivalem a 1 Euro Passaporte: Obrigatório Visto: não é necessário para estadias até 15 dias Não são necessárias vacinas Aconselha-se o consumo de água engarrafada

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São Tomé UM ABRAÇO DA NATUREZA

Texto: José Luís Elias

São dias diferentes aqueles que se passam em São Tomé, uma experiência de tal forma única que para sempre fica cravada na memória de quem a vive. É desta experiência que vos falo. mas dela também digo que não basta imaginar porque aqui, nestas terras quentes e húmidas de África, onde cheira a cacau e a café, a realidade é sempre algo mais, há sempre mais qualquer coisa que a natureza nos oferece e com que nos surpreende a cada passo. julho de 2016

hoveu em final de dia, como muitas vezes acontece na cidade de São Tomé, capital do arquipélago de São Tomé e Príncipe. Por isso, quando as portas do avião se abriram e começámos a descer as escadas para percorrer a pé os escassos metros que separavam o Airbus da TAP do terminal do aeroporto, fomos de imediato inundados pelo cheiro que imanava de uma terra forte e refrescada pela chuva, pela humidade que rapidamente nos colou as roupas ao corpo, e sentimos que nada iria ser como na maioria dos locais para onde já viajámos. O bafo quente, tão característico dos climas tropicais, foi como um “cartão de boas vindas” com que a natureza nos quis receber. Estamos num país pequeno e pobre, que vive essencialmente do que a terra e o mar lhe dá, apesar de muitos lhe almejarem grandes riquezas que por enquanto permanecem escondidas nas profundezas do Atlântico. Mesmo sendo possível que um dia o petróleo venha a ser o eldorado dos santomenses, para mim este país já é rico, pelas suas gentes simples mas gentis, pela sua gastronomia, e acima de tudo pela natureza praticamente intacta com que o turista se depara por todo o lado. O Aeroporto Internacional de São Tomé é pequeno e rudimentar. Quando se entra e passada a área de vistoria dos passaportes, estamos na zona das bagagens, suficientemente acanhada, com um único e pequeno tapete que se movimenta lentamente. De repente a luz vai a baixo, uma e outra vez, e um diligente funcionário dirige-se ao velhinho quadro elétrico que se encontra

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numa parede, bem à vista de todos, e carregando num botão volta a ligá-lo. Uma e outra vez…Um incidente que serviu para nos lembrar que estamos num país com algumas limitações. Não se pense que esperámos horas pelas malas. Apesar do incidente, meia hora depois estávamos fora do aeroporto. Cá fora corria uma brisa, um pequeno minibus transportou-nos até ao hotel numa “viagem” que durou cerca de dez minutos, mas permitiu-nos ver a cidade, senti-la, absorver uma paisagem que mesmo ali é bela. Pelo caminho ficam a Baía de Ana Chaves, um forte sobre o mar, largos e casas coloniais. Mas o que mais impressiona a quem vai do velho continente é a quantidade de gente jovem que se apinha nas ruas.

APROVEITAR O TEMPO QUE AQUI O DIA É MADRUGADOR Acordar cedo foi a proposta que a mim mesmo fiz, sabendo que o dia é madrugador nestas paragens e eu queria aproveitar para ver a cidade despertar. Estamos numa pequena cidade onde tudo

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fica mais ou menos perto dos hotéis, por aqui é seguro passear por qualquer local, claro que sem ostentações como mandam as regras dos viajantes. Coloquei a mochila às costas e pelas sete da manhã já estava na zona central da cidade, depois de percorrer parte da Avenida Marginal 12 de Julho, onde nas águas calmas já se espraiava o sol, e tendo como fundo o Ilhéu das Cabras. No hotel tinham dito que devia virar para o interior na Avenida da Independência, foi o que fiz. Metros mais à frente, depois de uma rotunda, cheguei à maior centralidade da cidade, que é feita em torno dos mercados, e se dúvidas tivesse de que estava no “olho do furacão” da vida urbana, o avistar de dezenas de táxis amarelos estacionados em paralelo uns aos outros e ocupando a estrada, a que se somavam dezenas de moto-táxis, era o indicador de que estava no lugar certo à hora certa. Impressiona ver tanta oferta de transporte junta numa cidade tão pequena mas é justificável pois como me dizia Jaló Gize, jovem condutor de moto-táxis, “aqui tem gente de todo o lado da ilha, porque aqui vende-se de tudo”. E deixou-me um

conselho que segui, “comece por visitar o mercado velho que é o do peixe”. Não é uma visita tão agradável como à primeira vista parecia, pela explosão de cheiros intensos a peixe fresco e salgado, seco ao sol. O cheiro intenso, juntamente com o calor húmido que se faz sentir, quase me faz desistir, mas avancei, e agora penso que mereceu a pena, mais não fosse pelas fotos. De novo na rua, as bancas lado a lado e por todo o lado, vende-se de tudo, desde roupa a produtos de mercearia, de sapatos a móveis, carne, peixe em alguidares e fruta – tudo acompanhado pelo corrupio das gentes que transmite um colorido impressionante à paisagem. Entro no mercado Municipal onde as frutas e legumes característicos dos climas tropicais, emprestam ao ambiente um colorido e um aroma bem diversos do que estamos habituados. Por ali há jacas, banana-pão, banana-dourada e outras espécies, fruta-pão, cajamanga, sape-sape, a ombrear com outras mais conhecidas

como as mangas, papaias ou mamões. Não se espante se encontrar bancas a venderem carvão perto de outras onde se vendem especiarias que aromatizam o ar. Amontoadas em molhinhos de 10 ou 20 mil dobras podemos encontrar malaguetas, pau caril (sem ser moído), além de saquinhos com concentrado de tomate - aqui só se compra a quantidade que se precisa. De máquina na mão vou disparando que estas são imagens que poucos têm. Mas atenção que quando quiser uma foto de uma vendedora, o melhor é sorrir e perguntar simpaticamente se a pode fotografar.

FORTALEZA DE SÃO SEBASTIÃO DIGNA DE VISITA CUIDADA De volta à marginal, após umas centenas de metros estava na Fortaleza de São Sebastião, onde fui “recebido” por três imponentes estátuas dos navegadores portugueses João Santarém, Pêro Escobar e João de Paiva, que no século XV aqui julho de 2016


DICA

S. Tomé e Príncipe é terra de roças e de cacau. Ali o fruto nasce (a castanha de cacau), cresce e é transformado. Segundo muito especialistas é que que se produz o melhor cacau do mundo que por isso mesmo dá origem ao melhor chocolate do mundo, àquele que mais alegra o nosso palato. Por isso, não venha embora sem trazer consigo um pouco desse chocolate porque dificilmente, do lado de cá do oceano, comprará um igual.

minutos dentro de água. O destino seguinte, para almoço, é a cidade de Guadalupe, pequena povoação onde existe algum comércio e venda de artesanato. O Celvas - não é erro, é mesmo assim que se escreve o nome do restaurante -, é um jardim coberto, um gigante alpendre onde não falta um simpático casal de papagaios, e onde o turista pode dar uma chuveirada para tirar a areia. Vários petiscos para entrada, e um excelente peixe grelhado acompanhado por legumes e arroz branco. A bebida escolhida foi Rosema, a cerveja do país, bem leve e tão gostosa como as nossas que também marcam presença em qualquer lugar de São Tomé. Uma breve passagem pela Lagoa Azul e o resto da tarde foi para visitar roças, entre as quais a Agostinho Neto, com um espetacular edifício colonial que nos permite imaginar como seria há bons

chegaram pela primeira vez e deram mais mundo ao mundo. Em frente das estátuas está uma pequena porta, que dá entrada na fortaleza onde fica o Museu. Encimada por um farol, a partir dali ou simplesmente das ameias nas muralhas, a visita à fortaleza proporciona excelentes vistas. O museu pretende ser o retrato do país e das suas raízes, pelo que não poderia ali faltar a foto que assinalou o momento histórico da assinatura do tratado que deu a independência a São Tomé e Príncipe, em 1975. Santos em talha dourada e outros ornamentos religiosos, a recriação do ambiente das sanzalas e do alojamento dos escravos, das roças e do interior das casas “do patrão”, permitem-nos conhecer as raízes do povo e da sua vivência. A sala dedicada ao mar e às tartarugas que vêm desovar em muitas das praias santomenses, e a sala dedicada ao cultivo do café e do cacau, fazem-nos retornar aos dias de hoje, a muito do que os turistas aqui procuram. Depois de tanto passear, chegou-me a fome e decido-me pelos sabores de África. A pouco mais de cinco minutos a pé da fortaleza fica o Centro das Artes Criação Ambiente e Utopias - CACAU – um espaço multicultural que aloja o restaurante bar Sabor & Arte que alia a apresentação dos pratos aos sabores mais tradicionais, e é dirigido pelo chef José Carlos Silva, popularizado em Portugal pelo programa “ Na roça com os tachos”. Depois da visita à exposição de fotografia, pintura e escultura que o espaço disponibiliza, e do saboroso almoço, foi altura de dar um passeio ao julho de 2016

anos atrás. As crianças aparecem sempre que paramos, para serem fotografadas e contempladas, no final, com uma pequena prenda, um simples caramelo ou uma caneta.

RUMO A SUL PARA VISITAR A ROÇA MAIS FAMOSA DE SÃO TOMÉ Com o passar dos dias dei comigo a pensar que os meus cinco sentidos iam ficando mais apurados e que as imagens que as câmaras fotográficas registaram hão de misturar-se na mente com as memórias dos sabores dos peixes e dos frutos, com os cheiros do café e do cacau. O constante contacto com os usos e costumes das gentes que se cruzam connosco a cada passo, o contraste entre a grandiosidade ainda visível das roças e a modéstia das casas populares, de madeira, as pirogas na faina da pesca, a roupa a corar nas margens dos rios onde mulheres e crianças as lavam, são imagens que para sempre se manterão na memória. O objetivo a que me propus ao sair do hotel foi o de ir almoçar à Roça de São João dos Angolares, a mais popular entre os locais e os turistas portugueses e que, desde há anos, oferece alojamento na casa senhorial. Segui pela estrada indicada que comparada com a que tinha percorrido aquando da visita ao norte da ilha, mais parecia uma autoestrada. Porque o caminho era longo, apesar da boa estrada de alcatrão, resolvi ir

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ritmo local “leve… leve”, que é como quem diz despreocupado, e com o calor que se fazia sentir, forçosamente lento. Os vestígios da arquitetura colonial portuguesa, nas mansões, na praça, nas igrejas, na Sé Catedral, e em outros edifícios, alguns algo degradados, acompanharam-me neste percurso que terminou no hotel para um merecido banho de piscina.

PELA ESTRADA RUMO A NORTE DA ILHA Hoje o rumo é o norte da ilha. Ainda mal saímos da cidade e já a densa vegetação nos abraça, o jipe avança e passa por mulheres com trouxas de roupa à cabeça, outras com lenha, mulheres com crianças atadas às costas por um pano, como só o povo africano sabe fazer. Estrada má, estrada onde cada quilómetro cava em tempo uma distância que parece ser bem maior do que na realidade é, leva um pequeno braço de mar que entra terra dentro e faz a delícia dos pequenos que ali se refrescam, pulando e nadando, enquanto procuram apanhar pequenos peixes. Depois de uma breve paragem e mais alguns quilómetros percorridos, chega-se à praia de Fernão Dias, onde fica um memorial em homenagem às vítimas do massacre de Batepá que, a 3 de fevereiro de 1953 foi desencadeado pelos senhores das roças sobre os seus trabalhadores. Menos de uma hora depois surge a praia do Tamarindo, uma belíssima baía, onde as frondosas árvores chegam à areia. Com o calor que se fazia sentir e com aquele mar de pequenas ondas ali tão perto, não havia como resistir, uns bons mergulhos e uns vinte

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> tema de capa

o Jalé Ecolodge. Já no regresso à cidade, paro para ver a cascata da Pesqueira e um lugar fantástico que tem por nome Boca do Inferno, onde as águas revoltas e o miradouro proporcionam grandes imagens que as máquinas fotográficas (os smartphones e os tablets) agradecem. Foi um dia cheio, por isso no dia seguinte procurei a tranquilidade de uma visita ao Jardim Botânico, porta de entrada no Parque Natural de Ôbo. Se é amante da natureza peça um piquenique no hotel, e passe um dia à descoberta deste lugar que ainda está virgem e tem recantos incríveis. O Jardim Botânico, propriamente dito, fica na antiga Roça Monte Café e tem mais de 400 espécies endémicas e centenas de amostras de plantas.

DOIS DIAS NO ILHÉU DAS ROLAS

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parando nas várias praias que se iam sucedendo, com fundos de areia clara, entrecortadas de rochas. Destaco a das Sete Ondas e a de Mincondó, imperdíveis. Neste percurso fiz paragens obrigatórias para fotografar e apreciar a labuta das mulheres. Numa das ribeiras, junto da estrada, dezenas de mulheres lavavam roupa e colocavam-na a secar e a corar, formando um estendal de vários metros na relva e sobre as rochas, o que transmite um colorido único. Hora de almoço na Roça de São João dos Angolares, onde estava o chef João Carlos Silva que dá um autêntico show no seu restaurante. Com simpatia recebe os turistas, faz cozinha ao vivo, orienta a sua

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equipa com exigência e sabedoria, e até arranja tempo para ir de mesa em mesa explicar cada prato - e são cerca de dez num almoço degustação. É uma viagem para o palato, em cada prato sabores diferentes, os mais fortes entremeando-se com outros mais suaves que em comum têm o facto de serem confecionados com produtos locais, em muitos casos totalmente desconhecidos dos europeus, como algumas ervas que o chef faz questão de incluir em quase tudo que vem para a mesa. Mais para a ponta sul da ilha muitas outras praias se sucedem, entre as quais a de Jalé, bem conhecida por quem procura observar a desova das tartarugas e onde existe um lodge para alojamento,

Voltei de novo à estrada de bom piso, a caminho do sul da ilha, sendo o meu destino o cais de Porto Alegre. Poucos quilómetros antes do meu destino, deparei-me com uma imensa plantação de palmeiras, mandadas plantar por uma empresa para extração do óleo de palma. Depois foi hora de embarcar numa espécie de canoa moderna, com capacidade para cerca de vinte pessoas e alguma bagagem, e cerca de vinte minutos depois estava no Ilhéu das Rolas, uma ilhota que é dominada pelo resort que ali existe e que é ponto de chegada e de partida para o tudo que se quiser fazer neste pequeno paraíso longe do mundo. Procurar pequenas praias desertas, por terra ou por mar, alugando um barco, fazer mergulho ou caminhadas, tudo se faz com grande tranquilidade e se a preferência for essa, de forma solitária. O grande atrativo do Ilhéu das Rolas é ir ao encontro do marco do Equador, da linha imaginária que divide o Hemisfério Norte do Hemisfério Sul. Para se lá chegar no entanto o caminho é árduo, sempre a subir por uma estrada orlada de mata, e mesmo que o caminho aparentemente não crie dificuldades, o calor acaba por dificultar a subida. No percurso vou fazendo uma pequena rota a que chamo de miradouros, são

quase promontórios sobre o mar e as praias, de onde se avistam paisagens de grande beleza. Chegado ao marco do Equador a sensação é única: este é um local em que, basta abrir um pouco e colocar um pé de cada lado da linha desenhada no chão para estabelecermos uma ponte entre dois mundos, o hemisfério norte e o hemisfério sul. A esta descoberta de Santo Tomé, segue-se a visita à ilha do Príncipe, antes porém, quero tirar partido de tudo o que o ilhéu me pode dar, a amena cavaqueira com nativos, e gostosos banhos de mar na Praia Café, a que tem melhor areal entre as que rodeiam o hotel.<

COMO IR

TAP (3 voos semanais) e STP Airways (a partir de Agosto 2 voos por semana)

ONDE FICAR

Pestana São Tomé Ocean Resort Miramar by Pestana Omali Lodge Praia Inahme Eco Resort Pousada Roça São João de Angolares

ONDE COMER

Centro das Artes Criação Ambiente e Utopias - CACAU |Restaurante Roça São João | Eco Logle Jalé | Restaurantes Mionga/ Santola / Papa-figo Nestes restaurantes, à exceção do Santola onde as especialidades são os mariscos, a oferta varia entre o peixe grelhado e a cozinha tradicional. Os preços oscilam entre os 12 e os 17 euros.

O QUE VER

Tudo o que lhe for possível. Da floresta, às aldeias, vilas, cidades e roças, a melhor experiência que pode trazer da ilha de São Tomé é deixar-se levar pelo exotismo e tropicalidade do ecossistema, pela simpatia do povo e libertar os sentidos para sentir os odores, observar as cores e satisfazer o palato.

O QUE COMPRAR

Peças de artesanato em madeira ou casca de coco, tecidos africanos, frutas exóticas, café e chocolate Claudio Corallo. julho de 2016


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Ilha do Príncipe ONDE O BOM É INIMIGO DO ÓTIMO

É a continuação do abraço da natureza que já tinha sentido em São Tomé. Na ilha do Príncipe é também a natureza que fala mais alto, tão bela como na ilha mãe do arquipélago. Aqui, a paz paira no ar e o tempo corre ainda mais devagar. E há as gentes, plenas de simpatia, embora talvez mais tímidas, a comida e o inevitável chocolate Claudio Corallo. Texto: José Luís Elias

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esde que há uns anos visitei a Ilha de São Tomé que fiquei com uma vontade inabalável de ir à Ilha do Príncipe. Quando entrei no pequeno avião de 18 lugares para fazer o percurso de 140 Km que liga as duas ilhas irmãs que formam o arquipélago, estava prestes a concretizar o sonho, talvez por isso a ansiedade aumentou e a pergunta que surgiu na minha cabeça durante o trajeto a baixa altitude, descortinando o mar por entre as nuvens, era se o que ia encontrar iria corresponder à grande expectativa que tinha criado ao longo dos anos. Quando o pequeno aparelho deixava ver, através das suas janelas, pedaços da ilha, o que me saltou à vista foram as inúmeras baías com praias de areias douradas, em contaste com as tonalidades do mar, ora verde clarinho, ora azul tão claro que parecia transparente. Vista do céu, a ilha parece uma selva praticamente inexpugnável, com diferentes tonalidades de verde, de onde sobressai o Pico do Príncipe, com cerca de 950 metros de altura Cheguei pela hora do almoço e o primeiro contacto real com a ilha, pé no chão, foi já no Bom Bom resort. Mala no julho de 2016

quarto e pé na areia da praia, o difícil foi escolher onde ir, dado que o resort fica numa ponta e temos uma praia para a direita e outra para a esquerda, qual delas a mais apelativa. Banho tomado, vários mergulhos dados nestas águas transparentes, caminhei “sobre as águas”,

ou melhor, sobre uma ponte de madeira com várias centenas de metros, mantida primorosamente para segurança dos turistas, que se ergue um pouco acima das águas e nos leva a um ilhéu onde ficam o restaurante e o bar do empreendimento. Ali fui presenteado com um verdadeiro

manjar dos deuses, uma refeição que poderia ter saído da arte um chef estrelado. À tarde foi a vez de conhecer a Roça Sundy que está a ser recuperada. A casa senhorial é imponente e por ali me disseram que num futuro próximo será convertida em hotel de charme. Também por ali, visitei o local onde Sir Arthur Eddington comprovou a teoria da relatividade de Einstein. Visitei tudo que a roça tem para mostrar, incluindo as cavalariças e as sanzalas onde os locais habitam e ainda tive tempo de ir à Ponta do Sol onde, segundo os locais, se observa o mais belo pôr do sol do Príncipe.

TERRA DO CACAU MAIS CONHECIDO No dia seguinte, levantei-me bem cedo. A praia, ali bem juntinha a mim, era um chamamento irresistível. Era uma praia só para mim, com um mar de cores fabulosas onde se começou a espraiar o sol. Pela tarde visitei o sul da ilha, sem pressas, que este pedaço de chão é pequeno. Parei no miradouro da Nova Estrela, de onde se observam uns penhascos rochosos conhecidos por Boné de Jóquei, por terem esta forma. Depois fui conhecer a roça onde é produzido o famoso cacau Claudio Corallo a partir do qual se produzem os saborosos chocolates de S. Tomé e Príncipe, a Roça do Terreiro Velho. O almoço, por indicação de um natural da ilha, foi na vila piscatória de Abade, o peixe desfaz-se na boca de tão fresco acompanhado de banana pão frita, cortada em rodelas finas, simples e sublime. Depois foi o caminho até Santo António, capital da ilha. A cidade é minúscula mas bonitinha, um pequeno mercado, meia dúzia de lojas, sendo os seus edifícios mais emblemáticos o Palácio do Governo e o Centro Cultural. A centralidade é na Praça Marcelo Veiga e daqui podemos calcorrear algumas ruas, parar e conversar com gente simples mas simpática. Uma área tão pequena como é a ilha do Príncipe e tanto para ver e fazer. Mais praias, subidas aos picos em contacto com a selva, visitas a roças… mas apesar de tudo, umas horas tranquilas no Bom Bom ninguém me tirou. Era tempo de recuperar e interiorizar tudo sobre este país. <

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> notícias

Ascensor da Nazaré com horário de verão alargado O Ascensor da Nazaré, que liga o centro da vila ao Sítio da Nazaré, já está a funcionar consoante o seu horário de verão, ou seja, entre as 07h15 e as 02h00. O centenário funicular pretende com este horário alargado facilitar a mobilidade dos munícipes e, numa época de grande movimento, responder ao aumento da procura por parte de visitantes e turistas. O horário de verão está em funcionamento nos meses de julho e agosto. As viagens continuam a ter a duração de 3 minutos e partidas, em ambos os lados, a cada 15 minutos. A viagem custa 1,20€ por adulto e 0,90€ por criança, dobrando o valor em viagens de ida e volta. <

Praias de Sintra adaptadas a pessoas com mobilidade reduzida Durante a época balnear de 2016, já aberta, duas praias de Sintra vão garantir condições de acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada. No âmbito do programa “Praia Acessível a Todos”, desenvolvido pela autarquia, a Praia das Maçãs e a Praia da Adraga, em Colares e Almoçageme respetivamente, preparam-se assim para receber todos nos seus areais, até ao final de agosto. Nestas praias estão disponíveis equipamentos e monitores que facilitam o acesso e a estada nas zonas balneares, até ao dia 31 de agosto, entre as 10h00 e as 19h00, incluindo fins de semana e feriados. As cadeiras anfíbias, presentes nas duas praias, permitem tanto circular na areia com facilidade como flutuar no mar, possibilitando a estes cidadãos o usufruto pleno da praia. <

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Há gelados conventuais nas Pousadas de Portugal Se lhe parece boa a ideia de gelados com os sabores da doçaria conventual, as Pousadas de Portugal são sítios onde se deve dirigir. É uma edição limitada só aos meses de Verão, em que, de norte a sul de Portugal, 12 Pousadas de Portugal apresentam as suas sobremesas mais emblemáticas de uma forma mais refrescante e original. A Pousada Mosteiro de Amares tem como protagonista o citrino da região, com o Gelado de Laranja de Amares. A Pousada Mosteiro de Guimarães propõe os sabores do Toucinho-do-Céu. Já a Pousada da Ria exibe o Gelado de Doce d’Ovos de Aveiro. A Pousada de Viseu surpreende com um Gelado Tigelada da Beira e um Gelado de Castanha de Ovos, enquanto na Pousada da Serra da Estrela pode experimentar o Gelado de Requeijão Serrano com Nozes. A Pousada Castelo de Óbidos apresenta um doce Gelado de

Trouxas-de-Ovos e Brisas do Lis. A Pousada Castelo de Alcácer convida a experimentar um Gelado de sericáia com Ameixa d’Elvas e a Pousada Convento de Arraiolos arrisca um Gelado Pastel de Toucinho de Arraiolos. A Pousada Convento de Évora propõe o Gelado de Encharcada, e a Pousada Convento de Beja reinventa a sobremesa Sopa Dourada. A Pousada Mosteiro do Crato serve o célebre Tecolameco, em versão gelado, enquanto a Pousada Convento de Tavira é dona do Gelado Morgado do Algarve. <

China inaugura o maior Parque Disney do mundo O Shanghai Disney Resort abriu portas ao público no passado mês de junho e apresenta-se como o maior Disney Park de todo o mundo. Sob o mote “autenticamente Disney e manifestamente chinês” quer superar a notoriedade dos parques dos Estados Unidos, Paris e Tóquio. Ao parque temático juntam-se dois hotéis resort, o Shanghai Disneyland Hotel e o Toy Story Hotel. Não só é o maior como é dono do mais alto Castelo Encantado

de todos, com 60 metros de altura, e apresenta novidades absolutas com seis áreas exclusivas para a China: Adventure Isle, Fantasyland, Gardens of Imagination, Mickey Avenue, Tomorrowland e Disney Cove. No parque é possível encontrar personagens Disney a celebrar a cultura chinesa, como o Pato Donald a praticar a arte marcial Tai Chi, entre outros traços característicos do maior país da Ásia Oriental.<

