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Ano 4
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Nº 53
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Mensal
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Novembro de 2018
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Diretor : José Luís Elias 55x60_Destinos_portugal_otono_2018.indd 1
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açores
Maravilhas da natureza
>lá fora
>ir & ficar
>por cá
>agenda
ao encontro dos grandes animais
Entre o Monte Taurus e o Mediterrâneo
Respeitadora do seu património
Reviver as memórias de infância na Vila Natal
Kruger Park
Club Med Palmiye
Albufeira
Óbidos
> passageiro frequente
nota de abertura
Contagem decrescente
Viajar na fotografia
O frio apanhou-nos algo desprevenidos, o primeiro nevão caiu na Serra da Estrela quando, dias antes, as temperaturas ainda ultrapassavam os vinte graus. Pois é, o verão já teve o seu fim, e outra época do ano e outras paisagens vão agora proporcionar aos turistas novas experiências e dotar os destinos de belezas e ofertas diferenciadas. Nesta edição do jornal destinos, o tema de capa são os Açores, um arquipélago que no seu todo tem uma oferta ímpar de natureza. No entanto, há ilhas que se destacam, não apenas pela beleza paisagística mas também por estarem mais avançadas na oferta de produtos turísticos diversificados e complementares.
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O Mont Saint-Michel, em França, é uma ilha rochosa que surgiu na foz do Rio Couesnon. No seu topo, com 92 metros
de altitude, foi construída uma espetacular abadia e santuário como homenagem ao Arcanjo São Miguel. Nesta pequena ilha, Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, vivem apenas umas dezenas de pessoas, mas é visitada por milhões de turistas todos os anos. A prodigiosa arquitetura que surgiu neste local peculiar inclui também as casas e edifícios da vila. Tudo isto é frequentemente envolto pelas marés altas, que abraçam com água a pequena ilha, num cenário verdadeiramente único. Nesta vila medieval é possível percorrer as ruas, visitar a abadia e também diversos museus que contam a sua história.<
Foi o Castelo Neuschwanstein que inspirou os castelos de contos como a Cinderela e a Bela Adormecida.
Localizado no sudoeste da Baviera, na Alemanha, foi mandado construir no século XIX pelo Rei Ludwig II, que foi buscar inspiração às óperas de Wagner, a quem dedico a obra. Este cenário de contos de fadas conta com inovações técnicas avançadas para a época, como ar quente canalizado e sistema de água quente para as torneiras. Esta magnífica construção pode ser visitada e é aconselhável a reserva de uma visita guiada, para que possa conhecer alguns dos segredos que o castelo encerra. O refúgio privado do rei que não teve oportunidade de ver a obra concluída veste-se de ricos interiores, com paredes cobertas de frescos e detalhes decorativos em talha dourada.<
No extremo norte da cidade, o Castelo de Beja é uma construção medieval, com uma planta pentagonal,
flanqueado por seis imponentes torres, incluindo a de Menagem, mandada edificar por D. Dinis, em 1310. A dominar a paisagem de Beja, o castelo tem origens que remontam à época romana, tendo sido ampliado e reconstruído com o passar dos séculos. O ex libris do Castelo de Beja é a sua Torre de Menagem, construída em mármore com 40 metros de altura que a tornam a mais alta da Península Ibérica. De grande valor patrimonial tem também a Alcáçova, que terá sido construída por D. João II, em 1485, para albergar os infantes D. Isabel de Castela e D. Afonso de Portugal.<
O ideal para conhecer os Açores é visitar mais do que uma ilha e permanecer mais tempo nesta ou naquela, em função do que tem para ver ou para fazer. No seu todo, as ilhas açorianas mostram-se aos olhos de quem as visita com alguns traços comuns como a sua maravilhosa natureza, as suas gentes de trato simples e acolhedor e a sua gastronomia típica, feita à base do que a terra e o mar oferecem. “Por Cá” ainda falamos de Albufeira numa visão relacionada com o património, e porque o Natal das crianças é em Óbidos dedicamos-lhe o destaque da nossa rubrica de agenda. Viajamos até Antalya, na Turquia, para visitar o Club Med Palmiye, um resort que complementa na perfeição a oferta de praia e cultura da região. O Kruger Park na África do Sul é outro destino que lhe propomos e que pode ser a experiência de uma vida, pelas paisagens e porque ali os animais são observados no seu habitat.
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A contagem decrescente para o Natal e a passagem do ano já começou e deixamos um conjunto de sugestões para uns dias bem passados e para umas animadas festas em família.
José Luís Elias
ficha técnica Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa Telefone: +351 213 929 640
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Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Membros dos Orgãos Sociais: Gracinda Alves, José Luis Elias, Sofia Elias Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15
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www.facebook.com/jornalDestinos Estatuto Editorial publicado em www.turisver.com/ estatuto-editorial-do-jornal-destinos Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira) Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 - Sulim Parque, 2735-340 Agualva Cacém | 219 171 088
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Carolina Morgado, Sofia Soares Carraca
novembro de 2018
Maravilhas da natureza
Uma viagem aos Açores é o mesmo que descobrir nove destinos distintos num só. Um conjunto de ilhas que se complementam entre si e nos oferecem umas férias plenas em diferentes vertentes. Ilhas festeiras, com muita história e tradições bem enraizadas, mas onde não podemos, por razões óbvias, descurar o imenso e impressionante património natural do que parecem ser nove esmeraldas polidas pelas mãos da Mãe Natureza. novembro de 2018
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ara descobrir os Açores é preciso programarmos umas férias prolongadas, é imperativo termos tempo para conhecer mais do que uma ilha e deixarmo-nos abraçar por tudo o que o arquipélago tem para oferecer. São nove no total e as nove é difícil conhecer de uma só vez, mas aventurámo-nos num circuito por seis das maravilhosas ilhas açorianas: Santa Maria, São Miguel, Terceira, São Jorge, Pico e Faial. Visitámos, assim, as duas fantásticas ilhas
do Grupo Oriental, que inclui a capital do arquipélago, e quatro do Grupo Central, incluindo as tão badaladas Ilhas do Triângulo. Tentámos tornar esta experiência o mais real e crua possível, em contacto com a terra, com a sua cultura e história. Assim, as deslocações entre São Jorge, Pico e Faial foram feitas de ferry, à moda antiga, numa experiência inesquecível. Os Açores parecem estar cada vez mais perto. As ligações ao Continente são rápidas e cómodas, e com a onda de
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Açores
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> tema de capa
| Santa Maria
santa maria Os mais aventureiros não podem sair a Ilha de Santa Maria sem vivenciar uma experiência única: mergulhar com jamantas. A ilha reúne condições perfeitas para a prática de mergulho, com muitos a considerar a Reserva Natural do Ilhéu das Formigas e Banco Dollabarat como o melhor local para mergulho na Europa. Aqui observam-se com frequência jamantas e grandes cardumes de peixes pelágios. Informações: centrodemergulho.mantamaria.com<
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viajantes amantes da natureza que nos últimos anos se têm vindo a apaixonar pelas ilhas, estas abrem-se agora numa imensa panóplia de programas desenhados para que melhor as possamos explorar. É rumar ao meio do Atlântico e descobrir vários destinos num só!
A primeira das ilhas Para iniciar o nosso circuito pelas ilhas açorianas escolhemos aquela por onde tudo começou, a primeira das ilhas. Santa
Maria é a ilha irmã de São Miguel, mas consideravelmente mais pequena. Foi a primeira ilha a nascer das profundezas do oceano, diz-se que entre os 6,7 milhões e os 10 milhões de anos atrás, e a primeira a ser povoada, com os portugueses vindos do Continente a entrar pela Praia de Lobos, nos Anjos, na década de 1430. Foi em Santa Maria que foi construída a primeira base aérea americana dos Açores, em 1944. É a dois minutos desde aeroporto, hoje comercial, que
se encontra a Vila do Porto, a primeira localidade do arquipélago a receber o foral de Vila. Na Vila encontramos solares de traços medievais, o Forte de São Brás, que em tempos protegeu a ilha contra ataques piratas, e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção. De entre o importante património edificado da ilha encontram-se os 11 templos religiosos que a compõem. Destaque para a Igreja de Nossa Senhora da Purificação, obra barroca decorada com motivos alusivos ao mar desenhados em pedra basáltica, e a Ermida dos Anjos, um dos templos mais antigos dos Açores, local onde rezaram os companheiros de viagem de Cristóvão Colombo aquando do regresso da primeira viagem à América, em 1493. Da arquitetura local destacam-se ainda as casas típicas da ilha, com detalhes emprestados do Algarve e Alentejo, com altas chaminés cilíndricas brancas colocadas por cima de uma pirâmide triangular, e de forma retangular com um canto redondo, onde se encontra o forno. A juntar a tudo isto apresenta praias e bonitas piscinas naturais de
águas límpidas, formadas por rochedos vulcânicos, na Maia e nos Anjos. Com bonitos areais há a fantástica Praia Formosa, na Almagreira, a Baía de São Lourenço, e a mais pequena e resguardada Prainha. Ainda assim, a verdadeira riqueza da ilha recai no seu património natural e geológico, em paisagens ímpares comparadas com as das restantes ilhas. O Centro de Interpretação Dalberto Pombo reúne diversas espécies únicas da ilha e região, bem como fósseis das inúmeras jazidas presentes em Santa Maria. É uma contextualização ambiental ideal como ponto de partida para quem melhor quer conhecer os tesouros naturais que a ilha encerra. Para conhecer esta riqueza geológica é preciso percorrer caminhos de terra, pelas “entranhas” da ilha. Caminhos que nos levam ao “Deserto Vermelho dos Açores”, o Barreiro da Faneca, uma clareira por entre o verde das árvores que se faz em terreno argiloso cor de telha, único nos Açores. Levam-nos, também, ao Poço da Pedreira, uma antiga pedreira talhada no cone das escórias do Pico Vermelho, que deixou à vista um conjunto de paredes geométricas de rocha avermelhada, em cuja base se formou um bonito lago. Temos ainda a Cascata do Aveiro, a maior queda de água de Portugal, que deixa a água cair por uma encosta com cerca de 150 metros. À volta do nicho arredondado da escarpa recortado pela cascata encontram-se os impressionantes currais de vinho da Maia. Por fim, na Ribeira de Maloas é onde encontramos a Calçada de Gigante, uma formação geológica com uma disjunção colunar impressionante, que se assemelha à Calçada dos Gigantes, no Reino Unido.
Ilha de património e de cultura A viagem continua para aquelas que são as mais importantes ilhas do arquipélago. De Santa Maria partimos para a irmã São Miguel e daí subimos novamente até aos céus para aterrar na rainha do Grupo Central, a Terceira. Na Ilha Lilás respira-
Darwin na Terceira Tour de Bicicleta é o nome de um roteiro em bicicleta que dá a conhecer os caminhos percorridos por Charles Darwin aquando da sua visita aos Açores, em 1836, no caminho de volta da sua viagem às Ilhas Galápagos. Esta atividade de dia inteiro atravessa a Terceira e dá a descobrir os lugares por onde Darwin passou, bem como algumas curiosidades sobre as quais escreveu. O tour da Comunicair inclui guia, seguro, bicicleta, capacete, lanche e transferes e tem valores desde 60€ por pessoa. Informações: comunicair.pt <
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Uma ilha sempre em festa A Terceira é também conhecida pelas suas muitas festas e celebrações populares e tradicionais. Ao longo de todo o ano há festividades que celebram diversos momentos importantes, com destaque para as Sanjoaninas, as Festas da Praia, os Bailinhos de Carnaval e as Festas do Divino Espírito Santo, a decorrer nas oito semanas que medeiam entre o Domingo de Páscoa e o Domingo da Trindade. As Festas do Espírito Santo são vividas com intensidade em diferentes localidades da ilha. São centradas nos Impérios do Divino Espírito Santo, pequenas edificações com paredes pintadas em cores aguerridas, que guardam no interior um altar coberto por cetim branco onde pousa a coroa de prata e o ceptro, símbolos deste culto. Já as celebrações do São João, que se prolongam por 10 dias, contam com cortejos etnográficos e desfiles de marchas populares, sendo o seu ponto alto as
se, ainda, um ambiente aristocrático, auxiliado pelo casario baixo de varandas gradeadas, pelas igrejas e monumentos e pela fortaleza presentes na sua capital. A Angra do Heroísmo é a única cidade do arquipélago classificada como Património Mundial pela UNESCO, desde 1983. Do topo do Pico das Cruzinhas, no Monte Brasil, abre-se uma deslumbrante vista para o Pico e São Jorge (se a
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meteorologia assim o permitir) e para a cidade, onde podemos gravar na memória um mapa de ruas sinuosas que serpenteiam por entre monumentos. O Monte Brasil é um vulcão extinto abraçado por 4Km das muralhas da Fortaleza de São João Baptista, o mais antigo continuamente ocupado por tropas portuguesas. A bonita capital da Terceira deve ser
explorada a pé, nela encerrando diversos monumentos e pontos de paragem obrigatória, como o Museu de Angra do Heroísmo, instalado no antigo Convento de São Francisco. De fachadas com barras cor de tijolo, este museu apresenta um rico espólio, com destaque para a militaria, artes decorativas, belas-artes e cerâmica, que ilustram os Açores em toda a sua história.
