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Ano 3
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Nº 41
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Mensal
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Setembro de 2017
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Diretor : José Luís Elias
>por cá
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Museu Judaico de Belmonte
RENOVADO COM MAIS CONTEÚDOS E VALÊNCIAS
Aldeias Avieiras
tROCARAM A FAINA DO MAR PELA PESCA NO Tejo
Golegã
Feira Nacional NA CAPITAL DO Cavalo
>lá fora
Vale dos Vinhedos sul do Brasil é muito mais que PRAIA
Itália, Espanha e Alemanha
O melhor do vinho europeu
Rotas viajar com o vinho
Hotéis para descansar no outono
em portugal
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> passageiro frequente
nota de abertura
Fim de verão Estamos em setembro, o verão está a terminar o que não é desculpa para não viajar. A aproximação do outono traz consigo belezas e atrativos mil que nos “empurram” para outras paisagens que não as de praia. Porque setembro é mês de vindimas, o desafio que lhe colocamos é que vá por esse país fora em busca de cenários onde estas se realizam ou, tão somente, em época que “cheira a vinhos”, percorra uma das muitas rotas que nos abrem todo um mundo por trás deste precioso néctar.
Viajar na fotografia
Portugal é país de vinhas e de vinhos e cada vez mais, também, de enoturismo, um produto que permite conhecer não apenas a bebida de Baco como degustála e entender o percurso que faz da uva ao nosso copo, mas também possibilita “saborear” o património que se esconde nas regiões vinícolas ficando alojado em quintas e herdades relacionadas com a produção vínica.
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Viajar à procura de atividades ligadas ao vinho é cada vez mais fácil. Hotéis rurais e quintas elaboram, e colocam no mercado, todo o tipo de experiências, desde provas de vinhos, a menus gastronómicos em que com cada prato é servido um vinho específico. No entanto cada vez mais as produtoras vinícolas que abrem as portas das suas adegas e até das suas instalações de produção, para que os turistas as possam conhecer. Nesta edição do destinos sugerimos-lhe a Rota dos Vinhos do Alentejo, a Rota do Vinho do Porto e a Rota das Vinhas do Pó. Lá fora propomos-lhe uma viagem que provavelmente nunca equacionou fazer: rumar à Serra Gaúcha, no estado brasileiro de Rio Grande do Sul para, a partir do município de Bento Gonçalves, percorrer as belezas do Vale dos Vinhedos. Muito por via dos imigrantes italianos que se instalaram na região na segunda metade do séc. XIX, esta é a principal zona vinícola do Brasil e Bento Gonçalves é a Capital Brasileira da Uva e do Vinho.
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Por cá propomos que visite o Museu Judaico de Belmonte e que parta à descoberta das Aldeias Avieras, enquanto na rubrica Ficar deixamos-lhe sugestões de hotéis onde pode tirar o melhor partido de umas pequenas férias outonais.
Também conhecida como “Cidade Rosa”, Petra é daqueles locais em que duvidamos da eficiência dos nossos olhos. A monumentalidade desta cidade
esculpida na rocha é impressionante, sendo considerada Património Mundial da UNESCO, desde 1985, e uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Petra, localizada no sul da Jordânia, é habitada desde a pré-história, atingindo o seu apogeu de glória em 312 a.C., ano em que se consagrou como capital dos árabes nabateus. O sítio arqueológico foi descoberto pelos europeus apenas em 1812, por um explorador suíço. A extensão da cidade de Petra é grande, mas tem nesta fotografia um dos seus exlibris. O edifício da Câmara do Tesouro, ou Al Khazneh, apresenta uma fachada decorativa com perto de 40 metros de altura, esculpida na pedra de tons avermelhados. Deve conhecer este local como cenário do filme Indiana Jones e a Grande Cruzada. <
É no topo de uma montanha com 2.400 metros de altitude que nasceu Machu Picchu. A cidade pré-colombiana é o símbolo mais conhecido da Comunidade
Inca. Foi descoberta apenas em 1911, tendo-se tornado um dos pontos mais visitados do Peru, sendo considerada Património Mundial, pela UNESCO, e também uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Hoje, apenas 30% da construção original resta, com o restante a ter sido reconstruído. Consta de duas grandes áreas, a agrícola com terraços e recintos de armazenagem, e a urbana, da qual se destaca o local sagrado, com templos, praças e mausoléus reais. Diz-se que foi fundada com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas pelo soberano Inca. No meio das montanhas, os edifícios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e escadarias para passagem do Deus Sol. <
Continuamos o rol das Sete Maravilhas do Mundo Moderno com esta fantástica fotografia do Taj Mahal. Logicamente também
ele considerado Património Mundial, pela UNESCO, é um dos monumentos mais conhecidos da Índia. Localizado em Agra, este mausoléu foi construído entre 1632 e 1653 por 20.000 homens oriundos de vários pontos do Oriente. Foi mandado construir pelo imperador Shah Jahan em memória da sua mulher favorita, a quem chamava Mumtaz Mahal, a “Joia do Palácio”. A grandiosidade do monumento, todo construído em mármore branco, é impressionante e lá dentro a sua riqueza inspira o mesmo sentimento. É incrustado com pedras semipreciosas e sua a cúpula é costurada com fios de ouro. Para completar o complexo do Taj Mahal nasceram jardins com canteiros de flores, caminhos elevados, avenidas de árvores, fontes, cursos de água e pilares que refletem a imagem dos edifícios na água. <
Na nossa rubrica Agenda sugerimos que tome nota da “Feira Nacional do Cavalo” que se realiza na Golegã, em inícios de novembro e lá fora a proposta vai para vários festivais vínicos europeus. Sugestões, nesta edição do destinos, deixamos muitas. Se quiser ou poder realizar alguma e gostar, ficaremos satisfeitos.
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José Luís Elias
ficha técnica
Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa
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www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: quinzenal (à quarta-feira)
Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca
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Rota dos Vinhos do Alentejo
Tradição atravessada pelo Rio Guadiana Chegou, novamente, o mês das vindimas e com ele toda a azáfama da apanha da uva e extração do seu sumo. Este ano rumámos de novo ao Alentejo, indiscutivelmente umas das mais importantes regiões vitivinícolas de Portugal, para explorar mais um trecho da Rota dos Vinhos do Alentejo, desta feita a Rota do Guadiana, com passagem pelas belas terras de Beja, Vidigueira e Moura. Texto: Sofia Soares Carraca
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Rota dos Vinhos do Alentejo, desenhada pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana, estende-se por planícies em tons dourados, campos ondulantes com sobreiros e oliveiras. Por um território pontuado por vastos campos de trigo e espelhos de água. Por uma terra onde a cultura vitivinícola tem uma longa tradição. É um território de clima intenso, quente e seco. Características que abraçam os vinhedos e suas uvas, permitindo a sua perfeita maturação e transformando-as em néctares afamados, reconhecidos internacionalmente. Por aqui, no que diz respeito à cultura do vinho, recorda-se a tradição, memórias que se entrecruzam com os saberes e tecnologias dos novos tempos. É uma das maiores regiões vitivinícolas de Portugal, com a vinha alentejana a alongar-se por mais de 23.000 hectares por oito áreas de Denominação de Origem Controlada, nomeadamente Reguengos, Borba, Redondo, Vidigueira, Évora, GranjaAmareleja, Portalegre e Moura. Cada qual com sua particularidade e terroir próprio. Cada qual com os seus vinhos em que dentro de muitas diferenças, a alta qualidade é fator comum. O Alentejo é rico em variedade de castas, sendo que há umas que se destacam das demais, quer pela sua qualidade, quer pela sua história. Destas que falamos podemos apontar a Roupeiro, a Antão Vaz e a Arinto na variedade branca, e a Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bouschet nas castas tintas, esta última sendo uma variedade francesa que se adaptou lindamente ao clima e terroir alentejano. Os brancos DOC desta região são suaves, um pouco ácidos e com aromas a fruta, enquanto o Alentejo apresenta tintos encorpados, ricos em taninos e em aromas a frutos silvestres. Outrora os vinhos eram somente produzidos para consumo local e vendidos a granel. Eram elaborados através de processos herdados dos romanos, com a fermentação a realizarse em ânforas de barro. Mais tarde, nos anos 50, nasceu a primeira adega
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especiais, principalmente nesta época da vindima.
Beja: fronteira entre o campo e a cidade Iniciámos a nossa rota pela Capital do Baixo Alentejo, a belíssima Beja, que se ergue no topo da sua colina a contemplar as planícies envolventes, numa fronteira entre o campo e a cidade. São várias as correntes arquitetónicas que apresenta, marcas de quem por ela passou, de celtas a mouros, sem esquecer os romanos. A presença destes últimos muito contribuiu para o nascer da cultura vitivinícola do Alentejo. Após a fundação de Beja, entre 31 e 27 a.C., aumentou consideravelmente o cultivo da vinha, com pedaços de talhas de barro, grainhas de uvas e um lagar de granito encontrados perto da Vidigueira. Falemos de vinhos! Vamos descer no mapa em direção à Herdade da Malhadinha Nova, em Albernoa. Esta á uma típica herdade alentejana, com grande casarão baixo caiado a branco, rodeado de vinhas, sobreiros e oliveiras, com criação de animais como o porco preto alentejano e a vaca de raça alentejana em linha pura. Aqui pode viver as experiências mais autênticas no ambiente mais puro e, claro, neste mês de vindimas há momentos que lhe dizem respeito que não vai querer perder. A herdade tem também um charmoso hotel, num completo leque de enoturismo e proporciona experiências de 3, 4 ou 6 dias, em que pode participar nas vindimas, com visitas guiadas, jantares temáticos, provas e até sessões de cinema ao ar livre. Ainda em Albernoa tem outras duas excelentes opções para pernoitar e desfrutar do melhor da cultura do vinho, nomeadamente a Herdade dos Grous e a Casa Santa Vitória. A primeira, para além de uma riquíssima adega repleta de apetitosos vinhos, dá a experienciar viagens em balão de ar quente, equitação e observação de aves. Já a Casa Santa Vitória pertence ao grupo hoteleiro Vila Galé, localizado junto ao seu hotel de Beja, o Vila Galé Clube de Campo. É um local fortemente vocacionado para o enoturismo, bem como para a produção de vinhos de qualidade. Aqui pode desfrutar do Spa com vinoterapia, de visitas à vinha a cavalo ou charrete, visitas às adegas e provas de vinhos.
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cooperativa que visava controlar a produção do vinho. Nos anos 80 decorreu uma revolução na indústria vitivinícola com enorme aumento de produção. No final desta década, em 1988, regulamentaram-se as primeiras denominações de origem alentejanas, com a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana a garantir a certificação e regulamentação dos vinhos alentejanos desde 1989.
Conhecer o património da região Antes de iniciar uma visita enoturística à região é imperativo que estude o seu mapa. São distâncias grandes, em que as vinhas não se encontram plantadas umas em cima das outras e temos tempo para desfrutar da região ao mesmo tempo que saboreamos os seus vinhos. A Rota dos Vinhos do Alentejo é uma em perfeita harmonia com o património vitivinícola e as heranças históricas e culturais da região. É uma rota que nos dá a conhecer mais do que vinhos, vinhas e adegas, mas também um rico património gastronómico, artístico, monumental e natural. Reúne 44 produtores e espalha-se por um total de 27 vilas e cidades, de Castelo de Vide ao Alvito, passando por Montemor-oNovo e sem esquecer Évora, com a Sala de Provas que dá a conhecer o que de melhor se produz na região. Dado a sua longa extensão e a impossibilidade de a conhecer por completo num curto período de tempo, a rota perfaz-se em três itinerários distintos, nomeadamente a Rota de São Mamede, com epicentro em Portalegre, a Rota Histórica, a qual demos a conhecer na edição de setembro de 2016 do jornal destinos, e a Rota do Guadiana, que hoje
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Vidigueira: importante centro de produção vitivinícola
lhe apresentamos. A Rota do Guadiana é indissociável do rio homónimo que a atravessa. Toma lugar no sul do Alentejo, onde o clima é ainda mais seco e quente e se localizam as sub-regiões de Moura, Vidigueira e Granja-Amareleja. É um itinerário carregado de tradição, onde observamos a transformação das antigas adegas tradicionais, onde em tempos se armazenava o vinho em grandes frascos de barro, em locais mais modernos que aliam costumes antigos a novas práticas mais eficientes, com um total de 10 produtores por onde pode desenhar o seu percurso à sua medida.
O Vale do Guadiana é, sem dúvida, a imagem postal desta rota, a par com as imensas planícies douradas, numa viagem que se faz em comunhão com a natureza. É num ambiente típico que nos passeamos, entre provas não só de vinhos, mas também de delícias regionais como o presunto, os enchidos, o azeite e o pão. Repito, estude o seu mapa! Escolha a priori os sítios por onde quer passar, consoante as suas preferências, e faça questão de reservar visitas. Nelas pode desfrutar em pleno de adegas, quintas e herdades que lhe vão dar a conhecer todas as suas vinhas e vinhos, com provas e outros momentos
Qualquer uma destas três hipóteses, de entre tantas outras mais que por aqui existem, são boas para descansar e ganhar forças para rumar à Vidigueira no dia seguinte. A primeira referência a esta mimosa vila data do século XIII, da fundação do Mosteiro de São Cucufate. São Cucufate é um dos mais importantes vestígios da presença romana em Portugal e uma visita obrigatória, em que pode observar uma luxuosa casa do antigamente, onde já existia uma adega. A Vidigueira é, desde sempre, um dos centros de produção vitivinícola do Alentejo. Por aqui a hipótese é vasta a nível de programas a realizar e adegas a visitar. Pode começar o seu roteiro por um ponto lógico, a Adega Cooperativa de setembro de 2017
Vidigueira, Cuba e Alvito, bem no centro da vila. Fundada em 1960, desenvolveu um percurso em que interligou os seus vinhos numa viagem pela região, cultura e história. Convida-nos a embarcar numa viagem pelo vinho e por territórios sensoriais. De seguida encaminhe-se para o vencedor do Melhor Enoturismo do Alentejo 2015, pela Entidade Regional de Turismo Alentejo/Ribatejo. A Ribafreixo Wines respira inovação, com olhos postos no futuro e com o objetivo de produzir vinhos de excelência já alcançado. A Herdade do Moinho Branco enquadra-se numa paisagem de vinhas e oliveiras delimitada pelo relevo da Serra do Mendro. É o moderno edifício da adega, plantado no meio das vinhas, que tem a oportunidade de ficar a conhecer. Termine o dia com vista para o Guadiana, na Herdade do Sobroso. Um hotel rural integrado no meio das vinhas da propriedade que põe à nossa disposição atraentes programas, como visita à adega com prova e almoço de gastronomia típica alentejana. Ou, para fugir aos vinhos, pode desfrutar de outras atividades ligadas ao turismo cinegético, ou ainda passeios a cavalo, em balão de arquente e de caiaque.
Moura: a par com o Grande Lago No dia que se segue atravesse o rio pela N255, que se abre em vistas deslumbraste para o Alqueva, passando exatamente por cima da barragem.