Leiria tem folhetos culturais da cidade adaptados a todos Numa constante aposta pela inclusão cultural de todos os públicos o Politécnico de Leiria lançou folhetos culturais, de diversos espaços emblemáticos da cidade, em braille e imagem pictográfica. Assim, os folhetos do Castelo de Leiria, do Moinho de Papel, do Museu da Imagem em Movimento, do Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho e do Agromuseu Dona Julinha estão agora disponíveis para invisuais e pessoas com incapacidades intelectuais. O projeto “Leiria de Todos + Acessível”, que conta com a colaboração da Câmara Municipal de Leiria, tem como principal objetivo contribuir para uma acessibilidade plena de todos os cidadãos, abordando a comunicação acessível através de vários olhares e em vários contextos, para que se atinja uma perspetiva holística do fenómeno. <

ACP em parceria com o POPULI e Mercantina

A nova parceria da ACP – Automóvel Clube de Portugal traz ofertas especiais aos sócios que visitem os restaurantes do grupo POPULI e Mercantina, em Lisboa. O acordo estabelecido oferece um desconto de 10% nas refeições à la carte, sem vinhos incluídos, nos dois espaços, estendendo-se ao Menu Almoço da Mercantina. Os sócios que pretendem efetuar reservas de grupo desfrutam da oferta de um welcome drink, assim como a possibilidade de criar menus personalizados de acordo com as exigências do evento. Na Mercantina terão ainda direito a ofertas especiais no dia de aniversário ou em dias temáticos, bem como a outras promoções exclusivas que incluem parcerias espontâneas de tempo limitado e vouchers. O grupo tem três espaços na região de Lisboa, nomeadamente a Mercantina em Alvalade e no Chiado, e o POPULI no Terreiro do Paço. < julho de 2016


Há um novo espetáculo na Disneyland Paris “Mickey & the Magician” é o novo espetáculo da Disney, repleto de efeitos, truques e ilusionismo. Os visitantes do Parque Walt Disney Studios vão poder embarcar numa aventura mágica e única, protagonizada pelo famoso Mickey Mouse. O espetáculo vai alegrar o mundo Disney até 8 de janeiro de 2017. Foi buscar inspiração em ilusionistas como Georges Méliès e ao mágico Robert-Houdin, para nos dar a conhecer os primeiros passos deste mundo da magia. Para criar este musical, que toma lugar num ateliê parisiense de um mágico do século XIX, a Disney foi buscar ajuda ao mágico Paul Kieve. Durante 20 minutos o assistente Mickey, incumbido da tarefa de limpar o dito ateliê, vê-se transportado para diversas situações mirabolantes encontrando-se com a Fada Madrinha da Cinderela, o Rafiki, o Génio da Lâmpada e Elsa, entre outros personagens. < PUB_Destinos.pdf

julho de 2016

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16/06/27

Quintessencially Lifestyle chega a Portugal

A TST ajuda nas idas à praia durante o verão O verão chegou e a TST – Transportes Sul do Tejo, preocupada com a mobilidade dos seus passageiros, aumentou a oferta para a praia. Até dia 31 de agosto, são disponibilizadas carreiras com horários reforçados para as praias da Figueirinha, Sesimbra, Costa da Caparica e Fonte da Telha. Serão ainda, tal como no ano passado, disponibilizados passeios únicos em autocarros descapotáveis, de Setúbal 16:07

para a Praia da Figueirinha e de Lisboa para a Praia da Costa da Caparica. Os clientes podem, também, optar pelo passe semanal para as carreiras de Lisboa para a Costa da Caparica. Este título de transporte permite que os passageiros realizem um número de viagens ilimitado no período de sete dias consecutivos, com o preço de 15€ com carregamento no cartão Lisboa Viva ou Viva Viagem. <

A Quintessentially Lifestyle já chegou a Portugal. A empresa, que detém 25 empresas afiliadas que abrangem os diversos segmentos de mercado de lifestyle, permite atingir mais rapidamente os desejos e necessidades de todos os seus membros. Assim, fazer reservas de viagens, experiências únicas, restaurantes e espetáculos, tarefas do dia a dia, assistência a pedidos urgentes, educação, mudança de casa ou país, gestão doméstica ou acessos VIP a eventos, torna-se mais fácil com a chegada da Quintessentially Lifestyle a Portugal. O objetivo da empresa é facilitar a vida dos seus membros e ajudar a realizar os seus sonhos, proporcionando-lhes mais tempo e oferecendo um conjunto de serviços personalizados de lifestyle management, quer em Portugal quanto no resto do mundo. <

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> selo de garantia

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

DORMIR NOS RIADS DE MARRAQUEXE

DESDE:

359€

P/ PESSOA PEQUENO-ALMOÇO

Alojar-se num Riad em Marraquexe é uma experiência diferente que permite maior contato com a cultura local. Riads são típicas casas marroquinas convertidas em MARRAQUEXE alojamentos turísticos, onde a atmosfera é mais íntima e intimista, também mais descontraída e romântica. Mais ou menos luxuosos, os Riads são compostos por vários andares, têm uma sala de estar comum e um terraço, vários quartos, e muitas vezes hamman e jacuzzi, além de disponibilizarem pequeno-almoço. E grande parte localiza-se nas mais tradicionais zonas da cidade. A proposta do operador turístico Solférias é para uma escapadinha de 3 dias em Marraquexe, com duas noites de alojamento num Riad. Válido até 31 de outubro, o programa tem preços a começar nos 359€ por pessoa, neste caso com alojamento e pequeno-almoço no Riad Palais Sebban. Inclui voo na TAP, transferes, taxas e seguro de viagem.<

DIVERSÃO GARANTIDA NO AQUALAND ALGARVE Até 2 de setembro das 10h00 às 18h00, o maior parque aquático do país, em Alcantarilha, garante diversão para toda a família. Para os mais pequenos há um mundo de escorregas e repuxos no Paraíso Infantil e duas piscinas completamente apetrechadas, não faltando castelos de água, nem torres. Quem goste de adrenalina pode experimentar o Banzai, o Kamikaze, ALCANTARILHA o Salto Louco com uma queda numa profundidade de 3m e o Hydra (três escorregas gigantes, dois em tubo fechado). Para todos, há Piscinas de Ondas e a Semiolímpica, o Rio Lento e o Rio Rápido, ou as Pistas Brandas. O Aqualand Algarve dispõe de autocarros que servem zonas turísticas, tem pacotes familiares, incluindo alimentação, sombrinhas gratuitas, aluguer das espreguiçadeiras. Este verão há uma promoção “2x1” válida para aqueles que adquirirem ingressos online: por cada bilhete de adulto comprado, tem direito a um bilhete grátis, de adulto, criança ou sénior. O preço é de 23€, sendo obrigatório que os detentores de ambos os bilhetes entrem juntos no parque.

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HERDADE DO TOURIL ENTRE O CAMPO E O MAR Fica a 4Km da Zambujeira do Mar, em pleno Parque do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e foi eleita pelo jornal britânico The Guardian, uma das melhores unidades de turismo rural em Portugal. A localização, entre o campo e a praia, a qualidade de alojamento e de serviço, justificam o prémio. A Herdade tem 18 quartos distribuídos por cinco casas (Monte Principal, Casa do Moiral, Casa do Feitor, Casa do Pastor e Casa do Rendeiro) e oferece quartos duplos, suites com kitchnette e casas T1 ou T2. Todos os quartos são duplos com terraço, casa de banho, aquecimento, ar condicionado, LCD, DVD e acesso gratuito à internet. Tem restaurante, área de lounge junto ao bar da piscina e massagens. No site da Herdade do Touril os quartos duplos têm como preço indicativo 80€ mas para julho o preço mais baixo que encontrámos foi de 130€ para uma noite alojamento em quarto júnior (sem terraço). A opção é reservar 3 ou 4 noites, com descontos de 5 a 10%. <

DESDE:

130€ NOITE

ZAMBUJEIRA DO MAR

QUARTO JÚNIOR (S/ TERRAÇO) C/ PEQUENO-ALMOÇO

VINHO DO PORTO E GASTRONOMIA A união entre o Vinho do Porto e a gastronomia celebra-se no recém inaugurado The Sandeman Chiado, no Largo Rafael Bordalo Pinheiro, em Lisboa, onde o Porto renasceu para os Millennials, serve de base a cocktails e harmoniza-se com a gastronomia. Na carta de cocktails encontram-se os clássicos e novas propostas como o Sandeman Splash (Porto Tónico), Caipi Sandeman (Caipirinha de Vinho do Porto branco), ou Sandeman On The Rocks (servido com gelo). Há Cocktails de Porto com petiscos e acompanhamentos para os diversos períodos do dia e uma carta que permite cruzar o prato com a bebida que melhor o acompanha, ao almoço ou ao jantar. E há de quase tudo, desde línguas de bacalhau a feijoada de pernil, de vieiras ao bife, sem dispensar sobremesas. <

PREÇOS MÉDIOS ALMOÇO:

23€

13€

15€

35€

(ADULTOS)

JANTAR:

( 5 A 10 ANOS MAIORES DE 65)

LISBOA julho de 2016


> curtas

TURISMO

AS MELHORES VISTAS

SOBRE LISBOA ESTÃO DESTE LADO … e 13 km de praia … e bons restaurantes … e espetáculos de teatro, dança, música … e museus, centros de arte, património histórico … e o Santuário Nacional de Cristo Rei

ATRAVESSE O RIO E EXPERIMENTE ALMADA www.m-almada.pt julho de 2016

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> curtas

DICA

A não perder, na noite de 24 de julho, são os “fogos do apóstolo”, espetáculo de luz e som que recorda a visão do eremita Paio que, reza a lenda, foi conduzido por luzes e cânticos celestiais até ao túmulo perdido de Santiago Maior. Os “fogos” precedem o Dia do Apóstolo e integram-se em duas semanas de festividades.

Santiago de Compostela ONDE A FÉ COMANDA O TURISMO Falar de Santiago de Compostela é falar de fé e religiosidade. Tudo, na capital da Galiza, gira em torno do apóstolo Santiago Zebedeu, ou Santiago Maior. E é falar dos Caminhos de Santiago, que são vários e confluem na cidade, nela entrando através das suas “portas” que são sete e em tempos foram as portas de entrada na cidade amuralhada.

H

oje, as “portas” pelas quais se “entra” no casco antigo da cidade, não o são, mas continuam a designar-se assim. São as portas “do Camiño” por onde entravam os peregrinos franceses, “Algalia”, utilizada pelos ingleses, “San Francisco”, “Trinidade”, que ligava a Finis Terrae, “Mámoa”, “Faxeira”, e “Mazarelas”, as duas últimas usadas pelos peregrinos portugueses. Não podemos falar de Santiago de Compostela sem irmos ao início do culto que a tornou conhecida e transformou os percursos que a ela vão dar em caminhos de fé. Uma fé de que se encontram símbolos espalhados por toda a zona histórica, onde até no solo brilha a concha da vieira, parte integrante da simbologia dos Caminhos. Reza a História que o apóstolo Santiago foi decapitado em Jerusalém e que os seus restos mortais foram levados para a Galiza e ali sepultados, em parte incerta. O túmulo terá sido encontrado no séc. IX e a descoberta, considerada milagre, assinalada pela construção de uma capela dedicada a Santiago Maior - uma capela

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Texto: Fernanda Ramos

e não a célebre catedral, desde há anos em obras para receber condignamente as celebrações do Ano Jubilar Compostelano (ou Ano Santo) em 2021. Foi a catedral, que começou a ser construída em 1075 e alberga hoje o

túmulo do santo, que ditou o crescimento da cidade, com sucessivos reis e arcebispos a darem benesses e indulgências a quem a visitasse em peregrinação. E peregrinos começaram a ser cada vez mais, vindos de todo o mundo, por vários caminhos

e entrando pelas sete portas. Ainda hoje assim é: seja em peregrinação, seja em visita turística, todos os caminhos da cidade vão dar à catedral e estão bem assinalados, em símbolos incrustados nas paredes e no chão. Não vou falar dos Caminhos nem traçar um roteiro exaustivo pela cidade, mas apenas falar de um percurso possível até à Catedral, atrativo maior da cidade. Há vários roteiros possíveis pela cidade, mas o de Intramuros é o mais indicado para quem aprecia o património construído. Eu comecei na Rúa de San Pedro, a escassos metros do Museu do Pobo Galego e do Centro Galego de Arte Contemporánea. Foi naquela rua que almocei e dali parti para o casco antigo. Paralela às ruas de Bonaval e do Medio, a de San Pedro estende-se até à Praza Porta Camiño, entrada dos peregrinos franceses. E foram muitos aqueles com que me fui cruzando, com os seus cajados, bonés e camisolas de cores fortes.

SEGUIR A CONCHA DA VIEIRA Atente-se no chão. Aqui e ali a concha da vieira cravada nas pedras traça o caminho julho de 2016


Nova, passando pela Praza das Praterías. Todo este percurso é feito no interior da zona histórica(daí o nome de Intramuros), pelo que o problema da distância não se põe. Tudo dista escassas dezenas de metros. Por isso, fixe mais duas ruas, a do Franco e a da Reíña – entre uma e outra poderá encontrar a maior parte dos restaurantes (algumas “tascas” são imperdíveis) do casco antigo. <

COMO IR

A melhor forma de chegar a Santiago de Compostela é entrar por Valença e seguir pela AP-9. São cerca de 122 Km, via Vigo e Pontevedra.

ONDE FICAR:

VISITAR A CATEDRAL Em estilo românico, muito embora ao longo dos tempos tenham sido acrescentados apontamentos de gótico, renascentista e barroco, a Catedral de Santiago, construída entre 1075 e 1128, é património da UNESCO, desde 1985, e Bem de Interesse Cultural desde finais do século XIX. Apetece por isso dizer que se trata de uma visita obrigatória, até porque no seu interior há muito para ver, a começar pela estátua do santo, datada do séc. III, que se encontra por cima do altar-mor. Habitualmente entra-se nas traseiras do altar, sobem-se alguns degraus e

até à Catedral e serve de orientação. Passada a praça, curvo muito ligeiramente à esquerda para a Rúa de Aller Ulloa e sigo pela Rúa Casas Reais. Vou-a percorrendo, mirando as transversais estreitinhas e de arquitetura surpreendente: Ruela da Oliveira, Rúa de Entremuros, Rúa Travesa, onde existe uma livraria portuguesa, “A Ciranda”, Rúa das Ánimas, Praza de Cervantes, Rúa de Acibecheria que passa pelo Arzobispado de Santiago, e por fim, a Praza da Inmaculada, quase “encravada” entre o mosteiro de San Martiño Pinario, o segundo maior de Espanha, e a fachada da Azabachería, nome que se deve às oficinas dedicadas à talha do azeviche (azabache). A leste está a Praza da Quintana, dividida entre a Quintana dos Mortos (foi em tempos um cemitério) e a Quintana dos Vivos, bem como o Mosteiro de San Paio de Antealtares, fundado no século IX e em cuja igreja está instalado um museu de Arte Sacra. Museus, mosteiros, igrejas e construções barrocas proliferam pelas várias praças que envolvem a de Obradoiro, onde se situa a imponente Catedral (as torres têm 74m de

julho de 2016

vai-se abraçar o santo. Já por baixo do altarmor está a urna de Santiago Maior e dos seus discípulos Anastásio e Teodoro. Também no interior da Catedral está o Museu Catedralício, com obras artísticas e arqueológicas, desde a época romana até aos dias de hoje. Imperdível é descer às catacumbas para visitar escavações arqueológicas, achados com 13 a 18 séculos de antiguidade. Os visitantes podem fotografar e filmar em praticamente todo o interior, mas sem flash nem tripé. <

altura), principal ponto turístico da cidade. Também aqui se situa a sede da autarquia, o Hostal dos Reis Católicos, do sec. XVI (outrora hospital de peregrinos, hoje uma pousada) e a reitoria da Universidade, edifícios de estilos arquitetónicos que se foram sucedendo ao longo de sete séculos. No centro da praça atente-se numa placa granítica que marca o “quilómetro zero”, ponto de chegada de todos os caminhos que conduzem ao Apóstolo. Ali se dá conhecimento que o Conselho da Europa declarou, em 1987, o Caminho de Santiago como o “Primeiro Itinerário Cultural Europeu”. Santiago explora-se a pé e há roteiros acompanhados de audioguia (dirija-se ao posto de turismo) para que fique a conhecer melhor a história da cidade e dos seus monumentos. O de Intramuros tem duração aproximada de 2,5 horas, sem entrar nos museus e igrejas que proliferam e se não se perder a apreciar os edifícios e casarões renascentistas, barrocos e neoclássicos que ladeiam ruas e ruelas de traçado medieval. Se é apreciador de arquitetura aconselhamos que dê um pulinho à Rúa

Parador de Santiago – Hostal Reis Católicos, HHHHH Praza do Obradoiro, 1. Junto à Catedral Desde: 195€ quarto duplo (camas individuais ou casal) Pequeno-almoço incluído Eurostars Araguaney, HHHHH Alfredo Brañas, 5 (entre a Praça Rosa e a Catedral) Desde: 89€ quarto duplo Pequeno-almoço: 12€ p/ pessoa Hospedaria San Martín Pinario, Inmaculada, 3 (num antigo mosteiro, frente à Catedral) Desde: 120€ quarto duplo Pequeno-almoço: 6€

O QUE COMER

Vitela galega, preparada de muitas maneiras: churrascos, acém e grandes costeletas

Polvo à galega Caldo galego Tapas Queijos e enchidos Torta de Santiago (doce à base de nozes) Para os apreciadores, Santiago de Compostela tem bons vinhos (tintos, brancos, Alvarinho) e uma enorme gama de licores (aconselhamos o de café)

ONDE COMER

O Curro da Parra - Rua Travesa 20 | Baixo / Rua Do Curro Da Parra 7, Comida espanhola e mediterrânica Aberto até tarde | Encerra às segundas | Wi-fi grátis Preço médio: 30 a 40€ La Tita (Restaurante / Bar) – Rua Nova, 46 Cozinha local | Tapas Esplanada | Aberto até tarde Económico A Taberna do Bispo – Calle del Franco 37 B Comida espanhola e mediterrânica | Tapas variadas Estilo cervejaria espanhola Económico

O QUE COMPRAR

Jóias de prata e azeviche -a pedra mágica da cidade-, reproduções da Cruz de Santiago, círios, objetos para o culto religioso, cerâmica popular, loiça decorativa, amuletos celtas e gaitas, o instrumento musical galego por excelência. Mas não vale sair de Santiago de Compostela sem uma concha de vieira jacobeia (um dos símbolos do Caminho de Santiago) ou um cajado, outro símbolo dos peregrinos.

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> curtas

Machico

TERRA DE RELAX E BEM-ESTAR Machico foi a primeira capitania da Madeira, onde desembarcaram os descobridores da ilha. Envolta em lendas e história, a pequena baía deslumbra-nos com a sua praia de areia dourada, banhada pelas águas transparentes do Atlântico, com a sua ribeira coberta de flores, com as suas festas, tradições e gastronomia. Texto: Sofia Soares Carraca

F

oi em 1419 que João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira desembarcaram pela primeira vez na Madeira. Vindos do Porto Santo, utilizaram como porta de entrada para a frondosa ilha, a cidade de Machico a que vieram a chamar Madeira. A pequena baía no sudeste da ilha, “para lá” do aeroporto, foi a primeira capital da ilha sob a capitania de Tristão Vaz Teixeira, a primeira de Portugal. Contudo, o nome Machico implica uma chegada à ilha ainda antes da dos descobridores portugueses. Reza a lenda que, em finais do século XIV, o jovem cavaleiro Robert Machim e sua amada Ana d’Arfet fugiram de Inglaterra, com destino a França. Foram apanhados numa tempestade que os fez perder o rumo, andando à deriva até dar com uma enorme mancha verde. Desembarcaram na enseada que é hoje a baía da Machico. Ana d’Arfet, com estado debilitado de saúde viria a falecer passados poucos dias, a quem se seguiu Robert Machim, assoberbado com o desgosto de a ter perdido. Foi construído um rudimentar túmulo, pelos seus companheiros de viagem, onde visavam os seus nomes e história. Anos mais tarde viriam João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira a deparar-se com o dito túmulo e nomear a baía de Machico, em honra da história vivida.

POR RUAS DE CALÇADA MADEIRENSE A via rápida leva-nos com facilidade até Machico, com direito a passagem por baixo das impressionantes colunas da pista do aeroporto. Contudo, escolhi a velhinha estrada regional, com as suas curvas e contracurvas. Quase a chegar, paro no Miradouro de Francisco Álvares de Nóbrega – ilustre poeta machiquense, conhecido como Camões Pequeno. Uma primeira vista sobre a pitoresca cidade, um aguçar

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da curiosidade mesmo a chegar à histórica baía. Mais uma curva, ainda uma outra, uma descida e chegamos a Machico. Entramos pela Rua da Árvore, paralela à costa, que se abre por entre edifícios de dois pisos, caiados a branco. À direita o bonito edifício da Câmara Municipal de Machico, com influências neoclássicas, à esquerda a belíssima Igreja Matriz de Machico, templo manuelino do século XV. Passo a ponte sobre a Ribeira de Machico que, tal como sempre, se enche em frondosa vegetação. Vê-se o verde e os tons fortes de algumas flores e ouve-se a repousante melodia da água a passar. Desço, em direção ao mar, e paro num dos marcos da cidade, a Capela do Senhor dos Milagres. O pequeno e modesto templo é a primeira ermida da ilha. Nasceu no local onde se diz terem refugiado os enamorados Robert

Machim e Ana d’Arfet, e onde teriam vindo a ser sepultados. Foi reconstruída em 1803, após o aluvião que por esse ano arrasou estas zonas. Neste local foi proferida a primeira missa na Madeira, um dia após a sua descoberta.

AREIAS DOURADAS NA ILHA DO CALHAU Continuo até à Banda d’Além, a praia com um “dedinho” humano. Uma das duas únicas praias de areia dourada da ilha. Alugo um guarda-sol, estendo a toalha e aprecio a calma das ondas que vão chegando mansinhas e a azáfama do jogo de vólei que entretém miúdos e graúdos. Depois de uma tarde passada à beira-mar, nada melhor que aproveitar a últimas horas de sol – que na Pérola do Atlântico se esconde para lá do horizonte depois das

CIDADE DE FESTAS Semana Gastronómica de Machico – Desde 1985 que se degusta a gastronomia típica da ilha em Machico. Em 2016, de 30 de julho a 7 de agosto, a frente-mar de Machico vai encher-se de dezenas de barraquinhas de comes e bebes, que mostram o que de melhor se faz na ilha. O evento é completo com animação musical de tunas a grandes nomes da música portuguesa, demonstrações de live cooking e outras atividades. Festa dos Fachos – No último fim de semana de agosto celebram-se as práticas antigas da ilha. Pela noite, em vários pontos do Pico do Facho são acesas imensas bolas de fogo, que fazem diferentes desenhos. Os fachos eram utilizados, antigamente, para alertar a população para a chegada de piratas e corsários. Um bonito espetáculo de luz e fogo que está associado à Festa do Santíssimo Sacramento. Festa dos Milagres – Uma fantástica

procissão de velas, com celebração na Capela do Senhor do Milagres, que relembra o milagre lá ocorrido. O aluvião de 1803 destruiu a capela onde se encontrava a imagem do Senhor dos Milagres, que foi arrastada até ao mar. Três dias mais tarde foi encontrada à deriva por um navio americano e devolvido à capela original, que veio a ser reconstruída. O evento decorre todos os anos na noite de 9 de outubro. Mercado Quinhentista – Evento que recria as vivências na Capitania de Machico no início dos anos de 1500. Uma festa que valoriza o património histórico português, a decorrer no primeiro fim de semana de junho. Todo o centro da cidade enche-se de “cosas de mercar, de manjar, de beber e de folgar”, envolvendo mais de mil participantes, que garantem muita música e dança, saltimbancos e dramatizações da época.

21h30 – também à beira-mar. Do outro lado da Ribeira de Machico encontra-se uma outra praia, a de São Roque. Uma longa extensão que percorre quase toda a baía, coberta de macios calhaus rolados que desafiam o equilíbrio dos visitantes. É aqui que se encontra a esplanada do MaréAlta, que nos vai surpreendendo com uma dança de pratos que não tardam a chegar. Lapas grelhadas, peixe fresco, bife de atum à moda da Madeira, polvo, gambas, filete de espada com banana frita. Um belíssimo repasto que obrigou a um passeio pela promenade e passagem pelo triangular Forte de Nossa Senhora do Amparo, construção peculiar, do século XVII, revestida em tons de amarelo-torrado, que serviu para proteger a ilha contra ataques piratas. Reservo o segundo dia em Machico para uma das muitas atividades ao ar livre que a cidade proporciona. Há birdwatching na Ribeira de Machico, com direito ao rechonchudo maçarico-das-rochas, à brancura celestial da garça-branca-pequena e ao tom ferrugem do pato-casarca. Há o explorar das águas, com viagens de mergulho pelo Anthia Diving Center. Para mim, há o relaxado passeio de catamaran, da empresa VMT. No percurso até à ponta da ilha acompanham-nos golfinhos, com demonstrações de agilidade e ternurentas danças entre si. A meio da viagem há uma paragem na Baía d’Abra e Caniçal, com direito a banhos em águas tão transparentes que parecem nem lá estar. Passeio terminado, há ainda tempo para algumas paragens. Visito o Solar do Ribeirinho, o Núcleo Museológico de Machico, que conta a sua história, desde há 600 anos até aos dias de hoje. Passo pela Art Point, um ateliê colaborativo de artes, que me enche a mala com souvenirs únicos. Deleito-me com a espetada do Piquinho, com direito a bolo do caco com manteiga d’alho e doses de milho frito. Já no avião, de regresso a Lisboa, sobrevoo Machico e recordo com alguma nostalgia as horas passadas a percorrer as suas ruas estreitas, algumas ainda em calçada madeirense, que escondem segredos de outros séculos. <

COMO IR

A easyJet, TAP e Sata operam voos entre Lisboa e a Madeira, com a duração de cerca de hora e meia. O mesmo se verifica do Porto, com a adição da low cost Transavia, em viagens de aproximadamente duas horas de duração.

