Jornal destinos de março de 2018

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gastronomia: o melhor de lisboa publicidade

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Ano 4

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Nº 45

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Mensal

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Março de 2018

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Diretor : José Luís Elias 55x60_Destinos_portugal_invierno_2017.indd 1

grátis 1 entrada na

todos à feira!

>por cá

28/11/17 9:27

Sugestões

Férias em Portugal

Páscoa

Tradição em Idanha-a-Nova

>lá fora Costa Rica

Uma viagem perfeita

Irão

encantos da antiga Pérsia


> passageiro frequente

nota de abertura

Visite-nos na BTL no Pavilhão 3 Stand 3A82

E vão três anos! Já passaram três anos desde que o jornal destinos teve a sua primeira edição publicada. O tempo passou a uma velocidade estonteante, parece que ainda foi ontem que a equipa que produz o jornal festejou o nascimento do “bebé”. Os nossos leitores mais atentos já nos foram dando os parabéns através de mensagens enviadas por email e via facebook, o que agradecemos. Passaram três anos, é tempo de olhar para trás mas apenas para festejar e refletir, porque é o futuro que verdadeiramente interessa. Machado de Assis escreveu um dia que “Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem”, uma frase que faz todo o sentido para a equipa que faz o jornal destinos. Após cada edição ponderamos sobre ela, sobre os defeitos e virtudes, projetando a próxima e as melhorias que nela devemos introduzir. Ainda me recordo da primeira edição do jornal destinos ir para as bancas de jornais e de muitos nos dizerem que tinha sido muito arrojo, que tinha sido demasiado arriscado produzir informação de viagens em papel de jornal. É por isso que, quando se comemora a passagem de mais um ano, a reflexão a fazer tem de ser mais abrangente, temos de pensar todo o projeto para conseguirmos melhorar a forma de comunicar e de chegarmos aos leitores.

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Queremos, e vamos estar, em contacto mais direto com os nossos leitores e vamos fazê-lo que através do jornal físico, quer online. Vamos dinamizar PASSATEMPOS, descontos em viagens, estadias, refeições… Vamos promover ações que tragam os leitores até nós e outras que nos levem ao encontro daqueles que nos lêem. Esta edição do jornal destinos também é especial por outro motivo: com ela é oferecido aos nossos leitores um voucher de entrada na Bolsa de Turismo de Lisboa, para que possam visitar o maior certame turístico que se realiza em Portugal. A data desta grande montra do turismo nacional e internacional antecede a chegada da primavera, dos dias mais quentes, daqueles dias em que já pensamos nas férias ou, no mínimo, em aproveitar um pequeno período de descanso, a começar já pela Páscoa que está tão próxima. Na BTL vai encontrar mil e uma propostas que irão ao encontro dos seus desejos, com a vantagem acrescida de os vários produtos terem preços mais acessíveis. “Dê um mergulho” na BTL é a recomendação que lhe deixo. Vá com o destinos à feira e poupe o dinheiro do bilhete, é nosso convidado.

José Luís Elias

ficha técnica

Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa

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estatuto editorial destinos é um projeto editorial de informação turística, em que a vertente das viagens, em Portugal e no estrangeiro, é preponderante. destinos é um jornal mensal de informação abrangente na área do turismo, orientado por critérios de rigor e criatividade editorial, sem qualquer dependência de ordem ideológica ou económica. destinos assenta os seus conteúdos num jornalismo exigente e de qualidade, tendo na informação exata o principal instrumento para acrescer valor ao conhecimento dos leitores. destinos aposta numa informação diversificada e abrangente, através da abordagem de todas as áreas que, de forma direta ou indireta, estão relacionadas com os conceitos do turismo e das viagens, em particular na vertente do lazer. destinos quer ir ao encontro dos interesses e das necessidades dos portugueses que de facto viajam, sejam essas viagens de fim de semana ou períodos longos, em Portugal ou no estrangeiro.

destinos estabelece as suas opções editoriais em função dos seus leitores, dividindo assim a sua informação e reportagens pela opção de destinos de proximidade e grandes viagens. destinos não ignora a importância da informação online, mas entende que um meio físico na área da escrita de viagens, que apresente um jornalismo eficaz, atrativo e imaginativo, e que estabeleça interação com os leitores os cativará. destinos considera que o seu potencial leitor tem uma opinião informada sobre viagens e destinos turísticos, por isso irá privilegiar uma relação de interatividade com o público, abrindo-lhe as suas páginas para que possa dar a sua opinião e participar nas diferentes iniciativas que desenvolve. destinos é responsável perante os leitores, numa relação rigorosa e transparente, que se consuma na informação publicada.

www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira)

Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca

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Vá com o à $ VALE 1 ENTRADA NA BTL Recorte o cupão e troque por uma entrada no Balcão de Apoio ao Cliente, na entrada principal. Válido no horário do público: Sexta-feira | 2 de março – 18h00 às 23h00 Sábado | 3 de março – 12h00 às 23h00 Domingo | 4 de março – 12h00 às 20h00 No horário dos profissionais não é possível assegurar estas entradas.

d n a t s o o3 s s ã o h n l i o v 2 a e 8 t p i s no 3A 3 i V

Todos os caminhos vão dar às suas férias

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> tema de capa

Férias!

Todos à Feira C Férias a preços promocionais. Gastronomia representativa de várias regiões do país e do mundo. Mostras e degustações de vinhos e produtos. Animação, sempre muita animação para graúdos e também para os miúdos. Tudo isto e muito mais traz consigo a 30ª edição da BTL que começa esta quarta-feira, na FIL, e que abre ao público a partir das 18h00 de sexta-feira, 2 de março. Não falte porque há 365 razões para visitar a BTL. Texto: Fernanda Ramos

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om a edição de 2018, a Bolsa de Turismo de Lisboa comemora 30 anos de existência. A feira, que sempre abriu as portas ao público e à qual este sempre aderiu, dedica hoje praticamente dois dias e meio aos consumidores, permitindo-lhes adquirir viagens, pacotes de férias, estadas mais ou menos prolongadas, experiências culturais e gastronómicas, cruzeiros de mar ou de rio e o mais que quiser nos stands das agências de viagens, unidades hoteleiras e regiões presentes no espaço de exposição da FIL, no Parque das Nações. Mas, para além da compra de

férias a preços promocionais, em alguns casos com descontos que podem chegar aos 50%, há muito mais para desfrutar ao visitar os quatro pavilhões da FIL. Há, por exemplo, muita animação, as mais diversas degustações de gastronomia, vinhos e produtos regionais, sessões de showcooking, passatempos para todos os gostos e muito em particular para crianças e jovens. Tudo isto em ritmo de festa porque a BTL é a grande festa do turismo em Portugal, que anualmente se renova. Todos os portugueses, e porque não também os turistas que nos visitam, estão convidados para irem conhecer todo o

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KIDS ROUTE Estreou-se o ano passado e o sucesso que teve junto dos mais novos justifica o seu regresso. Falamos do programa Kids Route que convida as crianças dos 6 aos 12 anos, ou seja aqueles que serão os turistas de amanhã, a descobrirem Portugal através da BTL. Durante o fim de semana, dias 3 e 4 de março, as regiões turísticas portuguesas e as empresas presentes vão apresentar atividades exclusivas para as crianças, como jogos tradicionais, jogos de vídeo e interativos, caça ao tesouro, puzzles, quebra-cabeças, entre muitas outras surpresas. Na bilheteira da feira será entregue um passaporte às crianças onde elas poderão registar as experiências vividas nos stands – e vão ser muitas. Tudo com o objetivo de despertar nos mais novos a paixão pela descoberta de novos lugares, gentes e culturas. <

Os dois primeiros dias são reservados a profissionais do setor do turismo, mas no dia 2 de março, a partir das 18 horas e durante todo o fim de semana, a Feira abre também as suas portas ao público. 2 março, 6ª feira: 18H00 às 23H00 3 março, sábado: 12H00 às 23H00 4 março, domingo: 12H00 às 20H00

Preços:

Individual: 5€ Estudantes, seniores e crianças dos 11 aos 14 anos: 2,5€ Crianças até 10 anos: grátis

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Horário

conhecer de perto os vários Patrimónios Imateriais da Humanidade, a começar pelo Cante, sempre presente, até aos bonecos de Estremoz, passando pelos chocalhos. Isto sem esquecer as novidades que Lisboa sempre tem, o muito que tem para ver a região do Porto e Norte de Portugal e, claro, o Algarve onde praia é apenas um pouco do que podemos fazer ao visitar a região. E, claro, através dos corredores da Feira ruma-se também à Madeira, põe-se o pé no Porto Santo e visitam-se uma a uma, todas as ilhas dos Açores, todas belas, todas diferentes. À totalidade das regiões turísticas portuguesas, cinco no Continente mais duas Regiões Autónomas, juntam-se este ano mais de 50 municípios que se fazem representar de forma individual, o que torna a oferta ainda maior. Os números podem dar uma ideia mais precisa do que vai poder encontrar: numa área de 30.500m² distribuída por quatro pavilhões, vão concentrar-se 1.300 expositores, 200 dos quais nunca antes tinham estado presentes. Entre eles estão agentes de viagens, operadores turísticos, hotéis e outros tipos de alojamento, transportes incluindo companhias de aviação, todas as regiões turísticas portuguesas e muitos destinos estrangeiros. Este ano, destinos internacionais são 41 e entre estes há os que são já quase “da casa” mas também vários estreantes, como Angola, Bulgária, Namíbia, Rússia e Uruguai. Entre os habituais lá estarão uma vez mais, e sempre com muita animação, o Brasil, Cabo Verde, Marrocos, Cuba e muitos outros que entram na categoria de destinos de férias diletos dos portugueses. Como é habitual, soma-se ainda uma ampla oferta gastronómica, com a presença

DESDE

país portas adentro da FIL, no Parque das Nações. Ao público, a feira abre a partir das 18h00 de sexta-feira, dia 2 de março, e assim permanecerá fim de semana adentro. Neste entretanto, até às 20h00 de domingo, a Bolsa de Turismo de Lisboa vira um verdadeiro mundo. Percorrer os pavilhões da feira é percorrer os caminhos de Portugal inteiro e visitar ainda muitos países estrangeiros. Por ali, visita-se Portugal de norte a sul, este ano obrigatoriamente com uma maior atenção ao Centro de Portugal mas todas as regiões estão repletas de coisas para ver e para conhecer. No Alentejo, por exemplo, pode

na sua agência de viagens

*Tarifa desde, ida simples em Classe Económica, despesas de reserva não incluídas, tarifa sujeita a condições e disponibilidade à partida do Porto com destino a Paris-Orly. Bagagem de Cabine de 10kg incluída no preço do bilhete. Custos adicionais para Bagagem de Porão.

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> tema de capa

Moita com passatempo e animação musical Durante o fim de semana, passe pelo stand da Moita e participe no passatempo do Município da Moita, habilitando-se a ganhar um bilhete duplo para um Passeio pelo Tejo, a bordo do varino municipal “O Boa Viagem”. Do programa de iniciativas abertas ao público consta ainda a apresentação da XVIII Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo e as apresentações do Percurso Interpretativo do Estaleiro Naval de Sarilhos Pequenos, do novo Percurso Turístico Audioguia do “Baixa da Banheira, Conta-me Histórias”, da Feira Medieval de Alhos Vedros e do 7º BB Blues Fest.

Sábado, 3 de março

16:00h – Apresentação pública da XVIII Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo, seguida de degustação do doce tradicional “Ferradura da Moita”

Domingo, 4 de março

15:30h – Atuação do Grupo de Danças Antigas de Alhos Vedros (Ação promocional no âmbito da 11ª Feira Medieval de Alhos Vedros) 17:00h – Apresentação do 7º BB Blues Fest, seguido de apontamento musical

Vila Franca de Xira da cidade ao campo Pela primeira vez com stand próprio, Vila Franca de Xira aposta na divulgação da arte e cultura regionais, dos recursos naturais, da gastronomia e das tradições tauromáquicas, assim refletindo as dinâmicas da vida no campo e na cidade e, acima de tudo, a sua aposta na qualidade e autenticidade da oferta turística.

Sexta-feira, 2 de março

18h30 – Show Cooking Sável e Prova de Vinho “Encostas de Xira” 19h30 – Animação “Quarteto de Cordas do Conservatório Regional Silva Marques” de Alhandra 20h30 Ação de divulgação CartoonXira´17

Sábado, 3 de março

15h00 – Prova de Vinhos “Encostas de Xira” 16h00 – Ação “Quintas Municipais” 17h00 – Ação EVOA 18h00 Ação “Monte dos Castelinhos/CEAX”

Domingo, 4 de março

16h00 – Apresentação do Livro “Embarcações Avieiras e Outras Tradicionais do Tejo” 17h00 – Animação - Recriação “Rancho dos Avieiros” 17h30 – Ação Caminhando.pt

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de vários restaurantes representativos de diversas regiões e de alguns países.

CENTRO DE PORTUGAL E PAMPILHOSA DA SERRA EM DESTAQUE O Centro de Portugal volta a ser, este ano, o destino Nacional Convidado da BTL, a ele se juntando Pampilhosa da Serra como Município Convidado. Como Destino Nacional Convidado, o Centro de Portugal vai à BTL mostrar aquilo que a região tem de melhor para oferecer e tornar claro que, apesar da tragédia dos incêndios, continua a ter tudo para atrair e oferecer aos visitantes. No seu stand vão estar vários simuladores artificiais de alguns dos produtos âncora da região, o mar e o turismo activo e de natureza, além de um simulador de surf e outro de bicicleta, em que poderão ser percorridos troços da ecopista do Dão. Vai ter também um espaço dedicado aos Lugares Património Mundial no Centro que são muitos, desde Coimbra a Alcobaça, passando por Tomar e Batalha. Já o Município Convidado, Pampilhosa da Serra, levará à BTL um centro comercial da natureza que vai ter lá dentro tudo o que não se pode comprar na cidade. O município quer dar a conhecer aos visitantes muito do que tem para oferecer, como as suas barragens com água de excelente qualidade, o turismo rural e os percursos pedestres, as atividades ligadas ao ciclismo, mas também projetos como o DarkSky relativo à observação das estrelas.

O EXOTISMO DE MARROCOS Este ano, Marrocos é o Destino Internacional Convidado da BTL. A escassas duas ou três horas de Portugal, consoante o

local de onde se parta e para onde se vá, Marrocos é um destino próximo e ao mesmo tempo distante pelas suas tradições, pela sua cultura carregada ainda de exotismo. Tanto assim que a própria BTL foi buscar algum desse exotismo, patente nas danças locais, para se promover junto do grande público numa ação pelas ruas de Lisboa, a semana passada. Marrocos é um dos destinos internacionais a que os portugueses dão preferência nas suas férias, mas também em short-breaks. Se Saidia, uma das suas estâncias de férias, ganha nos pacotes de verão – os portugueses são, desde há anos, o mercado número um desta região marroquina – está agora de regresso Agadir que já foi preferencial em décadas passadas. Mas nos short-breaks a grande vencedora continua a ser Marraquexe com o seu fascínio de cidade vermelha, apesar de outras, como Fez e Tânger atraírem cada vez mais turistas nacionais. No stand de Marrocos poderá ficar a conhecer um pouco da autenticidade do país, da sua cultura e do seu artesanato. O espaço será animado com a tradicional cerimónia de chá, música tradicional e artesãos a trabalhar ao vivo (calígrafo, tatuagem de hena e cinzelagem do cobre).

