n Agosto de 2016 n Mensal n Nº 843 n Ano XXXI n Preço 5€ n Director José Luís Elias
| A informação para os profissionais do Turismo |
Bruno Solas, Oásis Atlântico Paulo Andrade, HBD
Investimento 1,5 Milhões para Programa Algarve Cultural Expo Abreu Feira de early booking puro Hotel já abriu Pestana CR7 chega a Lisboa
Nuno Aleixo
Administrador da Nortravel
“Sentimos que temos clientes fiéis”
Voos de Lisboa para China/Austrália/Nova Zelândia LISBOA-CHINA: DESDE 168€ + TAXAS LISBOA-SYDNEY/BRISBANE/PERTH/MELBOURNE: 370€ +TAXAS LISBOA-AUCKLAND/CHRISTCHURCH: DESDE 520€+TAXAS Condições de reservas: Tarifa válida para bilhete I/V desde Lisboa para China/Austrália/Nova Zelândia em classe turística Válido até 31 de Janeiro 2017 (*Consultar blackout dates) Estadia mínima: 7 D | Estadia máxima: 3M (AUS/NZ) 12M (CH) Outras condições consulte o GDS
Av. 5 de Outubro, 115 – 1º E - 1050-052 Lisboa - Portugal Telf.: (+351) 215 933 234 - Reservas: (+351) 215 933 681 E-mail: portugal@chinasouthernairlines.pro
TEXTO: FERNANDA RAMOS
>abertura
Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril
4,3 M€ para experienciar Lisboa “lá do alto”
No início, em 1966, era apenas “uma passagem para a outra margem”. Meio século depois, a Ponte 25 de Abril, contribuiu para unir o país, é parte integrante da sua História e a sua imagem tornou-se um ícone. A sua celebração vai ser feita com a construção do Centro Interpretativo “Experiência Pilar 7”.
“ Em 1º lugar
está o conforto.
”
N
ão haveria melhor forma de co- do projecto em grandes discos de informação memorar os 50 anos da Ponte 25 instalados no chão. Neste piso 0, haverá uma de Abril do que transformá-la em recepção, loja, espaço de visita virtual e phopólo de atracção turística e cul- tobooth. tural. Será isso que “A Ponte” – é O edifício de controlo de entradas dará acesso assim que todos a denominamos, nesta fami- ao maciço central, onde o visitante terá oporliaridade de muitos anos ganha pelas inúmeras tunidade de ‘viajar’ ao longo de 300 mil m3 de travessias – vai ser quando, dentro de um ano, betão, incluindo a sala dos trabalhadores – um albergar, no seu sétimo pilar, em Alcântara, espaço nunca antes visto - onde serão exibidas imagens 360.º sobre a junto à Av. da índia, o “Centro construção da Ponte e Interpretativo da Ponte 25 de será projectada uma maAbril – Experiência Pilar 7”. Centro Interpretativo queta suspensa. Fruto de uma parceria entre da Ponte 25 de Abril Nesta sala vai ter-se as Infra-estruturas de Portuacesso ao elevador que gal, a Câmara Municipal de • Localização: Pilar 7, junto levará os visitantes, priLisboa, a Associação Turisà Av. da índia meiro, às salas superiomo de Lisboa e a Entidade • Projecto turístico e cultural • Inclui: miradouro a 80m de res do maciço – à sala de Regional de Turismo da Realtura amarração dos cabos de gião de Lisboa, o projecto, • Investimento: 4,3M€ (a cargo suspensão e a outra com apresentado a 9 de Agosto da ATL) o chão e tecto em espee para o qual está já aberto • Preço das visitas: 7€ / pessoa lhos, onde será criada a concurso público, vai con(ainda sujeito a confirmação) sensação de vertigem da tar com um investimento de • Visitantes previstos: 175 mil / escalada vertical da Ponte 4,3 milhões de euros, suporano 25 de Abril – e depois ao tados pelo Turismo de Lismiradouro, uma espécie boa que ficará com a gestão de varandim envidraçado e exploração do espaço por, suspenso a 80 metros de altura. pelo menos, 15 anos. Com prazo de conclusão previsto para Agosto Segundo Vítor Costa, director-geral do Tude 2017, quando a Ponte fizer 51 anos, o Centro rismo de Lisboa que apresentou o projecto, a Interpretativo vai proporcionar uma experiên- visita irá custar em torno de 7€ por pessoa, e cia sensorial, física e intelectual que permitirá a ATL espera que o Centro Interpretativo reuma descoberta única da ponte, culminando ceba cerca de 175 mil visitantes por ano, concom a subida, por elevador, a um miradouro tribuindo o projecto para “uma maior mancha panorâmico construído à altura do tabuleiro, de utilização turística de Lisboa, desde a Baixa de onde se terá uma vista inédita e privilegiada até Belém”. Fernando Medina, presidente da Câmara de sobre Lisboa. Toda a zona em redor do pilar 7 será adap- Lisboa destacou também a importância desta tada ao novo Centro Interpretativo, estando nova atracção turística que, pela sua localizaprevista sinalética no exterior que permitirá ção, irá contribuir para descentralizar a procuao visitante descobrir um pouco da história ra turística. <
Rodrigo
Deixe-se levar pelo conforto do Chauffeur Service da Europcar, de Lisboa para qualquer parte do país e da Europa, com motoristas de primeira classe para lhe dar tempo para aproveitar bem as coisas que vêm em 1º lugar para si. Reserve através do 219407790 ou em europcar.pt
Lay_Imp_Chaffeur_65x285.indd 1
TURISVER | AGOSTO DE 2016
3
29/07/16 15:48
>editorial
“Por mais longa que seja a caminhada o mais importante é dar o primeiro passo ” (desconhecido)
> Agora é não parar…
A
o Algarve aplica-se de forma assertiva o provérbio popular de que “não há bela sem senão”. Uma região que encanta quem a visita por muitos motivos, com destaque para o clima e as suas praias de eleição, o serviço de qualidade e a gastronomia. Pena é que o que poderia ser um “paraíso” de férias todo o ano tenha o seu “senão”, e grande! Refiro apenas a desertificação humana na época baixa, a que está associada a falta de um conjunto de acções que há muito deveriam ter sido tomadas mas não o foram, criando hoje desequilíbrios que começam pela escassez de população residente na região.
José Luís Elias, Director joseluiselias@turisver.pt
A secretária de Estado do Turismo parece estar sensibilizada para esta realidade do turismo algarvio. Desde que tomou posse tem assumido uma relação estreita com os responsáveis turísticos regionais e tem feito o acompanhamento da situação, através de múltiplas deslocações ao sul do país e de encontros vários com dirigentes da RTA e de outros organismos descentralizados do Estado, autarcas e empresários. As expectativas estão, por isso, elevadas, esperando-se que venha a tomar um conjunto de iniciativas que possam começar a resolver o grande problema da região que dá pelo nome sazonalidade. O pontapé de saída do que pode ser uma estratégia para esbater a sazonalidade na região, foi dado com o anúncio do Programa Algarve Cultural, que tem como objectivo aumentar a atractividade da oferta turística e cultural do Algarve. Um programa que vai decorrer entre Outubro e Maio, tendo um investimento de 1,5 milhões de Euros a suportar pelo Turismo de Portugal. Este primeiro passo não vai resolver o problema da região, mas é o início de uma caminhada que tem que se fazer caminhando. O programa agora conhecido é discutível, teve o condão de querer chegar a todos os municípios e abarcar iniciativas que de cartaz turístico pouco têm, mas como digo, já é um começo. Esta iniciativa suscita-me, no entanto, algumas dúvidas. Este é um programa para o turismo interno ou pretende ser um cartaz para atrair o turista internacional? Se for o primeiro caso, que promoção está pensada para divulgar a iniciativa e a quem compete? As agências de viagens e operadores turísticos vão ser sensibilizados para programarem a região, fazendo coincidir essa oferta com iniciativas do programa? Se tivermos como objectivo o mercado internacional, teremos de perceber o que estes turistas procuram e, conhecendo a antecedência com que trabalham os nossos players, dar a conhecer o cartaz com maior antecedência. A minha maior incógnita, no entanto, é se o Programa Algarve Cultural é pontual, ou seja se é um programa apenas para a época baixa que se aproxima, ou se a perspectiva é a de ganhar consistência, ser um cartaz turístico que pode ser melhorado e surgir uma edição 2017/18 apresentada com maior antecedência e talvez com menos eventos, mas de maior impacto.
Turisver
Medalha de Prata de Mérito Turístico do Governo Português DIRECTOR: JOSÉ LUÍS ELIAS • PROPRIEDADE E EDITOR:
// CTP Tenho vindo a escrever que a Estratégia Turismo 2027 é uma oportunidade para o sector privado ter uma palavra importante a dizer sobre a próxima década do turismo, e que perdê-la pode ser um erro com factura a pagar no futuro. A Confederação do Turismo Português tem trabalhado no documento com as associações filiadas, tendo até feito uma apresentação do mesmo no Conselho de Concertação Social.
Medalha de Prata da APAVT de Mérito Turístico
EDITORA, LDA. • NIPC 504 651 757 • SEDE (ADMINISTRAÇÃO REDACÇÃO E PUBLICIDADE) RUA DA COVA DA MOURA, Nº 2, 2º
ESQ. 1350-177 LISBOA • TELEFONE 213 929 640 • FAX 213 929 650 • EMAIL SOGAE@TURISVER.PT • WEBSITE WWW.TURISVER.COM • INSCRITO NO ICS COM O Nº 111 233 • DEPÓSITO LEGAL Nº 10 533/85 • PERIODICIDADE MENSAL • TIRAGEM 6500 EXEMPLARES • PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO MX3 – ARTES GRÁFICAS, LDA. - PARQUE INDUSTRIAL ALTO DA BELA VISTA, PAVILHÃO 50 - SULIM PARQUE, 2735-340 AGUALVA CACÉM • TELEFONE 219 171 088/89/90 • FAX 219 171 004 • EMAIL CLIENTES@MX3AG.COM • WEBSITE WWW.MX3AG.COM
44
MAIO DE 2016 | TURISVER
>entrevista Nuno Aleixo – Administrador da Nortravel
“Temos que manter a qualidade que sempre nos caracterizou” TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS
Para a Nortravel, 2016 tem vindo a confirmarse com um ano muito positivo, avançou Nuno Aleixo, administrador da empresa. Na entrevista que concedeu à Turisver, Nuno Aleixo fez o balanço das operações de Verão, falou do Brasil, da evolução do mercado ao longo dos últimos anos, da estratégia da Nortravel em termos comunicacionais e avançou com novidades para o Inverno.
T
urisver – Este ano existia alguma euforia por parte dos agentes de viagens e até de operadores turísticos pela perspectiva de vir a ser um grande ano turístico. Como é que têm corrido as coisas para a Nortravel? Nuno Aleixo – No geral, o ano tem-nos corrido de uma forma muito positiva, vamos com um crescimento de dois dígitos, mas o grande fenómeno que notámos foi o das reservas antecipadas que cresceram ainda mais este ano. Tanto que, quando começou o mês de Julho, o ritmo de vendas baixou significativamente mas as ocupações dos voos e autocarros vinham com muito boa ocupação dos meses anteriores. Em Maio e Junho andava toda a gente muito animada, com crescimentos acima de todas as expectativas e em Julho as coisas arrefeceram em termos de reservas efectuadas, não em termos de passageiros viajados, e isto equilibrou o mercado porque os clientes alteraram a forma de consumo na altura da reserva.
Para quem faz programação, as reservas antecipadas são uma situação positiva porque permite que se faça um melhor ajustamento da oferta?
Uma das batalhas que os operadores têm travado é a da sazonalidades das vendas. É o maior desafio que se coloca hoje a um operador?
Sem dúvida. Foi para isso que todos andámos a batalhar durante muitos anos e, felizmente, os operadores e todo o mercado conseguiram transmitir ao cliente que é muito mais vantajoso reservar com antecedência e garantir as suas férias porque há destinos para onde, hoje em dia, ou as pessoas garantem as reservas no primeiro trimestre ou quadrimestre do ano, ou não conseguem ter as suas férias. Mais do que o preço, as pessoas hoje esperam a confirmação de conseguir disponibilidade para a semana que pretendem. Na Nortravel, quem não reservou até Maio a sua viagem, por exemplo, para os Açores já não conseguiu disponibilidade para Agosto. Agora já só temos disponibilidade para final de Setembro e as ocupações de Outubro já estão muito boas.
Sem dúvida. Nós optamos por manter a equipa durante todo o ano, e se no Verão é curta, no Inverno é excessiva, mas conseguimos dar um atendimento de qualidade. Claro que as pessoas, nas épocas mais baixas, não estão a fazer vendas, estão a exercer outras funções, principalmente ao nível da contratação, da programação e carregamento de sistemas hoje em dia o drama de um operador turístico passa pela sazonalidade. Quando temos um mês de Janeiro que vende 5% do que vende o mês de Julho, temos a perspectiva do fosso que existe. Há uns anos, a Páscoa já se podia considerar época alta mas hoje as pessoas olham para outras alternativas muito por via dos preços. Por isso o mês de Maio passou a ser mais equilibrado e Setembro e Outubro passaram a ter mais procura porque os preços não estão tão altos e as pessoas começaram a
ter alguma flexibilidade nas férias. Mesmo assim, a sazonalidade continua a ser a maior preocupação porque no nosso caso, em que temos a Europa como destino principal, é muito difícil, com a quantidade de city breaks e low costs, conseguirmos ter produto em que consigamos agregar valor. Para colmatar este problema, começámos a ir para outros mercados, como o brasileiro.
CABO VERDE É APOSTA PARA CONTINUAR Para lá da Europa e das grandes viagens, a Nortravel começou já a colocar no mercado outro tipo de produtos, nomeadamente praias, e este ano tiveram mais propostas deste tipo no mercado. Como é que correu?
>
Começámos a programar praias há cinco anos, com o Senegal. O primeiro e segundo ano correram muito bem, mas devido a uma série de circunstâncias o TURISVER | AGOSTO DE 2016
5
>entrevista “Já tínhamos a percepção de que este não iria ser um ano para ganhar dinheiro com a operação para Boavista mas fomos surpreendidos pela positiva (…) pelo que é um destino para continuar e até reforçar a nossa posição”
<
destino caiu muito em termos de procura e hoje o volume é quase residual. O nosso trajecto teria que ser neste sentido porque um operador turístico não pode dar-se ao luxo de apenas ter um produto específico. Por isso, a seguir veio o Brasil e desde há dois anos, Cabo Verde, por ser um destino próximo e já maduro, e este ano reforçámos a oferta com o voo directo Porto-Boavista com a Viajar Tours. O início da operação foi complicado, tivemos dificuldades porque o mercado entende que o destino é muito bem trabalhado – e é – por dois operadores muito fortes em Portugal, mas depois de um primeiro impacto negativo, a partir de Junho as coisas começaram a correr bem. Já tínhamos a percepção de que este não iria ser um ano para ganhar dinheiro com a operação para Boavista mas fomos surpreendidos pela positiva. Até 10 de Setembro, que será a ultima partida, temos lugares para vender a partir de 27 de Agosto, inclusive, mas estamos muito tranquilos, pelo que é um destino para continuar e até reforçar a nossa posição. Foi difícil a um operador que já trabalhava os Açores há alguns anos, enfrentar a liberalização e a chegada das low cost ou a maior promoção sobre o destino até veio facilitar? Quando aparecem novos players, as empresas que já estão no destino tendem sempre a temer, e acredito que isso até se passou com as próprias companhias aéreas. No nosso caso conseguimos aumentar muito o número de passageiros para os Açores porque as próprias companhias – principalmente a SATA, embora a TAP tivesse acompanhado – nos deram mais capacidade de venda. Estamos a falar de um destino onde a capacidade hoteleira não é muito vasta. Ao fazermos o tipo de produto que fazemos nos Açores, com alojamento, refeições, visitas, tanto as autoridades locais 6
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
como a companhia aérea, sabem que a nossa capacidade de comercialização é muito boa e que conseguimos dar um produto que faz os passageiros virem de lá encantados com o destino. Por efeito da comunicação social e da entrada de novos players de transporte aéreo no mercado, o comportamento dos Açores foi ainda mais positivo este ano. Dentro do grupo têm outro operador, a Jade Travel. Vêem-no apenas em termos de sinergias ou como operador complementar à oferta da Nortravel? A nossa intenção na Jade, desde o princípio, é que seja autónoma. A Jade tem um conceito totalmente diferente da Nortravel, começou com mais-valias por ter uma Nortravel como proprietária e teve acesso a uma série de situações que lhe permitiu arrancar mais tranquilamente. A Jade posicionou-se onde a Nortravel não se posicionava e nos destinos onde podiam concorrer, a Jade posicionou-se num segmento, numa hotelaria e tipo de serviço diferente do oferecido pela Nortravel. A Jade tem duas ou três operações em que contrata lugares, como Dubrovnik, e depois faz maioritariamente viagens à medida, e trabalhar à medida é muito complicado para conseguir rentabilidade. Eles são eficazes, têm uma equipa muito forte e conhecedora, o problema é termos um operador que constantemente está a dar orçamentos e as melhores soluções para os clientes e as concretizações não aparecerem ao ritmo que gostaríamos, um problema que a Nortravel tinha antes de a Jade se juntar ao grupo. Neste sentido, a Jade complementa-nos porque consegue dar essa resposta que se tornava difícil à Nortravel dar. A Nortravel está desde há anos no Brasil. Nota-se que o país está a passar uma situação complicada? Bastante. Este ano, tivemos uma quebra muito acentuada, superior a 50%, embora 2015 tenha sido fantástico. Curiosamente, a maior quebra que tivemos foi para países europeus para além de Portugal, sendo que o destino Portugal não teve essas quebras tão acentuadas, talvez porque como o aéreo interno, no Brasil, está muito caro, vir a Portugal acaba por ficar mais barato a um passageiro do sul do Brasil do que ir para o nordeste. Portugal ainda consegue ser muito competitivo no mercado brasileiro, mas é fundamental que o binómio qualidade/preço se mantenha estável. Hoje é muito mais fácil para o agente de viagens brasileiro vender os vossos produtos? O que temos notado, nas várias feiras em que participamos no Brasil, é que o produto Portugal é apresentado de forma isolada, seja por hoteleiros, regiões
de turismo e/ou outras empresas. Falta integrar todos os produtos e apresenta-los em pacote. É essencial apresentar ao passageiro brasileiro um produto integrado que envolva hotel, transferes, visitas, acompanhamento, refeições, ou seja, tudo o que um operador pode fazer. É ao nível desse produto estruturado que a Nortravel e outras empresas portuguesas que já estavam no mercado brasileiro, têm conseguido dar um passo muito importante e as agências de viagens já conseguem hoje apreender que o pacote turístico é uma mais-valia.
