E S C Ó C I A PA S S A G E M D E A N O E M E D I M B U R G O publicidade
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Ano 1 | Nº 21 | Quinzenal | 2 a 15 de dezembro de 2015 | Diretor : José Luís Elias
GRAMADO
UM BRASIL DESCONHECIDO
707 200 201
halcon.pt
>POR CÁ ROTA DO ROMÂNICO POR TERRAS DO VALE DO SOUSA
SERTÃ
DESFRUTE E FIQUE EM PAZ COM A VIDA
>LÁ FORA ILHÉU DAS ROLAS PARAÍSO MEMORÁVEL
ESPANHA
À DESCOBERTA DA EXTREMADURA
ALPES FRANCESES NEVE EM FAMÍLIA
>FESTIVIDADES MESA FARTA E BEM REGADA
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27/11/15 16:20
>E
> passageiro frequente
nota de abertura
Cheiro a Natal
Viajar na fotografia
Entrámos definitivamente na época natalícia. Nas ruas iluminadas a preceito começa a azáfama de Natal, com as gentes a admirarem montras, a entrarem e saírem de lojas em busca de ideias para as mais originais prendas, para os mais indicados brinquedos que irão levar a felicidade aos mais novos. Dos cafés e pastelarias emana o característico odor a bolo rei e a fritos natalícios. Das casas desprende-se o cheiro das lareiras. Confesso que gosto do Natal, de toda esta azáfama, da beleza das ruas enfeitadas de mil luzinhas e, acima de tudo, dos doces mais tradicionais desta época. E porque aqui no Jornal destinos sabemos que os nossos leitores também gostam, apresentamos nesta edição um conjunto de reportagens adequadas à quadra: fomos a várias regiões do país saber como recheiam as mesas na noite e dia de Natal. Porque somos um país de vinhos e de enoturismo deixamos-lhe dicas sobre o tipo de vinhos com que poderá acompanhar as suas iguarias.
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SHIBUYA É UM DOS BAIRROS mais famosos da capital japonesa, Tóquio. E dentro do bairro famoso o local mais famoso é a
interseção de Shibuya. Este emaranhado de passadeiras para peões, pessoas e carros foi imortalizada em inúmeros filmes, como “O Amor é um Lugar Estranho”, livros e, claro, animes e mangas japoneses. Esta fotografia revela na perfeição a pululante vida de Tóquio, a jovialidade com se vive na capital (dos 8 aos 80) e a energia vibrante de quem a visita. A interseção é onde se situa a estação de Shibuya, uma das mais movimentadas da cidade, e quando os viajantes chegam ao passeio todos os semáforos viram vermelhos em simultâneo, tornando-se uma zona só de peões, como aqui ilustrado. É perder-se no mar de pessoas e, de seguida, explorar a cativante vida da capital do Japão.
AS PAISAGENS ALENTEJANAS têm o poder especial de nos deixar relaxados e de bem com a vida com um único olhar. Lógico que
tal poder mais se manifesta na presença viva da paisagem, mas também em imagem é palpável a sua tranquilidade. Esta fotografia foi tirada na vila medieval de Monsaraz, um pequeno aglomerado de edifícios no topo de uma escarpa, onde o verde das árvores aviva o branco caiado nas paredes das casas e o negro do chão de xisto. As nuvens movem-se paulatinamente, tal como a vida nesta vila e o grande lago do Alqueva que lá em baixo descansa. Ao subir as antigas muralhas que permanecem a envolver Monsaraz temos paisagens deslumbrantes até onde a vista alcança, pintadas nos tons neutros tão típicos do Alentejo. É rodar sobre si e absorver a beleza envolvente.
Por cá andámos por uma parte da Rota do Românico, entre o Douro e o Tâmega, visitando Castelo de Paiva, Penafiel, Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira. Fomos à Sertã, terra de floresta no centro do país, onde ainda mora um “Portugal desconhecido”, visitámos o Seminário de Cernache do Bonjardim, experimentámos os deliciosos Cartuchos, um doce regional, e fizemos uma refeição de Maranhos. Lá fora andámos por um Brasil bem diferente daquele de que habitualmente se fala. Fomos até Rio Grande do Sul e subimos parte da Serra Gaúcha até Gramado, uma cidade muito especial, onde a arquitetura é alemã, o chocolate é artesanal, a gastronomia alia as tradições gaúchas aos fondues suíços, neva no inverno, as ruas são orladas de hortênsias e outras flores, há lagos artificiais envoltos em pinheiros, e muito, muito mais, como poderá ler. Porque estamos na época dela, fomos também à neve, mais concretamente à estância de Avoriaz, nos Alpes Franceses e damos-lhe conta do que por lá pode fazer e desfrutar. E no pólo oposto, em termos de clima e de produto turístico, fomos ao Ilhéu das Rolas, em São Tomé e Príncipe, por onde passa a linha do Equador. Opções para uns dias de descanso ou para umas férias, não faltam nesta edição. Que as possa desfrutar plenamente!
José Luís Elias
ficha técnica
Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa
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> O destinos errou: Na passada edição do Jornal destinos foi publicada uma notícia sobre as visitas guiadas ao Mosteiro de São Bento da Vitória, que saiu com uma imagem de outro monumento da cidade Invicta, concretamente a Igreja do Carmo. Pedimos desculpa pelo lapso e voltamos a publicar neste espaço a referida notícia, agora com a fotografia correspondente.
MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA ABERTO PARA VISITAS GUIADAS O Mosteiro de São Bento da Vitória, no Porto, foi edificado entre XVII e XVIII, foi um dos mais importantes edifícios religiosos da cidade, a grande obra de arquitetura da Ordem de São Bento e abre agora as suas portas para visitas guiadas diárias. Estas visitas guiadas ao Monumento Nacional ocorrem de segunda-feira a sexta às 12h30, para grupos até 30 pessoas. O preço é de 3€ por pessoa, com entrada gratuita para crianças até aos 10 anos. O percurso conta com sete “estações” que contam os segredos, histórias e detalhes desta grande obra.
www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: quinzenal (à quarta-feira)
Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Maria Morgado, Sara Cunha Ferreira, Sofia Soares Carraca, Vasco Ricardo (design)
2 a 15 de dezembro de 2015
> tema de capa
Guia de Viagem INFORMAÇÕES ÚTEIS Moeda: Real (1€ - 4R$) Idioma: português Documentos: passaporte Fuso horário: - 2horas (atual)
Gramado
DESVENDAR UM BRASIL DESCONHECIDO A 120Km de Porto Alegre, capital do estado de Rio Grande do Sul, Gramado representa um Brasil ainda desconhecido em Portugal. É o Brasil das quatro estações, do frio e, com sorte, da neve. O Brasil das casas de arquitetura enxaimel, das ruas orladas de hortênsias, dos parques verdejantes. O Brasil dos fondues, dos churrascos na vala, do chocolate do vinho e da cerveja artesanal. Texto: Fernanda Ramos
O
que é que Gramado tem? Tem tudo! Mas antes de falar de um pouquinho desse “tudo” há que assentar em que a região serrana de Rio Grande do Sul, a Serra Gaúcha, é um Brasil diferente, mas um Brasil que, tal como a Cidade Maravilhosa ou as praias nordestinas, fica para sempre na memória e no coração de quem o visita. Assim aconteceu comigo. De cada vez que subo a Gramado, 855 metros acima do nível do mar, recordo o primeiro dia em que ali acordei. Tinha saído de Porto Alegre já noite e a cidade era para mim ainda uma desconhecida. Ao acercar-me da varanda do meu quarto, num hotel do centro, veio a surpresa: fazia frio e nevoeiro e à minha frente apenas divisava casinhas brancas, entrecortadas por hastes em madeira, umas horizontais, outras inclinadas – os tirantes, explicaramme – de telhados pontiagudos ou hexagonais, muito inclinados e alguns de telhas escuras. 2 a 15 de dezembro de 2015
É assim Gramado, cidade pejada deste tipo de construções de arquitetura enxaimel, de ruas limpas, orladas por hortênsias, quando é época delas, e de muitas outras flores, envolta em parques onde os pinheiros e as araucárias, que muitos denominam pinheiro brasileiro, se destacam. E há a beleza dos lagos, artificiais, rodeados de árvores e flores.
Gramado não é cidade de uma só estação, em todas elas há de tudo para todos, mas é o tempo mais frio que por ali se torna mais aconchegante, não só pelas tradicionais festas natalícias que se estendem à cidade vizinha de Canela a escassos 7Km, mas pelo encanto do crepitar das lareiras, pelas cadeiras das esplanadas forradas de peles que se
somam na Rua Coberta (bem no centro da cidade, é literalmente coberta e pedestre), pelo irresistível sabor do chocolate caseiro e das sequências de fondues, pelo paladar dos vinhos, espumantes e cervejas artesanais, tudo fabricado na Serra Gaúcha. Em Gramado a entrada é feita por Pórticos, numa receção em grande estilo aos visitantes. Os pórticos são dois, diferentes entre si mas ambos em estilo germânio. O mais conhecido e fotografado é o que dá acesso a quem vem de Nova Petrópolis, cidade vizinha. Inaugurado em 1973, bebeu inspiração no estilo bávaro, tendo base em pedra e topo de madeira. Mais recente, de 1991, é o pórtico que dá entrada a quem faz o acesso por Taquara. De estilo normando, é mais uma forma de Gramado homenagear os antigos colonos originários da Alemanha. Esteja certo que quer chegue de Porto Alegre ou de alguma cidade na serra gaúcha, irá entrar por um destes pórticos, também eles a marcarem a diferença da cidade.
TUDO POR PERTO
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Com pouco mais de 34 mil habitantes, Gramado é uma cidade bem pequena à escala brasileira, o que facilita a vida aos turistas. Fixe estes nomes: Av. Borges
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de Medeiros, Av. das Hortênsias, Rua Coberta, Rótula das Bandeiras. Não precisará de muito mais para saber sempre onde está e para onde vai em Gramado pois tudo gira em torno destas ruas. Verificará isso mesmo quando perguntar uma direção, na rua ou no hotel. A Av. Borges de Medeiros (a Borges, como dizem os locais) é a mais antiga rua de Gramado e ao longo dela foram erguidas as primeiras construções de madeira dos colonizadores. Estendendo-se por 2Km foi renomeada como Avenida e é um dos cartões postais da cidade. Ao longo dela concentram-se as principais lojas e restaurantes de tal forma que os locais a denominam de “shopping a céu aberto”. Portanto se entre outras coisas busca fazer compras em Gramado, este é o local certo. A Av. das Hortênsias percorre a cidade de norte a sul e, com a Av. Central, liga Gramado à vizinha Canela. Ao longo dela concentra-se grande parte das unidades hoteleiras, acompanhadas de restaurantes, bares e lojas. A Rua Coberta – literalmente coberta – fica em frente ao Palácio dos Festivais onde se realiza o Festival de Cinema de Gramado. Local charmoso, repleto de bares e restaurantes, serve como palco a muitos eventos culturais e turísticos. Para ter uma noção de como as coisas são
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em Gramado, digo-lhe que esta é uma pequena rua perpendicular à Borges de Medeiros, ligando esta à Rua Garibaldi, e fica apenas a um quarteirão (uma quadra, para os locais) da Av. das Hortênsias. A Rótula das Bandeiras (leia-se rotunda) é um dos locais mais fotografados da cidade. Situada na praça Leopoldo Rosenfeldt, em plena Borges de Medeiros, presta homenagem simbólica aos estados brasileiros, através de bandeiras que ali estão hasteadas, embora em algumas ocasiões possam ali ver-se bandeiras de vários países se houver na cidade um acontecimento internacional. No centro está uma réplica do Kikito, o cobiçado troféu que representa o “deus do bom humor”, entregue no Festival de Cinema. Além do Kikito e das bandeiras, um grande canteiro forma a palavra “Gramado”. Enquanto atrativo turístico, a Rótula das Bandeiras está magnificamente acompanhada. Se seguir para noroeste, a menos de 250 metros, está o lago Joaquina Rita Bier. Com 17.000m2, está cercado de casas de veraneio, hotéis e araucárias com mais de 70 anos e tem uma pequena ilha no seu interior. Ao lado está o Centro Municipal de Cultura. Se seguir para sudeste, caminhando cerca de 300m encontrará a Praça das Etnias, espécie de parque onde casas de arquitetura alemã, italiana e portuguesa,
retratam as origens da cidade. Espaço de lazer por excelência, ali se realizam feiras de produtos agrícolas e artesanais e dali partem passeios de agroturismo. Ao longo da Borges de Medeiros tem muito para ver, como a Igreja de São Pedro, em pedra basáltica e com uma torre de 46m, a Fonte do Amor Eterno, lateral à Igreja, o Palácio dos Festivais, a Praça Major Nicoletti. Seguindo a Av. das Hortênsias e entrando na via que leva a Canela, é indispensável uma ida à Praça dos Moinhos, à Praça das Mães, ao Santuário do Caravaggio (lembra-se de Luiz Filipe Scolari e da sua devoção por esta santa?) e a Belvedere, para desfrutar de uma paisagem deslumbrante sobre o Vale do Quilombo. Saia por momentos da “zona de conforto”
constituída pelas ruas que nomeei, embora não vá ter que se afastar muito. Vai ter que se dirigir à Rua A. J. Renner para apreciar o Lago Negro, inicialmente denominado Vale do Bom Retiro. O que aconteceu é que após um incêndio que arrasou a imensa mata existente na região, Leopoldo Rosenfeldt construiu o lago, decorando suas margens com árvores importadas da Floresta Negra da Alemanha. As águas são profundas, de um verde escuro, refletindo os pinheiros que se alternam com o colorido das azáleas no inverno e o azul das hortênsias no verão. Em frente ao Lago, onde pode aproveitar para dar passeios de “pedalinho”, está a Alemanha Encantada, um parque que retrata o universo encantado dos irmãos
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DICA Ir a Gramado e não se deliciar com uma sequência de fondue – os locais dizem fondi – é algo que não existe. Uma sequência de fondue significa que a refeição começa por fondue de queijo onde se molha pão, brócolos, batatas… Segue-se para o mais tradicional fondue de carnes, que são várias, e termina-se com o fondue de chocolate, acompanhado de várias frutas. De comer e chorar por mais.
Grimm. Da torre, de 19,5m de altura, onde a Rapunzel espera o príncipe encantado, tem-se uma vista privilegiada sobre o lago.
TERRA DE PARQUES TEMÁTICOS As tradições gaúchas estão bem vivas no Parque Gaúcho, onde pode contactar com os costumes e os sabores da cultura do sul do Brasil. Mas este é apenas um dos muitos parques temáticos de Gramado. E há-os para todos os gostos. Para gáudio dos mais pequenos, Gramado tem um Mini Mundo. Criado pela família Höppner em 1981, nele mora a fantasia de uma cidade em miniatura. Não faltam castelos, moinhos, praças, igrejas, estaleiros, teleféricos, torres, lagos, cascatas e casas típicas, num mundo imaginário e criativo. (Adulto R$20,até aos 12 anos R$12) É indispensável visitar a Aldeia do Pai Natal (no Brasil é Papai Noel), bem no centro da cidade. Aberto todo o ano, ali mora a magia de uma árvore dos desejos e uma fábrica de brinquedos, um chalé dos ursos, a primeira casa da região em estilo bávaro, datada de 1940, onde mora o Pai Natal, um monorail suspenso à beira do Vale do Quilombo, e muito mais. (R$20 por pessoa, crianças menores de 1,20m R$15). Na estrada que liga Gramado a Nova Petrópolis mora o Snowland o primeiro parque de neve indoor das Américas, onde o visitante transporta a sua imaginação para um charmoso vilarejo alpino no sopé de uma montanha de neve. Ao todo oferece mais de 30 atividades para todas as idades. Na Av. das Hortênsias mora o Mundo Encantado, onde se conta a vida dos pioneiros através de miniaturas em movimento. Também nesta avenida, moram os Dream Cars e os Hollywood Dream Cars, o Harley Moto Show, o Museu do Perfume, o Museu de Minerais e Pedras Preciosas, a fábrica de chocolates Prawer e o Museu de Cera Dreamland. É guloso e gosta chocolate? Então o seu destino, também na Av. das Hortênsias, terá que ser o Reino do Chocolate. Construído numa área de mais de 1,6 mil m2, possui minifábrica, túnel do tempo e um Museu que conta a história do chocolate no mundo (R$10 por adulto). 2 a 15 de dezembro de 2015
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A VIZINHA CANELA Ligada a Gramado pela Av. das Hortênsias, Canela concentra a maior parte das atracões na Estrada do Caracol, mas logo à entrada da cidade a Catedral Nossa Senhora de Lourdes ou Catedral de Pedra, prende as atenções e merece visita. Imperdível é a Cascata do Caracol no parque do mesmo nome. A cascata tem uma queda livre de 131metros e para apreciar a sua beleza e imponência, há que descer (e subir!) os 700 degraus que levam ao local onde “desagua”. Mas pode servir-se do elevador panorâmico que conduz a uma plataforma com 27m de altura e ter uma vista de 360° graus de todo o parque. No parque podem fazer-se vários trilhos, visitar o centro histórico ambiental e a estação Sonho Vivo que permite conhecer os colonizadores da região. O Parque Ferradura, o Mirante Laje de Pedra de onde se avista o Vale do Quilombo, o Alpen Park que conta com um complexo de aventura
e entretenimento para crianças e adultos, e o Parque Terra Mágica Florybal onde se “passeiam” dinossauros, duendes, fadas e animais, são atrativos a não perder. Soma-se o Parque Temático Mundo Gelado, onde se entra numa caverna repleta de esculturas de gelo e se passa por um “friozinho” de -10ºC. As entradas custam R$18 para crianças dos 6 aos 12 anos e R$27 para adultos. Há ainda o Parque Temático Mundo a Vapor, na estrada que liga a Gramado, onde existem máquinas a vapor em tamanho real e em miniatura. Conhecido pela fachada onde foi reconstituído o acidente de 1895 em Paris, quando uma locomotiva desgovernada cruzou a estação de Montparnasse, no Mundo a Vapor encontram-se miniaturas de uma fábrica de papel, uma olaria e uma ferraria e um trenzinho que permite percorrer o parque. A entrada custa R$22,00 para adultos e R$11 para crianças dos 6 aos 15 anos.
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Estes são apenas alguns dos atrativos de uma cidade que tem muitos mais para oferecer, mas gostava ainda de lhe falar dos roteiros turísticos, que são vários, a começar pelos de agroturismo que podem ser feitos no interior. “Tour no Vale”, “Raízes Coloniais” e “O quartilho” levam à descoberta de pequenas localidades rurais do interior, das tradições, usos e costumes dos colonos italianos e alemães, e pode mesmo ficar a saber como se produz cachaça. Mas há também roteiros que levam à descoberta da história, cultura e religiosidade das gentes de Gramado.
