Turisver n Julho de 2015 n Mensal n Nº 830 n Ano XXX n Preço 5€ n Director José Luís Elias
TURISMO 2020
Plano em discussão pública
Miguel Barradas YOU arranca com catálogo de qualidade
25 a 27 de Outubro Congresso da AHP vai ser em Évora
Keith Fernandez Destinations of the World chega a Portugal
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JULHO DE 2015 | TURISVER
>abertura Porto de Leixões
TEXTO: FERNANDA RAMOS
Novo terminal de passageiros inaugurado Ser uma referência no turismo de cruzeiros a nível internacional é o objectivo do Porto de Leixões que para isso se vem preparando desde 2011 com a inauguração do novo cais do também novo Terminal de Cruzeiros no Molhe Sul. A segunda fase foi a nova estação de passageiros inaugurada a 23 de Julho com a pompa e circunstância na presença de três ministros: José Pedro Aguiar-Branco (Defesa), António Pires de Lima (Economia) e Assunção Cristas (Agricultura e Pescas).
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• Cais de acostagem: navios até 300m (concluído em 2011) • Estação de passageiros (inaugurada a 23 de Julho de 2015) • Porto de recreio para 170 lugares • Cais dedicado à navegação flúvio-marítima • Centro de Ciência e Tecnologias do Mar, da Universidade do Porto
uando se fala do peso do turismo de cruzeiros no nosso país e do impacto desta actividade na economia, pensa-se de imediato em Lisboa e no Funchal, mas nem só destas duas infra-estruturas vivem os cruzeiros em Portugal. É o caso do porto de Leixões que desde as obras de 2011 tem aumentado a sua importância ao nível das escalas de cruzeiros, e seguramente aumentará ainda mais com o novo terminal de passageiros que, apesar de ter sido agora inaugurado estava já funcional desde o passado mês de Abril, tendo até já recebido 15 navios de cruzeiros. O novo cais, de 340 metros permite receber praticamente toda a gama da frota mundial de navios de cruzeiros, ficando desta forma colmatada uma lacuna que ainda existia a Norte neste segmento da oferta turística. Navios de maior porte trazem um maior número de passageiros e o novo terminal vai estar preparado para os receber, em número e com qualidade. Para passageiros em trânsito não há limite, mas no caso de passageiros em turnaround (embarque e/ou desembarque), a capacidade da nova estação passa a rondar os 2.500. Por isso, a expectativa da Administração do Porto de Leixões é de considerável crescimento. Se em 2014 Leixões teve o seu melhor ano de sempre, com 41 navios, 67 escalas, perto de 47 mil passageiros e 24 mil tripulantes, para este ano o novo terminal conta já com 90 escalas marcadas até ao final do ano, cerca de 83 mil
passageiros e perto de 43 mil tripulantes. Mesmo assim bastante abaixo das expectativas dos mais de 100 mil passageiros por ano que a ADPL acalenta para 2017 e seguintes. Edifício de formas sinuosas, arrojadas e curvilíneas, projectado pelo arquitecto Luís Pedro Silva, a nova estação de cruzeiros é não apenas visível de toda a marginal de Matosinhos como é também uma obra a que poucos ficarão indiferentes Para além de oferecer todas as condições para o embarque e desembarque de passageiros, o novo terminal contará com um espaço dedicado à produção e divulgação científica através do Pólo do Mar do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, resultado do Acordo de Cooperação estabelecido em 2009 entre a APDL, a C.M. de Matosinhos e a Universidade do Porto. O projecto do novo Terminal, que no seu todo contou com um investimento de 49 milhões de euros (dos quais 29 milhões foram para a nova estação de passageiros), financiados por apoios comunitários, confere um novo desenho à frente marítima, sendo dotado de uma solução tecnologicamente inovadora, que utiliza a água do mar como base da climatização do edifício, o que permite controlar a temperatura e humidade nos espaços destinados a receber os passageiros. As obras vão ter ainda uma terceira fase, com a construção de um corredor de acesso à cidade de Matosinhos para viaturas e peões que deverá ser inaugurado no próximo ano. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>editorial Quem sou eu senão um grande sonho obscuro em face do Sonho Senão uma grande angústia obscura em face da Angústia
> Singela homenagem
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sta é uma hora triste. O espaço de tempo que medeia entre o início deste texto e a sua conclusão está recheado de pensamentos em que o pesar e a raiva se mesclam. Começando pelo fim: raiva porque a vida para ser vivida requer aprendizagem, o mesmo é dizer que requer tempo, e este é sempre demasiado fugaz quando falamos dela, da vida. Depois, por determinada ordem de razão, vem a prática, o que significa que só depois da aprendizagem e de alguma prática começamos realmente a viver.
José Luís Elias, Director joseluiselias@turisver.pt
Por isso o espaço de tempo que é compreendido entre o início e o fim de cada vida é sempre curto, sendo por isso que muitas vezes damos por nós a “pensar na vida”, no que fazer com ela, mas sempre condicionados pela sua duração e sem nunca conhecermos quanto durará. É por isso que a vida enquanto vivida, é feita de pequenos prazeres é certo, mas também de muitos “amargos de boca”, muito stress, muitos aborrecimentos.
Quem sou eu senão a imponderável árvore dentro da noite imóvel E cujas presas remontam ao mais triste fundo da terra? Vinicius de Moraes “A vida vivida 1938”
Neste início de Verão o tempo, a vida, terminou para dois obreiros do nosso turismo, José Nery e Bruno Pereira. O meu tempo de vida está entre o tempo de vida dos dois, por isso com o primeiro aprendi muito no começo da minha carreira profissional, aprendi a conhecer o que era o turismo. Grande amigo de um também grande amigo meu, Belmiro Santos, meu amigo se tornou - e esta é uma das partes boas do tempo de vida que cá levamos. Director comercial e de marketing de uma grande empresa internacional a AVIS, José Nery foi o meu principal aliado no conhecimento do “mundo” do rent-a-car, de como construir pacotes turísticos incluindo aluguer de viatura, de ter uma percepção do papel importante do fly and drive para Portugal. Uma pessoa que apesar da sua importância no contexto da sociedade e em particular no mundo turístico, andava com os pés no chão, sem soberba nem vaidades. Quanto ao Bruno Pereira, um rapaz que conheci e se fez Homem, acompanhei o seu percurso quer no contexto profissional quer em alguns momentos de confraternização. É por isso com profundo pesar e tristeza que não posso acompanhar o resto da sua vida profissional. Com menos vida vivida também nos deixou. Tive conhecimento do seu falecimento trinta e tal horas após, juntos com o Mário Almeida (TACV), termos entregue um prémio referente a um passatempo do jornal destinos e ainda hoje me faltam palavras para prestar a devida homenagem que o Bruno merece. Acreditem, José e Bruno, que sinto que fiquei aquém do que merecem, mas não consegui fazer melhor. Tenham Vida Eterna. <
Turisver
Medalha de Prata de Mérito Turístico do Governo Português DIRECTOR: JOSÉ LUÍS ELIAS • PROPRIEDADE E EDITOR:
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Festas do Povo de Campo Maior 22 a 30 de Agosto
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>opinião Por: Carlos Torres*
A perda de autenticidade urbana induzida pela crescente hotelização de imóveis residenciais que expulsa os habitantes do centro das cidades 1) O forte impulso das plataformas digitais e o indevido aproveitamento da sharing economy Várias vozes têm-se insurgido contra o aumento exponencial do fenómeno da hotelização dos apartamentos das principais cidades, fortemente potenciado pela intermediação digital, na qual pontifica a Airbnb. Geram-se com esta utilização desviante dos imóveis para habitação várias externalidades - efeitos sociais, económicos e ambientais indirectamente causados pela venda de um produto ou serviço -, no caso negativas, tendo algumas delas sido apresentadas, de forma veemente, no recente programa da RTP, Prós e Contras, de 15 de Junho. Normalmente a defesa desde modelo disruptivo apoia-se na denominada economia colaborativa, tendo no programa da RTP uma parte da discussão sido para aí conduzida. No entanto, trata-se de um enquadramento falacioso, porquanto a esmagadora maioria da cedência de espaços para alojamento é feita, não com o estruturante espírito de troca que caracteriza a sharing economy (Antony proprietário nova-iorquino ocupa gratuitamente, durante algumas semanas, um apartamento em Paris pertencente ao francês Pierre que, por seu turno, vai desfrutar do apartamento de Antony), mas com finalidade lucrativa (um proprietário, não residente, com vários apartamentos ou mesmo vários edifícios explora-os na vertente do alojamento turístico). Ou seja, os donos dos imóveis querem obter um rendimento mais elevado com a locação a turistas - nalguns casos o dobro ou o triplo - do que obteriam no arrendamento para habitação a uma família. Na página do município de Amesterdão, o expoente europeu da sharing economy, alerta-se, de forma peremptória, que as casas não são hotéis (huizen zijn niet hotels), permitindo-se o alojamento a turistas, na residência habitual do seu proprietário, sem carácter continuado e com o limite de 60 dias por ano. Para o rigoroso cumprimento da lei, fiscalizam-se intensamente os principais sites, aplicando-se fortes sanções quando a actividade se desviar de simples hobby para negócio. 2) A hotelização de apartamentos gera impactos desfavoráveis nos modelos urbanos, no mercado imobiliário e na vida das populações À semelhança das principais cidades espanholas como Barcelona e Madrid, S. Francisco, Nova York, 6
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Toronto e Berlim, também em Lisboa se verificam preocupantes efeitos na população residente motivados pela transformação de residências em alojamento turístico, afectando o estruturante e tradicional objectivo das políticas públicas de garantir a ocupação dos centros urbanos por população residente.
A perda de habitantes no centro das cidades pode e deve ser travada pelo estrito cumprimento da legislação urbanística e da propriedade horizontal. Os imóveis com utilização habitacional não podem ser afectos a finalidades de alojamento turístico (alojamento local) sem que exista a alteração do uso. Paris constitui um bom exemplo que Lisboa deve seguir, respeitando-se o uso dos imóveis.
A desordenada conversão de apartamentos para habitação na utilização para turistas, impulsionada pelas novas plataformas P2P, tem grandes implicações nos destinos turísticos pela maior densidade e intensidade de uso dos edifícios e bairros onde se desenvolve. As perturbações nos moradores são várias, destacando-se as seguintes: Elevados níveis de ruído que perturbam o descanso dos moradores não apenas no edifício onde se desenvolvem mas também nos prédios vizinhos; Toques de campainha por engano, com particular impacto negativo os que ocorrem a altas horas da noite; Acréscimo de limpeza decorrente da maior pressão de uso dos espaços comuns; Menor segurança dos moradores pelo acesso ao interior do edifício de estranhos a quem são entregues as chaves da porta de entrada ou o código de segurança bem como do acesso ao parque de estacionamento; Problemas de manutenção e desgaste das zonas comuns derivados da maior rotação das estadas curtas associadas à locação turística (elevadores, danos pela entrada e saída de malas e maior dispêndio em energia) Perda do carácter familiar e proximidade inerente às relações de vizinhança.
Relativamente aos bairros ou zonas centrais em que se desenvolve a locação turística ocorre uma perda de autenticidade, a progressiva destruição dos seus elementos icónicos: Maior movimentação de pessoas, logo maior carga no destino decorrente desta população flutuante; Tendência de desvalorização dos elementos de identidade da vida de bairro causada pela perda dos residentes; Nas zonas de maior presença da população turística alojada em apartamentos verifica-se o desaparecimento do pequeno comércio local, designadamente pastelarias, restaurantes e bares e a sua substituição por supermercados (compra dos produtos alimentares ou refeições pré-confeccionadas consumidas no alojamento) e restaurantes franchisados. 3) Um modelo em que os turistas gastam pouco no destino, geram pouco emprego e comprometem o futuro da actividade pela saturação e descaracterização dos locais Não se tratando de uma nova procura ou de um novo perfil de turista, mas apenas da escolha de diferentes tipos de alojamento para cada viagem, em busca do melhor preço, constata-se na locação turística uma menor capacidade gerar rendimento e emprego, que afecta directamente o modelo económico e de bem-estar construído ao longo de décadas de investimento público e privado no sector do turismo. Com efeito, o gasto médio diário é 71,2% superior para os turistas que optam pelo alojamento clássico. O dinheiro poupado pelo turista que opta pela locação turística (deriva principalmente do grande diferencial de custos de regulação) não é compensado com outro tipo de gastos no destino (compras, alimentação, actividades culturais ou de lazer). O emprego directo e indirecto gerado pela oferta tradicional, em especial a hoteleira, é muito superior: por cada 100 unidades de alojamento geram-se 17,9 postos de trabalho directos no próprio estabelecimento, enquanto na locação turística a ratio é de apenas 3,7 (em regra confinado à limpeza após a saída e ao pequeno almoço apenas em 4% dos casos). *Advogado, Professor ESHTE/ISCAD/ULHT
>entrevista Miguel Barradas
– director comercial da YOU
“Catálogo vai dar-nos uma maior credibilidade e força no mercado” Chegou ao mercado há poucos meses e aposta na diferença em termos da programação. A sua primeira brochura, com validade de um ano, começa agora a chegar ao mercado, com fortes apostas em destinos exóticos, nomeadamente asiáticos, e em cruzeiros fluviais temáticos, também na Ásia e na América do Sul. Miguel Barradas, director comercial da YOU, falou-nos um pouco mais da estratégia e programação do novo operador. TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS
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urisver – Porque é que o operador YOU sai agora com um catálogo que vai valer por um ano? Miguel Barradas – Porque o ano já vai avançado para sairmos com produtos para o Verão, optámos por ter produtos que entram pelo Outono/Inverno e avançam sobre 2016, com ofertas que são já para a Páscoa e os feriados de Junho. Quando chegarmos ao final deste ano, início do próximo, já teremos uma noção da aceitação do mercado relativamente ao catálogo, do tipo de pedidos, e isso vai ter peso na nossa decisão, pelo que, por alturas da BTL 2016 iremos lançar um ou dois catálogos, eventualmente por destinos ou por continentes, mas essa ponderação só vai ser feita no final do ano. Apesar de ser um catálogo lançado em cima do Verão, ele vem com mui-
“O que queremos é fazer a diferença, ou seja, queremos oferecer produtos que o mercado não tem actualmente à disposição, como o Irão, a Rota da Seda, a Indonésia, Guatemala, Belize, Honduras, Namíbia, Madagáscar, Uzbequistão (…)”.
tas propostas de praias para o nosso Inverno. O catálogo saiu em meados de Julho e não fazia sentido lançar programas de Verão. Optámos por lançar cerca de 20 páginas de praias paradisíacas para destinos que, na sua maioria, ficam no hemisfério sul, basicamente na Ásia, África e América do Sul e Caraíbas. Apostámos também nos cruzeiros fluviais porque não há muita oferta no mercado. Vamos lançar cruzeiros fluviais na América do Norte e Canadá, na América do Sul com a Amazónia brasileira e na Europa, com cruzeiros no Danúbio, no Volga (S. Petersburgo), na Costa Adriática (Croácia) e também um outro na Turquia. Temos também cruzeiros fluviais na Ásia, especialmente na região da Birmânia, Vietname, Taiwan. O catálogo incide naquela área a que, em teoria, nos queremos dedicar mais: os grupos temáticos, produtos
com acompanhamento e datas específicas de partidas. Claro que em 30 a 35% serão produtos para mínimo de duas pessoas oferecidos também por outros operadores mas a grande maioria serão produtos concebidos por nós, destinos que não se encontram muito popularizados no mercado português e com duas características fundamentais: datas específicas de partida e acompanhamento por um elemento YOU. Este catálogo vai ter propostas para individuais e grupos, com datas definidas e com grande preocupação ao nível da qualidade, não é assim? Não queremos afastar ninguém, quer seja pelo produto quer seja pelo preço ou pela distância porque um destino longínquo não tem que ser forçosamente caro. O que queremos é fazer a diferença, ou seja, queremos oferecer produtos que o mercado não tem ac-
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>entrevista
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tualmente à disposição, como o Irão, a Rota da Seda, a Indonésia, Guatemala, Belize, Honduras, Namíbia, Madagáscar, Uzbequistão, que vamos formatar de duas maneiras. Vamos ter o formato tradicional mínimo de duas pessoas em que construímos o produto para o agente de viagens e, maioritariamente, produtos construídos por nós, acompanhados por nós e em que vamos ter datas especificas de partida, sendo que, enquanto na Europa pode haver 20 ou 30 partidas, aqui isso não acontecerá: teremos uma, duas, eventualmente três partidas. Vamos concentrar as pessoas, o que é uma mais-valia porque haverá acompanhamento. Os clientes serão todos portugueses e a língua será também o português.
FUTURO TRARÁ MAIS EUROPA E ÁFRICA Também têm propostas para a Europa neste catálogo? Temos algumas propostas mas poucas porque a Europa será uma aposta a mais longo prazo. Porque estamos mais próximos pode parecer que esta é uma programação mais fácil mas as viagens para conhecer destinos europeus incidem no Verão, chegados a Setembro passa-se a city breaks de três ou quatro dias numa só cidade. Não fazia sentido lançar a Europa e trazer um novo conceito neste momento e não queríamos oferecer o que o mercado já tem através dos operadores que já há muito trabalham a Europa, e com muito boa qualidade e muita aceitação por parte do público português. Assim, vamos deixar a Europa para mais tarde e para ser trabalhada de forma diferente porque não queremos ser mais um operador a oferecer produto igual. 8
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“(…) a nossa programação não vai resumir-se apenas ao catálogo – a brochura é apenas a parte visível, mas o nosso site vai ter continuamente produto a ser acrescentado”
África parece ter também ficado um pouco à margem da vossa programação… No catálogo não existe, realmente, muito produto de África mas temos apostas em três produtos, nomeadamente Madagáscar, Namíbia e Etiópia, porque se trata de produtos para os quais não existe, neste momento, muita oferta no mercado. Já nas praias temos as Maurícias, as Seychelles, Zanzibar e São Tomé. Ou seja, não é tão pouco como isso mas evidentemente há muito mais oferta e no futuro teremos mais. O catálogo tem apenas 60 páginas e claro que há ainda muito para programar. Agora temos pela frente todo o resto do ano que nos vai ajudar a aferir o sentir do mercado. Por outro lado, como disse há pouco, a nossa programação não vai resumir-se apenas ao catálogo – a brochura é apenas a parte visível, mas o nosso site vai ter continuamente produto a ser acrescentado. Os cruzeiros fluviais são uma das vossas grandes apostas. Gostava que especificasse um pouco mais esta oferta. Temos apostas muitos concretas, nomeadamente para a Amazónia e Ásia. Trata-se de cruzeiros temáticos que vão muito além de meros passeios pelos rios, incluem também contacto com as populações através de visitas a aldeias e uma interacção importante quer ao nível da gastronomia quer do artesanato, da cultura e até da religião. Durante os cruzeiros serão realizados workshops que vão abordar estas temáticas e serão até realizadas acções humanitárias, ou seja, o turista será um elemento activo de toda a viagem. Quando se fala deste tipo de viagens, não apenas no que se refere
aos cruzeiros mas a muitos dos destinos que a YOU programa, o que se pensa à partida é que são selectivos em termos de preços. É isso que se passa? É verdade que estes são programas que se reflectem em valores, em tempo, em distância. No caso dos cruzeiros fluviais na Ásia, por exemplo, reconhecemos não se tratar de um produto ao alcance de qualquer pessoa, no sentido de que o cliente tem que dispor não apenas de dinheiro como também de tempo. Ninguém vai daqui para a Ásia fazer um cruzeiro dispondo apenas de uma semana, é preciso mais, e logo por esta vertente trata-se de um produto mais selectivo. No entanto temos muitas propostas que podemos oferecer a preços relativamente interessantes. Recentemente fui à Rússia com um grupo, fazer um programa de uma semana em que o preço rondava os 1.700 euros, visitando Moscovo e São Petersburgo durante uma semana e incluindo todas as refeições e visitas, ou seja, também temos programas extremamente acessíveis. No fundo, em termos de preços temos as diferentes variantes, sendo que o que queremos sempre é oferecer um produto que tenha a maior parte dos serviços incluídos, tanto que só deixamos de fora alguma refeição se acharmos que o local o justifica por acrescentar alguma coisa ao cliente, e o mesmo acontece no que se refere às visitas. Resumindo, o nosso foco não são os valores mas sim o valor das coisas.