FÉRIAS A PREÇOS DE SALDO Na BTL todos os caminhos vão dar às duas férias. Isto significa que na feira vai poder encontrar as melhores propostas de férias a preços muito competitivos, por isso, quem está já a sonhar com as férias, sejam as da Páscoa ou as de verão, tem na Bolsa de Turismo de Lisboa o palco apropriado

para fazer compras antecipadamente e com isso não só poupar algum dinheiro como garantir vaga para o destino, a data e o hotel que tem em mente. Dependendo dos produtos e das épocas a que se direcionam, os descontos podem chegar aos 50% ou mesmo aos 60%. Programas para férias, fins de semana ou pontes de norte a sul de Portugal e nas Regiões Autónomas, estadias em unidades hoteleiras de todos os tipos e para todos os gostos, férias no estrangeiro, circuitos, cruzeiros… de tudo um pouco poderá ser comprado nesta BTL a preço de saldo. Somam-se os habituais sorteios e concursos realizados no recinto da feira. Participando neles pode ganhar viagens mas também muitas outras lembranças. Deixamos alguns exemplos. No stand da NAU Hotels & Resorts, onde vai poder encontrar descontos até 20% em reservas nas suas unidades, poderá também participar num passatempo em que o prémio será uma estada num dos hotéis da cadeia hoteleira, à escolha. Já no satnd do Real Abadia Congress & Spa terá um passatempo comemorativo do quinto aniversário do hotel “Amor Eterno” através do qual os participantes ficarão habilitados a uma estadia de duas noites de alojamento em quarto duplo, em regime de pequenoalmoço, e acesso à zona wellness. Já a Vila Galé vai ter descontos de até 50% nas reservas diretas feitas na feira e os visitantes que arrisquem a sua sorte no desafio de mini-golfe existente no stand do grupo poderão habilitar-se a reduções tanto maiores quanto melhor for o seu resultado neste jogo. Pode também dar uma passadinha no stand das Termas Centro de Portugal e aproveitar para relaxar com uma massagem facial ou às costas e habilitarse a ganhar uma experiência termal, entre outras surpresas. < março de 2018


Serra da Estrela convida à reflorestação na BTL “Verde Puro” é o nome da iniciativa que a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela vai levar à BTL. Através dela, o organismo convida todos os visitantes a associarem-se a uma ação de reflorestação na Serra da Estrela e a apadrinharem uma árvore. Aos interessados vai ser oferecida uma ficha para participação numa espécie de ‘Roda da Sorte’ com prémios de cada produto turístico do território, mas mais importante do que isso para este projeto é o facto de cada ficha representar uma semente para a ação de reflorestação. Cada visitante que aceitar este convite da Serra da Estrela vai ficar registado como “padrinho” da nova árvore. O objetivo é que durante a feira possam ser registados cerca de dois mil padrinhos. <

Experiência NAU Hotels & Resorts No seu stand, a marca procura criar um espaço para viver diferentes experiências, materializando a diversidade da sua oferta nas suas unidades situadas em Lisboa, Alentejo e Algarve. No stand da NAU, os visitantes encontram uma área de meetings e reuniões, um bar e área lounge e uma zona de relaxamento, onde são convidados a entrar e a tirarem uma fotografia com a melhor vista de um dos hotéis à sua escolha. Esta experiência será possível através do Ledwall gigante que apresentará alguns dos espaços mais emblemáticos de cada uma das unidades. A foto da ‘estadia’ será depois enviada ao visitante, que poderá partilhá-la no seu Instagram ou Facebook com o hashtag #mynaumoment e assim habilitar-se a ganhar um voucher de fim de semana num dos hotéis NAU da sua preferência. Para que se possam inspirar, a marca estreia novos vídeos promocionais para cada uma das unidades que irão ser transmitidos no ledwall do stand. <

O Alva Valley Hotel abriu portas em março de 2016 na pitoresca localidade Ponte das Três Entradas, onde os rios Alva e Alvoco se cruzam. A poucos minutos de Oliveira do Hospital, em plena Região Centro, a unidade conta com 10 Twin Alva Standard com varanda, 4 Twin Alva Superior e 1 Suite Júnior com espaçosos terraços e mobiliário exterior, evidenciando um cuidado especial na escolha do equipamento, no conforto, na decoração e na contratação de pessoal qualificado. O hotel dispõe ainda de internet wifi gratuita, estacionamento privativo, bar e restaurante “Gandiço” onde poderá degustar da gastronomia regional. Pela sua localização, o Alva Valley Hotel é um excelente ponto de partida para a descoberta da Serra do Açor, do Parque Natural da Serra da Estrela, de algumas aldeias históricas como o Piódão e aldeias do xisto como Aldeia das Dez e das fantásticas praias fluviais.” Rua Principal 2, 3400-591 Oliveira do Hospital +351 238 671 270 | info@alvavalleyhotel.com

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> notícias

Esquiar na Serra da Estrela é mais fácil com a Blueticket

Apresenta plataforma de rede de hotéis Em 2018, visitar a Cidade do Rock é ainda mais fácil, com o Rock in Rio a apresentar um projeto pioneiro: os Hotéis Rock in Rio. Esta é uma plataforma dedicada à gestão de hospitalidade, composta por uma rede de 19 hotéis, que oferece as tarifas online mais baixas do mercado. Os Hotéis Rock in Rio são personalizados, com temáticas alusivas ao evento que respiram o mood da Cidade do Rock. Há exposições que incluem guitarras autografadas por artistas mundialmente conceituados e menus personalizados. O Rock in Rio é o primeiro festival em Portugal a oferecer este serviço ao público. Para efetuar reserva tem apenas que aceder à plataforma online rockinrio.events.rocks e escolher qual dos 19 hotéis mais lhes agrada. <

Agora é mais fácil viver a magia das Aldeias do Xisto Book in Xisto é o nome da nova plataforma de reservas exclusiva das Aldeias do Xisto, disponível em bookinxisto.com. Através deste endereço é mais fácil e cómodo reservar alojamento, restaurantes e experiências nas aldeias. A plataforma digital de reservas é abrangente às 27 Aldeias do Xisto,

agregando a sua oferta turística, com a vantagem de ser um canal de venda direta e permitir, por isso, que sejam feitas reservas sem serem cobradas quaisquer comissões. O Book in Xisto está também disponível para smartphones, sendo possível fazer o pagamento através de referência multibanco ou cartão de crédito.<

Dominicana tem assistente digital de viagem A República Dominicana lançou a primeira plataforma digital do país. O “Your Concierge” é um assistente digital para utilizadores que procuram orientação sobre ofertas de entretenimento e hotelaria. A aplicação divulga e promove informações sobre os principais destinos e produtos turísticos do país, oferecendo serviços online como reservas de restaurantes e excursões personalizadas, aluguer de iates, de aeronaves executivas e de helicópteros, serviços de transporte de luxo, circuitos de golfe e entradas em discotecas e concertos. Propõe ainda programas de casamentos, experiências gastronómicas temáticas, celebrações de aniversários e muito mais. A app, disponível em vários idiomas, permite que se faça download para smartphones Android e iOS. Destacase a possibilidade de reservar e pagar diretamente os serviços, ou entrar em contacto com os representantes. Oferece, ainda, um conjunto de experiências pioneiras, com imagens em 360°.<

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A Estância de Ski Serra da Estrela uniuse à Blueticket de modo a facilitar a vida a quem gosta de esquiar. Foi lançado um passe inovador, disponível online na plataforma Blueticket, que permite imprimir o forfait nos Kiosks da estância e aceder às pistas e aos meios mecânicos de forma mais simples e rápida. A aquisição do forfait é obrigatória para usufruir das pistas e dos meios mecânicos da Estância de Ski Serra da Estrela. O bilhete adquirido na rede Blueticket pode ser ativado em qualquer momento, em dias de semana ou fins-de semana, até ao fim da época. Através da plataforma eticketing da Blueticket é possível adquirir aulas particulares de ski ou alugar equipamentos de ski – skis, botas e bastões – e de snowboard – pranchas e botas. A estância vai estar aberta todos os dias até abril, incluindo Páscoa, a partir das 9h00, desde que as condições meteorológicas o permitam. Após o encerramento dos meios mecânicos, às 16h30, os clientes têm até às 17h00 para entregar o material alugado, com a estância a encerrar após essa hora.<

Nova plataforma de promoções para hotéis

Palácio Nacional de Queluz adquiriu inventário da Rainha Carlota Joaquina O Palácio Nacional de Queluz adquiriu um inventário do início do século XIX, com uma lista de aquisições de roupa, calçado, joias e acessórios de moda para a família real portuguesa. O manuscrito encadernado foi adquirido através da leiloeira Sotheby’s e revela os gostos e estilo requintado da Rainha Carlota Joaquina de Portugal, consorte do Rei D. João VI. O manuscrito de 71 páginas está datado de “Paris, 20 de Maio de 1816”, tem encadernação em couro marroquino vermelho, com gravação a ouro das armas reais de Espanha na capa e contracapa. Nele estão anotadas joias,

roupas, artigos de lingerie, sapatos, leques, luvas, meias, cosméticos e acessórios adquiridos aos principais estilistas, joalheiros e retalhistas de moda parisiense. As aquisições foram conduzidas pela Baronesa Ardisson, em nome da Rainha Consorte, no tempo que em que a família real portuguesa se encontrava no Brasil, para onde se deslocara na sequência das Invasões Francesas. O documento dá a conhecer a noção de elegância e esplendor do guarda-roupa real no século XIX, e entender como D. Carlota queria estar alinhada com as tendências europeias. <

A Idyllic.pt é a nova plataforma destinada a quem procura uma experiência idílica nas mais reputadas unidades de alojamento em Portugal, desfrutando de promoções exclusivas. No site vai encontrar uma completa oferta de unidades de 4 e 5 estrelas, com descontos até 60%. Focada na oferta exclusiva de hotéis de segmento superior, a Idyllic. pt aposta no acompanhamento personalizado em todo o processo, com possibilidade de optar por um serviço taylor made. A solução para estadas de luxo encontra-se segmentada por pacotes temáticos, ofertas de longa duração, campanhas promocionais e flash sales. A Idyllic.pt procura oferecer uma seleção de topo da hotelaria nacional, elegendo os seus parceiros com base na qualidade do serviço, localização, integração cultural, infraestruturas e serviços extra alojamento. Prima, ainda, por oferecer um serviço de apoio ao cliente distinto, em que este pode contar com apoio de uma equipa especializada para prestar todo o acompanhamento necessário ao longo do processo. < março de 2018


> selo de garantia

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

Aventura no igloo Entradas:

Dos 4 aos 10 anos:

15,90€ Adultos:

17,90€

Passar o dia com animais

Em Vila Nova de Santo André, há um parque onde a planície alentejana se transforma numa savana repleta de animais selvagens em plena liberdade. É o Badoca Safari Park, local capaz de proporcionar experiências inesquecíveis a miúdos e graúdos. Por ali, este ano, há novos habitantes: girafas, impalas, palancas e kudus, mas por lá continuam também os “inquilinos” mais antigos. Outra novidade à sua espera é o Safari VIP, uma experiência exclusiva num jipe privado e acompanhada por um ranger, que possibilita um contacto próximo com os animais como as girafas, zebras, antílopes, avestruzes e búfalos. Também em jipe privado, pode contactar de perto com uma manada de girafas, mesmo alimentá-las acompanhado de um tratador. No Badoca, aberto até 31 de outubro, há outras possibilidades desde o rafting africano até uma incursão na floresta das araras ou na ilha dos primatas ou ainda uma experiência de falcoaria. Algumas das atividades têm preço extra e há restaurante e parque de merendas. Mais informações em: https://badoca.com/

Eschermania em Lisboa Preços:

Jovens Para quem aprecia (11 a 18 anos): artes gráficas, o Museu de Arte Popular, em Adultos: Lisboa, acolhe até 27 de maio a primeira grande exposição Inclui audioguia dedicada a M. C. Escher realizada em Portugal. Reunindo 200 obras deste artista gráfico holandês, considerado por muitos um génio da imaginação geométrica, a exposição possibilita o contacto sensorial direto com a obra de Escher através de equipamentos didáticos, experiências científicas e muitas outras surpresas. A exposição dá a conhecer os vários períodos que caracterizam a produção do artista, marcada por obras-primas como “Mão com Esfera reflexiva”, “Relatividade” (ou Casa das Escalas) e “Belvedere”. A exposição pode ser visitada todos os dias das 10h00 às 20h00 e aos preços assinalados acrescem “despesas de gestão”. Mais informações em: www.escherlisboa.com | bilhetes e reservas: 21 034 30 80

9€

11€

março de 2018

Aventure-se por terras da Lapónia, fique uma noite alojado num igloo panorâmico para melhor observar as famosas luzes do norte, faça um safari a uma herdade de renas e experimente passear-se por entre paisagens de neve num trenó puxado pelas ditas. Faça um passeio noturno em limpa-neves numa tentativa de observar o fenómeno das auroras boreais. Junte um safari com cães esquimós e um passeio em mota de neve já bem ao final do dia, acompanhado pelas muitas estrelas que cobrem os céus destas paragens do norte. O programa “Aventura no igloo” do operador turístico Nordictur inclui passagem aérea na Finnair até Helsínquia, onde se dorme uma noite, e as restantes três noites no aldeamento turístico de Kakslauttanen (East Village), 3 jantares, todos os safaris mencionados e equipamento necessário, transferes e seguro multiviagens VIP. Partidas diárias até 30 de abril. Mais informações em: www.nordictur.pt desde:

2.955€

P/ Pessoa Quarto duplo 5 dias / 4 noites

Relaxar a trabalhar na natureza “Cuidar da terra, cuidar das pessoas e partilhar excedentes” é o desafio que lança a Casa Vale da Lama EcoResort. Em Odiáxere, Lagos, o interior de uma quinta de 43 hectares que leva o mesmo nome da casa, este é um local de férias aprazível e diferente, onde se pode sujar as mãos na terra, ou seja, participar nas atividades da quinta. Há tarefas para todas as idades, desde o trabalho nas hortas à alimentação dos animais, mas pode optar-se por percorrer um trilho, a pé ou de bicicleta, relaxar numa massagem ou aula de ioga. O EcoResort tem 9 quartos (individuais, duplos e familiares) com casa de banho, alpendre e mezzanine, decorados com materiais naturais e locais, muitos reaproveitados pela técnica de upcycling. Não há televisão, telefone ou wi-fi e fumar só em zonas indicadas. Por isso, deixe-se envolver pela natureza, faça alguma tarefa na quinta, passeie ou dê um mergulho. Depois ouça os sons vivos da natureza. Mais informações em: www.casavaledalama.pt|ecoresort@valedalama.net | 282 764 071 | 913 485 568.

desde:

85€

quarto duplo C/ pequeno almoço bio/vegetariano Estada mínima de 2 noites

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> por cá

Sugestões

Férias em Portugal

De cima a baixo, do Atlântico até à fronteira com Espanha, e sem esquecer os arquipélagos, Portugal tem uma panóplia imensa que ofertas, que se abre em férias perfeitas, sejam elas passadas com a sua cara-metade, família ou amigos. Nas linhas que se seguem damos algumas sugestões de locais maravilhosos onde pode desfrutar dos seus dias livres em 2018. Texto: Sofia Soares Carraca

Alentejo: recortes de uma costa sublime

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uando se pensa em Alentejo vêmse imagens de campos dourados que parecem não ter fim, cortados por pequenos montes pontilhados por sobreiros e oliveiras, casas baixas caiadas a brancos e de riscas amarelas. O que não nos podemos esquecer é de uma maravilhosa costa onde o Atlântico se encontra com a terra nas mais perfeitas praias, que podem ser desfrutadas através das incríveis cidades e vilas que marcam a Costa Alentejana O litoral do Alentejo é uma faixa de terra que corre desde o Estuário do Sado até se encontrar, no Algarve, com a Costa Vicentina. Estende-se pelos arrozais da Comporta e salinas do Santiago do

Cacém, até aos encantos de Sines e de Vila Nova de Milfontes e, mais adiante, às apelativas areias de Almograve, já nas portas da região algarvia. Toda a Costa Alentejana deve ser percorrida de carro. Não necessariamente toda de uma vez, mas troço a troço, de modo a que desfrute com tranquilidade cada recanto, cada vila, cada praia, cada prato de peixe fresco e cada anoitecer, quando o sol desaparece no Atlântico e pinta os céus de tons de fogo. A descer a costa, o primeiro ponto que nos chama à atenção é a incrível beleza da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e Sancha, em Santiago do Cacém, uma verdadeira oferta da natureza.

Selão da eira Turismo rural no alentejo

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RNT 3240

Nature Tourism

A Lagoa de Santo André é um imenso espelho de água, com vegetação a circundá-la por um lado e dunas douradas do outro, que separam as águas calmas da irreverência do mar. É local onde se observa uma avifauna riquíssima, com aves de diferentes espécies a pousar nos espelhos de água e no verde que os abraçam. Podemos até assistir sessões de anilhagem de aves, na mais antiga estação do país para a época migratória, a Estação de Anilhagem do Monte do Outeirão, num antigo monte alentejano recuperado. Não deixe, ainda, de provar iguarias à base de peixe capturado na Lagoa de Santo André, como caldeiradas e enguias fritas. Mais abaixo na costa, entramos oficialmente no Parque Natural do Sudoeste Alentejano de Costa Vicente, que corre até ao barlavento algarvio. Aqui encontra-se o que se diz ser o berço de Vasco da Gama, uma cidade que se deixa ir pelo embalo das marés que lhe definem características, a cultura, e as gentes. Sines é uma baía protegida que oferece belas praias de areias douradas e águas mornas, mas também importante património edificado, com o exemplo óbvio a ser o Castelo de Sines, no topo da falésia, e a Igreja Matriz de Sines, no Largo Bocage. O Centro Histórico de Sines conserva ainda muito da sua estrutura medieval, com ruelas estreitas, com edifícios baixos encimados por telhas laranja. Na antiga estação de caminhos de ferro podemos admirar belos painéis de azulejos que contam a história siniense e a sua relação com o Atlântico. Do alto da cidade há um elevador, no Largo dos Penedos, que nos leva às belíssimas praias lá em baixo, com a Praia Vasco da Gama mesmo aos pés da povoação.

Mais afamada, e consideravelmente mais extensa, é a Praia de São Torpes, um local de fácil acesso e com excelentes condições, que convida os amantes do mar a aqui surfar ondas ao longo de todo o ano. Depois de Sines é obrigatória a passagem pela sua vizinha, Porto Covo, uma vila piscatória pintada em tons de branco com molduras azuis e portas vermelhas. É local de belíssimas praias e miradouros com vistas extasiantes, para o grande oceano que se desenrola à sua frente, com destaque para aquele em que observamos claramente a Ilha do Pessegueiro,

As deliciosas migas É rico e extenso o receituário do Alentejo, com pratos que nos deixam com água na boca, de sabores complexos e harmoniosos. É, contudo, preciso dar destaque às migas à alentejana, em que o pão é o ingrediente rei. Ao pão caseiro alentejano é adicionado alho, massa de pimentão e carne de porco frita com gordura, no que resulta numa perfeita iguaria, a ser servida com vinho tinto alentejano.

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“plantada” à sua frente. A paisagem da ilha é uma das imagens mais marcantes desta região. Um local recortado por rochas, onde se encontra o Forte de Santo Alberto do Pessegueiro, do século XVII. Ao longe, vemos o branco das ondas que batem contra a terra e das gaivotas que neste local encontraram abrigo. O Forte de Santo Alberto tinha a função de cruzar fogos com o Forte de Nossa Senhora da Queimada, no continente a fazer-lhe frente, sobre a Praia do Pessegueiro. Canta Rui Veloso “Havia um pessegueiro na ilha, plantada por um vizir de Odemira, que dizem que por amor se matou novo. Aqui, no lugar de Porto Covo”. Pessegueiro, esse, que de momento não existe e não se sabe alguma vez ter existido. É sim, uma ilha misteriosa, tão perto e tão longe, cujas velhas muralhas e cais romano em ruínas nos lembram de imediato tempos de piratas e de corsários, de histórias e dramas de outros tempos.