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se estendem pelas terras áridas do Baixo Alentejo, e siga até à Adega Granja Amareleja, também conhecida pela qualidade dos seus vinhos e azeites, com este último a conquistar uma medalha de prata a nível nacional. Aqui pode visitar um museu que o leva numa viagem a um passado de tradições. O Museu da Adega Cooperativa de Granja preserva as memórias da produção de vinho de outros tempos, nesta região demarcada do Alentejo. Revela as origens e a forma como os antigos produziam de forma quase artesanal. Um perfeito terminar desta Rota do Guadiana dos Vinhos do Alentejo. < Dirija-se a Moura, cidade de origens préhistóricas onde são percetíveis influências árabes. Percorra as ruas estreitas entre o branco das casas e observe as suas chaminés cilíndricas. Visite as ruínas do antigo castelo, o portal manuelino da Igreja de São João Baptista e os frescos do Convento do Carmo. Delicie-se com a gastronomia desta cidade à beira do Grande Lago, afamada também pela qualidade dos seus azeites, que utiliza das tradicionais sopas e açordas. Conhecida, também, é a qualidade dos seus vinhos. Para comprovar este facto encaminhe-se para a Casa Agrícola Santos Jorge, na Herdade dos Machados. É uma herdade de planícies e montes suaves onde se encontram vinhas dos finais do século XIX, na propriedade de um dos mais antigos produtores privados de vinhos da região. Acompanhe os braços do Alqueva, que
Como ir
De Lisboa a Beja são cerca de 178Km, que se fazem em perto de duas horas e meia de viagem. Deve apanhar a A2/E1 até seguir pela IP8 em direção a Beja. Do Porto a cidade alentejana dista em cerca de 450Km, em mais de quatro horas de viagem. Deve seguir a A1 até Lisboa, até convergir com a A2 e continuar no percurso acima mencionado.
Onde ficar
Herdade da Malhadinha Nova Albernoa | desde 250€ p/noite Tel.: 284 965 432 | web: malhadinhanova. pt Herdade dos Grous Albernoa | desde 135€ p/ noite Tel.: 284 960 000 | web: herdade-dosgrous.com Vila Galé Clube de Campo hhhh Herdade da Figueirinha – Santa Vitória | desde 120€ p/ noite
Tel.: 284 970 100 | web: vilagale.com/pt Herdade do Sobroso Pedrógão | Desde 145€ p/ noite Web: herdadedosobroso.pt
Adegas a visitar
Adega Cooperativa de Vidigueira – Bairro Industrial, Vidigueira Tel.: 284 437 240 | mail: geral@ adegavidigueira.pt Ribafreixo Wines – Adega Moinho Branco, Vidigueira Tel.: 284 436 240 | mail: tours@ribafreixo. com Casa Agrícola Santos Jorge – Herdade dos Machados Tel.: 285 251 575 | mail: geral@ casasantosjorge.com Adega Granja Amareleja – Baldio de Granja Tel.: 266 570 010 | mail: granja. amareleja@gmail.com
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Rota do Vinho do Porto
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Rio que serpenteia entre vinhas Em tempo de vindimas é impossível não falar do Douro, uma das mais afamadas regiões vitivinícolas de Portugal, muito devido ao excelente Vinho do Porto que aqui tem origem. Deparar-se com o verde luxuriante do vale do Douro é uma experiência única. Percorrer a incrível beleza e singularidade desta região é um programa que vale sempre a pena, não fosse esta considerada Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO.
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ma visita às vinhas e adegas do Douro faz-se por entre uma indiscritível beleza, num aliar da ruralidade com o espírito boémio, passeando por campos e provando vinhos. É neste maravilhoso anfiteatro do vale do Douro que nasce o famoso Vinho do Porto e os igualmente famosos vinhos do Douro. A uva desenvolve-se por entre o ar puro de vales profundos, de encostas escarpadas banhadas pelo Rio Douro e pelos seus afluentes. A região é rodeada pelas serras do Marão e Montemuro, com as vinhas a estenderem-se por cerca de 40.000 hectares. Aqui, os solos são maioritariamente compostos por xisto e também granito. São solos difíceis com trabalho agravado
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pela forte inclinação do terreno. Para facilitar a prosperidade das vinhas nestes solos inóspitos recorre-se a três formas de plantação, nomeadamente em socalcos, com pequenas varandas separadas por muros de xisto, em patamares e ao alto. Tudo isto podemos contemplar ao percorrer o rio, com as vinhas a disporemse desde lá do alto até às margens, em paisagens deslumbrantes. Esta é uma das regiões vitivinícolas portuguesas mais bonitas, que lhe valeu o título de Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO, em 2001. O património é vasto e pelos caminhos do Douro ficamos a conhecer vestígios romanos da cultura da vinha, as maravilhosas quintas de produtores da região e ainda os marcos pombalinos,
que demarcavam a área do Douro Vinhateiro. Está marcada na história como a primeira região demarcada do mundo, por Marquês de Pombal em 1756. Hoje, a qualidade e produção dos vinhos é da responsabilidade do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.
Uma rota e três regiões As castas da região vitivinícola do Douro têm uma história secular, com algumas delas provenientes da época da Ordem de Cister, na Idade Média. Para conhecer património histórico, cultural e natural, nada melhor que percorrer a Rota do Vinho do Porto, em especial nesta altura do ano. Setembro é mês de vindimas, o mais importante e animado acontecimento
Texto: Sofia Soares Carraca
do vale do Douro. É trabalho e em simultâneo festa, decorrendo largadas em que se toca concertina e canta-se, marcando o ritmo à pisa tradicional a pés. A Rota do Vinho do Porto foi fundada a 21 de setembro de 1996, com 54 locais da Região Demarcada do Douro e freguesias limítrofes inscritos, todos eles relacionados direta ou indiretamente com a cultura vitivinícola. Nela pode encontrar desde o pequeno viticultor com uma produção residual para consumo próprio ao grande produtor de Vinho do Porto, DOC Douro, Moscatel e Espumante. Pode, e deve, visitar vinhas e adegas, provar e participar em diversos trabalhos do vinho, em especial em época de vindima.
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A Rota do Vinho do Porto divide-se em três sub-regiões do Douro, em concreto Baixo Corgo a oeste, Cima Corgo no centro e Douro Superior a este. Desta feita vamos explorar a sub-região central que se entende entre Tabuaço e Murça. No Cima Corgo o clima é mediterrânico, com a uva a apresentar características diferentes das outras sub-regiões. Na zona do Pinhão os bagos atingem maior concentração de açúcar, sendo uma área considerada perfeita para a produção de Vintage. Também os melhores vinhos brancos, espumantes e Moscatel provêm da parte mais alta de Cima Corgo.
Tabuaço: vila histórica na cultura do vinho Começamos de sul para norte, por Tabuaço, na margem esquerda do Douro. A origem desta vila precede a formação da nacionalidade, com os primeiros vestígios de habitação a remontar à pré-história. Mais tarde, foram os monges de Cister que vieram povoar estas terras onde implantaram e desenvolveram fortemente a cultura do vinho na região. Dada a sua longa história, em Tabuaço há monumentos por toda a parte, como a via romana de Vale de Vila, a Igreja de São Pedro de Águias, dólmenes, menires, citânias. Mais do que tudo isto, Tabuaço é uma das pontas da Rota do Vinho do Porto, na sub-região de Cima Corgo. A primeira paragem é na Quinta do Panascal, situada numa imensa propriedade localizada no maravilhoso Vale do Távora. Foi uma das primeiras a abrir as suas portas a visitantes, em 1992. A quinta a branco destaca-se do verde dos socalcos de vinha que a circundam, socalcos por onde pode passear acompanhado por um áudio-tour, que dá a conhecer
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também os seus lagares seculares. No fim terá uma degustação comentada de Vinho do Porto. Pode ainda desfrutar de passeios de barco, tanto do Douro como no Távora, canoagem, slide, jogos tradicionais, BTT e almoços ou lanches que tanto têm de gourmet, quanto de animado, com a companhia de grupos de cantares tradicionais ou de contadores de histórias. Já a Quinta do Seixo oferece uma vista de cortar a respiração, sobre o rio. Aqui prima a tecnologia avançada, com recurso a uvas de alta qualidade que vão dar origem ao Porto Vintage, bem como vinhos tintos de meda do Douro. O seu centro de vinificação é um projeto inovador também pela criação de um circuito turístico, educacional e atrativo. O circuito procura dar a conhecer esta região e os fantásticos vinhos a que dá origem, com passagem pela moderna adega, garrafeira e lagares robóticos, terminando com uma prova de Vinho do Porto numa sala com vista panorâmica sobre o Douro.
Pinhão: vistas de cortar a respiração Encaminhamo-nos agora para o Pinhão, na margem esquerda do rio homónimo. Desde cedo esta vila foi utilizada como entreposto de vinhos do Porto, no transporte pelos barcos rabelos até Vila Nova de Gaia. Desenha-se numa paisagem única, com as margens cobertas de vinhas. Bem junto à vila podemos visitar a Quinta de La Rosa, uma propriedade familiar, que produz tanto vinhos como azeites de alta qualidade. A família Bergqvist produz Vinho do Porto desde 1815 e foi uma das pioneiras a levar a produção dos vinhos de mesa a sério no Douro. Hoje, a quinta oferece
aos seus visitantes a oportunidade de dormir por entre a vinha. Existem quartos e suites e até duas vivendas, a Quinta das Lamelas e a Quinta Amarela, que podem ser alugadas à semana. Por seu lado, também a Quinta das Carvalhas é uma propriedade de imensa beleza, com uma posição predominante na encosta. As mais antigas referências a esta quinta datam de 1759, com as suas Vinhas Velhas a atingir a respeitável idade de um século. Nas visitas à quinta são organizadas provas de vinho temáticas, em que podemos também apreciar os vinhedos ou fazer caminhadas, ou até experimentar o programa de birdwatching. O ex-libris é a Casa Redonda que,no topo da propriedade, a 550 metros de altitude, se abre numa espetacular vista de 360° sobre a região.
Do Museu dos Lagares à Porca de Murça Dirigimo-nos a Alijó, não sem antes passar pelo Vale de Mendiz, para uma visita ao Museu dos Lagares, com um espólio de instrumentos utilizados no processo de fabrico do Vinho do Porto. A Vila de Alijó está inserida na área da Serra do Vilarelho, numa zona que em tempos serviu de fronteira entre cristãos e árabes, tendo sido por isso sucessivas vezes destruída. Aqui não pode deixar de prestar homenagem ao plátano plantado em 1856 pelo visconde de Ribeira de Alijó, que hoje apresenta um tronco com mais de 6m de circunferência. Esta nossa Rota do Vinho do Porto termina em Murça, vila afamada pela escultura em granito de uma porca. A Porca de Murça tem origens na Idade do Ferro e pode ser admirada no jardim da praça central. Mais do que isto, Murça destacase pela produção de excelentes vinhos e
azeites, bem como de deliciosos enchidos e queijos de cabra. Aqui a visita é feita à Adega Cooperativa de Murça, com sede na vila. Foi fundada em 1963, por 193 viticultores, e desde então tem vindo sempre a crescer, agora com capacidade de laboração de 10.000 pipas de vinho por vindima. <
Como ir
O Tabuaço dista do Porto em 143Km, num percurso de perto de uma hora. Para tal basta apanhar a A4 para o Peso da Régua e sair na saída 11 para a A24. Depois é seguir pela N222 e EM512 até Tabuaço. De Lisboa a viagem faz-se em mais de quatro horas, em cerca de 444Km de distância. Em Lisboa apanhe a A1 até convergir com a A4 e seguir o percurso indicado.
Onde ficar
Quinta de La Rosa Pinhão | desde 165€ p/ noite Tel.: 254 732 254 | web: quintadelarosa. com
Adegas a visitar
Quinta do Panascal – Valença do Douro, Tabuaço Tel.: 254 732 321 | mail: marketing@ fonseca.pt Quinta do Seixo – Valença do Douro, Tabuaçp Tel.: 254 732 800 | mail: visitas.seixo@ sandeman.com Quinta das Carvalhas – Ervedosa do Douro, Pinhão Tel.: 254 730 050 | mail: turismorealcompanhiavelha@gmail.com Caves de Murça – R. Francisco Barros Carneiro Lopes, 4 Tel.: 259 510 300 | mail: agedamurca@ gmail.com setembro de 2017
Rota das Vinhas do Pó
O encanto das vinhas de Fernando Pó Sabe aqueles dias em que acorda cedo e parece que as horas se duplicam e consegue aproveitar todo o tempo que tem disponível da melhor forma possível? Foi com essa sensação que terminei a Rota das Vinhas do Pó, por Fernando Pó, Palmela. A sensação de ter aproveitado o meu dia em pleno, por entre vinhas e vinhos e delícias gastronómicas locais. Sem dúvida, um programa a não perder. Texto: Sofia Soares Carraca
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ram 9h52 e estávamos a partir de Lisboa-Oriente num comboio Intercidades que rumava a Évora, na Linha do Alentejo. Um pouco antes da metade do caminho era tempo de abandonar a confortável carruagem e explorar os encantos de Fernando Pó. Diz-nos o nosso guia que esta localidade, em tempos, consistia somente de vinhas e deste Apeadeiro de Fernando Pó. Hoje, mais desenvolvida, esta aldeia vinhateira encontra-se a apenas 40 minutos de comboio de Lisboa, que se fazem agradavelmente, com direito a passagem pelo tabuleiro inferior da Ponte 25 de Abril e a vistas de campos despojados à medida que vamos avançando no caminho. Fernando Pó toma lugar no concelho setembro de 2017
de Palmela, no sopé da Serra da Arrábida. O nome é do navegador e explorador português do século XV, que foi o primeiro europeu a chegar às ilhas do Golfo da Guiné. Curiosamente, ou não, é uma zona semiárida de solo arenoso onde o pó é uma característica constante: pousa delicadamente sobre os parapeitos das janelas, sobe aos céus em pequenos remoinhos. Fernando Pó é uma terra de pó. Aliás, de pó e vinhos, como vim a descobrir. Esta aldeia está localizada naquela que foi outrora a maior extensão de vinhas da Península Ibérica. Mal saímos do comboio espera-nos uma carrinha que nos vai levar pelo “Jardim das Vinhas”, onde podemos apreciar toda esta dimensão. Passamos do asfalto
à terra batida e encaminhamo-nos, lentamente, até à primeira paragem. Atravessamos vinhas e vinhas sem fim, de um lado deste dono e do outro de outrem. Filas ordenadas que fazem perfeitas linhas retas para a recolha da uva com máquinas, e outras de vinhas mais antigas, mais desalinhadas, onde a vindima continua sendo feita à mão.
Filipe Palhoça Vinhos: paraíso do moscatel Numa estrada de terra ladeada de sobreiros, já despidos e com troncos acobreados, vamos chegar à Quinta da Invejosa, da Filipe Palhoça Vinhos. Parece um cenário de filme, aquele com que nos deparamos. Terras
acastanhadas pejadas de vinhas verdes pintadas a roxo, que dão entrada a um bonito casarão caiado a branco. A Filipe Palhoça Vinhos é uma adega de portas abertas, que nos recebe como se fossemos da casa. No dia 9 de setembro está a promover uma visita gratuita, com dois horários distintos, e a 23 do mesmo mês tem um dia dedicado às vindimas, em que pode participar na pisa-pé. As vindimas, essas, já iniciaram em finais de agosto, atipicamente, pois o clima assim o obriga. Quando por lá passamos, num sábado, a azáfama era muita. São 92 hectares de vinha própria, numa herdade que existe desde 1950. De início a produção era toda escoada localmente, mas com o passar dos anos a adega foi crescendo, com os seus
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> tema de capa vinhos de momento disponíveis para o mercado nacional, bem como para exportações. Pela Quinta da Invejosa começamos com uma pequena visita por uma parte de terreno que tem uma amostra de todas as castas com que a adega trabalha. Observamos as diferentes cores das uvas, do dourado ao roxo escuro e provamos uma ou outra, que nesta altura se encontram de uma doçura impecável. Continuamos a visita por entre as máquinas que transformam as uvas em vinho e terminamos na sala de provas, onde nos espera a especialidade da Filipe Palhoça Vinhos, o Moscatel. Para produzir este Moscatel de Setúbal é necessário adicionar aguardente vínica de forma a interromper a fermentação alcoólica. Após dois meses de reforço entra em repouso por mais quatro ou cinco meses, até atingir a cor e propriedades a que estamos habituados. A prova deste delicioso vinho faz-se a par com uma iguaria típica da região de Palmela, a fogaça, pequenos bolos em forma de animais carregados de aguardente, laranja, canela e erva-doce, que ligam na perfeição com o vinho servido.
