Turisver de Julho 2017

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n Julho de 2017 n Mensal n Nº 854 n Ano XXXII n Preço 5€ n Director José Luís Elias

| A informação para os profissionais do Turismo |

Rota Lisboa-Pequim Portugal quer mais turistas chineses Estádio da Luz Onde um evento pode fazer a diferença Eleições na APAVT Reviravolta nas candidaturas

Valerie Chenivesse

Directora-geral Ibérica do Grupo Avis Budget

Estratégia focada nos clientes TURISVER | JULHO DE 2017

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JULHO DE 2017 | TURISVER


>abertura O regresso das estrelas

Alterações ao RJET já entraram em vigor Diminuição de prazos e simplificação de processos, possibilidade de abertura de hotéis assim que concluídas as obras e a obrigatoriedade das plataformas electrónicas apenas divulgarem e comercializarem unidades registados no Registo Nacional de Turismo, são algumas das medidas inseridas no renovado RJET que vem também repor a obrigatoriedade da classificação por estrelas. TEXTO: FERNANDA RAMOS

“ Em 1º lugar

está o conforto.

Rodrigo

E

ntraram em vigor a 1 de Julho as alterações ao Regime Jurídico dos Empreendimentos Turísticos (RJET), na sua maioria resultantes da introdução do Simplex+ “Licenciamentos Turísticos+ Simples”, que se traduz numa simplificação de processos que vem facilitar a vida a empresários e investidores, que passam a conhecer os prazos previstos para obtenção de respostas sobre os seus projectos. Pelos “rios de tinta” que fez correr, é possível que a medida mais mediática seja a da classificação dos hotéis que traz de volta as estrelas. A “classificação dos hotéis com estrelas volta a ser obrigatória”, destacou a Secretaria de Estado do Turismo num comunicado em que explicava que “em 2015 foi aprovada uma nova categoria dos hotéis sem estrelas, mas não teve adesão por parte do mercado e gerou muita confusão e controvérsia, já que os hotéis sem estrelas tinham de cumprir os requisitos dos hotéis de 3 a 5 estrelas”. O mesmo comunicado explicava que a utilidade desta medida tinha sido “nula, não havendo qualquer empreendimento nesta situação”, motivo que justifica a sua alteração. As alterações ao RJET trazem consigo a simplificação de processos no que se refere à “instalação de empreendimentos em edifícios já construídos existentes”. Uma medida que visa “incentivar e promover requalificações de património existente”. Importante para quem investe é a questão dos prazos. Neste âmbito, “a ausência de resposta das entidades consultadas passa a constituir

deferimento tácito, possibilitando-se o início das obras, uma vez decorrido o prazo máximo, sem que as entidades se pronunciem”. Por outro lado, é criado “um novo mecanismo de decisão concertada sobre a instalação de empreendimentos turísticos em solo rústico através de uma comissão composta pela câmara municipal competente e pelas entidades que devem pronunciar-se sobre o projecto para que sejam dirimidas todas as condicionantes legais num mesmo momento”. Neste caso, o “prazo estimado é de 60 dias” e, se houver “condicionantes de utilidade pública” esta comissão poderá tramitar o processo “mediante apresentação de caução pelo promotor”. Mesmo assim, é estipulado um prazo máximo de 120 dias para que a administração tome uma posição definitiva. Acresce que “uma vez aprovado o Pedido de Informação Prévia (PIP), o particular tem direito a apresentar comunicação prévia com prazo para iniciar a construção do empreendimento no prazo de um ano, renovável”. Além disso, um hotel pode iniciar actividade assim que concluídas as obras, bastando para isso que sejam apresentados termos de responsabilidade. Mais flexível, o RJET passa a enquadrar novas realidades de alojamento, ao mesmo tempo que consagra “a obrigatoriedade das plataformas electrónicas do alojamento destinado a turistas só poderem divulgar e comercializar empreendimentos registados no Registo Nacional de Turismo”, uma medida que passa a ser válida tanto para os empreendimentos turísticos como para os estabelecimentos de alojamento local. <

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>editorial

“ É bom ou mau se não for por comparação” Thomas Fuller

> Crescemos porque temos raízes

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José Luís Elias, Director joseluiselias@turisver.pt

Turisver

ortugal está na moda em termos internacionais, com claros reflexos positivos para a actividade económica do turismo que se prepara para ter o melhor ano de sempre seja qual for o ângulo que se queira analisar - número de turistas, noites dormidas, receitas e por aí fora. Estes ganhos, no entanto, aparecem em muitas opiniões expressas como se fossem obra do acaso, o que de todo não corresponde à verdade. Com uma análise breve pode constatar-se que foi necessário muito trabalho, muitas decisões correctas e muito investimento público e privado para que tenhamos chegado aqui. O ponto de partida é a situação geográfica de Portugal, longe mas ao mesmo tempo suficientemente perto dos grandes centros europeus emissores de turistas. Situado na ponta ocidental da Europa, o nosso país tem um clima mais ameno do que os seus vizinhos europeus, praias de areia fina e águas límpidas, um património histórico e cultural de grande valia, uma gastronomia de que os estrangeiros facilmente se tornam fãs, um povo que sabe acolher. Com esta matéria-prima de excelência, o que tínhamos de fazer era saber aproveitá-la, potenciá-la e desenvolvê-la. Com alguns erros de percurso conseguimos criar zonas de forte oferta turística como o Algarve, a Madeira e Lisboa, que se foram alargando um pouco a todo o país como é o caso do Porto e Norte e dos Açores. Estamos longe de ser um país turístico, afiançam alguns especialistas nas matérias turísticas, futebolísticas ou agrícolas, porque opinam sempre sobre tudo, mas neste caso até é verdade, só que um novelo começa sempre por uma ponta e também é isso que acontece com o turismo com regiões como o Douro, o Alentejo e o Centro já a criarem procura. Dizermos que o turismo não tem hoje problemas é não olhar para a realidade, no entanto sabemos que muitas dessas situações são originadas pelo crescimento, pela adaptação a novas necessidades criadas pelo mercado e pelos chamados novos turistas. E cometemos dois grandes erros nos últimos anos: falhámos, particularmente, por não ter exigido de forma firme aos governos que resolvessem a situação aeroportuária de Lisboa, quando era previsível que o aeroporto não ia ter capacidade ilimitada e que em poucos anos chegaria ao ponto de saturação em que hoje se encontra. Falhámos quando Lisboa não criou atempadamente novas centralidades turísticas, fora da zona ribeirinha do Tejo, apesar do muito que tem feito. Quando muitos esboçam a ideia de que muito do crescimento do nosso turismo assenta no desvio de turistas do Norte de África e da Turquia, para apenas criticarem de forma “populista” o que tem sido conseguido, costumo dizer que então foram milhões os turistas que, nos últimos anos, trocaram as praias mediterrânicas da Tunísia e da Turquia pelo Douro, pelos Açores, por Lisboa, pelo Porto…. Trocaram de destino mas também trocaram de preferências e de gostos, já que o produto que procuravam naqueles países não é o mesmo que podem buscar nas regiões de que falamos. O Algarve, a Madeira, em especial Porto Santo, podem ter saído beneficiados com o desvio de operações charter internacionais de países agora considerados menos seguros pelos turistas, mas apesar de termos que estar atentos, porque sabemos que esses destinos podem vir a recuperar num curto espaço de tempo, não é por este factor isolado que estamos a viver tão fortes crescimentos. < Medalha de Prata de Mérito Turístico do Governo Português

DIRECTOR: JOSÉ LUÍS ELIAS • PROPRIEDADE E EDITOR:

//A direcção da APAVT reuniu com o presidente da Entidade Regional de Turismo Centro de Portugal e com os presidentes das Câmaras das zonas mais afectadas pelo fogo de Pedrógão Grande, para demonstrar solidariedade e a sua vontade de continuar a enviar turistas para estas regiões que continuam a ser das mais belas do país.