LUGARES CHARTER PARA ESTE VERÃO Para este Verão acabaram por ter algumas propostas, mesmo em
“(…) vamos deixar a Europa para mais tarde e para ser trabalhada de forma diferente porque não queremos ser mais um operador a oferecer produto igual”
voos charter. Estão satisfeitos com os resultados? Pensámos muito antes de lançar essa programação porque a nossa intenção não é a de sermos um operador relacionado com operações charter, mas quisemos ter dois ou três produtos interessantes, actuais e com qualidade, nomeadamente Cayo Coco e Varadero, em Cuba, e Malta. Escolhemos estes produtos porque não queremos entrar nos destinos charter mais massificados. Em termos de procura, devo dizer que estamos satisfeitos, as reservas estão a cair, tanto para Malta como para Cuba e posso dizer que aproveitámos estas operações para fazer alguns produtos à medida, como é o caso de um combinado entre Cayo Coco e Havana. Para além do catálogo, vão lançar produto extraído dele, nomeadamente promoções pontuais que permitem um contacto mais regular com os agentes de viagens? Para além do catálogo vamos carregar muitas coisas no site e à medida que formos carregando mais produto vamos fazer a sua divulgação, vamos contactar o agente de viagens enviando um resumo de meia dúzia de produtos que tenham saído du-
rante uma semana, ou produto a produto com envio de newsletter e oferta. O contacto comercial vai ser muito importante, nestes últimos dois meses já fiz diversas visitas mas a partir de agora, com a estrutura e a estratégia já montadas, serão feitas muito mais. As três vertentes mais importantes da empresa são a orçamentação para individuais e grupos em qualquer parte do mundo – temos fornecedores no mundo inteiro, alguns que já conhecemos há 20 anos e em que confiamos plenamente -, os grupos e os pacotes dinâmicos. Posso dizer que neste momento temos já todos os acordos assinados com o Galileo, através da Travelport, e com as plataformas de hotéis, que nos permitem dar a possibilidade ao mercado de construir os seus produtos, com o cliente à frente, para qualquer ponto do mundo, incluindo avião, transferes, alojamento, autoférias... Muitas vezes os agentes de viagens queixam-se que os orçamentos são morosos. Qual é a vossa capacidade de resposta? Estamos a ter uma quantidade enorme de pedidos de orçamentos e depois de uma análise feita às solicitações chegadas e às respostas dadas,
posso dizer que cada um dos nossos colegas que está na área da orçamentação responde a cinco pedidos por dia, e estamos a falar de orçamentos de grande envergadura, desde uma Rota 66 a uma Rota da Seda, passando por uma estadia em Nova Iorque e extensão a Miami, às Bahamas ou aos Barbados, como já tivemos um pedido, e adjudicámos. Estas são orçamentações que demoram algum tempo e para que cada um dos meus colegas consiga responder a cinco pedidos destes por dia é preciso ter muita experiência e muito conhecimento, tanto de quem está do lado de cá como do lado de lá, porque muitos destes orçamentos dependem também da celeridade dos nossos fornecedores. Como é que está a correr o Verão, tendo em conta que vocês estão praticamente recém-chegados ao mercado? Já disse que nos têm chegado muitos pedidos de orçamentos, mas é evidente que nem todos são concretizados. No entanto, os orçamentos que nos são pedidos são algo diferentes, saem dos produtos normais, e vêm de parte de quem sabe exactamente o que está a pedir, pelo que a taxa de concretização é maior.
Em termos de vendas está também a ser interessante, lançámos um pequeno catálogo durante a Feira das Viagens que se realizou em Lisboa e no Porto, e conseguimos algumas solicitações, incluindo no caso dos charters. Isto significa que os agentes de viagens estão a acreditar na YOU. Com a saída do catálogo vamos passar a dispor de uma âncora importante que nos vai dar uma maior credibilidade e força no mercado. Os agentes de viagens estão sempre a queixar-se de não surgirem coisas novas no mercado mas quando estas surgem nota-se que acabam por ser um pouco reticentes a vender esses produtos. Isto é assim? É verdade, mas o facto de a YOU ser um operador constituído por pessoas já conhecidas do mercado tem-nos ajudado. Nos últimos anos houve situações complicadas, operadores que foram à falência e isso tornou as pessoas um pouco mais cépticas, à espera de “ver para crer” e é aí que o catálogo vai ajudar, até porque apesar de se falar muito na Internet, o agente de viagens ainda gosta de ter na mão algo de concreto. Por isso acredito que a partir do momento em que tiverem a nossa brochura na mão, nós daremos um salto de gigante. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>agenda Data: 10 a 15 de Agosto Local: Olhão
Festival do Marisco em 30ª edição A 30ª edição do Festival do Marisco regressa ao Jardim Pescador Olhanense, entre 10 a 15 de Agosto. As estrelas continuam a ser o marisco e os bivalves da Ria Formosa, aliados a diversas performances musicais. Para além de marisco, cozinhado de forma tradicional, e concertos, pode contar com doçaria regional e artesanato, no recinto aberto entre as 19h30 e a 01h00. Os bilhetes estão à venda na Ticketline, podendo também ser adquiridos na bilheteira do recinto, nos dias do festival a partir das 18h30. As entradas diárias custam 9,00 Euros por pessoa, sendo que dia 10, para o concerto de Anselmo Ralph, sobem para 12,00 Euros e dia 15 com Daniela Mercury custam 10,00 Euros. As crianças até aos seis anos de idade não pagam e entre os 7 e os 12 pagam somente 4,00 Euros. <
Data: 13 a 16 de Agosto Local: Ria de Aveiro
Portugal Rowing Tour na Ria de Aveiro Mais de 60 remadores, na sua maioria oriundos de Inglaterra, Irlanda, França, Bélgica, Holanda e EUA, vão descobrir a Ria de Aveiro entre os dias 13 e 16 de Agosto, por ocasião do Portugal Rowing Tour (PRT), o circuito náutico-turístico de remo de lazer, que conta com o apoio do Turismo Centro de Portugal. No total, entre participantes, acompanhantes e elementos da organização, o PRT conta com a presença de 90 pessoas, 15 barcos (com lotação para cinco pessoas) e barcos de apoio à iniciativa. O PRT é organizado desde 2008, ininterruptamente, pelo Ginásio Clube Figueirense e já teve edições nos rios Mondego, Zêzere, Douro, Tejo e Ria de Aveiro (ano 2012 e 2015). <
Data: 14 e 15 de Outubro Local: Reguengos de Monsaraz
Vinha e vinho em congresso internacional Questões relacionadas com a viticultura, enologia, novos sistemas de distribuição e marketing digital vão ser temas para reflexão entre profissionais do sector durante o Congresso Internacional da Vinha e do Vinho, que vai decorrer a 14 e15 de Outubro no Pavilhão Multiusos, em Reguengos de Monsaraz, integrado na programação da Cidade Europeia do Vinho 2015. Esta iniciativa pretende construir um pólo de encontro de especialistas das diversas áreas, posicionando Reguengos de Monsaraz no epicentro do debate, reflexão e conhecimento ligado à área da vinha e do vinho. A Conferência pretende também ser um ponto de partida para a reflexão, assim como para a construção de know-how determinante para o sector vitivinícola, actividade determinante para a economia local, regional e nacional, refere nota da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, entidade organizadora do evento. < 10
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>notícias SATA oferece mais 7.984 lugares entre Açores e continente A SATA vai oferecer mais 7.984 lugares entre o continente e os Açores, com a introdução, até final de Agosto, de mais 17 novas rotações, possível graças ao aluguer de aeronaves a outras operadoras, o que implicou um esforço financeiro de cerca de meio milhão de euros No total, a transportadora aérea açoriana disponibilizará até finais de Agosto mais de 50 mil lugares nas ligações entre o continente e os Açores, ou seja, mais 18,9% que o inicialmente previsto. Assim, a rota Ponta Delgada-Lisboa será reforçada por alteração de equipamento, com mais 990 lugares, ou seja, mais 5,2%, enquanto a operação da Terceira para Lisboa, em Agosto, terá capacidade acrescida de 3.694 lugares, através de 7 rotações suplementares e do aumento de capacidade do equipamento em 4 rotações, ou seja, +64,9%. No que diz respeito às ligações entre o Pico e Lisboa, a capacidade aumenta em Agosto com mais 1320 lugares com a realização de 4 rotações complementares, o que se traduz num aumento de 41,3%, e a rota da Horta para a capital portuguesa, entre 22 de Julho e 26 de Agosto cresce 1.980 lugares com recurso a 6 rotações suplementares, ou seja, +13,7%. <
MSC Cruzeiros cria novo programa de fidelização A MSC Cruzeiros acaba de lançar uma novo programa de fidelização, o MSC Voyagers Club, que recompensa os viajantes e vem reforçar o constante compromisso em oferecer aos seus clientes uma experiência única antes, durante e depois do seu cruzeiro. Aderir ao MSC Voyagers Club é grátis e é possível ainda antes de realizar o cruzeiro, desde que se faça a reserva. Os CruiseCards personalizados serão disponibilizados aos membros MSC Voyagers Club no momento do embarque. Os pontos MSC Voyagers Club são acumulados de acordo com as experiências que os passageiros escolherem para a sua viagem: Bella, Fantastica, Aurea ou Yacht Club. Para além disso, os serviços pré-pagos e todas as despesas a bordo acumulam também pontos adicionais. Os aderentes passam a usufruir de ofertas exclusivas a bordo tais como eventos especiais, embarques prioritários e late check-out. Os membros MSC Voyagers Club têm um desconto exclusivo de 5% em todos os cruzeiros futuros, e para uma vasta gama de cruzeiros seleccionados – chamados de VoyagesSelection – estarão disponíveis descontos até 15%. Quando os possuidores do cartão MSC Voyagers Club reservam um cruzeiro das VoyagersSelection, os membros Silver, Gold e Black receberão ainda um crédito de bordo de 50 Euros por pessoa. <
Hotel EXE Cascais vai ser construído pelo grupo dst O Hotel EXE, em Cascais, uma unidade de 101 quartos, com abertura prevista para o Verão de 2016, vai ser construído pelo grupo dst. Localizado na zona da Boca do Inferno, na primeira linha de mar na zona oeste de Cascais, este novo hotel, que será gerido pelo Grupo Hotusa, envolve um investimento de 8 milhões de euros, passará a oferecer todas as valências obrigatórias a um hotel de 4 estrelas. O grupo dst detém já um know-how apreciável nesta área, designadamente em obras de recuperação e reabilitação, estruturas metálicas e instalações especiais, de diferentes unidades por todo o país, como o Hotel Mercure Braga, a Pousada de Santa Marinha de Guimarães, o Myriad by Sana Hotels, e o Hotel de Santa Justa em Lisboa, ou a Pousada da Cidadela de Cascais. <
Aeroporto de Faro: Obras de expansão custam 32,8 milhões As obras de expansão do Aeroporto de Faro vão ter início em Outubro próximo, com conclusão prevista para Março de 2017. O investimento envolvido é de 32,8 milhões de Euros e têm o seu início em Outubro próximo, com conclusão prevista para Março de 2017. Esta informação foi avançada pela gestora da infra-estrutura aeroportuária algarvia no dia que o Aeroporto de Faro assinalou o seu 50º aniversário, ocasião também para a assinatura, com a Mota Engil, do contrato da empreitada de ampliação e remodelação da aerogare. O acto contou com a presença do presidente da VINCI Airports, Nicholas Notebaert, do presidente da ANA
Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce de Leão e do director do Aeroporto de Faro, Alberto Mota Borges. Entre os objectivos desta obra, que agora se lança, a cargo da Mota Engil, estão a resposta à alteração da tipologia de tráfego, a criação de mais áreas operacionais e de mais área pública, bem como a revitalização e ampliação da área de retalho (a área da aerogare passará de 81.200 m2 para 93.120 m2), o incremento de segurança operacional, a modernização da imagem do terminal e a reformulação da integração com as acessibilidades terrestres. Com esta ampliação e remodelação, o Aeroporto de Faro aumentar a sua capacidade tanto no número
de movimentos de aeronaves por hora, (de 24 para 30), como no processamento de passageiros (2400 para 3000 passageiros por hora), e na quantidade de stands para aeronaves. No âmbito das acessibilidades terrestres foram já concretizados um conjunto de intervenções, tais como parques, novos acessos viários, “curbsides” e reordenamento paisagístico. <
Porto Santo promove o seu potencial turístico
Impulsionar o turismo, especialmente durante os meses de inverno, promover e posicionar a marca “Porto Santo” nos principais mercados de fluxo turístico, tanto nacional como internacional, são os objectivos de uma campanha que a Câmara Municipal está a promover até ao final do ano. A praia, os nove quilómetros de areia
com propriedades terapêuticas e a talassoterapia, a gastronomia, os desportos marinhos, os recursos naturais, a cultura, a animação nocturna, a segurança e a hospitalidade dos seus habitantes são alguns dos “segredos” que a Câmara Municipal do Porto Santo revela na campanha lançada este Verão. Desenvolvida pela agência Popular Jump, a campanha passará por várias etapas. A estratégia será revelar ao público e potenciais visitantes os segredos mais bem guardados do Porto Santo, desde as praias à gastronomia até aos tratamentos terapêuticos com areia e água da ilha. Além deste primeiro vídeo promocional, que conta com um
tema musical criado pelo guitarrista e compositor João Gil e pela cantora Celina da Piedade, totalmente inspirado na ilha, serão produzidos outros pequenos filmes que, através de testemunhos dos habitantes da ilha, irão revelar novos “segredos” do Porto Santo. “A ilha consegue viver de forma equilibrada nos meses de Verão, mas ressente-se no inverno”, explica Filipe Menezes de Oliveira, presidente da Câmara Municipal do Porto Santo”, para acrescentar que, por isso, a criação desta campanha assume uma importância extrema para a marca “Porto Santo”, para a sua identidade e posicionamento nos roteiros turísticos de todo o mundo. <
Novo guia turístico de Lisboa Vila Galé abre resort no Rio dá descontos O Bestripvoucher é um novo guia Grande do turístico da cidade de Lisboa que dá descontos superiores Norte em 2017 a 7500 euros em transferes, restaurantes, hotéis, transportes e espectáculos, contando com um leque de parceiros cotados pelo site Tripadvisor.com, por forma a garantir qualidade de serviço das experiências. A empresa espera lançar as edições Porto, Algarve e Madeira em 2016. Trata-se de uma oportunidade criada por uma empresa cem por cento portuguesa para quem visitar Lisboa, vindo do estrangeiro. O Bestripvouchers está em português e inglês e inclui opções de transferes, mapa da cidade de Lisboa e arredores, descontos em várias categorias, APP móvel com GPS para o turista programar o dia e roteiros pré definidos para visitar Lisboa. O novo guia turístico custa 39
Euros, é válido para duas pessoas durante 12 meses. É pessoal mas transmissível, e abrange a zona metropolitana de Lisboa, Linha de Cascais e Sintra. Bem utilizado, permite uma poupança superior a 150 euros/dia. Está disponível online em www. bestripvouchers.com, nos postos de Turismo de Lisboa, em hotéis e operadores turísticos nacionais e internacionais. <
O Grupo Vila Galé expande-se no Brasil com a abertura, em Setembro de 2017 de mais um resort em Touros, Rio Grande do Norte, perto de Natal, que representa um investimento de 100 milhões de Reais (28 milhões de Euros). Trata-se da oitava unidade hoteleira do grupo no Brasil. Esta nova unidade, com localização em frente à praia, vai oferecer 500 quartos, três restaurantes, um Spa Satsanga, um Clube Nep para as crianças, um Centro de Convenções com cerca de 1750 m2, um centro náutico, um campo de futebol, um campo multiusos, um campo de ténis e três piscinas exteriores, sendo uma delas com escorregas para crianças. As sete unidades hoteleiras que o Grupo detém no Brasil e que se encontram espalhadas pelos estados
Travel Partner é novo serviço de apoio ao cliente Avis O Grupo Avis Car Rental acaba de criar o “Travel Partner”, um serviço de assistência aos seus clientes. Por apenas 15 Euros por dia este novo serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, para reserva online, via a App da Avis, através do call center ou mesmo por intermédio do profissional disponível na loja no momento da recolha do veículo, mas ainda apenas no Reino Unido, França, Alemanha e Itália. Com este novo serviço, a Avis oferece apoio e assistência no momento de reclamar e na investigação e ajuda a localizar a bagagem perdida. Pode ajudar a reportar todo o crédito perdido ou roubado, e aconselhar no melhor procedimento a seguir, ou em caso de perda ou roubo de passaporte, providenciar um número de telefone, morada e horários de abertura da embaixada ou consulado mais próximo, assim como oferecer apoio durante o processo para emissão de um novo documento. Através do ‘Travel Partner’ o cliente pode declarar, por exemplo, a perda ou furto de telemóveis ou tablets. A Avis pode ajudar a encontrar locais para negócios ou contactos, deixando ao cliente mais tempo para usufruir da viagem, ainda, providenciar tradução verbal para uma vasta lista de línguas. Este serviço pode igualmente ser utilizado para descobrir se ainda há tempo disponível para o cliente visitar lojas do aeroporto ou tomar uma refeição ligeira antes do voo. <
do Ceará, Pernambuco, Bahia e do Rio de Janeiro, totalizam 5000 camas. Três são hotéis de cidade e quatro são resorts de tudo incluído, modalidade que a unidade de Touros também vai passar a oferecer. A nova unidade Vila Galé será importante para preencher uma lacuna na zona de Natal que, apesar de bem servida de hotéis, não tem resorts com esta dimensão, com excelentes condições quer para férias em família quer para grandes congressos e eventos de toda a ordem, refere comunicado do Grupo hoteleiro. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>em foco Governo quer Portugal entre os dez destinos turísticos mais competitivos do mundo
Turismo 2020: 5 princípios para uma ambição O Governo define uma ambição de competitividade para o destino Portugal em 2020 e estabelece cinco princípios que vão levar à sua concretização, num novo plano estratégico para o turismo, que está em consulta pública até 10 de Agosto. TEXTO: MARIA MORGADO
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enominado “Turismo 2020 – 5 Princípios para uma Ambição”, o documento, que revoga o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT), identificou cinco princípios estratégicos, que são: Pessoas, liberdade, abertura, conhecimento e colaboração, e uma ambição, a de tornar Portugal o destino turístico mais ágil e dinâmico da Europa. O ministro da Economia, António Pires de Lima afirmou que o Governo pretende que “essa boa onda” do turismo português possa ter continuidade até 2020, coincidindo com o final da próxima legislatura. Pires de Lima que falava, em Lisboa, na apresentação do plano ‘Turismo 2020 – Cinco princípios para uma ambição’, destacou o papel determinante do sector do turismo para a economia portuguesa, bem para a Balança Comercial de Bens e Serviços, que só é positiva desde 2013, 70 anos depois. O governante, que revelou que nos primeiros meses deste ano o ritmo de crescimento do turismo mantém-se, com as dormidas a crescerem 7,5%, nas receitas por quarto disponível 12%, nos proveitos totais em 12,2% e nos proveitos por aposento 14,4%, disse que “queremos este ano de 2015 bater mais um recorde e, seguramente, vai ser possível ultrapassar a barreira dos 17 milhões de turistas”.