Adega Fernão Pó: negócio de família Da Quinta da Invejosa partimos para a Adega Fernão Pó. Nesta terra pequena é fácil detetar ligações familiares, pois quem nos recebe na Fernão Pó é a mulher do dono Aníbal da Silva Freitas, Isabel, da família Palhoça. É desde sempre, e assim se mantém,
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Dica Antes de partir na Rota das Vinhas do Pó faça questão de ingerir um pequeno-almoço reforçado, pois o que se segue são copos de bons vinhos que não vai querer desperdiçar. Leve roupa e calçado confortável, de modo a poder palmilhar confortavelmente as vinhas e adegas e conhecer o melhor que Fernando Pó tem para oferecer. <
uma empresa familiar, neste momento liderada pelo casal e seu filho, este último um experiente enólogo que lhe responderá certeiramente a toda e qualquer questão que lhe coloque sobre o processo de produção do vinho, desde a plantação da vinha até ao produto final engarrafado. A visita inicia-se pela acolhedora sala da caldeira, hoje a sala de provas. Aqui esperamos um copo do fresquíssimo rosé da casa, acompanhado por uma deliciosa tiborna. Após esta prova inicial mostram-nos a adega, tanto a sua versão do antigamente com as modernas máquinas onde são hoje produzidos os seus vinhos. Explicam-nos todos os detalhes da produção. Que dos 70 hectares de vinha da família destaca-se a
grande extensão de Castelão, que utiliza para o vinho tinto, e de Fernão Pires, para o branco. Que trabalham, ainda assim, com muito mais castas, como a Syrah, Touriga Nacional e Merlot. Como fazem a apanha da uva, com direito a demonstração de como funciona a máquina da apanha, e todos os momentos por que ela passa até chegar à garrafa. Terminada a visita , regressamos à sala de provas. O espaço é uma mistura do moderno e do que em tempos existiu. Era onde antigamente a população local vinha comprar vinho a granel e guardam-se recordações desses tempos. São os tons claros e as madeiras que predominam, mas o que salta à vista são as mesas de madeira que se encontram
novamente recheadas, para uma segunda prova de vinhos, desta feita de tinto e branco. Os vinhos fazem-se acompanhar de uma prova de doces, que são também autoria da Fernão Pó. Os doces 1, 2 e 3 surgem da trilogia de vinhos com o mesmo nome. 1 para monocasta, neste caso Syrah, 2 para duas castas, Cabernet Sauvignon e Castelão, e 3 para três castas, Merlot, Touriga Nacional e Tannat. Cada doce é elaborado com seu respetivo vinho, sendo acrescentado ao 2 amora e ao 3 canela e gengibre. Todos eles uma delícia e perfeita combinação para os vinhos servidos.
Casa Ermelinda Freitas: casa de mulheres A última paragem desta rota é feita na Casa Ermelinda Freitas. Consegue agora perceber as relações familiares? Aqui entramos diretamente para a sala de refeições, onde a Dona Maria nos preparou um magnífico repasto. O almoço foi sopa caramela, uma refeição apropriada e cheia de história. Noutros tempos vinham pessoas das beiras ajudar na trabalhosa época das vindimas. setembro de 2017
Rota das Vinhas do Pó A Rotas das Vinhas do Pó é um dos produtos da empresa de inovação On-Innovation. Decorre todos as quintas-feiras e sábados, com este mês de setembro e ser dedicado às vindimas. O ponto de encontro inicial para a visita é a estação Lisboa-Oriente, onde começa por apanhar o Intercidades até Fernando Pó, na quinta-feira às 9h02 e no sábado às 9h52. É um programa de dia inteiro, com a chegada a Lisboa a ocorrer por volta das 18h30. Tem o valor de 75€ por adulto e de 51€ para crianças entre os 4 e os 12 anos. Para reservas e informações deve contactar o 916 153 202 ou geral@on-innovation.com. <
setembro de 2017
FRANÇA
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Continuamos para as salas das máquinas, sala de produção e também de engarrafamento e rotulagem. Daqui seguimos para uma pérola ainda escondida: o Museu da Casa Ermelinda Freitas, que ainda não está aberto ao público, apenas a esta Rota das Vinhas do Pó. O museu conta-nos a história desta casa centenária e das mulheres que a guiaram até aos dias que correm. O espólio apresenta fotografias e objetos pessoais das várias gerações da família Freitas, a começar com Deonilde Freitas, a fundadora da empresa em 1920. A empresa veio a passar para as mãos de Germana Freitas e, pelo falecimento precoce do seu marido, a Ermelinda Freitas, que criou a marca em 1997 e lhe deu continuidade com a ajuda da sua filha Leonor Freitas, que assume hoje a liderança. Quatro gerações de grandes mulheres que tornaram 60 hectares de vinhas no caso de sucesso que é hoje a Casa Ermelinda Freitas. Após a visita ao museu, que nos mostra também os antigos lagares e alambiques utilizados para fazer aguardente, bem como outros objetos de trabalho e valor sentimental, dirigimo-nos à sala de provas para fazer a última prova do dia. Entre os tintos e os brancos da casa permanece a dúvida de qual será o melhor. Na sala com vista panorâmica para as vinhas e para a adega desfrutamos da qualidade dos vinhos da Casa Ermelinda Freitas enquanto fazemos as despedidas a esta encantadora aldeia de Fernando Pó. Às 17h38 em ponto passa o Intercidades no Apeadeiro de Fernando Pó, com direção a Lisboa e regressamos plenos de um dia muito bem aproveitado.<
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Estes trabalhadores eram conhecidos localmente como “caramelos” e trouxeram consigo receitas da sua região, entre elas a de uma sopa reforçada com carnes, enchidos e couve, que foi adoptada pelos palmelenses como a sopa caramela. É uma iguaria que nos enche de forças para continuar os trabalhos do dia, em especial quando acompanhada por pão e pelos vinhos da Casa Ermelinda Freitas, com as suas inconfundíveis garrafas de gargalo às riscas. Após a sobremesa e café seguimos visita para as vinhas. A propriedade faz-se em 440 hectares de vinhas, pelo que uma visita a toda a sua extensão seria impossível. Por isto foi criado um espaço com amostras dos seus pés de vinha, junto à adega, onde podemos ver as diversas castas com que trabalham, com a Castelão, Touriga Nacional, Trincadeira, Aragonês, Merlot, Fernão Pires, Chardonnay, Arinto, Verdelho e Moscatel de Setúbal, todas devidamente assinaladas com a combinação de riscas que as representam. Das vinhas vemos o enorme edifício da adega, também ele às riscas, desta feita em tons de rosa e vermelho que simbolizam as mulheres, que desde início se encontram à frente da Casa Ermelinda Freitas. Lá dentro admiramos a sala com paredes totalmente cobertas com os mais de 800 prémios que foi recebendo ao longo dos anos. Parece-me que a sala necessita ser aumentada num futuro próximo… No centro encontra-se uma relíquia única, uma casca de cortiça que foi retirada do tronco com a maior precisão e desenha ainda, numa única peça, toda a circunferência da árvore.
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> notícias
SnapCity: a app que ajuda a melhor conhecer as cidades A SnapCity é uma aplicação móvel que liga os turistas aos locais através de um chat online, com o objetivo de melhorar a experiência de quem viaja. Questões como “O que visitar?”, “Bons restaurantes?” e “Praias escondidas” são algumas das dúvidas que pode esclarecer com a SnapCity, que desvenda os segredos das cidades. Pode utilizar o chat online para conversar durante um minuto e esclarecer uma dúvida rápida, ou pode usar a app como um guia virtual que o acompanha ao longo de toda a viagem. Para começar a usar a SnapCity basta descarregar a aplicação, que atualmente está apenas disponível para Android, selecionar o destino e assunto sobre o qual procura ajuda. Os Locais da SnapCity são notificados e podem aceitar ou recusar o desafio, os que aceitarem aparecem numa lista através da qual pode iniciar o chat online. No final, tem a hipótese de dar uma gratificação ao Local. A app está, de momento, disponível para as cidades de Lisboa e Porto, com a previsão de ser lançada em Roma, Paris e Madrid até ao final deste ano. <
Joon: a nova companhia aérea dirigida a millenials A Joon é a nova companhia aérea da Air France, desenhada especialmente a pensar nos millenials, dirigida a uma clientela trabalhadora e jovem cujo estilo de vida gira em torno da tecnologia digital. Vai começar a operar voos de médio-curso, à partida de Paris – Charles de Gaulle, este outono, com os voo de longo-curso a iniciar no verão de 2018. A Joon apresenta-se como a irmã mais nova e complementar da Air France. A nova marca vai ao encontro das exigências e aspirações da Geração Y, com uma oferta autêntica e conectada que se distingue no mundo do transporte aéreo. É uma marca lifestyle e um estado de espírito. A sua identidade visual baseia-se num código em azul elétrico que simboliza o dinamismo, o céu, o espaço e a viagem. <
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O Algarve já tem um guia de percursos para ciclistas A Região de Turismo do Algarve lançou o primeiro guia de percursos de ciclismo de estrada no Algarve. Quem gosta de pedalar asfalto fora pode agora pegar na bicicleta e desbravar os 16 concelhos da região. Tem quase 90 páginas e 41 trajetos definidos, com percursos organizados em três zonas, nomeadamente Este, Central e Oeste, segmentados por níveis de dificuldade, para que os leitores possam melhor escolher antes de se fazerem à estrada. Os ciclistas regulares e atletas de competição encontram também um capítulo exclusivo com 16 zonas de subida para treino específico, onde distâncias, inclinação, altitude e desníveis estão devidamente assinalados. Além da informação básica sobre os percursos, vai encontrar um QR Code para cada um deles, através do qual poderá aceder a partir do seu dispositivo móvel.<
TAP ajuda a perder o medo de voar Chama-se Programa “Ganhar Asas” e foi criado pela TAP para que deixe de ter medo de voar, para que possa desfrutar de uma viagem calma e sem os habituais desconfortos causados pelo medo. A aerofobia afeta milhões de pessoas em todo o mundo, entre 10 a 40% da população adulta, constrangendo a sua qualidade de vida e privando-os de conhecer determinados destinos. Se é este o seu caso aproveite o “Ganhar Asas” que se destina a quem nunca viajou, já viajou mas deixou de o fazer porque sente desconforto e ainda para quem continua a viajar, mas sente desconforto sempre que precisa de o fazer. O programa foi desenvolvido em conjunto com a Unidade de Cuidados Integrados de Saúde do Grupo TAP e conta com uma equipa especializada e multidisciplinar que o vai ajudar a ultrapassar a fobia e a desfrutar do prazer de voar. A equipa é composta por dois psicólogos com formação cognitivo-comportamental, um piloto de aviação TAP, um assistente de bordo TAP e um engenheiro de manutenção TAP. Previamente será realizada uma avaliação inicial personalizada, com o objetivo de diagnosticar as dificuldades associadas à fobia de voo. Durante o curso serão abordados conteúdos como os aspetos psicológicos da aerofobia, técnicas de gestão da ansiedade, aspetos técnicos da aviação, o voo e a cabine. Ao longo do programa vai participar numa sessão de simulador de voo, visitar um avião em manutenção e voar entre Lisboa e Madrid. O “Ganhar Asas” tem a duração de 24 horas divididas por dois dias e meio e tem o valor total de 525€, dos quais 75€ dizem respeito à consulta de avaliação inicial e o restante ao curso, que inclui a formação, refeições, documentação de apoio e voo Lisboa – Madrid – Lisboa. As próximas edições do curso estão marcadas para os dias 28, 29 e 30 de setembro, e mais tarde a 23, 24 e 25 de novembro. <
Qatar autoriza entrada sem visto a cidadãos portugueses O Qatar autoriza a entrada sem visto a cidadãos de 80 países, entre os quais Portugal, no número mais elevado de nacionalidades com direito a entrar livremente no país, em toda a região do Médio Oriente. Agora já não necessita de pedir ou pagar por um visto para visitar o país, terá apenas de preencher um formulário no momento da chegada, mediante a apresentação de um passaporte com validade mínima de seis meses, bem como um bilhete de ida e volta confirmado. A isenção de visto é válida durante 180 dias, a partir da data de emissão, permitindo ao visitante estar um total de 90 dias no Qatar, ou, em alternativa, terá uma validade de 30 dias a partir do momento da sua emissão, permitindo ao visitante estar até 30 dias no Qatar, com a possibilidade de solicitar uma prorrogação por mais 30 dias. Estas novidades fazem parte de uma série de medidas que o Estado do Qatar tem vindo a tomar de forma a facilitar o acesso de turistas ao destino. <
Seja um “Campónio” e experiencie o melhor do campo português A Campónio é uma start up portuguesa que se dedica ao mercado das experiências que prometem trazer os portugueses às suas raízes. Permite viver a prática da produção agrícola com os respetivos agricultores e produtores locais. Funciona como uma plataforma online agregadora de experiências que se diferenciam por serem realizadas diretamente com os verdadeiros protagonistas do campo. Atualmente estão disponíveis nove produtores com a capacidade de proporcionar diversas experiências, como acompanhar o processo de criação de cogumelos shiitake, conhecer uma exploração de framboesas, ver como se criam morangos suspensos, visitar uma exploração de ervas aromáticas biológicas, ver como se produzem caracóis em estufa, conhecer os processos inerentes a uma quinta biológica, participar na elaboração de cerveja artesanal, conhecer como se plantam hortaliças sem solo, fazer um passeio de barco no Tejo. Saiba mais em camponio.com. < setembro de 2017
> selo de garantia
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
Circuito pelas ilhas do Canal
Descobrir a arte dos Saboeiros de Belver
Preços: 6 a 12 anos:
1€
+ de 12 anos:
2€
No mundo existem tão poucos que bastam os dedos das mãos para os contar, mas Portugal tem um. Falamos do Museu do Sabão situado em Belver, Gavião, no distrito de Portalegre, com um acervo que permite conhecer a arte do saboeiro. A sua localização não é estranha ao facto de na vila de Belver ter em tempos existido a Real Fábrica de Sabão, a par de pequenas produções artesanais de sabão mole, de tal forma que os habitantes de Belver tinham a alcunha de saboeiros. Este é um passado que os visitantes do Museu do Sabão podem ficar a conhecer. Ali se conta a história do sabão de forma interativa, e dá-se a conhecer a arte dos saboeiros, através da exposição de diversos artefactos utilizados nesta antiga indústria. O Museu pode ser visitado de quarta a sexta-feira das 10h00h às 13h00 e das 14h00 às 18h00 e aos sábados, domingos e feriados das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. Contactos: 241635060 | museu.sabao@cm-gaviao.pt
Ir a Queluz e regressar ao passado
De 14 a 17 de setembro, Queluz regressa ao passado ao receber, no Largo do Palácio, mais uma edição da sua Feira Setecentista. Aos visitantes a proposta passa por viajar até ao século das luzes com marquesas de longas cabeleiras, marialvas de tricórnios emplumados e provar algumas iguarias da época, quer sejam os conhecidos doces conventuais ou outras. A animação vai recriar o ambiente do séc. XVIII, Entrada quando o Palácio de Queluz era um espaço de livre lazer. Para o “povo” haverá danças, música, malabarismos e divertimentos vários, bem como fazer um penteado à época e aprender uma dança característica daqueles tempos. A feira abre ao público das 17h00 às 24h00, nos dias 14 e 15 e nos dois dias seguintes das 13h00 às 24h00. Informações: https://www.facebook.com/feirasetecentistaqueluz/ setembro de 2017
A proposta é para quatro dias de viagem ao encontro das ilhas açorianas do Faial e do Pico, com a ilha de São Jorge como opção. O circuito, com guia local e em autocarro privativo, começa pelo Faial, com visita à cidade da Horta, viagem de ferry no canal até à Madalena, no Pico, travessia da ilha, visita a vinhas e a Mistérios, entre outros atrativos picotos. No terceiro dia, de novo no Faial, há tempo livre e no último dia visitam-se miradouros, crateras de vulcão e outros locais de interesse geológico que explicam a formação da ilha. Com partidas em setembro e outubro, o pacote lançado pelo operador turístico Nortravel, inclui voos da Azores Airlines, alojamento em hotel de 4 estrelas, todos os pequenos almoços, cinco refeições com bebidas, entradas em museus e outras visitas, seguro de viagens e taxas. Mais informações: www.nortravel.pt
desde:
560€ P/ Pessoa 4 dias 5 refeições
Relaxar “a dois” no Alentejo Marmòris Hotel & Spa Em Vila Viçosa, o cinco estrelas Alentejo Marmòris Hotel & Spa propõe o pacote “In Love” para viver momentos de puro relax a dois. Válido até ao final do ano, o pacote inclui duas noites de alojamento para duas pessoas com pequeno-almoço buffet e à la carte, bebida de boas vindas à chegada, VIP “In Love” no quarto com espumante, morangos com chocolate, e decoração especial, livre acesso ao circuito médico de relaxamento do Stone Spa, early check-in e late check-out mediante disponibilidade, wi-fi e estacionamento gratuito, uma massagem holística para o casal, um jantar para duas pessoas no Restaurante Narcissus Fernandesii (bebidas não incluídas) e taxas. O pacote, sujeito a disponibilidade, não é válido para épocas especiais (feriados, Natal e Ano Novo). O preço que indicamos é para o mês de setembro. Reservas através do email: reservas@alentejomarmoris.com
desde:
520€
Quarto duplo 2 noites
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> por cá
Museu Judaico de Belmonte Rua da Portela, 4 – Belmonte Aberto de terça-feira a domingo Horário de Verão: das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 18h00 Horário de Inverno: das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 Contacto: 275 088 698 | 969 200 486
Museu Judaico de Belmonte
O celebrar da Comunidade Judaica Desde 2005 que o Museu Judaico de Belmonte presta homenagem à Comunidade Judaica portuguesa e em particular à de Belmonte, a única herdeira dos Sefarad. O museu reabriu no dia 1 do passado mês de agosto após obras de requalificação e encontra-se como novo, com novos conteúdos e outras valências. Venha prestar a sua homenagem à importante Comunidade Judaica, neste museu a ela dedicado. Texto: Sofia Soares Carraca
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ovo “em folha”, o Museu Judaico de Belmonte está ainda mais apetecível. Aquele que era já um importante marco da herança histórica da Comunidade Judaica em Portugal apresenta-se agora rejuvenescido, com uma visita onde prima a inovação e o recurso às novas
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tecnologias aliados há imensa história judaica por terras lusas. Se possível, o “novo” museu dá ainda mais ênfase à Comunidade Judaica deste concelho do distrito de Castelo Branco. O museu, para além de uma exposição mais didática, apresenta novos conteúdos. Conteúdos esses que foram desenvolvidos em estreita ligação com a Comunidade
Judaica de Belmonte, permitindo assim explicar ainda mais certeiramente a sua história e relação com o concelho. O espaço quer dar a conhecer a resiliência desta comunidade que subsistiu ao longo de tantos anos nesta cidade portuguesa, ao mesmo tempo que mantinha uma relação harmoniosa com a restante população.