touradas à corda, pelas ruas da Angra do Heroísmo. Herdada dos primeiros povoadores de regiões com herança tauromáquica, esta tradição do século XVI põe os mais afoitos a correr à frente dos touros, a trepar árvores, a subir muros. São chamadas touradas à corda pois o touro corre pelas ruas da localidade preso por uma corda comprida segura por um grupo de homens. Os Bailinhos de Carnaval, trazidos para a ilha por volta do século XVI, foram possivelmente influenciados pelos autos de Gil Vicente. Estas manifestações teatrais são consideradas a maior exposição de teatro em língua portuguesa em todo o mundo. Por seu lado, as Festas da Praia decorrem no início do mês de Agosto, com grande animação musical e cultural, que inclui touradas no areal, exposições, desfiles, uma feira gastronómica e concertos.<
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A nível de templos religiosos, e muitos existem, destacam-se dois neste Centro Histórico. A Sé Catedral é um dos mais imponentes edifícios da cidade, com a sua construção a iniciar em 1570 sobre as ruínas da gótica Igreja de São Salvador. No interior, o fantástico frontal de prata do altar do Santíssimo foi executado por artesãos de Angra, no século XVIII. Por outro lado temos a
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| Angra do Heroismo, Terceira
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Igreja da Misericórdia, uma construção também imponente onde se destaca a sua fachada, com duas torres sineiras, um vão de entrada com um grandioso arco e um escudo com a coroa real. No interior brilham retábulos a talha de ouro e painéis de azulejos. No coração da cidade surge, ainda, a inevitável Rua Direita, a principal artéria de Angra, onde se concentra grande parte do seu comércio e cafés com agradáveis esplanadas. A rua leva-nos à Casa do Capitão Donatário, no seu topo, passando pela Casa do Conde de Vila Flor, pela renascentista Praça Velha, pelos Paços do Concelho, Palácios dos Capitães Generais e Convento da Esperança. A outra cidade da ilha é também ela rica
Dica Os Açores são um dos maiores santuários de baleias a nível mundial, pelo que é fácil partir para viagens de barco destinadas à observação de cetáceos através das diferentes ilhas do arquipélago. Entre espécies residentes e migratórias, comuns ou mais raras, avistam-se mais de 20 tipos diferentes de cetáceos nestas águas do Atlântico. Há baleias majestosas e simpáticos golfinhos. Os passeios duram, em média, três horas e são misturadas com salpicos de água salgada e muita emoção. “Baleia à vista!”.<
em história, monumentos e tradição. O Centro Histórico da Praia da Vitória faz-se em ruas pejadas de arquitetura típica. A Igreja de Santo Cristo, reconstruída no século XX, presenteia-nos com um bonito claustro com arcos de volta inteira chanfrados. Mas temos também a manuelina Igreja Matriz do século XV, o Forte de Santa Catarina, igrejas e ermidas, os Paços do Concelhos e a Casa da Alfândega, com os apreciadores de arte a desviar a atenção para a CasaMuseu de Vitorino Nemésio. É aqui também que encontramos a Baía da Praia, uma zona balnear composta por três areais, que no verão apresentam-se com muito sol e águas tépidas. É aqui que decorrem as famosas Festas da Praia [ver caixa] e onde se concentra grande parte
da animação cultural da ilha ao longo de todo o ano. Hotéis, restaurantes e bares trazem uma “movida” especial a esta estância balnear, com uma noite divertida que se prolonga até de madrugada. A Baía da Praia é também lugar de ação e aventura, onde nos podemos aventurar em desportos como surf, bodyboard, windsurf e ski aquático, ou andar de mota de água, boias rebocáveis, gaivotas, barco à vela ou caiaque. Podemos praticar pesca submarina e mergulho, partir em busca de crustáceos e, em terra, somam-se atividades como escalada, passeios a pé ou de bicicleta, em 4x4 ou moto 4, a cavalo ou, pelos céus, em parapente. Por estes lados encontramos a belíssima Serra do Cume, que rodeia a cidade e
HOUSES IN PICO
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Rua da Ribeira da Urze, 9940-064 Prainha de Cima | São Roque do Pico Tel. +351 966578379 | 961594171 | 967983957 quintadaribeiradaurze@gmail.com | www.quintadaribeiradaurze.com
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| Ponta dos Rosais, São Jorge
é dona de um impressionante miradouro a mais de 540 metros de altitude. De um lado Praia Vitório, do outro a planície interior da ilha que parece estar esquartejada por muros de pedra vulcânica, decorados com hortênsias, numa paisagem que veio a ser conhecida como “Manta de Retalhos”, todos eles verdes. No norte da ilha visitamos a zona de Biscoitos, com as suas piscinas naturais formadas por rocha vulcânica e famosas curraletas de vinhas que dão lugar a um excelente Verdelho. Outro local imperdível é a Gruta de Natal, junto à Lagoa do Negro. É neste tubo de lava com cerca de 700 metros de comprimento, de onde ramificam diversas galerias construídas por diferentes tipos de lava, estafilites e balcões laterais, onde é celebrada a missa de Natal no dia 25 de dezembro. Em toda a ilha a natureza foi generosa e recheou o subsolo de segredos que devem ser contemplados. Conhecer o coração da terra é descobrir o Algar do Carvão, uma gruta com cerca de 100 metros de profundidade, recheada de estalactites e estalagmites. Através da descida com mais de 350 degraus podemos conhecer os primórdios da ilha. No fundo surge uma lagoa de águas límpidas, que atinge
Dica Não regresse a casa sem experimentar, ou até levar consigo, um pouco do Queijo de São Jorge. Considerado um dos melhores queijos do mundo, apresenta-se com uma pasta dura ou semidura, produzido com leite de vaca inteiro e cru, coagulado por coalho animal e curado durante pelo menos três meses. De Denominação de Origem Controlada, pode levar consigo uma fatia das rodas que pesam entre 8 a 12kg.<
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os 15 metros de profundidade, e nas proximidades encontramos as Furnas de Enxofre, com as suas fumarolas.
As Ilhas do Triângulo A Terceira está ligada a São Jorge, ambas do Grupo Central, através de voos diários operados pela SATA, com a duração de meros 30 minutos. São Jorge é o vértice superior do triângulo composto por aquelas que são conhecidas também como as Ilhas do Triângulo, com os outros vértices no Faial, a oeste, e no Pico, a este. A proximidade entre elas urge-nos a percorrer as águas do Atlântico para que as conheçamos a todas. Mas, embora próximas, cada uma exibe especificidades únicas, que se completam num todo. A ilha de São Jorge parece uma língua que foi estendida sobre o oceano. Os 54Km de comprimento contrastam com a largura máxima de 6,9Km. Estreita e longa, toda ela se abre em paisagens fotogénicas, com uma cordilheira central que atravessa a ilha em quase todo o seu comprimento. Se todas as ilhas brilham como esmeraldas, São Jorge tem um brilho muito característico, ainda mais verde que as suas irmãs no seu coração recortando-se depois numa costa salpicada por arribas, falésias e fajãs. É do topo do Pico da Esperança, o mais alto da ilha com 1.053m de altitude, que podemos admirar as restantes ilhas do Grupo Central e toda a beleza paisagística acima mencionada. É conhecida como a “Ilha das Fajãs”, sendo dona de mais de 40 destas pequenas planícies junto ao mar, originadas pelo desabamento de terras ou lava. A Fajã da Caldeira de Santo Cristo é famosa por diversas razões. É o único local onde se desenvolvem as saborosas amêijoas que constituem uma iguaria local. É uma Reserva Natural e considerada uma meca do bodyboard e do surf. A Fajã de São João abre-se em típicas casas de pedra de lavoura, com janelas de três guilhotinas, num cenário pitoresco. Na Fajã dos Vimes subsiste a arte da tecelagem em teares manuais de madeira que dão origem a belas colchas e tapetes elaborados em Ponto Alto e Ponto de Repasso. É ainda dona de um microclima onde vingam plantações de café. A Fajã dos Cubres é a maior delas todas e dona de uma cristalina lagoa, enquanto a Fajã
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Dica Do Pico pode levar consigo para casa algumas recordações únicas. Em primeiro lugar surge o seu apaladado Vinho Verdelho, mas existem também variadas e únicas peças artesanais em osso e dente de baleia, também chapéus de palha, flores de escamas de peixe e miniaturas em madeira dos botes baleeiros, todos a carregar consigo um pouco da história e tradição da Ilha Montanha.<
Interpretação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, que dá a conhecer a história geológica, biológica e cultural das fajãs de São Jorge.
A Ilha Montanha
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do Ouvidor nos presenteia com belíssimas piscinas naturais. São vários os miradouros espalhados pela ilha, que nos oferecem vistas fantásticas sobre as suas fajãs e os seus montes. A complementar a magnífica paisagem costeira surgem ainda ilhéus, como o dos Rosais e o Ilhéu da Ponta do Topo, classificado como Reserva Natural, um local de nidificação de aves marinhas
| Pico
para onde, no verão, são também levadas vacas a nado para pastar nos seus campos verdes. São Jorge está dividida em dois concelhos, Velas e da Calheta. No primeiro encontramos o Portão do Mar do século XVIII, parte da rede de muralhas que defendia a vila, que agora acolhe os viajantes dos barcos, e a Igreja Matriz de São Jorge, erigida em 1460, com o
Museu de Arte Sacra anexo. Na zona da Urzelina vemos uma torre de igreja isolada, rodeada de rochas vulcânicas, sendo o único vestígio de uma construção que foi soterrada pela erupção de 1808. Já em Manadas encontramos a Igreja de Santa Bárbara, uma verdadeira lição sobre a arte religiosa do período barroco. No concelho da Calheta sobressaem casas e igrejas seculares. É por aqui que nos deparamos com o Museu Francisco Lacerda, instalado num edifício do início do século XIX, com um acervo relacionado com as tradições e histórias da ilha. Para descobrir mais sobre o património geológico da ilha surge o Centro de
O Pico é a segunda maior ilha do arquipélago, a seguir a São Miguel. A Ilha Montanha, dona da montanha mais alta do país, o Pico que lhe deu nome. Com 2.350m de altitude, e classificado como Reser va Natural desde 1982, é o terceiro maior vulcão do Atlântico. Imponente em todo o seu tamanho, destacando-se na paisagem numa ilha que parece ser uma só montanha, é o ex libris do Pico. Vale muito a pena fazer o esforço de acordar em plenas horas da madrugada para subir até ao seu topo e contemplar um dos nasceres do sol mais bonitos do mundo, com vista para as ilhas vizinhas. O Pico é terra de “Mistérios”, nome que os habitantes deram aos campos de lava decorrentes das erupções que ocorreram na ilha, para as quais não tinham então justificação. Estes “Mistérios” moram um pouco por toda a ilha, dona do maior tubo lávico conhecido em Portugal e um dos maiores do mundo. A Gruta das Torres, com 5Km de comprimento, é acompanhada por um centro de interpretação.
Navegar entre ilhas Para viver as ilhas como nos velhos tempos, nada como experienciar a tradição e percorrer as distâncias entre as três Ilhas do Triângulo, São Jorge, Pico e Faial, de ferry. A empresa Atlânticoline garante a ligação entre estas ilhas através da sua Linha Verde. As viagens são feitas todos os dias da semana, uma ou até duas vezes por dia. O caminho entre a Horta e São Roque do Pico leva 1h10m e entre São Roque do Pico e Velas, em São Jorge, são 50 minutos. Já a travessia do Canal do Faial, entre a Horta e Madalena é também assegurada pela Linha Azul. Esta viagem de 30 minutos tem quatro frequências diárias, em ambos os sentidos. Tarifário (à compra de bilhetes nos portos acresce uma taxa de serviço de 5€ por bilhete): Horta – São Roque / São Roque – Horta: 24€ São Roque – Velas / Velas – São Roque: 24€ Horta – Madalena / Madalena – Horta: 7,20€
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| Horta, Faial
Para conhecer o poder e a força da natureza é preciso descer às suas profundezas, por entre ar rarefeito. Mas é possível também tirar partido da ilha através de passeios pedestres, de bicicleta ou BTT, ou até em 4x4 e a cavalo. Pelas águas é possível observar baleias e golfinhos, ou até nadar com estes últimos, fazer mergulho, snorkelling ou pesca desportiva. Aliás, os mais afoitos podem mesmo nadar com os tubarões. Constituída pelos concelhos das Lajes do Pico, Madalena e São Roque do Pico, a ilha mantém uma importante faceta rural, que advém principalmente do cultivo da vinha. A Paisagem Protegida da Cultura da Vinha, evidente nas localidades da Criação Velha e de Santa Luzia, foi reconhecida em 2004 como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. As vinhas são plantadas em chão de lava, enquadradas por apertadas paredes de pedra solta, as curraletas, que as protegem do vento marítimo. Esta paisagem é explicada no Centro de Interpretação da Paisagem Protegida da Cultura da Vinha, no Lajido de Santa Luzia, que alberga exposições sobre a cultura vitivinícola e onde podemos fazer provas de vinhos certificados do Pico e visitas guiadas ao Lajido. Também o Museu do Vinho, na Madalena, instalado na Casa Conventual dos Carmelitas, numa área povoada por dragoeiros seculares, alberga um espólio museológico que inclui uma adega e um alambique. Na Madalena destacam-se, ainda, as casas senhoriais da vila, o edifício dos Paços do Concelho e Igreja Matriz, revestida a azulejo. Nas Lajes do Pico vive-se a memória baleeira, por aqui se concentrar o maior património baleeiro dos Açores. O destaque vai para o Museu dos Baleeiros, que toma lugar nas antigas casas de botes baleeiros, resultado de um singular projeto da autoria do arquiteto Paulo Gouveia. Retrata a atividade baleeira que prosperou na ilha nos séculos XIX e XX, até à década de 80. O seu espólio reúne peças em osso e dente de baleia, assim novembro de 2018
como diversos apetrechos utilizados na caça à baleia, com destaque para uma belíssima canoa baleeira. Desta tradição baleeira existe ainda o Centro de Artes e Ciências do Mar, na antiga fábrica SIBIL, com exposições multimédia sobre estes cetáceos, e ainda o Museu da Indústria Baleeira de São Roque do Pico, no antigo centro industrial de transformação de cetáceos. Referência ainda para o Monumento à Baleação, o traiól, os botes baleeiros, as casas de botes, as torrinhas em madeira de alguns edifícios e ainda o scrimshaw – gravação artesanal em osso ou dente de cetáceo.
Vulcões, hortênsias e o Peter Sport Café Separada do Pico pelo Canal do Faial, um estreito braço de mar com cerca de 7Km de largura, encontra-se a Ilha do Faial, conhecida, entre outras maravilhas, pelos imensos lençóis de hortênsias que cobrem o seu território em diversos tons de azul. A Ilha Azul tem no Cabeço Gordo, a seu centro, o seu ponto mais alto, com 1.043m de altitude. Deste fantástico miradouro natural é possível observar, com bom tempo, as restantes Ilhas do Triângulo e até a Graciosa. No coração da ilha descobrimos uma paisagem bucólica, de bonitos vales. É aqui que encontramos a Caldeira, onde, através
de um pequeno túnel, se avista o panorama conhecido como o Fundo da Caldeira, um cone vulcânico com 2Km de diâmetro e 400m de profundidade, que alberga populações raras de flora endémica. As já habituais hortênsias misturam-se com uma vegetação exuberante, de onde se destacam cedros, zimbros, faias, fetos e musgos. Ainda assim, o mais afamado vulcão da ilha é o dos Capelinhos, no extremo poente do Faial. A sua erupção, em 1957, gerou uma ilha, depois ligada à costa, que é visitável. Esta erupção, uma das mais bem documentadas a nível mundial, prolongou-se por 13 meses e despojou muitas famílias das suas casas e pertences. Hoje, as ruínas do antigo farol e a terra de pó vulcânico dão origem a um ambiente de paisagem lunar. Tudo isto surge a par com um dos melhores centros de interpretação da Europa, provido de técnicas expositivas e de multimédia ímpares, numa visita que termina com a subida ao topo do farol. Toda a ilha se abre em vistas deslumbrantes, com destaque também para o Monte da Guia, com miradouros com panorâmicas sobre a Horta, a baía, o Porto Pim e a imensidão do mar. Na pequena e pitoresca capital da ilha encontram-se diversos pontos de visita obrigatória, a começar pela sua marina. A Marina da Horta foi o primeiro porto de recreio dos Açores e é, ainda hoje, uma das mais movimentadas
e famosas do mundo. Os seus paredões contam a história de quem por lá passou, sendo tradição nelas gravar testemunhos de modo a obter proteção para o resto da viagem. Ponto de paragem de todos estes viajantes foi e continua a ser o Peter Café Sport, inaugurado em 1918. Este café viu passar, ao longo da sua história, baleeiros, navegadores e até agentes secretos. Ligada à arte baleeira, é também imprescindível a visita à Fábrica da Baleia de Porto Pim, com um núcleo museológico que preserva toda a maquinaria utilizada na indústria baleeira, e o Museu da Arte de Scrimshaw, que possui colecções de peças e entalhes em marfim e em osso de cachalote. O Museu da Horta, instalado numa parte do antigo colégio dos jesuítas da Horta, guarda um acervo de pintura, escultura, artes decorativas, cerâmica, etnografia e um especial destaque para uma valiosa colecção de miniaturas executadas em miolo de figueira e trabalhos com escamas de peixe. Ainda na Horta podemos encontrar o Forte de Santa Cruz, que em tempos protegeu a ilha de ataques piratas e é hoje um hotel, e o Edifício da Sociedade Amor da Pátria, em Art Decó, o local onde teve lugar o acto inaugural da I Legislatura do Governo Regional dos Açores, em 1979. Do outro lado da Horta surge a zona da Espalamanca, onde podemos encontrar os bonitos Moinhos de Vento da Espalamanca. São moinhos de dois pisos, uns de influência portuguesa visível no sistema de oito varas para atar velas triangulares, e outros com inspiração flamenga patente nas velas de grade quadrangulares. É ainda de destacar a zona do Varadouro, uma baía dominada pelo morro do Castelo Branco, com pontas de rocha preta a par de vinhas e flores. Esta zona de veraneio é pontuada por diversas piscinas que nasceram dos recortes das rochas basálticas de natureza vulcânica e nascentes de água quente.< Texto: Sofia Soares Carraca
Como ir
Há voos diretos de Lisboa a Santa Maria, operados pela SATA, ao domingo às 15h00, com a duração de cerca de 2h25m.