DESTINO ÁGIL E DINÂMICO Para o secretário de Estado do Tu12
JULHO DE 2015 | TURISVER
António Pires de Lima Ministro da Economia
Adolfo Mesquita Nunes Secretário de Estado do Turismo
“Queremos este ano de 2015 bater mais um recorde. Seguramente vai ser possível ultrapassar os 17 milhões de turistas”
“O objectivo é crescer em receitas mais do que os nossos principais concorrentes”
rismo, Adolfo Mesquita Nunes, que apresentou o documento, a ambição é clara. “Queremos ser o destino turístico mais ágil e dinâmico da Europa. Pretendemos situar Portugal entre os dez destinos turísticos mais competitivos do mundo nos próximos anos”, assegurando, para tal “melhores condições de negócios e de emprego ao sector privado, verdadeiro motor do crescimento do sector”. Esta ambição de tornar Portugal o
destino turístico europeu mais ágil e dinâmico é expressa no plano de seis formas e que passam por um destino sustentável e de qualidade, de empresas competitivas, empreendedor, ligado ao mundo, gerido de forma eficaz e um destino de marca. O foco nas pessoas e na procura, o respeito pela liberdade de iniciativa das empresas do sector, abertura à mudança, inovação e criatividade, atenção ao conhecimento e colabora-
Governo confirma a opção do Montijo como aeroporto complementar O ministro da Economia está contra a construção de um aeroporto faraónico e quer a manutenção do actual em Lisboa. Para Pires de Lima essa é a forma de ajudar um sector que tem sido um dos principais motores da economia nacional. O ministro da Economia defende assim que o aeroporto da Portela não deve
ção multisectorial, são as estratégias das entidades públicas no sector do turismo para os próximos cinco anos. No fundo, traduzem “as políticas que orientaram a actuação do Governo nos últimos quatro anos”, afirmou o secretário de Estado do Turismo. Este documento representa, igualmente, uma aspiração de qualificação. “O crescimento que ambicionamos não é medido em quantidade. Queremos crescer em receitas mais
sair da capital portuguesa e que deve haver uma cooperação com a base do Montijo, na margem sul do rio Tejo. O governante confirma que a base aérea do Montijo é a “opção tendencial” que está a ser estudada para criar um aeroporto complementar ao da Portela. Pires de Lima, confirmou que
o Governo está a estudar a possibilidade de criar um aeroporto complementar à Portela na base aérea do Montijo, na margem sul do Tejo. “Estamos a fazê-lo em trabalho muito profundo, como o fizemos noutras estruturas, em conjunto com a ANA Aeroportos e as autarquias envolvidas”, avançou o ministro Pires de Lima, durante a apresentação do documento “Turismo 2020 – Cinco princípios para uma ambição”. O governante acrescentou que o objectivo “é assegurar que o crescimento da Portela se faça com uma racionalização de recursos” e realçou que “não precisamos de um aeroporto faraónico que afaste a estrutura aeroportuária de Lisboa”, lembrando a vantagem competitiva de Lisboa já que a capital conta com um aeroporto que a serve e que está dentro da cidade. <
do que a média dos nossos principais concorrentes e queremos crescer mais em receitas por turista. E com esse crescimento, queremos assegurar a qualificação e sustentabilidade do nosso destino e das nossas empresas, verdadeiros activos turísticos”, realçou ainda Mesquita Nunes. Recorde-se que o Governo já havia avançado na BTL que os objectivos seriam alcançar um total de 50 milhões de dormidas e mais de 13,5
milhões de euros de receitas em 2020. O secretário de Estado do Turismo, que cita o novo documento vem dizer que “este cenário não constitui nem uma previsão nem um objectivo, mas tão-somente um cenário indicativo para que possa ter-se uma ordem de grandeza do desafio que temos pela frente”. Na Conferência de Imprensa, em Lisboa, participaram também o ministro da Economia, António Pires de Lima,
e o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim Figueiredo. A elaboração deste documento, bem como do “Turismo 2020 – Plano de Acção, vocacionado para a identificação das prioridades no âmbito do aproveitamento dos fundos comunitários, apresentado na BTL, foi precedida por conferências públicas que decorreram em todas as regiões NUT II do país, em workshops técnicos e reuniões bilaterais, que envolveram um conjunto de duas mil pessoas e participação de 150 instituições. A monitorização deste plano será feita pelo Governo e Turismo de Portugal e, anualmente, definido um plano de acção e sua calendarização.
NÃO CRIAR NOVAS TAXAS SEM ELIMINAR OUTRAS Durante a apresentação, o secretário de Estado do Turismo, assumiu o compromisso de não se criar novas taxas no sector turístico sem antes eliminar taxas de valor semelhante. O responsável ressalvou que as câmaras municipais não estão incluídas neste compromisso, já que têm competências próprias nesta matéria. Apesar da autonomia, o Governo quer criar um grupo de reflexão informal com as autarquias, especialistas e entidades regionais para discutir, semestralmente os impactos do turismo na “sustentabilidade urbana”, sendo de esperar que sejam propostas soluções para contornar
a pressão provocada pelo aumento dos turistas. Ainda no âmbito deste plano, Adolfo Mesquita Nunes realçou que outra meta até 2020 é conquistar cinco posições no índice de Competitividade em Viagens e Turismo - elaborado pelo Fórum Económico Mundial para que o país passe do actual 15º lugar para o top dez deste ‘ranking’. Este plano vem “casar” com o Plano de Acção Turismo 2020, para o período de programação comunitária 2014-2020, sob a égide do Turismo de Portugal, que tem como objectivos fornecer um quadro estratégico para o desenvolvimento do turismo do país e das regiões É o novo plano de acção que define objectivos e prioridades de investimento para o turismo nacional no que respeita a projectos apoiados por fundos comunitários. A expectativa é de que a sua aplicação permita ao sector receber mais de 780 milhões de euros em apoios europeus nos próximos cinco anos, montante que ficará a depender do número e qualidade das candidaturas apresentadas pelos promotores. A meta é a de transformar Portugal no país com o maior crescimento turístico da Europa. Para já, o Turismo 2020 conta com 94 projectos nesse sentido, envolvendo 470 unidades. Mas há “abertura” para novas propostas. Um dos projectos em marcha prevê apoios de, pelo menos, 10 milhões de euros por ano na promoção externa do destino Portugal. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>reportagem Maravilhas de Portugal by Google
TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA
“Ambiente, turismo e economia ganham com este projecto”
O motor de busca Google associou-se à Direcção Geral do Património para lançar a colecção “Maravilhas de Portugal” em duas das suas ferramentas: Google Maps e Google Cultural Institute. Para o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, “ambiente, turismo e economia têm a ganhar com esta articulação e com este projecto”.
Curiosidades • 62 dias a registar imagens por Portugal;
• 225 horas; • 150 km percorridos a pé; • 12.780 km em deslocações de Norte a Sul;
• Mensalmente existem mil
milhões de utilizadores activos Google Maps; • Street View disponibiliza imagens de mais de 66 países e de locais como o Ártico; • O Cultural Institute tem mais de 700 parceiros de 60 países; • Tem também on-line mais de seis milhões de itens culturais; • Mostra em detalhe mais de 60 mil obras de arte.
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JULHO DE 2015 | TURISVER
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gora já é possível conhecer algum do património artístico, natural, arquitectónico e cultural mais importante do país através de visitas virtuais pelas ferramentas do Google, incluindo alguns dos ex-libris reconhecidos dentro e fora de Portugal. Desde o Oceanário ao Zoomarine, praias, jardins e parques, aldeias históricas, estádio da Luz ou Dom Afonso Henriques a palácios e mosteiros, todos estão agora disponíveis e abertos 24 horas através da Google Maps, recorrendo ao Street View. Adicionalmente foi criada uma colecção de locais emblemáticos, intitulada de “Maravilhas de Portugal”, que está patente na Google Cultural Institute, uma área paralela ao Google (www.google. com/culturalinstitute) onde é possível visitar virtualmente estes locais e onde é mostrado em pormenor e em 360º o seu espaço exterior e interior, bem como os seus acervos, que podem ser igualmente visionados em detalhe. Para Jorge Barreto Xavier, secretário de Estado da Cultura, esta iniciativa conjunta entre a Direcção-Geral do Património Cultural e o Google “contribui para a divulgação do património cultural português e permite alargar de forma significativa o acesso de portugueses e estrangeiros aos nossos monumentos, sítios e paisagens, contribuindo para destacar a importância da herança natural e cultural” do nosso país. Por outro lado, dizia ainda o dirigente
na apresentação do projecto, que decorreu no final de Junho na Torre de Belém, “espera-se que as visitas virtuais incentivem as visitas in sítio, pois nada substitui a plenitude de fruição de um bem natural e cultural do que a sua presença física e envolvente”. Para o secretário de Estado da Cultura, “as visitas virtuais são elemento de grande valor neste mundo contemporâneo que é hoje físico e virtual de uma forma integrada”, pelo que “a não inscrição no mundo virtual é a razão de uma certa desvalorização do valor de um bem pela maior dificuldade de acesso a informações e elementos representativos desse bem”. Nesse sentido, avançou ainda o governante, “no quadro da gestão das representações simbólicas, estima-se que a presença virtual valorize a representação simbólica do bem. Assim ambiente, turismo e economia têm a ganhar com esta articulação e com este projecto”.
ARTE URBANA TAMBÉM MARCA PRESENÇA No total, estão disponíveis visitas virtuais, de Norte a Sul do país, de 57 locais que representam a maior expansão do projecto de digitalização do património português desde 2012, altura em que foram disponibilizados 23 novos locais de interesse cultural, natural e arquitectónico. Já na ferramenta Cultural Institute, o Google tem como parceiras sete ins-
Jorge Barreto Xavier
secretário de Estado da Cultura
“Espera-se que as visitas virtuais incentivem as visitas in sítio, pois nada substitui a plenitude de fruição de um bem natural e cultural do que a sua presença física e envolvente”
tituições culturais portuguesas, como o Castelo de Guimarães, Monserrate, Mosteiro de Alcobaça, Palácio da Pena, Palácio Nacional de Sintra, Palácio de Queluz e Vila de Óbidos. Também nesta ferramenta se insere um projecto de Arte Urbana com oito galerias digitais e 150 trabalhos do Wool | Covilhã Urban Art Festival, igualmente disponível na aplicação para dispositivos móveis na Google Play, bem como nove galerias digitais e 124 trabalhos da Galeria de Arte Urbana, de Lisboa. Durante 62 dias, o Google registou imagens destes locais portugueses através de tecnologia própria de captação de imagens de 360º, como o Trekker, uma mochila equipada com um sistema de 15 lentes que capta fotografias a cada 2,5 segundos, ou o Trolley, um carrinho equipado com câmaras que possibilita a recolha de imagens no interior de edifícios de uma forma “muito detalhada”. <
25 a 27 de Outubro
Congresso AHP regressa a Évora O 27º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo vai realizar-se em Évora, de 25 a 27 de Outubro, no hotel Vila Galé Évora. O anúncio foi feito por Luis Veiga, presidente da AHP, durante o almoço mensal com os associados que aconteceu no início de Julho, no Altis Grand Hotel, em Lisboa. Veiga revelou ainda que o tema do congresso será “2020 – Olhar o Presente, preparar o Futuro”.
TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA
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epois de Évora em 2001 e Tróia em 2012, com a realização do 27º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal, será a terceira vez que a AHP escolhe o Alentejo para acolher o seu congresso. De acordo com Luis Veiga, presidente da AHP, o regresso deve-se “ao reconhecimento nacional e internacional que a região tem recebido, além do crescimento registado nos últimos anos”. Por outro lado, a escolha torna-se “também óbvia tendo em conta que a cidade tem vindo a afirmar-se como uma metrópole incontornável no panorama turístico português e um dos grandes trunfos de promoção turística internacional do próprio país”. A contribuir para que Évora seja “uma cidade em desenvolvimento está também a hotelaria”, referiu por sua vez o vereador da Câmara Municipal de Évora na sua intervenção, já que para além da unidade que acolherá esta edição do congresso, o Vila Galé Évora, inaugurada em Abril, é ainda esperada “para este ano a abertura de um hotel dedicado à temática do azeite em pleno centro histórico da cidade”, algo que Luis Veiga não deixou passar em branco ao referir que o turismo na região “tem seguido a senda da sustentabilidade do território, diferenciação da hotelaria, com hotéis de conceito a surgirem, e estruturação do produto turístico”. Relativamente à unidade escolhida, Luis Veiga salientou que o hotel Vila
Galé Évora “tem todas as condições para acolher um congresso desta envergadura onde em média participam cerca de 500 profissionais que todos os anos se juntam para debater, ouvir e escalpelizar os problemas e desafios do sector”. Por outro lado, Luis Veiga augura “um percurso muito interessante na recuperação de números” dado que “em termos de RevPar nacional e taxa de ocupação conseguimos atingir este ano os valores de 2007”, referindo-se assim a estes números como “crescimento irreversível face também aos investimentos que têm sido feitos, à requalificação de muitos empreendimentos turísticos e sobretudo a procura de novos nichos de mercado”.
OLHAR O PRESENTE, PREPARAR O FUTURO O horizonte 2020 também está na mira da hotelaria nacional, sendo por isso tema para esta edição do congresso anual da AHP. Com “2020 – Olhar o Presente, preparar o Futuro pretendemos lançar uma reflexão, onde começaremos por analisar o contexto actual do Turismo, fazer um balanço dos resultados, tendo em mente impulsionar o ritmo de crescimento dos últimos dois anos”. “Iremos perspectivar o futuro, debatendo o caminho a seguir a médio prazo e no horizonte 2020, já que o sector está a enfrentar novos desafios e novas dinâmicas e é preciso reflectir e agir sobre as mesmas”, disse ainda Luis Veiga.
António Ceia da Silva Presidente da Entidade Regional do Turismo do Alentejo
“Tudo faremos para que possa haver uma oportunidade para mostrarmos aos operadores, aos agentes e hoteleiros aquilo que é hoje o Alentejo”
Também para António Ceia da Silva, presidente da Entidade do Turismo do Alentejo, igualmente presente na exposição sobre mais um encontro anual de hoteleiros, “é muito gratificante e relevante para a região receber aquele que é um dos grandes eventos de reflexão sobre as matérias do Turismo como é este congresso” e por tal “tudo faremos para que possa haver da parte da Entidade Regional de Turismo uma oportunidade para mostrarmos aos operadores, aos agentes e hoteleiros aquilo que é hoje o Alentejo”, relembrando que a região registou “160 mil dormidas em 2014 e que Évora congrega 16% da oferta e 30% da procura”. <
Alentejo prepara linha de financiamento para energias renováveis nos hotéis Durante a sua intervenção sobre o 27º Congresso da AHP, o presidente da Entidade Regional do Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva, revelou que está a ser preparada uma candidatura para linhas de financiamento que visam requalificar as energias renováveis nas unidades de alojamento. A candidatura será apresentada directamente à União Europeia e permitirá, segundo o responsável, “financiamentos muito consideráveis à taxa de 1%”, embora não conseguisse ainda especificar à Turisver montantes e prazos, por estarem a ser “negociados”. Ceia da Silva salientou ainda que esta candidatura representa “uma grande revolução na ligação que queremos ter com os empresários e agentes do turismo, é assim que se constrói um destino turístico, todos os dias e todos juntos; é assim que fazemos o Alentejo”. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>reportagem Stands BTL 2015
Centro, Tunísia e Pampilhosa da Serra foram os melhores Os melhores stands da edição de 2015 da BTL – Feira Internacional de Turismo, são a Turismo do Centro e a Tunísia. A menção honrosa foi para o stand da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra.