30 ANOS DEDICADOS AO TURISMO Quando o Nuno Aleixo veio para a área dos operadores turísticos pensou que esta era a área que realmente queria para a sua vida ou foi gostando do que foi fazendo? Fui gostando. Comecei a trabalhar em turismo aos 16 anos na Melia, no Porto, onde estive ano e meio e depois transitei em 1988 para o Club Vip. Foi um pouco a situação de um jovem que pretendia a sua independência financeira e ser autónomo. Curioso que no meu primeiro emprego fui selecionado porque era o único dos candidatos que sabia escrever à máquina. Comecei a gostar do que fazia, mas onde dei o grande passo foi no Club Vip porque estava integrado numa equipa que me apoiou desde o princípio e me ajudou no desenvolvimento que tive no turismo. A partir daí entrou o “bichinho” e nunca mais considerei fazer outra coisa, e este ano faço 30 anos de turismo. Aos 16 anos estava farto de estudar mas mais tarde voltaria aos estudos. Com 16 anos fui trabalhar, mas continuei a estudar à noite e fiz o 12º ano. Depois comecei a dar mais importância à vida profissional e abandonei os estudos. Só que aos 38 anos voltei, por desafio do meu irmão e entrei na Universidade e obtive a Licenciatura em Turismo e Gestão de Empresas Turísticas. Foi uma experiência extraordinária ter a parte teórica depois de ter a prática em turismo. Concluí que a teoria consegue estruturar a nossa forma de pensar em termos profissionais. Tive pena de não continuar logo para o mestrado mas esse é um desafio que ainda irei concretizar, provavelmente na área da comunicação e marketing. Surgiu entretanto o desfio Nortravel. Foi perceptível, logo de início, que havia aqui um espaço para percorrer? Não, até porque em 1999 o início do projeto da Nortravel foi como agência de viagens, embora o objectivo fosse sempre o de fundar um operador e logo no ano 2000 começámos com operação. Aí foi fundamental a experiência do António Gama e a minha, ele na área dos
guias e do terreno, eu na parte técnica de estruturar os produtos – um binómio que ainda hoje continua a dar muito resultado. Quando o António Gama me convidou, em 1998, tinha outras propostas, mas achei que esta era muito mais aliciante e penso que foi o timing correto, até porque hoje temos a empresa com a dimensão que temos. Nestes anos o turismo mudou muito? Mudou. Naquela altura não havia uma rede de agências tão estruturada como há hoje, não havia tantos operadores, as coisas eram mais limitadas, os portugueses não viajavam tanto, e, entretanto, as viagens democratizaram-se. Nos anos 90 a operação era muito focada em quatro ou cinco destinos, as apostas iam de Julho a Setembro e com voos à partida de Lisboa. Ainda não tinha havido a entrada maciça dos operadores espanhóis no mercado português, principalmente com as ilhas espanholas. Quando esses operadores entraram no mercado português, nos anos 90, com produto a começar em Maio, lembro-me que toda a gente achava que não havia passageiros nessa época do ano e foram eles que criaram o mercado nesses meses. Lembro-me que quando estava no Club Vip eram os operadores que, ao lançarem os charters, diziam para onde é que os portugueses iam de férias. Atualmente já não é assim e passou a ser mais complicado antecipar tendências, mas essa é a nossa função. Interacção com o cliente final é mais-valia As tecnologias vieram alterar muito a forma de trabalhar e a forma de o cliente perspectivar as suas férias? É verdade e a nossa área foi das que mais inovou nos últimos 20 anos e, finalmente, chegou-se à conclusão de que estas tecnologias não são o “inimigo”, pelo contrário, são os grandes parceiros e são essenciais a qualquer empresa na nossa área. A Nortravel sempre se preocupou muito em acompanhar as tecnologias, criou até a Optigest para estar na linha da frente. Colocámos o nosso sistema informático em 1999, depois chegámos à altura em que desenvolvemos o nosso próprio sistema porque as soluções que estavam no mercado nem sempre se enquadravam, ou porque tinham excesso de produto ou porque serviriam mais uma agência do que uma operação. Com a nossa experiência, começámos a criar a nossa plataforma de facturação, de gestão dos produtos e em 2003-2004 fomos dos primeiros operadores da Península Ibérica a disponibilizar vendas online aos agentes de viagens. Depois montámos uma boa máquina em termos de sistema, muito adaptada às necessida-
“A grande novidade será o lançamento de uma brochura de Inverno que já não fazíamos há cinco anos e que vamos apresentar ao mercado em Outubro, com programas válidos de Novembro até Abril de 2017”
des de um operador e tínhamos dois caminhos, ou a mantínhamos exclusivamente dentro de portas ou passávamos a disponibilizá-la ao mercado, pelo que em 2005 criámos a Optigest que tem tido resultados fantásticos. Passado um ano de a criarmos, saíram das instalações da Nortravel e ficaram desde essa altura totalmente autónomos, actualmente têm uma equipe de 16 pessoas e mais de 300 balcões que utilizam o sistema. Quando desenvolve alguns produtos que sejam benéficos para todos, a Optigest disponibiliza-os globalmente para todos os seus clientes. Claro que como a Nortravel foi a base de surgimento da Optigest, na altura, quem comprasse o sistema tinha a base toda da Nortravel a nível de estrutura, de como funciona um operador. Tecnologicamente, continuamos todos os anos a evoluir. O mais recente desenvolvimento foi a integração com a Amadeus, com a Travelport já tínhamos desde há muitos anos. A Nortravel sempre quis que os portugueses conhecessem a sua marca associada a um turismo de qualidade, uma tarefa que foi conseguida. Esse é um mérito que temos que dar ao António Gama que em termos de comunicação e marketing foi exímio na estratégia que planeou há mais de 12 anos.
Evidentemente, só publicidade não resultaria, temos que manter a qualidade que sempre nos caracterizou, não apenas junto do cliente final, mas também junto das agências. Ao longo destes anos, com os milhares de passageiros que temos transportado, isso tem-se vindo a comprovar. Não somos uma empresa isenta de problemas, porque isso não existe, mas até isso é uma oportunidade pela forma como os resolvemos. O que também temos desenvolvido nos últimos anos é a comunicação digital. O António Gama deixou-nos muito rasto para continuarmos a fazer esta comunicação, hoje já temos uma pessoa dedicada só a esta área, tanto ao nível do site como das redes sociais, e cada vez mais estamos a conseguir comunicar com o cliente final por essa via. Fazemos muitas vezes campanhas no Facebook e sabemos que têm retorno, estamos expostos, nesta e noutras redes sociais, as pessoas podem dar as suas opiniões, colocar as suas questões e nós respondemos na hora. Sentimos que temos clientes fiéis que querem ter uma maior interacção com a marca e temos conseguido isso. Quando encetaram esta estratégia de comunicação eram muitos os que diziam que a Nortravel queria chegar ao público final e fazer um “bypass” às agências de viagens. Passados todos estes anos já ninguém o diz porque já vi-
ram que essa não era a vossa estratégia. Obviamente que não. Esta estratégia de comunicação com o cliente final é sempre arriscada, hoje as coisas estão pacificadas, mas na altura tivemos muitas acusações e tivemos que tranquilizar os nossos parceiros. A fórmula que usámos teve como consequência que, pelo nosso produto, colocámos mais clientes dentro das agências. Hoje há agências que não compram habitualmente à Nortravel mas que chegam com reservas grandes porque o cliente lá foi para comprar o nosso produto.
PROGRAMAÇÃO DE INVERNO Depois de uma boa primeira parte do ano, o que é que a Nortravel está a preparar para o Inverno? A grande novidade será o lançamento de uma brochura de Inverno que já não fazíamos há cinco anos e que vamos apresentar ao mercado em Outubro, com programas válidos de Novembro até Abril de 2017. Vai ser uma brochura geral, com a programação de Réveillon, Carnaval e Páscoa, que depois terá todo um suporte informático na nossa página web. Por tradição nós lançamos a nossa programação muito cedo e este ano pagámos a factura disso porque houve grandes mudanças num dos nossos maiores
parceiros, a TAP, com cancelamento de voos, por exemplo, o que nos afectou muito porque já tínhamos as brochuras na rua. Na brochura de Inverno, com 48 páginas, vamos complementar toda a oferta dos Açores e Madeira, iremos criar novos produtos na Europa na vertente de cinco ou seis dias, nomeadamente em Espanha, França, Itália, Alemanha e Europa Central. Serão viagens para certas regiões aproveitando a reposição dos feriados e na Páscoa já teremos os circuitos europeus. Continuaremos a aproveitar os circuitos que nos caracterizam no Brasil e na América do Sul, com Argentina, Patagónia, Peru, não esquecendo os Estados Unidos, aproveitando o facto de a TAP ter ampliado a sua oferta. Pela evolução que estamos a ter, está confiante em 2017? Considero que será, no mínimo, um ano idêntico a este. Tenho a certeza que todos os operadores turísticos chegarão lá bem estruturados. No mercado a tour operação ou tem produto próprio e estrutura bem esse produto ou então não é mais-valia para o mercado, e neste momento creio que está tudo muito estruturado, a oferta já está equilibrada desde há uns anos e por isso 2017 deverá ser a sequência do que temos vindo a fazer nos últimos anos. < TURISVER | AGOSTO DE 2016
7
>agenda
>notícias
Data: 18 a 23 de Setembro e 25 a 30 de Setembro Local: Porto e Lisboa
Tomorrow Tourism Leaders As cidades de Lisboa e Porto vão ser palco, em Se-
tembro, da terceira edição do Tomorrow Tourism Leaders. O evento, organizado pelo Fórum Turismo 2.1, oferece a oportunidade a 40 jovens e desempregados de trabalharem durante uma semana directamente com algumas das maiores empresas do sector, onde podem conseguir uma oportunidade de entrarem no mercado de trabalho. Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, Gonçalo Rebelo de Almeida, do Grupo Vila Galé, Fernando Bessa, da KLM/Air France, entre outros reconhecidos intervenientes do sector, são já presenças garantidas nesta edição, cujas inscrições já estão abertas. O Turismo de Portugal é o parceiro oficial. Nas primeiras duas edições, o evento esteve esgotado e a entrada dos participantes no mercado de trabalho é superior a 40%.
Data: 19 de Setembro Local: LX Factory, Lisboa
Estrella Damm Gastronomy Congress Albert Adrià, Nandu Jubany, Andoni Luis Aduriz, Kiko Martins, João Rodrigues e Henrique Sá Pessoa, serão alguns dos prestigiados chefs espanhóis e portugueses que vão participar na primeira edição do Estrella Damm Gastronomy Congress Lisboa, a 19 de Setembro no LX Factory. Dirigido ao público profissional, o evento, que tem o objectivo de se tornar anual, vai prolongar-se por todo o dia, integrando diversas confecções ao vivo durante a manhã e a tarde, nas quais os chefs apresentarão os seus pratos, tanto a solo como em equipa. Além do showcooking os chefs irão, em conjunto, analisar o presente e o futuro da gastronomia peninsular, partilhando a mesma vontade de difundir os saberes da cozinha contemporânea e continuar a inovar nesta disciplina. Um debate cujas conclusões serão apresentadas ao final do dia.
Data: 5 a 14 de Maio de 2017 Local: Quatro Águas-Tavira
Algarve Nature Week A edição de 2017 da Algarve Nature Week, um dos maiores eventos dedicados ao turismo de natureza em Portugal, vai ter lugar entre os dias 5 e 14 de Maio, promovendo um rol variado de actividades ao ar livre e estadias em unidades de alojamento local por toda a região algarvia. Enquadrada na Algarve Nature Week, a Mostra da Natureza, espaço de exposição de empresas de animação turística, produtores locais e outras entidades-, também já tem data e local escolhido. Irá decorrer de 5 a 7 de Maio, na zona recentemente requalificada das Quatro Águas em Tavira, um local privilegiado que conjuga os elementos água, terra e ar, ideais para a prática de actividades ao ar livre. Depois de Faro e Loulé, o objectivo da RTA é levar, ao longo dos anos, a Mostra da Natureza a cada um dos 16 concelhos algarvios. 8
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
TAP disponibiliza cartões de embarque através do Google Now A partir de agora os passageiros da TAP já podem aceder ao seu cartão de embarque a partir do Google Now. Tornada acessível em Agosto, a nova funcionalidade representa uma facilidade acrescida para os utilizadores de dispositivos móveis Android. De acordo com a companhia, uma das grandes vantagens para o cliente é a “disponibilização do cartão de embarque de forma automática, no momento mais conveniente da jornada, sem necessidade de aceder ao email ou efectuar configurações adicionais”. O cartão de embarque surge como uma notificação no dia do voo e, desta forma, o cliente passa a ter sempre à mão o cartão no seu telemóvel, fazendo o percurso regular até à porta de embarque. O envio para o Google Now será feito através de uma conta de email associada e compatível com esta aplicação. “O lançamento desta novidade constitui mais uma evolução nos serviços que a TAP tem vindo a oferecer aos seus clientes a partir de dispositivos móveis”, sublinha a TAP.<
SANA Hotels chega a Marrocos com dois hotéis em Casablanca Com data de abertura prevista para 2019, os dois hotéis, um da categoria Epic (5 estrelas), outro Evolution (4 estrelas), que a SANA Hotels vai construir em Casablanca, irão dotar a cidade de 355 novos quartos e contarão com um investimento de 55 milhões de euros. O Epic SANA Casablanca vai contar com 187 quartos, seis restaurantes/bares, vários espaços para eventos, Spa, Fitness Center e duas piscinas, uma interior e outra exterior. Já o Evolution Casablanca será uma unidade high tech, disruptiva, com uma forte componente tecnológica e que se irá destacar pela funcionalidade, rapidez no serviço e inovação. Fora dos conceitos da hotelaria tradicional, este hotel, de 168 quartos, vai contar com restaurante e espaço para reuniões informais. Em conjunto, as duas unidades hoteleiras irão oferecer 95 lugares de estacionamento num parque privado comum. <
MERCADO DE VIAGENS DE INVERNO 2016
22 / 23 OUT.
Pav. 2 FIL / Lisboa
90 LOJAS ABERTAS
Norte a Sul, Açores e Madeira
INSCREVA-SE
pro.expoabreu.com
3
COM O APOIO:
TURISVER | AGOSTO DE 2016
9
Viagens Abreu, S.A • Capital Social € 7.500.000 • Sede: Av. dos Aliados, 207 • 4000-067 Porto • RNAVT 1702 • Operador • Cons. Reg. Com. do Porto nº 15809 • NIF: 500 297 177 • 2016
EXPO EDIÇÃO
A
>actualidade TEXTO: FERNANDA RAMOS
Aumentar a atractividade do Algarve durante a época baixa, contribuindo para que este seja um destino turístico de ano inteiro e, desta forma, atenuar a marcada sazonalidade da principal região turística do país, é o objectivo do Programa Algarve Cultural. Apresentado a 8 de Agosto em Lagos, este Programa pretende dar vida ao Algarve nas épocas média e baixa, recorrendo a um vasto número de iniciativas culturais.
Programa Algarve Cultural
1,5M€ para dar vida ao Algarve na época baixa
O Programa Algarve Cultural Vigência: Outubro de 2016 a Maio de 2017 Projecto: Ministérios da Economia e da Cultura, Turismo de Portugal, Região de Turismo do Algarve, agentes culturais locais Investimento: 1,5M€ (Turismo de Portugal) Iniciativas: 626 em 16 concelhos 9 linhas programáticas: • Arte e paisagem • Festa e tradição • Gentes que nos inspiram • Música, espaços e paladares • Música, espaços e tempos • Pensar o território • Território e fronteiras • Território e memória • Território, criação e transformação
10
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
governo apresentou no passado dia 8 de Agosto, no Centro Ciência Viva de Lagos, o Programa Algarve Cultural que visa aumentar a competitividade do destino e atenuar a sazonalidade através da realização de uma série de iniciativas que vão preencher os meses de época média e baixa na região. O projecto, que junta os Ministérios da Economia e da Cultura, o Turismo de Portugal e a Região de Turismo do Algarve, bem como agentes culturais locais, resulta de um investimento de 1,5 milhões de euros (verba suportada na íntegra pelo Turismo de Portugal) no reforço e qualificação da programação cultural da região, entre Outubro deste ano a Maio de 2017. A ideia é diversificar e aumentar a atractividade da oferta turística e cultural no Algarve na época média e baixa e assegurar um calendário de iniciativas que consiga atrair turistas nacionais e internacionais à região, durante todo o ano e que ocupe os tempos livres dos que já estão em solo algarvio durante aquelas épocas. Ao todo, este calendário cultural integra 626 espectáculos que se irão desenrolar em 16 concelhos da região. As iniciativas abrangem um
festival de teatro e uma mostra de cinema, concertos de diversa índole, iniciativas ligadas à literatura e eventos gastronómicos. Ou seja, um programa tão multifacetado quanto possível, capaz de agradar a praticamente todos os tipos de público. Não se trata de um novo “Allgarve” que muitos consideram de má memória e que quase todos acusam de não ter acrescentado valias à região. O Algarve Cultural não prevê iniciativas na época alta, quando a região já se encontra cheia de turistas, quer é contribuir para dinamizar o turismo durante o resto do ano. Tem também um orçamento mais curto: 1,5 milhões de euros, com 90% da verba a ser dispendida na programação, ao invés dos cerca de cinco milhões com que contou o “Allgarve”. A propósito, o ministro da Cultura, Luís Castro Mendes, diria aos jornalistas, à margem da apresentação do programa, que este não se mede pelas verbas com que arranca mas sim “pela participação e construção de um tecido, de uma actividade comum entre autarquias, criadores locais e o Estado”, e explicaria ainda que o que interessa é “desencadear acções, projectos e programas que depois se possam multiplicar”. Por outro lado, o Algarve Cultural
tem uma maior abrangência territorial e será produzido de dentro para fora, já que a maior parte das iniciativas foram propostas pelos agentes culturais da região. Refira-se, por exemplo, que localidades como Monchique e Aljezur vão contar com 83 e 79 espectáculos, respectivamente, logo atrás da capital algarvia que receberá 85 eventos. Grande parte das iniciativas resulta de propostas dos agentes culturais da região. Como realçou Dália Paulo, comissária do Programa Algarve Cultural, durante a apresentação, houve 41 entidades que apresentaram um total de 100 projectos a realizar nos 16 concelhos algarvios. Destes foram aprovados 48, onde se incluem 35 projectos novos, 12 que já existiam e agora vão ganhar nova dimensão, e um outro, o Festival Internacional de Música do Algarve, que será reactivado e irá acontecer entre Março e Maio de 2017 em sete concelhos do distrito de Faro.