A Comunidade Judaica de Belmonte é uma das mais antigas do mundo e a única herdeira legítima da antiga presença histórica dos judeus sefarditas, que durante 500 mantiveram as suas práticas e religião em segredo. Resistiu, durante séculos, às tentativas de expulsão dos Reis Católicos, ao decreto de expulsão ou conversão de D. Manuel I, ao olhar atento da Santa Inquisição e às penas do seu tribunal. Embora a pressão de entrar na sociedade católica portuguesa fosse sempre intensa, muitos dos belmontenses cristãos-novos continuaram a casar-se apenas entre si, ao longo de vários séculos. Só em 1989 é reconhecida oficialmente esta Comunidade Judaica, com a sinagoga Beit Eliahu a ser inaugurada em 1996. O cemitério judaico, esse, foi aberto apenas em 2001.
Espólio centenário O espaço está divido por três pisos distintos. No primeiro piso toma lugar o átrio com receção, loja do museu e auditório, enquanto no segundo se encontra a exposição permanente com mais de uma centena de peças num espólio que vai desde a Idade Média até ao século XX. Por seu lado, o terceiro piso é onde tomam lugar as exposições temporárias e o Centro de Estudos Judaicos Adriano Vasco Rodrigues. Este que é o primeiro museu judaico de Portugal permite que façamos uma visita aos princípios básicos do judaísmo. Para além de nos transportar pela história setembro de 2017
Terra de judeus e berço dos Cabrais
Maravilhosa vila medieval, cidade berço dos Cabrais, por isso muito associada aos Descobrimentos portugueses, e terra de judeus. Motivos óbvios para visitar Belmonte, que preserva o seu ambiente medievo tão exemplarmente quanto os judeus preservaram em segredo orações, tradições e costumes. Do poderoso complexo de fortificações e habitações de que outrora se fez o Castelo de Belmonte, apenas a torre e ameias permanecem. Tudo por entre estas paredes é de detalhe que nos remete para a sua importância na época dos Descobrimentos, nomeadamente do Brasil, tendo em conta que por aqui o brasão da família de Pedro Álvares Cabral é por si uma atração. O Castelo de Belmonte integrava a linha defensiva que, antes de 1297, protegia o Alto Côa. Depois de então foi perdendo importância estratégica e, mais tarde, doado a Fernão Cabral, o alcaide-mor. Aqui nasceu seu filho, Pedro Álvares Cabral. Hoje subsiste a torre de menagem e a antiga alcaidaria, também conhecida como Paço dos Cabrais. É imperdível a joia em granito em que se desenha a janela manuelina, no castelo, de onde se pode contemplar a Serra da Estrela. Adjacente ao Castelo de Belmonte encontra-se um aglomerado de casas antigas que compõem a Judiaria ou Bairro Judeu. Belmonte tinha (e, de facto, ainda tem) uma das maiores comunidades judaicas de Portugal. Muitos moradores de hoje são descendentes dos marranos: judeus forçados a converterem-se ao cristianismo durante a Inquisição. Durante séculos, muitos mantiveram a sua fé, fingindo ser cristãos enquanto praticavam a sua verdadeira religião atrás de portas fechadas. Tal era o medo da repressão que esta comunidade só se abriu para o mundo (dizem-me) no final da década de 1970. Há inclusive um museu (conforme descrevemos em pormenor) situado dentro de uma antiga igreja católica do século XVIII, que inclui uma exposição permanente sobre o período judaico, sendo igualmente considerado um importante centro de estudos judaicos no nosso país. E no que aos museus diz respeito, Belmonte ainda não esgotou os seus encantos, havendo por isso o Museu do Azeite, onde ficamos a conhecer as suas técnicas de produção e a importância que este teve na economia local, bem como o Eco-Museu do Zêzere, uma estrutura museológica sobre a história do Rio Zêzere, afluente do Tejo, e que se encontra na antiga Tulha dos Cabrais. Sendo berço de Pedro Álvares Cabral, não poderia faltar em Belmonte o Museu dos Descobrimentos/Centro de Interpretação "À Descoberta do Novo Mundo (DNM)", que de uma forma moderna e interativa dá a conhecer um dos maiores feitos de sempre da História das Descobertas Portuguesas – o Achamento do Brasil. < C.M.
dos judeus no nosso país, releva o seu importante contributo ao nível cultural, da arte, da literatura, do comércio. Expõe mais de uma centena de peças religiosas, do dia a dia e de uso profissional utilizadas por judeus e novos-cristãos, oriundas principalmente da Beira Interior e de Trás-os-Montes. Agora, após a sua reconfiguração, com a exceção de alguns utensílios, livros religiosos e peças arqueológicas, tudo é novo no museu. Na sua remodelação foi seguida uma ordem de ideias de uma tradição arquitetónica judaica em que nada é simétrico. Para os judeus, a simetria é uma característica divina.
A estrela de David acompanha-nos ao longo de toda a visita, mas o que mais se destaca são as fotografias e os testemunhos pessoais que se mostram ao público pela primeira vez em 500 anos. É o facto dos conteúdos do Museu Judaico de Belmonte virem a ser constantemente alterados, aperfeiçoados e aprofundados, numa rigorosa a interessante dinâmica, que faz com que este seja um dos melhores museus deste género em toda a Península Ibérica, para além de pioneiro em território português. Já entrou na lista dos 50 melhores museus do mundo do britânico Telegraph, entre outras distinções importantes. <
Caldas InternaCIonal Hotel r. dr. artur Figueiroa rego · Caldas da rainha 2500-186 leiria · tel. +351 262 830 500
83 quartos; 5 salas de reuniões; piscina exterior; ginásio; sala de jogos; parque de estacionamento privado. setembro de 2017
Capacidade para: 800 pessoas tel. 262 838 157 telem. 927 753 193
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> lá fora
Vale dos Vinhedos
Enoturismo e muito mais no sul do Brasil
Quando pensamos em Brasil antevemo-nos em meio de uma praia, caipirinha ou “chôpinho” (cerveja à pressão) na mão, mas há muito mais Brasil que este. Há todo um sul a descobrir, a beleza da Serra Gaúcha a explorar, bons vinhos a provar. A 130Km de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, fica Bento Gonçalves, uma das entradas no Vale dos Vinhedos. Por aqui se entra num Brasil de raízes italianas, ou não tivesse sido nesta região que se fixaram os imigrantes italianos na segunda metade do século XIX. Texto: Fernanda Ramos
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entrada em Bento Gonçalves não engana. A cidade não tem uma porta mas tem um pórtico, melhor uma pipa pórtico gigante que se ergue na sua entrada, qual cartão de visita. O monumento, em forma de barril e com 17m de altura, dá as boas vindas aos visitantes e avisa desde logo: “"Você está entrando no mundo do vinho". E está mesmo! Bento Gonçalves, a que os locais chamam carinhosamente apenas de “Bento” é porta de entrada no Vale dos Vinhedos que abrange os municípios vizinhos de Garibaldi (a cidade dos espumantes)
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e Monte Belo do Sul. Para percorrer a região o melhor é alugar carro ou comprar diversas excursões e mesmo na cidade de Bento os muitos atrativos ficam relativamente distantes uns dos outros pelo que, para sair do centro, terá que recorrer a transporte. Na cidade, o hino ao vinho não é apenas “cantado” pela pipa pórtico. Bem no seu centro, entre as ruas Saldanha Marinho e Júlio de Castilhos, na Marechal Deodoro, está a Via del Vino que recebeu esse nome quando, em 1990, foi construída, no largo fronteiro à Prefeitura, a “La Fontana”, um chafariz que jorra água da cor do vinho, ladeado por típicas casas
de madeira, com Centro de Atendimento ao Turista e loja de artesanato e produtos regionais. Foi em torno a esta zona central que a cidade, que ostenta o título de Capital Brasileira da Uva e do Vinho, se desenvolveu. Por ali se encontram os edifícios mais antigos e uma série de atrações que podem ser acompanhados seguindo os totens colocados ao longo da via, ou através do Tour Via del Vino. O município, Bento Gonçalves, leva o nome de um dos generais que liderou a Revolução Farroupilha, ou dos Farrapos, guerra regional republicana contra o governo imperial do Brasil que se estendeu por uma década, desde 1835
quando os Farrapos, liderados por Bento Gonçalves, tomam Porto Alegre, proclamando, um ano depois, a República Rio Grandense, até 1845, data que marca a derrota dos revolucionários. O que é curioso é que o general que dá nome a este município do Rio Grande do Sul, nunca a ele esteve ligado.
VISITAR VINÍCOLAS E PROVAR OS NÉCTARES História à parte, Bento Gonçalves, a cidade, é porta de entrada na região do Vale dos Vinhedos. A região, que representa o legado histórico, cultural e setembro de 2017
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Dica: Se é amante do turismo de aventura, saiba que a região do Vale dos Vinhedos é rica em vales, canyons, rios, cachoeiras, cavernas e túneis, além de possuir uma exuberante floresta – um cenário propício a desportos radicais. Tirolesa, arvorismo, rapel com escalada em via ferrata, paintball, moto4 e bungee jump, podem ser praticados em parques como o Parque de Aventuras Gasper, em Bento Gonçalves (Linha Eulália Alta). Mesmo que não seja praticante, a paisagem justifica o passeio.
Foto: SEMTUR
gastronómico deixado pelos imigrantes italianos que chegaram a Serra Gaúcha em 1875, assume este nome graças aos seus vales cobertos de parreirais e hoje são muitas as vinícolas que abrem as suas portas aos turistas, para visitas e provas, e até alojamento, que fazem desta região o principal destino de enoturismo do Brasil. Pode marcar as suas visitas ou pode também comprar tours organizados que percorrem as principais vinícolas, mas antes de começar o passeio o melhor é tomar um pequeno-almoço reforçado, não tanto pelo muito que vai andar mas pelas muitas provas de vinhos que vai fazer. Comece logo pelo centro de Bento Gonçalves, onde se ergue a Cooperativa Agrícola Aurora (Rua Olavo Bilac, 500), onde funcionárias vestidas a preceito nos guiam através dos vinhedos, primeiro, e depois por túneis e mais túneis, por entre pipas e mais pipas até à degustação final. Visita a não perder é a da Vinícola Miolo (RS 444, km21), onde os tours são guiados por enólogos, estendemse às caves onde o vinho repousa em barricas de carvalho e incluem minicursos de degustação. A Miolo Wine Group que elabora mais de 100 rótulos produzidos em projetos vitivinícolas no país e em parcerias internacionais, tem a maior estrutura de visitação do Vale dos Vinhedos. Tours e mini curso de degustação é o que também oferece a Casa Valduga (Linha Leopoldina), um dos maiores produtores de vinhos finos do Brasil. Além da vinícola, a Casa Valduga integra um complexo enoturístico, com restaurante, pousadas e enoboutique, sendo também detentora da maior cave de espumantes da América Latina. De visita obrigatória é uma das mais famosas Vinícolas de Bento Gonçalves e de todo o Brasil: a Salton, a 15Km do centro de Bento, no Vale do Rio das Antas, Distrito de Tuiuty. Aqui pode escolher-se um de vários roteiros, consoante o tipo de vinhos em que cada um está mais interessado – há o Tradicional, o Evolução, o dos Espumantes e o do Merlot. À parte o belíssimo edifício em que está instalada e que merece que nele se atente, percorrer a área de vinificação por passarelas suspensas entre enormes tanques enfileirados, é sempre uma grata experiência. O percurso permite acompanhar todo o processo produtivo de recebimento, elaboração, engarrafamento e amadurecimento dos vinhos e durante a visita há também que ir atentando nas inúmeras obras de arte que retratam o vinho em diferentes momentos, tapeçarias e mosaicos que ajudam a contar esta bela história centenária. O que também fica na memória são as caves imensas onde se podem concentrar até seis milhões de garrafas. De volta aos espumantes, há que visitar a Cave de Pedra (Linha Leopoldina, 315), uma vinícola que parece um castelo medieval em pedra basalto. Nesta vinícola, que tem produção limitada de vinhos e espumantes e mantém a tipicidade do terroir do Vale dos Vinhedos, não pode deixar de degustar os espumantes elaborados pelo processo tradicional. No Vale dos Vinhedos concentramse cerca de três de dezenas de vinícolas e grande parte está aberta
a visitas e também a maioria cobra entrada e provas, mas claro que se for num tour organizado as despesas estarão previstas. Das 30 vinícolas é impossível falar, mas posso dizer que até há algumas, mais pequenas, que se “aventuram” na produção de vinhos artesanais e orgânicos, com castas de que provavelmente apenas os entendidos e não um vulgar enoturista, terá ouvido falar. É o caso da Vinícola Mena Kaho que produz vinhos e sumos de uva com total respeito ao meio ambiente e a saúde do consumidor, isentos de agrotóxicos e com certificação de qualidade. Por esta riqueza enológica vale a pena
visitar o Vale dos Vinhedos, mas o que também vale muito a pena é atentar na paisagem que rodeia a região e fazer uma incursão no seu passado histórico e cultural, o que poderá fazer também a partir de Bento Gonçalves.