TEXTO: MARIA MORGADO
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AIP premeia, o melhor dos melhores, distingue a qualidade, a originalidade dos expositores, a decoração, a animação produzida durante a BTL e pelas promoções anunciadas no evento, “actores que dignificam a Feira”, de acordo com o presidente da entidade organizadora. No ano anterior o prémio coube ao stand dos Açores. Os respectivos prémios foram entregues em Lisboa, pelo presidente da AIP, Rocha de Matos, ao presidente do Turismo do Centro de Portugal, Pedro Machado, à embaixadora da Tunísia em Portugal, Saloua Bahri, e ao vice-presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio. Na ocasião, o presidente da AIP classificou a BTL como não só um salão de referência para a indústria do turismo nacional, mas a maior feira do turismo falada em português e ponto de encontro privilegiado para a apresentação da oferta turística de todos os países do mundo. Segundo Rocha de Matos, o seu sucesso “deve-se ao envolvimento empenhado e activo dos diferentes payers, em particular os responsáveis pelos stands, que lhe dão um encanto especial”. Para Pedro Machado para muitos, era impossível associar 100 municípios 16
JULHO DE 2015 | TURISVER
que integram o Centro de Portugal num só espaço, mas “valeu a pena arriscar, valeu a pena termos feito este investimento”. Por outro lado, o prémio “faz-nos acreditar num novo desígnio de criar uma marca, em particular para uma região que começa agora a dar os primeiros passos no sentido de consolidar esse desígnio”. O presidente da Turismo do Centro referiu ainda que a região tem produtos “excepcionais”, que muitas vezes precisam de oportunidade de serem divulgados, e este prémio “vai ajudar”. A participação da TCP na BTL 2015 teve como primeiro objectivo dar a conhecer a nova logomarca e nova campanha comunicacional para o destino Centro de Portugal. Neste contexto, os diversos elementos técnicos e estéticos do stand, (arquitectura, grafismo, decoração, multimédia..) foram estruturados visando comunicar a nova identidade corporativa e activos da marca. Com a assinatura “Turismo Centro de Portugal, um país dentro do País”, o sistema verbal da marca associa os conceitos de dimensão, diversidade e abundância de oferta, evidenciando a riqueza que emana da diversidade, na qual tudo se articula. Segundo a embaixadora tunisina em Portugal “este prémio reveste-se de especial importância tendo em conta os últimos acontecimentos que tive-
ram lugar na Tunísia e demonstra uma mensagem de apoio” ao seu país, tendo em conta “o que o turismo representa na nossa economia como na de Portugal”. Saloua Bahri realçou as potencialidades turísticas do seu país, rico pela sua grande civilização, pelo seu património, beleza da paisagem, 1200 kms de costa, belas praias no Mediterrâneo, 40% do Sahara, bem como montanha e neve, para depois destacar “este gesto de solidariedade” vindo da BTL. Na sua breve intervenção, o vice-presidente da CM de Pampilhosa da Serra afirmou que “afinal valeu a pena uma participação isolada na BTL”, porque apesar do município estar identificado e apoiar as estratégias e políticas da Turismo do Centro, “os concelhos do interior ou da serra, afastados da maior parte das infra-estruturas importantes, têm que fazer um esforço redobrado para poder ter visibilidade”. A edição de 2015 da BTL contou com um total de 72 mil visitantes, um aumento de 6% comparativamente ao ano anterior, com a participação 400 buyers convidados de 35 países, que geraram mais de três mil reuniões. A Feira assinalou este ano a presença de 12 novos países, um total de 1.050 expositores e foi visitada por mais de 35 mil profissionais de turismo. <
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>entrevista Novo B2B no sector das viagens
Destinations of The World chega a Portugal A Destinations of The World (DOTW) chega a Portugal após 22 anos no mercado grossista de viagens do Médio Oriente. Com uma rede de 21 escritórios em 16 países de todo o mundo, a DOTW quer vencer no nosso país pela sua oferta “diferenciada e no pessoal contratado que conhece muito bem o mercado português”, conforme revelou à Turisver Keith Fernandez, fundador e CEO da Destinations of the World.
TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS
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urisver – A Destinations of The World chega agora a Portugal mas é uma empresa que já tem uma história. A que se deve a decisão de apostarem agora no mercado português? Keith Fernandez – A DOTW tem agora 22 anos e começou no Dubai em 1993 como a primeira empresa grossista de viagens no mercado do Médio Oriente. Actualmente, distribuímos mais de 95 por cento do retalho da rede de viagens em toda a região do Médio Oriente. Isto significa que estamos num nível de total saturação neste mercado, para além de todos os grandes grossistas fora do Médio Oriente que estão a entrar neste mercado. Nos últimos 22 anos o produto cresceu, a companhia regenerou-se, temos produto suficiente, com 130 mil hotéis em mais de 10 mil cidades, e contratámos tarifas e produtos que nos fazem 18
JULHO DE 2015 | TURISVER
crer que estamos prontos para entrar não só em Portugal, mas globalmente. Estamos actualmente a desenvolver o mercado da Ásia/Pacífico, desde o sudoeste asiático até à Oceânia, através de um director comercial responsável pelos produtos e distribuição em todos os países desta região. Relativamente aos nossos mercados “core”, como Médio Oriente, África e antigas repúblicas soviéticas, temos também um director comercial encarregue de produto e distribuição, e recentemente recrutámos uma nova equipa para a Europa e Américas. O Amadeu Franquet é o director comercial para a Europa e Américas e o José Garcia é o director regional para a Europa, para além de um director de desenvolvimento de produto para Europa. Em breve teremos um director de vendas e director de produto para a América do Norte e do Sul. Antes de entrarmos nestes mercados,
“(…) vamos trazer diferenciação para o mercado, em termos de destinos, hotéis e algo muito importante e que é diferente da concorrência: vendemos todo o tipo de quartos” procurámos pessoas que conhecem e compreendem profundamente o que estes mercados procuram. Estas pessoas olharam para o que a DOTW fornece e acreditaram que estamos agora prontos para entrar nestes mercados.
Para o fazer, também traduzimos todos os nossos produtos para 16 línguas diferentes, incluindo o português, porque na distribuição a retalho a língua é um factor muito importante. Também desenhámos os nossos sistemas para serem user friendly, muito interactivos e, sem ser parcial, ao olhar para os outros sistemas, acredito que o nosso é de longe superior ao que está actualmente disponível no mercado. Por isso, com o produto que temos, com as pessoas que temos, com os sistemas que temos, com o nosso inventário, acredito que esta é a altura certa para expandir para estes mercados. Chegou a Portugal em pleno Verão, quando mais se vende. O objectivo para este ano é apenas de lançamento? Temos de começar, não interessa quando porque leva sempre o seu tempo… Temos de nos encontrar com os
clientes, de lhes explicar o produto, conversar com eles, entrar em acordos comerciais e então começar o negócio. E não estamos aqui por uma temporada, estamos para ficar. O produto da Destinations of the World é exclusivo para os agentes de viagens? Não vendemos B2C, somos puros B2B e actuamos como serviço de suporte para o trade. Assim sendo, não vendemos para o consumidor final. Então como vão fazer a diferença relativamente a outros produtos semelhantes que se encontram já no mercado? Todos são diferentes, ninguém tem o mesmo produto. O interessante é que também compramos e vendemos à concorrência. Todos os grandes grossistas estão ligados a nós e nós a eles, porque temos algo que não têm e vice-versa. Se assim não fosse, a concorrência não viria ter connosco. Mas é também uma questão de tipo de produto. Operamos há tanto tempo no Médio Oriente que sabemos que este mercado gosta da oferta de quatro e cinco estrelas, por isso a maioria e o mais sólido que temos é de luxo, mas também vamos oferecer produtos de duas e de três estrelas. Apesar dos vossos mais de 20 anos de existência, a verdade é que em Portugal são recentes. Como é que estão a abordar o mercado? Em primeiro lugar, contactamos a comunicação social para nos darmos a conhecer. Depois, os nossos colaboradores são conhecidos no mercado, vão pessoalmente ter com clientes, conversam, falam sobre o nosso sistema, seus benefícios, dão a conhecer o que precisam para entrarmos num acordo comercial. Ou seja, trata-se basicamente de vendas porta-a-porta e visitas e quando lançarmos o nosso sistema multi-línguas teremos mais vendedores e assim poderemos visitar mais retalhistas. Também falamos com os clientes XML, por isso há muitas formas de abordar o mercado. Qual o sistema tecnológico que vão utilizar em Portugal? Desenvolvemos o nosso software, mas oferecemos ao cliente várias opções. Se não tiverem tecnologia própria, podem reservar connosco porque temos um interface em várias línguas, descrições, imagens, mapas interactivos, motores de reserva, disponibilidade… E se têm o seu próprio sistema de reservas, podem ligar-se ao nosso através da conectividade XML. Do lado dos fornecedores, estamos ligados dinamicamente a mais 130 mil hotéis, de todas as grandes cadeias hoteleiras, ora através API Connectivity ou Sabre, HPSI Trust, Pegasus, entre outros, onde temos acesso ao inventário dinâmico, disponibilidade e tipos
de quartos disponíveis nos hotéis. Para ter mais inventário de produto e de retalho, estamos também ligados a channel managers como SiteMinder, EZYield, Rate Tiger e outros 20 channel managers cujo desenvolvimento está a ter lugar e que traz mais produto hoteleiro. E para hotéis independentes que não estão em GDS, ligados a switches, ou que não têm API’s, ligam-se a nós através dos canais gerais.
“Temos hotéis em mais de 10 mil cidades em todo o mundo, mais de 130 mil hotéis no total e obviamente que cada mercado quererá algo específico e se não tivermos, trataremos de passar a ter” Basicamente, o que os agentes de viagens podem esperar, para a construção de um pacote turístico próprio e personalizado através do vosso sistema, é a parte da hotelaria e dos transferes? Esse é o benefício da oferta porque o agentes de viagens têm acesso ao GDS e com isso podem reservar os voos e posteriormente oferecer ao cliente um hotel ou apartamento, transferes, city sightseeing… Ou seja, oferecer todos estes serviços e criar um pacote personalizado, em vez de comprar um pacote formatado.
lhavam e o que o mercado comprava, por isso entendem o que temos e estão muito optimistas em relação ao produto. Volto a reforçar que vamos trazer diferenciação para o mercado, em termos de destinos, hotéis e algo muito importante e que é diferente da concorrência: vendemos todo o tipo de quartos. Geograficamente, conseguem adaptar a vossa oferta à procura do mercado português? Claro, para sermos grossistas temos de ser competitivos porque existe concorrência. Compramos à concorrência e ela compra a nós. Se eles nos compram produto, colocam-no no mercado, vendem-no e agora nós vendemos directamente. É claro que o mercado será mais competitivo. O agente de viagens que vá à vossa página vai encontrar muitas opções para o Brasil, por exemplo… Há um director comercial e de contratação que está a escrutinar as necessidades de cada mercado. Por isso, baseando-nos em cada mercado e no produto que é procurado, nós iremos contratá-lo. Temos pessoas para isso e se não tivermos, iremos arranjar. Também vão fazer contratação de hotéis em Portugal para oferecerem em todo o mundo? Temos hotéis em mais de 10 mil cidades em todo o mundo, mais de 130 mil hotéis no total e obviamente que cada mercado quererá algo específico e se
não tivermos, trataremos de passar a ter. E não vendemos apenas em Portugal, vendemos noutros mercados que querem Portugal, por isso temos de contratar hotéis portugueses. Um agente de viagens quando tem sistemas fechados depara muitas vezes com aquilo que é para o público final. Nesse aspecto são competitivos? Booking.com ou Expedia ou qualquer uma das grandes OTA’s praticam o mesmo preço que o hotel. Mas a nossa tarifa é de grossista, porque não vendemos directamente ao consumidor final, mas directamente ao trade. A proposta que apresenta aos agentes de viagens portugueses baseia-se num retorno financeiro por comissão, por objectivos de vendas, ou ambos? O módulo de comissões é flexível, podem dizer-nos a comissão que querem ou podem pedir-nos uma comissão. Fazemos negócio baseado no que o cliente nos pede e nos nossos sistemas construímos o produto de acordo com a pretensão do cliente. A partir de Agosto vamos avançar com um programa de fidelização directamente na nossa página, em que cada país terá um conjunto de ofertas que poderão ser inclusive trocadas por um cartão virtual para compras online. O programa destina-se aos agentes de viagens, para quem reserva, e para as grandes cadeias de agências temos outro programa. <
REACÇÃO DO MERCADO Como é que as agências de viagens mais pequenas têm reagido à vossa abordagem? Como já conhecemos o mercado, fomos falar com as centrais, sabemos quais as agências com potencial e as mesmas estão a reagir muito bem, porque temos um produto muito bom na Europa. Os outros também têm, mas o nosso é diferenciado, somos os primeiros no Médio Oriente, na Ásia e Oceânia, ou seja, estamos a oferecer algo diferente e por isso as agências reagem muito bem, já que ao verem o nosso produto percebem que estamos a completar a oferta. Quando é que os agentes têm o produto à sua disposição? A página já funciona, estamos a ultimar os testes. Actualmente em Portugal, algumas empresas também têm as suas próprias ofertas hoteleiras. O que esperam no nosso país? As pessoas que trabalham connosco não são novas neste mercado. Conhecem-no, conhecem os clientes, o produto, as companhias em que traba-
Departamento de Reservas / Reservation Department Campo de S. Francisco, 19 - 9500 - 153 Ponta Delgada Tel. +351 296 304 891 - TLM. +351 912 223 993 E-mail: reserve@ilhaverde.com www.ilhaverde.com
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>reportagem Almoço AHP
TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA
IFD com novo instrumento para PME
A Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), mais conhecida como banco de fomento, anunciou a celebração de um protocolo de 100 milhões de euros para uma linha de “mezzanine financing” que poderá abranger “o novo conceito de PME”. A novidade foi revelada por José Fernando de Figueiredo, presidente da Comissão Executiva da IFD durante o almoço mensal dos associados da AHP.
Reembolsos são “em si um não problema” José Fernando de Figueiredo, responsável pela Instituição Financeira de Desenvolvimento, disse relativamente a uma questão colocada por Luís Veiga, presidente da AHP, sobre o desvio dos reembolsos do Turismo de Portugal para a IFD, que neste tema “as instituições e os projectos são as pessoas e se as pessoas tiverem conhecimento das coisas isto em si não é um problema, mesmo que seja esse o circuito”. Ou seja, continuou, “da mesma forma que temos um intermediário financeiro que é a garantia mútua ou o banco X ou a capital de risco Y, se o Turismo de Portugal for claramente uma instituição que mereça receber uma tranche para continuar a oferecer linhas de financiamento, não vejo nenhuma razão para que, quem mandar na IFD à época dos reembolsos (…) deixe de manter essas linhas do turismo e realimentar o turismo com dinheiro suficiente para isso”. < 20
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“
F
echámos esta manhã [2 de Julho] uma linha de “mezzanine financing” com uma dotação de 100 milhões de euros, ou seja, produtos de dívida de longo prazo, sem colateral, associados à lógica de quase equity, cuja remuneração não seja tão alta que desincentive as empresas de a utilizar”. Foi assim que José Fernando de Figueiredo, presidente da Comissão Executiva da IFD apresentou esta linha de capitalização durante o almoço mensal que a Associação da Hotelaria de Portugal promove com os seus associados. José Fernando de Figueiredo explicou que este novo instrumento será muito útil no que diz respeito “aos grupos aqui presentes porque não tem ainda restrições de PME”, uma das questões levantadas por Luís Veiga, presidente da AHP, relembrando que o “novo conceito de PME é também limitativo da operação da IFD”. Para o responsável da IFD, “o nosso caminho foca-se mais em tentar desenhar potenciais soluções para instrumentos financeiros que posteriormente permitam a muitas PMEs, na área da capitalização, ter uma melhoria significativa não só dos rácios, mas também dos rácios com governance associados”. Até porque “é na capitalização das empresas que há problemas sérios e estatisticamente comprovados”, dado que na área da dívida “entendemos aproveitar o conjunto de soluções que já existem e que funcionam”, havendo lugar “a
algum afinamento eventualmente numa questão de escala, relativamente a problemas da restrição nas ajudas das PME e minimis”. Na capitalização, “se conseguirmos sair daqui com alguma avaliação significativa ao nível desses rácios para um número importante de empresas, já valeu a pena criar a IFD”, afirmou, alertando para a “importância de colmatar falhas de mercado”, tendo em conta que “está um quadro comunitário aberto e muitas empresas não vão poder concorrer se não melhorarem os seus rácios de autonomia financeira”. Outra das “intenções é a criação de um fundo de obrigações para PME na lógica da procura e criar um fundo que assegure as compras e a liquidez dos títulos”. Uma experiência “piloto, com um montante pequeno, ou seja 100 milhões de euros, para ver se tem mais resultado que as anteriores tentativas de fundos de obrigações”.
BDP EMITE LUZ VERDE A IFD, que mobiliza fundos comunitários e incentivos do Banco Europeu de Investimento para, através da banca comercial, financiar PMEs a melhores condições, recebeu no início de Julho a licença de funcionamento por parte do Banco de Portugal (BdP). Com uma mobilização dos fundos comunitários prevista de 1500 milhões de euros até 2020, José Fernando de Figueiredo tomou posse como presidente da Comissão Executiva a 2 de
José Fernando de Figueiredo Presidente da Comissão Executiva da IFD
“Fomos autorizados como instituição financeira. Se quisermos, um dia pode ser que isto venha a ser um verdadeiro Banco de Fomento” Janeiro, explicando que no período entre a autorização da Comissão Europeia e a licença de funcionamento do BdP “o que fizemos foi criar as condições operacionais para que a Instituição Financeira funcionasse, já que nem registada estava na conservatória”. Agora, definida a missão da instituição, entra em cena a “ambição da IFD, com a capitalização das PME viáveis em sectores transaccionáveis e o investimento de longo prazo através de fundos públicos e privados”. Porém, das “três fases ambicionadas, a IFD só tem autorização de Bruxelas para a primeira fase, ou seja, a gestão de fundos estruturais”, estando a ser preparada “a notificação para alargar as competências às restantes fases”, que permitirão, nomeadamente, “emitir dívida nos mercados, usando uma garantia do estado soberano absorvendo instituições como a Portugal Ventures, a Sociedade de Garantia Mútua, a Sofid ou a PME Investimentos”. <
>formação
EHT vão ministrar novos cursos de gestão hoteleira
A
oferta formativa das Escolas de Hotelaria e Turismo (EHT) sob gestão do Turismo de Portugal, vai integrar, a partir do próximo ano lectivo, os cursos de “Food & Beverage Management” e “Hospitality Operations Management”. Os novos cursos de especialização tecnológica (CET), na área da gestão hoteleira, serão ministrados integralmente em inglês e destinam-se a jovens que pretendam (re)qualificar-se para a área da gestão hoteleira, nas vertentes de alimentos e bebidas em estabelecimentos integrados, ou não, em unidades hoteleiras, ou na área do alojamento ( front-office e housekepping). Segundo João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal (ao lado na foto), ao reforçar a oferta formativa de cursos ministrados integralmente em inglês na rede de Escolas, o Turismo de Portugal “está a dar forma a um dos nossos principais objectivos: promover Portugal como destino de formação de excelência no cenário internacional.” Neste sentido, para o ano de 2015/16,
foram criadas 60 vagas em algumas das escolas da rede nas regiões Norte, Centro e Lisboa, preparando os jovens que pretendam adquirir competências de qualidade no sector do turismo. Esta iniciativa visa dar continuidade ao sucesso registado com o curso de Culinary Arts, ministrado há já quatro anos e muito procurado por jovens de várias nacionalidades, entre os quais portugueses. Para além da oferta formativa, o Turismo de Portugal está a trabalhar em conjunto com as equipas de turismo no estrangeiro, no sentido de captar o interesse de alunos nos vários países onde está presente, e muitos já estão lançados na carreira profissional e reconhecem a enorme qualidade das escolas onde estudaram.
