Jornal destinos de setembro - nº 30

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Ano 2

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Nº 30

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Mensal

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Setembro de 2016

VIAGENS DE

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OUTONO

Diretor : José Luís Elias

• DAKAR • PRAGA • SÃO VICENTE • PORTO DE GALINHAS

>GASTRONOMIA UMA VIAGEM PELOS SABORES DA MADEIRA

ENOTURISMO

NA ÉPOCA DA VINDIMA • ROTA HISTÓRICA DOS VINHOS DO ALENTEJO • ROTA DO VINHO DO PORTO • VINDIMAS A ARTE DE FAZER VINHO • MUSEU DO VINHO DE ALCOBAÇA

>FICAR

CERCA DESIGN HOUSE

RECANTO DE SONHO ÀS PORTAS DA SERRA DA ESTRELA

>LÁ FORA

OKTOBERFEST

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26/07/16 15:13

27/5/16

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> passageiro frequente

nota de abertura

Vamos ver o vinho Entramos em setembro, o verão começa a caminhar a passos largos para o fim e a esperança de quem gosta de calor é que ele se prolongue até novembro. Se tal não acontecer, restará esperar que, por um devaneio climático, o sol nos surja a reviver o verão em novembro, fazendo jus ao tradicional verão de São Martinho. Com setembro vem a época das vindimas. Portugal como país vinícola que só de alguns anos (poucos) a esta parte agrega este produto ao turismo, oferece hoje múltiplas possibilidades para os mais urbanos poderem, numa escapadinha, vivenciar o campo e uma das suas tarefas seculares: a apanha e, em alguns casos, a pisa das uvas com que irá ser produzido o néctar tão apreciado em praticamente todo o mundo e que, no caso do vinho português, é reconhecido pela sua excelência.

Viajar na fotografia Viajar não é só conhecer países, regiões, cidades ou sítios, uns mais bonitos que outros. Viajar também não pode ser apenas deslumbrar-se com paisagens naturais de fazer perder o fôlego, ou reviver a História e a cultura do património construído, muitos deles considerados bens da humanidade pela Unesco e espalhados pelo mundo. Viajar é sentir o pulsar das gentes e das suas tradições mais genuínas, traduzidas nas mais diversas artes.

Viajar à procura de atividades ligadas às vindimas, é cada vez mais fácil, não só porque existem mais opções mas também porque há várias rotas que ajudam os turistas. Hotéis rurais e quintas elaboram, e colocam no mercado, todo o tipo de experiências, desde as tradicionais provas de vinhos, a menus gastronómicos em que com cada prato é servido um vinho específico. Em cada vez mais quintas são organizados programas de vindimas, por isso damos algumas sugestões. Lá fora propomos quatro destinos para esta época do ano. A ideia foi escolher destinos que se pudessem ver e usufruir em dois ou três dias, como Praga, na República Checa ou São Vicente, em Cabo Verde, ou em alguns dias mais, como Dakar, no Senegal e Porto de Galinhas, no nordeste brasileiro onde nesta época do ano o verão já espreita, e onde oito dias podem saber a pouco. Na nossa rubrica agenda propomos o “Festival de Observação de Aves “ que se realiza em Sagres, localidade que é considerada um paraíso para esta prática, ao aliar esta atividade à beleza natural da região. Lá fora a proposta vai para a Oktoberfest que se realiza em Munique no mês de outubro, e onde à cerveja alemã reúne anualmente, durante cerca de 15 dias, milhares de pessoas de todo o mundo. Sugestões, nesta edição do destinos, deixamos muitas para além das que enumerei, tentando deixar boas ideias para quem ainda tem uns dias de descanso.

José Luís Elias

ficha técnica

Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa

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www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira)

Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca

setembro de 2016


> tema de capa

Dakar

viagens no outono

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Mesmo sem a efervescência do verão, o romantismo do inverno ou o colorido da primavera, o outono é uma das melhores épocas para se viajar para diversas partes do mundo. Na Europa o clima ameno, sem o calor escaldante do verão e muito menos as baixas temperaturas do inverno, é um convite para viajar. A nossa sugestão é Praga. No Brasil, mais precisamente no nordeste, todos os meses são bons para desfrutar do seu sol e maravilhosas praias. Neste caso não perca Porto de Galinhas e Olinda. A exótica África, que tem o Senegal e a sua capital Dakar como rainhas, e a ilha de São Vicente, em Cabo Verde, terra “onde Deus derramou a sua alegria”, são imperdíveis nesta época do ano.

São Vicente setembro de 2016

Praga

Porto de Galinhas 3


> tema de capa

Dakar

EXOTISMO AFRICANO Famosa pela sua lendária Teranga, que na língua local wolof significa hospitalidade, a capital do Senegal, Dakar, surpreende pelas suas cores vibrantes, uma grande quantidade de mercados ao ar livre, esplanadas, uma ampla gama de hotéis, comida deliciosa e animada vida noturna. Está a pouco mais de 3 horas de avião de Portugal e reúne todas as melhores características da África num só local.

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epleta de magia e exotismo africanos Dakar é uma das cidades que deve conhecer. A capital do Senegal tem atrativos suficientes para o convencer a ficar por lá nem que sejam alguns dias. É uma cidade cosmopolita, com ruas movimentadas e mercados coloridos. De dia pode sentir o mercado “pulsar” com toda a sua gente e vida. Ainda pode encontrar bares, restaurantes e muitos programas para se divertir durante a noite. Em Dakar o que vale mesmo a pena é deambular pela cidade e embrenhar-se nos seus diversos mercados (os mais conhecidos são o de Sandaga, HLM e Kermel), apreciar a sua arquitetura contemporânea, que se mistura com monumentos que contam a

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LÍNGUA OFICIAL Francês

Texto: Carolina Morgado

História do país, e passear pela Corniche que oferece belas vistas panorâmicas das falésias e do oceano, sem no entanto deixar de visitar o seu museu de arte africana Théodore Monod, a Catedral da Lembrança Africana e a Porta do Terceiro Milénio, a Grande Mesquita e o bairro histórico de Plateau. O que mais me chama a atenção, cada vez que visito aquela cidade é o Monumento da Renascença Africana, que mostra um casal carregando um bebé que aponta para o horizonte. Construído para ser símbolo de orgulho de todo um continente, o monumento gera controvérsia no Senegal desde a sua inauguração, em 2010 no aniversário dos 50 anos da independência do país da

África Ocidental da França. Localizado no bairro de Ouakam, próximo da costa de Dakar, a construção é imponente. Chama atenção de longe com os seus 49 metros de altura. Simboliza a força dos povos africanos que obtiveram a liberdade ante os europeus e serve como instrumento de orgulho e autoafirmação africana. Mas também gosto de me perder e regatear nos típicos mercados de rua, nas ruelas da Medina ou no Village des Arts, um complexo artístico contemporâneo onde mãos hábeis de artesãos compõem fabulosas peças ao vivo. A confusão é imensa e a única coisa necessária aqui é ter cuidado. De resto, divirta-se, até porque está numa cidade movimentada, uma capital cheia de vida.

MOEDA Franco CFA, que tem um câmbio fixo igual a 0,0015€. Muitas vezes, mesmo com vendedores de rua, o Euro também é aceite CLIMA Tropical com temperaturas entre os 18º e os 31º C durante todo o ano. Conta com duas estações, a seca e mais fresca de novembro a maio, e a da chuva mais húmida, de junho a outubro VISTO Não é preciso visto para cidadãos portugueses. É necessário passaporte setembro de 2016


COMO IR

Voos diretos da TAP

ONDE FICAR

Hotel Jardin Savana Dakar HHHH Petite Corniche Est Reservas ( +221) 33 849 42 42 Terrou-Bi Hotel HHHHH Boulevard Martin Luther King Telefone (+221) 33 839 90 39

ONDE COMER

Lagon1 Comida africana, francesa e frutos do mar Route de la Petite Corniche Est Telefone: (+221) 33 823 67 69 La Calebasse Comida típica africana Mamelles, Route des Almadies Telefone: (+221) 33 860 69 47

O QUE COMER

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Sendo o Senegal um país de pesca, o peixe e o marisco costumam ser excelentes e acabam por ter lugar de destaque

O QUE COMPRAR

situada numa costa de areias douradas, rodeada por coqueiros e um mar calmo protegido por uma baía. <

Os artigos mais populares são esculturas em madeira, máscaras de ébano, peças de couro e pele, tecidos coloridos, joias em ouro e prata

LIGADA AO MUNDO

AO Chegámos bem LIGADA a Paris ! Está bom tempo, beijinhos !

MUNDO

Chegámos bem a Paris !

Chegámos bem abeijinhos Paris ! aproveita Fantástico, e Está bom tempo, ! Está bom tempo, beijinhos ! meu à Tia ! dá um beijinho Fantástico, aproveita e

Dakar é ponto de partida para uma demorada visita à ilha de Gorée, património da Unesco desde 1978. A sua Casa de Escravos é uma passagem obrigatória para compreender a História dolorosa da ilha, que nos remete para o doloroso destino de milhões de escravos. Desde o início do século XVI até meados do século XIX, homens, mulheres e crianças foram mantidos trancados em celas neste pequeno pedaço de terra, antes de serem enviados para o Novo Mundo. Caminhando pelas ruas estreitas e floridas, podemos descobrir o Forte de Estrées, o Museu do Mar, o antigo Palácio do Governador e a Igreja Saint-Charlessetembro de 2016

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

PARTIR AO ENCONTRO DA HISTÓRIA E DO MAR

Borromée. A ilha está a apenas 20 minutos de barco da capital senegalesa. Se no dia anterior a ideia foi descobrir a histórica da ilha de Gorée, hoje vamos deslumbrar-nos com uma maravilha natural peculiar: O Lago Rosa, a 30 km a nordeste de Dakar, que ganha essa cor devido ao seu conteúdo de sal, algas e microorganismos, que pode até chegar a ser púrpura, dependendo da intensidade da luz solar. Faz lembrar um pouco o Mar Morto, em Israel, obviamente sem a cor rosa, mas a salinidade essa permite-nos boiar na superfície do lago. Agora chegou a hora do merecido bronze, relax e banhos de mar. Apenas a uma hora e meia a sul de Dakar encontra-se a estância balnear de Saly. Dezenas de hotéis e residências de luxo se estendem ao longo da praia, todos com excelente serviço. Um centro de pesca de profundidade, um centro de ciclismo e uma zona comercial são comuns aos hotéis. Saly Portudal é a meca do turismo no Senegal, que abriu portas em 1984. Está

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

Poderá parecer uma cidade caótica, mas quando se adaptar ao ritmo de vida em Dakar irá apreciar tanto esta cidade quanto as pessoas apaixonadas que ali vivem.

Aigle Azur - RCS Bobigny 309 755 387 - Shutterstock

Fantástico, aproveita e! dá um beijinho meu à Tia dá um beijinho meu à Tia !

FRANÇA

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LÍNGUA OFICIAL Checo

Praga

MOEDA Coroa checa – 1 Euro equivale a cerca de 27 Coroas checas DIFERENÇA HORÁRIA Mais uma hora que em Portugal Continental

CAPITAL DOURADA Visitar a capital da República Checa é uma viagem de cortar a respiração. A cada passo, cada esquina, cada praça, cada edifício é de uma beleza sui generis, que conferem a Praga uma aura mística de cidade de ouro. Aproveite os tons de fogo das folhas das árvores e o tempo ainda quente dos meses de outono para visitar esta cidade encantadora.

PASSAPORTE Não é necessário passaporte, bastando BI ou Cartão de Cidadão

Texto: Sofia Soares Carraca

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raga é uma das cidades mais românticas do Velho Continente. Nascida às margens do Rio Moldava, Vlatva em checo, apresenta influência romana, gótica, barroca, romântica e até cubista, tornando-se num museu a céu aberto. Basta passear pelas suas ruas e ruelas medievais para se deslumbrar com esta capital que se veste em tons dourados. Capital que é Património Mundial, pela UNESCO, desde 1992. A cidade divide-se em diferentes bairros, cada um deles com a sua magia especial. Hradcany é onde se encontra o espetacular Castelo de Praga, segundo o Guiness World Records o maior castelo do mundo. Foi casa de imperadores, reis, presidentes, e permanece sendo a sede do Governo checo e residência oficial do Chefe de Estado. O exuberante edifício encontra-se disposto à volta de três fantásticos pátios interiores, cada um dono de sua própria arquitetura,

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culturais da cidade. Lá dentro pode ouvir Mozart ou Dvórak na Sala Smetana, ou deliciar-se com a fina cozinha francesa do restaurante Francouzská. A Praça da Cidade Velha é como o ponto de encontro de Praga, uma espécie de epicentro da cidade. É uma das mais antigas e maiores praças da Europa, que se desenha entre um misto do antigo, com os majestosos edifícios e charretes de cavalos, e do moderno, com o rebuliço de bares e de gentes. É quase na saída da praça que se encontra o Orloj, o Relógio Astronómico de Praga. Entre sóis, luas, símbolos do zodíaco, outros astros, anjos e tanto mais, é preciso passar uns largos minutos a admirá-lo, em todo o ENCANTOS DA CIDADE VELHA seu simbolismo. De hora a hora é imperdível A Praça da Câmara Municipal é o local da o espetáculo dos Apóstolos que saem do fabulosa obra de Art Nouveau que é a Casa relógio, a marcar a passagem do tempo. Ainda na Praça da Cidade Velha é de Municipal, sede de diversas instalações refletindo as misturas arquitetónicas que se encontram ao longo da cidade. Ao lado do castelo, a Catedral de São Vito é também ela imponente em toda a sua grandeza, com imensos vitrais a “pintarem” os seus interiores de todas as cores. A ligação com Staré Mesto, ou Cidade Velha, na outra margem do Moldava, faz-se através de um dos grandes marcos de Praga, a Ponte Carlos. A ponte pedonal, de 1357, cresceu em engenharia medieval e encontrase emoldurada por estátuas barrocas. Com vista para o castelo e para a Cidade Velha, é da Ponte Carlos que confirmamos que Praga é bonita como um postal.

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São Vicente

CIDADE DE NOITES SEM FIM

destacar a Igreja de Nossa Senhora de Týn, e a joia do gótico, Igreja de Sv. Jakub. Uma vez que nos encontramos no epicentro da cidade é a partir daqui que nos devemos “perder” pelas suas ruelas. Ruas por onde passeou Mozart, grande amante da cidade. Ruas onde viveu Kafka longos anos da sua vida. Ruas onde, hoje, encontramos um cento de pequenas lojas de artesanato com as típicas matrioskas e marionetas de madeira. São estas ruelas que nos levam de Staré Mesto para Nové Mesto, a Cidade Nova. Aqui encontramos a Praça Venceslau, palco de importantes decisões políticas do país, que hoje é um dos seus pontos mais animados, com o Museu Nacional numa das suas pontas, com diversas exposições de ciências naturais, história, antropologia. É também de destacar que a República Checa é o berço das cervejas douradas, com a primeira a ser criada em Plzen, em 1842. Por isso agarre numa “loira”, deguste a comida tradicional, como o goulash (guisado com carne de vaca), burt (salsichas) e knedlo (almôndegas) e aproveite a vida boémia de Praga, onde a toda a hora ocorrem concertos de jazz, óperas, música clássica, bailados, peças de teatro. Deixe-se apaixonar pela dourada Praga. <

Cultura, história e tradição. Muita música, bom marisco e noites sem fim. É assim São Vicente, ilha de contrastes onde se respira uma atmosfera invulgar e muito própria, ilha que desenvolveu uma internacionalmente reconhecida capacidade artística, nomeadamente musical, ou não fosse a terra de Cesária Évora, mas também nas artes plásticas, literatura, teatro, dança e cinema, por isso é considerada a capital cultural de Cabo Verde. Texto: Carolina Morgado

CLIMA Tropical e ronda os 24º C de temperatura média VISTO Entrar em Cabo Verde exige um visto e um passaporte válido para um período mínimo de 6 meses

COMO IR

A TAP efetua voos diretos diários entre Lisboa e Praga, ao passo que a Czech Airlines oferece o mesmo serviço semanalmente, com partidas do Porto às terças e sábados e regresso às segundas e sextas-feiras.

