destinos 16 dezembro

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Ano 1 | Nº 22 | Quinzenal | 16 de dezembro de 2015 | Diretor : José Luís Elias

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CONTE-NOS AS SUAS FÉRIAS

> passageiro frequente

nota de abertura

Festas Boas Com a quadra natalícia à porta, não podia deixar de começar este meu breve texto por desejar a todos os leitores do destinos um Bom Natal e um Feliz Ano Novo, esperando que passem ambos da melhor forma possível e, de preferência, em família e em viagem. Ao longo das últimas cinco edições deixámos mais de 120 sugestões para que se tornasse mais fácil, aos nossos leitores, escolher onde e como passar as festividades que se aproximam. Sugerimos onde ir no Natal e no réveillon, tanto cá dentro como lá fora, demos pistas sobre onde levar as crianças neste período que é de festas e férias, aconselhámos algumas das iguarias que, nesta quadra, recheiam as mesas em várias regiões de Portugal, propusemos uma panóplia de vinhos portugueses adequados às refeições festivas. Espero que tenham sido informações úteis para quem nos lê. Na edição de hoje vamos a Barcelona, uma cidade que segundo afirma a nossa repórter, é para guardar no coração com carinho especial, e com paixão. Estivemos em Assis, uma cidade italiana sui generis com muito para apreciar, e falamos da semana do ski em Chamonix. Por cá, propomos que faça uma “viagem com o vinho”, que o mesmo é dizer que faça um programa de enoturismo, neste caso na região Centro de Portugal, além de sugerirmos um périplo por Nisa e Elvas, no Alentejo. Destacamos também uma festa tradicional portuguesa, a Festa das Fogaceiras em Santa Maria da Feira. Numa edição em que lhe damos também a conhecer o Museu do Campo Pequeno, sugerimos uma série de locais onde, de norte a sul do país, poderá levar a pequenada a patinar no gelo e, para os mais velhos, apresentamos um leque das melhores bebidas para “regar” com qualidade a saída de 2015 e a entrada em 2016.

Colômbia, Calor, Cor e Sabor

A

pesar do fascínio pela cultura latino-americana, a Colômbia não estava nas minhas prioridades. Ainda assim, a oportunidade surgiu, os preços das viagens eram acessíveis, o país está bem mais estável do que há uns anos atrás, o corpo e a mente estava a pedir sol, a influência da literatura de Gabriel Garcia Marquez também pesou bastante nesta escolha, e lá fomos nós em direção a Cartagena das Índias à procura de calor, praia, boa música e boa comida. Ao todo foram 6 dias para confirmar a pesquisa feita antes de partir, até porque Cartagena das Índias está prestes a ser geminada com Angra do Heroísmo, duas cidades de grande importância para os navios que faziam a Rota das Américas, altura em que os espanhóis construíram a fortaleza de S. João Baptista em Angra do Heroísmo, sobranceira ao Porto das Pipa, bem como os dois fortes situados à entrada do Porto de Cartagena, para proteger os tesouros dos piratas. Com uma arquitetura fascinante e um clima fantástico Cartagena vive essencialmente do turismo. A comida, à base de “patacones”, é excelente, os sumos de frutas são do melhor que já bebi, e tudo se vende nas ruas da cidade e arredores, desde as pérolas à fruta, das mais variadas espécies, aos deliciosos doces, onde não podem faltar as incontornáveis cocadas, naturais ou com sabor a frutas. Aqui se pode concluir que pobreza não é necessariamente sinal de tristeza e depressão. Desde que estejam garantidas as necessidades básicas (e o básico por estes lados também é relativo) os cartagineses andam sempre com um sorriso nos lábios, que acaba por contagiar quem por lá passa e deixam-nos com a certeza de que Portugal não é tão mau como o pintam. Para perceber melhor a história de Cartagena, é indispensável visitar o Museu do Ouro, o Castelo de S. Filipe e o Museu da Inquisição, uma marca da intolerância que o ocidente praticou em tempos, face a outras culturas, outras religiões e outras formas de estar. Independentemente dos banhos na piscina do hotel, que tem de ser feitos logo pela manhã, porque a partir do meio-dia, mesmo em março, o calor é muito nestas latitudes, não podíamos sair de Cartagena sem dar um mergulho no mar do Caribe. Decididos a passar por essa experiencia fomos para o Porto de Cartagena apanhar o “Bendicion” em direção a Baru. Uma ilha paradisíaca, com uma praia de areia branca e águas cristalinas, onde se vende de tudo um pouco e há massagens para todos os gostos. Para nossa surpresa, ou talvez não, em plena praia, num país onde raramente

Que possa aproveitar as nossas sugestões é o que desejamos.

se veem portugueses, encontramos um operador de uma empresa marítimo-turística, fã de Jackson Martinez, com o equipamento completo do Futebol Clube do Porto. De Cartagena das Índias seguimos para Bogotá para conhecer a capital da Colômbia, uma subida dos 14 metros acima do nível do mar para os 2640 metros de altitude, que valeu algumas tonturas, mas nada que nos impedisse de ver e apreciar a 3ª capital mais alta do mundo e a 4ª mais populosa da América Latina, com 7,2 milhões de habitantes. Dos 4 dias que passámos em Bogotá, dois foram para conhecer a capital, com passagem obrigatória pela Zona T, pelo Parque 93, pela incontornável subida a Monserrate para ver a vista da cidade, e pela Candelária, centro histórico de Bogotá onde se pode ver a Catedral da Imaculada Conceição construída no século XVII, que domina a praça Bolívar, e visitar o riquíssimo Museu do Ouro e o deslumbrante Museu Botero, que encerra 123 obras da autoria do pintor colombiano. Os restantes dias foram para ir a Zipaquirá, a 49 quilómetros a norte de Bogotá, uma das cidades de referência de Gabriel Garcia Marquez, que fica a 2652 metros de altitude, onde se pode ver a Catedral de Sal, património cultural, religioso e ambiental, situado nas Minas de Sal. Nada que nos surpreendesse muito, porque já tínhamos visto as Minas de Cracóvia que são efetivamente deslumbrantes. E, porque não se pode falar em Colômbia sem falar em café, tirámos um dia para ir à “Hacienda Coloma” uma fazenda na “zona cafetera”, a cerca de uma hora de Bogotá, que acabou por se revelar uma experiência inesquecível, não só pela beleza do lugar, que é quase um jardim, como pelo facto de termos passado por quase todo o processo de produção, desde a apanha à moagem do café, que se confirma ser efetivamente delicioso. E foi com este cheirinho a café da Colômbia que nos despedimos com um “hasta luego” Bogotá. Maria de Fátima Gomes Parreira O jornal destinos tem vindo a publicar nas suas últimas edições as participações dos nossos leitores no passatempo que habilita o vencedor a uma semana de férias em Salvador da Bahia, no Brasil, durante a passagem de ano. Esta é a participação da leitora Maria de Fátima Gomes Parreira, que nos conta a viagem que fez ao país eternizado pela literatura de Gabriel García Marquez. Leia e inspire-se para participar neste desafio!

José Luís Elias

ficha técnica

Administrador: Gracinda Alves Diretor: José Luís Elias Proprietário e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa

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www.facebook.com/jornalDestinos Telefone: +351 213 929 640 Email geral: sogae@jornaldestinos.pt Email redação: redacao@jornaldestinos.pt Inscrição na E.R.C.: 126614 Depósito legal: 386 719 / 15 Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: quinzenal (à quarta-feira)

Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas - Parque Industrial Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 Sulim Park 2735-340 Cacém Tel: 219 171 088/89/90 Fax: 219 171 004 Departamento Comercial: clientes@mx3ag.com

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Maria Morgado, Sara Cunha Ferreira, Sofia Soares Carraca, Vasco Ricardo (design)

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Barcelona é paixão. Há amores que duram vidas e cidades que guardamos dentro do nosso coração com carinho especial. Mas, mais que amor, Barcelona é paixão. É paixão porque é quente, porque é linda como poucas outras e porque nos recebe de braços abertos com uma alegria contagiante. Venha conhecer a apaixonante Barcelona. Texto: Sofia Soares Carraca

B

arcelona é feita de história e estórias, da pululante vida do século que passou e também de tempos áureos que decorreram entre o século XIII e o século XV. É, afinal, a orgulhosa capital da Catalunha e a segunda maior cidade da Península Ibérica. Os vestígios de vida na cidade remontam a outros milénios, e nada melhor para perceber o seu desenvolvimento ao longo do tempo do que o MUHBA – Museu d’Història de Barcelona. O museu apresenta uma coleção de milhares de artefactos que vêm sendo recolhidos desde há muito e que o continuam a ser. E quando digo o MUHBA, digo uma das suas partes, em concreto o MUHBA Plaça del Rei. O museu estende-se por doze espaços patrimoniais, em diversos pontos da cidade, que se complementam entre si. Contudo, este é o seu ponto central, onde pode ver vestígios dos tempos romanos em 16 de dezembro de 2015

que Barcelona era Barcino. Reconhecimento histórico feito sigo para a boa vida. Aviso de pronto que Barcelona tem um grande problema: há uma imensidão de coisas para ver, conhecer, provar. É desafiante tentar “espremer” tanto em tão curto período, e por curto período de tempo refiro-me a uma semana. Acredite que é pouco. A cidade é demasiado interessante!

VIAGEM NO GÓTICO Estar na Plaça del Rei significa estar no coração do Barri Gòtic, uma ode à arquitetura gótica de séculos idos. Significa, também, estar ao lado da Catedral de Barcelona, que debaixo da sombra de uma imponente Sagrada Família não deixa de ser de visita obrigatória. Barcelona, aliás como tantas outras cidades da velha guarda do Velho Continente, tem um sem número de

templos religiosos que a embelezam. No Barri Gòtic, o antigo centro da Barcelona romana e medieval, encontram-se as igrejas de Santa Maria del Pi, de Sant Felip Neri e de Sants Just i Pastor. A Catedral de Barcelona representa todas

DICA A Casa Amatller, vizinha geminada da Casa Battló, é outro perfeito exemplo do modernismo catalão. É uma casa museu, onde se pode visitar a glória que um dia teve, bem como a sua peculiar arquitetura. O seu dono, Antoni Amatller, era mestre chocolateiro e, felizmente, a tradição mantém-se viva e aqui compra-se chocolate de altíssima qualidade que faz uma prenda perfeita para quem ficou em casa.

as eras por que a cidade passou, foi construída ao longo de três séculos sobre a antiga catedral românica, que por sua vez sobrepôs uma igreja da época visigoda, que sucedeu uma basílica paleocristã. Não perca a oportunidade de subir ao terraço e ver a cidade acima dos seus telhados. Após isto é desbravar o labirinto de ruelas do Barri Gòtic pela Plaça de Sant Jaume, onde se encontra a sede do Governo Catalão e se formam as torres humanas Castellers nas festas de La Mercè, por baixo da ponte gótica que liga o Palau de la Generalitat e a Casa dels Canonges no Carrer del Bisbe, por entre artistas de rua das mais diferentes especialidades, pela Carrer de Santa Anna onde ficticiamente existiu a livraria dos Sempere em “A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Zafón. Terminando este cirandar chego ao bairro vizinho, frente à mais espetacular sala de concertos. O Palau de la Música Catalana

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TURISMO ESPANHOL

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TERRA DE ARTISTAS

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é um palácio construído para honrar a arte da música, construído em 1908 por Montaner. Este santuário da música foi erguido com uma originalidade que só podia surgir em Barcelona, toda a sua fachada faz referência à história da música com bustos de Bach, Beethoven, Wagner. Não se coíba de entrar no mesmo, se a fachada é impressionante mais o é o interior. Todos os cantos e recantos são decorados com flores e diferentes motivos, com tetos impressionantes, ‘n’ colunas e vitrais gigantes que pintam as salas de todas as cores. Tal também acontece na

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A característica mais vincada de Barcelona é o facto de ser uma cidade feita de e por pessoas, quer sejam reais ou imaginárias. O mesmo acontece extraordinária sala de concertos, a única do mundo iluminada por luz natural. Todos os bairros que compõem a Ciutat Vella, zona central de Barcelona, têm um cento de coisas para ver, que ocupam com facilidade a mais organizada das agendas. Assim, o meu plano era prosseguir para o Museu Picasso, contudo, e em primeira instância, deixo-me viver Picasso de uma outra forma. Decidi ir ao Els 4 Gats, famosíssimo bar cheio de carácter e tanta história que se as paredes falassem poderíamos escutá-las por horas a fio. Foi este o espaço que recebeu

com tantas as outras, mas prometo que vai perceber a que me refiro. Por aqui passaram, e inclusive nasceram, marcantes nomes das artes, quer seja arquitetura, artes plásticas, literatura. E a passagem destes “nomes” está moldada na cidade de tal forma que esta parece ser a face que perdura destas mesmas mentes. Como o Els 4 Gats há outros tantos com histórias embrenhadas nas suas paredes, com lendas sussurradas pelas imagens nelas penduradas, e um ar místico de um ambiente quase irreal. Logicamente, fiz questão de os ir conhecer. Tal como prometido fui visitar o Museu Picasso. O espaço foi aberto com o pai do cubismo ainda em vida, com o próprio a doar grande parte das obras TURISMO ESPANHOL

a primeira exposição de obras de um jovem Picasso, ávido frequentador do que era na altura um café e cabaret. Confesso que a comida deixa algo a desejar mas o café é um dos melhores da cidade. E, voltando a Ruiz Zafón e ao “A Sombra do Vento”, foi neste bar que decorreram fictícios encontros no livro. Mais que isso é a epítome de um centro intelectual dos movimentos artísticos do século passado e eternizado por frequentadores como Dalí e Lorca.

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TURISMO ESPANHOL

expostas. Picasso considerava-se o maior coletor de obras de Picasso do mundo e hoje podemos ver grande parte delas neste museu. É como uma biografia do artista, com as suas diversas épocas bem diferenciadas. Saio do museu, subo a Via Laietana, digo um “olá” à Plaça de Catalunya e sigo para o Passeig de Gràcia. É aqui onde me vou encontrar com Gaudí. Falar de Barcelona é falar de Antoni Gaudí, do brilhante arquiteto do modernismo catalão. As suas obras são quase surreais, nascidas de uma imaginação fértil e devoção fervorosa à natureza e também ao divino. O seu estilo é tão próprio que “vê-se a léguas” e é tão atual que custa a crer ter nascido no final de há dois séculos atrás. A primeira paragem é talvez o meu local favorito em Barcelona, a entrada para um mundo imaginário através do nº 43 do Passeig de Gràcia. A Casa Battló foi inspirada numa visão naturalista, num ambiente esotérico, e sobre todos os seus milímetros surgem dezenas de interpretações diferentes em relação ao seu simbolismo. Aconselho amplamente a que não só entrem na casa como também a fazerem uma visita guiada para melhor perceber a magia de Gaudí. O nome da casa deve-se ao seu original proprietário, Josep Battló i Casanovas, que aquando da finalização do projeto recebeu a visita de Roser Segimon de Milà, mulher do seu parceiro de negócios. A segunda ficou tão impressionada com a obra que incumbiu Gaudí de construir a impressionante Casa Milà, no nº 93 da mesma rua. Mais conhecida como La Pedrera o enorme edifício de esquina salta à vista pela total falta de linhas retas. Tudo ondeia e curva assemelhando uma duna de areia bem moldada. O seu interior não é tão rico quanto poderia esperar. Contudo, é obrigatória a entrada para comprovar a inexistência de linhas retas e subir ao seu telhado, um belíssimo terraço que se debruça sobre Barcelona. Há a extasiante vista e as 28 espetaculares chaminés de todas as formas e feitios. Não consigo deixar de ver Rebecca Hall e Scarlett Johansen a passearem-se entre as mesmas no “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen. Entre a minha visita a Gaudí encontreime também com Federico García Lorca, no nº 68. Foi no Hotel Majestic onde Lorca viveu durante quatro meses, os últimos dias plenos da sua vida antes da impiedosa Guerra Civil Espanhola. Durante a estadia assistiu à estreia da sua peça “Doña Rosita la Soltera”, partilhou ideias com outros artistas sonantes, deu entrevistas e assistiu a outras peças de teatro. Um pouco de tudo isto tem lugar num expositor no hotel, com os pertences que o poeta e dramaturgo deixou para trás. Atravesso a Avenida Diagonal, que corta parte da cidade em dois diagonalmente, e sigo para o maior testemunho de Gaudí, o Templo da Sagrada Família. A Sagrada Família merecia um texto só para si, parece um coral que vem crescendo do solo com o passar de muitos anos. Gaudí dedicou-lhe 40 anos da sua vida, os últimos 12 em exclusivo, e mesmo assim a obra-prima permanece inacabada. Há tanto simbolismo neste templo que é

indispensável dedicar horas a admirar as suas fachadas, perfeitamente distintas entre si, os seus infinitos recantos no interior e subir às suas torres. Deixe-se ficar a absorver todas as estórias que a Sagrada Família nos anseia contar e faça o possível por se abstrair dos magotes de turistas que todos os dias fazem a sua ronda ao templo de Gaudí e dos já típicos guindastes que o ladeiam.