PARA BEM RECEBER OS TURISTAS CHINESES O Turismo de Portugal em parceria com o Instituto Confúcio, a Edeluc e a Cotri (China Outbound Tourism Research Institute) criaram um projecto de for-
mação para o acolhimento de turistas chineses, que será ministrada em Outubro nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa, Coimbra e Porto. A formação, que se destina a alunos finalistas dos cursos de especialização das EHT e outros profissionais do turismo, é distribuída por seis módulos e tem uma carga horária total de 25 horas. Entre os temas que integram o curso, que será ministrado em língua inglesa, constam a China como mercado emissor, História e cultura, motivações dos turistas chineses, língua, serviço e ambiente, comunicação e gestão de grupos, bem como marketing para o mercado chinês. No final, cada formando receberá um certificado de participação. <
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>formação Carlos Diez de la Lastra – director-geral da Les Roches Marbella
O futuro dos profissionais de turismo passa pela especialização e o marketing de luxo lidera esta procura A Les Roches Marbella, que desde há vinte anos lidera em Espanha a área de Alta Gestão Hoteleira, dá início no próximo mês de Outubro, a um novo programa de pós-graduação em Direcção de Marketing para Turismo de Luxo. Falámos com Carlos Diez de la Lastra, director-geral da Les Roches Marbella, para sabermos um pouco mais acerca dos objectivos deste curso.
N
os últimos anos dois dos sectores mais importantes para a economia mundial, como o luxo e o turismo, que até agora seguiam apenas caminhos paralelos, vêem que os seus interesses se cruzam com resultados frutíferos. Um relatório recente, elaborado por uma empresa de consultoria especializada, estabeleceu que um total de 10 milhões de consumidores adicionais 22
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será integrado no mercado de luxo global a cada ano, e que estes consumidores irão chegar aos 500 milhões em 2030. O mundo das viagens, por outro lado, tem expectativas ainda mais altas. Estima-se que em 2030 este número chegue aos 1,8 mil milhões de turistas internacionais, comparativamente com 1,138 mil milhões em 2014, de acordo com dados da Organização Mundial do turismo (OMT). A fór-
mula do turismo de luxo tem expectativas muito elevadas e a procura de pessoal altamente qualificado é cada vez maior. A maior parte destes futuros profissionais, à procura de especialização em centros de especialização elevada, tais como Les Roches Marbella, que desde há vinte anos lidera em Espanha a área de Alta Gestão Hoteleira, dá início em Outubro de 2015 um novo programa de pós-graduação em Direcção de Ma-
rketing para Turismo de Luxo, de que nos fala o director-geral, Carlos Diez de la Lastra. Que tipo de profissional especializado requer luxo turístico? No caso de Turismo de Luxo -sinónimo de excelência- encontramos um tipo de utilizador muito exigente. Trata-se de um cliente que procura um maior compromisso por parte do pessoal que o atende e que precisa
de atenção e atendimento personalizados e redobrados, com conhecimentos específicos sobre marketing e luxo. É neste sentido que caminhamos para uma maior interacção, entre cliente e empresa. Gostava também de acrescentar que é cada vez mais notório o número de empresas relacionadas com outros sectores de produtos de luxo, tais como moda e cosmética, entre outras áreas, onde é cada vez maior o número de empresas relacionadas com outros sectores, que vêm à nossa escola para recrutar pessoal especializado, entre os estudantes da Les Roches Marbella. Em Outubro dão início a um novo programa de pós-graduação em direcção de Marketing para Turismo de Luxo… Podemos dizer que “ouvimos a chamada”… a indústria procura um profissional com um perfil muito bem delineado e criámos este novo programa de pós-graduação em direcção de Marketing para Turismo de Luxo para responder às necessidades e enriquecer a oferta académica da Les Roches Marbella. A nossa escola é líder em Espanha e a marca Les Roches figura no TOP 3 mundial, graças a este interesse por estar na vanguarda das necessidades reais do mercado e dotar os nossos estudantes das melhores ferramentas
para o seu desenvolvimento profissional. A que tipo de candidatos é dirigido o novo curso? É dirigido a licenciados universitários ou profissionais – que contem com um mínimo de três anos de experiência profissional- e quadros de direcção que queiram adquirir competências, conhecimentos necessários para desenvolver a sua carreira, no âmbito do turismo de luxo, conhecer e aprender as estratégias de marketing e os conhecimentos orientados para os segmentos de classe alta, assim como serviços exclusivos, produtos de alta qualidade e marcas de luxo. O programa faz também uma abordagem de como analisar o impacto das novas tecnologias e as novas tendências aplicadas ao sector. Qual a duração do curso? Dependendo da formação com que parta o aluno. A nova pós-graduação tem a duração de nove meses a um ano (dividido num semestre académico no campus, um trimestre off campus para desenvolver um projecto supervisionado, e um semestre de práticas – opcionais para os candidatos que contem já com experiência laboral comprovada). Mesmo assim, durante três meses, graças às novas tecnologias no mundo da educação, participarão num programa de de-
senvolvimento profissional online. O nível de empregabilidade dos alunos da Les Roches Marbella é muito alto, este novo programa aumentou as expectativas de seus alunos? É claro. Na actualidade, o nível de inserção laboral dos nossos alunos depois de se licenciarem situa-se nos 89%. Os estudantes da nossa escola de negócios desenvolvem a sua actividade, em diversos estabelecimentos hoteleiros de mais de 54 países, em todo o mundo (mais de 60% em lugares de direcção, gestão ou supervisão). Ao arrancarmos com este novo curso de pós-graduação em Direcção de Marketing para o Turismo de Luxo cumprimos com o nosso objectivo primordial, que é o de continuar a formar profissionais altamente qualificados que podem desenvolver-se profissionalmente no seu sector de actuação, com um amplo espectro de oportunidades laborais que incluem hotéis e restaurantes, mas também muitos outros sectores, tais como agências de viagens, marcas de luxo, transportes, saúde, termas, spas, parques temáticos… e estou apenas a nomear alguns. <
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>formação Em turismo
TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA
Academia INATEL com novidades formativas
A Academia INATEL acaba de estabelecer uma parceria com a ESHTE para a realização de dois cursos de pós-graduação, a iniciar em Setembro. Nos cursos técnicos, a Academia INATEL apresenta igualmente novidades em Outubro, com formação técnica em Turismo e outra em Recepção de Hotel.
A
MATRIZ DOS PLANOS DE ESTUDOS CURSOS TÉCNICOS Duração: 9 meses Constituição: Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) de 25 horas de contacto, que poderão ser frequentadas autonomamente. Candidaturas: Por ordem de chegada e até ao início de cada UFCD. Número de formandos: Mínimo de 5 e máximo de 15 formandos por UFCD. Local: Academia INATEL Propina por UFCD: 100€ (Associado) 150€ (Não Associado) PÓS-GRADUAÇÕES Duração: 12 meses Constituição: Unidades lectivas, sendo 60 o total de ECTS (European Credit Transfer and Accumulation System). Candidaturas: Até 28 de Agosto. Local: Academia INATEL Propina: 1.900€
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Academia INATEL desenvolve formação certificada pela DGERT direccionada para profissionais ou formandos que pretendam desenvolver as suas competências em vertentes específicas de acção, no Turismo e Hotelaria. Com 16 unidades hoteleiras e como operadora turística com 22 lojas por todo o país, a Fundação INATEL permite aos formandos aprender “in loco”, adquirindo assim competências teóricas e práticas, dando seguimento aos objectivos da Academia que também se prendem por privilegiar a prática e a experiência de trabalho. Nesse sentido, para a época lectiva de 2015/2016 a Academia INATEL está a lançar, em parceria com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, duas pós-graduações, que se iniciarão em Setembro, em Gestão e Animação em Turismo Sénior e em Turismo Acessível e Inclusivo. Ambas as formações destinam-se a licenciados que pretendam adquirir ou consolidar os seus conhecimentos e competências nestas áreas. A pós-graduação em Gestão e Animação em Turismo Sénior será coordenada pelos professores Nuno Gustavo e Fernando Completo da ESHTE e por Rui Lança, do INATEL. No seu curricula constam unidades dedicadas, por exemplo, a Marketing e Comunicação no Turismo, Turismo e Saúde, Psicologia e Comportamento Sénior, Touring Cultural e Paisagístico ou Programação e Gestão de Quotidianos para População Sénior.
Relativamente à pós-graduação em Turismo Acessível e Inclusivo, esta é realizada numa parceria entre a ESHTE, INATEL e TEK4Tourism, e abordará temas como legislação para operações turísticas, geografia dos recursos culturais e naturais, concepção e desenvolvimento de itinerários e circuitos nacionais e internacionais, sistemas globais de distribuição, técnicas de acompanhamento de grupos, animação ou organização de eventos, novamente numa coordenação de Nuno Gustavo e Fernando Completo, por parte da ESHTE, e de Rui Lança, da Academia INATEL.
FORMAÇÃO TÉCNICA Também a iniciar este ano lectivo estão dois cursos técnicos, a partir de Outubro: um em Turismo e outro em Recepção de Hotel. Estes cursos técnicos estão ambos direccionados para uma vertente prática, com integração de formação “on job” nos serviços INATEL ou em entidades parceiras da Fundação na vertente do Turismo, como hotéis, agências de viagens, associações e empresas de Turismo. As formações da Academia INATEL têm 50% desconto para desempregados e bolsas de âmbito social e funcionam em regime pós-laboral, para igualmente facilitar quem aposta numa formação contínua. O Curso Técnico em Turismo será coordenado por parte da INATEL por Anabela Correia e Nuno Gustavo da ESHTE. Para este curso a Academia
INATEL pretende contribuir para uma melhor formação na vertente das Operações e Vendas em Turismo, agregando um desempenho mais eficiente ao nível dos programas, acções e animações neste sector de negócio. O curso propõe-se a valorizar, potenciar e actualizar os conhecimentos dos interessados numa vertente de gestão e animação do turismo, bem como aumentar a competitividade através do aumento da qualidade dos produtos e serviços disponibilizados para o público. Já para o Curso Técnico de Recepção em Hotel mantém-se a coordenação por parte da ESHTE de Nuno Gustavo, e do INATEL cabe a vez a João Serrano. Esta formação dirige-se a quadros intermédios com vista à sua rápida integração no mercado de trabalho e no seu plano estão agendados temas como a legislação para operação hoteleira, informação turística, eventos em empreendimentos hoteleiros, organização hoteleira, sistemas de reservas e facturação para a recepção de hotelaria, estratégias de pricing/ revenue management, canais de distribuição online e protecção civil e suporte básico de vida. Em termos de formação mista, em teoria e prática, estão contemplados módulos como técnicas de promoção e comercialização, técnicas de recepção e técnicas de housekeeping. Em ambos os cursos, as competências dirigem-se a maiores de 18 anos com escolaridade ao nível do 12º ano completo ou equiparado, e têm respectivamente um total de 275 e 225 horas. <
>hotelaria
TEXTO: MARIA MORGADO
Universal Boutique Hotel reabriu na Figueira da Foz
Apelo às memórias do passado O antigo Hotel Universal da Figueira da Foz, projecto da autoria da arquitecta Kika Gallego, foi reconstruído e transformado no Universal Boutique Hotel, num investimento de 2 milhões de Euros. Reabriu as portas e pretende “reforçar a oferta turística da Figueira da Foz oferecendo à cidade um hotel de charme que recupere a memória”, disse a sua directora, Teresa Leão Costa. Foi, literalmente, pegar no passado e fazê-lo futuro.
O
Hotel Universal foi recuperado e transformado numa unidade hoteleira de quatro estrelas. Com o seu renascimento, pretende “reforçar a oferta turística da Figueira da Foz e oferecer à cidade um hotel de charme que recupere a memória”, disse Teresa Leão Costa, directora da nova unidade hoteleira. Conciliando tradição e modernidade, o Universal Boutique Hotel fica na Rua Miguel Bombarda, no chamado “Bairro Novo”, a mais elegante zona da Figueira da Foz, a 50 metros do emblemático casino e da praia. É herdeiro natural, no nome, na traça e na localização, do Hotel Universal, nascido ainda no tempo da monarquia, quando corria o ano de 1904, sendo o 17º hotel registado em Portugal. Foi ‘desenhado’ para hóspedes do segmento médio e médio alto, “que procuram, mais do que uma simples dormida, uma experiência irrepetível e um atendimento irrepreensível”. O edifício, localizado na confluência das ruas Maestro David de Sousa e Miguel Bombarda, junto à marginal oceânica, inaugurado em Julho de 1904, esteve fechado nos últimos anos e foi adquirido à Diocese da Guarda pelos actuais proprietários, uma empresa familiar denominada Entre Memórias.
HISTÓRIAS QUE CONTAM HISTÓRIA Relata a história que a primeira proprietária do Universal foi Teresa da Conceição Xavier Ramos (1859-1932), que
esteve casada com Costa Ramos, um capitalista do século XIX ligado à fundação do lar de crianças Costa Ramos, hoje integrado na Misericórdia – Obra da Figueira. Ao longo de muitas décadas, o então Hotel Universal foi fidelizando sucessivas gerações das mesmas famílias, não só de Portugal mas também de Espanha, que elegiam a Figueira da Foz como a praia ideal para as suas férias e escolhiam esta unidade hoteleira como a sua segunda casa. O prédio, classificado como de Interesse Municipal, com três pisos acima do nível da rua, cave e águas furtadas, manteve a fachada onde se destacam linhas de arte nova, “não restando muitos exemplares na cidade que mantenham tão intactas as suas características originais da época”. O interior, bastante degradado, foi demolido e reconstruído de raiz, mas os proprietários fizeram questão de recuperar e preservar “todas as madeiras e os seus pormenores originais, como portadas das janelas, portas, corrimões, balaústres e algum mobiliário”, apelando assim às memórias do passado e ao seu cunho histórico, referiu Teresa Leão Costa. Com 29 quartos temáticos distribuídos por quatro pisos – Casino e Glamour; Tertúlias e Recitais; Praias e Banhistas; e Famílias - e abertura no passado dia 13 de Junho, a nova unidade segue um conceito de boutique hotel de quatro estrelas onde se pode revisitar um século de história da cidade, propondo, para tal, “uma minuciosa reportagem presente em todos os pisos” – fotos e transcrições de comentários de jornais antigos sobre o hotel e a praia da Figueira da Foz. Todos os quartos respeitam a temática do piso em que se inserem, com mobiliário contemporâneo, acesso Wi-Fi gratuito, televisão LCD e janelas duplas, dispondo ainda de ar condicionado, uma cama de casal ou duas camas separadas (possibilidade de cama extra), minibar, cofre, linha telefónica e casa de banho privativa. Os quartos superiores possuem máquina de café e varanda com vista panorâmica sobre a cidade. Cada um dos cinco pisos visa transpor-
tar o hóspede “para uma época diferente” da história da cidade e cada quarto possui “um tratamento individualizado nos seus detalhes”, adiantou Teresa Leão Costa. Dispõe ainda de recepção, sala de pequenos almoços, bar-lounge, e ainda salas polivalentes com condições ideais para a organização de eventos e reuniões. Um espaço ideal para quem procura umas férias no centro do país, mas também para “figueirenses e visitantes organizarem reuniões, conferências ou simples encontros de amigos.” A unidade regista já, segundo Maria Teresa Leão Costa”, uma assinalável taxa de ocupação” e está a ser procurada por diversos mercados internacionais, desde espanhóis a norte-americanos e ingleses, mas também pelos portugueses, principalmente aos fins de semana. “Estamos a trabalhar muito bem o Julho, o Agosto e o Setembro”, indicou.
UM SEM NÚMERO DE EXPERIÊNCIAS A aventura começa à entrada, com o acolhimento refrescado por infusões aromáticas, num hall que se abre para um bar lounge (aberto ao público em geral das 14h00 às 24h00) repleto de memórias históricas e apontamentos artísticos que cruzam gerações. No piso inferior, os hóspedes encontram a sala de pequenos-almoços e ainda as salas de reuniões Maestro David de Sousa (para 40 pessoas) e Dr. João de Barros (para 20 pessoas), numa clara homenagem a vultos figueirenses. Nos pisos superiores, é toda a Figueira da Foz que se honra, numa viagem vertical pela história da “Rainha das Praias de Portugal”, do glamour dos bailes e do casino, às tertúlias e recitais que tiveram lugar no próprio Universal. O topo do hotel oferece a vista mais privilegiada sobre o mar e a cidade, com varandas individuais generosas, prestando tributo às mais ilustres personalidades da Figueira da Foz e às famílias que já no dealbar do século passado iam de toda a Península Ibérica, na época balnear, colher os frutos da maresia e do charme figueirenses. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>hotelaria No 40º aniversário da marca
Família ibis lança guia para dar a conhecer Portugal Em jeito de comemoração do seu 40º aniversário a nível mundial, a marca íbis lançou um guia digital em que dá a conhecer as cidades portuguesas onde existem hotéis da família ibis. Durante a apresentação do guia, André Cavrois, que assume a direcção operacional da família íbis em Portugal, deixou claro que a marca pretende crescer em Portugal.