ONDE FICAR

Hotel Paris Prague HHHHH U Obecniho domu, 1 Tel.: +420 222 195 195 | web: hotel-paris.cz Hotel Leonardo Prague HHHH Karoliny Svelé, 27 Tel.: +420 239 009 239 | web: hotelleonardo. cz Vienna House Easy Chopin Prague HHH Opletalova, 33 Tel.: +420 225 381 111 | web: viennahouse. com/en/easy-chopin-prague

ONDE COMER

Kavarna Slavia – Smetanovo Nabrezi, 1012/2 Restaurante histórico | especialidades locais Tel.: +420 224 218 493 | mail: info@cafeslavia. cz Strahov Monastic Brewery – Strahovské Nádvorí, 301 Cervejaria | perto do Castelo de Praga Tel.: +420 233 353 155 | mail: zuzana@ klasterni-pivovar.cz Nuance Restaurante – Malé Námestí, 138/4 Receitas tradicionais da boémia | gourmet Tel.: +420 224 247 400 | mail: trousil@ nuancerestaurant.cz setembro de 2016

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lguém já lhe chamou “aquele país”, os mais exagerados apelidam São Vicente de “aquele planeta”, e os lunáticos dizem que é “aquela galáxia”. Já ouvia essas expressões quando ainda muito jovem, comecei a visitar a ilha, dona de uma capital, a cidade de Mindelo, alegremente adornada por uma arquitetura colonial europeia e pelo cosmopolitismo que paira no ar. Uma cidade que nos acorda com o sol, com o suave bater das ondas e com o burburinho da promessa de mais um dia para guardar algures no coração e mais uma noite de alegria e muita animação. Uma particularidade que diferencia São Vicente de outras ilhas de Cabo Verde. Ela transforma-se completamente do dia para a noite. O dia é pacato e sereno. À noite, há luz, alegria e… música. Nas ruas, esplanadas e bares, a noite quente faz apetecer sensações e emoções. As pessoas movimentam-se com disponibilidade para o encanto. E tudo flui. Ouvem-se e entoam-se as mornas que falam da saudade, dançase o funaná e as coladeiras. Celebra-se e brinda-se até ser dia.

O ponto de encontro para a ronda de bares e discotecas é na Praça Nova de onde se parte para descobrir a riqueza e diversidade da música cabo-verdiana, trocando as voltas de uma paisagem árida e tranquila, pela energia e diversão das suas gentes. A tradição cultural da capital de S. Vicente ganha ainda mais expressão em dois períodos do ano: durante o festival de música da “Baía das Gatas”, a mais famosa manifestação cultural cabo-verdiana, e no Carnaval. A festa da passagem de ano tem,

igualmente, muita fama. São Vicente, o destino ideal para quem gosta de combinar diversão, praia e cultura. Deixe-se, pois, envolver numa experiência inesquecível e renda-se à alegria e à folia contagiante desta ilha.

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ENCANTO ARQUITETÓNICO

O centro, onde se ergue o Palácio do Governador, revela-nos o encanto arquitetónico de uma antiga cidade colonial,

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> tema de capa

Porto de Galinhas RAINHA DO LITORAL PERNAMBUCANO

Não há volta a dar, se esteve em Recife, a capital de Pernambuco, no nordeste brasileiro, e não rumou a Porto de Galinhas, foi o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa. Mas a situação pode piorar caso tenha estado em Recife, não tenha ido a Porto e não se tenha passeado por Olinda. Acredite: uma primeira incursão no estado de Pernambuco tem que incluir, obrigatoriamente, Recife e Olinda, para conhecer caminhando, e Porto de Galinhas para descansar e ser ponto de partida para conhecer outras praias e até o interior. Texto: Fernanda Ramos

por sinal bem preservada, a Câmara Municipal, a Pracinha da Igreja, berço da cidade, a partir da qual foram construídas as primeiras casas e traçadas as primeiras ruas, a Avenida Marginal com a réplica da Torre de Belém de Lisboa, a Praça Nova, peculiar local de encontro e convívio que anima a noite mindelense, o Fortim d`el Rei, construção mais antiga existente no Mindelo e com uma soberba vista panorâmica sobre a cidade e a baía, o Mercado Municipal onde, além das verduras, carne e peixe, é possível encontrar uma diversidade de comércio desde artesanato, música, artigos de beleza e roupa, o Mercado do Peixe, e a Alfândega Velha, hoje Centro Nacional de Artesanato, único local instituído como guardião dos riquíssimos testemunhos da arte cabo-verdiana, com destaque para obras

na pintura, na cerâmica, na cestaria e nos tecidos em batique e trabalhos em madeira, são os encantos do Mindelo. Saindo da cidade, a subida ao Monte Verde, o ponto mais elevado da ilha com 774 metros, proporciona uma vista deslumbrante sobre a ilha e as suas baías. Em frente à Baía do Mindelo, erguem-se, o ex-libris da ilha, o Monte Cara (pela sua semelhança com um perfil humano) e o Ilhéu dos Pássaros, que alberga o farol Dom Luiz I, inaugurado a 15 de Julho de 1882. Observar o Mindelo do seu cume é também uma visão privilegiada. Belíssimas praias e águas quentes e cristalinas bordam esta ilha, entre as quais destacamos a de “Laginha” (na cidade do Mindelo), São Pedro, Baía das Gatas, Praia Grande e Calhau. <

COMO IR

português

TAP (3 voos semanais) e TACV (1 voo semanal)

Kalimba Beach Bar Praia da Laginha

ONDE FICAR

O QUE COMER

passaporte

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Apart Hotel Avenida HHH Avenida 5 de Julho Telefone : (+238) 232 3435 Oasis Porto Grande HHHH Praça Amílcar Cabral Telefone: (+238) 232 3190 / 232 3191 Email: portogrande@oasisatlantico.com

ONDE COMER

O Cordel Restaurante & Lounge Telefone: (+238) 231 6402 Email: restaurante.lounge@gmail.com Caravela Mindelo (Restaurante e Discoteca) Avenida Marginal Telefone: (+ 238) 231 29 27 Chez Loutcha Rua de Coco Telefone: (+238) 232 1636

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MOEDA

Real (1€ - 3,60R$)

IDIOMA

São Vicente tem muitos pratos típicos, muitos deles tendo o marisco por base. Cachupa, arroz de cabidela de marisco, guisado de percebes, e bife de atum com arroz de favona, são algumas das especialidades da ilha.

BARES, PUBS E DISCOTECAS Marina Mindelo Floating Bar   Avenida Marginal Telefone: (+238) 230 0032 Jazzy Bird Bar Pub   Avenida Baltazar Lopes da Silva Telefone: (+238) 991 5755 Casa da Morna Rua da Praia de Bote Telefone: (+238) 987 6990 Discoteca Syrius Abaixo do Oásis Porto Grande

DOCUMENTOS FUSO HORÁRIO

- 4 horas (de -2 a -4h consoante época do ano)

CLIMA

Temperatura entre 27ºC e 30ºC todo o ano

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ndo de Portugal é em Recife que se aterra, no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre, e dali até Porto de Galinhas são hoje uns escassos 50Km, portanto, não há desculpa para que não conheça, de uma assentada, Recife, Olinda e Porto. Em Recife esqueça slogans como “a Veneza do nordeste brasileiro” e quejandos porque a cidade vale por si própria, pela sua paisagem rara, cortada por rios, canais, pontes às dezenas, muitas servindo de ligação entre os bairros, uns mais modernos, outros mais típicos, em todos eles existindo conjuntos arquitetónicos dignos de registo. Visite o Parque Dona Lindu, de Oscar Niemeyer, vá até ao Bairro Brasília Teimosa e ao Parque de Esculturas Francisco Brennand, dedicado à obra deste artista plástico. Rume ao Marco Zero e Recife Antigo, com as suas três ilhas (Recife, Sto. António e Boa Vista) e a ponte de Nassau. setembro de 2016


Demore-se por aqui, pelo património e porque é também centro de animação, dia e noite… Conheça a Casa da Cultura, uma antiga prisão que é centro de artesanato, e o Memorial do Frevo, dança pernambucana que desde 2012 é Património Imaterial da Humanidade. Percorra a Av. da Boa Viagem que segue a cidade sempre junto ao mar e à praia urbana, e entenda o porquê do nome da capital de Pernambuco. Olinda fica bem juntinho a Recife e na cidade que é Património da Humanidade há tudo para admirar em cada uma das suas ruas íngremes, subindo e descendo ladeiras, espreitando ateliers de artistas locais, tradicionalmente sempre de porta aberta. É das igrejas da Sé e da Misericórdia que se consegue uma das mais belas vistas sobre Recife e a própria Olinda. Mas em Olinda abra bem os olhos, atente em cada recanto e guarde no olhar uma beleza sem fim.

A MAGIA DE PORTO DE GALINHAS Depois das belezas urbanas vá descansar os olhos noutras mais naturais, rume até Porto de Galinhas, rainha das belíssimas praias do litoral sul de Pernambuco. O porto onde os escravos chegavam sob a designação de “galinhas” deu nome e imagem a esta estância turística de eleição, pejada de esculturas de galinhas e ovos pela criatividade impar dos seus artistas. Porto de Galinhas é local de descontração, quinta essência de um nordeste brasileiro feito de sol, praias com coqueiros e águas mornas, ora calmas ora agitadas, umas apelando a prolongados banhos de mar, outras convidando à prática de desportos náuticos como o surf. Somam-se recifes, corais e mangues, e as gentes, sempre simpáticas, simples e sem stress. Atrativo número um de Porto são as suas piscinas naturais, a escassos cinco minutos de jangada à partida da praia que banha a vila. Hoje, há limites no número de visitantes e na duração da visita (20 setembro de 2016

minutos) mas mesmo que seja necessário esperar, o espetáculo vale a pena. O que também merece a pena é percorrer a vila, preguiçar por ali, quiçá de olhos no mar, reter-se numa refeição deliciosa. Hoje, Porto é vila cosmopolita, repleta de restaurantes e lojas, bares e espaços de animação, tanto diurna como nocturna. Ponto de chegada, Porto é também ponto de partida para visitar praias e vilarejos ao redor. Colada a si está Muro Alto que ganhou o nome por via de ter um “muro” que, lentamente, a água do mar vai ultrapassando e criando uma piscina natural envolvente. Imprescindível é ir a Pontal de Maracaípe e observar outro ex-libris da região, a colónia de cavalos-marinhos que enche as piscinas naturais. Neste litoral sul, as praias sucedem-se: Camboa, Muro Alto, Cupe, Maracaípe, Pontal de Maracaípe, Serrambi (entrar nos mangues ou experimentar as sensações do 4x4 são as grandes atrações), Enseadinha, Cacimbas e Toquinho. Um pouco mais para sul, a incontornável Praia dos Carneiros, praia de cartão postal onde as palmeiras e os coqueiros são príncipes, o mar calmo, tépido e transparente é rei, e o silêncio ainda impera. Quer um cheirinho de interior? A escassos 9Km de Porto está o Engenho Canoas que produz artesanalmente, mel de engenho e rapadura (tipo de doce em barra que tem a cana-de-açúcar como matéria-prima) e mantém a sua Casa Grande e Sanzala. Ou entre por meio da mata atlântica para descobrir segredos bem guardados de inúmeras cascatas onde se pode sentir a força da água a cair sobre a pele ou nadar em “piscinas” escavadas em rocha. Disse-lhe no início que Porto é terra onde não entra o stress, o tempo ali corre lento, mas a verdade é que sempre escasseia. E é bom que assim seja, é sinal que a Porto sempre se volta para descobrir mais algumas das suas belezas. <

COMO IR Voos TAP

O QUE COMER

Comer e petiscar (o petisco por ali chama-se “tira-gosto”) é uma máxima em Porto e não faltam lugares para o fazer, dos mais populares aos mais requintados. Nos petiscos, macaxeira frita, casquinha de siri (caranguejo) e agulhinha frita (semelhante aos jaquinzinhos) são reis. À mesa não faltam peixes e frutos do mar, frango ou camarão ao catupiry, arroz com feijão, carne de sol, galinha de cabidela e tantos, tantos outros.

ONDE COMER:

Porto e arredores Beijupirá – R. Beijupirá Quadra 9 Mistura pratos frutos do mar e outros mais tradicionais com os sabores das frutas Cabidela da Natália – Porto do Sol, Praia do Cupe Comida caseira. A galinha de cabidela faz as honras da casa Domingos – Rua Beijupira S/N, Galeria Paraoby Cozinha internacional variada La Creperie – R Beijupira Crepes e saladas Munganga Bistrô – R. das Piscinas Naturais, 32 Espaço aconchegante e bem decorado, aqui impera a cozinha internacional, desde pratos de

peixe a paellas ou outros de sabores mais fortes. Peixe na Telha – Av. Beira Mar, 40 Praticamente em cima do mar, aqui a grande especialidade são os frutos dele, os mariscos. Restaurante do João – Av. Beira Mar, casa 01, Maracaípe Cozinha regional numa estrutura à beira mar onde não falta piscina Em Olinda Oficina do Sabor - Rua do Amparo, 335, Cidade Alta Considerado um dos melhores de Pernambuco. Oferece culinária pernambucana com criatividade e inovação. A decoração é um hino à arte popular pernambucana

ONDE DORMIR

Nannai, HHHHH - Resort de luxo (indicado casais) Praia de Muro Alto Enotel Acqua Club, HHHHH (indicado famílias) Praia Porto de Galinhas Hotel Armação do Porto de Galinhas, HHHH Praia de Porto de Galinhas Best Western Plus Vivá Porto de Galinhas, HHHH Praia de Porto de Galinhas Hotel Village Porto de Galinhas, HHHH Praia Porto de Galinhas

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> notícias

"Pronto" da Avis diminui as filas de espera

O "Pronto" é um software inovador que permite reduzir o tempo de espera até 21%, nos locais em que seja disponibilizado o serviço. A solução surge do compromisso da Avis em reduzir os atrasos nas viagens. Graças a esta inovação, a equipa da Avis consegue dar resposta aos clientes mesmo antes destes chegarem ao local do aluguer, reduzindo as filas e permitindo aos motoristas chegarem ao seu destino o mais rapidamente possível. O "Pronto" está disponível em mais de 60 locais em toda a Europa, incluindo aeroportos e estações de comboio. Fornece um suporte adicional de boas-vindas especialmente nas alturas de época alta. Para além da preocupação de simplificar o processo de recolha dos automóveis, a Avis está neste momento a introduzir novas tecnologias por toda a Europa de forma a diminuir o nível de stress em período de férias de verão. Por outro lado, a Avis reforçou também a sua oferta no Aeroporto de Londres Heathrow, em que um sistema informa os clientes que, sempre que o seu voo atrase, o lugar destes continuará disponível assim que chegarem ao aeroporto. <

Visa Europe atualiza app de viagens A Visa Europe lançou a nova versão da sua app “Travel Tools”, o companheiro de viagens móvel dos turistas em todo o mundo. A aplicação oferece acesso rápido e ferramentas e informações de viagem da Visa, incluindo a localização de ATMs, conversores de moeda, assistência em caso de roubo ou perda de cartões e dicas de consumo para viajantes. As novas funcionalidades incluem guias de países, que permitem aos turistas confirmar atempadamente o nível de aceitação de cartões no destino, apresentando também um painel que mostra a facilidade com que os utilizadores podem usar cartão Visa em estabelecimentos como hotéis, restaurantes, lojas e transportes. Assim, se o turista quiser saber se o táxi que vai apanhar ou o restaurante onde vai jantar em determinado país aceita pagamentos eletrónicos tem apenas de consultar a app. Durante os próximos meses, as pessoas que utilizarem a aplicação vão também ter acesso a várias ofertas e descontos em todo o mundo, providenciados por serviços de geolocalização. Os consumidores podem descarregar gratuitamente a app através da Apple App Store ou do Google Play. <

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TOMI já chegou a Lagoa A Câmara Municipal de Lagoa aderiu às novas tecnologias e instalou o equipamento TOMI pela cidade, um perto do edifício dos Paços do Concelho e outro junto ao mercado de Ferragudo, estando em vista a instalação de um terceiro no Carvoeiro. O TOMI é uma plataforma digital interativa, criada em Portugal e para quem vive e visita as cidades onde estes se encontram. Num critério de proximidade, apresenta as principais informações úteis de diversa ordem, tanto de âmbito local como regional.

