Lisboa por terra e pelo Tejo
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2,52€
Viaje seguro Ano 4
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Nº 46
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Mensal
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Abril de 2018
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Diretor : José Luís Elias
www.erv.pt
>por cá
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Oeste
o outro
algarve
Campos salgados abençoados pelo sol
barcos-casa
Uma aventura no alqueva
Madeira
Festa da Flor
>ficar
Hotel Navegadores & Spa Férias em família no encanto de Monte Gordo
>lá fora
Leeuwarden e La Valletta
Capitais Europeias da Cultura em 2018
Madrid
Fiesta de San Isidro
> passageiro frequente
Viajar na fotografia
nota de abertura
A pensar no verão A Páscoa já lá vai, os dias de lazer que muitos portugueses tiveram nesta época foram como uma bela entrada para o prato principal: as férias de verão. Uns tiraram uma semanita, outros apenas uns dias, foram mais os que passaram este período pascal por cá, mas foram muitos os que rumaram em busca de temperaturas mais amenas ou que preferiram cidades europeias. Nestes dias primaveris que convidam a sair de casa são já as férias de verão que ocupam os pensamentos de todos nós, por isso as nossas páginas “Na Montra” têm propostas de longa distância e de médio e pequeno curso, à partida de Lisboa e do Porto, para destinos de praia.
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Em “Por Cá”, apresentamos o lado menos conhecido do Algarve, que começa em Monchique e vai até Castro Marim. Na região Oeste visitámos Cadaval e Alcobaça. Na agenda propomos uma visita à Madeira, para assistir ao belíssimo espetáculo da Festa da Flor. Já na rubrica “Lá Fora” o desafio que deixamos aos nossos leitores é para que partam à descoberta de pequenos países como Malta e a Holanda. A ilha maltesa, em pleno no Mediterrâneo, foi palco de cruzamento de povos ao longo da História, já a Holanda, culturalmente identificada com o norte da Europa e aqui e ali roubada ao mar, exibe culturas bem diferentes das nossas. Este ano estes países albergam as cidades Capitais Europeias da Cultura, Leeuwarden na Holanda, e La Valletta, a capital de Malta, sendo uma boa oportunidade para fazer o “dois em um”.
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Nesta edição deixamos propostas para duas experiências diversas, um passeio nos “barcos casa pelo Alqueva com pernoita a bordo, onde quem navega é dono do seu destino, e uma visita a Lisboa no Hippotrip por terra e pelo rio Tejo, numa aventura a não perder.
Já chegou a estação do ano em podemos admirar as cerejeiras em flor e não há melhor local para o fazer senão na nossa “capital da cereja”, o Fundão. Numa
das épocas mais bonitas do ano, o Fundão organiza piqueniques, passeios de balão, passeios de bicicleta e de comboio para que possamos desfrutar deste espetáculo primaveril. Num programa articulado pela CP, pode viajar até ao Fundão de comboio, aos sábados, para aproveitar estes diferentes programas. Pode depois alugar uma bicicleta e passear pelos trilhos da Serra da Gardunha, ou, se é mais aventureiro, subir aos céus num balão de ar quente. Não deixe de fazer um piquenique nos cerejais, com o município a disponibilizar cestas de piquenique com os melhores produtos do Fundão. Pode, ainda, “apadrinhar uma Cerejeira do Fundão”, contribuindo para a regeneração da natureza, plantando e acompanhando o crescimento de uma árvore de onde vão nascer as melhores cerejas do mundo.<
O Vale de Cocora é uma das paisagens mais bonitas o Eixo Cafeteiro da Colômbia. O vale, que é parte integrante do Parque Natural Nacional Los
Nevados, em plena cordilheira central dos Andes, convida a tirar fotografias surreais como esta, em que a imensa altura das palmeiras contrasta com as outras árvores desta zona verde. As Palmas de Ceras, um dos símbolos nacionais da Colômbia, crescem até aos 60 metros de altura e podem ser admiradas em poucos outros locais para além deste. A par com as palmeiras mais altas do mundo, o Vale de Cocora mostra outras importantes espécies vegetais e animais. Num passeio por estas zonas encontramse tapir-da-montanha, ursos-de-óculos, preguiças, tatus ou pumas. Com maior facilidade encontram-se aves como os papagaios-de-crista-amarela e os colibris, estes últimos com um santuário a eles dedicados, o Acaime. <
É no extremo norte de Portugal que encontramos o magnífico Parque Nacional da Peneda-Gerês, numa região
que conserva um dos ecossistemas mais fascinantes da Europa e um cento de pequenas povoações de pedra que o tempo não mudou. É uma floresta de granito que se ergue sobre uma muralha de verdes intensos. O parque alonga-se por cerca de 72 mil hectares, por Melgaço, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Terras de Bouro e Montalegre. É dono de uma terra virgem e abrupta onde nos podemos cruzar com garranos, javalis, lobos, veados, texugos, ou, em rios e lagoas, com alguma lontra, marta ou tourão. Conhecido desde há muito, com vestígios megalíticos, célticos, romanos e medievais, o parque faz-se de montanhas e vales e rios, em paisagens de riquezas diversas, com muros, levadas, calçadas, pontões, espigueiros, moinhos e abrigos de pastor.
Além destes temas, que já são muitos, temos muito mais sugestões em rubricas como Grandes Dicas e Preço Qualidade, por isso disfrute.
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José Luís Elias
ficha técnica
Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa
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www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira)
Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca
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O outro
Algarve Praia e muito mais
Desengane-se quem pensa que o Algarve é só praia! A região mais a sul de Portugal Continental tem um interior rico, com diversas vivências a ser experienciadas por todo o seu território. É a junção do litoral e do barrocal que fazem do Algarve uma região tão completa, sempre com traços por descobrir, numas férias que nunca serão monótonas. Texto: Sofia Soares Carraca
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Como ir
De carro, desde o Porto deve apanhar a A1 e percorrer parte do território nacional para sul, até passar Lisboa e convergir com a A2. Depois é seguir pela A2 para a IP2/N123, em Castro Verde, no Alentejo, e chegando a São Marcos da Serra, já no Algarve, optar pela IC1 e N267 até Monchique. A viagem com partida do Porto dura cerca de 5 horas, ao passo que a de Lisboa (seguindo o mesmo percurso) dura cerca de 2h50m. Atenção que são percursos sujeitos a portagens. <
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uando se trata do Algarve é sempre boa ideia evitar, tanto quanto possível, a época alta, em que os portugueses afluem à região em magote para desfrutar do calor das suas praias. O clima já está a mudar e numa zona tão solarenga como esta aproveitar a primavera e os seus campos floridos é uma excelente opção, beneficiando ainda de preços mais em conta que aqueles praticados no verão. Existem diversas razões para visitar o Algarve e esta altura do ano é ideal para quem estima umas férias tranquilas, com um clima ameno e convidativo. O chamamento do mar calmo e areias douradas das praias do sul é sempre
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Algarve, que brotam com temperaturas entre os 27°C e os 31,5°C. Este, que é o único balneário termal a sul do país, é perfeito tanto para prevenção quanto para a cura de males múltiplos, com as suas águas alcalinas, bicarbonatas e ricas em flúor a contribuir para o relaxamento e bem-estar e a ser conhecidas desde tempos antigos, com os romanos a chamarem-nas de “águas sagradas”. O Spa termal tem à disposição toda uma panóplia de equipamentos para os mais diversos terapias, oferecendo um variado leque de tratamentos e rituais com assinatura da marca de produtos La Phyto. Contudo, tenha em atenção e marque com antecedência, pois todos os programas estão sujeitos a confirmação por parte do Spa. Cuidamos do corpo e da mente no circuito de relaxamento termal, com uma piscina interior de hidromassagem aquecida, sauna e banho turco, e, já perfeitamente revigorados, fomos explorar Monchique. A serra fresca com ribeiros cristalinos e vales escarpados mostra-se para fotografias perfeitas de uma zona que é também conhecida como o “Jardim do Algarve”. A Vila de Monchique é uma vila serrana com carácter, onde percorremos ruas estreitas e inclinadas por entre casario de arquitetura tipicamente algarvia, com paredes brancas, manchas de cor nas portas e janelas e chaminés de saia. Subimos e descemos por ruas que espreitam por entre as casas e mostram novas paisagens da serra a cada novo passo, e paramos em lojas de artesanato onde primam os produtos de cestaria, tecelagem e em cortiça.
A beleza senhorial de Silves
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intenso, mas o conselho que lhe deixamos é que combata a inércia e vá explorar também o seu interior. Foi a isso que nos propusemos numa viagem que se concluiu maravilhosa. Escolhemos este início de primavera para visitar as terras algarvias também porque é até ao mês de maio que as serras se encontram cobertas de flores de mil cores, e em conjunto com árvores como oliveiras, figueiras, alfarrobeiras, laranjeiras e amendoeiras espalham os tons coloridos pelas paisagens da região. Com arquitetura típica e património que nunca mais acaba, pratos tradicionais de comer e chorar por mais e vincada cultura e costumes dos seus habitantes, o Algarve abriu os “braços” para nos receber.
Relaxar nas termas de Monchique A viagem até ao Algarve, pela autoestrada, leva pouco menos de três horas desde Lisboa, pelo que uma vez chegados ao calor do sul achámo-nos no direito de relaxar o corpo e a mente antes de iniciar a nossa expedição. Como tal, a primeira paragem foi na Vila de Monchique, com entrada direta para a Villa Termal das Caldas de Monchique. As termas fazem uso das águas curativas provenientes de oito nascentes por entre os ricos solos da serra mais alta do
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Algarve Nature Week A 4ª edição da Algarve Nature Week apresenta dezenas de propostas para umas miniférias repletas de natureza no sul do país, num evento que decorre entre 13 e 22 de abril. “Uma natureza, mil emoções” é o lema de 2018 do evento que conta com quase 70 parceiros de animação turística e unidades de alojamento. Pedalar, escalar, caminhar, mergulhar, surfar, andar a cavalo e de burro, observar aves e cetáceos ou fazer stand up paddle, são as experiências propostas a preços muito convidativos. As atividades podem ser consultadas e reservadas em algarvenatureweek.pt.<
A próxima paragem faz-se numa das mais antigas cidades de Portugal, a antiga capital do Algarve, nas margens do Rio Arade. A cidade de Silves é dona de um importante passado histórico e cultural, que se mostra nas suas ruas, numa espécie de museu vivo com ponto alto no seu castelo em tons vermelhos, um dos monumentos mais visitados da região. Esta é uma cidade senhorial, característica que lhe ficou dos tempos em que era a capital do antigo reino árabe do Algarve. O maior castelo da região é considerado o mais belo monumento militar islâmico de Portugal, com torres e muralhas a se destacar numa colina da Serra de Monchique e a formar perfeitos miradouros para os campos em redor do Arade. Campos que agora se encontram vestidos de branco, com as laranjeiras em flor, deste local que é o maior produtor de laranjas do país. Os jardins do castelo são uma recriação dos jardins muçulmanos e local por onde nos deixamos perder por entre roseiras e árvores, acompanhados pelo doce aroma da flor de laranjeira. O Castelo de Silves foi erguido pelos árabes e fica marcado na memória pelo seu tom avermelhado, que se deve à pedra em que foi construído, o arenito vermelho conhecido como o grés de Silves. No seu interior podemos ver a antiga alcáçova árabe e duas cisternas. Mas a beleza de Silves excede o seu castelo, em passeios tranquilos junto ao rio e pela visita ao património da cidade. A Sé Catedral de Silves convida-nos a abril de 2018
uma visita prolongada. Os mouros foram definitivamente expulsos deste território em 1242, no reinado de D. Afonso III, e pensa-se ser desta época a antiga Mesquita maior, depois transformada em Sé. É um dos templos mais importantes da região, ostentando também o grés de Silves numa construção iniciada em estilo gótico e concluída no período barroco. Já na altura em que era dominada pelos mouros a cidade era uma importante urbe, com conquistas e reconquistas, através de batalhas intensas e guerras sangrentas, a levar praticamente à sua destruição. Mas aqui se encontra, nobre e bela, e os testemunhos destes tempos atribulados, mesmo que poucos, podem ser observados ao percorrer as suas ruas e ainda mais no importante espólio do Museu Municipal de Arqueologia. Todo o Centro Histórico mostra a importância da que foi em tempos conhecida como Xelb, conservando o
DICA Ainda faltam alguns meses, mas marque já na sua agenda o período entre 10 e 19 de agosto, em que decorre a Feira Medieval de Silves. A feira transporta o Centro Histórico da cidade até ao período medieval da antiga capital do Reino do AlGharb. Dança, música, poesia, torneios a cavalo, falcoaria, manjares medievais e uma moeda própria marcam o evento que visa mais de 200 expositores e tabernas.<
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seu encanto nas ruas da antiga medina, com as construções burguesas de tempos mais tarde, em principal dos séculos XIX e XX, a se encontrarem fora das muralhas. Por todas estas ruas nos passeamos e vamos ao encontro de marcos como a Igreja da Misericórdia, com um fantástico pórtico lateral em estilo manuelino, o pelourinho, símbolo do poder municipal e único exemplar em toda a região, e ainda a Ponte do Rio Arade, de origem medieval. Afastamo-nos deste encantador Centro Histórico e partimos em busca de vestígios de um passado ainda mais longínquo. Nisto é rica a zona de São Bartolomeu de Messines onde nos deparamos com testemunhos da cultura megalítica no Algarve, no Monte de Alfarrobeira, no Cerro da Vilarinha e Abutiais. Da mesma época dos menires, encontramos também o santuário da
rocha, em Vale Fuseiros, com covas abertas na rocha, numa extensão de quase 100m.