Abertura da Lagoa de Santo André

ONDE FICAR

É neste mês de março que, todos os anos, decorre a abertura da Lagoa de Santo André ao mar, um espectáculo de rara beleza. O evento ainda não tem data apurada, mas decorre sempre próximo do equinócio da primavera. A abertura da lagoa às águas do mar tem como objetivo renovar a sua água, limpar o seu fundo e deixar entrar algumas espécies piscícolas. Assim, é desbravado caminho, por entre as areias das dunas, ligando os dois corpos de águas e formando um corredor perfeito para os adeptos das pranchas que deslizam sobre as ondas.

Centro: ternura do coração do país

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“coração de Portugal” é também de Cister, a importantes batalhas que a maior do país, com o Centro de traçaram o futuro de Portugal e sobre a Portugal a alastrar o seu território importância da educação. ao longo de 100 municípios que nos Esta região é única e rica. Com as ondas oferecem mar e neve, campos verdes e da costa do Atlântico a bater numa das florestas densas, património edificado suas arestas e com a outra a separar e histórias e estórias que vão desde os Portugal de Espanha, delimitado pelo Templários, revista_evora_escolhido.pdf aos afazeres da Ordem norte e por Lisboa e Alentejo, a sul, o 1 14/02/2018 14:55:20

Centro de Portugal é tão diverso quanto o país em si e local onde há sempre algo de novo para aprender, para observar, para experienciar, para provar. Coimbra surge como uma das cidades mais importantes desta região, com o Mondego a seus pés e maravilhosos edifícios históricos, que deram à cidade a marca de Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO. Aqui nasceu a Universidade portuguesa, em 1290, uma das mais antigas instituições de ensino superior de todo o mundo. É terra de

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NO ALENTEJO Hotel Vila Park hhhh Composto por 79 quartos, Restaurante "Mesa da Vila", Bar "Copus da Vila", 2 piscinas e Parque de Atividades com escorrega, baloiço, carrocel, molas, cesto de basquete e mini slide para os juniores. Avenida de Sines (Vila Nova de Santo André) Tel: 269 750 100 Email: reservas@vilapark.com Hotel Moov Évora hh Com uma área de 3100m2, o hotel desenvolvese em 3 pisos num total de 80 quartos. Todo o edifício se estende em torno de um pátio. Rua do Raimundo 99 Tel: 266 240 340 Email: evora@hotelmoov.com Selão da Eira (Casa de Campo) Procura a sintonia entre “Natureza & Conforto” através de um conceito ecológico moderno. Fica perto das praias de Zambujeira do Mar, Carvalhal e Odeceixe, e quem gosta de caminhar encontra a Rota Vicentina mesmo a pé. Com três alojamentos, oferece cozinha, piscina ar livre, jardim, biblioteca e sala de estar com TV. Vale Juncal – São Teotónio (Odemira) Tel: 283 959 173 Email: salgadinho@selaodaeira.pt

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> por cá

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famílias nobres, palacetes e da bonita e trágica história de amor de Pedro e Inês. Para presenciar os testemunhos deixados por este amor do século XIV, nada como visitar a Quinta das Lágrimas, com a Fonte dos Amores e a Fonte das Lágrimas, que se diz ter sido criada através das lágrimas derramadas por Dona Inês. É imperativo, ainda, a visita a locais como a Sé Nova a par com a Sé Velha, mas também às igrejas de São Tiago, São Salvador e Santa Cruz e o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, e à maravilhosa Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra. De Coimbra pode partir em direção à montanha mais alta de Portugal Continental, mas sem deixar de fazer algumas paragens ao longo do caminho. Como, por exemplo, em Arganil, com paisagens imponentes a perder de vista, sabores autênticos, tradições e a quietude da serra. No embalo das águas cristalinas do Alva e no coração da Serra do Açor, Arganil apresenta paisagens bucólicas,

As cerejas do Fundão É dia 21 de março que chega, oficialmente, a primavera e com esta estação chegam também as flores de mil árvores que darão fruto meses mais tarde, como o é caso das cerejeiras, pessegueiros e macieiras, que enchem os campos de tons de rosa e branco. Na paisagem do Fundão destacam-se as cerejeiras que perfumam as terras com um aroma doce. Com o passar dos meses, e ao chegar o calor do verão, amadurece o fruto em cor de rubi que dá mote às festas da cereja, onde esta é rainha e bem mais que um fruto, com o paladar a ser aproveitado para todo o tipo de produtos, como pastéis, chocolates, licores e compotas.

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de um lugar em perfeita comunhão com a natureza. Para além de cenários de rara beleza natural, este é um concelho rico em património arqueológico, histórico e cultural, como a arquitetura gótica primitiva da Capela de São Pedro e os resquícios arqueológicos de um acampamento militar romano em Castro da Lomba do Canho, para além de uma das 12 Aldeias Históricas de Portugal. A Aldeia Histórica do Piódão é um conjunto de edificações perfeitamente enquadradas na natureza, em que se destaca o excelente estado de preservação das construções antigas. É por muitos conhecida como a “Aldeia Presépio”, com as casas em xisto e lousa e janelas e portas pintadas a azul a espraiarem-se pelo monte como um anfiteatro. Mais acima encontra-se a Barragem da Aguieira, uma das mais impressionantes de Portugal inserida numa localização privilegiada. São as águas do Mondego, o maior rio português, que enchem este espelho de água que oferece paisagens deslumbrantes e se torna no local ideal para praticar atividades náuticas, de lazer e desporto. O azul da água e o verde da floresta unem-se em harmonia em locais de paz inigualável como na Praia Fluvial Senhora da Ribeira, em Santa Comba Dão.

Antes de chegar à Serra da Estrela, faça questão de parar em Oliveira do Hospital, que toma lugar numa região que é habitada desde a pré-história e onde, como consequência, se encontram vestígios megalíticos, mas também outros, como da ocupação romana, em concreto na freguesia de Bobadela. Aqui encontra relíquias visigodas, nobres mansões em estilo gótico, mas também pequenas aldeias construídas em ardósia. Imperativo é a visita à Igreja de São Gião, considerada a catedral desta região, com o seu interior a estar ricamente pintado e decorado em estilo Barroco. Por fim, troque os campos verdes e aventure-se pelo manto branco no Vodafone Ski Resort, no topo da Serra da Estrela. A estância está aberta até abril deste ano e é onde pode desfrutar de modalidades como ski e snowboard, ou simplesmente caminhar pela neve. Esta zona deslumbrante está também ela pontilhada por vilas e aldeias históricas, lugares de imensa tranquilidade, onde o silêncio é somente interrompido pelos sons da natureza. Com os seus penhascos e desfiladeiros a assumir formas impressionantes, com cursos de água, lagos e florestas, esta região pitoresca é certa de proporcionar deslumbrantes fotografias e recordações.

ONDE FICAR

NO CENTRO Alva Valley Hotel hhh Os 15 quartos são modernos, confortáveis e possuem varanda. O acesso Wi-Fi está disponível gratuitamente. Tem ainda bar e restaurante. R. Principal 2 – Ponte das Três Entradas (Oliveira do Hospital) Tel: 238 671 270 Email: info@alvavalleyhotel.com Grande Hotel de Lusohhhh Dispõe de 132 quartos, incluindo 12 suites e quartos comunicantes. Restaurante, bar com vistas panorâmicas sobre o ex-libris do hotel que é a piscina olímpica. A piscina interior, a ligação direta à Malo Clinic Spa Luso, o court de squash, o snooker o parque infantil e os jardins completam a gama de facilidades e equipamentos que proporciona. Os mais pequenos encontram no espaço Luso Kids todo o tipo de jogos e atividades. Rua Doutor Cid Oliveira 86 – Luso (Mealhada) Tel: 231 937 937 Email: info@hoteluso.com março de 2018


Trás-os-Montes: os mistérios da rusticidade

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na região Norte, com Espanha a circundá-la à direita e a norte, que está Trás-os-Montes, um local delicioso de onde surgiram, e sobrevivem ainda, grande parte dos costumes tradicionais que marcam esta nossa nação. É certo que qualquer caminho que aqui percorra o vai maravilhar com cenários deslumbrantes, onde a natureza parece tomar conta do território com mais intensidade. É abandonar o burburinho da cidade e partir para uma região onde a beleza natural parece falar mais alto, onde os sabores são mais intensos, onde são reavivadas memórias e tradições. Pegue no carro e deixe-se perder por entre planaltos e montanhas majestosas e pequenas cidades, vilas intocadas e purificantes águas termais. Conheça de perto a história do país e a hospitalidade das gentes, por entre cenários únicos, em especial agora que a primavera está a bater à porta e começam a despontar as flores das amendoeiras, que cobrem os campos com um manto branco. Trás-os-Montes engloba os distritos de Vila Real e Bragança e muitos são os programas e itinerários que por aqui pode traçar. Tantos, aliás, que nos centramos somente em Bragança, com o Parque Natural de Montesinho, uma das florestas mais selvagens da Europa, e cidades e

pequenas vilas onde a vida quotidiana não sofreu muitas alterações durantes os séculos. Montesinho é um dos maiores parques naturais do país, estendendo-se ao longo de mais de 74 hectares em plena Terra Fria Transmontana. Com planaltos, vales profundos, as serras de Montesinho e da Coroa e os xistos como rocha dominante, o parque representa a junção de valores naturais e culturais, com uma extensa biodiversidade de espécies, onde se encontra o lobo-ibérico, a corça ou o veado, a par com 110 espécies de aves nidificantes. Do património sociocultural é de destacar as antiquíssimas Festas dos Rapazes e também a arquitetura popular de onde resultam pombais, moinhos e forjas do povo. Miranda do Douro, de origem muito antiga, é rica em património edificado, como o castelo e cerca de muralhas, que mandou construir D. Afonso Henriques para proteger a fronteira, e a Igreja de Santa Maria Maior, que durante dois séculos teve a categoria de Sé. Para além do mirandês, a língua oficial portuguesa que aqui se fala, a cidade é conhecida pelo seu animado e folclore, em que os Pauliteiros de Miranda, com os seus trajes de saias coloridas, executam a dança do pau acompanhada pelo toque da gaita de foles.

Por seu lado, Mogadouro, que foi conquistada aos mouros para o Reino de Portugal no século XIII, foi território da Ordem dos Templários, sendo que podemos ainda encontrar as ruínas do castelo fundado por esta ordem. Já Mirandela é uma cidade que nos prende, já diz o ditado “Quem Mirandela mirou, em Mirandela ficou”. Às margens do Tua, esta cidade jardim é também afamada pela sua deliciosa gastronomia, de onde se destacam, obviamente, as muito apreciadas alheiras. No nordeste de Trás-os-Montes surge Macedo de Cavaleiros, terra de solares junto à Serra de Bornes. Em tempos passados era terra conhecida pela criação de bicho-da-seda, atividade que deixou testemunhas nas ruínas do Real Filatório de Chacim, com a cidade a ser a sede em Portugal da “Rota Europeia da Seda”. É impossível falarmos de seda sem referirmos outra das pérolas desta região nortenha, Freixo de Espada à Cinta. A vila é detentora de uma arte tradicional hoje inédita em Portugal, precisamente a criação do bicho-da-seda, e a extração desta por métodos artesanais. Através desta matéria-prima, habilidosas mãos de experientes artesãs, utilizando teares tradicionais, fabricam as mais belas colchas, almofadas e panos em seda. Para além disto, Freixo de Espada à Cinta oferece-nos paisagens únicas, tendo o Rio Douro como fio condutor. Em Freixo de Espada à Cinta não pode deixar de visitar a Igreja Matriz, mandada edificar por D. Manuel I, a Torre Heptagonal, designada pelos habitantes como Torre de Galo, e o seu Pelourinho, também em estilo manuelino. Esta é a vila mais manuelina de Portugal, onde existem inúmeras portas e janelas com motivos simples, quase sempre alusivos aos Descobrimentos. Por fim, não podemos terminar um texto sobre Trás-os-Montes sem destacar a sua fabulosa gastronomia. Uma gastronomia que é o espelho da identidade da região, assente em ingredientes que vêm da terra e de carnes das raças afamadas, a maronesa, a mirandesa e a bísara, mas também de caça. Há queijos, fumeiros, azeitonas e azeite de grande qualidade. Há, também, pão de centeio e broa e, para os gulosos, doces com castanha, os Pitos de Santa Luzia e as Cristas de Galo, com doce de ovos, amêndoa e abóbora.<

Festas em honra de Nossa Senhora do Amparo Começa sempre no dia 25 de julho, uma das festas mais marcantes de Trás-os-Montes, em honra de Nossa Senhora do Amparo, em Mirandela, terminando no primeiro domingo do mês de agosto. Deste imenso evento, com diversos momentos interessantes de um programa intenso, destacase a majestosa Procissão das Velas, a Marcha Luminosa, uma marcha animada e colorida com nove ou 10 carros alegóricos decorados com motivos regionais, três ou quatro grupos de samba e grupos de animadores de rua, e os espetáculos pirotécnicos, considerado o fogo de artifício mais deslumbrante da região.<

ONDE FICAR

NO NORTE Casas do Bairrinho (Turismo rural) Conta, para já, com dois imóveis recuperados, a Casa do Largo, nas imediações da Casa do Povo, com capacidade para 5 pessoas, e a Casa do Bairrinho, no canto do Bairrinho, com capacidade para 6 pessoas. Rua do Bairrinho, nº34 – Sambade (Alfândega da Fé) Tel: 279 479 133 / 919 500 079 Email: casasdobairrinho@gmail.com Grande Hotel D. Dinis hhh Situado no coração da cidade de Mirandela, oferece vistas sobre o Rio Tua. Possui uma piscina exterior e estacionamento privado gratuito no local. Cada quarto (129) é climatizado e dispõe de uma televisão. Alguns apresentam uma vista panorâmica do rio. Possui ainda bar, restaurante e sala de estar. Avenida N. Sra. Do Amparo, Mirandela Tel: 278 097 750 / 969 773 924 Email: reservas@hoteldomdinis.pt

As Casas do Bairrinho são um conjunto de cinco moradias destinadas a alojamento turístico. Localizadas na vertente sul da serra de Bornes, em Sambade, Trás-os-Montes, as Casas do Bairrinho oferecem a tranquilidade, o bem-estar e o aconchego duma ruralidade autêntica. A montanha e o vale, as albufeiras e o rio Sabor, ou o Douro mais abaixo, propiciam uma panóplia de maravilhas e de aventuras peculiares. Das Casas do Bairrinho parte-se com vontade de voltar. Venha daí, estamos à sua espera! Rua do Bairrinho, nº34 | 5350-312 Sambade | Alfandega da Fé 279 479133 | 919500079 | casasdobairrinho@gmail.com www.facebook.com/casas-do-bairrinho www.casasdobairrinho.com

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> viajar na fotografia

Viajar na fotografia

Dean Treml

O fantástico Ilhéu de Vila Franca do Campo localiza-se a cerca de um quilómetro da costa da Ilha de São Miguel, nos Açores, em concreto frente à povoação de Vila Franca do Campo. O ilhéu é o que resta de um antigo vulcão submerso, sendo, hoje, uma pequena ilhota com uma enorme piscina natural a seu centro. A parede de um dos lados da antiga cratera do vulcão desabou, dando lugar a este maravilhoso semicírculo aberto. Este pequeno paraíso está classificado como Reserva Natural, com as paredes da cratera a estarem revestidas de vegetação endémica. A piscina natural, que pode ser desfrutada através de passeios de barco, tem uma forma quase perfeitamente circular, que comunica com o mar por uma abertura estreita, designada de Boquete, frente a São Miguel. O Boquete impede que entre na piscina a agitação das ondas do mar, com as águas cristalinas a serem perfeitas para a prática de natação e mergulho. É do topo da parede da antiga cratera que saltam, todos os anos, os aventureiros que participam numa das etapas do Redbull Cliff Diving World Series, o campeonato mundial de mergulho em penhascos. No 10º aniversário da World Series, Portugal continua a ser uma paragem obrigatória, com a etapa a ocorrer neste cenário idílico a 14 de julho deste ano. É o sétimo ano consecutivo que o Ilhéu de Vila Franca do Campo recebe o campeonato do mundo, sendo este número um recorde no circuito. <

O Fly Geyser aparenta ser uma qualquer montagem fotográfica, colorida a Photoshop. Contudo, bastou um pequeno empurrão acidental pela mão do homem para surgir este bonito local em Gerlach, no Estado de Nevada, EUA. Foi após 1916, durante uma perfuração da terra para encontrar poços de água, que se exibiu este espetáculo da natureza, com o geyser a começar a jorrar água quente, repleta de minerais dissolvidos e bactérias, na década de 60. Passado meio século, estes minerais e bactérias criaram a montanha multicolor que mostra a fotografia, que continua a espirrar jatos com mais de cinco metros de altura. De momento dificilmente poderá chegar perto do Fly Geyser, que se encontra na propriedade privada Fly Ranch, mas este pode ser observado desde a Route 34.<

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Está quase a chegar a primavera e com ela flores mil começam a desabrochar pelos campos e cidades do Hemisfério Norte. É, portanto, a altura ideal para visitar os tão badalados campos de túlipas na Holanda, com o espaço de eleição dos turistas do mundo a ser o Keukenhof. O Keukenhof é um dos maiores jardins de flores do mundo, com 7 milhões de bolbos em flor, 800 variedades de túlipas, a que se juntam narcisos, jacintos e tantas outras espécies. As diferentes cores das flores formam padrões ondulantes, transformando-se num verdadeiro quadro vivo. O jardim localiza-se em Lisse, a cerca de 35Km de Amesterdão, estando acessível desde a cidade através de autocarro. Os seus 32 hectares de sonho abrem, em 2018, entre 22 de março e 13 de maio. < março de 2018


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Guia de Viagem Informações úteis

Moeda: Colón | Todos os estabelecimentos aceitam visa e mastercard, bem como dólares americanos, dando troco na moeda que desejar. Passaporte: Obrigatório Língua: Castelhano Fuso horário: GMT -6 | Nascer do sol: 6h00 | Pôr do sol: 18h00 Tomadas eléctricas: Americanas Vacinação aconselhada (não obrigatória): Febreamarela | Hepatite A | Febre Tifóide Clima: Tropical | época seca entre dezembro e junho / época de chuvas entre junho e dezembro | chuva, calor e humidade são factores constantes.