ONDE FICAR

Dom Pedro Baía Club HHHH Estrada de São Roque | Desde 78€ p/ quarto duplo White Waters Hotel HHH Praceta 25 de Abril | Desde 57€ p/ quarto duplo

ONDE COMER

MaréAlta Peixe & Mariscos – Largo da Praça Gastronomia regional | peixe e marisco fresco O Piquinho Restaurante & Churrascaria – Rua São José, 2 Especialidade de espetada regional | vista panorâmica sobre a cidade O Xadrez – Estrada D. Manuel I, 82 Comida tradicional madeirense e portuguesa | ambiente familiar julho de 2016


> lá fora

Em Agadir TODOS OS CAMINHOS VÃO DAR À PRAIA

Fazer férias em Agadir é mesmo para quem gosta de praia, areia fininha e dourada, águas quentes e desportos náuticos. E se a isso juntar uma pitada do exotismo mítico marroquino e o charme lendário da cultura árabe, africana e mediterrânica, vai ver que vale a pena a moderna cidade do Sul de Marrocos, tão perto de Portugal.

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e não nos disserem nem vamos acreditar à primeira vista que estamos em Marrocos. Por ser um famoso destino de praia, a cidade que se modernizou após ter ficado completamente destruída no devastador terramoto de 1960, tem sempre muitos turistas europeus durante todo o ano. A própria estrutura da cidade é muito europeia, num começar de novo que a transformou por completo com avenidas largas, prédios com uma arquitetura futurista e resorts turísticos em frente à praia. Mas quando começamos a descobrí-la sentimos o charme e o exotismo marroquinos. Situa-se no Sudoeste de Marrocos, julho de 2016

Texto: Carolina Morgado

no sopé da Cordilheira do Atlas. Apesar de se encontrar na costa do Atlântico, Agadir beneficia de um clima mediterrâneo, com temperaturas médias de 21ºC no inverno e 32ºC no verão, por isso visitável durante o ano inteiro. Existem mil experiências para viver em Agadir: desde desfrutar de um dos mais impressionantes poentes do Atlântico na sua grande praia de areia dourada, até ver descarregar o peixe no seu porto, ou sair para compras pela animada avenida de Hassan II. A cidade de Agadir é um lugar onde apetece perder-se nas suas ruas, e descobrir o seu animado souk, para terminar a jantar numa pequena taberna marinheira um peixe recém-

pescado, com um suave molho de limão… Uma autêntica experiência de cores, sabores e sorrisos. Na minha viagem a esta cidade marroquina, o que mais me ficou na mente foi o som das ondas do mar e o aroma a eucalipto fresco. Isso levoume a descobrir os dois lados desta estância turística: o que resta do antigo e o moderno, que se complementam na perfeição.

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AUTENTICIDADE PRESERVADA

Comecei por visitar as ruínas da antiga Kasbah construída no século XVI e destruída pelo terramoto. A antiga

Guia de Viagem INFORMAÇÕES ÚTEIS Moeda: Dirham. 1€ = 10 DH Documentos: Passaporte válido Língua: Árabe e francês Fuso horário Mesma hora que Portugal Continental. Clima O clima de Agadir é considerado como subtropical árido com temperaturas amenas ao longo de todo o ano, que rondam os 17º/22º C (inverno) e 27/32º C (verão). Na generalidade, os dias são de céu limpo com sol e algum vento ao final da tarde. A chuva é praticamente inexistente.

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> lá fora

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fortaleza está localizada a noroeste da cidade, a cerca de 5 quilómetros do centro. De facto pouco restou, mas no cimo da montanha com pouco mais de 230 metros de altitude, onde na sua encosta virada para o mar se exibem em árabe as palavras “Rei, Deus, Pátria” é onde se podem admirar as mais fantásticas vistas panorâmicas para a baía, que os habitantes apelidam como uma das mais bonitas do mundo, que engloba uma marina sempre repleta de barcos de recreio. É encantador também ao fim da tarde, quando reflete a luz amarela do pôr do sol. Desci rumo ao porto pesqueiro, um dos mais importantes de Marrocos e o expoente máximo da pesca da sardinha. É uma experiência inesquecível e cheia de autenticidade apreciar toda aquela

azáfama. Nos seus sempre animados DESDE molhes pode ver-se a descarga das capturas de sardinhas dos barcos de pesca, enquanto outros marinheiros tecem LO | 7 NOITES P/PESSOA/DUP H e reparam as redes, ou carregam caixas BATROS 4 AL H HOTEL BE ACINCLUÍDO de citrinos ou se dedicam à construção DO TU O, das pequenas embarcações de madeira. 18 A 25 DE JULH SÓ PARTIDAS DE OU PORTO A BO LIS Não pude deixar de visitar a Mesquita DE de Mohamed V. Visitar será um termo TAS: RESTANTES DA incorreto. Diria, ver, porque a entrada E SD E D só é permitida aos praticantes da religião muçulmana. Imponente símbolo LO da cidade, mostra da beleza da arte P/PESSOA/DUP árabe, com os seus mosaicos e paredes I HOTEL ANAZ H decoradas com azulejos cerâmicos. TOWER 4 TUDO INCLUÍDO Para conhecer a história da cidade e a cultura marroquina visitei o Museu Municipal TRAVELERS TE EN do Património Amazigh que apresenta uma (CONSULTE O SEU AG DE VIAGENS) coleção de objetos berberes dos séculos E 18 DE JULHO XVIII e XIX, reunida por Bert Flint, historiador OPERAÇÃO DECORR RTIDAS ÀS

649€

699€

(PA A 29 DE AGOSTOS-F SEGUNDA EIRAS)

SABORES E CHEIROS EXÓTICOS A culinária marroquina é rica, diversificada e repleta de sabores e aromas com contrastes entre doce e salgado, picante e amargo como características dominantes, famosa pela sua autenticidade, cheia de sabores e cheiros exóticos. Em Agadir também é assim, embora seja uma cidade eminentemente turística e cosmopolita. Os pratos mais populares são couscous, harira, méchoui, tajine, kefta, touajen, e a pastilla. Nas zonas costeiras também se come muito peixe. O pão tradicional, redondo de achatado, é muito bom. Em relação a bebidas, o chá de menta bebe-se em todo o sítio e a toda a hora, bem como o sumo de laranja natural. Beringelas e frutos secos acompanham tudo. As especiarias são usadas abundantemente. A pastelaria é de fazer água na boca. <

holandês de arte que se estabeleceu em Marrocos em 1957. Depois foi hora de shopping, ou melhor, de regatear os preços, prática habitual em Marrocos, e nada melhor do que o souk El Had. Com mais de 3000 postos de venda, é um ponto de visita obrigatória em Agadir. Aqui encontrei um pouco de tudo, desde os habituais souvenirs para os amigos até roupas, produtos em couro, peças de artesanato, especiarias, cosméticos, perfumes, frutas e vegetais. Passear pelos seus postos de venda é uma autêntica aventura de cores e sabores. No centro da cidade, e porque fiquei

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curiosa, dei uma volta pelo Jardim de Olhão, que assinala os nossos laços históricos com Marrocos (os portugueses estabeleceram ali a feitoria de Santa Cruz do Cabo de Guê no século XVI) e a geminação da cidade algarvia de Olhão com Agadir. Visitei também o Val des Oiseaux (Vale dos Pássaros), aproveitando o “petit train” que liga a zona dos hotéis aquele parque no centro.

300 DIAS DE SOL POR ANO Do velho também se faz novo em Agadir. A nova Medina ou Medina Polizzi, como também é conhecida, foi concebida

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A 19 Km temos Taghazout, conhecido pelo surf. Em Agadir existem várias escolas de surf que dispõem de programas que incluem aulas e equipamento. Vale a pena também visita ao Vale de Tamraght e ao Parque Nacional de Souss-Massa, onde pode passar um dia a desfrutar de 34 mil hectares de natureza selvagem, vegetação tropical luxuriante, inúmeras espécies de catos, flamingos corde-rosa, patos, ibis e garças cinzentas. Na zona sul da reserva está a lagoa formada pela foz do rio Massa, onde também se encontram algumas praias virgens, onde segundo a lenda teve lugar o encontro entre Jonas e a baleia. A 170 Km a norte de Agadir encontra-se uma das mais pitorescas cidades da costa do Atlântico – Essaouira, que no século XIV desempenhou o papel de fortaleza portuguesa chamada Mogador. Não perca esta cidade numas férias em Agadir. <

Beach Albatros HHHH Muita animação Anezi Tower HHHH Completamente remodelado Iberostar Founty Beach HHHH Animação característica da cadeia Paradis Plage Surf, Yoga & Spa Hotel HHHHH Perto Taghazout onde está a nascer nova cidade turística

ONDE COMER

Grande parte dos hotéis em Agadir pratica a modalidade do tudo incluído e oferece cozinha internacional e marroquina. Os restaurantes mais luxuosos localizam-se no passeio marítimo.

O QUE COMPRAR

O artesanato de Marrocos é de fazer perder a cabeça mesmo a quem não costuma comprar muitas recordações em viagem: têxteis de decoração como colchas, almofadas e tapetes; olaria, especialmente tajines; espelhos; candeeiros de metal; mesas baixas com bandejas de latão trabalhadas para servir o tradicional chá marroquino; peças para o tal ritual do chá; peças em couro; ourivesaria variada; perfumes; especiarias. O regatear faz parte da cultura.

COMO IR

Durante o verão há operação direta em voos especiais. No inverno as hipóteses são via Marraquexe ou Casablanca.

ONDE FICAR

DIVERTIR-SE

Royal Atlas Hotel HHHHH Calmo e ideal para casais Sofitel Agadir Thalassa Sea & Spa HHHHH Luxo e exclusividade

Bares, pubs, discotecas e casinos. Destaque para as duas discotecas mais animadas de Agadir, a do Sofitel Royal Bay Resort, e do Royal Atlas Hotel.

LIGADA AO MUNDO

DICA

Visitei vários hotéis tanto em Agadir como fora da cidade. A oferta tanto hoteleira como de restauração é de muito boa qualidade. A maioria são hotéis de 4 e 5 estrelas, com relaxantes Spas, que praticam a modalidade all inclusive, bastante modernos ou recentemente remodelados. Uns oferecem excelente animação para família, enquanto outros se destinam mais as casais que preferem a exclusividade e o sossego.

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AO Chegámos bem LIGADA a Paris ! Está bom tempo, beijinhos ! Chegámos bem a Paris !

Fantástico, aproveita e

Fantástico, aproveita e! dá um beijinho meu à Tia dá um beijinho meu à Tia !

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

FRANÇA

20 FRANÇA

20 FRANÇA DE

VOOS POR SEMANA

PARIS

PARTIDAS DE DE VOOS POR SEMANA LISBOA, PORTO, FARO PARTIDAS DE E FUNCHAL DE 20 VOOS POR SEMANA PARIS LISBOA, PORTO, FARO ORLY PARTIDAS E FUNCHALDE LISBOA, PORTO, FARO E FUNCHAL ORLY

PARIS

PARA ALÉM DE AGADIR Dada a sua localização geográfica, Agadir é um excelente ponto de partida para fazer excursões a vários lugares interessantes, aliando a possibilidade de desfrutar da praia, da montanha e do deserto, um sem fim de possibilidades. Recomendo as quedas de água de Immouzer, localizadas a norte de Agadir.

MUNDO

Chegámos bem abeijinhos Paris ! aproveita Fantástico, e Está bom tempo, ! Está bom tempo, beijinhos ! meu à Tia ! dá um beijinho

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

praticar desportos náuticos como vela, surf, windsurf, kitesurf, ou simplesmente passear-se de moto de água. Paralelo ao passeio marítimo e rodeada da bela vegetação autóctone, a zona da praia converte-se num espaço isolado de paz e tranquilidade. Ali estendi a minha toalha sobre uma espreguiçadeira, apanhei excelentes banhos de sol, descontraí, deslizei-me ao sabor das pequenas ondas e aproveitei a oferta dos desportos náuticos. Banhada pelo sol, quase 300 dias por ano, todos os caminhos vão dar à praia. Com a sua areia fina dourada e a suave brisa do oceano Atlântico, sentar-se na praia de Agadir a contemplar o cair da tarde enquanto os banhistas se convertem em pequenas silhuetas é uma das melhores imagens de que é possível desfrutar nesta costa de Marrocos. À noite, avenidas ladeadas por palmeiras, cafés, restaurantes e bares à beira-mar com música ao vivo, e discotecas, dão um ritmo diferente à cidade.

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pelo arquiteto Coco Polizzi que criou um espaço que recria a antiga cidade medieval com diversas lojas de artesãos, cafés e restaurantes típicos. Refrescantes os seus pátios interiores. Deixei para o fim o que de melhor Agadir oferece, o seu cartão-de-visita: a praia emoldurada pela grande cordilheira do Atlas e bordada pela bela baía de mais de 7 Km, de areia dourada, águas limpas e cristalinas, bem como as mil e uma possibilidades de

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*Porto > Lyon operado 3 vezes por semana a partir de 27/03/16.

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> ficar

Ficha técnica HOTEL RURAL MONTE DA PROVENÇA HHHH

7,5 Km do centro de Elvas Monte da Provença, EN 246 Telefone: +351 912 799 202 Email: geral@montedaprovenca.com Site: http://www.montedaprovenca. com/ Preços • P/quarto/ noite época alta entre 80 e 100€ c/p-almoço • P/suite/noite época alta entre 100 e 120 € c/p-almoço • A unidade não pratica regime de meia-pensão ou pensão completa Serviços • Seis quatros duplos, quatro apartamentos T1/suites kitchenette, sala de estar, sala de jantar, sala de pequenos-almoços ou reuniões , sala de eventos / adega, sala de prova de vinhos ou refeições, alpendre, pátio interior, jardim e piscina. • Observação de aves

Hotel Rural Monte da Provença ONDE SIMPLESMENTE APETECE ESTAR

Estamos perto de Elvas (Património Mundial da UNESCO), da vila histórica de Vila Viçosa e de Badajoz. A poucos quilómetros está a barragem do Caia e não muito longe a barragem do Alqueva. É onde simplesmente apetece estar e ser feliz… rodeado pela natureza. E claro, o Hotel Rural Monte da Provença é o local ideal para usufruir por completo destas raridades que só o Alentejo sabe oferecer. Texto: Carolina Morgado

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Hotel Monte da Provença é uma unidade turística rural de 4 estrelas, em Elvas, Alto-Alentejo. O novo empreendimento turístico nasceu da recuperação e ampliação de um conjunto de construções existentes na Herdade do Monte da Provença. Regresse ao passado com todo o conforto moderno. Esqueça as horas desfrutando de um local pleno de encanto e de todas as atividades complementares que o hotel propõe… ou simplesmente descanse… Situado num “oásis” onde a água corre sempre, no Alentejo interior, o Hotel Rural Monte da Provença, alia a tradição ao conforto moderno e tem como objetivo

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“mimar” os seus hóspedes. Constituído por quatro casas e a Casa Principal, todas as áreas de habitação estão interligadas por generosas áreas de circulação interna e por terraços/ alpendres cobertos que conferem a privacidade necessária aos hóspedes que procuram momentos descontraídos para a leitura de um livro, a contemplação da natureza envolvente ou o saborear de um bom vinho alentejano. No total o Hotel Rural Monte da Provença dispõe de seis quatros duplos com varanda privativa ou acesso a um pátio interior, casa de banho com amenities pack e secador, bem como roupeiro, cofre, TV, wi-fi e minibar. Existem ainda

quatro apartamentos T1 com lareira e kitchenette, todos decorados com peças únicas, onde a elegância, luxo e charme são adjetivos inseparáveis. Desfrute ainda

ECO-FRIENDLY HOTEL Esta unidade hoteleira em espaço rural está certificada pela TUV Reinhland, como Eco hotel, uma vez que aposta forte na proteção do ambiente e na utilização das energias renováveis. 50% da sua eletricidade é gerada por painéis fotovoltaicos, todo o aquecimento/ arrefecimento do hotel é gerado por energias renováveis, criando um “oásis” no Alentejo interior.

do sossego do seu alpendre equipado com móveis de jardim. Num ambiente simples mas requintado encontra ainda uma sala de estar, sala de jantar, sala de pequenos-almoços, adega, sala de prova de vinhos ou refeições mais exclusivas, pátio interior, jardim e piscina. A propriedade tem vinha, laranjal, nogueiral, olival, pequena barragem e vários recantos encantadores.

DEIXE-SE MIMAR Desfrute o seu pequeno-almoço, no seu quarto ou suite com produtos frescos da região para além dos tradicionais. O hotel faz-lhe o seu cesto com a mais julho de 2016


ATIVIDADES

importante refeição do dia. Se lhe apetecer fazer um piquenique, a unidade prepara-lhe a sua cesta com produtos de “comer e chorar por mais”, bem como uma manta para relaxar. Ao fim do dia, saboreie um copo de bom vinho no terraço coberto aproveitando a vista espetacular. E de inverno… à lareira! O Hotel Rural Monte da Provença oferece o serviço “Chef on demand”, ou seja, Destinos.pdf

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faz as suas refeições sempre que quiser comer “em casa”. E porque férias, para muitos, não é só descanso, a unidade organiza várias atividades complementares ao alojamento, para todos os gostos e idades, como workshops temáticos, desportos ao ar livre, programas de gastronomia que permitam conhecer os sabores do Alentejo, entre tantas outras ofertas que possibilitem um melhor desfrutar de toda a oferta hoteleira. <

Bird watching - descubra as espécies raras da nossa região. Carp fishing - venha descobrir peixes enormes num lago privado da região na Herdade da Alfarófia. Star gazing - deslumbre-se com as estrelas e constelações visíveis numa das regiões com mais horas de céu límpido de Portugal. Passeios a cavalo - uma manhã, tarde ou dia inesquecível passeando a cavalo, com um piquenique na natureza. Passeio de balão – o Alentejo visto do céu! Experiência Enófila - visite várias vinhas e adegas e prove os seus variados tipos vinhos e seus sabores. Vindima - venha ajudar a vindimar a vinha da herdade (só em setembro). Apanha da Azeitona - o prazer de colher o “ouro” do Alentejo diretamente das oliveiras da herdade (só disponível em novembro). Rota do Mármore - visite as extrações e veja o produto acabado em Borba, Estremoz, Vila Viçosa e Alandroal. Museus - num raio de 20 Km existem mais de 30 museus históricos, militares e contemporâneos e mais de 20 igrejas e capelas históricas.

478€

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> gastronomia

Glory Pizzeria Rua da Glória, 17 Lisboa Tel.: 915 957 337 Horário: Segunda a sexta-feira das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00 Sábado e domingo das 19h00 às 23h00

GLORY PIZZERIA

Take Away e wi-fi disponível Preço médio de 20€ por pessoa

Itália em Lisboa

Abriu em Lisboa, mesmo ao lado do Elevador da Graça, um pequeno recanto que faz ode à gastronomia italiana. Pizzas, bruchettas, risotos, massas. A Itália, em Lisboa, come-se no Glory! O ambiente é descontraído e informal, numa pequena sala com detalhes que nos relembram estarmos na capital Texto: Sofia Soares Carraca portuguesa.

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Glory ainda cheira a novo. Abriu portas no passado mês de junho e ainda tem traços imaculados de local acabado de nascer. O restaurante surge da reestruturação do Turim Restauradores Hotel, unidade a que se agrega. O hotel renova-se e o Glory aparece num conceito de ligação entre Portugal e Itália. A entrada por ser feita tanto através do lobby do hotel, quanto diretamente da Rua da Glória (percebe agora o nome escolhido para este espaço?), sob toldos vermelhos que nos indicam o “Ristoranti”. Lá dentro o espaço é ‘clean’ e minimalista, entre tons de creme e madeira escura. As mesas encontram-se nuas (sem toalha) e deixam-nos ver, no tampo de algumas, padrões inspirados na azulejaria portuguesa, em branco, azul e amarelo. É hora de almoço quando visito o Glory e apercebo-me, logo ao chegar, da luz que entra pelos enormes janelões e da cozinha aberta atrás do balcão, onde vemos chefs numa azáfama saudável. Lá dentro trabalhase somente com ingredientes frescos para um sabor mais apaladado das iguarias italianas que aqui se servem. Sento-me numa das mesas ao lado das quatro janelas e vejo um empregado que vem já na minha direção. O avental é xadrez azul e branco, bem ao modo da trattoria, a combinar com os guardanapos de pano dispostos sobre a mesa. Traz um couvert na mão, com pão, gressinos, uma taça de bom azeite Virgem Extra com umas gotas de vinagre balsâmico, manteiga de alho e paté.

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Vou trincando os estaladiços gressinos enquanto dou uma olhada pela ementa e me debato na quintessencial questão dos dois P’s: Pizza ou Pasta? O empregado fala-me nas pizzas que são de massa fina e com combinações tanto clássicas como inovadores, pois pretendem agradar a todos os gostos. Decisão tomada! Por agora vem o Chá Glory – chá verde, chá preto, hortelã, canela e limão –, que é especialidade da casa, e bruschettas para ir abrindo o apetite. As bruschettas há-as com os mais variados ingredientes, a eleita foi a derradeira ligação entre os dois países, a Bruschetta de Sardinha, uma edição limitada disponível até ao final do verão. Pão tostado, à moda da bruschetta, bem regado de azeite, rematado com a dita sardinha numa cama de cebola roxa, tomate e cebolinho. Quando sobram apenas as tábuas com alguns vestígios de azeite, é tempo de começar a segunda rodada. “Pling!”, soa a campainha e chega o delicioso aroma de pizza acabada de

SUMMER MENU Para um almoço com tudo a que tem direito e a um preço bem em conta, o Glory sugere o Summer Menu. Este menu de almoço dá direito a uma pizza, uma bebida e sobremesa, para acabar em beleza, com o preço de 15€ por pessoa. Esta disponível de segunda a sexta-feira.

sair do forno. Chega o empregado, nem malabarista com três pizzas em riste. Gamberi, Carpaccio e Michel, só os nomes fazem crescer água na boca. Avalio a dita massa fina e é efetivamente milimétrica. Já a cobertura é generosa, sem se tornar pesada em sobredose, tal como deve ser. Por razões óbvias, antes que a carne que chega vermelho vivo se torne acastanhada, começo pela Carpaccio. A pizza é exatamente isso, coberta de finíssimas fatias de carpaccio de novilho, sobre a habitual massa de tomate e queijo. Uma combinação pouco óbvia, que resulta na perfeição. A Gamberi é algo já sobejamente conhecido, e sempre querido. A perfeita mistura de uma base de pão revestida a mozzarella e camarão, e também espinafres. Uma agradável paleta de cores e sabores. Termino com a curiosa Michel, uma mescla de pepperoni, bolonhesa, cogumelos, pimento, cebola, azeitonas e orégãos. Uma aparente bomba calórica, que é no fundo uma dança de sabores dentro da nossa boca. Para o rematar desta refeição italiana foi escolhido o também muito italiano tiramisù, com a as suas camadas fofas de palitos la reine embebidos em café e outras delícias mil polvilhadas com cacau. É com um café, felizmente português, que termina o meu tempo no Glory Pizzeria. Local calmo, o que muito contrasta com a algazarra de uma típica trattoria italiana, mas que muito agrada a esta portuguesa! <

MENU

Couvert Pão de Alho 3,50€ Sopa do Dia 3,50€ Entradas Rolinho Glory 8€ Bruschetta Mediterrânica 4€ Bruschetta Chèvre 4€ Bruschetta Serrana 5€ Brushcetta de Salmão 5€ Brushcetta Napoli 5€ Carpaccio de Novilho 10€ Saladas Caprese 7,50€ Caesar de Frango ou Camarão 12€ Salada Romana 9€ Carne e Peixe Lombo de salmão com Ratatouille 15€ Bife à Portuguesa na frigideira 16€ Massas e Risotos Tagliatelle Carbonara 11€ Linguini Nero de Salmão 13€ Ravioli de Queijo 12€ Esparguete à Bolonhesa 11€ Risoto de Cogumelos 12€ Risoto de Espinafres com Parmesão 11€ Pizzas Marguerita 9€ Hawai 11€ Pepperoni 11€ Capricciosa 12€ Chico’s 12€ Gamberi 13€ Carpaccio 13€ Salmão 14€ Michel 13€ Carbonara 13€ Codorniz 15€ Calzone 11€ julho de 2016


TEATRO DO MUNDO EM PORTUGAL É já a 33ª edição do também conhecido como Festival Internacional de Teatro de Almada, evento que honra as artes cénicas e criadores, tanto nacionais quanto estrangeiros. Até 18 de julho, a edição de 2016 é dedicada aos “novos mestres”, com uma homenagem a Ricardo Pais e destaque para nomes como Ostermeier e Richter.