Assim, os visitantes têm rápido acesso, com um simples toque de dedo, a notícias, mapa do concelho, pontos importantes de visita, acesso mais rápido à praia e à qualidade da restauração e vinhos de Lagoa, entre outras. Para além disto, os conteúdos acedidos no TOMI podem ser transferidos para os dispositivos móveis pessoais, para que assim se encontrem sempre “à mão”. As selfies podem também ser partilhadas por correio eletrónico no próprio TOMI, tendo como imagem de fundo os locais sugeridos. <

TAP disponibiliza cartões de embarque no Google Now

Táxi fluvial liga Gaia e Porto As ribeiras de Gaia e do Porto estão agora ligada, desde o início de setembro, por um serviço de táxi fluvial, com partidas a cada 15 minutos. O Douro River Taxi tem duas embarcações, as rebelas, a ligar as margens do Rio Douro em viagens com a duração de 3 a 4 minutos, com o preço de 3€ cada. Com as rabelas “Serra do Pilar” e “Casa do Infante” os turistas podem fazer uma travessia de 230 metros, sem ter de

recorrer ao tabuleiro inferior da Ponte Luiz I. Cada embarcação tem 15 metros de comprimento e pode transportar até 28 passageiros, que estarão sempre acompanhados de dois tripulantes. As travessias começam às 9h00 e terminam pelas 20h30. Do lado de Gaia o cais fica em frente ao Clube Fluvial Portuense e, na outra margem do rio, está localizado frente à Praça da Ribeira. <

A nova funcionalidade da TAP foi pensada para facilitar a vida aos utilizadores de dispositivos móveis Android. Os cartões de embarque da companhia aérea portuguesa estão agora acessíveis a partir do Google Now. De acordo com a TAP, uma das grandes vantagens para o cliente é a “disponibilização do cartão de embarque de forma automática, no momento mais conveniente da jornada, sem necessidade de aceder ao e-mail ou efetuar configurações adicionais”. O cartão de embarque surge como uma notificação no dia do voo, passando o passageiro a ter o cartão sempre “à mão” no seu telemóvel. O envio do cartão para o Google Now será feito através de uma conta de e-mail associada e compatível com esta aplicação. <

Santo Tirso já tem àrea de serviço para autocaravanas Os autocaravanistas já têm uma àrea de serviço disponível no concelho de Santo Tirso, localizada no Parque de Estacionamento do Pão de Açúcar. O serviço serve de apoio ao turista itinerante, permitindo dar resposta às necessidades dos autocaravanistas que visitam o concelho. Santo Tirso passa a ter as condições necessárias para a circulação, estacionamento ou paragem das autocaravanas. Torna-se, assim, num dos primeiros municípios portugueses a aderir ao “Welcome Friendly Place”, uma marca registada, destinada aos autocaravanistas nacionais e estrangeiros. O local conta com uma plataforma dotada das infraestruturas essenciais aos despejos do lava loiças, duche e WC químico, lavagens dos equipamentos e abastecimento de água potável. Foi também beneficiado o espaço envolvente, permitindo uma melhor integração da área de serviço, que conta com mobiliário necessário à sua utilização. < setembro de 2016

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> selo de garantia

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

ARBORISMO PARA TODOS NA FIGUEIRA DA FOZ

DESDE:

10€

PERCURSO FÁCIL

SÃO TOMÉ “COM ASSINATURA” Percorrer a ilha, ir ao Ilhéu das Rolas DESDE e ali colocar um pé de cada lado da P/ PESSOA linha do Equador. PENSÃO Visitar antigas COMPLETA roças de cacau e de café, “perder-se” entre a vegetação luxuriante, e SÃO TOMÉ degustar as delícias da cozinha santomense e as suas frutas, de comer e chorar por mais. Se fazer tudo isto é atrativo quanto baste para uma viagem a São Tomé, melhor será se esta for acompanhada por quem conhece bem o país, as suas belezas, a sua cultura e gastronomia. É isso que propõe o operador turístico Jade Travel: uma viagem de autor a São Tomé, acompanhada por João Carlos Silva, apresentador do programa “Na Roça com os Tachos”. O programa “As ilhas da Felicidade”, de 9 dias / 7 noites, decorre de 13 a 20 de novembro, inclui voos, estadia nos hotéis Miramar by Pestana e Pestana Equador Ilhéu das Rolas, de 4 estrelas, e circuito em pensão completa. Mais informações e itinerário em: www.jade.travel

1785€

AGROTURISMO NO DOURO No Lugar dos Cubos, Eira Queimada, em Tarouca, a 11Km de Lamego, a Quinta dos Padres Santos, Agroturismo & Spa é o que resta de uma propriedade duriense que, reza a História, ficou conhecida por este nome nos finais do séc. XIX por os seus proprietários darem pão aos pobres. DESDE: Hoje ali se alia a atividade agrícola, nos seus 3 hectares de QUARTO DUPLO pomar, ao património etnográfico C/ PEQUENOque tem o seu ex-libris em dois -ALMOÇO moinhos de água ou azenhas. É nestes e na casa da quinta, que se alojam os hóspedes, com todos os quartos, 5 duplos na casa e duas suites nas azenhas, os primeiros com nomes de árvores de frutos, QUINTA DOS PADRES SANTOS as segundas buscando nome à própria água, a proporcionarem todo o conforto. Acresce um pequeno Spa, piscina, solário e atelier, além de atividades como a monda e a apanha da fruta, passeios a cavalo, de bicicleta e jipe. Cozinha regional no restaurante e wi-fi gratuito nos quartos, somam-se às ofertas. Lugar dos Cubos, Eira Queimada - Gouviães | Tarouca (Douro) Reservas: 938 291 055

90€

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Contacto direto com a natureza, emoções fortes, diversão e pedagogia é o que se ganha com a prática do arborismo em parques credenciados e sob a vigilância de profissionais qualificados, como acontece no Parque Aventura, na Figueira da Foz. Percorrer trilhos aéreos de árvore em árvore, através de jogos e passagens, pode ser feito em percursos adaptados às capacidades de cada um, diferenciados pela dificuldade e pela altura a que os jogos estão instalados. No Parque Aventura, o arborismo é praticado em três níveis: Curioso (maiores de 4 anos e 1 metro de altura), Aventureiro (mais de 1,25m) e Destemido (1,40m de altura mínima). Os preços, para três horas de actividade, são de 10€, 14€ e 17€, respetivamente, e incluem seguro, formação prévia, equipamento de proteção individual e acompanhamento por monitores. Informações: lusoaventura.com | Telf. 915 536 555

FIGUEIRA DA FOZ

VISITAR O MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA Localizado na Rua São Bento da Vitória, no Porto, o Mosteiro foi edificado nos séculos XVII e XVIII e é um dos edifícios religiosos mais importantes da Invicta. Monumento nacional desde 1977, está agora parcialmente aberto a visitas guiadas, num percurso que abrange o magnífico Claustro Nobre, também conhecido como Claustro do Silêncio ou do Cemitério, a sala do antigo Tribunal Militar que já foi a biblioteca do Mosteiro e é agora sala de espetáculos, e o Centro de Documentação do Teatro Nacional de São João (entidade à qual foi em parte entregue o mosteiro), que ocupa o espaço onde outrora os monges desfrutavam de momentos de lazer. O espaço abre ao público de segunda a sexta-feira, às 12h00 e as entradas são gratuitas para crianças até aos 10 anos, desde que acompanhadas. Os adultos pagam 3€ ou 6€ em bilhete conjunto que permite também a visita ao Teatro Nacional de São João. Reservas: 22 340 19 56; 800108675; visitasgrupos@tnsj.pt

PREÇO:

3€

MSBV+TNSJ: 6,00€ P/ PESSOA

PORTO setembro de 2016


> por cá

Enoturismo NA ÉPOCA DA VINDIMA

O fruto que dá origem ao vinho é colhido durante os meses de setembro e outubro, numa tarefa em jeito de celebração, onde não faltam boa disposição e alegria, uma tradição portuguesa que, apesar de modernizada em alguns aspetos, ainda é o que era. Diversas quintas espalhadas por todo ao país promovem programas de enoturismo, apostadas nas vindimas, época mais gratificante do ano vinícola, dando aos visitantes a possibilidade de participar ativamente nas vindimas, colhendo ou pisando as uvas e ainda participar em provas de vinhos. O convite passa por perceber o trabalho que é feito nos bastidores da produção de um vinho para, no final, o beber melhor. Igualmente, os sabores quentes do final do verão estão bem presentes nas ementas das refeições que se apresentam durante estas divertidas lides abertas aos turistas, onde o vinho tem presença dominante, acompanhando ou regando pratos ou aromatizando sobremesas generosas. É oportunidade também de podermos embrenhar-nos em regiões, cidades e vilas com alma do vinho, nas diversas rotas disponíveis.

setembro de 2016

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> por cá

Rota Histórica dos Vinhos do Alentejo Setembro e outubro são meses privilegiados na cultura da vinha e do vinho. São dias de percorrer os campos e conhecer as aldeias, vilas e cidades que os acompanham. Em honra destes meses o Jornal destinos foi percorrer a fantástica Rota Histórica dos Vinhos do Alentejo, centrada em Évora e passando por Reguengos de Monsaraz, Redondo, Estremoz, Arraiolos e Montemor-o-Novo. Texto: Sofia Soares Carraca

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esta época em que começa a cheirar a outono, nada melhor que aproveitar um final de férias no interior de Portugal, com toda a tranquilidade que proporcionam as paisagens douradas do Alentejo. E porque não viajar com o vinho? Dar “uma mãozinha” aos néctares divinos que neste país nascem faz parte de experiências inesquecíveis entre vinhedos e uvas e a gastronomia rica que caracteriza a região. Rumo a sul, em direção à encantadora Évora. São várias as rotas dos vinhos traçadas no mapa de Portugal e Évora é o epicentro da Rota Histórica dos Vinhos

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do Alentejo, que se estende por planícies alentejanas, campos ondulantes com sobreiros e espelhos de água, por terras com longa tradição da cultura vitivinícola. No Alentejo Interior o tempo corre mais lentamente e os locais que visito prometem um apurar dos prazeres da vida, um despertar dos cinco sentidos, através da vinha e do vinho. Desde tempos romanos, e antes até, que o vinho é produzido no que é hoje o Alentejo. E local com enormes memórias deste tempo é Évora, eleita Património da Humanidade pela UNESCO. Na cidade não resisto a deambular pelas ruas, partir da Praça do Giraldo onde admiro a Sé Catedral, ir ao encontro do

Templo Romano e visitar a Igreja de São Francisco e a sua, sempre impressionante, Capela dos Ossos. É por estas ruas que encontro a Sala de Provas da Rota dos Vinhos do Alentejo, excelente ponto de partida para a minha demanda vínica. Aqui fiquei a conhecer alguns dos melhores vinhos do Alentejo, por muitos considerados os melhores de Portugal, e recebi todas as informações necessárias para seguir viagem na direção certa. E a direção certa é a da Adega Cartuxa – Quinta do Valbom. O enoturismo localiza-se no antigo refeitório da casa de repouso dos jesuítas que lecionavam na Universidade de Évora, nos séculos XVI e XVII. Hoje,

BORBA – FESTA DA VINHA E DO VINHO Parte integrante desta Rota Histórica dos Vinhos do Alentejo é Borba, com uma imensa tradição vitivinícola. Com as ruas a ostentar o branco do mármore e as muralhas do castelo a proteger a cidade, Borba é local pacato e digno de visita. Durante a segunda semana de novembro a cidade celebra a Festa da Vinha e do Vinho, com concertos, circuitos de tascas, espetáculos, passeios equestres, dança, palestras, cortejo etnográfico e muita animação.<

é centro de estágio para os vinhos produzidos pela Fundação Eugénio de Almeida, por onde me passeio numa visita guiada que culminou na prova de vinhos e azeites produzidos pela casa. A adega encontra-se paredes-meias com o Convento da Cartuxa, que a par com as badaladas do seu sino fazem parte da atmosfera bucólica da “cidade museu”.

DA CIDADE ROMANA À VILA MEDIEVAL Já com a barriga a “dar horas” parto para Reguengos de Monsaraz, em concreto para a Herdade do Esporão. É no Restaurante do Esporão que me delicio com um almoço enogastronómico. Uma combinação dos vinhos, azeites e vinagres da herdade com os mais genuínos e frescos produtos da região, que resulta em pratos de comer e chorar por mais. A Herdade do Esporão é um dos mais importantes produtores de vinho e dos mais antigos enoturismos de Portugal. Por isto, não podia deixar de me passear por entre as suas vinhas, conhecer a emblemática Torre do Esporão e admirar os recém-restaurados frescos da Capela da Nossa Senhora dos Remédios. Depois de descobrir a homenagem feita no rótulo do Monte Velho 2015, afamado vinho da Herdade do Esporão, às Mantas Alentejanas, dirijo-me à setembro de 2016


COMO IR

De Lisboa a Évora são cerca de 130Km, ou seja, perto de uma hora e meia de viagem. Apanhe a A2/IP7 e siga as indicações A6/A13/A15/Espanha/Évora/Santarém/ A1. Continue até A6/IP7 até à saída 5,onde deve convergir com a N114 em direção a Évora. O percurso com partida do Porto tem a duração de mais de três horas e meia, em cerca de 400Km. Deve apanhar a A1 em direção a Lisboa, até à saída 6 N114/ Santarém/A2/A6/A13. Siga pela IC10/ A13 em direção a Évora/Coruche/N118/ Almeirim/A2/A6. Continue até A6/IP7 até à saída 5.

ONDE FICAR

Évora: Vila Galé ÉvoraHHHH Avenida Túlio Espanca | Desde 110€ p/ duplo Tel.: 266 758 100 | web: vilagale.com/pt Estremoz: Pousada Castelo Estremoz Largo de D. Diniz | Desde 112€ p/ duplo Tel.: 268 332 075 | web: pousadas.pt Montemor-o-Novo: L’And Vineyards Hotel & Sky SuitesHHHHH Estrada Nacional 4, Herdade das Valadas | Desde 243€ p/ duplo Tel.: 266 242 400 | web: l-andvineyards. com/pt

Fábrica Alentejana de Lanifícios. Depois de algumas compras desta antiga arte têxtil, se bem que agora modernizada em belíssimas coleções, dedico-me a percorrer as ruas de Reguengos de Monsaraz. A história de Reguengos confunde-se com a de Monsaraz, que dista a 15Km. A vila medieval parece uma cidade de bonecas em toda a sua perfeição e serenidade. Descubro todos os seus recantos, visito a Igreja de Nossa Senhora da Lagoa e fico perfeitamente deslumbrada com a vista do seu castelo para a barragem do Alqueva. Não resisto a este imenso espelho de água. Desço a encosta, chego ao pequeno cais que dá para o lago e mergulho nas suas águas calmas e doces, que, para meu espanto, me deixam flutuar e aproveitar o sol quente dos finais de tarde alentejanos. Sigo para o Redondo, terra do barro e do vinho, onde visito o Museu do Vinho, que expõe instrumentos utilizados na arte do vinho, fotografias ilustrativas do trabalho vitivinícola, coleção de talhas de barro, pipas, garrafas. O Redondo é uma típica vila alentejana de casario branco que brilha à luz do sol. É também conhecido pela produção artesanal de bonitas peças de barro e por ser local de referência gastronómica da típica comida alentejana.