EL RAVAL DE HEMINGWAY De um dos lados de La Rambla fica o Barri Gòtic e do outro El Raval. Conclusão: tudo e todos aqui passam, o movimento é constante, os artistas de rua são presença obrigatória e a animação sempre presente. Percorrer La Rambla, de início a fim, é um exercício obrigatório no reconhecimento barcelonês. Não perca a oportunidade de se sentar num dos seus infinitos cafés e apreciar o movimento. Fi-lo, com merecedora companhia, e foi das horas mais bem passadas na cidade, a perceber a sua dinâmica. Já dizia Lorca que La Rambla era a única rua do mundo que desejava que nunca acabasse. Deixo La Rambla e entro por El Raval, o bairro favorito do eternamente apaixonado por Espanha Ernest Hemingway. Em sua homenagem começo por visitar um dos seus bares de eleição e também a cocktaileria mais antiga de Barcelona. Abriu em 1933 pela mão de Miguel Boadas e é hoje gerido por Maria Dolores, sua filha. Ao longo das suas oito décadas foi frequentado por rostos familiares, como Hemingway e Picasso. Diz-se que a bebida de eleição do primeiro no Boadas era um perfeito daiquiri, que ainda hoje se serve. Na rota dos bares históricos de El Raval é ainda de notar o Bar Marsella [ver caixa] e o London Bar, localizado na mesma rua de uma outra obra de Gaudí, o Palau Güell em frente do qual Jack Nicholson pela primeira vez encontrou

Maria Schneider no filme “Profissão: Repórter”, de Michelangelo Antonioni. Depois do Boadas visito um dos muitos mercados de Barcelona, La Boqueria. O Mercat de Sant Josep de La Boqueria, de seu nome, apresenta uma franca

BAR MARSELLA O bar predileto de artistas como Picasso, Dalí, Hemingway e outros mais é também o bar mais antigo de Barcelona, a abrir as suas portas em 1820. Lá respira-se o ar do passado, com tetos amarelecidos pelo fumo de muitos cigarros e as paredes cobertas de muitos anos de história. O bar é conhecido pela época áurea da Fada Verde, o absinto. Aqui ainda se serve como manda a regra, com água dissolve-se um cubo de açúcar, colocado sobre uma colher, por cima do copo de absinto.

variedade de produtos regionais. Já dizia o chef Ferran Adrià que o mercado é um “templo gastronómico”, devido à qualidade dos seus produtos. Aproveitei para comprar uma caixinha de fruta fresca e continuei a descer as Ramblas, onde passei pelo pavimento em mosaico do filho pródigo de Barcelona. O escultor, pintor e ceramista Joan Miró nasceu e desenvolveu a sua arte surrealista nesta fantástica cidade, onde foi deixando as suas marcas. No final de La Rambla faço a devida saudação a Cristóvão Colombo, que se ergue imponente a 60 metros de altura. No Monumento a Colón o descobridor encontra-se de dedo estendido para o mar em jeito de “vamos partir para a descoberta”. Neste ponto encontro-me junto ao Mar Mediterrâneo e é altura de explorar um dos ex-libris de Barcelona, a sua praia. Praia de tal importância que inspirou Cervantes para a derradeira batalha entre Dom Quixote de la Mancha e o Cavaleiro da Branca Lua, no volume II do primeiro romance alguma vez escrito. Caminho pela Rambla del Mar, aprecio os fantásticos iates aportados na Marina de Barcelona e, com as temperaturas amenas que se fazem sentir, deixome percorrer, de sapatos na mão, as areias aquecidas pelo sol da praia de Barceloneta. Pelas douradas areias chego ao dourado e peixe, ou Peix d’Or, escultura desenhada por Frank Gehry, e aproveito umas das inúmeras esplanadas à beira mar para me deleitar com um Pa

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TURISMO ESPANHOL

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amb Tomàquet, o típico pão barrado com azeite, alho e tomate.

FUNDAMENTAL PERIFERIA

COMO IR

Por fim deixo-me afastar do mar de possibilidades da Ciutat Vella e visitar as periferias da cidade, os incontornáveis Park Güell e Montjuïc. O primeiro é um parque urbano que prima por detalhes arquitetónicos de Gaudí. Diz-se que em tempos o projeto seria para uma enorme urbanização povoada de peculiares edifícios desenhados pelo arquiteto. Contudo, e para nosso bem pois assim encontra-se de portas abertas ao comum dos civis, o projeto fracassou e passou a parque público. Há imagens deste parque que são sobejamente conhecidas, uma delas do El Drac, o carismático réptil que desce uma das escadarias e se encontra revestido no típico mosaico em trencadís de Gaudí. Tudo, desde a entrada, à escadaria, à

POBLE ESPANYOL

Para quem viaja com crianças esta é uma paragem obrigatória. Situado no Parque de Montjuïc encontra o museu de arquitetura de Barcelona. São 117 reproduções em escala original de edifícios típicos de Espanha, de 15 das suas comunidades. Pode viajar entre monumentos, ruelas, praças, casas, parques e restaurantes de diversas cidades diferentes, tudo num só lugar.

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Existem voos regulares e diretos que ligam Lisboa a Barcelona, pela TAP, Iberia e Vueling, com duração de cerca de duas horas. O mesmo se verifica do Porto, com a adição da low-cost Raynair.

ONDE FICAR

Royal Passeig de Gràcia HHHH Passeig de Gràcia nº84 | Desde 110€ Ayre Hotel Rosellón HHHH Roselló nº390 | Desde 90€ Chic & Basic Ramblas HHH Passatge Gutenberg nº7 | Desde 54€

O QUE COMER

praça oval são de uma beleza particular inerente ao modernismo catalão. Dentro do parque encontra-se a Casa-Museu Gaudí, onde o artista viveu durante 20 anos. Aqui encontram-se objetos pessoais, bem como desenhos e maquetes de obras de Gaudí. É perentório deixar a visita a Montjuïc para o final do dia, devido aos pitorescos espetáculos da Font Màgica de Montjuïc. Por isto começo por visitar, também localizado nesta colina com mais 180 metros de altitude, a Fundació Joan Miró, que, mesmo sem falar nas maravilhosas obras do artista, é um bonito projeto arquitetónico. A fundação foi criada pelo mesmo em 1975 e, com belas vistas sobre a cidade, é uma ode à arte contemporânea. Expõe não somente obras de Miró como também de amigos seus como Antoni Tapiès e Alexander Calder. Mas, logicamente, o seu maior chamativo são as coloridas obras do artista. Há esculturas, intricadas tapeçarias,

telas imensas e desenhos mil. É um universo paralelo do modernismo onde com prazer me “perdi” durante horas. Depois da vénia a Miró parto para Palácio Nacional de Montjuïc, que alberga o Museu Nacional de Arte de Cataluña com destaque para as obras do período românico. É um museu completo com diferentes salas dedicadas a diferentes épocas, onde encontramos obras de Munch, Picasso, Velasquez, Goya, Dalí, Rubens, Tintoretto e tantos outros. Passada uma tarde a respirar arte desço a escadaria do Palácio Nacional em direção à Font Mágica e assisto ao seu bonito espetáculo de luzes, cores e repuxos de água, embalados por música. Creio ser a despedida majestosa que esta boémia e irreverente cidade merece. Uma vez mais me despeço com um “fins ara!” (até já), pois certo é que não passarão muitos anos até estar de regresso à cidade por que me apaixonei. >

Pa amb Tomàquet – típico pão barrado com azeite, alho, tomate Escudella i carn d’olla – caldo feito com vegetais, arroz e batatas Cocido com judias blancas – semelhante à nossa feijoada, cozinhado com a botifarra, o enchido tradicional de Barcelona Arroz a la cazuela – algo semelhante à paella, mas servido com carnes e enchidos Peixe fresco de que prima a zona costeira Tapas e pinchos Crema Catalana – uma variante catalã do nosso leite de creme

ONDE COMER

ABAC – Avinguda del Tibidabo nº1 Cozinha catalã moderna | Restaurante com uma Estrela Michelin Alkimia – Carrer de la Industria nº79 Cozinha gourmet contemporânea | Inspirações da alquimia do chef Jordi Vilar Matís Bar – Plaça Nova nº5 Tapas tradicionais catalãs | boa comida a bom preço Tickets – Avinguda Paral-lel nº164 Possivelmente as melhores tapas de Barcelona | Novo espaço de Ferran Adrià 16 de dezembro de 2015


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> notícias

Museu do Carro Elétrico reabre as suas portas Ao cargo da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto o Museu do Carro Elétrico reabriu ao público, no passado dia 28 de novembro. Após ter sido encerrado em 2012 apresenta-se reabilitado, com dois espaços totalmente renovados e uma nova exposição de elétricos e da central termoelétrica que lhes garantia a mobilidade. O museu, na antiga Central Termoelétrica de Massarelos, está aberto de terça-feira a domingo, das 10h00 às 18h00, e às segundas das 14h00 às 18h00. Para além das duas salas de exposições, com carros de 1872 e daí para a frente, disponibiliza também uma loja e cafetaria.

Clientes Via Verde podem ganhar estadias em Portugal A Associação de Hotelaria de Portugal criou o Programa Viagens e Vantagens que irá trazer, efetivamente, vantagens aos clientes da Via Verde. A adesão ao programa é gratuita, com registo a ser feito no site viaverde.pt. Consiste na acumulação de pontos que pode ser efetuada de dois modos: percorrendo quilómetros nas autoestradas aderentes, onde 1Km equivale a 1 ponto; ou através da utilização de outros serviços Via Verde, onde 1€ equivale a 5 pontos. Com os pontos acumulados pode “investir” nos Programas de Lazer, ou seja, estadias em hotéis de norte a sul de Portugal com descontos simpáticos. Habilita-se também a descontos exclusivos em áreas de serviço e em parceiros auto da Via Verde. Quem aderir ao Viagens e Vantagens até 31 de dezembro recebe um welcome pack com 2.000 pontos. E, quem fizer check-in na app da Via Verde ao longo dos seus percursos, pode ganhar até um ano de portagens gratuitas.

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Portugueses não precisam de visto para férias na Indonésia Os portugueses que desejem passar férias na Indonésia, num período inferior a 30 dias já o podem fazer sem necessitar de visto. Com o intuito de atrair mais turismo a Indonésia revelou uma lista de 75 países que estão agora isentos de visto de entrada no país. Para viajar até ao outro lado do mundo e aproveitar as belas paisagens do país asiático basta ter em sua posse passaporte com validade mínima de seis meses e

bilhete de regresso, sem custos adicionais. A isenção é válida em cinco dos aeroportos da Indonésia, nomeadamente Batam, Surabaia, Medan, Bali e Jacarta, tanto para viagens de lazer como de negócios. Para quem quiser permanecer por mais de 30 dias no destino paradisíaco necessita de um tipo de visto, onde se inclui o prolongamento de 30 dias por requerimento na embaixada ou à chegada no país, com um custo de 30 dólares americanos.

Emirates apresenta novo entretenimento a bordo Os passageiros que viagem nos novos aviões Airbus A380 e Boeing 777-300ER, da companhia aérea Emirates, têm a oportunidade de usufruir de um entretenimento a bordo renovado e com uma oferta mais variada. Na primeira classe os ecrãs cresceram das 27 para as 32 polegadas, sendo então os maiores ecrãs a bordo de um avião. O novo sistema IFE Ice Digital Widescreen possui uma capacidade de armazenamento multimédia três vezes superior, estando incluídos mais de 50 conjuntos de box de televisão completos, bem como mais de 600 filmes. O novo sistema oferece ainda um interface multilíngue, em 14 idiomas diferentes, o controlo aperfeiçoado dos auscultadores, para as saídas USB e para as tomadas, disponíveis em todos os lugares.

Vouchers de Natal do Grupo Pestana Arquipélago da Madeira promove Scuba Diving O projeto Scuba Diving Madeira nasceu com o objetivo de dar a conhecer o mundo subaquático da Madeira, um destino paradisíaco para mergulho. O Arquipélago engloba 400Km de costa e 30 spots de mergulho, ideias para mergulhadores experientes, bem como para quem deseja iniciar-se na atividade.

O Scuba Diving Madeira disponibiliza todo o acompanhamento necessário, desde cursos de mergulho para qualquer nível, batismos de mergulho, identificação dos diferentes spots e todo o material devido. O site scubadivingmadeira.com disponibiliza toda a informação referente aos cursos e mergulhos nas Ilhas da Madeira e Porto Santo.

Com stands de venda em três centros comerciais de Lisboa o Pestana Hotel Group disponibiliza Vouchers Hotels & Resorts e Vouchers Magic Spa, para belas prendas de Natal. Os Vouchers Hotels & Resorts visam diversas unidades hoteleiras de norte a sul de Portugal, incluindo a Madeira. Apresentam-se em duas opções, nomeadamente os “Check-In”, por 79,90€, e os “Premium Check-In”, por 139,90€. São vouchers para duas pessoas, com pequeno-almoço incluído, os primeiros para uma ou duas noites e os segundos para, uma, duas ou quatro noites. Já os Vouchers Magic Spa, com o preço de 49,90€, incluem uma massagem de relaxamento para uma pessoa, ao longo de 45 minutos, num dos Magic Spa existentes nas unidades do grupo. Os stands de vendas encontram-se no Amoreiras Shopping Center, Centro Comercial Colombo e Centro Vasco da Gama, até dia 3 de janeiro. 16 de dezembro de 2015


“Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

> selo de garantia

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE

PASSAGEM DE ANO COM NEVE NATAL NA POUSADA

Para quem não gosta de passar o dia na cozinha a preparar um cento de receitas diferentes, mas não dispensa uma refeição P/ PESSOA natalícia com toda a pompa e circunstância tem na Pousada de BEBIDAS Lisboa a opção ideal. É para uma INCLUÍDAS família grande, com mínimo de 30 pessoas, que se abre o Salão Nobre para jantar de consoada e almoço de Natal. É em plena Praça do Comércio que se localiza a Pousada de Lisboa que, pelas mãos do premiado chef Tiago Bonito, apresenta refeições requintadas. O jantar conta com o imprescindível bacalhau, neste caso confitado em azeite com meia desfeita de batata-doce, grelos salteados, azeitonas e presunto serrano, e com rabanadas LISBOA especiais e sorbet de Vinho do Porto, entre outros. O almoço do dia 25 é um buffet variado, com requintadas saladas, pratos quentes e seleção de enchidos e queijos nacionais. Como no Natal primam as sobremesas terá uma mesa repleta de arroz-doce, rabanadas, azevias, bolo-rei, tronco de Natal.

77€

VISITE O MUSEU MAIS ANTIGO DE PORTUGAL 5€

O Museu Nacional de BILHETE NORMAL Soares dos Reis abriu em 1833, ou seja há 182 anos, consagrando-se assim como o museu público de arte mais antigo de Portugal. Todo o espaço é uma homenagem à arte portuguesa, tendo adquirido o seu nome em honra de Soares dos Reis, escultor portuense cujo grande parte do espólio se PORTO encontra aqui exposto. Instalado no Palácio das Carrancas, na freguesia de Miragaia no Porto, apresenta uma coleção de arte e artes decorativas do século XIX e início do século XX. De entre as peças do museu destaca-se a escultura em mármore “O Desterrado”, do escultor que lhe deu nome. Encontrará, também, obras de Júlio Resende, José Tagarro e João Marques de Oliveira, entre outros. O museu possui ainda os serviços necessários a tornar a sua uma visita aprazível, com todos os acessos necessário a visitantes com mobilidade reduzida, bengaleiro, loja do museu e também uma cafetaria. O museu está aberto de terçafeira a domingo, entre as 10h00 e as 18h30. 16 de dezembro de 2015

Há quem goste de noites loucas de réveillon, com champanhe a fluir e fogo de artifício a iluminar os céus. Há também quem eleja estes dias para uma repousante escapadinha, com amigos ou família. Para estes últimos segue a proposta da Q’Viagem! para uma passagem de ano em plena Serra da Estrela. As reservas podem ser feitas até dia 29 de dezembro para estadias de duas noites nos Chalés de Montanha – Serra da Estrela, com capacidade para seis ou oito pessoas. Com interiores de madeira e os telhados vermelhos cobertos de neve será, com certeza, uma passagem de ano diferente. No dia 31 de dezembro e 1 de janeiro tem forfait e material diário para a estância de ski, e no dia 31 há também trenós DESDE: e donuts de neve. Tem ainda direito a 20% de desconto no Dharma Spa e, por 125€ por pessoa, a um jantar buffet de gala na última noite do ano. P/ PESSOA

165€

COVILHÃ

FIM DE SEMANA DE LUXO NO NORTE DE PORTUGAL O Hotel Villa Sandini, unidade de cinco estrelas, localiza-se em Sandim e portanto a boa distância da irreverência da cidade, enquanto envolta no mais calmo ambiente campestre. Com um toque de modernidade foi criada sob o conceito das antigas casas senhoriais portuguesas, com interiores ao mesmo tempo glamorosos e acolhedores. A proposta que aqui segue é a de um fim de semana repleto de tranquilidade e mordomias, numa das Suite Junior do hotel. Cada um

DESDE:

165€

P/ PESSOA

VILA NOVA DE GAIA dos quartos está subordinado a um tema relacionado com o ambiente em que se insere, a Suite Grão de Café aproveita-se das propriedades energéticas e revigorantes do mesmo, enquanto a Suite Lavanda aposta no equilíbrio e paz. Ambas possuem wi-fi gratuito e pequeno-almoço incluído, sendo que pode também aproveitar o Cítrus Spa e o Restaurante Uíma Rio, com pratos da mais variada tipologia culinária.