Medalha de Prata da APAVT de Mérito Turístico

EDITORA, LDA. • NIPC 504 651 757 • SEDE (ADMINISTRAÇÃO REDACÇÃO E PUBLICIDADE) RUA DA COVA DA MOURA, Nº 2, 2º

ESQ. 1350-177 LISBOA • TELEFONE 213 929 640 • FAX 213 929 650 • EMAIL SOGAE@TURISVER.PT • WEBSITE WWW.TURISVER.COM • INSCRITO NO ICS COM O Nº 111 233 • DEPÓSITO LEGAL Nº 10 533/85 • PERIODICIDADE MENSAL • TIRAGEM 6500 EXEMPLARES • PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO MX3 – ARTES GRÁFICAS, LDA. - PARQUE INDUSTRIAL ALTO DA BELA VISTA, PAVILHÃO 50 - SULIM PARQUE, 2735-340 AGUALVA CACÉM • TELEFONE 219 171 088/89/90 • FAX 219 171 004 • EMAIL CLIENTES@MX3AG.COM • WEBSITE WWW.MX3AG.COM

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JULHO JULHO DEDE 2017 2017| |TURISVER TURISVER


>entrevista Valerie Chenivesse – directora-geral Ibérica do Grupo Avis Budget

“A nossa estratégia está focada nos nossos clientes” TEXTO: CAROLINA MORGADO

“A nossa estratégia está focada nos nossos clientes e em satisfazer as suas necessidades” de mobilidade. Este é a grande aposta da Avis Budget, não só em Portugal, mas em todos os mercados em que actua, e para tal foi tema da entrevista que Valerie Chenivesse, directorageral Ibérica do Grupo concedeu à Turisver. “A inovação, eficiência e personalização dos nossos serviços, bem como a qualidade da nossa frota”, são também pilares essenciais para o Grupo, presente no país desde 1959.

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urisver – O que mudou na Avis Portugal desde que, em 2014, passou a operar directamente a marca Budget?

Valerie Chenivesse – Estamos em Portugal há mais de 50 anos, começámos a operar neste país em 1959. Foram 58 anos cheios de desafios e muito sucesso, período em que, graças à nossa forte dedicação e aos valores em que a nossa marca se baseia, obtivemos o reconhecimento tanto do sector português como dos clientes. Devido à recepção e lealdade do mercado português, hoje a marca está presente nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira, operando também nas principais cidades como Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra, Viseu, Leiria, Barreiro, Évora, Castelo Branco, Guimarães, Covilhã, Albu-

feira, bem como na ilha da Madeira e dos Açores, garantindo o melhor serviço baseado numa rede forte que cobre os principais centros turísticos e também os locais de negócios. Como parte do nosso compromisso para com o país e a indústria de mobilidade, em 2011 começámos a operar com a Budget em Portugal e estamos muito orgulhosos com o nível de aceitação que, desde o início, recebemos dos portugueses. Tal como a Avis, a Budget é muito focada no cliente e, graças ao nosso conhecimento do sector, oferecemos aos jovens um serviço de elevado valor a preços acessíveis. O cliente Budget é um cliente que procura liberdade, óptimas experiências de condução e uma oferta de valor tendo em conta as suas necessidades. Hoje em dia, podemos dizer que a Budget se encontra totalmente ins-

talada no mercado onde opera e representa uma referência para outras marcas. Uma prova desse sucesso é mais uma oferta que lançámos recentemente, a Budget Surf, especialmente dedicada aos surfistas que consiste num pacote que inclui quilómetros ilimitados, taxas de aeroporto e também fitas para segurar as pranchas de surf ao tejadilho dos carros alugados, proporcionando momentos inesquecíveis de lazer. Nos próximos anos pretendemos continuar a obter excelentes resultados com a Budget, aumentando as soluções para os nossos clientes. Qual a estratégia que foi seguida pela Avis Budget no nosso país ao nível do segmento de lazer? O Grupo Avis Budget é uma empresa líder internacional que conta com

mais de 11.000 escritórios, 30.000 funcionários e está presente em aproximadamente 180 países. A nossa estratégia está focada nos nossos clientes e em satisfazer as suas necessidades. A inovação, eficiência e personalização dos nossos serviços, bem como a qualidade da nossa frota, são também pilares essenciais para o nosso Grupo. No segmento do lazer, e como parte do nosso objectivo de mudança e crescimento contínuos, acompanhamos constantemente as tendências das viagens, tanto a nível global como local, bem como os interesses dos nossos clientes a fim de garantir a liderança, o reconhecimento do sector e a confiança dos consumidores mais exigentes, que encontram nas nossas marcas o parceiro perfeito. Estamos orgulhosos em proporcio-

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>entrevista “Com o objectivo de aumentar a mobilidade por todo o país, a Avis Budget Portugal oferece várias estações e uma ampla gama de modelos de carros modernos e confortáveis. Independentemente do seu tamanho, os veículos disponíveis apresentam altos padrões de segurança…”

nar aos nossos clientes Avis uma frota premium, de qualidade e acessível. A nossa prioridade é o foco num serviço flexível e personalizado, garantindo que oferecemos soluções de mobilidade diferenciadoras e de elevada qualidade, como é o caso do AVIS Preferred - um cartão gratuito que oferece vários benefícios como o acesso exclusivo aos nossos carros mais recentes, documentação do aluguer previamente preparada, carros estacionados nos locais mais convenientes, entre outros privilégios – e do Avis Flex - um serviço que permite ao cliente alugar o carro a longo prazo e com flexibilidade por um período mínimo de 30 dias. Este serviço oferece uma solução abrangente e pode ser usada tanto na esfera profissional como na esfera pessoal, mas sempre livre de preocupações. O Avis Flex está disponível em todas as estações Avis em Portugal (excluindo aeroportos) e oferece flexibilidade e uma boa relação qualidade-preço. A marca oferece ainda o Avis Tour Guide, um serviço de assistência que disponibiliza diversas informações turísticas para proporcionar aos clientes Avis uma melhor experiência quando viajam em Portugal. Oferecemos ainda o Travel Partner, um serviço personalizado de assistência através da nossa equipa de suporte que se encontra disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana para oferecer aos clientes uma experiência perfeita durante a sua estadia. Com a Budget queremos ajudar os nossos clientes a viver as suas viagens de uma forma emocionante, acrescentando valor à experiência, permitindo-os viajar livremente de

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acordo com as suas necessidades de mobilidade e lazer. Para tal, além de serviços como o Budget & Surf, a Budget está também focada em proporcionar momentos de lazer inesquecíveis através Budget List, uma plataforma através da qual os portugueses podem saber quais os principais e mais animados eventos que ocorrem na Europa, com base em dados apurados através das redes sociais.