Texto: Sofia Soares Carraca

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Festival de Almada é considerado o mais importante festival de teatro em Portugal, com toda a razão de o ser. Quinze dias de teatro, de música, de dança, de animação de rua. Quinze dias que fazem Almada mexer, e as gentes mexerem-se até Almada, e, na verdade, também até Lisboa, onde decorre parte da programação. Quinze dias, quinze espaços, vinte e nove espetáculos. A edição de 2016, do festival criado em 1984 por Joaquim Benite, honra os “novos mestres” do teatro. Termo que surgiu com a passagem do milénio, referindo-se aos novos e proeminentes encenadores europeus, de entre os quais os alemães do famoso teatro berlinense Schaubuhne, Thomas Ostermeier e Falk Richter. Estes dois “mestres” do teatro europeu contemporâneo, em toda a sua polemicidade e esteticismo, apresentam três espetáculos no festival, certos de obrigar à abertura de diálogos, à troca de ideias e ao trabalhar da massa cinzenta, por parte dos espetadores. O teatro moderno é isto mesmo, um estímulo intelectual envolto em artes cénicas de perfeita beleza, por vezes inspirado em obras de outros tempos. Os dois respeitáveis encenadores vão participar em conversas com o público dia 8 (Ostermeier) e dia 11 (Richter), às 18h00, na Esplanada da Escola D. António da Costa, em Almada. Ostermeier regressa ao festival, passados 14 anos, trazendo consigo A Gaivota de Anton Tchékhov, de 1896. A Gaivota foi trazida para o presente, sob a luz de um novo realismo e de um mediterrâneo em polvorosa, com a crise humanitária originada pela vaga de refugiados. O diretor do Schaubuhne apresenta também Susn, um “monólogo para dois atores”, em que apenas a atriz fala, mas ambos interpretam. A atriz, Brigitte Hobmeier, transportar-nos ao período entre os 18 e os 50 anos da personagem que representa, num processo de deterioração progressiva, tanto física quanto psicológica. Toda a decadência humana, representada por um ser da espécie, é auxiliada por gravações de imagens e projeções em direto, bem ao estilo de Ostermeier. Já Falk Richter, encenador residente do Schaubuhne, traz a Città del Vaticano a Lisboa. O espetáculo é um quebrar dos telhados de vidro da instituição que é o Vaticano. Um arrasar da escala de valores conservadores e normativos que foi concebendo. A obra interroga-se sobre conceitos de família, identidade e pertença, no mundo globalizado de hoje. O elenco é composto por novos intérpretes de várias

julho de 2016

nacionalidades, incluindo a portuguesa. Intérpretes estes que contribuíram com diversas histórias pessoais, que, em última instância, vieram a criar o texto de Richter. O Festival de Almada apresenta também algumas criações feitas para ele próprio, das quais se destacam O Feio, pela Companhia de Teatro de Almada – que organiza todo o festival a par com a Câmara Municipal de Almada – e A Lição. O primeiro, obra de 2007 por Marius von Mayenburg, é encenado pelo italiano Toni Cariero. A CTA apresenta-nos uma sátira moderna ao capitalismo e à globalização, com quatro atores que interpretam sete diferentes personagens, numa peça que fala da perda de identidade. O segundo é uma tragicomédia que traz de volta aos palcos o encenador Miguel Seabra. A Lição, de Eugène Ionesco (1951), é um dos grandes clássicos da dramaturgia mundial, fazendo parte do Teatro Absurdo. Transcende os limites racionais do entendimento, apelando ao

uso do imaginário. Em 2016 a ode ao novo e emergente vai para Itália, com o ciclo Novíssimo Teatro Italiano. Cinco peças de cinco novas companhias e criadores, que são a voz de uma nova geração. Falam precisamente sobre o que é ser jovem e sobre o que é fazer teatro. Todos os anos o festival homenageia uma figura prestigiada, sendo o escolhido, para a sua 33ª edição, o ator e encenador Ricardo Pais, também responsável pelo curso de formação “O Sentido dos Mestres”, que decorre nos dias 13, 14 e 15, às 15h00, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea. O Festival de Almada apresenta espetáculos de Portugal, Alemanha, Itália, Argentina, Áustria, Bélgica, Espanha, EUA, França, Israel, Noruega, Roménia e Suíça. A vénia ao teatro é acompanhada por 22 espetáculos de rua, dos quais se destacam os concertos de Luiz Caracol, Jorge Palma, Manuel João Oliveira e Hélder Moutinho,

todos eles de entrada livre. Este conjunto de eventos culturais promete trazer ao de cima variadas emoções, incentivar a um pezinho de dança, ao mesmo tempo que desperta a curiosidade e estimula o pensamento crítico e instiga a troca de ideias. Um festival que faz pensar, ao enquanto nos fornece horas e horas e delicioso entretenimento.<

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> cartaz

Festival de Almada

RESUMO DE PROGRAMAÇÃO > 8 DE JULHO Città del Vaticano – Falk Richter e Nir de Volff | Enc. Falk Richter 21h00 | Teatro Nacional D. Maria II A Lição – Eugène Ionesco | Enc. Miguel Seabra 22h00 | Escola D. António da Costa Luiz Caracol | concerto 24h00 | Esplanada da Escola D. António da Costa > 9 DE JULHO Città del Vaticano – Falk Richter e Nir de Volff | Enc. Falk Richter 21h00 | Teatro Nacional D. Maria II Jorge Palma | concerto 22h00 | Esplanada da Escola D. António da Costa > 10 DE JULHO A Gaivota – Anton Tchékhov | Enc. Thomas Ostermeier 21h30 | Teatro Municipal Joaquim Benite > 11 DE JULHO A Gaivota – Anton Tchékhov | Enc. Thomas Ostermeier 19h00 | Teatro Municipal Joaquim Benite > 12 DE JULHO O Feio – Marius von Mayenburg | Enc. Toni Cafiero 21h00 | Teatro Municipal Joaquim Benite > 13 DE JULHO O Feio – Marius von Mayenburg | Enc. Toni Cafiero 20h00 | Teatro Municipal Joaquim Benite > 14 DE JULHO Susn – H. Achternbush | Enc. Thomas Ostermeier 21h00 | Centro Cultural de Belém O Feio – Marius von Mayenburg | Enc. Toni Cafiero 21h00 | Teatro Municipal Joaquim Benite > 15 DE JULHO Susn – H. Achternbush | Enc. Thomas Ostermeier 18h00 | Centro Cultural de Belém O Feio – Marius von Mayenburg | Enc. Toni Cafiero 21h00 | Teatro Municipal Joaquim Benite Manuel João Vieira | concerto 22h00 | Esplanada da Escola D. António da Costa > 16 DE JULHO O Feio – Marius von Mayenburg | Enc. Toni Cafiero 20h00 | Teatro Municipal Joaquim Benite Hélder Moutinho | concerto 24h00 | Esplanada da Escola D. António da Costa > 17 DE JULHO O Feio – Marius von Mayenburg | Enc. Toni Cafiero 19h00 | Teatro Municipal Joaquim Benite


> cultura

Museus londrinos MILÉNIOS DE CONHECIMENTO

Entre os vinte museus mais visitados em todo o mundo, em 2015, Londres aparece nada menos que seis vezes. Seis museus, numa única cidade, foram visitados por largos milhões de pessoas. Dinossauros e artes decorativas, a Pedra de Roseta e locomotivas, fotografia e arte contemporânea, e tanto, tanto mais. E tudo isto, de entrada gratuita.

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Texto: Sofia Soares Carraca

ondres é apelativa por uma longa lista de razões, que vão desde o Big Ben a compras em Oxford Street e Bond Street. Ainda assim, é inegável que um fator que leva à capital do Reino Unido uma tão grande afluência de visitantes é a enorme qualidade (e quantidade) de museus, que se encontram a pouca distância uns dos outros. Uma cidade e seis museus, foi este o desafio

a que nos propusemos. Venha connosco conhecer os encantos históricos, científicos e culturais que se escondem atrás das portas do British Museum, National Gallery, Natural History Museum, Tate Modern, Victoria & Albert e Science Museum. A cereja no topo do bolo? Todos estes museus são de entrada gratuita, pelo que não vai chegar ao final das suas férias com a carteira (muito) mais leve.<

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THE BRITISH MUSEUM 5ª posição | 9,7 milhões de visitantes O British Museum é uma viagem pela história das diferentes culturas do nosso planeta, com testemunhos dos diferentes continentes, de séculos há muito idos. A entrada do museu leva-nos à fantástica obra arquitetónica de Norman Foster, com o Great Court e a Reading Room com sua cúpula de vidro, que ilumina o coração do museu. A obra que celebra a viragem do milénio é por si só uma atração com lojas de souvenirs, cafés e mil e um recantos onde pode simplesmente descansar e ler um livro. O restante edifício, local onde se encontram as diversas coleções, remonta ao século XIX, com um traçado da arquitetura da Grécia Antiga. O museu é consideravelmente grande pelo que é aconselhável planear a visita à priori, de modo a ir ao encontro daquilo que mais interessa. Pois, sejamos honestos, é impossível conhecer todo o museu num dia. O British Museum, fundado em 1753, foi o primeiro museu nacional público do mundo, aberto a todos os “estudiosos e curiosos”. A política mantém-se nos dias de hoje, em que podemos ver objetos arqueológicos de África, artefactos indígenas da América do Norte, uma fantástica coleção do Egito Antigo, da qual se destaca a Pedra de Roseta, que foi o ponto de partida para compreensão dos hieróglifos. Há ainda peças do Médio Oriente, Grécia e Roma Antiga e objetos da Europa que remetem a outros tempos.< Morada: Great Russell Street – London WC1B 3DG Horário: Todos os dias das 10h00 às 17h30 | Sexta-feira das 10h00 às 20h30

THE NATIONAL GALLERY 9ª posição | 5,9 milhões de visitantes

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A famosa galeria abriu com o intuito de dispor a toda a sociedade, nas suas diferentes classes sociais, a beleza e a sabedoria da pintura dos grandes mestres. A National Gallery é de extremo valor, mostrando ao mesmo tempo o génio de artistas do Renascimento ao Modernismo, e o altruísmo do povo inglês. Algumas figuras proeminentes foram, ao longo dos anos, doando as suas coleções privadas à galeria, que foi assim crescendo em tamanho e importância. É um museu da Europa, para a Europa, com a nossa história contada através das certeiras pinceladas dos mais consagrados pintores da humanidade. A coleção é dona de mais de 2.300 quadros, incluindo obras mundialmente famosas. Nos seus salões pode admirar o legado de Botticelli, Bellini, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Ticiano, Veronese, Caravaggio, Rubens, Velázquéz, Rembrandt, Goya, Turner, Degas, Monet e Van Gogh, entre tantos outros. A National Galerry é um figurativo banho de cultura, mas mais que isso é um edifício lindíssimo com salas majestosas, adornadas com bancos onde se pode sentar em frente à sua obra favorita e deixar as horas passar. E voltar no dia seguinte, e no outro, e no a seguir, pois a entrada gratuita assim o permite. <

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Morada: Trafalgar Square – London WC2N 5DN Horários: Todos os dias das 10h00 às 18h00 | Sexta-feira das 10h00 às 21h00 julho de 2016


NATURAL HISTORY MUSEUM 11ª posição | 5,3 milhões de visitantes

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Consegue imaginar Hogwarts – a escola de magia ficcional dos livros Harry Potter – no centro de Londres e com um dinossauro no hall de entrada? Se a resposta é sim, é porque provavelmente já visitou o Natural History Museum. Este museu faz as delícias de miúdos e graúdos. O esqueleto que se encontra à entrada é uma réplica original, mas não se preocupe, pois outros existem que são reais, como o primeiro fóssil de um T-Rex alguma vez encontrado. Este é um sítio de aprendizagem através do divertimento e de umas horas extremamente bem passadas. O Natural History Museum divide-se em quatro zonas diferentes. A Blue Zone vai dos dinossauros, a baleias e à biologia humana, explorando a diversidade de vida na Terra. A Red Zone é uma viagem pela gigante escultura que é a terra, desde o Big Bang, passando pela evolução humana e pela própria geologia do nosso planeta. A Green Zone acompanha a evolução dos diferentes habitats da Terra. Por fim, a Orange Zone é o local onde podemos ver os cientistas em ação no Darwin Centre, e aproveitar a paz do Wildlife Garden.< Morada: Cromwell Road – London SW7 5BD Horário: Todos os dias das 10h00 às 17h50

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TATE MODERN 13ª posição | 4,7 milhões de visitantes Do outro lado do Tamisa, na sua margem sul, encontra-se o museu internacional de arte contemporânea e moderna de Londres. A antiga estação de energia de Bankside foi o local eleito pela Tate, com outras três galerias, para alojar a arte dos nossos tempos, que vai desde escultura a vídeo. O edifício encontra-se em perfeita consonância com as coleções que o museu apresenta, tendo sido convertido pelos arquitetos Herzog & De Meuron, e apostando em traços antigos, como a sala da turbina e a sua gigante chaminé, como seus marcos. Passeie-se pelas salas e aprecie obras de nomes como Matisse, Braque, de Chirico, Francis Bacon, Chagall, Kandinsky, Lichtenstein, Man Ray, Miró e Monet, entre muitos outros. Cada ala do museu é dedicada a um movimento artístico ou tema diferente, em que exploram a sua origem e os artistas que lhes deram vida, no que resulta numa visita de extremo interesse. O reportório vai desde obras icónicas de Picasso, a instalações artísticas de grande escala. Desde a sua abertura, em 2000, a coleção tem vindo a aumentar pelo que, no mês passado, foi inaugurado o novo edifício adjacente, repleto de novas salas e nova arte.< Morada: Bankside – London SE1 9TG Horário: Domingo a quinta-feira das 10h00 às 18h00 | Sexta-feira e sábado das 10h00 às 22h00

VICTORIA & ALBERT 18ª posição | 3,4 milhões de visitantes

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O Victoria & Albert Museum, V&A para os "amigos", é o museu de arte decorativa e design mais importante do mundo, albergando uma coleção de milhões de peças, que vêm desde há 5000 mil anos até aos dias de hoje. Peças que vão desde estudos arquitetónicos, mobília e cerâmica, a joalharia, moda, têxteis, fotografia, escultura, pintura. E também peças de vidro, design, de teatro e performance. Bem perto do Natural History Museum, do outro lado da estrada, o edifício em tijolo laranja do V&A salta prontamente à vista, em toda a sua imponência, tendo o nome da Rainha que lançou a sua primeira pedra e do príncipe seu marido. Alegra, ao visitante, descobrir mais tarde que tal edifício é detentor também de um agradável jardim interior, perfeito para relaxar nos dias de verão. Tanto as entradas, como as visitas guiadas são de acesso gratuito, num espaço que incentiva o conhecimento e interesse cultural. O V&A é também conhecido pelas excelentes exposições temporárias que alberga, sendo que até 6 de novembro mostra a “Engineering of the World: Ove Arup and the Philosophy of Total Design”, que mostra a obra de Ove Arup, um dos mais importantes e inovadores engenheiros do século que passou. < Morada: Cromwell Road – London SW7 2RL Horário: Todos os dias das 10h00 às 17h45 | Sexta-feira das 10h00 às 22h00

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SCIENCE MUSEUM 20ª posição | 3,4 milhões de visitantes O Science Museum vem completar a Exhibition Road, em South Kensington, em conjunto com o Natural History Museum e o V&A. Este museu almeja ser o melhor sítio do mundo, para todos os interessados (dos 8 aos 80) por ciência e tecnologia e medicina, e tudo aquilo a isto ligado. O museu tem mais de 300 mil peças, com especial enfoque na história da ciência ocidental, desde anos de 1700. No lado da ciência há instrumentos que mostram o quão importante esta se tornou na cultura moderna, com coleções que dizem respeito a astronomia e cosmologia, física, química, matemática, ciências naturais, navegação. Cobre, também, o lado social, cultural e científico da medicina, com peças de todo o mundo, de diversos séculos. Não descura ainda a parte das tecnologias da informação e da comunicação, com uma coleção de aparelhos eletrónicos e redes, incluído a Internet, rádio, satélites, software. Já a parte de engenharia mostra como a experiência humana pode revolucionar a nossa capacidade de fazer coisas, indo até aos impactos que esta pode causar no meio ambiente. O Science Museum é dono de diversas peças famosas entre locomotivas, o primeiro motor a jato e a documentação da primeira máquina de escrever. Tem exposições interativas e um cinema IMAX 3D, que apresenta documentários (em 3D) sobre ciência e natureza. < Morada: Exhibition Road, South Kensington – London SW7 2DD Horário: Todos os dias das 10h00 às 18h00

julho de 2016

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> experiência

Jardim Zoológico de Lisboa

exemplo o órix-de-cimatarra, que já não existindo na natureza tem como lar este Zoo, onde já nasceram três saudáveis crias, duas delas no início deste ano.

PASSEIO NA VIDA SELVAGEM

UMA TARDE NA “SELVA”

O Zoo faz parte do imaginário de todas nós. Passar o dia entre animais selvagens das mais variadas espécies, aplaudir os golfinhos e leões-marinhos nas suas apresentações, ver magníficas águias em voo livre e respirar o ar mais puro, bem no centro da cosmopolita Lisboa. Foi uma tarde bem passada, a que deu origem a este texto. Texto: Sofia Soares Carraca

É 24

com um carinho muito especial que falo sobre o Jardim Zoológico. Faz parte da minha infância, com muitas e frequentes visitas, e acompanhou-me até à idade adulta, em que tanto eu quanto ele fomos crescendo em tamanho e (espero eu) aperfeiçoando algumas caraterísticas. Tal como eu, tenho a certeza que muitos portugueses aproveitam diversas ocasiões para fazer a visita da praxe a este parque da vida selvagem. Uma paragem obrigatória em qualquer passagem pela capital. Confesso que já lá não ia há uma meia dúzia de anos, mas mal entro no recinto a magia é a mesma, o coração acelera e a emoção é muita. O parque é não só zoológico como

também botânico, tendo sido o primeiro da Península Ibérica com a componente das plantas e um dos primeiros em toda a Europa. O Zoo celebrou em 2016 o seu 132º aniversário. Velho, velhinho mas em constante evolução e modernização das suas instalações e serviços. A política do Zoo não é ser uma simples montra para a vida animal para nosso bel-prazer, mas sim criar um habitat fora do habitat natural. Uma casa longe de casa. Um espaço de enriquecimento ambiental onde se recria o ambiente natural de modo a poder ser feita uma eventual reinserção dos animais na natureza. Todos os animais que se encontram no Zoo nasceram no Zoo. Aqui crescem animais que já não existem na natureza. Disto é

Mas vamos ao que interessa. Eram duas da tarde quando passei as bilheteiras do Jardim Zoológico, sob um sol resplandecente que prometia uma tarde quente bem ao estilo da selva. Lá dentro veem-se carrinhos com bebés e pais “babados”, grupos de jovens e casais sénior. Pessoas de todas as idades que vêm admirar espécies animais. À esquerda a deliciosa Baía dos Golfinhos, com uns dos mamíferos mais inteligentes do nosso planeta. À direita começa a minha visita com as lustrosas listas das zebras. Atravesso o Vale dos Tigres, onde os majestosos animais repousam devido ao calor que se sente. Aqui estão os tigres-da-sumatra e os tigres-da-sibéria. Os magníficos tigres-brancos encontram-se numa outra parte do Zoo. O que salta à vista é o ambiente em que estes vivem. Plataformas de madeira para que possam saltar, frondosa vegetação que os engloba e lagos onde se podem refrescar. Continuo caminho entre o sol e a sombra da imensidão de árvores que conferem ao Zoo um ambiente tão puro que nos faz esquecer que nos encontramos em plena cidade de Lisboa. Chego ao aviário onde me deslumbro com penas de cores mil, com papagaios e com as longas caudas das simpáticas araras, num espaço de um chilrear incessante. Viajo até à Austrália e encontro-me com os dorminhocos koalas e os saltitantes cangurus. Já bem no canto do Jardim Zoológico vou ao encontro de duas das minhas zonas favoritas, o Reptilário e o Parque Arco-Íris. O primeiro, de nome suficientemente explicativo, é onde vemos crocodilos, cobras, tartarugas e vários répteis dos desertos e selvas equatoriais, num ambiente quente e húmido, bem próprio destes. O Parque Arco-Íris é local onde sonhos se tornam realidade. Uma gaiola gigantesca onde podemos entrar e ficar no meio de uma multiplicidade de pequenas aves de mil cores, que vêm buscar comida às nossas mãos. Entre o primeiro e o último passo pelos calmos gigantes que são os bisontes e búfalos. Continuo a subir. Passo por rinocerontes-indianos, por impalas e os famosos órixes, e vou encontrar uns dos seres mais adoráveis que aqui habitam, os suricatas.

O MAIS ALTO E O MAIOR É altura de ir visitar o mais alto animal do Zoo, a girafa-de-angola. Cumprimentamme amigavelmente, com os seus longos pescoços, e vejo a enorme empatia entre Java e o seu pequeno, mas já nem tanto, filhote. A Java tem 5 metros de altura e 33 anos, o que faz dela o animal mais velho de todos os zoos europeus. Depois da tranquilidade das girafas – que ora se esticam tanto que parecem crescer ainda mais, ora se curvam em complicadas manobras das elegantes pernas, para apanhar folhas dos ramos altos e do chão – passo para o frenesim dos lémures, que na sua permanente festa me fazem lembrar um certo filme de animação com um autoproclamado Rei Juliano. julho de 2016


JARDIM ZOOLÓGICO Praça Marechal Humberto Delgado, Sete-Rios – Lisboa Tel.: 217 232 900 Horário de verão (até 20 de setembro): 10h00 – 20h00 Reptilário: 10h00 – 19h00 Baía dos Golfinhos: 11h00 | 15h00 | 17h00 Alimentação de Leões-Marinhos: 10h30 | 14h00 Apresentação de Aves: 12h30 | 14h15 Cobras e Lagartos: 17h30 Preços Até aos 2 anos: grátis 3 aos 11 anos: 14€ 12 aos 64 anos: 19,50€

Os lémures estão num círculo disposto à volta do grande lago que acolhe os amorosos hipopótamos-pigmeus. À frente destes, os vistosos flamingos com as suas penas nos mais variados tons de cor-derosa e pata levantada em requintadas poses. Também o maior animal terrestre aqui nos agracia com a sua presença, os pachorrentos elefantes-africanos que se deleitam com o sol de verão e banham os seu corpos usando a tromba como mangueira. Já me encontro ao lado de uma das para sempre favoritas instalações do Zoo, a dos leões. É uma grande família de seis machos e nove fêmeas que habita este espaço, em que se descansa, tomam pequenos banhos, mas também se luta, ou não seria esta uma das espécies mais fortes e territoriais do planeta. Os “Reis da Selva”! Contorno o seu habitat seminatural e vou visitar as chitas. Os elegantes felinos, que são o mamífero terrestre mais rápido do mundo têm aqui muito espaço para correr, trepar e descansar. É uma espécie em estado de conservação vulnerável, mas que, no ano passado, trouxe ao mundo neste parque cinco pequenas crias. Mais à frente está o animal que foi mais recentemente descoberto na natureza. O okapi é também conhecido como a girafa da floresta, estando já confirmado o parentesco entre ambos. No entanto, as suas patas às riscas mais se assemelham às de uma zebra, também em largura e altura. É um curioso animal que só chegou ao olho do público em geral no século passado, e que pode ser por si descoberto aqui.