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> curtas

D E S D E

141€ IDA E VOLTA

VOO TAP

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11,50€ P/ TRAJECTO

AL COMBOIO TRENIT ROMA- PERUGIA

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D E S D E

78€

P/QUARTO/NOITEÇO C/ PEQUENO-ALMO

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Assis

PELOS PASSOS DE SÃO FRANCISCO É das mais bonitas localidades de Itália e uma das que conserva um acervo religioso fantástico. Assisi de nome original, é terra berço de São Francisco e Santa Clara, ambos de Assis, naturalmente, e santos que deram origem a duas ordens: os Franciscanos e as Clarissas. E não precisa ser religioso para se render ao encanto destas paragens, basta ser no mínimo romântico.

Texto: Sara Cunha Ferreira

P

or ocasião do casamento entre dois grandes amigos, conheci Assis, ou Assisi, como gosto particularmente de lhe chamar. Uma cidade da região da Umbria, mesmo no centro de Itália, que pertence à província de Perugia, a 180Km de Roma. Aterrada pela manhã no aeroporto internacional de Umbria, num jato fretado pelos noivos para levar os ruidosos 16 amigos e familiares de Lisboa, fiquei profundamente impressionada pela maravilhosa paisagem que me esperava. Depois de conhecer algumas das mais turísticas cidades italianas, cheguei realmente à conclusão que este país tem muito para lá dos roteiros. Terra fértil em azeitonas e vinhas e consequentes azeite e vinho, a província de Perugia ofereceu-me um especial encanto italiano de “dolce far niente”, de repouso pelos sopés das colinas de paisagens bucólicas como companhia. Em todas as suas cidades, as casas medievais, de tons amarelados das pedras contrastam com um brilhante azul do céu e o vivo verde das oliveiras e vinhedos. À boleia dos amigos italianos dos noivos

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portugueses (já completamente de alma italiana), fomos até Assisi por estradas de um negro asfalto que me parecia mais negro que o normal – as cores por aqui são vivas como frescos. E foi num relance que vi Assisi, no alto da colina, a cortar o seu

cume como cidade “prometida”, o famoso berço de Francesco Bernadone, fundador da Ordem dos Franciscanos em 1208, e de Chiara d'Offreducci, que ali fundou a Ordem de Santa Clara ou das Clarissas. Achei curiosa a história de ambos, nascidos

DICA O crucifixo que “falou” a Francesco Bernadone, dizendo-lhe para “reconstruir a igreja em ruínas” está na Igreja de San Dimiano, numa encosta de Assisi. É uma das mais emblemáticas memórias sagradas dos primórdios franciscanos.

de famílias abastadas que renunciaram a abundância para viver despojados e em meditação. Antes de subir para conhecer a Basílica Papal e Sagrado Convento de S. Francisco de Assis, há no entanto uma paragem obrigatória: a Basílica de Santa Maria degli Angeli. “Vais ter uma surpresa”, diz a noiva. “Esta igreja tem outra lá dentro”, diz Paolo, um dos amigos italianos. “Como assim, outra lá dentro?”, pensei. Da outrora pequena igreja Porciúncula foi construída como num abraço a Basílica de Santa Maria degli Angeli. Mas foi na Porciúncula que S. Francisco recebeu Santa Clara, aqui reuniu todos os seus irmãos da Ordem e aqui foi sepultado, até ser transferido o seu túmulo para a 16 de dezembro de 2015


COMO IR

Basílica a quem deu o nome. Começava o périplo pelos passos de São Francisco.

FINALMENTE, “UMA ITALIANA”

DOLCE CHOCOLATE

A região de Perugia é também casa da famosa chocolateira Perugina, dos famosos bombons Baci (aqueles com recadinhos dentro!). Aliás, esta região é considerada a capital italiana do chocolate, cuja história remonta a 1907. Esta pode ser encontrada em Viale San Sisto 207/C, na localidade de San Sisto, com loja, fábrica, museu e até escola. A fábrica é um sonho para os amantes do chocolate, que além de ficarem a conhecer todo o processo de fabrico, ainda se deleitam em provas no final da visita. Existem autocarros para a Casa Perugina a partir da Piazza della Reppublica, em Perugia. Preços: Adultos: 9€ Jovens dos 13 aos 17 anos e acima dos 65 anos: 7€ Crianças dos 6 aos 12 anos: 4€ Até aos 5 anos: Grátis

16 de dezembro de 2015

Chegada à praça da Basílica de São Francisco, a meio da tarde, as horas e as andanças levaram-me a entrar numa pastelaria para beber um café. De todas as viagens para fora de Portugal, nunca encontrei o nosso saboroso expresso, até chegar a Assis. Um café verdadeiramente “italiana”, curtinho e bombástico, servido pelas mãos de uma rapariga que confidenciou ter feito o seu Erasmus em Lisboa, quando se apercebeu da presença de portugueses. Atravessando a praça, numa espécie de corredor ladeado pelo jardim com as palavras “Pax” (paz) e por São Francisco a cavalo quando jovem, chegamos ao maravilhoso complexo religioso classificado de Património Mundial pela Unesco. A estrutura é enorme, lindíssima, mas sem grandes feitos arquitetónicos, não fosse dedicada ao maior exemplo de despojamento que se conhece. Há gente por todo o lado, turistas, devotos e franciscanos dão um charme especial à cidade, principalmente ao entardecer. Entro na basílica pela igreja superior, onde somos invadidos por majestosos trabalhos de Cimabue e seu discípulo Giotto em forma de frescos, contando histórias da época pelas

paredes e tetos. Na igreja inferior falaram-me do céu estrelado, que se manifesta num lindíssimo trabalho em azul céu com estrelas, numa alusão pintada da noite. Jamais esquecerei essa imagem… Na cripta, o túmulo de São Francisco. Mas a beleza da cidade também se faz dos seus arredores. Para os mais ágeis, os longos passeios a pé levam-nos a outros marcos importantes da vida destes dois santos. É o caso da Basílica de Santa Chiara, no lado oposto à de São Francisco, ou o Eremo della Carceri, numa subida a cerca de 4Km de Assis, na floresta do Monte Subásio, onde São Francisco meditava com frequência. E onde inclusive uma estátua do mesmo nos dá as boas vindas. Parece todo um enquadramento religioso que Assisi nos oferece, mas está bem longe da verdade. Toda a paisagem envolvente, ajudada pelo facto da cidade cortar o cume da colina, e as suas casas medievais adornadas por flores em cada escadaria, paredes, janelas ou candeeiros conferem-lhe um romantismo ímpar, a que não foi alheio a escolha para celebrar um casamento. >

A TAP tem voos diretos para Roma, assim como outras companhias. Há também ligações aéreas para o Aeroporto Internacional de Perugia, operados por exemplo pela Alitalia. Porém os preços podem não ser os mais convidativos. A partir de Roma há ligações ferroviárias, pela Trenitalia. Os preços são mais baratos fora das horas de ponta.

ONDE FICAR

Le Tre Vaselle Resort & Spa HHHHH (desde 179€/quarto) Garibaldi 48, Torgiano Best Western Valle di Assisi HHHH (desde 85€/quarto) Via San Bernardino da Siena 116, Santa Maria degli Angeli

ONDE COMER

La Locanda del Cardinale Piazza del Vescovado, 8, Assis Encerra às quartas-feiras Comida tradicional italiana com confeção artesanal de pastas e gelados La Basilica Via Protomartiri Francescani 11, Santa Maria degli Angeli Tradicional trattoria Ristorante Bar San Francesco Via San Francesco, 52, Assis Cozinha regional da Umbria

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> curtas

Elvas, a Cidade-Quartel MUSEU DE ARTES BÉLICAS AO AR LIVRE É bem no interior de Portugal que podemos cantar “ó Elvas, ó Elvas Badajoz à vista”, e é nesta bonita cidade de Elvas que se encontra o maior conjunto de fortificações abaluartadas de todo o mundo. É precisamente deste conjunto de importantes construções militares que vos falo, tão importante que é considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. Percorri distância até Elvas e tempo até a séculos que passaram. Texto: Sofia Soares Carraca

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oi quando Portugal restaurou a sua independência, em 1640, que os portugueses iniciaram a fortificação da cidade de Elvas, de modo a proteger aquilo que é nosso. E se quando pensa em edificações militares lhe viaja o pensamento para locais frios e impessoais não poderia estar mais enganado, pois tudo o que se encontra em Elvas é de uma beleza impagável. Elvas é todo um monumento bélico, mas, quando rebusco na minha memória imagens da cidade, nela vejo um casario de brancura invejável, com molduras amarelas e cercada de uma bonita muralha angular de pedra, também ela de paredes amarelas. Elvas foi a principal porta de entrada para o país de “nuestros hermanos” e em tempo em que a amizade não era tão estreita como nos dias de hoje era

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importante proteger, o melhor possível, esta porta. Por isto mesmo o Centro Histórico da cidade é envolto por uma muralha abaluartada, também conhecida como fortificação em estrela pelo formato que concede com os seus estreitos ângulos. Pode assim dizer-se que o centro é abraçado por paredes em forma de estrela, tal como os Fortes da Graça e de Santa Luzia, que se encontram ao largo da cidade. Mas já lá vamos. A cidade tem efetivamente uma importante localização estratégica, algo reconhecido por diversos povos. No século I a.C. os romanos tentaram fazer aqui crescer uma metrópole, mas falharam a construção devido ao declive do morro onde hoje se encontra o centro da cidade. Depois de estes por lá passaram os árabes

deixando vestígios que até hoje perduram, nomeadamente as duas Cercas Islâmicas. Após tentativa falhada por D. Afonso Henriques, foi conquistada por D. Sancho II, em 1230. E, a propósito das guerras fernandinas, do século XIV, foi construída uma terceira muralha na “Rainha da Fronteira”, protegendo aquela que era considerada a chave do reino.

CIDADE QUE RESPIRA HISTÓRIA Resquícios de tudo isto existem pelo Centro Histórico da cidade, que se faz a pé numa visita histórico-cultural de extremo interesse e beleza. Elvas foi, de facto, uma Cidade-Quartel Fronteiriça, pelo que falar de edifícios militares na cidade é quase o mesmo que falar da cidade em si. Aliás, até ao século XIX não havia exceções e, em tempos de guerra, toda e qualquer casa

MUSEU MILITAR DE ELVAS

Este é um dos maiores museus do país, espalhado por diversos edifícios, nomeadamente os Quartéis do Casarão, do Convento de São Domingos e da Fonte de São José. As salas são antigas dependências das unidades militares que passaram por Elvas, que hoje apresentam exposições sobre a História do Serviço de Saúde do Exército, Hipomóveis e Arreios Militares no Exército, Centro de Interpretação do Património de Elvas e Viaturas do Exército. O Museu está aberto de terça-feira a domingo, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.

16 de dezembro de 2015


COMO IR

era obrigada a albergar pessoas e animais e os locais públicos eram adaptados a enfermarias e armazéns. Para imaginar a vida bélica de outros tempos, em que o som pesado das botas dos soldados era o mais ouvido, basta passear pelas ruas de Elvas. Pequenos quartéis existiram e existem um pouco por toda a cidade, porventura os mais importantes serão o Quartel do Casarão e o de São Domingos que hoje albergam o Museu Militar de Elvas [ver caixa]. Dizia-se naqueles tempos que os pequenos quartéis que acolhiam mais coisa menos coisa como 15 soldados tinham na verdade espaço para apenas cinco. E são estes que hoje em dia se encontram com flores nos parapeitos e cortinado bonito na janela, pois são moradias particulares, onde, eventualmente, vivem efetivamente cinco pessoas. Digo e repito, a herança bélica da Cidade-Quartel está presente em toda ela, basta observar com um olho atento. Um dos bonitos edifícios desta mesma herança é o Trem, com a sua fachada pintada de um quente amarelo. O que é hoje a Escola Superior Agrária foi no passado o local onde era armazenado e fabricado grande parte dos apetrechos e munições militares. Esta é uma das pontas da muralha abaluartada que envolve a cidade, ou seja, um dos baluartes. A partir daqui, o que fiz com prazer foi percorrer os altos e baixos de Elvas, delineando com as minhas passadas as 12 pontas da estrela em que se desenha.

Para chegar a Elvas desde Lisboa o percurso de carro é simples e relativamente rápido, cerca de duas horas, basta seguir pela A2 e A6 até à saída para a N4, com direção a Elvas Oeste. Com partida do Porto o trajeto dura cerca de 3 horas e meia, descendo pela A1 necessita apanhar, sucessivamente, a A13 em direção a Lousã/Tomar, a IC8 e a IP2 em direção a Portalegre/N359/Nisa, até convergir com a N246 até Elvas.

ONDE FICAR

SL Hotel Santa Luzia – Elvas HHHH Avenida de Badajoz – Edifício Pousada de Santa Luzia | Desde 65€ Hotel São João de Deus HHHH Largo São João de Deus nº1 | Desde 50€ Varchotel HHH Estrada Nacional 4 Varche | Desde 45€

ONDE COMER

Restaurante Adega Nacional – Rua João de Casqueiro, nº22-B Horário: todos os dias menos à terça-feira, das 12h00 às 23h00 Gastronomia típica alentejana Pompílio – Rua de Elvas nº96 Horário: todos os dias menos à terça-feira, das 18h00 às 00h00 Gastronomia típica alentejana Taberna do Adro – Largo João Deus nº1 Horário: de quinta a terça-feira, das 12h00 às 00h00 Gastronomia típica alentejana

FORTE DA GRAÇA O Forte da Graça é um edifício “novinho em folha” com mais de 200 anos, que é como quem diz, uma belíssima fortificação do século XVIII que foi agora mesmo recuperada e a principal razão da minha visita a Elvas. Dizem os locais que esta é a joia de Elvas, para mim será a estrela. E digo isto porque melhor que qualquer uma das outras fortificações abaluartadas esta é uma estrela. Encontra-se no topo do monte mais alto desta zona, com cerca de 59 metros de altitude. Isto implica que, mesmo tendo sido o cume alisado de modo a construir o Forte, seja a melhor varanda sobre a cidade. Mesmo que nada de interesse lá existisse a visita vale a pena pelo cartão de memória cheio de fotografias lindas que trará consigo. Felizmente este não é o caso e coisas de interesse é o que por lá não falta. O Forte da Graça é uma verdadeira obraprima da arquitetura, está envolto por um fosso seco e a entrada faz-se pela Porta do Dragão, nome com razão de ser devido ao dragão de cimento que a encima. O interior é, tal como se esperava, um labirinto de salas bem pensado para maximizar a eficiência do edifício militar. O espaço visitável consiste no Reduto Central, ou seja, a parte que se encontra no centro da estrela. Quando entro vejo que algumas paredes têm pintadas regras do código de conduta militar. As figuras, com um quê de caricatura, eram a forma de incrementar nas mentes do soldados estas regras, sabendo que muitos deles não sabiam ler e de outra forma a mensagem não passaria. Vou passando de sala a sala e absorvendo a beleza do engenho com que tudo isto foi crescendo. Na Sala de Reuniões percebe-se uma noção de acústica bem apurada, 16 de dezembro de 2015

com um verdadeiro microfone do século XVIII. Na sala redonda de teto abobadado qualquer suspiro se ouvia e qualquer motim era prontamente detetado. No decorrer da visita guiada vão-me explicando o porquê do uso de determinados materiais e para que serviram as salas por onde passamos em tempos que já passaram. O Forte teve várias utilidades ao longo dos anos. Conhecemos salas do tempo em que era conhecido como “Forte da Desgraça”, quando foi transformado em prisão política no regime do Estado Novo. Exploramos, no segundo piso, o que foi em tempos um hospital militar. Visitamos a capela, totalmente recuperada com frescos e motivos em relevo a decorar as suas paredes. O Reduto Central tem sete pisos e é no superior onde se encontra a Casa do Governador, o lugar mais encantador do Forte. Antes de subir oiço um “cuidado com as escadas!”, pois há pormenores impossíveis de recuperar mantendo a

essência do edifício e as escadas são um deles. Com o corpo de lado e atentamente colocando cada pé no degrau seguinte chego ao topo e vejo um terraço que envolve toda a Casa do Governador e proporciona as mais fantásticas vistas sobre Elvas, Badajoz e até onde a vista alcança.