CLIENTES HOJE MAIS EXIGENTES Hoje já não se fala de empresa de rent-a-car mas sim de mobilidade. O que é a que Avis Budget oferece ao mercado português nesse sentido? O nosso sector encontra-se em constante evolução devido às novas realidades e tecnologias, bem como aos requisitos e às exigências dos clientes. Esta realidade faz com que haja uma transformação constante e a necessidade de criar novas soluções. As tecnologias e a inovação estão presentes em todos os aspectos da nossa vida e, na Avis Budget Portugal, acompanhamos essa realidade. Na verdade, trabalhamos de perto com os nossos clientes que exigem cada vez mais tecnologia, bem como a mais recente geração de veículos e novas soluções. Uma vez que a mobilidade é um factor chave no nosso trabalho oferecemos uma ampla gama de serviços focados com esse foco. Um bom exemplo deste tipo de ofertas é o Avis e-Toll - uma solução conveniente que economiza tempo no momento de

pagar as portagens. Ao solicitar este serviço, o cliente pode pagar automaticamente as suas portagens, desfrutando de uma viagem sem complicações e interrupções. Com o objectivo de aumentar a mobilidade por todo o país, a Avis Budget Portugal oferece várias estações e uma ampla gama de modelos de carros modernos e confortáveis. Independentemente do seu tamanho, os veículos disponíveis apresentam altos padrões de segurança e permitem aos nossos clientes encontrar a opção perfeita para sua viagem: veículos pequenos, médios e grandes e até veículos especiais. Qual tem sido a estratégia em relação às agências de viagens, face ao online? Em Portugal, a nossa relação com as agências de viagens sempre foi baseada numa colaboração próxima, apesar de não diferenciarmos a oferta disponível para agências das outras formas de reserva. Para além disso, estamos constantemente atentos à evolução do negócio que nos permite, em algumas ocasiões, lançar campanhas especiais juntamente com os nossos parceiros, existindo sempre disponibilidade por parte do Grupo Avis Budget para encontrar soluções que respondam às necessidades dos nossos parceiros nos mais variados segmentos de negócios em que operam. Obviamente que, ao olharmos para o nosso mercado e para a variedade de serviços que oferecemos, podemos concluir que as agências de viagens são um dos principais actores do

nosso negócio, especialmente neste momento em que o turismo em Portugal é um motor da economia do país e se encontra a crescer exponencialmente. Desta forma, não podemos deixar de olhar para as agências de viagens como parceiros no nosso dia-a-dia, sendo estas essenciais para o nosso negócio. É importante sublinhar que trabalhamos arduamente para actualizar e melhorar todos os nossos canais de aluguer de automóveis, de forma a garantir que o processo de aluguer é cada vez melhor e mais fácil para os nossos clientes. Daí trabalharmos também muito coordenados com as agências de viagens. Hoje em dia o cliente pretende rapidez no aluguer e entrega da sua viatura. O que é que a empresa propõe e como? O cliente actual é informado, consulta diferentes fontes, compara produtos e serviços, entre muitas outras coisas. Obviamente é um cliente mais exigente. Devido às novas tecnologias e à globalização, todos nós viajamos cada vez mais e procuramos novas soluções de mobilidade adaptadas a cada momento e a cada necessidade. Para além disso, hoje em dia os consumidores valorizam o tempo gasto no momento do aluguer. Para nós é essencial oferecer um serviço que facilite todo o processo de aluguer e que ajude os nossos clientes a poupar tempo. E é esta a base do nosso trabalho em termos de aluguer e entrega do automóvel: inovação, serviço personalizado e um processo


mais fácil e rápido para garantir uma melhor experiência no momento de alugar um dos nossos carros. A Avis oferece ainda o “One Way”, um serviço que permite aos clientes alugar um carro, por exemplo, no Algarve, e viajar por todo o país até o Norte de Portugal, podendo deixá-lo em qualquer outra estação Avis. Dada a nossa capacidade de inovar cada vez mais nos nossos serviços, oferecemos ao cliente as ferramentas para tornar o seu aluguer o mais rápido e eficiente possível. Acreditamos que, durante este ano, os consumidores vão, mais do que qualquer outra coisa, procurar um serviço de excelência em todas as suas viagens e, por isso mesmo, melhorámos o nosso site e a nossa aplicação e estamos ainda a trabalhar em novas ferramentas para completar essa experiência. Além disso, acabamos de lançar um novo serviço, o Avis Select Series, que permite ao consumidor, perante uma ampla gama de modelos, escolher especificamente o modelo que deseja conduzir de acordo com as suas necessidades.

NOVOS SERVIÇOS E SOLUÇÔES Como é que a Avis Budget tem respondido ao crescimento do turismo em Portugal? E que reflexos é que essa procura tem na gestão da frota? Portugal registou resultados históricos e relevantes durante o ano de 2016, bem como durante períodos de férias importantes, como, por exemplo, as férias da Páscoa. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, em 2016, os hotéis em Portugal registaram 3,7 milhões de pernoites (20,3% a mais do que no ano anterior) e 1,4 milhões de hóspedes (18,8% a mais). O Verão é outro dos momentos de férias mais relevante e, para essa estação preparamo-nos antecipadamente reforçando os nossos serviços, ferramentas tecnológicas e a nossa frota, especialmente nas áreas de maior procura, garantindo aos nossos clientes uma ampla gama de opções para responder às suas necessidades. Estes bons resultados, aliados à melhoria da economia nacional e a uma melhor posição económica dos consumidores, fazem-nos prever um ano promissor tanto para o turismo como para o nosso sector. Na verdade, as empresas de aluguer de automóveis são um indicador claro da procura e das tendências do turismo. Por isso mesmo, estamos bastante otimistas relativamente aos resultados esperados para 2017 e para os próximos anos, tanto para a nossa indústria como para o turismo em geral. O que diferencia a Avis Budget da concorrência?

A Avis é a empresa com a maior e mais variada frota de veículos de ponta, estamos comprometidos em oferecer um serviço premium, aumentando a personalização das soluções. Para além disso, a Avis distingue-se pela oferta de serviços especiais como Select Series e o Avis Preferred como um valor agregado para aqueles que desejam este serviço personalizado e de qualidade, com veículos exclusivos para desfrutar de um aluguer de carros de alto nível. Por outro lado, a Budget baseia os seus serviços de aluguer de carros numa gama mais económica. Esta é uma marca dirigida aos jovens que querem aproveitar o tempo para viver novas experiências, viajar e pagar um preço justo por um produto de qualidade e contando com o know-how de uma empresa internacional de referência como a Avis. Em ambos os casos, e graças à nossa rede internacional consolidada e à nossa liderança mundial, somos uma das empresas mais importantes de aluguer de carros, com clientes leais e uma grande presença na Europa e, especificamente, em Portugal. Para o Grupo Avis Budget o foco é o cliente e por isso defendemos um compromisso sólido com a qualidade e a inovação, apoiados por uma forte rede internacional com presença em mais de 180 países o que nos permite ter eficiência para detectar antecipadamente as necessidades dos clientes em termos de mobilidade e para projectar soluções que serão a

“Para nós, é fundamental trabalhar com a indústria e o Governo para projectarmos juntos um futuro que contenha as últimas tendências de mobilidade, tecnologia e respeito ambiental”.