FESTIVIDADES COMO ATRAÇÃO Se nos meses de inverno (abril a outubro) a grande atração de Gramado é o frio e a neve, no verão o que atrai é a beleza de uma natureza feita de diversidade e as festas, muitas festas. Nestas o Natal pontifica e em Gramado o Natal começa ainda em outubro, prolonga-se janeiro adentro e não há rua nem loja que não esteja decorada a preceito e profusamente iluminada num Natal Luz, em que se somam espetáculos. Porque tudo é diferente, também o Carnaval o é nestas paragens. Esqueça os desfiles “estilo Sambódromo” e o samba e pense antes em Itália. A região foi colonizada por italianos e por ali festa de Carnaval vai buscar inspiração a Veneza. É portanto outra época em que Gramado merece visita. E os cinéfilos devem ter em conta o Festival de Cinema de Gramado, que em 2016 terá a sua 44ª edição entre finais de agosto e inícios de setembro. Numa cidade que parece saída de um postal ilustrado ou de um filme, um Festival
de Cinema tem tudo a ver. Se falamos em calendário festivo não podemos esquecer a Páscoa que se comemora também nas ruas e tem como palco principal a Rua Coberta. Também a Av. Borges de Medeiros se transforma em palco de espetáculos mil. O tom mais religioso fica por conta do Gramado Aleluia, que encena a Paixão e Morte de Cristo bem como da Procissão dos Passos e da Via Crucis. >
COMO IR
De Lisboa: Voos diretos TAP para o aeroporto Salgado FIlho, em Porto Alegre. Do aeroporto: serviço regular de autocarros, com saídas frequentes. Preço: em torno de R$35 (menos de 10€). Bilhetes à venda no posto da Rodoviária no Aeroporto. Para bilhetes comprados online, é necessário trocar o voucher na mesma loja. Embarque: 2º piso do Terminal 1, junto ao portão de acesso à garagem. Outra opção: o aeromóvel liga o Terminal1 do Aeroporto ao comboio que leva ao centro de Porto Alegre. Sair na estação “Mercado”, frente à Rodoviária (bilhete integrado – R$1,70). Pode também contratar um transfere privado ou alugar um carro.
QUANDO IR:
Se busca frio e neve, o inverno é o ideal, com temperaturas médias que podem rondar os 8/9ºC. No pico do verão podem chegar aos 35ºC. A região é húmida, envolta em florestas, pelo que a chuva pode aparecer a qualquer momento.
O QUE COMER
Pastelarias, padarias e cafés onde se pode fazer um lanche (indispensável ir ao Café Colonial onde pode também almoçar e à Casa da Velha Bruxa, beber o melhor chocolate do mundo) até restaurantes especializados em caça nobre, sopas ou fast food, há de tudo. Somam-se restaurantes de carne e churrascarias, a quilo ou em rodízio, pizzarias e cantinas, bistrôs de cozinha francesa, restaurantes japoneses… De tudo existe entre os 174 estabelecimentos de restauração registados. Mas não vale sair de Gramado sem experimentar um churrasco gaúcho, de preferência na vala, nem um fondue sequencial.
ONDE COMER
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Chateau de la Fondue – Rua João Corrêa, 101 (centro) Cozinha suíça | Especialidade: sequência de fundues de excelente qualidade. Aconchegante, decoração sóbria, música ao vivo Horário: diariamente, das 11:00h às 24:00h Preços: R$120 reais (30€) por pessoa Bistro Brillat – Rua Coberta (centro) Bar, café e restaurante Cozinha francesa, italiana, espanhola
Especialidades: risotos (experimente o de camarão e o de três espécies de funghi), paellas, massas, carnes exóticas. Tem menu infantil e menu do dia | Horário: das 11h30 às 24h00 (sala interior e esplanadas) | Preço médio: R$60 (com bebida) Cantina Tagliarini – Rua Pedro Benetti, 6 (ao lado da igreja matriz) Decoração temática | Cozinha italiana (massas, risotos, canelones, lasanhas) | Ilha de massas e molhos, buffet de saladas, rodízio de grelhados e buffet de sobremesas Horário: 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00 | Preço médio: R$50/60 Chama de Fogo Churrascaria – Rua Borges e Medeiros, nº 1350 Rodízio de carnes (18 variedades), buffet de entradas e queijos | Decoração atraente, facilidades para crianças | Horário: 11h45 às 15h30 e das 19h00 às 22h30 | Preço médio: R$100/120
ONDE DORMIR
Hotel Casa da Montanha HHHHH Av. Borges de Medeiros, 3166 (próximo à Rua Coberta) | Desde: 227€ | Quarto duplo Hotel Serra Azul HHHHH Rua Garibaldi, 152 – Centro | Desde: 126€ Quarto duplo Master Premium GramadoHHHH Rua Carlos Lengler Filho, 103 (a poucos metros do Lago Joaquina Rita Bier) | Desde: 140€ Quarto duplo Hotel Laghetto Toscana HHH Avenida das Hortênsias, 2600 (perto da Aldeia do Pai Natal) | Desde: 152€ Estúdio com kitchenette – 2 adultos Pousada Recanto da Ladeira Rua da Ladeira, 452 (a 500m do Lago Negro) Desde: 75€ | Quarto duplo *Todos os preços incluem pequeno-almoço
O QUE COMPRAR
Compras não são problema em Gramado. Desde as muitas qualidades de chocolate e bombons artesanais com que pode brindar amigos e conhecidos, até malas, casacos, bolsas, carteiras e sapatos em couro, passando por tapetes em pele, luvas e gorros. Somam-se os cristais produzidos em Gramado e as pedras preciosas. Não esqueça de trazer um Pai Natal para os mais pequenos, que Gramado é a terra deles. 2 a 15 de dezembro de 2015
“Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
GRUTAS DE MIRA DAIRE
São uma verdadeira maravilha da ADULTOS Natureza e um excelente programa CRIANÇAS para a família. (5-11) Localizadas em pleno Parque Natural da Serra de Aires e Candeeiros, são um verdadeiro espetáculo visual para miúdos e graúdos, com os seus relevos ímpares enaltecidos pelas deslumbrantes MIRA DAIRE encenações de luz de várias cores que acompanham as várias “salas”, que descemos por várias escadas. A sua complexidade é tal que a rede atrai espeleólogos, numa extensão que atinge 11 quilómetros pincelados por tetos com formas sólidas coniformes de vértice para baixo, pela qual vão "crescendo" lentamente através dos séculos sob o nome de estalactites. Agora, para que conheça e melhor entenda os fenómenos destas Grutas, à entrada existem sete painéis com várias informações e explicações sobre como se formam e que tipo de formações calcárias podem ser encontradas no seu interior. As Grutas estão abertas todo o ano, mas vão variando de horário. Por exemplo, de outubro a março fecham às 17h30, entre abril e maio encerram às 19 horas e em julho e agosto estão abertas até às 20 horas.
6,50€ 3,80€
LAGOAS DA ESTRELA – ÁGUA, ENERGIA E BIODIVERSIDADE Até 28 de fevereiro 2017, o CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela dá-lhe a oportunidade de conhecer a biodiversidade associada às lagoas naturais e artificias e cursos de água do Sistema Hidroelétrico da Serra da Estrela. Para além das lagoas representadas numa maqueta do maciço ADULTOS: 4€ JOVENS superior da Serra da Estrela, esta (4-17 ANOS) E CEIA SÉNIORES (MAIS exposição temporária dá a conhecer DE 65 ANOS): 2,5€ o processo de produção de energia e, através do mesmo, refletir sobre o uso racional da energia. A par de painéis, há ainda um conjunto de terrários e aquários com espécies da fauna e flora da serra em habitats recriados de forma realística, caixas com coleções entomológicas exemplares de herpetofauna associados a estes habitats, entre outros. Para um enquadramento ainda mais realista, o visitante será acompanhado dos sons do quotidiano serrano, como a água, o vento e a biodiversidade animal. Paralelamente, existem atividades lúdico-pedagógicas dirigidas ao público infantil, a desenvolver em espaço anexo para observação de espécimes da fauna da serra, com recurso a material ótico. Se pretender visitar apenas esta exposição temporária das Lagoas da Estrela, sem visita guiada, a entrada é gratuita. Mas aproveite e faça a visita completa pelo CISE, ou seja visita guiada à exposição permanente e exposições temporárias. 2 a 15 de dezembro de 2015
> selo de garantia
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE
INVERNO ATIVO NO MARTINHAL BEACH RESORT
O hotel Martinhal convida a passar um inverno ativo num dos mais solarengos destinos em Portugal, o Algarve. A unidade hoteleira fica em Sagres e oferece um sem número de atividades para toda a família, como golf, surf, windsurf, caminhadas, passeios de bicicleta ou em cuidados do corpo no Spa Finisterra. A oferta inclui duas noites com pequeno-almoço para dois adultos, acompanhados de duas crianças: uma até aos 12 anos, com oferta da cama extra, e outra até aos dois anos, com o berço também gratuito. Para os mais novos, o hotel oferece ainda, até 30 de abril, a oportunidade dos mais novos frequentarem o kids club e a creche da unidade. A promoção inclui, para além da estadia, uma refeição por dia (almoço ou jantar) num menu de três pratos, sem bebidas incluídas, a utilização gratuita do jacuzzi, sauna, sala de vapor e piscinas no Spa Finisterra, bem como uma hora no court de ténis e padel por dia e Wi-Fi em todo o resort.
PREÇO TOTAL:
400€
SAGRES
ILHAS À ESCOLHA
DESDE:
139€
AVIÃO + 2 NOITES
HOTEL 4H Se não conhece alguma das ilhas dos Açores, esta é uma oportunidade única para se estrear no Arquipélago. A proposta da Halcon Viagens é válida para a Ilha de S. Miguel, para a Terceira ou Faial até 23 de março de 2016, não incluindo as épocas festivas. Seja qual for o destino que escolher, a oferta é para duas noites em quarto duplo em hotéis de quatro estrelas em regime de alojamento e pequeno-almoço na ilha que escolher. Assim, para S. Miguel está programado o hotel São Miguel Park Hotel, situado no centro de Ponta Delgada e com uma excelente vista panorâmica para a Costa Sul de São Miguel. Já se escolher a Terceira, a estadia será no Terceira Mar Hotel, em Angra do Heroísmo, cidade classificado Património da Humanidade. Este hotel, estilo resort, tira partido da sua localização exclusiva em plena Baía do Fanal, na base do Monte Brasil, o maior ex-líbris da capital da Ilha. E caso se decida pelo Faial, ficará alojado do Hotel do Canal, na cidade da Horta. Enquanto hotel boutique, é uma unidade com uma atmosfera quente e extremamente acolhedora, a minutos da marina, permitindo ainda usufruir de uma vista privilegiada para a Ilha do Pico e para a Montanha, considerada uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal.
AÇORES
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> notícias
Novo visto de entrada múltipla para a Tailândia De momento os cidadãos de nacionalidade portuguesa não necessitam de visto turístico para entrar na Tailândia, quando pretendem ficar no destino um período máximo de 30 dias. É somente necessário o passaporte, com validade mínima de seis meses, e pode aproveitar as paisagens paradisíacas da Tailândia. Contudo, para quem desejar visitar mais países do Sudoeste Asiático e permanecer na região mais de um mês existe um novo tipo de visto prolongado para a Tailândia. O METV, visto de turista de entrada múltipla, permite ao viajante realizar múltiplas entradas na Tailândia, ao longo de um período de seis meses, por um máximo de 60 dias por entrada. O visto custa 5000 baht, cerca de 130€, e está disponível a cidadãos de qualquer nacionalidade.
Vila Baleira Resort no Porto Santo é local ideal para casar O resort na Ilha do Porto Santo assume-se como “wedding destination”, propondo uma variedade de cenários idílicos para “o dia mais feliz da sua vida”. Casar numa ilha paradisíaca como é o Porto Santo é já de si sublime, mas, não bastando, com o Vila Baleira Resort pode fazê-lo no meio dos
golfinhos, ou mesmo debaixo de água. Mais do que isto o hotel faz casamentos à medida, conforme os gostos e preferências de quem mais importa nestes dias: os noivos. Depois do momento do “sim” a festa passa para os jardins ou salões do resort, com decoração e menu ao encargo do mesmo.
Fátima tem um dos melhores boutique hotel da Europa
Já é possível acumular milhas da TAP no Booking.com Os clientes do programa Victoria, programa de fidelização da companhia aérea TAP, podem agora acumular duas Milhas Bónus por cada euro gasto no Booking.com, ou seja, reserva alojamento e recebe milhas. As reservas podem ser feitas diretamente através do site TAP, em hotels.flytap.com. Para além das milhas acumuladas, isto permite aos clientes realizar a reserva do avião e hotel no mesmo espaço online, com todas as facilidades que tal proporciona. Através da plataforma que junta a TAP ao Booking.com os clientes Victoria terão à disposição uma seleção de 800 mil hotéis em 80 mil destinos em qualquer parte do mundo, incluindo todos os destinos para onde voa a companhia aérea portuguesa.
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O Luz Charming Houses é o Europe’s Best Boutique Hotel, segundo os World Boutique Hotel Awards que premeiam anualmente boutique hotéis de todo o mundo que primam pela diferença, em diferentes categorias. Esta unidade localiza-se em Fátima e abriu em abril deste ano, sendo assim um “newcomer”. Pretende ser um lugar
“inspirado no passado, com olhos no futuro”. É uma pequena aldeia com arquitetura tradicional dos séculos XIX e XX, com nove quartos superiores e cinco suites envolvidas por um jardim natural, uma mercearia e loja de produtos artesanais, um bar, restaurante e o Luz Retreat, inserido numa gruta natural.
Há um novo roteiro comercial na cidade de Lisboa Lisboa está pejada de lojas e lojinhas de comércio local e tradicional. Surge agora um guia que nos orienta por estas relíquias, na Freguesia de Avenidas Novas. É entre o Campo Pequeno, a Praça de Espanha, o Saldanha e o Parque Eduardo VII que nos guia este roteiro, de cariz gratuito. O diretório é extenso e está organizado em diferentes áreas, como beleza, comércio, educação e lazer, com um complemento de categorias como, onde dormir, onde comer, saúde e serviços. É um pequeno grande guia da freguesia, com testemunhos de moradores e uma entrevista ao Presidente da Junta. A versão online encontra-se disponível no site da Junta de Freguesia de Avenidas Novas.
Nova companhia a voar entre Lisboa/ Porto e Funchal
Enfim existe Museu em Leiria Passaram 98 anos desde a criação do projeto original para a fundação de um museu em Leiria. Quase um século depois engalanaram-se os claustros do Convento de Santo Agostinho de modo a receber os primeiros visitantes. Foi em meados do mês de novembro que se deu a inauguração oficial do novo Museu de Leiria. O museu está instalado num monumento que data do século XVI e reúne diversas coleções, como arqueologia, arte sacra e pintura contemporânea, entre outras. Está organizado com base numa ordem cronológica e ao longo das suas salas vai contando a história da cidade.
A Everjets, companhia de aviação privada, criou uma nova marca de seu nome Everjets Madeira. Assim, há uma nova companhia que desde o passado dia 14 de novembro efetua voos regulares entre o Funchal, Lisboa e Porto. A Everjets Madeira é a única empresa madeirense de aviação, com voos regulares e diários entre as três cidades portuguesas, com viagens a preços competitivos. As reservas podem ser feitas em flyeverjets.com, plataforma que dá também a conhecer todos os detalhes relativos aos voos, incluindo alterações e cancelamento. Nas viagens com a companhia os passageiros têm também direito a refeição a bordo e a bagagem de porão.
2 a 15 de dezembro de 2015
> por cá
Entre o Douro e o Tâmega POR TERRAS DO VALE DO SOUSA Das encostas agrestes do Douro e das albufeiras e cursos de água do Tâmega surge uma das mais belas, ricas e inesquecíveis regiões de Portugal: o Vale do Sousa. A descoberta desta herança da Natureza levou-me a locais como Castelo de Paiva, Penafiel, Lousada, Felgueiras e Paços de Ferreira. Caminhos que nos perdem na imaginação e no gosto das nossas gentes. Texto: Sara Cunha Ferreira
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á quem diga que o norte é uma nação e conhecendo-se bem do que se trata, quem o diz sabe do que fala. Uma nação que nasceu de várias nações e que nela concentra todas as suas heranças. Uma nação que concentra também uma natureza tão vasta que se o país fosse dividido por cores, o norte teria todas, numa imensa palete colorida que encerra em si todos os tons. Tem o verde dos seus montes e vales, jardins e parques. O azul das águas, das ribeiras, albufeiras e afluentes do Rio Tâmega, que trazem a internacionalização de Espanha. O dourado do sol tímido que aproveita a abertura das nuvens para brilhar… Quase poético, mas foi exatamente a visão que tive depois de terminado o meu périplo pelo Vale do Sousa. Comecei por Castelo de Paiva, com as suas paisagens deslumbrantes que acompanham os rios Douro, Paiva, Arda e Sardoura. A uma hora de viagem do Porto, Castelo de Paiva, bebe da riqueza de tudo o que a sua envolvência oferece, numa linha imaginária 2 a 15 de dezembro de 2015
que divide o sul do norte. A visita partiu pelo centro histórico, uma pequena e amorosa praça de edifícios seculares, como a Igreja Matriz, o Chafariz, o Posto de Turismo e o Centro de Interpretação da Cultural Local, com uma exposição permanente sobre as artes, ofícios e tradições do concelho. É de facto uma praça amorosa, mas o adjetivo está longe de ser inocente. Toda esta região respira um ambiente romântico, de aconchego. De tal forma que há por aqui uma ilha, onde o rio Paiva se encontra com o Douro, chamada de Ilha dos Amores pelos populares, graças à sua frondosa vegetação, penso eu, enquanto a vislumbro do lado de cá da margem. Dizem-me que aqui foi descoberta uma antiga Ermida do Séc. XV, mas agora a ilha é mais ponto de encontro para atividades náuticas e de veraneio, tendo inclusive para isso um pequeno areal e espaços de sombra. Aliás, toda a região é rica em espaços para turismo de natureza e aventura, tendo no monte de São Domingos um dos seus
maiores expoentes. Este fabuloso miradouro mostra-nos profundos vales por onde serpenteiam os rios Arda e Douro e onde, por entre o verde que os cobre, encontramos sempre alguém em passeios, corridas, em cima de uma bicicleta ou a escalar uma qualquer altura. É uma região muito viva, de natureza, de gente e de história. Num regresso às memórias desta viagem por Castelo de Paiva, fica também a riqueza arquitetónica, de casas senhoriais, com grandes famílias e azáfamas, de igrejas e capelas e resquícios que viajaram da Idade Média, como as sepulturas escavadas na rocha do Penedo de Vegide, conhecidas como Pia dos Mouros, além do Marmoiral de Sobrado, monumento associado à memória da passagem do cortejo fúnebre da Rainha Santa Mafalda, falecida em 1256. A guardar todo o concelho está o famoso Anjo de Portugal, uma estátua contemporânea feita em bronze e banhada a ouro. Com os seus 12 metros de altura e 12 toneladas de peso, o Anjo acompanha-
nos também numa escadaria até à capela e às margens do Douro, num adeus rumo a Penafiel.