FORTE DE SANTA LUZIA O Forte de Santa Luzia, do outro lado do Centro Histórico de Elvas, em relação ao Forte da Graça, é a outra estrela da Cidade-Quartel. Tal como o Forte da Graça para onde quer que olhemos no seu interior, ou para as paredes angulares que o rodeiam, não podemos deixar de apreciar a precisão matemática com que foi pensado e desenhado. Segundo se sabe foi desenhado e redesenhado várias vezes, por várias pessoas, juntando a mestria de várias cabeças numa construção que evidencia a clareza lógica. Contudo, não se pode

dizer que as visitas aos dois fortes sejam semelhantes. Enquanto o Forte da Graça está retornado à glória do que uma vez foi, o de Santa Luzia mantém-se fiel às suas origens. É uma ruína mas uma bonita ruína que hoje alberga um Museu Militar, com testemunhos da praça de guerra que foi Elvas. Ao longo das antigas casamatas desenrola-se a exposição de carácter didático. É todo um guião histórico que explica, por ordem cronológica, a sucessão de acontecimentos que por Elvas passaram. No exterior podemos admirar os baluartes tal como eram em séculos passados, com peças de artilharia como tinha na época, como os canhões nas canhoeiras. O Forte de Santa Luzia foi o final perfeito para a minha visita histórica e militar a Elvas. Foi perceber uma pequena fração do nosso passado e ao mesmo tempo aperceber-me que também em tempos de guerra havia beleza, e que a intricada arquitetura e composição de Elvas é deveras digna de visita.>

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> curtas

D E S D E

57€

QUARTO DUPLO STANDARD

MON TE FILIPEH HOTEL & SPA 4 INCLUI:

A NOITE ESTADIA DE UM ÇO E PEQUENO-ALMO

GASTRONOMIA DE DELEITE Nem só com queijo de ovelha nos deliciamos em Nisa. Para além das iguarias caracteristicamente alentejanas, como Maranhos, Pezinhos de Tomatada, Sopa de Peixe do Rio ou de Cachola e Sarapatel, há também os enchidos e os doces, como Cavacas Esquecidos, Nisas, Barquinhos, Tigeladas, Borrachões e Rebuçados de ovos.

COMO IR

De Lisboa: Tome a A1 até à saída de Torres Novas, para entrar na A23. Saída para Portalegre, tomando a IP2 e posteriormente a N364 para Nisa. Do Porto: Siga pela A1 até à saída para a A13, na convergência com o IC8. Entre na A23 rumo a Vila Velha de Ródão e depois siga pela N18 para Nisa.

Nisa

TERRA DE SOL, PEDRA E ÁGUA Nisa é o Alto Alentejo rico em património histórico, gastronomia e artesanato. É a reunião do melhor que a nossa História e tradição encerram, numa vila entroncada entre as Beiras, o Ribatejo, o Alentejo e a Extremadura Espanhola. É o meio caminho entre as nossas raízes que perpetuam no barro, nos bordados e nos saborosos queijos de ovelha que levam o nome de Nisa além mar.

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Alentejo, mas facilmente se confunde com as Beiras pela toponímia. São as casas caiadas debruadas a amarelo que não enganam. Aqui imperam a paz, a calma e o sossego alentejanos e as faixas coloridas que acompanham os edifícios dão alegria à vila. Delimitada pelos rios Tejo e Sever e com Castelo de Vide e Gavião por perto, chegar à vila começa com uma viagem no tempo, ao iniciar a descoberta pela sua zona medieval, atravessando uma das portas das muralhas que outrora eram serventia do castelo. Aqui é fascinante olhar para as casas baixas, formando um emaranhado labiríntico por ruas estreitas, como se fizéssemos parte de um puzzle a três dimensões. Numa dessas ruas, de casas brancas e amarelas, e algumas a azul, um grupo de jovens divide-se entre escadotes, trinchas, vassouras e esfregonas, naquela que penso ter sido a casa de avós e que será refúgio para futuras recordações que se sonham boas. Passo a passo a caminho do centro, chego à Praça da República que é também o centro cultural da vila, graças ao cineteatro e suas escolas de música, teatro e dança, e a biblioteca municipal, onde habitualmente são organizados diversos encontros e exposições. Por esta altura do ano, o jardim da Praça recebe o presépio, e as casas, bem como a igreja, desfraldam o “Nosso Menino” nas janelas, dando à vila apontamentos de encarnado rubro. O seu centro, apesar de modernizado, ainda se faz acompanhar por um coreto e pelos edifícios que são realmente a alma da vila, com arquiteturas que por si

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Texto: Sara Cunha Ferreira

mostram a evolução que se vê perfeitamente, por exemplo, no Largo António Granja, com uma porta de estrutura medieval a servir de canto, o que dá um charme único à vila. Depois de conhecer a vila, há que fazermo-nos à estrada para um mergulho pelas proximidades, onde existem numerosos e importantes vestígios da presença romana e da arte rupestre, de que se destaca o complexo megalítico de S. Gens.

PASSEIOS PELO INTERIOR Junto às ruínas daquela que foi a antiga Nisa, a cerca de três quilómetros da atual, visitámos a capela de Nossa Senhora dos Prazeres e a ponte medieval sobre a Ribeira de Figueiró, para depois partir em direção a Amieira do Tejo, uma das doze vilas da Ordem de Malta. Aqui o ponto de maior interesse é, indubitavelmente, o seu castelo medieval, hoje monumento nacional. Uma vez lá chegados, as fotografias fazem fila através das quatro torres amuralhadas, para a posteridade da panorâmica sobre o vale do Tejo que o edifício proporciona. Mas passeando pela natureza do concelho, não vão faltar testemunhos dos outros tempos, daqueles em que para nós não há memória. A acompanhar as ribeiras, encontramos as antas megalíticas, as pontes, os caminhos de sirga e os muros apiários de xisto, numa terra que também tem a sua importância na pedra que transversalmente cortou os tempos pelas diversas civilizações que por aqui se instalaram. Das antas à arte rupestre, muita dela já escondida pelas águas da albufeira

do Fratel, a pedra é ainda rainha até na construção das casas que hoje perdura. É terra de pedra, mas também de sol, não fosse Alentejo, e de água que ganha vida pelas margens do Tejo que a acompanha e pelo reconhecido complexo das Termas da Fadagosa, a 11Km de Nisa. As suas águas de carácter sulfuroso são utilizadas há mais de duzentos anos no tratamento de doenças reumáticas e respiratórias. E já que está em passeio, aproveite para “espreitar” a Vila de Alpalhão, para descobrir as abundantes marcas judaicas nas ombreiras

MÃOS FADADAS

Nisa é também famosa pelo seu artesanato. São daqui as lindíssimas e intrincadas Rendas de Bilros, que se transformam em xailes e cachecóis, os cobertores bordados a feltro e as saias de camilha, os alinhavados e frioleiras. São no fundo testemunhos do passado que felizmente ainda hoje encontram mãos para lhes dar

ONDE FICAR

Casa Chão do Prior (Desde 60€ por quarto/ noite) Rua de Palhais 12, Amieira do Tejo Residencial Casa das Colunas (Desde 40€ por casal/noite) Praça da República 117, Nisa

ONDE COMER

As Três Marias Praça da República 6, Nisa Cozinha tradicional alentejana Taverna da Vila Largo Doutor António J. Almeida 2, Nisa Especialidade: Peixe do rio e outras iguarias alentejanas Tapada das Safras Rua de São Pedro 10, Alpalhão Cozinha tradicional portuguesa

das portas, por Montalvão e seus vestígios arqueológicos, e por Salavessa, onde sobressaem as casas de rodapés coloridos e chaminés gigantescas. > corpo, oferecendo a Nisa o estatuto não só de centro de excelência do artesanato alentejano, como também do país. Para além do magnífico trabalho dos bordados, há também a olaria, nos seus barros vermelhos, com as típicas cantarinhas e bilhas decoradas com pequenas pedras brancas com motivos florais. Para uma incursão sobre toda a arte nisense, nada como visitar o Museu do Bordado e do Barro que revisita estas peças ao longo dos tempos, de forma simples, pedagógica e criativa. O Museu está munido de aplicações multimédia e interativas muito sugestivas, para conhecer a história, as técnicas e o património destas artes tradicionais. 
 Museu do Bordado e do Barro Largo da Cadeia Nova Horário: Terça a domingo das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 Encerra dia 25 de dezembro e 1 de janeiro Entrada gratuita

16 de dezembro de 2015


> por cá

Enoturismo VIAJAR COM O VINHO Uma forte vertente turística ligada ao nosso país tem a ver com o vinho, as experiências que envolvem este néctar dos deuses e aprazem tanto a locais quanto a estrangeiros. Assim sendo, viaje cá dentro e venha conhecer o enoturismo na Região Centro de Portugal. Texto: Sofia Soares Carraca

T

odo o Portugal é demarcado por regiões vitivinícolas. Desde pequeninos conhecemos o cheiro a mosto e faz parte de nós a paisagem vinhateira, com vastos vinhedos em planícies, planaltos, serras e socalcos. Não só isto como também está intimamente ligado à nossa gastronomia e costumes e até à nossa arte. O vinho faz parte de Portugal e dos portugueses. Nesta altura do ano, em que o frio aperta, as alternativas à praia tornam-se mais apetecíveis. Viramo-nos para o interior do país em busca de serenidade e aconchego. E nada acompanha melhor tardes no campo, em frente à lareira, que um bom copo de vinho. E se pudesse aliar estes momentos de repouso com o conhecer da história e estórias de um traço tão nosso como o vinho? Para isto existe o enoturismo que exalta tudo ao que a isto diz respeito. São locais que dedicam a sua existência à vida deste produto e às vidas de quem a ele está ligado. Locais que despertam os diferentes sentidos, com vivências plenas que se marcam na memória. Todos com uma óbvia base comum mas também com particularidades que os distinguem uns dos outros e os tornam sítios de visita obrigatória. É lógico que uma experiência profundamente relacionada com o vinho não será de grosso modo aliciante a quem este não aprecia. Porém não tema, os tempos lá passados são singulares e agradáveis para todos. Os cheiros, as vistas e as vivências são transversais ao comum dos mortais, nestes 16 de dezembro de 2015

sítios abençoados pelo Deus Baco. O enoturismo é o pretexto ideal para passar momentos de tranquilidade com a sua companhia predileta, em envolventes perfeitas. As adegas e caves de vinho estão muitas vezes associadas a algum tipo de alojamento, em quintas charmosas que lhe permitem conhecer um outro lado de Portugal. É um tipo de turismo que preza

a natureza e o lado leve da vida, a sua vertente boémia. Dito isto, e reforçando a ideia de que vinho (e bom vinho) existe por todo o território nacional, vamo-nos centrar somente numa região, a medo de ocupar todo o jornal com esta peça. A Região do Centro de Portugal, limitada pelo Porto a norte e pelo Alentejo e Lisboa a sul, engloba três sub-regiões com

rico historial vinícola, de seu nome Dão, Bairrada e Beira Interior. É perder-se pelas estradas encantadas do Centro de Portugal, explorar localidades arrebatadoras por entre vistas de cortar a respiração. É provar, saborear e brindar!

FRESCURA DO VINHO DE ALTITUDE Na região vínica de denominação de origem controlada da Beira Interior as vinhas são cultivadas entre os 400 e os 700 metros de altitude, o que já de si lhes confere uma beleza ímpar. É curioso perceber como resistem nestas montanhas de clima agreste e totalmente díspar no verão e no inverno. Porém sobrevivem e é esse mesmo clima e condições naturais que atribuem à uva e futuramente aos vinhos uma frescura difícil de igualar. Esta é, possivelmente, uma das regiões vitivinícolas menos conhecidas de Portugal, mas não por isso de menor importância. A produção de vinhos de qualidade por estas terras tem vindo a aumentar. E, nesta paisagem dominada pelas serras da Estrela, Marofa e Malcata, começam a surgir unidades de enoturismo de alto interesse. Aliás, esta é zona que produz vinhos complexos e aromáticos desde tempos ancestrais, com referências várias na História de Portugal, bem como protagonistas em lendas. Aqui respira-se história, emoldurada por serras e rios que alegram os dias entre provas de vinhos e visitas a adegas. E para realizar estas mesmas atividades

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> por cá

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não há melhor local que a Quinta dos Termos, de costas viradas com a Serra da Estrela, em Belmonte. Agora que os solos e telhados da quinta se começam a encher de neve a visita é agradável, senão até mais apetecível. A Beira Interior é rica em sabores, uma das suas partes é famosa pelas deliciosas cerejas que lá nascem, mas também pelo vinho. O Fundão está carregado de história, tendo sido uma zona francamente próspera em séculos passados. Na primavera é imprescindível a rota das cerejeiras em flor, partindo de Alcongosta, e noutras épocas, para além do seu vasto património edificado, existe a Adega Cooperativa do Fundão, a funcionar há mais de meio século. É na sua adega que são produzidas imensas quantidades de vinhos, dos seus mais de 1.000 associados. Nesta zona cheia de história nada melhor que ficar em sítios que também dela transbordam. Turismo rural não falta por estas bandas e uma boa escolha será a Casa do Cimo, a cerca de dez minutos de carro da Adega Cooperativa do Fundão. A nobre casa foi construída em 1576 e conta história e estórias de ilustres de outros tempos, características visíveis no seu interior.

vinhas e adega e provas de vinhos. Pois que ‘indo eu, indo eu a caminho de Viseu’ muito há para ver e conhecer. Em Penalva do Castelo existe a fantástica Quinta da Boavista, uma antiga casa senhorial por entre uma bela paisagem. Vive de uma filosofia ligada ao vinho, vinda de há longos anos. Há visitas guiadas às instalações e às vinhas, provas dos vinhos e até cursos de vinhos para os mais interessados. E, passada uma manhã embrenhada no aroma doce da uva e do vinho, brinda-nos com a hipótese de conhecer os vastos terrenos da quinta, montados em um dos elegantes cavalos lá criados, ou relaxar no azul da piscina entre o verde da relva e, mais tarde, repousar em

um dos seus quartos. Também em Penalva do Castelo existe uma experiência de enoturismo um tanto diferente. Com o charme intrínseco desta zona rural a Casa da Ínsua é um hotel de cinco estrelas com todas as mordomias e mais alguma. É um local de descanso francamente especial com a tradição do vinho bem viva. Dá, obviamente, a oportunidade de conhecer a sua vinha e de provar os seus vinhos. Contudo, nesta fantástica propriedade produz-se ainda azeite, queijo e compotas e assim sendo a verdadeira pérola das atividades que dispõe é a degustação de produtos regionais, com o vinho sempre a acompanhar.

GENEROSA NATUREZA DO DÃO Nas margens do Rio Dão, emolduradas e protegidas pelas serras do Buçaco, Caramulo, Montemuro e Estrela, encontramse belas extensões de vinha. É esta a casa da Touriga Nacional, uma casta cheia de personalidade e elegância e de inimitável coloração rubi. Aqui fazem-se vinhos desde tempos em que esta arte era liderada pelo clero. Assim, boa maneira de conhecer a sua história é no antigo Paço Episcopal do Fontelo, o agora Solar do Vinho Dão, em Viseu. O paço começou a ser edificado em 1399 e hoje alberga a instalação da Comissão Vitivinícola Regional do Dão, com visitas às

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Se de passagem por estas terras não deixe também de visitar a Casa de Santar, em Santar. Se este nome lhe é familiar é devido aos deliciosos vinhos homólogos que lá nascem. A casa é rodeada por lindíssimos jardins e fronteada por um pequeno labirinto de sebes e flores. O solar caiado a branco é marcado pelas molduras de azulejo nas janelas e portas. Neste local as provas são feitas numa varanda, num ambiente romântico e exclusivo. Degustam-se vinhos que marcam épocas e aprendem-se histórias desses tempos. Ao longe veem-se pinheiros e soutos verdejantes e as vinhas, e um ocasional veado a passear entre elas. A poucos metros de distância encontra-se o Paço dos Cunhas de Santar, nesta localidade repleta de história e imersa na tranquilidade, características que transparecem nestes edifícios. Um renascentista e outro moderno complementam-se na perfeição. Apresentam Wine Bar e restaurante, juntando o melhor de dois mundos.