Achados arqueológicos em Loulé Todos nós conhecemos Loulé, mais que não seja os seus luxuosos empreendimentos turísticos como a Quinta do Lago e Vale do Lobo e até a Marina de Vilamoura. O que pouco conhecia e agora procurei era a própria cidade de Loulé. Esta encantadora cidade está carregada de história e tradição, uma história que remonta a tempos há muito idos, ao Paleolítico Antigo, e como tal é um importante ponto do roteiro arqueológico de Portugal. Por Loulé caminho sobre avenidas em pedra ladeadas de árvores, com as ruas do centro da cidade a estarem enfeitadas por bonitas casas
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O seu alojamento em Loulé! Sozinho em grupo ou em familia, a lazer ou a trabalho, no centro da cidade e perto do campo, serra e mar. Dispomos de quartos partilhados e privados. Os partilhados agora com mais privacidade e conforto. Todos os quartos dispõem de ar-condicionado e temos Wi-Fi gratuito em todos os espaços. Licença 13154/AL
coloniais de cores neutras de tons diversos e pormenores decorativos manuelinos. É por ruas como esta que chegamos às paredes muralhadas de taipa do Castelo de Loulé, também ele de origem árabe e mais tarde reconstruído, no século XIII. Esta visita deixanos descobrir a importância que Loulé teve outrora, no contexto islâmico. Do castelo restam alguns panos de muralha e as torres que se encontram no meio do casario. Não existem vestígios da primitiva alcáçova, mas a atual alcaidaria é dona de diversos espaços culturais, como é caso do Centro de Documentação, a Cozinha Tradicional, com utensílios arcaicos e cobre polido, e o Museu Municipal de Arqueologia de Loulé, que apresenta uma coleção de fragmentos da Idade do Bronze e da cerâmica romana, dando ainda acesso às escavações de ruínas mouras. É incerta a fundação da cidade, mas sabe-se que quando a ela chegaram os mouros em 715 já era uma vila de importância. Existem vestígios de ocupação romana, como o centro de pesca e salga de peixe do Cerro da Vila, em Vilamoura. Mas deixamos Vilamoura de parte e mantemo-nos por entre os encantos de Loulé, como o Jardim dos Amuados, um pequeno jardim que se abre num miradouro perfeito para a cidade, estando localizado no topo de uma parte das antigas muralhas. Passamos pela Igreja de São Clemente, que se implantou sobre a antiga mesquita de alUlya em plena medina islâmica. É uma das construções islâmicas melhor conservadas de Portugal, onde ainda subsiste a torre alminar da mesquita, transformada em torre sineira da igreja. A última paragem dentro de Loulé não poderia deixar de ser o Mercado Municipal, digno de visita mais que não seja pela sua arquitetura, com as imponentes cúpulas vermelhas a se destacar da paisagem da cidade.
A riqueza da Ria Formosa
Abertura em breve!
Continuamos a nossa viagem por terras algarvias deixando o barrocal e percorrendo caminho em direção ao litoral, em concreto ao Parque Natural da Ria Formosa que inicia precisamente no concelho de Loulé e se estende ao longo de Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António por 60Km onde se encontram duas penínsulas, cinco ilhas, seis barras, sapal e uma beleza incrível. É difícil passar para palavras a grandiosidade da Ria Formosa, um local que se transforma com o passar das estações, dos meses, dos ventos, das marés. Cada ilha é diferente da sua vizinha, cada bloco
Carnaval de Loulé O deste ano já passou, mas nunca é demais relembrar que Loulé tem um dos carnavais mais famosos de Portugal. É o mais antigo corso carnavalesco do país, que recebe todos os anos mais de uma dezena de carros alegóricos em desfile, acompanhados por escolas de samba, grupos de animação e ainda cabeçudos, gigantones e outros animadores. Cada ano o corso rege-se por um tema diferente, mas as figuras da política ou do desporto são sempre os principais intervenientes, com a atualidade a ser a grande inspiração para os criativos do Carnaval louletano. Também o Zé Povinho é figura que sempre marca presença nesta festa, que vai muito além do corso, que visa um vasto programa de animação.<
de areia vai mutando ao longo do tempo, num lugar que nunca é igual, bastando, para o comprovar, visitá-la com a maré cheia ou quando está vazia com o descobrir da Ria Formosa a tornar-se numa aventura sem fim. Continuamos para Faro e vamos visitar a ilha que não é ilha, a Península do Ancão, também conhecida como Ilha de Faro. Atravessamos a ponte estreita e chegamos à Praia de Faro, onde percorremos a Avenida Nasceste, por entre casas, restaurantes e bares. À direita o mar, à esquerda a ria, com a sua excepcional praia infelizmente agora atingida pela tempestade de inverno. A
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paisagem pede por ser fotografada, com a ria a estar sempre viva, com os trabalhos de pescadores e mariscadores. São diversas as espécies que habitam esta zona com diferentes características geográficas, com os restaurantes a servir o mais delicioso peixe, marisco e bivalves. De barriga cheia, e bem, a Ilha de Faro tornase um local ainda mais aconchegante ao anoitecer, e é com os sapatos na mão e os pés enterrados nas areias que contemplamos o sol a tocar na linha do horizonte.
Castro Marim Continuamos a percorrer o Algarve litoral, sempre junto à costa, deleitando-nos com as vistas para a Ria Formosa até quase mergulharmos no Guadiana, na fronteira com Espanha. Paramos um pouco antes, na maravilhosa Praia Verde, onde atravessamos o dito verde até este se misturar com o dourado das areias que terminam num mar de perfeito azul. Aproveitamos a sombra de um dos guarda-sol de palha que se encontram na praia, por esta altura do ano com pouca gente, e deliciamo-nos com banhos de mar e de sol. A Praia Verde faz parte do Município de Castro Marim, que possui uma extensão de cerca de 3Km de costa.Castro Marim é zona de testemunhos de civilizações antigas,
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sobre as quais ressurgiu a atual povoação. É local de rica posição estratégica, com terras de mar e de rio, de planície e de montanha e com a Ayamonte como vizinha, do outro lado da fronteira. A vila teve um papel fundamental na luta contra a pirataria muçulmana e foi um importante porto piscatório e comercial. No alto de um morro encontramos o castelo e em outro o Forte de São Sebastião, acrescido às fortificações um século mais tarde, por ordem de D. João IV. Ao subir ao castelo vimos de um lado o mar e do outro colinas verdes entrecruzadas com o branco das salinas tradicionais. O baluarte defensivo de Castro Marim é uma bonita estrutura em forma de estrela, e uma das mais importantes invocações que a Idade Média introduziu na paisagem portuguesa. Ligado tanto ao castelo, quanto ao Forte de São Sebastião surge o Revelim de Santo António, um forte de menores dimensões que controlava o curso do Guadiana. Todo o complexo, que data do início da Guerra da Restauração, foi alvo de um projeto de requalificação, que viu surgirem renovados a estrutura militar do revelim, mas também a barroca Capela de Santo António e o Moinho de Vento, que continua a funcionar de acordo com as técnicas originais. Por entre tudo isto espraiam-se as casas de Castro Marim, de chaminés rendilhadas,
Sabores do Algarve na “Terra de Maio” Os mais genuínos sabores algarvios vão estar novamente em destaque no festival gastronómico Terra de Maio, a decorrer de 25 a 27 de maio no Azinhal, em Castro Marim. Nesta festa gastronómica as iguarias surgem a par com uma grande diversidade de artesanato local, com exposições e uma grande animação. A “Terra de Maio” faz-se de tasquinhas de gastronomia regional, de folclore e música, de animação infantil, de demonstrações equestres que mostram os saberes e os sabores do Algarve. <
refletindo a típica arquitetura algarvia, com o branco como cor predominante e a ser interrompido por ocres e azuis. Não podíamos vir a Castro Marim e deixar de passar pelos locais onde é produzido aquele que é considerado um dos melhores sais do mundo. A ligação entre a vila e a atividade salineira é longa e visitar as salinas é a oportunidade perfeita para conhecer os saberes tradicionais. Os salineiros continuam a fazer recurso da arte e dos instrumentos de outrora, oferecendo produtos de qualidade superior. As salinas ocupam uma grande área de Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, composta também por planície aluvial de sapais, esteiros e colinas. É daqui que surge o Sal Marinho tradicional de Castro Marim e a Flor de Sal de Castro Marim, ambos únicos e sem nenhum tipo de tratamento posterior, brancos e brilhantes. A Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António é, ainda, uma zona premium para a observação de aves, com grande parte das aves aquáticas a se concentrar nas salinas. Por alturas da primavera e verão conseguimos observar espécies como a andorinha-do-mar-anã, perna-longa, borrelho-de-coleira-interrompida e o alfaiate, entre outros.<
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> selo de garantia
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
À descoberta dos Cátaros Preço:
8€
P/ participante Duração: 2h
Visitar uma quintinha saloia
No domingo, 29 de abril, entre as 14h30 e as 16h30, a Quintinha de Monserrate recebe a atividade “É uma Quintinha Saloia Com Certeza!”. Nesta iniciativa, recomendada para famílias com crianças a partir dos 4 anos, será possível desvendar o modo como se vivia antigamente no espaço rural da região saloia na companhia de monitores vestidos como verdadeiros saloios do século XIX. Nesta ação aprende-se a fazer o pão de forma tradicional, amassando-o e cozendo-o em forno de lenha. Enquanto este não coze para que se possa degustá-lo, ruma-se à quintinha para ajudar nas tarefas do dia a dia, seja na horta ou com os animais, para alegria dos mais pequenos. A Quintinha de Monserrate recria, numa área de 2ha, uma pequena exploração agrícola, com áreas destinadas a diferentes tipos de plantações e animais. A antiga casa do caseiro foi recuperada para atividades pedagógicas. A atividade requer inscrição prévia. Mais informações em: info@parquesdesintra.pt; 21 923 73 00
A proposta, da Pinto Lopes Viagens, é um circuito de cinco dias à descoberta dos tesouros perdidos dos Cátaros, por entre localidades medievais gaulesas onde perduram monumentos deste movimento que a Igreja Católica considerou herege. A viagem inicia-se em Toulouse e estende-se até ao País Basco, visitando Albi, vila episcopal classificada como Património da Humanidade pela UNESCO, a vila medieval Rocamadour que encima uma falésia, Cahors no vale de Lot, Carassone – principal cidade da região Cátara –, Minerve, Narbonne e Fontfroid. O preço, desde 1.070€ por pessoa em quarto duplo, inclui voos de Lisboa ou Porto para Toulouse, circuito em autocarro de turismo, alojamento em hotéis de 3* ou 4* com pequeno-almoço, Meia Pensão (4 jantares sem bebidas), acompanhamento por guia Pinto Lopes Viagens e guias locais em português ou espanhol e entradas em vários monumentos, além de taxas e seguro Multiviagens (assistência, cancelamento e interrupção). Mais informações em : www.pintolopesviagens.com/viagens/cataros
desde:
1.070€ P/ Pessoa Quarto duplo 5 dias
desde:
Um Convento no Buçaco Ao visitar a Mata do Entradas: Buçaco não perca o Dos 7 aos 11 anos: antigo Convento de Santa Cruz. Fundado em 1628, o Convento Adultos: dos Carmelitas Descalços é um edifício em perfeita comunhão com a natureza, de grande simplicidade e um convite perfeito à meditação. Em plena mata do Buçaco, o Convento apresenta uma frontaria forrada com incrustações de quartzo branco e jorra negra, teto revestido a cortiça e um átrio com paredes empedradas. Na igreja pode admirar um conjunto de obras de arte religiosas, um presépio de Machado de Castro, uma Nossa Senhora do Leite pintada por Josefa de Óbidos, esculturas italianas com representações da Virgem e de figuras bíblicas. O Convento está aberto diariamente das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 e as entradas são grátis para crianças até aos 6 anos, custam 1€ dos 7 aos 11 anos e 2€ para adultos. Mais informações em: www.fmb.pt/v2/pt/ ou pelo telef. 231937000
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19,50€ P/ pessoa
Brunch em “dose dupla” no Astória “Dose dupla” porque há duas opções e dois dias à escolha para desfrutar do brunch do restaurante Astória, no Hotel InterContinental Palácio das Cardosas, no Porto, que passou a oferecer esta refeição também aos domigos. Além do brunch, com um menu fixo, pelo preço de 19,50€ por pessoa, os adeptos de espumante poderão optar pelo Brunch & Bubbles, com um custo de 26,50€, em que o espumante é servido à descrição. O menu oferece uma variedade de pratos a que não vai conseguir resistir, por isso o melhor mesmo é chegar ao Astória às 12h30 e desfrutar da refeição até às 16h00. Além dos Breakfast Classics para quem não tomou o pequeno-almoço, o menu inclui quiches, bacalhau com natas, lombo de porco assado, pregos em bolo do caco e mini hambúrgueres, além de bolos e sobremesas variadas. Reservas: restaurante.astoria@ihg.com 22 0035600 abril de 2018
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> notícias
Caves Cockburn’s têm nova prova de Tawnies de idade
Moita tem novo percurso turístico audioguiado
Depois da reabertura, após uma profunda reabilitação em julho de 2017, as Caves Cockburn’s apresentam uma nova prova de Vinhos do Porto, desta feita uma seleção transversal de Tawnies de idade da Symington Family Estates. A proposta inclui a prova de quatro vinhos com um envelhecimento entre os 10 e os 40 anos, em concreto o Cockburn’s 10 Year Old Tawny, o Cockburn’s 20 Year Old Tawny, o Dow’s 30 Year Old Tawny e o Graham’s 40 Year Old Tawny. A Symington Tawny Tasting, com o valor de 45€ por pessoa, decorre na Sala John Smiths, um espaço exclusivo que deve o seu nome a um provador e grande amante do Douro. Com esta novidade, as maiores caves da zona histórica de Vila Nova de Gaia passam a contar com seis provas de vinhos da Symington. As provas no lodge estão incluídas na visita guiada ao espaço onde se pode conhecer o museu, que contém uma coleção de aguarelas do século XIX, de Barão de Forrester, bem como a última tanoaria em operação nas Caves de Vinho do Porto. Tem a oportunidade de ver os trabalhos dos mestres tanoeiros, que empregam as mesmas técnicas e as mesmas ferramentas que os seus antepassados usaram no passado. <
Agora é mais fácil viver a magia das Aldeias do Xisto
“Baixa da Banheira, Conta-me Histórias” é o novo percurso turístico audioguiado da Moita, que dá a conhecer alguns dos lugares mais emblemáticos desta vila, ao conduzir o visitante por 11 pontos de interesse. Para realizar o percurso é necessário descarregar, a priori, os ficheiros áudio para um dispositivo móvel, bem como o mapa de apoio, disponível em cm-moita.pt/p/audioguia_ baixadabanheira, podendo também ser encontrado no Posto de Turismo. Com estes dados descarregados, é pegar no dispositivo móvel, colocar os auscultadores e partir à descoberta do mural comemorativo da passagem a vila, Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, Margem Esquerda – Peça Escultórica em Homenagem ao Operário, Sítio Arqueológico da Ponta da Passadeira, Parque Municipal José Afonso, Monumento a José Afonso, Monumento ao Emigrante, Monumento Comemorativo dos 25 anos do 25 de Abril, Igreja Paroquial de Nossa Senhora de Fátima, Núcleo Museológico João José da Silva e do Busto do Padre José Feliciano. <