resposta perfeita para essas necessidades e, finalmente, oferecer serviços para todo o tipo de clientes (cliente corporativo e premium, mas também clientes individuais). Que constrangimentos encontra a empresa no mercado português? Em termos gerais, consideramos necessário trabalhar de perto com a indústria automóvel, a fim de alinhar e desenvolver em conjunto novas ferramentas de acordo com as tendências de mobilidade e as novas realidades dos nossos clientes. O reforço do sector automóvel é uma peça fundamental que contribui positivamente para a economia do país. Para além disso, é importante oferecer o nosso apoio ao Governo e acompanhar as previsões de tendências em termos de infra-estruturas e regulamentos que ajudarão o sector, os clientes, os requisitos ambientais e os novos cenários de mobilidade. Para nós, é fundamental trabalhar com a indústria e o Governo para

projectarmos juntos um futuro que contenha as últimas tendências de mobilidade, tecnologia e respeito ambiental. Quais os resultados do ano passado? Perspectivas para este ano? 2016 foi um ano muito positivo para o Grupo Avis Budget, uma vez que conseguimos um crescimento de quase dois dígitos como resultado do compromisso da marca em inovar e em garantir uma experiência de uma viagem personalizada. Cumprimos as previsões nos vários mercados da Europa onde estamos presentes e consolidamos a nossa posição no sector do aluguer de carros. Em 2016, fizemos um forte investimento na frota premium. Por exemplo, este ano, adicionamos à nossa frota novos modelos modernos como Mercedes Classe V, VW Tiguan, Mercedes CLA, Opel Cascada, Audi A3 Cabrio, Toyota Auris Hybrid, Toyota CHR Hybrid e Renault Kadjar. O Grupo Avis Budget é uma empresa líder com uma ampla rede de serviços disponíveis em todas as marcas (Avis, Budget, Zip Car, Payless, Apex, etc.). Acreditamos que 2017 será também um ano de sucesso, continuando a tendência dos resultados alcançados em 2015 e em 2016. Vamos também reforçar a área de atendimento ao cliente, a rede de escritórios, para além de aumentarmos a nossa frota premium para a Avis e lançarmos novas soluções tecnológicas. < TURISVER | JULHO DE 2017

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>agenda

>notícias

Data: 20 a 23 de Setembro Local: Ourense (Galiza)

Inaugurado novo terminal do aeroporto de Faro

17ª edição da Termatália A 17ª edição da Termatália, considerada a maior feira internacional dedicada ao turismo termal, saúde e bem-estar, e que reúne profissionais de mais de 25 países, vai decorrer de 20 a 23 de Setembro, em Ourense (Galiza). Este que é considerado um centro de negócios e conhecimento para o sector da saúde, termalismo, talassoterapia e Spa, visa fomentar o intercâmbio de experiências entre os diversos continentes, do ponto de vista empresarial, institucional e social, com vista a obter uma perspectiva global do sector, com a finalidade de impulsionar o mercado estratégico do turismo termal e de bem-estar. Durante a Termatália decorrerão diversas acções profissionais, workshops com operadores turísticos, rodadas de negócios entre fornecedores e distribuidores, bem como cursos e seminários. <

Data: 2 a 5 de Outubro Local: Porto

InVoyage

O Aeroporto de Faro está maior, com mais áreas públicas, mais áreas operacionais e uma renovada área de retalho, tem maior capacidade de processamento de aeronaves e de passageiros e beneficia de novas acessibilidades. Com um investimento de 32,8 milhões de euros, as obras de ampliação e remodelação estão concluídas e são a resposta para permitir que a aerogare continue a crescer de forma sustentada, como se tem verificado nos últimos anos. Com esta expansão, o Aeroporto de Faro aumenta a capacidade de embarque e desembarque do terminal de 2400 para 3000 pessoas por hora. A gare foi ampliada, dos 81 200 m2 para os 93 120 m2 - com o aumento das áreas operacionais e da área pública -, ao mesmo tempo que foram também ampliadas e revitalizadas as áreas de retalho e restauração (que estão em fase de acabamentos). As obras realizadas permitem ainda a adequação da capacidade do terminal de passageiros a um novo sistema de pistas que permite 30 movimentos por hora, em vez de 24, e o estacionamento de 30 a 37 aeronaves. Foi, em 2016, o aeroporto nacional que registou o maior crescimento: 18,5%, com mais de 7 milhões de passageiros. Esta modernização do terminal visa adequar a infraestrutura a um novo paradigma do transporte aéreo que se verifica em Portugal e em toda a Europa – o aumento da utilização das companhias aéreas de baixo custo. Também as alterações que se têm verificado nas medidas de segurança nos aeroportos exigiam uma resposta do Aeroporto de Faro que se concretizou na construção de novos postos de controlo, mantendo assim elevados padrões de segurança e níveis adequados da qualidade de serviço. <

O evento, dedicado à indústria de luxo MICE, é considerado um dos mais importantes a nível internacional. Realizado anualmente no início de Outubro, durante dois dias e meio, esta iniciativa concentra neste nicho de incentivos de alto nível, especialistas em eventos, agências globais, empresas, hotéis de luxo de todo o mundo, permitindo que os membros se envolvam através de reuniões individuais pré-agendadas, conteúdo inspirador e networking empresarial, que envolvem mais de 75 compradores líderes e 75 fornecedores de luxo high-end. <

Data: 2 a 4 de Novembro Local: Centro de Congressos de Lisboa

Decor Hotel

A primeira edição da Decor Hotel – Feira profissional de equipamentos, produtos e serviços para hotéis e similares terá lugar entre os dias 2 e 4 de Novembro no Centro de Congressos de Lisboa, antiga FIL (Junqueira), das 14 horas às 20 horas (quinta-feira) e das 10 horas às 20 horas (sexta-feira e sábado). Numa altura em que o sector hoteleiro atinge recordes e que a construção e reabilitação de unidades hoteleiras para 2017 e 2018 perspectivam valores que há muito não se verificavam, este certame reúne as empresas necessárias para que qualquer proprietário possa, no espaço de exposição, reunir todas as propostas de que precisa e realizar os seus negócios. <

Local: Elvas Data: 2018

Cimeira mundial sobre turismo militar Nesta iniciativa mundial vão reunir-se investigadores,

especialistas nesta área, empresários e associações de todo o mundo com vista ao desenvolvimento de soluções inovadoras para a fruição turística de espaços com características históricas e militares. Ao longo desta cimeira, Elvas, cidade-quartel que durante séculos protegeu o Alentejo e Portugal, vai estar no centro das atenções mundiais, com impacto também no desenvolvimento económico através do desenvolvimento do turismo militar. < 8

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Lufthansa: 61 voos semanais entre Portugal e Alemanha No horário de Inverno de 2017/18, a Lufthansa irá oferecer aos seus clientes um total de 61 voos semanais a partir de quatro aeroportos portugueses (Faro, Funchal, Lisboa e Porto) para as suas duas placas giratórias (Frankfurt e Munique) – e daí para mais 300 destinos em mais de 100 países, o que significa um aumento de 27% face ao mesmo período do exercício anterior. Entre Lisboa e Frankfurt serão operados

20 voos semanais, um aumento de 42%. Grande alteração verifica-se nos voos entre o Porto e Frankfurt que passarão a ser 21, uma subida de 50%. Os voos para Munique, manter-se-ão iguais aos do Inverno 2016/17, nomeadamente 13 frequências semanais de Lisboa, 4 do Porto e 1 de Faro. Sem alteração é a frequência do voo Faro – Frankfurt e Funchal-Frankfurt, ambos com uma frequência semanal. <


AHP apresenta Programa “Hospes” A AHP fez, em Lisboa, o balanço e o futuro do seu Programa Corporativo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A AHP já entregou 26 mil bens a 33 instituições de Solidariedade Social, em apenas quatro anos, através deste programa. Estima-se que, entre 2013 e 2016, o valor das doações por parte dos hotéis tenha atingido os 500 mil euros. Por seu turno, o custo de substituição dos bens e equipamentos doados por novos terá sido aproximadamente

de 2 milhões de euros. No entanto, o programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental cresceu, evoluiu e ganhou uma nova escala e passa a denominar-se “Hospes – Sharing is Caring”. A AHP irá ainda lançar no futuro uma plataforma que irá funcionar como um agregador, envolvendo não só os hotéis como todos os parceiros fornecedores de bens e equipamentos e as instituições, articulando-se na procura e oferta através da AHP, e abrangendo outras iniciativas, na área da inclusão e experiências profissionais. <