Costa Rica

Uma viagem perfeita A Costa Rica é um país fascinante! Muitas vezes esta expressão é utilizada precipitadamente, mas garanto que é este o adjetivo que melhor descreve este país tropical da América Central. Fascinante! Foi em um programa perfeito que, ao longo de oito dias, percorri a Costa Rica desde o Caribe até ao Pacífico e tive contacto com algumas das pérolas do país, que agora dou a conhecer. Texto: Sofia Soares Carraca

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heguei à Costa Rica eram as 16h00 locais, com o desembarque a ser feito no Aeropuerto Internacional Juan Santamaría, a 30 minutos da capital San José. Formalidades cumpridas e partimos para a cidade, pela Rodovia Pan-Americana, uma das maiores estradas do mundo que atravessa toda a América Central, aqui ligando a Costa Rica à Nicarágua, a norte, e ao Panamá, a sul. Desde os anos 50 do século que passou que o país é altamente influenciado pela cultura norte-americana. Pelas estradas da capital encontram-se em cada esquina um McDonald’s, um Starbucks, Denny’s ou Taco Bell. San José é a típica capital de um país da América Latina, com movimento constante a todas as horas. Há grandes praças, repletas de pessoas a todas as horas e artistas que animam as ruas com músicas de salsa e merengue em plano de fundo.

Existem dois momentos na história que alteraram a fisionomia da Costa Rica. O primeiro, a abolição do exército nacional, em 1948, que fez com que a economia nacional florescesse em anos posteriores. Quartéis viraram escolas e centros culturais e o dinheiro que era destinado a esta força de intervenção foi direcionado para obras sociais, melhoramento de estradas e hospitais públicos. A Costa Rica é um país evoluído, longe do que temos em mente quando pensamos em países da América Latina. A escola é pública e obrigatória, com o país a ostentar uma taxa de alfabetização acima dos 90%. O seu povo é considerado o mais feliz do mundo. Os sorrisos estampados nas caras são constantes, a simpatia e boa educação surpreendem e o uso frequente de expressões como “pura vida” enchem-nos a alma. “Pura vida!” é como um mote nacional. É a expressão utilizada pelos costa-

riquenhos para se cumprimentarem, despedirem e classificarem tudo o que é bom. Mais do que uma expressão é um estilo de vida. Representa a maneira relaxada e simples como encaram a vida, não deixando que o stress lhes estrague o decorrer dos dias. Sem preocupações e inquietações. Outro momento que alterou a paisagem costa-riquenha foi o terramoto de 1992. Num país cheio de vulcões é normal que a terra trema de quando em vez. Ainda assim, na cidade de San José há marcos antigos que subsistem, como a Iglesia de Nuestra Señora de La Merced, catedral construída em finais do século XIX, que ostenta belíssimos vitrais importados de Paris. Também o Teatro Nacional da Costa Rica é um símbolo de outrora, datado da mesma época. É um bonito exemplo de arquitetura europeia, com estátuas e colunas em mármore. Encontra-se

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> lá fora

Não deixe estes itens em Portugal! Como país tropical que é, a Costa Rica obriga a que a sua bagagem vá carregada com alguns itens extra, a nível de cuidados pessoais. Para além disso é um país de beleza ímpar, que necessita de utensílios para ser desfrutado em pleno. Ao fazer a mala, não se esqueça de: • Protetor solar; • Repelente; • Óculos de sol; • Binóculos; • Máquina fotográfica; • Capa para a chuva; • Sapatos para caminhadas; • Chapéu; • Roupa leve e confortável.

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localizado junto à Plaza Juan Mora Fernández, também conhecida como Plaza de La Cultura, um dos pontos-chave da cidade, a partir do qual se estende uma teia de ruas e ruelas pedonais que nos convidam a explorar as entranhas de San José.

Tortuguero: Veneza tropical O Parque Nacional de Tortuguero tem acesso através de um pequeno avião ou barco. Tinha voo marcado para as 6h30, mas chuvas intensas e ventos fortes obrigaram a que a opção fosse a segunda e partimos então até ao porto de Caño Blanco. Não me entristece a alternativa, abrindo-se a oportunidade de atravessar Braulio Carillo e avistar o Poás, um vulcão da cordilheira central que divide o Caribe do Pacífico e que entrou em erupção há 10 meses. Ao longo da estrada vemos a paisagem, sempre verde, alterar-se. A Costa Rica é um país tropical de ecossistemas diversos, influenciados pelos mares que banham as costas e pelas diferentes altitudes do território. É a meio caminho, em Guápiles, que encontramos a primeira surpresa da viagem, um dos símbolos nacionais, a preguiça. Metros à frente voltam a puxar o travão de mão. Desta feita são escaravelhos-rinoceronte, um grande inseto que carrega até 50 vezes o seu peso. Chegamos, por fim, a Caño Blanco. Entre este porto e o paraíso entre águas está uma viagem de barco de hora e meia. O Tortuguero, parque nacional desde 1975, é daqueles locais que devia entrar na “Bucket List” de viagens de qualquer um. Ali, tudo é diferente numa Veneza onde edifícios se transformam no que parecem ser todas as árvores e plantas do mundo. Uma floresta densa rasgada por espelhos de água num enredo de canais, onde se passeiam placidamente pequenos barcos

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com turistas de binóculos em riste para observar a estimulante fauna local. Há preguiças, iguanas, tartarugas, macacos, um sem fim de aves, um pequeno lagarto conhecido como Jesus que corre sobre água e jaguares, os maiores felinos do continente americano. Tortuguero é um dos bosques chuvosos mais exuberantes da Costa Rica, casa de 60 espécies de mamíferos, 300 de aves, 57 de anfíbios, 200 plantas e 400 árvores. Quando tudo isto acaba, começa o Mar do Caribe e é numa estreita península que se localiza a pequena povoação de Tortuguero, com lojas e restaurantes e bancas de street food que emanam aromas cativantes. De um lado o canal, do outro a irreverência do Caribe. Aqui o mar não descansa, num vaivém frenético de ondas. Por seu lado, a areia é de um tom antracite, resultado da atividade vulcânica do país. Se tiver oportunidade, dê primazia à temporada entre julho e outubro para visitar Tortuguero, altura em que as tartarugas do mar vêm desovar à praia, com as areias a se tornarem o seu reino.

Em Tortuguero não existem hotéis, mas sim lodges que se alastram pela terra ao invés de crescer em altura. A noite foi passada no Pachira Lodge, cujos caminhos entre bungalows, receção e restaurante são donos de plantas mil, e tantos outros animais. A música é o cantar dos pássaros acompanhado pela cadência da chuva a cair. O objetivo é o contacto pleno com a natureza.

Alajuela: águas quentes do vulcão Hora e meia passada e encontramonos de novo em Caño Blanco. O terceiro dia de viagem é passado em grande parte sobre as quatro rodas da carrinha. Atravesso novamente o Parque Nacional Braulio Carillo, com paragem nas plantações de banana de grandes empresas que exportam para todo o mundo. Já passa das 16h00 quando chego à província de Alajuela, um dos principais pontos turísticos da Costa Rica, embora não existisse há poucos anos. A cidade localiza-se na encosta do Arenal que

entrou em erupção em 1968 e continuou a sua atividade até recentemente. Hoje, sem o risco de corrimento de lava, nasceu esta povoação que dá acesso a passeios pelo vulcão. Tal como todas as cidades da Costa Rica, à exceção da capital, aqui não se encontram prédios altos, mas sim um conjunto de edifícios que cresceu organicamente. Pelas ruas veem-se mercados e lojas e um sem fim de restaurantes a vender iguarias locais como frango frito e empanadas. É zona com mais de 30 restaurantes e mais de 70 hotéis, escondidos por entre a floresta, com respeito pela natureza. Sempre. Esta região encontra-se a mais de 1.600 metros de altitude, no sopé de um vulcão que é um pouco como o nosso Pico. Místico e tímido, com o topo a aparecer por entre as nuvens esporadicamente. Pela encosta do Arenal corre a maior rede de fontes termais da Costa Rica, com águas a chegar aos 40°C. São alguns desses rios de águas quentes com cataratas que formam deliciosas piscinas que encontro no Tabacón Thermal Resort & Spa. O chão das piscinas é feito de pedras vulcânicas, pretas e leves. Quanto mais subimos mais quentes as relaxantes águas. É só com a cabeça fora da água que vemos o sol a descer no horizonte, a esconder-se atrás do vulcão e o azul-escuro da noite a assentar nos céus.

Arenal: aventuras na floresta A manhã acorda-me novamente com chuva e o facto de a achar um empecilho deixa o guia francamente espantado. A chuva é o que dá vida à natureza! Partimos então para o Sendero 1968, uma rede de trilhos que se espalha pelo sopé do Arenal, com miradouros que se abrem em vistas fantásticas para o março de 2018


mesmo. Com a capa de plástico vestida, subo, desço, trinco cana-de-açúcar, descubro plantas únicas e admiro o esplendor da natureza à minha volta. O dia prossegue para o Sky Adventures Park, que tirou partido de condições geográficas perfeitas para oferecer experiências únicas, mais ou menos radicais. Subo no Sky Tram, um teleférico que permite explorar o topo da floresta tropical, desfrutar vistas panorâmicas, numa viagem acompanhada por um especialista ambiental que explica os traços da natureza. O Sky Tram dá acesso ao Sky Trek, repleto de adrenalina. Um circuito de tirolesa com sete descidas por entre as copas das árvores, longas ou curtas, algumas que atingem uma velocidade de 70Km/h, num circuito de duas horas. Pelas 11h00 ainda chovia imensamente, pelo que, embora nos garantissem total segurança, não experimentei o Sky Trek. Parti, então, para o Sky Walk, uma rota de 4Km que se faz num trilho rasgado por pontes suspensas, que oferecem vistas para o verde profundo, para cataratas, para o Lago Arenal, por entre as copas das árvores. O dia acaba no Parque Nacional Catarata La Fortuna. Respiro fundo e inicio uma descida de 530 degraus. O esforço é recompensado quando, lá em baixo, sou embalada pelos sons das águas que caem com força sobre rochas e correm então para o Rio La Fortuna, com amplas piscinas onde podemos tomar banho nas águas cristalinas.

Rincón de la Vieja: de cavalo ao vulcão De volta à carrinha, calcorreamos o norte da Costa Rica até ao Pacífico. Cruzamos pelo imenso espelho de água que é o Lago Arenal, a separar as províncias de Alajuala e Guanacaste. Um lago que chega aos 60 metros de profundidade e que resulta do maior projeto de energia hidroelétrica do país. Passada a cordilheira central da Costa Rica a paisagem muda por completo. Dá Dicionário Costa-Riquenho – Português Os “ticos” são dos povos mais hospitaleiros e alegres do mundo e, com certeza, quererão conversar consigo em toda e qualquer oportunidade. Se quiser ambientar-se um pouco mais ao castelhano local, segue uma lista de palavras que o poderão ajudar, algumas delas parte da gíria local. Usted – Você: tenha em atenção pois na Costa Rica, e ao contrário do castelhano a que estamos habituados de “nuestros hermanos”, a utilização do pronome pessoal ‘tú’ é considerada rude, com os locais a dirigem-se a conhecidos, amigos e turistas, com ‘usted’, independentemente do grau de intimidade para com a pessoa. Mucho Gusto – Obrigado Gringos – Norte-americanos Tico – Costa-riquenho Tica – Costa-riquenha Pura Vida – Tudo de bom Tuanis – ‘Fixe’ Diay – exclamação utilizada para diferentes fins março de 2018

Respeito pela natureza Aquilo que o vai surpreender em todos os momentos da sua viagem à Costa Rica é o máximo respeito que os costa-riquenhos têm pela natureza. É um país de energia sustentável, natural e pura, entre a hidroelétrica, geotérmica, eólica e solar. Um país que ostenta 5% das espécies animais e vegetais conhecidas a nível mundial. Do total do território, 25% é floresta protegida. Fora estes factos, é a atenção particular que cada local tem para com o mundo à sua volta que faz toda a diferença. A lei do tabaco na Costa Rica não é mais apertada que em Portugal, contudo é considerado indelicado perturbar terceiros com o fumo do seu cigarro, pelo que não deve fumar ao pé de outras pessoas. Quando na rua, deve procurar um recanto

lugar a um bosque tropical seco, em que a riqueza natural permanece estonteante, mas onde se encontra vegetação mais rasteira, com árvores mais baixas e muitas, muitas palmeiras. Até o clima é diferente! Deixamos para trás a chuva e abraçamos a humidade, com temperaturas superiores às que havia sentido anteriormente. Fazemos uma pequena incursão por Liberia, a capital da província de Guanacaste, antes do desvio para a Hacienda Guachipelin para uma experiência inesquecível. A hacienda toma lugar em pleno Parque Nacional de Rincón de la Vieja, onde se localiza um dos quatro vulcões ativos neste momento

onde não se encontre mais ninguém antes de acender o cigarro. Respeite as zonas de fumadores dos hotéis, que são poucas e, geralmente, longe do seu quarto, e lembre-se que é proibido fumar dentro de qualquer um dos Parques Nacionais da Costa Rica. O respeito pela natureza inclui também, e obviamente, o respeito pela fauna local. A Lei de Conservação da Vida Silvestre diz que temos toda a liberdade de observar os diferentes animais da Costa Rica nos seus habitats naturais. O que não podemos é interagir diretamente com os mesmos, estando postas de lado as selfies, mesmo que não esteja a tocar no animal, e a alimentação de animais, mesmo que com fruta.<

na Costa Rica. Aliás, um dos vulcões que mostra mais atividade num país que apresenta um total de 112 crateras. Na Hacienda Guachipelin dirijo-me prontamente às cavalariças. O trajeto até à base do vulcão, onde inicia o trilho para que o admiremos de perto, é feito às costas de majestosos cavalos, bem habituados a principiantes na arte da equitação. Espera-me o Tamborito, de pelo branco e sedoso e uma bonita crina que abana quando lhe fazem festas. Com estalos da língua, o Tamborito e seus companheiros começam o percurso a passo suave. Um guia à frente e outro atrás, garantem que o grupo segue o trilho certeiramente, num percurso de cerca de

50 minutos. O caminho é feito por entre árvores onde vemos periquitos a namorar e iguanas a descansar. Já no Parque Natural de Rincón de la Vieja, por trilhos bem cuidados, vemos lagos vulcânicos e fumarolas, com o cume do vulcão a rasgar os céus lá em cima. O parque engloba mais de 34.000 hectares, com espaço para dois vulcões, 32 rios e ribeiras e uma variedade incrível de fauna e flora. Alberga diversos bosques tropicais onde se refugiam macacos, pumas, preguiças, jaguares e tapires. O antigo vulcão Rincón de la Vieja entrou em erupção pela última vez em 1983, deixando-nos agora Las Pailas onde podemos observar a sua atividade geotérmica e, no final do percurso, vistas maravilhosas para a Península de Nicoya e para o Lago Nicarágua, do país vizinho. Termino o dia nas águas termais da Hacienda Guachipelin, com piscinas naturais e outras feitas pelo homem por entre a vegetação. Este complexo está sujeito a um ritual específico, em que em primeiro lugar cobrimos o corpo com argila aquecida pelo vulcão, esperamos que seque na totalidade, passamos o corpo por água fria e mergulhamos na água quente. Resultado: pele e mente rejuvenescidas.