Vila Galé abre novo hotel… Na KidZania A Vila Galé inaugurou um hotel dedicado em exclusivo aos turistas de palmo e meio, o Vila Galé KidZania, na KidZania Lisboa. Neste espaço os mais novos podem experimentar algumas das profissões existentes numa unidade hoteleira, como rececionista, empregado de quarto, monitor do Clube Nep, ou, por outro lado, tornar-se cliente e reservar uma estadia. Depois de receberem formação podem desempenhar diferentes tarefas como efetuar check in e check out, arrumar o quarto, ou ser animador do Clube Nep e vestir a pele da mais famosa mascote dos hotéis Vila Galé. <
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Fique num hotel totalmente controlado por uma app O hotel do futuro já existe! O KViHotel abriu portas no passado mês de março, em Budapeste, e pode ser totalmente controlado através de um smartphone, sendo o primeiro deste género na Europa. A unidade de 4 estrelas dispõe de 40 quartos, todos eles controlados através da aplicação TMRW Hotels, desde a reserva até ao check-out. Através de um click na app, disponível para Android e iOS, pode reservar, fazer o check-in até 48 antes da chegada, escolher o andar e o quarto. Através de uma ligação Bluetooth, o telemóvel torna-se na chave do quarto. Com a aplicação pode controlar o ar condicionado e escolher a temperatura a que deseja que o seu quarto esteja quando chegar. Pode pedir uma limpeza adicional, ou colocar virtualmente o sinal
de “do not disturb”. Pode pagar através da aplicação, pedir um táxi, fazer o check-out e pedir o recibo, que será enviado para o seu email. Para tudo isto, pode usar o wi-fi gratuito disponível em todo o hotel, com o serviço virtual de apoio ao cliente a estar disponível 24 horas por dia. O hotel visa três tipos de quarto, entre 18 e 36m²: superior, deluxe e suite júnior. Pode consumir gratuitamente as águas minerais aromatizadas e os snack do minibar, sendo que a suite júnior disponibiliza uma máquina de café, de utilização também gratuita. Todos os quartos estão equipados com uma smart TV, onde pode ouvir a sua música ou ver os seus filmes e séries. O hotel inclui pequeno-almoço e dispõe de um bar, aberto todos os dias das 8h00 às 24h00. <
Europa-Park estreou nova atração em março O Europa-Park, localizado em Rust na Alemanha, estreou uma nova atração no passado dia 24 de março. O condutor de comboios Luke e o seu melhor amigo, Jim Knopf, convidam todos para uma excitante viagem de comboio por entre grandes montanhas e bonitas casas, em Morrowland. A atração familiar “Jim Button – Journey through Morrowland” é uma aventura para miúdos e para graúdos, que se baseia na história das duas personagens do livro infantil de Michael Ende. É uma viagem para quatro pessoas a bordo de Emma, o comboio, ao longo de mais de três minutos por entre cenários desenhados com carinho. O sistema é moderno, mas lembra o antigo com vapor a sair do comboio e o sino que pode ser tocado pelos visitantes do parque. A atração surge a par do lançamento nos cinemas de Jim Knopf e Lucas, o Maquinista, filme baseado na obra original de Michael Ende. O Europa-Park está aberto até 4 de novembro, todos os dias das 9h00 às 18h00. <
Nova app dá a conhecer o melhor de Lisboa A TQ Travel Quality desenvolveu uma aplicação móvel que é um verdadeiro guia turístico de Lisboa e ajuda-o a descobrir os melhores locais da capital portuguesa. A TQ Tavel Quality Best of Lisboa leva-o até aos locais mais icónicos da cidade, passando por hotéis e restaurantes de referência, monumentos históricos, sugere atividades de lazer, para além de incluir várias informações sobre a região. A aplicação apresenta, ainda, uma lista de tops da cidade eleitos por habitantes locais, na secção “Diz quem sabe”, que conta com entrevistas e algumas personalidades locais, que o guiam pelos seus pontos favoritos da cidade. TQ Tavel Quality Best of Lisboa é atualizada semanalmente e está otimizada para o uso offline, sem recurso a ligação à Internet. < abril de 2018
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Calendário - Leeuwarden Escher Exhibition: 28 de abril a 28 de outubro | Fries Museum Mata Hari Senhora da Moda (exposição): até 30 de junho | Andere Museum Os Gigantes de Royal de Luxe (teatro): 17 a 19 de agosto De Stormruiter: setembro e 3 de outubro | WTC Expo
Leeuwarden Capitais Europeias da Cultura em 2018
Ano após ano a cultura na Europa é representada por duas cidades, que pretendem valorizar a riqueza e a diversidade das culturas europeias. Em 2018 as escolhidas para Capitais Europeias da Cultura são Leeuwarden, na Holanda, e La Valleta, a capital de Malta. Ao longo do ano, ambas apresentam um programa cultural intenso, que pretende abranger os interesses e exigências de todos. Texto: Sofia Soares Carraca
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s Capitais Europeias da Cultura são um dos projetos mais reconhecidos da União Europeia, lançado em Atenas em 1985. A ideia é transformar as cidades no coração da vida cultural da Europa, de modo a mostrar a importância das culturas europeias, bem como as suas características comuns, mesmo em países tão distintos como a Holanda e a Ilha de Malta. Tudo isto serve, também, para que o cidadão europeu melhor conheça os seus companheiros de outros países. Pretende-se que os cidadãos possam participar nas atividades lançadas no âmbito desta iniciativa, de modo a desempenhar um papel preponderante no desenvolvimento das cidades. Há o objetivo de salvaguardar, desenvolver e promover a diversidade cultural e linguista da Europa, promover o património cultural e reforçar o sector audiovisual para um
crescimento inteligente, sustentável e incluso. Ser Capital Europeia da Cultura traz uma nova vida às cidades, que se tornam ainda mais apetecíveis de ser visitadas. Neste ano de 2018 a honra cabe a La Valletta e Leeuwarden, que conta com mais de 60 eventos principais e centenas de projetos comunitários que se dividem em quatro temas distintos, nomeadamente o atreva-se a sonhar, atreva-se a agir, atreva-se a ser diferente e monarquia frísia. Já La Valletta aposta em projetos artísticos, culturais e comunitários, e também em festivais e carnavais que visam promover o património cultural e identidade maltesa.
Leeuwarden: a cultura e os lagos Leeuwarden é uma cidade do norte da Holanda, conhecida como sendo a capital
da Frísia e o distrito dos lagos. É onde locais e turistas todos os anos se reúnem para navegar as águas calmas de uma planície verde com grandes lagos, ou, durante o inverno, calçar os patins e patinar sobre o gelo das águas congeladas. Contudo, com invernos cada vez mais quentes, a cidade optou por uma alternativa para tirar proveito desta água ao longo do ano, um conjunto de 11 fontes que ligam as águas num percurso de cerca de 200Km. As fontes foram desenhadas por artistas de topo de 11 países diferentes, com a ajuda da comunidade local. Esta colaboração única levou ao estabelecimento de contatos e amizade entre os países, com as fontes a tornarem-se um ponto de encontro para todos. Este foi o maior projeto de colaboração internacional de LeeuwardenFriesland 2018, como Capital Europeia da Cultura. Ainda assim, o programa é vasto, com iniciativas para todas as idades e todos abril de 2018
Calendário - La Valletta European Eyes on Japan: até 29 de abril | Braju Kreativ Valletta Pageant of the Seas: 7 de junho | Grand Harbour Malta International Arts Festival: 29 de junho a 15 de julho | diversos locais Corto Maltese: A Balada do Mar Salgado (espetáculo, ópera): Teatru Manoel
e La Valletta os gostos a se desenrolarem ao longo do ano. Foi logo no passado mês de janeiro que se deu a inauguração oficial do programa de festas para 2018, um programa que só será anunciado na sua totalidade em outubro deste ano, pois muito há por acontecer. Ainda assim, são já muitos os eventos calendarizados, com alguns que se destacam e fazem exacerbar a vontade de entrar num avião com destino à cidade de Leeuwarden. Entre 28 de abril e 28 de outubro o Fries Museum estará totalmente dedicado às obras do artista gráfico Maurits Escher, dos inícios do século XX, na que se chamará a Escher Exhibition. A mostra do artista, que nasceu e cresceu nesta cidade, segue as diferentes fases da sua vida ao passo que olha também para artistas contemporâneos que foram influenciados pela sua obra. A Holanda funciona como um hub do mundo abril de 2018
da cerâmica, com a porcelana originária da China e do Japão a ser minuciosamente reproduzida em cidades como Makkum e Delft, desde o século XVII. Como tal, surge a exposição A Cerâmica Migratória, que conta a história de um país que se especializou na cópia de arte, principalmente na área da cerâmica. Temos ainda o espetáculo De Stormruiter (que se pode traduzir para “O Cavaleiro e o Cavalo Branco"), uma mistura entre música, teatro e um show de cavalos. Os papéis principais serão encarnados por mais de 100 cavalos da Frísia que protagonizam uma eterna batalha contra a água. O espetáculo está agendado para os meses de setembro e outubro, no WTC Expo. Muitos outros são os pontos importantes do programa de Leeuwarden como Capital Europeia da Cultura. Momentos que vão desde conferências a exposições, sem esquecer as instalações, a arte de
rua, performances de todos os tipos, interpretadas por todos os géneros de pessoa.
La Valletta: elevar a identidade maltesa Em Malta, 2018 vai revelar-se num ano de celebração da cultura única das ilhas maltesas. É uma festa pelas ilhas, que explora em 360° a cultura maltesa e procura inspiração tanto a nível local, como nos seus vizinhos além-mar. O programa utiliza a máxima de que a cultura não deve ser elitista, e por isso a acessibilidade tornou-se uma prioridade, encorajando a participação e cooperação. É uma comemoração do passado, presente e sobretudo do futuro do país. Malta e Gozo vão estar ligadas por palcos vibrantes, repletos de drama e exuberância. Neste ano querem dar a
conhecer o que representa viver numa ilha, mostrando o espírito, os cenários, as gentes e as suas histórias. Uma mistura da alma mediterrânica com o ar salgado das ilhas. Um programa com festivais, celebrações tradicionais, música, performances, atividades para famílias e tantos outros momentos que visam trazer a vida e arte contemporânea para junto da história de La Valletta. O programa cultural é um conjunto de mais de 140 projetos e 400 eventos a decorrer ao longo do ano. A cidade apostou no envolvimento de cerca de 1.000 artistas, curadores, coletivos, autores, designers, coros e cineastas locais e internacionais. Enquanto os artistas internacionais se dirigem a Malta para colaborar com os locais, os artistas malteses vão viajar até outros destinos, como a irmã Capital Europeia da Cultura, Leeuwarden, mas também Chipre, Japão,
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> lá fora
Os encantos de Malta A República de Malta inclui aquelas que são conhecidas como as Ilhas Maltesas, localizadas no calor aconchegante do Mar Mediterrâneo. É um dos países mais pequenos da Europa, mas com uma importante localização estratégica, com fenícios, romanos, árabes, normandos, aragoneses, a Espanha dos Habsburgos, os Cavaleiros de São João, franceses e inglese a governarem a Ilha de Malta em diferentes períodos. Apenas as três maiores ilhas de Malta são habitadas, em concreto a Ilha de Malta, Gozo e Comina. A cultura maltesa é uma mistura de influências de diferentes culturas que a dominaram, em especial a italiana e a inglesa. É em Gozo que podem ser apreciados a maior parte dos templos pré-históricos de Malta, considerados Património Mundial pela UNESCO. La Valletta é a cidade mais importante da Ilha de Malta, e também a capital da República de Malta. A cidade, situada na costa este da ilha e com dois portos naturais foi fundada pela Ordem de São João, que lhe deu nome e construiu bastiões, muralhas e revelins no seu território. La Valletta apresenta um deslumbrante património edificado e cultural, com inúmeros edifícios barrocos de imensa beleza. Na Catedral de São João é possível apreciar a tela A Decapitação de São João, de Caravaggio, que viveu alguns meses na ilha. Mais do que isso, no Palácio do Grão-Mestre do Armoria, actual sede do governo, podem-se apreciar mais de cinco mil quadros da Ordem Soberana e Militar de Malta. <
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Polónia e Grécia. A nomeação como Capital Europeia da Cultura foi também o momento ideal para dar um passo em frente a nível de projetos de infraestruturas, que incluem a regeneração e conservação de tesouros arquitetónicos esquecidos em Malta. Tesouros que incluem mercados cobertos e o antigo matadouro, que após recuperado dará lugar ao Valletta Design Cluster. De entre estes projetos destaca-se o
MUZA, o novo museu de arte de Malta, a tomar lugar no antigo Auberge d’Italie, um edifício histórico do século XVI. O MUZA vai apresentar histórias através de objetos e exibições, com as três primeiras histórias a dizer respeito ao Mediterrâneo, à Europa e ao Império, e com uma quarta história a apresentar o artista. O coração do museu vai tomar lugar no pátio, um espaço a que todos têm acesso. A ideia é que os visitantes possam experienciar o museu,
muito também com recurso à tecnologia. Do programa cultural há alguns destaques que convém referir, como a exposição “European Eyes on Japan”, um projeto de artes visuais a cargo de Mikiko Kikuta que já passou por 30 Capitais Europeias da Cultura desde 1999, e está patente no Spazju Kreattiv até dia 29 deste mês de abril. Entre os dias 4 e 6 de maio, decorre mais uma edição do Valletta Green Festival que
enche uma das maiores praças da cidade, Pjazza San Gorg, num imenso tapete floral composto por cerca de 80.000 vasos de plantas e flores. Outros pontos altos são o Valletta Pageant of the Seas, em que fica na memória o espetáculos de luzes e fogo de artifício que decorre nos barcos pela noite, o Valletta Film Festival, o Malta International Arts Festival e o Malta Mediterranean Literature Festival, entre tantos, tantos outros. <
Como ir
De momento ainda não existem voos diretos desde Portugal e com destino à Ilha de Malta. Contudo, com recurso a uma curta escala é possível chegar à ilha do Mediterrâneo numa viagem total de cerca de seis horas. Os voos podem ser operados pela Vueling, com escala em Barcelona, ou a voar com a TAP até qualquer destino europeu para onde voe também a Air Malta, a companhia de bandeira maltesa. Por outro lado, são vários os voos diretos entre Portugal e a Holanda. Para a capital Amesterdão, numa viagem de cerca de três horas desde Lisboa, pode apanhar um voo direto de companhias como TAP, Ryanair, Transavia, KLM e Vueling. Existem voos diretos, também, para as cidades de Eindhoven e Roterdão.