TERRAS DA SERRA DA OSSA Após uma noite de repouso na Pousada de Estremoz, integrada no antigo Paço Real, parto para as ruas dentro de muralhas da “Cidade Branca”, conhecida pelo seu mármore. Terminado o passeio retomo a minha viagem vínica, na Dona Maria Vinhos. A Quinta de Dona Maria é um edifício apalaçado de ricos interiores cobertos de azulejos e do dito “ouro branco”. Numa visita à quinta fico a conhecer a capela do século XVIII, os frondosos jardins e, logicamente, a sua rica adega, onde se encontram fantásticos lagares construídos em mármore. Visita setembro de 2016

terminada é hora da prova dos Dona Maria, acompanhada pelo delicioso pão e queijo da região. A Serra da Ossa é a elevação que se faz sentir por estas terras do Alentejo. A mais de 650 metros de altitude, no seu topo, encontra-se a vila medieval de Evoramonte, que continua a proteger os seus habitantes dentro das suas muralhas. Ao passar por estes lados alentejanos, Evoramonte é de passagem obrigatória. Passear por entre as casas caiadas a branco e debruadas com cores fortes, que transbordam história de outros tempos. Continuo para o Monte da Ravasqueira, típico monte alentejano de pouca elevação e dono de bonitas vinhas. Caminho por entre essas vinhas, visito a adega, fico a conhecer a linha de engarrafamento, as caves e o singular museu particular de atrelagens, presente no monte. Por fim, provo dos apetitosos vinhos que produz. A poucos minutos do Monte da Ravasqueira encontra-se a Vila de Arraiolos, terra de tapetes. Os tapetes, tal como o próprio nome da vila, derivam de influências árabes de tempos há muito idos. Diz-se que a fundação de Arraiolos remonta ao século II a.C.. Vou conhecer o Castelo de Arraiolos, o Convento de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja da Misericórdia. E vou, logicamente, reabastecer o stock de lindíssimos tapetes bordados em lã. Por fim, vou ao encontro do L’and Vineyards, a minha “casa” para o resto desta viagem. O L’and Vineyards é, segundo os mesmos e secundado por mim, “mais que um hotel”. Localizado em Montemor-o-Novo, o “terroir” típico que se desenha entre a paisagem dourada do Alentejo e a adega do resort permitem e convidam a celebrar a arte do vinho. Conhecer a vinha e locais dedicados a esta arte é atividade que reservo para o dia que se segue. Por agora vivo um outro tipo de viagem, uma viagem gastronómica pela cozinha do chef Miguel Laffan. Os, fantasticamente deliciosos, pratos

são uma reinterpretação da cozinha tradicional portuguesa, com ares de modernidade. Cada prato é devidamente harmonizado, para que a experiência se torne plena. Não bastando a satisfação proporcionada por tal refeição, continuo para o Spa Vinothérapie da Caudalie, um spa de tratamentos holísticos, rituais e curas baseados na vinha e na uva. O L’and Vineyards é a prova que não só de vinho se faz a cultura da vinha, e esta rota é a prova que o enoturismo muito vai para além de provas de vinhos e visitas a adegas. Uma viagem vínica é uma viagem que nos liga a novas terras, culturas, costumes e gastronomias, para além dos riquíssimos vinhos com que nos presenteiam. <

ONDE COMER

Reguengos de Monsaraz: Restaurante Esporão – Herdade do Esporão Comida molecular | inspiração na gastronomia tradicional Tel.: 266 509 280 | mail: reservas@ esporao.pt Redondo: O Chana do Bernardino – ER 381, Monte Virgem Gastronomia típica alentejana | ambiente familiar Tel.: 266 909 414 Montemor-o-Novo: L’And Vineyards – Estrada Nacional 4, Herdade das Valadas Cozinha do chef Miguel Laffan | gourmet de inspiração no tradicional Tel.: 266 242 400 | mail: reservas@l-and. com

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VINDIMAR NO ALENTEJO São várias as herdades e adegas que oferecem programas especiais em época de vindimas, de modo a incluir o visitante neste importante passo do fabrico do vinho. Se é seu desejo deixar uma marca na colheita de 2016 dos vinhos alentejanos, pode optar pelo programa da Adega Vila Santa, em

Estremoz. É um convívio que começa na vinha, passa na adega e termina à mesa, incluindo participação na vindima e na pisa a pé das uvas, aulas de como fazer o nosso próprio vinho, visita às caves, passeio pelas vinhas, almoço na adega com pratos tradicionais e prova de vinhos. <

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> por cá

Rota do Vinho do Porto PELAS QUINTAS DO BAIXO CORGO

A Região Vinhateira do Alto Douro estende-se por montanhas e vales frondosos às margens do Rio Douro, pontilhados com vinhas e quintas de enorme beleza. Num local tão marcado pela cultura vinhateira fui percorrer a subrota do Baixo Corgo, passando pelo Peso da Régua, Lamego, Pinhão, Sabrosa e Vila Real. Texto: Sofia Soares Carraca

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clima muda, os dias começam a ficar mais pequenos e as folhas das árvores a transmutar para as cores do fogo. Vireime para o norte do país em busca de serenidade e aconchego e encontrei cheiros, vistas e vivências que me deixaram de coração cheio. É o aliar da ruralidade ao espírito boémio, passeando por campos e provando vinhos, subindo rios e petiscando os mais deliciosos pitéus. Corria o ano de 1756 quando Marquês de Pombal fundou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com a função de delimitar a primeira região demarcada do mundo, registar as vinhas e classificar os vinhos de acordo com a sua qualidade. A incrível beleza e singularidade da região valeram-lhe o título de Património Mundial, pela UNESCO. Comecei pela capital da Região Demarcada do Douro, Peso da Régua. A importância histórica da cidade muito antecede a época de Marquês de Pombal. Aqui foram feitas as primeiras experiências de plantação de vinha em socalcos, que se alargou posteriormente a toda a região. Era também da Régua que partiam os barcos rabelos carregados de Vinho do Porto, em direção às caves de Vila Nova de Gaia. O início da minha visita dá-se no Museu do Douro, um museu do território e da comunidade, vocacionado a reunir e divulgar o património da região, objetos materiais e imateriais que representam

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a identidade, cultura, história e desenvolvimento do Douro. Ali bem perto encontra-se o Solar do Vinho do Porto, com exposições temáticas sobre este famoso vinho. Passando para a margem esquerda do Rio Douro vou ao encontro de Lamego parando, a caminho, na Quinta da Casa Amarela. A antiga casa senhorial é efetivamente uma mancha amarela entre o verde das vinhas, por onde me passeio. Provo os vinhos da quinta que pertence à mesma família há mais de 130 anos,

RIO NAVEGÁVEL A Rota do Vinho do Porto pode ser percorrida de carro, de comboio ou até de barco. Existem várias empresas a navegar o Rio Douro e a dar a conhecer a região de barco, sendo talvez a mais apetecível das opções a DouroAzul. A DouroAzul oferece extensos cruzeiros no rio, passando seis noites a bordo do elegante Spirit of Chartwell. Partindo do Porto o itinerário passa pela Régua, Lamego, Pinhão, Vila Nova de Foz Coa, Barca d’Alva, Salamanca e Guimarães. <

mas que se vai inovando com os tempos, oferecendo provas diferenciadas como a do Vinho do Porto com chocolate.

APURAR OS “SEIS SENTIDOS”

Já em Lamego passeio-me pelo rico património edificado da cidade, do impressionante Santuário de Nossa Senhora dos Remédios à Sé do século XII. A pernoita fez-se no Six Senses Douro Valley, uma casa senhorial do século XIX, perfeitamente renovada, com setembro de 2016


o Mateus Rosé que curiosamente não é aqui produzido tendo vindo somente buscar inspiração à perfeita arquitetura do solar apalaçado. O Mateus Rosé nasce ligeiramente mais a sul, na também visitável Quinta do Seixo, perto do Pinhão. De Vila Real parto para a Quinta da Gaivosa, pertença de Domingos Alves de Sousa, sempre pronto a acompanhar os curiosos nas suas visitas à quinta. A dimensão do terreno é impressionante com vistas arrebatadoras para diversos pontos da região demarcada. Tudo isto percorri de 4x4, conhecendo as diversas quintas da família, a Gaivosa, a Vale da Raposa, a das Caldas, a da Estação e a da Aveleira. Passeei por entre vinhas, olivais e mata com castanheiros, sobreiros, carvalhos e pinheiros. Assim terminou a minha aventura no cenário idílico do Douro, onde o rio ondula sempre acompanhando os campos cultivados, onde o verde parece mais intenso e as cores de outono transformam os grandiosos anfiteatros do vale do Douro em preciosos rubis. As fantásticas quintas do Douro estão sempre de portas abertas, prontas a nos receber e a brindar com alguns dos melhores vinhos de Portugal. <

COMO IR

vistas deslumbrantes para o rio. A minha primeira paragem no hotel é na Wine Library & Terrace, para “matar o bicho”. Este rendez-vous é uma biblioteca de vinhos que oferecendo também deliciosas tapas. É tempo de relaxar no Spa e passar no Alchemy Bar. Este último não é exatamente um bar, mas sim um local místico que lembra a sala de trabalhos de Giuseppe Baldini, no filme “O Perfume”. Frascos e frasquinhos com os mais distintos ingredientes revestem as suas paredes. Ingredientes que serão usados, sob o olhar atento de profissionais, para criar individuais e únicos esfoliantes de pele, máscaras de cabelo, batons hidratantes. Quando anoitece vou ao restaurante Vale Abraão, para provar os mais puros sabores tradicionais, com requintes inovadores tutelados pelo chef Ljubomir Stanisic. Depois de uma manhã relaxada no confortável hotel parto para a Quinta da Pacheca, que bem me recebe na sua adega, me mostra as vinhas e os processos de fabrico do vinho e, no final, me guia por uma deliciosa prova dos seus apaladados vinhos, que vão desde os tintos, ao Vinho do Porto, passando pelo Moscatel e outras tantas delícias. O almoço decorreu no DOC, em Armamar. O Degustar, Ousar e Comunicar do chef Rui Paula, que serve verdadeiras odes ao vinho e ao Vinho do Porto. Rui Paula privilegia todos os ingredientes de origem DOC e DOP, despertando setembro de 2016

sensações e reavivando memórias com as suas criações culinárias.

COMBOIO A VAPOR À BEIRA RIO Uma das atraentes particularidades desta rota é que pode ser percorrida tanto de carro, como de barco em todo o navegável Rio Douro, ou de comboio. Dito isto, encaminho-me para a Estação Ferroviária de Régua. “Olha o rebuçado!”, começo a ouvir. São as senhoras de bata branca que vêm com sacos de rebuçados confecionados à base de mel e Vinho do Porto. Não me atrevo a deixar o Peso da Régua sem um destes deliciosos saquinhos. Na estação apanho o Comboio Histórico do Douro, que me leva até ao Pinhão. É uma viagem pelo tempo, numa carismática locomotiva a vapor que percorre as estradas ondulantes que bordejam o rio. Se o Pesa da Régua a capital, o Pinhão é o coração da Região Demarcada do Douro. A sua estação de caminhos de ferro é conhecida pelos 24 fantásticos painéis de azulejos em tons de azul, que retratam as paisagens do Douro, as artes da vindima e do vinho. Do Pinhão subo até Sabrosa, terra de solares abrasonados de gente nobre de outros tempos. Terra de diferentes solos, com um norte essencialmente granítico e um sul onde predomina o cultivo da vinha. É em Sabrosa que se localiza a Quinta do Crasto. 70 hectares de vinha rodeiam a casa centenária com a sua piscina

infinita que parece cair sobre o Rio Douro, autoria do arquiteto Eduardo Souto de Moura. Os programas de enoturismo da Quinta do Crasto são desenhados à medida de cada uma, com a oportunidade de vindimar nos meses de setembro e outubro. Dediqueime a conhecer as vinhas, os lagares, as adegas, a cave de barricas e a provar os vinhos e azeites que aqui se produzem. Ainda em Sabrosa, direciono-me à Casa das Pipas da Quinta do Portal, onde me recolho na segunda noite de viagem. O hotel de charme tanto tem de informal, como de requintado, sendo, acima de tudo, confortável e acolhedor. A sua cozinha apresenta produtos e ingredientes tradicionais meticulosamente confecionados e cuidadosamente harmonizados, não fosse a Quinta do Portal uma grande produtora do néctar dos deuses. Ao longo do mês de setembro, a quinta vai equipar a rigor os seus hóspedes que desejem participar no corte da uva, dando-lhes a oportunidade de deixar a sua marca indelével na colheita deste ano.

ARQUITETURA INSPIRADORA Em Vila Real encontro a imponente Sé que cresceu em arquitetura gótica, a Igreja dos Clérigos, a casa do navegador Diogo Cão e a Casa de Mateus, de Nicolau Nasoni, que é hoje um museu. Casa de Mateus que é conhecida por ser imagem de um dos vinhos mais famosos do país,

Lisboa dista do Peso da Régua em cerca de 360Km, numa viagem de três horas e meia. Deve apanhar a A1 até sair para IP3 em Coimbra. Continue até A24/IP3 até à saída 11 para N2 em direção a S.ta M. Penaguião/Régua. A partir do Porto a Régua fica a pouco mais de uma hora de distância, num percurso de 117Km. Basta apanhar a A4 para Peso da Régua e sair na 11 para A24, onde deve seguir até à saída 11 para N2 em direção a S.ta M. Penaguião/Régua

ONDE FICAR

Lamego: Six Senses Douro Valley HHHHH Quinta do Vale Abraão, Samodães| Desde 400€ p/ duplo Tel.: 254 660 600 | web: sixsenses.com/ resort/douro-valley Lamego: The Wine House Hotel – Quinta da Pacheca HHHH Rua do Relógio do Sol, 261 | Desde 170€ p/ duplo Tel.: 254 331 229 | web: quintadapacheca.com Sabrosa: Casa das Pipas – Quinta do Portal Celeirós do Douro | Desde 120€ p/ duplo Tel.: 259 937 000 | web: quintadoportal. com

ONDE COMER

Lamego: Vale Abraão – Quinta do Vale Abraão, Samodães Chef Ljubomir Stanisic | inspiração na gastronomia tradicional Tel.: 254 660 600 | mail: reservationsdourovalley@sixsenses.com Armamar: DOC – Estrada Nacional 222 Chef Rui Paula | tradição culinária portuguesa Tel.: 254 858 123 | mail: doc@ruipaula. com Peso da Régua: Castas e Pratos – Avenida José Vasques Osório Comida gourmet | wine bar Tel.: 254 323 290 | mail: info@ castasepratos.com

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> por cá

Vindimas

A ARTE DE FAZER VINHO

A vindima é o período em que se realiza a apanha da uva, que depois de métodos tradicionais, como o pisa pé, ou outros mais modernos, se vai transformar em vinho, seja ele branco, tinto, espumante, verde. Neste período quintas, herdades e unidades hoteleiras abrem as suas portas a todos os interessados, aliando manhãs de vindimas, mais tarde recompensadas por provas de vinhos, a almoços divinamente harmonizados e outras atividades ligadas à cultura do vinho. Texto: Sofia Soares Carraca

QUINTA DA ALAMEDA

No dia 24 de setembro a Quinta da Alameda, na vila histórica de Santar, celebra a Festa das Vindimas, evento vínico da autoria do enólogo Carlos Lucas, da Magnum Vinhos. O programa tem início às 10h30 e promete-se bem recheado e festivo. Primeiro há a receção dos participantes, depois a vindima às 11h00. Às 12h00, uma paragem para a bucha e mais tarde um “vindima paper”, com respetiva entrega de prémios. No almoço, a decorrer às 14h30, vai ser servido porco no espeto e será animado por cânticos populares ao vivo. Às 18h00 ocorre a entrega das primeiras uvas, na Quinta Ribeiro Santo. A Quinta da Alameda é uma das propriedades mais conhecidas de Santar, vila do património vitivinícola da região do Dão. A sua mancha de vinha perfaz 15 hectares, que junta acarinhas das vinhas velhas ao plantio de novas castas.<

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TORRE DE PALMA WINE HOTEL O hotel alentejano de cinco estrelas oferece a oportunidade de aprender mais sobre vinhos. Quais as melhores uvas que irão fazer parte de uma garrafa de vinho? Como se faz a pisa da uva? Estas são questões às quais o Torre de Palma Wine Hotel, em Monforte, vai responder durante o mês de setembro. O dia começa com a visita à adega, zona de vinificação e cave de estágio, seguida da apanha da uva. Depois, o momento em que se aprende a selecionar as melhores uvas e de pôr os pés a trabalhar na pisa da uva, como no antigamente. Por fim, a prova de dois vinhos Torre de Palma, um branco e outro tinto. Esta estadia especial em época de vindimas inclui ainda almoço no restaurante Basilli e um jantar com menu de degustação. No entanto, as bebidas que acompanham estas refeições não estão incluídas, mas não se desiluda que levará para casa uma garrafa de vinho, como oferta.<