LEVEZA DO ESPUMANTE Deslizando um pouco pelo mapa de Portugal Continental chegamos à Bairrada, zona de clima propício à criação de um tesouro nacional de seu nome Vinho Espumante. 16 de dezembro de 2015

Foi aqui que o primeiro destes vinhos foi criado no nosso país, em 1890, que na sua variedade Bruto é o acompanhamento ideal para o igualmente famoso leitão assado. Para se embrenhar na história destes néctares, e como perfeito ponto de partida à rota enoturística da Bairrada, nada melhor que começar no Museu do Vinho da Bairrada, em Anadia. Este é o maior museu dedicado ao vinho existente em Portugal, com destaque para equipamento utilizado pelos pioneiros na produção do Espumante. Há ainda uma das maiores coleções de saca-rolhas, a nível mundial, exposições de arte contemporânea e uma biblioteca com acesso a dezenas de livros que nos instruem na arte do vinho. Esta é região onde, no que diz respeito ao vinho, tudo se encontra. Há quintas e adegas tradicionais e construções modernas, desenhadas por arquitetos de renome. Em ambos se vive a experiência do vinho. O Aliança Underground Museum, também em Anadia, é “novo em folha”, resultado da integração da Aliança Vinhos de Portugal no Grupo Bacalhôa. O espaço apresenta uma coleção que une a arte ao vinho, com peças do colecionador José Berardo. Sob o mote “Arte, Vinho e Paixão” expõe peças arqueológicas, azulejos, minerais e tanto mais, nas galerias

subterrâneas da empresa. Tais objetos são intercalados por corredores e salas de vinhos e vinhos espumantes. Mais que isto há provas, visita às vinhas e jogos que andam à volta deste líquido. Mas o mais contemporâneo que por aqui há é a nova adega da Quinta do Encontro, uma perfeita harmonia entre a vinha e a arquitetura, em São Lourenço do Bairro. Uma adega de design, da autoria de Pedro Mateus, perita em transmitir uma experiência sensorial única. As provas vão para além do sabor, apelando fortemente ao olfato e embalando o ouvido com música propositadamente selecionada para a ocasião. O edifício assemelha a forma de um barril, apoiando-se em linhas que lembram também a vinha. É portanto um barril gigante ao centro de vinhas e vegetação, nesta quinta que se chama de encontro pois era local de encontro entre duas procissões distintas. Possui ainda um restaurante, com gastronomia de inspiração mediterrânica perfeita para “fazer a cama” para os vinhos que aqui se degustam. Indo em retrocesso, do moderno para o antigo, uma das visitas obrigatórias nesta Rota da Bairrada são as Caves do Solar de São Domingos. As provas e visitas são particulares pela beleza das caves, das

diversas galerias escavadas na rocha com largos milhares de garrafas de espumantes, vinhos e quartolas que guardam futuras aguardentes vínicas. É de referir que o vinho Lopo de Freitas DO Bairrada Branco 2010 das Caves do Solar de São Domingos é vencedor da Grande Medalha de Ouro, do Concurso de Espumantes da Bairrada em 2015. E como visitar só de passagem muitas vezes não é suficiente, deixando vontade para algo mais, existe a Casa da Mogofores em Anadia, turismo de habitação numa casa com muita história. É um palacete luxuoso, ideal para uns dias em família longe de casa. A casa tem estreita relação com a Quinta de São Mateus, da família Campolargo. É de facto um negócio familiar o dos Campolargo mas não por isso menos digno ou requintado. É a família que abre as portas da adega, a cerca de dez minutos a pé da Casa de Mogofores, para visitas e provas e dá acesso às vinhas e ao bosque de pinheiros para passeios.

A UVA DO TEJO

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Cada vez mais são apreciados e renomados os vinhos do Tejo. São terras de riquíssimo património edificado, como é o caso do

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> por cá

INFORMAÇÕES ÚTEIS QUINTA DOS TERMOS Quinta dos Termos, Carvalhal Formoso Inguias, Belmonte Tel.: 275 471 070 Horário de funcionamento: Segunda-feira a sábado das 9h00 às 18h00

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Convento de Cristo em Tomar ou o Castelo de Almourol em Vila Nova da Barquinha, e de importantes tradições vincadas, como a dos touros e dos cavalos. Terras que embaladas pelo Tejo produzem, às suas margens, vinhos empolgantes. A história do vinho nesta região vitivinícola é proveniente de há largos séculos, estando intimamente ligada à História do próprio país. E, para a conhecer, há diversos locais relevantes a visitar. É precisamente por Tomar que se desenrola o início do percurso de adegas a conhecer. É praticamente impossível pensar em Tomar sem efetuar uma imediata viagem mental ao Convento de Cristo e, logicamente, à Ordem de Cristo. A vinha do Casal das Freiras localiza-se em terrenos que outrora pertenceram a esta ordem religiosa. A Quinta Casal das Freiras tem uma tradição vitivinícola secular, daí a importância atribuída à visita às suas vinhas e adegas, que poderão terminar agradavelmente numa prova de vinhos. A quinta em si é encantadora possuindo, para além dos 16 hectares de vinha, searas, um olival e uma verdejante floresta por onde poderá caminhar. Já a Casa Agrícola Solar dos Loendros está não só repleta de história e história do vinho

ADEGA COOPERATIVA DO FUNDÃO Rua Cidade da Covilhã Fundão Tel.: 275 752 275 Horário de funcionamento: Segunda-feira a sexta-feira das 8h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h30

como é resultado de práticas passadas de pai para filho, numa lógica de sucessão familiar. É neste ambiente familiar que pode conhecer vinhas e caves, intercalados com provas de vinhos e possível compra dos néctares degustados, na loja do Solar. Este é realmente terra de tradições familiares, facto bem visível na Encosta do Sobral. Empresa que, nas mãos da mesma família há várias gerações, proporciona visitas contextualizadas às suas vinhas e adega, onde é explicado todo o processo de produção, desde a vindima até ao dito vinho. Saindo de Tomar, em direção à Vila de Tramagal, encontramos a Quinta do Casal da Coelheira. Aqui também se fazem as tradicionais visitas às vinhas e adega, numa quinta que alia na perfeição o tradicional ao inovador, indo mais além do que é típico. As horas são bem passadas neste local dono de vistas deslumbrantes. Há diversas culturas arvenses e um pinhal, por onde passeiam animais especiais, de perdizes a patos bravos, passando por javalis e obviamente coelhos, a espécie que deu nome à quinta. Não deixe de “mergulhar” na cultura e tradições destas terras, degustar a sua riquíssima gastronomia e brindar com e ao seu vinho! >

DELÍCIAS GASTRONÓMICAS

Cada região se orgulha dos vinhos únicos que lá tomam vida, como fazendo parte delas. Mas não poderíamos falar de tais zonas sem referir a sua gastronomia, que resulta em experiências gustativas sui generis. A Região do Centro de Portugal é rica em queijos (viva o Queijo Serra!), cerejas, enchidos, maçãs e doces de ovos-moles. Mas em cada uma das suas partes há pratos que são reis. Na Bairrada

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é, obviamente, o Leitão da Bairrada, mas também o pão da Mealhada e o doce Barriga de Freira da Anadia. A Panela no Forno faz as delícias na Beira Interior, com os seus famosíssimos enchidos. Para zonas do Dão há a vitela assada à moda de Lafões. E em terras do Tejo há a Sopa da Pedra, elevada ao expoente máximo em Almeirim, sem esquecer o doce “Beija-me Depressa” com ovos-moles, típico de Tomar.

CASA DO CIMO Aldeia Nova do Cabo Fundão Tel.: 275 771 431 SOLAR DO VINHO DÃO Rua Dr. Aristides Sousa Mendes Fontelo, Viseu Tel.: 232 410 060 QUINTA DA BOAVISTA Castelo de Penalva Penalva do Castelo Tel.: 919 858 340 Atividades: Todos os dias das 09h00 às 19h00 Agendamento prévio para grupos CASA DA ÍNSUA Urbanização Quinta do Bosque Viseu Tel.: 232 642 222 Atividades: Agendamento prévio para grupos CASA DE SANTAR Santar Nelas, Viseu Tel.: 232 941 000 Visitas Guiadas: Terça-feira a sábado das 11h00 às 15h00 Loja Gourmet: Terça-feira a sábado das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00 PAÇO DOS CUNHAS DE SANTAR Santar Nelas, Viseu Tel.: 232 945 452 Atividades e Restaurante: Terça a quinta-feira das 10h0 às 18h30 Sexta-feira e sábado das 10h00 às 22h00 Domingo das 10h00 às 18h00 MUSEU DO VINHO DA BAIRRADA Avenida Eng. Tavares da Silva Anadia Tel.: 231 519 780 Horário de funcionamento: Terça a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 Sábado e domingo das 11h00 às 19h00 ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM Rua Comércio, 444 Sangalhos, Anadia Tel.: 234 732 045

Visitas guiadas: Todos os dias às 10h00, 11h30, 14h30 e 16h00 Entradas a 3€ por pessoa Requer marcação prévia QUINTA DO ENCONTRO Rua de São Lourencinho São Lourenço do Bairro, Anadia Tel.: 231 527 155 Horário de funcionamento e restaurante: Terça-feira a sábado das 10h00 às 22h00 Domingo das 10h00 às 18h00 Visitas guiadas: Terça-feira a domingo às 11h30, 15h30 e 18h30 (exceptuando ao domingo) Aconselha-se a marcação prévia CAVES DO SOLAR DE SÃO DOMINGOS Rua Elpídio Martins Semedo, 42 Ferreiros, Anadia Tel.: 231 519 680 Atividades: Segunda a sexta-feira das 11h00 às 15h00 Agendamento prévio para grupos CAMPOLARGO Quinta de São Mateus São Lourenço do Bairro, Anadia Tel.: 231 519 000 Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 Agendamento prévio para grupos (também possível para fins de semana) CASA DE MOGOFORES Rua Nossa Senhora Auxiliadora, 12 Mogofores, Anadia Tel.: 231 512 448 QUINTA CASAL DAS FREIRAS Carvalhal Grande, Tomar Tel.: 249 345 591 Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira das 11h00 às 18h00 Sábado e domingo com marcação prévia SOLAR DOS LOENDROS Rua de Tomar, 12 e 13 Marmeleiro Madalena, Tomar Tel.: 243 345 839 Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00 Agendamento prévio ENCOSTA DO SOBRAL Outeiro – Serra, Tomar Tel.: 213 851 880 Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira das 10h00 às 13h00 e das 15h00 às 19h00 Agendamento prévio CASAL DA COELHEIRA Centro Agrícola de Tramagal Estrada Nacional 118, Tramagal Tel.: 241 897 219 Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30 Sábado das 09h00 às 12h30 16 de dezembro de 2015


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> festividades

Atrações de Natal APROVEITAR O MELHOR DA QUADRA CÁ DENTRO

Muitas são as famílias que aproveitam as férias da quadra natalícia para passear por Portugal ou regressar ao seu local de origem. Na verdade são várias as atrações de Natal que se encontram por esse país fora e por onde pode aproveitar o espírito da época. Segue aqui um pequeno apanhado do que pode encontrar. Texto: Sofia Soares Carraca

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esde árvores de Natal gigantes a algumas que cresceram dos mais diversos materiais, passando por presépios vivos ou outros de dimensões imensas, sem esquecer mercados, feiras e todo o tipo de chamarizes. As cidades, vilas e aldeias de Portugal engalanam-se para a época festiva e orgulham-se das suas decorações que pretendem não só alegrar o espírito dos locais, como também atrair aqueles que por lá passam. Viaje pelo nosso país e encha as vistas com as beldades natalícias que o enfeitam de norte a sul, e ilhas!

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO A Aldeia de Natal ilumina a época festiva no sul de Portugal. A Praça Marquês de Pombal transforma-se num centro de atividades natalícias, onde não falta a Casa do Pai Natal, uma feira, o maior escorrega insuflável de Portugal e uma árvore de Natal gigante. Está aberta todos os dias das 10h00 às 19h00, com entrada gratuita, e visa ainda uma série de ateliês, espetáculos de música e de dança.

LISBOA

ALCOBAÇA

LEIRIA

SANTA MARIA DA FEIRA A Vila de São Paio de Oleiros orgulha-se em ser detentora do recorde Guiness para maior presépio mecânico do mundo. O Presépio Cavalinho, nome da marca que lhe dá vida, não figura somente personagens típicas da quadra, mas também réplicas do Papa Francisco, António Oliveira Salazar e Amália Rodrigues, bem como um circuito mecânico da Volta a Portugal em Bicicleta e uma pista de comboio. São mais de oito mil peças em mais de 4.000m².

VILA NOVA DE CERVEIRA Nesta terra minhota as decorações de Natal fazem-se com madeira reciclada. O Centro Histórico da vila contou com a destreza dos carpinteiros da Câmara Municipal para mostrar figuras alusivas à quadra, apostando na preservação ambiental. Encontram-se Pais Natal, bonecos de neve, renas e árvores de Natal pelas ruas, em conjunto com a típica iluminação natalícia.

FUNCHAL

SÃO MIGUEL

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A capital portuguesa conta com um presépio interativo, na Avenida da Liberdade junto à Estátua dos Combatentes. É uma única peça com mais de dez metros de altura, que reinterpreta um presépio tradicional. É uma instalação que se transforma em performance, em que os espectadores podem também fazer parte da cena.

Encontra-se uma árvore de Natal a flutuar sobre as águas da baía da Vila de São Martinho do Porto. A peculiar árvore tem mais de 20 metros de altura, e ondula levemente com a agitação das águas, onde também reflete a sua luz verde. Esta é então a primeira localidade europeia a possuir uma árvore de Natal flutuante, à semelhança da maior do mundo deste tipo que brilha no Brasil.

Até dia 6 de janeiro pode ver a maior árvore de Natal construída em paletes no Largo do Papa Paulo VI, em Leiria. A obra é candidata ao recorde Guiness como a maior árvore de Natal alguma vez construída em Europaletes. Tem onze metros de altura e 9,60 de diâmetro, erguendo-se em 75 camadas de paletes. Uma árvore inovadora com um intuito de partilha sustentável.

Um dos mais emblemáticos presépios dos Açores nasce na Caldeira das Furnas. São mais de 500 figuras e 4.000 lâmpadas que compõem este presépio envolto numa aura mística, concedida pelo vapor das furnas. Este é o único presépio do mundo exposto sob fenómenos de vulcanismo ativo. É já um habitué da ilha, com a sua primeira construção a ocorrer em 1976.

o Porto apresenta uma peculiar tradição de Natal. São nove baloiços encimados por nove fortes palavras que servem para parar, sentar, baloiçar e sonhar. Na Praça Carlos Alberto encontra Porto, Amor, Festa e Família e na Rua de Cedofeita há Natal, Sonho, Abraço, Paz e Magia.

PORTO Para além das luzes e um sem fim de programas natalícios que envolvem música, teatro e dança, bem como pistas de gelo,

É junto ao Casino Park, cortesia do Pestana Hotel Group, que se ergue em 25 metros uma gigante árvore de Natal. A Pestana Xmas Tree contempla ainda uma vertente interativa em que os visitantes podem passear pelo seu interior e partilhar a experiência numa árvore com wi-fi gratuito. A decoração da enorme árvore é inspirada no Bordado Madeira e convida também a deixar uma mensagem de Natal nos cartões Pestana Xmas Tree.

REGUENGOS DE MONSARAZ Durante as semanas de Natal pode encontrar nas ruas da Vila Medieval de Monsaraz 46 figuras em tamanho real. Pela mão da escultora Teresa Martins, em ferro, rede e cerâmica, nascem as personagens típicas desta quadra e da vida na vila, no antigamente. É um verdadeiro presépio de rua, que pode ver até ao dia 9 de janeiro de 2016.> 16 de dezembro de 2015


Réveillon bem regado AS MELHORES BEBIDAS PARA A PASSAGEM DE ANO Faz-se a contagem decrescente do 10 ao 0 e quando tocam as doze badaladas é o “feliz ano novo!” acompanhado de um “tchin tchin” com um bom espumante nacional, um champanhe fresquinho ou ainda uma qualquer outra bebida. Afinal, quais são os néctares que marcam a passagem de ano?