REINO DA MACACADA Volto para trás e visito a majestosa e mais recente instalação onde habitam chimpanzés, gorilas e orangotangos, mais conhecido como o Templo dos Primatas. Árvores, cascatas, lagos, vegetação e plataformas de madeira, tudo isto julho de 2016

BAÍA DOS GOLFINHOS

Na Baía dos Golfinhos o que se encontra é puro deleite e diversão. As apresentações são regulares em que os golfinhos e respetivos treinadores dançam, saltam, mergulham e tanto mais em momentos de pura empatia que fazem derreter toda a

audiência, dos 8 aos 80. Não podemos também descurar os dois enormes leõesmarinhos que atabalhoadamente nos conquistam com os seus movimentos que culminam num apaixonado beijo entre eles, em frente à multidão.<

encontramos neste templo que honra a vida de alguns dos nossos parentes mais próximos (os chimpanzés, claro). O recém-remodelado Bosque Encantado é um pulmão verde entre o já verde parque, em que não raras vezes encontramos pavões a exibir as suas magníficas plumas. Aqui foi criado um parque de merendas para nos deliciarmos com um lanchinho no meio da nossa visita, construído – desde mesas a cadeiras, passando por outros elementos decorativos – exclusivamente a partir de materiais reciclados. É também aqui que se apresentam as aves em voo livre e os répteis, no Cobras e Lagartos. Prossigo para as instalações dos macacosaranha (aqueles com longos braços e caudas que vão saltando de ramo em ramo, nem Tarzan) e dos gibões-de-mãosbrancas. Nestes últimos, podemos ver a pequena Tangerina com o seu pelo ainda rosado, que nasceu em fevereiro deste ano. Ao lado está uma das mais antigas instalações do Zoo e um dos seus maiores marcos. A Aldeia dos Macacos é local de constante alvoroço em que macacos brincam, dançam e roubam comida uns aos outros. Tudo isto numa réplica em ponto pequeno de uma aldeia, com vivendas, poço, torre e até postes de eletricidade, que aqui existe desde 1927. Esta é verdadeiramente a zona dos macacos, onde encontramos mais de 10 espécies diferentes de primatas e pequenos primatas, na zona que circunda a mini aldeia. Para terminar o meu passeio vou cumprimentar o mais pesado animal que habita este parque da vida selvagem, o rinoceronte-branco e assisto à sempre encantadora apresentação da Baía dos Golfinhos [ver caixa]. Saio do Jardim Zoológico de coração cheio. Vim encontrar velhos amigos e outros novos, por quem já tenho um carinho especial. A visita é efetivamente mágica e aprazível para toda e qualquer idade. Venha em família, com amigos ou sozinho, serão com certeza horas bem vividas as que aqui passar.<

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> grandes dicas

por FERNANDA RAMOS

SANTA CRUZ (TORRES VEDRAS)

Passeio dos Poetas Sabia que Antero de Quental, João de Barros e Kazuo Dan (poeta japonês do pós guerra) foram frequentadores da belíssima praia de Santa Cruz e às suas águas atlânticas foram buscar inspiração para não menos belos textos poéticos? E sabia que percorrendo as ruas de Santa Cruz irá cruzar-se com apontamentos artísticos sobre estes poetas e lugares onde eles deixaram marcas? Escolhida por muitos milhares todos os verões, há segredos que Santa Cruz parece querer esconder dos veraneantes, mas não é assim. Tudo está lá, a praia é que parece sobrepor-se. Para que isso não continue a acontecer, foi há dias inaugurado o Passeio dos Poetas, um percurso turístico dedicado aos poetas que Santa Cruz inspirou. Kazuo Dan, Antero de Quental e João de Barros são, já o dissemos, os poetas abordados nesse percurso que passa por locais relacionados com a sua presença em Santa Cruz: Azenha, Alto da Vela, Edifício Oceano, Pensão Mar Lindo, Escadaria Júlio Vieira, Casa Kazuo Dan e Marisqueira Imperial. Deste “Passeio dos Poetas” fazem parte um conjunto de painéis explicativos instalados na Azenha de Santa Cruz e desdobráveis em português e inglês, mas o roteiro vai a receber ainda melhorias. Informações: Posto de Turismo de Santa Cruz tlf.: 261 937 524 ou email: postoturismosantacruz@cm-tvedras.pt

PENAFIEL

A Magia da Quinta da Aveleda Sugiro-lhe uma visita à Quinta da Aveleda, em Penafiel, a 40 Km do Porto. Porquê? Porque é uma quinta bem portuguesa, porque produz os sempre refrescantes alvarinhos, porque embrenhados nos seus românticos jardins, em meio de uma flora exótica que parece transportar-nos para longe e com o granito das casas como pano de fundo, as elevadas temperaturas deste verão parecem mais fáceis de suportar. E depois há a herança histórica. As primeiras construções da Quinta da Aveleda, como a capela que se aninha ao lado da casa principal, datam de 1671. Nesse século, a Aveleda tornou-se pertença da família Guedes que a começou a habitar de forma permanente no séc. XIX e ainda ali se mantém. Por isso nem haverá que admirar se durante a visita se cruzar com alguns dos proprietários. Motivos para a visita sobram e muitos deles nem se relacionam com a vinha, caso da Finte das 4 Irmãs em que cada perfil simboliza uma estação do ano, a Janela Manuelina do séc. XVI onde, segundo a tradição, D. João IV terá sido aclamado Rei; a Torre das Cabras ou a imponente Fonte de Nossa Senhora da Vandoma, em granito. Detentora de vários prémios nacionais e internacionais como o “The Best of Wine Tourism” na categoria de “Arquitetura, Parques e Jardins”, a Aveleda, que possui 205 hectares de vinhas das quais 184 estão na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, abre os braços para bem receber quem a quer visitar. E, além de visitas guiadas e de provas de vinhos e queijos, dispõe de um conjunto de serviços como programas temáticos, petiscos, almoços e piqueniques, tudo com marcação prévia. Até ao final de outubro, a Quinta está aberta todos os dias, com as visitas que culminam em provas de vinhos, às 10h00, 11h30, 15h00 e 16h30. O custo depende da tipologia da prova e as visitas têm que ser previamente marcadas. Preços: Desde: 5,5€ por pessoa (visita + prova standard, i.e, 2 vinhos verdes e queijos). Trilogia de Alvarinhos: 13,50€ (visita + prova de 3 Alvarinhos (1 Reserva) e queijos) Marcações: Telefone: 255 718 242 | Email: paula.sousa@aveleda.pt Site: http://www.aveledaportugal.pt

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REGIÃO CENTRO

Praias fluviais Aldeias do Xisto Estão “escondidas” entre serras de vegetação frondosa, paredes-meias com as aldeias que são de xisto e cortadas, aqui e ali por rios onde hoje existem algumas das melhores praias fluviais do país. A qualidade vem-lhes das águas, puras e cristalinas, dos apoios que disponibilizam, da segurança e de tudo o que as rodeia, o património cultural e histórico, a gastronomia, o artesanato e claro, da enorme riqueza do seu património natural. Este ano, foram 21 as praias fluviais Aldeias do Xisto a serem distinguidas com a Bandeira Azul e/ou Medalha de Ouro da Quercus, o que faz destes locais idílicos os mais apropriados para fugir aos rigores do verão. Albufeira de Santa Luzia (Pampilhosa da Serra), Alvôco das Várzeas (Oliveira do Hospital), Bogeira (Lousã), Bostelim (Vila de Rei), Canaveias (Góis), Carvoeiro (Mação), Fernandaires (Vila de Rei), Fóia (Proença-a-Nova), Louçainha (Penela), Peneda da Cascalheira/Secarias (Arganil), Peneda/Pego Escuro (Góis), Pampilhosa da Serra (Pampilhosa da Serra), Pessegueiro (Pampilhosa da Serra), Piódão (Arganil) e Zaboeira (Vila de Rei) – estas são as praias que mereceram distinções este ano e que aconselhamos vivamente para um mergulho. julho de 2016


Andar de avião não é, nem deve ser, um “bicho de sete cabeças”! Não o é para o comum dos mortais, e não o é para grávidas. Já muito se disse que gravidez não é doença, e passar os nove meses fechada em casa não é, de todo, uma boa hipótese. Se tem férias planeadas e se encontra em “estado de graça”, siga as nossas recomendações para usufruir de viagens de avião tranquilas e em segurança.

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ão altere por completo os seus planos e aproveite estes meses de calor para “fugir” de casa e ir arejar. Partilhamos aqui algumas recomendações para usufruir de uma viagem de avião, seja ela de curto, médio ou longo curso, o mais confortável possível O segundo trimestre é, geralmente, o eleito para partir em tais aventuras aéreas. É altura em que o mal-estar já passou, e ainda não chegou à altura do “barrigão”. Segundo especialistas é o tempo em que as gestantes se encontram mais bemdispostas e seguras de si mesmas. Tudo isto não quer dizer “viaje só no segundo trimestre”, mas sim “tenha em atenção as implicações de não o fazer” e também “o segundo trimestre é o mais aconselhável para viagens de longa duração, como as transatlânticas”. O primeiro passo é encontrar-se com o seu médico e pô-lo a par da situação. A maioria das companhias aéreas exige uma autorização médica, a explicar solar quando este estiver a brilhar do outro que não há complicações, para viagens lado, para ir alterando o relógio interno. após os 7 meses. Grande parte das Na hora de preparar viagem não se companhias não permite que a grávida esqueça de guardar, na sua mala de viaje no último mês de gestação [ver mão, alguns essenciais, como snacks caixa]. Tudo isto são dados a ter em conta saudáveis e uma almofada para o no momento da reserva. pescoço. Tenha em atenção a sua O próximo passo é o check-in. Não se indumentária. Faça questão em ir o mais iniba de pedir um lugar no corredor, que confortável possível, com roupas largas e facilitará as suas idas à casa de banho. fáceis de remover, tal como sapatos que Se planeia fazer uma viagem de sejam fáceis de tirar, caso os pés inchem. longo curso não se esqueça que estão É, também, aconselhável que vista meias contraindicados, durante a gravidez, de compressão, devido ao elevado risco os medicamentos para o jet-lag. Assim de trombose associado à alta pressão que sendo, se a diferença for superior a três se sente a bordo. fusos horários, o ideal é que se habitue É, finalmente, o dia da viagem! Chegue ao horário do destino. Progressivamente, ao aeroporto com algumas horas de ao longo de uma semana, faça refeições antecedência, de modo efetuar todos os 235x60_Turisver_verano.pdf 1 27/5/16 10:19 na hora local e obrigue-se a apanhar luz procedimentos de embarque de forma

Texto: Sofia Soares Carraca

Durante o voo, faça questão de realizar pequenas caminhadas pelo corredor e alguns exercícios simples, enquanto sentada, para desentorpecer as pernas. Evitando a turbulência o ideal seria levantar-se de hora a hora. Prive-se, também, de refeições pesadas e bebidas com gás, que lhe possam causar indigestão. Não se esqueça que o ambiente a bordo é mais seco que aquele a que está habituada, pelo que é imprescindível que beba muita água. Não se iniba de a pedir aos assistentes de bordo, mesmo que fora do tempo da refeição. Por fim, mas não menos importante, é a obrigatoriedade de apertar o cinto de segurança na zona pélvica, por baixo do abdómen, sempre que sentada. Bons voos! <

tranquila. Identifique-se como grávida e aproveite alguns benefícios concedidos pelas companhias aéreas, como, por exemplo, o embarque prioritário. Não se preocupe que, ao contrário das certezas de alguns mitos, não é prejudicial para o seu feto a passagem pela segurança, é somente um detetor de metais, o raio X serve só para as malas. Evite carregar objetos pesados e não hesite em pedir ajuda para colocar a mala nas bagageiras superiores. O ideal será despachar a sua bagagem e carregar exclusivamente a mala de mão. Tanto nas horas que antecedem o voo como durante o tempo que passa a bordo, deve evitar bebidas diuréticas, como o chá e café, de modo a esquivarse de excessivas idas à casa de banho.

RESTRIÇÕES DE COMPANHIAS AÉREAS 28 semanas Autorização médica obrigatória: AirEuropa | Britsh Airways | easyJet | Iberia | Lufthansa | Ryanair | TAP | Turkish Airlines | Vueling 32 semanas Autorização médica obrigatória: AirEuropa |Alitalia | Britsh Airways | easyJet | Iberia | Lufthansa | TAP | Turkish Airlines | Vueling Não é permitido voar: Ryanair 36 semanas Autorização médica obrigatória: Air France |Alitalia Não se recomenda voar: AirEuropa |Iberia Não é permitido voar: Air Berlin | British Airways | easyJet | Lufthansa | Ryanair | TAP | Turkish Airlines | Vueling

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> conselhos ao viajante

VIAJAR DE AVIÃO DURANTE A GRAVIDEZ


> agenda

EVENTOS E ESPETÁCULOS 9, 16, 23 e 30 de julho

SOLDADINHOS DE CHUMBO – CASTELO DE SÃO JORGE

12 a 21 de agosto

LISBOA

Os “Soldadinhos de Chumbo” é um espetáculo musical elaborado com instrumentos do imaginário-fanfarra tocados por soldados mimos, que através da sua mudez ensurdecedora conseguem dar “música” a uma banda rigidamente militar. Organizado pelo grupo de animação de rua Pantomina, o projeto inspira-se na mímica, nas formaturas militares, no burlesco e pitoresco e, claro, numa boa palhaçada, para dar vida aos Soldadinhos de Chumbo, todos os sábados às 19h00, no Castelo de São Jorge.

LOCAL: Praia Fluvial da Pampilhosa da Serra ACESSO: entrada livre PROGRAMA: 12 a 21 de agosto – atividades ao ar livre e sunsets 19 de agosto – Yves V | Karetus | Oskar DJ | Joana Perez 20 de agosto – Diego Miranda | DJ Riot | DJ Rob Willow | Oskar DJ

14 a 17 de julho

FESTIVAL DE GASTRONOMIA DO MARANHO SERTÃ

O maranho da sertã serve de embaixador de uma herança cultural, etnográfica e gastronómica, que estará presente neste festival. Durante quatro dias é possível degustar delícias como o maranho da sertã, bucho recheado, cartuchinhos à moda de Cernache de Bonjardim, filhós, coscoréis, merendas doces e também bons vinhos. O festival decorre no Campo de Jogos Dr. Marques dos Santos, entre as 19h00 e as 24h00 na quinta-feira e as 10h00 e as 24h00 nos restantes dias. A 16 pode contar ainda com concerto de Anselmo Ralph. Outros serão anunciados de modo a compor o cartaz de animação do evento.

22 e 23 de julho

NOS SUMMER OPENING FUNCHAL

É já a quarta edição do festival que brinda o início do verão na Ilha da Madeira. O evento está inserido num contexto natural único, por entre o verde do Parque de Santa Catarina e o Oceano Atlântico como pano de fundo. Dia 22 de julho pode contar com Skye & Ross from Morcheeba, Orelha Negra e Jimmy P. Já no dia 23 passam pelo palco Richie Campbell, Jazzanova live ft. Paul Randolph e Da Chick. O bilhete diário tem o custo de 20€, com o passe de dois dias a ficar pelos 25€.

27 a 31 de julho

CAIS DE AGOSTO

SÃO ROQUE DO PICO É na Praceta dos Baleeiros que se celebra a XXII edição do festival de música que alegra as noites de verão da Ilha do Pico, nos Açores. Para além de concertos pode contar com o Festival de Bandas Filarmónicas da Ilha do Pico, duas Sunset Party animadas pelo Dj oficial Licor Beirão, Rui Tomé, e muitos Dj’s. O cartaz conta com nomes como Quinta do Bill, Agir, The Gift e D.A.M.A., e na cabine vão passar os Dj’s Rebel Kidz Crew, Mariana Couto, Nokin, Drumma Scratch e Eddie Ferrer. Tudo isto é, pela primeira vez em 2016, de acesso gratuito a todos os interessados.

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SEASIDE SUNSET SESSIONS

Diversão em pleno rio Sonha com um festival de verão onde pode aliar a música eletrónica a atividades ao ar livre, numa natureza de beleza estonteante, à doçura das gentes do interior do país e a uma gastronomia rica? Deseja tudo isto, mas não pretende gastar muito dinheiro? Pois, foi para si inventado o Seaside Sunset Sessions, na Pampilhosa da Serra.

Texto: Sofia Soares Carraca

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Seside Sunset Sessions é um festival da cultura e da natureza. Ao longo de uma semana vai promover uma multiplicidade de entretenimento fora de portas, bem como sunsets musicais diários que culminam nas noites de sexta-feira e sábado, com DJs de renome a subir ao palco e fazer mexer a pista de dança. A pista é exatamente um dos grandes atrativos deste evento. É construída uma plataforma aquático em cima do Rio Unhais, na Praia Fluvial da Pampilhosa da Serra, onde decorrem todas as atividades e as festas de dança. É de referir que as águas do rio são 100% limpas, sendo uma praia Bandeira Azul e tendo recebido a distinção da Bandeira Praia + Acessível em 2014. Este festival, que é uma montra de natureza, vai já na sua terceira edição e apresenta uma panóplia de atividades para tirar máximo proveito do que a terra oferece, uma natureza que se envolve nos verdes da serra e na pureza das águas. Estes são dias para serem passados em família ou com amigos, com entretenimento para todos e para todas as idades. Todos os dias há Sunset Sessions com o DJ residente, logicamente ao pôr do sol, mas antes disto muita coisa acontece. Há aulas de dança (desde a zumba à salsa), ginástica, animação de rua, massagens, desportos radicais e desportos aquáticos. Destaque para uma empolgante descida de slide sobre a praia que termina num mergulho.

Aqui preza-se o bem estar da alma e do corpo, também por isto os cinco bares que existem no recinto nos dias de mais afluência (19 e 20) oferecem um menu de bebidas que inclui opções saudáveis. O programa é recheado e constante, mas o que promete mais movimento, festa e algazarra são precisamente essas noites de maior afluência. Na sexta-feira tudo começa com Joana Perez e Oskar DJ, que abrem caminho aos Karetus para uma noite em cheio que termina com Yves V, o DJ belga reconhecido pela sua participação no Tomorrowland. Já no sábado Oskar DJ sobe

novamente ao palco e é seguido por DJ Rob Willow, DJ Riot (dos Buraka Som Sistema) e por fim Diego Miranda. Sabendo que é muita a animação e que o encanto da Pampilhosa da Serra nos convida a lá passar toda a semana, a organização deste festival da natureza em estado puro pensa nas melhores hipóteses de alojamento. O já habitual camping vai regressar este ano, prometendo ainda melhores condições do que o habitual, e tal como o resto do festival não tem qualquer custo. Para quem prefere outro tipo de requinte, a novidade de 2016 é o Glamping, um camping versão glamorosa. Este já não é de acesso gratuito mas prometem-se preços muito simpáticos. Enfim, tudo isto culmina em dez dias bem passados, em que se junta o prazer de uma irrepreensível praia fluvial à animação de um palco que não tem hora de descanso. Sempre com um enorme respeito pelo meio ambiente e pela beleza natural da Pampilhosa da Serra. <

VIAGENS ACESSÍVEIS A Pampilhosa da Serra fica bem ao centro interior de Portugal. Tendo em conta que nem todos têm possibilidade de viajar de carro até lá, o Seaside Sunset Sessions aposta nos bons acessos para transportes públicos e associa-se à Rede Expresso, no que se promete ser uma base de descontos em viagens até à vila, que tornarão a ida ao festival ainda mais aliciante.

julho de 2016


1 de julho 21 de agosto

PORTAMÉRICA 15 e 16 de julho Porto do Molle – Nigrán SINSAL SON ESTRELLA GALICIA 22, 23 e 24 de julho Ilha de San Simón – Redondela SONRÍAS BAIXAS 4, 5 e 6 de agosto Bueu O MARISQUIÑO 12, 13 e 14 de agosto Porto de Vigo – Vigo REVENIDAS 19, 20 e 21 de agosto Viláxoan – Vilagarcía de Arousa

EVENTOS E ESPETÁCULOS 18 a 31 de agosto

TANGO BUENOS AIRES FESTIVAL Y MUNDIAL BUENOS AIRES

Se há dança que atribuímos automaticamente à sua origem é o tango, que enriquece a cultura da Argentina. De modo a celebrar este traço tão seu Buenos Aires organiza o Festival de Tango onde profissionais e amadores se juntam numa ode à dança da paixão. Em vários locais ao longo da cidade vai encontrar espetáculos, apresentações e concertos, bem como aulas, exibição de filmes relacionados com o tema e a estrondosa Milonga, com milhares de “tangueros” a dançar pelas ruas da capital argentina.

21 a 24 de julho

SECRET GARDEN PARTY CAMBRIDGESHIRE

FESTIVAIS RÍAS BAIXAS

Cinco festivais, uma região Logo após o limite norte de Portugal encontram-se as Rías Baixas, da província de Pontevedra, na zona costeira da Galiza. É nesta região de cinco rias que se desenrolam cinco festivais em menos de dois meses. É sempre em zonas costeiras e prazerosas que se aproveita a beleza do Oceano Atlântico e das diferentes rias para festejar a alegria do verão, com música, cultura, praia e tradição.

E

ste conjunto de várias festas que se denomina Festivais Rías Baixas alia a música às localizações privilegiadas onde decorrem, à gastronomia tradicional da região, à simpatia dos locais que se vem habituando a receber enchentes de gente por estas alturas. São festivais culturais, com atividades a pensar em toda a família. Os géneros esses já são das mais diferentes naturezas, vão do pop ao tradicional, passando pelo rock latino-americano, o punk, o ska e às bandas mais apreciadas da cena galega. A 15 e 16 de julho realiza-se o Festival PortAmérica em Nígran, terra de longas praias de areia branca e fina e águas ideais para surf. Regressa ao Porto do Molle e mantém-se fiel à sua filosofia de oferecer uma experiência de turismo diferente, ao mesmo tempo que apresenta um cartaz de artistas ibero-americanos. Tudo gira à volta da ligação entre Espanha e América, localizando-se o festival bem perto da Praia da América. Em tempos a cidade foi um porto internacional considerado a porta do Atlântico. Assim, o PortAmérica une estes dois universos com música e gastronomia, apresentando nomes como Bunbury, Molotov, Amaral, The Undertones e FM Belfast. Ainda em julho, de 22 a 24, a Ilha de San Simón recebe um dos festivais mais singulares da Europa. O Sinsal Son Estrella julho de 2016

Texto: Sofia Soares Carraca

Galicia decorre durante o dia e o único acesso ao mesmo é através de barcos cedidos pela organização do evento. Digamos, portanto, que é um festival exclusivo. Apenas 800 pessoas podem desfrutar cada dia de festa, em que a viagem até à ilha é somente o início de uma experiência única. A maior surpresa do Sinsal, contudo, é o seu cartaz secreto. O público só conhece os artistas que vão atuar quando chega à ilha, onde encontrará certamente nomes de renome internacional, com capacidade para surpreender com o seu espetáculo. A entrar em agosto, de 4 a 6, o Festival SonRías Baixas vem alegrar Bueu com uma mistura de música, praia, lazer e gastronomia. É já a 14ª edição do festival que promete um programa fresco e original. O evento é organizado por amantes de festivais e para amantes de festivais, e por isso mesmo cheio de alegria e festa. O cartaz de 2016 conta com artistas que já fazem parte da história do festival, como Boikot, Soziedad Alkoholica ou Herdeiros da Cruz, mas também com nomes como La Gran Pegatina, La Vela Puerca e Lendakaris Muertos, entre muitos outros. Na vertente gastronómica apresenta a Casa SonRías onde os músicos passam pelos fogões e oferecem ao público petiscos por si cozinhados. Por sua vez, o Marisquiño é um dos festivais de cultura urbana e de desportos

de ação mais importantes da Europa. Toma lugar em Vigo, entre 12 e 14 de agosto, onde reúne milhares de amantes da arte e do desporto urbano, com um programa desenhado para ser desfrutado por toda a família. Ao longo de três dias, e de cariz gratuito, vai apresentar ao ar livre competições e exibições de skate, BMX, freestyle motocross e dirtjump. A esta lista junta-se a componente musical com concertos e dança urbana e também exibição de graffiti. Para terminar, a 19, 20 e 21 de agosto o Revenidas traz à povoação marinheira de Viláxoan a 13ª edição de um festival com espírito familiar e de confraternidade, que teve a sua origem numa sardinhada popular. A Sardiñada Revenidas continua, aliás, a ser um dos pontos altos do evento. Hoje, é uma celebração musical e cultural, junto à Praia do Preguntoiro. Conta com artistas de diferentes estilos como La Raíz, Aspencat ou Gabriel o Pensador. Celebra também a música galega atual com Os Trés Trébons e Cuchufellos, entre outros. Possui ainda programação complementar como a Gala de Circo Solidária, intervenções artísticas em direto, exposições, ateliers e produtos culturais da própria Feira Revenida. Com os diversos programas que celebram diferentes géneros culturais e artísticos, o complicado nos Festivais Rías Baixas é mesmo escolher! <

Um festival independente que se dedica às artes e à música e a um sem número de atividades. Todos os anos o evento rege-se sob um tema diferente, sendo que este ano o tema é The Gardeners Guide to the Galaxy (O Guia do Jardineiro para a Galáxia). O Secret Garden Party cria uma comunidade temporária, com diversos palcos, apresentações e teatro, filmes, jogos, discussões, workshops e instalações de arte. O ambiente de 2016 vai girar à volta da ficção científica, baseando-se nos trabalhos de Douglas Adams, Isaac Azimov, Philip K. Dick e Arthur C. Clarke.

28 de agosto a 5 de setembro

BURNING MAN NEVADA

É no Black Rock Desert que todos os anos por esta altura se forma uma comunidade de milhares de pessoas que vivem aquela que dizem ser uma experiência única na vida. É uma cidade no deserto, construída por e para sonhadores. Os princípios do festival em muito se prendem com os Dez Mandamentos, mas numa cultura que se manifesta através da arte, do esforço comunitário e por atos individuais de auto-expressão. E, claro, tudo culmina na cerimónia em que se pega fogo à escultura em madeira do “Burning Man”.

5 a 7 de agosto

RAINFOREST WORLD MUSIC FESTIVAL SARAWAK

Na Malásia festeja-se a música dos quatro cantos do mundo e em especial a música indígena do interior da ilha de Bornéu, onde se realiza o evento. É no meio da floresta tropical que decorrem os grandes concertos à noite e, durante a tarde, workshops informativos, palestras, jamming sessions e mini concertos. Este festival de músicas do mundo misturado no ambiente de uma feira rural, é um encontro de diferentes culturas entre a selva e o mar. É também uma oportunidade de se deliciar com as iguarias tradicionais do outro lado do planeta e apreciar o artesanato local.