QUINTA DE SANTA CRISTINA Em Celorico de Basto, em plena Região Demarcada dos Vinhos Verdes, a Quinta de Santa Cristina convida a descobrir os segredos da vindima, nesta época de celebração do vinho. De 19 de setembro a 15 de outubro, os visitantes têm a oportunidade de experienciar um dia na vindima. Para começar, o café de boas vindas com degustação do espumante branco Quinta de Santa Cristina, acompanhado por biscoitos tradicionais. Após a entrega do kit de vindimas, há o passeio pelas vinhas e o início da atividade. Ao almoço há piquenique regional, junto à vinha, com iguarias típicas da região harmonizadas com vinhos da quinta. Na parte da tarde decorre a visita à adega, havendo ainda tempo para jogos tradicionais, tanto para crianças como para adultos. No dia em que ocorrer a vindima das castas tintas, os visitantes poderão ainda usufruir da experiência de pisar a pé as uvas, no tradicional lagar de granito. Ao fim da tarde há música tradicional a animar a prova de vinhos Quinta de Santa Cristina, Alvarinho e Loureiro-Alvarinho, acompanhada por queijo de ovelha.<

QUINTA DO PORTAL

O complexo enoturístico da Quinta do Portal é o local ideal para experiências sensoriais à volta do vinho. Em Sabrosa, no Alto Douro Vinhateiro Património Mundial, a quinta oferece a hipótese de alojamento na sua elegante Casa das Pipas. O programa é de 95€ e está disponível durante todo o mês de setembro. À noite o hóspede irá usufruir de um jantar gourmet no restaurante da quinta, com menu de assinatura pelo chef Milton Ferreira. Menu que pode contar com salada de polvo com coulis e espuma de pimentos, sopa da vindima, creme de abóbora com lascas de bacalhau confitado em azeite, borrego em crosta de ervas aromáticas, crocante de uvas frescas com zabaione de Vinho do Porto. Sabores acompanhados, logicamente, com os vinhos de referência da Quinta do Portal. Na manhã seguinte, os hóspedes são munidos do equipamento necessário para o corte da uva, passando de seguida à vindima, com gente especializada a monitorizar os trabalhos. O programa inclui uma visita à monumental obra arquitetónica de Siza Vieira, onde estagiam os néctares da quinta, terminando com um romântico passeio de barco pelo Douro.<

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VILA GALÉ CLUBE DE CAMPO

Aprender a vindimar, conhecer todo o processo até engarrafar o vinho, participar na pisa a pé no lagar ao som de rimas tradicionais alentejanas e ainda degustar da gastronomia tradicional da região é a proposta do Vila Galé Clube de Campo, perto de Beja. Até ao dia 14 de setembro, o pacote vindimas proporciona uma verdadeira experiência da arte de fazer vinho, em plena planície alentejana. A atividade foi desenhada para desfrutar em família ou entre amigos e inclui a vindima, prova de vinhos na Adega Santa Vitória e almoço tipicamente alentejano, com bebidas incluídas. O pacote de vindimas pode ainda englobar programa de alojamento, com pequenoalmoço incluído, no hotel de quatro estrelas. A unidade oferece um conceito único que alia o turismo rural, enoturismo e diferentes atividades ligadas ao ecoturismo.< setembro de 2016

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> por cá

Museu do Vinho de Alcobaça

HISTÓRIA DO VINHO CONTADA EM PORTUGUÊS Instalado numa antiga adega, o Museu do Vinho de Alcobaça conta a história do vinho no nosso país e do desenvolvimento da viticultura em Portugal. O seu importante acervo inclui mais de oito mil peças e retrata o que tem sido a cultura da vinha e a produção de vinho no nosso território desde o séc. XVII até à atualidade. Texto: Fernanda Ramos

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stá dito e redito, o vinho é um néctar dos deuses, verdadeira fonte de inspiração mas também de devaneios por vezes não tão inspiradores assim. As suas origens perdem-se no tempo, já foi néctar sagrado para os egípcios, foi cantado por Homero, apreciado pelos romanos e cultivado desde há muitos séculos. Há mesmo quem afirme que as primeiras vinhas foram plantadas no território hoje ocupado pela Península ibérica, trazidas pelos gregos. Não espanta por isso que Portugal seja país de vinhos, de muito bons vinhos, sejam tintos, brancos, doces ou espumosos, que se cultivam um pouco por todo o território. A história deste precioso néctar é antiga, também em Portugal, e aqui é também contada, como acontece no Museu Nacional do Vinho, em Alcobaça, região onde, segundo reza a História, os monges da ordem de Cister começaram a plantar vinhas e produzir vinhos nos idos do séc XIII. O Museu está instalado numa antiga adega mandada edificar, em 1874 por José Raposo de Magalhães, que a quis equipada por a mais moderna tecnologia à época disponível, no sentido de industrializar a produção de vinhos na região. Nascido em Alcobaça e desde sempre dedicado à agricultura, de José Raposo de Magalhães se diz ter sido o grande responsável pelo desenvolvimento da vitivinicultura local e, através disso,

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ter tornado a sua terra conhecida e reconhecida no que à produção de vinhos diz respeito. Qualidade dos materiais, condições de higiene e racionalidade dos espaços, marcaram a construção e a operação da antiga adega, onde surgiam já áreas separadas para os vinhos tintos e os brancos, algo que facilmente se entende durante a visita ao Museu onde se podem apreciar alfaias, ao tempo muito modernas, como um esmagador-desengaçador ou prensas móveis de cinchos, Bem patente está também a modernização de que a adega viria a ser alvo mais perto de nós, em 1948, quando o imóvel foi adquirido pela Junta Nacional do Vinho. Foi nesta altura que o espaço da adega foi transformado em depósitos industriais verticais de vinhos brancos e tintos, seguindo o modelo de Abel Pereira da Fonseca. Duas décadas depois, por via do encerramento de alguns dos armazéns da JMV, começa a ser recolhido, nas suas várias delegações espalhadas pelo país, diverso material vinícola. Foi desta recolha que começaram a surgir coleções de grande valor histórico e patrimonial que fazem deste Museu do Vinho de Alcobaça o mais completo do país na sua temática. Ao todo, o espólio do museu é composto por mais e 8.500 peças móveis, que contemplam áreas como a enologia, a etnologia, a tecnologia tradicional,

arqueologia industrial e as artes gráficas, plásticas e decorativas. Por aqui a História do Vinho é contada desde a plantação das vinhas até ao seu consumo, passando pelo armazenamento e distribuição, através de um acervo de grande valor não apenas histórico mas também científico, industrial e etnográfico que se estende desde o século XVII até, praticamente, aos nossos dias. O espaço conta com uma receção, loja, gabinete de museologia e centro de documentação, as adegas dos Balseiros, dos Depósitos e dos Toneis, e ainda uma taberna. Contactos Rua de Leiria S/N, Olival Fechado 2460-059 Alcobaça Telf.:00351 968 497 832 Email: museus@cm-alcobaca.pt www.facebook.com/ MuseudoVinhodeAlcobaca Horário fixo das visitas guiadas: Terça a domingo Manhã: 10h00, 11h00, 12h00 Tarde: 14h00, 15h00, 16h00 e 17h00 Entradas: Bilhete geral: 2,5€ Maiores de 65 anos: 1,80€ Crianças até aos 12 anos e manhã de domingo: grátis

GINJA DE ALCOBAÇA Verdadeiro ex-libris da região, a Ginja de Alcobaça é cada vez mais conhecida e apreciada. De produção local e fabrico artesanal, a história do fabrico deste néctar remonta aos Monges de Cister e é ao seu saber e às suas tradições que se fica a dever muito do que é hoje a Ginja de Alcobaça. Dizem, aliás, os entendidos, que é na região correspondente às antigas terras Cistercienses que nascem as ginjas de melhor qualidade, dado o clima temperado e ameno e a proximidade do mar. De aroma e sabor intenso, apresentando uma cor rubi e um toque aveludado, este néctar pode ser degustado a qualquer momento, mas adquire um gosto especial se servir de remate a uma boa refeição. Da sua qualidade não existem hoje dúvidas, em Portugal e na Europa, tanto que a Ginja de Alcobaça – tal como a sua “vizinha” de Óbidos – mereceu recentemente a certificação de “Indicação Geográfica Protegida” por parte da União Europeia. Um garante de que a sua qualidade permanecerá inalterada e de que a sua produção poderá agora desenvolver-se mais a partir do aumento dos pomares onde as ginjas – o pequeno fruto vermelho que parece uma cereja são plantadas.

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> ficar

Cerca Design House RECANTO DE SONHO ÀS PORTAS DA SERRA DA ESTRELA CERCA DESIGN HOUSE Largo da Praça, nº1, Chãos – Fundão Villas: Desde 105€/noite Quarto: Desde 80€/noite Telefones: +351 964 756 466 +351 275 759 060 Email:info@cercadesignhouse.com 10 quartos + 5 villas Outros serviços Bar & Lounge, pátio com esplanada, piscina, jacuzzi, serviço de quartos, mini bar, LCD, telefone, ar condicionado e cofre nos quartos, pequeno- almoço, berços, cama suplementar para crianças e jovens até 15 anos, aquecimento central e ar condicionado nas zonas comuns, biblioteca em caracol, áreas de descontração, LCD na sala de estar e estacionamento privativo.<

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A Cerca Design House abriu em março de 2015 após reabilitação de um antigo solar do século XVII. A unidade nasce da harmoniosa fusão entre o design contemporâneo e exclusivo com a sobriedade da pedra que remete para a época original, a dos morgados, que contrasta com o suave toque do burel e com as cores vibrantes de uma decoração pensada para o bem-estar do corpo e da mente. Em agosto aumentou a sua oferta com a abertura de cinco novas villas autónomas do edifício principal.

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Texto: Carolina Morgado

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nspire-se no silêncio e na calma que a beleza natural das serras da Estrela e da Gardunha têm para oferecer, respire o ar puro, desfrute da tranquilidade única da vida da aldeia e deixe-se embalar pelos mimos que a Cerca Design House lhe oferece. Conhecida como Casa da Cerca foi outrora a Casa dos Machados que pertenceu ao morgado de Chãos, tendo permanecido na família durante oito gerações. Foi herdada por José Trigueiros de Aragão Osório Martel que foi presidente da Câmara Municipal do Fundão e provedor da Santa Casa da Misericórdia. Atualmente transformada em turismo de charme, a Cerca Design House é o resultado do sonho de criar um refúgio elegante e contemporâneo onde pode relaxar no aconchego das serras da Estrela e da Gardunha. A casa dispõe de 10 quartos, divididos em três tipologias. Num conceito moderno e vanguardista os dois quartos Natura Superior são amplos, com uma cama de casal de 180x200cm e vidro do chão ao teto a dividir a WC do quarto. Depois há os Natura, um conjunto de sete quartos amplos e luminosos divididos entre o rés

do chão e o 1º andar, com uma parede em pedra que cria um ambiente único e requintado. Todos têm vista panorâmica sobre as duas serras que embalam a unidade. Situado na antiga capela da casa, a parede de pedra com janela secular típica da região em forma de flor conferem ao quarto Pedra Superior um

ambiente intimista e romântico. Um ano após ter aberto as suas portas ao público, a unidade localizada no Fundão está a crescer. A abertura de cinco novas villas permitem proporcionar uma oferta mais diferenciada e que vai ao encontro da necessidade de oferecer uma privacidade diferente a grupos ou famílias

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> ficar

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que procuram outro tipo de comodidades. As cinco villas são autónomas do edifício principal da Cerca Design House e estão totalmente equipadas. Para além da cozinha, para os hóspedes poderem preparar as suas próprias refeições, as villas dão acesso a um jardim privado com piscina comum. As casas têm

capacidade para acomodar 4 adultos com a hipótese, ainda a ser analisada, de poderem ser colocadas duas camas extra. O Bar & Lounge é o espaço apropriado para tomar o pequeno-almoço ou para uma pausa durante a tarde. Neste espaço pode ainda desfrutar da excelente gama de bebidas ou de um delicioso

ATMOSFERA SERENA E RELAXANTE Situada num vale formado por duas magníficas serras a Cerca Design House é o sítio perfeito para aproveitar a paz interior que só a natureza pode proporcionar. As frondosas árvores e os pomares que transformam a serra numa palete de cores, purificam o ar e o espírito criando uma atmosfera serena e relaxante onde se respira tranquilidade e calma. Percorrer os trilhos da Gardunha e da Estrela, conhecer as suas gentes e os seus costumes, sentir o pulsar da terra e perder-se na imensidão das suas paisagens, é uma experiência autêntica.

chá ao final da tarde. Aqui, apure os sentidos, sinta a natureza e aconcheguese à lareira em dias mais frios. O pátio com esplanada, é local ideal para se reconfortar com os primeiros raios de sol da primavera ou aproveitar a sombra refrescante dos dias de verão, enquanto se encanta com os sons da natureza. Entregue-se a alguns mimos exclusivos. As paredes de pedra e as vigas de madeira originais proporcionam ao jacuzzi um ambiente único, criando um refúgio onde pode relaxar e esquecer o bulício da cidade. A Cerca Design House quer contribuir para que possa respirar a serenidade que a serra tem para oferecer. Relaxe com uma massagem ou com um tratamento de beleza na privacidade do seu quarto. Com uma vista pitoresca das serras, a piscina oferece momentos refrescantes e agradáveis nos dias de verão.

EXPERIÊNCIAS ÚNICAS

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A unidade hoteleira aliou-se aos artesãos e produtores locais, municípios da zona e empresas especializadas da região para proporcionar aos seus hóspedes um conjunto de experiências únicas. A região onde se situa o hotel tem potencialidades ímpares. Começamos pelo concelho do Fundão que, com as suas numerosas ribeiras e afluentes dão vida a fantásticas praias fluviais e alimentam as grandes produções de cerejas, ginjas, pêssegos, azeite e vinho. É um concelho fértil em património natural e cultural o que faz com que esteja integrado na Rede Natura 2000, nas Aldeias do Xisto e nas Aldeias Históricas. Percorrer as suas aldeias e vilas, deleitar-se com a beleza natural, com o património histórico, com a cultura e com a gastronomia é viajar através dos sentidos.

Temos o Parque Natural da Serra da Estrela, a maior área protegida de Portugal e uma das melhores Reservas Biogenéticas da Europa, sendo o habitat de várias plantas endémicas. Conhecida pela neve que todos os invernos atrai milhares de praticantes de desportos de neve e entusiastas da diversão à única estância de ski do país, a serra possui muitos outros atrativos como a variedade de fauna e flora. Vale a pena também explorar a Paisagem Protegida da Serra da Gardunha, está integrada no Geopark Naturtejo. As encostas da serra, povoadas por matas de pinheiros e carvalhos e por extensos pomares de cerejeira oferecem um festival de cores ao longo do ano. A Serra da Gardunha oferece a quem a visita uma magnífica vista panorâmica para os atrativos da Cova da Beira, os pomares de fruta, os rebanhos que percorrem as serras e os pastos, a vasta diversidade de fauna e flora e as gentes beirãs que desfrutam de uma vida saudável. Ao passear por esta serra encontram-se atrativos especiais que a transformam em única, como as suas grandes e peculiares formações rochosas, as aves que aí nidificam e as nascentes de água cristalina. E para os que procuram descobrir o passado, poderão testemunhar a presença humana na região confirmada pela existência de 26 sítios arqueológicos que poderão ser explorados pelos visitantes. Mas também tem toda a Beira Interior para explorar, que devido ao seu papel na história possui um património importante que cativa quem a visita. Os castelos e fortalezas, as paisagens campestres, as aldeias históricas e as tradições enraizadas nas suas gentes fazem desta região um destino turístico por excelência. < setembro de 2016


> gastronomia

COMER NA MINHA TERRA

Uma viagem pelos sabores da Madeira A começar no bolo do caco e a terminar no bolo de mel, e não se confunda, o primeiro é pão, a gastronomia madeirense esconde delícias incríveis. Há pratos incontornáveis, doces singulares, frutos tropicais e não nos podemos esquecer do imprescindível “dentinho”. Venha daí conhecer os sabores da minha terra.

Texto: Sofia Soares Carraca

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ão interprete como regionalismo quando afirmo que a gastronomia madeirense é das melhores que por esse mundo existe. Todas as regiões de Portugal primam por mimos gastronómicos característicos, e a Madeira não é exceção. A imensa ligação da ilha ao mar e ao mesmo tempo ao campo fornece ementas abastadas que tanto primam pelo peixe, quanto pela carne, sem nunca esquecer os vegetais e as frutas. Como seria de esperar, cada “canto” da ilha tem traços especiais e pratos identificativos. Vou, então, apresentar um resumo geral dos magníficos pitéus que consegue encontrar por toda a Ilha da Madeira. Comecemos pelo princípio. Nem todas as idas ao restaurante se fazem de almoços ou jantares. Muitas vezes é só um “matabicho” a meio da tarde, uma bebidinha para refrescar a vida. Na Madeira, nenhuma bebida é servida a solo, vindo sempre acompanhada do “dentinho”. O dentinho, num bom restaurante tradicional é onde se consegue encontrar a mais pura gastronomia regional. É também conhecido como “pires”, devido ao

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recipiente onde é servido. Desde os tremoços ou amendoins, a moelas, asinhas de frango, ovas de espada e tanto mais, tudo serve para acompanhar, por exemplo, uma poncha regional.