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esmo para quem não é apreciador é imprescindível o brinde à meia-noite com família, ou amigos que são família, para assinalar a chegada de um novo ano. E já diziam os antepassados, com água não se brinda! É certo que tal não passa de uma superstição mas nesta noite especial, que simboliza o fim e o início em simultâneo, pede uma boa “pomada” para festejar. Os néctares que enchem os copos em véspera de ano novo variam consoante gostos pessoais, tradições de família e até do sítio onde escolhe estar no virar do ano. Contudo, há bebidas incontornáveis no réveillon, e o líquido fresco, de cor pálida e com borbulhas a subir pelas paredes do copo é um deles. Onde quer que vá no último dia do ano é praticamente certo que irá encontrar espumante e/ou champanhe. Caso vá celebrar o ano novo a casa de terceiros não olvide que é um bonito gesto presentear os anfitriões com uma bela garrafa. Se está completamente perdido no que diz respeito a estes néctares festivos aproveite os nossos conselhos, que se seguem. A noite de passagem de ano é singular, algo glamorosa e a transbordar requinte. Dito isto, há diversos cocktails simples que pode preparar e impressionar, com as bebidas de eleição: vinho espumante ou champanhe. Muito se fala em sangria e em ponche por estas datas e lembro que, para o resultado final ser delicioso e apetecível, é necessário um bom vinho, não descure na qualidade mesmo quando a bebida é “temperada”. Com um belíssimo Raposeira Velha Reserva Bruto pode preparar uma 16 de dezembro de 2015

refrescante sangria de espumante com frutos vermelhos. A uma garrafa de espumante é adicionar morangos, e ademais frutos vermelhos como amora ou framboesa, açúcar mascavado, paus de canela e muito gelo. Se quiser fortificá-la recorra a uns mililitros de vodka e alguma gasosa, porém, um vinho de tal qualidade disto não necessita. Quando falo em bons vinhos para efetuar cocktails não quero com isto dizer que deva, de certo modo, abafá-lo, mas sim exaltar o seu sabor com mais dois ou três ingredientes. Se tiver em mãos, e acredite que vale a pena, um Murganheira Czar Grand Cuvée Rosé Bruto bem geladinho pode simplesmente acrescentar-lhe um pouco de sumo de groselha e uma casca de limão. E se estivermos a falar de champanhe a escolha é muita, mas eleição acertada,

tendo em conta a dualidade preço qualidade, será Moët & Chandon. Com o elegante Moët Impérial tudo liga bem, mas o licor de tangerina adicionado ao champanhe gelado, e decorado com casca de laranja, é uma opção deliciosa. Pode também optar por algo mais refrescante, adicionando um pouco de sorvete de maracujá ou framboesa ao champanhe. O resultado é uma bebida de consistência singular, que se agarra às papilas gustativas numa dança prazerosa. Passada a meia-noite, e feita a festa e todos os brindes, é hora de acalmar e apreciar momentos de tranquilidade. Para o final da noite, seja ele a que hora for, a bebida de eleição será o whisky. E, convenhamos, que com este nem merece a pena “brincar”. Um bom whisky bebe-se só, ou com umas pedras de gelo ou pouca água. O final perfeito para o início festivo. Feliz ano novo!

Texto: Sofia Soares Carraca

RAPOSEIRA VELHA RESERVA BRUTO

O espumante bruto da Raposeira nasce das castas Chardonnay e Pinnot Noir, após um estágio mínimo de quatro anos. É um verdadeiro topo de gama de aroma e paladar frutado e cor rica. Sem dúvida, uma das melhores escolhas para a sua passagem de ano e muito em conta. Cerca de 9,50€ por 75cl

MURGANHEIRA CZAR GRAND CUVÉE ROSÉ BRUTO

É da Pinot Noir que surge este néctar rosado e vivo. Um espumante vinificado de excelência com vários prémios e louvores ganhos no seu reportório. Este é um vinho para todas as ocasiões, com aromas ligeiramente fumados e resinosos e cheio de personalidade. Cerca de 28€ por 75cl

MOËT IMPÉRIAL

Este é o champanhe mais icónico da casa Moët & Chandon, criado em 1869. Aproveita o melhor das castas Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay, no que resulta num champanhe cheio de estilo, intenso, de palato sedutor e elegantemente maduro. Cerca de 34€ por 75cl

CARDHU 12 ANOS

O típico whisky escocês de malte de cor dourada de mel, cheio e encorpado. Depois de amadurecer ao longo de 12 anos em barris de carvalho pode chegar à sua mesa, com paladares que revelam pera, urzes e nozes. É um whisky distinto e intrigante. Cerca de 25€ por 70cl

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> festividades

Férias de Natal a patinar no gelo Natal sem algum frio não é Natal, pelo menos por cá, por lusas terras. Se tiver neve e gelo, então fica ainda melhor. Mas neste cantinho à beira mar plantado o tempo é quase sempre ameno, à exceção das zonas mais a norte, pelo que a tecnologia dá uma ajuda permitindo ter gelo no interior de tendas gigantes inspiradas em iglos, em centros comerciais, parques de estacionamento e tudo o mais. Desta forma, a diversão no gelo passou a poder ser para todos e é uma alegria para os miúdos que os graúdos não rejeitam. Férias à porta, deixamos algumas sugestões de locais onde pode levar a pequenada a experimentar a sensação de ter nos pés aqueles divertidíssimos patins sem rodinhas. À primeira a coisa não é fácil, mas a cada pequena queda a situação diverte e passinho ante passinho, primeiro agarrado às barreiras de proteção das pistas ou a algum familiar ou amigo mais experiente nestas coisas da patinagem no gelo, depois já conseguindo evoluir sozinho aos poucochinhos, lá se consegue andar uns metros. Não diga que só a pequenada pode aprender ou que se sente ridículo com o trambolhão. Lembre-se que até aprender todos caíram. Até os campeões. Texto: Fernanda Ramos

LEIRIA MERCADO SANT’ANA Até 3 de janeiro, miúdos e graúdos podem divertir-se e assistir a espetáculos de patinagem artística na pista de gelo instalada no Mercado Sant’Ana, em Leiria. Com 200m2, esta pista, integrada na “Leiria, Cidade Natal” conta com uma decoração acolhedora e bem divertida, de modo a agradar aos mais pequenos. Não falta por ali a Casa do Pai Natal, uma exposição Lego e oficinas de Natal / Recreio dos Duendes. O preço para patinar é de 3€ por pessoa para 20 minutos.

VISEU PALÁCIO DO GELO No piso 3 do Palácio do Gelo Shopping, em Viseu, a pista de 600m2 está aberta todos os dias e há mesmo aulas para quem quer dar as primeiras “patinadas”. Meia hora na pista custa 2,50€ para crianças e 3,50€, uma hora por mais 1€ em cada caso. Aproveite para descer ao piso -1 e visitar o Bar de Gelo, onde tudo é feito de gelo, paredes, bancos, decoração, balcão e até os copos. A entrada (10€ por adulto) inclui aluguer de vestuário térmico, 30 minutos no bar e uma bebida em copo de gelo.

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ÓBIDOS VILA NATAL Na Vila Natal de Óbidos a pista de gelo tem o nome de Trilho de Gelo. Até 3 de janeiro pode patinar-se esta pista com um espaço de 300m2 ou ter uma experiência de maior adrenalina, descendo a Rampa de Gelo, deslizando em bóias. A rampa está incluída no preço de entrada do recinto, o trilho é pago à parte (4€ por 20 minutos). 16 de dezembro de 2015


FARO FÓRUM ALGARVE

BRAGANÇA PRAÇA CAMÕES

Até 6 de janeiro o Fórum Algarve vai ter um atrativo especial, principalmente para os mais novos: uma pista de gelo instalada na Praça Central do centro comercial que conta também com uma Aldeia do Pai Natal e muito mais. O bilhete de acesso à pista custa 2€ por 20 minutos, mas quem o comprar recebe em troca um Golden Ticket no valor de 1€. Dentro do recinto da pista, encontra três árvores de Natal, cada uma correspondendo a uma instituição de solidariedade que pode apoiar com esse bilhete dourado. Ou seja, vai ver os seus miúdos a divertirem-se à grande e ao mesmo tempo pode ter uma atitude solidária. A pista está aberta de segunda a quintafeira das 11h30 às 14h30 e das 16h30 às 22h00, às sextas fecha uma hora mais tarde e aos fins de semana abre das 10h00 às 23h00.

Bragança volta a ter neste Natal uma pista de gelo, localizada na Praça Camões onde se centra também a maior parte das iniciativas de "Bragança, Terra Natal e de Sonhos" Até 6 de janeiro a magia do Natal toma conta do centro da cidade e miúdos e graúdos podem este ano contar com uma pista de gelo maior que o habitual e coberta que será, por certo, o principal atrativo. A pista pode ser utilizada por 20 minutos com um custo de apenas 1€, com as receitas a reverterem para os bombeiros voluntários locais e de Izeda.

CASCAIS Até 6 de janeiro na Baía de Cascais há uma pista de com 350 m2 integrada no projeto Winter Wonderland Cascais. Na baía de Cascais, os visitantes podem assistir a espetáculos de patinadores profissionais ou entrar no ringue e tentar patinar. A pista abre de domingo a quinta-feira das 10h00 às 22h00 e às sextas e sábados até à meia-noite. As crianças até aos seis anos pagam 4€ por hora e os adultos 8€.

LOULÉ CERCA DO CONVENTO

ALEGRO ALFRAGIDE Até 10 de janeiro pode deslizar-se diariamente (excluindo dia de Natal e de Ano Novo) na pista de gelo do Alegro Alfragide, no espaço da Ilha de Natal. A pista, com obstáculos, é para maiores de 4 anos e os bilhetes são a partir de 2,50€ (crianças, dia de semana). Nota: Nos shoppings desta cadeia em Setúbal e Castelo Branco também não falta esta diversão gelada.

16 de dezembro de 2015

ÂNCORA ON ICE VILA PRAIA DE ÂNCORA A única pista de gelo natural de Viana do Castelo está em Vila Praia de Âncora e leva o nome de Âncora on Ice. Até dia 10 de janeiro, todos os caminhos vão dar ao Parque Dr. Ramos Pereira, onde se encontra a pista com 200 m2 que está aberta de segunda a quinta-feira, entre as 10h00 e as 20h00 horas e de sexta-feira a domingo entre as 10h00 e as 24h00. A utilização da pista é vedada a menores de 4 anos e os ingressos custam 3€ por cada meia hora.

No âmbito da iniciativa “Aldeia dos Sonhos de Natal” que decorre até 30 deste mês, Loulé tem também este ano a sua pista de gelo, localizada na Cerca do Convento onde é recriada a Aldeia do Pai Natal. A “Aldeia dos Sonhos” pode ser visitada diariamente, das 14h00 às 19h30, e aos sábados, das 10h00 às 19h30. A entrada é livre.

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> festividades

ANADIA PRAÇA DA JUVENTUDE Uma das principais atrações é, sem dúvida, a pista de gelo que ocupa a Praça da Juventude, em Anadia, até 3 de janeiro, e, que, na primeira quinzena de dezembro, recebe a visita das crianças dos jardins de infância e das escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico da rede pública. Esta deslocação dos mais novos ao centro da cidade dá-lhes também a possibilidade de conhecerem a Casa do Pai Natal, onde o anfitrião e a sua ajudante os acolhem, contam histórias e convidam a exprimir o seu desejo para este Natal.

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SUL DO TEJO FÓRUM MONTIJO

PORTO AV. DOS ALIADOS / ROTUNDA DA BOAVISTA Avenida dos Aliados (na placa interior) e Rotunda da Boavista são dois dos locais onde no Porto está assegurada a diversão sobre o gelo. Na primeira está instalada, até 27 de dezembro, uma pista de 300m2, enquanto na Rotunda da Boavista a pista, aberta até 10 de janeiro, conta com uma zona interior (de 450m2) e outra exterior (de 200m2) além de uma rampa. De referir que as pistas da Boavista estão integradas no espaço da Praça de Fantasia, que conta com um conjunto de entretenimentos de Natal. Preços desde 3€ para 20 minutos de utilização.

No piso 0 do shopping, a pista de gelo vai manter-se até 10 de janeiro. Os mais pequenos podem escolher patins ou a ajuda de uma “mini baleia”. Todos os dias às 15h00 há animação, espetáculos de freestyle, dança no gelo e patinagem artística. O bilhete para 30 minutos custa 3,50€ durante a semana e 4€ aos fins de semana. Até aos 12 anos o preço é de 2,50€ e 3€.

DOLCE VITA TEJO AMADORA Aberta até 6 de janeiro, a pista de gelo no Dolce Vita Tejo, na Amadora, pode ser encontrada na Praça Central e conta com uma área só para a criançada e outra aberta a todas as idades. Os bilhetes para 30 min custam 3,50€ durante a semana e 4€ ao fim de semana.

ELVAS COLISEU COMENDADOR RONDÃO ALMEIDA

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Até 17 de janeiro, a pista de gelo de Elvas, instalada no Coliseu Comendador Rondão Almeida garante diversão para toda a família. Com 800 m2, a maior pista de gelo da Península Ibérica abre nos dias úteis das 16h00 às 21h00, e aos fins-de-semana e feriados das 10h00 às 21h00, encerrando das 13h30 às 14h30 para manutenção. A utilização custa 3€ por cada 30 minutos. Há também um cartão passe de 50€ com direito a 20 entradas nos dias úteis.

LISBOA PRAÇA DO COMÉRCIO A sala de visitas da capital está uma vez mais engalanada a preceito para receber Natal e Ano Novo, num espírito que este ano alastra à Praça do Município onde terá lugar o Mercado de Natal. Já a pista de gelo que fará as delícias de miúdos e graúdos fica instalada, até 10 de janeiro na Praça do Comércio, funcionando entre as 10h00 e as 22h00. 16 de dezembro de 2015


> grandes dicas

por FERNANDA RAMOS

NO REINO DE PERLIM

Santa Maria da Feira Nestas férias de Natal faça a pequenada ainda mais feliz visitando “Perlim – Uma Quinta de Sonhos”, numa escapadinha a Santa Maria da Feira. Maior parque temático de Natal no norte do país, está aberto até 3 de janeiro, de quinta a domingo. Em Perlim a criançada tem uma Quinta de Sonhos para descobrir e muitos espetáculos para ver, em recintos cobertos, um deles contando a história dos habitantes de Perlim, terra onde se fala “perlinês”, a língua dos “pês”. Recorda-se de a ter falado em criança? Pois ensine-a aos petizes porque todos os dias haverá um espetáculo na língua de “peperlimpim” que ali se fala num ambiente mágico onde não falta um lago, uma gruta, a encosta da árvore do amor, o parque temático de Natal e uma “Bem vindos a Perlim” que é como quem diz: “bempem vinpindospos apa peperlimpim” O parque funciona às quintas e sextas das 10h00 às 18h00 e aos sábados e domingos das 11h00 às 19h00. Até aos dois anos as entradas são grátis, dos três aos 12 e para maiores de 65, são 5€, para as restantes idades o preço é de 6€. A pulseira Free Pass custa 10€ e é válida para todos os dias do evento.

COMPANHIA PORTUGUEZA DO CHÁ

Lisboa Não há português que se preze que não goste de beber o seu chazinho. Beber chá é tradição bem portuguesa levada para Inglaterra em 1661 por Catarina de Bragança, filha de D. João IV e de D. Luísa de Gusmão, que casou com Carlos II. Reza a História que Catarina levou no dote uma caixa de chá e que foi ela quem impôs a moda do chá das 5. O gosto ficou por lá e por cá também. Revive nestas frias tardes de inverno, em que nada há de melhor que beber um chá numa casa da especialidade. Bem no centro de Lisboa, na Rua do Poço dos Negros, mora a Companhia Portugueza do Chá onde beber chá é um ritual e a decoração se faz com belíssimas caixas lacadas (de chá, claro) expostas em armários de madeira à mistura com bules, chávenas, colheres, livros e acessórios. Há chás do Oriente (do Ceilão, da Índia, do Japão…) mas também dos Açores e outros preparados na casa. Provem-se vários porque por ali não há acompanhamento, sejam bolinhos, secos ou não, nem sequer os tradicionais scones. Há chá, somente.

ALIANÇA UNDERGROUND MUSEUM

Sangalhos

SALTAR CONTRA O STRESS

Em Sangalhos, nas Caves Aliança, mora o maior museu subterrâneo do país. Se está a pensar numa exposição de vinhos só em parte tem razão. Nas tradicionais caves da Aliança, os espumantes, vinhos e aguardentes dividem o espaço como oito coleções artísticas do universo da Coleção Berardo. Arqueologia, etnografia, mineralogia, paleontologia, azulejaria, cerâmica e estanharia são as áreas em que se dividem as oito exposições que podem ser visitadas num local que, inevitavelmente, cheira a vinhos e a mosto. Ao longo de 1.500 metros de galerias, algumas a 20 metros de profundidade, há um universo de artefactos e fósseis a descobrir, alguns remontando a milhões de anos. Cada sala tem um nome que se lê abaixo da sinalética que imita a do metro londrino e que dá nome ao museu. Há também azulejos e cerâmica das Caldas e caves onde estagiam vinhos e envelhecem aguardentes. A visita demora cerca de hora e meia, custa 3€ e pode ser realizada todos os dias às 10h00, 11h30, 14h30 e 16h00. Aconselha-se marcação em visitas@alianca.pt.