Onde ficar
Santa Maria – Hotel Santa Maria hhhh Rua da Horta | Desde 52€ p/ noite Tel.: 296 820 660 | hotel-santamaria.pt Terceira – Hotel do Caracol hhhh Estrada Regional, 1 | Desde 60€ p/ noite Tel.: 295 402 600 | hoteldocaracol.com São Jorge – Cantinho das Buganvílias Resort Rua Padre Augusto Teixeira | Desde 65€ p/ noite Tel.: 918 201 535 / 912 922 032 | cantinhodasbuganvilias.com Pico – Houses in Pico Caminho do Poço Diogo Vieira | Desde 35€ p/ noite Tel.: 292 642 372 | housesinpico.com Pico – Quinta da Ribeira da Urze Rua Ribeira Urze | Desde 40€ p/ noite Tel.: 966 578 379 / 961 594 171 / 967 983 957 Faial – Pousada Forte da Horta Rua Vasco da Gama | Desde 75€ p/ noite Tel.: 210 407 670 | pousadas.pt/pt/hotel/pousada-horta
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> tema de capa
São Miguel A rainha das ilhas São Miguel desenha-se em belezas raras resultantes de caprichos da natureza. É uma imensidão de tons de verde que se fundem com outros de azul das águas de lagoas e mar. É uma ilha que nos exalta todos os sentidos a todos os momentos dos dias que nela passamos, enviando-nos para um universo de sensações difícil de descrever.
S
ão Miguel é um destino onde vamos, voltamos e queremos sempre regressar. É local onde sabemos que vamos ter contacto com verdadeiros tesouros naturais, mas onde o ritmo acelerado dos tempos modernos nos garante haver sempre algo novo para descobrir, numa ilha que está sempre em evolução. Como manda a tradição, alugámos um carro, pusemo-nos atrás do volante e partimos à descoberta das joias paisagísticas que a ilha encerra. À descoberta de lagoas, grutas, crateras e vestígios vulcânicos que se deixam abraçar pelo frondoso verde de jardins e campos. Em São Miguel todos os caminhos partem da sua capital, a cosmopolita Ponta Delgada. É uma cidade romântica e moderna, onde caminhamos por ruas
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estreitas por entre casa apalaçadas e património histórico. Tem as maravilhosas Portas da Cidade, a Igreja Matriz e a de São Mateus, a Alfândega, os conventos de Santo André – hoje o Museu Carlos Machado –, da Conceição, do Carmo e da Nossa Senhora da Esperança, o Forte de São Brás, a Gruta do Carvão de riqueza geológica. A capital é também uma cidade para ser vivida de noite, com bares e animação diversa. É nesta fantástica capital que podemos encontrar a Plantação de Ananases Augusto Arruda, onde podemos conhecer um pouco mais desta cultura. A cultura do ananás surgiu na ilha no século XIX, com as plantas a serem cultivadas em estufas de vidro pintadas a branco. Podemos entrar nas diversas estufas e melhor perceber a evolução do ananás, do bolbo ao fruto. O ananás dos Açores é uma fruta particular, com um balanço perfeito entre a acidez e a doçura. São pequenos, mais arredondados e alaranjados e extremamente saborosos. No final da visita resta passar pela loja e provar este fruto e o que dele resulta, como compotas e licores. A cerca de 30Km de Ponta Delgada surge Vila Franca do Campo, outrora a capital da ilha. A vila ostenta belas paisagens, sendo aqui que se localizam as Lagoas do Fogo, do Congro e dos Nenúfares. Mesmo em frente à vila, a 1Km da costa, o Ilhéu de Vila Franca do Campo é uma reserva natural, sendo resultado da cratera de um antigo vulcão submerso. As paredes da cratera encontram-se revestidas por vegetação endémica,
enquanto no seu interior nasceu uma piscina natural, que comunica com o mar por uma estreita passagem, o Boquete. Junto ao mar a paisagem transformase. Os verdes mantêm-se, mas são intercalados por arribas que se perdem de vista, combinadas com pontas negras de basalto que mergulham pelo mar, promontórios e enseadas, fajãs e praias onde a areia vulcânica assume tonalidades cinza. Há bonitas praias como a do Pópulo, Vinhas da Areia e Ribeira Quente, da Amora, Viola, Lombo Gordo ou Mosteiros. Há também piscinas e poças naturais, em Capelas, Calheta e Lagoa.
Coração verde São Miguel é uma ilha com impressionantes recortes costeiros, mas é no seu coração que se encontram os seus ex libris, um deles uma lagoa que parecem duas. Reza a lenda que a princesa Antília, de profundos olhos azuis, se apaixonou por um belo pastor de olhos verdes. O rei proibiu a sua filha de ver o pastor, o que deu azo a um encontro final entre os enamorados que de tanto chorarem formaram a Lagoa Azul e a Lagoa Verde. Assim se criou a maravilhosa Lagoa das Sete Cidades, integrada na Caldeira das Sete Cidades, uma cratera de 12Km de perímetro. É um cenário inesquecível, emoldurado por encostas escarpadas cobertas de verdejantes árvores e coloridas flores, com destaque para as azuis hortênsias. Da cumeeira, o caminho que percorre o topo
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Aventuras inesquecíveis Há diversas maneiras de conhecer a maravilhosa Ilha de São Miguel, através de aventuras por terra e mar. A ilha convida a atividades ao ar livre, que dão a conhecer a riqueza natural, a hospitalidade do povo, o património e a história. A Trilhos da Natureza foi fundada em 1999, sendo a primeira empresa de animação turística dos Açores a efetuar passeios todo-terreno. Hoje apresenta tours que dão a conhecer o que de mais belo existe em São Miguel, não só em todo-terreno, mas também em BTT ou a pé e no mar. Os tours, de meio-dia ou dia completo, passam por diversos pontos de interesse da ilha, bem como por locais remotos, e incluem visitas a alguns dos seus ex libris. Pelas águas do Atlântico é possível praticar pesca e big game fishing, ou simplesmente realizar passeios de barco onde se poderá deparar com cetáceos, ou até viajar até à vizinha Santa Maria.
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> tema de capa
Dica A Gorreana é a mais antiga e única plantação de chá da Europa. Desde 1883 que produz chá como manda a tradição oriental, com as plantas de chá originais a terem sido oferecidas pelo Imperador da China aos portugueses que colonizaram o Brasil, que as trouxeram para os Açores. Não deixe de visitar a fábrica, envolta em plantas de chá, que exibe a sua história, máquinas e produto final, chá preto e chá verde, que pode comprar na loja.<
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da cratera, onde decorre uma das etapas do Campeonato Europeu de Rali, vemos de um lado as cores fortes da lagoa, do outro o azul profundo do mar. Lá em baixo, a par com as lagoas, encontra-se a pitoresca povoação de Sete Cidades, numa paisagem deslumbrante que pode ser apreciada através dos miradouros de Vista do Rei e do Cerrado das Freiras. Do outro lado da ilha, mas também no seu interior, encontramos as Furnas, uma localidade, uma lagoa, um vulcão. Com tudo isto nos deparamos a par com caldeiras, uma estação termal e um parque, com manifestações vulcânicas deste que é o vulcão mais antigo da ilha. Estas manifestações são constantes em São Miguel, mas é nas Furnas onde se tornam mais evidentes. Zona de fumarolas e nascentes termais onde tudo fumega e borbulha e o ar cheira a enxofre. Aqui sentimos o grito da natureza: “estou viva!”. Nas Furnas há muito para conhecer. Igrejas onde se reza por uma terra com um vulcão ainda ativo, a Ermida das Vitórias, que é um mimo do neogótico com traços únicos na região, os triatos do Espírito Santo, fontanários, coretos, miradouros, jardins. Mais do que isso é aqui que é confecionado o afamado cozido, em que grandes tachos descem às entranhas vulcânicas da terra onde a iguaria é cozinha por várias horas. É neste local particular, tão isolado em tempos que era visto como a 10ª ilha dos Açores, que surge ainda o magnífico Parque Terra Nostra. O Vale das Furnas tem um microclima especial. É uma zona chuvosa e verde pela qual se apaixonou Thomas Hickling,
que aqui construiu uma casa de férias e iniciou o que é hoje o Parque Terra Nostra. Passou mais tarde para as mãos da família Bensaude, que construiu o Terra Nostra Garden Hotel, o mais antigo dos Açores. O Parque tem a maior coleção de camélias da Europa, com mais de 600 espécies, mas também 300 variedades de fetos, árvores centenárias, espécies exóticas e endémicas e nenúfares gigantes. Tem ainda o Tanque de Água Termal, com água férrea em tons de amarelo, com temperaturas entre os 35 e os 40°C, e uma zona de jacuzzis naturais, em que a água borbulha desde as profundezas da terra.< Texto: Sofia Soares Carraca
Como ir
Existem voos diretos diários entre o Continente e São Miguel, operados pela TAP, SATA e Ryanair.
Onde ficar
The Lince Azores Great Hotel hhhh Avenida Dom João III, 29 | Desde 45€ p/ noite Tel.: 296 630 000 | thelince-azores.com Azoris Royal Garden hhhh Rua de Lisboa | Desde 60€ p/ noite Tel.: 296 307 300 | azorishotels.com/ royalgarden/hotel Terra Nostra Garden Hotel Rua Padre José Jacinto Botelho, 5 | Desde 95€ p/ noite Tel.: 296 549 090 | bensaude.pt/ terranostragardenhotel/
Onde comer
Restaurante Alcides – Rua Hintze Ribeiro, 67 Especialidade: “Bife Alcides” com batata frita Tel.: 296 282 677 | alcides.pt/restaurante Restaurante da Associação Agrícola de São Miguel – Rabo de Peixe Cozinha regional | ambiente familiar Tel.: 296 490 001 | restauranteaasm.com/ pt Mariserra – Rua da Praia dos Santos, 61 Especialidade: arrozes e massadas de peixe e marisco Tel.: 296 636 495 | restaurantemariserra.pt novembro de 2018
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> notícias
Zomato lança novo olhar exclusivo sobre os restaurantes Para que se torne mais completa a experiência da descoberta gastronómica, a Zomato lançou o formato de vídeo e notas editoriais, tanto na app como no website. O Sneak Peek está já disponível para vários restaurantes em Lisboa e no Porto. Estes “Sneak Peek” disponibilizam conteúdo de qualidade que vai além do rating e opiniões, para que possa explorar cada restaurante e tomar uma decisão mais informada no momento da escolha das suas refeições. Esta nova área apresenta conteúdo curado por editores especialistas e oferece não só um olhar mais intimista sobre cada restaurante e bar, mas também dicas sobre as suas principais características através das secções “Porquê visitar?”, “O que pedir?”, “Dica Pro”, “Ótimo para” e “Cuidado com”.<
TAP aposta em produtos portugueses nas refeições A TAP apresenta agora novas refeições de bordo para a classe económica dos seus voos do médio curso. São mais de 30 combinações diferentes de refeições que resultam em ementas completas, variadas, frescas e mais portuguesas. Por mês, nos voos do médio curso, estarão a bordo mais de 315 mil delícias da pastelaria típica de Portugal, mais de 195 mil maçãs de origem nacional e cerca de meio milhão de queijos portugueses. Estas novas refeições têm como objetivo melhorar a experiência de voo, com produtos frescos e saudáveis. A TAP serve, assim, refeições produzidas em Portugal, após trabalhar com especialistas em nutrição e estruturar novos menus adaptados à hora e duração do voo, com refeições mais completas e saborosas. Nestes voos de médio curso, como por exemplo Madeira, Açores, Norte de África ou Espanha, os passageiros vão poder provar ao pequeno-almoço combinações de fruta e vegetais, frutos secos, bolachas de cereais, queijos portugueses, grissinos com diferentes pastas ou sandes e pastelaria portuguesa. À tarde pode contar com wraps variados, acompanhados de queijos. Nos voos de maior duração, por toda a Europa, como Londres, Milão, Viena ou Amesterdão, ao pequeno-almoço vai contar com uma variedade de sandes, de pão de malte ou multiceriais, com queijos variados, fiambre de aves, entre outros, acompanhados de pastelaria tradicional. À tarde serão servidos seis diferentes tipos de wraps de frango ou atum, feitos com massa de tomate ou espinafres, com recheio de cogumelos, ovo, beringela ou queijo.. <
Cityrama Gray Line tem uma nova app A nova App Gray Line Portugal, disponível gratuitamente para Android ou iOS, permite controlar a distância a que se encontra o seu autocarro vermelho, quando num dos circuitos Hop On Hop Off. Exclusivamente dedicada aos circuitos Hop On Hop Off de Lisboa e do Porto, e disponível em português, tem como principais features o mapa online e offline, mapeamento dos principais monumentos, identificação dos percursos de cada linha, identificação da paragem mais perto por linha e o caminho a efetuar, identificação dos vários pontos de interesse com informação útil e atividades lúdicas em locais de maior atividade turística, como quizzes.<
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As portas do número 58 da Praça da Alegria, em Lisboa, voltaram a abrir-se. O espaço que foi considerado o expoente máximo da Lisboa boémia de meados do século passado fez-se hotel. Comprometido em dar continuidade à história do espaço emblemático em que cresceu, o hotel apresenta 75 quartos e um restaurante bar, com zona de espetáculo. São 70 quartos deluxe que respiram cabaret e cinco quartos superiores temáticos: Burlesco, Bondage, Bar, Dressing Room e Stage. A cada um dos quartos está associada uma bebida Bacardi-Martini, fruto de uma parceria inovadora entre a marca e o hotel. Todos disponibilizam uma máquina Nespresso, uma coluna Marshall, Smart TV com tecnologia powered by Vodafone e Nextflix Streaming, para além de outras facilidades exclusivas. O Maxime Restaurante-Bar é palco de experiências para quem procura viver e sentir Lisboa e as suas histórias. Com uma cozinha de autor pelas mãos do chef Luca Bordino, revela segredos vibrantes ao ritmo do cabaret, tal como os sabores que os acompanham. Ainda este ano vai estrear um espetáculo com jantar temático exclusivo, às sextas e sábados, que promete surpreender os espectadores. Os restantes dias são pautados por shows disruptivos e música ao vivo.<
Já pode consultar a Sygic Travel no seu Apple Watch
Marque viagens com uma imagem com a easyJet Loob&Book é o nome da nova aplicação da easyJet que permite que os viajantes reservem voos instantaneamente usando apenas uma fotografia do Instagram, sem terem de conhecer o destino. Atualmente apenas disponível em inglês, a app é uma estreia no setor das viagens. Basta fazer a captura de ecrã das fotografias que o inspirarem e depois partilhar com app através de um upload, que não só reconhece o destino, como também sugere o aeroporto mais próximo e faz um prépreenchimento do formulário de reserva com estes detalhes.