ALGARVE TODO O ANO Explicando que a ideia do Programa Algarve Cultural é “chegar às pessoas em dois momentos, o da escolha do seu destino de férias e quando já estão cá”, a comissária Dália Paulo garantiu que esta será uma “programação anual e regular
Eventos programados Arte e paisagem Outdoor | Outubro a Março Loulé, Faro, Lagos e Alcoutim Festa e Tradição Festival do Contrabando, Contrabandarte | 11 a 13 de Março | Vila de Alcoutim, rio Guadiana e Vila de SanLucar São Brás de Alportel, 1914 – Uma viagem no Tempo | 27 e 28 de Maio | São Brás de Alportel Gentes que nos Inspiram Festa de Anos de Álvaro de Campos | Outubro | Tavira Amor e Medo - Los Negros, Luís Conceição e Álvaro de Campos Janeiro e Fevereiro | Aljezur e Castro Marim Primavera Literária | Março a Maio| Faro Música, Espaços e Paladares Festival de JAZZ Gourmet Moments by OJA | 20 e 21 de Janeiro | Albufeira Adegas com Jazz | Outubro a Março | Silves Música, Espaços e Tempos A Lyrical White Christmas with Tenor Carlos Guilherme | Dezembro | Catedral de Silves, Igreja Matriz de Monchique e Espaço Guadiana Cantata Mundi | Janeiro e Março | Vila do Bispo Ciclo Guitarras & Património Outubro e Maio | Espaços museológicos dos 16 concelhos 1.º Festival Internacional de Piano do Algarve | 25 de Fevereiro, 4, 11, 18 e 26 de Março e 8 de Abril | Centro de Congressos do Arade e Auditório Municipal de Lagoa Concerto de Páscoa | 9 de Abril | Igreja Matriz de Loulé Património e Música nas Igrejas| 1 de Março a 15 de Abril | Igrejas de Tavira FIMA, Festival Internacional de Música do Algarve | 10 e 17 de Março, 6, 7 e 13 de Abril e 4 e 5 de
Maio | Faro, Silves, Loulé, Portimão, Lagos, Albufeira e Tavira Festival de Coros de Câmara | 20, 21, 27 e 28 de Maio | Olhão Pensar o Território 2.ª Edição Festival “encontros do DeVir – cidades utópicas”| Março e Maio | Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel Território e Fronteiras I Mostra Internacional de Cinema de Fronteiras | 19 a 23 de Outubro | Vila Real de Santo António I Festival Internacional de Teatro de Vila Real de Santo António | 16 de Março a 1 de Abril | VRSA Território e Memória Momentos Fantásticos com o Património - A Banda Bai | 15 de Outubro e 15 de Novembro | Museu de Lagos e Museu Municipal de Arqueologia de Silves Território, criação e transformação Hugo Alves & João Frade Morphosis | 20 a 22 de Outubro e 10 a 12 de Novembro | Silves, Lagos e Vila do Bispo, Castro Marim, São Brás de Alportel e Olhão Fazer render o peixe em Portimão | Outubro a Maio | Museu de Portimão LAVRAR O MAR - As artes no alto da serra e na costa vicentina | 18 a 20 e 25 a 27 de Novembro, 17 a 19 e 31 de Março a 2 de Abril e 18 a 28 de Maio | Aljezur e Monchique Interferências | 8 de Dezembro e 10 de Fevereiro | Tavira e Loulé 2.ª Edição Festival “encontros do DeVir – cidades utópicas”| Março e Maio | Faro, Loulé, Olhão e São Brás de Alportel Faro(l) de cultura ou Faro de Cultura | Março a Junho| Faro | 24 Horas Figuras | 30 de Abril | Teatro das Figuras, Faro I Festival do Barrocal Algarvio | 26 a 29 de Maio | Casa do Povo de Santo Estevão, Tavira
a imagem de que o Algarve é muito mais do que apenas sol e praia”. Também Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, defendeu que “o Algarve deve ser vivido 365 dias por ano” e que “este programa é a prova disso”. A ideia de um Algarve todo o ano foi também destacada por Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, ao afirmar que “o turismo algarvio tem de ter sustentabilidade durante todo o ano” porque “não nos adianta ter taxas
FÉRIAS VERÃO 2016
VIAJAR NÃO TEM PREÇO. MAS OS de qualidade e baseada na identida- “Desde o início deste mandato, o
de ocupação de 90% em Agosto e de 20% em Janeiro ou Fevereiro”, Para o responsável, o Programa Algarve Cultural que resulta da “união e vontade de várias entidades, públicas e privadas, para que tenhamos na região um nível de visitantes mais constante ao longo de todo o ano” irá contribuir para a construção de “uma oferta ainda mais qualificada e consistente que ajude a solidificar a região como destino turístico e cultural moderno e com futuro.” <
Tornamos reais as suas viagens de sonho.
Viajamos juntos pelo Mundo
A Lusanova procura um coordenador de grupos, é desejável que tenha um curso superior de turismo, ter experiência mínima de 10 anos na área de grupos NOSSOS SÃO IMPERDÍVEIS (aéreo e circuitos), conhecimentos de Galileo, capacidade de liderança, responsabilidade e apetência por fazer uma carreira numa empresa a caminho dos 60 anos.
de do Algarve”. reposicionamento do Algarve tem O facto de se tratar de um programa sido um objectivo prioritário para anual foi também realçado pela se- este Governo e é por isso que estacretária de Estado do Turismo, Ana mos a trabalhar com os principais Mendes Godinho, que na sua inter- agentes turísticos e culturais da Revenção afirmou que o Algarve Cul- gião para a construção de uma ofertural “é a resposta à necessidade de ta inovadora”, afirmou ainda, sublium Algarve com vida e actividades nhando que o que se pretende é “ter culturais e de lazer durante todo o um Algarve 365” dias por ano e que, ano, com um programa de qualidade, como tem vindo a dizer em diversas variado e regular”. Por isso “pode aju- intervenções, “é quando os números dar a reduzir a sazonalidade “ e con- são bons que é preciso trabalhar”. Envie o seu CV para tribuir “de uma forma muito positiva A governante garantiu ainda que desde _“usará este desde o Turismo de Portugal, para a sustentabilidade turística na lusanovaturismo@lusanova.pt H H Voos directos àsépoca 2ªs de 18 Julho a 05 Setembro. Hotel 4 . 8 Dias. Alojamento e pequeno-almoço. Voos directos às 2ªs de 18 Julho a 05 Setembro. Hoteis de 4 . 8 Dias. Meia Pensão. baixa, fidelizando a procura programa como factor de promoção do Algarve no exterior e para passar existente e captando nova procura”.
DUBROVNIK
812
CROÁCIA E BÓSNIA
1.257_
TURISVER | AGOSTO DE 2016
11
Bruno Solas – director de Vendas da Oásis Atlântico Paulo Andrade – supervisor de Vendas e Marketing da HBD
T E XTO : FERNANDA RAMOS
O negócio da hotelaria e o facto de não terem hotéis em Portugal une a Oásis Atlântico e a HBD, embora só o primeiro seja um grupo português. Em comum têm ainda uma oferta centrada em ilhas africanas, Cabo Verde no caso da Oásis Atlântico, São Tomé e Príncipe no caso da HBD. Um traço comum que foi ponto de partida para a conversa com os responsáveis de vendas dos dois grupos, Bruno Solas e Paulo Andrade.
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe
Dois destinos duas realidades diferentes 12
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
C
omercializar, em Portugal e no estrangeiro, hotéis “num destino tão rico como Cabo Verde, não é difícil”, garante Bruno Solas, explicando que “mais difícil e desafiante é criar uma marca portuguesa sendo uma empresa multinacional e não estando presente em Portugal”, um desafio que começou há 20 anos, quando a empresa rumou a Cabo Verde. Hoje, a marca existe e, a par dela, o sonho de vir a ter um hotel em Portugal. O director de Vendas da Oásis Atlântico assume que “ter o departamento comercial sedeado em Portugal torna muito mais fácil a promoção e o acompanhamento dos clientes, nomeadamente operadores turísticos portugueses e europeus, porque em poucas horas podemos estar em qualquer cidade da Europa para negociar”. Realidade diferente é aquela com que lida Paulo Andrade. Com um hotel na ilha de São Tomé, o Omali, e outro na ilha do Príncipe, o Bom Bom Resort, a HBD não nasceu para ser empresa de grandes hotéis, antes de pequenas unidades em que impera a ligação com a natureza e o meio social em que se inserem. A empresa, explica o supervisor de Vendas e Marketing da HBD, “nasceu da paixão de um investidor que decidiu provar ao mundo que é possível criar desenvolvimento em África” e escolheu a ilha do Príncipe como “foco principal”. À pergunta “porque não Portugal?” Bruno Solas responde reportando-se ao “crescimento, rápido e sustentado, que o grupo tem conseguido em Cabo Verde”. Tanto assim que, ao invés de rumar a Portugal, e depois de, no ano 2000, ter assentado arraiais também no Brasil, onde hoje possui duas unidades em Fortaleza, no Ceará, a Oásis decidiu continuar a investir forte em Cabo Verde, com a construção de um cinco estrelas no Sal. Mas confessa: “Continuamos a trabalhar para que um dia possamos vir a operar algum hotel em Portugal”. Diversa é a estratégia da HBD em que Portugal é apenas “ponto de passagem para quem visita São Tomé e Príncipe” até porque “muitas vezes” o grupo promove “combinados com Lisboa e São Tomé”. Porque “não há intenção de abrir mais hotéis fora da ilha”, também não existe intenção de investir em Portugal, mas Paulo Andrade lida com uma dificuldade diferente: “O grande desafio é colocar o destino no mapa e representar um país tão rico com um povo tão simpático como São Tomé e Príncipe”. À Oásis Atlântico esse desafio não se coloca hoje mas colocou-se durante muito tempo, desde que o grupo rumou a Cabo Verde, em 1994, para abrir o seu primeiro hotel em São Vicente “numa época em que o único Aeroporto Internacional era no Sal”, pelo que o projecto só se solidifica quatro anos depois, quando o grupo adquiriu três hotéis ao Estado de Cabo Verde: O Belorizonte no Sal, o Praia Mar em Santiago e o Xaguate na ilha do Fogo. Até 2004, houve que promover o destino. “Íamos às feiras de turismo e na Europa ninguém sabia onde era Cabo Verde”, recorda, precisando que esta missão foi facilitada a partir do momento em que uma grande cadeia hoteleira espanhola abriu uma unidade no Sal e com isso “colocou Cabo Verde no mapa para os turistas europeus”. “São duas realidades desfasadas pelo menos 10 anos”, conclui Paulo Andrade, comparando o grau de conhecimento que existe dos dois destinos.
PRODUTOS DIFERENTES, SEGMENTOS DIVERSOS As diferentes situações com que se deparam no desempenho das suas funções advêm também
Bruno Solas
“Ter o departamento comercial sedeado em Portugal torna muito mais fácil a promoção e o acompanhamento dos clientes, nomeadamente operadores turísticos portugueses e europeus, porque em poucas horas podemos estar em qualquer cidade da Europa para negociar”. Paulo Andrade
“O grande desafio é colocar o destino no mapa e representar um país tão rico com um povo tão simpático como São Tomé e Príncipe”
das diferenças entre os produtos hoteleiros com que trabalham, que têm na base conceitos diversos e dimensões distintas. “No caso do Bom Bom estamos a falar de um hotel com 19 bungalows na praia, e não de um hotel com centenas de quartos”, procurando-se que os clientes “tenham a experiência real do que é estar numa ilha perdida no meio do oceano e tenham contacto directo com a população local”. O objectivo é, assim, o de “transportar o cliente para a realidade de S. Tomé e Príncipe ficando alojado nos nossos hotéis e não tentar moldá-lo à realidade do hotel”. Na HBD impera a filosofia de acompanhar o cliente durante toda a viagem, por isso “fazia sentido termos um hotel na ilha de São Tomé, a única do arquipélago que tem um Aeroporto Internacional”. Esse hotel existe, é o Omali, e é ali que “recebemos os nossos clientes que vão para o Príncipe”, afirma Paulo Andrade. Isto porque a ida para o Príncipe significa passar uma noite em São Tomé, com o transporte entre as duas ilhas a fazer-se de avião. E foi a HBD que fez “um investimento considerável no aeroporto do Príncipe, tal como em toda a infra-estrutura ali montada para garantir todo o conforto dos turistas mas também dar condições a quem reside na ilha”, porque “não seria lógico termos um hotel com todas as condições ao lodo de uma povoação em que não houvesse acesso a água potável, electricidade ou mesmo à educação”, afirma, sublinhando que no Príncipe é a HBD que garante tudo isto. À Oásis Atlântico este é um problema que não se põe. Em todas as ilhas onde está implantada. as infra-estruturas existem e os apelos principais andam entre o sol e praia, a cultura e os negócios. O hotel da cidade da Praia, ilha de Santiago, é “muito adaptado ao ‘bleisure’ conceito que combina negócios e lazer” e que cai bem numa ilha que viu a sua “Cidade Velha” nomeada Património Mundial pela Unesco, que conta com o património histórico que é a antiga prisão do Tarrafal, e muitas potencialidades para o sol e praia, nomeadamente na Baía do Tarrafal. Já S. Vicente é a “ilha cultural de Cabo Verde”. Ali nasceu, bem no centro da cidade, o primeiro hotel da Oásis de onde os turistas partem à descoberta de toda a cidade do Mindelo “muito rica em termos históricos e culturais”. Mas não faltam praias.
>
TURISVER | AGOSTO DE 2016
13
“O problema da saúde pública não se coloca de todo em Cabo Verde. Nem de saúde nem outros”,
“Desde 2013 a Organização Mundial de Saúde não obriga à vacina da febreamarela” (…) “já não se registam casos de malária no Príncipe há algum tempo e em S. Tomé a situação também já é segura”
Negócios e lazer em Santiago, cultura em São Vicente, sol e praia no Sal, assim se dividem os produtos da Oásis Atlântico em terras cabo-verdianas, em contraponto com o lazer virado para o desfrute da natureza que é proposto pelas unidades da HBD em São Tomé e Príncipe. Mesmo assim, “o Omali, sendo um hotel com 30 quartos e estando localizado na cidade, combina lazer e negócios” até porque “muitos clientes que vão em viagem de negócios aproveitam para descobrir a ilha” com o hotel a oferecer “uma série de programas, como a ida às roças de cacau e de café”. Ou seja, o “bleisure” está também a nascer em São Tomé.
<
DISPERSÃO GEOGRÁFICA E ACESSIBILIDADES Ilhas africanas com realidades diferentes até no transporte inter-ilhas, mais facilitado em São Tomé, onde o território é formado por duas ilhas, o número de turistas não ultrapassa os 16 mil e os voos inter-ilhas têm aumentado: “Há três anos a ligação entre as ilhas de São Tomé e do Príncipe fazia-se três vezes por semana, hoje temos uma ligação diária num avião para 16 passageiros”, permitin14
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
do “garantir que um passageiro que aterre em São Tomé e queira ir ao Príncipe, não deixa de o fazer”, conta Paulo Andrade, assumindo que “é mais fácil trabalhar esta realidade do que a de um país composto por diversas ilhas”. Esse é o caso de Cabo Verde. “São 10 ilhas, uma é deserta, duas não têm aeroporto, ficamos com sete ilhas e quase meio milhão de pessoas ligadas por via aérea através de um voo dos TACV”. E se hoje já é possível “ir e vir no mesmo dia, há 10 anos havia casos em que se ia para uma ilha à terça-feira e o regresso só podia ser na sexta”. O que virá facilitar ainda mais será o início das operações da Binter, previsto para breve, lembra Bruno Solas. As ligações internacionais também são mais fáceis, com a oferta dos TACV e da TAP, que tem crescido em número de voos somando já mais de 20, e com o maior número de aeroportos internacionais que “hoje são quatro: Sal, São Vicente, Santiago e Boavista, o que simplifica muito o ponto a ponto”. As “dificuldades são maiores apenas quando há um grande fluxo migratório que enche os aviões e encarece as tarifas, seja da TAP, dos TACV ou dos charters que nestas alturas abrem as vendas”.
Já São Tomé “apresenta uma grande fragilidade ao nível do acesso aéreo”. Há apenas “quatro companhias a voarem para o país: TAP com três voos semanais, STP Airways com dois, TAAG e Seiba” e não há operações charter, o que se compreende porque “este não é um destino de massas”. Quando se fala em destinos africanos, toca-se sempre em questões de saúde pública, situação que melhorou muito nos últimos anos. “Trabalho com São Tomé e Príncipe há quase 15 anos e nos últimos anos essa problemática tem vindo a ser desmistificada”, afirma Paulo Andrade, explicando que “desde 2013 a Organização Mundial de Saúde não obriga à vacina da febre-amarela que apenas é obrigatória para quem se desloca de outro país africano para São Tomé”. Por outro lado, “já não se registam casos de malária no Príncipe há algum tempo e em S. Tomé a situação também já é segura”. Em resumo, “São Tomé e Príncipe é um destino seguro mesmo para famílias”, sendo “importante que quem está a vender ao balcão de uma agência saiba dar a informação correcta e faça com que o cliente se sinta seguro para levar a família”. “O problema da saúde pública não se
coloca de todo em Cabo Verde. Nem de saúde nem outros”, afirma Bruno Solas, acrescentando: “Não vou dizer que é um destino 100% seguro porque não há nenhum, mas podemos andar tranquilamente nas ruas”. Por isso “Cabo Verde é muito fácil de vender”.