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Tamarindo: o calor do Pacífico

A noite foi passada no confortável resort RIU Palace, junto à praia e longe da cidade. A manhã começa com uma corrida à praia, quando descubro que lá se encontra um grupo de macacos. Na zona das piscinas, tenho outros encontros

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desfrutar do paraíso que é Manuel Antonio sem ter de o partilhar com dezenas de pessoas, esteja à porta mal este abre, às 7h00, o sol já brilha no céu e o calor ainda não torna a caminhada insuportável. De regresso ao hotel, banho tomado e malas fechadas é tempo de, pela última vez, entrarmos na carrinha onde fazemos os últimos quilómetros até ao Aeropuerto Internacional Juan Santamaría. Quando pergunto ao Raul, o motorista, quantos quilómetros percorremos na totalidade do percurso ele responde, com naturalidade, “mais de 1.500”. Foram oito dias intensos que resultaram numa paixão profunda por este país de seu nome Costa Rica. Pura Vida! <

Como ir

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imediatos com lagartos, iguanas, esquilos e pássaros, que partilham o seu espaço com os humanos com toda a tranquilidade. Depois de umas horas de sol era tempo de partir para o próximo destino da costa do Pacífico. Uma costa que tem cerca de 1.230Km, desde o Panamá até à Nicarágua, repleta de penínsulas e baías. Tamarindo é um paraíso para surfistas e para quem aprecia uma boa praia de areia fina cercada de palmeiras. É uma pequena povoação onde a expressão “Pura Vida!” ganha outra intensidade, onde tudo corre ponderadamente, ao ritmo das ondas. Perco-me pela povoação, por entre dezenas de lojas de lembranças e artesanato local. Encontro charutos, os “puros” segundo eles, à venda em bancas na rua, tal como street-food de todo o tipo. Nas lojas há as cerâmicas indígenas locais, produtos mil talhados nas melhores madeiras da Costa Rica, a par com os tradicionais ímanes e t-shirts a dizer “Pura Vida!”. O sol desce rapidamente pelos céus e encaminho-me para a praia para ver dos pores-do-sol mais bonitos que tive o prazer de presenciar. A temperatura é amena e enquanto os últimos raios se escondem no horizonte há ainda surfistas a apanhar ondas e pessoas a desfrutar do calor das águas. Já de noite, é tempo de regressar à cidade para o night-market, com artesãos de todas as partes do mundo que aqui se reúnem para vender as suas obras. O mercado noturno é uma visita obrigatória, com peças de prata, cervejas artesanais, colares feitos com pedras preciosas e comida de todo o mundo. Os preços são mais altos, mas tudo o que aqui se encontra é único, peças singulares feitas com carinho por nómadas que encontraram neste país um porto seguro.

Quepos: caminhar sobre crocodilos Deixo, a custo, Tamarindo, e de volta à carrinha dirigimo-nos à província de

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Não existem voos diretos entre Portugal e a Costa Rica, mas sim alternativas através dos Estados Unidos ou Madrid, em companhias aéreas como a United Airlines ou Iberia. Aproveite, contudo, o charter da Orbest para programas do operador turístico Jolidey, a decorrer entre 4 de maio e 13 de julho. Dica Para entrar em contacto com a estonteante diversidade natural da Costa Rica é imperativo que entre em mais do que um dos Parques Nacionais do país. É neles que encontra diversos ecossistemas, plantas mil e centos de espécies animais. A entrada em qualquer dos parques tem o valor de 15$ por pessoa, com a única exceção a ser o Parque Nacional Manuel Antonio, com a entrada a passar para os 16$.<

Puntarenas. Passamos por mangais e árvores de caju, vejo papagaios a colorir as árvores de vermelho, azul e amarelo. Atravessamos a Ponte de l’Amistad de Taiwan, construída por essa nação em 2003, que cruza o Rio Tempisque, um dos maiores do país. Observo bancas que vendem vino coyol, feito através da fermentação de sumos dentro das palmeiras coyol, que formam uma espécie de vinho. O momento alto do trajeto foi a passagem por aquela que já é conhecida como a Ponte dos Crocodilos. A ponte que cruza o Rio Tarcoles é como um miradouro para observação de crocodilos, que descansam paulatinamente na sua margem e bancos de areia. Crocodilos que medem até 5,5 metros de comprimento, mas que, lá em baixo, parecem perfeitamente inofensivos. Atravesso a ponte a pé contemplo a placidez destes grandes animais. Chegados a Quepos, abrigamo-nos num hotel perfeitamente encantador, o Parador Resort & Spa. Uma antiga casa senhorial que nos faz sentir como reis e rainhas ao percorrermos os seus salões de chão de madeira e tetos trabalhos, com grandes lustres. O hotel localiza-se no topo de uma falésia, mas uma curta viagem de buggy seguida de uma caminhada de cinco minutos leva-nos a uma praia mesmo a seu lado. A praia é quase privada, dado o seu acesso menos simples e pequena dimensão. Enquanto desço por entre vegetação densa, oiço o rolar das ondas, no que venho a descobrir ser um

Onde ficar cenário ímpar. Uma pequena baía de areias escuras, perfeitamente cercada de árvores. Entro nas águas quentes e acompanha-se um grupo de pelicanos que nadam a meu lado. O silêncio é apenas interrompido pelas ondas, pelo vento a passar pelas folhas, pelo grunhido particular que produzem os macacosuivadores.

Manuel Antonio: praia paradisíaca O despertador toca às 5h30. Dá tempo de um duche rápido, vestir o fato de banho e roupas leves e comer o pequenoalmoço antes de sair do hotel com destino ao parque mais visitado da Costa Rica. O Parque Nacional Manuel Antonio é como uma ilha verde no meio da cidade de Quepos, onde surgem diversos trilhos, com o mais percorrido a ser aquele que termina numa praia perfeitamente paradisíaca. Eram 7h00 quando atravesso os portões do parque, paredes meias com a praia de Manuel Antonio, um longo areal já a esta hora frequentado por alguns banhistas. Dentro do parque aproveito este último dia na Costa Rica para procurar uma das espécies que tanto queríamos ver, os tucanos. Não tive sorte, mas o passeio vale pela sua beleza, e pela já habitual companhia de macacos e também de caranguejos de cores aguerridas. Chegada à praia o entusiasmo com a pequena baía de areias douradas e mar turquesa é tanto que corro para águas quentes. Nado e boio até os dedos ficarem engelhados. Percorro as areias finas e assisto à luta de um guaxinim com um saco levado por algum turista até conseguir roubar as bananas que lá se encontravam. Cuidado com seus pertences quando perto destes malandros! Chegam as 10h00 e é, infelizmente, hora de partir. Quando chego novamente ao portão surpreende-me a fila interminável de pessoas que esperam para entrar no parque. Segue um conselho, se quer

Pachira Lodge Tortuguero | Desde 243$ p/ duplo Tel.: +506 2257-2242 | pachiralodge.com Tabacón Thermal Resort & Spa Arenal | Desde 180$ p/ duplo Tel.: +506 2479-2000 | tabacon.com Hotel RIU Palace Costa Rica Guanacaste | Desde 150$ p/ duplo riu.com/en/hotel/costa-rica/guanacaste/hotelriu-palace-costa-rica/ Wyndham Esplendor Tamarindo Tamarindo | Desde 110$ p/ duplo Tel.: +506 4700-4747 | wyndhamhotels.com Parador Resort & Spa Quepos | Desde 300$ p/ duplo Tel.: +506 2777-1414 | hotelparador.com

O que comer

Fruta, fruta e ainda mais fruta! A fruta da Costa Rica é incrivelmente saborosa. Prove a banana e o abacaxi, mas também os morangos, melancias, papaias. O Gallo Pinto é um dos pratos mais populares do país. Composto por arroz e feijão preto, que são fritos até tostados, embora não o pareça, é uma iguaria para pequeno-almoço, sendo consumido apenas durante esta refeição. Toda a carne da Costa Rica é tenra e deliciosa, com os animais a viverem livres por entre a floresta. Não deixe de provar o frango frito, que se vende um pouco por toda a parte, bem como deliciosas empanadas que podem ser recheadas com quase tudo.

O que beber

Café! O café da Costa Rica é considerado um dos melhores do mundo. Quanto a bebidas alcoólicas, deve provar a cerveja nacional, a Imperial, bem como os cocktails Guaro Sour e Chili Guaro, elaborados com o licor nacional de cana-de-açúcar. Este último com uma pitada de picante, que o torna uma bebida energética.

O que trazer

Cerâmica local feita pelas mãos dos indígenas da Costa Rica, bem como outro artesanato nascido das melhores madeiras do país. Encha, também, a sua mala com café e Cacique, a marca mais conhecida do licor com que são confecionados os cocktails nacionais. < março de 2018


Villena Turismo cultural tem paragem na “Fortaleza Mediterrânica” Não é apenas o Castelo da Atalaia que marca a identidade de Villena, um município da região de Alicante onde o tempo e as diferentes civilizações deixaram testemunhos de uma grande riqueza histórica e cultural. Também o carácter festivo marca a sua identidade, com as Festas de Mouros e Cristãos, considerado de Interesse Turístico Nacional, e as Festas Medievais, a terem um lugar de destaque.

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ocalizada a noroeste da província de Alicante, na região de Alto Vinalopó, Villena é uma encruzilhada importante de caminhos entre as comunidades de Valência, Múrcia e CastelaMancha, com a sua principal imagem a estar a cargo do Castelo da Atalaia, uma fortaleza do século XII que se ergue sobre a cidade, uma peça histórica que foi declarada "Monumento de Valor Artístico" em 1931, gozando ainda da qualificação de "Bem de Interesse Cultural". Sob o olhar do castelo, durante o inverno de 1963 encontrou-se o Tesouro de Villena, uma pulseira de ouro de meio quilo, despertando a atenção do diretor do Museu Arqueológico, José María Soler. Depois de várias escavações, um tesouro ainda maior foi descoberto: um conjunto de quase dez quilos de ouro e mais de seiscentas gramas de prata com uma antiguidade de 3.000 anos. Mas Villena não é só tesouros arqueológicos. Podemos começar pela Plaza Mayor, o eixo entre a cidade velha e a cidade moderna, pela Plaza de las Malvas, que abriga o palácio da família Mergelina, construído no final do século XVII, pelas inúmeras igrejas e monumentos de natureza religiosa, como os eremitérios de São José e Santo António, do século XVI, pelo Santuário das Virtudes ou pelas igrejas de Santa Maria e Arcebispado de Santiago, tendo ainda como outra das suas grandes atracções monumentais o Teatro Chapí. Apenas uma parte das mais diversas março de 2018

visitas guiadas, como a Rota da Villena Modernista, que nos leva pela cidade desde o final do século XIX e início do século XX, onde encontramos como maior destaque o edifício sede da Comparsa de Lavradores, a Casa Rocher ou o Palácio Selva, podendo ainda aproveitar a Rota das Três Culturas ou a Rota dos Relógios do Sol para melhor conhecer a cidade. Cidade alicantina que também se caracteriza pelo seu marcado carácter festivo, como as famosas Festas dos Mouros e Cristãos, resultado da transformação da antiga soldadesca que acompanhava a Virgem nas peregrinações e procissões desde o século XVII, dando origem a grupos festivaleiros no início do século XIX, começando a representar as Embaixadas e a Conversão, construindo-se o primeiro

“castelo das embaixadas”. Em 1845, já se documentam como "Festividades dos Mouros e Cristãos" e, em 1849, são notícia na imprensa nacional da época. Actualmente, são as mais participativas de Espanha, com mais de 12.000 figurantes. Os desfiles são o grande espetáculo das festas de Villena, numa explosão de alegria, cor e música, destacando-se A Entrada e A Cavalgada, com a duração de 7 horas cada, caracterizando-se pelo desfile de blocos, com 100 bandas de música e 125 ilhas, com as Embaixadas e Guerrilhas a estarem representadas no Castelo da Atalaia, usando textos escritos no início do século XIX. No primeiro, o embaixador mouro conquista o castelo e, no segundo, é o embaixador cristão que o reconquista, existindo 14 grupos, sete do “bando” dos mouros e mais sete do cristão.

E é em março que se celebram as Festas Medievais, com o bairro El Rabal a transformar-se durante três dias, vestindo as suas melhores roupas e a transportar moradores e visitantes para a Idade Média. Outro dos momentos importantes da vida da cidade, tornando-a uma referência no sector da música, é o Festival Lendas do Rock, que se realiza em agosto, por quatro dias, dando a Villena o título de "capital espanhola do rock e heavy metal", o mesmo mês em que se realiza o Festival Rabolagartixa, para em outubro se celebrar o Rabalfest, um evento que tem a originalidade de combinar a tradição espanhola do festival da Vindima com a Oktoberfest alemã. <

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Guia de Viagem Informações úteis

Clima: Árido subtropical e tropical Moeda: Rial Iraniano | 1€ = 45.813,9 IRR Passaporte: Obrigatório Visto: Obrigatório Língua: Parsi, com parte da população a dominar o inglês Fuso horário: mais 3h30m que em Portugal Continental Calendário: Persa; Islâmico para cerimónias religiosas; Gregoriano para o turismo

Teerão e Esfahan

Os encantos da antiga Pérsia A Pérsia, ou República Islâmica do Irão como é conhecido nos dias que correm, é um país vestido de importância histórica. O país que viu nascer uma das primeiras grandes civilizações do mundo e que vem lutando desde há muito por ser um local de paz no meio de Médio Oriente. O Irão está carregado de tesouros por descobrir e histórias por contar de um povo alegre e distinto que mostra uma forma de pensar e de estar evoluída.

O

sol acabava de nascer quando o avião pousou na pista do Aeroporto de Teerão – Imam Khomeini. Já em solo iraniano era tempo de seguir o exemplo das outras senhoras, tirar o lenço da mala e coloca-lo sobre os cabelos, ainda antes de sair do avião. A primeira surpresa com que nos deparamos é o facto das redes sociais Fabebook e o Twitter estarem bloqueados no país. A segunda surpresa foi descobrir o quão diferente é o parsi, a língua oficial do Irão, em comparação com o árabe falado em outros países do Médio Oriente. Não só a nível verbal, como também nos caracteres. Foi também com admiração que assisti à adoração que os iranianos têm por Carlos Queiroz, o português que é treinador da Seleção do Irão. Dos jornais iranianos que estavam dispostos na sala de espera do aeroporto era impossível descortinar do que falavam, mas a fotografia de Queiroz saltava à vista, bem como nos outdoors de um banco nacional dispostos um pouco por toda a cidade. Nas ruas,

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quando as gentes simpáticas descobriam a nossa nacionalidade eram inevitáveis as conversas sobre futebol, Carlos Queiroz, o Mundial e Cristiano Ronaldo, sempre.

Cidade moderna no meio da história Teerão é um centro moderno no meio de um país antigo. É gigantesca, nela vivendo perto de oito milhões de habitantes. O nosso hotel encontra-se localizado na zona norte, já a escalar a cadeia montanhosa de Elbruz que circunda o planalto a cerca de 1.200 metros de altitude onde cresceu Teerão. Da janela do meu quarto consigo ver toda a cidade a meus pés. É um conjunto de edifícios altos ligados por uma impressionante rede de estradas que, não soubesse onde estava, garantia ser uma qualquer grande cidade norte-americana. As parecenças com os Estados Unidos da América são, aliás e ironicamente, muitas. É-me explicado que as novas gerações iranianas vivem fascinadas com o modo de vida norte-americano. O

modo de vestir, mesmo com as restrições impostas, é semelhante, o telemóvel está sempre na mão preparado para uma selfie, o consumo de Coca-Cola altíssimo e a abertura de réplicas como ZFC e “qualquer-coisa-Hut” presente em todas as esquinas. A capital iraniana parece o centro do mundo e a vontade de a explorar é muita. Uma vontade que é atrasada pelo trânsito perfeitamente caótico de que é vítima. Uma hora volvida e saímos do carro, frente ao Complexo Saadabad, palácio de verão da Dinastia Qajar. Após a revolução de 1979 todo o complexo que alberga um total de 18 palácios foi tornado num museu que apresenta os hábitos de outros tempos, bem como a arte e arquitetura iraniana. O Palácio Mellat, a maior mansão do complexo, mostra como vivia, antes da sua destituição, o último Xá da Pérsia, Reza Pahlavi. Passamos pelo gabinete e quarto de dormir, salões privados e de festas, bem como pelos aposentos de sua mulher. Impressionam os intricados tapetes persas de imensa dimensão que

Texto: Sofia Soares Carraca

cobrem o chão das diferentes salas, bem como a riqueza dos enormes lustres que as iluminam. Visitamos ainda o Museu dos Carros Reais, onde admiramos as antigas viaturas do Xá, onde constam Rolls-Royce, Cadillac e Mercedes. Já com o escuro da noite a cair, embora ainda não sejam 17h30, dirigimo-nos para Darband, na zona mais alta do norte de Teerão. Na rua vendem-se flores, frutos secos e especiarias, mas é no calor de uma casa de chá que nos recolhemos. Como tantas outras, apresenta pequenos espaços individuais, para que cada grupo tenha privacidade, à volta de um aquecedor de gás, com um chá quente numa mão e um cachimbo de água na outra.