Abriu portas há dias trazendo até nós o conceito australiano dos mega parques de trampolins em área fechada: o bounce. Naquele que é o primeiro espaço europeu dedicado a esta atividade, crianças e adultos são convidados a saltar, saltar, saltar sempre, desafiando as leis da gravidade. Numa área de 3.250m2 existem mais de 100 trampolins interligados onde se salta sob vigilância atenta. Desde saltar livremente no área “Free Jump”, pular para uma bolsa de ar gigante no “Big Bag”, até ao “The Wall”, parede que permite saltar e andar verticalmente, fazendo manobras radicais, tudo por ali é possível. Na Av dos Cavaleiros, o espaço funciona diariamente das 10h00 às 23h00, com preços desde 11€ / hora. Se tiver mais que 3 anos e mais de 1,20m de altura, experimente. Dizem que alivia o stress.

16 de dezembro de 2015

Carnaxide

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> cultura

FAÇA VOCÊ MESMO No final da visita espera-lhe uma sessão com muito humor. Não, não haverá touros à solta… Pelo menos dos verdadeiros! Espera-lhe um capote e uma muleta, para pegar num touro de rodas (que sorte!). Digo-lhe, vi um casal de chineses nestas “brincadeiras” e ninguém nega a animação. Um conselho: alimente-se bem antes de entrar nestas lides. É que o capote tem um peso considerável, o que torna ainda mais fascinante a arte do toureiro.

Museu do Campo Pequeno PEGAR O TOURO PELA HISTÓRIA Aficionado ou não, a arte tauromáquica faz parte da nossa história e não deixa de ser fascinante toda a cultura que envolve. Aficionado ou não, existe um espaço natural em Lisboa para contar a sua história. Fica, obviamente, na Praça de Touros do Campo Pequeno e chama-se, naturalmente, Museu do Campo Pequeno. Texto: Sara Cunha Ferreira

É

pela sua entrada imponente que dou os primeiros passos para uma das mais antigas formas de interação entre homem e animal. Pelas suas portas gigantes e arcadas em encarnado viril, começo a visita a uma das mais contestadas artes tradicionais portuguesas que, goste-se ou não, é indissociável das nossas raízes. A atingir a idade da descoberta, o museu do Campo Pequeno abriu em junho para mostrar aos portugueses, e ao mundo, como surgiu a trilogia homem-cavalotouro que temporalmente nos ultrapassa, como o espaço museológico mostra em representações de pinturas rupestres, mas também para vincar os principais acontecimentos por que passou este edifício desde 1892. Duas inspirações de ar depois – que a imponência do espaço assim o exige –, o museu dista a uma viagem de elevador ou escadas até ao segundo piso do torreão principal da Praça. “Viver a História” é o mote do museu que se abre a par das portas do elevador, com “boas vindas” a condizer. São cerca de mil peças que me esperam, num acervo que se distribui entre fotografias, cartazes, documentos, utensílios, medalhas, esculturas e trajes com origem no espólio do antigo Museu do Campo Pequeno e do Grupo Tauromáquico Setor 1, cuja importância é incontornável no panorama taurino do nosso país. Mas o museu tem vindo a enriquecer a sua

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coleção com várias doações, dizem-me, mostrando a mais recente: a casaca com que o cavaleiro D. Francisco Mascarenhas se estreou no Campo Pequeno, em 1936, com apenas 10 anos de idade. A entrada leva-nos diretamente à sala principal, ampla, que felizmente respeita toda a traça da praça e de decoração em linha com tudo o que faz do Campo Pequeno uma das mais belas construções de Lisboa. E é então que começa a viagem, depois de vislumbrar duas cabeças de touro que atentamente nos recebem como companhia. É nesta sala de entrada que está a exposição permanente do museu, numa organização cronológica que reflete sobre esta tradição única, classificada pelo Estado como parte integrante do património da cultura popular portuguesa.

POR CÁ E ALÉM MAR Das origens ao século XIX, há testemunhos da relação do homem com o touro que chegam das várias civilizações que passaram pela Península Ibérica, para então se começar a explorar os esforços do bandarilheiro José Peixinho e do responsável pela expansão urbana de Lisboa, Ressano Garcia, nomes indissociáveis da construção da Praça do Campo Pequeno, em 1892. Até 1930 descobrimos a Idade de Ouro do Toureio a Pé, com a parelha de matadores “Josellito” e Juan Belmonte, numa altura

em que esta arte ainda não existia em Portugal. Chega então a vez de depositar os olhos em dois quadros que representam os grandes rivais do Toureio a Cavalo em Portugal: Mestre Núncio e Simão da Veiga. Mas por entre gravuras das principais personagens que deram corpo a esta arte, há também um riquíssimo e maravilhoso espólio que nos apresenta os cartazes publicitários das corridas de outrora, onde a informação era extensa e de ouro. Na sala contígua, chegam os mexicanos a Portugal, depois de estes terem sido proibidos de atuar em Espanha (e os espanhóis no México), e os primeiros matadores portugueses, entre 1947 e 1960, sendo Diamantino Vizeu o primeiro português a tomar alternativa de matador. Destas salas reza ainda a história da nova vaga de toureiros, entre 1960 e 1980, a revolução Mourista, interpretada por João Moura e, por fim, a Tauromaquia pelo mundo, numa expansão colonialista de portugueses e espanhóis.

HOMEM VS. TOURO O museu dispõe ainda de um posto multimédia, onde é possível visionar algumas corridas, e duas salas temáticas: uma do forcado e outra do touro. Na Sala do Forcado “falam-me” das origens e evolução do moço de forcado, evolução da pega, os vários tipos de

pega (há inclusive uma pega de costas!), a passagem de profissionais a amadores (e não o contrário) e os nomes mais marcantes da Península Ibérica, mas também do México e América do Norte. Já a Sala do Touro mostra-nos o paraíso ecológico em que cresce o touro, bem como a origem do Touro Bravo, ou touro de lide, as castas fundacionais (os touros não são todos iguais!), as ganadarias bravas em Portugal, as faenas do campo e todo o respeito que este animal possante nos merece, numa exposição que a ele venera, mas também ao campino que dele cuida. No final, há ainda uma visita à arena e à capela, esta última pequena e bucólica, com um mínimo altar original em talha de madeira. Aqui fazem-se rezas e cumprem-se promessas antes das corridas. Aqui o homem apela a Deus para que o animal se una em harmonia com a fragilidade humana. >

BILHETEIRA Adultos Só Museu: 3€ | Museu + Arena: 5€ Jovens e Séniores (12-18 e + 65 anos) Só Museu: 2€ | Museu + Arena: 4€ Crianças (até aos 12 anos): Grátis Horário 10h00 às 13h00 - 14h00 às 18h00 Em dias de corrida encerra às 20 horas.

16 de dezembro de 2015


A trombose venosa profunda foi muito divulgada há uns anos como problema físico quase que intimamente relacionado com as viagens de avião, de tal forma que ficou conhecida como síndroma da classe turística. Hoje sabe-se que não são propriamente as viagens de avião que provocam a doença, mas sim a imobilidade. Porém, há factores que a podem agravar e outros prevenir. Conheça-os. Texto: Sara Cunha Ferreira

O

alarme soou quando alguns passageiros que viajavam de avião em classe turística experimentavam risco de embolia pulmonar provocada por trombose venosa profunda (TVP) ou tromboflebite profunda. Mas cedo se chegou à conclusão que o problema não afeta apenas quem escolhe o avião como meio de transporte, tendo sido inclusive registados casos em viagens de carro e comboio. Assim sendo, conclui-se que trombose venosa profunda tem como principal desencadeador a imobilidade, logo, seja qual for o tipo de transporte, se ficar muitas horas sentado, constringindo a correta circulação sanguínea das pernas, o risco aumenta exponencialmente. Não se trata portanto de um mero desconforto resultante do “formigueiro”, a TVP pode provocar mortalidade em consequência de uma embolia pulmonar. Ou seja, a TVP não é mais que um coágulo de sangue (trombo) que se acumulou por complicações na circulação sanguínea que, uma vez libertado, migra até os pulmões, entupindo as artérias pulmonares. Atentas a esta realidade, as companhias aéreas entraram em contraciclo de otimização de espaço, aumentando a área entre os lugares da frente, para maior descurar quanto a aumentarem o risco, conforto e menor risco para o passageiro. como a pressão da cadeira nos gémeos É inclusive comum na literatura a bordo dos (barriga das pernas), cafeína, álcool e aviões haver a descrição de exercícios para sedativos, por aumentarem a hipótese do ajudar a evitar este problema. corpo se manter na mesma posição por No entanto, de avião, de carro ou de muito tempo. comboio, existem factores que agravam Os principais sintomas surgem em questão o problema, tais como o tabagismo, de horas, mas também pode dar-se o caso obesidade, doença cardíaca ou pulmonar, de aparecerem dias após a viagem. Por contraceção oral e gravidez, terapias outro lado, grande parte dos casos são AF_camp_otono_235x60_port.pdf 11:36 pelo que é importante estar hormonais e varizes. E há situações e 1 16/10/15 assintomáticos, comportamentos que também não são de atento a sinais como inchaço, sensibilidade

circulação sanguínea; – Se a viagem for longa, aproveite para exercitar as pernas. Usufrua as paragens em estações de serviço, caso viaje de autocarro, passeie pelas carruagens, se for de comboio, e aproveite os momentos em que não precisa de estar com o cinto apertado para se colocar em pé no corredor do avião;

– Evite usar roupas muito apertadas durante a viagem; – Se a viagem for de avião, reserve o seu lugar no corredor, o que lhe permite movimentar melhor as pernas em caso de restrição de mobilidade; – Leia a literatura presentes nos assentos dos aviões, onde pode encontrar alguns exercícios para manter a circulação sanguínea a funcionar corretamente; – Limite a ingestão de café dias antes da viagem e suprima por completo o álcool; – Mantenha-se bem hidratado, antes e durante a viagem, bebendo principalmente água; e até dor nas pernas, sensação de calor, comichão ou até alteração da cor da pele. Por todas estas razões, e para que não haja motivo para deixar de viajar, seja qual for o meio de transporte que escolha, seguem alguns conselhos preventivos da Trombose Venosa Profunda. – Se tem varizes, consulte o seu médico de família e da especialidade para que o aconselhe sobre a melhor forma de evitar possíveis transtornos na

– Recorra a meias compressoras, pois estas reduzem o risco de Trombose Venosa Profunda. Para o efeito, deve assegurar-se que compra o tipo e tamanho corretos para o seu caso, aconselhando-se para isso com o seu médico. – Ao usar as meias, deve ler cuidadosamente as instruções de utilização, para que as mesmas não surtam o efeito contrário, aumentando assim o risco de tromboflebites.

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16 de dezembro de 2015

> conselhos ao viajante

COMO EVITAR A DOENÇA VENOSA NO AVIÃO

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> agenda

EVENTOS E ESPETÁCULOS 19 de dezembro

OLIVA BAZAR DE NATAL SÃO JOÃO DA MADEIRA

6 a 29 de janeiro

É neste espaço de convergência criativa e cultural onde pode comprar as prendas de Natal mais originais. A Oliva Creative Factory apresenta um ambiente acolhedor onde estarão expostos diversos projetos, numa montra de criadores.

19 de dezembro

JORGE PALMA ÍLHAVO

O compositor, poeta, intérprete e pianista Jorge Palma apresenta-se ao vivo no Centro Cultural de Ílhavo, na que será a sua última performance em 2015. A mestria do pianista e cantor é bem conhecida, pelo que um ótimo plano para uma noite de sábado será assistir ao seu concerto ao vivo.

Até 17 de janeiro

PISTA DE GELO ELVAS

O Coliseu Comendador Rondão Almeida, em Elvas, transforma-se, nesta época natalícia, na maior pista de gelo do país. Os 800 m² de pista estão abertos diariamente pelo preço de 3€ por pessoa, por um período de 30 minutos. Nos dias úteis pode patinar entre as 14h00 e as 21h00 e ao fim de semana das 10h00 às 21h00.

18 a 20 de dezembro

FEIRA DE ARTES, OFÍCIOS E SABORES VIMIOSO

Uma feira que é uma enorme mostra de produtos locais e seus respetivos produtores, no Pavilhão Multiusos de Vimioso. Durante os três dias pode contar com gastronomia regional, artesanato, concurso de doçaria da castanha, concertos e muita animação, e ainda passeio pedestre e montaria ao javali.

22 a 24 de dezembro

CONCURSO DE MADEIROS BELMONTE

A tradição dos Madeiros em Belmonte remonta a tempos há já muito idos. Antes era o enfrentar o solstício de inverno, hoje é o celebrar do nascimento de Jesus. Ainda assim, a tradição mantémse, literalmente, acesa e resulta em impressionantes esculturas de madeiras. Esculturas estas que, expostas no centro de cada localidade do Município de Belmonte, são postas a arder na noite de 24 de dezembro.

31 de dezembro

TE DEUM EM SÃO ROQUE LISBOA

Das múltiplas versões do Te Deum que foram compostas ao longo dos anos as escolhidas para serem interpretadas este ano pela Orquestra da Gulbenkian são a de Jan Dismas Zelenka e o Dettingen Te Deum de Händel. Um espírito boémio abençoado com a solenidade da Ação de Graças, na bela Igreja de São Roque, às 17h00.

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Festa das Fogaceiras Santa Maria da Feira prepara-se para festejar a fogaça, pão que serviu de troca para que o santo padroeiro das Terras de Santa Maria, S. Sebastião, poupasse o povo do surto de peste que assolou a região em 1505. Dia 20 de janeiro é o seu dia, mas a feira começa muito antes a mostrar sua gratidão.

A

Festa das Fogaceiras é a mais emblemática festividade do concelho de Santa Maria da Feira. Cumprida em cada dia 20 de janeiro, esta promessa caracteriza-se atualmente pela realização da missa solene, com sermão, precedida da bênção das fogaças, celebrada na Igreja Matriz, e a procissão, que sai da Igreja Matriz, percorrendo algumas ruas da cidade. Com a proclamação da República, acrescentou-se um novo ritual: a formação de um cortejo cívico, a partir dos Paços do Concelho rumo à Igreja Matriz, antes da missa solene, que integra as meninas “fogaceiras”, que levam as fogaças à cabeça. No cortejo e procissão as atenções recaem, naturalmente, sobre as fogaceiras, segundo a tradição “crianças impúberes”, provenientes de todo o concelho, vestidas e calçadas de branco, cintadas com faixas coloridas, que levam à cabeça as fogaças do voto, coroadas de papel de prata de diferentes cores, recortado com perfis do castelo. Inicialmente, as “fogaças do voto” eram

FOGAÇA DA FEIRA

A Fogaça é um pão doce tradicional de Santa Maria da Feira, cujo formato estiliza a torre de menagem do Castelo com os seus quatro coruchéus. É cozida diariamente em várias casas de fabrico do Concelho e distingue-se por tradicionais aprestos, quer no preparo, quer na forma como vai ao forno. Comercializada durante todo o ano, da Fogaça da Feira constam ingredientes como farinha de trigo, ovos, açúcar, manteiga, fermento de padeiro, água, canela, sal grosso e sumo e raspa de casca de limão.

Texto: Sara Cunha Ferreira

distribuídas pela população em geral, depois pelos pobres e mais tarde pelos presos e personalidades concelhias, em fatias chamadas “mandados”. Hoje são entregues às autoridades religiosas, políticas e militares que têm jurisdição sobre o município de Santa Maria da Feira.

AGENDA DA TRADIÇÃO Atualmente, a Festa das Fogaceiras ultrapassa o dia 20, tendo partida agendada para o dia de Reis, a que se seguirá um vasto programa de eventos musicais e culturais que se dividem entre a tradição popular e a pagã agenda. No capítulo da tradição popular, a agenda inclui o XIII Encontro de Grupos de Cantadores de Janeiras e Reis, a 9 de janeiro, pelas 21h30 no Auditório da Biblioteca Municipal e a Fogaça com Todos, a tradicional degustação de fogaça que acontece a 18 de janeiro pelas 17 horas, numa organização do Rotary Club da Feira. No dia 20, a Festa das Fogaceiras começa às 10h30 com a saída do cortejo cívico dos Paços do Concelho, seguindo-se a Missa Solene. Pelas 15 horas haverá então o ponto alto da festa, a tradicional Procissão das Fogaceiras. E como não poderia deixar de ser, o Cineteatro António Lamoso recebe pelas 21h30 a edição de 2016 do Teatro Revista, um espetáculo cheio de boa disposição numa sátira ao concelho e ao país, com entradas entre 5€ e 7€ por pessoa.