MELHORIAS NA PROMOÇÃO Seria ainda mais fácil se houvesse maior promoção por parte das entidades oficiais? Bruno Solas diz estar “habituado a não ficar sentado à espera que as coisas aconteçam” por isso “quando vamos vender os nossos hotéis, promovemos o destino, mesmo se vamos com entidades oficiais”. Assume mesmo que “a Oásis já levou para Cabo Verde vários mercados de origem de que o Estado só mais tarde deu conta, alguns em operações que duram há anos”. Reconhecendo que “as coisas já estão melhores”, que “está tudo encaminhado para que a promoção passe a ser feita com mais força”, mantém que “uma empresa privada necessita de fazer as coisas por si, mesmo que não deixe de acompanhar as acções do país”. São Tomé começa agora a dar alguns passos nesta matéria. “Nos últimos
tempos a Direcção-Geral da Hotelaria e Turismo tem estado presente em diversas feiras europeias para promover o destino, mas há dificuldades financeiras que devem ser apoiadas pelos privados”. Para financiar estas acções “foi criada uma taxa turística em São Tomé e Príncipe”, sendo expectáveis melhorias, mas Paulo Andrade elogia o “trabalho muito meritório que tem sido feito pelos privados junto de alguns mercados emissores da Europa”. Taxa turística também existe em Cabo Verde e também neste caso “o investimento na promoção e nas infra-estruturas era o objectivo inicial”, mas Bruno Solas alerta: “as primeiras infra-estruturas a criar têm que ser para a população local”.
ALOJAMENTO COM ESPAÇO PARA CRESCER Nos hotéis da Oásis como nos da HBD o turista português é o número um. “Por tradição e facilidade de acesso aéreo, Portugal significa cerca de 50% da ocupação das nossas unidades”, afirma Paulo Andrade que diz não haver nenhum plano para limitar o número de unidades em São Tomé onde há ainda por onde crescer “tanto na hotelaria, com a recuperação das roças, como nas actividades e na restauração” porque “o país ainda está muito virgem e quem investir nos próximos anos terá excelente retorno”. Mas avisa: “São Tomé e Príncipe não pode ser vendido como destino de sol e praia mas sim pela experiência que o cliente pode ter ao descobrir o país, pela sua natureza e pelo contacto com as comunidades”. Considera mesmo “saudável” que “surgisse mais alojamento turístico de qualidade para atrair novos clientes” até porque isso iria “provocar investimento em diversas áreas, como o rent-a-car e
actividades como caminhadas, passeios de barco, hiking… que é um dos grandes handicaps em São Tomé e Príncipe”. E alerta para o problema do alojamento paralelo: “há muito alojamento em casas privadas” o que “tem desvirtuado o mercado e pode desvirtuar o destino”. “São Tomé deve crescer pela qualidade”, o que “não quer dizer preços altos”, diz, explicando: “o que faz com que em São Tomé os preços sejam elevados é a escassez de ligações aéreas”. Por falar em crescimento, no Príncipe o Bom Bom não vai ficar só muito tempo. A HBD “vai abrir em 2017 o Praia Sundi” que “vai ter 15 tendas de luxo na praia”. O nome Sundi “vem da roça de que a praia faz parte” e o conceito assentará na “gastronomia feita a partir do que a terra dá” e em “transportar o turista para a realidade da ilha, através da vivência e dos sabores” Já Cabo Verde “joga noutro campeonato”, brincou Paulo Andrade, e não deixa de ser verdade. Como diz Bruno Solas, ali a oferta continua a crescer e nada faz prever que pare, até porque “no próximo inverno vamos ter falta de camas, mesmo com a abertura de novos hotéis”. O facto é que “Cabo Verde está no mapa, beneficia da deslocalização de fluxos turísticos e começa a ser um destino muito procurado, no Verão pelos mercados do Centro e Sul da Europa, no Inverno pelos do Norte”. A Oásis Atlântico tem “vários projectos em Cabo Verde, tanto no Sal e na Boavista como em Santiago e São Vicente”, mas para isso as infra-estruturas têm que corresponder. Mais turistas significa maior consumo e os produtos têm que chegar às ilhas: “um turista europeu nunca vai entender porque é que num dia tem ovos ao pequeno-almoço e noutro não tem”, exemplifica Bruno Solas. Paulo Andrade perfilha a ideia de
Bruno Solas
“A Oásis já levou para Cabo Verde vários mercados de origem de que o Estado só mais tarde deu conta, alguns em operações que duram há anos”
Paulo Andrade
“São Tomé e Príncipe não pode ser vendido como destino de sol e praia mas sim pela experiência que o cliente pode ter ao descobrir o país, pela sua natureza e pelo contacto com as comunidades”
que “o turista tem que ser educado, tem que saber que vai para uma ilha, que pode ficar privado de vários produtos e haver maior dependência do que a natureza dá”, mas uma vez mais este é um problema de escala que não afecta tanto um hotel pequeno. Bruno Solas fala também da rede wi-fi que ainda não funciona em Cabo Verde. “Fomos o primeiro hotel a oferecer internet, no Salinas Sea, contratámos o dobro de boxes e mesmo assim os clientes queixam-se”. Se aconteceria num hotel mais pequeno? “Há coisas que as pessoas perdoam em hotéis de 20 quartos mas não num de 200”, assume. Se algo une os dois destinos africanos é o facto de não haver muitos grupos portugueses a investirem neles, apesar dos laços históricos. Para Bruno Solas, a razão principal prende-se com o valor do dinheiro: “O dinheiro ficou mais caro, não existe a facilidade que existiu antes de 2009, os bancos não emprestam e existem poucas cadeias hoteleiras que possam gastar 50, 60 ou 70 milhões num projecto num país desconhecido, sem saber se vão ou não conseguir singrar”. Cabo Verde, assume, “é interessante para todos pelo seu crescimento mas quem não conhece o destino tem que ponderar muito bem e ter parceiros locais”. Paulo Andrade diz que oportunidades de investimento hoteleiro em São Tomé há várias, a começar pelas roças mas “a sua concessão implica todas as pessoas que ali vivem e isso dificulta o investimento” . A HBD investiu e continua a fazê-lo mas “não somos um grupo hoteleiro. No nosso caso há um investidor que quer fazer da Ilha do Príncipe um exemplo para o mundo” em termos de desenvolvimento agrícola, com a recuperação de roças, desenvolvimento social (educação, saúde acesso a água potável nas escolas e
comunidade, vias de comunicação), num “projecto a 30 anos”. Exemplifica com a Roça Sundi, no Príncipe, habitada por 600 pessoas pelas quais a HBD se responsabiliza, nomeadamente em termos de habitação, condições, saúde e educação.
DOIS PAÍSES, DUAS REALIDADES São Tomé rima com paraíso e o paraíso não se abre às massas como não se abre aos charters. Paulo Andrade confessa que “o país em si, a natureza, é meio caminho para vender S. Tomé e Príncipe. Depois é a experiência que o cliente tem nos hotéis, a boa gastronomia… mas por muito feio que um hotel pudesse ser, aquela envolvência natural faria esquecer isso”. Crescer, sim, mas com conta, peso e medida e isso está assegurado na Ilha do Príncipe, classificada pela UNESCO como Reserva Mundial da Biosfera. Uma classificação que “condiciona a criação de grandes unidades hoteleiras” da mesma forma que “quando recuperámos o aeroporto, limitámos a dimensão da pista para que os aviões que podem aterrar na ilha nunca tenham capacidade superior a 40/50 lugares”. Destino conhecido e implantado, vender Cabo Verde é apenas “facilidade aparente” porque “o turista é cada vez mais exigente e tem que ser acompanhado comercialmente, senão todos os dias pelo menos semanalmente”, afirma Bruno Solas, explicando que “o serviço ao cliente é muito importante em todos os momentos, por isso temos que estar sempre presentes, antes da venda, durante as operações e depois de elas terminadas”. Paulo Andrade subscreve as palavras anteriores: “Todos os momentos são muito importantes, temos que estar presentes antes, durante e no pós-venda”. < TURISVER | AGOSTO DE 2016
15
>hotelaria
TEXTO: FERNANDA RAMOS
Abriu portas no coração de Lisboa, junto à Praça do Comércio, no passado dia 16 e traz consigo um novo conceito de hotelaria que aposta na tecnologia e na ideia de partilha. Direccionado para os millennials, o Pestana CR7 Lisboa é fruto de um investimento de 15 milhões de euros, partilhado entre o Grupo Pestana e Cristiano Ronaldo.
16
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
Aberto desde 16 de Agosto
Pestana CR7 chegou a Lisboa para atrair millennials
C
om a abertura do segundo hotel da marca em Lisboa (o primeiro abriu no Funchal em Julho e já foi inaugurado), a parceria Pestana – Cristiano Ronaldo “dá mais um passo para o futuro na direcção do mercado, na direcção da ‘nova procura’ que o segmento dos millennials representa. Quem o afirmou foi José Roquette, administrador do Grupo Pestana para a área do Desenvolvimento, na apresentação da unidade à comunicação social, dias antes da sua abertura, considerando ainda que “cada hotel novo desta marca Pestana CR7 vai ser um caminho de descoberta” e “mais um passo em direcção das novas tendências do mercado”. Porque pretende direccionar-se para o novo mercado, o Pestana CR7 Lisboa traz consigo um novo conceito de hotelaria que agrada aos millennials e que assenta, sobretudo, numa tecnologia avançada e “numa partilha
grande de espaços”, que possibilita, inclusivamente “que os hóspedes interajam o mais possível com o staff e entre eles”, indicou José Roquette, frisando que “tudo aqui está muito virado para a ideia de sharing, esta nova maneira de estar que os millennials têm”. Também por isso foi feita uma grande aposta na equipa: “Quisemos criar uma equipa que nos ajudasse a fazer este novo conceito de hotelaria acontecer”, que “trouxesse para a hotelaria experiências diferentes”. Conceito, decoração, staff, tudo diferencia este hotel Pestana CR7 Lisboa dos demais quatro estrelas da cidade. As diferenças começam logo na entrada, quando se sente aquele que vai ser um dos fios condutores de todo o hotel, Cristiano Ronaldo, o CR7. A sua presença quase se sente logo que se adentram as portas do hotel e, encimando a recepção se lê a frase: “Your love makes me strong, Your hate makes me unstoppable”. Depois, nos elevadores há um
touch screen que retrata os momentos mais marcantes da sua vida desde menino, entre andares, há fotos e sons de adeptos num estádio de futebol, num tapete no chão dos quartos estão marcadas as pegadas das suas chuteiras em passo de corrida, no bar podem tirar-se “selfies” com o ídolo…
UM MUNDO DE TECNOLOGIA Outro fio condutor é a tecnologia, com o hotel a oferecer 82 quartos e uma suite CR7, todos equipados com acesso à Internet de alta velocidade (1 GB), carregadores duplos USB para smartphones e tablets, televisões HD 48’’, Apple TV e sistema de streaming para Android, cabos HDMI, cofres digitais, ar condicionado, telefone, frigobar, secador de cabelo, tapetes de yoga, roupões e ainda mood lighting no chuveiro com leds que se iluminam de azul, para a água fria, e de vermelho, para
Pestana CR7 Lisboa
HHHH
• Aberto desde 16 Agosto • Localização: Ruade do Comércio,
Uma parceria para ficar e crescer Por se tratar de uma nova marca e de um novo conceito, “provavelmente vamos errar algumas vezes”, disse José Roquette na apresentação da unidade, mas deixou a garantia de que a parceria que une o Grupo Pestana a Cristiano Ronaldo “é uma parceria para o futuro” e que visa o crescimento. Referia-se a ir mais além do que os quatro projectos que estavam previstos aquando da assinatura da parceria entre as duas marcas, que previam a abertura de dois hotéis em Portugal, este ano, um no Funchal outro em Lisboa, e dois no próximo ano, em Madrid e Nova Iorque, num investimento total de 75 milhões de euros e cerca de 500 quartos. “Não se trata apenas de ganhar por 4-0, vamos querer ganhar por mais”, frisou o responsável do Grupo Pestana para a aérea do Desenvolvimento, deixando antever que, além dos quatro hotéis previstos, mais irão surgir. Onde, está ainda no segredo dos deuses, José Roquette não quis adiantar pormenores, mas sempre foi dizendo que estão em análise vários projectos, nomeadamente em cidades europeias. Sobre a receptividade que este novo conceito de hotelaria está a encontrar por parte do público, o administrador do grupo Pestana explica que “é tudo ainda muito recente, os dois hotéis, o do Funchal e o de Lisboa acabam por abrir em datas muito próximas”. No entanto adianta que “está a despertar muita curiosidade” por se tratar de “uma novidade dentro do universo Pestana” que “associa o nome do Cristiano Ronaldo que tem uma visibilidade incrível”, pelo que “a curiosidade é normal”. A ajudar está também o facto de estas aberturas acontecerem “num ano turístico que está a correr muito bem para Portugal”, o que torna “as circunstâncias muito positivas”. Sobre a inauguração do novo hotel, José Roquette garantiu que vai contar com a presença de Cristiano Ronaldo. Data é que ainda não há porque “estamos dependentes da agenda dele”. a água quente. Com toda esta tecnologia, os hóspedes poderão conectar facilmente os seus aparelhos móveis à televisão e aos speakers do quarto com tecnologia Bluetooth. Como complemento desta oferta, a CR7 suíte vai disponibilizar, a partir de Setembro, uma PS4 e óculos de realidade virtual. Acresce que os hóspedes do Pestana CR7 Lisboa vão beneficiar de WiFi-to-Go gratuito em todo o país para que possam estar sempre ligados com o mundo, dentro ou fora do hotel. Com predomínio de cores fortes, que contrastam com os tons negros utilizados no lobby de entrada, os quartos têm preços entre os 250 e os 1.250€ mas a associação à imagem de Cristiano Ronaldo, justifica. Tanto que as reservas estão a correr a bom ritmo, como avançou José Roquette que, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do hotel, estimou que “quando o ho-
elaborada numa lógica de partilha entre amigos, muito embora se possa optar por uma refeição com acompanhamentos. Aos sábados e domingos será servido um brunch “à la carte”, num horário alargado. Outro conceito original foi o que levou à criação dos “Embaixadores Pestana CR7”, uma equipa capaz de aconselhar os roteiros para que cada cliente possa descobrir uma Lisboa “à sua medida”. A inovação passa também pela disponibilização de work-out tips e jogging tracks recomendadas pelo Cristiano Ronaldo, através da app desenvolvida especialmente para a marca Pestana CR7. O que também não falta é um ginásio totalmente equipado e onde os hóspedes poderão mesmo marcar sessões privadas com personal trainers certificados. <
54 (esquina com a Rua da Prata, próximo do Terreir o do Paço) • 82 quartos • CR superior rooftop (desde 425€) • CR superior corner rooms (desde 375€) • CR superior rooms (desde 312€) • CR rooms (desde 250€) • 1 CR7 Suite (de 1.250€) • CR7 Corner Barsde o • Pequeno-almoço&Bà istr la carte | Almoços| Lanche • Bar : 7h00 à 1h00 s| Jantares • Ginásio • Massagens e tratamentos de beleza a pedido • Passeios em Tuk Tuk personalizado Pestana CR 7 • Serviço de Concierge 24h/dia • Embaixadores Pestana CR7
tel abrir, vai rapidamente encher”. Foi mesmo mais longe ao afirmar que, pela curiosidade gerada pela nova marca e pelo novo conceito que a ela se associa “a ocupação vai ser 100% durante uns bons meses”.
ORIGINALIDADE EM TODOS OS SERVIÇOS A diferenciação vai abranger todos os serviços do hotel, começando pelo pequeno-almoço que será servido à mesa. O restaurante e lounge, o CR7 Corner Bar&Bistro, vão também seguir conceitos diferenciadores, contando com um menu feito exclusivamente com produtos de excelência e uma inovadora lista de cocktails criados pela Liquid Consulting. Já a carta, assinada pelo Chef Rui Martins, está organizada por produtos, dispensando a habitual organização de “entradas” ou “pratos”. Embora baseada na gastronomia portuguesa, a carta vai fugir ao tradicional, e será TURISVER | AGOSTO DE 2016
17
>av&to TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS
A 3ª edição da Expo Abreu – Mercado de Viagens de Inverno vai estar no Pav. 2 da FIL, no Parque das Nações, no fim-de-semana de 22 e 23 de Outubro para pôr os portugueses a viajar na época baixa a preços convidativos. Apresentada em conferência de imprensa por Diamantino Pereira e António Pinto da Silva, directores de Abreu, a feira alarga-se a 90 lojas da Abreu espalhadas pelo país.
N
a apresentação da terceira edição da Expo Abreu, Diamantino Pereira afirmou que vai ser mantido aquele que é o seu grande propósito: ser “uma feira de early booking puro, o que não significa uma feira de low cost”. O foco está, acrescentou, em “anteciparmos as vendas e, através dessa antecipação, tentarmos conquistar quota de mercado”. Tal como os organizadores da feira têm frisado desde a primeira hora, outro dos grandes objectivos está em pôr as pessoas a viajar “numa época que é tradicionalmente má” e
Expo Abreu a 22 e 23 de Outubro na FIL
Para pôr os portugueses a viajar na época baixa
que se prolonga desde Outubro até meados de Abril, exceptuando, sublinhou Diamantino Pereira, “períodos específicos como o fim-do-ano, o Carnaval e a Páscoa”. Trata-se, portanto, de contrariar esta tendência, enfrentando a época baixa “com toda a dinâmica e criando apetência nos clientes para saírem de casa”. “Não pretendemos ter o mérito de mudar a cultura dos portugueses, isso seria muito pretensiosismo da nossa parte, mas temos muita vontade de os pôr a viajar na época baixa porque todos os nossos parceiros têm essa necessidade”, sejam companhias de aviação, autocarristas ou
TAXI T Algarve Agência de Viagens e Turismo e Táxis de Turismo
Telemóvel: 00351 964858517 (disponível 24/7)
Tel: 00351 282 624 807 - Fax: 00351 282624807 E-mail: geral@taxi-t.com - info@taxi-t.com Website: www.taxi-t.com
outros, disse o director da Abreu, afirmando ainda a este propósito que “Os nossos parceiros vêem na Expo Abreu uma grande oportunidade de vender o seu produto”. Até agora “as coisas têm-nos corrido bem”, tanto assim que “o ano passado tivemos 50% de aumento de vendas” face à primeira edição, um número que surpreendeu pela positiva. E se as vendas correram bem, a participação de parceiros também, sendo que no final de Julho já havia mais 25 a 30% de inscritos que o ano passado na mesma altura, e o período de inscrições decorre até 8 de Setembro. Por isso é com “ambição e audácia” que a Abreu avança para a terceira edição do seu mercado de viagens de Inverno, tendo até em conta que, como diz o director da Abreu, “apesar de esta ser uma feira vocacionada para a época baixa, que por isso em nada se compara com a dimensão e o volume de um Mundo Abreu, isso não significa que não queiramos sempre fazer mais e melhor, e melhorar os resultados” que são importantes não só para a organização como para os parceiros.