TEXTO: FERNANDA RAMOS
N
o ano em que comemora o seu 40º aniversário a nível mundial, a íbis assume o seu compromisso com Portugal, país onde quer crescer em número de unidades e brands. Como é conhecido, desde 2012 os hotéis da família íbis estão segmentados em três brand’s, cada um com as suas especificidades e destinados a tipos de clientes diferentes: íbis Hotels (o vermelho), íbis styles (o verde) e íbis budget (os hotéis low cost da “família”, identificados com a cor azul). Em Portugal, no entanto, apenas estão presentes os primeiro e último brands, mas o objectivo de curto prazo é vir a ter também no país, a
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JULHO DE 2015 | TURISVER
começar por Lisboa, unidades com o brand “styles”. No encontro com a comunicação social em que foi apresentado o novo guia, André Cavrois, que assume a direcção de operações da ibis Family em Portugal, avançou que “a principal prioridade para Portugal é a marca ibis style”, um brand em que cada hotel é diferenciado e tem personalidade própria. Afirmando que “ainda não existe nenhum projecto concreto para revelar”, o responsável avançou também que a estratégia da íbis para aumentar o número de unidades “passa pelo franchising e por contratos de gestão”, enquadrando-se nesta estratégia a abertura de um ibis style em
Lisboa. Neste sentido, Cristina Torres, brand marketing manager da ibis Family em Portugal, lembrou que “a marca ibis styles funciona muito bem no modelo franchising, uma vez que é possível para um hotel adaptar-se às suas características, enquanto as restantes marcas ibis são marcas standard”. As novidades da marca em ano de 40º aniversário passam também pela criação de um novo modelo de quarto, mais trendy e de ambiente muito acolhedor, que irá sendo introduzido à medida que os hotéis vão abrindo ou entrem em renovação. Segundo Cristina Torres, o ibis Coimbra, que está a ser renovado, será o primeiro em
Portugal a apresentar este modelo de quarto. Porque se preza de estar sempre a tentar saber quais as preferências e necessidades do cliente, está a ser testada a introdução de serviços adicionais low cost à la carte, nos ibis budget, como é o caso dos serviços de lavandaria, pequeno-almoço express. Por enquanto este produto está ainda em teste em 17 hotéis íbis budget, nenhum deles em Portugal. Com 1850 hotéis espalhados pelo mundo, o objectivo da ibis, segundo André Cavrois, é o de reforçar a sua liderança no segmento da hotelaria económica, o que só pode ser feito através da abertura de mais unida-
Andre Cavrois direcção de operações da ibis Family em Portugal
Cristina Torres Brand Marketing Manager da ibis Family
“A principal prioridade para Portugal é a marca ibis style”
“Queremos dizer ao mundo que Portugal tem muito para visitar”
des. Para isso, em 2014 a família íbis abriu mais de uma centena de hotéis um pouco por todo o mundo, pertencendo no entanto a preponderância à região asiática e, principalmente, à China. Em Portugal, a ibis Family conta com 22 hotéis, sendo 20 ibis e dois ibis budget. Do total, 18 são hotéis filiais, 13 são franchising e um resulta de contrato de gestão.
página oficial de Facebook da marca, o guia apresenta 40 sugestões de experiências para fazer de Norte a Sul de Portugal. “Queremos dizer ao mundo que Portugal tem muito para visitar”, ou seja, “queremos promover o país e depois promover também os hotéis da família ibis” já que “ao falarmos das regiões sugerimos depois que fiquem hospedados nos hotéis ibis”, explicou Cristina Torres, Brand Marketing Manager da ibis Family Portugal. Apresentado em português e inglês e organizado por destinos, para a concepção deste ipaper a íbis convidou 14 jornalistas de lifestyle e principalmente bloguers a visitaram várias cidades do país onde estão implementados hotéis da família íbis para depois contarem as suas experiências. Lisboa, Porto, Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Faro, Figueira da Foz, Guimarães, Leiria, Setúbal, Sintra e Santa Maria da Feira são as cidades incluídas no guia. < O Guia ibis pode ser descarregado em www.facebook.com/ibis.pt
“IBIS 40 ANOS - 40 COISAS PARA FAZER COM OS HOTÉIS IBIS” Este é o título do guia que a marca acaba de lançar em Portugal. Promover os hotéis da família ibis em Portugal ao mesmo tempo que se promove o país é o objectivo deste guia recentemente apresentado à comunicação social e com o qual a marca pretende também assinalar o seu 40º aniversário. Em formato digital e já disponível para consulta e download gratuito na
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>hotelaria Grupo vai ter novo hotel no Aeroporto
TEXTO: FERNANDA RAMOS
Hoti Hotéis apresentou renovação do Tryp Oriente
O Hotel Tryp Lisboa Oriente, no Parque das Nações, tem um novo “rosto” que espelha o espírito de um evento que deixou marcas: a EXPO 98. No dia em que a Hoti Hotéis apresentou a renovação desta unidade, anunciou a construção de mais uma unidade hoteleira no Aeroporto de Lisboa, mesmo ao lado do Tryp Lisboa Aeroporto, que o grupo já detém.
Manuel Proença presidente da Hoti Hotéis
Aeroporto vai ficar dotado de “um cluster hoteleiro composto por dois hotéis com mais de 650 camas, restaurantes, salas de conferências, Spa e estacionamento”
A
EXPO 98 regressou ao Parque das Nações, agora através das memórias reflectidas no renovado Tryp Lisboa Oriente, do Grupo Hoti Hotéis. A remodelação, em que foram investidos 1,5 milhões de euros, decorreu entre Janeiro e Junho deste ano e abrangeu praticamente toda a unidade, desde as áreas públicas, em que a renovação foi mais profunda, até aos quartos, agora redecorados de forma a adaptarem-se ao novo conceito temático que transparece em toda a unidade. Uma renovação que se impunha num hotel que conta já com quase duas décadas de existência, que foi o primeiro estabelecimento comercial a abrir portas no Parque das Nações, ainda em vésperas da EXPO. Na apresenta28
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ção da renovada unidade, Miguel Proença, administrador da Hoti Hotéis, sublinhou que o hotel abriu portas a 1 de Fevereiro de 1998, a tempo de receber os primeiros delegados internacionais que vinham participar na Exposição Universal. De então para cá, a unidade recebeu mais de um milhão de hóspedes que contribuíram para a história de sucesso de uma unidade hoteleira localizada quase paredes-meias com a Gare do Oriente, uma das construções mais carismáticas do Parque das Nações. Quase vinte anos volvidos, o Tryp Oriente traz as memórias da EXPO 98 e do tema que lhe deu vida, “Os Oceanos, um património para o futuro”, reflectindo ambos – oceanos e património – no seu renovado interior e criando uma “relação estreita entre o
próprio hotel e o espaço em que se insere”, frisou Miguel Proença. Não espanta por isso que, logo à entrada, o hotel dê as boas-vindas aos seus hóspedes com um “mergulho” no tema dos oceanos: na parede cimeira do bar há um conjunto de aquários oceânicos onde não faltam pequenos peixinhos, a lembrar o tema da EXPO e um dos equipamentos mais visitados de Lisboa, o Oceanário, também no Parque das Nações. Também na entrada há outras memórias da EXPO 98, nomeadamente apontamentos publicitários. E quem não se lembra do famoso anúncio dos bebes que pareciam nadar no fundo do oceano? Na recepção, que mudou de lugar, há uma tela gigante onde estão desenhados grandes marcos arquitectónicos da Expo, como o Pavilhão
Chegar a 20 hotéis em três anos é o objectivo Na assinatura do protocolo com a ANA Aeroportos, o presidente da Hoti Hotéis, Manuel Proença, frisou que, com o novo hotel de três estrelas que vai nascer no Aeroporto e com o Hotel do Convento de Santa Joana, já anunciado, que vêm somar-se ao Tryp Oriente e ao Tryp Aeroporto, “ficaremos posicionados em Lisboa com quatro unidades de três, quatro e cinco estrelas”. No Porto, o grupo vai para as quatro unidades “com um hotel que anunciaremos em breve”. A estes soma-se o novo Tryp Leiria, recentemente inaugurado, bem como várias unidades noutras cidades do Continente e da Madeira, aos quais se irá juntar, no próximo ano, um hotel em Moçambique, concretamente em Maputo. Em matéria de expansão, a Hoti não vai ficar-se por aqui nos anos mais próximos: “Somos uma cadeia que tem as suas ambições, proximamente daremos outras notícias”, adiantou Manuel Proença, afirmando ainda que “uma coisa é certa: no espaço de três anos estaremos nos 20 hotéis em Portugal. É este o nosso objectivo”. <
lidade sempre transmitida pelo mar e pelos oceanos, principalmente devido à paleta de cores utilizada: tons de azul nos quartos virados para o Tejo e vermelho coral nos voltados para a cidade. Para tornar mais vivas as recordações de um evento que marcou a cidade e o país, o Tryp Oriente criou a plataforma online memoriaexpo98.com que convida a descobrir e a revisitar as memórias da Expo 98, desde a sua origem aos espectáculos, marcos arquitectónicos e curiosidades acerca do evento. A propósito, Miguel Proença destacou a “atitude extremamente colaborativa da Parque Expo que nos facultou todos os conteúdos de que necessitámos para o desenvolvimento do nosso trabalho”.
SETE MILHÕES PARA NOVO HOTEL NO AEROPORTO
Atlântico, o Pavilhão de Portugal e o Pavilhão dos Oceanos, hoje Oceanário de Lisboa. No restaurante, que agora ostenta o nome de Bistro&Tapas e está dotado de uma esplanada, há painéis que fazem recordar o célebre “Passaporte” que era entregue a cada um dos visitantes da EXPO, onde estes podiam depois, ao longo de todo o período que durou a Exposição, coleccionar carimbos dos vários países participantes. Já no bar, onde as formas orgânicas e curvilíneas dão corco aos novos balcões, foi reproduzida a calçada Mar Largo situada no Rossio dos Olivais, também no Parque das Nações. Por últimos, nos quartos, onde a renovação incidiu sobretudo numa nova decoração, o que se sente é a tranqui-
Após um largo processo de negociação, a ANA Aeroportos de Portugal e a Hoti Hotéis assinaram dia 21 de Julho a Licença de Ocupação e Exploração com Construção no Domínio Público Aeroportuário que permitirá ao grupo hoteleiro transformar o Edifício 125 do Aeroporto de Lisboa numa unidade hoteleira de três estrelas. Manuel Proença, presidente da Hoti Hotéis disse que o novo hotel, que ostentará “uma marca de renome”, deverá ser construído em 12 a 14 meses, a partir do momento em que forem obtidas as necessárias autorizações que vão ser pedidas de imediato, pelo que, se tudo decorrer conforme o previsto, deverá estar concluído “no último trimestre do próximo ano”. Localizado ao lado do quatro estrelas Tryp Aeroporto com o qual irá compartilhar vários serviços, o novo hotel que resultará de um investimento de
Jorge Ponce Leão presidente da ANA Aeroportos
Miguel Proença administrador da Hoti Hotéis
“Tomámos uma decisão que foi consciente, começámos por escolher o parceiro e só depois discutimos as condições”.
Renovação do Tryp Oriente pretendeu criar uma “relação estreita entre o próprio hotel e o espaço em que se insere”
sete milhões de euros, irá contar com 160 quartos, num total de 320 camas que se irão juntar às 336 do Tryp Aeroporto, permitindo que na área do Aeroporto de Lisboa se forme “um cluster hoteleiro composto por dois hotéis com mais de 650 camas, restaurantes, salas de conferências, Spa e estacionamento”. A opção pela construção de um hotel de três estrelas inserido no segmento económico deveu-se “à análise que foi feita sobre as necessidades do aeroporto” da qual se concluiu que “havia a necessidade de ter um hotel de preço mais baixo para satisfazer uma franja da procura que não ficava no Aeroporto e fugia para a cidade em busca de preços mais convenientes”, explicou Manuel Proença. O desafio para a construção desta unidade surgiu da parte da ANA Aeroportos, tendo sido aceite pela Hoti
porque “acreditamos na dinâmica do Aeroporto de Lisboa e no crescimento que está a processar-se no seu tráfego de passageiros”, disse o presidente do grupo hoteleiro. Na assinatura do protocolo, o presidente da ANA Aeroportos, Jorge Ponce Leão, frisou que a necessidade de um novo hotel na área do Aeroporto e Lisboa se deve à expectativa de aumento de tráfego de passageiros na Portela, onde será possível atingir este ano os cerca de 20 milhões de passageiros. Explicando que a ANA Aeroportos decidiu escolher o Grupo Hoti como parceiro porque “estamos muito satisfeitos com o que tem acontecido no Tryp Lisboa Aeroporto”, Ponce Leão precisou que “tomámos uma decisão que foi consciente, começámos por escolher o parceiro e só depois discutimos as condições”. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>Turismo sustentável
M
A sustentabilidade aliada ao turismo é um dos conceitos de que mais se fala e que mais adeptos tem ganho. Tanto assim é que, já em 2012, por ocasião do Dia Mundial do Turismo dedicado a este tema, se afirmava que o turismo era a actividade melhor colocada para contribuir para o desenvolvimento sustentável das economias e das sociedades.
eio ambiente, economia (contribuição das actividades económicas para o d e s e nv o lv i m e n t o das regiões) e sociedade (valores e instituições que contribuam para reduzir a exclusão social) são os três grandes vectores da sustentabilidade, muito embora seja quase sempre o ambiente que em matéria de turismo sustentável toma a dianteira. Cada vez mais o turismo surge ligado à ecologia, à economia verde, com os agentes e empresas do sector (hotelaria, aviação, viagens, animação turística), bem como os turistas, a desempenharem um papel importante na redução da sua “pegada”. Porque, como já disse mais que uma vez o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, “todos têm um papel a desempenhar no turismo sustentável” e “todas as acções contam”. O turismo anda hoje, até por exigência dos turistas, amplamente relacionado com a preservação do meio ambiente, com a adopção de planos e políticas de sustentabilidade baseadas em práticas am-
bientalmente responsáveis. Uma atitude que vai ao encontro das recomendações da OMT que estabelece que o turismo sustentável deve ser aquele que salvaguarda o ambiente e os recursos naturais, garantindo o crescimento económico da actividade, ou seja, capaz de satisfazer as necessidades das presentes e futuras gerações. É inegável que o ambiente pesa nas escolhas e interfere na experiência dos turistas, pode contribuir para a sua fidelização, seja a um destino como a um alojamento, ao mesmo tempo que garante experiências semelhantes às gerações vindouras. Por isso são muitos os turistas que têm em conta as práticas ambientalmente sustentáveis dos destinos que escolhem e isso tem levado a que tanto estes como a restante oferta turística adoptem políticas de sustentabilidade, com práticas mais amigas do ambiente, numa estratégia que pretende vincar a diferenciação face à restante oferta e que levou ao surgimento de prémios e certificações várias que atestam que a sustentabilidade, além de apregoada, é prosseguida.
Se parece que estamos a falar de campos verdejantes, rios de águas límpidas, mares despoluídos e ares citadinos mais respiráveis, é verdade. Mas falamos também de maior racionalidade nos gastos energéticos, em conceitos como o de Green Meetings assente em procedimentos como o paperless (menor consumo de papel). Como falamos também de procedimentos inovadores ao nível da arquitectura, do design, da construção e decoração, nomeadamente com recurso a materiais reciclados e recicláveis, porque a reciclagem é também um conceito sustentável. Para todos nós que somos turistas mesmo no nosso próprio país, é fácil dar o nosso contributo, começando por aqui. Já do lado das empresas, as exigências são maiores, passam por uma série de mecanismos, em que se integra até a “educação” dos funcionários e a monitorização do seu desempenho ambiental. Procedimentos que uma parte muito considerável das empresas turísticas portuguesas já seguem e lhes têm valido inúmeras distinções, nacionais e internacionais. <
27 anos no coração do turismo português 30
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O Design & Wine Hotel, construído sobre um antigo edifício histórico no centro da Vila de Caminha, é sensível à crescente tomada de consciência por parte da sociedade em geral para a necessidade de práticas ambientais que sustentem um planeta com melhor qualidade de vida, e tem tomado um conjunto de medidas com vista a pôr em prática esta política de sustentabilidade, contando com a colaboração tanto dos trabalhadores como dos clientes. TEXTO: MARIA MORGADO
Design & Wine Hotel
Sensível à necessidade de práticas ambientais
A
implementação, com sucesso, dessas medidas, fez com que hotel ganhasse a licença de utilização, até 2016, do Rótulo Ecológico Europeu (REE) ou European Eco-label, certificado que reconhece produtos e serviços que contribuem para a redução dos impactos ambientais negativos, promovendo a excelência ambiental. O sistema comunitário do REE é um compromisso com a sustentabilidade, tendo os critérios nele estabeleci-
dos sido desenvolvidos por cientistas, ONG’s (Organizações não Governamentais) e outras partes interessadas, para criar um meio credível e fiável de opções ambientalmente responsáveis. Conscientes da integração do hotel numa área de paisagem natural privilegiada, tendo em conta as actividades e aspectos ambientais respectivos, os responsáveis da unidade hoteleira decidiram planear, implementar e melhorar medidas de utilização racional de água e energia, utilização adequada de detergentes e desinfectantes e ges-
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>turismo sustentável O Design & Wine Hotel preservou e recuperou os aspectos clássicos de um edifício de valor histórico na Vila de Caminha e fez coexistir em simultâneo a antiga arquitectura com o conforto e design de um edifício moderno.
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tão apropriada de resíduos. Para tal, assume o compromisso do cumprimento de legislação e regulamentação aplicáveis.
TRABALHADORES E HÓSPEDES ENVOLVIDOS
Para o sucesso desta política, a direcção do hotel conta com a colaboração e participação de todos os seus trabalhadores no cumprimento dos objectivos indicados no programa de acção, e no incentivo ao envolvimento dos clientes. Para tal, promove continuamente a formação dos trabalhadores, e proporciona-lhes informação e educação ambientais, bem como aos hóspedes e comunidade local. No programa de acção são definidos objectivos relativos aos aspectos ambientais relacionados com energia, água, resíduos, produtos químicos e transportes, enquanto para reconhecer e valorizar a participação dos hóspedes são sempre consideradas as suas opiniões, através de um questionário ambiental, bem como outras sugestões. A unidade havia estabelecido um prazo, até Dezembro de 2014, para cumprir um conjunto de medidas, tais como a redução em 1% do consumo de energia, em 3% o consumo de água e produção de resíduos indiferenciados em menos 3%, por número de dormidas, utilização a 100% de produtos de higienização com rótulo comunitário, bem como contribuir para a diminuição da poluição causada pelos transportes, incentivando, assim o uso de bicicletas disponíveis na unidade e de transportes públicos, e realização de percursos pedestres. Ao mesmo tempo pretende sensibilizar e envolver os fornecedores na politica e programas de acção do hotel, promovendo a sua participação em acções de sensibilização para boas práticas ambientais e 32
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planeia acções conjuntas com a comunidade para a protecção do ambiente. Todas estas acções têm um resultado significativo na melhoria da qualidade de vida dos habitantes e são um atractivo genuíno e equilibrado para os visitantes. Na recepção do hotel está disponível material informativo e educativo sobre medidas de conservação da natureza e da biodiversidade, dados e medidas de prevenção da poluição e da protecção do ambiente. Por outro lado, o preenchimento e entrega, por parte dos hóspedes, do questionário ambiental, possibilita ao hotel recolher e sugestões e implementar acções e práticas para a melhoria contínua da sua satisfação e do desempenho ambiental do Design & Wine Hotel.
PRESERVAR, PRESERVAR, PRESERVAR… O Design & Wine Hotel preservou e recuperou os aspectos clássicos de um edifício de valor histórico na Vila de Caminha e fez coexistir em simultâneo a antiga arquitectura com o conforto e design de um edifício moderno. A Vila de Caminha, situada na Foz do Rio Minho, mesmo em frente da Galiza, é procurada pela etnografia, pela gastronomia tradicional e pelos desportos náuticos, sendo a sua beleza, pacatez e dimensão outros tantos motivos de atracção. Nesta antiga vila minhota do Norte de Portugal nasceu o Wine & Design Hotel que oferece uma requintada mescla cultural em que as várias expressões artísticas tradicionais e contemporâneas se cruzam com os sabores da gastronomia e dos vinhos portugueses. Os 23 quartos do hotel, incluindo algumas suites, são como uma paleta em que as artes tradicionais convivem com as expressões mais contemporâneas. No restaurante, a cozinha tradicio-
nal renova-se com os perfumes e os sabores, e os jantares vínicos aliam o requinte do vinho à força dos produtos do “terroir”. Espaço de convívio e de lazer, a Enoteca propõe a degustação de vinhos de todo o País. A galeria Whitebox é uma área multifuncional em que é possível apreciar uma exposição de obras de arte, assistir a uma conferência ou visionar um filme. É neste contexto e consciente da ne-
cessidade de contribuir com o seu negócio para o desenvolvimento sustentável e uma adequada integração no meio ambiente em que se enquadra, que o hotel decidiu criar e implementar uma política ambiental, tendo em conta que o concelho de Caminha apresenta uma biodiversidade rica e única que proporciona aos habitantes e visitantes elevada qualidade de vida. <
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>turismo sustentável Monte Saraz
TEXTO: MARIA MORGADO
Monte Saraz – Turismo Rural, no Alentejo, está comprometido com o turismo responsável, com a sustentabilidade, o turismo verde, o respeito e o benefício da população local, com o património e conservação do meio ambiente, ao mesmo tempo que envolve os seus clientes nestes princípios.