Navio Monarch renovado O Monarch, navio de cruzeiros da Pullmantur, acaba de ser renovado. Está a fazer cruzeiros de 7 noites pelos Fiordes da Noruega e Capitais Bálticas, e a 9 de Setembro terá uma partida única, também no Norte da Europa com o cruzeiro Tesouros Clássicos, com voos de Lisboa para Rostock. Escadas, chão, restaurantes, piscina, Spa e a maior parte das zonas do navio estão renovados e ficaram a condizer com as cores das paisagens por onde navega. A nova imagem apresenta a cor corporativa, e inclui também a renovação da área mais exclusiva a bordo, dedicada ao programa “The Waves” sob os selos “Black and White”. O novo programa conta com uma zona wi-fi gratuita, novas instalações, serviço completo de refeições e bebidas durante todo o dia, e serviço de duche. Estão igualmente disponíveis novas excursões, animação, ofertas de restauração, bebidas premium, carta de vinhos e de espumantes.<

Madeira promove-se no continente

Ponta Delgada tem Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico O Plano de Desenvolvimento Turístico de Ponta Delgada, agora apresentado, e que vai vigorar até 2022, pretende definir orientações estratégicas que sejam boas para fundamentar decisões do município, para potenciar as decisões regionais e ser uma boa orientação definidora do investimento privado. O documento prevê produtos estratégicos como o turismo de natureza, do mar, religioso, cultural e urbano, contemplando projectos como a requalificação da Praça Gonçalo Velho (onde está o monumento das Portas da Cidade) e a expansão da avenida marginal Infante D. Henrique, ao mesmo tempo que contempla também a requalificação da frente marítima do Pópulo, um museu do mar, o aproveitamento da cultura baleeira do concelho para fins museológicos, a criação de recifes artificiais, a valorização da gruta do Carvão e a criação de um cartaz de eventos. <

Lançada pela Associação de Promoção da Madeira, a nova campanha “Madeira Desafia” cria maior interacção entre os embaixadores, que continuam a ser os mesmos da campanha anterior, e uma maior envolvência com o público, além de comportar mais e melhores conteúdos para as redes sociais. A campanha, que visa reforçar a comunicação no mercado nacional, e vai estender-se até ao final do ano, enquadra-se no projecto “Descubra a Madeira” lançado o ano passado e alicerçado em 3 eixos distintos, Mar, Natureza e Lifestyle, cada um deles ligado a um dos embaixadores, respectivamente, Lourenço Ortigão, Jéssica Athayde e Cláudia Vieira. O conceito “madeiradesafia” é promovido nas redes e plataformas online, onde se verifica uma “troca de eixos” por parte dos embaixadores, dandolhes a oportunidade de explorarem um eixo que ainda não conheciam, com o objectivo de transmitir a ideia de que a Madeira tem que ser visitada mais do que uma vez. <

Programa Revive está a avançar O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, afirmou que apesar de “complexo”, o programa Revive está a avançar, “já com concretização e com obra, com concursos lançados e vai ter, até ao final do ano, mais quase meia dúzia de projectos que estão já prontos”. Caldeira Cabral falava à margem da cerimónia de assinatura do memorando de entendimento do Revive para a reabilitação da Coudelaria de Alter, em Alter do Chão, no distrito de Portalegre. O programa Revive, lançado pelos

ministérios das Finanças, Cultura e Economia, prevê concessionar a investidores privados 33 imóveis do Estado, com o compromisso de que sejam reabilitados. Entretanto, já foram assinados os memorandos de entendimento para reutilização do Convento do Carmo, em Moura, em que toda a área do convento, à excepção da igreja, vai ser afecta à concessão a privados no âmbito do projecto, bem como do Hotel da Guarda, edifício que, desde 2012 se encontrava abandonado. < TURISVER | JULHO DE 2017

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>reportagem

A Beijing Capital Airlines • Constituição: 2010 • Base operacional: Beijing Capital International Airport • Rede: + de 200 rotas • 230 voos regulares por dia • Frota: 73 aviões Airbus: 20 A319 | 34 A320 | 11 A321 | 8 A330 • 2016: abertura da 1ª rota para a Europa (Copenhaga, Dinamarca) • Julho 2017: abertura da rota para Lisboa • Rotas anunciadas: Austrália, Canadá, Helsínquia (Finlândia) e Zagreb (Croácia)

Os dias 25 e 26 de Julho foram dias históricos para o estreitamento de relações entre a China e Portugal, com o início do primeiro voo directo que liga Pequim a Lisboa, sendo 25 de Julho o dia de partida de Pequim e 26 de Julho a data a que o voo saiu de Lisboa, no percurso inverso. A nova rota foi apresentada ao trade dia a 11 de Julho, numa acção promovida pelo Turismo de Portugal, em parceria com a ANA Aeroportos de Portugal, a Beijing Capital Airlines, do grupo Hainan Airlines (HNA), e o Turismo de Lisboa. TEXTO: FERNANDA RAMOS

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Rota Lisboa-Pequim apresentada ao trade

Portugal quer mais de 200 mil turistas chineses em 2018

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nova rota, primeira directa entre Portugal e China, liga Lisboa a Pequim e a Hangzhou (destino final do voo). Operada pela Beijing Capital Airlines, companhia do grupo Hainan Airlines (HNA), a nova rota iniciada a 25 de Julho no sentido China - Portugal e dia 26 à partida de Portugal, contará, até Novembro, com três as frequências semanais, operadas em avião Airbus A330-200 com capacidade para 260 passageiros. No entanto, conforme foi realçado pelos vários intervenientes na cerimónia de apresentação que decorreu a 11 de Julho no Espaço Espelho d’Água, em Lisboa, a partir do penúltimo mês deste ano irá somar-se à rota mais uma frequência semanal, passando assim para quatro. Para já, à partida da China os voos realizam-se às terças, quintas e sábados, enquanto de Lisboa partem às quartas, sextas e domingos. Quando a quarta frequência passar a ser operada, haverá um voo a sair da China ao domingo, e à segunda-feira de Lisboa.