PENAFIEL CORAÇÃO DO DOURO LITORAL Depois de um caloroso almoço em Castelo de Paiva, trinta minutos chegaram para avistarmos Penafiel, pela Nacional 106, passando o Douro para o lado do distrito do Porto, deixando o distrito de Aveiro. O almoço levou-nos a conhecer a gastronomia rica e diversificada que Castelo de Paiva, e também a região do Vale do Sousa, oferece. O Restaurante Típico Casa de S. Pedro lá nos esperava com as suas especialidades: Bacalhau à Zé do Pipo ou à Lagareiro, tal como o polvo, e ainda carnes como o cabrito ou a vitela assada. Não era época do arroz de lampreia e do sável, senão a escolha teria sido incontornável, bem regada com os vinhos verdes da zona. Para terminar, fiquei-me pelo pão de ló, mas houve quem não resistisse a umas rabanadas à moda de Paiva. Chegados a Penafiel, coração do Douro Litoral, junta-se o retrato de uma cidade de gente nova onde é impossível fugir de passeios pelos seus jardins. Há vários, como o da Praça da República, em pleno centro, o do Calvário, a pouca distância de todo o rebuliço normal da cidade, também conhecido por Jardim Público ou Jardim Egas Moniz. Mas o Jardim do Sameiro, construído nos finais do séc. XIX,
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> por cá
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início do séc. XX, aquando da construção do Santuário a Nossa Senhora da Piedade e Santos Passos, é verdadeiramente espetacular. Para além de ser o local mais visitado em Penafiel, santuário conhecido por Sameirinho, a sua envolvência é um autêntico miradouro natural e único que nos apresenta uma das paisagens mais marcantes da cidade de Penafiel. Já fora da urbe, não sou indiferente a um dos melhores vinhos da região, que por sua vez dão nome a um jardim: a Quinta da Aveleda. Muito para além das suas adegas, esta quinta secular conserva um exemplo perfeito do romantismo que os jardins nos apregoam, e a sua beleza é tal que ultrapassou as nossas fronteiras, tendo eu encontrado uns quantos estrangeiros deliciados com a sua beleza. Por caminhos, estradas e ruas, para e além de Penafiel, há um território cheio de tesouros a descobrir, não se confinando à cidade. Em Oldrões/Galegos, fui visitar a cidade proto-romana que um dia me foi apresentada numa fotografia aérea. O seu intrincado de muros parecia obra alienígena, em forma de flor, diria. Trata-se de um dos maiores castros do Noroeste Peninsular – o Monte Mozinho – e para que eu não lhe revele já todo o seu encanto, deixe-se entrar no seu Centro Interpretativo, porque se trata mesmo de uma viagem histórica sobre o passado de Penafiel. Ancorada num conjunto monumental, houve ainda tempo de visitar o Mosteiro Beneditino de Paço de Sousa, num encontro com o túmulo de Egas Moniz, mas para trás ficaram outros tantos pontos de interesse, como as Aldeias Preservadas de Quintandona (Lagares) e Cabroelo (Capela), e de Entre-os-Rios, em recuperação, onde me dizem que o chamamento rural é verdadeiro e onde me garantem que por lá pernoitar é obrigatório. Ficará para uma próxima, porque desta vez a pernoita fez-se em plena cidade de Penafiel.
AS CASAS SENHORIAIS DE LOUSADA A manhã acorda com a travessia da pequena ponte medieval de Espindo, entre Bustelo e Lodares, para Lousada. Outras pontes muito interessantes neste concelho são a de Vilela e da Veiga, esta última na freguesia de Torno que dizem ter servido mais interesses paroquiais que de simples ligação entre regiões. É também em Torno que se pode visitar o Santuário da Senhora Aparecida, onde se realiza anualmente a
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Grandiosa Romaria, uma festa de três dias em pleno agosto, a par da Torre de Vilar, desta feita uma construção que evidencia o poder senhorial sobre o território, com o seu lindíssimo jardim. Em Lousada, quem comanda a paisagem são as casas senhoriais, a par dos edifícios religiosos. No seu centro, e autêntico cartão postal de Lousada, está a Capela do Senhor dos Aflitos quase paredes meias com a Capela da N. S. do Loreto, mas as igrejas também são de beleza ímpar e por isso achei que deveria agraciá-las com a minha visita. Foi o caso da Igreja de São Lourenço de Pias com o seu magnífico retábulo joanino, a Igreja de São Vicente de Boim com a sua invulgar planta ou a Igreja de São Miguel e os seus intrigantes modilhões. Também nesta vila, não fosse a região um constante verde, se impõem passeios para abrir o apetite para o almoço farto que nos esperava. Eles são vários, os jardins da vila, a começar pelo Jardim do Monte do Senhor dos Aflitos, nas imediações da capela. Mas
foi no Parque Urbano Dr. Mário Fonseca, recentemente construído, que entrámos em estágio para o almoço. Aproveitando o centro da vila, fomos ao Restaurante Brazão comer um maravilhoso bacalhau gratinado. Mas um dia terei de regressar, para matar saudades de umas boas tripas.
FELGUEIRAS "RAINHA" DAS IGREJAS Em 20 minutos de caminho pela A42, depois de um café digestivo na esplanada enquanto absorvia uns raios de sol, chegámos ao próximo destino: Mosteiro de St. M.ª de Pombeiro, ou simplesmente Mosteiro de Pombeiro. A sua grandeza é evidente e foi o mais notável convento Beneditino do Norte de Portugal, sendo um verdadeiro marco de Arte Românica Nacional. Felgueiras é outro dos grandes polos de arte românica do Vale do Sousa. Os seus edifícios maciços, de muros sólidos em granito, estão igualmente presentes noutros pontos de interesse da cidade, como a Igreja de
CAPÃO À FREAMUNDE É uma especialidade gastronómica incontornável, de tal forma que o Capão à Freamunde é estrela de mais uma edição da Semana Gastronómica da cidade que dá nome à receita, em Paços de Ferreira. A decorrer até 13 de dezembro, a X Semana Gastronómica do Capão à Freamunde contará com sete restaurantes do Município a disputar o prémio de melhor prato, atribuído no âmbito do concurso gastronómico. São eles: Aidé do Paços Ferrara Hotel, A Presa, Casa Anhinho, Lareu´s, O Gusto, O Telheiro e Penta. O prémio será entregue no dia 12, na Quinta do Pinheiro, em Freamunde, durante o jantar de Gala dinamizado pela Associação de Jovens Ao Futuro (AJAF), com o apoio da Confraria do Capão, da Associação de Criadores de Capão e da Junta de Freguesia de Freamunde. No último dia da iniciativa realiza-se a Feira de Santa Luzia, também conhecida por “Feira dos Capões”, onde decorre o concurso do melhor capão vivo, galináceo de Freamunde certificado com a denominação de Indicação Geográfica Protegida (IGP), atribuída pela Comissão Europeia.
RECEITA – CAPÃO À FREAMUNDE Ingredientes: - Capão - Vinho branco - Sal q.b. - Limão - Alhos - Vinho do Porto - Azeite - Pimenta ou piripiri - Cebolas - Manteiga ou gordura animal - Farófia - Salpicão - Presunto Depois de embriagado com vinho do Porto, mata-se o capão, abre-se e lava-se. Deixa-se em água fria com rodelas de limão, cerca de uma hora. De seguida põe-se a escorrer e coloca-se em vinha-d’alhos durante 24 horas. No dia de o cozinhar, põe-se a estalar, numa caçarola, o azeite, gordura de porco e cebola às rodelas. Deita-se uma
Airães, a Igreja Matriz de Unhão e a Igreja de Sousa, todos classificados como monumentos nacionais. No planalto sobranceiro ao Mosteiro, está outro exemplar muito característico da região, os solares nortenhos de fachada barroca como é a Casa de Valmelhorado, do século XVIII, com a sua alameda ajardinada. Outro solar muito especial é o de Sergude, na freguesia de Sendim. Especial porque marca a transição da Idade Média para o Renascimento, conservando ainda restos do gótico dos séculos XIII e XIV e um escudo da monarquia. Fora do contexto românico, na freguesia de Margaride, decidimos visitar o Santuário de Santa Quitéria, no Monte com o mesmo nome ou como lhe chama a população, o “Monte das Maravilhas”. É um templo Oitavado que obedece ao traçado de uma rosa dos ventos. Além da estátua jazente, existe um altar com Santa Quitéria e as suas oito irmãs, e pela encosta do monte, encontram-se diversas capelas, numa alusão ao martírio de Santa Quitéria. No centro da cidade, vale a pena uma visita à Casa das Artes, edifício de cor incontornável – grená –, e janelas rasgadas com vitrais coloridos. Outrora áureo Teatro Fonseca Moreira, construído pelo próprio, que nasceu em Felgueiras e fez fortuna no Brasil, concentra agora todas as expressões artísticas que o concelho produz e recebe, sendo um importante centro cultural da região. E após um périplo essencialmente religioso, espera-nos Paços de Ferreira, encerrando esta “fuga” de três dias. Reserva de
boa colher de sopa de manteiga, 2,5dl de Vinho branco e Vinho do porto e tempera-se com sal q.b.. Escorre-se o capão e esfrega-se todo com este novo molho. Antes de o meter no forno, recheia-se com o seguinte picado refogado: azeite, cebola, alho, miúdos do capão, presunto, salpicão, chouriço de carne, carne de vaca, vinho branco, piripiri, louro, salsa, etc. Depois de guisado é passado e bem misturado com “farófia” no resto do molho. Enche-se a barriga do capão e cose-se. Coloca-se na pingadeira de barro e leva-se ao forno a assar lentamente (cerca de 3 horas), coberto com papel de alumínio para não queimar demais. Deve picar-se com um garfo de vez em quando, ao mesmo tempo que se rega com o molho da assadeira e Vinho do Porto. A operação de picar com o garfo deve ser cuidadosa para não ferir a pele que deve ficar estaladiça e loura. Meia hora antes tira-se o papel para alourar. Acompanha-se com batatas assadas e grelos.
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COMO IR
BRINDE COM VINHO VERDE Seja qual for o repasto que escolha, não abdique de o acompanhar com o vinho verde da região. Branco ou tinto, espumante ou aguardente bagaceira, é aqui que encontra a genuína frescura, leveza e paladar vibrante das castas da Região Demarcada do Vinho Verde, no noroeste de Portugal.
Direção Castelo de Paiva De Lisboa, deverá apanhar a A1, sair em Santa Maria da Feira para a EN222 até Castelo de Paiva. Também pode sair em Santa Maria da Feira, seguir em direção a S. João da Madeira, entrar na A32 em direção a Vila Nova de Gaia, passar a portagem em Canedo e seguir então a indicação para Castelo de Paiva, pela EN222. Do Porto, após passar a Ponte do Freixo, siga pela A32, passando na portagem em Canedo para a EN222 em direção a Castelo de Paiva. Rota do Românico Esta viagem pode igualmente ser realizada de acordo com os caminhos já traçados da Rota do Românico, que pode conhecer em www. rotadoromanico.com
de ser esguia e ornamentada em todo o seu exterior, proporciona uma paisagem abrangente sobre a cidade e quase todo o concelho. Por sua vez, na Praça Dr. Luís podemos visitar o Museu Municipal do Móvel, um repositório da memória das artes e ofícios da cultura pacense, com particular destaque para a indústria do mobiliário. Este centro interpretativo do concelho divulga as origens do seu povoamento até à idade contemporânea, com coleções que pretendem identificar a herança de uma sociedade rural. No mobiliário, destaco a exposição de ferramentas que confidenciam a transformação da madeira em mobiliário, onde chamo a atenção para os móveis utilizados em escolas, como hoje não se encontra. Também nesta Praça temos o Jardim Municipal com o seu residente mais famoso, um tricentenário carvalho alvarinho, aquele que nos proporcionou alguma sombra antes do regresso. >
ONDE COMER
Restaurante Típico Casa de S. Pedro Quinta de S. Pedro - Sobrado — Castelo de Paiva Encerrado à segunda-feira Especialidades: Polvo à Lagareiro, bacalhau, cabrito e vitela assados no forno, churrasco de vitela laminado Restaurante Brazão R. Santo António 165, Lousada Especialidades: Cabrito assado, cozido à portuguesa, tripas, bacalhau Adega Tascareca Lugar da Lage, Rande — Felgueiras Especialidade: Bacalhau e posta Casa de Pasto A Popular Av. Egas Moniz 83/5, Penafiel Cozinha tradicional
ONDE FICAR
Termas de S. Vicente Palace Hotel & SPAHHHH Pinheiro, Penafiel (58€ quarto duplo/noite) Exe Penafiel Park Hotel & SpaHHHH Penafiel (59€ quarto duplo/noite) PenahotelHHH Penafiel (35€ quarto duplo/noite) Hotel de Charme Quinta do PinheiroHHHH Freamunde (60€ quarto duplo/noite) Paços Ferrara HotelHHH Paços de Ferreira (45€ quarto duplo/noite)
alojamento já feita no próximo destino, saímos de Felgueiras com o sol a despedirse, novamente pela A42 para chegar então à Capital do Móvel.
PAÇOS DE FERREIRA E A CIVILIZAÇÃO A.C. Começámos o dia a percorrer a Citânia de Sanfins, um dos castros do noroeste, em Sanfins de Ferreira, freguesia de Paços de Ferreira. Este monumento nacional retrata a existência da civilização castreja antes de Cristo e a Citânia de Sanfins mostra na perfeição os seus povoados fortificados, no cimo de colinas, entre o Douro e Minho. Hoje ainda
é possível ver as muralhas que protegiam a Citânia, os balneários onde muitos registos falam de banhos de vapor, com pedras aquecidas, e por fim o núcleo familiar, onde estavam as circulares casas da população que viveram na Idade do Ferro. Após a lição visual de História, fez-se o caminho até ao Mosteiro de São Pedro de Ferreira, outros dos importantes exemplares românicos que podemos encontrar no Vale do Sousa. Visitar este Mosteiro é embarcar em mais uma viagem no espaço e no tempo de uma das joias destas Terras. Com evidências de cerimónias fúnebres, o Mosteiro conserva apenas o túmulo de D. João Vasques da Granja, com a laje a mostrar este nobre de joelhos, em penitência. Tanto por fora como por dentro, com a sua capela-mor de forte influência galega, o Mosteiro tem um “ar” muito cru, rude, em consonância com as estruturas arquitetónicas do século XII. No centro de Paços de Ferreira, na praceta de Santa Eulália, encontramos o destino de romaria favorito dos pacenses, a Igreja Matriz. No cimo da colina, para além
X SEMANA GASTRONÓMICA CAPÃO À FREAMUNDE
ARTESANATO DO VALE DO SOUSA O artesanato é a expressão de um povo que nas Terras de Vale do Sousa materializa-se nos seus famosos bordados em linho. O filé ou ponto de nó, o ponto de cruz, o bordado a cheio, o richelieu e o crivo bordado são os exemplos técnicos genuínos do produto artesanal das mãos das bordadeiras, que no concelho de Felgueiras por exemplo, tem mais de 600 mulheres dedicadas a esta arte. É também em Felgueiras que existe a Casa do Risco, que assegura a qualidade do bordado e a qualificação das bordadeiras. Porém, a cestaria e a tecelagem não fogem à regra, nomeadamente em Penafiel e Lousada, que conta também com artes como a passamanaria de palheta, tamancaria, ferraria, caldeiraria e latoaria, embora cada vez mais raras. E não sendo propriamente artesanato, não deve prescindir da visita a uma das fábricas de calçado de Felgueiras, atividade tão importante para a economia da região, assim como os móveis em Paços de Ferreira.
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PROMOTORES:
PARCEIROS E APOIOS:
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> curtas
D E S D E
Guia de Viagem
842€
INFORMAÇÕES ÚTEIS
IN QUARTO DUPLO/TW
8 DIAS/7 NOITES R PESTANA EQUADO4H ILHÉU DAS+ ROLAS BY HOTEL MIRAMAR H PESTANA 4
Clima: O clima é tropical húmido. As temperaturas variam entre 21ºC e 29ºC com frequentes precipitações. Moeda: Dobra – 24 500 Dobras equivalem a 1 Euro Passaporte: Obrigatório Para as estadias não superiores a 15 dias não é necessário visto. Não são necessárias vacinas. Aconselha-se o consumo de água engarrafada.
REGIME APA
CLUI:
IN A, CINCO VO O DE LISBOOJA MENTO DE AL S ITE NO LAS E NO ILHÉU DAS RO EM SÃO TOMÉ, DUAS NOITESES RO TRANSFER E SEGU : OPERAD OR SONHANDO
SEU AGENTE (CONSULTE O GE DE VIA NS)
Ilhéu das Rolas PARAÍSO MEMORÁVEL Tem coqueiros, palmeiras e outras tantas árvores, flores e plantas a perder de vista. Praias deslumbrantes habitadas por infindáveis espécies de peixes, corais e anfíbios. Um único resort e uma pequena aldeia povoada de simpatia e simplicidade. Nos cerca de três quilómetros quadrados que formam o Ilhéu das Rolas é possível acreditar que o paraíso existe. Texto: Filomena Ricardo
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eja depois de passar uns dias na encantadora ilha de São Tomé ou mal acabe de colocar os pés neste país emergido no Golfo da Guiné, faça um favor a si próprio e vá - mas vá mesmo - ao encontro do paradisíaco Ilhéu das Rolas. A ligação é feita a partir do cais de Ponta Baleia, num barco que apenas se diferencia de uma piroga pelo tamanho e porque tem um motor. Mas relaxe. Vista o colete salva vidas, entregue as malas à tripulação, embarque e confie num capitão conhecedor das misteriosas correntes daquele pedaço de Atlântico. Calmo ou agitado, como no dia em que fiz a travessia, deixe os medos em terra e abra bem os olhos porque o mais certo é, ao longo dos cerca de 25 minutos de viagem, ter o privilégio de assistir a um genuíno espetáculo da natureza, protagonizado por baleias e ou golfinhos que espontaneamente se deixam avistar ou pela paisagem deslumbrante que, à medida que se aproxima, deixa antever que o desembarque é mesmo no paraíso prometido. Terminada a aventura marítima
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respire fundo e desligue de tudo o que já conhece. Desligue e deixe-se contagiar pelas dezenas de sorrisos rasgados e pelas simpáticas “boas-vindas ao Ilhéu das Rolas” com que vai ser recebido pelos funcionários do hotel e habitantes. A visita ao umbigo do mundo está prestes a começar, pois esta é a terra onde se encontra a mítica Linha do Equador. Aqui é possível saltar do hemisfério norte para o hemisfério sul com a mesma liberdade com que saltava à corda em criança. E também um lugar de equilibrados contrastes. De um lado o luxuoso Pestana Equador, um resort de quatro estrelas composto por 70 bungalows rodeados de um mar imensamente azul e de uma floresta genuinamente verde e fértil. Do outro, paredes meias, uma pequena e acolhedora aldeia com pouco mais de 100 habitantes. Pela primeira vez na vida dei por mim limitada a três quilómetros quadrados de terra e a questionar-me como é que alguém agitado como eu iria entreter o tempo durante três dias. Pensamento precipitado porque no paraíso das Rolas três dias são pouco para o muito que há
para fazer e aprender. Os conselhos não servem só para os outros e……permiti-me relaxar. Comecei por partir sozinha à descoberta do centro do mundo, mas percorridos 50 metros fora do perímetro do hotel estava rodeada de muitos guias.
Crianças, jovens e adultos que, ansiosos por meter conversa, voluntariamente me acompanharam e explicaram os segredos da floresta.