A EXPO ABREU ASSENTA NA QUALIDADE, DIVERSIDADE, QUANTIDADE E PRICING O sucesso de uma feira como a Expo Abreu tem a ver com vários factores e Diamantino Pereira destaca alguns, nomeadamente a qualidade, a diversidade, a quantidade e o pricing – quatro factores que o responsável alia ao produto 18
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
t-taxitaxis_AF_TV_EP-FINAL-PT.indd 1
13/02/2015 15:37:40
e que considerou serem “a razão do sucesso de uma feira como a Expo Abreu”. É com o produto que a organização está já a preocupar-se para que, como é habitual, um mês antes do evento saia para a rua a brochura relativa à terceira edição da Expo Abreu. “Queremos que o público que vai à Expo Abreu nutra por esta feira o mesmo sentimento que nutre pelo Mundo Abreu, que é a confiança”, que “saiba que há produto” e que “não há publicidade enganosa”, disse Diamantino Pereira salientando ainda o desejo de que “os nossos parceiros saiam da Expo Abreu com a convicção de que valeu a pena e que sintam que tiveram retorno”. Por isso mesmo, sustentou “uma das regras para que um player entre na Expo Abreu, como no Mundo Abreu, é que tenha produto. Quem não tiver produto não entra” porque “não faz sentido” uma vez que “a venda é o principal objectivo” de ambas as feiras que, assumiu o responsável, “não são uma passarela nem uma acção de marketing ou de maquilhagem, é venda pura e dura”. A brochura com o produto que vai estar à venda na Expo Abreu estará disponível “no máximo, até 25 de Setembro”, e com ela trará descontos na ordem dos 50%. Royal Caribbean International, TAP, Turismo dos Açores e Região de Turismo do Algarve apoiam esta terceira edição do Mercado de Viagens de Inverno, sendo que Açores e Algarve serão os destinos convidados com a intenção de “vender o máximo possível estes destinos durante a época de Inverno”, sublinhou Diamantino Pereira. <
NEVE - Pela altura do ano em que se realiza, 22 e 23 de Outubro, a Expo Abreu vai ter em especial destaque o produto neve que é a principal “urgência” em termos de vendas naquela época do ano, uma vez que “os clientes da neve começam a viajar logo em Novembro”. No âmbito deste produto, estará em evidência a oferta para a Serra Nevada, “com uma grande aposta por parte do Turismo da Andaluzia, uma vez que o mercado português é o maior emissor de turistas” para esta estância sublinhou Diamantino Pereira, juntando que “em períodos como o Carnaval, 90% dos clientes são portugueses”. Outros destinos em destaque serão os Pirenéus e Andorra.
CRUZEIROS - Pela especificidade do produto que obriga a reservas bastante antecipadas, vai ser possível na Expo Abreu reservar cruzeiros já para o Verão de 2017. “Vamos fazer um early booking para cruzeiros no Verão de 2017 porque o cliente de cruzeiros sabe que tem que adquirir este produto atempadamente” para conseguir o itinerário, navio e preço que pretende. Para já, os cruzeiros são o único produto em que a feira irá potenciar as vendas de Verão, mas o responsável da Abreu avançou que estão a ser analisados outros produtos que possam justificar esta antecipação de vendas.
FIM-DE-ANO – A programação para o fim do ano é outro produto que Diamantino Pereira considera de “urgência” em termos de vendas na feira, pelo que estará também em destaque na Expo Abreu. Para esta época estarão à venda os charters para o Brasil, para a Croácia e para a Madeira, bem como várias ofertas em voos regulares, nomeadamente para os Açores e ainda cruzeiros no Douro, com um programa de duas noites e outro de três. Esta oferta é exclusiva da Abreu que já nos últimos anos tem contratado navios de cruzeiro à Croisi Europe. Tudo somado, conclui Diamantino Pereira, “estamos a preparar uma boa selecção de produto especialmente dedicado ao fim-de-ano”. MERCADOS DE NATAL - Entre o início do período da neve e a passagem do ano, vive-se na Europa o tempo dos Mercados de Natal, e na Expo Abreu vai estar disponível uma vasta oferta para estes mercados que “o ano passado foram um produto que teve uma procura extraordinária, realizámos muita venda”. Por isso, os Mercados de Natal irão ter este ano um destaque maior na Expo Abreu, tanto em área expositiva como em produto disponível. A ideia, para já, é a de criar, numa área da feira, a mesma atmosfera que se pode encontrar neste tipo de mercados, nomeadamente na Áustria, na Alemanha e em França “produtos que levam muito a sério estes Mercados de Natal”, sublinha Diamantino Pereira.
CARNAVAL E PÁSCOA - Porque a oferta disponível na Expo Abreu vai estender-se até 30 de Abril de 2017, a feira cobre também os períodos do Carnaval e da Páscoa para os quais vai também estar disponível muita oferta. “Vamos apostar muito na Páscoa”, avançou o director da Abreu, explicando que para já, este produto vai ter por base voos regulares e “num produto que dominamos muito bem e em que somos conhecidos pela qualidade, que são os circuitos europeus”. Um produto que, disse, “faz parte do ADN da Abreu e é muito querido aqui dentro”, por isso a ele vão ser dedicadas “10 ou 15 páginas da brochura” da Expo Abreu.
TURISVER | AGOSTO DE 2016
19
>aviação
TEXTO: CAROLINA MORGADO
A companhia aérea caboverdiana, TACV “não pode e nem deve ficar de fora deste crescimento do mercado turístico português para Cabo Verde”, declarou à Turisver Eunice Barbosa, delegada para a Europa do Sul, que tem a responsabilidade pelos mercados português, espanhol e italiano, acrescentando que “estamos a reestruturar-nos para ganhar o peso que sempre tivemos no mercado português”.
20
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
TACV
A reestruturar-se para ganhar peso no mercado português
O
s TACV, que sempre tiveram Portugal como seu mercado prioritário, pela história e pelo volume de negócios que gera, está numa fase de reorganização, mas não quer perder o seu lugar neste mercado, afiançou a sua delegada para a Europa do Sul. “Estamos a trabalhar para nos tornarmos mais fortes, e os TACV não podem nem devem ficar de fora desse crescimento que vem aí”. Um dos grandes constrangimentos da transportadora aérea de Cabo Verde tem sido falta de aviões. “A reorganização da frota é o mais essencial nesta fase, afirmou a responsável, acrescentando que “houve alguns percalços sobretudo em 2015, mas neste momento a nova administração já está a trabalhar nesta questão. Mas
este é obviamente a questão de base, porque sem uma frota estável obriga-nos a recorrer a terceiros, situação que só deve ser encarada como uma necessidade pontual e não recorrente”. Eunice Barbosa deu-nos conta do envolvimento tanto da nova administração como do governo de Cabo Verde de que a companhia aérea é essencial para o país e sendo um arquipélago, precisa de uma empresa aérea forte e saudável. A companhia não conseguiu este Verão realizar as operações de reforço ( Julho e Agosto para a Boavista, Sal e Cidade da Praia) como vinha a acontecer nos últimos anos “por impossibilidades operacionais e de distribuição”, mas ainda assim, “dentro dos níveis previstos, conseguimos ultrapassar as dificuldades em termos
da operação regular e crescer 4% até Junho com uma taxa de ocupação acima dos 90%, e o Verão está a correr bem ao nível do tráfego e das vendas”, disse Eunice Barbosa, lembrando que ainda persistem “alguns constrangimentos a nível do cumprimento dos horários, o que tem afectado o mercado”.
EXCELENTE COLABORAÇÃO COM O TRADE PORTUGUÊS No entanto “conseguimos sempre falar com os operadores e com os agentes de viagens para tentar contornar a situação da melhor forma. Não há nenhuma companhia que não tenha as suas dificuldades no Verão, pois é uma época de maior procura, mas temos conseguido com a cooperação e colaboração dos agentes de viagens
contornar esta fase um pouco mais difícil”, esclareceu. Este Verão os TACV não realizaram também a sua operação sazonal ( Junho a Setembro) entre o Porto e a Boavista, mas acredita que vai retomá-la na próxima época alta. “Temos que manter o que sempre foi nosso no mercado português”, defende a responsável, para adiantar que “temos que continuar a poder servir o segmento turístico e nas épocas em que mais precisa”. Os TACV mantêm ao longo do ano o voo semanal aos sábados para o Sal (voo semi-charter para servir os habituais operadores turísticos que operam para Cabo Verde), uma ligação semanal para São Vicente e voa quatro vezes por semana para a cidade da Praia, na ilha de Santiago, no seu aparelho B757, um produto 100% cabo-verdiano, desde o avião, à tripulação e ao serviço. “Estamos conscientes que o mercado tem crescido e há necessidade de acompanhar esse crescimento. Só não conseguimos mais porque não temos capacidade para mais. A procura para o Sal tem crescido muito e há perspectivas de aumento nos próximos anos com os novos hotéis que vão abrir e, nesta perspectiva, temos que começar a reorganizar para disponibilizar mais capacidade para o mercado turístico”, frisou Eunice Barbosa.
É NATURAL A TAP TER REFORÇADO A SUA OPERAÇÃO PARA CABO VERDE Sendo um voo semanal para o Sal, não permite a viagem de short break, que também começa a ser muito procurada, mas os TACV estão satisfeitos com o produto sete noites, “os operadores gostam desse horário e o mercado gosta desse voo”, esclareceu. A delegada em Portugal encara com naturalidade o facto da TAP, face às dificuldades que os TACV têm vindo a enfrentar, ter reforçado a sua operação para Cabo Verde este ano. “A TAP fez aquilo que qualquer outra companhia teria feito, e ainda bem que foi a TAP, até porque sempre esteve lá. Neste aspecto existe mercado e quem
puder preencher o espaço deve fazê-lo com a maior naturalidade”, mas defende que não houve um retrocesso dos TACV, “simplesmente houve menos capacidade da nossa parte, num momento em que deveríamos ter mais oferta”.
REFORÇOS NO FIM DE ANO, CARNAVAL E PÁSCOA Em relação ao próximo Inverno IATA, Eunice Barbosa assegurou que, para além da operação normal para o Sal, Cidade da Praia e São Vicente, os TACV vão fazer reforços nas épocas que se justificam como o final do ano, Carnaval e Páscoa. Se por um lado as ilhas do Sal e Santiago têm crescido, São Vicente não consegue ter um grande “boom”, devido à escassez da capacidade hoteleira e porque o mercado português ainda não descobriu as vertentes que a ilha oferece. Mesmo assim, vai manter-se no rol dos destinos dos TACV, não tanto para servir o mercado turístico, mas fundamentalmente para o mercado étnico. Quanto a Espanha e Itália, dois outros países que Eunice Barbosa representa, as operações são neste momento em off-line, ou seja, é feita via Lisboa, depois de suspender os voos de Bérgamo (Itália) directos para o Sal, com ligação ao Brasil. No entanto, segundo a responsável, estão a correr bem pois são mercados com grande crescimento para cabo Verde, sobretudo a Itália. Em relação ao Brasil, os TACV mantêm as ligações para Recife e Fortaleza a partir da ilha do Sal, que se constitui como um pequeno hub de conexão desses voos para a Europa, nomeadamente Paris e Amesterdão, não servindo apenas o mercado português, como acontecia anteriormente. A companhia suspendeu temporariamente a operação de Natal “para podermos reorganizar melhor”, mas as duas ligações (uma vez por semana e em estudo uma segunda) estão “com ocupações excelentes e para além das nossas expectativas”. As inter-ilhas, na opinião de Eunice Barbosa, têm sofrido um pouco em termos de flexibilidade para as pes-
soas que querem ir de manhã, por exemplo a São Vicente e Santiago, e voltar ao final da tarde, segmento que pode ser bem explorado no país mas que ainda não há condições operacionais. De todas as formas “mantemos estável o nosso produto que existe desde sempre no mercado – o Cabo Verde Airpass – que permite ao turista comprar por um preço muito especial um pacote para visitar outras ilhas durante a sua estadia em Cabo Verde. Muita gente tem recorrido a este produto que só está disponível nos operadores turísticos”, concluiu. <
“Dentro dos níveis previstos, conseguimos ultrapassar as dificuldades em termos da operação regular e crescer 4% até Junho com uma taxa de ocupação acima dos 90%, e o Verão está a correr bem ao nível do tráfego e das vendas”.
Departamento de Reservas / Reservation Department Campo de S. Francisco, 19 - 9500 - 153 Ponta Delgada Tel. +351 296 304 891 - TLM. +351 912 223 993 E-mail: reserve@ilhaverde.com www.ilhaverde.com
TURISVER | AGOSTO DE 2016
21
>figuras
>últimas
Nuno Anjos
Director | Travelplan Portugal Nuno Anjos, que nos últimos seis anos foi director comercial da Soltrópico, assumiu, em meados deste mês de Agosto, a Direcção da Travelplan em Portugal, em substituição de Fernando Brandrés que ao fim de duas décadas deixa a Globalia. Bacharel em Direcção e Gestão de Operadores Turísticos pela Escola Superior e Hotelaria e Turismo do Estoril e especializado em Animação Turística pela mesma instituição, Nuno Anjos desempenhou ainda o cargo de director comercial e de marketing nos operadores turísticos Grantur, Pacha Tours e Marmara. Anteriormente foi relações públicas para Portugal da Delegação dos Serviços de Turismo de Macau. <
Dia Mundial do Turismo: Acessibilidade para todos no centro das atenções “A acessibilidade para todos deveria estar no centro das políticas de turismo e da estratégia empresarial”, considera o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai, na sua mensagem oficial para o Dia Mundial do Turismo que terá a Tailândia como país anfitrião das comemorações. ” Turismo para Todos – Promover a Acessibilidade Universal” é o tema central das comemorações do Dia Mundial do Turismo que se celebra a 27 de Setembro. O secretário-geral da OMT refere-se à “revolução” que o turismo viveu nos últimos 50 anos, período ao longo do qual o número de turistas internacionais passou de 25 milhões para 1.200 milhões. “Viajar tornou-se para muitos uma parte essencial das suas vidas”, sublinha a propósito Taleb Rifai. Considerando que viajar é sinónimo de
Helena Torres
Directora de Vendas e Marketing | Consolidador.com
Luís Monteiro
Administrador executivo | Pestana Hotel Group Luís Monteiro passou a integrar a administração executiva do Pestana Hotel Group, assumindo o Plano Digital Corporativo e com responsabilidade pela gestão dos sites da cadeia hoteleira. Formado em Engenharia e Gestão em Liverpool e Doutorado pela Warwick Business School no Reino Unido, Luís Monteiro, até agora quadro sénior da Google para os principais clientes de Travel e Retail de Espanha e Portugal, passou quase duas décadas na aviação, designadamente na TAP, Swissair e SNBrussels. Antes de assumir o novo cargo, integrou o Speakers Bureau da Google como perito de travel, liderando projectos de digitalização de companhias aéreas. <
2016 vai ser o melhor ano do turismo algarvio Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, está satisfeito com os resultados turísticos que a região apresenta e com as perspectivas que se abrem até ao final do ano, acreditando que “2016 será o ano mais forte do turismo algarvio”. De Janeiro a Junho, o Algarve registou cerca de 7,4 milhões de dormidas, +13,3% que no mesmo período do ano transacto. No total, foram mais de 870 mil novas dormidas na região, sendo de destacar a retoma do mercado interno, responsável por um aumento de 4% nas dormidas, totalizando cerca de 1,3 milhões de dormidas. Ao nível dos proveitos a situação é igualmente muito positiva, sendo que só em Junho foi registado um aumento de 19,8% face ao mesmo mês de 2015. “As taxas de ocupação até Junho têm sido muito boas e superam as de 2015 em igual período.
Desejo assinar a Revista por um período de ______________ ano(s)
Registou-se um crescimento importante nos meses que antecipam o Verão, uma época normalmente mais difícil em termos de ocupação para o Algarve”, afirma Desidério Silva, acrescentando que “o Verão está a correr muito bem, e os resultados de Julho e Agosto irão consolidar os bons resultados desta época balnear. Também é expectável que os meses de Setembro, Outubro e Novembro registem uma taxa de ocupação mais elevada do que no ano transacto”. Face aos dados disponíveis para os próximos meses, o presidente da RTA afirma que eles mostram que a estratégia que está a ser seguida pela região “está a dar frutos”, uma vez que “já estamos a verificar um aumento significativo da procura em meses de época baixa. Estamos claramente a caminhar para um Algarve “de todo o ano”, acrescenta. <
#
Helena Torres, que nos últimos anos dirigiu o Marketing da Amadeus em Portugal, é a mais recente contratação da Consolidador.com, empresa onde vai assumir o cargo de directora de Marketing e Vendas. Licenciada em Finanças e com um mestrado em Marketing pelo ISCTE – Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, Helena Torres começou a sua carreira como Investigadora no ISCTE. Após dois anos como Controller de Gestão no sector da Grande Distribuição, a profissional ingressou no turismo e foi, durante mais de cinco anos, responsável pelo Marketing da Amadeus. Saliente-se que Helena Torres foi agraciada com o prémio de mérito da Amadeus. <
conhecer novas pessoas, paisagens e ideias, que quando viajamos se altera a percepção que temos do mundo e ainda que das viagens “voltamos melhores pessoas”, o secretáriogeral da OMT afirma que “não podemos esquecer que para muitos de nós, viajar pode ser bastante difícil”. É a pensar nestas pessoas que este ano se comemora o Dia Mundial do Turismo sob o signo da acessibilidade global. “Cerca de 15% da população vive com algum tipo de incapacidade”, sublinha Taleb Rifai. Por isso, afirma, “a acessibilidade para todos deveria estar no centro das políticas de turismo e da estratégia empresarial. Não só por uma questão de direitos humanos, que já de si é importante, mas também porque há aqui um grande mercado potencial e uma magnífica oportunidade de negócio”. <
Boletim de Assinatura Turisver
Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Continente e Ilhas € 52,50 (Anual)
Estrangeiro € 65,00 (Anual)
IVA incluído à taxa de 6%.