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> na montra

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As praias são o principal atrativo de Saidia, uma das principais estâncias turísticas de Marrocos e, por isso, aproveite para descobrir os extensos areais com quase 14 Km de extensão e as infraestruturas associadas. São praias de perder de vista que podem ser exploradas à vontade. Aproveite para passear à beira-mar e mergulhar nas águas amenas com temperaturas médias entre 22ºC e 24ºC, onde impera a tranquilidade e o descanso. Enquanto estiver em Saidia aproveite ainda para descobrir esta região e visitar alguns locais e o litoral. A cidade de Oujda, localizada a cerca de 60 Km de Saidia, não possui a dimensão nem a importância de outras cidades marroquinas, mas ainda assim não deixa de ter alguns motivos de interesse com especial destaque para a Medina e os mercados, onde se vendem todos os tipos de produtos, desde especiarias a têxteis, passando pelos tapetes e as peças de artesanato. <

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MENORCA (BALEARES)

A mais singular das ilhas Baleares oferece um património natural e arqueológico incomparável. Não foi em vão que a "Ilha do Vento" ganhou o título de Reserva da Biosfera em 1993. Embora possua quase tantas praias como Maiorca e Ibiza em conjunto, é a mais calma e bem preservada das três grandes ilhas do arquipélago, possuindo um ambiente de tranquilidade mesmo durante a estação alta. Os seus panoramas são variados, indo dos campos de terra vermelha salpicados de casas de arenito às falésias cobertas de pinhais. O sul, mais frequentado por turistas, oferece vastos areais e baías acolhedoras, e o norte, mais acidentado e de recorte rochoso, abriga numerosas aldeias piscatórias. Repleta de surpresas que vão da gastronomia às tradições populares e às paisagens, Menorca é uma ilha que lhe deixará recordações inesquecíveis! <

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ATENAS, MYKONOS E SANTORINI

Três milénios de idade e um povo preocupado com o seu legado fazem da herança histórica de Atenas uma maravilha difícil de superar. A cidade é um espetáculo ao ar livre, estrelado principalmente pela Acrópole, o Parthenon e outros registros palpáveis do chamado berço da civilização Ocidental e da democracia. Mas explore as ilhas gregas e descubra Mykonos e Santorini. Casas brancas, águas turquesa, românticos momentos, aromas do Mediterrâneo, referências mitológicas… Esta é a imagem idílica que a maioria de nós tem destas ilhas. Em forma de meialua, Santorini é uma ilha muito especial, encantadora, romântica. Mykonos é a melhor escolha para aqueles que se querem divertir: atmosfera animada e o desejo constante de festa invade a ilha, conhecida há anos como um dos destinos mais populares da Grécia. <

INCLUI

BESTRAVEL

RIVIERA MAYA (MÉXICO)

Desfrute do sol, as ondas e dos recifes ao longo da lendária península de Yucatan. Este corredor turístico é, sem dúvida, um dos melhores destinos de férias a nível mundial. Alberga alguma das mais bonitas e extensas praias do México, famosas pela areia branca e fina, acariciada pela caraterística cor azul-turquesa do mar das Caraíbas. A Riviera Maya é um dos melhores destinos para fazer mergulho e snorkel. Nas costas, estabelece-se um extenso recife de corais, lar de uma enorme variedade de espécies marinhas. É também um destino que lhe permitirá entrar em contato com a riqueza cultural do México. Para conhecer um pouco mais da história, poderá explorar as antigas cidades de Tulum, Cobá e El Rey, e visitar a zona arqueológica de Chichén Itzá, a mais impressionante e melhor restaurada das antigas cidades maias. <

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P/ adulto Entrada de 1 dia Isla Mágica

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P/ adulto Sem bebidas incluídas

Dias recheados na Isla Mágica Pic-nic chic no Pestana Palace Hotel O Pestana Palace Hotel & National Monument promete oferecer os pic-nics mais “chic” de Lisboa, que regressam em 2016 com uma nova carta de cocktails e champanhe. Na lista figuram as sangrias, os Iced Palace Teas, as bebidas Chic & Fresh, Artistic Gins, champanhes e espumantes. Todas as composições a jarro são elaboradas com frutos orgânicos, ervas do jardim do Pestana Palace e ingredientes caseiros. Num pic-nic não pode faltar barbecue e com o BBQ de Verão vamos poder degustar uma seleção de peixes, carnes e salsicharia tradicional. O pic-nic apresenta também o Sushi & Crudo Bar, que para além do sushi serve ceviches, tártaros e carpaccios. Para terminar podemos ainda contar com sobremesas da autoria do chef patissier Francisco Paiva. Os pic-nics decorrem nos jardins do Pestana Palace, todos os sábados até ao final do verão, entre as 13h00 e as 16h00. O preço é de 35€ por adulto e 17,50€ para crianças entre os 8 e os 14 anos.<

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Para quem quer dar “um saltinho” a Espanha, mais concretamente a Sevilha, e aproveitar um dia em cheio na Isla Mágica, o operador turístico Solférias providencia entradas de um dia, com promoções apetitosas. Os preços são de 29€ por entrada na Isla Mágica, passando a 33€ por adulto com o acréscimo da entrada na Água Mágica. Dá ainda a opção de um almoço pelo preço de 12,50€ por pessoa. Quanto a crianças (dos 4 aos 12 anos de idade) e seniores (a partir dos 60) a entrada no parque é de 21€, e a entrada conjunta passa a 25€. A opção almoço recai nos 11,30€ para os primeiros e 12,50€ para os segundos. Existe ainda uma promoção para 2016, em que a Solférias oferece uma entrada, aquando da compra de duas outras entradas para adulto para a Isla Mágica. O mesmo se verifica em relação ao combinado Isla Mágica e Água Mágica, duas entradas para adulto resultam na oferta de uma terceira. Durante o “Julho Mágico” a Solférias oferece a entrada no parque aquático Água Mágica, mediante a compra de uma entrada para a Isla Mágica, por apenas 22€ por pessoa. <

julho de 2016


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Viajar cá dentro Quer seja no norte, no centro ou no sul, passando pelas ilhas, varias são as opções para fazer umas férias divertidas e, ao mesmo tempo, relaxantes sem ter que sair do país. A velha frase “vá para fora cá dentro” continua a ser válida. Vale a pena explorar aquilo que o nosso país tem para oferecer, e cada vez tem mais, quer ao nível de unidades hoteleiras, quer de experiências. Deixamos aqui algumas sugestões que pode usufruir até Setembro.

Venha descansar no Hotel da Montanha num programa de 3 noites, válido até setembro de 2016.Venha contemplar, saborear, sentir, ouvir e cheirar os encantos da natureza que nos rodeia. Fuja do stress, do barulho, das complicações do dia a dia e mergulhe na linda e imensa paisagem que a excelência da localização do quatro estrelas permite contemplar. Situado no centro de Portugal, no cume do monte da Senhora da Confiança, na vila de Pedrógão Pequeno, com uma vista deslumbrante para o Rio Zêzere, o hotel dispõe de quartos equipados com cofre, secador de cabelo, TV LCD, tabuleiro com chaleira para chá e café, ferro e tábua de engomar, ar condicionado, acesso à internet, telefone, room service 24horas. Oferece ainda restaurante – 'Sabores da Região', um Spa com serviço de massagens, piscina exterior e interior, ginásio, solário, sauna, banho turco, banho escocês, jacuzzi, duche hidro-power e massagens por água.<

FESTAS DA SENHORA DA AGONIA

FESTIVAL COLOMBO

Uma excelente oportunidade de assistir às festas da Senhora da Agonia em Viana do Castelo. A proposta é uma viagem de quatro dias, com início a 18 de agosto e inclui transporte em autocarro de turismo, guia acompanhante, alojamento e pequenoalmoço no hotel Axis Viana Business & Spa ou similar, 3 jantares com água e vinho e seguro de viagem. No segundo dia, partida facultativa com subida a Santa Luzia para visita à basílica e miradouro e continuação para Ponte de Lima. Destaque para o nível de preservação da igreja Matriz e da velha ponte sobre o Rio Lima e ainda para o comércio tradicional. No terceiro dia, partida facultativa para Barcelos. Aproveite para adquirir produtos tradicionais da região, objetos e utensílios da olaria local e ainda visitar a monumentalidade. O regresso faz-se na manhã do quarto dia. Todas as tardes/noites estão reservadas para a participação nas festas.<

Assine o Desejo assinar o jornal por um período de ______________ ano(s)

Assista e participe na recriação histórica da época em que Colombo residiu na Ilha do Porto Santo, relembrando as suas vivências e a epopeia dos Descobrimentos. Decorre durante o mês de setembro, na cidade de Vila Baleira, na Ilha do Porto Santo. O evento inclui o desembarque de Colombo, um mercado quinhentista, no qual está presente a gastronomia, artesanato, arruadas, artes circenses, teatralizações e encenações de peripécias de paz e de guerra da época, jogos de destreza, treino de armas, acrobacias e malabarismos, muita música e danças exóticas, garantindo uma animação permanente e um alvoroço constante por entre as várias figuras características da época. O programa oferece 7 noites de alojamento em regime do tudo incluído no Hotel Vila Baleira Thalassa. Localizado a cerca de 4 Km do centro da vila, o quatro estrelas foi originalmente construído com o intuito de atrair à ilha quem pretendia usufruir das qualidades medicinais das suas areias. <

FIM-DE-SEMANA EM TRÓIA

Localizado numa península paradisíaca, o Tróia Design Hotel, ideal para um fim de semana, está rodeado pelas tranquilas águas do Oceano Atlântico, por extensas praias de areia branca e por campos de golfe. A uma hora de Lisboa, este resort de design contemporâneo está situado junto à marina e é um posto de observação privilegiado de golfinhos e cegonhas brancas. Integra 61 quartos e 144 apartamentos de luxo, um Spa exclusivo com cerca de 1200 m2 e mais de 70 tratamentos, um casino e um centro de espetáculos. Assume a imponência através dos seus 14 pisos, varandas ondulantes e uma fachada comunicante com a outra margem através de um sistema de iluminação inovador. Tem Spa, 2 restaurantes, 3 bares e 2 piscinas exteriores, uma delas para crianças, e um Kids Club. Design aliado a conforto e a uma paisagem deslumbrante de uma reserva natural. Um lugar único.<

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VERÃO NA MONTANHA

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O pagamento deverá ser efectuado por cheque emitido à Sogae – Editora, Lda. ou por transferência bancária para: IBAN: PT50 0036 0447 9910 2478 735 26 Montepio Geral

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este suplemento faz parte integrante da edição

Nº28 – Julho

de

2016

do

destinos

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HARMONY OF THE SEAS O MAIOR NAVIO DO MUNDO


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DESTAQUES DA CLASSE OASIS 1

Casino Royale

11 Viking Crown Lounge®

21 Centro de Fitness

2

FlowRider *

12 Restaurante Asiático Izumi

22 Comedy Live

3

Minigolfe

13 Royal Promenade

23 AquaTheater®

4

Bar Rising Tide

14 Piscina de Desportos

24 Teatro principal

5

Ringue de Patinagem no Gelo

15 Piscina Principal

25 Restaurante

6

H2O Zone

16 Slides Aquáticos*

26 Jazz On 4

7

Bar Champagne

17 Capela Pinnacle

27 Zona de actividades para crianças

8

Bar Bionic*

18 Central Park®

28 Loft Suites

31 Programa para crianças Adventure Ocean®

9

Zip Line

19 Solarium para Adultos

29 Sala Boleros

32 Boardwalk®

20 Spa

30 Campo de Desportos Grande

10 Windjammer

2

*Opções exclusivas do Harmony of the Seas

2 FLOWRIDER® Aprenda a surfar no primeiro simulador de surf a nível mundial a bordo de um navio. Quer seja um espectador, tenha experiência de surf ou seja apenas um principiante, todos podem praticar surf ou deslizar nas pranchas.

6 H2O ZONE As crianças vão adorar o nosso parque aquático no deck ao ar livre, que inclui o H20 Zone – com as suas fontes interativas, canhões e jactos de água. Há também uma piscina principal alimentada por uma queda de água e dois jacuzzis.

8 BIONIC BAR* Concebido pela Makr Shakr, o Bar Bionic é composto de empregados robóticos capazes de misturar qualquer tipo de cocktail, dos clássicos às especialidades únicas feitas exclusivamente para si.

9 ZIP LINE Experimente um emocionante passeio na Zip Line. Com uma altura de nove decks, esta diversão emocionante permite aos passageiros terem uma fantástica vista aérea.

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Harmony of the Seas O MAIOR NAVIO DO MUNDO

O Harmony of the Seas, da Royal Caribbean, é o maior navio do mundo, maior ainda que os “dois irmãos mais velhos”, os dois navios da mesma classe que o antecederam. Mais do que um navio, pelo número de pessoas que pode albergar (cerca de 8.500 pessoas) e pelo muito que oferece, o Harmony é uma cidade. E há cidades com menos população, menos serviços e muito menos hipóteses de entretenimento. Por fora, o Harmony é grande, muito grande, por dentro é todo um mundo. Para que se familiarize com os seus muitos espaços, serviços e ofertas de lazer que lhe vamos apresentar nas páginas que se seguem, deixamos-lhe uma imagem que pensamos ser elucidativa e que poderá ajudá-lo a orientar-se.

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13 ROYAL PROMENADE Uma grande avenida para um passeio com vista sobre o espaço abaixo. Existe uma grande de seleção de lojas, pubs e restaurantes, bem como o Bar Rising Tide, com o suficiente para entreter até mesmo os passageiros mais experientes.

16 SLIDES AQUÁTICOS* São três slides que se estendem ao longo de três decks. Os mais aventureiros partem do deck 18 e descem em círculos até à Zona da Piscina e de Desportos no deck 15.

18 CENTRAL PARK A céu aberto, o Central Park disponibiliza aos passageiros opções de espaços ao ar livre, jardins tropicais luxuriantes, opções de restauração ao ar livre, tudo numa atmosfera tranquila e pacífica.

19 / 20 /21 VITALITY AT SEA SPA E CENTRO DE FITNESS Dedique algum tempo a relaxar o corpo e a alma com uma massagem, ou assista a uma aula e faça exercício no maior ginásio em alto-mar. Porque não desfrutar uma variedade de tratamentos únicos?

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23 AQUATHEATER® À noite, os espetadores do teatro ficarão deslumbrados com os espetáculos com acrobatas aquáticos que surpreendem as audiências com as suas atuações e mergulhos.

28 LOFT SUITES Suites topo de gama com vários pisos e janelas panorâmicas, vista do oceano e áreas até 186 m2 de espaço para relaxar e descontrair.

32 BOARDWALK Passeie ao longo da Boardwalk e desfrute do charme do velho mundo com um toque do moderno, com jogos de rua, restaurantes informais e muito mais, incluindo uma nova área de recreio para as crianças, a Luckey Climber.

32 CARROSSEL O Carrossel é o primeiro deste género em alto-mar e situa-se na zona central da Boardwalk. Um divertimento para crianças e adultos, este carrossel de madeira tem cavalos, leões, zebras e girafas feitos artesanalmente e pintados à mão.

FICHA TÉCNICA • Maior e mais inovador navio do mundo • Nome: Harmony of the Seas • Companhia: Royal Caribbean • Classe: Oasis • Altura: 70m • Comprimento: 362m • Largura: 65m • Decks: 18 (pasageiros: decks 3 a 18) • Toneladas de arqueação bruta: 227.000 • Hóspedes: 5.494 (em ocupação dupla das cabinas) • Capacidade total: 8.500 pessoas (2.394 tripulantes) • Camarotes: 2.747 • 7 bairros distintos: Central Park, Boardwalk, Royal Promenade,

Piscinas e Zona de Desportos, Spa Vitality at Sea e Ginásio, Zona de Entretenimento e Zona para Jovens e crianças • Restaurantes: 20 • Bares: 15 • Piscinas: 4 principais, várias mais pequenas, num total de 23 • Jacuzzis: 10 • Spa com 4 piscinas | Ginásio • Casino | Sala de Jogos | Biblioteca| Sala de exposições| Cinema| Sala de espetáculos com 1.400 lugares • Instalações desportivas: campo de basquete e voleibol | Mini golfe | Patinagem no gelo | Court de ténis | Pista de jogging • Instalações para crianças (possui o primeiro Carrossel alguma vez instalado num navio)

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CURIOSIDADES • 24 elevadores • Parque com mais de 12.000 espécies de árvores e plantas naturais • Mais de 11.250 obras de arte • Avenida central ao ar livre que vai quase de uma ponta à outra do navio

• Camarotes com Varanda Virtual • Possui um sofisticado computador para reduzir o consumo de energia

do navio com a configuração do casco eficiente, projeto do motor e dos dispositivos de poupança de energia • Toda a iluminação é fornecida por LED de baixa energia ou lâmpadas fluorescentes e existem sensores de movimento para a iluminação em corredores • Utiliza um sistema de bolhas de ar entre o casco e a água para ser mais eficiente com poupança de fuel

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Dia de navegação UM MUNDO DE DESCOBERTAS A BORDO Muitos cruzeiros incluem um dia inteiro de navegação e o itinerário que o Harmony of the Seas está a fazer pelo Mediterrâneo Ocidental é um deles. Entre a escala em Nápoles e o dia de chegada a Barcelona, o Harmony faz um dia inteiro de navegação, que o mesmo é dizer que será um dia em que terá apenas o mar como cenário e o navio como palco. E isso não é pouco. Um dia de navegação pode ser, e no caso do Harmony será mesmo, uma experiência e tanto.

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ara preparar este dia e tirar o melhor partido dele, não terá que gastar tempo a decidir que excursão fazer, se uma mais ou menos cultural, mais virada para a gastronomia e vinhos, se apenas passear-se. Mas contenha essa euforia por não ter que decidir porque vai ter muitas opções a ponderar. A menos que “abanque” num determinado ponto – o que estamos certos que não fará – terá que tomar muitas decisões para passar da melhor maneira este dia a bordo de um navio que tem tudo. Tudo mesmo! Pela dimensão do Harmony acredito que mesmo passados estes dias a bordo ainda não tenha conseguido conhecer – e menos ainda desfrutar – da maior parte daquilo que o navio oferece, portanto, que tal começar o seu dia com uma visita de reconhecimento?

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Claro que isso vai demorar o seu tempo e quase tenho a certeza de que não irá ver tudo, mas o que vale é a intenção. Mas há um mundo de opções a abrirem-se perante si. Se é dos que não passa sem uma ida ao ginásio, que no caso do Harmony é “só” o maior em alto mar, comece por aí e aproveite para desfrutar da paisagem de oceano que se abre através das vidraças imensas. Ou comece pelo Spa, para uns momentos de puro relax de que sairá revigorado, de corpo e mente, e pronto para enfrentar um dia em cheio. Desfrute do ar do mar e do sol no solário só para adultos, onde terá mais calma, dê um mergulho na piscina, aproveite os jacuzzis, e não esqueça que na zona das piscinas há sempre muita animação. Se for pessoa afoita, pode experimentar um dos três slides

aquáticos que se estendem ao longo de três decks, descendo em círculos do deck 18 ao 15.

HORA DO DESPORTO E porque não praticar um pouco de desporto? No Harmony encontra pistas de corrida e de jogging, duas paredes de escalada, campo de mini golfe, campo para voleibol e basquete com as medidas oficiais, uma pista própria para patins em linha e um ringue de patinagem no gelo. Não sabe patinar no gelo? Pois isso não interessa nada, porque pode aprender, ajudado pelos instrutores. Por falar em aulas: querendo, também pode participar em aulas de fitness e de dança, ou mesmo praticar e ter aulas de

Central Park Zona a céu aberto, uma réplica do parque que existe em Nova Iorque, onde pode passear-se com toda a tranquilidade, sentar-se numa esplanada e ler um livro. julho de 2016


surf, já que o Harmony é o primeiro navio do mundo a ter um simulador de surf, aliás, dois. Depois de praticar surf ou apenas deslizar em pranchas no Flowrider, pode fazer um treino de suspensão, o que será muito útil se gostar de sentir a adrenalina percorrer-lhe o corpo e tiver a coragem necessária para experimentar a Zip Line, um “passeio”, em suspensão, nove decks acima do mar. Nos Sports Deck, nos decks 15 e 16, encontra quase tudo o que pode fazer em termos de desporto, mas há modalidades, como a patinagem no gelo, por exemplo, que se encontram noutros decks. É só consultar a planta do navio e escolher o que quer fazer. Já agora, consulte também o Diário de Bordo e lá encontrará toda a informação sobre atividades específicas para esse dia.

POR PARQUES E AVENIDAS Se praticar desporto não está nos seus planos, não é grave, pois tem muitas outras coisas que pode fazer. Passear no Central Park é uma boa opção. Esta zona a céu aberto, um dos ex-libris do Harmony, transporta para dentro do navio uma réplica do parque do mesmo nome que existe em Nova Iorque, por isso, pode passear-se por aqui com toda a tranquilidade, sentar-se numa esplanada e ler um livro. Vai encontrar julho de 2016

jardins tropicais luxuriantes (com centenas de espécies de árvores e plantas a bordo), uma gama infindável de restaurantes e outros espaços de comidas e bebidas – é aqui que se situa, por exemplo, o Starbucks – onde pode tomar uma refeição, leve ou não, ou apenas uma bebida ou comer um gelado. Vai ver que ao passear por aqui irá esquecer-se que está num navio, mais parecendo que está num verdadeiro parque, em terra firme. Além do Central Park, para dar um passeio pode contar também com a Royal Promenade, três pisos abaixo. Trata-se de uma grande avenida com vista para o deck inferior, orlada de lojas, restaurantes e pubs. É ali que se encontra, por exemplo, o Bar Rising Tide, o primeiro bar em mar alto com movimento, ou seja, o bar sobe e desce, qual elevador, ao longo de três andares. Soma-se ainda a Boardwalk que simula uma rua do passado mas com um toque moderno, onde não faltam jogos de rua e restaurantes informais. Não será para si, mas talvez para os seus filhos ou netos, mas nesta zona situa-se o primeiro carrossel em alto mar, com os típicos cavalinhos (zebras, girafas, leões…) de madeira que sobem e descem à medida que o carrossel vai girando. Nas suas deambulações pelo navio não se esqueça de dar um saltinho ao Bionic Bar, onde será atendido por máquinas,

Arte A bordo pode passar uns belíssimos momentos na galeria de arte do navio ou a apreciar as mais de 11.250 obras que recheiam os seus espaços públicos. ou melhor, por dois robots. O atrativo é que os robôs conseguem ser barmen de alto gabarito, misturando todo e qualquer cocktail e servindo-os, sem entornar.

SHOPPING E MUITO MAIS Não quer agitação? Então pode ir até à biblioteca, sempre bem recheada, que é também sala de jogos de mesa, podendo dividir o seu tempo entre a leitura de um livro e um jogo de cartas. Também pode inscrever-se numa prova de vinhos, assistir a uma demonstração de cozinha ao vivo, aprender uma língua ou mesmo a fazer joias e autênticas obras de arte com os guardanapos. Como vê, há um mundo de possibilidades a bordo do Harmony – as que aqui sugerimos e muitas mais. Ir ao cinema, por exemplo. Desfrutar da varanda do seu camarote e apreciar o pôr do sol saboreando um flute de champanhe, se a sua varanda der mesmo para o exterior. Mas se der para o interior do navio, pode ficar a

ver o movimento das pessoas que vão passando, tal como se estivesse à varanda de sua casa. Só não verá automóveis a percorrem as ruas e poluírem o ar – mas note que estou apenas a referir-me a carros a andar. Já carros parados, talvez alguns especialíssimos modelos do passado, garanto que os pode encontrar. Pode também dedicar umas horas a fazer compras, porque lojas de marcas mundialmente famosas é algo que não falta a bordo e quase sempre há algum artigo em promoção que poderá considerar que “vale mesmo a pena!”. Se é amante de arte, nada como passar uns belíssimos momentos na galeria de arte do navio ou a apreciar as muitas obras que recheiam os seus espaços públicos. É que, caso não saiba, a bordo do Harmony “navegam” nada mais nada menos que 11.252 peças de arte. Como se costuma dizer: “é obra”! Mesmo que não seja adepto de jogo não deve terminar o seu cruzeiro sem ir ao Casino, já que o espaço vale bem a pena a visita. Se é frequentador de casinos, então terá aqui um espaço à sua altura. Estamos em mar alto, este é um casino de navio, mas fique a saber que só slot machines são 460. Depois, o que não falta são também jogos bancados, o que torna este espaço um paraíso para quem gosta de jogar. Depois de fazer um pouco de tudo o que lhe apresentámos, ou de pelo menos ir ver o que é, e se ainda for hora de sol, porque não regressar ao solário e passar ali uns momentos de puro relax, enquanto os raios de sol desaparecem no horizonte e o ar do mar se faz mais notado? É só uma sugestão… No Harmony pode fazer praticamente tudo o que faz numa cidade, com a vantagem de que tudo está bem mais próximo, à mão de semear, como é hábito dizer-se.<

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Experiências inteligentes NAVEGAR COM TECNOLOGIA DE TOPO Robôs bartenders, rastreamento de bagagem em tempo real, embarque facilitado, aplicativos inovadores e a melhor banda larga a navegar pelos mares entre outras novidades, a que muitos chamam de “experiências inteligentes”, fazem as delícias dos amantes das novas tecnologias e de todos quanto entram a bordo do Harmony of the Seas.