O Maxime agora é hotel!
Parceira entre Air France e Booking.com simplifica a compra de viagens O Grupo Air France e a Booking.com assinaram um acordo de parceria de modo a oferecer aos clientes uma experiência de viagem mais completa, simples e digital desde a reserva. Agora pode reservar online hotéis e alojamento mais facilmente com o Booking.com via a página dedicada em Air France, antes e depois de reservar o seus voos operados pela Air France ou Joon. Ao reservar o seu alojamento em Booking.com via a página dedicada em Air France, se for membro Flying Blue recebe milhas por cada euro gasto..<
A aplicação Sygic Travel já é compatível com o Apple Watch, podendo agora utilizar o seu smartwatch para consultar o itinerário desse dia, explorar locais interessantes nos arredores e aceder à sua lista de locais preferidos mais facilmente. A Sygic Travel é uma das principais planeadoras de viagens e férias online do mundo. O seu conteúdo inclui mais de 24 milhões de pontos de interesse, com 800 mil fotografias e 5.000 vídeos de realidade virtual. Na aplicação pode consultar detalhes dos locais de interesse, como fotografias, descrições e horários de funcionamento. Através de um mapa pode saber mais sobre a localização do sítio, bem como o que deve fazer para lá chegar facilmente.< novembro de 2018
> selo de garantia
> curtas
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
Fim de ano na Lapónia desde:
440€
2 noites | 2 pessoas Almoço + jantar
Escapadinhas gastronómicas em Vilamoura
Saborear o Algarve é a proposta do Tivoli Marina Vilamoura que até 31 de maio tem disponíveis escapadinhas de duas noites sob o tema “Meat & Seafood Extravaganza”. O programa alia a estada num dos novos quartos Deluxe Purobeach deste 5* com experiências gastronómicas que vão do marisco à carne, com um almoço especial servido no Purobeach tendo como protagonistas os frutos do mar e um jantar dedicado à carne no restaurante Pepper’s, com a assinatura do Chef André Basto. O pacote inclui duas noites de alojamento, pequeno-almoço buffet, almoço Purobeach Seafood Extravaganza e jantar Pepper’s Meat Extravaganza, para duas pessoas (bebidas não incluídas) e um desconto de 20% em todos os tratamentos Tivoli Spa. Por data de reservas os preços são de 440€ de novembro a março de 2019 e de 490€ nos meses de abril e maio. Cada noite extra tem o preço de 100€ e 120€, respetivamente. Mais informações em: www.tivolihotels.com/pt/tivoli-marina-vilamoura/offers
São Martinho na Ribafreixo Wines Até 30 de novembro (exceto às segundas feiras) os visitantes da Ribafreixo Wines, na Herdade do Moinho Branco (Vidigueira, Alentejo) podem desfrutar de um dia inteiramente dedicado ao vinho e à gastronomia alusiva ao S. Martinho. desde: O pacote inclui visita à adega, prova de um vinho novo e de três vinhos da P/ pessoa Ribafreixo harmonizada com petiscos C/ prova de vinhos regionais. e almoço Segue-se um almoço no restaurante panorâmico da adega com menu especial de S. Martinho em que cada prato será acompanhado por um vinho premiado da Ribafreixo. Canja de perdiz, lombo recheado com castanhas e alheira, creme de avelãs com chocolate e pistachios e café com castanha glaceada, integram o menu. A oferta é válida para reservas com um mínimo de 48 horas de antecedência. O preço por pessoa é de 35€ e as crianças dos 5 aos 12 anos pagam apenas 12,50€. Informações e reservas: 963 559 964 | tours@ribafreixo.com
35€
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A Lapónia, terra do Pai Natal, está no imaginário de muitos e passar ali o fim de ano será inesquecível. A proposta é do operador turístico Nortravel, e tem partida do Porto a 28 de dezembro, em voo direcdto, com alojamento no Ruka Village Ski Resort, uma das maiores estações de esqui alpino da Finlândia, junto à linha imaginária do Círculo Polar Ártico e junto à fronteira com a Rússia. O programa de cinco dias/quatro noites tem preços desde 2.335€ por pessoa e permite visitar Rovaniemi e Ruka com safari de huskies, karting sobre o gelo e minimotas de neve, raquetes de neve em Oulanka e visita ao Pai Natal, e safari em motas de neve a uma quinta de renas. Os preços incluem viagem, alojamento com pequeno-almoço, nove refeições sem bebidas, festa de fim de ano com baile e fogo de artifício, um bilhete por pessoa para subir na tele-cabine da estação de esqui, excursões, seguro multiviagens neve, todas as taxas e IVA e fatos térmicos para usar durante toda a estadia na Lapónia. Mais informações em: www.nortravel.pt
desde:
2.335€
5 dias / 4 noites Inclui: 9 refeições
Réveillon na pacatez de Montargil
desde:
225€
P/pessoa quarto duplo
Com preços desde 225€ por pessoa mas com descontos de 10 ou 15% em caso de reserva antecipada, o hotel Lago Montargil & Villas, do grupo NAU Hotels & Resorts, propõe uma passagem de ano pacata, com opção para uma ou duas noites de alojamento com pequeno-almoço, livre acesso ao Spa, piscina interior e ginásio e Kids Club. Na noite de 31 de dezembro haverá animação musical com DJ, com o jantar buffet a incluir bebidas, welcome cocktail, mesas de canapés frios, saladas simples e compostas, spot de entradas enriquecidas por enchidos e mariscos, pratos quentes com 13 sugestões e uma seleção de sobremesas. À meia-noite há fogo de artifício e brinde com champanhe e passas, seguindo-se a ceia de Ano Novo e, no primeiro dia de 2019, um brunch completo de Ano Novo. Contactos para reservas: 213 007 009| bookings@nauhotels.com
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> lá fora
Kruger National
Encontros imediatos com os Big 5
Fazer um safari é, sem dúvida, uma das experiências que está no imaginário de qualquer viajante e de todos os amantes da natureza e dos grandes espaços. Porque não dizer de todos nós? E se esta é uma realidade, também o é se afirmarmos que o Kruger Park, na África do Sul, aparece de imediato em qualquer conversa que tenha como tema esses lugares onde a vida selvagem acontece no seu estado mais puro e fascinante.
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A
dmito que antes de viajar para África, aquela que está abaixo o Equador e que é também atravessada pelo Trópico de Capricórnio, sinto uma mistura confusa e de certa forma louca por mais vezes que atravesse essas duas linhas imaginárias. Por mim começam a passar Livingstone e Henry Stanley, Silva Porto e Serpa Pinto, as Minas do Rei Salomão, escrito por H. Rider Haggard e traduzido por Eça de Queiroz. Também a criatividade de
Edgar Rice Burroughs e a paixão africana interpretada por Robert Redford e Meryl Streep. Também outras vidas e aventuras, aqui e ali intercaladas por guerras que ao longo de décadas vão assolando o continente africano. Aqui, mas do outro lado e não raras vezes, lembro-me de Nelson Mandela. Mas entre estes “capítulos” africanos aparece sempre essa África exótica, única e naturalmente selvagem, desenhada pelo cheiro da terra molhada que se torna eterno dentro de nós, das novembro de 2018
Park
trovoadas secas que cortam a meio gigantes embondeiros, e pela vida que acontece em aldeias onde vivem, há séculos, ou mesmo milénios, os masai, xhosas, zulus, himbas, ndebeles, povoando as intermináveis savanas. Aqui, nesta página africana, aparecem obrigatoriamente girafas, jacarés, macacos, gazelas e impalas, hienas, hipopótamos, gnus e mabecos e os Big 5: leão, leopardo, búfalo, elefante e rinoceronte. Sei que esta leitura que faço desta África abaixo do Equador novembro de 2018
Guia de Viagem Informações úteis
Clima: Sub-tropical Moeda: Rand | 1€ = 16,57 ZAR Passaporte: Obrigatório Língua: 11 línguas oficiais, com predominância para o inglês e o africans Fuso horário: mais 2h que em Portugal Continental
poderá parecer um pouco exagerada, ou poética. Mas, é real. É algo único que nos invade, por vezes difícil de descrever. É definitivamente inesquecível para quem vive e sente todas estas experiências. São estas as sensações que tomam conta de quem chega ao Kruger National Park, onde acontece um jogo fascinante entre a vida animal, a natureza e o homem. Um parque que foi desenhado em 1898 com o nome de The Government Wildlife Park, que depois passou a ser conhecido como Sabi Game Reserve, para se expandir
para o que é hoje o Kruger National Park, em 1926.
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Eles vivem aqui, os Big 5
Chega-se e sente-se que o Kruger é um desses lugares onde ninguém acharia estranho que a própria Arca de Noé estivesse empoleirada no final de um dilúvio universal. Por uma extensão de 350 por 60 quilómetros, neste que é considerado um dos melhores parques naturais da África para observar e
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> lá fora
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fotografar animais, onde se cruzam algumas estradas asfaltadas e picadas, a vida selvagem tem o seu próprio paraíso particular. São mais de 500 espécies de pássaros e 147 espécies de mamíferos que deambulam por este lugar onde a palavra safari, que em suaíli significa "viagem", assume todo o seu significado, proporcionando cenas muito mais íntimas relativamente a outros parques nacionais que existem no Quénia ou na Tanzânia. É que aqui, entre o Zimbabwe, a norte, e Moçambique, a oriente, para além de podermos seguir num 4x4 com guia, podemos conduzir o nosso próprio carro com a família ou com um grupo de amigos entre cenários carregados de adjetivos, enquanto procuramos os Big 5. E como é fácil encontrarmos. Tudo depende da sorte, claro, e da paciência. Também da hora a que nos levantamos. Para-se, aviva-se os sentidos e, de repente, escuta-se o rugir de um leão. Também ele aqui é rei. Sozinho ou rodeado de quatro ou cinco fêmeas, enquanto as crias brincam exercitando os seus dotes de caçadores. Escutá-lo, principalmente quando a noite chega, é algo único e inesquecível. Assim como o é essa sensação de que somos constantemente olhados, mesmo que pareçam estar num permanente dormitar debaixo de uma acácia, caminhando tranquilamente ao longo de uma picada, ou à nossa frente numa estreita estrada asfaltada. Como um rei consciente da sua posição de todo poderoso. Olhar para ele, ali, em liberdade, é como viajar através de sonhos em busca da mais autêntica forma de vida. Mas se todos nós estamos de acordo que o leão é o rei da selva, no Kruger quem domina é o elefante. Domina pela sua imponência, pela constante mostra de força, mas também pelo permanente encontro que temos com eles. Dizem haver mais de 11.000 neste espaço, viajando quase sempre em manada, parecendo formar um muro intransponível. Ora derrubando árvores, ora atravessando rios e riachos, completamente indiferentes ao que os rodeia. Passam, em grupos de oito ou 10 elementos, e seguem. Enormes. E no meio, tentando imitar os seus progenitores e protegendo-se entre as suas pernas e trombas, pequenos “dumbos” vão abanando as enormes orelhas. E não raras vezes passam por nós, perante estas imagens, sensações de compaixão, de ternura. É, sem dúvida, um dos mais
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fascinantes elementos da família dos Big 5 e tão fácil de os colocar nas nossas objetivas.
Uma Arca de Noé à beira água Do lado oposto, necessitando de um olhar limpo, umas vezes escondido entre a vegetação, outras vigiando o mundo que o rodeia deitado sobre o ramo de
uma árvore, protegendo a sua presa, ou ainda caminhando silenciosamente como que uma sombra por entre pequenos arbustos, está o leopardo, o mais difícil de se observar. Mas a sorte acontece! Paramos surpreendidos por tanta elegância, cravando na nossa memória a sua imagem, enquanto, conscientemente ou não, tentamos ler cada mancha na sua pelagem ou pedimos que ele nos fixe no seu olhar cor de amêndoa, quase que
paralisante, de tanta beleza. Aqui, no Kruger, qualquer movimento ou olhar é cativante, parecendo pedir que paremos de respirar. Que apenas olhemos. É num desse olhares, junto a uma pequena lagoa, como que correspondendo a um motivante desejo, que os nossos olhos são invadidos por uma figura que nos transporta numa viagem mais perto da pré-história, a essa de que falava Charles Darwin. Ali estava, também ele indiferente, o mais fantástico dos Big 5, aquele que, apesar de todo o seu tamanho, é o mais vulnerável: o rinoceronte. Por isso, olhar para este majestoso animal em liberdade, que dizem poder estar extinto dentro de 20 ou 30 anos, seja talvez o momento mais marcante para quem faz um safari. Não muito longe, também experimentando a frescura das águas dessa lagoa por onde pastava o indiferente rinoceronte, uma mancha negra chama a atenção. Era uma composição de cornos, centenas mesmo, que compunha uma manada de búfalos, aqueles que entre os Big 5 não gozam de tanta fama. Talvez por serem a espécie mais fácil de se observar em África, também a mais numerosa. Contudo, impressiona essa mancha negra. Assim como impressiona quando se exercitam em combates novembro de 2018
Como ir
São várias as formas de se chegar ao Parque Nacional Kruger, podendo optar entre voar até Joanesburgo, com várias companhias aéreas a fazerem essa viagem a partir de Lisboa via cidades europeias, ou até Maputo. Da cidade sul-africana, pode alugar um carro e seguir a Rota Panorâmica, ou usar o transfer do hotel onde ficará alojado no Kruger. Também poderá fazer um voo interno até Nelspruit, o principal aeroporto do parque. A partir de Maputo, podese dizer que basta atravessar a fronteira para entrar nesse mundo fantástico de vida animal, pois são apenas 120Km que separam o Kruger da capital Moçambicana. Também aqui poderá alugar um carro, ou utilizar o transfer do hotel.