AO ENCONTRO DA CULTURA ITALIANA Para quem gosta de história e é apreciador de gastronomia, não pode deixar de fazer dois roteiros nesta região, o Caminhos de Pedra e a Rota das Cantinas, ao longo dos quais a arquitetura e os costumes dos imigrantes
italianos estão bem preservados. Os italianos que no final do séc. XIX rumaram ao sul do Brasil eram sobretudo camponeses que valorizavam a religiosidade, o trabalho e a família. Hoje é possível vivenciar toda essa tradição e herança cultural nos Caminhos de Pedra, roteiro que é Património Histórico do Rio Grande do Sul desde 2009 e é considerado um “museu vivo”. Com 12km de extensão, o roteiro oferece cultura, gastronomia e arquitetura em vários pontos de visita e observação. As centenárias casas de pedra da rota incluem moinhos, cantinas coloniais, casa de massas caseiras, teares, casa de doces e muito mais, as experiências de vida dos imigrantes e seus descendentes, um resgate constante da herança cultural. No total, são mais de 60 os edifícios que contam muitas estórias, alguns de paragem obrigatória, como a Casa dos Doces Predebon, onde se degustam doces e geleias várias, a Casa do Tomate, onde este produto é rei e entra até no fabrico de cerveja e gasosa e o Parque da Ovelha com atrações para toda a família como a amamentação dos filhotes, a tosquia e a ordenha. Perto está a Casa das Massas e Artesanato, onde se fabricam massas caseiras na cozinha de um barracão de madeira. Há ainda a Casa da ErvaMate, ingrediente a partir do qual é feito o chimarrão dos gaúchos. A não perder é também a Casa da Tecelagem, com velhos teares manuais. Somam-se a Lovara
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Para memória futura, um dos atrativos a não perder nesta região da Serra Gaúcha é o passeio de comboio a vapor, batizado de Maria Fumaça que liga os municípios de Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, passando por Garibaldi, num percurso de 23Km que dura cerca de duas horas. Na estação de Bento Gonçalves, os turistas são recebidos por jovens trajados à maneira do início do século passado que vão servindo vinhos vários, espumante moscatel, sumo de uva e biscoitos. Quando o sino toca é hora de embarcar numa viagem feita de alegria e muitos momentos de música, de teatro e até de “pezinhos” de dança porque a velocidade do comboio assim o permite. No destino há mais festa, degustações e música. Há vários pacotes que conjugam o passeio com outras atrações. Aconselhamos o “Maria Fumaça e Parque Temático Epopeia Italiana” já que neste parque é dada a conhecer a verdadeira
história de Lázaro e Rosa, casal de imigrantes italianos que depois de inúmeras dificuldades um império, tanto assim que foram os seus netos que, em sua homenagem, construíram este parque temático. Ao longo do percurso feito de cenários que replicam o passado, os visitantes interagem com os personagens, riem e comovem-se com eles e a sua história. No final, depois de uma visita que dura cerca de 45 min. e antes do regresso de autocarro a Bento, há degustação de vinho e sumo de uva, acompanhados por biscoito colonial e polenta na chapa. Maria Fumaça + Epopeia italiana Preço: R$ 110 p/ pessoa Informações e reservas em: www.giordaniturismo.com.br Necessário reservar com antecedência
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Vinhas e Vinhos, parceira da Vinícola Miolo, a Vinícola Fontanari e a Salvati & Sirena, onde se produzem vinhos de uvas históricas e suco de uva e são servidas refeições típicas italianas. Há ainda a Cantina Strapazzon, onde os visitantes podem ficar a conhecer o processo de elaboração de bebidas. Já a Rota das Cantinas Históricas permite ficar a conhecer os costumes mais tradicionais dos imigrantes italianos em termos gastronómicos. Usadas originalmente para guardar os mantimentos, as cantinas são um lugar carregado de saberes e memória que retratam a vida dos colonos e oferecem almoços e jantares com cardápios típicos italianos e regionais. Armazém das Cantinas Históricas, Cristófoli Vinhedos e Vinhos Finos Dal Pizzol Vinhos Finos e Parque Temático onde se pode conhecer o Vinhedo do Mundo, com mais de 200 variedades originárias de 22 países, e a Enoteca – com uma coleção rara de mais de duas mil garrafas de vinhos produzidos desde o início da vinícola -, são alguns dos locais que podem ser visitados ao longo deste tour. Recomendo vivamente que se desloque à Casa Dequigiovanni, não só para apreciar as instalações e dar um salto atrás na história, mas também para almoçar especialidades típicas da cozinha italiana de tempos idos e para assistir a um show de belíssimas músicas italianas. Quando ali estive, a cantoria esteve a cargo do proprietário e foram momentos inesquecíveis. A não perder, no final, é a visita ao Mirante do Campanário, de onde se pode observar uma magnífica paisagem
De Maria Fumaça ao encontro dos “primeiros” italianos
Como ir
De Lisboa: Voos diretos TAP para Porto Alegre Do Aeroporto de Porto Alegre a Bento Gonçalves – 130Km • De avião até Caxias do Sul, a 45Km • Autocarro: Expresso Caxiense • Preço: 13-15€ (3h15 com transbordo em Caxias do Sul) • Pode optar por transfere privado ou aluguer de carro (acesso pela BR-116, RS-122 e RS-470)
sobre o Vale dos Vinhedos, o povoado de Faria Lemos, os Vales do Rio das Antas, Santa Lúcia, Vale Aurora, Morro da Zemith e Monte Belo.
BENTO GONÇALVES De regresso a Bento, terá muito para ver e fazer na cidade e seus arredores para além dos atrativos que se prendem com o vinho. A igreja Matriz Cristo Rei, em gótico moderno e a Igreja de S. Bento, em forma de pipa de vinho, são dois locais de visita obrigatória. Cidade de praças floridas, é obrigatório passear-se por algumas delas, e no centro tem a Dr. Walter Galassi, a Bartholomeu Tacchini e a Praça Centenário, onde pode descansar e aceder livremente à internet como aliás acontece com muitos dos locais da cidade. A Casa do Artesão, ao lado da estação da Maria Fumaça (ver caixa), é outra visita a não perder, como o Monumento aos Imigrantes Italianos. Já nos arredores, na divisa entre Bento Gonçalves e Veranópolis, está a Ponte Ernesto Dorneles, conhecida também como Ponte do Rio das Antas, ou Ponte dos Arcos. A ponte não possui pilares de sustentação apoiados no leito do rio e a estrutura de sustentação em cimento armado é setembro de 2017
formada por dois arcos paralelos, com um vão livre de 186 metros de extensão entre os pontos de apoio, situados nas margens do rio. A estrada passa por entre os arcos, com uma extensão total de 227 metros. O Rio das Antas forma um vale profundo que vai ziguezagueando através das montanhas e há uma zona, a 14Km do centro de Bento, logo a seguir à ponte, que parece uma ferradura e proporciona uma imagem inesquecível. Imagens, sabores e emoções inesquecíveis, é o que nos invade a cada passo quando se percorre esta região da Serra Gaúcha que vale a pena visitar mesmo que não o faça pelos vinhos. Acima de tudo, esta é uma região em que nos sentimos bem-vindos: é assim em Bento Gonçalves e é também assim em toda a região do Vale dos Vinhedos, nos municípios vizinhos. Afinal, moram por ali as tradições italianas, mediterrânicas, de quem gosta de receber bem, comer melhor e beber quanto baste. E estar e conversar ao redor de uma mesa bem recheada. Toda a Serra Gaúcha é um tanto assim. Afinal, não muito longe – pertíssimo mesmo, para brasileiro -, a pouco mais de 100Km, o município de Gramado e a sua vizinha Canela, são também bons exemplos disso, como já pude escrever nas páginas deste seu jornal destinos.<
Quando ir
Pode ir Vale dos Vinhedos em qualquer época do ano, mas o mais interessante é entre janeiro e março, época de vindimas na região e temporada alta, com os restaurantes e vinícolas a terem programação especial. No verão português, inverno brasileiro, pode fazer bastante frio, basta não esquecer que estamos no sul e no cimo da Serra Gaúcha. Moeda: Real (1€ - R$)3,80 Idioma: português Documentos: passaporte Fuso horário: GTM-3
O que comer
A região do Vale dos Vinhedos foi fundada por imigrantes italianos no sec. XIX, por isso a cozinha italiana mais tradicional é rainha e senhora nestas paragens – e os vinhos também. Não faltam pastas nem pizzas, mas é imperdível experimentar a sopa de capeleti, o galeto assado, a polenta frita, o radiche com bacon, o ravioli com funghi seco e o queijo assado. A terminar peça sagu com creme, sobremesa carateristica da Serra Gaúcha. Nas bebidas, o miolo (vinho) é rei, mas não faltam espumantes, “grappa” e limoncello. As refeições não são caras, principalmente nas tradicionais “cantinas”, bem conhecidas na região mas a conta final vai sempre depender muito do vinho escolhido.
Onde comer
Gran Mangiar Restaurante Estrada para S. Pedro / Barracão, Caminhos de Pedra Restaurante italiano Sábados: almoço e jantar Domingo: almoço Casa DiPaulo BR470, Km417,05 – ao lado da Pipa Pórtico, Bento Gonçalves Cozinha italiana, brasileira, Grill Casa Dequigiovanni Linha Eulália, S/N Cantina, espaço enogastronómico e cultural Comida italiana | bebidas artesanais | shows de música italiana tradicional Apenas sob marcação Giordani Gastronomia Cultural Via Trento, 3671 – Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves Restaurante típico de culinária italiana / Cantina
Onde dormir em Bento Gonçalves
Pousada Don Marini Rua Tocantins, 351 – Imigrante (centro da cidade) Desde: 39€ Quarto duplo c/ pequeno-almoço www.pousadadonmarini.com.br Hotel Vinocap, hhh Rua Barão do Rio Branco, 245 - Centro Desde: 52€ Quarto duplo c/ pequeno-almoço www.vinocap.com.br Hotel Laghetto Viverone, hhhh Rua Carlos Flores, 301 – São Bento Desde: 72€ Quarto duplo c/ pequeno-almoço www.laghettoviveronebento.com.br Hotel & Spa do Vinho Caudalie Autograph Collection, hhhhh Rod. RS 444, Km 21 – Vale dos Vinhedos Desde: 97€ Quarto duplo c/ pequeno-almoço www.spadovinho.com.br
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Hotéis para descansar no outono
Mesmo sem a efervescência do verão, o romantismo do inverno ou o colorido da primavera, o outono é uma das melhores épocas para se viajar em diversos pontos de Portugal. A estação marca o período de baixa estação, com hotéis a preços mais baixos. As variedades de cores proporcionadas pelas paisagens no Outono em Portugal são ímpares. O verde dá agora lugar a tonalidades vermelhas, alaranjadas e douradas e às tradicionais passadeiras de folhas e árvores despidas, ambientes únicos que vale a pena contemplar. Para muitos viajantes, este é o período do ano perfeito para viajar. É também a temporada ideal para apreciar a natureza, as suas cores incomparáveis, aromas e sabores. O clima ameno, longe do calor do verão e ainda sem o rigor do inverno, é perfeito para partir à descoberta. Conheça as nossas sugestões e aproveite para descansar, mas também viver novas experiências em ambientes mais calmos e em sossego.
Texto: Carolina Morgado
Preço Fim-de-semana 2 pessoas Alojamento e pequeno-almoço Desde 110€
Preço Fim-de-semana 2 pessoas Alojamento e pequeno-almoço Desde 142,50€
> Longroiva Hotel & Termal Spa (Hotel rural) Unidade de charme onde ruralidade, inovação e bom gosto encontram uma simbiose perfeita. Trata-se de um conceito hoteleiro que abraça um espaço termal de excelência, para proporcionar o máximo conforto a quem o visita. Trata-se de um empreendimento, da autoria do arquiteto Luís Rebelo de Andrade, onde a arquitetura contemporânea vestiu e renovou o antigo edifício termal de cariz neoclássico, dotando-o de 2 suites, onde impera a elegância, e 12 quartos twin/duplos em ambiente de charme. Num registo mais contemporâneo, o complexo hoteleiro oferece ainda 20 quartos design twin/duplos, com vista privilegiada, e 10 acolhedores bungalows, concebidos e construídos de raíz. Desfrute também das áreas de convívio criadas a pensar no seu conforto e nos
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seus tempos-livres. O Restaurante Isabel de Aragão é um ateliê de sabores, onde a tradição se alia à inovação, permitindo degustar com prazer as deliciosas iguarias da gastronomia duriense e beirã, numa sala elegante e tentadora. Por sua vez, o Bar D. Dinis é a fusão perfeita entre requinte, conforto e bem-servir. Através da tradição e da inovação, as águas medicinais do Spa Termal de Longroiva aliam hoje a saúde, a prevenção e a manutenção do bemestar. Lugar do Rossio Longroiva (Concelho de Mêda, distrito da Guarda) Telefone principal: 279 149 020 Reservas: 279 149 020 Email:geral@hoteldelongroiva.com Site: www.hoteldelongroiva.com/ termas-spa
> O Alva Hotel Valley *** Inaugurado em Março de 2016, o Alva Valley Hotel dispõe de 15 modernos, confortáveis e espaçosos quartos duplos, todos com varanda e alguns com terraço com vista para o rio Alva. Aqui, recostado numa espreguiçadeira, pode usufruir da natureza com todo o conforto. Além da vista que proporcionam, os quartos estão decorados com tons relaxantes, o chão é em madeira e a casa de banho tem todas as comodidades. A ligação à natureza mantém-se, assim como todo o conforto interior. Este é um lugar para recuperar forças e deixar para trás o stress do dia-a-dia. O restaurante e o bar estão abertos ao público em geral, e oferecem uma decoração informal, mas requintada. No restaurante, com capacidade para cerca de 65 pessoas, a aposta vai para a gastronomia regional e internacional.