SALTAR ENTRE HEMISFÉRIOS Pelo caminho, enquanto nos cruzávamos com vários grupos de turistas igualmente escoltados por habitantes locais ou funcionários do resort, fiquei a saber que na savana coabitam verdadeiros tesouros, como a árvore Ylang Ylang - de onde se extrai um óleo hidratante para o cabelo
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ou se colhe a flor utilizada na indústria de perfumes, como o famoso Chanel nº 5 -, ou a Ocá - uma árvore que, para além de atingir mais de 30 metros de altura, é
utilizada para fazer pirogas e, caso alguém se perca na floresta, basta bater no tronco para que o som ecoe em todo o ilhéu. Para ajudar a combater o calor húmido
SANTUÁRIO DO PLANETA Explorado pelos famosos naturalistas R. Greef, A. Moller ou F. Newton, o Ilhéu das Rolas é considerado um dos poucos santuários naturais do planeta. Se é amante das atividades marítimas e dos desportos náuticos agarre a oportunidade de experimentar todas as iniciativas promovidas pela empresa Costa Norte. Com preços que variam entre os 15 e os 70 euros, andar de mota de água ou de caiaque, fazer batismo de mergulho no mar, praticar mergulho, snorkeling, observação de baleias ou dar a volta ao ilhéu de barco completam um leque de oferta irresistível. Condicionada pela escassez do tempo, optei apenas experienciar a volta de 180º à pequena ilha. Durante duas horas memorizei e fotografei uma outra perspetiva das paradisíacas praias das Rolas, senti-me uma navegadora nas inconstâncias de um mar ora calmo ora agitado e não resisti a dar um mergulho na Baía Xinha, onde dezenas de corais e centenas de peixes de todas as cores e tamanhos me permitiram guardar inesquecíveis imagens.
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da tropicalidade, os mais jovens treparam agilmente os coqueiros, dando-me a provar a frescura da água de coco. Mostraram-me a beleza da rosa porcelana e da flor das noivas - usada nos casamentos -, revelaram-me a utilidade da folha lixa na limpeza de tachos e panelas, da folha de bengue no combate ao paludismo e de outros sem número de plantas, numa rica lição de botânica e medicina popular. Em cerca de três horas, sem sentir o avançar do relógio, percorremos 500 metros até ao Marco do Equador onde, já contagiada pela simplicidade da vida, saltei lateralmente entre hemisférios, deslumbrei-me com a vista privilegiada para a Ilha de São Tomé, aceitei o convite para beber na aldeia uma Rosema - a cerveja local - e marquei, por 10 euros, um almoço de peixes variados acabados de sair do mar com os pescadores na praia Café. No Pestana Equador, o cardápio é, igualmente, tentador. Com a praia mesmo em frente, descansar e contemplar a paisagem na areia, nadar ou mergulhar nas águas azuis, transparentes e quentes deste Atlântico é uma experiência a não perder, pois certamente vai surpreender-se com os coloridos cardumes de peixes que nadam quase à superfície. Experimentar uma das mais de uma dezenas de massagens do SPA do hotel - com preços que variam entre os 20 e os 80 Euros - também pode ser uma boa opção. Nem que seja ao final do dia, não deixe de dar umas braçadas na piscina enquanto observa o por do sol e o frenético voo das águias, rolas e morcegos que sobrevoam o ilhéu. E, pela sua sanidade mental liberte-se da timidez, aprenda e dance com os animadores os ritmos de São Tomé e acompanhe-os no passeio pedestre que percorre todo o Ilhéu. Durante o périplo vai fascinar-se com a beleza única das praias Escada, Joana, Cabra, Bateria, Café e Pescadores, divertirse com as histórias de sobrevivência na floresta, beber água de cocos acabados de apanhar e refrescar-se com o duche natural e salgado que salta das furnas. Os três dias chegaram ao fim… À noite, na aldeia, enquanto bebia a prometida Rosema, dei-me conta que o paraíso é mesmo real num Ilhéu com apenas três quilómetros quadrados.>
COMO IR
De Lisboa: A STP Airways tem voo direto aos sábados para a ilha de São Tomé A TAP tem voos diretos à terça-feira, quinta-feira e domingo para São Tomé De São Tomé: Há que atravessar parte da ilha para tomar o barco que levará ao Ilhéus das Rolas
ONDE FICAR
No Ilhéu das Rolas o Pestana Equador é o único hotel. Com preços que variam entre os 120 e os 160 euros, o hotel é composto por uma piscina, um restaurante, um snack-bar, dois bares e um SPA.
ONDE COMER
No restaurante ou no snack-bar do Pestana Equador, por um preço médio de 18 Euros tem à escolha alguns pratos de comida internacional e são-tomense, como o peixe grelhado acompanhado com banana ou fruta-pão frita e arroz, calulu, molho de fogo, ijogó, feijoada da terra ou cachupa. Agradável e surpreendente é a marcação de almoços com os pescadores da aldeia. Por 10 Euros tem direito a um rodízio de peixes pescados no próprio dia. Dependente da pescaria, pode vir a degustar garoupa, polvo, dourada, raia, pargo, festim ou tantos outros, acompanhados com a tradicional banana frita e arroz branco.
O QUE VER
Já lhe tínhamos dito na reportagem sobre São Tomé, e repetimos agora: veja tudo o que lhe for possível. Da floresta, às aldeias, vilas, cidades e roças, a melhor experiência que pode trazer da Ilha de São Tomé é deixar-se levar pelo exotismo e tropicalidade do ecossistema, pela simpatia do povo e libertar os sentidos para sentir os odores, observar as cores e satisfazer o palato. Especificamente aqui, no Ilhéu das Rolas, há a floresta, a praia e o mar, e tudo o que ele proporciona. E há, claro, o marco da linha do Equador. Mesmo que o sol queime, vale a pena o esforço de fazer a subida.
O QUE COMPRAR
No Ilhéu, propriamente, não há muito que comprar além de peças de artesanato em madeira ou casca de coco. Mas como não irá ao Ilhéu sem ter ido primeiro a São Tomé, acrescentamos os tecidos africanos, as frutas exóticas, o café e o chocolate Claudio Corallo. Pode também aproveitar para comprar quadros de pintores são-tomenses.
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> curtas
D E S D E
70€
P/ QUARTO DUPLO OU TWIN A OCUPAÇÃO DUPL
A QUIN TA DE SAANT TERESINH INCLUI:
PEQUENO-ALMO ÇO WI-FI GRÁTIS
Sertã
DESFRUTE E FIQUE EM PAZ COM A VIDA Se pensa em sair de casa, fazer uma viagem e ter uns dias relaxantes com a família, nós apontamos-lhe o caminho. Vá ao encontro da natureza, de paisagens luxuriantes, mergulhe naquilo que o nosso país tem de mais genuíno, as suas gentes e tradições, e descubra tudo isto na região centro.
C
hegados à Sertã estamos num Portugal diferente. Aqui sentimo-nos mais calmos e tranquilos e com os sentidos mais apurados, talvez por respirarmos um ar mais puro, fabricado pela floresta que bordeja os cumes dos montes, desce pelos vales cavados ao encontro das águas e aqui e ali esconde o sol que vai ao encontro das copas das grandes árvores. É por estas razões que o vento, o sol e a água, são a força motriz da região. A água está presente a cada passo, com o Zêzere a ser o rio mais emblemático, acompanhado no entanto por um sem número de pequenos rios, ribeiras, e riachos que dão mais encanto e vida aos passeios pedestres que estão demarcados nos guias do concelho. O sol, esteja mais intenso ou mais fraco, é indispensável à beleza de toda a zona, não só porque muda as tonalidades das águas mas também porque ameniza a densidade florestal e ajuda a aquecer nos dias mais frios de inverno. Quase nunca gostamos dele, é facto, mas o vento acaba por ser essencial para que o corpo de sinta mais livre, e para que, através do olfato, nos sintamos mais facilmente como parte integrante de toda esta
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Texto: José Luís Elias
natureza que nos rodeia. A floresta com as suas extensas áreas de pinhal que se misturam, aqui e ali, com os eucaliptos e os medronheiros, junta-se na proximidade das vilas com o cultivo da agricultura de subsistência. Uma realidade bem notória quando visitamos uma aldeia de xisto e ao calcorrearmos a localidade emergimos num mundo bem distante daquele que preenche o nosso dia a dia. Por estas paragens as vilas estão muito desertificadas mas a população que resta, regra geral de idade avançada, é composta por gente simples do campo, com uma simpatia bem genuína que começa pela saudação, pelo "bom dia" ou "boa tarde" dados aos desconhecidos.
quem está de visita. A utilização da própria Alameda da Carvalha para passeios que privilegiam o contato com a natureza e até mesmo o repouso, torna este lugar muito aprazível e faz dele um cartão de visita.
É nesta zona que fica a herança dos “Filipes”, os reis espanhóis que o foram também de Portugal, deixada nesta terra. A Ponte da Carvalha não raramente apelidada Ponte da Várzea, Ponte Velha ou mesmo de ponte romana, com os seus 64 metros de comprimento assentes em seis arcos redondos de pedra foi na realidade construída durante o domínio filipino. A ponte serve de atração para os visitantes e é uma das imagens mais conhecidas da região, por tanto ser fotografada. Um passeio obrigatório é o que se faz pelas ruas íngremes e estreitas da parte mais alta da vila, onde encontramos a Igreja Matriz de São Pedro. Depois de falar com várias pessoas — as gentes desta terra são afáveis e acolhedoras e por isso é fácil entabular conversa —, se tinha dúvidas sobre quem mandou construir a Igreja original, acabei por não ficar de todo esclarecido, quase parecendo ser mais difícil descobrir este “segredo” do que os números do euromilhões. O que se sabe é que foi durante o reinado de D. João I que se iniciou a sua construção, e que a iniciativa deve ter partido de uma de duas personalidades relevantes da época; Nuno Álvares Pereira ou Álvaro Gonçalves Camelo (Prior do Crato). Seja como for, daquilo que não me restou dúvidas depois de entrar na igreja é que seria uma enorme perda não a visitar. Construída em 1404, com os seus arcos góticos ogivais revestidos a azulejo quinhentista tão marcantes para quem passa a portada que quase ofuscam o muito que o interior tem para oferecer ao visitante. Do muito que existe para ver no seu interior, saliento os retábulos do altar, em talha dourada pintada por gentes do Porto, e os dois altares laterais dedicados a Nossa Senhora do Rosário e ao Espírito Santo. No altar passe por uma porta para a sacristia, e verá que vai ficar extasiado ao encontrar as tábuas tardo-maneiristas do "Pentecostes", do "Nascimento da Virgem", "Apresentação da Virgem no Templo", "Anunciação" e "Assunção da Virgem", pinturas do segundo quartel do século XVII. Estamos junto ao castelo e mesmo que não tivesse muito tempo disponível não perderia a hipótese de lhe fazer uma visita. Segundo consta foi mandado construir por Sertório, capitão das tropas romanas no ano 74 a.C., e é um dos raros castelos em Portugal que tem cinco quinas. Cheio de lendas, o castelo alberga no seu interior a capela de São João Baptista,
VAMOS CONHECER A VILA Pode parecer estranho mas de facto o que me prendeu o olhar assim que cheguei à Vila da Sertã, foi o aproveitamento que se faz das suas ribeiras, a Ribeira da Sertã e a Ribeira Amioso. Pode afirmar-se que a vila vive com os seus leitos de água e a ponte pedonal de madeira na Alameda da Carvalha cria um ambiente visual que prende 2 a 15 de dezembro de 2015
MARANHOS
Quando começamos por dizer que este pitéu é feito com bucho de borrego ou carneiro, temos logo a desistência daqueles que “não gostam” mesmo antes de provar. Vá em frente que vale a pena e nos dias que passar na Sertã não deixe de comer uns Maranhos com grelos ou couve salteada. Para além do bucho, que serve apenas para ser recheado, vai encontrar presunto, chouriço magro, carne de borrego, entremeada e arroz, tudo isto envolvido em temperos vários. datada do século XVII, que foi a primeira igreja matriz da vila, assim como vários vestígios arqueológicos de edifícios que em tempos idos existiram neste espaço e peças de cerâmica árabe.
NÃO SE FIQUE SÓ PELA VILA Da sede do concelho a Pedrogão Pequeno distam apenas 16Km. Aqui chegado o ideal é parar o carro e percorrer a pé a vila sobranceira ao Rio Zêzere. Por entre ruas e ruelas vai poder conviver com a História, conhecer as suas lendas e visitar o seu património. Junto ao edifício do mercado municipal inicia-se um dos percursos pedestres possíveis. Para o fazer não precisa de ser um atleta de alta competição, apenas tem de ter tempo e ir aproveitando todas as possibilidades para tirar uma bela foto para mais tarde recordar. Começamos por descer por uma antiga estrada romana, chegados ao seu final fazemos um desvio até à Ponte Filipina que vale por si a visita e onde a paisagem que a rodeia nos sugere boas fotos de família. Faz-se depois o trilho da Levada até ao Moinho das Freiras que se encontra no final de um túnel e onde se localiza o Parque de Merendas, um bom local para repousar antes de iniciar a subida que se faz pelo lado
inverso, passando na aldeia do Painho até chegar ao ponto de partida. De volta ao carro é tempo de subir ao alto do monte da Senhora da Confiança para apreciar a paisagem sobre a Barragem do Cabril. Deste promontório tudo se avista, a Serra da Estrela, a Lousã, Cernache do Bonjardim e muitos outros lugares que salpicam montes e vales. Daqui do alto do monte olhando para a barragem e para o Zêzere, ficamos encantados com os raios de sol a serem refletidos no seu espelho, parecendo subir as pedras graníticas e o arvoredo que o rodeia. Não deixe de descer até às margens da Barragem do Cabril o espelho de água que a barragem obriga o rio Zêzere a fazer. A altitude da barragem (1.900m) impressiona, a albufeira tem condições para a prática de atividades náuticas, como a vela, o remo ou o windsurf, podendo ainda fazer-se passeios em motas de água ou praticar ski aquático. Já as suas margens são procuradas por muitos pescadores desportivos.
VISITA AO SUL DO CONCELHO Tomada a EN 238 na Sertã, dirigimo-nos a Cernache do Bonjardim que dista apenas 10Km. Estar na região e não ir de visita ao imponente edifício do Seminário, do qual sobressai a Igreja mandada construir em 1791 por D. João VI, é algo imperdoável. Fui fazer a visita, claro, mas confesso que nesta deslocação tinha outro objetivo, no caso relacionado com a gula que aqui não é pecado: comer os célebres Cartuchos, doce que como o próprio nome indica assume a forma de um cartucho e é confecionado à base de doce de ovos envolvido em massa com pedaços de amêndoa. A prova dos Cartuchos foi feita num pequeno café em frente do Seminário, e os ditos eram tão bons que lhes foi dedicada uma lambidela de dedos. O Seminário teve primeiramente como missão formar clero para as igrejas do Priorado do Crato, passando em 1856 a Seminário das Missões Ultramarinas e a formar missionários para as dioceses do ultramar. Para que fique a conhecer a importância e o muito que este edifício tem no seu interior, aconselhamos a que tente marcar uma visita guiada no posto de turismo da Sertã. Não sendo fácil de conseguir também não é impossível e no final verá que o esforço valeu bem a pena. O edifício principal do Seminário é a fachada de uma propriedade agrícola com cerca de 32 hectares, e no seu interior, para além das camaratas, salas e salões, existe uma
importante biblioteca com aproximadamente 7300 livros encadernados em madeira e revestidos em pele, além de exemplares únicos que datam dos séculos XV e XVI. Todo este conjunto e o facto de se colocar a hipótese de D. Nuno Álvares Pereira ter nascido nesta propriedade, não deixa indiferente quem por aqui passa e torna este local um dos pontos mais vistos da vila. Em Cernache pode ainda visitar a casa onde viveu e pintou Túllio da Costa Victorino. Adquirido e recuperado pela Câmara da Sertã este espaço é hoje o Espaço Cultural Túllio Victorino. O dia pode ficar mais completo e relaxante se formos à praia fluvial do Trízio que dista poucos quilómetros ficando próximo à vila de Palhais, com várias opções de lazer e uma paisagem luxuriante que transmite ao visitante um sentimento de paz e harmonia.>
COMO IR:
De Lisboa: Seguir na A1 até Torres Novas. Aí tomar a A23 e sair na saída 10 para Abrantes, onde terá que seguir para a N2 que o levará á Sertã. Do Porto: Seguir pela A1 e A13 até Avelar, onde deve sair para o IC8. Já próximo da Sertã terá que divergir para a N2 (primeira saída na rotunda). De Coimbra: Sair de Coimbra pela Circular Externa e Estrada Beira/N17. Em Ceira tome a A13 até Avelar onde deve sair para o IC8. Depois de passar por Pedrogão Grande e Carvalhal, na rotunda tome a primeira saída para entrar na N2 que leva à Sertã. Nota: Estes trajetos incluem portagens Distâncias: De Lisboa: 190Km | Do Porto: 195Km | De Coimbra: 73Km
ONDE FICAR
Hotel Convento da Sertã HHHH Alameda da Carvalha Desde: 90€ | Quarto duplo C/ pequeno-almoço Hotel da Montanha HHHH Pedrogão Pequeno Desde: 52€ | Quarto duplo C/ pequeno-almoço
ONDE COMER
Restaurante Ponte Romana Sertã - Telef. 274 601 256 Especialidades: Maranhos, Bucho Recheado, Chanfana e Cabrito Assado no forno Encerra às terças | Restaurante também conhecido apenas por Ponte. Se estiver bom tempo, aproveite a varanda sobre a ribeira. Restaurante Rainha do Zêzere Pedrogão Pequeno - T: 236 487 494 Especialidades: Sopa de peixe, Bacalhau à Lagareiro, Cozido à Portuguesa Encerra às segundas | Restaurante da residencial com o mesmo nome. Ambiente familiar e música ao vivo em alguns dias. Restaurante A Rotunda Cernache do Bonjardim - T: 274 801 166 Especialidades: Comida típica regional Encerra às terças | Restaurante com capacidade para 140 pessoas, não fumador.
O QUE VER
Castelo da Sertã Horário de verão: - Fim de semana e feriados: 10h00 às 20h00 - Segunda a sexta: 09h00 às 17h00 - Horário de inverno: - Fim de semana e feriados: 10h00 às 17h00 - Segunda a Sexta-feira: 09h00 às 17h00
Casal da Cortiçada
O , a 3Km da Sertã, dispõe de 1 Suite e 5 quartos, jardim envolvente, uma piscina circundada por oliveiras centenárias e variadas árvores de fruto, uma maravilhosa vista para um revigorante pinhal, tudo em ambiente natural e tranquilo.