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Comprometido com o turismo responsável
É
da responsabilidade do empreendimento solicitar os clientes para agirem de uma forma ambientalmente responsável durante a sua estadia, assim como no seu quotidiano, daí a criação de uma brochura que estabelece, de forma clara, o procedimento a adoptar pelo cliente para atingir esses objectivos e metas. Para a unidade, turismo responsável é levar os seus clientes a terem um contacto mais próximo com as culturas e ambientes locais e por envolver a população local na área do turismo, tendo a certeza que oferecerão aos seus hóspedes uma recepção calorosa. Isto porque a população local é capaz de mostrar aos estrangeiros e visitantes as suas culturas e os modos de vida melhor do que um guia que venha de fora. A equipa do Monte Saraz facilita essas experiências aos seus clientes, de uma forma mais relaxante ou mais activa e tenta incentivar os viajantes a tornarem-se mais responsáveis e respeitadores do ambiente. Isto porque, só um viajante responsável entende povos locais, relacionamento com os ambientes, e que a renda proveniente do turismo pode ser um poderoso incentivo para a conservação. Por outro lado, a unidade assumiu sempre a responsabilidade de tomar medidas para reduzir as emissões de CO2 e a pegada ambiental. Uma vez que a maioria dos hóspedes, prove-
nientes do estrangeiro, usa o avião e o automóvel como meio de transporte, torna para o Monte Saraz um desafio maior, que é dar aos visitantes uma experiência de turismo responsável e amigo do ambiente nas áreas onde se pode fazer a diferença. A brochura sobre sustentabilidade indica ainda que a indústria do turismo não é apenas para os turistas. Os clientes querem férias enriquecedoras. As populações precisam de empregos e meios de subsistência locais e maneiras de sustentar o seu património natural e cultural. No Monte Saraz é explícita a obrigação de satisfazer as necessidades de ambos: os clientes e as populações locais, mas também da conservação.
EXPERIMENTAR COM RESPONSABILIDADE O empreendimento entende que a viagem responsável é também sobre redescobrir, experimentar a natureza e o meio ambiente, estar nele, senti-lo, cheirá-lo e aprender sobre ele, ou seja poder ter uma actuação pró-activa e não só contemplativa. Os clientes de Monte Saraz citam frequentemente os jardins e a arquitectura como uma experiência enriquecedora: Os pássaros, os sons da água, as flores, a abundância de plantas silvestres, os insectos, as casas brancas e os materiais, isto porque é colocada muita ênfase no meio ambiente. “A nossa ideia para o
turismo responsável é que devemos entregar “melhores lugares para se viver e visitar’”. Turismo sustentável é aquele que atende, simultaneamente, as necessidades dos turistas e das regiões receptoras, ao mesmo tempo que protege e amplia as oportunidades para o futuro. É um condutor à gestão de todos os recursos, de tal forma que as necessidades económicas, sociais e ambientais possam ser satisfeitas sem desprezar a manutenção da integridade cultural, dos processos ecológicos essenciais, da diversidade biológica e dos sistemas que garantem a vida. São estes os princípios que a unidade do Alentejo quer preservar para evitar a ocorrência de danos irreversíveis nos meios turísticos, de minimizar os custos sociais, económicos e ambientais que afectam os moradores das localidades, e de optimizar os benefícios do desenvolvimento turístico. Monte Saraz - Turismo Rural é um monte oitocentista restaurado à maneira antiga, que oferece estadias em casas independentes ou em suites, no edifício principal, a partir do qual se poderá desfrutar de uma vista magnífica sobre a povoação medieval de Monsaraz. A partir daqui pode-se partir à descoberta dos sabores regionais, dar passeios a pé ou de bicicleta, visitar monumentos pré-históricos, conhecer as aldeias vizinhas ou, ainda, apreciar a beleza dos lagos formados pela água do Alqueva. <
>av&to
A bordo do Anthem of the Seas
TEXTO: FERNANDA RAMOS
APAVT assinalou 65º aniversário
No almoço realizado a bordo do navio da RCI ancorado no Tejo, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, destacou a “cultura de compromisso” que tem marcado a vida da Associação, tendo também sublinhado a necessidade de uma entidade como a APAVT “ter memória” e “respeitar a história”.
F Pedro Costa Ferreira Presidente APAVT
“Quem lidera uma associação com 65 anos de história deve ter memória e deve respeitar a história”
oi no dia 1 de Julho, com um almoço a bordo do Anthem of the Seas, o mais recente navio da companhia de cruzeiros Royal Caribbean International que se encontrava ancorado no Tejo, que a Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, assinalou os seus 65 anos. Uma cerimónia que contou com a presença de vários ex-presidentes da Associação, do secretário de Estado do Turismo, do presidente da Confederação do Turismo Português, do CEO da TAP e de presidentes das Entidades Regionais do Turismo, além de dezenas de empresários e agentes do sector. Numa curta intervenção, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT começou por frisar que a APAVT é uma associação com história, algo que reputou de grande importância já que, na sua óptica, é a “memória do passado que produz confiança no futuro”. Sublinhou igualmente que a trajectória da Associação foi marcada, desde o seu início, por uma “cultura de compromisso” o que, no entanto, está longe de significar que tenha sido marcada por “consensos cinzentos e frágeis”. “Quem lidera uma associação com 65 anos de história deve ter memória e deve respeitar a história”, considerou Pedro Costa Ferreira, lembrando que ao longo de todos estes anos foram travadas “muitas batalhas” e muitas haverá
que travar nos anos próximos, continuando a ter por base a mesma “cultura de compromisso” que dominou o passado como domina o presente. Uma cultura que “tem a ver com a percepção de que quem vive e integra uma sociedade deve respeitar os vários interesses que nela interagem e deve perceber que melhor se defendem interesses próprios, se se aceitar que os interesses alheios, mesmo os conflituantes, podem ser tão legítimos quanto os nossos próprios interesses”. Exemplo disso afirmou, é o facto de em Portugal a APAVT ter uma relação tão próxima com a indústria aérea, “apesar das extraordinárias dificuldades que se mantêm por ultrapassar”, tendo alertado para a chegada de novas dificuldades “caso do pagamento semanal do BSP”. Segundo exemplo “também fruto desta cultura o facto de a APAVT integrar uma entidade de protecção dos interesses do consumidor que é um case study europeu no âmbito da resolução voluntária de conflitos, o Provedor do Cliente”. Para Pedro Costa Ferreira, a APAVT atravessa hoje “um dos seus períodos de maior dinamismo”, tanto a nível nacional como internacional. Exemplo disso são os congressos anuais promovidos por esta entidade e que, segundo o seu presidente, “são provavelmente os eventos onde mais se fala do futuro, envolvendo sempre todos os protagonistas,
todas as ideias, todos os interesses”. A estes se juntam as acções com as Entidades Regionais de Turismo, o Turismo de Portugal e a Tutela, bem como os projectos “Destino Preferido”. Já a nível internacional realçou o trabalho desenvolvido pela Associação no seio das suas congéneres europeias. Um trabalho que permitiu à APAVT assegurar uma das vice-presidências da ECTAA, trazer a Portugal duas reuniões bianuais desta entidade” bem como “o congresso da nossa congénere alemã no próximo Novembro” Para o futuro, o presidente da APAVT garantiu que o objectivo reside em “manter a dinâmica, preservando e respeitando a memória”. Presente neste almoço comemorativo que foi precedido por uma visita ao navio Anthem of the Seas, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, disse entender que os 65 anos comemorados pela APAVT “são 65 anos de serviço e de disponibilidade para os outros” e sublinhou que, ao contrário do que se poderia pensar, as agências de viagens “têm sido um sector bastante consensual na forma como se tem adaptado às mudanças e têm uma vida associativa sólida”. Quanto ao futuro, Mesquita Nunes frisou que “os desafios são muitos” e que neles “não ganha o mais forte, ganha o que melhor se adaptar à mudança”. < TURISVER | JULHO DE 2015
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>av&to Parceria com Alentejo e Centro
TEXTO: FERNANDA RAMOS
Lusanova com nova brochura para o mercado brasileiro
A Lusanova Tours apresentou em Lisboa o seu novo catálogo “Portugal Select – Regiões Centro de Portugal e Alentejo” destinado ao mercado brasileiro, fruto de uma inovadora parceria entre a Lusanova e as Agências Regionais de Promoção Turística do Centro de Portugal e do Alentejo.
Os roteiros do “Portugal Select”
Regiões Centro de Portugal e Alentejo
Temátic os Roteiros Privativ os • Hotéis • Self-Dri ve • Roteiros lusanov a.com.br
À
revista Turisver, à margem da apresentação do novo produto, Daniel Marchante, director da Lusanova Tours, explicou que a brochura “Portugal Select” dedicada às regiões Centro de Portugal e Alentejo “é um produto que sai um pouco fora da massificação dos circuitos regulares”, destinando-se a “um tipo de cliente mais exigente, que privilegia a qualidade em todos os serviços”, à imagem de outro produto que a Lusanova tem já no Brasil denominado “Europa Select”. Assim sendo, a marca “Select” é a “tentativa de criarmos um produto diferenciado para quem não gosta de viajar em grupo, preferindo viajar individualmente, procurando produtos de melhor qualidade e, naturalmente, mais caros e potenciadores de experiências diferentes”. Por outro lado, acrescentou, o novo 36
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catálogo marca o início da “colaboração entre a Lusanova e estas duas entidades que também participaram na feitura da brochura”. A escolha do Centro e do Alentejo para esta brochura de arranque “Portugal Select” teve a ver, desde logo, com a facilidade de colaboração entre estas duas regiões, reconhecida por Paulo Machado, actualmente a trabalhar com a Lusanova em São Paulo mas que ao longo de muitos anos esteve no Turismo de Portugal como representante no Brasil. A existência de produtos similares (património, gastronomia, vinhos…), o facto de em ambas as regiões o turismo brasileiro apresentar grande crescimento (no Centro é o terceiro mercado internacional, com crescimentos acima dos 12% e mais de 32 mil hóspedes até Abril) foram outros elementos tidos em conta.
Como sublinhou o presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Vítor Silva, as duas regiões têm “características muito parecidas, não somos regiões de turismo de massas como o Algarve, Lisboa ou Madeira que, no conjunto, são responsáveis por 80% do turismo nacional (…) mas somos regiões muito grandes, muito diversas e vocacionadas para um tipo de turismo mais seleccionado”, em que a História e o património pesam muito, a par, por exemplo, do produto gastronomia e vinhos. Estas qualidades foram também destacadas pelo vice-presidente da ARPT Centro de Portugal, que falou da abrangência de produtos que se pode encontrar na sua região e que, além dos já enumerados, se estende ao surf, à “maior onda do mundo” e até à neve, na Serra da Estrela. Segundo Daniel Marchante, o “Portu-
Já em distribuição no mercado brasileiro, a brochura “Portugal Select – Regiões Centro de Portugal e Alentejo” integra sete roteiros com duração entre os sete e os 13 dias, com alguns deles a incluírem Lisboa e Porto. Fátima, Altar da Fé (sete dias à partida de Lisboa com um “saltinho” a Évora e Santarém); Grande Roteiro dos Sabores (13 dias percorrendo os sabores da região Centro e do Alentejo); Rota dos Castelos e Aldeias Históricas (10 dias pelos castelos de ambas as regiões); Portugal Vínico (10 dias pelas regiões e sub-regiões vitivinícolas do Douro, Oeste, Oeste, Colares, Azeitão e Alentejo (Estremoz, Monsaraz, Évora e Cartuxa); Escapada Romantica a Portugal (sete dias); Roteiro de Centro de Portugal e Alentejo (12 dias) e ainda Lisboa, Coimbra e Porto (8 dias), são os programas propostos. Os roteiros, que funcionam apenas para clientes individuais podem ser realizados em fly & drive ou em carro com motorista privado (a decisão é do cliente), podendo igualmente qualquer dos programas ser alterado à medida dos desejos de cada cliente. A brochura dedica ainda cinco páginas a uma selecção de hotéis nas regiões Centro de Portugal, Alentejo e Lisboa, uma página de conselhos úteis e duas de informações sobre as regiões. <
Daniel Marchante director Lusanova
Jorge Loureiro vice-presidente ARPT Centro de Portugal
Vítor Silva presidente ARPT Alentejo
Portugal Select “sai um pouco fora da massificação dos circuitos regulares”, destinando-se a “um tipo de cliente mais exigente, que privilegia a qualidade em todos os serviços”
“Ao contrário do passado, hoje o segredo já não é a alma do negócio, a partilha é que é a alma do negócio e do sucesso”
“Esta ideia tem pernas para andar” e “provavelmente, nos próximos meses, desvendaremos outras coisas” va ontem apresentada em Lisboa. Os dois responsáveis adiantaram mesmo que estão a ser já estudadas outras acções em parceria, embora se tenham escusado a avançar pormenores. Na apresentação da brochura, Vítor Silva, presidente da ARPT do Alentejo e Jorge Loureiro, vice-presidente da ARPT do Centro, sublinharam a ideia da necessidade de estabelecer parcerias entre regiões para a promoção em
gal Select” começou já a ser distribuído no Brasil onde “além dos nossos três escritórios, no Rio de Janeiro, São Paulo e Recife, estará em breve também em todos os distribuidores de todos os estados brasileiros, fazendo uma cobertura nacional com bastante produto”, sendo que a partir deste catálogo, a Lusanova irá poder “responder a todo o tipo de solicitações de reservas que muitas vezes nem sequer têm muito a ver com os programas que nele se incluem”, explicou, precisando que “muitas vezes estes catálogos servem essencialmente de chamariz para outras reservas e outros pacotes”. Na próxima edição da ABAV, que se realiza em Setembro em São Paulo, a brochura que está já a suscitar bastante curiosidade no Brasil, com várias operadoras e mostrarem-se interessadas no produto, terá um novo impulso promocional, disse o responsável que avançou também à Turisver que “já decidimos que no próximo ano vamos criar um circuito regular só para as regiões Centro de Portugal e do Alentejo”. Para promover o catálogo, a Lusanova e a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo foram parceiros na realização de uma fam tour que levou à região um grupo de nove agentes de
diversos mercados, nomeadamente os mais distantes como é o caso do Brasil. Trata-se, frisaram, de “ganhar escala” em termos de promoção externa e “alavancar o produto”. Sublinhando que o Turismo de Portugal “é muito favorável à ideia de que as regiões se juntem e unam esforços para se promoverem de forma conjunta nos mercados internacionais”, Vítor Silva garantiu à Turisver que “esta ideia tem pernas para andar” e que “provavelmente, nos próximos meses, desvendaremos outras coisas” nesta mesma linha das parcerias para as quais “o Alentejo está muito aberto”. Uma ideia reforçada por Jorge Loureiro para quem o modelo agora inaugurado “faz todo o sentido e vai fazer o seu caminho”, nomeadamente em termos de “mercados distantes como é o caso do Brasil”, onde “há necessidade de conjugar esforços e meios” para “ganhar escala” e “reduzir custos” O responsável considerou a propósito que “ao contrário do passado, hoje o segredo já não é a alma do negócio, a partilha é que é a alma do negócio e do sucesso”. Ambos os responsáveis se mostraram “muito entusiasmados com este projecto conjunto do Alentejo e do Centro” que permitirá a ambas as regiões terem uma maior visibilidade e serem mais actuantes no mercado brasileiro. <
viagens brasileiros que estiveram também na apresentação da nova brochura, em Lisboa. À margem da apresentação, Daniel Marchante diria ainda à Turisver que o ano “está difícil” no Brasil, onde o número de pessoas que saiu para o estrangeiro caiu 20% nos primeiros meses do ano. “Fizemos o reforço do nosso espaço comercial na tentativa de ganhar mais força, aumentámos a equipa comercial, quer em São Paulo quer no Rio para dar melhor resposta, temos mais gente na rua para vender”, disse o responsável, adiantando que com tudo isto “estamos com números muito idênticos ao ano passado” que no entanto tinha sido um ano atípico devido às eleições e do Mundial. Assim, 2015 “não será um ano bom mas temos a esperança que, dentro da dificuldade, venha a ser semelhante a 2014”,
PARCERIAS ENTRE CENTRO E ALENTEJO SÃO PARA CONTINUAR A garantia foi dada à revista Turisver, tanto por Vítor Silva, presidente da ARPT do Alentejo, como por Jorge Loureiro, vice-presidente da ARPT do Centro, à margem da apresentação da brochura “Portugal Select” da LusanoTURISVER | JULHO DE 2015
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>aviação João Bernardo Vieira
– Secretário de Estado dos Transportes da Guiné-Bissau
Governo guineense cria companhia aérea e conta com EuroAtlantic O Governo guineense criou uma companhia de bandeira do país designada Air Guiné-Bissau num consórcio com o grupo romeno Tender. Em entrevista à Turisver, o secretário de Estado guineense para o sector dos Transportes e Comunicações, João Bernardo Vieira, referiu que o grupo português EuroAtlantic poderá vir a juntar-se ao consórcio, que até ao final do ano deverá iniciar ligações para a sub-região africana e Lisboa, e posteriormente Paris e Fortaleza. TEXTO: MARIA MORGADO
T
urisver – Qual é a política adoptada por este Governo a nível do transporte, nomeadamente aéreo? João Bernardo Vieira – Temos uma visão muito progressiva relativamente ao transporte aéreo. O primeiro passo foi criar um quadro jurídico que se ajustasse aos standards e às normas internacionais impostas pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Nesse sentido, este ano conseguimos levar a Conselho de Ministros um diploma que iria responder a essa necessidade. Levámos o novo código aéreo que, depois de vários debates e diversas sessões, foi aprovado. Portanto, temos um quadro jurídico que se ajusta àquilo que é necessário hoje em dia. O segundo passo está ligado com a formação de quadros aeronáuticos e, nesse sentido, está um conjunto de pessoas a receber formação. Actualmente, estamos na terceira fase das nossas prioridades, que é a criação da companhia aérea nacional, objectivo que se enquadra no programa do Governo. Nesse sentido houve um avanço significativo. 38
JULHO DE 2015 | TURISVER
“Este governo entendeu que a criação de uma companhia aérea nacional é uma questão de soberania com o objectivo de aumentar não só o orgulho dos guineenses, mas também permitir a possibilidade de deslocarmos mais facilmente para o exterior”
O sector do transporte aéreo esteve completamente paralisado nos últimos 20 anos. O que está a ser feito para o reactivar? Esteve paralisado talvez por falta de ambição política ou não tenha sido uma prioridade nos últimos anos. Mas este governo entendeu que a criação de uma companhia aérea nacional é uma questão de soberania com o objectivo de aumentar não só o orgulho dos guineenses, mas também permitir a possibilidade de deslocarmos mais facilmente para o exterior e não estarmos dependentes de terceiros para viajar. A criação da Air Guiné-Bissau já foi anunciada. Quem participa e como participa? Neste momento temos um acordo com o grupo romeno Tender, dona de 60% da nova companhia aérea e o Estado da Guiné-Bissau com 40%. A porta da “Air Guiné-Bissau” está aberta para receber outros grupos que queiram fazer com que a nossa companhia seja uma referência na Costa Ocidental Africana. Com a entrada de outras companhias este valor vai ser alterado. Estamos abertos e em negociações
com a EuroAtlantic. Formulámos um convite à EuroAtlantic que manifestou interesse em entrar no capital da companhia. No entanto, faltam limar algumas arestas para que isso aconteça, mas uma delegação da transportadora aérea privada portuguesa já esteve em Bucareste para conversações com o grupo Tender. Houve interesse também por parte de um grupo americano e outro canadiano, mas o processo está a evoluir tão depressa que eles vão ter que correr mais para poderem entrar nesta parceria estratégica. Se por acaso a EuroAtlantic não fizer parte da Air Guiné-Bissau não tem receio que deixe de voar para o país, sendo que é hoje a única forma de chegar a Lisboa em voo directo? São livres de continuar, tanto a EuroAtlantic como a TAP. É que a TAP não precisa de uma autorização escrita do governo da Guiné-Bissau para retomar os voos. Quando quiser recomeçar a operação para Bissau pode fazê-lo. E se entrar nesta parceria? Estando nesta parceria a EuroAtlantic fará parte da Air Guiné-Bissau e, por-
A porta da “Air Guiné-Bissau” está aberta para receber outros grupos que queiram fazer com que a nossa companhia seja uma referência na Costa Ocidental Africana.
tanto, os seus aviões estarão também ao serviço da nova empresa aérea.