Onde ficar
Desfiladeiro do Rio Blyde, a arte desenhada pela Mãe Natureza Entre Joanesburgo e o Parque Nacional Kruger, há uma estrada que deve ser percorrida, a Rota Panorâmica, atravessando florestas sub-tropicais e as Cordilheiras de Drakensberg. É aqui que dizem vaguear os espíritos livres. E poucos são os lugares do nosso planeta onde o peito sente tão grande opressão, por vezes parecendo não querer respirar perante tanta beleza e grandiosidade. Um parecer que se torna realidade quando chegamos ao desfiladeiro do Rio Blyde, o terceiro maior do mundo e o maior coberto de vegetação. Um complexo desenhado ao longo de milhões de anos pela Mãe Natureza, feito de paredões de granito cortados pelo rio Blyde, e que tem como superlativo da imaginação do Criador as Three Rondavels, ou Três Irmãs, três espirais maciças que se erguem entre as paredes do desfiladeiro e o céu. Também é aqui que o Blyde River – rio da Alegria – se encontra com o Treur River – rio da Tristeza, em africans,
pela liderança. Sente-se a terra tremer. Sente-se o embate das suas “armas”. Por vezes fazendo parar outros companheiros da vida que acontece nesta região de África. Caminham às centenas e atravessam rios e lagoas também às centenas. Umas vezes sob o olhar de avestruzes, calaos, picanços, águias e outras centenas de espécies de aves, outras de um hipopótamo, de frágeis gazelas de Thompson, de gnus, zebras, cudus, javalis, antílopes e elans, ou de uma girafa que num exercício de contorcionismo mantem-se alerta à possível e indesejada visita de um jacaré, de um leão, leopardo ou hiena. E quando a noite chega, muitas vezes trazendo pelo ar ao lodge que nos abriga e dá descanso ao corpo o rugido de um leão ou o rir de uma hiena, continuamos a olhar esse mundo tão real e estonteante feito de paisagens que nos embriagam os sentidos e onde habitam alguns dos seres vivos mais espetaculares que se podem conhecer, num cenário puro e genuíno onde a vida e a morte coabitam de uma forma natural numa constante luta pela sobrevivência. < Texto: Fernando Borges novembro de 2018
criando com a ajuda do tempo marcado por milhões de anos erosões que abriram cavidades de onde em décadas idas saíam quantidades de ouro. Agora, são grutas e poços de água verde-esmeralda por onde nadam alguns peixes, uma atração que tem a companhia das três God’s Window, ou janelas de Deus, três miradouros naturais que projetam o nosso olhar por criativos picos cobertos de verde que se perdem no horizonte, por vezes apelando a um excesso de imaginação. Mas não basta olhar e admirar esse verde que cobre a cordilheira de Drakensberg e as planícies que dela partem. Há também por aqui zebras, cudos e gnus, milhares de coloridas aves que enchem o ar de melodiosos sons, enquanto nas margens do Blyde jacarés e hipopótamos refrescam-se de um sol por vezes intenso que se abate sobre Mpumalanga, esse lugar cheio de magia onde, e como dizem os swazi, o sol nasce.<
Radisson Blu Gautrain hhhh Sandton, Benmore Gardens – Joanesburgo Desde 113€ p/ noite | radissonblu.com/ en/hotelsandton-johannesburg The Signature Lux Sandton hhhh 135 West St, Sandown – Joanesburgo Desde 54€ p/ noite | signatureluxhotels. com/sandton/ Garden Court Sandton City hhh Sandown, Sandton – Joanesburgo Desde 70€ p/ noite | tsogosun.com/ garden-court-sandton-city Hotel Cardoso hhhh124 euros) 707 Avenida Martires de Mueda – Maputo Desde 124€ p/ noite |hotelcardosomozambique.com No Kruger poderá optar entre os Bushveld Camps, (alojamentos em locais mais remotos), Overnight Hides (espaços que de dia servem para visualização de animais para de noite se transformam em ‘esconderijos’ para os mais corajosos) e os Bush Lodges, menos ou mais luxuosos como, por exemplo: Lukimbi Safari Lodgehhhhh – Desde 825€ p/ noite Imbali Safari Lodge hhhh – Desde 592€ p/ noite Rhino Walking Safaris hhhh – Desde 213€ p/ noite Protea Hotel Kruger Gate hhhh – Desde 195€ p/ noite
Onde comer
PROGRAMAS
O operador turístico NovoTours tem dois programas distintos que incluem o Kruger National Park: Maputo + Kruger Park • 7 noites • 3 noites em Maputo (APA) + 3 noites no Kruger (MP) + 1 noite em Maputo (APA) • Transfer Maputo – Pestana Kruger Lodge - Maputo • 1 safari com taxa de conservação incluída • Transfer aeroporto – hotel – aeroporto • Preço – Desde 939€ (Não inclui voo)
Joanesburgo + Kruger Park • 7 noites • 2 noites em Sandton (APA) + 4 noites no Kruger (MP) + 1 noite em Sandton (APA) • Transfer Joanesburgo - Pestana Kruger Lodge – Joanesburgo • 1 safari com taxa de conservação incluída • 1 panorama tour • Transfer aeroporto – hotel – aeroporto • Preço – Desde 1.299€ (Não inclui voo)
Sakhumzi Restaurant Soweto, Joanesburgo Comida sul-africana Trump Restaurant Nelson Mandela Square, Joanesburgo Especialdiade: Grelhados Moyos Restaurant Melrose Arch, Joanesburgo Comida urbana e africana Forever Resort Blyde River Canyon Kruger National Park Buffet africano Camp Kruger Kruger National Park Comida africana e internacional Tindlovu Restaurant Shingwedzi Kruger National Park Comida africana, steakhouse Villa Luso Phalaborwa Comida portuguesa e internacional
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> ir & ficar
Club Med Palmiye, em Antalya
Entre o Monte Taurus e o Mediterrâneo É conhecida por “Riviera Turca”. O clima ameno, as águas límpidas em tons azulados convidam a banhos nos inúmeros resorts que se estendem ao longo da costa. Por trás, a imponência do Monte Taurus e os vestígios históricos são ingredientes obrigatórios.
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hegámos já a noite ia longa e o tempo encoberto não deixava adivinhar a paisagem que nos despertaria horas mais tarde. Depois de passarmos a receção do resort, encaminham-nos para a Villagio, deixando para trás a área do hotel. À nossa frente, pequenas casas brancas saem por entre as inúmeras laranjeiras que adornam todo o complexo turístico. Estamos no Club Med Palmiye, em Antalya, na Turquia e a aventura ainda está para começar. É com o raiar do novo dia que as surpresas começam. Virados de costas para o mar damos de cara com as imponentes montanhas que constituem o Monte Taurus, e que até há umas horas se mantinham escondidas ao nosso olhar. A temperatura amena faz prever uma estadia como se sonha num resort de praia. São 18 hectares e 900 metros de costa para descobrir neste Club Med Palmiye, construído em 1988 e renovado há dois anos. Dividido entre o hotel, que proporciona uma estadia mais tranquila e a Villagio, mais recomendada para
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famílias, o resort distribui o seu espaço para que a sua oferta seja a mais variada possível, disponibilizando no total 670 quartos. Os quartos têm também tipologias diferentes. No hotel encontramos desde quartos superior para pessoas com mobilidade reduzida, passando por quartos superiores comunicantes (ideal para famílias), quartos superiores individuais e quartos familiares superiores. Já na Villagio existem quartos superiores em duplex, quartos superiores comunicantes, entre outros. Nós pernoitámos num duplex, com o quarto e casa de banho no rés do chão e uma sala no piso superior e um pequeno terraço. Os tons azul e verde que percorrem o alojamento transportam-nos para as cores que refletem no mar onde mais tarde nos banhámos.
Restaurantes e bares Se é apreciador de boa gastronomia, saiba que por aqui encontra quatro restaurantes. O Phaselis, localizado no hotel, com um terraço que permite
desfrutar do clima ameno à beira-mar, ideal para famílias com crianças. No seu menu encontramos uma grande variedade de peixes e refeições com baixo teor de gordura. O Olympus, na parte Villagio, é um restaurante buffet aberto ao exterior. O seu menu vai variando todos os dias, dedicado à gastronomia turca, italiana, entre outras. A variedade é excelente e a sua organização em ilhas permite que não se depare com grandes aglomerados na hora de se servir. Destaque ainda para o “corner” das saladas faça você mesmo e dos sumos saudáveis feitos ao momento. O Topkapi, um restaurante de especialidades turcas, que não tivemos hipótese de experimentar, mas cuja localização é por si só um convite. No menu é possível encontrar mezze, tagine de peixe, cordeiro Capadócia e mangal (churrasco). O edifício onde se encontra fica rodeado por um lago, onde nem os patos faltam. Deve ser reservado antecipadamente. O Bosphore, um restaurante onde é necessária reserva e onde encontramos pratos turcos, com produtos frescos locais.
Aqui pode ainda tomar o pequeno-almoço e almoços tardios. Na nossa visita tivemos oportunidade de degustar uma salada de polvo grelhado com tomates confitados, gambas salteadas com puré de espargos, bife com risoto de espargos, cebola caramelizada e molho de cogumelos e para a sobremesa uma tarte Tatin de maçã com gelado e um petit gâteau de chocolate. Se ainda assim, com esta oferta de restaurantes tiver fome, pode optar por um dos seis bares disponíveis no complexo turístico, que fecha portas a 3 de novembro para reabrir novamente a 27 de abril de 2019.
Atividades e lazer Mas falemos das atividades, até porque as há para todos os gostos e idades. Desde trapézio, tiro com arco e flecha, ténis, futebol, yoga e fitness até aos desportos náuticos, como paddle, kayak, windsurf, vela, tudo é possível por ali. Destaque ainda para o passeio de barco ao longo da costa e que permite fazer mergulho. Nós experimentámos e vale novembro de 2018
experimentámos a massagem Bali pelas mãos da terapeuta tailandesa Maya. Para complementar os tratamentos pode ainda optar por banho turco, sauna e hammam.
As excursões e o que visitar
bem a pena. Se gosta de correr ou fazer caminhadas encontra também um percurso à volta de todo o resort, com 4Km. Durante o dia há sempre momentos de animação, quer seja nas piscinas – seis no total – ou no kids club. As crianças não são de todo esquecidas neste resort e têm monitores que as acompanham durante todo o dia, caso pretenda passar uns momentos mais descansado. À noite é também possível deixá-las à guarda de um monitor se quiser ir dar um “pulinho” ao night club para um pezinho de dança. No Club Med Palmiye tem sempre um tema todas as noites e um dress code que poderá usar ou não, mas que lhe permite entrar no espírito da festa. Todos os dias há ainda espetáculos no anfiteatro junto à Villagio quer para os mais pequenos, quer para os adultos. Se não é dado a grandes atividades e o que pretende é mesmo relaxar não deixe de visitar o Club Med Spa/ Hammam, aberto das 9h30 às 19h30. São 20 salas de tratamentos (quatro delas para casais) que encontra neste espaço de recolhimento e reflexão. Nós novembro de 2018
Passar férias no Club Med Palmiye é sinónimo de não ter de sair do resort para se distrair, no entanto, não deixe de o fazer, pois tem uma panóplia de excursões à sua disposição durante a sua estadia e que aconselhamos a que não perca, pois a Turquia é por si só um livro de história aberto. Desde “As cidades perdidas de Myra & Kekova”, passando pela “Antalya Autêntica”, fazer um “Safari 4x4”, ou excursões à medida, as opções são diversas. Nós partimos à descoberta do “Castelo de Algodão de Pamukkale”. Fica a quatro horas de autocarro do resort, mas vale cada quilómetro percorrido. Trata-se de uma formação calcária em cascada, com piscinas termais, cujas águas chegam a atingir os 38 graus centígrados. A sua cor branca deu-lhe o nome de “Castelo de Algodão”. Ao longe, facilmente a confundimos com uma montanha coberta de neve. Situada perto de Denizli, esta formação tem uma extensão de 1.200 quilómetros e existe há 1.400 anos. Todos os anos aumenta em média três milímetros. Existem apenas mais duas formações deste género em todo o mundo, no Afeganistão e nos Estados Unidos, embora de menores dimensões. Em 1988 foi declarada Património Mundial pela Unesco juntamente com Hierápolis, onde encontramos o maior cemitério da Turquia. Mas antes de iniciarmos esta jornada fizemos uma paragem no Hotel Lycus River para um mergulho na piscina do seu Spa termal. Águas cujas propriedades medicinais estão indicadas para doenças de pele e digestivas. E partimos para Hierápolis, também conhecida como a “Cidade dos Templos”, embora não se tenha encontrado nenhum até ao momento, como nos explicou o nosso guia Hazu, um turco, com formação em arqueologia, que nos levou nesta aventura. Fundada pelo rei de Pérgamo, Eumenes II, no século II a.C., esta cidade desmoronou-
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> ir & ficar
| Pamukelle
| Mesquita de Kemer
de Kemer, construída entre 2008 e 2011. Com 3.000m2 tem capacidade para acolher 2.500 pessoas. À entrada algumas regras devem ser cumpridas, principalmente se for mulher. Nada de calças compridas ou braços e cabeça destapados. Mas não se preocupe, porque há saias e lenços para as senhoras mais distraídas e que queiram visitar a mesquita. Despedimo-nos de Kemer, não sem antes tirarmos algumas fotografias na praça principal, onde da Torre do Relógio se ergue agora um restaurante de luxo. De Kemer, de Antalya e também da Turquia: Allaha ismarladik (adeus) e tesekkür ederim (obrigado).< O destinos viajou a convite do Club Med.