Este aumento de voos já previsto foi sublinhado pelo CEO da ANA – Aeroportos de Portugal que, na sua intervenção, acabou mesmo por “desafiar” a Capital Airlines a operar também uma rota directa à partida da China para a cidade do Porto. “Esperamos que isto seja um primeiro passo e também faço votos que dentro de algum tempo estejamos a celebrar, não só aqui ao pé do Tejo, mas também ao pé do Douro, quando a Beijing Capital Airlines começar a voar também para o Porto”, afirmou, dando conta do convite que endereçou ao CEO da companhia chinesa, Xu Jun, para visitar o Porto, convite que, disse, foi aceite. O que Carlos Lacerda também realçou foi a aproximação entre Portugal e Macau que a Beijing Capital Airlines vai tornar possível, uma vez que a abertura da rota entre Pequim e Lisboa vai ser “feita em simultâneo com os voos que vão ligar Macau a Pequim”. Uma situação que, segundo o responsável “vai, certamente, trazer ainda mais

tráfego para Lisboa”, aumentando ainda mais a conectividade do Aeroporto de Lisboa com a China. Segundo o responsável máximo da ANA, de 26 de Julho até ao final do ano, vão ser disponibilizados ao mercado cerca de 40.560 lugares nos voos entre Portugal e China, um número que se perspectiva poder vir a duplicar durante todo o ano de 2018, com a disponibilização de 76.800 lugares. Na sua intervenção, o CEO da Beijing Capital Airlines, Xu Jun, que considerou o dia 25 de Julho como uma data que ficará na história do relacionamento entre a China e Portugal, afirmou que “a nova rota cria uma nova ponte de intercâmbio cultural” entre os dois países, e referiu-se ainda às declarações que nessa manhã tinham sido proferidas pelo primeiro-ministro português, António Costa, na apresentação oficial da nova linha aérea, segundo as quais “a nova rota vai permitir trazer inúmeros turistas chineses a Portugal e criar uma nova ‘rota da seda’ por via aérea”. Para Xu Jun, a nova rota “tem um


significado importante” para a Capital Airlines no que toca à aproximação entre os povos português e chinês, com a companhia a prometer uma aposta clara e forte neste novo serviço. “Hoje é um dia especial para todos nós porque é o culminar de um longo e intenso trabalho levado a cabo por muitos que transformaram aquilo que parecia ser impossível numa realidade, num voo que vai começar a acontecer”, começou por afirmar Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, destacando também, na sua intervenção, a ligação a Macau: “Ligar os destinos Lisboa-Pequin- Hangzhou-Macau é garantir que os nossos povos cada vez mais se cruzam no ar para fazer negócio mas também para se aproximarem cada vez mais”, frisou. Para Ana Mendes Godinho, o início da nova rota aérea espelha “uma ambição de muitos, concretizada por todos”, através de um processo célere em que “foram vencidas inúmeras adversidades que foram surgindo ao longo do caminho”. “O caminho está aberto, o céu é o limite, façamos deste voo uma grande oportunidade para nos aproximarmos e fazermos de Portugal, com a China, a ponte para outros continentes e para a união dos vários países de língua portuguesa”, afirmou.

ULTRAPASSAR OS 200 MIL TURISTAS CHINESES ATÉ AO FINAL DE 2018 Para o turismo, os benefícios da nova rota são claros, com a secretária de Estado do Turismo, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação, a avançar objectivos para 2018: “Segundo os últimos dados disponíveis, este ano estamos já a crescer 30% mas com este voo certamente vamos conseguir facilmente duplicar os números do mercado chinês que tínhamos em 2014, que foram 113 mil turistas”, avançou. Contas feitas, o objectivo para 2018 é ultrapassar a fasquia dos 200 mil turistas chineses. Outra das tónicas foi colocada no posicionamento de Portugal “cada vez mais, como um hub intercontinental”, já que a nova rota poderá servir de “ponte para outros continentes”, trazendo como mais-valia a diversificação de mercados para o turismo português. “Diversificar mercados tem sido uma das grandes apostas que temos feito, garantindo que atingimos os públicos que viajam durante todo o ano e que acrescentam mais valor no destino”, explicou. A propósito sublinhou que o mercado chinês “é um dos que mais gasta no destino”, pelo que frisou a necessidade de garantir a procura do território português por parte dos turistas chineses ao longo de todo o ano. Quanto à necessária agilização de

Ana Mendes Godinho

Carlos Lacerda

Xu Jun

“(…) com este voo certamente vamos conseguir facilmente duplicar os números do mercado chinês que tínhamos em 2014, que foram 113 mil turistas”

“(…) faço votos que dentro de algum tempo estejamos a celebrar, não só aqui ao pé do Tejo, mas também ao pé do Douro, quando a Beijing Capital Airlines começar a voar também para o Porto”

“(…) a nova rota cria uma nova ponte de intercâmbio cultural” entre a China e Portugal”

processos para obtenção de vistos por parte dos turistas chineses, Ana Mendes Godinho afirmou que os serviços diplomáticos portugueses na China estão sensibilizados e preparados para responder ao aumento de procura. Anunciou também a abertura de novos centros de emissão de vistos na China, nomeadamente em Hangzhou. “Os nossos serviços diplomáticos na China estão preparados e completamente envolvidos”, garantiu, explicando que “fizemos um roadshow na China, com o Turismo de Portugal e eu própria fui lá, no sentido de os serviços se prepararem para responder à procura que vamos ter, nomeadamente com a abertura de novos centros de vistos, para garantir mais pontos de recepção e tratamento destas situações”. Ana Mendes Godinho acredita que Portugal, enquanto destino turístico, está a preparar-se para receber da melhor forma este mercado tão específico, tanto ao nível das infraestruturas como dos serviços e, também em particular, da hotelaria. Para a governante, a adaptação dos hotéis a este mercado “é um processo contínuo” e, para acelerar o processo de capacitação dos hotéis e espaços públicos, o Turismo de Portugal lançou o programa de formação Welcome China, que se encontra a decorrer desde 5 de Junho e em que, segundo Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, se colocam em cima da mesa as especificidades do mercado chinês e a forma de reagir perante elas. “O nosso objectivo é divulgar o mais possível este programa, para que um máximo de hoteleiros e outros agentes turísticos possam aderir”, disse o presidente do Turismo de Portugal. Trata-se de uma formação

de quatro semanas que decorre sob um formato de workshops e a que os agentes turísticos têm aderido. Adiantando que, por parte dos empresários hoteleiros e outros agentes de sector, há “uma grande sensibilização para a necessidade de

adaptar o produto a cada mercado e a cada segmento”, Luis Araújo deixou claro que “se mais necessidade houver, poderemos multiplicar o número de acções” que decorrem nas Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa e do Porto. <

Departamento de Reservas / Reservation Department Campo de S. Francisco, 19 - 9500 - 153 Ponta Delgada Tel. +351 296 304 891 - TLM. +351 912 223 993 E-mail: reserve@ilhaverde.com www.ilhaverde.com

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>reportagem

Serviços ESPECIAIS BENFICA • Participação de jogadores e águia Vitória • Fotografia no relvado • Merchandising personalizado • Megascreens e som de estádio • Visita ao estádio e museu • Experiências desportivas com técnicos do SLB • Packs de jogo e modalidades EXCLUSIVOS • Catering • Hospedeiras e Promotoras • Equipamentos audiovisuais, som e iluminação COMPLEMENTARES • Fotografia e Vídeo • Decoração • Alojamento e Transporte • Tradutores e Intérpretes • Produção de materiais • Oradores • City Tour

Para qualquer adepto de futebol, dirigir-se ao estádio do Sport Lisboa e Benfica para assistir a um jogo é normal, mesmo que não sofra pelas cores da casa. Ir à Luz visitar o Museu Benfica Cosme Damião ou até almoçar num dos restaurantes com vista sobre o relvado são muitos os que o fazem. Menos conhecidas são as valências que o SLB coloca à disposição do mercado para a realização de eventos da mais diversa ordem. A Turisver foi visitar os vários espaços e conhecer os serviços disponibilizados. TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