O islão e o lifestyle Começamos o segundo dia de viagem a percorrer a Avenida Valiasr, a mais longa do Médio Oriente, com 17Km de comprimento. Na sua ponta este encontrase a Praça Tajrish, uma mistura da imensidão de Times Square com os mais março de 2018


típicos símbolos desta região, um bazar e uma mesquita. O bazar é em tudo diferente de outros que visitei em países árabes. É um espaço pensado para os locais que querem fazer as suas compras, não para turistas, infinitamente mais calmo do que os souks de Marraquexe, por exemplo. No bazar de Tajrish pode levar todo o tempo a estudar cada loja, cada recanto, até encontrar a recordação ideal. É junto ao bazar que se encontra a Mesquita Imamzadeh Saleh, que faz homenagem ao descendente do profeta, Saleh, que aqui tem o seu túmulo. Nela destaca-se a bonita cúpula e minaretes cobertos a mosaicos azuis, de diferentes motivos. Na fachada encontram-se imagens de Khamenei e Khomeini. Todo o terreno à volta da mesquita é considerado solo sagrado e para nele podermos por pé é necessário cobrirmos todo o corpo com um grande lenço, o chador, exigência que não é feita aos homens. Senhoras e senhores são então separados entrando para partes distintas da mesquita. Admiramos o seu interior coberto de pequenos espelhos que reluzem como um diamante, enquanto os pés descalços agradecem o calor dos tapetes persas que cobrem o chão e onde se encontram dezenas de mulheres e crianças sentadas ou de joelhos. O almoço em tudo contrasta com o ambiente sério da mesquita. O Royal Address é um espaço modernista localizado na Avenida Fereshteh, daquelas onde o preço por metro quadrado bate recordes. O restaurante lifestyle apresenta murais pintados, bidons de petróleo de cores aguerridas, espaços distintos dentro do mesmo restaurante e uma simpática hostess que nos explica como tudo funciona, tendo à nossa disposição hambúrgueres, pizzas, comida mexicana, saladas e ainda a gastronomia local.

governamental, com edifícios oficiais, como embaixadas e ministérios. É aqui, também, que se encontra o Palácio Golestan, da dinastia Qajar, um edifício construído no século XVIII, altura em que a dinastia fez de Teerão a capital da Pérsia. É um bonito jardim que dá acesso à fachada rasgada por janelas e erguida em tijolo e mosaicos coloridos. O que salta à vista são as poucas referências religiosas que o palácio apresenta, ostentando a verdadeira arquitetura e arte persa. Ainda antes de entrar encontramos o túmulo do Xá Naser al-Din. Lá dentro descobrimos de novo paredes espelhadas, até chegarmos ao segundo piso e nos deslumbrarmos com riquíssimas paredes cobertas de intricados relevos em estuque. A Sala do Trono funciona como uma salamuseu. Ao fundo encontramos uma réplica do trono original, coberto de pedras preciosas, onde se senta uma figura de cera a representar o último Xá do Irão, e um pouco por toda a sala encontramos as prendas que foi recebendo do diversos reis europeus aquando da sua primeira visita à Europa. Antes do almoço temos tempo para uma paragem no Naderi Café. O espaço apresenta-se como “o ponto de encontro de iranianos do passado, presente e futuro”. Explica-nos a guia que vem sendo, de facto, o lugar de encontro dos intelectuais do país, com uma das paredes a estar coberta de fotografias a preto e branco que mostram os clientes famosos, de poetas a músicos, sem esquecer os atores de um país que leva muito a sério a sua indústria cinematográfica, após lhe

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Do Império Persa ao Irão moderno É impressionante a história da Pérsia, o maior império que o mundo conheceu na altura do seu apogeu. Um império que veio introduzir ao mundo a importância dos impostos e como povos de diferentes etnias e crenças podem viver sob o mesmo domínio. Um império que construiu a primeira complexa grande rede de estradas do mundo, que visava ligar as suas comunidades de diferentes tribos e nacionalidades. A história do Império Aqueménida, iniciado por Ciro, o Grande em 550 a.C., é surpreendente, tão surpreendente que parece ser invenção de uma produção de Hollywood. Histórias como a de um exército de 10.000 homens conhecidos como “Os Imortais”, de um território que se estendia por três continentes, da emancipação dos escravos e do incluir do povo judeu na Babilónia, da utilização de um idioma oficial por todos os seus territórios e de notável engenharia que criou cerca de 70Km de distribuição de água. Tudo isto ocorreu há mais de dois milénios e a história desde então nem sempre foi fácil. O país foi conquistado por árabes muçulmanos e é hoje um dos praticantes do xiismo islâmico ao contrário da grande parte dos países do Médio Oriente,

seguidores do sunismo, e razão de confrontos de ideias com a vizinha Arábia Saudita, com Israel e com os Estados Unidos da América. Foi em 1979, ano da Revolução Iraniana liderada por Khomeini, que se formou a República Islâmica do Irão, num país que operava sob uma monarquia constitucional, encabeçada por um Xá. Hoje, apresenta um sistema político único que combina elementos de uma democracia parlamentar, com os de uma teocracia religiosa na qual a mais alta autoridade é o Líder Supremo, neste momento Ali Khamenei, sucessor de Khomeini, também conhecido como Ayatollah. Um sistema teocrático que, tal como tem vindo a ser noticiado, se encontra em decadência, com os recentes protestos a exigir o final deste sistema governamental. O Irão é, contudo, uma nação de diversas culturas, diferentes grupos étnicos e linguísticos. Ao longo do território encontramos, para além de mesquitas, sinagogas, igrejas católicas e templos zoroastras. É um país feito de uma cultura única e de cidades repletas de história e de monumentos que dela falam. O país da Ásia Ocidental é o segundo maior do Médio Oriente, com uma população de cerca de 80 milhões de habitantes. <

Do antigo ao moderno Chegamos a Shahr, na zona sul e mais antiga da cidade, após uma hora de viagem. Entramos no bairro março de 2018

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Como ir

ter sido vetada a importação de filmes de Hollywood. O almoço estava marcado para o Dizi, um restaurante que tem o nome da especialidade que serve. O dizi é uma sopa de borrego, a carne predileta por estas zonas, cujo método de preparação é um ritual por si só. Para um lado separamos o caldo, que é ensopado com pão e comido à colherada, do outro esmagamos com um pilão a carne, o grão e batata. Os ingredientes, após longas horas de cozedura, desfazem-se sobre o pilão, tornando-se numa pasta macia e deliciosa. Após ao almoço temos contacto com a religião da Pérsia, antes da conversão ao islamismo. O zoroastrismo, fundado pelo profeta Zaratustra, foi a primeira religião monoteísta da humanidade, também a primeira a acreditar na vida depois da morte e no juízo final, introduzindo os conceitos de inferno e paraíso, que vieram mais tarde influenciar outras religiões como o cristianismo, judaísmo e islamismo. O Templo do Fogo é um local despretensioso, onde toda a atenção é concentrada no centro da sala onde se encontra o fogo que arde eternamente no altar. O fogo e a luz são essenciais a todas as cerimónias do zoroastrismo, cujo princípio é a infinda luta entre o bem e o mal. A religião acredita que todos temos bondade dentro de nós e rege-se por três princípios: o bom pensamento, a boa

Recomendações • As mulheres são obrigadas a utilizar hijab, um lenço na cabeça a tapar o cabelo sempre que fora do quarto de hotel; • As senhoras são, também, obrigadas a utilizar túnicas ou casacos a três quartos, acima do joelho, por cima das calças; • Os homens não devem usar calções ou camisas sem mangas; • A venda de bebidas alcoólicas é proibida em qualquer estabelecimento, incluindo nos bares dos hotéis; • Tal como em outros países do Médio Oriente, no Irão a carne de porco não é consumida; • Prepare-se para casas de banho do tipo turco, as de tipo ocidental estão, regra geral, só disponíveis nos hotéis; • No país não são aceites pagamentos ou levantamentos com cartões de multibanco, de débito ou de crédito, pelo que deve levar consigo todo o dinheiro que pensa gastar; • As melhores épocas para visitar o Irão, a nível meteorológico, são entre março e maio e mais tarde entre setembro e novembro; • Redes sociais como o Facebook e o Twitter estão bloqueados, mas basta descarregar um VPN para contornar a situação; • Os iranianos são considerados dos povos mais hospitaleiros do mundo, não hesite em soltar uma Salam! (Olá!) mesmo ao desconhecido mais sisudo, verá que a aparência engana; • Desprenda-se de ideias pré-concebidas e desfrute em pleno de um país que revela ser bem diferente do “bichopapão” que passa nas notícias. <

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De momento não existem voos diretos entre Portugal e o Irão, existindo sim diversas alternativas com escala por companhias aéreas como a Turkish Airlines (Istambul), Air France (Paris), ou Emirates (Dubai). A totalidade da viagem, com escala, pode levar entre 10 a 16 horas.

Onde ficar

Espinas Palace Hotel hhhhh Teerão | Desde 170€ p/ duplo Tel.: +98 21 75 675 Raamtin Residente Hotel hhhh Teerão | raamtinhotel.com/en/ Tel.: +98 21 8872 27 86 - 8 Abbasi Hotel Esfahan | abbasihotel.ir/en/ Tel.: 0313 222601019

Onde comer

Nayeb Restaurant – Teerão Franchising especializado em kebabs Tel.: +98 22 093747 Dizi – Teerão Restaurante tradicional | especialista na iguaria dizi Tel.: +98 888 10008 Shahrzad – Esfahan Gastronomia persa | espaço familiar Tel.: 0311 2204490

ação e a boa palavra. É hora de regressar à zona norte da imensa cidade de Teerão, para visitar um dos símbolos do Irão moderno, a Torre Milad. Com 435 metros de altura a destacarem-se na paisagem de Teerão, a Torre Milad é a sexta torre de telecomunicações mais alta do mundo. Após entrarmos nos grandes elevadores panorâmicos levamos apenas 50 segundos a chegar ao topo. Lá no alto a torre apresenta um deck de observação coberto e um ao ar-livre, para além de um restaurante giratório. O que se avista da plataforma de observação é extasiante, uma cidade que parece não ter fim, um total emaranhado de estradas e viadutos, onde a presença de longas linhas de faróis ora brancos, ora vermelhos, nos dizem que aqui o trânsito nunca abranda. Segue um conselho, faça questão de visitar a Torre Milad ao anoitecer, hora em que a densa nuvem de poluição que cobre Teerão se dissipa ligeiramente, deixando-nos ver o que por lá baixo se passa.

Deslumbrante Esfahan A alvorada do último dia em território iraniano faz-se bem cedo, ainda o sol não dava mostras de querer nascer. Partimos em direção a Esfahan, que dista cerca de cinco horas de Teerão. Só a sair às 5h00 do hotel é que temos forma de combater o trânsito e fazer uma paragem no Mausoléu de Khomeini, aberto 24 horas

por dia. Quando chegamos a cúpula dourada reluz com os primeiros raios de sol. Na rua estão -1°C e agradecemos o calor dos tapetes persas após retirarmos os sapatos à entrada. Lá dentro encontramos um espaço amplo, com paredes ricas, onde se encontram os túmulos de Khomeini, do seu filho e mulher e de figuras proeminentes da política iraniana. Mesmo antes das 7h00 encontram-se aqui largas dezenas de pessoas. Diz-nos a guia que muitos refugiados afegãos o utilizam para descansar à noite. De um lado os homens, do outro as mulheres, deitados sobre os tapetes a dormir. Partimos, então, com destino a Esfahan, a segunda maior cidade do Irão conhecida como sendo a capital cultural do país. Esfahan é uma antiga capital da Pérsia, durante a Dinastia Safávida, localizada numa região que ostenta 22.000 monumentos, alguns de há 3.000 anos e quatro deles na lista de Património Mundial da Humanidade, pela UNESCO. “Esfahan nesf-e jahan” é a expressão persa que diz que Esfahan é metade do mundo. Centenas de anos volvidos e a cidade continua a ser magnífica, com jardins pitorescos, mesquitas e ricos bazares. A visita começa pela mais antiga das 12 igrejas que aqui nasceram, construída pelos cristãos arménios. A Igreja de São José de Arimateia rege-se pelas regras de que por fora não se distinga de uma mesquita, ostentando uma cúpula.

É o seu interior que impressiona, num conjunto de três estilos arquitetónicos, o persa, arménio e europeu. Junto ao chão encontram-se mosaicos de todas as cores, tipicamente persas, mas em todas as paredes que sobem até aos tetos encontramos frescos que contam diferentes passagens da Bíblia. O centro da vida cultural e social de Esfahan dá-se na Praça Naqsh-e Jahan, a segunda maior do mundo e, claro, Património Mundial da Humanidade. É numa das suas arestas que se encontra a porta para a Mesquita Abassi, ou Mesquita Xá. Saltam à vista as cúpulas turquesa, a mais alta com 54 metros de altura, numa mesquita de uma enorme dimensão. A Praça Naqsh-e Jahan apresenta quatro pórticos, em típico plano do zoroastrismos. É por detrás das suas fachadas que se encontra o infindável emaranhados de ruelas cobertas que compõem o Bazar de Esfahan. Aqui encontra-se um pouco de tudo. Cerâmica, vidros, objetos de decoração, roupa, especiarias, frutos secos. Veem-se tapetes persas que se vendem por preços milionários, e açafrão a 2€ à grama. Encontram-se também lenços de pashmina a 4€ e pratos em cobre com intricados desenhos feitos à mão pelo mesmo valor. Há de tudo, para todos os gostos e para todas as carteiras. Por horas e horas nos deixamos perder por este labirinto de ruas, sem nunca perder o norte, até ser hora de partir. O Irão era um destino que sempre quis desvendar e esta visita, se bem que curta, não desiludiu. É ainda um país de contradições, em que a paixão pelo moderno e europeu contrasta com costumes impostos que nos prendem a liberdade, principalmente às mulheres. Ainda assim, o que não senti foi o clima tenso de um país com conflitos reais e hipotéticos que passa nas notícias do mundo. < março de 2018


> gastronomia

O que Lisboa tem de melhor

Quem recebe os garfos são os restaurantes

Todos os anos, o concurso “Lisboa à Prova”, mostra o que a capital portuguesa tem de melhor do que se refere à gastronomia, premiando um conjunto de restaurantes nas mais diversas categorias. Texto: Carolina Morgado

O "Lisboa à Prova" tem como principais objetivos promover a gastronomia lisboeta como fator de atração turística, valorizar o setor e estimular uma melhoria da qualidade dos serviços prestados. Concorrem vários restaurantes, que durante vários meses são avaliados por um conjunto de fatores. Foram 126 os restaurantes que se destacaram na 11ª edição deste concurso e receberam os troféus de “1 Garfo”, “2 Garfos” e “3 Garfos”. Neste artigo pretendemos apenas apresentar uma pequena amostra dos restaurantes premiados.

Eleven

"A natureza é a perfeição, a minha missão é extrair dela a melhor matériaprima, sentir os aromas, provar os sabores e texturas para assim imprimir a magia da simplicidade e elegância à minha cozinha"”, é assim que o chef do Eleven, o alemão Joachim Koerper, define o restaurante gourmet que dirige, considerado um dos melhores da Lisboa, onde pautua a cozinha de autor ao estilo Mediterrânico. A sua filosofia é simples, como todas as coisas boas da vida: utilizar apenas produtos naturais e frescos e trabalhá-los com arte e criatividade, ao mesmo tempo de homenageia as tradições portuguesas com um toque de reinvenção. Na carta disponível atualmente no restaurante, tanto nos menus Atlântico (94 euros), Degustação (115 euros) e Lavagante (175 euros), a famosa e conhecida “Sopa de Pedra”é rainha. Rua Marquês de Fronteira, Jardim Amália Rodrigues Reservas: 213 862 211 Grupos: 213 862 213 Email: reservas@restauranteleven.com / 11@restauranteleven.com Encerra aos domingos

A Travessa

A refeição começa com um menu de degustação de oito ou mais entradas, quatro frias e quatro quentes. Inclui os bem conhecidos secretos de porco preto e os ovos mexidos com cogumelos selvagens. De resto, conte com surpresas porque à cozinha do restaurante chegam diariamente produtos frescos e de época que inspiram o chef. Profunda conhecedora do mar, a equipa dá preferência ao melhor pescado da costa portuguesa. Nas carnes destacam-se Escalopes de Foie Gras “poelée”, Lombinho de Cordeiro de Leite, Medalhões de Veado com Trufas, Perdiz Convento da Bernardas, e Tornedó de Touro Bravo com Cogumelos. Nas sobremesas delicie-se, por exemplo, com o Crocante de Framboesas, Mousse de Chocolate Branco, Pão de Rala, Praliné de chocolate preto, Pudim Abade de Priscos, Sericaia, Sopa de Morango e Tábua de Queijo. Travessa do Convento das Bernardas nº12 (Madragoa) Telefones: 213 902 034/ 213 940 800 Serviço grátis de transfer: 968 939 125 – Parque do Largo Vitorino Damásio (Santos) email: info@atravessa.com Encerra aos domingos março de 2018

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> experiência

Adega Tia Matilde

A cozinha tradicional portuguesa está presente nesta casa desde 1926. Começou por ser uma tasca e hoje é um dos restaurantes mais típicos e emblemáticos de Lisboa. No que toca às especialidades da casa, nas entradas recomendamos Salada de ovas e pataniscas de bacalhau. Nas sopas não pode falhar a rica de peixe. Quanto aos pratos, os destaques vão para Caldeirada à Tia Matilde, Filetes de pescada com salada russa, Bacalhau Gomes de Sá, Cabrito assado no forno, Perdiz estufada, Feijoada à transmontana, Arroz de frango à Tia Matilde e Iscas à portuguesa. Nas sobremesas são pedidos obrigatórios, o Arroz doce, Montanha russa, Tarte folhada de maçã, Bolo de chila ou Torta de natas. Rua da Beneficência, 77 Rua Dr. Álvaro de Castro, 18 (parque gratuito com entrada direta para o restaurante) Telefone: 217 972 172 | 217 978 332 Email: adegatiamatilde@netcabo.pt

Delícias de Goa

O restaurante dá a provar pratos goeses de influência portuguesa, adaptados e desenvolvidos ao longo dos últimos 450 anos quando os navegadores tornaram Goa o centro do império português a Oriente. Daí a mistura perfeita entre as especialidades presentes neste espaço, como Sarapatel, Vindalho, Cabidela, e Chouriço à Goesa, a par com Chacutis, Caris e Achares. O toque luso é também notório na secção carnes, tais como Balchão de Porco e Biryani de Cabrito ou de Galinha, exemplos deliciosos deste espaço. Nas sobremesas, o Delícias de Goa surpreende com Bebinca, Doce de Grão, Alebelé e o inevitável Gelado de Manga. Rua Conde Redondo, 2-D Telemóvel: 961 491 521 | 965 467 264 Encerra domingo ao jantar e segunda-feira todo o dia

LISBOA

BRAGA

PORTO

COIMBRA

SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS ARTES

MUSEU DE ARQUEOLOGIA D. DIOGO DE SOUSA

PALÁCIO DA BOLSA

PAVILHÃO CENTRO DE PORTUGAL

13 a 15 ABRIL ENTRADA LIVRE PARCEIROS INSTITUCIONAIS

20 a 22 ABRIL Sexta a Domingo 10h / 20h ORGANIZADOR

PATROCINADORES

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março de 2018


Hotel Vila Park hhhh Av. de Sines - Vila Nova de Santo André Quartos: 79 Piscinas: 2 (adultos e crianças) Restaurante, bar e snack-bar Sala de Jogos Parque de actividades (slide, baloiços, escorrega e molas) Wifi gratuito

> ficar

FICHA TÉCNICA

Hotel Vila Park

Sustentabilidade e conforto Na região alentejana, entre Sines e Santiago do Cacém, numa zona denominada Vila Nova de Santo André, ergue-se um empreendimento turístico de quatro estrelas que leva muito a sério as preocupações ambientais: o Hotel Vila Park.