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nde estou? Que elevador está mais perto do meu camarote? A que horas é o “Grease”? Como está a disponibilidade no restaurante 150 Central Park? Qual o caminho mais rápido para chegar ao Ultimate Abyss? Estas são algumas das perguntas que muitos farão quando entrarem no Harmony of the Seas e nos dias que se seguirem. Estão a bordo do maior navio de cruzeiro do mundo, uma verdadeira cidade flutuante. Por isso, é natural que no princípio se sinta um pouco “perdido” no tempo e nos espaços. Mesmo aqueles que têm um bom sentido de orientação. Ciente desta realidade, a Royal Caribbean deu seguimento à sua filosofia de construir os mais inovadores, originais e criativos navios de cruzeiro do mundo, a que juntou os mais avançados recursos tecnológicos. E tudo ficou na “ponta dos dedos”, bastando um toque num dos muitos ecrãs existentes nas mais variadas área públicas, ou via tablet. Perguntas como “Que ilha é aquela ali a bombordo?”, “Quantas milhas já navegámos?” ou “A que horas é o pôr do sol?” terão também resposta num simples toque digital. Na realidade, tudo foi pensado para facilitar a vida aos passageiros, para que mais facilmente entrem em completo relax e melhor

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aproveitem tudo o que o Harmony tem para oferecer. Com a utilização das mais altas tecnologias do mercado em diferentes áreas, o Harmony apresenta inovações inéditas em alto-mar, como serviços de banda larga com ampla qualidade de conexão e aplicativos fáceis de usar, que ajudam a expandir as escolhas e a simplificar as atividades dos hóspedes a bordo.

VIAJAR NA TECNOLOGIA Tudo começa na hora do embarque. Ou melhor, ainda em casa, com a possibilidade de realizar o check-in online e gerar os documentos necessários para o cruzeiro. Sabe bem quando, ao chegar ao porto, apenas se demora pouco mais de 10 minutos a embarcar, principalmente sabendo que existem mais de 5,000 pessoas que como nós irão desfrutar desta “cidade flutuante”. Assim como sabe bem que as nossas malas, que deixámos em terra, em poucos minutos se encontrem à porta da nossa cabine. As novas tecnologias usadas pela Royal Caribbean rastreiam a bagagem em tempo real através de smartphones, identificamnas com uma etiqueta com a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência) no embarque de bagagens e monitoriza-as em pontos chave durante todo o caminho até às cabines. E assim acontecerá no processo de

desembarque. Se existe uma tecnologia chave para todo este desempenho, ela chama-se RFID, uma espécie de “concierge inteligente” que oferece flexibilidade na ponta dos dedos. É que este RFID é o mesmo que está presente nas novas pulseiras dos hóspedes que serão utilizadas para os serviços básicos durante todo o cruzeiro, como fazer compras a bordo, abrir a porta da cabine, entrar e sair nos portos de escala e muito mais. Simplicidade e eficiência são os objetivos de dois novos aplicativos lançados pela companhia, como o Cruise Planner, que permite que o hóspede pesquise e reserve restaurantes, excursões, serviços no Spa, entre outros, antes mesmo do início das suas férias. Ou como o Royal iQ, que está disponível tanto para download em smartphones, quanto para uso nos totens interativos espalhados pelo navio, possibilitando acompanhar a programação de bordo, a inclusão das opções de cada hóspede num calendário, além de tornar possível o contacto com outros hóspedes a bordo e com pessoas em terra.

INTERNET "SUPER" RÁPIDA Tecnologias de topo manterão também os hóspedes em contacto permanente com o exterior, oferecendo para isso acesso a uma internet "super" rápida, a mais rápida

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sobre o mar, batizada pelo nome de Voom, permitindo realizar contactos via Skype com amigos e familiares, ou fazer upload de imagens e vídeos das suas férias nas redes sociais. Vivências e experiências inteligentes que têm um elemento surpresa no Bionic Bar, quando dois robôs bartenders respondem ao nosso pedido via tablet e preparam os nossos cocktails favoritos de uma maneira única e divertida, sejam eles clássicos ou inventados. Formas funcionais da tecnologia de ponta serão também encontradas nas cabines internas, ao equipá-las com varandas virtuais que exibem em tempo real a paisagem e os sons do exterior por meio de painéis de LED de 80 polegadas, garantindo que todas as cabines do navio tenham vista mar. Os benefícios da tecnologia a bordo do Harmony of the Seas estendem-se também à tripulação, através do uso de aplicativos especiais, permitindo que tenham um melhor controlo dos gostos e preferências dos seus hóspedes, possibilitando a adaptação dos serviços a um nível ainda mais alto. Criatividade e inovação ao dispor dos “cruzeiristas” mesmo antes de embarcarem, antecipando o aproveitar de cada momento a bordo, pois cada minuto ganho é mais um minuto para desfrutar do tanto que o Harmony of the Seas tem para oferecer.< julho de 2016


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Luzes! Música! Ação!

ENTRETENIMENTO A TODAS AS HORAS Já se imaginou a fazer surf no Hawai, assistir a um musical da Broadway e a um concerto de jazz e blues num bar em Chicago, andar de carrossel aos pés da torre Eiffel, arrepiar-se com saltos acrobáticos para a água em Acapulco, escalar uma encosta das Montanhas Rochosas, tomar uma bebida preparada e servida por robôs como se fosse tripulante de uma nave espacial? E tudo isto sem sair do mesmo lugar? Não? Acha impossível? Pois que dizemos que está errado, que é possível. Basta embarcar no Harmony of the Seas.

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uando embarcamos no Harmony of the Seas, somos levados a um mundo em que facilmente reparamos que são as famílias em geral e os mais novos em particular aqueles que estiveram sempre na mente dos criativos da companhia. Ainda poucas milhas estão navegadas e já se sente que a bordo do Harmony tudo pode acontecer, tudo foi imaginado para surpreender. Claro que continuam os sete bairros, assim como temos a companhia de algumas das divertidas personagens da DreamWorks, incluindo o Po do Panda Kung Fu, Shrek, Fiona e Gato das Botas no Shrek, e do Madagascar, o leão Alex,

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a hipopótama Glória, o Rei Juliano e os Pinguins.

AVENTURA E ADRENALINA Assim como o Adventure Ocean, que proporciona a todos os hóspedes mais jovens, entre os três e onze anos de idade, uma grande variedade de atividades de entretenimento. Mas a grande novidade no Teatro do Adventure Ocean é o Away We Go!, um espetáculo de luzes negras com marionetas, criado por atores nomeados para os prémios Tony e pelos produtores John Tartaglia e Michael Shawn Lewis, da Gable Grove Productions. Adicionalmente, “Muffalo Potato” – o

famoso programa no Youtube, que ensina as crianças a desenhar qualquer coisa em minutos, apenas utilizando letras e números – está também a bordo do Harmony. Mas a novidade maior para os mais jovens chama-se Splashaway Bay, um parque aquático com temática infantil destinado a bebés e crianças, oferecendo diversos brinquedos interativos, playground aquático, escorregas, tobogãs, réplicas de animais coloridos que soltam jatos de água e um balde gigante que após ser enchido se deixa cair sobre a pequenada. É de facto o elemento água e os tobogãs que dominam as maiores atrações do Harmony of the Seas quando se fala em diversão e… adrenalina.

The Perfect Stam Um trio de tobogãs batizados com os “assustadores” nomes de Cyclone e Typhoon que percorrem cinco decks, e o Supercell, em formato de taça de champanhe, que no final do percurso lança os passageiros para uma piscina. julho de 2016


Pela primeira vez num navio da Royal Caribbean os passageiros encontram o The Perfect Storm, um trio de tobogãs batizados com os “assustadores” nomes de Cyclone e Typhoon que percorrem cinco decks, e o Supercell, em formato de taça de champanhe, que no final do percurso lança os passageiros para uma piscina. Mas, ao chegar ao Sports Deck, onde um campo de minigolfe, dois simuladores de surf e bodyboard, o Zip Line e um ringue para diversos desportos nos convidam a outras “ações”, o olhar obrigatoriamente fica preso numa boca gigante de um monstro marinho. É o Ultimate Abyss, um projeto especialmente desenhado para a Royal Caribbean e para os mais corajosos. Com vista para o AquaTheater, o Ultimate Abyss fica 45 metros acima do nível do mar e faz com que os passageiros deslizem a uma velocidade de 14 Km/h por tubos cheios de curvas ao longo de um percurso que desce 10 decks até ao Boardwalk, uma das áreas temáticas do Harmony. Antes de entrar no tubo de 80 centímetros de diâmetro e construído em aço inoxidável, o aventureiro tem uma visão geral do percurso na plataforma de vidro de onde ele parte para, a partir daqui, ser acompanhado durante todo o percurso por efeitos sonoros libertados no túnel para criar uma experiência multissensorial.

BROADWAY A BORDO Mas o entretenimento a bordo não passa apenas pelas atividades que apelam ao exercício físico. O “espetáculo” segue igualmente ao ritmo da música, da dança e das luzes. E tudo poderá começar no teatro principal, o Royal Theater, com capacidade para 1.380 pessoas que assistirão a dois julho de 2016

Royal Theatre Grease Columbus – The Musical Studio B 1887: A Journye in Time iSkate Showcase AcquaTheatre The Fine Line Aqua Show Hideaway Heist

espetáculos. Columbus – The Musical!, é um deles. Uma produção criada exclusivamente para o Harmony of the Seas que explora a história fictícia de Marvin Columbus, primo distante e sem sorte de Cristóvão Colombo, que banido de sua família embarca numa hilariante viagem de descoberta na esperança de reivindicar o seu lugar na história. O outro é nem mais nem menos que o musical Grease, com coreografia original para encantar toda a família, sem deixar de fora as clássicas canções que embalaram o romance de Sandy e Danny, como “Summer Nights,” “Greased Lightnin’,” “Look at Me, I’m Sandra Dee,” e “Born to Hand-Jive,”. Quando damos por nós já estamos em pé a tentar imitar os passos de John Travolta e Olivia Newton-John. Não muito longe do Royal Theater encontra-se outro palco onde acontecem verdadeiros musicais. Só que estes sobre o gelo. É o Studio B onde patinadores apresentam

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peças teatrais sobre o gelo. “1887” é uma delas, uma produção original da Royal Caribbean que começa em 14 de fevereiro de 1887, no auge da carreira de Julio Verne, levando-nos numa viagem no tempo a descobrir as maravilhas do mundo, uma viagem marcada pelo amor e pela aventura. Um espetáculo que nos faz regressar ao Studio B, desta vez para ver e aplaudir “iSkate Showcase”, um show no gelo diferente de qualquer outro já apresentado em qualquer Studio B, no qual os artistas da Royal Caribbean são convidados a mostrar todo o seu talento ao som das nossas músicas preferidas e onde tudo pode acontecer. Mas “the show must go on”. E continua mesmo. Basta ir até ao AquaTheater onde as apresentações num teatro aquático ao ar livre ganham novos limites. Novos truques aéreos cheios de acrobacias são apresentados em plataformas com 10 metros de altura na mais profunda piscina de água doce no mar.

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Verdadeiros shows de teatro que incluem “The Fine Line”, onde incríveis e arrepiantes acrobacias são apresentadas pelos melhores atletas de desportos radicais do mundo, num show desenvolvido em 360º, e o “Hideaway Heist”, o novo espetáculo de comédia repleto de performances e truques para agradar a toda a família.

O REGRESSO DOS CLÁSSICOS Mas as clássicas apresentações da Royal Caribbean também embarcaram no Harmony of the Seas. Como Puzzle Break: Escape the Rubicon, um quebra-cabeça onde os jogadores são transportados para outro mundo na tentativa de descobrir as pistas que resolverão o mistério de Rubicon, ou a Red Party, onde DJs fazem apresentações surpresa com muitos efeitos especiais. E se acontecer dar de caras com o Stowaway Piano numa das piscinas? Ou se isso acontecer quando inicia uma partida de minigolfe ou quando se prepara para

Studio B Onde patinadores apresentam verdadeiras peças teatrais sobre o gelo. “1887” é uma das produções que começa no auge da carreira de Julio Verne, levando-nos numa viagem no tempo a descobrir as maravilhas do mundo

sobrevoar o Boardwalk no Zip Line? Pois que não se admire, este não é um piano qualquer. É um piano que percorre todo o navio, escondendo algumas surpresas e funções em diversos compartimentos. Tanto pode oferecer um rebuçado, como começar a deitar fumo de tanto tocar. Sim, tudo acontece a bordo do Harmony of the Seas quando se fala em entretenimento. É o regresso dos grandes bailes, os desfiles e as 80’ Dance Party na Royal Promenade, as noites de jazz e blues no Jazz on 4, os ritmos quentes das caraíbas no Boleros, Calypso Music with Hot Spices no Dazzles, as festas à beira da piscina com DJs ou música ao vivo, os Comedy Live Show no The Attic, os concertos com os Tenors Rock no Royal Theater. Luzes! Música! Ação! Três palavras que são uma constante a bordo do Harmony of the Seas e que nos levam pelas mais variadas latitudes e longitudes do entretenimento. Verdadeiras experiências marcadas pela audácia, inovação e criatividade. The show must go on! < julho de 2016


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Um menu para cada desejo 20 RESTAURANTES + 15 BARES Originalidade, experiências gastronómicas e uma vasta variedade de sabores fazem parte das opções dos 20 restaurantes e 15 bares que tornam o Harmony of the Seas ainda mais espetacular. Opções que vão dos lanches rápidos aos jantares com sabores dos destinos, das fantasias sensoriais aos mais tradicionais sabores do mundo. Basta deixarmo-nos levar pelos nossos desejos.

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ão muitos os prazeres oferecidos a bordo do Harmony of the Seas, prazeres que percorrem todo o caleidoscópio dos sentidos. Assim como são muitas as experiências que o maior navio de cruzeiro do mundo tem para oferecer. Ao falar de experiências falamos também de sabores, do degustar cada refeição que, em muitos dos 20 restaurantes do Harmony, é elevado ao sentido de experiências inesquecíveis. Uma outra viagem dentro da viagem. Uma viagem que começou logo que embarquei, por volta das 14h00, quando a barriguinha já reclamava estar na hora de ser confortada. A opção foi subir ao deck 16, até ao Windjammer, onde sabia que me esperava um buffet self-service farto e variado, incluindo fast food, comida light e os sabores vindos da China, Japão, Itália, Índia. Estava encontrado um dos lugares que

possivelmente iria receber de novo a minha visita, pois seria aqui que tomaria o pequeno-almoço, onde pela tarde muitas vezes iria procurar um aconchegozinho para o estômago e que à noite, se pretendesse um lugar completamente informal, poderia jantar. Mas sabia haver muitos outros sabores à minha espera. Era tudo uma questão de “o que me apetece hoje?”. Havia apenas que fazer um passeio pelos 18 decks e localizar alguns dos 20 restaurantes existentes a bordo. Desci até ao deck 8, ao Central Park, onde, a partir da varanda do meu camarote, tinha visto muitas esplanadas que me diziam haver vários restaurantes entre as mais de 12 mil árvores e plantas naturais.

UM “MAR” DE OPÇÕES Tranquilamente fui percorrendo as alamedas e ruas que desenhavam jardins e guardavam

letrings mais ou menos estilizados, mais ou menos coloridos que pelos nomes nos davam a “dica” dos sabores guardados para lá das esplanadas, muitas vezes acompanhados de aromas tentadores. E lá estava o 150 Central Park, com um menu criado pelo premiado chef Michael Schwartz, envolto num ambiente intimista. Tudo ali, num visível compromisso entre comida sustentável e sazonal, parecia deliciosamente apetecível. Mas não, tinha de continuar e conhecer os vizinhos do 150 Central Park. Não me poderia “perder” logo no primeiro encontro. Saí, olhei para o outro lado de mais um jardim, e lá estava o Chops Grille. Assaltoume de novo a gula e a tentação de saborear alguns dos “membros” que fazem parte da paleta de bifes e de mariscos. Os olhos piscaram perante aquela imagem feita de diversas carnes grelhadas que diziam conter julho de 2016


os sabores dos churrascos de Iowa e de Nebraska e o toque mediterrânico que o chef tinha colocado em delicados pratos de frutos do mar. Ah, tentações! Mas havia que resistir. Acabei por me sentar numa fresca esplanada e pedir um colorido cocktail no Trellis Bar, enquanto acompanhava o vai e vem de quem como eu andava notoriamente a fazer opções para o jantar. Com a gula mais “domada” parei em frente do Jamie’s Italian. O nome dizia tudo. Estava perante o restaurante do aclamado chef Jamie Oliver. Mais uma tentação. Estava a ser difícil resistir. Havia ainda o Park Café com saladas feitas sob encomenda, paninis e sandes preparadas no momento. Não resisti. Tinha que deliciar-me com uma tentadora sandes de carne assada com assinatura "Kummelweck". Para acompanhar fui ali ao lado ao Vintage Wine Bar. Mais um problema. Que vinho escolher? Entre muitas dúvidas entre dezenas de vinhos oriundos das mais conceituadas adegas do mundo, segui a opinião do sommelier, e acabei por optar por um fresquinho Riesling da Alsácia.

SABORES DO MUNDO Muito mais havia para ver e pensar nas opções para jantar nos dias seguintes, julho de 2016

Rising Tide Bar Um bar que é também um elevador que percorre, para cima e para baixo, três decks diferentes, enquanto serve os mais variados cocktails tanto ao balcão, como em pequenas mesas.

pois a escolha para o primeiro jantar a bordo estava feita. Seria no The Grand Restaurant, um dos restaurantes que formam o “main restaurant” de três pisos, cada um com nome próprio – Silk, The Grand Restaurant e American Icon – onde um menu de classe mundial num ambiente elegante e com um extraordinário serviço

personalizado nos faz deseja voltar. Era tudo uma questão de optar entre dois turnos de refeição, ou a flexibilidade entre o My Time ou My Family Dining, em que o cliente escolhe a hora em que desejar jantar. O mesmo “main restaurant” onde todas as manhãs poderia tomar o pequenoalmoço à la carte. Com a certeza que seria aqui que faria o meu primeiro jantar aproveitei a boleia do Rising Tide Bar, um elevador bar, para descer até à Boardwalk. Deixeime caminhar tranquilamente entre mais esplanadas, que anunciavam mais alguns restaurantes, e o azul do Mediterrâneo como pano de fundo. E lá estavam os sabores bem americanos do Johnny Rocktes, do Starbucks, do Boardwalk Dog House e do mexicano Sabor Taqueria & Tequila Bar. Todos ótimas opções para um aconchegar de estômago antes do jantar, ou mesmo para jantar, como são o japonês Izumi Hibachi & Sushi, Solarium Bistrot ou o Sorrento’s Pizza. Tudo isto sem esquecer o Wonderland, uma verdadeira surpresa, uma bela história que começa quando abrimos o menu e escolhemos o nosso elemento,

entre sol, gelo, fogo, água, terra e sonhos. A partir daqui acontece uma seleção de fantasias sensoriais que acariciam o palato, havendo ainda como opção o Coastal Kitchen. Este apenas disponível para os passageiros com acomodação Grande Suite ou acima desta tipologia. Uma oferta gastronómica tão vasta como o é o número de bares. Não os contei todos, mas dizem ser mais de 15. Entre bares de piscina e no Sport Deck, no Central Park e na Royal Promenade, no casino e na discoteca, no Boardwalk. Existem dois que despertam especial atenção. O Rising Tide Bar, o tal bar elevador que percorre três decks ligando a Royal Promenade ao Central Park, e o Bionic Bar, onde dois robôs criam deliciosos cocktails a gosto. Mas, afinal onde jantar? Onde tomar uma bebida? Sim, é uma escolha difícil. Penso que tudo depende daquilo que apetece naquele momento. Depende também das experiências que queremos ter quando escolhemos o Harmony of the Seas para umas férias que terão, por certo, o aplauso dos cinco sentidos. Sobretudo daqueles que alimentam o palato. Bom apetite!<

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Dos 0 aos 18

HARMONIA EM FAMÍLIA

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Imaginemos uma família de cinco elementos, um casal com três filhos com idades a variar entre os 0 e os 18. A beleza do Harmony of the Seas é que em circunstância alguma pais ou crianças se irão sentir aborrecidos, com a franca variedade de programas por qual os preciosos “rebentos” poderão escolher. Desde baby-sitter para o recém-nascido, a diversão para o mais velho e petiscos que agradam a todos, no Harmony toda a família se vai sentir em casa.

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ma cidade num navio. Aliás, várias cidades num navio. É essa a oferta do Harmony of the Seas. Um espaço que faz todos os possíveis de ir ao encontro das expectativas mais exigentes de todos, incluindo os mini viajantes. Um estímulo à harmonia em família. Há uma multiplicidade de programas a serem vividos em família. Contudo, muitos outros existem que garantem a independência a bordo tanto de pais como de filhos, com o objetivo de fazer com que se sintam em casa o mais possível. Enquanto a mãe aproveita uma massagem no Spa e o pai se deleita com o calor do sol no solário reservado a adultos, as crianças não vão estar, com certeza, sem supervisão ou minimamente entediadas.

ATENÇÕES PARA COM OS MAIS NOVOS Comecemos pelos mais pequenos. Os berçários Royal Babies e Royal Tots recebem de braços abertos bebés entre os 6 e os 18 meses e entre os 18 e os 36 meses, respetivamente. Não pense no Royal Babies & Tots como um local onde pode simplesmente deixar os seus filhos, mas sim como um centro de entretenimento onde estarão em contacto com outros

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bebés das suas idades e sob a supervisão de staff qualificado. Os berçários incitam o divertimento dos mais novos, bem como a aprendizagem com conta, peso e medida, adequada a estas precoces idades. Estão abertos tanto durante o dia como no início da noite, para quando os progenitores querem desfrutar de um “pézinho de dança” num dos muitos bares do navio. Para as crianças que apreciam o conforto do seu camarote existem as Sitters at Sea, baby-sitters que se deslocam aos próprios quartos para tomarem conta dos bebés, com idades superiores a um ano, em toda a tranquilidade deste ambiente. Para qualquer emergência, a Babies to Go está pronta para salvar o dia. O serviço entrega no camarote necessidades básicas para bebés, como fraldas, toalhetes, creme e até comida orgânica. É só pedir e vêm entregar-lhe todas as suas necessidades, ou deste caso do seu bebé, à sua porta.

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QUANDO COMEÇAM A CRESCER

O Harmony oferece Kids Clubs para todas as idades, estando divididos entre si, para que as crianças melhor se enquadrem com novos amigos da sua faixa etária. Entre os três e os cinco podem-se divertir no Aquanauts, um novo mundo repleto

Royal Babies & Royal Tots Os dois berçários do navio recebem de braços abertos todos os bebés entre os 6 e os 36 meses, em locais de divertimento e aprendizagem supervisionados por staff qualificado. julho de 2016


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de aventuras em que entram personagens como dinossauros e piratas, e onde se recorre à magia, com aulas de poções. Quando os pais deixam os seus protegidos no Aquanauts é-lhes entregue um pager para que tenham contacto permanente com o staff responsável. Os exploradores entre os seis e os oito anos têm espaço no Explorers, o clube que incentiva o conhecimento através da diversão. Fala-se de ciência mas sempre com jogos e experiências animadas. Explora-se o mundo do espetáculo e das artes, com idas ao Adventure Art e Adventure Theatre, e organizam-se bailes e outras atividades. O Voyagers é o clube para crianças mais crescidas, dos nove aos onze anos de idade. É, tal como os outros, um espaço multicultural em que se estimula a troca de ideias e conhecimentos com pessoas de outras nacionalidades. O clube organiza diversos eventos, como competições desportivas, espetáculos e torneios de videojogos. Videojogos são sempre uma boa hipótese de entretenimento num navio que tem não uma, mas duas salas de jogos. Existem máquinas de jogos clássicas como Pacman e o hockey de mesa, ao passo que também somos transportados aos dias de hoje com a Wii, jogos como Guitar Hero, e tantos outros.

DIVERSÃO NA ADOLESCÊNCIA O Harmony parece ter sido construído para pôr fim ao “Mãe! Pai! Já chegámos?”. A Maria, 13 anos, é uma pré-adolescente que adora estar constantemente entretida e procura sempre novas aventuras. Pode começar o dia com um batismo de mergulho numa das piscinas do navio. Continuar a diversão nos impressionantes Cyclone, Typhoon e o Supercell, os tobogãs do The Perfect Storm com curvas e contracurvas que lançam os aventureiros para a piscina no final da viagem. Segue-se o rodopiar alegremente no magnífico e colorido carrossel, no Boardwalk. Quando abre o apetite delicia-se com os apetitosos donuts da Boardwalk Donuts. Ainda com a boca doce vai sobrevoar o Boardwalk no Zipline, com 25 metros de comprimento. Mais tarde, para relaxar, a Maria aproveita todos os mimos proporcionados pelo Teen Spa, com tratamentos de hidratação profunda para cabelos ao sol,

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divertidas pedicuras e outros que mais. Ao repouso segue-se uma lição de patinagem no gelo, na pista de gelo do navio, com patins disponibilizados pelo mesmo. Depois da hora do banho é tempo de preparar o “outfit” para a noite. Vinda da lavandaria e acabada de passar a ferro, chega a roupa favorita da Maria ao seu camarote. Depois do jantar, continua a diversão. Assiste a espetáculos de patinagem no gelo, onde vê os truques que aprendeu durante a tarde a serem executados na perfeição, participa numa sessão de cantoria no On Air Club, o animado bar de karaoke. E, já ao final do dia, umas horas de dança no Teen-Only Nightclub, a discoteca exclusiva para jovens.