Rua Principal, Vale da Cortiçada, 6100-367 CUMEADA GPS: N39.77610.W8.09726 Tel. +351 91 809 76 52 – Tlm. +351 91 847 99 15 Email: casaldacorticada@gmail.com
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> lá fora
D E S D E
325€
DUPL P/PESSOA | QUARTO
O
3 DIAS/2 NOITES DOS CIRCUITO ROTA CONQUISTADORES IDA: PRÓXIMA PARTIRO 6 DE FEVERE
ÓV HOTEL BARCEL HHHH CENTENÁRIO INCLUI:
TRANSPORTE EM DE TURISMO, AU TO CARRO MO ÇOS E 2 GUIA, 3 AL ITAS A JANTARES, VISUJI LLO, CÁCERES, TR RID AEÀ GUADALUPE, MÉ ES ADEGA RUIZ TORR OPERAD OR :
S LUSANOVA TOUR ENTE
SEU AG (CONSULTE O GE DE VIA NS)
Extremadura DESCOBRIR A ROTA DOS CONQUISTADORES
Aqui contam-se a história e estórias dos principais colonizadores espanhóis. Uma região que esconde riquezas arquitetónicas ímpares, regadas com uma gastronomia soberba, numa combinação que faz da Extremadura vizinha um destino imperativo para os portugueses, não fosse a mesma a que outrora albergou a capital da Lusitânia. Texto: Sara Cunha Ferreira
R
eflexo espanhol do nosso Alentejo, a região da Extremadura encerra em si locais e cidades importantíssimas para a História da Península Ibérica, muitas fundadas pelos romanos, destruídas pelos visigodos, reconstruídas pelos árabes, fortificadas pelos mouros e finalmente reconquistadas pelos cristãos, para se transformarem naquilo que são hoje. Cidades como Cáceres ou Mérida e locais como Trujillo, Médellin ou Guadalupe encerram por isso magníficos testemunhos da formação de Espanha e Portugal como países, mas também dos áureos tempos em que nós e os nossos vizinhos éramos donos do mundo. É que aqui nasceram e daqui saíram os principais conquistadores espanhóis da época dos Descobrimentos:
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Hernán Cortés, que conquistou o Império Asteca, Francisco Pizarro, que tomou o Império Inca e foi imperador do Peru, e Francisco de Orellana, descobridor do Amazonas. Por isso, nesta mescla de culturas e acontecimentos, imagine tudo o que pode encontrar. Sabe que mais? Não conseguirá imaginar. Digo-lhe que todas as cidades e locais são uma verdadeira surpresa, por isso aproveite a dica e atravesse a fronteira. Garanto-lhe que não haverá lugar a arrependimentos. E foi isso que fiz, atravessar a fronteira de Lisboa rumo a Badajoz, numa das primeiras formas de turismo organizado: circuito em autocarro. Partir para o desconhecido com desconhecidos é, provavelmente, uma das
mais honestas formas de viajar, porque não há conceitos formatados e cada um traz uma mais-valia à viagem, para além da vantagem de haver um guia que nos explica o que não se vê a olho nu. Porém, tendo em conta a proximidade, é também um destino ideal para auto-férias, num fim de semana prolongado, por exemplo, servindo este meu relato para orientação futura, caso prefira partir ao sabor do seu próprio vento. Saindo de Lisboa bem cedo, esperavam-nos quatro horas de caminho, onde se incluíram duas paragens nos “entretantos”, rumo ao primeiro destino: Cáceres. Se em Lisboa ninguém se conhecia, já em Caia, segunda paragem após a estação de serviço de Montemor-o-Novo e antigo controlo de
fronteira, começaram a surgir os primeiros nomes daqueles que me acompanhariam por três dias.
CÁCERES ENTRE MURALHAS Já na terceira cidade espanhola com mais zonas verdes urbanas, achei que entre Cáceres e outras vilas secundárias de Espanha, pouca ou diferença alguma existia. Marco Mangut, espanhol com “pronúncia” portuguesa, explicou então que 80% de Cáceres cresceu nos últimos anos, desde a criação da Universidade de Cáceres (Polo de Letras) e de Badajoz (Polo de Ciências), e talvez com isso tenha chegado também o “desvirtuosismo” da cidade, cujo centro histórico não é o seu centro físico. Por isso, é em Plaza Mayor que tudo se descobre e tudo acontece de interesse em Cáceres, ponto de referência para locais e visitantes, muito semelhante à Praça do Giraldo, em Évora. Cidade Património da Humanidade, tem num dos cantos desta praça, a ocupar uma colina, a cidade medieval. Com a 2 a 15 de dezembro de 2015
templos e conventos que nos fazem acreditar que o tempo ali estagnou. Há vestígios destes povos por todo o lado, como a antiga muralha árabe, a Torre dos Púlpitos e a de Bujaco, emblema da cidade, ou símbolos judeus de metal dourado cravados no chão. Passando o Arco – onde antigos pediam para regressar vivos, à saída, e agradeciam por nada de mal ter acontecido, à entrada –, virando à esquerda entramos por ruelas a revelar palácios como o de Toledo Moctezuma (neto do imperador asteca Moctezuma II), o palácio Episcopal, o de Carjaval e de Mayoralvo, para chegar à concatedral de Santa Maria, com o seu belíssimo altar em madeira. Ao cair da noite, acendem-se as luzes da
reconquista dos cristãos e fim das batalhas, a cidade começou a crescer fora de muralhas, para as planícies, o que permitiu estarmos presentes a um património muito bem conservado. A entrada para a cidade velha faz-se passando a Porta ou Arco da Estrela, para calcorrear os caminhos de romanos, muçulmanos, judeus e cristãos, observando um conjunto arquitetónico medieval e renascentista de torres, palácios, cisternas,
cidade velha – é a guarda civil espanhola quem as acende –, e começam as visitas guiadas teatralizadas. Miguel, o guia, explicou-nos que, tal como no Alentejo, o verão é extremamente rigoroso e é muito difícil passear pela cidade e assistir a estes espetáculos com 40º graus de temperatura, pelo que a companhia de teatro decidiu fazê-los precisamente à noite. Entre dois atores contam-se estórias daquele tempo, encenadas de forma cativante e engraçada
e onde não faltam estórias portuguesas, como a da sopa da pedra. Depois de muito rir e até participar, é chegada a hora do descanso. O dia ia longo, para além do horizonte, e no dia seguinte estavam dois destinos à nossa espera: Trujillo e Guadalupe.
TRUJILLO ENCANTA
AOS BONS VINHOS ESPANHÓIS
Não são os nossos vinhos alentejanos, mas não são de descurar. Para poder julgar o fruto espanhol, visite a Bodega Ruiz Torres, em pleno Geoparque Villuercas-Ibores-Jara. Aqui poderá saborear a oferta engarrafada em vidro português, nas versões tinto e branco, e conhecer todo o processo de elaboração e envelhecimento do vinho. O edifício é lindíssimo, com um interior muito colonial e salas com vidraças amplas, para uma paisagem fabulosa e sem obstáculos para a região montanhosa do Geoparque. A visita está incluída na oferta do circuito, mas a adega está localizada no coração da região de "Las Villuercas" no município de Cañamero. Tome a EX-102 em Guadalupe para Cañamero e saia para a EX-116. A Bodega encontra-se ao quilómetro 33,8.
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Depois de uma noite retemperadora Trujillo esperava-nos em 45 minutos. Outra cidade de muralhas medievais, guarda infindos segredos e detalhes curiosos que envolvem famílias portuguesas. Foi aqui também que Espanha firmou a paz com Portugal. Bela e mística, Trujillo tem na sua praça principal a imponente estátua de Francisco Pizarro, montado em jeito de conquista territorial. Por trás, uma das cúpulas dos edifícios mostra-nos uma pintura de cinco chaves geminada por cinco estrelas. Marco, o guia, diz-nos que se trata da família portuguesa de nome Chaves que estaria isenta do pagamento de taxas, daí as estrelas. A descoberta do Novo Mundo trouxe fortunas que desencadearam o desenvolvimento urbanístico desta vila medieval, com casas senhoriais, palácios, pequenas praças e templos religiosos que são ainda hoje testemunhas desses tempos. Na Plaza Mayor de Trujillo, mais pequena que a de Cáceres, erguem-se grandes
palácios como o de Carvajal-Vargas, o do Marquês da Conquista ou de OrellanaToledo, com as suas janelas e portas em esquinas. Mas a subida para as muralhas e para castelo árabe, no cimo da colina, fazse pelas escadas da Igreja de San Martin, o edifício que mais se destaca na praça. Passando a Porta de Santiago, no cimo da Calle Ballesteros, esperam-nos ruas ainda mais estreitas que a cidade velha de Cáceres, e somos muitas vezes “chamados” a olhar para trás, descobrindo belíssimos recortes no horizonte feitos pelas casas nobiliárquicas, como a casa natal de Orellana. Por entre estas muralhas, não há rei para ditar as regras, basta subir e subir, parando por vez para fotografar “aquele” recorte. Aproveite para visitar a pequena casamuseu de Pizarro e conhecer-lhe a desditosa vida de explorador (entrada: 1,40€). Por fim, lá no promontório rochoso, que chega a uma velocidade muito própria, tendo em conta as subidas apresentadas,
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DICA Ao todo, entre idas e regressos, a viagem faz-se em 1060Km, sensivelmente. Para “encurtar” distâncias, pode escolher ficar uma noite em Cáceres e outra em Mérida, em vez de as duas noites em Cáceres, poupando cerca de 300km. Mas verifique se compensa a troca de hotel pela poupança de quilómetros.
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> lá fora
COMO IR
Lisboa: Atravessar a ponte para apanhar a A2. Sair para a A6 rumo a Évora/Espanha. Na fronteira, tomar a Ex-100 até Cáceres Porto: A1 para sul até à saída para A25 até Vilar Formoso. Na fronteira, siga para Ciudad del Rodrigo até convergir com a EX-A1 rumo a Cáceres.
O QUE COMER
Migas – Pão frito num refogado de azeite, cebola e alho, com toucinho, carne, chouriço, tomate e pimentão de la vera. Por cima, um ovo estrelado. Bochechas de porco preto – Estufado com batata cozida e maçã Sopa de tomate – Com maçã e melão
O QUE COMPRAR
Pimentón de La Vera – Pimentão em pó nas variedades doce, agridoce e picante. Azeite Gata-Hurdes – Pouco amargo e picante Jamones e Embutidos – O conhecido presunto e chouriços pouco fumados Queijos Torta del Casar – De ovelha com Denominação de Origem Protegida Caramelos com pinhão Medalhas de Santa Maria de Guadalupe
ONDE COMER
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chegamos ao castelo árabe, com as suas simples torres e duas cisternas no pátio de armas. Aqui, mais que o forte, será a paisagem que irá arrebatar a atenção, dominada por planícies e barrocais. Depois de umas golfadas de ar puro, uns cliques de fotografia e um regresso à Praça Mayor de Trujillo, tínhamos à espera Guadalupe, localidade coroada pelo seu imponente mosteiro, Património da Humanidade.
ABENÇOADA GUADALUPE De almoço farto no restaurante com estrela Michelin Posada del Rincón, foi feita a visita ao Mosteiro Real de Santa Maria de Guadalupe, padroeira da Extremadura, edifício lindíssimo de estilo gótico, mudéjar,
renascentista, barroco e neoclássico, e que é hoje local de romaria para milhares de peregrinos que pedem ajuda à Virgem Mexicana adorada pela igreja católica. A visita ao Mosteiro (entrada: 5€) é feita por um guia, de conversa formatada e olho no relógio. Por entre os seus claustros descobrem-se salas de arte sacra, como faustosos e imponentes livros miniados, com destaque para o Livro das Horas do Prior, do século XVI, ou a Sala de Bordados, com trajes imponentes bordados a ouro. Por fim, o Camarim da Virgem, sala rica e lindíssima onde a imagem da Santa surge pelas mãos de um frade franciscano que a gira para receber os pedidos dos crentes. É uma curiosidade este girar de Guadalupe. A imagem da Santa está no alto do altar
EXTREMADURA COM OFERTA COMPLETA Para além de toda a sua beleza histórica e testemunho intemporal dos povos, a zona da Extremadura é igualmente conhecida pela sua gastronomia, que este ano teve Cáceres como Capital da Gastronomia espanhola. É uma cozinha à base de produtos simples, que à semelhança da gastronomia alentejana, aproveita os produtos da terra para alimentar gentes de trabalho. Com recurso a fogões de carvão ou lenha, na gastronomia da Extremadura os destaques vão para os condimentos como o pimentão em pó e o azeite, que servem para acompanhar as carnes, tanto de porco preto como vitela, cordeiro ou cabra, e os peixes, muito graças às inúmeras barragens rios e charcos que alimentam a província. Na doçaria, destaque para as sobremesas: floretas, coquillos e roscas de alfajor.
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da igreja do Mosteiro, mas no momento de receber os pedidos dos fiéis, esta é virada lá de cima, ficando de costas a quem está na igreja. Antes da subida para o Camarim da Virgem, entramos numa ante câmara totalmente portuguesa, com duas imagens que se destacam. Diz o guia – o tal apressado e formatado – que são as imagens do Infante D. Dinis de Portugal e de sua irmã, Beatriz de Portugal, filhos de D. Pedro I e Dona Inês de Castro, que ali se refugiaram na luta pelo trono, de 1383 a 1385.
MÉRIDA ROMANA Regressados ao hotel, esperava-nos o último dia do circuito, por Medellín e Mérida, esta última também cidade Património da Humanidade. Em Medellín destaca-se no caminho o seu castelo medieval, a vigiar a vila, e na sua praça, uma estátua de Hernán Cortés, outrora pintado de vermelhosangue, como contou Marco, vítima de vandalismo por conta da colonialização, mas já “lavada”, encontra-se em excelente estado de conservação. Em Mérida, apesar de a cidade não encerrar em si uma beleza inigualável, tem nos seus vestígios romanos a sua mais-valia. Capital da Lusitânia na Era Romana e administrativa da Extremadura na atualidade, Mérida é indubitavelmente digna de visita pelo teatro, anfiteatro, circo, aqueduto e outros tantos vestígios que pululam pela cidade, ao ar livre ou nas fundições dos edifícios habitacionais, que surgem literalmente a cada virar de esquina. Visitar os vestígios romanos mais imponentes requer bilhete (12€ por pessoa), que inclui acesso ao anfiteatro romano, onde decorriam as lutas, e ao teatro, ambos no mesmo espaço. A visita ao circo, mais distante da cidade e que outrora serviu como palco de corridas de carruagens romanas, ao género ficcionado de Ben-Hur, está também incluída neste bilhete, a par da cripta de Santa Eulália, da Alcazaba árabe, área arqueológica de Morería, casa mitreo
CKC - Cayena Kitchen Club Plaza Mayor, 33 – Cáceres Cozinha tradicional de fusão Homarus Calle Bioy Casares, 1 – Orbanização “Los Castellanos” Especialidades: peixe e marisco Posada Del Rincón Plaza de Santa María, 11 – Guadalupe Cozinha tradicional reinterpretada Restaurante Alcazaba Hotel Velada Av. Reina Sofía, s/n – Mérida Cozinha tradicional
ONDE FICAR
Hotel Barceló V Centenário HHHHH Calle Manuel Pacheco, 4 – Cáceres Hotel Velada Mérida HHHH Av. Reina Sofía, s/n – Mérida
e columbarios. Por mais 3€ por pessoa, terá acesso ao Museu Nacional de Arte Romana, edifício construído de raiz para albergar todos os achados romanos da província. E se já sentir saudades de Portugal, basta olhar para as margens do rio que percorre Mérida: o Guadiana. Siga-o e faça o seu regresso a casa, com a bagagem cheia inspirada nas conquistas dos espanhóis!> * A jornalista viajou pelo circuito Rota dos Conquistadores a convite da Lusanova Tours
TURISMO ATIVO NO GEOPARQUE VILLUERCAS-IBORES-JARA É o único geoparque da Extremadura, com as suas rochas mais antigas que o calendário, vestígios da presença dos primeiros animais e desfiladeiros que se abrem com exemplos de arte rupestre. Um baú de montanhas que escondem tesouros geológicos e minerais, rasgados por cursos de água que refrescam com turismo ativo o Real Monteiro de Santa Maria de Guadalupe, como o charco de la Nutria, que no verão convida a mergulhos na sua zona recreativa. Do posto de turismo, na Praça de Santa Maria, surge um percurso auto guiado que ajuda a percorrer os espaços que compõe este geoparque.
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> ficar
gosta de experiências. Tem igualmente a opção pela Casa Colonial, num ambiente de savana, mas sem lugar a leões ou outros animais da selva. Não fosse o verde do campo e até poderiamos pensar que estamos no Quénia. Este é um refúgio que nos leva além fronteiras sem sair de Portugal. Nas Casas do Moinho Novo nada foi deixado ao acaso. Cada pormenor foi pensado em conjunto com o objetivo de criar uma harmonia em que tudo se conjuga e ao mesmo tempo se completa. Desde a implantação das casas à escolha dos puxadores das portas, tudo foi meticulosamente escolhido com o objetivo de surtir aquele efeito de “tcham”!!!.>
Casas do Moinho Novo
TANTO DE COMUM COMO DE DIFERENTE Um espaço de descoberta e reencontros com a vida do campo, um pequeno paraíso às portas de Lisboa apenas para quem exige o melhor. Um espaço de luxo que permite um contacto direto com a natureza e um conjunto de experiências únicas, entre atividades na quinta e vistas privilegiadas de fazerem regalar os olhos. Texto: Maria Morgado
Cada uma ostenta um tema que as distingue num desafio permanente a cada um dos sentidos. Sofisticadamente decoradas com tons e objetos que unem harmoniosamente o rústico à contemporaneidade, as casas são independentes e possuem kitchenette, casa de banho e uma varanda com vista privilegiada sobre o montado, o lago e a piscina, numa envolvência de grande beleza e tranquilidade. Cada casa tem capacidade para 2 adultos e até 3 crianças.
É
no seio de uma encosta de montado de sobro que emergem 8 casas suspensas, todas elas em perfeita harmonia com a natureza envolvente. Estamos a falar da Herdade do Moinho Novo ou das Casas do Moinho Novo, unidade turística de luxo em Canha, concelho do Montijo. Completamente integradas na paisagem, em cada uma das casas os hóspedes são transportados para um ambiente distinto, mas com um denominador comum: o cenário de floresta e ambiente rural onde o verde é rasgado pelo ponteado de vacas, cavalos e gamos, numa propriedade de 60 hectares. Dotada de uma beleza natural e paisagística de grande atratividade, toda a propriedade foi convertida ao modo de produção biológica, em 2004. As casas de madeira que brotam do manto verde que se estende pela propriedade têm tanto de comum, como de diferente. 2 a 15 de dezembro de 2015
A Casa Belle Époque é bela, é de época e exclusiva. As cores sóbrias, o requinte em cada pormenor, fazem da Belle Époque a casa onde a harmonia e a extravagância decorativa reinam e fazem reinar. Aqui é-se dono e senhor do tempo. Na Casa Industrial a justiça é feita pelas matérias que o compõem. Juntou-se o cimento, o ínox, o cabedal e a madeira numa comunhão ímpar que confere a toda a casa a comodidade inesperada e ousada para quem
FICHA TÉCNICA
Herdade do Moinho Novo Localização: Canha Telefone: 938307972 Preço: 119€ casa/noite Alojamento: 8 casas independentes equipadas com kitchenette, casa de banho e uma varanda. Cada uma tem capacidade para 2 adultos e até 3 crianças Outros equipamentos: Piscina exterior, lago e 60 hectares de herdade
DO PASSADO AO PRESENTE PARA ANTECIPAR FUTURO A Casa Floresta, que como o nome indica, conduz-nos para um ambiente natural de floresta, é abraçada por um simpático núcleo de árvores. A cama, feita de corpulentos troncos de árvore, habilmente talhados pela mão do Homem, ostenta um dossel que convida ao puro descanso. Ainda a Casa Vintage, é onde a metamorfose do velho para o novo simplesmente acontece. Não há detalhe que tenha sido deixado ao acaso. As peças que ornamentam o mobiliário são do século passado, mas o conforto e o acolhimento são únicos e extravasam o atual. Se escolher a Casa Futuro está a escolher o intervalo de tempo que se inicia após o presente, mas sem um fim definido. O futuro acontece nesta casa, numa ligação perfeita de cores e mobiliário arrojado. É a antítese de um ambiente rural que inunda o olhar, seja ele mais ou menos perspicaz.