Parta à descoberta da outra face de Portugal. Muita vegetação, ar puro, riachos e cascatas, completam belas vistas panorâmicas que o levam às Serras do Açor e da Estrela por estradinhas sinuosas. Os hóspedes podem explorar o Santuário da Senhora das Preces, a 10 km, bem como a Cascata Fraga da Pena, a 21 km do Alva Valley Hotel. Não deixe de visitar a Ponte das Três Entradas, construída no Séc. XVIII (1790). Esta ponte, construída no local de confluência dos rios Alva e Alvoco, destaca-se pela forma estrelar com três ramos, única em Portugal. R. Principal 2 Ponte das Três Entradas Oliveira do Hospital Telefone: 238 671 270 Email: info@alvavalleyhotel.com Site: www.alvavalleyhotel.com setembro de 2017
Preço Fim-de-semana 2 pessoas Alojamento e pequeno-almoço Desde 129€
> Terra Nostra Garden Hotel **** O Terra Nostra Garden Hotel, em São Miguel, é a grande referência da hospitalidade nos Açores. Situado no Vale das Furnas, integra-se num dos dez melhores “Retiros Verdes” do mundo, citado pela Condé Nast Traveler, ou seja, o Parque Terra Nostra, um jardim criado no século XVIII. A unidade hoteleira tem sido um ícone de São Miguel e dos Açores proporcionando a melhor e mais genuína experiência possível nos Açores e foi concebido para responder às necessidades dos clientes mais exigentes, com o objetivo de deixar uma recordação duradoura na mente de quem procura a Ilha de São Miguel. O Terra Nostra Garden Hotel dispõe de 86 quartos de várias tipologias, todos equipados com ar condicionado, telefone, TV, mini-bar
e secador de cabelo. Restaurante, bar, room service, sala de leitura, sala de jogos, business centre, piscina interior aquecida, ginásio, sauna, banho turco, jacuzzi, sala de massagens, tanque de água termal no parque botânico, 2 jacuzzis naturais de água termal no parque botânico e parque de estacionamento privativo são outros serviços que o hotel oferece. Um paraíso repleto do melhor que os Açores têm para oferecer. Em comunhão com a natureza desfrute de uma estadia de bem-estar neste retiro exclusivo e repleto de charme. Rua Padre José Jacinto Botelho, Furnas, S. Miguel (Açores) Telefone: 296 549 090 Email: terra.nostra@bensaude.pt Site: www.bensaude.pt/ terranostragardenhotel/
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Preço Fim-de-semana 2 pessoas Alojamento e pequeno-almoço Desde 330€
> Enigma Nature & Water Hotel **** Construído em 2015 o Enigma Nature & Water Hotel é um conceito único e exclusivo em pleno Litoral Alentejano que resulta de uma perfeita harmonia entre a natureza no seu estado mais puro, belíssimas praias onde reina a calma, a tranquilidade e claro o sol, a gastronomia única e o relaxamento. A unidade está inserida numa paisagem natural, com perfeita harmonia e respeito pela natureza, com todos os serviços pensados para si, um hotel exclusivo, com uma arquitetura contemporânea, com quartos com espaços generosos e varandas/terraços panorâmicos e suites com espaços ajardinados interiores. No restaurante Enigma Flavours poderá experimentar os verdadeiros sabores do Alentejo acompanhados com os
melhores vinhos alentejanos. O Spa Enigma Essences oferece experiências de relaxamento e bemestar para revigorar a mente, e nos espaços exteriores cuidados poderá usufruir da tranquilidade e relaxamento, ideias para meditação, descanso ou simplesmente para que possa sentir a brisa da natureza. Tem 24 quartos e suites e uma vista incrível para a serra de Monchique. Este hotel é uma autêntica janela sobre a natureza com uma paisagem que nos proporciona paz e serenidade. Vale do Juncal, São Teotónio, Odemira Telefone reservas: 283 098 186 Email reservas: reservas@enigmahotels.pt Site: www.enigmahotels.com
Preço Fim-de-semana 2 pessoas Alojamento e pequeno-almoço Desde 117,30€
> Colina Dos Mouros Hotel *** Situado num antigo castelo árabe à entrada de Silves, o Hotel Colina dos Mouros está localizado numa área privilegiada, pois está integrado numa das zonas mais ricas do Algarve no que diz respeito a referências histórico-patrimoniais. Com efeito, esta cidade, repleta de história e monumentos, em tempos antiga capital do Algarve, foi um dos centros culturais afamados da Península Ibérica no período árabe, sendo hoje uma das cidades mais visitadas do sul de Portugal. Além do seu valioso património arquitetónico – castelo árabe, catedral gótica e ponte medieval, entre outros, dispõe também de um museu de arqueologia e de um museu de cortiça. O Colina Dos Mouros Hotel gaba-
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se da localização bonita com vista soberba para o Rio Arade. Esta propriedade oferece 53 quartos clássicos com varanda privativa e vista para o rio, TV por cabo, cofre pessoal, roupeiro e linha telefónica. O hotel dispõe de duas piscinas, uma para adultos e outra para crianças, ar condicionado, dois bares, restaurante, sala de convívio, jardins, serviço de snack-bar de apoio à piscina, zona com espreguiçadeiras e chapéus de sol, parque de estacionamento gratuito e serviço de recepção 24 horas. Pocinho Santo, Silves Telefone: 282 440 420 Email: reservas@colinahotels.com Site: www.colinahotels.com setembro de 2017
> experiêncas
Aldeias Avieiras Um Tejo com sentires a mar
Chegaram dos lados da Praia da Vieira, ali para a Marinha Grande, há muitas décadas. Dizem mesmo que foi no final do século XIX. Vinham à procura de um novo sustento, trocando a faina de mar pela pesca de rio. E aqui, entre Salvaterra de Magos, Valada do Ribatejo e o Cartaxo ergueram casas sobre estacas. Assim nasceram as Aldeias Avieiras na margem do Tejo, num lugar onde o silêncio e a tranquilidade têm o seu reino entre mouchões onde pastam em liberdade garbosos cavalos lusitanos.
A
qui o rio é silencioso. Relaxante. Apenas se escuta o vento acariciando as folhas de salgueiros, freixos e choupos que refrescam as margens do Tejo dando cor verde aos mouchões, essas pequenas ilhas que parecem flutuar ao sabor das marés, refúgio de garças, de corvos marinhos que ali chegam em fevereiro, de águias pesqueiras e íbis do Egito. E também de lontras e de cavalos de pura raça lusitana que se passeiam em liberdade pela Ilha dos Cavalos atravessando as águas do rio para um outro mouchão quando a maré baixa, águas onde nadam enguias, sáveis, carpas, fataças, setembro de 2017
C In terruzeiro pr t ativo do Te 1 ho r e j o a– 2 ho r
Mín i m
10 as – 2 € 0€
o 5 ad ulto Pr o g s rama c o Cruz mplemen ei tar alm ro (2 ho Falco o ço, vis ras), ita à a ri a Real Muse e u Avi eira Casa – 40€ PRO www MARTUR .proma rtur .pt Texto: Fernando Borges
achigãs e lampreias. Tudo nos transporta para um mundo de paz e de comunhão com a Mãe Natureza. Aqui e ali, percorrendo essas mesmas águas ou ancorados em pequenos e frágeis pontões feitos de madeira, pequenas embarcações coloridas, também elas frágeis e de madeira, dizem-nos que esta também é terra de gentes, de pescadores, e contam-nos histórias de vida. São histórias que nos levam até ao final do século XIX quando aqui chegaram os primeiros pescadores oriundos da zona litoral centro, principalmente da Praia da Vieira, em Marinha Grande, e que vieram para o Tejo para conseguirem
o seu sustento, escasso na época de inverno nas suas terras de origem. Trocaram a pesca de mar por pesca de rio e criaram as suas comunidades piscatórias. Trouxeram os seus barcos e todos os seus pertences em carroças por terra. E neles, famílias inteiras, faziam toda a sua vida. Eram os “avieiros”.
Entre choupos e Aldeias Avieiras Por aqui ficaram vivendo ao sabor das marés. Até que chegou a autorização para construírem as suas casas em terra, à beira do Tejo. Assim nasceram as Aldeias dos Avieiros, como a Palhota,
uma dessas aldeias construídas sobre estacas para não serem invadidas pelas águas do rio quando o seu caudal se enchia demais. Casas pintadas de cores vivas, como as suas embarcações, feitas de madeira e cobertas de palha e cana. Esta pequena aldeia entre choupos foi a escolhida pelo escritor neorrealista Alves Redol para escrever o seu romance “Avieiros” e onde também foi filmado em 1975 o documentário “Avieiros” pelo realizador Ricardo Costa, retratando a vida dos pescadores da Palhota. Desse tempo, do tempo desses “nómadas do rio”, como os apelidou o escritor, ainda subsistem algumas casas, muitas delas com as tradicionais paredes
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de madeira e telhados de palha e cana substituídas por placas de zinco. Contudo, ainda lá está, como se pensa ter sido originalmente, a casa que serviu de refúgio a Alves Redol. É agora uma Casa-Museu que pretende preservar a memória coletiva desses pescadores que um dia deixaram para trás Vieira de Leiria e aqui se fixaram. Aqui podemos também encontrar a “palhota” de Humberto Vasconcelos, ambientalista e jornalista do Diário de Notícias que trocou a “grande cidade” por este conjunto de 15 casas nas margens do Tejo. É um dos fundadores da Associação Palhota VIVA e a quem se deve muito do resgatar do esquecimento destas comunidades e memórias tão singulares.
Património a preservar Aqui resiste o velho passadiço feito de madeira que liga terra ao rio, onde se amarram velhas embarcações avieiras. Ainda há, também, vida feita por gentes. Por um ou outro residente permanente, por alguns outros de fim de semana, uma dúzia de descendentes desses “nómadas do rio” que um dia resolveram partir para o Luxemburgo, e alguns turistas. Podemos desfrutar ainda do café Zé Broa, instalado numa casa de avieiro, que dizem servir ementas tradicionais como o sável e a lampreia. Do passadiço olha-se o rio enquanto uma turista entrega o corpo aos raios de sol. Lá em baixo, pesca-se à cana e mais além observa-se o verde dos mouchões. Tenta-se vislumbrar outras
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Conquistar os turistas pelo estômago Dona de uma riqueza gastronómica muito elogiada, nesta zona do Ribatejo é o Tejo que “desenha” os menus e os sabores, marcando igualmente o calendário gastronómico. Assim, quando janeiro chega é a lampreia a ocupar os paladares, com o arroz de lampreia a estar no topo da lista das preferências. A partir de abril é o ensopado de enguias e as enguias fritas a ditar a procura, com os pratos compostos por bogas e sável a ditar também as preferências. Ainda assim, há um petisco incontornável, sendo mesmo aquele que mais ligações tem com a história e vida dos avieiros, o Torricado de Bacalhau. Na sua viagem entre a Praia da Vieira e este que era o seu destino, pouco mais havia que pão e bacalhau para comer. O pão ficava rijo ao longo dos dias mas havia que o comer. Para ultrapassar esta situação, os avieiros esfregavam-no com alho e azeite colocando-o sobre o lume até ficar estaladiço. Pegavam em lascas de bacalhau assado e colocavam-no sobre essa fatia de pão. Assim nasceu um dos pratos mais tradicionais da lezíria ribatejana que passou de “comida dos pobres” a um dos manjares mais procurados pelos turistas. Para acompanhar estas iguarias, há o vinho licoroso, tinto e branco da Adega Cooperativa de Alcanhões, como o “Avieiro”, uma marca própria da Promartur. <
aldeias avieiras, como Caneiras e Patacão, mas não, os frondosos salgueiros não o permitem. Apenas se consegue ver na outra margem do rio a aldeia de Escaroupim. Também ela uma memória viva de um tempo que é necessário preservar e dignificar, um outro cantinho extraordinário que faz parte do património humano e cultural de todos nós. É daqui, de Escaroupim, uma das sete aldeias finalistas do concurso Sete Maravilhas de Portugal na categoria de “Aldeias Ribeirinhas”, que se parte em tranquilos catamarãs de 12 ou 18 lugares para um Cruzeiro de Interpretação deste lado do Tejo, para um olhar diferente sobre tudo o que nos rodeia.
Sensibilidades da Mãe Natureza Navega-se ao encontro da Ilha dos Cavalos, dos Amores, das Garças e dos Salgueiros. Observam-se aves de dezenas de espécies que da margem não se vislumbram. E peixes que saltam como que numa irrequieta brincadeira. setembro de 2017
Segue-se por entre mais ilhas e canais, muitas vezes passando por túneis feitos de salgueiros ligando mais algumas pequenas ilhas. Pequenos pedaços de terra cheios de vegetação luxuriante no meio do rio, mouchões perdidos no tempo e feitos de grande beleza onde pastam cavalos das melhores linhagens – Sorraia e PuroSangue Lusitano – que entre pastagens de trevo branco, trevo morango e azevém aqui são deixados com meses de idade para viverem livres e sozinhos até à idade adulta. Até que alguém os venha buscar para serem treinados nos picadeiros da Coudelaria Nacional ou de Alter Real. Verdadeiros paraísos para os amantes de “birdwatching” e de fotografia de natureza que nos convidam por vezes a olhar também as verdejantes margens onde se descobrem algumas quintas cobertas de tomate e milho, uma ou outra aldeia e vila, enquanto mais além se ergue Valada do Ribatejo que ao longe, vista do Tejo, parece um puzzle feito de casinhas brancas entre o verde da margem e o encanto das coisas simples. Ao fundo, a Ponte Dona Amélia, um projeto de Gustave Eiffel. É tempo de regressar a terra firme e aproveitar o resto do dia para uma viagem complementar pela Rota de Escaroupim e da Cultura Avieira, uma rota pela região que já mereceu à Promartur, agência de viagens de Marinhais e organizadora destes passeios e cruzeiros pelas Aldeias Avieiras, o prémio de “Melhor Animação Turística” por parte do Turismo do
setembro de 2017
Como ir
Entre Lisboa e Escaroupim, onde poderá iniciar a sua viagem de encontro das Aldeias Avieiras, distam 73Km. Poderá seguir pela A1 desde Lisboa na direção Norte e sair em Vila Franca de Xira para entrar na N10 seguindo as indicações que indicam Samora Correia e depois pela N118 até chegar a Salvaterra de Magos. De Salvaterra a Escaroupim são apenas mais 7Km e sempre pela Rua do Tejo, que acompanha o rio. Outra opção é seguir pela A1 até à saída que indica Carregado e depois pela A10 até se encontrar com a N118.
O QUE VISITAR
Museu “Escaroupim e o Rio” – Escaroupim Museu Casa Típica Avieira – Escaroupim Falcoaria Real – Salvaterra de Magos Ponte Ferroviária D. Amélia Palácio da Casa Cadaval – Muge
ONDE COMER
Ribatejo. Mas, antes de pisar terra, ainda há obrigatoriamente um último olhar para mais um mouchão onde acampa um grupo de hippies na sua liberdade e comunhão com a Natureza. Também de
ver mais alguns saltos acrobáticos das fataças e o voo branco de mais algumas garças numa definição muito peculiar de essência. Ou de dizer: “regressem!”. Quem sabe para um cruzeiro de duas horas ao pôr do sol ou ao luar. <
O Escaroupim – Largo dos Avieiros, Escaroupim Com vista sobre o Tejo e os mouchões, a especialidade são os sabores do Tejo O Pinto – Estrada Nacional 118 Km54, Marinhais Comida regional A Tasca – Largo dos Combatentes 1, Salvaterra de Magos Gastronomia portuguesa e petiscos Mercearia 18 – Estrada Militar nº 235, Marinhais Grill, europeia e portuguesa
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> grandes dicas
por fernanda ramos
Praga
I
Mercados de Natal
r a Praga é sempre um prazer para os sentidos. Conhecida como a “Cidade das 100 Cúpulas” a capital da República Checa é dona e senhora de um dos mais belos centros históricos da Europa. No inverno, tem a beleza das cidades frias e se a isso aliarmos as tradições natalícias, a sua atração torna-se ainda maior, com a cidade a parecer transportarnos para um reino de encantar, onde “dar de caras” com o pai natal até parece possível. Muito desse encanto provém dos variadíssimos mercados de Natal, um poderoso “íman” para miúdos e graúdos, os primeiros porque o Natal é deles, os outros porque esta é uma época de compras e nestes locais as opções somam e seguem. Não é muito cedo para pensar em Natal nem em compras, afinal estes três meses vão passar a correr. Por isso a viagem que aqui lhe sugiro tem Praga e os mercados de Natal como destino. A proposta do operador turístico Lusanova é de três noites em Praga, de 1 a 4 de Dezembro, em voos TAP, com transferes, visita de meio dia à cidade com guia local em português, dois jantares, e o resto do tempo para poder desfrutar de Praga e dos seus típicos mercados de Natal. Não terá que se esforçar para os encontrar, já que praticamente em cada praça vai ter um. Old Town Square, Wencelas Square e Republiky Square, são apenas alguns dos locais onde se poderá “perder” nesta atmosfera natalícia. Os preços, em super promoção, são desde 698€ por pessoa, em quarto duplo. Mais informações em: www.lusanova.pt.