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Benfica Eventos

Versatilidade, profissionalismo e emoção

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presentações de produtos, reuniões, seminários, conferências e congressos, workshops, festas e galas, cocktails e acções de team building, casamentos e espectáculos, tudo isto pode ter lugar nos variados espaços que o estádio do Sport Lisboa e Benfica coloca à disposição do mercado. Mais, a sua direcção de eventos está apta a organizar qualquer projecto do início ao fim, ou seja, de “chave na mão”, e isso pode incluir, se o cliente o desejar, a participação da águia Vitória ou até de algum jogador, actual ou do passado recente. As propostas são as mais variadas e vão desde propostas B2C, ou seja, direccionadas ao consumidor final, a outras vocacionadas para eventos empresariais, numa lógica B2B ou, se preferirmos, de Meetings Industry. Para ambos os segmentos o Sport Lisboa e Benfica, através da sua Direcção de Eventos, disponibiliza uma vasta oferta, seja de espaços ou de serviços. Na base de toda a oferta está o facto de o estádio ser um espaço multifuncional, capaz de albergar qualquer tipo de iniciativa, do desporto aos concertos e outros espectáculos, passando pelas várias

áreas em que se subdivide o segmento do turismo de negócios. A ele se juntam, no entanto outros espaços, também eles emotivos, como o Museu Benfica Cosme Damião ou até o Caixa Futebol Campus (o centro de estágios do Benfica), cujas instalações podem também ser utilizadas em eventos especiais. Aceder a toda esta panóplia de espaços é possível, eles estão no mercado, e a eles acrescem factores únicos a ter em consideração quando se trata de organizar um evento que fique na memória de todos quantos nele

participam. À versatilidade dos espaços de que já falaremos com mais pormenor, junta-se o profissionalismo de uma equipa que acompanhará de início ao fim os promotores do evento para que todos os seus desejos se tornem realidade ou que o entregará numa lógica de “chave na mão”. Não menos importante é o factor emotividade: um evento, de qualquer índole, realizado no estádio da Luz, traz sempre agregada uma carga emocional - e será assim, como já sublinhámos, mesmo para quem não é adepto do clube, mes-


ESPAÇOS • 5 Salas panorâmicas • 5 Salas multiuso • 2 Restaurantes panorâmicos • 1 Magnífico Lounge • 2 Anfiteatros (sala de imprensa e auditório do museu) • 1 Sala de Exposições Temporárias no museu • 2 Salas amplas de refeição • 2 Pavilhões • Praça Centenarium com 10.000 m2 • 2.200 Lugares de estacionamento coberto e com segurança • Possibilidade de criação de novos espaços no interior e no exterior do estádio • Possibilidade de utilização das instalações do Caixa Futebol Campus

mo para quem não é português. Acima de tudo porque Benfica é uma marca cujo valor se estende a todos os cantos do mundo. E também porque “a Luz” é um belíssimo estádio, reconhece-o quem o vê apenas de fora, sente-o quem o vê por dentro.

PACOTES DE GRUPO E DE HOSPITALIDADE Os espaços e serviços do estádio estão à disposição do cliente individual e de grupos, oferecendo pacotes integrados de grupo e de hospitalidade, previamente formatados, que podem começar por uma visita ao estádio e acabar numa visita ao Museu Benfica Cosme Damião, com a possibilidade de integrarem um jogo de futebol, ou de outra modalidade, e uma refeição num dos espaços de hospitalidade do estádio, seja com catering “cinco estrelas”, ou uma refeição mais simples no espaço Benfica Fan Zone, tudo dependendo das necessidades e da bolsa do cliente. À disposição está também um pacote que pode incluir artigos de merchandising, seja uma camisola, um cachecol ou um boné do clube que podem mesmo ser personalizados com o nome da empresa ou da própria pessoa, uma forma de criar uma experiência emocionalmente mais rica. Como explicou à Turisver o director de Eventos, Inovação e Desenvolvimento de Negócio do Sport Lisboa e Benfica, Henrique Conceição, este é um projecto que “tanto pode funcionar numa lógica de consumidor final – uma agência de viagens que quer trazer 50 ou 60 pessoas ao estádio – como numa lógica de turismo de negócios”. Neste

caso, tanto se pode tratar de uma reunião ou da apresentação de produto de uma empresa, de um incentivo comercial ou de uma acção de um DMC vocacionada para clientes internacionais, entre outros. Neste âmbito, a direcção de Eventos do SLB está a realizar um trabalho de identificação de empresas nacionais que exerçam a sua actividade na área dos eventos e do incoming e que possam e queiram associar-se ao Benfica pela compra deste tipo de pacotes já perfeitamente formatados. Ou seja, o trade turístico pode e deve começar a olhar para o Benfica como uma alternativa válida em termos de programas de entretenimento a desenvolver na cidade de Lisboa, vendo no seu estádio um local onde pode ser desenvolvida toda uma dinâmica de entretenimento no âmbito da qual podem ser disponibilizadas experiências diferentes e muito interessantes.

VASTA OFERTA PARA EVENTOS Além dos pacotes de grupo e de hospitalidade, há uma importante componente de eventos que conta com uma vasta equipa muito profissionalizada e especializada em tudo o que envolve a sua organização. Para este segmento mais específico, o estádio da Luz apresenta uma versatilidade enorme, capaz de permitir que nele se realize qualquer acção que se pretenda, desde uma pequena reunião ou evento para 15 pessoas até outros de grande escala, para até 65 mil pessoas. A versatilidade do estádio permite realizar eventos de qualquer índole, o que não acontece com a maior

parte dos espaços disponíveis na cidade de Lisboa, desde logo pela sua capacidade que permite, num mesmo espaço, oferecer auditórios de 50, 500, 5.000, 15.000 ou 30 mil lugares. Fala-se aqui ao nível dos espaços de bancada, mas a oferta no estádio do Sport Lisboa e Benfica, em matéria de eventos, congressos, reuniões, apresentações de produtos, entre outras possibilidades, vai muito mais além. Para além das áreas de bancada, que podem ser disponibilizadas e formatadas à medida das necessidades de cada cliente, o estádio disponibiliza uma série de espaços interiores cuja qualidade, nomeadamente ao nível dos equipamentos e serviços, é capaz de rivalizar com qualquer sala de um hotel de cinco estrelas ou mesmo com qualquer outro venue da cidade que esteja formatado para este segmento. Há espaços completamente abertos que a criatividade permite formatar do modo que o cliente pretenda e

outros, já mais decorados, como aqueles que em dia de jogo funcionam como salas de refeições, e até um Lounge (Hublot Lounge) mais acolhedor, equipado com diversos ecrãs e um som de grande qualidade, onde ao longo do último ano aconteceram inúmeros eventos de empresas. Ao todo, o Benfica coloca à disposição do mercado cinco salas panorâmicas e cinco salas multiuso, dois restaurantes panorâmicos e um Lounge, dois anfiteatros (sala de imprensa e auditório do Museu Benfica Cosme Damião), uma sala de exposições temporárias no Museu, duas salas de refeição, dois pavilhões, a Praça Centenarium com 10.000m2. Acresce a possibilidade de criação de outros espaços no interior e exterior do estádio, o estacionamento coberto (e com segurança) com lugar para 2.200 viaturas e ainda a possibilidade de utilização das instalações do Caixa Futebol Campus. Mas o clube vai mais longe TURISVER | JULHO DE 2017

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>reportagem

ESPECIFICIDADES • Auditórios de 15 a 65 mil lugares • Utilização de camarotes como salas de reuniões • Zonas para entretenimento – salas onde se pode ter um DJ ou uma banda ao vivo • Espaços para eventos com todo o equipamento audiovisual necessário para apresentações em público • Contratação de vários tipos de catering • Acessos e serviços para pessoas de mobilidade reduzida

e pode mesmo pôr à disposição as suas piscinas que podem ser alugadas, por exemplo, para a realização de filmes publicitários, algo que também já aconteceu. Tudo somado, o Sport Lisboa e Benfica tem espaços capazes de receber qualquer tipo de evento ou acção,

bastando para isso que esteja envolvida uma certa dose de criatividade.