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se após um terramoto no ano 17, durante o reinado de Tibério e esconde vários períodos da história. É possível encontrar vários desníveis de estrada, com vários túmulos que nos transportam a diferentes épocas. A entrada na cidade e na formação calcária tem o custo de 7€, mas este valor pode variar tendo em conta que a lira turca tem sofrido variações. Se optar por fazer esta excursão saiba que deve levar calçado confortável, pois o caminho é algo sinuoso e longo. Para além do cemitério, encontramos ainda o Nymphaeum de Triton, construído durante o reinado de Alexander Severus (222 a 235 a.C.), assim chamado pela presença de relevos dessas figuras numa das fontes monumentais da cidade. A fachada de 60 metros de comprimento tem duas alas curtas que abrigam estas estátuas. É ainda possível encontrar a Latrina, onde para além da higiene, se faziam também grande parte dos negócios na altura, uma vez que as grossas paredes de pedra e o correr da água promoviam a privacidade necessária para tal. E ainda a Basílica do Banho. Este complexo, situado na zona norte da cidade fora dos portões da mesma é
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Texto: sandra martins pereira datada do século III a.C., mas mais tarde, uma outra parte foi acrescentada à estrutura central, transformando-a numa igreja. O caminho é longo como já aqui lhe referimos e findo este trajeto poderá molhar os pés na formação calcária com as piscinas termais ou então mergulhar na piscina termal dentro do complexo do Spa, onde no fundo da mesma se podem ver restos de enormes colunas, desfeitas provavelmente por um terramoto. Este mergulho tem um preço extra, mas se quiser apenas visitar e tirar fotografias não precisa de pagar. Não deixe de subir mais uns metros para visitar o Teatro Romano, com capacidade para 20 mil espetadores. Construído num ângulo de 90 graus, este recinto é Património Mundial da Unesco. Do alto da sua plateia pode ver no horizonte o “Castelo de Algodão”.
Kemer E a noite já vai longa quando regressamos ao Club Med Palmiye. Novo dia, novas descobertas, desta vez a apenas 10 minutos do resort. Chama-se Kemer esta cidade, distrito da província
de Antalya, na costa mediterrânica da Turquia, que dista 40Km a oeste da cidade de Antalya. O percurso de táxi do resort até aqui é de 10€. As ruas limpas, com lojas das mais variadas marcas e os diversos hotéis na orla costeira prometem um passeio tranquilo. Faça como nós e deixese envolver pelo espírito da cidade. Visitámos o mercado de rua local de Kemer (à quinta e sábado), onde encontra desde vestuário, calçado, até especiarias e produtos locais. É natural que oiça falar russo, até porque estes procuram a região para as suas férias. Saídos desta espécie de feira, estivemos a assistir a uma partida de Tavla (um jogo de tabuleiro muito apreciado na região). Ali e Cengîz são os dois turcos que se defrontam, enquanto bebericam um chá turco. Fazem questão que nos juntemos à mesa e um chá de maçã verde acompanha-nos. Delicioso. Mais tarde partilhamos um Simit (um pão em forma de rosquilha e salpicado com sementes de sésamo), ainda quentinho. Falamos de futebol, das regras do Tavla, tiramos fotografias e na memória registam-se os rostos, a simpatia e a vitória do nosso novo amigo Ali. Tempo ainda para uma visita à Mesquita
Como ir
Voos na Turkish Airlines Lisboa-Istambul/ Ataturk e Istambul/Ataturk- Antalya, transfer de 45 minutos até ao Club Med Palmiye. De táxi Aeroporto Antalya- Club Med Palmiye (60€). Promoções: O Club Med Palmiye, já tem disponíveis pré-reservas para o verão de 2019. Os descontos podem ir até 15% nos pacotes com viagem e alojamento, em voos com a Turkish Airlines.
O que comprar
Se está a pensar trazer uma recordação de terras turcas, saiba que as joias, a cerâmica, as peles e os tapetes são produzidos no país. Pode ainda optar pelas especiarias, os frutos secos e os doces regionais (uma espécie de gelatina envolta em açúcar).
Algumas palavras que deve saber Olá (merhaba); Sim (evet); Não (hayir); por favor (lütfen); obrigado (tesekkür ederim); Bom dia (günaydin). Se tiver dificuldade sugerimos que descarregue a app do Google Translate.
novembro de 2018
> gastronomia
Castanhas Quentes e boas…
Estamos na época delas. São boas assadas e quentinhas, embrulhadas em cartuchos de papel, compradas aos vendedores ambulantes, mas as castanhas são muito mais: rainhas de festas e festivais por esse Portugal fora nesta época do ano, e muitos pratos ganham mais sabor quando elas se fazem acompanhar.
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inguém resiste ao fruto que simboliza o outono/inverno. O cheirinho invade ruas e praças de todo o país. Se é considerada rainha principalmente em terras transmontanas, a Baixa de Lisboa é invadida por carrinhos de assadores de castanhas que libertam um fumo branco que se confunde com nevoeiro e que envolve a cidade numa atmosfera misteriosa. Só os vendedores ambulantes conhecem os pregões e todos os truques para uma boa fornada bem amarela e quentinha. Este cenário típico foi até imortalizado pelo fadista Carlos do Carmo com a canção “O Homem das Castanhas”, que em certa altura do verso diz: “Na Praça da Figueira, ou no Jardim da Estrela, num fogareiro aceso é que ele arde. Ao canto do outono, à esquina do inverno, o homem das castanhas é eterno. Não tem eira nem beira, nem guarida, e apregoa como um desafio”, continuando para um refrão: “Quem quer quentes e boas, quentinhas? A estalarem cinzentas, na brasa. Quem quer quentes e boas, quentinhas? Quem compra leva mais calor p'ra casa”. Que tem uma tradição antiga na gastronomia portuguesa tendo muitas vezes substituído a batata e o pão em tempos de escassez contam os mais antigos. Apesar de acabadinhas de assar saberem melhor, e acompanhadas de um golo de Jeropiga, serem divinais, hoje as castanhas dão origem a uma enorme variedade de pratos na gastronomia portuguesa, da mais tradicional à mais moderna. Na região transmontana, os pratos típicos ganham mais sabor quando da castanha se fazem acompanhar. As sopas, os rojões, a perdiz e o javali são algumas das iguarias
que não dispensam este fruto. E para quem gosta de doces, o pudim é a sobremesa que deixa qualquer um de água na boca. É um fruto bastante versátil que pode e deve ser consumido de várias formas: assadas, cozidas ou em puré, na confeção de sopas e guisados, e mesmo na produção de pão, sobremesas, bolos e biscoitos, tortas, compotas e até em calda, sem esquecer como acompanhamento ou recheio de aves típicas desta época do ano. Por se assemelharem nutricionalmente aos alimentos do grupo dos cereais
e derivados (pelo seu elevado teor glicídico), a castanha pode substituir na alimentação diária os alimentos deste grupo, acrescentando diversidade à dieta. Os desportistas são os maiores fãs da castanha portuguesa. É importante incluirmos o consumo da castanha na nossa alimentação, já que esta oleaginosa combate os radicais livres, retarda o envelhecimento precoce e ainda possui aminoácidos essenciais, lípidos de boa qualidade e quantidades significativas de fibra e minerais, com destaque para o ferro. Uma excelente alternativa às batatas, o puré de castanhas é um bom acompanhamento de assados, de aves, ou de uma peça de caça. Experimente carne de porco com castanhas, reconfortante para os dias mais frios e um prato que fará as delícias de toda a família durante a época do Natal. O bolo de castanhas é uma opção deliciosa para um lanche em família numa tarde de outono. Experimente e certamente irá repetir.
Celebrar como elas merecem Um pouco por todo o país este fruto é celebrado em ambiente de pompa e circunstância, em eventos que pretendem valorizar a castanha, promovê-la gastronomicamente e potenciar a sua produção. Uma das mais importantes festas novembro de 2018
passa-se em Marvão. Nos dias 11 e 12 de novembro, o município de Marvão promove a XXXIV Festa do Castanheiro – Feira da Castanha. Durante estes dois dias, pode encontrar, na vila de Marvão, quatro tradicionais magustos, dezenas de pontos de venda com produtos típicos do outono, música popular e muita animação. Apelidada de «terra da castanha», Arouca vai já na 6.ª edição do Festival da Castanha. A Festa da Castanha de Sernancelhe cumpriu este ano 26 edições. O Parque Municipal de Exposições de Vinhais acolhe todos os anos a Rural Castanea-Festa da Castanha de Vinhais. Macieira, no concelho de São Pedro do Sul também tem a sua Festa da Castanha e do Mel (10 e 11 de novembro), bem como Trancoso com a Feira da Castanha e Paladares de Outono, Vieira do Minho com o Mercado da Castanha e dos produtos locais, Corroios (Seixal) com a Feira do Fumeiro e da Castanha. Na Lousã, a XIX Feira do Mel e da Castanha, decorrerá de 16 a 18 de novembro. Estes são apenas alguns exemplos. Em vários pontos de Portugal existem também confrarias da castanha que têm por objetivo promover tudo o que, direta ou indiretamente, possa contribuir para a defesa e promoção e valorização da cultura do castanheiro e dos seus produtos e serviços de uso, nomeadamente, na gastronomia.< Texto: Maria Morgado
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> por cá
| Castelo de Paderne
Albufeira
Respeitadora do seu património
Dica “Albufeira Online” está a dotar o centro histórico da cidade e as zonas de maior afluência turística do concelho de acesso gratuito à Internet, através da instalação de um conjunto de infraestruturas que visam disponibilizar sinal wi-fi de qualidade com capacidade de resposta. Trata-se de uma aplicação móvel que inclui um “travel planner”, ferramenta que permite organizar e personalizar as suas férias no destino, de acordo com o tipo de experiência que deseja realizar.<
Quem pensa que a rainha do turismo do Algarve – Albufeira, é encantadora apenas no verão, está redondamente enganado. A cidade algarvia e todo o concelho têm atrativos que sobram, mesmo no inverno. É só descobri-los: um concelho moderno, bonito, ativo e atraente, mas respeitador do seu património, da sua história e das suas tradições.
E
nquanto outros ligam o aquecimento e se aconchegam nas suas casas, convido-o a desfrutar de uma escapadinha ao sol. E nada melhor do que rumar ao sul do país. O destino final pode ser a nossa rainha do turismo, Albufeira. Mesmo no inverno, o clima do Algarve é temperado, os períodos de chuva são ocasionais o que lhe permite realizar várias atividades e desfrutar de longos passeios, portanto, não vai precisar de ficar fechado. Outra dica importante: nesta altura do ano os preços são mais convidativos, há muito menos turistas e pode aproveitar com toda a tranquilidade tudo o que esta região tem para oferecer. Muitas vezes a desculpa é que, quando termina a época balnear no Algarve em geral e em Albufeira em particular, está tudo fechado. Nos últimos anos não tem sido assim. A cidade continua vibrante, embora sem as exageradas enchentes. É assim que eu gosto.
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Albufeira é feita de história. Foi ocupada pelos Romanos que lhe chamaram “Baltum”, e pelos Árabes que lhe chamaram “Al-
Buhera”. Por ter sido reduto árabe por longos anos, construíram-se aqui sólidas fortificações defensivas que tornaram Albufeira quase
inexpugnável. Em meados do séc. XIII seria definitivamente conquistada pelos Cavaleiros da Ordem de Santiago. Viria a desgraça com o terramoto de 1755, tendo sido das cidades algarvias mais flageladas. Durante séculos foi terra de pescadores, facto que continua bem presente nos hábitos e tradições locais. Na década de 60, a cidade despertou para o turismo. Apesar de muitas das zonas de Albufeira terem sido desenvolvidas para atender às necessidades da indústria do turismo em constante crescimento, a Cidade Velha mantém o charme e as tradições. É neste pitoresco centro feito de ruas de paralelepípedos, becos sinuosos, lojas, cafés e restaurantes tradicionais, onde ficam alguns dos pontos turísticos de Albufeira, principalmente os mais antigos e históricos, muitas vezes desconhecidos pela maioria dos turistas. Para já não pode perder. Na cidade há dois museus importantes, um de arte sacra novembro de 2018
e outro de arqueologia. O de arte sacra está instalado na Capela de São Sebastião na parte antiga de Albufeira. É aqui que se encontram as peças religiosas mais antigas da região. De entre as obras expostas, o destaque vai para o retábulo policromático da segunda metade do século XVIII, no qual se encontram três imagens: São Sebastião, São Francisco Xavier e São Domingos. O Museu está aberto no inverno das 10h30 às 16h30. Para entrar paga apenas 2€ e pode encontrar a capela subindo a colina a seguir ao Museu de Arqueologia.