O

Hotel Vila Park, em Vila Nova de Santo André (Santiago do Cacém), depois de ter renovado os seus quartos, utilizando produtos amigos do ambiente, nomeadamente pavimentos e revestimentos em cortiça, reforça a aposta de amigo do ambiente com dois novos projectos: Certificação Biosphere e Check-in (projeto de eficiência energética).

Certificação Biosphere Promovida pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e abrangendo cerca de 30 unidades hoteleiras do Alentejo e Ribatejo, esta norma é reconhecida pela UNESCO, Organização Mundial do Turismo (OMT), Global Sustainable Tourism Council e pelo Instituto do Turismo Responsável, que prevê cinco grandes grupos de intervenção: • Instrumentos para uma Política de Turismo Sustentável; • Conservação e Melhoria do Património Cultural; • Desenvolvimento Económico e Social do Destino; • Conservação Ambiental; • Satisfação do Cliente. Pretende-se com este projecto a operacionalização da Qualificação dos março de 2018

Estabelecimentos Hoteleiros, culminando com a “Certificação do Destino Alentejo e Ribatejo”.

Check-Inn Trata-se de um projeto de Eficiência Energética, promovido pela Agência Regional de Energia e Ambiente do Algarve (AREAL), em resultado de uma candidatura aprovada no âmbito do Plano de Promoção da Eficiência no Consumo (PPEC) da ERSE. O projeto tem por objetivo promover a melhoria da eficiência no consumo de energia elétrica no setor hoteleiro a nível nacional, incentivando práticas e comportamentos mais eficientes, a implementação de planos de redução, e a utilização de ferramentas e procedimentos que potenciem a eficiência energética neste setor, em Portugal. De realçar na parte ambiental:

Passaporte Ambiental Documento entregue a todos os hóspedes, aquando do check-in, onde se informam todas as práticas amigas do ambiente.

Mini Produção

Composta por 528 painéis fotovoltaicos que, desde novembro/12 até janeiro/18, já produziu mais de 914 Mwh,

representando mais de 58% do total consumido e uma redução das emissões de CO2 de 336 toneladas.

Certificações são exemplo nacional Detentor de um número impressionante de certificações, galardões e prémios ambientais, o Vila Park dá cartas nesta área fundamental da sustentabilidade ambiental, tendo sido em fevereiro de 2007 o primeiro hotel do Alentejo com a certificação ISO 14001. Igualmente em 2007 integrou o restrito grupo de 12 hotéis com o galardão Green Key, atribuído pela Associação Bandeira Azul (ABAE). Em janeiro de 2009, foi reconhecido pela TÜV como Eco-Hotel, um referencial internacional de elevada exigência.

Galardoado com a Medalha de Mérito do município de Santiago do Cacém e da junta de freguesia de Santo André, o complexo hoteleiro é também detentor de prémios como o de Boas Práticas Ambientais, atribuído pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo. Detém igualmente o estatuto de Empresa Solidária, atribuído por diversas entidades do tecido social e económico alentejano, e participa no programa de gestão voluntária de carbono (Carbon Free), tendo já contribuído para a plantação de mais de 120 mil árvores em diversos projetos nacionais e internacionais. O Vila Park participa ainda no projeto Check Out For Nature (COFN), da World Wide Fund for Nature (WWF), um programa de angariação de fundos para a organização de conservação global e a apoiar a biodiversidade local <

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> grandes dicas

por fernanda ramos

Belver e Ródão

Antes que feche a época da lampreia

S

R

No mundo dos dinossauros

eferências à Lourinhã como capital dos dinossauros são recorrentes mas o epiteto assenta-lhe agora como nunca antes, por via da abertura do Dino Parque, o maior museu ao ar livre do país, com os seus 10 hectares a permitirem “viajar” por épocas tão distantes da história da terra como o fim do Paleozoico, o Triásico, o Jurássico e o Cretáceo e ficar lado a lado com 120 modelos de dinossauros (e outros animais) à escala real, onde não falta o Tyrannosaurus Rex nem dois dos ícones da Lourinhã, Lourinhanosaurus e o Lourinhasaurus que habitavam a região há 150 milhões de anos. Junte, pois, a família, não só para se passear pelo parque como para visitar a exposição do Museu da Lourinhã, com um espólio de descobertas paleontológicas. Vá também até ao laboratório e observe, ao vivo, a preparação de fósseis e entre no Pavilhão das Atividades, para experimentar atividades relacionadas com a paleontologia. Área de restauração, uma loja no Pavilhão Central, zona para piqueniques e um parque infantil fazem parte da oferta. Além do núcleo instalado no Dino Parque, o Museu da Lourinhã tem ainda outro núcleo, no centro da vila, que reabriu no início de fevereiro, remodelado e com novas atrações, nomeadamente um espaço de interpretação dedicado à História Natural e uma exposição de Etnografia, ambos a não perder. Aproveite por isso um fim de semana, junte a família e rume à Lourinhã para de uma assentada visitar o Dino Parque e os dois núcleos do Museu ou, dito de outro modo, mergulhe a fundo no mundo dos dinossauros, esses gigantes que desde sempre povoam o imaginário de todos nós. Mais informações em: www.dinoparque.pt e www.museulourinha.org.pt Preços: Dino Parque Até aos 3 anos grátis | dos 4 aos 12: 9,50€ | jovens e adultos: 12,50€ Bilhete família: 2 adultos + 1 criança: 31,50€ | 2 adultos + 2 crianças: 39,50€ Museu Visitas simples: grátis até 6 anos | 6 a 11 anos e + de 65: 2€ |maiores de 12: 4€ Visitas guiadas: até 6 anos: 1€ |6 a 11 anos e + de 65: 3€ |maiores de 12: 5€

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Cédric Pereira

Lourinhã

e é apreciador de lampreia, e antes que acabe a época, marque uma viagem de comboio até Belver e Ródão e faça a “Rota da Lampreia” sugerida pela CP, com paragens em locais estratégicos para poder degustar pratos típicos de lampreia. Válido até abril, este é um programa de um dia pela Linha da Beira Baixa, até Tancos, Barragem de Belver ou Ródão, a bordo dos comboios Intercidades, Regional e InterRegional. No Intercidades, a partida de Santa Apolónia (Lisboa) é às 08h15, com paragem em Tancos, Barragem de Belver e Ródão. No regresso, a partida de Ródão é às 15h48, com chegada a Lisboa às 18h20. O Regional sai de Lisboa às 09h45, faz transbordo no Entroncamento e tem paragens em Tancos, Barragem de Belver e Ródão. No regresso, a partida de Ródão é às 14h36 com chegada a Santa Apolónia às 18h13. O programa está sujeito a número de participantes, a reserva de lugar é obrigatória, os preços dependem do comboio escolhido e a refeição é paga diretamente no restaurante. Mais informações no site da CP (www.cp.pt) ou pelos telefones: 249 132 752 / 919 988 775.

Reguengos de Monsaraz

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Conhecer as estrelas

ara quem gosta de observar as estrelas do céu e gostava de saber mais sobre elas, nada melhor que fazer essa observação junto com especialistas na matéria. O local indicado é o Observatório do Lago do Alqueva, instalado nas margens da barragem. Ali, onde as estrelas parecem ter um brilho mais límpido e forte, pode deixar-se enfeitiçar pelo céu noturno da Reserva Dark Sky, aprender a orientar-se pela estrela polar, identificar as constelações e conhecer as suas lendas, como pode também aprender a idade das estrelas e conhecer nebulosas e galáxias através de potentes telescópios e com a ajuda de guias especializados. Passear-se por este céu noturno é possível de terça a sábado às 18h30 até final de março e depois, até setembro, às 21h30. Porque parte da observação é feita no exterior, não esqueça roupa confortável. O preço é de 8€ para jovens dos 10 aos 17 anos e 12€ para adulto. As marcações podem ser feitas através do email geral@olagoalqueva.pt ou do telefone 960 361 906. Mais informações em http://olagoalqueva.pt/ março de 2018


Consulta de Medicina do Viajante Na Consulta do Viajante pode obter informações sobre os riscos de saúde relacionados com as viagens que vai realizar e obter aconselhamento médico. É aconselhado que marque a consulta para pelo menos quatro semanas antes da partida, fazendo a marcação com antecedência para garantir que não ultrapassa este limite. Pode ser realizada em alguns centros de saúde e hospitais públicos espalhados pelo país, com o custo de 5€ por consulta, bem como em hospitais e clínicas privadas e através de Telemedicina. Pode obter uma lista de todos os lugares onde se pode dirigir para uma Consulta do Viajante em DGS.pt. <

Texto: Sofia Soares Carraca

Faz pouco mais de um ano e escrevíamos nestas páginas sobre os cuidados a ter com a febre-amarela, quando em viagens ao Brasil. Contudo, é importante relembrar estas precauções, após o comunicado da Direcção-Geral de Saúde lançado no final do mês de janeiro, em que se recomenda a vacinação contra a febre-amarela e adoção de medidas de proteção a quem viaja para este país.

Medidas de protecção individual

Evitar a contração do vírus da febreamarela passa muito pela prevenção, da qual fazem parte algumas medidas de protecção individual, como: • Consulte o seu médico ou farmacêutico quanto ao repelente mais indicado para o destino; • Aplique o repelente nas zonas de pele exposta, tanto de dia quanto de noite; • Tenha atenção ao período de eficácia do repelente e volte a aplica-lo sempre que necessário; • Coloque o repelente, em creme, roll-on ou spray, sempre após o protector-solar ser totalmente absorvido; • Ao aplicar o repelente tenha em atenção zonas facilmente esquecidas, como pés, orelhas e nuca; • Sempre que possível utilize uma rede mosquiteira sobre a sua cama; • Utilize rede mosquiteira em carrinhos de bebé, berços e alcofas; • Vista roupas largas que cubram a maior parte do corpo, incluindo os pés.

N

os meses passados registou-se um aumento dos casos de febre-amarela no Brasil, tal como em outros países da América do Sul e Central. Por esta razão a Direcção-Geral de Saúde emitiu um comunicado que recomenda “a vacinação e adoção de medidas de proteção individual contra a picada de mosquitos, responsáveis pela transmissão da doença”, relatando os avisos propagados pela OMS – Organização Mundial de Saúde. Desde 1942 que o Brasil não registava nenhum caso de febre-amarela nas áreas urbanas, algo que mudou recentemente, com as recomendações da OMS a se estenderem também a todos os viajantes internacionais “com destino a qualquer área dentro do Estado de São Paulo, incluindo zonas metropolitanas”. No país é de destacar o aumento de casos de febre-amarela nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito FederalBrasília. A febre-amarela é uma doença infeciosa febril aguda, cujo vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infetados através dos principais hospedeiros, os primatas não humanos. O vírus possui dois ciclos de transmissão, um silvestre através dos mosquitos Haemagogus e Sabathes, outro urbano com o já conhecido Aedes Aegypti, transmissor também de doenças como o zika e o dengue. A boa notícia é o facto de não ser transmissível de pessoa para pessoa.

>Vacinação eficaz

Não é preciso dramatizar. O vírus é complexo e as suas complicações não devem ser tomadas de ânimo leve, mas estas repercussões podem ser prevenidas e evitadas de maneira simples e eficaz. Para evitar a febre-amarela não precisa de abdicar das suas férias de sonho ao Brasil! Basta ser administrada uma dose da vacina contra o vírus para ficar imune para o resto da vida. A vacina pode ser administrada a partir dos seis meses de idade, em caso de emergência, sendo o mais aconselhável a partir dos nove meses. É 95% eficaz e leva um total de 10 dias a garantir a imunização. Por causar reações, não é aconselhável que seja administrada a pessoas com doenças como cancro e HIV, devido à baixa imunidade, tal como a grávidas, cidadãos com idade superior a 60 anos e alérgicos a gelatina e ovo.

>Como proceder

A vacinação contra a febre-amarela é efetuada apenas em Centros de Vacinação Internacional do SNS, que se encontram em qualquer uma das regiões portuguesas (uma lista destes postos pode ser encontrada no site DGS.pt); Os Centros atendem utentes de qualquer região do país desde que portadores de prescrição médica onde conste a vacina a administrar e que se faça acompanhar do Boletim Individual de Vacinas; A vacinação está sujeita ao pagamento das taxas sanitárias de 20€ por inoculação.

>Atenção pós-viagem

A febre-amarela é uma doença hemorrágica viral aguda, sendo que o termo “amarela” se deve à icterícia – coloração amarela da pele – verificada em alguns dos casos. A contração do vírus torna-se aparente entre três a sete dias após a picada do mosquito, com os principais sintomas a ser febre, arrepios, dores de cabeça intensas, dores nas costas e no corpo, náuseas, vómitos, fadiga e a já referida icterícia. A Direção-Geral de Saúde recomenda ainda que “os viajantes que, até 12 dias após o regresso, apresentam sintomas sugestivos da doença, devem contactar o SNS 24 (808 24 24 24 | sns24.gov.pt) ou consultar o médico, referindo a viagem recente”. Relativamente ao tratamento, este é feito sintomaticamente, ou seja, são administrados líquidos e transfusões de sangue, ou apenas plaquetas caso sejam necessárias, sendo que a hemodiálise poderá ser necessária em caso de insuficiência renal. <

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> conselhos ao viajante

febre-amarela no Brasil!


> agenda

EVENTOS E ESPETÁCULOS 8 a 18 de março

MONSTRA Lisboa

até

10 de maio

São “18 anos de MONSTRA, à solta em Lisboa e no Mundo”! O Festival de Animação de Lisboa | MONSTRA nasceu em 2000 para celebrar a transversalidade artística, fazer encontrar pessoas de diferentes artes e transmitir novos olhares artísticos, usando como base a linguagem do cinema de animação. Regressa em 2018 no seu ano de maioridade, trazendo a Lisboa e cidades parceiras um olhar profundo sobre o cinema de animação da Estónia.

Mistérios da Páscoa 2018 Vila de Idanha-a-Nova 21h00: • Hino da Aleluia pela Filarmónica Idanhense • Cortejo da Ressureição de Cristo • Missa da Aleluia • Apanhar amêndoas à porta do Pároco • Translado da imagem até à Igreja da Misericórdia

23 a 25 de março

Feira Gastronómica da Lampreia Ponte de Lima

Em pleno mês de Lampreia, a para sua quinta edição, a Feira Gastronómica da Lampreia traz novamente a Ponte de Lima, em concreto ao Pavilhão de Feiras e Exposições Expolima, iguarias como arroz de lampreia e lampreia à bordalesa. O certame decorre este ano em simultâneo com a primeira edição da Feira da Cerveja Artesanal, com a produção de cerveja artesanal a apresentar-se como mais um produto com base em ingredientes naturais e produzido a partir de métodos artesanais, oferecendo uma nova gama de aromas e sabores.

6 a 8 de abril

Festival Queijo, Pão e Vinho Palmela

A maior celebração dos produtos da região da Arrábida regressa à Quinta do Anjo, Palmela, para a sua 24ª edição. O Festival Queijo, Pão e Vinho é uma montra para o que de melhor aqui se faz, com destaque para o queijo de Azeitão DOP, mas também para outros queijos, manteigas, vinhos regionais, pão tradicional, doçaria, fruta e mel. Ao longo dos três dias decorrem corridas de ovelhas, demonstração de tosquia e ordenha, provas de produtos comentadas, passeios, espetáculos equestres e animação musical.