Assinale com uma cruz o destino pretendido.
22
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
Pagamento por cheque ou vale dos CTT dirigido a: Rua da Cova da Moura, Nº 2, 2º Esq., 1350-117 LISBOA
Eventos
expoeventos2016_195x285TV.indd 1
13/05/16 15:48
Voos para o Vietnam e Indochina ECONOMY desde 300 Euros + Taxas Saídas de Lisboa para Hanói e Ho Chi Minh via Paris Oferta válida para saída e emissão até 30 de Dezembro de 2016 Para mais informações, contacte: Telf: (+351) 215 933 234 | Email: portugal@vietnamairlines.pro
Turisver e não pode ser vendido separadamente. Este suplemento é parte integrante da edição Nº 843 da Revista
suplemento
> equipamentos e serviços para a hotelaria
Áreas públicas dos hotéis
Muito mais do que um visual bonito TURISVER | JANEIRO DE 2015
1
>dossier
Áreas públicas dos hotéis
Muito mais do que um visual bonito Durável, resistente, de fácil limpeza, manutenção e restauro, óptimo desempenho de um modo geral. É isso que se pretende quando se fala de mobiliário em áreas públicas das unidades hoteleiras, mas também de conforto e inovação, o aspecto estético e versatilidade do design, porque é isso que os hóspedes de hoje buscam. TEXTO: CAROLINA MORGADO
N
um hotel, a primeira impressão é tudo. Seja na área da recepção ou no quarto, uma atmosfera acolhedora de frescor e limpeza pode representar a diferença entre um hóspede fiel e um visitante que não volta mais. Os hóspedes hoje procuram hotéis que marcam pela diferenciação e as áreas públicas como a recepção, restaurantes, bares, esplanadas, ginásio, piscinas e até o Spa têm que ser projectados para atender a todos os desejos dos clientes, criando ambientes desde o esplendor à moda antiga até um visual clean e futurista, ou até um estilo próprio entre uma coisa e outra. É preciso deixar uma impressão duradoura da estadia. Os hóspedes são hoje mais exigentes. Desejam usufruir de novas experiências e preocupam-se cada vez mais com o conforto, com a personalização e a acessibilidade aos serviços. No actual contexto de forte competição e diversificação da 2
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
oferta turística, o sector hoteleiro em Portugal está a apostar cada vez mais em serviços diferenciados e inovadores para atrair e fidelizar os seus clientes. Apesar de procurarem serviços mais acessíveis, os hóspedes têm hoje um nível de exigência mais elevado. Quer estejam em viagem de negó-
cios ou em turismo de lazer, procuram maior conforto e exclusividade na sua experiência de alojamento e querem usufruir de um atendimento e serviço diferenciados. É por isso fundamental para as unidades hoteleiras conseguirem marcar a diferença na sua oferta de alojamento. Há que conhecer bem os clientes,
considerar o motivo da estadia e endereçar serviços que vão ao encontro das suas expectativas. Conscientes da necessidade de uma abordagem mais sofisticada, os operadores hoteleiros questionam-se sobre de que forma poderão atrair mais clientes. Como proporcionar experiências inesquecíveis e fidelizar os seus hóspedes através de serviços diferenciadores e economicamente acessíveis? São estes os novos desafios do sector. A grande maioria dos hotéis opta pelo design dinâmico e de alta qualidade, trabalhando com decoradores capazes de criar interiores contemporâneos, ambientes estimulantes, animados e acolhedores, lobbies ousados e inovadores, espaços públicos flexíveis e inspiradores, com a indispensável internet de alta velocidade grátis e tecnologia de ponta. O encanto tem de estar nos detalhes, que acompanham um serviço impecável. Muitas vezes estes equipamentos são importados, mas no país exis-
tem fabricantes que já produzem peças Made in Portugal, originais e pensadas para as especificidades, necessidades ou opções de cada projecto. Bruno Silva, director-geral do Hotel Minho, dá-nos conta que os hóspedes da unidade de charme em Vila Nova de Cerveira procuram fundamentalmente o relax, elegendo o Spa, que combina tratamentos personalizados com os luxuosos produtos Vinoble, e no Verão a piscina exterior, as espreguiçadeiras, a esplanada com bar de apoio e o jardim envolvente, como principais atractivos. Outras mais-valias do Hotel Minho são sem dúvida o seu lounge e a sua acolhedora sala de estar, numa atmosfera contemporânea, locais perfeitos para descansar a qualquer hora do dia, ver televisão ou ler um livro, propondo uma vista magnífica sobre a paisagem e pequenos luxos. Esta unidade hoteleira de 4 estrelas é o testemunho de um conceito de lazer moderno e intimista. Elegância e simplicidade definem este projecto, elementos que estão presentes na arquitectura, no design, na forma como recebe os seus hóspedes e outros pequenos detalhes. Mas despretensioso. O Hotel Minho tem o seu próprio carácter único moldado pela arquitectura, história e localização do edifício, e dizem eles que
AR Interiores marca presença na Maison&Objet com novo branding A AR Interiores, marca portuguesa criada em 1996 por Ana Roque, designer de interiores que já ganhou inúmeros prémios na realização de projectos de arquitectura e decoração de interiores, tal como pela sua vasta experiência em desenvolvimento de produtos para as suas lojas e showrooms em Portugal e Angola, vai marcar presença na Feira Internacional de Paris nos próximos dias 2 e 6 de Setembro. A marca de Ana Roque vai expor as suas colecções mais arrojadas e lançar oficialmente quatro novas peças exclusivas. Conhecida como o laboratório de tendências para os profissionais do sector, a Maison&Objet em Paris reúne milhares de profissionais do sector da decoração. A AR Interiores não podia deixar de estar presente, uma vez que o espaço da feira é também um momento decisivo para contactos comerciais e expansão das marcas, dos designers e decoradores. O conceito inicial da marca portuguesa de decoração, liderada por Ana Roque, pode partir do próprio
os seus clientes parecem concordar. Informal, mas requintado. E sempre tipicamente acolhedor, assumindo o compromisso incondicional de fazer as coisas simples e acolhedoras de forma brilhante.
cliente onde posteriormente poderá ser trabalhado em conjunto com designers experientes para levar o conceito do papel à produção. Por isso, esta feira será uma oportunidade para os profissionais colocarem à prova a AR Interiores. A marca trabalha constantemente na actualização de uma variedade de matérias-primas utilizadas tais como madeiras, vidro, latão, aço inoxidável, entre outros. Essa variedade permite dar vida às criações mais versáteis e elegantes. O alinhamento permanente com as principais tendências internacionais de moda e a criação constante de novos conceitos de design, permite à AR individualizar e personalizar os projectos à imagem e às necessidades dos clientes. Sediada em Lisboa, a empresa dispõe de uma meeting room, uma galeria de arte, um showroom de mais de 800m e um armazém desde o qual é organizada a distribuição nacional e internacional da marca. <
Para que se encontrasse esse equilíbrio, o arquitecto João Pedro Pereira, que desenvolveu o projecto, juntamente com o anterior director-geral do hotel, “optaram por material e equipamento confortá-
vel, apelativo à vista e ao mesmo tempo durável e de fácil manutenção, até porque são de muita utilização e por isso de maior desgaste”, disse Bruno Silva, que frisou que o hotel usou tanto produtos
>
EQUIPAMENTOS PARA HOTELARIA E CLIMATIZAÇÃO O nosso CONHECIMENTO, uma mais valia para o seu NEGÓCIO Tem novos projetos? DESAFIE-NOS
TURISVER | AGOSTO DE 2016
ARCOHOTEL_Ago16bbb.indd 1
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA 17-08-2016 17:22:09
3
>dossier
Solução digital Nonius equipa hotéis nos EUA e na Holanda
Apesar de procurarem serviços mais acessíveis, os hóspedes têm hoje um nível de exigência mais elevado. Quer estejam em viagem de negócios ou em turismo de lazer, procuram maior conforto e exclusividade na sua experiência de alojamento e querem usufruir de um atendimento e serviço diferenciados.
<
nacionais como estrangeiros. A unidade dotou-se igualmente de tecnologia de ponta, colocando-a ao serviço dos hóspedes. “Isto já é obrigatório. O cliente quando vai para um hotel já assume à partida que vai encontrar este serviço”.
DECORPISUS: ALCATIFAS NÃO SAEM DE MODA Do tecto ao chão, as preocupações são as mesmas. Neste caso destaque para a Decorpisus, empresa fundada em 1995, e que disponibiliza para o sector da hotelaria um conjunto de materiais, nomeadamente alcatifas (rolo e módulos) em lã e poliamida, e vinilicos em régua com imitação 4
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
de madeiras, pedra e outros materiais e revestimentos de parede não só em Portugal continental como as ilhas e os mercados de Angola e Moçambique. O showroom da empresa funciona em Paço de Arcos. De acordo com o seu director-geral, Miguel Baptista, neste momento a empresa tem como novidades “as novas colecções da já conhecida marca e referência na hotelaria que é a egecarpets, mais recentemente a nova parceira com a empresa CorkArt nos pavimentos em vinil com sistema “Floating“ e cortiça, para dentro em breve estar em condições de disponibilizar “uma gama de pavimentos cerâmicos”. No que diz respeito aos pavimentos de paredes, “estamos na fase de promoção e divulgação da marca “Newmor “, com forte aposta no mercado de hotelaria”, salientou. A Decorpisus conhece perfeitamente o que o mercado procura. Miguel Baptista especifica: “A procura é essencialmente nas alcatifas e vinilicos”, para acrescentar que a hotelaria procura hoje “os parâmetros de qualidade e segurança e a preocupação no design atractivo. Um hotel hoje renova-se num prazo médio de 8 anos em 8 anos, por razões de concorrência, oferta de produto e terem os seus standards sempre ao mais alto nível”. No entanto, Miguel Baptista con-
Os 92 quartos e suites do Belmond El Encanto, um dos hotéis mais emblemáticos de Santa Bárbara, Califórnia, EUA foram equipados com o sistema de TV interactivo da Nonius, incorporado nas Smart TVs LG Pro:Centric já existentes. Esta é uma solução que dispensa equipamento extra como set-top boxes, permitindo ao hotel reutilizar o investimento em ecrãs de TV. Esta solução de IPTV End-to-End com canais Free-to-Guest HD é fornecida pela Cox Communications e inclui uma série de melhorias em relação à geração anterior das TVs LG Pro:Centric, como zapping mais rápido e redução do tempo de inicialização da TV. Além do sistema de TV, o Belmond El Encantoo também melhorou o serviço de acesso à internet para os hóspedes. A infra-estrutura da rede Wi-Fi foi actualizada de forma a suportar a próxima geração de aplicações para os hóspedes. A conexão à internet é agora mais segura e rápida em todo o hotel e em qualquer dispositivo móvel. Todos os sistemas de TI, incluindo infra-estrutura de switching, rede Wi-Fi e equipamentos de terceiros, são geridos pela Nonius, que presta também o serviço de suporte técnico disponível 24 horas por dia. Por outro lado, também o Rotterdam Marriott Hotel, recentemente remodelado, escolheu as soluções tecnológicas da Nonius para se equipar. A empresa forneceu uma solução customizada para acesso à internet, incluindo a appliance de gestão central Nonius.HSIA, gestão da rede wi-fi, pontos de acesso Ruckus e respectiva controladora. O acesso à internet de alta velocidade está disponível em todos os 230 quartos, lobby, espaços públicos, restaurante, bar e salas de reuniões. Os hóspedes Vip são automaticamente conectados a 50Mbps de velocidade de upload e download, enquanto os participantes em eventos e reuniões terão acesso a uma rede sem fios dedicada ao seu próprio portal de login, onde podem aceder através de um código voucher. Por outro lado, todos os quartos foram equipados com o sistema de TV interactiva Nonius TV, incluindo TVs Led LG específicas para hotelaria e ecrãs curvos 55” Oled nas suites presidenciais. No total, foram instalados 5 Nonius IPTV Gateways para fornecer mais de 100 canais de TV digital. Cada quarto foi equipado com mediapanels Bluetooth que permitem ao hóspede ligar os seus próprios dispositivos à TV (BYOD), com e sem fios, e assistir ao seu próprio conteúdo (BYOC). As salas de reuniões incluem ecrãs LG Led 70” para um maior conforto de visualização. <
sidera que “temos vindo a assistir no mercado da hotelaria ao aparecimento de empresas que colocam alguns destes produtos á disposição deste sector sem a mínima preocupação pelo factor segurança e certificação energética, sendo que resulta em investimentos lowcost, mas que passados, diria mesmo, meses e 1 a 2 anos os hoteleiros são forçados a novos reinvestimentos”. Pelo contrário, alerta o responsável: “Hoje é possível encontrar um perfeito equilíbrio entre o design / qualidade e com artigos fabricados na zona euro, sem necessidade de recurso a produtos vindos sabe-se lá de onde, onde posteriormente em caso de necessidade e assistência, a tarefa é quase impossível, inglória e sem resolver problemas aos hoteleiros que surgem no dia-a-dia”.
Acompanhamento dos projectos, assistência ao cliente e manutenção são questões que a Decorpisus não descura. Os projectos são acompanhados pela sua equipa comercial, equipa técnica na área das instalações e pela supervisão e planeamento do departamento de arquitectura liderado pelo arquitecto Miguel Brites. É neste sentido que a empresa já equipou as unidades de grandes grupos hoteleiros em Portugal, tais como Sana Hotels, grupo José Cristóvão, Accor Hotels, Pestana Hotels, Ritz Four Seasons, Hilton, Heritage Hotels e Olissipo Hotels. Neste segmento das alcatifas, principal core business da Decorpisus, o mercado não é consensual. Vários hoteleiros discutem se deve ou não ser um elemento de decoração. No entanto, o director-geral da em-
presa confere que “será sempre um artigo intemporal neste segmento, pelas suas capacidades acústicas, design e segurança, se bem que há uma tendência para o recurso ao vinil. Julgamos ser algo que mais ano menos ano, à semelhança do que se passou com as madeiras, vai desaparecer ou abrandar, porque não permite uma decoração tão atractiva como uma alcatifa, mas somos forçados a ir acompanhando as tendências, temos essas soluções, mas a nossa preferência vai sem dúvida para as alcatifas”.
SERVIÇOS IMPRESCINDÍVEIS Para além do mobiliário, existem serviços que são hoje imprescindíveis em qualquer experiência de alojamento e numa altura em que se fala muito de clientes da geração millennial. A necessidade de acesso permanente à internet, quer seja em contexto profissional ou de lazer, leva a que seja hoje inquestionável a disponibilização gratuita de serviços wireless, seja no quarto, como em qualquer outra parte do hotel. Os hóspedes já podem, por exemplo, no conforto do seu quarto de hotel, manter-se em contacto com colegas de trabalho, família e amigos através de email ou mesmo aceder às redes sociais (Twitter, Facebook). Por sua vez, as redes de alta velocidade e a tecnologia móvel 4G, vieram possibilitar aos operadores do sector hoteleiro disponibilizar aos seus hóspedes um leque mais amplo e diversificado de serviços de acesso à internet, elevando o seu nível de satisfação. Através de videoconferência podem ainda partilhar sessões de trabalho, documentos ou efectuar reuniões, sem sair do hotel. As unidades hoteleiras podem igualmente potenciar a sua estratégia de comunicação, criando o seu próprio canal de televisão corporativo, personalizado e único. Através de um conjunto de ecrãs de TV distribuídos pelos diversos locais e espaços do hotel é possível disponibilizar aos hóspedes um enorme leque de conteúdos, de natureza informativa, institucional, promocional, educacional, ou de entretenimento, transmitindo informação diferenciada nas diferentes zonas do hotel. Os hóspedes passam desta forma a estar informados sobre locais de interesse a visitar, ou sobre os serviços disponíveis no hotel, potenciando a sua utilização. Poderão através da televisão no seu quarto, por exemplo, efectuar comodamente a marcação do Spa ou do jantar no restaurante. Através deste canal exclusivo de TV a unidade hoteleira promove a sua imagem e os seus serviços e proporciona uma comunicação direccionada aos interesses dos seus hóspedes.
Mas os hóspedes desejam aceder ainda a mais facilidades. Por exemplo, poder consultar informação diversa ou mesmo escolher ou reservar serviços recorrendo de forma fácil e imediata a dispositivos informativos disponíveis nos espaços
públicos do hotel. Efectivamente, consultar a informação através de um ecrã visualmente atractivo, simples, dinâmico e interactivo, capta naturalmente a atenção imediata dos hóspedes e potencia um maior interesse pelos conteúdos expostos.