Como ir
De Lisboa: (cerca de 256Km). Siga pela A2 (Ponte 25 de Abril) e A22 para a IC1(inclui portagens) Do Porto: (Cerca de 529Km). Siga pela A1, A13, A2 e A22 para a IC1 (inclui portagens)
ONDE COMER
Viajar no tempo Vale a pena viajar por outros tempos e aprender alguma história local no Museu de Arqueologia, localizado na Praça da República, no edifício da antiga Câmara Municipal. Está aberto de terça a domingo das 9h30 às 17h30, e o bilhete custa apenas 1€. Os artefatos no museu estão expostos em diferentes categorias, Préhistória, Período Romano, Período Islâmico e Idade Moderna e demonstram a riqueza e diversidade histórica da região. De monumentos e pontos de interesse destacamos apenas alguns. Considerada um dos ex-libris da cidade, a Torre do Relógio é um local a visitar. Esta antiga torre muçulmana encontra-se integrada no edifício da antiga cadeia comarca e durante a noite ilumina o centro da cidade. A Matriz de Albufeira, a Capela da Misericórdia, o Edifício da Antiga Albergaria, o Arco da Travessa da Igreja Velha, a Bateria de Albufeira ou a Ermida de Nª Sra. da Orada, são bons exemplos. Em Albufeira também se organiza uma grande festa de Ano Novo com fogos de artifício e entretenimento ao vivo na praia e nas ruas durante a temporada festiva. Se estiver por lá nessa altura, não a perca. E como não podia deixar de ser, os sabores de Albufeira chegam-nos dos saberes das suas gentes e dos seus pescadores. Há restaurantes para todos os gostos. Com mais de 700 restaurantes de certeza que na zona em que se encontra há algum para o seu gosto e bolso. A escolha vai de o típico português a restaurantes de renome e mesmo com estrelas Michelin. Todos os anos, em Albufeira é organizado o Festival de Gastronomia, que conta com a participação de diversos restaurantes. Visite Guia, que mais não seja porque é uma referência gastronómica nacional pela existência do típico "Frango da Guia". Se o azul das águas faz brilhar Albufeira, o verde dos campos cativa e seduz. Alguns quilómetros para o interior e tudo muda. Amendoeiras, figueiras, pinheiros e laranjeiras salpicam de verde a paisagem. O rendilhado das chaminés destaca-se do vermelho ocre dos telhados. Aldeias bucólicas convidam a conhecer um quotidiano feito de natureza e tranquilidade. A 15 quilómetros do oeste de Albufeira, localiza-se uma grande lagoa salobra costeira protegida do mar pelo grande sistema de dunas da Praia Grande – Lagoa dos Salgados, que atrai uma grande variedade de aves durante todo o ano, algumas até consideradas raras. Viaje para o interior até à Vila de Paderne e visite o seu castelo. Diz-se que este castelo é um dos 7 que figuram na bandeira portuguesa. É monumento de interesse nacional, mas infelizmente grande parte já está destruída. Foram realizados trabalhos novembro de 2018
Festa de passagem de ano com cartaz de luxo
Na passagem de ano Albufeira enche-se de luz e animação. Este ano também não será diferente. O cartaz, com a duração de cinco dias, a pensar nas famílias, tem como destaque os concertos junto ao mar de HMB e Fernando Daniel, que sobem ao palco na noite de réveillon na Praia dos Pescadores, e que termina com fogo de artifício lançado de três pontos do concelho: Praia dos Pescadores, Praia da Oura, e Praia de Olhos de Água. Mas o programa de passagem de ano começa logo no dia 28 de dezembro com o Festival de Humor Solrir, que promete arrancar gargalhadas até ao primeiro dia do ano. Os comediantes mais conceituados a nível nacional sobem ao palco do Palácio de Congressos, na Herdade dos Salgados, para quatro noites de ‘stand-up comedy’. No dia 29 de dezembro, sábado, a Avenida Sá Carneiro, na Oura, vai ser percorrida por artistas circenses, que têm preparadas performances e números de grande impacto visual na ‘Star Parade’. O ‘Paderne Medieval’ regressa também este ano. Bancas com artesanato, demonstrações de artes e ofícios e tasquinhas com o melhor da gastronomia regional vão decorar, de 29 de dezembro a 1 de janeiro, o núcleo histórico da freguesia.<
para recuperar as partes mais importantes e continua a ser um exemplar da arquitetura militar do Algarve. O acordeão é um instrumento tradicionalmente usado no Algarve há muito tempo. Na Casa Museu do Acordeão, aberto de segunda a sexta, das 9h30 às 17h30 (fecha para almoço das 13h00 às 14h00) pode conhecer mais sobre a
história deste instrumento. Se é fã de arte, vale a pena conhecer a Galeria de Arte Corte Real. O local em si é de cortar a respiração, com os seus jardins maravilhosos que criam um cenário perfeito para esta galeria de arte situada no interior algarvio.< Texto: Maria Morgado
Restaurante A Ruina Peixe e mariscos grelhados Cais Herculano (Praia dos Pescadores) Tel:289 512 094 Email: info@restaurante-ruina.com Website: www.restaurante-ruina.com Restaurante Xerém Novas tendências culinárias associadas à tradição da gastronomia algarvia Estrada Ferreiras – Paderne Tel: 289 543 141 / 913 134 757 Email: restaurantexerem.albufeira@gmail. com Website: www.restaurantexerem.com Restaurante Teodósio Frango da Guia Rua do Emigrante, 50 – Guia Tel: 289 561 318 Email: restauranteoteodosio@gmail.com Website:www.restaurante-teodosio.com
ONDE FICAR
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> grandes dicas
por fernanda ramos
Nazaré
Subir ao Sítio de ascensor Há quanto tempo não visita o Sítio, na Nazaré? Porque não aproveitar agora que vai voltar a falar-se da Nazaré, do seu canhão e de ondas gigantes? Pode fazer o “dois em um”, ou seja, ir até à Nazaré para tentar captar uma dessas ondas e subir ao Sitio, utilizando o não menos famoso ascensor. Não sabe o que é o Sítio? Pois o Sítio é o melhor miradouro da Nazaré, a partir dele consegue-se uma das melhores e mais amplas vistas da costa portuguesa, desde a Nazaré a Peniche. O seu Largo é uma enorme varanda aberta sobre o oceano que permite vislumbrar as serras de Aire e Candeeiros. No ponto mais alto da vila, o Sítio estará para sempre ligado ao culto da Nossa Senhora da Nazaré que, reza a lenda, salvou o alcaide D. Fuas Roupinho, que a invocou, de se precipitar no abismo ao perseguir um veado. Grato, o alcaide mandou edificar uma capela em honra da Santa, a Ermida da Memória, também conhecida por Capelinha do Sítio e Capela de Nossa Senhora da Nazaré, datada do séc. XII. No Sítio, é indispensável visitá-la, tal como o Santuário, do séc. XVIII, também ali localizado, e o chamado Bico da Memória, o local onde, supostamente, está marcada uma das patas do cavalo de D. Fuas. Para subir ao Sítio a partir da vila da Nazaré, o melhor é ir de ascensor, meio de transporte inaugurado em 1889 e projectado por Raul Mesnier, a quem se ficaram também a dever os elevadores de Santa Justa, da Glória e da Bica em Lisboa. O ascensor do Sítio sobe uma extensão de 318m e tem uma inclinação de 42%. O bilhete simples custa 1,50€ para adulto e 1,50€ para criança, ida e volta os preços são de 2,90€ e 1,90€, respetivamente. Mais informações em: http://www.cm-nazare.pt/pt/ascensor-da-nazare
Área Metropolitana do Porto
À descoberta da herança do Barroco É um dos quatro novos roteiros turísticos que abrangem vários municípios da Área Metropolitana do Porto, todos eles a merecerem ser experimentados. O que propomos hoje é uma viagem pelos museus e monumentos mais representativos do Barroco que beneficiam particularmente nove concelhos da AMP, onde o tempo e os homens souberam preservar a melhor arte e arquitetura daquele período. Comece-se pelo Porto, onde o roteiro convida a conhecer a Sé Catedral, o Palácio do Freixo, a Igreja de Santa Clara, Igreja e Torre dos Clérigos, Igreja das Carmelitas, Igreja da Nossa Senhora do Carmo, Museu e Igreja da Misericórdia e Igreja de S. Francisco. A descoberta do legado desta expressão artística singular prossegue pelos concelhos de Matosinhos, Maia, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, onde “moram” a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, a Igreja e Casa Mosteiro de São Salvador em Moreira da Maia, a Igreja de S. Francisco de Azurara e a Igreja da Misericórdia de Vila do Conde e Casa do Despacho. Destaque também para a Igreja Matriz da Póvoa de Varzim e para a Igreja de Nossa Senhora das Dores, ambas na Póvoa de Varzim. Siga-se para Trofa e Paredes para apreciar a Igreja Paroquial de Santiago de Bougado, a Igreja de São Cristóvão de Louredo e a Igreja de São Tomé de Bitarães. Rume-se depois para Oliveira de Azeméis, para visitar a Igreja Matriz e para Arouca onde é indispensável apreciar o Mosteiro de Arouca, do Museu de Arte Sacra e o Núcleo Museológico da Santa Casa de Misericórdia. Mais informações e download dos roteiros em http://pin.amp.pt/
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Évora
Heaven Inn Hostel É uma unidade de alojamento local que ainda cheira a novo e que, pela sua localização, no centro histórico, é ideal para partir à descoberta da capital alentejana. Edifício antigo totalmente renovado, onde a decoração, simples e despretensiosa, assenta em elementos de artesanato regional, o hostel apresenta-se com quatro pisos. No piso térreo, encontra-se a receção e uma área tecnológica com vários computadores, no piso 1 está a zona de quartos que oferece um total de 53 camas em cinco dormitórios. No piso 2 situa-se a única suite com um terraço privativo e vista frontal para a igreja Santo Antão, na Praça do Giraldo. O espaço tem ainda um terraço que permite desfrutar da paisagem da cidade Património Mundial da Humanidade. Morada: Rua Romão Ramalho 34 – Évora | Tel. 266 703 940 Site: heaveninnhostels.com | e-mail: info@heaveninnhostels.com novembro de 2018
As férias servem para relaxar, repor energias, conhecer novas culturas. Durante esses dias há algo que deve ser deixado para trás: a preocupação. É alta a percentagem de férias que são estragadas devido a fraude relacionada com cartões de crédito e débito. Continue a ler de modo a evitar que tal lhe aconteça.
S
e os seus cartões de débito e crédito forem roubados nas suas férias é certo que passará mais tempo dentro do seu quarto de hotel a tentar resolver esta situação do que a aproveitar o seu tempo de descanso. Na realidade a probabilidade de ser vítima de fraude não aumenta pelo facto de estar no estrangeiro, mas todo o trabalho envolvido em resolver a situação agravase com a distância. É uma situação a evitar ao máximo e há algumas diretrizes que pode seguir para que tudo corra o melhor possível. Para começar leve consigo apenas os cartões que vai necessitar ao longo da sua viagem, idealmente dois, sendo que deve deixar um em segurança no cofre do hotel e fazer-se acompanhar de apenas um ao longo dos dias. Caso perca a carteira, resolver a questão do cartão desaparecido resume-se, assim, apenas a um telefonema. Torna-se, também, mais fácil manter o cartão sob vigilância se for apenas um, para que saiba onde ele se encontra a todo o momento. O segundo ponto a ter em atenção é precisamente a vigilância, o manter os seus pertences “debaixo de olho”. Não deixe a sua mala ou mochila nas costas de uma cadeira, ou em cima de uma toalha de praia sem ninguém conhecido à volta. Tenha atenção aos cartões, mesmo quando os empresta a alguém de confiança, que pode não despender todos os cuidados necessários a ter com o seu cartão. Clonar um cartão de crédito ou débito é, infelizmente, cada vez mais fácil. Mais rápido e feito em máquinas pequenas e
leves que não chamam à atenção. Faça questão de ver o seu cartão em todos os pagamentos efetuados. Não deixe que o empregado do restaurante leve o seu cartão para pagar ao balcão, não permita que o vendedor de loja experimente o seu cartão em outra máquina que se encontra fora do seu ângulo de visão. Se possível, deixe o seu cartão de débito de lado e foque-se no cartão de crédito quando em viagem, pois este oferece uma maior proteção. Se o cartão de crédito for roubado o proprietário pode ser responsabilizado por uma pequena quantia, que aumenta substancialmente no caso de ser um cartão de débito, podendo até ser responsável pela totalidade do dinheiro desviado. Quando levantar dinheiro evite usar caixas automáticos que não estejam associadas a bancos, pois estas são também vulneráveis a ser corrompidas.
Consultar a atividade do cartão É importante consultar a atividade dos seus cartões, de modo a garantir que não estão a ser feitos movimentos sem o seu conhecimento, no caso de o cartão ter sido clonado. Contudo, é preciso ter cuidado extra quando o faz fora de casa e através de redes que podem não ser seguras. Idealmente deveria consultar as atividades da sua conta apenas quando de regresso a casa, mas é compreensível que queira controlar as suas finanças quando em viagem. Não é aconselhável aceder aos dados da sua conta através de um computador público, mas mesmo quando utiliza os seus próprios aparelhos eletrónicos, como smartphones e computadores portáteis, deve ter em atenção a rede através da qual partilha os seus dados. Faça questão de utilizar um hotspot protegido por password e apenas sites considerados seguros, identificáveis por um cadeado verde junto à hiperligação que deverá iniciar por https ao invés de http. O ideal será utilizar uma rede Ethernet, diretamente ligada à corrente, se tal não for possível e caso esteja a viajar dentro da União Europeia dê primazia à sua própria rede de Internet do que a uma rede wi-fi. Todos estes conselhos servem não apenas para consultar a sua informação bancária, no site do seu banco, mas também para qualquer ação que envolva partilhar os seus dados de cartão de crédito, como um site para comprar bilhetes para um museu, ou obter o voucher de um hotel.<
Medidas de proteção extra
• Ligue ao seu banco antes de ir em
viagem de modo a descobrir qual a melhor maneira de reportar um cartão roubado ou perdido quando no país específico que vai visitar; • Compre um cinto de dinheiro para utilizar dentro do seu casaco ou até camisa, para que o furto se torne ainda mais complicado; • Faça-se acompanhar de uma carteira com proteção RFID que bloqueia leituras involuntárias de cartões que utilizam tecnologia wireless.< Texto: Sofia Soares Carraca
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Proteja os seus cartões eletrónicos quando em viagem
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EVENTOS E ESPETÁCULOS
13 de novembro a 22 de dezembro
MERC’ART Lisboa
30 de novembro a 6 de janeiro
O MERC’ART está de regresso para apresentar obras de arte originais. Este ano conta com 30 artistas, desde os mais conceituados a estrelas em ascensão, sem esquecer os estreantes. Todos num contentor à entrada da LX Factory. Neste espaço estarão reunidos pintores, street artists, ilustradores, fotógrafos e digital artists, tanto portugueses quanto estrangeiros.
15 a 18 de novembro
Mostra Internacional de Doces e Licores Alcobaça
Na sua XX edição a mostra regressa ao Mosteiro de Alcobaça para dar a conhecer o legado dos monges e monjas de Cister. Cornucópias, pão de ló de Alfeizerão, trouxas de ovos e licor de ginja não vão faltar, entre outras iguarias. Vai poder degustar o melhor do receituário conventual não só de Alcobaça, mas também de outros mosteiros, conventos e pastelarias, nacionais e internacionais.
16 e 17 de novembro
Festival Fartura Lisboa
É à volta de receitas, produtos e sabores que unem os dois países que chefs portugueses e brasileiros se juntam no Time Out Market. Durante dois dias é possível assistir a duelos culinários ao vivo entre chefs de Portugal e do Brasil, e provar as iguarias que daí vão resultar, conversar com chefs e produtores e visitar uma mostra de produtos brasileiros e portugueses.
24 e 25 de novembro
Feira Anual de Santa Catarina Celorico de Basto
Nesta feira, que procura valorizar os usos, costumes e tradições ancestrais de Celorico de Basto, não falta convívio à volta de um copo de vinho verde e sardinhas grandes a pingar na broa de milho. É uma feira rural, de gado, com um dia dedicado ao gado bovino e outro ao gado suíno. Pode contar com animação, pista de carrinhos elétricos, carrosséis, rulotes de farturas e tanto mais na zona envolvente ao Mercado Municipal.<
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Óbidos Vila Natal
Reviver as memórias de infância O Óbidos Vila Natal anima, uma vez mais, a Vila de Óbidos, desta vez ao longo de mais de um mês. Estes serão dias que nos permitem recordar as memórias de infância, as tradições mágicas desta época natalícia que tornam quente o frio e nos fazem acreditar novamente no Pai Natal. Um evento imperdível para os mais novos, mas também para graúdos que queiram viver o sonho de Natal.