PARA OS JOVENS ADULTOS No dia que segue, a Maria acorda para tomar o pequeno-almoço com a sua família. Durante a que dizem ser a mais importante refeição do dia alegra-se ao ver as personagens DreamWorks. Tira fotografias com o Alex, a Glória e os pinguins de Madagascar, que mais tarde vão entrar no PhotoBook que está a fazer da viagem. Estes álbuns de fotografia, com detalhes pessoais e capa rija, estão disponíveis através de reserva prévia. Enquanto isto o Diogo, irmão mais velho

de 18 anos, navega com a Voom, a Internet a bordo mais rápida de todo o mundo. Após o contacto com todos os seus amigos em terra o Diogo parte para a aventura com os seus novos amigos a bordo do Harmony. Com a energia reforçada pelo pequeno-almoço, começa o dia com um jogo de basquete no campo de tamanho oficial. Sobe uma das duas paredes de escalada do Harmony, com 13 metros de altura. Pratica truques de bodyboard num dos Flow Rides, os simuladores de ondas no navio. Experimenta a sensação de voar

DreamWorks Experience Dá a oportunidade de crianças e jovens interagiram com personagens da DreamWorks, como o Shrek, Fiona e o Gato das Botas, e o Alex, a Glória, o Rei Juliano e os Pinguins, de Madagascar

no RipCord by iFLY, e vai ao The Ultimate Abyss, descer o maior escorrega a bordo de um navio. O Harmony é também feito para os aventureiros. Vivida toda esta descarga de adrenalina a fome aperta e passa pelo Johnny Rockets. Uma típica hamburgueria americana, com a original em Los Angeles, onde se servem hambúrgueres originais, batatas fritas, anéis de cebola, batidos e tudo o que faz as delícias de um jovem adulto. O Diogo aproveita a tarde para apanhar sol junto de uma das piscinas do Harmony, e, quando o sol se começa a pôr, aproveita para ver um filme ou um qualquer evento desportivo de importância no ecrã gigante no deck da piscina. A noite também reserva algumas horas bem passadas. Uma passagem pelo Bionic Bar, onde dois braços robô preparam deliciosos cocktails, com e sem álcool. Assiste ao The Fine Line, espetáculo onde inacreditáveis acrobacias são feitas pelos mais audaciosos desportistas radicais do mundo, acabando num dos bares do navio. O dia termina e recolhem-se aos camarotes o Diogo, a Maria, os pais e o bebé. A família prepara-se para mais um dia a bordo de um navio que tem sempre um novo recanto para descobrir e explorar. Este é o Harmony of the Seas com os seus encantos que entretêm todos, dos 0 aos 18 (e dos 18 aos 80 e dos 80 aos…)!< julho de 2016


Itinerário de arte e História no Mediterrâneo

Marselha Barcelona

PORTOS: 6 + BARCELONA

Barcelona, Espanha: partida às 18h00 Palma de Maiorca, Espanha: 08h00 – 16h00 Marselha (Provença), França: 09h00 – 18h00 La Spezia (Florença / Pisa), Itália: 08h30 – 20h30 Civitavecchia (Roma) Itália: 07h00 – 20h00 Capri (Nápoles), Itália: 07h00 – 20h00 Dia a bordo Barcelona, Espanha: chegada às 0500

Fazer um cruzeiro é fazer um circuito mas com a vantagem de o quarto de hotel ir consigo para todo o lado e de apenas ter que desfazer e fazer malas uma vez. O itinerário do Harmony of the Seas pelo Mediterrâneo vai tocar seis portos, além do de embarque e desembarque, Barcelona. Neste itinerário que tem muito de histórico e cultural, as propostas de excursões vendidas a bordo são quase 100, nós vamos resumir um pouco do muito que poderá conhecer.

É

julho de 2016

encontra a Casa Miró. Deambular pela cidade é imperdível, tal como a visita à Catedral, conhecida por La Seu, ou ao Castelo de Bellver, em estilo gótico. A escassos 3Km de Palma, o castelo, datado do séc. XIV, ergue-se 112 metros acima do nível do mar, pelo que dali se tem uma invejável panorâmica sobre a ilha. E há também a antiga capital romana de Maiorca, Alcúcia, que também merece visita. O dia seguinte vai passá-lo em Marselha, a mais antiga cidade francesa onde os povos e as culturas se misturaram ao longo de séculos, por via do seu agitado porto. Hoje como ontem, a verdadeira alma da cidade continua a ser o Vieux-

Roma Nápoles

Palma de Maiorca

CHEGADA E PARTIDA DE BARCELONA

no porto da capital catalã que o Harmony of the Seas vai estar sedeado até outubro, prontinho para receber milhares de cruzeiristas a cada partida, nomeadamente portugueses. Afinal, Barcelona é aqui tão perto e navegar no maior navio do mundo será uma experiência inesquecível. No dia seguinte ao do embarque, o Harmony vai estar em Palma de Maiorca apenas até meia tarde pelo que terá que apressar-se a desfrutar de alguma das melhores praias da ilha ou conhecer a capital, que tem muito para ver, com as suas ruas e ruelas, algumas ladeadas de mansões antigas, entre as quais se

La Spezia

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Port (Porto Velho). Por aí deve deambular e até permanecer um pouco, apreciando a paisagem, à partida, por exemplo, de uma esplanada. A rodear o porto, estão os fortes Saint Nicolas e Saint Jean, o Palácio do Pharo, a Igreja Saint Laurent, e o famoso campanário dos Accoules. O Vieux Port é um lugar muito animado, repleto de vida, muito por via do mercado de peixe e restaurantes. Imprescindível é subir à Basílica Notre Dame de La Garde, situada numa colina, 154 metros acima do nível do mar e símbolo da cidade. A subida faz-se num pequeno eletrico, através de ruas estreitinhas. Da esplanada da Basílica, que merece visita ao interior, muito pelos

Marselha a mais antiga cidade francesa onde os povos e as culturas se misturaram ao longo de séculos, por via do seu agitado porto. Hoje como ontem, a verdadeira alma da cidade continua a ser o Porto Velho

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ex-votos que aí podem ser encontrados, admira-se a mais bela vista de Marselha. Da mesma época da Basílica, meados do séc. XIX, datam o Palácio de la Bourse e o Palácio Longchamp, um sumptuoso teatro de água dedicado ao rio La Durance, com cascatas, jatos de água e um sem número de esculturas. É na cidade velha, na margem norte do porto, que se encontram os mais antigos monumentos de Marselha – e a cidade está recheada deles. Ao largo, não muito longe, acessível de barco, está a ilha de If, a mais pequena do arquipélago de Marselha, local onde mora o Castelo do mesmo nome. Pode fazer uma excursão até à ilha e seguir as pisadas do abade Faria e de Edmond Dantès, do romance Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas.

LA SPEZIA: PISA E FLORENÇA O quarto dia do seu cruzeiro vai ser difícil em termos de opções. Nesse dia, o Harmony atraca em La Spezia e ali estará entre as 08h30 e as 20h30 – 12 horas que lhe saberão a pouco, principalmente se escolher fazer uma das excursões mais longas – uma das que lhe vão ser propostas a bordo dura nove horas e meia. Se o nome La Spezia não lhe diz muito digo-lhe outros: Florença e Pisa, Costa

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das Cincue Terre. Ir onde? Há uma escolha quase óbvia: Florença. Se optar por Florença, a cerca de 150 km do porto, Pisa irá ficar-lhe a meio caminho, podendo visitar ambas Comecemos então por Pisa, verdadeira joia da Toscânia. A torre inclinada é o atrativo número um, mas a cidade tem muito mais a ver como a Ponte di Mezzo, sobre o rio Arno, a Piazza dei Cavalieri, no centro histórico onde abundam edifícios de grande valor, e a Piazza dei Miracoli, um complexo monumental que inclui o Duomo, onde aparece como ornamento o famoso lagarto que é amuleto da cidade, o impressionante

Pisa Verdadeira joia da Toscânia. A torre inclinada é o atrativo número um, mas a cidade tem muito mais a ver como a Ponte di Mezzo, sobre o rio Arno, a Piazza dei Cavalieri

edifício oval do batistério, o cemitério monumental e a Torre de Pisa. Vê-la perto de nós, ao vivo, é diferente de olhar uma foto, mas se aqui vier e sentir na boca um certo sabor a “dejá vu”, creia que não será a primeira pessoa a quem isso acontece. De tão fotografada e tantas vezes vista, quando a olhamos ficamos todos com a sensação que, afinal, já ali tínhamos estado. Na Piazza dei Miracoli, a entrada em todos os monumentos é paga, na Torre também, mas merece a pena – tenha é cuidado com os quase 300 degraus que terá que subir. Dizer-lhe o que ver em Florença, verdadeiro museu ao ar livre, é quase impossível. O melhor conselho que podemos dar é que ande, vá andando e vá mirando e admirando tudo o que esteja ao seu redor. Quase de certeza, a seu lado estará uma obra de arte da arquitetura de tempos idos, um monumento, um palácio, uma igreja. A capital da Toscania, cidade de Dante, é considerada uma das mais belas do mundo e merece a classificação como poucas outras. Parta, por exemplo, da estação de Santa Maria Novella e logo aí terá a Basílica do mesmo nome, a primeira grande Basílica da cidade.Segue-se o Batistério de S. João, dedicado ao padroeiro de Florença, São João Batista. Mais à frente, a Catedral (Duomo) de julho de 2016


ARTE EM BARCELONA

De acordo com o itinerário, o Harmony of the Seas tem partida marcada do porto de Barcelona às 18h00, mas como é sempre conveniente embarcar com tempo, pode deixar a visita de cidade para o dia de regresso. Barcelona é cidade irresistível, centro europeu de arte e, principalmente, de arquitetura, mas também de cultura e gastronomia. Se estiver pela cidade apenas algumas horas, há locais obrigatórios, como o bairro gótico, onde se podem ver vestígios e ruínas romanas, ruas e construções medievais, bem como edifícios e praças do século XIX. Imperdível é a imponente catedral da Sagrada Família, a obra inacabada de Antoni Gaudi que é um dos cartões postais da capital catalã e o Parc Guel onde se sente a magia deste famoso arquiteto. Obras suas, também a não perder pela sua espetacularidade, são La Pedrera (Casa Milà) e a Casa Batllò, no Passeig de Gràcia, no centro da cidade e próximas uma da outra. Terra de artistas de várias artes, não se pode esquecer o Museu Picasso nem a experiência que é degustar a cozinha do Chef Ferran Adrià. Percorrer as famosas Ramblas, que começam na Plaza Cataluña e terminam no Port Vell e ali, ou na marina, degustar umas tapas, deve também integrar a visita. <

Santa Maria dei Fiori sensibiliza pela sua grandeza e pelos seus muitos detalhes. Perto está a Piazza della Signoria, repleta de obras artísticas, em que se destaca a réplica da estátua de David de Michelangelo, bem como a Fontana de Nettuno e o Palazzo Vecchio. Obrigatório é atravessar a Ponte Vecchio, construída no sec. I a.C. Com a particularidade de se tratar de uma ponte fechada, a Ponte Vecchio abre-se ante nós em todo o seu esplendor, repleta de lojas de joias e ourivesaria e é a mais bela ponte sobre o rio Arno, que atravessa a cidade de Florença e também Pisa. Bem perto está o Palazzo Pitti e o Giardino di Boboli impregnado de esculturas e fontes e por toda a cidade somam-se palácios, monumentos, museus – se ainda tiver tempo, entre na Casa di Dante, onde poderá contemplar alguns trechos de A Divina Comédia. Também à partida deste porto pode visitar a Riviera italiana e as suas cidades mais emblemáticas, como a cidade portuária de Rapallo, com o seu castelo do sec. XVI situado sobre as águas, que outrora serviu para a proteger dos piratas. Seguese Santa Margherita, cidade piscatória com um porto onde se misturam coloridos julho de 2016

barcos de pesca e iates luxuosos. A não perder, aqui, é a visita à Basílica, no topo de uma colina, e à Villa Durazzo. Segue-se Portofino, também cidade de pescadores e de casario colorido a tons pastel, hoje impregnada de boutiques de luxo e restaurantes de frutos do mar.

DA ROMA ETERNA AOS LABIRINTOS NAPOLITANOS Dia 5: Civitavecchia, o porto que serve Roma, da qual dista um pouco mais de 80km. Tem 12 horas para descobrir a capital italiana (o navio atraca às 07h00 e parte às 20h00), o que lhe ficará a saber a pouco. Roma é Roma, Cidade Eterna e da “dolce vita”, dos monumentos que nos chegaram do longínquo Império Romano. Outro dos museus ao ar livre em que é rico este Harmony of the Seas Porto de embarque / desembarque: Barcelona Todos os domingos até outubro Itinerário: Mediterrâneo ocidental Duração: 8 dias / 7 noites

itinerário, Roma é a cidade das Piazzas – e das suas inúmeras Fontanas de que a de Trevi é apenas um dos exemplos e talvez o mais conhecido, por ser um dos cartões postais da capital italiana, mas há a “dei Quattro Fiume, de Belini, bem no centro da Piazza Navona. É a cidade do Coliseu, do Fórum Romano, do Panteão ou do Templo de Todos os Deuses. E é também a cidade que alberga dentro um Estado, o do Vaticano, com a Piazza San Pietro, a Capela Sistina e muitos e belos museus. Mas está em Itália, por isso não esqueça os famosos “gelato”, as “pastas” e os bons vinhos. E tenha cuidado com as “vespas” que circulam pela cidade, rentinho, rentinho, aos passeios – às vezes mesmo em cima deles. E já que está em Roma, porque não experimentar ser “Gladiador por um dia”? A bordo, poderá ter uma proposta neste sentido, um programa de 9,30 horas em que irá apreender a lutar como os antigos gladiadores. O destino que se segue é Nápoles, cidade vibrante e, porque não dizê-lo, algo caótica nas ruas estreitas, labirínticas e sempre apinhadas de gente do seu centro histórico, Património Mundial da Unesco. Nápoles é tão diferente que ainda ostenta, numa rua, um nicho dedicado ao “santo” Maradona – e garanto que continua a ser prestigiado. E nas vielas, apinhadas de lojas de artesanato com bancas exteriores, há que ter cuidado, uma vez mais, com as vespas, aqui muito mais perigosas. Mas mesmo confusa, a cidade merece visita, recheada de monumentos e igrejas. Destaquem-se a Capela de Pio

Monte della Misericordia onde se pode apreciar uma obra de Caravaggio, a Capela Sansevero e a sua escultura do Cristo Velato, o gigantesco Duomo e San Lorenzo Maggiore, onde se albergam túmulos medievais, como o de Catarina da Áustria, da autoria de um aluno de Giovanni Pisano. A cidade é berço da célebre pizza napolitana, pelo que lhe sugerimos que se deixe tentar por esta iguaria. E já agora, porque não aprender a cozinhá-la? Se é amante das artes da culinária, o Harmony vai ter uma proposta para si numa das excursões possíveis O que também pode fazer à partida de Nápoles, é visitar a idílica ilha de Capri, centro turístico por excelência mas que não perdeu a sua aura pitoresca. Faça um pequeno passeio de barco nas águas turquesa que a envolve e partir à descoberta de Sorrento, onde pode acompanhar uma refeição com champanhe da região e ouvir muitas lendas locais sobre sereias. E na Costa Amalfitana pode ainda visitar Positano, a cidade das buganvílias. A não perder é uma visita às ruínas de Pompeia, antiga cidade romana destruída por uma erupção do Vesúvio. Nápoles é o último porto que o Harmony of the Seas visita neste seu itinerário pelo Mediterrâneo ocidental antes de chegar a Barcelona, após um dia de navegação. As visitas que sugerimos estão acessíveis em excursões organizadas que serão propostas a bordo, mas pode optar por ter apenas o transporte até determinado ponto e a partir daí andar à sua vontade, ou até fazer tudo por si. Escolha o que mais lhe convém, mas vá que tem muito para ver.<

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Fort Lauderdale

Cozumel

Labadee

Caraíbas

Falmouth

Fort Lauderdale Nassau

BEIJADAS PELO MAR

St Thomas Philipsburg

Cozumel Paraíso para os mergulhadores, até Jacques Cousteau ficou encantado com a visibilidade, os maravilhosos recifes e uma fauna marinha espetacular 22

O Harmony of the Seas vai ter casa nova a partir de novembro. Vai ficar no porto de Fort Lauderdale para, a parti de 12 de novembro, realizar cruzeiros de 7 noites nas Caraíbas, com dois itinerários: Caraíbas Ocidentais (Labadee – Haiti, Falmouth – Jamaica e Cozumel – México), e Caraíbas Orientais (Nassau – Bahamas, Charlotte Amalie - St Thomas e Philipsburg - St Maarten). Aproveite esta oportunidade e viva todos os dias um sonho diferente feito de praias brancas, corais coloridos e águas claras, de paisagens exóticas com cores vibrantes, fragrâncias e natureza exuberante. Cada dia um novo horizonte espera por si.

O

que é que as Caraíbas têm de comum? Longas faixas de praia de areia branca, palmeiras, frutas exóticas, recifes de coral, cheio de peixes tropicais multicoloridos, e um mar turquesa. É difícil, se não impossível, não se surpreender com o magnífico espetáculo oferecido por estas pérolas acariciadas pelo oceano, locais onde impera o sol, o calor, a música e a dança, um dos mais belos e fascinantes destinos do mundo, uma explosão de cores e sensações que farão cada dia

parecer um novo paraíso alcançado. Uma receita perfeita para guardar momentos inesquecíveis. Pense nisso e vamos embarcar. O gigante sai de mansinho do Porto de Fort Lauderdade [ver caixa] rumo às Caraíbas Ocidentais. A primeira escala é o paraíso particular da Royal Caribbean, Labadee, no Haiti, situado entre montanhas espetaculares e vegetação exuberante. Belíssimas praias cercadas de muito verde e uma excelente estrutura criada pela companhia de cruzeiros nos aguardam. Todo o complexo fica

isolado, proporcionando aos turistas muita tranquilidade e segurança. Labadee apresenta uma série de opções de lazer, mas é preciso colocar a mão no bolso para desfruta-las. Uma das atividades mais procuradas é a tirolesa. Outras atividades que merecem destaque são: Dragon’s Tail Coaster – uma espécie de montanha russa, Dragon’s Splash Waterslide – escorrega com quase 300 metros de comprimento, caiaque, jet sky e parasail. O mercado de Labadee é bem rico, com varias opções de artesanato local. julho de 2016


rumar depois até Charlotte Amalie, em St.Thomas, ilha que conquista com sua história fascinante, artigos mundialmente renomados com desconto e algumas das melhores praias das Caraíbas. A chegada de navio no porto de Charlotte Amalie garante vistas deslumbrantes. É um destino conhecido internacionalmente pelos amantes de joias. A cidade está repleta de lojas que vendem as mais refinadas peças de cristal, diamante, esmeralda e demais pedras preciosas, além de outros artigos de luxo, como roupas, perfumes, relógios e bebidas sofisticadas, isentas de impostos. É também senhora de lindas praias daquele azul-turqueza, típico nas Caraíbas. Entre as melhores estão Magens Bay,Coki Beach, Lindquist e Emerald Beach. Conhecer St. Thomas foi realmente uma oportunidade única, já que dificilmente teria ido se não fosse o facto de o navio atracar neste porto. Não por falta de interesse, mas simplesmente por questões práticas. Aliás, esse é um dos

É hora de rumar a Falmouth, na Jamaica. Estamos no país melodioso do reggae de Bob Marley e na cidade onde nasceu o homem mais rápido do mundo, Usain Bolt. Faça-se às praias e às belezas naturais da atrevida Jamaica. Montego Bay e Ocho Rios são opções para descobrir matas, cascatas e as melhores praias caribenhas. Continuamos a deslizar pelas águas mansas. De longe já se vislumbra a Ilha de Cozumel. Paraíso para os mergulhadores, até Jacques Cousteau ficou encantado com a visibilidade, os maravilhosos recifes e uma fauna marinha espetacular. Agora vamos às praias! Cozumel oferece diversas praias maravilhosas espalhadas por toda a ilha. Dois parques merecem destaque. O parque Punta Sur é voltado para o ecoturismo, já o parque de Chankanaab é procurado por oferecer várias atrações num único lugar. A viagem termina no ponto de partida. É hora de desfrutar Fort Lauderdale na sua plenitude.

CARAÍBAS ORIENTAIS Se ficou com água na boca em relação ao primeiro itinerário do Harmony of the

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Seas, agora não vai querer perder o cruzeiro às Caraíbas Orientais. Saindo de Fort Lauderdale só veremos terra à chegada a Nassau, capital das Bahamas. Ela é tão linda, que o filme 007: Thunderball foi parcialmente filmado nesta cidade, em 1965! Os famosos piratas das Caraíbas também estavam na Bahamas, hoje imortalizados no Pirates Museum of Nassau. Se há um lugar bem agradável para relaxar e divertir-se, Paradise Island é o seu nome. Parada obrigatória para todo turista que desembarca nas Bahamas. Com praias lindíssimas, os melhores resorts, além de diversas opções de lazer como Casinos, Spas, parque aquático, shopping, restaurantes, campos de golfe, etc. É diversão garantida para qualquer idade! As praias das Bahamas são um "show" à parte. Poucos lugares do mundo conseguem entregar tamanha beleza às pessoas! Águas cristalinas e areia fininha para relaxar ou fazer desportos aquáticos como mergulho livre, mergulho com cilindro em recifes de corais, além de pesca em alto mar, caiaque, kitesurf e parasail. Pensou que o sonho terminou? Claro que não! Muita beleza ainda nos espera neste cruzeiro de 7 noites que vai

motivos pelos quais um cruzeiro é tão interessante: poder conhecer lugares que nunca sonhámos, de uma forma prática e confortável. Depois vamos navegar rumo à acolhedora Philipsburg, em St. Maarten mistura de ricas culturas com o charme do velho mundo. Uma ilha, dois “países”. Este é um dos destinos mais curiosos das Caraíbas: na parte de cima, St. Martin, território francês (capital Marigot) e na parte de baixo, St. Maarten, território holandês (capital Philipsburg). E reflete muito bem as personalidades destes países. Animação do lado holandês, sofisticação do lado francês. Não há impostos no lado holandês, o que atrai compradores de todo o mundo. Joias e bebidas são os principais destaques São tantas praias diferentes, que é difícil eleger as melhores. Maho Beach é uma das mais famosas do mundo. Agora só nos resta, lentamente, regressar a Fort Lauderdale.<

FORT LAUDERDALE: VENEZA AMERICANA À partida ou à chegada do cruzeiro, não deixe de visitar Fort Lauderdale, cidade norteamericana do Estado da Flórida, onde a vida acontece à beira mar. Menos conhecida que Miami e Orlando, a cidade é aconchegante com pouco mais de 165 mil habitantes. Reúne todas as boas características típicas do sul da Flórida, com clima excelente todo o ano, que pode ser aproveitado numa mesa de esplanada, no verde dos parques ou em qualquer uma das suas belas praias. É conhecida como a “Veneza do Norte” por ser cortada por um sistema de canais, rios e braços de mar, localizada bem no centro e ligado ao New River. A praia de Fort Lauderdale tem águas cristalinas, mar limpo e calmo e é cercada por palmeiras e gente bonita. Se quiser tomar uma bebida ou comer algo, é só atravessar a rua que vários bares e restaurantes estão à disposição. O rio é a atração principal do Riverwalk, um distrito central e histórico, que soube aproveitar o privilégio da sua localização. Tem também um parque – Riverwalk Park, onde durante o dia aproveita-se ali os dias de sol, ganhando à noite outros ares e cores com jovens interessados nos bares e festas concentrados em dois pontos: Las Olas Boulevard e Himmarshee Street. Las Olas Boulevard, que liga a praia ao centro, é também uma animada e divertida zona comercial com uma série de boutiques e lojas das mais chiques da Flórida, restaurantes e galerias de arte. Um passeio muito agradável que permite conhecer Fort Lauderdale e visitar os seus principais pontos de interesse é o water taxi. Passa pelos principais locais de Fort Lauderdale e Hollywood Beach, permitindo que os seus clientes saiam e voltem ao barco quantas vezes desejarem. Na praia, pode andar de barco, praticar windsurf ou jet ski, jogar voleibol, praticar snorkel, mergulhar em profundidade e várias outras atividades de lazer. Mas se o objetivo for descansar, estique a toalha e aprecie a linda paisagem do Atlântico, para imaginar os dias de sonho que o esperam num cruzeiro nas Caraíbas, ou recordar as pérolas acariciadas pelo oceano, obras-primas da Natureza moldadas por séculos de história que acabou de descobrir.

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