Através da disponibilização destes quiosques interactivos em diferentes zonas e espaços do hotel, é possível divulgar conteúdos de forma imediata, quer relacionados com ofertas turísticas, quer com serviços, eventos, reuniões, ou simplesmente para transmitir directrizes e orientações. Os hóspedes podem seleccionar e escolher o que pretendem de forma interactiva, podendo fazer as suas opções, marcações ou reservas directamente no ecrã. Os indicadores permitem conhecer melhor o perfil de interesses dos hóspedes com base nas escolhas realizadas, contribuindo para o ajustamento dos serviços às suas preferências. <
TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
5
>dossier Parceiro da hotelaria
Elfra aposta na relação qualidade-preço Assumindo-se como verdadeiro parceiro da hotelaria, a Elfra-Importação, Exportação e Representação de Produtos Técnicos, com sede no Algarve, presente no mercado português desde 1987, prima pela relação qualidade-preço, por dar garantias aos clientes, e por oferecer ao sector equipamentos e produtos diferenciadores, de fabricantes internacionais líderes da Europa. TEXTO: CAROLINA MORGADO
A
Elfra fornece equipamentos e artigos para casas de banho, quartos e zonas exteriores, ao mesmo tempo que presta consultadoria técnica. É através desta vertente que oferece ao sector da hotelaria “produtos diferentes e das melhores marcas internacionais”, sendo que “99% dos equipamentos são de fabricantes internacionais”, muitos deles exclusivos, “trabalhamos somente com fabricantes líderes da Europa”, conforme refere o seu responsável, Franz van der Wateren. Para a hotelaria, a Elfra disponibiliza uma gama completa de equipamentos e produtos, de sanitário profissional e também em formato especial para pessoas incapacitadas. A empresa destaca, relativamente às casas de banho produtos com as tampas de sanita “Sanit”, em material termoplástico, com 10 anos de garantia. O Hotel Alísios em Albufeira, que foi o primeiro hotel a ser instalado com estas tampas, há cerca de 25 anos atrás e que duram até hoje. Em termos de acessórios de casa de banho, a rainha é a “Geesa”, com até 12 anos de garantia. Para esta marca, o importante é o detalhe que contribui para o conjunto. Criam as diferenças vitais, expressam gosto pessoal, aumentam a funcionalidade e melhoram a higiene, cuidadosamente projectados com coração e alma para colorir o ambiente a cada dia. Num momento em que se fala muito na redução de custos na exploração hoteleira, a Elfra tem solução, com os seus economizadores de água e energia “RC Mannesmann”, para todo o tipo de torneiras e chuveiros, que permitem a recuperação de investimento entre 3 e 6 meses. Esse material é instalado em hotéis e cadeias há cerca de 25 anos e com resultados comprovados. A empresa faz análises e testes de consumo 6
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
gratuitos em qualquer estabelecimento. As torneiras de casa de banho e cozinha “Kludi” são outros artigos que a Elfra comercializa. Funcionais, projectadas com métodos e recursos ecológicos, combinados com o design, inovação tecnológica e qualidade superior dos materiais, para um acabamento perfeito, são mais do que simples acessórios, já que representam qualidade de vida todos os dias. Quando se fala de Elfra, não se pode esquecer dos secadores de cabelo e
mão “Valera”, o n.º 1 a nível internacional, especialistas desde 1955. Todos os secadores são produzidos na Suíça e a imagem comunica valores como a qualidade, precisão, confiabilidade, competência, respeito pela saúde e pelo ambiente, exclusividade. Mais de 100 mil hotéis em todo o mundo já foram equipados com estes artigos. Por outro lado, esta empresa disponibiliza produtos de luxo para hotel e para projectos de restaurantes “Craster”, marca cuja paixão é criar artigos bonitos, duráveis e de alta qualidade, com materiais naturais fornecidos de florestas sustentáveis. O design está no centro da cultura desta marca. No rol dos produtos oferecidos pela
Elfra consta ainda um programa completo com espelhos de aumento, cofres, minibares, centros de engomar, amenities, bandejas de cortesia, cestos de papel, baldes de lixo, de diversos fabricantes. Além do fornecimento de equipamentos e da consultadoria, seja para novos projetos ou remodelações, a Elfra dá garantia dos produtos que fornece e disponibiliza serviços de pós-venda e manutenção com peças sobressalentes. Acresce ainda que organiza o transporte directamente da fábrica para o cliente final, nacional ou internacional. É na qualidade que a Elfra se destaca: “nós vendemos produtos de cinco estrelas”, afirma Franz van der Wateren, acrescentando “se um cliente diz que só o preço interessa, não somos empresa para ele porque a preços baixos não se pode garantir qualidade”. Por isso, o responsável define a Elfra como uma empresa que prima por “uma boa relação qualidade-preço”, por “dar garantias aos clientes” e por ter sempre “peças sobressalentes disponíveis”. É neste sentido que conta, na área da hotelaria, com importantes clientes como o Charming Hotels, Four Seasons, Four Views, Heritage, HF Hóteis Fenix, IHG, JJW Hotels&Resorts, Marriot, Martinhal, MGM Muthu Hotels, Nau Hotels & Resorts, Pestana, SANA, Sheraton, The Yeatman Hotel, Tivoli, Vila Vita, Visabeira, ou Yellow Hotels. <
Soluções completas para hotéis
Tecnologia e conforto para Hotéis A marca Buderus, líder europeia dedicada ao desenvolvimento, fabrico e distribuição de equipamentos para aquecimento ambiente, água quente sanitária e energia solar térmica, oferece uma ampla gama de soluções completas que garantem o conforto em qualquer hotel. A experiência em hotéis de todo o mundo aliada a um conjunto de produtos pioneiros nas áreas de condensação, baixas temperaturas e energias renováveis permite oferecer uma resposta às necessidades do seu negócio. Independentemente das suas exigências, a Buderus tem sempre uma solução com benefícios directos: conforto, tecnologia e rentabilidade, permitindo melhorar a eficiência energética, reduzir custos de consumo e contribuir para a protecção do meio ambiente. Para mais informações consultar www.buderus.pt ou contacte-nos através de: E-mail: info.buderus@pt.bosch.com Telef: 218500300
O calor é o nosso elemento Grupo Bosch TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
7
>dossier Apogeu
Sofisticação ao nível do som e iluminação A Apogeu, empresa do Grupo Avitel, presente no mercado desde 1988, oferece ao sector hoteleiro uma vasta gama de soluções tecnológicas abrangentes, modernas e adaptáveis, nas áreas da multimédia, áudio e iluminação. TEXTO: CAROLINA MORGADO
O
Grupo Avitel, tem vindo a criar “projectos sofisticados, plenos de vivacidade e harmonia com o espaço onde estão inseridos”, conforme revelou à Turisver o responsável de Marketing do Grupo, Marcelo Nascimento. A empresa garante projectos em toda a escala de elaboração, desde o seu planeamento à sua execução, em todas as áreas de intervenção, permitindo a sua utilização em pleno diariamente. “Pegamos em projectos de raiz, e conseguimos facilmente a integração de todas as áreas, quer sejam o áudio, iluminação ou multimédia, facilitando assim o processo aos nossos clientes”, referiu. Projecta e instala uma grande variedade de instalações, tais como salas de conferência, salas executivas, centros de formação, auditórios, hotéis e casinos, colocando foco na inovação. A maior parte desse material, que pode ser colocado nos interiores ou exteriores das unidades hoteleiras, em fachadas ou escadarias, é im-
na manutenção, até porque sabemos que o equipamento para uma fachada, por exemplo, é bastante dispendioso”. Hoje, a empresa representa em exclusivo para Portugal mais de 50 marcas de prestígio mundial nas áreas de som, iluminação, sistemas de controlo, Led e vídeo, colocando sempre acento tónico no binómio qualidade/ preço. Ao nível da multimédia, a Apogeu coloca à disposição dos seus clientes várias soluções que lhes permitam desenvolver e reforçar o seu potencial de comunicação, recorrendo a produtos de extrema fiabilidade e durabilidade, criando projectos para hoje mas a pensar no amanhã. No que diz respeito à iluminação, a empresa projecta sistemas completos e integrados, de acordo com as expectativas dos clientes, oferecendo um serviço completo, com o devido planeamento, instalação e serviço pós-venda. Conforme explicou o responsável, as instalações de iluminação são feitas na base das novas tecnologias que permitam menores consumos, e daí uma rentabilidade do investimento feito pelo cliente. A novidade neste momento em relação à iluminação é o Led RGB, uma linha de produtos versátil que possui várias tonalidades de cor. De fácil aplicação, é a opção ideal para iluminação decorativa e de destaque, dando um toque diferenciado ao portado e, apesar de às vezes poder ser um pouco ambiente. Segundo Marcelo Nascimento a tecnomais caro, Marcelo Nascimento diz que “dão-nos logia Led está a ser bastante usada pelas unidagarantias de fiabilidade tanto na instalação como des hoteleiras, uma vez que ajuda a baixar os custos da electricidade, e a solução RGB permite ao hotel mudar as cores facilmente, seja para uma festa temática ou uma ocasião especial. Inovação e tecnologia de vanguarda são também colocadas nos projectos de áudio que permitem trazer novas funcionalidades, a acrescentar um serviço rigoroso de manutenção. A Apogeu possui departamentos de engenharia, de instalação e integração, como de gestão de projectos e de documentação, e ainda uma equipa de assistência certificada Telefone: 263 738 358 pelos fabricantes dos e-mail: geral.kipresot@gmail.com | www.kipresot.pt equipamentos. <
KEEP IT SIMPLE
KIPRESOT
8
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
Inovações na hotelaria
Apostas do sector em tecnologia inovadora Cada vez mais o sector hoteleiro está virado para as novas tecnologias, com apostas em inovação. No futuro, todas as portas de hotel serão abertas com telemóveis, os minibares serão mais rentáveis e os cofres mais simples.
O
futuro está aqui e o mundo hoteleiro tem feito os possíveis para se manter a bordo do barco tecnológico que navega o presente do turismo. De chaves passámos a cartões. De cartões passamos a telemóveis. Com o sistema DirectKey, o hóspede pode descarregar para o seu dispositivo móvel uma chave virtual. Pode, assim, aceder de forma segura ao quarto e a outras áreas restritas do hotel. Outra novidade do mundo tecnológico da hotelaria é a abertura de portas com uma pulseira inteligente. Tal pode ser visto em cruzeiros e resorts
TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA
e permite não somente o acesso aos quartos, como também o pagamento de todos os serviços disponibilizados dentro da unidade. Os minibares são outra peça essencial de qualquer hotel ou resort que é agora modernizada e tornada mais rentável. Os custos de manutenção e limpeza dos minibares levaram a que algumas unidades os eliminassem. Surge agora uma alternativa aos pequenos frigoríficos, pela Oppie. Um minibar com um sistema de venda fechado, tipo vending machine, que dá ao cliente exactamente aquilo que ele pede, sem margem para erros.
Também a nível do design os minibares apresentam-se de forma mais moderna. São agora desenhados como pequenos armários, mais compactos e estreitos, que se penduram directamente na parede, minimizando o espaço de ocupação. Já os cofres estão cada vez mais “inteligentes”. Para revolucionar todo este sistema surge o RentYourSafe, da espanhola Elsafe, que gere o aluguer de cofres a partir da Internet. Este processo simplifica e agiliza todo o trabalho de recepção, deixando de existir necessidade de activadores mecânicos e depósitos por parte do cliente. O hóspede recebe
um cartão, com as instruções sobre como funciona o cofre, enquanto o hotel controla os movimentos efectuados online. O wake up call é outro elemento que vem caindo em desuso, surgindo inovações que o revolucionarão. Um despertador que é também rádio e, através do sistema Bluetooth, pode carregar os dispositivos móveis dos ocupantes dos quartos, bem como funcionar como aparelho de alta voz. Torna-se cada vez mais simples gerir o tempo passado em hotéis, com recurso a apenas o telemóvel pessoal. Tal é bem visível na tecnologia PMN Sensiq, da espanhola Quadriga, que através de uma única app permite controlar a televisão, aceder a uma enorme variedade de programas, cinema e entretenimento, pedir o jantar, reservar uma massagem ou uma visita turística. O futuro, no deslizar do dedo. <
TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
9
>dossier Criatividade e saber fazer
Restaurantes de hotéis ganham novos conceitos A diferenciação é uma das principais obsessões dos empresários hoteleiros. A concorrência cresce e uma das formas de atrair clientes passa também pela especialização. Há anos que existem restaurantes temáticos dedicados a clientes cada vez mais segmentados, conceito que também chega aos restaurantes de hotel em Portugal, e com ele novos materiais, produtos, espaços e equipamentos. Mas também está na moda restauração de hotel com assinatura. TEXTO: CAROLINA MORGADO
The LEADING HOTEL SOFTWARE SUITE Maximize as suas receitase e a sua taxa de ocupação enquanto economiza tempo
The The LEADING LEADINGHOTEL HOTEL SOFTWARE SOFTWARESUITE SUITE Maximize Maximizeasassuas suasreceitase receitaseeea a sua suataxa taxade deocupação ocupaçãoenquanto enquanto economiza economizatempo tempo 10
AGOSTO DE 2016 | TURISVER
Motor dede reservas online, smartphone, Facebook Motor reservas online, smartphone, Facebook
EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
Motor de reservas online, smartphone, Facebook Channel Manager OTA, IDS, Meta-search, GDS Analíse competitive e recomendação do preço Conexão com PMS / CRS Gestão dos comentários dos clientes / analíses Reputação online e monitorização do ranking IDS
R
epensar a restauração e a importância desta nas unidades hoteleiras é uma matéria que está na ordem do dia e foi inclusive um dos painéis do 26º Congresso da AHP que teve lugar em Braga, que analisou os desafios, novos conceitos e espaços. Tratou-se pois de debater o F&B como um ponto crítico do negócio hoteleiro – Restaurantes, estar ou não estar num hotel? Como replicar o conceito e o sucesso para os restaurantes de hotel? Fusão de sabores com serviço personalizado em ambientes acolhedores que despertam todos os sentidos são propostas que têm aparecido no mercado, deixando os restaurantes de hotel de ser apenas para os hóspedes, mas criando espaços diferentes com portas abertas a todos. Uns de inspiração tipicamente portuguesa, que prometem transportar os clientes numa viagem pelos sabores tradicionais, de norte a sul do nosso país, com uma selecção criteriosa de ingredientes e produtos frescos da época, outros que nos convidam a descobrir a gastronomia de paragens mais distantes, outros ainda capazes de atender uma clientela muito específica e segmentada, como será a cozinha Kosher para receber o turismo judaico, a restauração na hotelaria está de facto a renovar-se, transformando-se em
palcos de experiências gastronómicas, num compasso descontraído e elegante. Há também alguns que têm adoptado o conceito de gastronomia “food & friends”, podendo os clientes visualizar a confecção de alguns pratos em “show cooking”, e outros que se inspiram nos frutos da terra, num regresso às origens e ao genuíno, ao saudável e ao rústico, oferecendo aromas, texturas, cores, sabores, melodias e sensações.
CRIAR ESPAÇOS INTERESSANTES SOCIALMENTE “Acho que os hotéis tradicionais eram espaços mais interessantes
socialmente, onde a comunidade local encontrava-se para comer e a comida era boa. A partir dos anos 80, com o aparecimento de uma hotelaria mais standarizada, ganhou-se o conceito de comida de hotel, perdeu-se o interesse, os espaços passaram a ser utilizados apenas para os pequenos-almoços dos clientes e para os em meia pensão, os pratos deixaram de ter história, e o objectivo era que o F&B não perdesse dinheiro”, começou por explicar Rodrigo Machaz, director-geral da Memmo Hotels, realçando que felizmente, aos poucos, a situação tem vindo a alterar-se. Gradualmente, em sua opinião, “as
pessoas de fora começaram a pegar nesses espaços que os hoteleiros não queriam e a transformá-los em restaurantes de sucesso”, para alertar que “é uma oportunidade dos hotéis porem os seus restaurantes a funcionar, pensá-los com dedicação, criarem uma identidade e um conceito”. E é a pensar numa identidade e num conceito que o Memmo Príncipe Real, em Lisboa, que abre portas na segunda quinzena de Setembro, vai ter uma sala de estar e de refeições, onde será o restaurante do hotel, “pensado com a mesma dedicação que pensámos o alojamento e todos os serviços do hotel”. O espaço vai-se chamar Café Colonial, e de acordo com Rodrigo Machaz, “vai ter conceito de café porque pretendemos que seja um local de encontro e de partilha, e colonial, porque queremos que a cozinha reflicta a influência que os portugueses levaram e trouxeram do mundo, com pratos contemporâneos ao nível dos ingredientes e da confecção”. O Lutecia Smart Design Hotel que há cerca de cinco anos decidiu mudar o conceito da unidade de 4 estrelas em Lisboa, também apostou num restaurante diferente. “Quisemos criar algo que nos diferenciasse, porque as pessoas quando vêm a Portugal procuram provar os sabores portugueses, mas também gostam de experimentar coisas diferentes, e sabíamos que como restaurante português íamos ser apenas mais um, porque toda a gente faz um bom bacalhau ou um bom arroz de polvo, daí termos apostado na cozinha indiana, conhecida em todo o mundo e que cada vez mais as pessoas gostam” disse o seu director, João Freitas. Mas como o hotel tem apenas um restaurante, oferece duas cartas distintas – uma indiana e outra portuguesa, tornando-o mais abrangente e criando um conceito de fusão, daí o restaurante chamar-se “In Fusion”. De acordo com o responsável, tem sido uma aposta ganha, estando a servir uma média de 40 jantares, sem contar com os grupos ou eventos, “o que para nós, como restaurante de cidade, e não um resort, é muito interessante”. Aos almoços é mais difícil porque os hóspedes saem do hotel para visitar a cidade. Quanto aos passantes, João Freitas reconhece serem ainda residuais, uma vez que o restaurante situa-se no primeiro andar do hotel e é preciso passar pela recepção. A aposta passa pela divulgação do restaurante tanto no tripadvisor como nos canais de sites para restaurantes. Um restaurante dessa natureza exigiu a contratação de dois chefs indianos e algum equipamento es-
>
TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
11
>dossier pecífico, como é o caso de um forno tandoori, loiça para servir comida indiana e stock de ingredientes.