FELICIDADE À VOLTA DA MESA Para iniciar a refeição nunca falta numa mesa madeirense um bom bolo do caco barrado com manteiga de alho. O pão de trigo redondo e achatado tem origem no Porto Santo, onde ainda se encontram os seus melhores exemplares, mais altos e fofos do que os normalmente servidos na Ilha da Madeira. Passando da entrada à refeição, o bolo do caco é o pão de eleição para envolver um suculento prego. Numa mania madeirense de chamar o pão de bolo, outro pão que não deve deixar de comer é o bolo de noiva de Santana. Antigamente servido em casamentos, como agradecimento dos noivos aos convidados presentes, o bolo de noiva é um pão doce aromatizado com erva-doce, que lhe atribui um sabor sui generis. Voltemos às entradas. Na Madeira, é obrigatório provar uma dose de lapas

grelhadas. Os moluscos que se “alapam” aos rochedos da costa são servidos numa frigideira de ferro, regados com alho, limão e manteiga. Aproveite o bolo do caco para mergulhar no molho que sobra na frigideira. Na ilha a tradição da sopa vem, geralmente, do campo, tornando as sopas numa só refeição. Uma das mais tradicionais da Madeira é sopa de tomate com cebola, um prato forte, ideal para os dias frios de inverno, servido com um ovo escalfado e bocados de pão torrados. Por outro lado, a açorda madeirense pode parecer um prato desconsolado, depois das deliciosas açordas a que o Continente nos vem habituando, mas garanto que não o é. Ao pão junta-se alho, ramos de segurelha e orégãos, manteiga, azeite e dois ovos crus, que depois de irem à panela com água até “enxugar”, se tornam um delicioso repasto.

OS PEIXES DA ILHA Com todo o acesso ao mar de que disponibiliza é natural que a gastronomia madeirense seja rica em peixe. Imprescindível é o atum, largamente

apreciado na ilha e confecionado de diversas formas, sendo a mais conhecida o bife de atum e o atum de escabeche. O bife de atum é preparado com alho, vinagre e vinho branco e servido com milho. Com “milho” quero dizer as tradicionais papas de milho. A farinha de milho branca é cozida com pequenas tiras de couve, dando origem a um dos mais tradicionais acompanhamentos da região. Do milho cozido faz-se o milho frito, deliciosos cubos que tudo acompanham. Digamos, uma versão madeirense da batata frita. Não posso falar de peixe na Madeira sem referir o peixe de espada preto, tão querido na ilha. Existem, também, diversas maneiras de confecionar este peixe, sendo a mais comumente encontrada nos restaurantes da ilha o filete de espada frito. O filete de espada é servido com banana da Madeira frita e molho de maracujá, numa deliciosa mistura

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> gastronomia

AS FRUTAS DO MERCADO Qualquer turista que visite a Madeira tem paragem marcada no Mercado dos Lavradores, no Funchal. O mercado mais conhecido da Madeira é tão rico em aromas quanto em cores. As frutas do mercado são de uma riqueza impressionante. A nossa ilha é quase tropical, mais perto de África que de Portugal, e tal é visível na panóplia de frutas que lá crescem. Todos conhecem a banana da Madeira, não sabem talvez é que a ilha tem várias espécies de banana, como a banana de prata, mais pequena, rechonchuda e doca, a bananaananás, e, a minha favorita, a banana-maracujá – o exterior assemelha uma banana, o interior um maracujá, o sabor é divino. Os maracujás também os há de todos os sabores, os tradicionais, o maracujá-melão, maracujá-limão e o tipicamente madeirense maracujá-tomate, mais conhecido como tomate-inglês. O mercado não descura também na pitanga, anona, pêra-abacate, manga, tabaibo – no Continente conhecido como figo-da-Índia, é o sumarento e doce fruto de uma espécie de cato.

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agridoce. Não pode também deixar de provar as apetitosas ovas de espada fritas. Da longa tradição pesqueira da ilha temos ainda as pequenas castanhetas. O tacanho peixe aparece na mesa frito e acompanhado por batata cozida com casca, ou, à boa maneira madeirense, “semilha” cozida. Não esquecer o gaiado seco ao sol. O gaiado é uma espécie de atum de tamanho pequeno, muito apreciado pelos madeirenses e geralmente servido como “dentinho”. A Madeira também tem marisco, em específico o cavaco. Semelhante à lagosta embora mais adocicado, encontramos o cavaco nos restaurantes do Caniçal.

MARAVILHAS DO LOURO E DO ALHO A espetada madeirense é o nosso saboroso ex libris, de prova obrigatória. A espetada faz-se com cubos da mais tenra e suculenta carne de vaca que é “espetada” num pau de loureiro, mais conhecido como pau de louro, e posta sobre a brasa. Quando o espeto é

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colocado na mesa, de forma vertical, é aplicado um cubo de manteiga de alho no seu topo que vai escorrendo para cima dos cubos de carne. A espetada madeirense é o pitéu mais encontrado em todas as festas e romarias

da ilha. A Madeira é uma ilha festeira, pelo que todos os seus concelhos e freguesias apresentam festas específicas, com principal incidência nos arraiais de verão. Nestes arraiais não falta também o bolo do caco com manteiga de alho, o pão com chouriço – bolo do caco recheado com tiras de chouriço – e as massarocas cozidas barradas, claro, com manteiga de alho. Por esta altura deve já ter percebido que o alho é o condimento predileto na gastronomia madeirense, e bom madeirense diz que a base da cozinha é a banha de porco. A junção destas duas verdades é a carne de vinho e alhos, ou vinha d’alhos. Este é um prato típico da época de Natal, mas pode ser encontrado ao longo do ano em versão “dentinho” e como recheio de belas sandes. A carne de vinha d’alhos é temperada e envolta em banha de porco e deixada a repousar por mais de 10 dias, após a qual é frita nessa mesma banha, desfazendo-se na boca em perfeito deleite. Outro incontornável prato de carne é o picado regional. O picado é uma espécie de pica-pau em que substitui o vinho de mesa por Vinho Madeira, deixando a iguaria ainda mais apaladada. A carne é servida em grandes travessas, rodeada de batata frita, de onde todos vamos “picando”. Um único prato e muitos garfos, é esse o espírito do “picanço” na Madeira. Não poderia, de forma alguma, terminar esta parte do texto sem referir alguns dos acompanhamentos com que sempre pode contar nas ilhas. A batata-doce da Madeira, de cor esverdeada por dentro ao invés do habitual dourado do Continente, é assada e quase tão utilizada quanto a “semilha”. É também muito comum o puré de batata e nos pratos da ilha reinam os legumes cozidos ao invés das saladas. Ele é aboborinha, feijão-verde, pimpinela – no Continente conhecida como chuchu.

PARA ADOÇAR A BOCA Na secção de doces e sobremesas a lista é extensa. O mais famoso será o bolo de mel. Um bolo rico e confeccionado à base do mel de cana típico da ilha, que em tempos foi um dos maiores exportadores mundiais de cana-de-açúcar. É geralmente feito no Natal, aguentando sem qualquer estrago ao longo de todo o ano. É partido com as mãos – nada de facas no bolo de mel! – e perfeito para acompanhar um bom copo de Vinho Madeira. Na lista de sobremesas dos restaurantes não falta nunca um doce e fresco pudim de maracujá, fruto que abunda na ilha. Não esquecer as deliciosas queijadas da Madeira e as broas. Da tradição gastronómica madeirense abundam broas, feitas com todos e mais alguns ingredientes. As mais famosas são as broas de mel, obviamente mel de cana, mas muitas outras existem prontas a serem provadas. Quando o final do manjar pede um digestivo, a Madeira não desilude. O Vinho Madeira dispensa introduções e nas suas diversas variedades, do doce ao seco, é ideal para harmonizar qualquer momento. Licores existem também com abundância, como o Tintantum com gostinho a Vinho Madeira, baunilha, canela e chá preto, e o licor de ginja.

Não esquecer a aguardente de cana, a base das famosas ponchas madeirenses. A poncha mais tradicional é a regional, a primeira a ser criada. É feita com aguardente de cana, sumo de limão e mel de abelha em fartura. Uma bebida que “escorrega” bem, principalmente nos picos altos da ilha. Muito conhecidas são também as suas variantes de fruta, a poncha de maracujá e a poncha de tangerina sendo as mais típicas, encontrando-se hoje poncha de tudo, de kiwi, tomate-inglês, pitanga, hortelã, morango, amora. Vai uma “ponchinha”? Se associo o verdejante vale da Serra de Água à poncha, quando penso em Câmara de Lobos lembro-me prontamente da nikita. A nikita tem ares de bebida tropical. Na base de uma caneca de cerveja coloca-se uma ou duas rodelas de ananás, junta-se uma bola de gelado de baunilha, cerveja e mistura-se bem até adquirir a consistência aveludada que a torna tão apetecível. Falando em cerveja, é essencial fazer uma nota à cerveja da ilha, a nossa Coral. É de lembrar que na Madeira um panaché é um shandy e, ainda mais importante, que a Empresa de Cervejas da Madeira produz também deliciosas bebidas gaseificadas. Já ouviu falar em Brisa? Na Madeira a Brisa é o refrigerante de todos os dias, sendo a de maracujá a mais conhecida, mas existindo também a de maçã e limonada – digam o que disserem é, para mim, uma versão melhorada da Sprite ou 7-Up –, sem esquecer a Laranjada, uma espécie de xarope com sabor a laranja, absolutamente divinal. Como vê, a gastronomia da Madeira é rica e bem apetitosa. Das entradas às sobremesas as ilhas têm tudo para oferecer, fora os pitéus que ficaram fora deste texto, por ordem do espaço. Comece com umas “lapeinhas”, continue para um “picadeinho” com “bolinho do caque” a acompanhar, emparelhe tudo isto com uma Coral fresquinha e termine com um pudim de maracujá. As combinações são infinitas e todas elas deliciosas. Bom apetite! < setembro de 2016


por: José Luís Elias

FIM DE TARDE EM LISBOA Uma ampla esplanada que coloca o Tejo e a baixa pombalina literalmente a meus pés, fazendo paredes meias com o Castelo de São Jorge, é o local ideal para um fim de tarde neste final de verão que está ainda bem quentinho em Lisboa. A escolha da esplanada do Restaurante Zambeze para uma conversa com amigos mostrou-se acertada. Pouco depois de admirar a soberba vista sobre o rio e, claro, após a inevitável foto que mostra o casario da Lisboa antiga até ao rio, já estava em amena cavaqueira, honrando os amigos e o Tejo com uma bem produzida caipirinha. Bebida para homenagear este rio encantador, a caipinhinha assumese também ela como escolha acertada para o brinde, ou não tivesse sido perto daqui que saíram as naus que atravessaram o Atlântico!!!! Calçada Marquês de Tancos

PRECIOSO PARAÍSO

BELMONTE

A Ilha do Príncipe, no arquipélago de São Tomé e Príncipe, é uma joia rara e o Bom Bom Resort digno dela. No seu conjunto, a ilha e o resort fazem este pequeno pedaço de terra parecer mágico. Aqui senti que estava a passar uns dias “em estado puro”, até pela ausência de ruídos que são substituídos por sons apenas naturais: o barulho do mar ou de alguma coisa caída das árvores. A agitação é inexistente num local em que a natureza é rainha. Passar uns dias em lugares paradisíacos não é novidade para mim, mas este pedaço de “chão” tem alguma coisa de especial, sejam os cuidados ambientais colocados pelo resort, ou a comodidade do alojamento e a qualidade dos serviços do hotel, cinco estrelas bem reais, a que se aliam as refeições, um hino à boa cozinha, onde os bons produtos combinados com a imaginação resultam em pratos únicos. A ilha caracteriza-se pela qualidade de vida que lhe é dada por uma natureza preservada, pelo que a desova das tartarugas e a recuperação das roças de cacau são aspetos a ter em conta numa visita prolongada. Ir ao Príncipe e não visitar São Tomé é situação que não aconselho até porque esta ilha é a porta de entrada dos voos internacionais. Por isso vá a uma agência de viagens, escolha passar três ou quatro dias no Príncipe e os outros na capital. Hoje existem vários voos (TAP e euroAtlantic) por semana entre Lisboa e São Tomé.

Dois museus que vale a pena visitar: no Museu do Azeite fiquei a saber tudo sobre este néctar do nosso dia a dia e pude apreciar a exposição de maquinaria do século XIX, referente à transformação da azeitona. A não perder é uma visita ao museu judaico, que retrata a História dos Judeus no nosso país e o seu valioso contributo ao nível da cultura, da arte, da literatura e do comércio. Museu do Azeite - De 3ª feira a domingo. Inverno (de 15 de setembro a 31 de março): das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30 Museu Judaico – Horário de inverno (15 de setembro a 14 de abril): todos os dias excepto segundas-feiras, das 9h00 às 12h30m e das 14h00m às 17h30m

Edifício EMEL - Mercado Chão do Loureiro

TORRE DOS CLÉRIGOS E AINDA

RESTAURANTE CLARO

CHOCOLATE NO MERCADO Ir a Cascais tem um gosto redobrado desde que no Mercado da Vila existe a SiopaChocolatier. Bombons raros de fabrico 100% artesanal que são de “comer e chorar por mais”, uns com ligações ao vinho, outros ao azeite ou ao queijo Roquefort. Experimentei, e recomendo, os de Trufa Negra, texturas que misturadas com o chocolate Callebeut e 70% de cacau de São Tomé fazem as delícias de um paladar exigente. No outono e inverno o chocolate quente Siopa é especialidade garantida, que acompanha bem com o Bolo Siopa com 70% cacau, uma receita exclusiva do Chefe Francisco.

Bem agradável, com interessante decoração e boa iluminação, com uma comida de grande referência que se faz acompanhar de uma boa garrafeira, este restaurante de custo médio de 40€ por pessoa, vale a pena num momento especial. Recomendo o consommé de lavagante, o bacalhau à Conde da Guarda, que é de facto uma experiência gastronómica e um clássico, e o pato com laranja que acompanha com um grande molho.

Rua de S. Filipe de Nery (perto da Avenida dos Aliados)

Av. Marginal, Curva dos Pinheiros,

Todos os dias das 9h00 às 19h00 exceto alguns feriados

Paço d’Arcos

www.torredosclerigos.pt

Web: restauranteclaro.com Das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às

ChocolatierSiopa

22h00

Mercado da Vila de Cascais

Fecha segunda e terça

setembro de 2016

Numa recente visita à cidade do Porto não resisti a ir à Torre dos Clérigos. A obra barroca, construída na primeira metade do século XVIII, é agora, para além de um monumento emblemático da cidade, um dos locais que melhor vista proporciona sobre a Invicta. Para usufruir da panorâmica já não é preciso subir os 240 degraus que nos levam ao cimo da Torre, já que no quarto piso foi criado um espaço (sala A+), onde foram colocados ecrãs a partir dos quais se pode desfrutar da vista panorâmica que se obtém no topo da torre. As imagens que passam nos ecrãs são em tempo real, captadas por quatro câmaras orientadas para os pontos cardeais, uma que permite um plano picado e, por fim, outra que prolonga o olhar do utilizador pelo céu. Esta é uma experiência que satisfaz plenamente os turistas, no entanto os mais afoitos podem seguir o método tradicional e subir ao topo da Torre. Com esta iniciativa a Torre dos Clérigos voltou a ser uma das principais atrações turísticas da cidade, que vale a pena experimentar.