EXPERIÊNCIAS As Casas do Moinho Novo estão inseridas numa exploração agrícola convidativa à participação livre no programa dos afazeres diários da quinta, sobretudo no contacto com os animais que simpaticamente recebem quem os visita. O contacto com a fauna e a flora local convidam-no a caminhar, a passear de bicicleta, a montar a cavalo ou, para os mais aventureiros, a desbravar o montado de jipe. A Herdade do Moinho Novo tem vindo a estabelecer as mais variadas parcerias proporcionando as experiências mais ricas a quem por lá passa.
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> gastronomia
Viajar com os sabores do Natal
Natal é tempo de alegria, de família, de calor por entre o frio e de muita comida. É perto de impossível pensar na época festiva de dezembro sem na mente começarem a dançar uma data de iguarias que nos deixam de água na boca. Vamos então apresentar a lista de sabores de Natal por regiões de Portugal.
É
Natal, é Natal! Bem sei que ainda faltam umas semanas, mas a data aproxima-se e a felicidade intensifica-se. As casas começam a ganhar enfeites de Natal, as prendas a ser embrulhadas e as ementas pensadas. Um pensar que consiste apenas na compra dos ingredientes para os pratos mais esperados do ano. Receitas que são passadas de geração em geração e que manda a tradição serem as mesmas ano após ano. Chega a meados de novembro e dizem primos e tias que mal podem esperar pelo almoço de Natal, pelas iguarias preparadas mais com o coração que com as mãos que nos deleitam nos dias
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Texto: Sofia Soares Carraca
de festa. A refeição de Natal é o ponto alto das festas, é tudo o que esta altura representa, uma reunião com entes queridos em que é espalhado amor em forma de comida. Tudo o que já aqui foi escrito é bem sabido por todos nós e novidade para nenhuns. O objetivo deste texto é outro, é dar a conhecer as tradições natalícias que repousam na mesa de jantar nas diferentes regiões de Portugal. Pode-se dizer que o mais conhecido destes tempos festivos é o jantar de consoada com o Bacalhau com Todos como rei da festa. Em tempos idos era imposto o jejum nos dias que antecediam o Natal, durante as festas religiosas da
Igreja Católica era proibido o consumo da carne dando-se primazia ao peixe. Desde então tem lugar de destaque o bacalhau. Na ceia natalícia o bacalhau é cozido e outros “todos” também, e por todos entendase batatas, grelos, cenoura, couves, ovo e generosas doses de alho. Tudo isto regado com uma boa dose de azeite português, que faz com que tudo escorregue com enorme prazer. Um Bacalhau com Todos que a todos agrada. Com as sobras faz-se a roupa velha, num milagre da multiplicação, para o almoço de Natal. Contudo, há zonas neste nosso Portugal que o bacalhau não é rei e outros valores se levantam. Há regiões em que maior
importância se dá ao almoço de 25 que ao jantar de 24 e outras em que o almoço de 26 é também importante. Enfim, tradições há muitas e espera-se que se mantenham, e para que se conheçam escrevem-se as palavras que se seguem. Resta-me dizer, Boas Festas!
NORTE DE PORTUGAL O norte é lugar onde a tradição do jejum da carne se mantém até ao dia de Natal e portanto na véspera há bacalhau, mas há também polvo. Polvo cozido, bolinhos de polvo, arroz de polvo. Pode-se dizer
que o polvo suplanta o bacalhau em terras do norte. No dia que se segue há sopa de grãode-bico, massa e couve, cabrito ou peru e, claro, a roupa velha, também conhecida como farrapo velho. Ainda assim, ambas as refeições primam pelo seu final, os doces. As rabanadas, a aletria, o leite-creme, os sonhos e a massa 2 a 15 de dezembro de 2015
frita polvilhada com açúcar e canela, os coscorões. Em Trás-os-Montes servem-se bolas de Berlim e as migas doces de Valpaços, um doce que se estranha e depois se entranha, feito com miolo de pão com sangue cozido, amêndoas, banha, açúcar e canela. Contudo, o doce mais desafiante são os formigos, ou mexidos consoante a zona. Ao mesmo tempo que a vontade de comer mais cresce com cada colherada o nosso corpo diz-nos que já não aguenta tanto açúcar. É com ovos (muitos ovos), xarope de açúcar, fatias de pão, frutos secos, canela e Vinho do Porto que se fazem os formigos. E claro que Vinho do Porto ou Alvarinho não falta nas mesas nortenhas, tal como o vinho quente com um pau de canela e mel, que é bebido até ao final da noite e também o chocolate quente.
CENTRO E LISBOA No centro de Portugal há carnes à mesa na véspera de Natal. Não esquecendo o bacalhau, e dependendo do local onde se encontra, há também porco, peru, cabrito e, como não poderia deixar de ser, o leitão. Das carnes se ocupam as casas por todo o dia 24 de dezembro, a preparar calmamente a tenrura da carne. Tal como em terras mais a norte a recompensa doce vem após a Missa do Galo, já passada a meia-noite. Voltase a casa e a mesa está recheada de doces, com as filhós de joelho estendidas na perna da cozinheira, as rabanadas também conhecidas como fatias paridas e a sopa dourada à moda de Coimbra,
carne, sardinhas fritas ou amêijoas, e há também lombo de porco com amêijoas. Até o inconfundível bolo-rei aqui é especial e servido numa versão desconstruída, chamado de bolo-rei escangalhado. Missa do Galo atendida sentam-se confortáveis com chá ou café na mão e chegam os doces. Dons Rodrigo, bolos de massa pão, pão de ló, filhós de forma cobertas com mel, estrelas de figo e empanadilhas de batata-doce. Não sendo suficiente a festa dos dias de Natal, há prolongamento para o almoço de 26 de dezembro. A família reúne-se novamente e serve-se galo de cabidela.
MADEIRA
assado e as batatas, como não poderia deixar de ser, são batatas a murro. No Natal, e sempre, a região prima por enchidos de qualidade, que se encontram também na mesa por estes dias, logo, o peru é recheado com enchidos alentejanos. Seja como for, em época de Natal, estas são terras em que se brinda à matança do porco com aguardente de medronho. Em Évora a especialidade é a marra, a porquinha nova desmamada, e em Serpa é o porco frito. Na Missadura, que é como quem diz a consoada, há canja, as migas de bacalhau, sopa de feijão, a alhada de cação e a pescada frita. E as sobremesas… Viva aos doces de ovos! Muitos ovos, açúcar e gila, em formato de pão de rala e outros que mais. Não esquecendo os borrachões, com nome altamente apropriado devido ao seu teor alcoólico, as azevias de batata-doce ou grão-de-bico e os sonhos.
com pão de ló, ovos e calda de açúcar. Para o Ribatejo há broas de espécie, feitas com batata-doce e decoradas com grajeias coloridas e em terras que lhe dizem respeito marca também presença, a par com os doces, mesa de queijos. Na capital portuguesa o que se assiste é a uma mistura de costumes vindos das diversas partes do país, quiçá do mundo. Mas se há algo com que pode contar é doces atrás de doces, atrás de docinhos. Há também arroz-doce, azevias, bolo torto e cada vez mais presente nas mesas no Natal é o bolo-rei.
ALENTEJO A descer o mapa de Portugal o que muda não é o prato principal mas a maneira como é confecionado. O bacalhau é 2 a 15 de dezembro de 2015
o que é típico da região, alternando-se sabores do litoral para a serra. Há o invulgar peixe litão com cebola e alho e acompanhado de batatas cozidas, mais para o interior há papas de milho xerém e estas podem ser servidas com
AÇORES A estrelinha do Natal açoriano é a galinha. Canja de galinha, galinha guisada, galinha assada, galinha cozinhada de todas as maneiras que exaltem o seu sabor. Contudo, esta é também época de matança e assim
A noite de consoada não é amplamente festejada na Madeira, o jantar é uma refeição de espera pela Missa do Galo e geralmente consiste em canja de galinha, também conhecida como a Canja da Meia-Noite, ou carne assada. Certo é que há quem coma o Bacalhau com Todos, mas não é esta a regra. O manjar que se anseia nesta época festiva é o almoço de 25, e este consiste em carne
ALGARVE Para sul de Portugal é que as receitas começam a ser diferentes e os paladares desiguais. Não que o bacalhau não dê um ar de sua graça, mas aproveita-se
e broas de todo o género e feitio. O final da refeição brinda-se com licores caseiros, como Tintantum. No dia 26 há quem vá visitar a restante família, com que não conseguiu partilhar os dias da Festa. Fazem-se as “capelinhas” comendo-se os restos das ementas natalícias de cada casa. São dias em que comer é a palavra de ordem.
de porco em vinha d’alhos acompanhada de batatinhas e fatias de pão frito. Na mesa não faltam os picles de cenoura, feijão-verde, cebolinhas e couve-flor em molho de mostarda, e o Vinho Madeira para aromatizar. Terminado o manjar seguem-se as sobremesas com o óbvio bolo de mel, o conhecido mel de cana da Madeira, há também ricos pudins ondem reinam os ovos
sendo não poderia faltar o porco há mesa, aproveitando tudo aquilo que oferece. A grande festa do dia 25 faz-se com caldo de galinha com arroz e feijão, galinha cozida, pão de trigo, figo e nozes, tudo regado com o bom vinho das ilhas. Como seria de esperar, as tradições variam de ilha para ilha, em especial no que diz respeito a sobremesas. Mas, ao longo das nove, poderá encontrar rabanadas, bolos secos, arroz doce, massa sovada, queijinhos de amêndoa, toucinho do céu e bolo de Natal. Ainda assim, a maior tradição natalícia dos Açores, ou pelo menos aquela que mais atenção desperta, tem a ver com bebidas festivas. Os licores caseiros que se fabricam nesta época do ano, como o de tangerina, o de leite e o de vinho, são conhecidos como “Mijinha do Menino Jesus”, e é com a “mijinha” que se faz a festa. >
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> festividades
Escolha certa para o Natal QUANDO A MESA PEDE BONS VINHOS Ele há tintos, brancos, verdes, rosés, com ou sem “borbulhas”, caros, baratos, macios e frutados, ricos e complexos. Há para carnes, peixes, mariscos, queijos e doces. Há para “entradas e saídas”. Mas essencialmente, há a escolha certa para cada momento, cada ocasião e do Natal tem de rezar a História. Texto: Sara Cunha Ferreira
“N
MONTE VELHO
TINTO 2014 -
Filosofia: Com perfil marcadamente alentejano e produzido na Herdade do Esporão, pretende levar a tipicidade do Alentejo e a qualidade dos vinhos desta propriedade a mais pessoas. É equilibrado e gastronómico e por isso uma excelente escolha para uma alargada variedade de ocasiões e consumidores.
Ano de Colheita: Um Inverno chuvoso seguido de um Verão ameno, com grandes amplitudes térmicas, possibilitou bom desenvolvimento da maturação, permitindo ter vinhos mais equilibrados e intensos.
Viticultura: Modo de produção: Produção Integrada (certificado)
Geologia do Solo: Bastante variado. Frequentemente de natureza granítica/xistosa, estrutura franco-argilosa. Idade das Vinhas: 15 anos.
Castas: Aragonês, Trincadeira, Touriga Nacional, Syrah.
Os vinhos portugueses são conhecidos por serem feitos utilizando um conjunto alargado de castas loteadas, o que lhe dá caracter e identidade. As castas predominantes neste vinho são as indicadas em cima, contudo fazem parte deste vinho outras castas em quantidades mais pequenas.
Vinificação: Desengace, esmagamento, fermentação alcoólica em cubas de inox com temperaturas controladas, prensagem, fermentação maloláctica, estágio de 6 meses em cubas de inox e em madeira de carvalho americano.
Engarrafamento: Fevereiro a Junho 2015
Informação técnica:
Álcool / Volume: 14%
Acidez Total: 6,6 g/l
pH: 3,55
Açúcar Redutor: 2,2 g/l
Notas dos Enólogos por: David Baverstock e Luís Patrão.
Cor: Aspeto límpido, cor ruby vibrante.
Aroma: Aroma de frutos do bosque com notas ligeiras de especiarias.
Palato: Intenso e equilibrado, com boa densidade de fruta, revela bom equilíbrio e estrutura.
Data ideal de consumo: 2015– 2019
BRANCOS E TINTOS
2014
Mas vamos ao que interessa, o que colocar à mesa será para enaltecer tanto a refeição como o vinho que a acompanha. E sendo a consoada e almoço de Natal por natureza refeições fartas e tão diversificadas como as regiões do país, também o vinho deverá ser assim, diversificado e de todo o país. Porém, a máxima de “vinho branco para o peixe e vinho tinto para a carne” já não é tão rígida, sabendo no entanto que há de facto tipos de vinho adequados a determinados pratos. Para entradas, tudo se resume ao tipo das mesmas. Se for à base de charcutaria e enchidos, pode escolher um rosé seco, um vinho branco espumante ou encorpado, e ainda um tinto reserva. Mas se as entradas forem de fruta, pode esquecer todo e qualquer tinto. Como pratos principais, bacalhau não pode faltar e se for o tradicionalmente cozido, opte por um vinho branco jovem, por exemplo das beiras, com menos de três anos. Já se o bacalhau for assado no forno, escolha antes um vinho tinto, também jovem, por ser um prato menos gorduroso, com menos azeite. Uma escolha certa para ambos os pratos passa por um vinho branco encorpado.
MONTE VELHO TINTO 2014 O Monte Velho é um vinho tinto alentejano que dispensa apresentações. Produzido maioritariamente com as castas Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional e Syrah, resultou intenso, com boa densidade de fruta, revelando bom equilíbrio e estrutura e aromas que remetem para frutos do bosque e notas de especiarias. É um vinho transversal, que acompanha bem qualquer tipo de refeição, para além de enchidos. Preço: 4€ Formatos Disponíveis: 375 ml, 750 ml, 1,5 L, 3 L, 5 L.
CASAMENTOS PERFEITOS
Ainda nos peixes, o polvo, seja cozido ou em arroz, pede um vinho tinto, sendo a casta Syrah, por exemplo do Alentejo, uma boa opção. Para carnes, a vitela e borrego assados e aves de capoeira combinam bem com vinho tinto jovem, com o máximo de três anos, mas também com vinho tinto reserva. Para leitão, porco, pato ou até capão assado, o vinho branco espumante também proporciona um casamento feliz. E se a estrela da mesa for mesmo o capão, experimente saborear com um vinho rosé seco. Chega a vez da mesa dos queijos, a abrir o apetite para os doces ou em substituição dos mesmos. Queijos curados de pasta mole ou de pasta dura casam bem com tinto reserva com mais de sete anos, desde que não sejam queijos frescos ou azuis. Para estes deverá optar por um vinho branco espumante, no caso dos queijos frescos, ou branco encorpado para os queijos azuis. Quanto aos doces, esses pedem sempre vinhos igualmente doces e licorosos, recaindo a escolha nos Porto Vintage, Moscatel Douro ou Madeira Doce. Bom apetite e Feliz Natal!
CATARINA REGIONAL PENÍNSULA DE SETÚBAL 2014 BRANCO De cor amarela pálida, esta colheita apresenta-se muito delicada, elegante, mineral e floral. Na boca estas impressões são completadas com notas de fruta amarela, como o pêssego e o ananás, combinadas com sensações subtis de madeira tostada, apresentando um final firme, muito fresco, mineral, longo e complexo. Dado o seu corpo e complexidade aromática, acompanha pratos de peixe e até queijo de Azeitão, numa oposição de sabores. Preço: 4€
CATARINA
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pela Quinta da Pacheca, produtora mítica do Douro que este ano disponibiliza uma coleção de quinze garrafas com diferentes referências de vinhos produzidos nesta empresa vinícola sediada em Lamego, que chegam até ao destinatário num original baú. Um verdadeiro cabaz de Natal de vinhos, disponível para compra no site da empresa e de entrega gratuita no continente, e que inclui duas garrafas de Pacheca Colheita Tinto, duas de Pacheca Colheita Branco, duas de Pacheca Superior Tinto, uma de Pacheca Reserva Vinhas Velhas Tinto e um Pacheca Grande Reserva Touriga Nacional. Na noite de Natal, o Vinho do Porto é presença obrigatória, pelo que esta seleção inclui duas garrafas de Pacheca Porto 10 anos, uma de Pacheca Porto 20 anos, duas garrafas de Pacheca Porto Reserva e duas de Pacheca Porto Ruby.
BACALHÔA VINHOS DE PORTUGAL EN 10, APART.54 | 2925-901 AZEITÃO – PORTUGAL | T.+351 212 198 060 | F. +351 212 198 066 info@bacalhoa.pt | www.bacalhoa.com
uma casa portuguesa fica bem, pão e vinho sobre a mesa”. Já uma vez recorri à “nossa” Amália para falar do pão. Chega agora a vez do vinho, porque uma mesa portuguesa fica satisfeita se houver estas duas estrelas de qualquer refeição. Também a homilia católica recorre ao néctar da natureza para celebrar a vida de Cristo e no Natal é exatamente disso que se trata, celebrar o nascimento de Jesus, por isso não há como falhar na consoada e no almoço de 25 de dezembro. Nesta quadra festiva, bem sei que a azáfama gastronómica é grande, mas deverá depositar na escolha dos vinhos o mesmo amor com que estende a massa para as filhós, com que bate as claras em castelo para o pão de ló, ou com que escolhe a melhor posta de bacalhau para cozer. Por outro lado, como é época de partilha, aposte na oferta de umas garrafas deste néctar para abrilhantar a mesa ou garrafeira de amigos e familiares. As memórias constroem-se de experiências e quanto melhor for a experiência, naturalmente que melhor será a recordação de um Natal que se quer sempre memorável. Quer sugestões? Que tal fazer um brilharete ao oferecer champanhe Bollinger? Dizem ser a arma secreta de James Bond! Para comemorar o lançamento de mais um filme so agente secreto, a Bollinger lançou uma edição limitada e exclusiva: o Bollinger Spectre Limited Edition que inclui a edição especial de Bollinger Millésime 2009, colheita nunca antes comercializada. Este é um champanhe que marca pela sintonia perfeita entre carácter forte e elegância, características frequentemente atribuídas ao agente. Exclusiva e vestida a rigor, esta garrafa está guardada numa sofisticada embalagem com alguns truques surpresa, ou não fosse esta uma homenagem ao agente mais ágil do mundo. O interior está preparado para manter a garrafa fresca até duas horas e a textura exterior é alusiva ao cabo da pistola Walther PPK, a arma secreta do agente. Outra ideia, desta feita nacional, passa
H.O. GRANDE ESCOLHA 2012 TINTO Cor púrpura e bastante profunda, tem um aroma atrativo, com a fruta e a madeira muito bem integradas, revelando notas de especiarias e balsâmicas muito discretas e equilibradas. Na boca, apresenta-se intenso, profundo e com grande volume. Bem equilibrado pela firme estrutura de taninos suaves e bem maduros. Apresentase fresco, aromático e muito elegante, com final invulgarmente longo. Excelente relação entre a madeira e o vinho que faz prever um bom envelhecimento em garrafa, sendo o resultado um tinto de muito boa estirpe e com muita classe. Boa harmonia com carnes vermelhas, caça e enchidos tradicionais. 2 a 15 de dezembro de 2015
ESPUMANTE
VARANDAS BRANCO E TINTO GRANDE ESCOLHA Varandas Branco e Tinto provenientes de uvas de duas parcelas da charneca de Almeirim, onde os solos são arenosos e de elevada pobreza. As vinhas com o seu sacrifício e generosidade oferecem-nos uvas de eleição, dignas destes Grande Escolha, que apenas são produzidos em anos de excelência. O Vinho Branco Grande Escolha é um vinho de cor citrina, aromas de frutos de polpa amarela, ligeiro fumado e alguma tosta de pão, boca ampla e estruturada com acidez muito viva e omnipresente, volume e gordura notório, complementados com final longevo e freme, ideal para pratos de carne branca e peixe assado no forno. Por sua vez, o Vinho Tinto Grande Escolha tem uma cor granada, com aromas de frutos pretos maduros envolvidos por um toque de baunilha, dado pelo estágio em madeira. Boca complexa com taninos presentes e redondos. Apresenta untuosidade e final persistente, acompanhando bem pratos de caça e queijos de pasta mole.