MÚSICA E EXPOSIÇÕES Como complemento da tradição, no primeiro dia, pelas 21h30, o Foyer Cineteatro António

Lamoso recebe um concerto de Jazz da responsabilidade de Jorge da Rocha, com o espetáculo “These are a few of my favourite songs”. Entre este género de espetáculos, há ainda agendado, entre tantos outros, concertos como no dia 13, em que sobem ao palco também do Foyer Cineteatro António Lamoso, pelas 21h30, os Dreamers com a sua música eletrónica, um show de piano a quatro mãos pelos MusicOrba, dia 15 pelas 21h30 no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, um concerto de música tradicional portuguesa com o Cavaquinho de Júlio Pereira, no dia seguinte, no Cineteatro António Lamoso (entrada entre os 6€ e 10€), e um concerto de música clássica, dia 17 pelas 17h00 na Capela do Castelo, com Catarina Vita e Opus Quatro. Já em data posterior às Fogaceiras, o Grande Auditório do Europarque recebe um rock sinfónico, a 23 de janeiro, pelas 21h30, da responsabilidade da Symphonic Clapton, num tributo ao intérprete britânico Eric Clapton. No dia seguinte, o Foyer Cineteatro António Lamoso volta a receber música electrónica com os Shared Files, pelas 21h30. Fora do contexto tradicional, as festas encerram com um concerto pop rock de Aurora, pelas 22 horas no Auditório Cineteatro António Lamoso. Paralelamente, de 15 de janeiro a 6 de fevereiro, de quarta a domingo, o Foyer Cineteatro António Lamoso tem em exposição 70 Cavaquinhos, 70 Artistas, entre as 15h00 e as 19 horas, numa iniciativa de carácter itinerante que visa destacar as regiões onde este instrumento teve relevância na prática musical. > 16 de dezembro de 2015


16 a 19 de janeiro

Preço do Long Weekend: desde 630€ por pessoa Inlcui: alojamento, forfait Mont Blac Unlimited, pulseira Ski Week Pulseira Ski Week: entrada em todos os eventos, guias para fora de pista, aulas de yoga, pequenosalmoços buffet, almoço na mesa corrida, jantar de boas-vindas

EVENTOS E ESPETÁCULOS Até 3 de janeiro

RADIO CITY CHRISTMAS SPECTACULAR NOVA IORQUE

A quadra natalícia, passagem de ano incluída, em Nova Iorque é época de glamour e extravagância. Este ano, como tantos outros que o antecederam, o Radio City Music Hall promete uma saudável dose de loucura e brilhantes, com um fantástico espetáculo em uníssono pelas suas Rockettes e ademais surpresas.

14 a 24 de janeiro

WORLD BUSKERS FESTIVAL CHRISTCHURCH

Se conseguir imaginar um mundo povoado por acrobatas, mágicos, ilusionistas, trapezistas, comediantes e afins consegue perceber o que se passa durante quase duas semanas, na Nova Zelândia. Artistas circenses e de burlesco encontram-se neste festival que aquece ainda mais o verão desta parte do mundo.

The Ski Week Chamonix

Até 31 de dezembro

MERCADO DE NATAL ESTRASBURGO

DO SKI AO APRÈS-SKI

Ao longo destas semanas na neve aposta-se na diversão de gregos e troianos. Para quem não gosta de ski há aprés-ski, para aqueles a que nenhum destes agrada há, por exemplo, yoga e outros mais. Uma semana tão intensa de atividades que já esgotou, deixando apenas espaço para o “Long Weekend” de 16 a 19 de janeiro. Texto: Sofia Soares Carraca

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Ski Week é um mega evento que se espalha por quatro estâncias, em quatro países diferentes. Em fevereiro passa por Hakuba, no Japão, abril é o mês de Aspen, nos Estados Unidos da América, e março de Obertauren, na Áustria. O janeiro, e para começar em grande, a festa faz-se na rainha dos Alpes, Chamonix. A semana oficial, não estivéssemos a falar de uma Ski Week, é de 17 a 24 de janeiro, contudo, e como anteriormente referido, esta imensa festa que dura quatro meses e dá a volta ao mundo é abundantemente procurada e aquilo de que aqui falamos é mais um Ski Weekend que uma Ski Week, mas não por isso menos animado. Por muitas vezes Chamonix é referida como a “Capital do Ski”, pelo que não poderia escolher melhor local para uma aventura na neve, com uma agenda carregada de manhã à madrugada. Com o Monte Branco solene a louvar a diversão tem fácil acesso tanto aos Alpes suíços como italianos. Mas, vamos ao programa. É o primeiro ano de Ski Week em Chamonix e a equipa que a organiza 16 de dezembro de 2015

promete que a estância nunca mais será a mesma, após a terceira semana de janeiro de 2016. Com um nome como “The Ski Week” é fácil perceber que se preza o desporto durante a festa, mas que não se pense que é destinada apenas aos sabedores. No que diz respeito às pranchas paralelas que se prendem aos pés e com as quais se desliza montanha a baixo, há opções para todos. Para uma primeira experiência disponibilizam instrutores de ski para aulas de iniciação, para os mais versados há aventuras mil, como percorrer a imensidão que é o Vallée-Blanche ou sair de um helicóptero diretamente para as pistas, já com skis presos às botas. Está também incluído o forfait que permite deslizar pelas pistas do país vizinho, sem esquecer o Desfile das Nações onde as bandeiras dançam ao sabor no vento, nas mãos das gentes que as levam pista a baixo. Para os mais malucos, e digo isto no melhor sentido da palavra, há o Pond Skim, onde pode fazer skim na neve, com uma prancha de snowboard ou até skis. Há também festas em jacuzzis enquanto neva e aulas de yoga pela manhã, bem como um almoço festivo com todos os

participantes da Ski Week, numa enorme mesa corrida a meio da montanha. Pela noite toda uma nova série de eventos se alinha. Das clássicas corridas em tobogã de neve a descer a montanha de skis nos pés e tocha na mão, as pistas estão abertas noite dentro para as delícias de todos os festeiros. E tal como as pistas, há também restaurantes que se escondem nos meandros das montanhas que são um mimo e uma experiência única caso os vá visitar depois de o sol se pôr. Depois disto, claro, o après-ski! E, como bons festeiros, a equipa da Ski Week garante os melhores locais, com os melhores Djs e o melhor ambiente da melhor festa possível. Pode acreditar que dita festa dura as 24 horas dos quatro dias de Ski Week, em Chamonix. Em resumo, a Ski Week é uma excelente desculpa para umas férias na neve passadas com amigos, com todos os graus de expertise possíveis. Passados quatro dias terá cerca de mais 200 amigos vindos de todas as partes do mundo, o número médio de participantes neste excêntrico evento. Festa, neve, ski, yoga, festa e mais festa!>

Muito se fala de mercados de Natal nesta altura do ano. Contudo, uma experiência a não perder é o deambular por entre mais de 300 bancas, em 12 locais ao longo da cidade, que fazem o mercado de Natal mais antigo do mundo. Desde 1570 que Estrasburgo organiza o Christkindelsmärik, cheio de espírito natalício e eventos culturais.

22 de janeiro

WAKAKUSA YAMAYAKI NARA

Numa época em que grande parte do mundo está a celebrar a neve de todos os modos possíveis o Japão faz precisamente o contrário e lança chamas ao Monte Wakakusa, em Nara, num ritual muito apegado a tradições antigas e crenças religiosas. É francamente impressionante ver uma extensão tão grande em chamas, apreciando os tons laranja e vermelhos em conjunto com fogo de artifício no negro da noite.

20 de janeiro

LA TAMBORRADA SAN SEBASTIÁN

24 horas em que silêncio é algo que não se vai sentir. São 125 bandas diferentes compostas por tambores e bombos que desfilam pela cidade espanhola, num ambiente de grande animação. Canções e bailes ao longo de todo o dia, na festa que celebra o seu santo padroeiro, São Sebastião.

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> na montra

D E S D E

1584€

P/PESSOA JARDIM VISTA QUARTO DUPLO

ES 10 DIAS / 7 NOIT BLUE BAY 5H BE ACH RESORT MEIA PENSÃO

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ZANZIBAR ENTRE O CÉU E O MAR

Zanzibar é terra de paisagens exóticas, praias paradisíacas e noites árabes que nos fazem sonhar. A perfumada ilha das especiarias, que viu nascer Freddie Mercury, convida-o a visitar as suas maravilhas, numa proposta do operador You para dez dias de puro deleite. A oferta base inclui sete noites no hotel Blue Bay Beach Resort, em regime de Meia Pensão, com vistas para o Oceano Índico, e quartos idílicos com camas de dossel, alguns inseridos numa zona privada, com chuveiro exterior. O hotel fica junto à Praia de Kiwengwa, mas possui também piscina, comodidades desportivas e um Spa.

899€

1499€

166€

P/PESSOA QUARTO DUPLO

P/PESSOAUPL A D O CUPAÇÃO

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6 DIAS/5 NOITES

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3 DIAS/2 NOITES TERCEIRA MAR HOTEL 4H

ALOJAMENTO E PEQUENO-ALMOÇO

PARTIDA A 23 DE MARÇO

CIRCUITO JÓIAS DA POLÓNIA

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LISBOA PARTIDA DNEEIRO A 30 JA

OFERTA DE 1 JANEIRO A 28 OUTUBRO

LUI:

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VOO SATA, HOTEL, TRANSFERES E SEGURO DE VIAGEM AGÊNCIA DE VIAGENS:

BESTRA

BESTRAVEL

AVENTURAS PELA TERCEIRA

D E S D E

E D E S D

D E S D E

É a ilha da festa, como lhe chamam os açorianos. Com a cidade principal classificada de património da Humanidade, Angra do Heroísmo encanta pela sua arquitetura e natureza circundante que cativa qualquer um. Suba ao Monte Brasil, formado por um vulcão extinto, com origem no mar, e testemunhe os seus quatro picos e as suas duas baías. Mas é a panorâmica que se consegue obter do Monte Brasil que faz deste antigo vulcão um dos sítios mais visitados da Ilha. Pode ver-se toda a cidade de Angra, a marina e as ilhas de São Jorge e do Pico, a freguesia piscatória de São Mateus da Calheta; o Caminho de Baixo, a localidade de São Carlos, a zona balnear da Silveira e toda a cidade de Angra.

MIAMI E CRUZEIRO NAS CARAÍBAS

Saia de Lisboa e parta à descoberta das praias norte-americanas, em Miami, e do mar das Caraíbas, a bordo do Cruzeiro Carnival Victoria. A proposta da Bestravel é que fique duas noites em Miami, para conhecer o salero da mais latina das cidades norte-americanas, e cinco dias em passeio para visitar Grand Turk, Half Moon Cay e Nassau. A oferta base inclui hotel em Miami em quarto duplo com pequeno-almoço e cruzeiro com pensão completa em cabine dupla interior (Cat. 4 A). É, sem sombra de dúvidas uma super oferta, para as super Caraíbas, que combina magníficas praias, com excelente gastronomia de marisco e peixe e, em Miami, uma vida noturna bastante animada e zona de lojas interminável.

PENSÃO COMPLETA

INCLUI:

AVIÃO DESDE LISBOA, 3 NOITES NO SHERATON WARSAW HOTEL 5H E 2 NOITES NO HOTEL HILTON GARDEN KRAKOW 4H AGÊNCIA DE VIAGENS:

HALCON

SEMANA SANTA NA POLÓNIA

A proposta da Halcon leva-nos a comemorar a Semana Santa na Polónia, terra de um dos mais emblemáticos Papas de todos os tempos, João Paulo II. O circuito inclui viagem por Varsóvia, Auschwitz, Lowvicz e Cracóvia, com visita às cidades e localidades para conhecer os seus locais mais emblemáticos. É o caso da Praça do Castelo e Castelo Real, a Catedral de S. João, a Torre Barbacana, entre outros em Varsóvia, o campo de concentração de Auschwitz, o Santuário de Jasna Góra, na cidade conhecida como a capital espiritual da Polónia, e por Cracóvia, antiga capital polaca, cidade dos reis e lugar das suas coroações e enterros, que fascina com os seus tesouros arquitetónicos e artísticos.

DESDE

620€ Quarto Duplo 1 noite

Rota da Cortiça e do Mármore A Turaventur propõe uma verdadeira viagem pelas riquezas do Alentejo com a Rota da Cortiça e do Mármore. A proposta desta empresa de animação começa ora no Monte do Serrado de Baixo ou em Évora, e passa por explorar os conhecimentos sobre a cortiça à sombra de um sobreiro e visitar uma fábrica onde ela é transformada em objetos que apetece levar para casa. Depois chega a vez do mármore, com uma visita ao centro histórico de Estremoz, subindo a torre de menagem para descobrir o esplendor que a região lhe reserva. Do programa consta a visita a uma pedreira de mármore ativa e uma já fechada, mas também a uma adega, para provar o vinho da Zona dos Mármores. Segue-se Vila Viçosa, onde o "Ouro Branco" exibe todo o seu esplendor. O programa inclui guia, aluguer de jipe com condutor, prova de vinhos e seguro de acidentes pessoais. Apesar de o almoço não estar incluído, prevê-se paragem num dos típicos espaços gastronómicos alentejanos. Preço: Duas pessoas: 110€ p/ pessoa Quatro pessoas: 65€ p/pessoa Até aos 12 anos: 35€ p/ criança

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Tróia Design Hotel propõe revéillon inesquecível

O Tróia Design Hotel apresenta mais uma das suas festas inesquecíveis de passagem de ano com um espetáculo das fantásticas Secret Voices, incluindo o jantar de gala, e ceia, seguidos de festa com DJ, bar aberto e música para dançar até às 4h da manhã, tendo como dress code o fato escuro. A proposta passa pela estadia de uma, duas ou três noites, com acesso a todo o programa de festas, flute de champanhe e passas à meia-noite, bem como pequeno-almoço e brunch no primeiro dia do ano. Para os mais pequenos, o hotel preparou a habitual Festa de Gala Koala Club, para crianças dos 3 aos 12 anos, que decorre entre as 20h00 e as 4h00. Uma festa com jantar, num espaço privado acompanhado por animadores profissionais e uma equipa de segurança, bem como brunch entre as 10h30 e as 14h30, a 1 de janeiro. Preço por programa: Quarto Duplo 1 noite - 620 € | 2 noites - 735 € | 3 noites - 820 € Especial Crianças | Preço por criança – 75 € 16 de dezembro de 2015


Luas de mel idílicas D E S D E

1149€

P/ PESSOA | CAMAROT E DU 8 DIAS / 7PLNO OITES

MSC OPER

D E D E S

2985€

SÓ ALOJAM

PL O ARTO DSU O A | QU OITE N P/ PESSD 7 / S 8 IA

D Y I SL A N HOLIDAORT 4H RE S

M

inutos após o “sim!” já estão os noivos a pensar na cerimónia e no local onde vão depois celebrar, a dois, o compromisso, a merecida lua de mel. O destino e tipo de lua de mel varia consoante o gosto de cada casal e por isto apresentamos três propostas diferentes com uma base comum, as ilhas. Maldivas, Caraíbas ou Madeira? A proposta do operador turístico Travelers convida à estadia de sete noites na zona sul do Atol South Ari, entre 7 de janeiro e 20 de abril. Este é um dos 26 atóis das Maldivas, em pleno Oceano Índico. O Holiday Island Resort é daqueles hotéis de

sonho em que os quartos são bungalows de cujas janelas vemos a areia branca e mais ao fundo o mar azul esverdeado. Trocando o Índico pelo Atlântico a Q’Viagem! apresenta um cruzeiro pelo paraíso. Até dia 5 de abril o MSC Opera passeia-se por Cuba e restantes Caraíbas, em específico por Havana, Montego Bay, George Town e Cozumel. É aproveitar a tranquilidade destes locais, desde as águas quentes do mar, enquanto apreciam o calor do sol desde o deck superior. Há lugares que valem não somente pelo destino mas também pelo próprio hotel onde é feita a estadia. Este é, sem dúvida, o caso do Belmond Reid’s Palace Madeira. O

CLUÍD O TUD O IN A DE LISBO PARTIDA

PARTIDA D

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E LISBOA

CLUI: PASSAGEM AÉRE A VIA MADRID | TRANSF E RE CRUZEIRO | TAXAS S | AGÊNCIA D EV Q’VIA IAGENS: GEM!

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luxuoso hotel, de cinco estrelas, toma lugar no Funchal, mas mal sentirá necessidade de sair do hotel. O Reid’s recebe os recém casados com toda a pompa e circunstância,

D E S D E

710€

P/ QU ARTO

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B REIDELMOND ’ MADSE PAL ACE IR A 5 H

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INC

LU AL W OJAM I: JANTEALCOMEEDNTO | BEBIDR PRIVADRINK | | MI AS INCL OÍ COM DA R NI-BAR CU OM S GRAETFRIGERA N U T I T E O S IN T ER S NET || ACESSO TAXA S

com champanhe e morangos à chegada ao quarto e um jantar privado à luz da lua. Isto sem falar da sua perfeita envolvência, piscinas e esplêndido Spa.>

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