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Para além de Leeuwarden Leeuwarden é a capital da província da Frísia, no norte da Holanda. Toma lugar em terras de verde intenso e ricas em água, com canais e lagos à boa maneira holandesa. A cidade apresenta vestígios de ter sido habitada no século II, na era romana, descobertos aquando das escavações para a Oldehove, uma igreja inacabada que se tornou um dos símbolos da cidade. Habitada ininterruptamente desde o século X, Leeuwarden é rica em Rikjsmonuments, com mais de 800 destes locais de património nacional, como a neogótica Igreja de São Bonifácio, o edifício da câmara municipal, a Blokhuispoort
– antiga prisão transformada numa biblioteca, hotel e restaurante –, a Centraal Apotheek – fantástica farmácia em estilo Art Nouveau – e o Froskepolemolen – último moinho de vento de Leeuwarden. Para além de tudo isto, todos sabemos que a Holanda é um país de pequenas dimensões, com Leeuwarden a localizarse a pouca distância de cidades como Amesterdão e até Roterdão. Se visitar uma destas cidades este ano, em principal nesta altura em que túlipas de mil cores florescem pelos campos, não deixe de dar “um pulinho” a Leeuwarden, a Capital Europeia da Cultura.< abril de 2018
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> ficar
FICHA TÉCNICA
Hotel Navegadores & Spa Morada: Av. da Catalunha, S/N, 8900-468 Monte Gordo Localização: a 500m da praia Quartos: 338 Suites: 8 Restaurante “O Porão” com esplanada interior Bares: 2 (Lobby Bar e Cocktail Bar)
Kids Club Piscina coberta e solário Health Club & Spa (3 ginásios, jacúzi, sauna, banho turco, hidromassagem, área de relax, gabinetes de estética e massagens, aulas de grupo e PT) Sala de leitura e Tv Zona de jogos Wi-fi grátis (quartos e áreas comuns, exceto restaurante)
Hotel Navegadores & Spa
Férias em família no encanto de Monte Gordo O nome não engana. “Navegadores” remete para o mar de que está muito próximo, sem deixar de estar bem integrado no apetitoso frenesim da vila de Monte Gordo, onde toma lugar. Vocacionado para férias em família, o Hotel Navegadores & Spa que oferece opções de lazer para miúdos e graúdos, não esquece os “miminhos” mais direcionados àqueles que preferem relaxar e cuidar do corpo. Por tudo isto, é um hotel a ter em conta sempre que se pensa em férias algarvias.
A
localização não podia ser melhor: o coração da vila de Monte Gordo, uma das mais demandadas pelos turistas que escolhem paragens algarvias para fazer as suas férias. A apenas 500 metros da praia de vasto areal que leva o mesmo nome da vila e que é também uma das que tem um mar mais saboroso pelas amenas e calmas águas da baía, e a uma distância em torno dos 5Km de um campo de golfe, do complexo desportivo e da área comercial de Vila Real de Santo António, o Hotel Navegadores & Spa possibilita aos seus hóspedes desfrutarem de momentos de repouso intervalados, sempre que se queira, pela agitação tão própria das urbes turísticas. Aos que demandam habitualmente paragens algarvias, por certo o Hotel Navegadores não será estranho, talvez conheçam as paredes brancas do edifício onde sobressaem breves riscas verticais a azul forte e identifiquem as suas varandas e o enfeite de janelas que, ao longe, parecem roubar forma às tradicionais chaminés algarvias. A unidade tem vindo a sofrer várias remodelações durante os períodos de inverno. Isso mesmo se passou nos últimos
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meses tanto que, quando o hotel reabriu as suas portas, a 1 de Abril, apresentava todos os quartos remodelados e embelezados. As remodelações que têm vindo a ser feitas abrangeram a totalidade dos quartos e das áreas comuns com o objetivo único de proporcionar um maior conforto e bem-estar aos seus hóspedes, o que neste caso advém também por via de uma decoração mais leve e moderna, inspirada no sol e no mar. Para que nada falte aos que ali se alojam a pensar principalmente em desfrutar das delícias da praia de Monte Gordo, o hotel dispõe de uma zona de praia concessionada em funcionamento durante a época balnear e um snack-bar de praia.
Vasta gama de serviços Tendo o bem-estar das famílias como preocupação, o hotel oferece 338 quartos de várias tipologias, nomeadamente duplos e triplos e até quartos comunicantes onde se podem alojar até seis pessoas. Somamse oito suites com capacidade até quatro pessoas. Todos com varanda, para melhor aproveitar o sol algarvio, o ar do mar ou as tépidas noites, os quartos estão equipados com telefone, cofre grátis, TV LCD via
satélite, frigobar e secador de cabelo. A nível de serviços e facilidades, destaque para o restaurante “O Porão” dotado de
Interagir com os clientes Modernizar tem sido a palavra de ordem nas reformas que o Hotel Navegadores & Spa está a levar a efeito mas também na forma de contatar com os seus clientes. Assim, o hotel tem feito uma aposta forte nas redes sociais facebook (www.facebook.com/hotelnavegadores) e twitter (https://twitter.com/ HNavegadores) e na sua web page (www.hotelnavegadores.pt | www. hotelnavegadores.com) privilegiando a comunicação e interação com os clientes que através destes canais podem ver respondidas todas as suas questões. <
esplanada interior e onde os hóspedes podem tomar todas as refeições do dia, e dois bares, o Lobby Bar com esplanada no solário, que fica no relvado e está equipado com espreguiçadeiras e guarda-sóis, e o Cocktail Bar com esplanada exterior na área do próprio hotel. Também a destacar é a oferta do Health Club e Spa onde, distribuídos por três pisos, pode encontrar três ginásios (cardio fitness, pesos livres, ABS e máquinas de musculação), dois campos de squash, jacúzi, sauna, banho turco e hidromassagem, área de repouso e aulas de grupo e PT. Soma-se uma piscina interior, aquecida durante o inverno, um Kids Club que permite aos pais dos pequenotes usufruírem de momentos mais repousantes, salas de leitura, de TV e de jogos (máquinas, snooker e matraquilhos). Serviço de receção 24 horas, estacionamento público e internet wireless grátis completam os serviços.< abril de 2018
Oeste
Como ir
O Oeste encontra-se “às portas” de Lisboa, e desde a capital pode optar por rumar a norte pela A1 ou A8. A nossa sugestão recai na segunda, geralmente com menos trânsito. Na A8 deve sair para a N361-1 em Campelos e continuar até à Serra de Montejunto, numa rota que se faz em cerca de hora e meia. Desde o Porto a viagem é mais longa, mas igualmente simples. Deve apanhar a A1 até rumar pela saída 16 para convergir com a A25 em direção a Aveiro. Continue para a A17 até convergir com a A8 em direção a Lisboa. No final a conversa é a mesma, apanhando a N361-1, com esta percurso a durar perto de três horas. Atenção que são percursos sujeitos a portagens.<
> por cá
Por terras do
Campos salgados abençoados pelo sol A um “pulinho” de Lisboa, o Oeste recebe-nos com história, cultura, gastronomia e vinhos, por terras de campo e de mar. Esta proximidade entre o mundo rural e o litoral é uma das características que tornam a região tão especial, com localidades cada uma com seu encanto e traço característico. Entramos no carro e fomos conhecer o Cadaval, Caldas da Rainha e Alcobaça terminando já fora desta região, em Leiria.
Texto: Sofia Soares Carraca
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A
faixa atlântica a norte de Lisboa é uma zona fértil, de paisagens com cores que acompanham o ritmo das estações. É predominantemente verde, mas interrompida pelo branco do casario de aldeias, vilas e cidades, todas elas com histórias e estórias para contar. O Oeste de Portugal prima pela proximidade entre o mar e o campo, com as férias aqui passadas a oferecer diferentes valências. Esta é região onde aproveitamos o sol e o bom tempo, os campos floridos e o cheiro a maresia. É o refúgio perfeito para mudar de ares por uns dias, para desfrutar do ar livre e fotografar mentalmente paisagens deslumbrantes que nos convidam a abrandar o ritmo do quotidiano, a respirar fundo e a relaxar. História, cultura,
natureza, gastronomia e vinhos, tudo isto oferece. Tudo isto procurámos e tudo isto encontrámos.
Cadaval: um mergulho na natureza Era tempo de carregar no botão “pausa” do stress do dia-a-dia e, para tal, pensámos numa viagem que nos enchesse as medidas, que nos lavasse as vistas e não nos fizesse pensar em complicados caminhos para lá chegar. Metemo-nos no carro, rumámos a norte e deixámos para trás uma Lisboa chuvosa. O nosso destino era Caldas da Rainha, mas numa viagem em que queríamos abrir os horizontes e conhecer um pouco mais deste nosso Portugal, parámos a meio caminho, no Cadaval.
Começamos com uma subida à Serra de Montejunto, entre o Cadaval e Alenquer, que com uma altitude máxima de 666 metros se abre em vistas extasiantes para todo o território envolvente, desde as Berlengas até ao Sítio da Nazaré, o azul do Atlântico, a Serra de Sintra, as Lezírias do Tejo. Está tudo aqui tão perto, que quase parece que com um esticar de braço e mão aberta conseguimos agarrar estas diferentes belezas, bem como os diversos, bonitos e brancos moinhos de vento que se espalham pela serra. É no cimo da serra, por entre o verde dos pinheiros e a sombra dos castanheiros, que se encontra o Centro de Interpretação Ambiental da Serra de Montejunto. Toma lugar na antiga casa do guarda-florestal e a sua exposição permanente dá a conhecer o património natural e cultural da região. É um ponto de encontro, no meio da serra, onde conhecemos o valioso património de Montejunto, com grutas, algares, necrópoles e fósseis pré-históricos. É também no topo da serra que tomam lugar testemunhos do que em tempos foi, possivelmente, o primeiro convento dominicano de Portugal, do século XII. As ruínas deixam-nos ainda ver o modo de vida conventual medieval dos frades dominicanos. A curta distância, fazemos uma última paragem na serra, na Real Fábrica do Gelo. Era aqui que no século XVIII os monges aproveitavam as condições climatéricas para produzir, armazenar e conservar gelo, em estruturas que em parte subsistem. No centro da pequena Vila do Cadaval passeamo-nos por ruelas desorganizadas, pelo branco puro da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, pelo Museu Municipal, instalada no edifício da
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> por cá
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biblioteca, que nos conta a evolução do território desde tempos antigos. Este é um território rural por excelência e as imagens que nos marcam são sobretudo as de vinhas e pomares de fruta, não fosse este concelho o maior produtor nacional de pera-rocha.
A rainha do Oeste Com “rainha do Oeste” só nos podíamos estar a referir a Caldas da Rainha, uma cidade onde há de tudo um pouco por desvendar. Começamos o dia pelo mercado ao ar livre na Praça da República, a praça da fruta onde se misturam aromas doces com imagens pitorescas das frutas, vegetais e flores da terra. É um mercado tradicional, onde temos a certeza de comprar a
verdadeira frescura. Não resistimos e compramos umas maçãs reluzentes antes de seguir caminho. Dirigimo-nos para a Ermida de São Sebastião, onde vamos conhecer os painéis de azulejo que revestem a capela e conta a vida do seu patrono, e de seguida ao Chafariz das Cinco Bicas, para admirar os seus pináculos e volutas. Ponto obrigatório de passagem é o secular Hospital Termal, de arquitetura imponente e distinta. Agregada ao Hospital Termal está a Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, que depois de consagrada pela Rainha Dona Leonor veio a tornar-se a Igreja Matriz da cidade. Por aqui perdemos minutos largos no Museu do Hospital e das Caldas, edifício antigamente conhecido como “Caza Real”,
por ter sido abrigo da realeza aquando das suas visitas às termas. O espólio mostra-nos as memórias desta instituição, bem como da urbe que se desenvolveu ao seu redor. É composto por pintura, escultura, talha, ourivesaria, paramentaria, mobiliário, cerâmica, documentos gráficos e instrumentos médicos e científicos do século XX. Aos pés do Hospital Termal encontra-se o igualmente cativante Parque Dom Carlos I. É uma mancha verde por entre a pedra e cimento que moldaram o centro histórico da
cidade, com espelhos de água que refletem os pequenos barcos que por eles navegam, com sombras que apaziguam o calor que já se vai sentindo e com esculturas espalhadas um pouco por todo o parque, que se desenha num museu a céu aberto. Nas Caldas da Rainha fazemos ainda um desvio ao Museu de José Malhoa, com coleções de arte portuguesa, também à Quinta Visconde de Santarém, onde se encontra o Museu da Cerâmica com mostras de faiança, olaria e cerâmica, e ainda, claro, à Fábrica e Museu Rafael
LISBOA
BRAGA
PORTO
COIMBRA
SOCIEDADE NACIONAL DE BELAS ARTES
MUSEU DE ARQUEOLOGIA D. DIOGO DE SOUSA
PALÁCIO DA BOLSA
PAVILHÃO CENTRO DE PORTUGAL
13 a 15 ABRIL ENTRADA LIVRE PARCEIROS INSTITUCIONAIS
20 a 22 ABRIL Sexta a Domingo 10h / 20h ORGANIZADOR
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Bordalo Pinheiro, com a sua faiança naturalista, que marcou e continua a marcar gerações. Por fim, ela impensável vir às Caldas da Rainha e não ir ao encontro da Foz do Arelho, uma das vilas litorais mais pitorescas do país, aqui tão perto. A viver da confluência das águas calmas da Lagoa de Óbidos e da irreverência do Oceano Atlântico, esta vila do Oeste conquistou gentes desde o imperador romano Júlio César aos celtas. A Praia Mar possui um extenso areal, ladeado de uma avenida marginal. A Praia Lago apesar de ventosa oferece banhos calmos e complexos de apoio, com bares na marginal.