Óbidos
Dormir entre livros
L
ivros são sempre uma ótima companhia e para quem não consegue passar sem eles, a sugestão é que passe uns dias num hotel que tem, no seu interior, mais de 45 mil livros. Na vila de Óbidos, no espaço que já foi ocupado pelo Hotel Estalagem do Convento, “mora” o The Literary Man Óbidos Hotel, uma unidade de quatro estrelas cujo tema são exatamente os livros e a literatura. Situado ao lado do Castelo de Óbidos, este hotel comporta milhares de diferentes livros de todo o mundo distribuídos por coleções temáticas, dois restaurantes, um bar de gin e um lounge com uma lareira antiga. Neste que é o maior hotel literário do mundo, tudo está decorado com livros e todos eles estão à disposição dos clientes, não apenas na biblioteca e na livraria, onde podem até ser adquiridos alguns exemplares, mas em todos os espaços, incluindo nas duas salas de restaurante onde os hóspedes se podem deliciar, aos jantares, com especialidades da gastronomia tradicional portuguesa e também da cozinha japonesa, por entre pratos vegetarianos e vinhos raros. Quartos e suites, o hotel oferece um total de 30, com uma decoração entre o tradicional e o ecológico moderno, todos equipados com televisões LCD, aquecimento, ar condicionado e acesso wi-fi gratuito. Além de poder ali passar um fim de semana literário poderá também relaxar com massagens e até com sessões de biblioterapia na atmosfera de uma antiga adega, no pátio tranquilo porque, dizem os especialistas, os livros também curam. The Literary Man Óbidos Hotel: Rua D. João d’Ornelas, Óbidos Mais informações: http://www.theliteraryman.pt/ / Reservas: 262 959 217
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Ponte de Lima
Passear por um mundo de jardins
J
á vai na sua 13ª edição e continua a conquistar muitos milhares de visitantes. Falo do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. Se está por terras minhotas e se gosta de jardins e de flores, Ponte de Lima terá que ser local de visita obrigatória. Ponte de Lima é terra de flores e jardins bem cuidados durante todo o ano, mas até ao final de outubro ainda é mais, com este evento. Este ano o Festival tem como tema “Jardim das Descobertas” e em exposição estão projetos da Argentina, Brasil, Áustria, Itália, Holanda, Alemanha, Japão, Portugal e Espanha. A Globalização das Plantas e A Viagem das Descobertas são os projetos portugueses presentes. De Espanha, vieram as propostas Um Jardim para Descobrir e Novaterra, que se juntam ao projeto conjunto Espanha/Argentina denominado El Secreto. Destaque ainda para o projeto El Jardin del Circulo que viajou do Japão e o Descobre a Descoberta, da Itália. Da Alemanha veio Inventionem Arcus –The Discovery of the Rainbow, da Áustria o Jardim dos Sete Continentes e da Holanda o Intersezione Ponte de Lima. Soma-se ainda A Descoberta dos Sentidos, um projeto de paisagismo que chegou do Brasil. Na Praça da República, a exposição pode ser visitada em setembro, nos dias úteis das 10h00 às 12h00 e das 13h30 às 19h00, excepto às segundas-feiras em que apenas abre à tarde. Aos fins de semana o horário é das 10h00 às 19h00. Em outubro, as visitas são das 10h00 às 18h00, exceto às segundas-feiras (das 13h30 às 18h00). O bilhete normal custa 1€. Mais informações em www.festivaldejardins.cm-pontedelima.pt ou pelo Telf. 258 900 400. setembro de 2017
A queda nas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar, características do outono, são responsáveis diretas pelo aumento significativo de alergias e doenças das vias respiratórias, principalmente se decidiu aproveitar os preços mais convidativos para sair do seu ambiente habitual e viajar. Se tomar alguns cuidados vai ver que não precisa de ficar em casa, pelo contrário, saia e divirta-se. Texto: Carolina Morgado
A
chegada do outono muda a paisagem. Na natureza o que fica mais visível é a descoloração das folhas das árvores e plantas, com queda muitas vezes, as noites começam a ficar mais longas, as temperaturas caem e o ar fica mais seco. Se para alguns traz razões de sobra para ser devidamente apreciada, para muita gente o outuno é a estação de intermináveis espirros, noites mal dormidas, congestão nasal insuportável e até crises de falta de ar. Os pacientes que já sofrem com sintomas ou algum tipo de alergia devem, de algum modo, seguir algumas recomendações simples para que evitem as crises nesta época do ano. Caso não tome as devidas precauções, o quadro alérgico seja ele rinite alérgica, asma ou qualquer outra complicação, com certeza vai piorar e afetará a sua qualidade de vida. Não vai querer isso. Por isso fique atento aos sintomas e procure um médico para se tratar corretamente tão logo eles apareçam. É aconselhado fortalecer o sistema imunitário consumindo regularmente alimentos ricos em vitaminas e minerais, como frutas, legumes, verduras e cereais, porque assim o organismo consegue combater os micro-organismos invasores com maior facilidade. Algumas orientações simples para evitar as doenças respiratórias são, nomeadamente, não fumar, não ficar perto de quem fuma e evitar permanecer em locais fechados ou mal ventilados, evitar grandes multidões, tomar a vacina contra gripe todos os anos, e manter a humidade do ar porque isto facilita a respiração. As temperaturas frias prejudicam o
lado no dia a dia e mesmo quando se expõe ao sol, mas saiba que, mesmo em períodos com menos sol e calor é importante manter a proteção. Igualmente, com o fim da estação mais quente do ano, manter todos os cuidados que envolvem a saúde e, principalmente, a aparência da pele, pode-se tornar uma tarefa bastante complicada, principalmente para o público feminino. Isto porque o outono é caracterizado pela baixa humidade do ar e pelo vento frio, que podem aumentar consideravelmente as chances de o tecido cutâneo ressecar e provocar comichão e fissuras. O rosto é o mais atingido pelas alterações climáticas por estar diariamente exposto à nociva ação de agentes externos. Para se manter bonita, hidrate-se com abundância e não economize no uso de cremes nutritivos. Se estiver num hotel com Spa, aproveite e mime a sua pele. <
funcionamento adequado da mucosa respiratória, diminuindo o seu mecanismo de limpeza e imunidade local. Assim, o aparelho respiratório torna-se menos protegido e mais sujeito a doenças infecciosas, inflamatórias e alérgicas que provocam principalmente constipação, gripe, rinite, faringite, pneumonia, bronquite, asma e conjuntivite. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), no mundo, a asma atinge mais de 150 milhões de pessoas e tem uma frequência elevada entre as crianças. Já a rinite alérgica é considerada a doença respiratória mais
frequente e que afeta o maior número de pessoas, chegando a atingir de 20% a 25% da população. Apesar de os sintomas serem menos graves que os da asma e outras doenças respiratórias, segundo a OMS, ela está na lista das 10 doenças que mais levam as pessoas a procurar atendimento em hospitais ou locais de tratamento de saúde. Apesar de as temperaturas caírem e a incidência dos raios solares UVA e UVB ser reduzida nesta época do ano, o cuidado com a pele também deve ser mantido. Em função do tempo mais fresco, há quem deixe o protetor de
• Evite ambientes fechados e com aglomeração de pessoas • Evite locais de poluição atmosférica • Deixe sempre o ambiente ventilado • Lave bem as mãos antes de se alimentar e frequentemente durante o dia todo • Não coloque as mãos sujas na região da boca, nariz e olhos • Use lenços descartáveis para assoar o nariz • Beba bastante água, mesmo sem sentir sede • Pratique desportos hidratando-se com água, sumos naturais ou chás • Faça uma alimentação saudável rica em vitamina C • Tenha atenção ao vestuário porque o clima é muito instável
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> conselhos ao viajante
Evite doenças das vias respiratórias com a chegada do outono
> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS Até 16 de setembro
Bienal Internacional de Arte de Cerveira
3 a12 de novembro
Vila Nova de Cerveira
Nos anos ímpares, a Bienal Internacional de Arte de Cerveira transforma a pacata vila do Minho num movimentado polo de arte contemporânea. É um evento a não perder, em que Vila Nova de Cerveira é palco de encontros e trocas de experiências entre artistas, através de ateliês dedicados às mais diversas áreas. Durante estes dias de contemplação pode melhor conhecer artes como as digitais, gravura, cerâmica, pintura e escultura. O programa inclui ainda exposições temáticas na área do design e de artistas proeminentes da arte contemporânea.
Até 27 de setembro
Madonna – Tesouros dos Museus do Vaticano Lisboa
Aterrou pela primeira vez em Portugal um conjunto de obras das famosas coleções dos Museus do Vaticano, em especial da sua Pinacotena. É no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, que se apresenta a exposição que inclui pinturas de Primitivos italianos como Fra Angelico, de grandes mestres do Renascimentos e do Barroco – Rafael, Pinturichio, Salviati, Pietro da Cortono e Barocci – além de tapeçarias e códices iluminados do acervo da Biblioteca Apostolica Vaticana. A mostra é completa, ainda, por um grupo de pinturas da Galleria Borghese e Galleria Corsini.
7 de outubro
Afonso Henriques Lisboa
A 7 de outubro celebra-se o Dia Nacional dos Castelos, com o Castelo de São Jorge a apresentar um programa gratuito mediante inscrição (218 800 620 | info@ castelodesaojorge.pt) a iniciar às 19h00. “Afonso Henriques” é um retrato do nosso primeiro rei com suas glórias e vicissitudes, com suas conquistas e derrotas. É uma peça de teatro que parte de um poema épico de tradição oral e de crónicas da Idade Média, elaborada pelo Teatro O Bando, em coprodução com o Teatro Nacional D. Maria II.
19 a 29 de outubro
Festival Nacional de Gastronomia Santarém
Com o outono Santarém já nos habituou ao Festival Nacional de Gastronomia, desafiando todos pelo 37º ano consecutivo a visitar Santarém enquanto provam Portugal. Pela primeira vez este ano o festival vai centrar as suas atividades na descoberta de “O pão de cada dia”. Durante 11 dias há 12 tasquinhas tradicionais e um restaurante conceito, o Lucky 13, que representam o melhor da gastronomia portuguesa a nível de produtos, temperos e vinhos. <
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Feira Nacional do Cavalo
Golegã: a Capital do Cavalo Todos os anos, quando o frio começa a apertar, a Feira Nacional do Cavalo, também conhecida como Feira da Golegã ou de São Martinho, vem aquecer os dias e noites do início de novembro. É uma festa imperdível que deve desfrutar, pelo menos, uma vez na vida. Entre cavalos, espetáculos, comes e bebes e muita música, a animação está garantida ao longo destes 10 dias de festa, naquela que é a Capital do Cavalo.
Texto: Sofia Soares Carraca
É a XLII Feira Nacional do Cavalo e XIX Feira Internacional do Cavalo Lusitano. Isto traduzido “por miúdos” representa a 42ª edição da primeira e 19ª da segunda. É uma festa com muita história que se veste em tradição e costumes de há muitos anos. Tudo isto toma lugar, claro, na Golegã, vila que se diz ter origem no tempo de D. Afonso Henriques ou de D. Sancho I, também ela cheia de história. Em tempos parte de Santarém, a que veio a ser chamada de Golegã era, e permanece sendo, terra de solo fértil, que foi chamando a si diversas gentes, entre as quais criadores de cavalos. Foi a meados do século XVIII que teve o seu início a Feira da Golegã, chamada na altura de Feira de São Martinho. Desde então tornou-se o mais importante entreposto comercial de Cavalo PuroSangue Lusitano de todo o mundo. Sabe-se que já nesse século, com o apoio de Marquês de Pombal, a feira começou a ganhar nome, importância e um vincado carácter competitivo. Naqueles tempos eram já realizados concursos hípicos e diversas competições de raças, com os melhores criadores de cavalos a nível nacional a concentraremse nesta vila e a exibirem os fantásticos exemplares. Hoje, a Golegã é, sem dúvida, a Capital do Cavalo. A feira é uma das mais importantes
e genuínas do seu género, tanto em Portugal, quanto no mundo. São 10 dias em que se reúnem os criadores nacionais com os seus exemplares, com os melhores Puro-Sangue Lusitano criados no país a rumarem à vila, para virem a ser vendidos a compradores e interessados que chegam dos quatro cantos do planeta. Um evento que transformou o dia de São Martinho (e seus vizinhos) no mais bonito espetáculo equestre que toma lugar em Portugal.
Programa bem recheado Quer saber a melhor parte? Tudo isto é gratuito! Obviamente se a sua intenção é comprar um cavalo a conversa é outra (uma conversa na ordem dos milhares de euros), mas se quer desfrutar da exibições e espírito festivo, pode aproveitar sem qualquer peso na consciência. Ralies, raids, jogos equestres, campeonatos e a Maratona de Carruagens são alguns dos momentos com que pode regalar a vista e a alma durante a Feira da Nacional do Cavalo. A agenda é preenchida, com o programa a começar entre as 8h00 e as 11h00 e a estender-se até as horas madrugada, com especial enfoque na zona do Largo Marquês de Pombal e no Picadeiro do Largo do Arneiro. Pode distribuir o seu
tempo por entre concursos de saltos de obstáculos, concursos de resistência, exposições, concursos de dressage, provas de equitação, provas de perícia, horseball, espetáculos equestres e apresentações dos ditos belos exemplares, entre tantas outras atividades. Para que nada falte, e porque é São Martinho, não descure as castanhas assadas, a água-pé e a jeropiga. Para além dos espaços de refeições e bebidas que brotam durante os dias de feira, pode ainda contar com a deliciosa gastronomia ribatejana que está disponível nos diversos restaurantes da vila, a fazer horas especiais nestes dias mais agitados. E, mais que não seja pela sua indescritível beleza vale a pena uma visita a esta terra da lezíria, entre o Rio Tejo e Almonda. Passeie-se por entre as casas tradicionais e centenárias, que fazem lembrar o importante passado local. Já sabe, junte os amigos e vá comer uns petiscos num ambiente que cheira inconfundivelmente a castanha assada, enquanto observa cavaleiros e amazonas trajados a rigor a passearem-se entre os visitantes. Admire as charretes e os belíssimos Puro-Sangue Lusitano e tente arranjar um convite para as ilustres festas que decorrem dentro das quintas da vila, onde pode ver os belos exemplares mais de perto.< setembro de 2017
Setembro e outubro
EVENTOS E ESPETÁCULOS 16 a 24 de setembro
London Design Festival Londres
Festivais vínicos Festival Chiante Classico – 7 a 10 de setembro | Greve Festival de Vinho e Gastronomia Boccaccesca – 6 a 8 de outubro | Certaldo Dürkheim’s Wurstmarkt – 8 a 12 e 14 a 18 de setembro | Dürkheim Cavatast – 6 a 8 de outubro | Sant Sadurni d’Anoia
Criado em 2003 por dois dos maiores entusiastas do design britânico, os designers gráficos Sir John Sorrell e Ben Evans, este festival celebra Londres como sendo a capital global do design. É um evento de enorme importância em que inovação é a palavra de ordem. São nove dias repletos de uma panóplia de eventos culturais, que decorrem em espaços públicos da cidade e pretendem dar a conhecer Londres através de um novo prisma de perspetivas. O festival apresenta mais de 300 palestras, painéis, pop-ups, workshops, instalações e exposições de arte.