C
hega o mês de dezembro e Óbidos transforma-se numa terra de luz, cor e fantasia. Uma vila de sonho onde miúdos e graúdos são convidados a viver experiências mágicas, com muita animação e diversão. Vai ser mais de um mês de alegria, descoberta, diversão e, acima de tudo, muito espírito natalício, onde todos se reúnem para dias de autêntica magia e sonho. Durante este período, Óbidos veste-se em decorações e cenários coloridos que, em 2018, pediram emprestada toda a irreverência da década de 80 do século passado. Para relembrar os “bons velhos tempos” pode contar com bolas de espelhos que brilham ao som de ritmos dançáveis, com o brilho de lantejoulas e purpurinas, com a formosura de laços gigantes, com a luz de néones que sobressai no escuro. Este que é um dos eventos mais natalícios do país “rapta” novamente o Pai Natal e os seus ajudantes que aqui fazem casa e prometem muitas surpresas. É na Casa do Pai Natal que pode encontrar o velhinho das barbas brancas e onde os mais novos podem entregar as suas listas com desejos para este Natal. Ao pagão junta-se o
religioso, com a Vila Natal a ter este ano também um Presépio de Natal. Todo o recinto se encontra “vestido a rigor” e por todo ele nos deparamos com animação diversa, a fazer parte do imaginário construído para este Natal. O evento aposta em memórias natalícias, mas tem também numa vertente futurista, com o Natal Virtual, um simulador de realidade a nove dimensões, que nos leva numa viagem à nossa escolha através de filmes de curtametragem, entre 5 a 8 minutos. A animação é, aliás, muita. Há um carrossel parisiense com figuras de madeira, que roda e roda. Há o comboio Expresso de Natal, onde os mais pequenos podem Horários: das 16h00 às 20h00 nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro | das 11h00 às 16h00 nos dias 30 de novembro, 3 a 7 e 10 a 14 de dezembro, 24 e 31 de dezembro e de 2 a 4 de janeiro | das 11h00 às 19h00 nos restantes dias Entrada: 5€ dos 3 aos 12 anos | 7€ maiores de 12 anos | 5,50€ por pessoa em grupo Bilhete OVN Plus Adulto – 8€ Bilhete OVN Plus Criança – 6€
ser tanto passageiros, quanto condutores. Há também diversos Jogos de Natal, uma novidade deste ano, que surge a par com o Atelier Bolas de Sabão e o Túnel da Ilusão. Os mais novos podem, ainda, decorar as suas caras com pinturas faciais e brincar ao faz-de-conta. Nesta terra mágica de inverno não podiam faltar diversões relacionadas com o gelo. O Óbidos Vila Natal conta com uma pista de gelo e uma pista sintética, onde pode deslizar, rodopiar e aprender a patinar. Imperdível é também a rampa de gelo, com seis metros de altura, onde pode deslizar a alta velocidade numa bóia sobre o gelo. A tudo isto juntam-se espetáculos diversos a decorrer nos dois palcos do Óbidos Vila Natal, o Palco Bolas de Natal e o Palco Bolas de Sabão. Contudo, o grande desta que da edição de 2018 vai para uma novíssima Roda Gigante, que estará “plantada” junto à entrada da vila, fora do recinto do evento. Para poder subir e descer lentamente nesta Roda Gigante, e admirar a bela paisagem circundante, tem de ser portador do Bilhete OVN Plus Adulto ou Criança, que acresce 1€ ao preço do bilhete normal.< Texto: Sofia Soares Carraca novembro de 2018
23 de novembro a 30 de dezembro
EVENTOS E ESPETÁCULOS
29 de novembro a 20 de janeiro
Amsterdam Light Festival Amesterdão
As visitas a Amesterdão no inverno tornam-se ainda mais especiais com o Festival das Luzes que ilumina as ruas da cidade nesta época festiva. A 5ª edição do festival vai contar com 35 instalações artísticas desenhadas por artistas e arquitetos de diversos países. O evento faz-se em duas rotas distintas: As Cores da Água, que pode ser apreciada através de um passeio de barco pelos canais; e o Illuminade, um roteiro a pé ou de bicicleta gratuito que passa por 23 das obras ao longo do 3Km pelos bairros Weesper e Plantage.
30 de novembro a 2 de dezembro
Milan Coffee Festival Milão
Mercado de Natal de Estrasburgo
A magia da Capital do Natal O Mercado de Natal de Estrasburgo é considerado como sendo um dos maiores e mais bonitos do mundo. A grandiosidade deste certame natalício valeu-lhe o título de Capitale de Noel, que é como quem diz: a Capital do Natal. Não perca este grandioso evento e celebre o Natal em pleno já a partir do próximo dia 23.
L
ocalizado no coração do Centro Histórico de Estrasburgo, declarado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, o Mercado de Natal de Estrasburgo é um dos mais antigos da Europa. Ao longo de mais de um mês reúnem-se, ali, cerca de 300 encantadores chalés de madeira num mercado tradicional, onde pode descobrir artesanato, decorações de Natal típicas da Alsácia e especialidades gastronómicas regionais. Um local onde pode absorver de pleno modo a magia e o espírito desta época natalícia. É, sem dúvida, o mercado mais antigo de França. Foi em 1570, sob a influência de Protestantes que batalhavam contra tradições natalícias extravagantes, que o Mercado de São Nicolau foi substituído pelo Christkindelsmarik, o Mercado do
Menino Jesus. Neste mercado, ainda hoje a atmosfera é mágica, em especial quando o sol se põe e começa a cair a noite. A luz dos raios solares extingue-se e é substituída pelo fervor das festividades. O encantador Mercado de Natal alongase por diversas ruas e praças do centro de Estrasburgo, com particular incidência na Place Broglie e praça da Catedral. É por ali que surgem as centenas de bancas com vendedores a apresentar ornamentos natalícios e prendas originais para colocar aos pés da Árvore de Natal. As bancadas brilham com os dourados e prateados da época, as decorações das ruas cintilam, no ar sente-se o cheiro de especiarias e canela e pelas ruas ouvem-se cantos de Natal. O Mercado de Natal de Estrasburgo é o local ideal para viver intensamente a tradição natalícia. O sítio onde pode reunir
todos os presentes que vai oferecer, onde pode sentir o espírito festivo desta época junto de amigos ou família e celebrar com algumas delícias locais. Ao longo do mercado pode também contar com bancas de comes e bebes de onde se destacam iguarias doces como donuts e também o famoso vinho quente, feito com vinho branco da Alsácia, laranja, limão, canela, anis e açúcar.< Texto: Sofia Soares Carraca
Diz-se que o café que se serve em Itália é um dos melhores do mundo, pelo que este será um evento imprescindível para todos os amantes desta bebida. Aqui pode conhecer tudo sobre café, desde a planta ao equipamento utilizado para o produzir. Há provas de café e gastronomia, demonstrações por baristas internacionalmente conhecidos, arte e música ao vivo. Descubra as várias maneiras de fazer e preparar café em casa, com as perfeitas combinações gastronómicas.
15 e 16 de dezembro
Charles Dickens Festival Deventer
É na cidade holandesa de Deventer que decorre, anualmente, uma peculiar celebração da época festiva, um fim de semana que dá vida às histórias de Charles Dickens. Durante estes dias pode aqui conhecer as coloridas personagens do trabalho do autor. O centro da cidade transforma-se num local mágico e romântico que nos leva de volta ao século XIX, com mais de 950 personagens como Scrooge, Oliver Twist, Senhor Pickwick, órfãos, vagabundos e aristocratas. <
Magnífica Árvore de Natal
Durante a época festiva toda a cidade de Estrasburgo se encontra inundada de luz e cor, mas há um destaque especial que merece ser referido: a magnífica Árvore de Natal que, ano após ano, é montada na Place Kléber. Tem, no mínimo, 30 metros de altura e é recolhida na floresta da Alsácia, Moselle ou montanhas Vosges. É complementada com entre 50 a 80 fartos ramos de outras árvores, numa composição que resulta numa árvore densa que é abraçada por 7Km de gambiarras, bem como mais de 300 outras luzes, 40 grandes bolas e estrelas, bem como por 180 decorações iluminadas de anjos, biscoitos, velas, maçãs e estrelas. A par com esta árvore gigante surge uma Aldeia Natal, que inclui um ringue de patinagem no gelo e onde decorrem concertos e outra animação cultural que pretende dar a conhecer as ricas tradições da Alsácia.< novembro de 2018
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Havana e Varadero
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Combine cultura e história com praias de areia branca e água cristalina. Varadero é o principal centro turístico de Cuba onde se pode desfrutar de magníficas praias: 20 quilómetros de areia branca e fina e águas transparentes rodeados de palmeiras. É também um lugar de grande animação onde a diversão está assegurada. Alguns chamam a Varadero a melhor praia do mundo e é fácil perceber porquê. As brilhantes areias, as frescas brisas tropicais e as tranquilas águas do Atlântico proporcionam o cenário perfeito para uma vasta panóplia de atividades. Cidade maravilhosa e apaixonante, Havana é um “mundo” dentro do país. Com um centro histórico encantador, bem preservado e cuidado, Havana ainda é uma cidade autêntica com bairros tradicionais, arquitetura colonial e imensos lugares de interesse.<
Desde a proximidade geográfica até à qualidade das pistas e ao seu clima, a Serra Nevada é uma das estâncias favoritas dos portugueses e uma das mais carismáticas da Península Ibérica. Com as alterações feitas recentemente para receber os Campeonatos Mundiais de Snowboard em 2017, a estância ficou ainda mais apta para receber esta modalidade da neve. Granada está apenas a 30Km de distância e o clima permite cerca de 250 dias por ano de sol. A cidade histórica é dominada pelo Alhambra, um complexo de fortalezas, palácios e jardins emoldurados por belas muralhas avermelhadas.<
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Dubrovnik
Passar o réveillon na cidade costeira da Croácia, Dubrovnik, é uma proposta irrecusável. Conhecida como Pérola do Adriático, Dubrovnik mantém a sua graça entre muros magníficos, igrejas góticas, renascentistas e barrocas, mosteiros, palacetes e fontes, num astral absolutamente acolhedor. E, como não podia ser diferente, foi declarada em 1979 Património Mundial da Unesco. É uma página viva da história a céu aberto. O seu centro medieval é lindo, cercado por muralhas, e banhado pelo azul-turquesa do mar Adriático. Ao andar pelas suas ruas, ficamos a perceber porque Dubrovnik é a cidade mais visitada da Croácia.<
Usufrua de descontos nos InterContinental
O InterContinental Hotels Group lançou uma campanha de outono/inverno, disponível até 28 de fevereiro de 2019, para que os seus clientes possam usufruir de descontos. Para inspirar as pessoas a viajar no outono e inverno, a campanha é válida nos hotéis do grupo em toda a Europa e requer reserva antecipada entre três a 21 dias. Receberá um desconto de até 15% na reserva direta, sobre a melhor tarifa flexível. Esta campanha está em vigor para estadias até 30 de abril de 2019.<
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S.Tomé e Ilhéu das Rolas S. Tomé oferece uma espetacular beleza paisagística, fruto da sua vegetação tropical bem como dos seus inúmeros vales, rios e riachos com cenários de rara beleza. Aproveite a passagem de ano para explorar as fantásticas praias desta ilha, descobrir o que restou das espetaculares roças, embrenhar-se nas florestas tropicais, acompanhar a produção do cacau e café, fazer passeios atravessando quedas de água até ao interior da ilha, e ainda visitar a cidade. Conheça todos os encantos deste paraíso ecológico. O Ilhéu das Rolas é uma das paragens obrigatórias. Fica a 60Km da capital e é um verdadeiro paraíso natural, de areia branca e água cristalina.<
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O novo programa para as manhãs de sábado no Sheraton Cascais Resort é dedicado ao corpo e à mente. Nestas manhãs pode participar numa aula de ioga realizada nos jardins do resort e, em seguida, desfrutar de um brunch repleto de opções saudáveis, servido no Glass Terrace, entre as 12h30 e as 16h00. Da carta, desenvolvida pela nutricionista Mariana Abecasis em parceria com o chef executivo do hotel, destaca-se a estação de DIY bowls e as panquecas de amêndoa.<
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O Wellness Lounge do Crowne Plaza Porto renovou toda a oferta de tratamentos. No espaço renovado, no 14º andar do hotel de 5 estrelas, é possível realizar massagens, aplicar cuidados faciais e rituais de corpo, com diversos packs a preços especiais. O pack “Porto com Amor” foi pensado para casais e inclui uma massagem romântica para dois, de 45 minutos, com chá e chocolate. O Wellness by CC @Crowne Plaza Porto está aberto todos os dias, das 10h00 às 22h00.< novembro de 2018
Mercados de Natal na Europa Não há melhor maneira de passar esta época festiva do que com uma pausa para explorar os melhores mercados de Natal da Europa. Os Mercados de Natal têm sido durante séculos uma grande atração no inverno, principalmente na Europa, onde artesãos locais de cada região exibem os seus produtos aos visitantes. Os tradicionais presentes artesanais de Natal estão disponíveis em abundância para alimentar a imaginação de adultos e crianças. Prove as delícias típicas, escolha presentes originais enquanto saboreia os biscoitos de gengibre e um copo de vinho quente para entrar no espírito de Natal.
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Instalado na praça Vörösmarty, em frente à Catedral de Santo Estevão, o Mercado de Natal de Budapeste oferece a autenticidade das celebrações, com comida tradicional, danças folclóricas e música ao vivo. Todos os produtos vendidos no mercado são tradicionalmente feitos à mão e distribuídos em mais de 150 barraquinhas de madeira com muita arte e cultura local. No centro do mercado há uma grande árvore do Natal, bem como uma pista de patinagem no gelo com mais de 200 metros quadrados. <
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Nordictur
A capital da Letónia, por si só, já parece saída de um conto de Natal com os seus belos edifícios de Art Nouveau e um centro histórico declarado Património da Humanidade pela Unesco, com construções históricas dos tempos medievais e góticos. O principal Mercado de Natal de Riga situa-se na Cidade Velha, junto ao Melngalvju Nams ou Edifício das Cabeças Negras, um dos mais emblemáticos da capital letã! <
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Vo o, visita ui d o centro histórico , en Museu de H trada no istória e de Navegaçã o, espetác ulo de Ópera o u Natal, tran Festival de sferes, taxa s e seguro de viagens Operad or Lusanovturístico : (Consulte a Tour s o seu agen te de viagen s)
Praga e Berlim
O ambiente de Natal é sempre mágico, mas Praga, quando está coberta de neve, desde o fim de novembro até à véspera de Ano Novo, transforma-se num cenário de um conto de fadas místico. A capital checa é cheia de mercados de Natal. O passeio é ideal para fazer compras de Natal ou apenas apreciar a atmosfera mágica. Berlim poderia facilmente ser descrita como a capital do Mercado de Natal tradicional, com mais de 50 em toda a cidade, mas um dos mais populares está situado ao lado da Igreja Memorial Kaiser Wilhelm. Já o tradicional mercado de Natal da "Gendarmenmarkt" vale uma visita, pois está localizado numa das praças mais bonitas da Europa. <
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D E S D E
Se embarcar nesta viagem vai poder visitar o centro histórico de Tallinn com o Castelo Toompa, Catedral Alexander Nevsky e a Câmara Municipal de Menshikov, e o tradicional mercado de Natal, aproveite para comprar as suas prendas. Vai poder ainda assistir a um espetáculo de ballet ou de ópera no Estonian Theater, visitar o Parque Kadriorg e Museu Kumu. Helsínquia é uma cidade moderna e multicultural, com cerca de 450 anos de história. Num passeio pela cidade poderá observar a fortaleza de Suomenlinna, a Praça do Senado, o Parlamento, Finlândia Hall, o monumento a Sibleius e a igreja na rocha Temppeliaukio.<
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Próxima edição
por cá
>cidades natal >festividades à mesa >fim de ano lá fora
>jerusalém em época natalícia
Boas festas!