COMEÇAR PELA SUB-REGIÃO AFRICANA Anunciou que a operação e expansão da Air Guiné-Bissau serão faseadas. Como é que se vão processar? O importante é que temos uma visão muito clara relativamente aquilo que queremos fazer. Temos os pés bem assentes na terra e sabemos que não podemos chegar a todo o lado de um dia para o outro. Por isso, a primeira fase será controlar a sub-região da África Ocidental com voos para Dakar, Cidade da Praia, Banjul e Conakry, e ao mesmo tempo ligar Lisboa, destino favorito dos guineenses. Numa segunda fase pretendemos ligar Bissau-Lisboa-Paris e, numa terceira fase, num horizonte não muito longínquo, ligar a capital guineense a Fortaleza (Brasil). O objectivo é recolher os passageiros da sub-região africana e levá-los para a América Latina, transformando a Guiné-Bissau num hub da costa Ocidental Africana. Actualmente, os passageiros desta zona têm que ir a Casablanca para apanhar um voo para o Brasil. Com que aviões vai a Air Guiné-Bissau operar? Temos previsto os ATR propícios para esta sub-região, podendo ligar facilmente várias capitais. Posteriormente veremos como chegar à Europa. Mas não podemos esquecer que a EuroAtlantic tem aviões muito modernos para garantir essas ligações. Vamos começar com dois aparelhos e, conforme as necessidades, os aviões vão aumentar. Quando será o primeiro voo da nova
companhia? Não vou entrar com datas precisas, mas é nossa intenção começar a operar antes do final do ano.
TURISMO SATISFEITO Com a criação desta companhia aérea está à partida a pensar no mercado étnico. Como é que este projecto casa com o turismo? O mais satisfeito com a criação desta empresa aérea nacional é o secretário de Estado do Turismo, não só pelas vantagens que poderá trazer para o turismo, mas também pelo facto de aumentar o orgulho nacional. Vai permitir às pessoas poderem conhecer a Guiné-Bissau, numa espécie de marketing para o turismo. Estamos e vamos continuar a trabalhar com a Secretaria de Estado do Turismo no sentido de analisar os pontos onde o turismo poderá ter maior impacto. Daí estarmos a desenvolver o aeroporto de Bubaque, nos Bijagós. A Guiné-Bissau é um país de difícil acesso. A nível do interior que infra-estruturas aeroportuárias estão a ser criadas? Há um grupo chinês que esteve em Bissau em Dezembro último e que fez um levantamento dos aeroportos e aeródromos do país. Numa primeira fase, o nosso grande objectivo é a renovação do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira (Bissau) e a construção, de raiz, do aeroporto de Bubaque. Este grupo foi o mesmo que construiu os aeroportos de Brazaville e de Lomé. Neste momento estão a fazer os estudos com o apoio de uma organização sub-regional. Numa segunda fase iremos para os aeródromos de Cufar (Sul), Mafango (Leste) e Varela (Norte),
esta última, uma zona turística importante. Se conseguirmos isso estaremos em condições de atrair o turismo.
MAIS PERTO DO MUNDO Foi muito criticado quando afirmou que a Guiné-Bissau queria criar uma companhia aérea nacional. Houve muita gente que disse que o país teria outras prioridades. Como reage? A governação é mesmo assim. Poderá não ser uma prioridade, mas consta do programa do governo e do plano de acções da Secretaria de Estado dos Transportes. Muita gente também disse que o Estado da Guiné-Bissau fez e está a fazer um grande investimento para
assegurar os voos directos da EuroAtlantic entre Lisboa e Bissau. Concorda? A escolha da EuroAtlantic foi a melhor opção, porque temos que analisar onde estávamos. Tinhamos saído de um golpe de Estado em que o país estava completamente descredibilizado a nível internacional. Os voos da TAP tinham sido cancelados e não havia qualquer ligação aérea entre Bissau e a Europa. Perante essa situação e enquanto governantes, tínhamos que tomar certas decisões com vista a aliviar uma necessidade dos guineenses, que tinham que fazer 12 horas para chegar a Lisboa e hoje têm a possibilidade de o fazer em 4 horas. Acho que é uma conquista. Se o investimento é elevado ou não, penso que no momento foi a melhor opção. <
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13/02/2015 15:37:40
>aviação Nova estratégia de distribuição
Lufthansa espera “1 milhão de passageiros” Num encontro informal com os jornalistas, o novo directorgeral da Lufthansa para a Península Ibérica, Carsten Hoffmann, revelou os seus planos para o mercado nacional e também a nova estratégia que a Lufthansa se prepara para implementar no campo da distribuição. Igualmente presente no encontro, Michael Hutzelmann, director de vendas da transportadora para Portugal, falou do objectivo de atingir um milhão de passageiros em 2015.
TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA
F
oi no terraço do Hotel do Chiado, com uma das melhores panorâmicas sobre Lisboa, que Carsten Hoffmann se apresentou à imprensa nacional como novo director-geral da Lufthansa para a
Península Ibérica. Em funções desde Março, Hoffmann começou por afirmar-se “muito ansioso pelos próximos anos no cargo”, tendo em conta que o nosso país “é um mercado muito forte e importante para o grupo 40
JULHO DE 2015 | TURISVER
Lufthansa”. “Este ano está a ser o melhor ano de sempre da Lufthansa para os clientes, com grandes investimentos da nossa parte, mas gostaria também de falar da nossa nova estratégia de distribuição” – Distribution Cost Charge. Foi assim que o novo director para Portugal e Espanha introduziu um dos temas “mais quentes” dos últimos tempos na aviação comercial. A nova política tarifária do grupo alemão, a implementar na Lufthansa a 1 de Setembro deste ano, causou um impacto nos alicerces da intermediação na comercialização de bilhetes, nomeadamente nos GDS e agências de viagens que actuam perante o cliente final. Sobre esta “grande e disruptiva mudança”, como a apelida Carsten Hoffmann, “é algo que temos vindo a pensar implementar há já algum tempo, porque se olharmos para a distribuição no mundo das companhias aéreas, esta mantém-se, em vários aspectos, a mesma há 30 ou 40 anos”. Porém, “o comportamento de viagens tem mudado muito desde então e porque não haveria a distribuição de mudar também? Por que razão temos de ter uma distribuição de tamanho único, de ‘full content’?” Reiterando à Turisver que esta medida “não se trata de uma negociação,
é mesmo para implementar”, Hoffmann explicou porém que o “objectivo não é acabar com os intermediários, mas sim trabalhar com eles e com isso permitir à Lufthansa recuperar o controlo sobre o contacto com o cliente e ter acesso directo às suas preferências e assim personalizar as ofertas, beneficiando o consumidor”. Com esta taxa, continuava Hoffman, “quem beneficia é o cliente porque podemos acrescentar mais-valias a uma viagem”, adiantando que não seria um bónus da transportadora, “já que teria um preço, mas personalizava a experiência de viagem através de parceiros”. “Percebo que seja um rompimento abrupto, mas a Lufthansa não quer com isto dizer que se tornará independente, pelo contrário, nós somos dependentes, mas a ideia é oferecer experiências ‘tailor made’ e com os agentes de viagem formar uma equipa ainda melhor e percebermos que este é o caminho”.
FLEXIBILIDADE TAMBÉM DE TARIFAS Questionado sobre a tentativa de diferenciação da oferta das “low cost”, o novo director-geral da companhia aérea alemã explicou que estas ofer-
Radiografia de Carsten Hoffmann O novo responsável pela Lufthansa para os mercados da Península Ibérica é alemão nascido em 1975, na cidade de Gottingen, casado e com dois filhos. Com estudos académicos a valerem um mestrado em Ciências Empresariais, na especialidade de Marketing, Carsten Hoffmann estreia-se na Lufthansa em Abril de 2003, como membro do programa internacional para licenciados ProTeam, integrandose posteriormente na equipa de vendas, na área da coordenação da planificação de voos e optimização de rotas. Cinco anos mais tarde entra para a equipa de Marketing como senior manager, tendo sob sua responsabilidade o desenvolvimento de estratégias, gestão B2B, coordenação de marketing e apoio às vendas. Em 2010 é nomeado director de Marketing e Vendas em Frankfurt, para no ano seguinte passar a ser director de Optimização de Vendas e Processos. Este ano chega a Madrid, com os seus “conhecimentos básicos de espanhol”, para ocupar a cadeira de director-geral da Lufthansa para os mercados de Portugal e Espanha. <
tas complementares “são um bónus que não é gratuito, porque quando olhamos para a rentabilidade das companhias aéreas, e tendo em consideração que o nosso negócio principal é transportar pessoas, os yields estão a decrescer, o preço médio que o cliente está disposto a pagar está a diminuir e isto deve-se também às transportadoras ‘low cost’, por isso temos que oferecer benefícios extra que actualmente não podemos vender pelo actual sistema de distribuição”. Porém, “não se trata de oferecer ao cliente o que ele não procura, pelo que também temos um conceito de tarifas em que na classe Económica apresentamos a Light, Classic e Flex, e isto vai ao encontro do mercado”. Mas como disse Martin Riecken, director de Group Communications Europe da Lufthansa, igualmente presente no encontro, “somos uma transportadora Premium, seremos sempre, por isso não vamos definitivamente seguir o caminho das low-cost que também oferecem já serviços flexíveis de tarifas, mas vamos no caminho da personalização da viagem em vez da massificação”. Ou seja, “além das tarifas, há possibilidade de comprar outras tantas coisas que duvido que as low-cost ofereçam, mas que de momento
estão em fase de desenvolvimento, como comprar um lugar no parque de estacionamento no aeroporto, acesso a lounges, entre outras tantas coisas”.
“1 MILHÃO DE PASSAGEIROS EM 2015” Com a Lufthansa a registar nos primeiros cinco meses de 2015 um crescimento no nosso país de 3,4% de passageiros transportados relativamente a 2014, Michael Hutzelmann, director-geral de vendas para Portugal da Lufthansa referiu que acredita “apresentar em Janeiro de 2016 um crescimento a traduzir-se em um milhão de passageiros”. Os valores baseiam-se nos “360 mil passageiros já registados até Maio deste ano, com seat load factor a tocar nos 90%, e 960 mil em 2014, mais 5% que em 2013”, num crescimento que “não deverá atingir os dois dígitos, até porque não aumentamos a capacidade”, mas também “não a iremos reduzir, de certeza, tentando sim optimizar a utilização de aeronaves”. É que, explica, “o mercado está numa situação difícil, não está a prosperar, de todo, e a estratégia clássica da Lufthansa, a de manter a posição de forma muito sustentada, é para con-
tinuar”. Assim sendo, “estamos muitos confiantes de que esta estratégia terá resultados não apenas porque estamos a aumentar o share de mercado em Portugal, com portugueses a reservar pela Lufthansa para viajar para fora do país, mas também porque Lisboa tem um íman para atrair turistas que tem funcionado a nosso favor”. Relativamente a novos destinos, em resposta a uma questão da Turisver, Michael Hutzelmann, referiu que “a operação que implica lançar novos destinos é muito complexa e pesada”, mas está em cima da mesa “uma operação turística para o Funchal e até Açores”. Já Carsten Hoffmann explicou que “sobre as oportunidades aqui na Península, não se trata tanto de novos destinos, mas talvez um upgrade do actual horário, tornando-o mais confortável para as ligações, por exemplo”. Relativamente ao mercado asiático, tendo em conta o reforço da concorrência com o aumento de ligações para este mercado a partir de Lisboa, Hutzelmann foi peremptório em afirmar que “não vamos entregar o território, faremos de tudo para o manter, mas podemos apostar também noutros mercados como América do Norte ou África”. <
Carsten Hoffmann Director-geral da Lufthansa
Portugal e Espanha
“Sobre as oportunidades aqui na Península, não se trata tanto de novos destinos, mas talvez um upgrade do actual horário, tornando-o mais confortável para as ligações, por exemplo.”
TURISVER | JULHO DE 2015
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>figuras Ricardo Furtado Direcção de vendas Grupo Altis Hotels
O novo director de vendas do Grupo Altis Hotels iniciou o seu percurso profissional em 2004 no Le Meridien Park Atlantic, actual Intercontinental Lisboa, de onde transitou, em 2009, para a cadeia Dom Pedro Hotels como Sales Manager MICE para os mercados nacional e internacional. Licenciado em Comunicação Empresarial, pelo Instituto Superior de Comunicação Empresarial e com uma pós-graduação em International Hospitality and Services Administration pela Glion Institute of Higher Education (Suiça), Ricardo Furtado integra os quadros do Grupo Altis Hotels desde 2013, onde foi, até agora, coordenador da área de vendas MICE e Leisure. <
Miguel Ángel Puertas Acting General Manager Amadeus Portugal
O responsável, que passa a liderar a equipa da Amadeus no nosso país, após a saída de Miguel Quintas, irá acumular este cargo com o de director e serviço ao cliente na Amadeus Espanha. Com mais de 20 anos de experiência no sector do turismo, o executivo trabalha há 19 na Amadeus em Espanha, onde já desempenhou diferentes funções, sempre relacionadas com a formação e o serviço ao cliente. Actualmente, é o director de Serviço ao Cliente. Responsável por uma equipa com mais de 60 pessoas em Espanha, Miguel Ángel é o responsável máximo dos Departamentos de Operações, Suporte e Formação, cargo que acumulará com as suas funções de Acting General Manager na Amadeus Portugal. O responsável estudou direito e fez o PDD (Programa de Desarrollo Directivo) da IESE Business School, um programa de preparação para que quadros superiores possam vir a desempenhar funções de topo. Começou a sua carreira em companhias aéreas e agências de viagens, até ingressar na Amadeus em Espanha, em 1996. <
>últimas Crowne Plaza Porto investe 2,5 milhões em remodelação Está concluída a primeira fase de remodelações do Crowne Plaza Porto onde foram investidos 2,5 milhões de euros. As obras na unidade localizada na Av. da Boavista decorreram ao longo de seis meses e incidiram tanto no exterior como no interior, tendo sido melhoradas todas as áreas, de forma a implementar as exigentes normas da marca internacional. O hotel surge agora com uma imagem totalmente renovada, com o objectivo de se afirmar como unidade de referência no segmento de turismo de negócios na cidade do Porto. Para o próximo Inverno está previsto o arranque da segunda fase de remodelações, que prevê obras de fundo na área de recepção, bar e restaurante e alteração da entrada do hotel. As mudanças tiveram lugar na fachada, que ficou completamente renovada, o que permi-
tiu ampliar os espaços comuns interiores e melhorar o isolamento, com a troca de todas as janelas, garantindo maior insonorização e conforto dos quartos. Também a área exterior foi alargada, tendo-se criado uma nova esplanada em deck de madeira. No interior, e com o objectivo de crescer no segmento Meetings e Eventos, o foco foram as salas de eventos e reuniões, uma das áreas estratégicas do hotel. As 11 salas disponíveis no hotel, num total de 1.310m2, foram totalmente renovadas contando agora com decoração mais elegante e minimalista, equipamento e tecnologia de ponta e muita luz natural. Por outro lado, o foyer, agora com 310m2, foi alargado e renovado, permitindo uma área nobre para exposição de produtos e marcas. Igualmente, foram feitas intervenções ao nível da decoração do hotel, com mudança no esquema de cores e mobiliário. <
ATR tem novo site com serviço de vistos
Director
Tryp Leiria
Com mais de 15 anos de experiência no sector, Gonçalo Ferro acaba de ser nomeado director do Hotel Tryp Leiria, a mais recente unidade do Grupo Hoti Hotéis. Contando com um vasto percurso profissional em turismo, o director do novo Tryp Leiria passou por grupos hoteleiros como a Accor e a Tsogo Sun. Em experiências anteriores, Gonçalo Ferro exerceu funções como Resident Manager no Southem Sun Moçambique e como General Manager no Catembe Gallery Hotel em Maputo. <
Desejo assinar a Revista por um período de ______________ ano(s)
A ATR acaba de renovar o seu website criando uma área dedicada à obtenção de vistos, disponibilizada aos agentes de viagem, com toda a informação necessária, como formulários e custos de cada embaixada. A nova página Web, em www.atr.co.pt, fornece assim informação de todas as companhias aéreas e serviços terrestres que a ATR representa, remetendo automaticamente para o pedido de informação de tarifas. Por sua vez, a obtenção de vistos está disponível para Angola, Argélia, Arábia Saudita, China, Cabo Verde, Cuba, Costa do Marfim, Egipto, Guiné-bissau, Índia, Indonésia, Irão, Jordânia, Líbia, Moçambique, Nepal, Paquistão, República do Congo (Brazzaville), República Democrática do Congo, Rússia, São Tomé e Príncipe e Turquia, mediante o pedido prévio de uma password de acesso à ATR. <
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Gonçalo Ferro
Boletim de Assinatura Turisver
Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Continente e Ilhas € 52,50 (Anual)
Estrangeiro € 65,00 (Anual)
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Assinale com uma cruz o destino pretendido.
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JULHO DE 2015 | TURISVER
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TURISVER | JULHO DE 2015
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JULHO DE 2015 | TURISVER