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> grandes dicas

www.icnf.pt/portal/ap/pnpg

por FERNANDA RAMOS

VIANA DO CASTELO

Casa Melo Alvim: Dormir “no meio” de filigrana A filigrana é uma das imagens de marca de Viana do Castelo. Quem não viu já, pendendo ao peito de mulheres minhotas vestidas a preceito para as romarias, verdadeiras obras de arte da joalharia? Para os apreciadores e não só, se está por terras de Alto Minho, propomos-lhe que passe pelo menos uma noite da Casa Melo Alvim, em pleno centro de Viana do Castelo e hoje transformada em hotel temático dedicado à filigrana. Ali, a decoração dos espaços é inspirada nesta luxuosa técnica da ourivesaria portuguesa, que remonta aos fenícios, transportando os hóspedes para um cenário requintado e opulento. O solar em que o hotel se instala foi construído em 1509 e ainda preserva traços dos estilos Manuelino, Barroco e Romântico, mas todo o interior é uma homenagem à arte da filigrana. Com a particularidade de não ter dois quartos exatamente iguais, a Casa Melo Alvim está recheada de peças que são um hino à arte da joalharia minhota e de peças de mobiliário de cada uma das épocas que o próprio solar retrata. São por isso dominantes as madeiras e materiais nobres e exóticos, que oferecem um ambiente confortável, cómodo e requintado. Casa Melo Alvim, Av. Conde da Carreira, 28 – Viana do Castelo Reservas: hotel.meloalvim@unlockhotels.com | Tel: 258 808 200

SESIMBRA

Museu Marítimo

P

ara quem sente apelo pela história das artes ligadas ao mar, a nossa sugestão de hoje é uma visita ao Museu Marítimo de Sesimbra, instalado nos espaços interiores da Fortaleza de Santiago, monumento seiscentista recentemente restaurado, situado no núcleo Urbano Antigo, ao centro da Baía de Sesimbra. Ali convivem hoje, lado a lado, testemunhos, conhecimento e memórias da comunidade piscatória a que se associa uma componente tecnológica que gera uma grande interação com os visitantes. E as memórias aqui são ancestrais, já que podemos encontrar um cepo de âncora com 5000 anos associado à navegação no período romano e um conjunto de anzóis e pesos de rede situados entre 2500 e 200 a.C. O espaço aposta numa componente lúdica e interativa, podendo ver-se na secção “Desde o Princípio”, a história de Sesimbra em 3D. A formação da Arrábida e do Cabo Espichel, a passagem dos dinossauros, a Sesimbra romana, a batalha de 1602 ou a Capela do Espírito Santo e o Hospital Medieval em pleno funcionamento, são algumas das recriações apresentadas. Ali está também um aquário virtual que permite “mergulhar” no fundo do mar e conhecer as espécies mais comuns existentes no Parque Marinho Luís Saldanha, enquanto na Sala da Memória uma mesa interativa (touch screen) possibilita a consulta de bases de dados documentais. As principais artes de pesca sesimbrenses estão representadas na sala da Arte, o núcleo central do Museu que dá também espaço às devoções marinheiras e marítimas, e à ligação entre este Museu e a comunidade. Horário: 10h00-13h00 e 14h30 às 17h30 Encerramento: Segundas e feriados festivos Preços: 3€ adulto | Crianças (até 18 anos) e seniores: 1,5€ Bilhete familiar: 6€ (2 adultos e 1 criança)

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SERRA DO CERCAL, VILA NOVA DE MILFONTES

Nature Retreat no Surya Lodge Mesmo que as férias tenham acabado “ontem” é sempre bom abrandar o ritmo a espaços. Por isso sugerimos-lhe, para o próximo mês de outubro, um “Nature Retreat” no Surya Lodge, na Serra do Cercal, em Vila Nova de Milfontes, um programa que integra aulas de ioga e de surf, muito contacto com a natureza e ainda refeições e piqueniques saudáveis. O programa estende-se de 10 a 16 de outubro e consiste num retiro que convida a relaxar, desfrutar da natureza e comer de forma saudável durante sete dias. O ioga é o ingrediente chave do retiro e a ele se juntam o surf, passeios a cavalo, caminhadas, e experiências em caiaque para o ajudarem a desfrutar do local, com um calendário de atividades diárias. Somam-se pequenos-almoços saudáveis e nutritivos, almoços são ligeiros e muitas vezes em forma de piquenique, e jantares vegetarianos cozinhados na hora. Os preços vão de 630€ por pessoa (tudo incluído, quarto duplo) a 760€ por pessoa (tudo incluído, quarto individual com casa de banho privativa). Mais informações em: www.wideoceanretreat.com | facebook.com/Wide-Ocean-Retreat-455099201342736/ setembro de 2016


Os dias de férias são, geralmente, momentos idílicos que nos deixam com um sorriso de orelha a orelha de tão bons que são. Contudo, prepare-se para um ou outro contratempo nestes tempos de gáudio. No texto que se segue, perante a possibilidade de um assalto, partilhamos a melhor maneira de lidar com a situação, nas suas diversas possibilidades.

E

m qualquer momento das nossas vidas há a possibilidade de acontecerem pequenos imprevistos e inconvenientes. Esta é uma verdade tanto para o dia a dia, quanto para o tempo de férias. Por mais incómodo que seja, preparese mentalmente para hipótese de ser assaltado. E agora, como deve agir? O passo mais importante após um assalto é tentar manter a calma. Mesmo que se encontre no estrangeiro há entidades destinadas a ajudar e a resolver todos os seus problemas. Após o furto deve, calmamente, verificar exatamente aquilo que lhe foi roubado. Quando o furto diz respeito a bens materiais o retorno dos mesmos é, regra geral, complicado. A não ser que se trate de uma herança de família ou objetos pessoais de valor, tente não ser apegado aos seus pertences. Contudo, o caso complica-se quando o roubo é feito a carteiras e se perdem documentos. O primeiro passo é sempre o mesmo, dirija-se à polícia local e eles, melhor que ninguém, irão encaminha-lo para os passos seguintes. Se perdeu os seus documentos, o segundo passo a tomar é dirigir-se ao Consulado ou Embaixada de Portugal no país onde se encontra. Se em conjunto com o passaporte Se estiver de férias fora da União perdeu todos os seus outros documentos Europeia e perder o seu passaporte, identificativos, como Cartão de apresente os seus documentos na Cidadão ou carta de condução, o Embaixada, em conjunto com o boletim problema surge maior. Nestes casos a de ocorrência preenchido anteriormente embaixada necessita de pedir a Portugal na polícia, para que possam emitir um a confirmação da sua cidadania, uma passaporte provisório, por norma com a cópia do seu BI ou CC. Apenas após a validade de três meses. Esta atividade é confirmação poderá ter uma autorização 235x60_Turisver_verano.pdf 1 27/5/16 10:19 imediata. especial que lhe permite voltar a Portugal,

num ato que demora menos de 24 horas. Dentro da União Europeia as regras são menos restritas e a circulação mais livre. Ainda assim, dirija-se sempre de imediato à polícia local, para que o informem dos passos a seguir. Outro potencial pesadelo em tempo de férias é a perda do smartphone pessoal. Se se der o caso de o perder a primeira linha de ação é ligar para o seu próprio

> conselhos ao viajante

COMO AGIR APÓS FURTO EM VIAGEM Texto: Sofia Soares Carraca

número, pode ter sido encontrado por alguém que o queira devolver. Não sendo este o caso, e se utilizar o sistema iOS ou Android, use apps de localização do seu dispositivo, nomeadamente Find My iPhone e Android Device Manager, e partilhe a informação obtida com a polícia local. Caso não consiga encontrar o seu telemóvel deve ligar à sua operadora de modo a bloquear o seu número, para que não o utilizem obrigando-o a pagar contas astronómicas no final do mês. No que diz respeito a finanças, se o item perdido foi o seu cartão de crédito, não desespere. Tanto a Visa como a Mastercard estão representadas num grande número de países, podendo ligar para o número local a reportar o ocorrido. Na grande maioria dos casos, os cartões de crédito são repostos entre 24 horas a três dias, dependendo do seu banco. Não se esqueça, se estiver a viajar através de um operador turístico deve informar o representante local ou a própria empresa dos seus dissabores. A grande vantagem de viagens organizadas são os seguros de viagem que lhe darão algum alento nestas alturas de imprevistos. Seja qual for o contratempo já sabe, não se preocupe por demais ou sofra por antecipação pois todos os problemas têm solução. Prepare contactos úteis, como número da polícia local, da Embaixada de Portugal e outros que mais, a priori, de modo a que esteja preparado para qualquer eventualidade. Relaxe e aproveite as suas férias. <

Já lhe soa a férias.

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> agenda

EVENTOS E ESPETÁCULOS 9 a 12 de setembro

FEIRAS NOVAS PONTE DE LIMA

30 de setembro a 5 de outubro

São seis dias intensos os que se vivem em Ponte de Lima, em altura das Feiras Novas. Durante o evento sente-se a alegria e a espontaneidade do povo, que transformam as Feiras Novas num acontecimento singular e inesquecível. As festas do concelho contam com rusgas, tocatas de concertinas, cantares ao desafio, folclore, concertos de bandas de música, concursos pecuários, expressivos cortejos e rica gastronomia.

14 a 18 de setembro

AZORES BURNING SUMMER RIBEIRA GRANDE

A Ilha de São Miguel despede-se do verão com noites que prometem pôr toda a gente a dançar. É já a segunda edição do evento que decorre no parque e praia dos Moinhos, lugar privilegiado e repleto de beleza. É ao som do reggae, dub, soul e funk que o público desfruta do final do calor do verão. Contudo, não se trata apenas de um festival musical, dedicando-se também às vertentes de land art, gastronomia e preservação ambiental.

15 a 17 de setembro

FESTIVAL COLOMBO PORTO SANTO

O Porto Santo prepara-se novamente para receber, com toda a pompa e circunstância, Cristóvão Colombo. O festival é uma recriação histórica da época em que o famoso navegador residiu na ilha, relembrando as suas vivências no Arquipélago da Madeira. O evento inclui o desembarque de Colombo, de uma réplica da Caravela Santa Maria, e um mercado quinhentista, que inclui gastronomia, artesanato, arruadas, teatralizações, malabarismo, música, tudo relacionado com a época da epopeia dos Descobrimentos.

23 a 25 de setembro

FEIRA MEDIEVAL DE PALMELA PALMELA

O Centro Histórico de Palmela vai recuar no tempo com a realização da 3ª Feira Medieval que, em 2016, terá como cenário a transferência da sede da Ordem de Santiago para o Castelo de Palmela, no ano de 1482. São três dias de animação, cultura e aventura, entre o Castelo e o Centro Histórico, com bailes e danças populares, jogos tradicionais, demonstrações de armas e torneios, desfiles temáticos, artes de rua e mercado medieval. A entrada de um dia custa 1,5€ e para os três dias 3€.

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Resumo de programa: Ao longo do festival diversas actividades decorrem a várias horas do dia, incluindo: • Birdwatching Off Road Jeep Tour • Observação de Aves Marinhas • Observação de Golfinhos • Passeio de Stand Up Paddle • Batismo de Mergulho • Observação Astronómica • Monitorização de Aves Planadoras Migradoras • Anilhagem de Aves • Devolução de uma ave à natureza • Observação de Répteis • Birdwatcing de Noite • Observação de Animais Noctívagos • No Rasto dos Dinossauros Algarvios

FESTIVAL DE OBSERVAÇÃO DE AVES

Sagres, o paraíso do birdwatching

O Festival de Observação de Aves é o maior evento de birdwatching em Portugal, que junta a observação das aves migradoras, que rumam às terras quentes de África, à incrível beleza paisagística de Sagres.

Texto: Sofia Soares Carraca

É

bem na ponta de Portugal que decorre o enorme evento de birdwatching que vai muito além da observação de aves. O Festival de Observação de Aves apresenta um programa bem recheado, com diversas atividades onde pode participar tanto sozinho quanto em família, ou com amigos. O secretariado do festival, o local onde pode levantar a sua pulseira de participante, o ponto de encontro e de partida, é o Forte do Beliche, bem a meio da paisagem rica e selvagem a que Sagres nos habituou. É de notar, também, que muitas das atividades programadas carecem de inscrição prévia, sendo algumas pagas. É preciso estudar bem o denso programa para fazer as escolhas mais acertadas. O conselho é deixar pelo menos 15 minutos de intervalo entre cada atividade e ter muita atenção à sobreposição de horário e ao número de vagas restantes. Mas deixemo-nos de burocracia e vamos ao que interessa. Seis dias de evento e cerca de 300 atividades, que vão desde a monitorização de aves a stand-up paddle, saídas de campo, passeios de barco, minicursos temáticos, caminhadas, passeios de burro, visitas guiadas históricas. Pode optar por observar aves no meio de uma aventura em jipe. O

Birdwatching Off Road Jeep Tour é um passeio especial, maioritariamente fora de estrada e dentro de um confortável 4x4, que mostra pontos paradisíacos de Sagres, ao mesmo tempo que alerta para a observação de aves, em três paragens diferentes. Se prefere o mar à terra pode ir em

AVES E GOLFINHOS É inegável a estreita relação que Sagres tem com o mar. Por isto, o Festival de Observação de Aves dedica uma das suas partes a este manto azul. Para além da observação de aves, promove a observação de golfinhos, com passeios a ser feitos com a orientação de diferentes empresas, diferindo entre si. As rotas são geralmente acompanhadas por explicações de profissionais da área e partem em busca de golfinhos selvagens pela costa de Sagres. Pode também ter a sorte de observar baleias, peixes-luas e tartarugas, entre outros habitantes marinhos.

busca de aves marinhas a bordo de embarcações. E, para além de jipe e barco, pode também procurar as aves de Sagres a pé, com vários percursos organizados. Para que guarde recordações do festival nada melhor que aproveitar o Passeio Fotográfico, que ao mesmo tempo que explora as vizinhanças do Forte do Beliche a pé, recebe conselhos e instruções sobre as melhores técnicas fotográficas para poder captar estes momentos. Existem também sessões de monitorização e de anilhagem de aves. E, ainda sobre estas, pode contar com diversas tertúlias, formações, oficinas e workshops para que melhor perceba o festival, a região, as aves que por lá passam e nidificam e as diversas maneiras de fazer birdwatching. Contudo, o festival conta com toda uma outra programação que nada tem a ver com aves. Há passeios de stand up paddle e de barco para conhecer os recantos e grutas da costa de Sagres. Há sessões de alongamentos, massagens e yoga. Há batismos de mergulho e outros organizados para quem já é praticante. Há passeios que dão a conhecer as riquezas naturais da região, bem como a sua herança geomorfológica. Há passeios para observar animais noctívagos e observações astronómicas. Há tanto, tanto por onde escolher.< setembro de 2016


17de setembro a 3 de outubro

Oktoberfest Local: Theresienwiese Entrada livre no recinto e nas tendas

EVENTOS E ESPETÁCULOS Até 25 de setembro

FESTES DE LA MERCÈ BARCELONA

O festival anual em honra da Virgen de La Mercè é o maior de Barcelona, as festas da cidade que celebram a sua santa padroeira. O evento conta com mais de 500 atividades, ao longo de uma semana, no que resulta num sem fim de escolhas. Os destaques vão para o desfile de gigantes, as enormes figuras de madeira manejadas por pessoas, as altíssimas torres humanas “castellers”, o espetáculo pirotécnico, as acrobacias e tanto, tanto mais.

17 e 18 de setembro

KLASSIEK OP HET AMSTELVELD AMESTERDÃO

OKTOBERFEST

Uma ode à cerveja alemã Outubro está a chegar e com ele vem a maior feira popular do mundo. A Oktoberfest é uma ode à cerveja alemã festejada em vários pontos do mundo, mas Munique é a sua terra natal e onde a tradição é mais intensa. É para lá que vos encaminhamos e tentamos guiar por esta mega festa. Texto: Sofia Soares Carraca

A

primeira Oktoberfest ocorreu em outubro de 1810, ocasião do primeiro casamento do rei bávaro Ludwig I. As celebrações decorreram nos campos que fronteavam as portas da cidade, que foram batizados de Theresienwiese, o “Prado de Theresie”, nome da futura rainha. O Theresienwiese continua, ainda hoje, a ser “casa” do Oktoberfest. Em 1810 desfilaram 16 pares de crianças, representando cidades de diversas regiões da Alemanha, envergando as vestes tradicionais de cada uma delas, seguidas de uma corrida de cavalos, a culminar com um coro infantil. Em 1811 repetiram a corrida, no mesmo local, com as mesmas barracas de comes e bebes, onde reinava a cerveja. Anos depois adicionaram uma feira agrícola, depois vieram pistas de bowling e baloiços, em 1818 barracas de feira. Hoje, a Oktoberfest inicia com um desfile por Munique com centenas de pessoas a acompanhar os patronos das tendas até à entrada no recinto. Depois, o presidente da câmara de Munique abre o primeiro barril de cerveja e profere “O’zapft is!”, ou seja “Está aberto!”. Oferece a primeira cerveja ao primeiroministro do estado da Baviera e começa a festa! A agenda compõe-se com o desfile em trajes típicos e atiradores no primeiro domingo, a missa religiosa da Oktoberfest dia 22 e o concerto de instrumentos de sopro no segundo setembro de 2016

domingo. No último dia de festa ocorre a saudação final em forma de disparo. Contudo, a grande protagonista da Oktoberfest é a cerveja e nas 14 grandes tendas das cervejarias típicas de Munique, a par com outras 21 mais pequenas, vive-se alegremente ao longo de mais de duas semanas. Não há duas tendas iguais, cada uma com o seu chamariz. As maiores albergam até 11.000 pessoas e situam-se de ambos os lados da avenida conhecida como Wirtsbudenstraße.