<
EQUIPAMENTOS CADA VEZ MAIS PEQUENOS E BONS
Sustentabilidade e eficácia marcam as tendências de novos equipamentos para a hotelaria. O que se procura hoje é maquinaria para a hotelaria que respeita o meio ambiente, mas ao mesmo tempo, de alta performance, velocidade de execução e máxima eficiência, enquanto os hoteleiros renovam o seu compromisso com a tecnologia e soluções eco friendly. Na fabricação de máquinas e equipamentos para a indústria hoteleira, um dos objectivos dos fabricantes é implementar sistemas de eficiência
energética e garantir o máximo de sustentabilidade. Este é o primeiro passo para oferecer produtos interessantes à procura, especialmente se conseguir combinar a sua capacidade de consumo inteligente com design fácil e ergonómico que permita o uso quase intuitivo da máquina. Outra característica comum de todos os produtos novos é que a sua concepção evolui para formatos cada vez mais compactos mas com a mesma capacidade de produção do que outros convencionais, e serem capazes de proporcionar uma
Rodrigo Machaz Director-geral Memmo Hotels
“A partir dos anos 80, com o aparecimento de uma hotelaria mais standarizada, ganhou-se o conceito de ‘comida de hotel’, perdeuse o interesse, os espaços passaram a ser utilizados apenas para os pequenosalmoços dos clientes e para os em meia pensão, os pratos deixaram de ter história, e o objectivo era que o F&B não perdesse dinheiro”.
redução significativa no tempo de trabalho, através de máquinas mais rápidas, de alto rendimento e altas taxas de produtividade. Nas últimas décadas, as cozinhas passaram por grandes transformações com o surgimento de novos equipamentos no intuito de melhorar as técnicas empregadas na preparação dos pratos. O mais interessante é que a tecnologia desenvolvida veio apoiada nos pilares da sustentabilidade: conseguir bons resultados com o mínimo ou nenhum desperdício. As técnicas também foram apuradas e os cozimentos passaram a ser 12
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
mais longos e em baixa temperatura procurando manter e enaltecer as condições naturais da matéria-prima. O termocirculador cozinha os preparados embalados a vácuo, em banho-maria, com temperaturas constantes que podem ir de 5°C a 100°C, as espumas passaram a ser usadas pelo seu efeito areado dando um toque delicado ao prato, sobressaindo toda a essência dos ingredientes, as e emulsões passaram a contribuir na decoração como também no sabor das preparações, existindo processadores com controlo de temperatura capazes de produzir essas preparações, obtendo consistências bem leves. A esferilização, que transforma os alimentos em esferas gelatinosas, contribuiu para a tendência de converter a comida e bebida em algo surpreendente. O nitrogénio líquido passou a ser empregado para fritar alimentos a menos de 200°C abaixo de zero. Esses são apenas alguns exemplos. Mas não só de enormes equipamentos sobrevive a indústria da inovação.
Opções de design – incorporando novas tecnologias ou concentrando tecnologias já existentes num único produto tem sido uma aposta dos fabricantes. Uma tendência também cada vez mais frequente são as cozinhas abertas ao público, onde os clientes podem visualizar o preparo dos alimentos e a dinâmica do funcionamento das cozinhas.
PLANEAR PARA CONSEGUIR GANHOS O planeamento também é importante. Em primeiro lugar é necessário analisar a procura e o segmento que se pretende atingir, depois são precisos profissionais habilitados e com experiência no segmento, que poderão atender a todas as normas e garantir um resultado eficiente, não só na escolha, concepção e montagem dos equipamentos, mas quem saiba confeccionar os pratos. Tudo tem que ser pensado, desde a forma de receber a matéria-prima,
o seu armazenamento e preparo ao recolhimento e descarte de resíduos, pois só assim é possível estabelecer os equipamentos necessários, adequar ao espaço disponível e criar o melhor fluxo de trabalho, capaz de garantir dinâmica e rapidez, até porque numa cozinha, o mais importante não é a estética, mas a funcionalidade. Há ainda a parte da renovação e manutenção do equipamento. Um bom equipamento tem uma vida útil mínima de 10 anos, podendo durar 15 anos, dependendo de sua operação diária, processo de limpeza e manutenção. E o segredo para garantir o equipamento por mais tempo é apenas seguir as recomendações do fabricante e do fornecedor de produtos de limpeza. No entanto, a durabilidade do equipamento não é a única questão a ser avaliada. A tecnologia vai mudando muito rapidamente, trazendo um grau de obsolescência prematura aos equipamentos actuais, que muitas vezes é preciso acompanhar com novos investimentos. Finalmente, e não menos importante, é a segurança. Com o avanço da tecnologia os equipamentos também estão melhor preparados para evitar acidentes. A segurança será garantida por um layout bem elabo-
João Freitas Director-geral Lutecia Smart Design Hotel
“O foco está no cliente, tanto assim que as companhias multinacionais procuram padronizar equipamentos e serviços. O cliente quando entra num hotel pertencente a uma cadeia, sabe sempre o que vai encontrar”.
rado, com profissionais treinados e procedimentos implantados, além de equipamentos bem produzidos dentro das normas de segurança do mercado. <
Penhas Douradas/Foto J. Campos
HÁ 50 ANOS A CONSTRUIR EXCELÊNCIA EM PORTUGAL
Penhas Douradas/Foto J. Campos Penhas Douradas/Foto J. Campos
WWW.ABA.COM.PT
Rua Adriano Lucas nº122 3020-430 Coimbra Portugal T. (+351) 239 497 770 geral@aba.com.pt comercial@aba.com.pt
Penhas Douradas/Foto J. Campos TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
13
JDE
Cafitesse a melhor solução ao serviço do seu negócio
Para mais informações visite: www.jacobsdouweegberts.com +351 214 141 270 14
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
Cafés cultivados por agricultores certificados por UTZ que implementam as melhores práticas agrícolas no que diz respeito às pessoas e ao planeta. www.utz.org
Os hotéis voltam a lavar a roupa em casa em vez de terciarizar o serviço, enquanto os fabricantes oferecem equipamentos de lavagem cada vez mais eficientes e de baixo consumo energético.
Tendência
Hotéis voltam a assumir o seu próprio serviço de lavandaria
N
ada como toalhas e lençóis macios, impecavelmente lavados e passados, sem manchas ou rugas para que o cliente tenha uma experiência perfeita. Esta é a melhor apresentação de um hotel. E a factura da lavandaria é um custo fixo importante que causa mais uma dor de cabeça a muitos hoteleiros. Mas onde estão os hoteleiros a lavar a roupa? Continuam a terciarizar esse serviço ou voltaram a optar por fazê-lo dentro de portas? Se nos últimos anos muitas unidades hoteleiras optaram por entregar a roupa a empresas terceiras, a tendência crescente é para lavar no próprio hotel, pelo menos em certas categorias de têxteis. É recomendável que o hotel faça um estudo da necessidade de manter uma lavandaria própria, ou terciarizar. Trata-se de um sector que deve possuir os recursos técnicos necessários, para lavar, secar, passar e consertar grande quantidade de roupas diariamente, além de atender aos pedidos dos hóspedes para os mesmos serviços. Optando por uma lavandaria própria, o hotel deverá equipá-la adequadamente, de acordo com o volume de roupas a serem trabalhadas diariamente. Este estudo deve ser entregue a fabricantes, para dimensionar adequadamente o espaço e os equipamentos necessários. Em primeiro lugar está a inevitável poupança de custos. No caso dos hotéis, a forte pressão dos operadores turísticos em termos de preço obriga-os a controlar os custos ao
TEXTO: CAROLINA MORGADO
máximo. No caso de cadeias hoteleiras, que movem um grande volume de roupa, não só do hotel como dos hóspedes, voltaram a lavar em casa pelo mesmo motivo. Passou a ser mais caro entregar a empresas terceiras. Neste caso está também a disponibilidade imediata. Nos hotéis, sobretudo na época alta, com um maior número de hóspedes, é preciso ter os têxteis sempre à mão e ser capaz de responder aos imprevistos. Lavar no próprio estabelecimento significa um maior controlo de qualidade do produto final, isto porque a lavagem é realizada de acordo com as normas do próprio hotel, e alguns estabelecimentos são muito exigentes. Isto traduz-se em mais qualidade, questão que é valorizada pelo cliente ao toque, e o produto tem vida mais prolongada, e consequentemente, não tem que ter grande stock de substituição, nem comprar nova roupa tão rapidamente.
premissas: facilidade de uso e baixo consumo de energia, algo que oferecem os equipamentos como as máquinas de lavar roupa HS, da
>
Girbau, que optimizam o consumo de água e de energia, ou a nova geração de máquinas de lavar roupa da Fagor Industrial, que permitem uma
REDUZIR CUSTOS E POUPAR ENERGIA Os fabricantes de equipamentos de lavandaria industrial também perceberam isso e a diversificada linha apresentada ao mercado permite precisamente reduzir custos e poupar energia, esta outra dor de cabeça da hotelaria. Três empresas deste ramo estão na linha da frente: a Electrolux Professional, Fagor Industrial e a Girbau. E o que é que os hoteleiros pedem ao nível de máquinas de lavar roupa? Fundamentalmente, duas TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
15
>dossier O que se procura hoje são equipamentos de alta rentabilidade, baixo investimento, gestão simples, avançados tecnologicamente, que poupam água e energia, mas também resistentes e de fácil utilização e manutenção.
PRODUTOS DE QUALIDADE PARA HOTELARIA A mesa room-service SICO
está desenhada para suportar o continuo movimento de um hotel. Umas pequenas rodas asseguram o movimento silencioso nos corredores do hotel, por forma a não incomodar os hóspedes
< Elegante e segura mesa de room service
A estufa transporta-se na mesa room-service
Mesa dobrável e móvel banquetes e conferências
As mesas dobraveis e móveis SICO reduzem consideravelmente o tempo de montagem e desmontagem. São facilmente transportaveis e quando abertas ficam totalmente apoiadas nos seus pés. Todas as mesas SICO oferecem uma grande variedade de formas e acabamentos
Palcos
Desde palcos para grandes actuações até palcos para mesas presidenciais ou conferências, os palcos SICO proporcionam uma plataforma ideal para qualquer acontecimento. O palco SICO também está desenhado para que uma única pessoa o possa montar e desmontar, assegurando uma operação eficiente sem comprometer as normas de segurança.
As abas fixas em cima reduzem o risco de queda das loiças durante o transporte
economia de até 30%, ajustando automaticamente o consumo da água, detergente e energia. Com anos de experiência a desenhar e fabricar instalações e máquinas de lavandaria, a Fagor Industrial é hoje um verdadeiro especialista neste campo, contando com uma vasta gama de máquinas para lavar, secar e passar a ferro. A última geração de máquinas de lavar roupa combina a mais recente tecnologia com a máxima qualidade de componentes e materiais. Dispõem dos últimos avanços em “wet cleaning” e sistemas de economia de água, energia e produtos químicos. Destacam pela facilidade de utilização e programação intuitiva que permitem ser utilizadas em qualquer tipo de lavandarias. Como novidade, incorporou-se, além do novo programador Touch Plus Control, novos modelos de centrifugação alta e standard, o que as torna numa das gamas mais completas do mercado. Enquanto isso, a Electrolux Professional conseguiu, com o sistema “Lagoon Advanced Care”, uma solução “wet cleaning”, um maior respeito pelo meio ambiente, e que também serve para as peças mais delicadas, que já não têm necessidade de serem limpas a seco. O mesmo acontece a nível de secagem. A secadora ST13012 da Girbau, com um tempo de secagem de menos de 15 minutos e um consumo de 1,1 KWh por litro de água evaporada, é excelente em termos de eficiência e respeito pelo ambiente. As novas máquinas de secar “Heat Pump - High Efficiency” e “Green Evolution Plus”, da Fagor Industrial, possibilitam poupança de energia de 60% e 40 %, respectivamente.
O MEIO AMBIENTE AGRADECE
MCLERIGE – INVESTIMENTOS E GESTÃO LDA Distribuidor oficial SICO para Portugal
16
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
Contacto: pbreyner@mclerige.com 963 898 271 WWW.SICO-EUROPE.COM
No que diz respeito a engomar, a qualidade do produto, facilidade de uso e multifuncionalidade são as grandes apostas actualmente. O sistema Serie Compact da Girbau, permite introduzir os itens secar, passar, dobrar, empilhar, numa única máquina que ocupa 20 m2. E há a nova gama de calandras murais
da Fagor Industrial, perfeitas para hotéis pequenos, já que ocupam pouco espaço. Os novos modelos de calandras de parede com dobragem longitudinal, transversal e empilhador com a opção de saída frontal ou posterior oferecem grande flexibilidade para se adaptarem a todo o tipo de espaços e usos. As calandras Fagor estão desenhadas para dar o máximo de rendimento e produtividade, aliando eficiência energética à poupança de tempos.
A estas características acresce a sua simplicidade de funcionamento que se traduz em custos de manutenção quase inexistentes. Para grandes produções, os túneis de lavagem também evoluem. Um exemplo é Carbonell, que desenvolveu um túnel de lavagem modular que oferece produções 30% mais elevada do que outras máquinas semelhantes, com um consumo muito inferior de água e detergentes, e o meio ambiente agradece. < TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
17
>dossier Vinhos da Adega Cooperativa de Silgueiros premiados
ARCOHOTEL aposta em acções de formação A ARCOHOTEL reforçou este ano acções de formação e demonstração no seu showcooking com a presença de clientes e seus colaboradores, chefes de cozinha e directores de hotéis, em parceria com diversos fabricantes como a Fagor, Rational, Gresilva e Robot Coupe. Estas acções vêem na sequência do sucesso das primeiras demonstrações direccionadas para o utilizador. Além de dar a conhecer as potencialidades dos equipamentos, para assim se retirar maior rentabilidade dos investimentos, estas actividades são também animadas pelo envolvimento pessoal de todos os intervenientes, colocando cada um a sua experiência e conhecimento ao serviço do grupo. Com estas iniciativas aliadas a todo um serviço prestado que se inicia no projeto (layout), planeamento, montagem e formação, continua a ARCOHOTEL interligada aos clientes na apresentação e formação dos novos equipamentos que surgem no mercado hoteleiro todos os dias, Além disto, tem estes encontros com o objectivo de consciencializar os profissionais da hotelaria para a nova geração de equipamentos deste sector, construídos cada vez mais com materiais ecologicamente sustentáveis e eficientes. <
17 Anos ao Serviço da Hotelaria Para si. Para a sua empresa. Produtos fiáveis. Amigos do Ambiente.
Nova loja em Olhão
Tornando-o feliz.
Através do site da Mouraplás, Lda www.mouraplas.com poderá criar uma conta e será capaz de efectuar compras de forma mais rápida, estar actualizado quanto ao estado da sua encomenda, e ficar com um registo histórico das encomendas que já realizou.
Loja Online: www.mouraplas.com E-mail: mouraplas@mouraplas.com Encomendas: 289 793 077
• Comércio por grosso de produtos e artigos de alta rotação na Hotelaria, Restauração e Escritório • Dispomos de uma linha de Limpeza Industrial, Linha Auto-Industrial e Linha Ceras. •Descartáveis em papel e plástico, uso doméstico, uso sanitário, papel higiénico, rolos de cozinha, guardanapos, lenços de bolso, toalhas de mesa, embalagens de plástico e papel, impressão e publicidade; produtos de manutenção, higiene e limpeza; batas, luvas e aventais; produtos de embalagem linha Take Away. • Fabricamos os sacos de papel “Easy Bag” e distribuímos a prestigiada marca “Colhogar”.
E.N. 125 - Anfandanga • 8700-061 MONCARAPACHO - OLHÃO • Tel.: 289 793 067 • Fax: 289 793 077 Zona Industrial de Olhão • lotes 161 e 162 • 8700-281 OLHÃO • Tel.: 289 715 313
18
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
A Adega Cooperativa de Silgueiros arrecadou a medalha de ouro na categoria IV com o seu “Morgado de Silgueiros Touriga Nacional de 2014”, que já se encontra à venda e a medalha de prata Na Categoria II com o seu “Morgado de Silgueiros Tinto-Colheita de 2013”.
Estes prémios foram conquistados no VII concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados do Dão” 2016. Os novos galardões vêm juntar-se aos recebidos no concurso “Dão Primores” relativo à colheita 2015, sendo três medalhas de ouro e duas de prata. <
Sanindusa apresenta restyling da linha Novelda A Sanindusa reforçou a sua aposta no segmento de lavatórios com o lançamento da linha Novelda Plus. Esta colecção resulta da reinterpretação do clássico Novelda, acentuando o impacto visual das suas formas minimalistas. O seu desenho contemporâneo facilita a integração com quaisquer outros elementos da casa de banho. A série está disponível em 3 dimensões: 50x45, 60x45 e 70x45 cm e permite a aplicação mural e de pousar em móvel ou bancada. Branco e pergamon foram as cores escolhidas para esta gama. <
Hostelco em Barcelona de 23 a 26 de Outubro O Hostelco – Salão de Equipamentos para Restauração e Hotelaria tem a sua 18ª edição marcada entre os dias 23 e 26 de Outubro próximo, no recinto Gran Via da Feira de Barcelona. Uma das principais referências europeias da sua especialidade, o evento aposta todos os anos em mostrar as últimas tendências, inovações e a maior oferta em equipamentos e serviços para restauração e hotelaria, bem como incorporar novos sectores. A edição de 2016 vai ser ampliada com a incorporação de sectores que gelataria, padaria e pastelaria que serão os protagonistas de uma autêntica praça urbana recriada no salão, onde especialistas internacionais levarão a cabo workshops e demonstrações com o objectivo de divulgar o seu know how e demonstrar a rentabilidade da integração da oferta de gelados, bolos ou pães em unidades hoteleiras, bem como as vantagens logísticas e económicas do desenvolvimento destes produtos, total ou parcialmente, em hotéis, cafetarias e restaurantes, usando maquinaria de última geração. Como sempre, haverá uma zona dinâmica e interactiva dedicada às novidades, onde estarão expostos não só os produtos mais inovadores apresentados pelas empresas expositoras, como também as novas tendências a nível mundial. O certame vai centrar-se em 11
sectores, tais como loiça, gestão, controlo informático e segurança, têxtil e fardamento, empresas de serviço, mobiliário e decoração, limpeza, equipamentos para lavandaria e lavagem e limpeza a seco e área de café, bem como os novos sectores de pastelaria, gelataria e padaria. Por outro, o salão coloca em marcha um plano de captação focalizado em compradores e distribuidores espanhóis e internacionais, provenientes de países como Portugal, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Marrocos. No total, foram convidados mais de 1.100 buyers internacionais, mais 22% do que a última edição que teve lugar em 2014. O objectivo é facilitar o networking, abrir novas oportunidades de negócio e fomentar os intercâmbios comerciais. <
TURISVER | AGOSTO DE 2016 EQUIPAMENTOS E SERVIÃ&#x2021;OS PARA A HOTELARIA
19
Sítio dos Moinhos – Apartado 1117 – 8401-909 Carvoeiro LGA Tel.: 282 350 150 – Fax.: 282 350 159 – Tlm.: 969 117 611 E-mail: elfra.lda@mail.telepac.pt Site: www.elfra-info.com – Loja online: www.elfra-info.eu
Importação – Exportação e Representação de Produtos Técnicos. Consultores Técnicos Hotelaria Artigos e Equipamentos Assistência Técnica
20
AGOSTO DE 2016 | TURISVER EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA A HOTELARIA
Selecção de alguns artigos exclusivos da ELFRA, LDA
Convidamos todos Vós a visitar o nosso site www.elfra-info.com onde podem visualizar todos os nossos Parceiros e Produtos