Alcobaça: monges brancos e histórias de amor Rumamos então a Alcobaça, em concreto até às ruínas do seu antigo castelo. Deste pouco resta, mas é do topo da colina em que toma lugar que se abrem maravilhosas vistas sobre a cidade, com a Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça a sobressair da paisagem como uma joia branca. Aquele que é também conhecido como Mosteiro de Alcobaça, da Ordem de Cister, foi fundado em 1153 por Dom Afonso Henriques e é o primeiro grande exemplar de arquitetura gótica primitiva em Portugal. Diz a lenda que Dom Afonso Henriques fez uma paragem na Serra dos Candeeiros, quanto partiu à conquista de Santarém, e jurou que se conseguisse expulsar os mouros deste castelo doaria a Bernardo de Claraval tudo quanto alcançava a sua vista, em direção ao mar. A história já a sabe e, após a conquista de Santarém, tudo este território foi doado ao abade francês da Ordem de Cister, que veio a formar os Coutos de Alcobaça. O Mosteiro de Alcobaça está classificado como Património Mundial da Humanidade
Peixe fresco e bom O melhor peixe do mundo está em Portugal e tem no Oeste uma das suas casas. As águas irreverentes e pouco quentes da região, em zonas como Peniche, Nazaré e Lourinhã, contribuem para dar ao peixe a consistência perfeita, para que saltam do mar diretamente para a grelha, e mais tarde para as nossas bocas onde se desfazem em sabores únicos. Mas há mais para além do peixe na grelha, há a caldeirada e a sopa de peixe, as amêijoas à Lagoa, bem características das Caldas da Rainha, a lagosta suada de Peniche e da Lourinhã, zonas de muitos viveiros de marisco. Não faltam, ainda, as enguias e os joaquinzinhos fritos, a saladinha de polvo ou o polvo grelhado, os choquinhos. Para terminar a perfeita doçaria conventual da região e para acompanhar os seus vinhos apaladados.< abril de 2018
Dançar em Leiria com o Dancefloor O Dancefloor é um festival que promove anualmente o que de melhor se faz em Dance Music, mostrando-o no estádio municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria. A quarta edição do festival, a decorrer a 27 e 28 de julho, volta a contar com a presença dos mais mediáticos DJs nacionais e internacionais. É conhecido como a “maior pista de dança do país” e anunciou já dois nomes sonantes para o seu cartaz em 2018. O dia 28 de julho vai contar com um nome imperdível da cena hardstyle, os Audiotricz, e tem já confirmado os Noisecontrollers para o dia 27. No ano que passou o cartaz contou com 18 nomes impactantes da cena eletrónica, com os bilhetes diários para 2018 já à venda, pelo valor de 10€.<
pela UNESCO, desde 1989, e é, efetivamente, um dos mais impressionantes testemunhos da arquitetura de Cister na Europa. O edifício, com mais de 900 anos, conserva todo o conjunto de dependências medievais, como o refeitório, o dormitório, a cozinha e a Sala do Reis. Na igreja destaca-se a simples nave central, que nos mostra o despojamento da época medieval. Visitar a Real Abadia é viver um pouco da história de Portugal, sendo este contemporâneo da sua fundação e contendo a memória de uma das mais bonitas histórias de amor da história do país. Os túmulos de Dom Pedro I e de Dona Inês encontram-se colocados frente a frente, para que se encontrem de novo no Dia da Ressurreição. Destaque, ainda, para o Claustro de D. Dinis e para o Claustro do Cardeal, do século XVI, numa homenagem ao Infante Dom Henrique. Os monges brancos davam grande importância ao valor da terra cultivável, pelo que aqui desbravaram terrenos incultos, secaram pântanos e fertilizaram terras que se tornaram perfeitas para o cultivo. Com tudo isto não é de estranhar a riqueza do produto agrícola de Alcobaça. Tal é evidente na Granja de Cister, projeto da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, com um showroom que reúne o melhor dos produtos locais, como a Maçã de Alcobaça.
Para além do Oeste Vamos já a sair dos domínios do Oeste de Portugal, numa tentativa de prolongar esta viagem o mais possível, numa rota diferente e pouco óbvia. Ali tão perto não podemos deixar de ir cumprimentar Leiria. Foi entre o castelo e o Rio Lis que nasceu Leiria, povoada por belas matas, dois rios e banhada pelas águas do Atlântico. A bacia hidrográfica do Lis é das zonas onde foram encontrados mais achados arqueológicos do Paleolítico Inferior no país. São mais de 70 os sítios arqueológicos inventariados na região, com jazigos de sílex, seixos talhados, gravuras rupestres e tanto mais. É procurar, com as indicações certas, e com certeza vai encontrar. Leiria foi posteriormente tomada pelos romanos, num período em que ganhou
forma e floresceu. As pedras da antiga urbe romana foram utilizadas mais tarde, na Idade Média, para erguer parte da cidade, em concreto o castelo onde ainda se veem pedras com inscrições romanas. É por aqui que iniciamos o nosso itinerário, por um castelo perdido e reconquistado sucessivas vezes. Foi Palácio Real e viu crescer Dom Afonso IV, filho de Dom Dinis e da Rainha Santa Isabel. Vamos à Alcáçova, uma das salas mais bonitas do castelo, e espreitamos as vistas perfeitas da cidade. Visitamos
a Igreja de Santa Maria da Pena, os celeiros, a Torre de Menagem e seu núcleo museológico e as muralhas. Leiria, ao mesmo tempo que histórica, é moderna e cosmopolita, culturalmente ativa. Continuamos, então, para o casco velho da cidade, rejuvenescido nos últimos anos. Por ruas e ruelas tentamos percorrer os mesmos caminhos do Padre Amaro e Amélia, personagens de um dos mais conhecidos romances de Eça de Queirós. Deixamo-nos encantar pelos elementos arquitetónicos que despontam em cada canto, a cada curva. Admiramos arcadas quinhentistas e aproveitamos os raios de sol numa das diversas esplanadas da Praça Rodrigues Lobo. No “Terreiro”, na realidade Largo Cândido dos Reis, desvendamos solares e palacetes e surpreendemo-nos depois com edifícios desenhados pelo arquiteto Ernesto Korrodi. Esta é uma cidade cultural, com diversos museus a ser merecedores de visita. Tanto que promove anualmente, este ano entre 16 e 22 de abril, a Festa dos Museus, com um programa com visitas guiadas, roteiros e outras atividades, que quer consolidar esta vocação cultural e a ambição de ser Capital Europeia da Cultura em 2027. O tempo começa a ser escasso e não os podemos visitar a todos, por isso centramonos no Museu de Leiria, alojado no antigo Convento de Santo Agostinho e a contar a história da cidade de uma forma surpreendente. Não podemos, também, deixar de passar pela fantástica Biblioteca Afonso Lopes Vieira e pelo Museu do Moinho do Papel, projetado por Siza Vieira e a fazer alusão à produção de papel iniciada, precisamente, nesta cidade.<
O Hotel/Apartamentos Villas da Fonte – Leisure & Nature é uma unidade hoteleira de 4 estrelas situada no Centro de Portugal, em Monte Redondo no concelho de Leiria, confluindo perfeitamente o mar, o campo e a cidade. Com tudo pensado ao pormenor, o conforto, tranquilidade e bem-estar convidam ao relaxamento seja em família, a dois, ou até em grupo. O Villas da Fonte possui quartos duplos onde dominam os tons terras que transmitem a tranquilidade e apartamentos que oferecem total independência e autonomia. Rodeado pela natureza, Villas da Fonte - Leisure & Nature disponibiliza também restaurante, bar com esplanada, piscina exterior, piscina interior de água aquecida com jacuzzi, spa, bicicletas, campo de jorkyball, lavandaria self-service e estacionamento privativo.
Para saber mais, entre em contacto com o Villas da Fonte: Telefone : 244 004 031 | Email: geral@villasdafonte.pt www.villasdafonte.pt | www.facebook.com/villasdafontept
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> experiência
Hippo, Hippo, Urra!
Uma forma divertida de ver Lisboa por terra e pelo Tejo Se não conhece as principais atrações de Lisboa, ou se calhar conhece e quer revivê-los num só dia de uma forma divertida, se nunca apreciou a cidade a partir do estuário do rio Tejo, então convidamo-lo a fazer um passeio “dois em um”. Embarque na diversão, no riso e na aventura, e desfrute a cidade das sete colinas a bordo de um dos veículos anfíbios do Hippotrip, entre histórias divertidas e gritos de guerra. Hippo, hippo, Urra! Faça chuva ou faça sol, funciona todos os dias.
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ão. Não é para aprender a História secular de Lisboa. Se é isso que quer fazer com todo o rigor, então embarcou no passeio errado. A bordo do “Chico”, que é autocarro e barco ao mesmo tempo, falase, de forma fácil e divertida, de mitos, lendas e curiosidades desta maravilhosa cidade. O Ivo é o guia/animador de serviço, diria, o oposto de um tradicional guia turístico, e o sr. Paulo (capitão/ motorista) toma os comandos. Pouco antes das 10 da manhã, hora do primeiro circuito, e a hora que também escolhi para o fazer, começam a chegar os passageiros à Doca de Santo Amaro em Alcântara, local onde partem todos os passeios. O entusiasmo é visível, principalmente entre as crianças que,
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Texto: Carolina Morgado
cada uma com a sua cadeirinha própria (fornecida pela empresa) para o transporte em veículos, “inspecionam” cada milímetro do “Chico” para tentar entender se é um autocarro ou um barco com todas. Pois, não é uma coisa nem outra. Lembrou-me de ter lido, aquando da inauguração destes circuitos, Frank Alvarez, proprietário da empresa dizer que “não entramos no Tejo num autocarro, aquilo é um barco. Andamos é em terra num barco”. À hora da partida, a agitação é maior e a curiosidade invade-nos. Um a um começamos a saltar para o veículo e a tomar os nossos lugares. Aconselho que reúna a família ou os amigos, porque em grupo é bem mais divertido. Mas no cômputo geral não há momentos aborrecidos e o Ivo encarrega-se disso mesmo. Conta histórias giras, curiosidades
surpreendentes e até lendas absurdas que mostram um novo olhar sobre a cidade — novo para quem a está a visitar pela primeira vez, mas novo também para quem já a calcorreou milhões de vezes em mais de 30 anos.
Curiosidade Calhou no meu passeio todos os ocupantes serem de nacionalidade portuguesa e o nosso guia ter apenas que usar o português como idioma, mas o inglês é a outra língua usada a bordo para o caso de haver passageiros estrangeiros, que diz quem lá trabalha, são cada vez em maior número, levados pela curiosidade. O momento de maior ansiedade e expectativa chega finalmente com o
Horário (todos os dias) De outubro a março: 10h00, 12h00, 14h00, 16h00 De abril a setembro: 10h00, 12h00, 14h00, 16h00, 18h00 Em períodos de grande procura (fins-de-semana e época de verão) é comum serem efectuados passeios extra nos seguintes horários: 11h00, 13h00, 15h00, 17h00 e/ou 19h00
veículo a entrar no rio Tejo através da sua rampa exclusiva situada na doca do Bom Sucesso, em Belém. É um dos pontos altos do tour. Sustemos a respiração, o “Chico” dá um abanão e faz-se lentamente ao rio, recebendo uma salva de palmas de todos os passageiros, que não se importam de apanhar com alguns salpicos. A segurança é total, graças ao conjunto de equipamentos que o veículo ostenta. Faz-se total silêncio dentro do veículo. É um silêncio de contemplação olhar Lisboa de uma perspectiva diferente. Passamos pelo Padrão dos Descobrimentos, pela Torre de Belém, Fundação Champalimaud e voltamos a terra firme junto à Torre VTS, no Passeio Marítimo de Algés. Apesar de estar a operar desde Maio de 2013, por onde passa ainda hoje, o autocarro/barco do Hippotrip, alto e amarelo, causa admiração entre os transeuntes na cidade de Lisboa. Sem dúvida, dá nas vistas, e é quase tão fotografado como os monumentos que dá a conhecer. Sentados, com o cinto de segurança posto, lá vamos ouvindo lendas e curiosidades à passagem pelos locais e monumentos mais emblemáticos, contadas pelo nosso guia, e confirmadas pelo abril de 2018
• O custo de bilhete para adulto é de €25; Crianças (entre 2-16 anos) e seniores (a partir de 65 anos) é de €15 por bilhete. Crianças com menos de 2 anos não são permitidas por questões de segurança. Pacote familiar para 2 adultos e 2 ou mais crianças, desconto de 10%. • A Hippotrip tem um único local de tomada e largada de passageiros, situado em frente da Secção de Remo da Associação Naval de Lisboa, na Doca de Santo Amaro, em Alcântara. • Partindo da Doca de Santo Amaro, o circuito rodoviário passa pelos seguintes pontos de referência históricos: Museu de Arte Antiga, Mercado da Ribeira, Praça do Município, Terreiro do Paço, Praça da Figueira, Praça do Rossio, Teatro Nacional Dona Maria, Praça dos Restauradores, Avenida da Liberdade, Marquês de Pombal, Largo do Rato, Jardim da Estrela, Maat, Palácio de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, Centro Cultural de Belém. Entrando no Tejo, o veículo navegará em frente ao Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém e ao Centro Champalimaud. • Durante o percurso há acompanhamento activo através de um guia (simultaneamente em inglês e português). • A duração total do circuito é de 90 minutos, dos quais cerca de 30 minutos são passados na água. • Contactos: • Telefone: 211922030 • Email: info@hippotrip.com / reservas@hippotrip.com. • Site: www.hippotrip.com/pt
Praça D. Afonso V, no Rossio pode não ser do rei português com o mesmo nome mas do imperador Maximiliano do México: que a principal atracção do Jardim da Estrela no século XIX era um leão enjaulado. Ao fim de hora e meia regressamos à “base”, com muita pena minha, e acredito que também de todos a bordo. Foi divertido. Quem nunca fez, aconselho vivamente a experimentar. Eu quero repetir.
motorista/capitão, que vão interagindo com os passageiros, deixando estes contarem também as suas versões sobre as mesmas estórias. Esta é a verdadeira diferença de um circuito no Hippotrip.