5 a 8 de outubro
Festival de Street Food do Guia Michelin Macau
Itália | Espanha | Alemanha
O melhor do vinho europeu
Setembro e outubro são meses do vinho por direito. É altura de vindimas em que se inicia um novo ciclo, tanto em Portugal como na restante Europa. Para celebrar este acontecimento são diversos os festivais vínicos que decorrem por todo o Velho Continente, com destaque para aquilo que é seu. Venha descobrir os vinhos italianos, espanhóis e alemães. Texto: Sofia Soares Carraca
A
s festas começam por Itália, com dois festivais dedicados aos vinhos nacionais. O Festival Chiante Classico toma lugar logo no início deste mês, de 7 a 10, na bela cidade de Greve, a porta de entrada para a região do Chianti, na Toscana. Esta zona, que se estende entre Florença e Siena, produz vinho há mais de 2.000 anos. O festival faz-se em quatro dias de diversão, com o final de tarde de quintafeira a abrir as portas com performances musicais na Piazza Matteotti. Provas de vinho e oportunidades para comprar os melhores exemplares de Chianti não vão faltar. Ainda assim, e para complementar a oferta, há também provas de azeite e dos mais deliciosos enchidos e queijos italianos. No decorrer dos quatro dias pode ainda assistir a concertos e a artesãos locais a trabalhar, participar em caminhadas ou visitas guiadas pelas igrejas e castelos desta bela região. O festival encerra no domingo, com um cortejo, entrega de prémios e concerto. Ainda por Itália, mas já em outubro, de 6 a 8, decorre o Festival de Vinho e Gastronomia Boccaccesca, pelas ruelas estreitas de Certaldo, também na região da Toscana. Uma festa vibrante de comida e bebida é esta que decorre por entre os edifícios em pedra desta vila medieval perfeitamente conservada. setembro de 2017
Durante o festival vai ter a oportunidade de provar os vinhos lendários da Toscana, como o Chianti Classico e o Brunello de Montalcino, acompanhado por experientes sommeliers que vão atender a todos os seus pedidos. Para complementar a oferta, vai encontrar ainda banca atrás de banca dos melhores produtores regionais com iguarias ímpares e produtos frescos. Durante os quatro dias vai ter a oportunidade de ver competições entre grandes chefs nacionais e provar o que há de mais tradicional. Terá também tempo para ver recriações históricas de tempos medievais, que em Certaldo fazem todo o sentido. De Itália subimos para a Alemanha, em concreto para Bad Dürkheim, no estado da Renânia-Palatinado, onde decorre o Dürkheim’s Wurstmarkt, o maior festival vínico do mundo com uma história de mais de 550 anos. É uma das festividades mais tradicionais da Alemanha e uma boa alternativa ao Oktoberfest, para quem prefere o vinho à cerveja, a decorrer entre 8 e 12 de setembro e de 14 a 18 do mesmo mês. O festival estende-se ao longo de toda a cidade, com bancas onde pode provar mais de 150 variedades de vinho e encontrar, com certeza, aqueles que mais gosta. O centro das atividades localizase na Weindorf, a Vila do Vinho onde estão expostos os melhores vinhos da
Alemanha e da Europa. Este festival é amplamente conhecido pela sua vertente de animação, com concertos, performances e atividades. Há programas para a família, visitas guiadas aos monumentos da cidade, ciclos de literatura e muito mais. É obrigatória a visita à capela Michaelskpelle, para onde rumavam os peregrinos na Festa de São Miguel no século XV, ritual que se pensa ter dado origem ao festival. Já em outubro, de 6 a 8, todos os caminhos vão dar a Espanha, para o Cavatast. O festival dedicado à Cava decorre, logicamente, na sua capital, Sant Sadurni d’Anoia e celebra em 2017 o seu 20º aniversário. A feira é o local onde se dirigem os amantes deste vinho, vindos dos quatro cantos do mundo para ouvir o inconfundível ‘pop’ de uma garrafa de Cava a abrir. É no centro da cidade que decorre este festival ao ar livre que se alastra pela Rambla de la Generalitat, onde pode contar também com uma grande variedade de delícias da cozinha catalã. Para além das provas gastronómicas e vínicas, o programa visa exposições, workshops e música ao vivo. É um festival que pensa nas famílias e crianças, com diversas atividades a ser vividas em conjunto. Há uma área exclusiva a crianças e um comboio em miniatura que percorre os pontos importantes da cidade e da feira. <
Macau vai ser o palco do primeiro Michelin Guide Street Food Festival, o festival de comida de rua do Guia Michelin, que vai ocorrer em outubro no Studio City’s Macau Gourmet Walk. Concebido com o propósito de se assemelhar às ruas históricas de Macau, o festival vai acolher chefs e cozinheiros de restaurantes com estrelas Michelin que irão apresentar as suas criações de comida de rua e petiscos típicos, podendo os visitantes experimentar os sabores ricos e diversos de vários pontos do continente asiático.
6 a 15 de outubro
Festas de encerramento Ibiza
O verão em Ibiza é como viver um festival sem fim, o “festival” mais longo do mundo, onde música, animação e praias nunca faltam e encontram-se a curta distância, onde quer que se encontre na ilha. Ibiza é, desde há muito, uma Meca para todos os que procuram noites intermináveis e “beats” contagiantes, com o verão a ser um desfilar de DJs de renome a nível mundial. Neste local de sonho, que alia a pura diversão às mais belas praias, se há altura que não deve perder é esta. No tempo das festas de encerramento a adrenalina está ainda mais alta, para se despedir do verão e dar as boas vindas ao outono com uma última festa de “arromba”.
6 a 22 de outubro
CAFe Budapest Budapeste
O CAFe – Contemporary Arts Festival é o festival de artes contemporâneas mais importante da Hungria. Toma lugar na sua capital, Budapeste, com uma panóplia de mais de 200 eventos em mais de 45 locais. O programa apresenta momentos para todos os gostos, com teatro, circo, jazz, dança, música clássica, pop e muito mais. Para além de tudo isto, o recheado programa engloba ainda a Budapest Design Week, o Mercado de Arte de Budapeste e a Competição Armel Opera. <
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Baobab Safari (Quénia)
Poucos lugares oferecem a oportunidade extraordinária de ver animais selvagens no seu habitat natural como o Quénia. Esta é uma região de contrastes dramáticos e fauna extraordinária: paisagens selvagens, natureza intocada e grande beleza e variedade de fauna e flora em abundância, combinam-se para criar o safari africano perfeito. São mais de 40 parques nacionais que oferecem uma grande variedade de habitats naturais e diferentes safaris. O que significa que há muito o que explorar e uma abundância de espécies raras que possivelmente só vai encontrar no Quénia. E é para parques como Masai Mara que afluem boa parte dos turistas em busca daquela paisagem de cinema, repleta de animais em constante movimentação e dramáticas cenas selvagens. <
Jamaica
Cristóvão Colombo descreveu a Jamaica como a mais bela ilha que os seus olhos haviam visto. Também os viajantes encaram a Jamaica como um dos destinos mais apetecíveis das Ilhas caribenhas. Praias cintilantes, casas históricas e o sorriso rápido e malandro dos jamaicanos justificam o encanto desta ilha. Berço do cantor de reggae Bob Marley, a Jamaica é conhecida pela filosofia rastafári, pelo rum e principalmente pelas belezas naturais que incluem vegetação exuberante e praias paradisíacas. A terceira maior ilha das Caraíbas, localizada no arquipélago das Grandes Antilhas, encanta a todos que ali chegam. Um dos pontos turísticos mais importantes é a imponente cordilheira Blue Mountains, que divide as costas norte e sul da ilha. <
Rio de Janeiro & Búzios
Conheça esta proposta de férias no Rio de Janeiro e Búzios e tenha umas férias únicas em dois destinos que o vão surpreender. No Rio de Janeiro, os dias são livres para atividades independentes. Aproveite para fazer alguns passeios e ir à praia. A Baía de Copacabana, o Cristo Redentor, Ipanema, Leblon, Pão de Açúcar e a Floresta da Tijuca são alguns dos locais de visita obrigatória. Em Búzios visite a Orla Bardot e a famosa Rua das Pedras onde encontra diversos restaurantes, lojas e bares, e descubra as praias de Azeda, Azedinha, Ferradura, Tartaruga e Armação. A bela Armação dos Búzios – ou simplesmente Búzios, como é mais conhecida – esbanja cenários dignos de cartão-postal, com praias diferentes entre si devido à geografia irregular de sua costa. <
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Circuito San Marino e Toscânia
Este circuito permite visitar San Marino, a mais antiga república constitucional do mundo. Dentro das suas bem preservadas muralhas e torres defensivas encontramos uma interessante cidade medieval com um comércio vibrante nas suas ruas sinuosas, perfeitas para deambular encosta acima, onde cada beco e esquina cativam o olhar mais atento. Vai passar também por Siena para chegar a Florença, cidade berço do Renascimento e outrora a mais rica da Europa. O programa inclui ainda Lucca, mais uma das inúmeras localidades encantadoras da Toscania com tempo para visitar as suas praças medievais, bem como Pisa para contemplar o conjunto arquitetónico da Piazza dei Miracoli, nomeadamente o Batistério, o Duomo e a famosíssima torre inclinada, símbolo universal desta cidade. <
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Se reservar o seu cruzeiro de uma semana no Mediterrâneo, com partidas desde 1 de dezembro, até dia 30 deste mês pode poupar mais de 50% nas excursões em terra, com o PasseparTour. De modo a recompensar os clientes que optam por planificar as suas viagens com antecedência, a novidade da Costa Cruzeiros permite reservar, ainda antes do início da viagem, um pacote de cinco excursões por 99€. Cada excursão por menos de 20€ significa que, contas feitas, pode poupar até 50%. Para além disto, se optar pelo PasseparTour terá, ainda, 25% de desconto em qualquer outra excursão, fora as cinco já incluídas no pacote. <
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cerveja O Oktoberfest no Algarve
A verdadeira festa da cerveja alemã regressa ao Vila Vita Biergarten, no Algarve. De 27 de setembro a 8 de outubro, o restaurante do Vila Vita Parc volta a ser palco do popular festival de cerveja, celebrado originalmente em Munique, na Alemanha. Comida tradicional da Baviera e muita cerveja servida por staff vestido com trajes tradicionais e música ao vivo interpretada pela banda alemã Müncher Gaudiblosn são algumas das características com que pode contar. Destaque para os schnitzel, arenque, bretzl, pickles, jarrete de porco com chucrute e, claro, a cerveja da Erdinger, uma das cervejeiras mais conceituadas da Alemanha.<
Regresse aos Anos 40 no Douro
As carruagens dos anos 40 estão de volta à Linha do Douro, num comboio diário até 30 de setembro. A partida faz-se do Porto – São Bento às 9h25, com chegada à estação de Tua às 12h28. No regresso tem partida às 14h34 e chegada às 20h55 nos dias úteis e às 20h30 aos fins de semana e feriados. O MiraDouro tem paragem em Porto – Campanhã, Régua, Pinhão e Tua, com preço idênticos aos praticados no serviço Interregional da CP, nomeadamente 11,60€ para o Porto/ Tua e 9,75€ para o Porto/Peso da Régua. Pode abrir amplas janelas panorâmicas das carruagens e melhor contemplar as paisagens do Douro vinhateiro. < setembro de 2017
Réveillon fora de portas Não sabe onde passar as doze badaladas? Ou onde comer as suas doze passas? Deixamos aqui quatro sugestões de passagem de ano fora de Portugal. É, sem dúvida, a noite mais longa do ano, mas também uma desculpa perfeita para viajar. Se gosta de desfrutar em grande desta noite, mas também aprecia uma viagem, perto ou longe de casa, junte o útil ao agradável e confira as nossas sugestões de destinos que celebram o réveillon.
Funchal
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Nova Iorque
Apesar das temperaturas abaixo de zero, o inverno em Nova Iorque é lindo e vibrante. Neve e decoração natalícia misturam-se ao cenário de aranha-céus. Nesse período, o Rockefeller Center e o Central Park ganham pistas de patinagem no gelo que fervem dia e noite. O principal espetáculo do réveillon tem lugar na Times Square, quando milhares de pessoas se aglomeram no local à espera que a grande bola de neón (que simboliza a passagem do ano) desça do cimo do edifício One Times Square. É assim desde 1908, e dura meros 60 segundos. É sinónimo da maior festa do planeta. É impossível não se apaixonar por Nova York. A cidade tem de tudo um pouco e atrações para agradar a todas as idades e bolsos.<
Lisb Partidas de dezembro de 29 e 28 a
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Marraquexe, a mágica cidade vermelha devido à cor da sua arquitetura, conhecida também como a “pérola do sul”, ou a “porta do sul” é um mundo de sons, cores e sabores. A sua beleza única transmite um sentido de exotismo enorme aos seus visitantes. A Medina é a zona histórica da cidade, e insere-se numa fortificação milenar. Formada por um labirinto de ruelas estreitas, a melhor forma de a explorar é a pé. Pela singularidade e caraterísticas únicas a Medina de Marraquexe está classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, assim como outros tantos monumentos da cidade.<
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Aproveite, viaje até a esta ilha caboverdiana, desfrute das suas praias com o mar límpido de esmeralda, ali ao pé da areia imensa, alva e fina, e do seu sol. As praias desertas a perder de vista são uma das mais puras imagens da natureza. Aqui, a hospitalidade da população é única e é o mais perfeito espelho daquilo a que se dá o nome de morabeza. A ilha é convidativa para passar uns ótimas dias. Também passear pelo centro da cidade, a capital Sal Rei, e entrar no ritmo cabo-verdiano, divertir-se ao som do funaná, provar o peixe e marisco fresco acabado de pescar e aventurar-se numa excursão, são outras sugestões. Há percursos culturais/ históricos, pelas praias atravessandose dunas, observação de tartarugas a desovar nos areais, trajetos feitos em motoquatro, como também atividades náuticas em que o destaque é o kitesurf. <
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D E S D E
A apenas 1h30m de avião de Lisboa, a Madeira, muitas vezes designada de "Pérola do Atlântico", "Ilha dos Amores", Éden ou Paraíso, é destino a visitar durante todo o ano. Toda ela constitui um parque natural ao conservar mais de 700 espécies de plantas. Um jardim á espera de ser descoberto. A sua vegetação luxuriante e variada, que combina as caraterísticas tropicais com as mediterrânicas, originando um mosaico vegetal diversificado e rico em tonalidades de verdes, formas e portes, é de facto um dos principais atrativos da Madeira, juntando-se ao seu variado calendário de eventos, sendo um dos mais emblemáticos o espetáculo de fogo-de-artifício no anfiteatro do Funchal. <
Marraquexe
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