LICOROSOS
ALIANÇA VINTAGE BAIRRADA BRANCO 2010 Cor amarelo pálido, bolha fina e cordão persistente, apresenta notas de pêra madura com notas amanteigadas e biscoito. Possui um suave desprendimento de gás, estruturado, macio com acidez final muito equilibrada, sugerindo-se o seu consumo como acompanhamento de entradas ou sobremesas. Preço: 16€
ADEGA D´PALMELA MOSCATEL BRANCO Com uma cor amarelo citrino, de fragrâncias de flores brancas, flor de laranjeira e mel, este Moscatel é muito cremoso no paladar, com uma agradável sensação de doçura, com o equilíbrio de uma acidez delicada e fresca. De bolha fina e persistente, torna-se cheio de presença e elegância, ideal como aperitivo ou para acompanhar marisco.
ROSÉ SANDEMAN PORTO VAU VINTAGE 2011 De cor profunda, quase opaca, com sugestões de roxo, apresenta um aroma muito intenso, com notas florais, como violeta, frutos vermelhos, nomeadamente morango e framboesa, especiarias e, em particular, pimenta e cravo, que todos somados lhe conferem uma séria complexidade. Na boca tem uma boa estrutura, acidez equilibrada e taninos bem evoluídos, com os aromas florais e frutos vermelhos ainda em evidência, e um final longo e harmonioso. É perfeito para acompanhar chocolates, bem como sobremesas de frutos vermelhos e queijos de pasta mole. Preço: 24€
BLANDY ´S MADEIRA BUAL 2002 Envelhecido durante 15 anos em cascos de carvalho americano no sistema tradicional de `Canteiro`, tem como notas de prova a cor dourada com reflexos verdes. Tem um bouquet característico da Madeira com madeiras exóticas, frutos secos, tâmaras, baunilha, cacau e carvalho tostado. Meio doce e encorpado, com um final fresco de especiarias e frutas cristalizadas, é um excelente acompanhamento para sobremesas, especialmente bolos de frutas e queijos de pasta dura. Preço: 45€ 2 a 15 de dezembro de 2015
MR PREMIUM REGIONAL ALENTEJANO 2014 Com um perfil de velho mundo, cor salmonada revela-se elegante e com textura, de fruta delicada e mineralidade. No aroma apresenta-se perfumado, floral com leves notas fumadas, chocolate branco e cereja branca. Na prova, é pleno de textura, seco, mineral, suculento e longo, sendo um bom acompanhamento em entradas. Preço: 20€
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> experiência
Avoriaz ALPES EM FAMÍLIA
Já aqui se falou de neve e já aqui se disse que, dentro dos limites do sendo comum, nada tem de perigoso. Uma ida a um local coberto de branco não é, necessariamente, sinónimo de desportos de inverno. O ski e o snowboard muito podem agradar a alguns mas nada dizer a outros. Se tem um filho, sobrinha ou primo a pedir encarecidamente uma viagem até aos cumes da Europa, mas a si nada lhe interessa este tipo de desporto não desanime, Avoriaz é o local para si. Texto: Sofia Soares Carraca
A
voriaz é a escolha ideal para umas férias de inverno em família, há parques infantis e atividades para os mais novos, snowparks radicais que decerto irão despertar o interesse dos adolescentes e passeios lindíssimos para os pais e avós aproveitarem enquanto as crianças estão entretidas. É uma belíssima estância nos Alpes franceses, em particular na zona de Portes du Soleil. Avoriaz 1800, o nome oficial por se encontrar a 1800 metros de altitude, é igualmente deslumbrante tanto de verão como de inverno. No entanto, convenhamos que a beleza que o manto branco confere a qualquer uma zona é irresistível, e com o inverno a bater à porta esta é mesmo a altura em que a deve visitar. Posso começar por explicar que esta é uma pequena localidade onde, durante todo o ano, habitam mais 2.000 pessoas. Dito isto, é ainda de referir que todos os percursos dentro do centro de Avoriaz
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estão vedados a carros, pelo que se pode passear calmamente com as crianças “à solta”, sem qualquer preocupação. Este factor é de valor quando está de skis calçados e nada precisa de fazer senão sair do hotel e descer a pista. Digamos que é um resort esquiável, perfeitamente enquadrado entre as montanhas e as pistas. E o mapa de pistas de Avoriaz é um leque extenso de diversos graus de dificuldades. São muitos quilómetros de pista, pistas lindas de verdade. Mas já lá vamos. Sem ser preciso sair do centro de Avoriaz há todo um rol de coisas a fazer. É de referir que toda a construção é feita em madeira, quer do pequeno chalet como também do grande hotel e centro comercial. Se está agora a recapitular as imagens mentais de belíssimas paisagens de filmes passados na neve, sim, é exatamente isso. Para adicionar um quê mais de magia a toda esta envolvente, os “táxis” que transportam pessoas dentro do centro são trenós puxados por cavalos.
Nesta pequena “cidade” há de tudo para o seu bem-estar e conforto. Hotéis charmosos, vários restaurantes e também supermercados para quem gosta de comer em “casa”. Mais que isto é local que estimula tanto o corpo como o intelecto, tendo sido em tempos ponto de encontro entre importantes figuras do cinema [ver caixa]. Para quem prefere a água em estado líquido em vez de sólido, existe o Aquariaz, um paraíso aquático entre montanhas, com vegetação tropical e uma suave corrente de água, como um rio. Ou seja, uma piscina coberta de água quente pronta para a diversão, que nos transporta da neve para os trópicos. Ainda assim, para mim, a magia está exatamente no estado sólido e umas horas bem passadas serão aquelas em que patina no ringue de gelo. De dia há pais a ajudar crianças a patinar (ou talvez o contrário) e ao final da tarde transforma-se num Skate Disco, em que se recomenda uma fatiota dos anos 80.
E festa, ao entardecer ou noite dentro, é coisa que não falta em Avoriaz, como em qualquer estância de ski que se preze. Há discotecas, bares, sessões de cinema com os filmes do momento, ringue de bowling e o Igloo. O Igloo, um literal iglou, está decorado com lindíssimas esculturas de gelo e está aberto todos os dias para jantares e mais tarde como Ice Bar. Agora, a oferta única que uma estância de ski, e em particular esta de que falamos, oferece está relacionada com a neve. Já falámos nos curiosos “táxis” de Avoriaz, trenós puxados por cavalos, mas esta não é a única maneira de deslizar pela neve. Há também trenós puxados por cães, husky obviamente, Segways, com rodas perfeitamente adaptadas à neve e gelo, e motas de neve, sem esquecer os tradicionais tobogãs de neve tão queridos pelos mais novos. A envolvente das montanhas cheias de pinheiros cobertos de neve é idílica e por isto mesmo não poderiam faltar calmas caminhadas para aproveitar a paisagem. Caminhadas feitas de mapa na mão e raquetes de neve nos pés, para que não nos afundemos na neve fofa até à cintura. Avoriaz é dos meus locais favoritos para férias de inverno também por isto, pela neve fofa que acumula com facilidade. Quando a neve cai, cai com força num espetáculo gratuito de infinita beleza. No entanto, das vezes que lá fui, apanhei fantásticos dias de sol, de ficar no terraço 2 a 15 de dezembro de 2015
do hotel estendida com a cara branca de protetor solar. É claro que para os mais aventureiros andar na neve de tobogã não é nada de por demais aliciante. Não temam, há uma "data" de coisas a fazer que desafiam os limites do senso comum. Há scubadiving nos lagos gelados, podemos chamar-lhe um ice diving. Há espeleologia, em que para chegar às grutas é preciso escavar pela neve. Há skydiving e parapente de ski ou prancha de snowboard nos pés, para aterrar e deslizar. Enfim, a lista é impossível de cumprir numa semana de férias. Há tantas coisas para fazer, ou até não fazer quando pode aproveitar um dos Spas de Avoriaz para simplesmente relaxar, que terá de escolher que atividades mais lhe agradam. A mim é a mais clássica de todas, esquiar. É visível que Avoriaz é atraente por uma "data" de razões acima mencionadas, mas a principal é exatamente a qualidade das pistas que oferece num ambiente de beleza difícil de igualar. Aconselho novamente a que cada membro da família se junte a uma turma consoante o seu nível de esquiador e aproveite as pistas com a instrução de quem melhor as conhece. Ou então formarem uma aula para toda a família, para explorarem a neve juntos. Em Avoriaz há quatro escolas de ski e snowboard e inúmeros pontos de aluguer
fácil, a preto, difícil) conhecida como “A Parede Suíça”. A denominação é correta, é um quilómetro de comprimento, num desnível de 331 metros. Alucinante! Para concluir tenho a dizer que enquanto escrevo este artigo vejo notícias de uma tempestade de neve que se aproxima de Avoriaz e promete cobri-la com o primeiro manto branco da temporada. A época está aberta, de dezembro a abril Avoriaz está pronta para nos receber. E eu, só quero ir ter com ela! Talvez espere por março, quando a neve começa a derreter e as marmotas começam a acordar do seu longo sono de inverno para cumprimentar os amantes da neve.>
de material. As suas telecadeiras levam a 4 pistas verdes, 26 azuis, 14 vermelhas e seis pretas. É de referir que Avoriaz
se encontra bem ao centro do complexo Portes du Soleil, o que significa que na verdade tem acesso a 33 pistas verdes, 119 azuis, 104 vermelhas e 27 pretas. A estância encontra-se bem perto da fronteira de França com a Suíça e é imperdível esquiar a pista laranja (demasiado difícil para ser categorizada entre verde, muito
COMO IR
A estância de Avoriaz 1800 está acessível de carro, cerca de 18 horas de distância de Lisboa e 17 horas do Porto. Contudo, o método mais simples de chegar a Avoriaz será de avião. A TAP e a easyJet efetuam voos diretos entre Lisboa/ Porto e o Aeroporto de Genebra, na Suíça. Do aeroporto são apenas 1h45 de carro até à estância, serviço feito regularmente por autocarros ou passível de reservas em carros privados.
VILLAGE DES ENFANTS
Esta é a zona exclusivamente dedicada aos mais novos. É uma escola de ski e muito mais com uma panóplia de atividades desenhada para agradar cada tipo de criança nas suas diversas idades. Oferece passeios de pónei, parque de diversões, campos de ténis e toda uma gigante lista de coisas para entreter os “enfants”.
2 a 15 de dezembro de 2015
ONDE FICAR
Hotel le Petit DruHHHH Desde 115€ / noite Neige et Roc Hôtels – Chalets de TraditionHHH Desde 200€ / noite Les MoineauxHH Desde 72€ / noite
FESTIVAL DE CINEMA De uma das vezes em que tive o prazer de deslizar por Avoriaz o meu instrutor de ski disse-me que em anos que passaram havia um festival de cinema em Avoriaz tão importante como o de Cannes. Tal não será necessariamente verdade, mas existiu de facto o Festival de Cinema Fantástico de Avoriaz, que levou artistas como Steven Spielberg, David Lynch, James Cameron e Peter Jackson (todos vencedores do Grande Prémio) até às ruas geladas desta estância de ski.
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> grandes dicas
por FERNANDA RAMOS
PARQUE DOS MONGES
Alcobaça
COCHES DOS SÉCULOS XVI A XVIII EM EXPOSIÇÃO
Museu Municipal de Olhão Os coches são sempre motivo de fascínio, pela sua beleza e glamour. Por isso propomos uma exposição onde poderá ficar a conhecer melhor este meio de transporte de tempos idos. Até 26 de Fevereiro de 2016, a Sala das Arcadas do Museu Municipal de Olhão – Edifício do Compromisso Marítimo é a “morada” da exposição ilustrativa “O Transporte nos Séculos XVI a XVIII - Dos Veículos de Aparato aos de Utilização Comum”, mostra que pode ser visitada diariamente até às 17h00. A exposição nasce das mãos do Mestre José Cardoso Brito, modelista internacionalmente reconhecido que criou as réplicas à escala 1/10, reproduzindo fielmente alguns dos originais expostos no Museu Nacional do Coches.
Visitar o Parque dos Monges vale sempre a pena pela vertente natural e cultural e pelo conjunto de equipamentos e atividades que recriam a forma de viver dos monges da Ordem de Cister. Na época natalícia o Parque ganha atrativos suplementares, pelas luzes e decorações e principalmente pela Vila de Sonhos, que pode ser visitada de 5 de dezembro a 3 de janeiro. Ali mora o maior presépio animado do país, a casa e a oficina do Pai Natal e assiste-se a peças de teatro, espetáculos de magia e até à recriação do nascimento de Jesus. Mas há muito mais para ver e experienciar na programação de Natal do Parque dos Monges. A entrada (só visita, sem atividades) custa 5€ para crianças dos 3 aos 10 anos e para maiores de 65 anos, todos os outros pagam 6€ (até aos 3 anos é grátis). Quem desejar atividades paga mais 5€. O bilhete “Família Completo” com entradas e atividades para 2 adultos e 2 crianças custa 40€.
MONTEBELO VISTA ALEGRE ÍLHAVO HOTEL
Ílhavo Dormir no espaço que foi a Fábrica da Vista Alegre é o que oferece o Montebelo Vista Alegre Ílhavo Hotel que transporta para a hotelaria a histórica marca portuguesa. Recém-aberto, de cinco estrelas, ali se pode pernoitar no hotel ou no Palácio, edifício dos finais do século XVII, de que se manteve o traçado original, tetos e rebocos em gesso, retratos e paisagens nas paredes e o Altar da Capela de Nossa Senhora da Penha de França. A ligação com o edifício contemporâneo, com vista sobre o Rio Boco, braço da Ria de Aveiro, faz-se através de uma escada metálica em espiral. Aqui, a decoração é minimalista e requintada, abundando peças e desenhos murais realizados pelos pintores da Vista Alegre. Para melhor recordar a fábrica, cada piso do hotel celebra uma parte do processo de produção da porcelana da Vista Alegre, como a modelagem, peças em branco e peças decoradas manualmente. O vasto património da Vista Alegre está omnipresente num hotel que tem também como ex-libris a Fonte de Carapichel (junto à receção), do século XVII, que se encontrava sob a estrutura fabril.
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MERCADOS DE NATAL EM BERLIM
Alemanha Os mercados de Natal são uma tradição na Alemanha onde cada cidade tem pelo menos um, mas é em Berlim que esta tradição está mais arreigada, tanto que anualmente são realizados mais de 50 mercados, desde meados de novembro e muitas vezes até inícios de janeiro. Gendarmenmarkt, Alexanderplatz, Red Town Halle Opera Palace, Potsdamerplatz e cidade velha de Spandau são apenas alguns dos mais belos e tradicionais mercados de Natal berlinenses que, por si só, justificam uma ida a Berlim nesta época do ano. Da atmosfera de luxo à mais popular, ao artesanato mais ou menos original, mais ou menos exclusivo e ecológico, passando pelas tendinhas de comes e bebes, pelas inevitáveis decorações natalícias e até por espetáculos de música e dança e outros entretenimentos, de tudo se pode nestes mercados que por razões diversas atraem miúdos e graúdos. Como são sempre uma ajuda para que possa oferecer presentes originais neste Natal. 2 a 15 de dezembro de 2015
Viajar para destinos de grandes altitudes já não é coisa rara. Bolívia, Colômbia, Peru, Quénia, Nepal ou Himalaias são alguns dos destinos com maior altitude do planeta. São alturas de três a oito mil metros que se apresentam como verdadeiros desafios aos viajantes. Aqui lhe deixamos alguns conselhos sobre como enfrentar as agruras e descobrir as belezas únicas e encantadoras que estes países oferecem. Texto: Sara Cunha Ferreira mochileiros.com
E
ste artigo não se dirige apenas aos aventureiros montanhistas, que pretendem chegar ao teto do mundo: o Monte Everest. Trata-se de alertar todos os que procuram com as viagens enriquecer a alma e para isso bastam cidades como Bogotá, na Colômbia, ou Katmandu, no Nepal para conhecer os efeitos de estar em cidades de grande altitude. É verdade que viajar para destinos em altitudes elevadas pode ser excitante, desafiador e gratificante, no entanto, existem riscos associados com este ambiente. É o caso da doença das alturas, uma condição também conhecida como mal de montanha, para além da exposição à radiação ultravioleta e ao frio. A doença das alturas acontece porque, em altitude, a pressão do ar é menor, o ar é mais rarefeito do que ao nível do mar e torna-se mais “fino” à medida que aumenta a altura. Isto significa que há menos oxigénio em cada inspiração e o oxigénio é necessário para dar energia e fazer com que o corpo funcione normalmente. Naturalmente o corpo dá resposta a este tipo de condições desfavoráveis, nomeadamente através da respiração, que se torna mais rápida e profunda. Mas de acordo com os manuais médicos, esta resposta chamada aclimatação leva cerca de 3-5 dias para ocorrer, consoante o indivíduo e as condições que enfrenta. É por isso muito comum a doença das alturas ocorrer em pessoas que não fazem a aclimatização de forma adequada, independentemente da idade, sexo ou condição física, como por exemplo aterrar aparente em 6-12 horas após atingir AF_camp_otono_235x60_port.pdf 1 16/10/15 11:36de 2500m ou superior, diretamente em locais de grande altitude. uma altitude A doença das alturas pode tornar-se mas os sintomas podem surgir em níveis
mais baixos, demorando porém mais a aparecer. São eles dor de cabeça, náuseas e vómitos, perda de apetite,
fadiga, falta de ar e sono de má qualidade. Se os primeiros sinais e sintomas desta doença são notados, a primeira atitude a tomar é a de parar e descansar no nível em que se encontra. Se sentir alguma dor ou desconforto físico, poderá recorrer a analgésicos, sem no entanto descurar uma boa ingestão de líquidos. Uma vez totalmente recuperado, pode recomeçar a subida. Já se os sintomas não melhorarem ao longo do dia, deverá descer entre 500 a mil metros. Se forem tomados os cuidados adequados, não há qualquer razão para evitar este tipo de viagens. Porém, existem pessoas que devem tomar precauções extra ou procurar aconselhamento médico antes da viagem, como grávidas ou que sofram de doenças como asma, diabetes, doenças cardíacas, doença falciforme, doenças pulmonares, epilepsia e Contudo, é possível evitar a doença das alturas e fazer a aclimatização gradual necessária para minimizar os transtornos, bastando para isso que:
– Evite voar diretamente para o destino de grande altitude; – Progrida na subida durante dois ou três dias antes de atingir os 3000m de altitude; – Descanse bastante; – Mantenha uma ingestão adequada de líquidos, sem exagerar; – Não faça exercício físico intenso nas primeiras 24 horas; – Faça uma alimentação alta em calorias, porém leve; – Evite bebidas alcoólicas; – Esteja ciente dos sinais e sintomas do mal da montanha e comunique a alguém quando se sentir mal. >
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2 a 15 de dezembro de 2015
> conselhos ao viajante
COMO SUPERAR GRANDES ALTITUDES
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> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS 12 e 26 de dezembro
dezembro
Visitas orientadas todos os dias à descoberta do castelo 13h00 e 16h00 | 8,5€
SONORIDADES & SABORES ODEMIRA
LISBOA VISTA AO ESPELHO CÂMARA ESCURA 10h00 - 17h30 | 8,5€
Este é um roteiro que junta música tradicional a gastronomia, ou seja, comer os petiscos da região a ouvir canto ao baldão, viola campaniça, acordeonistas, poetas populares e grupos de música tradicional. A partir das 15h30 poderá ouvir e saborear tudo isto no Café Ângelo, em Cortes Pereiras, no dia 12 e no Restaurante Eira da Lagoa, em Colos, no dia 26 de dezembro.