Fugir do trivial Andei a coscuvilhar no site da empresa e concordo plenamente com o que se diz a certa altura: “Nós fazemos o que mais ninguém consegue fazer, permitindo-lhe abril de 2018
que explore Lisboa por terra e pelo rio durante um percurso guiado cheio de diversão que redefine a experiência da excursão pela cidade. Aprenda coisas novas, de forma fácil e divertida, sobre a riqueza histórica e cultural da capital de Portugal, enquanto desfruta da emoção de mergulhar no rio Tejo "dentro de um autocarro” … vai adorar. Venha divertir-se com os nossos animadores que partilharão mitos, lendas e curiosidades, num circuito de 90 minutos (dos quais cerca de 25 minutos são passados nas águas do Tejo) cheio de energia positiva e interacção. A diversão reina, por isso não espere uma visita panorâmica "tradicional" com um guia "tradicional". Os nossos animadores proporcionam uma experiência memorável e sairá gritando Hippo, Hippo, Urra!!!” Não vou contar demasiado, até porque perde a graça, mas mil e uma histórias contadas pelo Ivo, retive três que achei mais engraçadas: Reza a lenda que a deusa Ofiúsa, metade mulher/metade serpente, bateu enfurecidamente com a cauda no antigo planalto do Tejo, criando as sete colinas da antiga Olíssipo, hoje Lisboa. A culpa foi de Ulisses que a trocou por outra no dia do casamento; que a estátua da
Quer seja um aniversário, um evento de team-building ou uma visita de estudo, a empresa proprietária destes veículos pode adaptar as viagens de acordo com as suas necessidades. Ou seja, para eventos de grupos, os veículos, com capacidade para 37 pessoas, podem ser reservados em exclusivo, permitindo a personalização do percurso, duração e idiomas utilizados pelos guias. <
Entre verdejantes paisagens e a pacata serenidade da região, encontrará a
Villa Travancinha
uma casa que conta histórias, cada um dos seus 9 quartos tem o nome e a decoração pormenorizada de 1 livro. Aqui apetece chegar e ficar. Entre a sala de estar - onde poderá ler, jogar snooker ou simplesmente descansar - e o deslumbrante exterior - que lhe permite usufruir de uma piscina com vistas soberbas, parque infantil ou barbeque, o tempo parece que foi detalhadamente trabalhado para usufruir de cada pormenor desta Villa. Rua da Borceda 1 | 6270-604 Seia | Portugal Tlm: 917 730 118 claudiaf.camelo@gmail.com www.facebook.com/VillaTravancinha/?ref=br_rs
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> experiência
À noite no Grande Lago Uma aventura no barco-casa
O Lago Alqueva é o pretexto perfeito para desfrutar de uns dias de grande tranquilidade no meio do Alentejo. Umas férias de contacto com a natureza, que são tanto mais especiais quando vividas nas águas do Grande Lago, num barco-casa onde podemos passar noites sob o céu estrelado e dias relaxantes a navegar por entre bonitas localidades. Mais que tudo isto, o verdadeiro chamariz é podermos ser nós mesmos a conduzir este barco sui generis, sem ser necessária a carta de marinheiro. Texto: Sofia Soares Carraca
A
primavera chegou! Os dias estão mais longos e quentes e cresce a vontade de sair de casa e explorar. Foi desta vontade que surgiu o desafio de descobrir novas maneiras de conhecer o país, de fugir ao tradicional e encontrar o que há de inovador. Foi nesta busca que encontrámos os barcos-casa da Amieira Marina, uma verdadeira lufada de ar fresco. O Grande Lago é o local ideal para passar uns dias descontraídos junto de quem mais gostamos. O Alqueva é um dos maiores lagos artificias da Europa. Produto da Barragem do Alqueva, foi construído de forma a armazenar águas para regadio de toda a região alentejana. A albufeira com cerca de 250Km² abrange cinco concelhos do Alentejo, cada um mais bonito que o anterior. Onde antes existiam os campos dourados com oliveiras e sobreiros, a que nos habituou a região, agora encontramos uma vida renovada. As oliveiras e sobreiros persistem, mas o lago abriu a região para uma nova panóplia de atividades relacionadas com o ar livre e uma forma de vida ativa. Através daquele que passou a ser conhecido como o Grande Lago temos a oportunidade de descobrir os
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costumes e as tradições locais, a maneira de viver alentejana. É fácil deixarmo-nos cativar e apreciar os prazeres da vida simples do campo, enquanto nos deixamos abraçar pela natureza única que nos rodeia.
As valências da Amieira Marina A pequena, mas completa e moderna Amieira Marina oferece diferentes serviços, entre os quais os interessantes barcoscasa. Informam-nos que os existem para diferentes preferências, para duas pessoas, para quatro, oito ou 12. Para quem não puder desfrutar do lago ao longo de umas miniférias pode aproveitar uma diária, com o barco a partir depois do nascer do sol e a ter de ser deixado até que este se ponha, podendo optar por ser levado por um skipper. Podemos, por outro lado, passar somente a noite sobre as águas e encarar o barco atracado com um peculiar quarto de hotel. Para quem se deixar encantar pelas casas flutuantes existem as estadias de vários dias, em que somos nós mesmo a conduzir o barco. Somente no Alqueva existe uma legislação muito específica, consequente
Dark Sky Alqueva Há poucos lugares em Portugal onde nos sentimos cobertos por um céu estrelado intenso e brilhante. O Alqueva é um destes lugares, em que olhamos para cima e vemos um imenso manto do azul mais escuro, bordado a dourado. Esta área é tão importante que foi certificada internacionalmente como uma reserva Dark Sky pela UNESCO, numa área que se estende por cerca de 3.000Km. O Dark Sky Alqueva foi a primeira
“Starlight Tourism Destination” do mundo, o que mostra a sua importância. Como tal, os municípios em redor do Grande Lago, em concreto o Alandroal, Reguengos de Monsaraz, Portel, Mourão, Moura e Barrancos, fazem o esforço conjunto de preservar esta característica especial e, durante a noite, reduzem as luzes públicas ao mínimo, para que melhor desfrutemos deste fenómeno natural.< abril de 2018
Barcos-casa tipologia 4 barcos Duo: máximo 4 pessoas | 1 quarto | 2 camas duplas 2 barcos Quattro: máximo 6 pessoas | 2 quartos | 1 cama dupla | 4 camas individuais 2 barcos 1010: máximo 8 pessoas | 3 quartos | 4 camas duplas 3 barcos 1100: máximo 9 pessoas | 3 quartos | 4 camas duplas | 1 cama individual 2 barcos 1170: máximo 10 pessoas | 4 quartos | 5 camas duplas 1 barco 1350: máximo 10 pessoas | 4 quartos | 3 camas duplas | 4 camas individuais 1 barco 1310: máximo 12 pessoas | 5 quartos | 6 camas duplas
Preçário
Diárias Até 4 pessoas: 240€ c/ combustível Até 8 pessoas: 300€ c/ combustível
das águas perfeitamente calmas e seguras do lago, que permitem que qualquer pessoa, maior de 18 anos e mediante uma formação, possa conduzir estes barcos. Assim, a Amieira Marina é a única em Portugal a oferecer esta experiência de conduzir um barco sem carta. Temos somente de dispensar uma hora e meia do nosso tempo para podermos ser “donos” de uma destas casas andantes, por determinado período de tempo. Estes não são barcos de corridas. Estão sujeitos a seis nós, o que implica que atinjam uma velocidade máxima de 10 ou, com sorte, 11Km/h. Foram desenhados para aproveitar o ambiente com toda a tranquilidade. Seja uma diária ou para estadias a formação é sempre obrigatória, mesmo para quem já é detentor de carta. A formação é divida entre parte teórica e parte prática, já dentro daquela que será a nossa embarcação. Fala-se sobre navegação, das características do barco e também daquelas referentes ao Grande Lago.
Dormir com o embalo das águas Partimos em direção a Monsaraz, num percurso que, por estrada, dista em cerca de 35 minutos, mas que pelas entranhas do Grande Lago nos leva perto de cinco horas. Quando chegamos já passa da hora de almoço e satisfazemos a fome com uma sandes. Contudo, não queremos perder a perfeição que é a gastronomia alentejana e, como tal, ligamos para Amieira Marina para que nos recomendem um restaurante abril de 2018
na nossa próxima paragem, Mourão. Num serviço habitualmente prestado ao cliente, a Amieira Marina aconselha o local, trata da reserva e ainda do transfer entre o ancoradouro e o restaurante. Partimos, então, à descoberta da encantadora vila-museu. Monsaraz é uma vila medieval perfeitamente preservada, em que podemos caminhar por ruas de xisto entre casas caiadas a branco que se encontram cercadas por muralhas também de xisto. Subindo às muralhas temos uma das mais impressionantes vistas para o Grande Lago. As águas refletem a luz do sol e vemos um lago, como um espelho, a tomar conta de quilómetros e quilómetros de terra em todas as direções. Uma vez em Monsaraz, sentimos a obrigação de conhecer a mais recente praia fluvial de Portugal. A Praia Fluvial de Monsaraz, inaugurada em junho do ano passado, é uma extensão de areia grossa e branca que entra pelas águas do lago. É uma praia com Bandeira Azul, acessível a todos e perfeitamente equipada com todas as condições necessárias para um perfeito de dia de praia. Depois dos banhos de água-doce, é tempo de retornar ao ancoradouro, entrar no barco e atravessar o lago até à sua margem esquerda, até Mourão. Com os dias a ficar cada vez mais longos, pedimos que o transfer nos venha buscar um pouco mais cedo e, antes do jantar, fazemos uma breve visita ao Castelo de Mourão. É depois do jantar que o primeiro momento verdadeiramente mágico da nossa viagem acontece. Ao regressar ao barco, já de
noite, percebemos o porquê de ser aqui a reserva Dark Sky. Lá em cima encontra-se um céu estrelado tão brilhante e intenso como poucas vezes havia visto antes. Acordar no aconchego do barco-casa é uma experiência única e a alvorada faz-se cedo. É tempo de rumar a sul, continuando pela margem esquerda. Navegamos sobre a antiga Aldeia da Luz, com a nova a encontrar-se à nossa esquerda. Esta é uma visita imperdível, a única povoação totalmente submersa pelas águas do Grande Lago. A Aldeia da Luz teve de ser mudada de sítio, e do que restou da antiga foi criado o Museu da Luz, que mostra objetos dos habitantes da aldeia, registando as memórias da antiga povoação. Após uma pequena visita à aldeia é tempo de rumar à Aldeia da Amieira. A Amieira é uma das mais emblemáticas aldeias ribeirinhas do Alqueva, dos poucos casos em que o ancoradouro se encontra a parcos metros das suas ruas. O Cais Fluvial da Aldeia da Amieira é uma bonita construção de madeira que se funde com os campos a perder de vista que se plantam ao seu redor. É o local ideal para fazer uma pequena caminhada por esta nova realidade fértil do Alentejo. É tempo de ligarmos novamente à Amieira Marina e requisitarmos outro dos seus serviços. Em parceria com a Alentejo Break, a Amieira Marina propõe distintas atividades para que possamos viver o lago e as suas margens mais de perto. Há canoas e stand up paddle, ou o aluguer de material para pesca, mas a experiência no barco é exacerbada com outro tipo de experiências
Até 12 pessoas: 360€ c/ combustível Estadias (noite de fim de semana) Duo: 292€ até 27/4 | 403€ até 29/6 Quattro: 402€ até 27/4 | 549€ até 29/6 1010: 346€ até 27/4 | 474€ até 29/6 1100: 401€ até 27/4 | 547€ até 29/6 1170: 410€ até 27/4 | 559€ até 29/6 1310: 516€ até 27/4 | 701€ até 29/6 1350: 546€ até 27/4 | 741€ até 29/6 Nota: O combustível é da responsabilidade da Amieira Marina, mas é comprado à parte, à hora, fazendo-se um cálculo final da distância percorrida. <
em terra e, por isso, a nossa escolha recai nas bicicletas. Depois de lavar as vistas com as belas paisagens alentejanas é tempo de tomar o banho do dia, no lago, claro está. Todos os barcos casa da Amieira Marina têm escadas de acesso ao lago e é revigorante a sensação de mergulhar nas águas profundas, depois de parar o barco em qualquer ponto a meio do Grande Lago. Não se deixe intimidar pelas águas turvas, são incrivelmente leves e, mesmo sem sal, permitem-nos flutuar e nadar com toda a facilidade. O sol começa a descer no horizonte e, sendo que não é permitido conduzir de noite, não levantamos a âncora das águas e deixamo-nos ficar. Com motores desligados e longe de qualquer povoação o silêncio é absoluto e somente quebrado pelos sons da natureza, os barulhos da água, o chilrear de um qualquer pássaro, o vento a passar nas folhas das árvores das ilhas do lago. O jantar é feito a bordo da nossa casa flutuante. A Kitchenette dispõe de todos os utensílios que possamos necessitar e está equipada com frigorífico, forno e fogão. Dormimos, com todo o conforto, no meio do nada, por debaixo de um céu que parece ainda mais estrelado que na noite anterior. Na manhã seguinte regressamos à Amieira Marina, onde nos espera o nosso veículo de quatro rodas. Contudo, teríamos a oportunidade de deixar o barco em qualquer outro ancoradouro da nossa escolha, desde que acordado com a Amieira Marina. <
O que levar
Quando nos apresentaram os barcos-casa falaram neles como uma “caravana sobre água” e é assim que se deve encarar esta experiência. O que é alugado é somente o barco, com o recheio a ser da sua responsabilidade. A cozinha vem equipada e com utensílios a pensar no limite de capacidade de cada barco, contudo faça-se acompanhar de esponja para a loiça, toalhas, panos, guardanapos e afins. O mesmo se verifica no quarto, não se esqueça em casa dos seus produtos de higiene, incluindo sabão e champô, bem como toalhas. <
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> grandes dicas
por fernanda ramos
Alentejo
Rota do Fresco Agora que o tempo convida a sair, perca-se pelo Alentejo percorrendo a Rota do Fresco que agrega 15 municípios alentejanos. A Rota propõe a descoberta de um dos tesouros escondidos da região, a Pintura Mural a Fresco, que se guarda na maior parte das igrejas, capelas e ermidas. Trata-se de uma oportunidade única de transpor estas portas, usualmente fechadas, e desvendar pinturas com 500 anos de existência, preservadas, por vezes, sem mácula, em monumentos esquecidos. As rotas possíveis são várias, têm duração variada (de 1/2 dia a 4 dias), destinamse tanto a individuais como a grupos e são acompanhadas por um Intérprete do Património, licenciado em História ou História da Arte e especializado em pintura mural e cultura alentejana. Rota do Fresco ao Luar (meio dia), Rota do Fresco do Sol e da Lua (1 dia) e Rota Terras do Fresco do Sul (2 dias) são exemplos das rotas existentes, mas pode desenhar a sua própria rota, quer em termos de locais a visitar, quer com a inclusão do Atelier de Pintura Mural, em que aprenderá a pintar. Basta que submeta o percurso e datas no site www.rotadofresco.com. Também há Rotas do Fresco Especiais como a da Romaria a Cavalo da Moita a Viana do Alentejo, que se realiza no próximo dia 28 de Abril, tem a duração de três horas e custa 20€. Mais informações em: www.rotadofresco.com ou www.rotascompadres.pt
Aldeia do Juízo, Pinhel
Casas do Juízo - Turismo Rural Juízo é uma aldeia tipicamente beirã, vestida de granito e que segundo reza a lenda foi pertença um Juiz. A aldeia, que foi vila romana, é hoje uma terra pacata e hospitaleira, onde o azeite, o vinho e a amêndoa são estrelas, o queijo, o requeijão e o pão são reis. Este é o palco onde pode encontrar as Casas do Juízo, uma unidade de turismo rural que vai guardar para sempre na memória. No cruzamento das Rotas das Aldeias Históricas e do Vale do Côa, as casas de campo, todas recuperadas e localizadas no centro da aldeia em dois condomínios fechados, são oito, de T0 a T4, com nomes sugestivos: Casa da Roseira, do Telheiro, do Palheiro, das Talhas, do Museu, da Capela, do Juíz e do Forno. Todas possuem cozinha equipada, salamandras, ar condicionado, TV e wi-fi gratuito. À arquitetura tradicional de aldeia beirã o empreendimento junta piscina, quinta biológica com horta e árvores de fruto, um pequeno espaço museológico com vestígios e achados arqueológicos com milhares de anos, a possibilidade de acompanhar o fabrico do queijo ou do pão e participar em atividades agropecuárias e inúmeras opções de percursos pedestres ou de bicicleta. A Taberna do Juiz, o restaurante da aldeia, completa a experiência nas Casas do Juízo. Pela sua localização e pelo que o empreendimento e a aldeia oferecem, nas Casas do Juízo, todos têm cabimento, casais com ou sem filhos, apreciadores de turismo cultural ou de natureza, agroturismo, turismo ativo, ou enoturismo. Mais informações em: www.casasdojuizo.com.