TENDAS As tendas enchem rapidamente e fecham portas a novas entradas tão cedo quanto, por vezes, às 11h00. Aconselha-se a que vá para o recinto cedo, tal como para a sua tenda de eleição. É possível reservar lugares nas tendas, falando com os responsáveis de cada uma. Não é permitida a permanência ou entrada de crianças, até aos 6 anos, nas tendas a partir das 20h00. Todas as tendas da Oktoberfest são consideradas espaços não fumadores. Os preços dos Maß, canecas com um litro de cerveja, são cerca de 10€.

A Marstall assemelha a um carrossel gigante, a Fischer Vroni serve peixe grelhado, a Ochsenbraterei é especialista em pratos de carne de boi, a SchützenFestzelt serve um delicioso leitão cozinhado com cerveja de malte, a Käfers Wies’n-Schänke é a tenda gourmet frequentada por celebridades, a Weinzelt foge à regra e serve vinho aos seus visitantes, a Armbrustschützen é conhecida pelas suas competições de tiro com besta e a Schottenhamel é onde decorre a cerimónia do abrir do primeiro barril. Isto é, como pode ver, apenas uma pequena amostra. Muitas outras tendas encontra no recinto da Oktoberfest e pode contar, em qualquer uma delas, com música de qualidade, grande parte das vezes com bandas a tocar ao vivo, com comida em abundância, constante animação e muita, mas muita cerveja. Cerveja de qualidade, das famosas cervejarias de Munique, a Löwenbräu, Hofbräuhaus, Augustinerbräu, Paulaner, Hacker-Pschorr e a Spaten. Enquanto toda esta animação toma lugar dentro das tendas, fora destas encontra-se outro ponto crucial da Oktoberfest, o Parque de Diversões, aberto todos os dias, com atrações empolgantes, algumas delas centenárias. Há montanhas-russas e carrosséis, tal como há torres de queda-livre e pêndulos e o Muro da Morte de Pitt, com incríveis acrobacias de mota. É tempo de preparar a sua viagem a Munique para aproveitar este que é a maior feira popular de todo o mundo. Divirta-se e “O’zapft is”! <

O Klassiek op het Amstelveld é um dia inteiro repleto de música clássica. Um festival dedicado a toda a família e de entrada gratuita, a ocorrer ao ar livre na Praça Amstelveld, bem no centro da capital holandesa. Na música não há barreiras linguísticas, pelo que este é um agradável festival a ser aproveitado por todos. Durante 24 horas pode assistir a concertos de novos talentos ou de orquestras consagradas, pode contar com célebres solistas, bem como com um palco aberto a quem se quiser aventurar.

15 de outubro a 28 de novembro

GIFT

TBILISI O Georgian International Festival of Arts in Tbilisi em honra de Mikhael Tumanishvili é uma celebração anual que honra a herança cultural da Geórgia. Fundado em 1997 já levou a Tbilisi mais de 300 grupos e companhias de teatro de renome internacional. Este festival de artes, em honra do famoso diretor de cinema Mikhail Tumanishvili, é uma demonstração solene da criatividade artística. Ao longo de mais de um mês pode contar com diversas personalidades que vão à Geórgia atuar, cantar, dançar, apresentar peças de teatro, ópera e exposições de arte.

30 de outubro a 3 de novembro

DIWALI

MUMBAI No final de outubro o Deus Rama necessita de voltar a casa e, para guiar o seu caminho, centenas de hindus acendem milhares de lamparinas durante os cinco dias de festa. O Festival das Luzes é como um Natal hindu, uma festa de cariz religioso mas aberta ao espírito de felicidade e celebração de qualquer um. Pode contar com uma imensidão de fontes de luz e fogos de artifício, que dão à noite a luz do dia, com a deliciosa gastronomia indiana e outras das tradições do país, como a música e a dança.

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> na montra

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CRUZEIRO NO MEDITERRÂNEO (PARTIDA DE LISBOA)

Mar azul, calmo e de amena temperatura, espelho de belas cidades. Estas águas apelam a umas férias calmas e a românticos passeios. Um cruzeiro que permanecerá para sempre nas suas memórias. Este cruzeiro que lhe propomos sai de Lisboa e tem um dia inteiro de navegação para que possa familiarizar-se com o requintado e sofisticado navio da MSC Cruzeiros, o Splendida, segue para Barcelona, depois atraca em Marselha e Génova, para terminar em Civitavecchia (Roma). Ao viajar no Mediterrâneo com a MSC Cruzeiros terá acesso ao melhor da cultura, tradição e dos monumentos que enriquecem as suas costas ao longo de séculos. <

1380€

P/PESSOA DUPLO 7 NOITES ALOJAMENTO E PEQUENO-ALMO ÇO

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1335€ P/PESSOA DUPLO 7 NOITES

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RIO DE JANEIRO E BÚZIOS

Com as suas praias deslumbrantes e montanhas dramáticas, com samba e bossa nova como trilha sonora, é fácil apaixonarse pelo Rio de Janeiro. Eternizada pela música, a praia de Ipanema continua a ser um lugar incrível para passear, tomar sol, ver e ser visto. A maior estátua Art Déco do mundo, o Cristo Redentor, recebe os que visitam o Corcovado. Nesta viagem vai ter um "dois em um", já que vai poder passar também 5 noites em Búzios, famosa estância turística rodeada de mar verde e águas transparentes. Conhecida por aventura, ecoturismo, mergulho, natureza, sol, praias de personalidade própria e vida noturna surpreendente, a península exerce magnetismo sobre os visitantes, desde aquele mítico verão de 1964 em que Brigitte Bardot ali se hospedou. <

CIRCUITO INGLATERRA E ESCÓCIA

Neste circuito vai poder descobrir cidades como Londres, Cambridge, York, Harrogate, Durham, Jedburgh, Edimburgo, Stirling, Trossachs, Glasgow, Distrito dos Lagos, Chester, Liverpool, Stratford, Cotswolds e Oxford, com regresso a fazer-se outra vez de Londres. Vai poder sentir que conhecer a Inglaterra não se resume a visitar Londres. Apesar da capital inglesa reunir grande parte das atrações mais conhecidas do Reino Unido, a ilha oferece muito mais. A Escócia é um país diversificado e extraordinário, com um passado histórico rico e fascinante. Uma terra de contrastes, orgulha-se de ter cidades cheias de animação e entusiasmantes, bem como lagos, montanhas e litoral deslumbrantes.<

INDONÉSIA (BALI)

Destino perfeito para quem quer estar em harmonia com a natureza. A ilha indonésia de Bali é destino favorito tanto para aventureiros como para aqueles que precisam de um pouco de relaxamento. É paraíso do surf, ótima para ecoturismo e ainda oferece animação, cultura vibrante, a espiritualidade, as pitorescas aldeias, os templos, os palácios, os arrozais que contrastam com os luxuosos hotéis e grandes festas religiosas cheias de cor e alegria. É paradisíaca, quente, viva, festiva e também um dos lugares que mais celebra o hinduísmo e o budismo, com cerca de 10 mil templos espalhados por todo o território. Uma das coisas mais interessante em Bali é visitar as suas aldeias e assistir ao trabalho dos artesãos que esculpem ídolos em madeira ou pintam telas. <

DESDE

715€ p/pessoa duplo 3 noites

Massagem indiana

40€

Aprenda a surfar no Macdonald Monchique Resort & Spa O mês de setembro não tem de ser sinónimo de regresso à rotina. Desfrute de três ou sete dias de pura adrenalina com os novos pacotes de surf no Macdonald Monchique Resort & Spa. Para garantir que os hóspedes aprendem bem a lição, as aulas são organizadas pela Future Surfing School, uma das escolas de surf mais antigas e experientes do Algarve. Os pacotes incluem aulas de surf, bodyboard ou stand-up paddle boarding), durante dois ou cinco dias (de acordo com o pacote escolhido) nas melhores praias da região, assim como todo o material necessário. Para relaxar depois de um dia cheio de adrenalina, os hóspedes podem usufruir de duas horas do circuito termal no Sensorial Spa e desfrutar de uma massagem nas costas, com a duração de 25 minutos. Os mais corajosos ainda têm o ginásio ou uma sessão de 45 minutos de kinesis à sua espera. De qualquer forma, o regresso ao resort será sempre sinónimo de relaxamento à beira da piscina ou simplesmente de desfrutar das magníficas vistas de Monchique a partir das suites de luxo. Para assinalar o lançamento destes pacotes, o Macdonald Monchique Resort & SPA vai organizar atividades especiais com inspiração no surf.

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Exotismo da Índia no Alma Spa do Monte Santo Resort

P/pessoa Inclui já desconto de 20%

Nada melhor que uma massagem indiana à cabeça, para aliviar qualquer tipo de stress de inicio de trabalho e melhorar a circulação. É o que sugere o Alma Spa, do Monte Santo Resort, no Algarve, que em setembro, oferece 20% de desconto nesta massagem. Durante 45 minutos, as terapeutas do Alma Spa irão proporcionar-lhe uma viagem à Índia, com esta massagem revigorante. Uma experiência de puro prazer num espaço de bem-estar, beleza e harmonia, onde poderá ainda desfrutar de uma enorme variedade de tratamentos. O Monte Santo Resort está situado no Carvoeiro, numa costa de rara beleza, e a poucos minutos de maravilhosas praias, assim como dos melhores campos de golfe da Europa. É um verdadeiro oásis de luxo, com acomodações amplas e confortáveis, distribuídas por suites e moradias geminadas, enquadradas numa paisagem de sonho, com oito hectares de jardins e lagos. setembro de 2016


BAHIA

D E S D E

1248€ P/PESSOA – DUPLO 7 NOITES

PARTIDA DO PORTO: 26 DE DEZEMBRO PARTIDA DE LISBOA: 27 DE DEZEMBRO OPERAD OR

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ENTE

CEARÁ

ILHA DO SAL

1205€

959€

D E S D E

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P/PESSOA - DUPLO

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7 NOITES REGIME DE MEIA PENSÃO JANTAR E FESTA DE RÉVEILLON

7 NOITES PARTIDA DE LISBOA: 26 DE DEZEMBRO

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Réveillons lá fora Não sabe onde passar as doze badaladas? Ou onde comer as suas doze passas? Deixamos aqui quatro sugestões de passagem de ano fora de Portugal e ao sol, neste caso na Bahia e Ceará (nordeste brasileiro) e no Sal (Cabo Verde), mas também na cidade que nunca dorme, Nova Iorque. Em 46 a.C. o imperador Júlio César ordenou que 1 de janeiro passasse a ser o primeiro dia do ano. O calendário gregoriano manteve a data. Embora algumas culturas tenham o seu próprio dia de Ano Novo, convencionou-se que o mundo se despede do ano a 31 de Dezembro e dá as boas-vindas ao novo no dia seguinte. A palavra réveillon tem origem no verbo em frânces “réveiller”, que significa "acordar" ou "reanimar" (em sentido figurado). Assim, o réveillon é o despertar do novo ano.

BAHIA

Seja em Salvador, Guarajuba, Praia do Forte, Imbassaí ou Costa do Sauípe, com voos directos especiais do Porto, a 26 de dezembro, e de Lisboa, a 27 de dezembro, o fim de ano no Estado brasileiro da Bahia promete sempre. Todo o Estado se prepara para a passagem do ano, especialmente a capital, Salvador. Festas das mais variadas para todos os estilos, gostos e bolsos, à beira das belas praias da orla marítima. Os grandes hotéis, clubes e espaços públicos, como o Farol da Barra, que todos os anos celebra o fim de ano com shows musicais de bandas de axéi, se preparam para receber turistas de todos os lugares do mundo para iniciar o novo ano na terra de Todos os Santos. <

CEARÁ

O réveillon 2016-2017 no Ceará (Brasil) tem ofertas para Fortaleza, Cumbuco, Aquiraz e Jericoacoara, tendo por base o charter à partida de Lisboa no dia 26 de dezembro e regresso a 2 de janeiro. O operador turístico oferece meio dia de city tour na capital do Ceará (Fortaleza). É uma ótima oportunidade para não deixar para amanhã as promessas de ano novo. Aproveite cada segundo da vida, aventure-se num novo desporto, conheça pessoas e culturas diferentes, enriqueça as suas experiências, prove sabores especiais e faça planos para o futuro sem pressa. O litoral do Ceará sempre está entre os destinos mais procurados para as festas de fim de ano. O sol, a água quente do mar e os passeios turísticos são as atrações. <

ILHA DO SAL

Na ilha do Sal a passagem do ano é vivida sempre com muita animação. A paisagem incita a olhar para o mar: as praias paradisíacas que rodeiam a ilha, os inúmeros desportos aquáticos que poderá praticar e o delicioso peixe que os pescadores locais capturam diariamente, evidenciam a relação próxima que esta ilha mantém com o oceano. Terra da morabeza, a Ilha do Sal é muito mais do que um destino de praia onde o sol brilha todo o ano. Aqui, o tempo corre devagar, “sem stresse”. Sugerimos que reserve, pelo menos, um dia para conhecer as suas paisagens deslumbrantes. Não se arrependerá de descobrir os fantásticos recantos secretos. <

NOVA IORQUE

Apesar das temperaturas abaixo de zero, o inverno em nova Iorque é lindo e vibrante. Neve e decoração natalícia misturam-se ao cenário de aranha-céus. Nesse período, o Rockfeller Center e o Central Park ganham pistas de patinagem no gelo que fervem dia e noite. O principal espetáculo do réveillon tem lugar na Times Square, quando milhares de pessoas se aglomeram no local à espera que a grande bola neón (que simboliza a passagem do ano) desça do cimo do edifício One Times Square. É assim desde de 1908, e dura meros 60 segundos. É sinónimo da maior festa do planeta. É impossível não se apaixonar por Nova Iork. A cidade tem de tudo um pouco e atrações para agradar a todas as idades e bolsos. <

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O pagamento deverá ser efectuado por cheque emitido à Sogae – Editora, Lda. ou por transferência bancária para: IBAN: PT50 0036 0447 9910 2478 735 26 Montepio Geral

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Em Sesimbra, puxamos a brasa à nossa sardinha! A

pesca faz parte da história e da identidade de Sesimbra e das suas

gentes. O saber dos seus pescadores, e as técnicas artesanais que foram desenvolvendo ao longo dos tempos e ainda mantém, assim como as caraterísticas do seu mar, na confluência de dois estuários – Tejo e Sado – fazem com que o pescado capturado pela frota sesimbrense apresente caraterísticas únicas, reconhecidas há séculos. Para valorizar as tradições milenares ligadas à pesca em Sesimbra, e sobretudo o seu peixe, considerado um dos melhores do mundo, surgiu, em 2013, o projeto Sesimbra é Peixe, proposto pelo Turiforum, grupo informal de empresários da área do turismo, e promovido pela Câmara Municipal de Sesimbra, em colaboração com os agentes económicos, turísticos e culturais locais. O objetivo foi desenvolver um produto turístico com forte ligação à história do concelho, que permitisse abordar novos públicos, atrair mais visitantes, envolver a comunidade e, sobretudo, contrariar os movimentos sazonais próprios de um destino de praia, aspeto decisivo para o desenvolvimento do tecido económico local. www.sesimbraepeixe.pt

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setembro de 2016


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