11 a 20 de dezembro
AS PORTAS ENCANTADAS LISBOA
O Terreiro do Paço será, novamente, palco de um espetáculo gratuito de vídeo mapping, desta vez com espírito natalício. Com sessões às 19h00, 20h00 e 21h00, todos os dias uma equipa de duendes irá abrir a porta de mais um dia, na contagem decrescente do calendário natalício.
4 a 8 de dezembro
NATALIS LISBOA
O Natalis é o local onde de tudo um pouco acontece daquilo que está relacionado com o Natal. Em si é um mercado, na FIL, onde pode fazer as compras de Natal a preços atrativos. Mas há mais. Há concursos de presépios, espetáculos circenses, concertos de Natal, corridas de Pais Natal e concursos de decorações de Natal.
9 a 12 de dezembro
MADEIRA MICRO INTERNATIONAL FILM FESTIVAL PONTA DO SOL
É já a quarta edição do MMiFF, o festival internacional de cinema a decorrer no Cine Sol, na Ilha da Madeira. Os filmes a ser apresentados são de fantasia e a tender para o surreal, a combinar com a aura mística da Ponta do Sol. O primeiro e último dia serão ainda animados com DJ sets, no bar do cinema.
27 de dezembro
‘ALLO, ‘ALLO! LISBOA
O Teatro da Trindade apresenta uma encenação baseada na série televisiva de Jeremy Lloyd e David Croft, de mesmo nome. Poucos serão os que não conhecem o ‘Allo, ‘Allo! e por isto mesmo todos nós sabemos que podemos contar com horas muito bem passadas, de quarta a sábado às 21h30 e ao domingo às 18h00.
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À conquista do Castelo de São Jorge O altivo Castelo de São Jorge, em Lisboa, preparou verdadeiros dias em família, durante o mês de dezembro. São programas de animação para miúdos e graúdos, para aproveitar durante a semana ou fim de semana, à conquista da nossa História.
Texto: Sara Cunha Ferreira
D
e jogos, teatros, artes e engenhos se fazem os programas de animação do Castelo de São Jorge, para o mês de dezembro, todos para maiores de cinco anos. O primeiro é já este domingo, dia 6, incluído no programa “Domingos em Família”. Durante duas horas, a começar às 11h00 da manhã, os Arautos da Brincadeira, D. Berengário e D. Segismundo, só descansam quando todos participarem nas brincadeiras e jogos de outros tempos que prepararam. O quebra-bilhas, a vara-cega, a torre do tesouro, entre outras brincadeiras e surpresas vão tomar conta do Castelo. Também a começar às 11h, arqueiros, besteiros e arcabuzeiros vão mostrar a sua arte a 13 de dezembro. Desde a criação do arco passando pela evolução da besta até à invenção do arcabuz, vamos aprender sobre o combate à distância em vários séculos, nomeadamente as diferenças e evolução das armas de alcance. Da agenda constam ainda os tradicionais exercícios do arqueiro, o “tiro à barreira” por parte dos besteiros, demonstrando a perícia dos atiradores e as capacidades das armas. E para que a animação seja completa, serão colocados em campo vários atiradores que farão exercícios de
comparação entre as várias armas, desde a velocidade de tiro do arqueiro, passando pela potência de tiro do besteiro, até ao efeito sonoro de um tiro de arcabuz. No final da demonstração os espetadores poderão experimentar o manejo da besta e do arco, sob a orientação dos membros do Ofício Bélico. Já a 20 de dezembro, será descoberto o século XVII, com a arte de Francisco Manuel de Melo, que trouxe para o reino a Ópera Ballet. Ilustrando no seu famoso Auto do Fidalgo Aprendiz, se verá o empenho de um fidalgo em aprender esta arte, apesar de em finais do século XVII a 6 dez| Jogos em família 11h00 | M/5 | 3,5 € Inscrição Prévia | 218 800 620 | info@ castelodesaojorge.pt 13 dez| Arqueiros, besteiros e arcabuzeiros 11h00 | M/5 | 8,5€ 20 dez| O século XVII com a arte de Francisco Manuel de Melo 11h00 | M/5 | 8,5€ 27 dez| Visitas em família 11h00 | M/5 | 3,5 € Inscrição Prévia | 218 800 620 | info@ castelodesaojorge.pt
fidalguia lusitana inclinar os seus gostos para a tauromaquia. Começa às 11h00, pelas mãos da Associação de Danças com História. Na semana seguinte, a 27 de dezembro, há visitas em família. Neste dia dá-se a exploração do castelejo e do sítio arqueológico, com a descoberta dos espaços, dos personagens e das histórias, para estimular e aprofundar a sensibilidade e o respeito pelo património histórico enquanto valor cultural, através do conhecimento e compreensão dos vestígios do passado.
DESCOBERTA TODOS OS DIAS Para além da animação programada para os fins de semana, o Castelo tem um serviço de visitas orientadas todos os dias, entre as 13h00 e as 16h00. Aqui inclui-se visita orientada ao castelejo, ao sítio arqueológico e à exposição permanente, descodificando os espaços e relacionando-os com as vivências de outrora. Também todos os dias se interpreta Lisboa através de um espelho. Será a vez de o Castelo dar lugar à cidade, numa descoberta através de um periscópio que permite examinar a capital em tempo real, num olhar que percorre 360 graus, entre as 10h00 e as 17h30. >
2 a 15 de dezembro de 2015
Horários: Das 11h00 às 19h00 e
31 de dezembro
PROGRAMA Procissão das Tochas – 30 de dezembro, às 19h00, com partida da Ponte George V Concert in the Gardens – 31 de dezembro, às 21h00, em Jardins de Princes Street Loony Dook - 1 de janeiro , a partir das 12h30, em South Queensferry
EVENTOS E ESPETÁCULOS 21 de dezembro
BURNING THE CLOCKS BRIGHTON
Uma procissão envolta em magia, com centenas de lanternas, que junta a população de Brighton na sua praia, de modo a festejar o solstício de inverno. Não são lanternas comuns, é um verdadeiro espetáculo de luzes, que tem como intuito celebrar a época festiva, independentemente das crenças religiosas de qualquer um.
28 a 31 de dezembro
SNOWGLOBE CALIFÓRNIA
É na cidade de South Lake Tahoe que decorre o evento que é um festival de música e de dança, um encontro de ski e snowboard e uma celebração do ano novo, tudo ao mesmo tempo. É por entre pinheiros cobertos de neve, iluminados por ocasionais fogos de artifício, que DJs e músicos alegram as noites.
Hogmanay
8 de dezembro
FESTIVIDADES DA IMACULADA CONCEÇÃO
ANO NOVO NA ESCÓCIA
SEVILHA
É certo que quando pensamos numa passagem de ano mítica a mente viaja até ao Rio de Janeiro, Nova Iorque e afins cidades de mediatismo confirmado. O que este artigo pretende transmitir é que uma das passagens de ano mais animadas encontra-se bem mais perto que as acimas referidas, em Edimburgo. Texto: Sofia Soares Carraca
O
00 às 19h00 exceto:
Hogmanay, a palavra escocesa para o último dia do ano, vai muito além do fogo de artifício à meianoite. É uma passagem de ano à escocesa que dura três dias, de 30 de dezembro a 1 de janeiro, um pouco por todo o país, com especial ênfase na capital Edimburgo. O Natal não é por aí além festejado no país, tendo em conta a importante vivência do Hogmanay. Nas casas há a tradição do “first-footing”, a primeira pessoa a entrar numa casa após as doze badaladas. Isto serve para dar sorte à casa como instituição familiar e, por alguma estranha razão, dá-se preferência a homens altos como firstfoot, o inglês para primeiro pé. Mas, convenhamos, que isto a nós turistas não interessa minimamente. Aquando de visita a Edimburgo em tempos de Ano Novo, a probabilidade de sermos os primeiros a entrar na casa de determinado local é francamente baixa. Dito isto, vamos ao que realmente importa: a festa! E é de referir que enquanto a Madeira é dona do recorde Guinness do maior espetáculo pirotécnico do mundo, foi em Edimburgo que ocorreu a maior festa de passagem de ano, também reconhecida como recorde Guinness, com cerca de 400 mil pessoas a entrar no novo ano juntas. Enfim, quer-se com isto dizer que a festa 2 a 15 de dezembro de 2015
As festividades ocorrem, todos os anos, na lindíssima Catedral de Sevilha. É uma das três privilegiadas alturas, ao longo do ano em que se pode assistir à típica dança Seises, em que os rapazes do coro dançam em frente ao altar-mor da Catedral. Este dia é feriado nacional, pelo que irá encontrar diversos locais a festejar na rua.
6 e 13 de dezembro é rija. Tudo começa no dia 30 com a impressionante Procissão das Tochas, que o ano passado reuniu 30 mil pessoas, cada uma com a sua tocha a percorrer o centro da cidade. Edimburgo enche-se de luz, principalmente no final da procissão onde se junta ao fogo das tochas um espetáculo pirotécnico, na Colina de Calton, como não poderia faltar em época de passagem de ano. Para participar neste evento é necessário adquirir previamente um voucher, na medida em que o número de pessoas é limitado. Ainda assim, para quem não queira percorrer a cidade a pé, toda e qualquer pessoa é bem-vinda a assistir ao passar do rio de fogo. Na própria véspera de ano novo é com o Castelo de Edimburgo como pano de fundo que se faz a festa com o Concert in the Gardens. O concerto, literalmente nos jardins de West Princes Street, fica este ano a cabo dos Biffy Clyro, com Idlewild e Honeyblood como convidados especiais. Três bandas orgulhosamente escocesas, na entrada do novo ano na Escócia. Lógico que à meia-noite há novo espetáculo de fogo de artifício. Contudo, não é o único momento “fogoso” do dia. Os escoceses não fazem a coisa por menos e por isso desde as 21h00 que, de hora a hora, se faz a contagem
decrescente até à meia-noite com quatro momentos de fogo de artifício. Não estranhe quando à meia-noite as pessoas começarem a cantar e a dar os braços numa espécie de abraço de grupo, é a tradição mais antiga de passagem de ano da Escócia. A Auld Lang Syne é uma canção baseada num poema do escocês Robert Burns que termina com um grupo de braços dado a cantar em uníssono palavras de amizade. É, escusado será dizer, um bonito momento. Depois de uma entrada em peso, com festa que dura até “às tantas”, nada melhor para recompor o corpo e a alma que um refrescante banho nas águas do Rio Forth. O Loony Dook não é um simples banho, envolve um desfile das intricadas fatiotas que se usam para o mergulho, com direito a poses e fotografia. Depois do desfile e do banho nas águas, só ligeiramente gélidas, oferecem-se as tradicionais papas de aveia, para aquecer. Na verdade, o que é aqui apresentado é um modesto resumo do que se passa nesta emocionante cidade (fora o resto do país) em épocas de ano novo. Há eventos por todo o lado, de bailes a concerto de música clássica, sem esquecer tradições locais. A passagem de ano em Edimburgo é de uma loucura saudável que sem dúvida trará boas energias para o seu 2016.>
FESTA VIKING COPENHAGA
É em Islands Brygge, a zona portuária da capital da Dinamarca, que se celebra a época festiva como nos tempos idos, o Natal dos Vikings. Às 9 da manhã toca a corneta e é hora de mergulhar nas águas gélidas. Depois disto há uma recompensante sauna e bebe-se hidromel como naqueles tempos, come-se carne cozinhada na fogueira e ouvem-se contos e histórias dos tempos dos Vikings.
1, 15, 22 e 29 de dezembro
MÚSICA NA ROMA DE BERNINI ROMA
A herança arquitetónica de Bernini é uma das pérolas de Roma. Assim, a Igreja de Sant’Agnese em Agone, na Piazza Navona, desenhada pelo mesmo, recebe concertos de música barroca como forma de homenagear o artista. A performance é feita pela Schola Romana Ensemble e termina com uma visita guiada à Igreja.
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Graças à sua enorme beleza natural, Andorra tem sido um dos locais favoritos dos portugueses para umas férias na neve. A proposta da Bestravel leva-nos até Vallnord, que une as estâncias de Pal-Arinsal e Ordino-Arcalís, perfazendo 93km de pistas, um dos mais completos dos Pirinéus. Vallnord é igualmente um domínio de neve ótimo para toda a família, graças ao alojamento de qualidade com uma boa relação com o preço e um “aprés-ski” repleto de atividades a poucos minutos de Andorra. Por outro lado, os preços praticados nas suas mais de quatro mil lojas tornam este país, que é o mais pequeno e um dos mais antigos da Europa, numa rota fácil para os portugueses
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D E S D E
A proposta da Sporski vai para a Serra Nevada, estância do sul de Espanha, na Andaluzia, com sol todo o ano, mas também muita neve, sendo inclusive a estância mais alta da Península Ibérica Com uma das mais longas temporadas da Europa, possui 104km de pistas muito bem preparadas e um imprescindível “aprés-ski” bastante animado, pela variedade de lojas, esplanadas e restaurantes, além de uma animada vida noturna, composta por pubs e bares, bastante conhecidos entre os praticantes de ski e snowboard, como complemento do dia. Mas a Serra Nevada programa igualmente atividades infantis, nomeadamente em Pradollano, proporcionando atrações para toda a família, inclusive para os não esquiadores.
VARADERO
Se procura fugir das agruras do inverno em Portugal, Cuba é sempre um destino obrigatório. E em Varadero terá à sua disposição as praias paradisíacas que tanto nos fazem sonhar. O programa da Q’Viagem! é para uma estadia em regime de Tudo Incluído, para que não tenha que se preocupar com nada a não ser desfrutar das maravilhas desta região caribenha, com o seu sol todo o ano, águas cálidas de cor turquesa, areias brancas como marfim e palmeiras a rasgar o areal. É o verdadeiro cartão postal das férias de sonho também para quem procura agitação, principalmente com desportos náuticos, como mergulho ou vela e até nadar com os golfinhos, já um ex-libris deste país.
KHAO LAK
Se procura praias exóticas, quase inimagináveis de tão belas, a Tailândia é o seu destino. Em Khao Lak, a 80Km norte de Phuket, em frente às ilhas de Similan, encontra o local ideal para descansar e aproveitar o que de melhor a vida oferece. Khao Lak continua a ser mais tranquilo que outros destinos no litoral, oferecendo praias isoladas, noites tranquilas e atividades para toda a família. E quando por lá chegar, deixe-se levar pelo fascínio da cultura tailandesa, pelas suas praias paradisíacas, seja para lazer ou atividades desportivas, pela riqueza dos sabores orientais da típica gastronomia thai e pela simpatia e hospitalidade cativantes do povo tailandês.
Hotel Minho com réveillon muito especial
Duas noites:
510€
p/quarto duplo Deluxe Com jantar e almoço de Natal
O Hotel Minho preparou um programa muito especial para o seu réveillon, onde inclui duas noites de estadia para deixar as cerimónias de lado e entrar com os “dois pés” no novo ano, com toda a pompa e circunstância que a ocasião pede. Para que usufrua de todas as mordomias, a proposta inclui welcome drink em flute de Alvarinho, voucher de 10€ para usufruto do SPA, com produtos e tratamentos da Vinoble Cosmetics, cocktail de fim de ano e Gala de Réveillon, com um menu baseado numa harmonia de mariscos e outros pratos deliciosos. E, se preferir, o hotel ainda oferece um programa de três noites, com as mesmas delícias e atenções que o programa de duas noites. Duas noites: 260€ p/ pessoa em quarto duplo standard Três noites: 320€ p/ pessoa em quarto duplo standard
Natal em família no Altis Grand Hotel O Restaurante Grill Fernando, do Altis Grand Hotel, em Lisboa, convida toda a família para um Natal cheio de tradição, a par das saborosas iguarias do Chef Rui Santos. Para o jantar da Consoada, do menu constam “Creme de feijoca com amêijoas e coentros”, seguido de “A Reinterpretação do Bacalhau de Natal”, sendo depois servida a “Perna de cabrito assada”, com legumes da estação e bola de enchidos. A noite não fica completa sem a mesa de Doces de Natal, com o bolo-rei, a lampreia, o tronco de Natal, as rabanadas, os sonhos, entre outras deliciosas sugestões, por 60€ por pessoa, já com bebidas incluídas. Para o almoço de Natal, por 45€ por pessoa, o Grill D. Fernando propõe um buffet com uma variada seleção de saladas e entradas, pratos quentes e claro uma variada mesa de sobremesas da época. Para os mais pequenos além de um buffet com os seus pratos favoritos o hotel oferece uma animação especial com pinturas, desenhos e muito mais. Para ambos os menus, as crianças até aos dois anos não pagam e até aos 11 anos usufruem de 50% de desconto. O Altis Grand Hotel proporciona ainda um programa de Natal que inclui estadia de duas noites em quarto duplo Deluxe, bebida de boas vindas no quarto, pequeno-almoço, jantar de 24 de dezembro, almoço de dia de Natal e ainda um desconto especial de 20% nas massagens e tratamentos de rosto e corpo.
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2 a 15 de dezembro de 2015
Folia de Carnaval D E S D E
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Carnaval este ano vem cedo e estará a bater à nossa porta não tarda. Por isso mesmo, deixamos-lhe três sugestões para se render à folia, em três locais conhecidos por festejarem o Carnaval com pompa e circunstância. São eles: Veneza, Ilha de São Vicente, em Cabo Verde, e naturalmente o Rio de Janeiro. A proposta para Veneza chega-nos pela Agência de Viagens Abreu que preparou quatro dias de pura animação em contato com os mais ricos trajes carnavalescos italianos. Aqui a opulência comanda a festa, com especial ênfase para as máscaras e os
APA
bailes que as tornam famosas. Em Cabo Verde, a festa é com sabor africano, na cidade do Mindelo, capital da Ilha de S. Vicente. Deixe-se levar pelo calor africano, no maior cartaz turístico desta Ilha. Nas ruas desfilam as plumas das mulheres, com os carros alegóricos como companhia, numa alusão ao Carnaval brasileiro. Tudo isto pelas mãos do operador Soltrópico, que ainda inclui a oferta de batismo de mergulho e tour pela cidade do Mindelo. Já o imprescindível Carnaval do Rio tem na proposta do operador Solférias, uma verdadeira incursão sobre as tradições carnavalescas de terras de Vera Cruz. O operador reservou disfarces numa escola
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de samba para que os foliões portugueses possam assim desfilar com a escola no Sambódromo, fazendo parte da festa. Nos dias que antecedem o desfile na Sapucaí,
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há ainda um tour por uma favela típica e visitas ao Corcovado, onde se encontra o Cristo Redentor, e ao maior estádio de futebol da América Latina, o Maracanã. >
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