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Tomar
Périplo pela doçaria conventual Se é guloso não há como fugir a esta sugestão: agarre no carro, rume a Tomar e delicie-se com a famosa doçaria conventual. Até 30 de Abril, a iniciativa “De Tomar e dos Conventos” transforma esta cidade no destino mais doce de Portugal, com 18 das suas pastelarias a darem a provar mais de 30 especialidades da doçaria local e conventual. Espadas de D. Gualdim, Barrigas de Iria, Pimpinelas, Estrelas de Tomar, Janelinhas do Capítulo, Nabantinos, Telhas do Convento, Beija-me Depressa ou Bolos de Cama, são apenas algumas das delícias que vai poder encontrar nas pastelarias da cidade, mas há muitas mais à sua espera., como as célebres Fatias de Tomar, confecionadas apenas com gemas de ovo batidas e cozidas em banho-maria, numa panela concebida para o efeito, fabricada exclusivamente na cidade templária. Atente no feriado de 25 de abril, data em que a mostra de doçaria sai para a rua. É dia de “Doce Passeio Doce”, no qual as pastelarias da cidade expõem e vendem as suas especialidades na Praça da República, das 15h00 às 18h30. abril de 2018
Nas próximas edições do jornal destinos, nesta rúbrica de Conselhos ao Viajante, vamos falar dos seus direitos enquanto viajante. Esta Parte 1 diz respeito aos direitos dos passageiros aéreos e fala, resumidamente, daquilo que deve saber quando as coisas correm menos bem nas suas viagens de avião.
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>Recusa de embarque
O embarque pode ser-lhe recusado por motivos de segurança ou de saúde caso
O montante da indemnização está dependente da distância do voo. • 250€ para os voos de distância igual ou inferior a 1.500Km; • 400€ para voos de distância entre 1.500Km e 3.500Km; • 600€ para voos de distância superior a 3.500Km. Se a companhia aérea lhe propuser um voo alternativo e chegar ao seu destino final com um atrasado de entre duas a quatro horas, a indemnização pode ser reduzida em 50%.
Não é devida indemnização se a companhia aérea conseguir provar que o cancelamento esteve ligado a circunstâncias extraordinárias, como decisões relativas à gestão do tráfego aéreo, instabilidade política, condições meteorológicas adversas e riscos para a segurança. Se forem invocadas estas circunstâncias, a transportadora deve explicá-las claramente.
Texto: Sofia Soares Carraca
omo cidadãos da União Europeia somos presenteados com uma panóplia de direitos aquando das nossas viagens de avião. Estamos protegidos por diretivas claras que as companhias aéreas têm a obrigação de esclarecer. Contudo, estes direitos estão apenas disponíveis em situações específicas, se: • O voo partir e chegar a um aeroporto da UE, independentemente de ser operado ou não por uma companhia aérea da UE; • O voo chegar a um aeroporto da UE a partir de um aeroporto no exterior da UE, e for operado por uma companhia da UE; • O voo partir de um aeroporto da UE com destino a um aeroporto no exterior da UE, independentemente de ser operado ou não por uma companhia aérea da UE. Verifique se no seu caso está protegido pelos direitos dos passageiros aéreos da UE e, se assim não for, informe-se de quais as contrapartidas em caso de incidentes. Vamos estabelecer, também, que mesmo fazendo parte da mesma reserva o voo de ida e o de volta são considerados como dois voos separados.
Indemnização [¹]
não se faça acompanhar dos documentos de viagem necessários. Pode também ser recusado caso não tenha viajado no voo de ida de uma reserva que incluía uma viagem de volta, ou se não viajou noutros voos incluídos numa reserva com voos consecutivos. Se fez tudo de maneira certa, seja por
Reembolso, reencaminhamento e alteração de reserva [²] Em caso de cancelamento de voo, de atrasos prolongados ou impedimento de embarque, a companhia aérea deve dar a escolher entre três opções, sendo que uma vez escolhida perde o direito em relação às outas duas: • Reembolso do bilhete e, em caso de voo de ligação, um voo de regresso ao aeroporto de partida na primeira oportunidade; • Voo alternativo para o destino final na primeira oportunidade; • Voo alternativo numa data posterior da sua conveniência em condições de transporte equivalentes.
overbooking, ou por motivos operacionais, não lhe pode ser recusado o embarque. Caso tal aconteça tem direito a uma indemnização [¹], a assistência e à escolha entre reembolso ou voo alternativo [²]. A assistência recai em atenções especiais como bebidas e refeições durante o tempo de espera, ou alojamento e transferes caso necessário. Se não lhe for oferecida esta assistência a companhia aérea terá de reembolsá-lo, mediante apresentação de recibos.
>Cancelamento
Considera-se que houve cancelamento de voo quando: • O voo inicialmente previsto for anulado e transferido para outro voo; • O avião descolar mas for obrigado a regressar ao aeroporto de partida e lhe for pedida a transferência para outro voo; • O avião chegar a um aeroporto que não é o destino final indicado – excetuando-se quando o aeroporto de chegada e o de destino final sirvam a mesma cidade ou região. Em caso de voo cancelado tem direito a reembolso, a um voo alternativo [²], bem como a assistência e indemnização [¹], caso tenha sido informado do cancelamento com menos de 14 horas de antecedência.
>Atraso
Considera-se que um voo está atrasado quando há um: • Atraso de duas horas para voos até 1.500Km; • Atraso de três horas para voos entre 1.500Km e 3.500Km; • Atraso de quatro horas para voos superiores a 3.500Km. Nestes casos pode escolher entre o reembolso e um voo alternativo [²]. Se o voo tiver um atraso igual ou superior a cinco horas tem direito a assistência, e se chegar ao destino final com um atraso superior a três horas tem direito a uma indemnização [¹], a menos que este se deva a circunstâncias extraordinárias.
>Alteração de classe
Se lhe for atribuído um lugar numa classe superior saiba que a companhia aérea não lhe pode exigir pagamento adicional. No caso contrário, tem direito a um reembolso, que deve ser pago no prazo de sete dias e varia consoante a distância do voo: • 30% para os voos de distância igual ou inferior a 1.500Km; • 50% para voos de distância entre 1.500Km e 3.500Km; • 75% para voos de distância superior a 3.500Km.<
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> conselhos ao viajante
Conheça os seus direitos! – Parte 1
> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS 13 de abril
Sexta-Feira 13 Montalegre
19 de abril a 13 de maio
As origens da festa Corria o ano de 1954 quando se realizou, no Ateneu Comercial do Funchal, a Festa da Rosa, o primeiro embrião do que viria a ser a Festa da Flor. Com um clima favorável, na Madeira despontam flores mil que são cuidadas por madeirenses que iam à Festa da Rosa expor os seus melhores exemplares. A exposição e concurso repetiram-se ano após ano e foram trazidas, em 1979, para as ruas do Funchal, já com os traços que apresenta hoje. Hoje, é uma festa com história e tradição, que convida visitantes a se deleitar com fotografias perfeitas e aromas celestiais de uma imensa panóplia de flores.<
É já este mês que temos mais uma sextafeira 13, com Montalegre a organizar, novamente, a maior celebração do espiritualismo e do esotérico no país. Celebra-se o oculto, com recurso à gastronomia local e a dramatizações por animadores e habitantes da vila. O protagonista é o Padre Fontes, que faz o exorcismo dos maus espíritos e das bruxas, enquanto prepara a bebida tradicional da festa, a Queimada – aguardente, fruta e grãos de café.
13 e 15 de abril
Feira de Doçaria Conventual e Tradicional Portalegre
O Mosteiro de São Bernardo acolhe mais uma edição desta feira que cumpre, este ano, a maioridade. São 18 anos de um certame que alia a qualidade dos produtos, certificados com o selo da Qualifica Origin Portugal, à excelência do património da cidade. É do Mosteiro de São Bernardo que são originários doces como os rebuçados de ovo ou torrão real. Os concursos de doces e licores são o ponto alto do evento, que conta com momentos de animação, exposições de fotografia e com a participação de doceiros portugueses e espanhóis.
13 a 15 de abril
Mercado Medieval Pombal
É novamente no Castelo de Pombal que decorre mais uma edição do Mercado Medieval de Pombal, que conta com atuações de malabares e de música da época, bailias orientais, cortejos, voo de aves de rapina, encenações históricas, danças medievais, teatro de rua, acrobacias, espetáculo de fogo de artifício, para além do próprio mercado e taberna.
Até 30 de dezembro
A Maior Renda de Bilros do Mundo Vila do Conde
A maior Renda de Birlos do mundo é de Vila do Conde e, se ainda não teve oportunidade de visitar esta exposição patente desde 2015, aproveite até ao final deste ano para o fazer. Ao todo, a peça mede 53,262m² e foi feita com 8kg de fio de algodão. Exibe um total de 437 quadrados de 30x30cm, todos com cores e formas diferentes, feitos por 150 rendilheiras. A exposição pode ser contemplada de terça a domingo, das 10h00 às 18h00, no Museu das Rendas de Bilros. <
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• Mercado das Flores – todos os dias • Exposição de Flores – todos os dias • Muro da Esperança – 21 de abril • Grande Cortejo Alegórico da Flor – 22 de abril • Preço: Gratuito
Madeira
A flor é rainha
Chega uma vez mais a celebração da primavera àquela que é conhecida como a “Ilha das Flores”. Por estas alturas toda a Ilha da Madeira se veste em mil cores e nos delicia com os aromas frescos e doces das imensas variedades de flores que nela nascem. A Festa da Flor decora com estas flores as ruas do Funchal, para delícia de quem vive e visita a ilha.