Até 31 de maio

Monserrate Revisitado Lisboa

O Palácio de Monserrate, em Sintra, apresenta a exposição “Monserrate Revisitado – A Coleção Cook em Portugal”, no ano que celebra 200 anos do nascimento de Sir Francis Cook. A mostra reúne peças da coleção de arte escolhidas pelo industrial inglês, no final do século XIX, para a sua casa de veraneio, em Monserrate. O conjunto de mais de meia centena de peças está disposto nas salas do palácio, agora restauradas. <

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Mistérios da Páscoa

Tradição pascal em Idanha-a-Nova Foi no passado mês de fevereiro que Idanha-a-Nova formalizou o pedido de inscrição dos Mistérios da Páscoa na lista das melhores práticas da UNESCO, o que mostra a importância de um evento com 272 manifestações de piedade popular que se desenrola ao longo de cerca de três meses. Texto: Sofia Soares Carraca

O

Município de Idanha-aNova reúne um conjunto de expressões religiosas associadas ao ciclo da Páscoa que contempla 272 manifestações distintas nas 17 freguesias, ao longo de 90 dias, desde a Quarta-Feira de Cinzas ao Domingo de Pentecostes. São tradições populares com séculos de história, que aqui ganham outra intensidade. Estas expressões encontram-se extintas ou são poucos significativas em outras regiões do país, perdurando somente em Idanha-a-Nova, com o seu povo a ser protagonista em práticas de fé, desde cultos pré-romanos até à devoção popular dos nossos dias. Desde 2009, que as comunidades locais deste município vêm desenvolvendo esta rica Agenda dos Mistérios da Páscoa em Idanha. Como pode já ter percebido, a agenda dos Mistérios da Páscoa é extensa, sendo múltiplas as iniciativas em que pode escolher participar e vivenciar em pleno o tempo quaresmal e pascal, com práticas e expressões religiosas profundamente ricas. Contudo, os Mistérios da Páscoa 2018

vão dar atenção especial às celebrações do Sábado de Aleluia, na oitocentista Vila de Idanha-a-Nova, em concreto na Igreja Matriz. É costume, em todas as sextas-feiras do período de Quaresma ao final da tarde, ir ver Nosso Senhor à Igreja da Misericórdia, onde são apresentados os vários passos da Paixão de Cristo. A Capela de São Jacinto da Igreja Matriz, então, fica maravilhosamente ornamentada com ramos de loureiro, jarros brancos, laranjas azedas e inúmeras cabeleiras, numa tradição cheias de misticismo e simbolismo. Pela noite, a imagem de tamanho real de Cristo morto é levada até esta capela, onde é depositada amorosamente. No Sábado Santo, a Missa da Aleluia celebra-se pelas 21h00 na Igreja Matriz, cujo adro se vai enchendo antes de baterem as nove badaladas e onde se ouvem de quando em vez os apitos de metal e chocalhos de quem aguarda o aparecimento da Aleluia. Surge, então, a Filarmónica Idanhense para tocar o Hino da Aleluia antes de começar a missa. De seguida decorre o animado e ruidoso cortejo a anunciar a Ressureição de

Cristo ao longo do percurso da Procissão do Senhor dos Passos, com jovens e adultos tocando novamente os assobios e chocalhos. No final da missa o povo não arreda pé do adro, escadaria e patamar que conduz à Torre sineira, a aguardar o momento sui generis em que o Pároco e seus familiares lançam à rebatina inúmeros sacos de amêndoas das janelas e da porta de entrada da residência paroquial, num ambiente de fraterno convívio. Nesta noite, na Praça da República, é organizado um animado convívio, onde se come pão e chouriça assada, regados com vinho, servido numa caneca de barro. Desde o final da Missa da Aleluia até que chegue a meia-noite, os Irmãos da Confraria do Santíssimo, com tochas acesas, estão em guarda de honra dentro da Igreja Matriz. Quando a Torre Sineira anuncia a chegada da meia-noite os Irmãos do Santíssimo retiram a imagem do Senhor jacente e levam-na até à Igreja da Misericórdia, onde a Irmandade da Santa Casa da Misericórdia os espera, para que coloquem a imagem no altar-mor. < março de 2018


20 a 29 de abril

EVENTOS E ESPETÁCULOS 30 de março a 1 de abril

Guerra dos Foguetes Quios Calendário Recriação da Lenda de St. Jordi – 21 de abril às 21h00 e 23h00 Rondas Trobadorescas – 27 de abril às 19h00 Ceia Medieval – 27 de abril às 21h00 Torneio Medieval Noturno – 29 de abril às 21h00 e 23h00 Mercado Medieval – 21, 22, 28 e 29 de abril Aluguer de trajes medievais Comissão de Vestuário - +34 977 86 22 34 | vestuari@ setmanamedieval.cat

Setmana Medieval de Montblanc

O recuar do tempo na Catalunha

A Setmana Medieval é a grande festa medieval da Catalunha, cuja essência data da década de 80 do século passado, quando após a ditadura o povo queria dar a conhecer ao mundo as tradições da região. Já na sua 31ª edição a festa encontra-se mais animada que nunca, a ter na recriação da lenda de Sant Jordi o seu ponto alto. Texto: Sofia Soares Carraca

M

ontblanc é um município da província de Tarragona, no sul da Catalunha. Diz-se ter sido ao largo das muralhas desta vila onde Sant Jordi (São Jorge) matou o dragão, acontecimento que foi mote de criação para este festival. Em 1987 recriou-se pela primeira vez a lenda de Sant Jordi na vila, com a obra a tomar lugar na Plaza Mayor e a fazer parte do programa da Feria de Sant Matias. A representação foi sucesso tal que exigiu repetição em anos vindouros, constituindose formalmente a Associação Medieval da Lenda de Sant Jordi. O Mercado Medieval é um dos momentos mais esperados da Setmana Medieval de Montblanc. Ao longo de dois fins de semana o centro da vila enche-se de tendas e barracas que apresentam produtos naturais e artesanato a datar da época. O mercado é mais um ato de todo o espetáculo que decorre durante o evento, e por isso mesmo rege-se por um conjunto de regras restritas que o tornam o mais autêntico de Espanha. Regras que muito dizem respeito à forma como as pessoas se apresentam, com uma conduta de vestuário a ser seguida pelos participantes. Uma festa medieval coerente é sempre vivida com mais intensidade, e estas indicações são para ser seguidas para quem deseja participar em qualquer ato do festival, necessitando de um “visto” pela março de 2018

Comissão de Vestuário. Se vai apenas como visitante, não precisa de abandonar as suas roupas do século XXI. O que se pretende é que exista a máxima aproximação possível a esses tempos do passado. Portanto, os tecidos adequados para a vestimenta são o veludo, o linho,

A lenda de Sant Jordi Reza a lenda que há muito tempo um terrível dragão aterroriza a pacífica vila de Montblanc, devorando um par de ovelhas por dia, passando mais tarde a bois e cavalos até que começou a saciar a sua fome com carne humana. Então, era feito um sorteio pelo rei para decidir a quem calhava o infortúnio de se tornar sacrifício para o insaciável dragão, sendo que um dia o acaso escolheu o nome da sua filha, a princesa. Vestida de branco, caminhou então a princesa para o seu destino, até que surgiu um jovem cavaleiro às costas de um cavalo branco que vinha para a salvar. Um forasteiro de seu nome Jordi. Foi com fúria que Jordi fez frente ao dragão, matando o enorme bicho. No local onde verteu o sangue da besta nasceu uma rosa vermelha, que Jordi ofereceu à princesa. Sant Jordi é hoje o santo padroeiro da Catalunha. <

o cetim, as tapeçarias tecidas e os brocados em tons torrados ou de terra, ou verde caqui, azul-marinho, vermelho escuro e cinza. Se deseja vestir-se a rigor pode alugar o seu traje, bastando contactar a Comissão de Vestuário. É deslumbrante ver as ruas da vila vestidas de rosas vermelhas, padrões ancestrais e escudos de armas, enquanto soldados e nobres cavaleiros passeiam a pé ou a cavalo. A lenda de Sant Jordi está obviamente ligada ao símbolo da rosa vermelha, pelo que é tradicional por estes dias ou senhores oferecerem rosas às donzelas de quem mais gostam. Outro ponto imperdível da festa é a Grande Ceia Medieval, delicioso repasto onde pode degustar iguarias da época num ambiente único e ao lado de, quem sabe, um príncipe ou princesa. Antes da ceia decorrem as Rondas Trovadorescas, em que uma comitiva festiva recolhe os principais representantes das quatro casas nobres da vila e onde podemos ver desfilar, damas e cavalheiros e representantes do clero, bem como gentes do povo, malabaristas e bobos, entre outros, num conjunto de mais de 300 participantes. A não perder, ainda, os desfiles de rua, os espetáculos nocturnos que contam em partes a história de Sant Jordi, o espetáculo pirotécnico e as apresentações de combates de justa entre nobres e corajosos cavaleiros. <

É na Ilha de Quios, na Grécia, que surge uma das mais peculiares celebrações pascais, que toma forma numa guerra de foguetes, em que duas igrejas rivais, a de Agios Markos e Panagia Erithiani, disparam uma sobre a outra cerca de 60.000 foguetes, no que é hoje um divertido festival.

17 de março

St. Patrick’s Day Dublin

Esta é uma festa que não necessita de introduções, mas damos de qualquer modo a conhecer os meandros deste dia de cerveja, celebração e cor verde. Todos se trajam a verde e branco e saem à rua numa longa caminhada em honra de São Patrício, o padroeiro da Irlanda, no dia da sua morte, a 17 de março. Ainda assim, a celebração estende-se por mais dias, como um imenso Carnaval de rua. Um pouco por toda a parte, as pessoas dançam, cantam e bebem “cerveja verde” nos Irish Pubs.

29 a 31 de março

Art Basel

Hong Kong A decorrer no Convention and Exhibition Center em Hong Kong, o Art Basel alberga 248 galerias de 32 países diferentes, sendo que mais de metade dos espaços de exibição pertence a galerias da Ásia e Ásia-Pacífico. O evento é como uma imensa mostra da diversidade cultural e histórica da região, bem como a oportunidade perfeita para comprar peças de arte modernas, de artistas emergentes.

18 de abril a 7 de maio

Springfest Munique

A Springfest é conhecida como a “Pequena Oktoberfest”. A configuração é similar, com salões de cerveja, grandes canecas de cerveja e a deliciosa gastronomia da Bavaria. Mas, as cervejas são mais light, o sol brilha mais forte, as flores abrem-se em diferentes cores e há um carrossel que é também um bar. O festival vale por ser mais calmo que a agitada Oktoberfest e com menos turistas, numa experiência que se torna mais autêntica.

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Braga

Assista à Semana Santa na antiquíssima cidade de Braga. Na cidade dos arcebispos a Semana Santa é celebrada de uma forma mais fervorosa e marcante, uma semana recheada de eventos religiosos e rituais antigos. Rituais que resistem desde o início do século XVIII, enchendo de atividade o centro da cidade e que fazem com que os mais devotos que visitam Braga na época da Páscoa fiquem para sempre com essa viagem gravada na memória. São inúmeras as celebrações religiosas, embora o ponto alto deste grandioso evento religioso seja a Vigília Pascal e a Procissão da Ressurreição, com início na Sé Catedral. A cidade é decorada com motivos alusivos à quadra e os "Passos", altares de rua, enchem-se de flores e luzes, complementando a suntuosidade das igrejas <

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Alentejo

No Alentejo, a tradição pascal está muito ligada à segunda-feira de Páscoa, na qual, de uma maneira geral, os alentejanos vão para o campo desfrutar da beleza primaveril que nos inunda de cores e cheiros, abrindo o apetite para a gastronomia tradicional deste dia: o borrego e o folar. Na zona de Évora, essa tradição de ir para o campo ganhou contornos de romaria, com um programa organizado em que o sagrado e o profano convivem, sendo momentos de devoção religiosa e de saudável convívio entre familiares e amigos. Fique alojado no Évora Hotel e desfrute de um programa completo, que, para além do alojamento, inclui mimos como uma bebida regional de boas-vindas, uma caça aos ovos, uma aula de hidroginástica, um jantar com a típica gastronomia alentejana e uma prova de vinhos no hotel. <

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Porto Santo

A hospitalidade da população, o clima ameno durante todo o ano, as espetaculares paisagens únicas, a par da riqueza e variedade dos recursos naturais, históricos e culturais, constituem apenas algumas das razões para descobrir este paraíso. O Porto Santo é banhado por águas turquesas, sendo a sua principal característica a praia de areia fina e dourada que, estendendo-se ao longo de 9Km, convida a muitos banhos de sol e de mar. Saúde e bem-estar andam de mão dada nesta magnífica praia, dado que, para além das águas translúcidas, a areia possui propriedades terapêuticas raras. Além da praia, a cidade de Vila Baleira conta histórias e lendas de um passado mais ou menos remoto, como é o caso da Casa Museu, onde em tempos viveu Cristóvão Colombo. <

Há um novo brunch no Jupiter Algarve Hotel Aos domingos o Restaurante Jupiter, do Jupiter Algarve Hotel enche-se de croissants, crepes, compotas, frutas, bolos, saladas e ainda com as panquecas do showcooking, entre outras iguarias. O brunch tem o valor de 19€ por adulto ou de 9,5€ por crianças entre os 8 e os 12 anos. As reservas podem ser feitas através do: reservas. algarve@jupiterhoteis.com | 282 105 500. <

Passagem aérea, taxas, transferes, assistência de guia, excursões mencionadas no programa, serviços e seguro multiviagens

São Miguel

Embora não seja na época da Páscoa, não deixe de visitar São Miguel enquanto decorrem as Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, de 4 a 10 de maio. São uma das maiores festividades açorianas e atraem anualmente à ilha milhares de peregrinos de todas as outras ilhas e de vários pontos do país e das comunidades de emigrantes. Aproveite este pacote que oferece meio-dia de visita às Sete Cidades, dia inteiro para se deslumbrar com a Ribeira Grande e Lagoa do Fogo, e dia inteiro nas Furnas com visita e passeio ao Parque Terra Nostra, onde pode observar o fascinante Jardim Botânico, e à Lagoa das Furnas para degustar o famoso cozido, com o mesmo nome desta localidade. Vai ainda ter tempo livre para assistir às Festas do Senhor Santo Cristo. <

Conheça a capital de Taiwan com a Air France

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310€ p/ pessoa em duplo

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Vá ao Rock in Rio com a Dom Pedro Hotels

O Dom Pedro Lisboa e o Rock in Rio Lisboa estão juntos desde a primeira edição do festival. Em 2018 o hotel volta a ser a hospedagem oficial dos artistas que atuarão nos palcos do festival. Como tal, disponibiliza dois pacotes especiais para quem o quiser aproveitar em pleno, ambos a incluir bilhetes para dois dias. Desde 310€ por pessoa surge o programa de duas noites com pequeno-almoço no hotel de 5 estrelas, e por preços a partir de 703€ o pacote de quatro noites em Lisboa e outras três no Dom Pedro Vilamoura.<

7,50€

Taipé, a capital de Taiwan, é o novo destino operado pela Air France, com a rota a abrir a 16 de abril, com três voos semanais, às segundas, terças e sábados. Com partida de Paris – Charles de Gaulle, o voo é feito num Boeing 777-200 equipado com cabines de última geração. Os voos partem de Paris às 13h35 para chegar a Taipé às 8h15, horas locais. No regresso, parte às 10h25 e aterra em Charles de Gaulle às 18h20. <

Desfrute da Massa Fina da Vila Galé

Massa Fina é o novo conceito de restauração da Vila Galé, em que as pizzas artesanais são o prato principal de cartas que incluem também bruschettas, saladas, pastas, risotos e gelados. Os restaurantes diferenciam-se pelo ambiente informal, com serviço rápido e preços aprazíveis, com os primeiros espaços a ter aberto no Estoril, junto à Praia do Tamariz, e em Albufeira, junto à Praia da Galé.<

DESDE

876€ taxas incluídas

março de 2018


Páscoa pelos 4 cantos do mundo Aproveite este período em que as crianças estão de férias, junte o útil ao agradável e parta para uns dias tranquilos ou com alguma aventura à mistura, com amigos ou familiares. Confira as nossas propostas que vão de Djerba, na Tunísia, a Angra dos Reis, no Brasil, passando por dois circuitos que o levam à descoberta da Polónia e à sempre mítica Índia.

Dubrovnik

657€

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A natureza foi generosa com a baía de Angra dos Reis, presenteando-a com nada menos do que 365 ilhas salpicadas por um mar de águas verdes e cristalinas. A melhor maneira de conhecê-las é de barco, em passeios que levam a cenários paradisíacos e variados. Angra foi contemplada, ainda, com uma diversificada e colorida vida marinha, o que faz da região um dos melhores pontos de mergulho do Brasil. <

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Djerba

A ilha é conhecida pela sua população eclética de residentes e turistas, praias esplêndidas e vilas pitorescas com casas características, quadradas e caiadas. Sendo um dos principais destinos turísticos da Tunísia, a ilha de Djerba oferece boas infraestruturas hoteleiras e de restauração, bem como extensas praias de areia dourada, águas límpidas, e um clima quente e agradável durante todo o ano, onde a história, a cultura e as tradições se aliam convidando-nos a dias de plena aventura. Aproveite ainda para fazer algumas compras nos mercados locais ou fazer uma viagem no deserto.<

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Índia

Esta viagem propõe-se percorrer o “Triângulo Dourado da Índia” com visita a Nova Deli, Fathepur Sikri, Samode, Jaipur e Agra. Possuidora de uma cultura milenar, a história da Índia está intrinsecamente ligada à das religiões espalhadas pelo Oriente. Onde quer que vá sentir-se-á envolvido por uma atmosfera mística, pelo odor de incenso, e por uma profusão de imagens de animais sagrados e divindades estranhas – deuses com vários braços, como Shiva ou com corpo de homem e cabeça de elefante, como Ganesh. <

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D E S D E

Conhecida como Pérola do Adriático, Dubrovnik mantém a sua graça entre muros magníficos, igrejas góticas, renascentistas e barrocas, mosteiros, palacetes e fontes, num astral absolutamente acolhedor. E, como não podia ser diferente, foi declarada em 1979 Património Mundial da Unesco. É uma página viva da história e a céu aberto. O seu centro medieval é lindo, cercado por muralhas e banhado pelo azul-turquesa do mar Adriático. Ao andar pelas suas ruas, ficamos a perceber porque Dubrovnik é a cidade mais visitada da Croácia. <

Angra dos Reis

Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Assinatura anual: 13,80e Continente e Ilhas (12 edições) 9,00e – inclui 6% IVA Portes de envio: 4,80e isento de IVA março de 2018

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marรงo de 2018


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