Texto: Sofia Soares Carraca
É
nas ruas da cidade do Funchal que decorre esta festa de mais de duas semanas, numa autêntica homenagem à natureza. O “Jardim do Atlântico” dedica estes dias à flora pela qual é conhecida a ilha. A celebração da primavera apresenta flores mil espalhadas em tapetes, carros alegóricos, vestidos, chapéus e decorações, com os dias entre 19 de abril e 13 de maio a ser uma perfeita junção de doces aromas e cenários de cortar a respiração. Esta é uma das festas mais importantes da Ilha da Madeira, que é por sinal conhecida pelos mais variados e entusiasmantes eventos ao longo de todo o ano. Para além de uma ode às flores e a esta deliciosa estação do ano, a Festa da Flor é um evento cultural que dá a conhecer os traços da cultura madeirense, com a atuação de grupos folclóricos, numa mostra da música, dança e trajes tradicionais da ilha. Estes momentos de cultura regional podem ser apreciados no Mercado das Flores, ao longo da Placa Central da Avenida Arriaga, no Funchal. O mercado ao ar livre dá a conhecer as inúmeras espécies de flores que desabrocham na ilha e é onde pode adquirir exemplares únicos num ambiente pitoresco. É também na Avenida Arriaga que pode observar os tapetes e decorações elaborados com flores da época, com
bonitos e minuciosos desenhos. Por seu lado, a Exposição de Flores toma lugar na Praça do Povo, bem junto ao mar, e é onde podem ser admirados o que de mais belo floresce na ilha,
Madeira Auto Parade O Madeira Auto Parade decorre no dia 29 de abril, no âmbito da Festa da Flor. Junta o glamour dos carros e motas clássicas às flores da Madeira, integrando uma das maiores exposições e Concurso de Restauro e Elegância a título nacional. O itinerário assemelhase ao do Cortejo Alegórico da Flor, terminando na Rotunda do Porto, onde ficam expostas as centenas de veículos inscritos no desfile. Os exemplares circulam aos pares, num dia que vai contar com momentos de animação, a cargo de várias bandas musicais e figurantes vestidos com trajes inspirados nas flores da ilha. <
com uma ala dedicada ao concurso de flores que são cultivadas com toda a dedicação e agora avaliadas nas suas diferentes categorias. Contudo, para além destes traços sempre presentes, há momentos especiais desta festa que não deve perder. O Muro da Esperança é construído no dia 21 de abril, numa iniciativa que decorre há mais de três décadas que apela à paz, aliando a pureza dos mais novos à delicadeza das flores. No sábado pela manhã diversas crianças desfilam entre a Avenida Arriaga e a Praça do Município de flor na mão, para construírem um muro de flores, numa cerimónia que culmina com um espetáculo infantil e uma largada de pombos brancos, exaltando o simbolismo da paz. Ainda assim, o acontecimento mais marcante da Festa da Flor é o Cortejo Alegórico da Flor, que anima as ruas do Funchal há cerca de 40 anos. Com início marcado para as 16h00 do dia 22 de abril, várias centenas de figurantes, entre adultos e crianças, desfilam por entre suntuosos carros alegóricos, pela Avenida do Mar e das Comunidades Madeirenses e Avenida Francisco Sá Carneiro. Tanto carros alegóricos como figurantes estão adornados com variadas e magníficas flores, num desfile repleto de belas coreografias. < abril de 2018
11 a 15 de maio
EVENTOS E ESPETÁCULOS 2 a 7 de maio
Cheltenham Jazz Festival Cheltenham Delicias madrilenas
Não deixe de se deleitar com a comida típica da Fiesta de San Isidro. Ao longo dos anos começou-se a associar ao festival as rosquilhas (espécie de donuts) e a limonada. As rosquilhas apresentam-se com sabores distintos, a francesa com amêndoas, a de Santa Clara com camadas de merengue e o já habitual donut glacé. Por seu lado a limonada serve-se com “cheirinho”, sendo, na verdade, uma mistura de vinho, limão, açúcar e fruta aos cubos. Seja como for, nesta festa espanhola ao ar livre pode também contar com pequenas mesas de toalhas aos quadrados cobertas com pratos de ovos rotos com presunto e churrascada de chouriço, morcela, costeletas, salsichas, e ainda pratos tradicionais como gallinejas – tripas e intestinos da galinha ou do cordeiro. <
Madrid
Fiesta de San Isidro São Isidoro Lavrador está para Madrid, como Santo António está para Lisboa. Não é o santo padroeiro da cidade, mas é acarinhado por muitos dos madrilenos que celebram o seu dia, 15 de maio, com toda a pompa e circunstância. Texto: Sofia Soares Carraca
A
Fiesta de San Isidro é um festival em honra deste santo que dura quatro dias. Isidoro trabalhou durante muito anos, em Madrid e seus arredores, como lavrador e cavador de poços. Pela sua fama em conseguir encontrar água potável, esta festa foca-se na temática da água. Uma das fotografias mais típicas destes dias de festa são os chulapos, com trajes tipicamente madrilenos, a beber a “água do santo” que jorra da fonte junto ao seu santuário. É um festival ligado a uma imensidão de cerimónias religiosas, que decorrem por toda a cidade, mas é também muito mais que isso. É uma festa de tradição e de modernidade, com um programa recheado de momentos que agradam a todos os gostos e a todas as idades. Engloba mais de 200 concertos e atividades culturais, todos eles de cariz gratuito. O festival tem base no Parque de São Isidoro – Pradera de San Isidro – a sudoeste do centro de Madrid, mas existem diversos momentos a decorrer noutros pontos da cidade. O evento espalha-se, com acontecimentos culturais e religiosos, também por locais como a Plaza Mayor, Plaza de la Villa, Las Vistilhas, El Retiro e Templo de Debod, com a Fiesta de San Isidro a tornar-se na desculpa ideal para conhecer os cantos e recantos mais famosos de Madrid ao longo dos quatro dias, sendo que o próprio festival organiza diversas visitas guiadas. abril de 2018
São, no total, mais de 20 espaços da cidade que recebem o festival com um programa multidisciplinar com concertos, música clássica, dança, folclore, poesia, beatbox, desporto. O festival inicia com um colorido
A história de San Isidro Isidro de Merlo e Quintana nasceu em Madrid corria o ano de 1082. É venerado na capital de Espanha desde há muito, com a história dos seus cinco principais milagres a ser amplamente conhecida, sendo que se diz ter realizado mais de uma centena. Foi beatificado em 1618, pelo Papa Paulo V, e canonizado a 12 de março de 1622, por Gregório XV, a par com São Filipe Neri, Santa Teresa de Jesus, São Inácio de Loyola e Sãp Francisco Xavier. Em 1960, o Papa João XXIII declarou-o o santo padroeiro dos agricultores espanhóis e hoje podemos ver os seus restos na Colegiata de San Isidro, em Madrid. San Isidro faleceu em 1172, na idade avançada de 90 anos, contudo, mesmo volvidos mais de 800 anos o seu corpo mumificado continua incorrupto. <
desfile onde fazem parte os tradicionais Gigantes e Cabeçudos, a terminar na Plaza de La Villa, onde decorre o discurso da abertura oficial das festividades. Estas fantásticas figuras ficarão depois aqui expostas para serem admiradas até ao final do evento. Da cultura típica pode ainda contar com danças folclóricas com os trajes aprumados da região e com apresentações de flamenco. Do programa fazem ainda parte momentos como um baile social, onde pode aprender com quem melhor sabe as danças espanholas, bem como outras danças como o rock&roll, o tango, a valsa e a salsa, caminhadas pela cidade que procuram descobrir a sua fauna e flora, exibições caninas, visitas gratuitas aos Huertos Urbanos de Madrid, em honra do santo que era lavrador e para mostrar projetos que transformam Madrid numa cidade mais inclusa e sustentável, e uma feira de cerâmica. Um dos momentos altos destes quatro intensos dias sãos os momentos de luz e de música que decorrem no Parque del Retiro. O cenário é inigualável, com o fogo de artifício a ser lançado do Estanque del Retiro, tendo como fundo o semicírculo de colunas do Monumento a Afonso XII de Espanha. O espetáculo de pirotécnica mistura-se com um outro espetáculo luminoso, trazendo vida às águas do lago artificial, ao ritmo de momentos musicais criados para o efeito.
Este é um dos maiores festivais de jazz do Reino Unido, que junta ícones do jazz internacional com artistas emergentes, num evento que apresenta performances únicas. O festival decorre nos Montpellier Gardens, no centro da cidade, com concertos gratuitos ao ar livre, bancas de comes e bebes e atividades para a família. Em 2018 o festival conta com nomes como Kamasi Washington, Donny McCaslin, Beth Hart, Van Morrison, Corinne Bailey Era, Caro Emerald, Imelda May e Zara McFarlane.
24 de abril a 4 de novembro
Festival Internacional de Jardins Chaumont-sur-Loire
A 27ª edição do Festival Internacional de Jardins promete experiências inovadoras e surpreendentes sob o tema Jardins do Pensamento. Os jardins expostos nesta cidade no centro de França foram desenhados por equipas que foram buscar inspiração aos mundos de JeanJacques Rousseau ou Marcel Proust, as lendas indígenas americanas, ou ao evocar físico dos caminhos da mente. Foram projetados paisagistas, designers, arquitetos, jardineiros e outros profissionais da Rússia, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Japão, Coreia do Sul, Canadá e França.
Até 22 de abril
Budapest Spring Festival Budapeste
O programa da 38ª edição do Budapest Spring Festival envolve diferentes artes, com eventos de música clássica, ópera, jazz, música do mundo, dança, circo contemporâneo, teatro e artes visuais. Conta não apenas com os melhores artistas húngaros, como também com estrelas mundiais, estendendo-se ao longo de dúzias de localizações, como institutos culturais e museus, clubes de jazz e teatros.
28 de maio a 3 de junho
Primavera Sound Barcelona
Compre o seu bilhete antes que esgote! Como nos tem habituado nos últimos anos, este grande festival de música de Barcelona apresenta em 2018 um cartaz ímpar, com nomes como A$AP Rocky, Arctic Monkeys, Ariel Pink, Beach House, Belle and Sebastian, Charlotte Gainsbourg, Chvrches, Deerhunter, Father John Misty, Grizzly Bear, Haim, Lorde, Lykke Li, Mogwai, Mount Kimbie, The National, Nick Cave and the Bad Seeds, Slowdive, Tyler, the Creator, Unknown Mortal Orchestra e Warpaint.
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A pérola azul de Marrocos, com a sua bela baía e a sua praia de 14 quilómetros de areia fina, é um resort moderno, que soube respeitar as caraterísticas arquitetónicas do seu país. Aqui poderemos dar um passeio ao longo da praia, bronzearmonos e mergulharmos nas águas turquesas e transparentes, que convidam a relaxar... O novo porto desportivo, que conta com 850 amarras, é um ponto de visita obrigatório, mesmo que não sejamos marinheiros. Aqui encontraremos escolas de vela, de mergulho e esqui aquático, restaurantes, lojas e bares. Também podemos aproveitar a estadia em Saïdia para visitar Oujda, a uns 60 quilómetros a sul da estância balnear. Saïdia é, sem dúvida, a estrela das estâncias balneares de Marrocos, num Mediterrâneo ainda bem conservado.<
Experimente a cozinha de partilha do Emprata
O antigo restaurante Romy, do Marriott Praia D’El Rey reabriu totalmente renovado como Emprata, com um novo conceito de cozinha de partilha. Assente num conceito de bistrology, a carta do Emprata, a cargo do chef Carlos Gonçalves, apresenta sabores autênticos, onde os pratos são pensados para serem partilhados entre todos. Poderá degustar massa tenra com lavagantes e salicórnia, camarão em piso de amêndoa, saltimboca com risotto de lima e estragão e tanto mais, numa carta sujeita à sazonalidade e sustentabilidade. O Emprata está aberto todos os dias, das 19h00 às 22h30.<
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Todas as maravilhas da ilha foram condensadas por Chopin numa só frase quando afirmou “Um céu azul-turquesa, um mar como lápis-lazúli, montanhas de esmeralda, ar do paraíso”. Maiorca oferece uma atrativa diversidade geográfica, inúmeras praias, grutas remotas, uma impressionante cordilheira montanhosa, e um dos maiores lagos subterrâneos do mundo. O que faz de Palma, a capital da ilha, tão especial não é somente o seu ar mediterrânico, mas também um agradável centro cheio de igrejas góticas, bares, restaurantes de qualidade, e palacetes renascentistas. As estreitas ruas calcetadas da zona histórica, dominada pela imponente catedral, são fabulosas para um passeio. Maiorca é sinónimo de praias e enseadas de águas mornas, mas também de natureza, de cultura, de desportos náuticos, de diversão.<
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O MSC Grandiosa, o primeiro navio da geração Meraviglia-Plus, vai ser inaugurado em novembro de 2019, mas a MSC Cruzeiros já disponibilizou a venda de viagens para este fantástico navio que vai começar a navegar a partir de Génova, em Itália. Durante o período de reserva antecipada, até 4 de setembro deste ano, pode gozar de um desconto de 5% na reserva do seu cruzeiro.<
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Sardenha Costa Esmeralda
A Costa Esmeralda é um pedacinho abençoado da Sardenha e não é à toa que ela é um dos destinos de verão mais popular entre os europeus. Está localizada no nordeste da Sardenha – mais especificamente entre a vila de Porto Rotondo e Baja Sardinia. São 56km de baías maravilhosas e águas azuis e cristalinas. A origem do nome "Costa Esmeralda" é recente e foi criado na década de 60 por um príncipe árabe que se apaixonou pelas águas claras da Sardenha e resolveu desenvolver o turismo de alto luxo na região, que até então não passava de uma área basicamente agrícola. Pois bem, o príncipe comprou tudo, criou um consórcio, mandou construir um aeroporto, uma marina, casas de luxo e chamou grandes celebridades para passar férias com ele. >
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Maravilhas de Itália
A Itália é um destino de viagem ímpar. Dica aqui o convite para embarcar neste circuito visitando as suas mais emblemáticas cidades como Veneza, Piza, Florença e Roma. Veneza é um destino mágico, uma das cidades mais românticas do mundo. Não tem de visitar propositadamente qualquer local de interesse, tem simplesmente de sucumbir à cidade, e deixar-se encantar por ela, perdendo-se pelos seus canais e vielas. Pisa não precisa de apresentação, já que é conhecida pela sua famosa torre inclinada e por Galileu Galilei que nasceu nessa cidade. Depois deslumbre-se com uma das mais belas cidades da Toscana: Florença, que transpira arte e cultura por todos os cantos, oferecendo uma beleza singular e imponentes monumentos. Roma é conhecida como a “Cidade Eterna” porque nela o tempo parece ter parado há séculos.<
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Bem longe de casa
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Se ainda não marcou a sua próxima grande viagem e está a fazer planos para conhecer novos destinos, veja estas sugestões. São lugares que vai querer descobrir. Fica o convite para a rota do ouro no Brasil, as magníficas praias de Varadero (Cuba) e Punta Cana (República Dominicana) ou um cruzeiro pelo Mediterrâneo.
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Bangkok, Chiang Rai e Chiang Mai são destinos que vai visitar neste circuito pelo país dos sorrisos. Em Bangkok o programa propõe visita aos templos mais importantes: Wat Trimitr, em Chinatown, que alberga o maior Buda de Ouro do mundo; Wat Po, com o Buda Deitado e a primeira escola de medicina tradicional; e o Grande Palácio Real, onde se localiza o Templo do Buda Esmeralda, enquanto em Chiang Rai vai poder descobrir entre outras, a misteriosa Casa Negra, Baan Dam e em Chiang Mai, deslumbrar-se com o Elephant Jungle Sancturay.<
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É um dos principais destinos turísticos de Cuba, num total de 20 quilómetros de praia, de areia branca e mar de águas transparentes. É também um destino de grande animação onde a diversão está assegurada. Varadero tem encantos naturais como grutas, lagoas interiores, enseadas e recifes para nadar, mergulhar ou praticar snorkel. Toda a região possui as condições ideais para praticar pesca ou navegação à vela. Para aqueles que querem combinar o mar com a história, nos arredores de Varadero podem visitar-se cidades como Cárdenas, Matanzas, e a Península de Zapata. Aqui tem a oportunidade de descobrir um paraíso ecológico. <
Oferece belas praias em mais de 1,5 mil quilómetros de litoral, calor o ano inteiro, bebidas coloridas, excelentes hotéis e um povo caloroso que recebe os seus visitantes no embalo de merengue, bachata e reggaeton. A sua capital, Santo Domingo, guarda uma área colonial de ruas de pedras e edificações históricas que vale a pena ser visitada. Praia Bávaro, em Punta Cana é um nome a não esquecer. Aqui vai encontrar a praia caribenha dos filmes: mar transparente de águas mornas e calmas, areia branca e macia à sombra de belos coqueiros. Não por acaso que é a praia mais bem cotada e onde fica a maior parte dos hotéis. <
Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Assinatura anual: 13,80e Continente e Ilhas (12 edições) 9,00e – inclui 6% IVA Portes de envio: 4,80e isento de IVA abril de 2018
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