SERVIÇOS E CAPACIDADE DE RESPOSTA À versatilidade dos espaços soma-se a de toda a equipa que integra

a Direcção de Eventos que é capaz, como referimos de início, de entregar um projecto, qualquer que ele seja, de “chave na mão”. E este “chave na mão” passa por tudo o que se possa imaginar, incluindo protocolo, já que conta com uma equipa direccionada para esta área. Enviar convites e confirmar

convidados, saber quem vai ou não acompanhado, quem tem ou não direito a estacionamento, fazer com o cliente um follow up das confirmações e, posteriormente, das presenças efectivas, recepcionar os convidados, enviar indicações sobre a melhor forma de chegar ao local do evento, contratação de som, audiovisuais e de serviços de fotógrafo e vídeo, são apenas alguns dos serviços disponíveis. Ou seja, a equipa de eventos do SLB está apta a desenvolver o projecto de A a Z, em todas as vertentes que o cliente pretenda e, caso se justifique, pode até ajudar ao nível da comunicação. Está mesmo a ser desenvolvida uma app destinada aos clientes deste segmento de mercado, que terá um conjunto de funcionalidades. Mais precisamente, deverá tratar-se de uma ferramenta que permita ao cliente disponibilizar informação sobre o seu evento: localização, data, horário, informação sobre os participantes, disponibilização de documentos, apresentações, agenda, entre outros. À versatilidade, aos diversos factores críticos de sucesso em que a emoção é talvez dos que fala mais alto em conjunto com o profissionalismo da equipa que tem a seu cargo a organização dos eventos, alia-se a capacidade de resposta, com os pedidos de orçamento a terem resposta num período de 24 horas. Apenas nos casos em que estes envolvem serviços que obrigam a uma consulta ao mercado em busca do melhor preço (caso da contratação de audiovisuais ou serviços especiais, por exemplo) é que a resposta pode ter um prazo mais dilatado, pelo menos mais um dia. <

saiam satisfeitos mas cada vez mais o nível de satisfação das pessoas está no nível de experiência que têm e esta é tão mais rica quanto houver a capacidade de as envolver emocionalmente na acção e de as surpreender. E emoção e surpresas é o que não vai faltar a um evento que seja realizado na Luz, antes do mais porque “o estádio é, por si só, um espaço muito atractivo, com uma carga emocional muito forte”. A isto se soma, diz-nos Henrique Conceição, o cheiro a relva cortada, a o possibilidade de interagir com antigas e novas glórias do Benfica, com Vitória. águia a com least) not but treinador do clube ou (last “Fazer um evento em que se oferece um cachecol ou boné do clube a cada pessoa, com estes a poderem ser personalizados com o nome da empresa ou da pessoa, um evento em que de repente aparece um jogador ou o treinador do Benfica a sortear uma camisola do clube autografada, ou a águia Vitória com as pessoas a poderem interagir com ela ou tirar fotos, é uma experiência que não se pode ter noutro espaço de eventos da cidade”, conta-nos o responsável da Direcção de Eventos, sublinhando que toda esta emoção associada à marca é um dos factores críticos de sucesso. Outro destes factores passa pelo facto de a sua equipa saber interpretar muito bem as necessidades do cliente e responder de uma forma muito clara com propostas sempre interessantes e criativas. A propósito, “O Benfica tem uma capacidade única para aliar a emoção a um evento recorda um evento em que os participantes aterraram de helicóptero no e torná-lo memorável”, afirmou à Turisver, Henrique Conceição, director relvado do Caixa Futebol Campus, outro em que desceram ao relvado de Eventos, Inovação e Desenvolvimento de Negócio do Sport Lisboa e para tentar marcar penáltis a um antigo guarda-redes do clube da Luz, Benfica, acrescentando que a sua equipa “100% disponível, dedicada a outro ainda que teve a participação de Rui Vitória para efectuar um tempo inteiro aos projectos, e que responde na hora”, consegue “fazer sorteio em que o prémio era uma camisola do Benfica autografada pelos acontecer eventos que do ponto de vista da organização são rigorosos jogadores. e sem falhas e em cima disto conseguimos pôr uma emoção com que Por deter toda esta capacidade, no Benfica a área dos eventos começa ”. rivalizar e consegu nenhum espaço da cidade agora a ser uma aposta séria até pela certeza de que apresenta uma O que as pessoas querem quando organizam um evento é que ele grande capacidade de crescimento. < corra bem, que os audiovisuais não falhem, que os participantes

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>em foco

Este é o tempo de visitar o Centro de Portugal

Todos os apelos são feitos nesse sentido: “Este é o tempo para visitar o Centro de Portugal. Faça férias no coração do seu país. É uma boa maneira de expressar solidariedade com as populações afectadas pelos incêndios”. Os fogos que ocorreram no mês passado em alguns municípios da região Centro de Portugal ofuscaram a sua beleza natural e afectaram o turismo, mas mais do que “chorar sobre o caldo derramado”, é tempo de encontrar soluções.

TEXTO: CAROLINA MORGADO

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aça um Plano pelo Centro de Portugal” é o mote da campanha que o Turismo de Portugal lança para promover esta região do país, recentemente afectada pelo maior incêndio de que há memória. A campanha vai ter por base quatro filmes realizados por quatro realizadores portugueses convidados, com cada um deles a ter a seu cargo um tema diverso: “Aventura”, “Criatividade”, “Herança” e “Natureza”. Inédito é o facto de todos os portugueses poderem ver incluídas imagens suas nos filmes. O objectivo é mostrar que há muita qualidade, cultura e história no centro do país, que continua a ser um excelente destino de férias, e pretende dar visibilidade à quantidade de coisas que ainda há para fazer na região. Desde o primeiro momento foi feito um trabalho de levantamento das necessidades na região, em articulação com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR), o Turismo de Portugal e o Turismo do Centro, e sinalizado um conjunto de necessidades imediatas. O presidente da Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, diz que são precisos pelo menos 25 milhões de euros “para retomar a actividade turística” nos concelhos afectados pelos incêndios de Junho, designadamente Castanheira de Pêra, Penela, Figueiró dos Vinhos, Pedrógão Grande, Góis, Pampilhosa da Serra e Sertã.

Apesar de não se terem registado grandes estragos nas infra-estruturas, entre as iniciativas previstas para relançar a actividade turística destacam-se obras de recuperação de unidades afectadas pelas chamas e uma campanha nacional e internacional de promoção da região, suportada por dinheiros do Fundo Europeu de Emergência. Segundo o levantamento feito pela Turismo do Centro, pela CCDRC e pela ADXTUR, 40 das 200 unidades turísticas da região (num total de duas mil camas) foram atingidas pelas chamas, que, nestes casos, não fizeram vítimas e pouparam as estruturas principais, mas provocaram prejuízos em zonas de apoio, redes de comunicações, águas e saneamento. Foi, no entanto, a percepção de confiança dos turistas que levou um rombo grave, ou seja, o maior estrago feito pelas chamas aconteceu ao nível da confiança dos turistas, sobretudo portugueses. Nas primeiras semanas após os incêndios, as reservas nas unidades hoteleiras tiveram um cancelamento de 15%, na sua maioria de turistas portugueses. Já as reservas pelos estrangeiros não registaram cancelamentos, antes pelo contrário, tendo-se registado uma ligeira subida na procura. Pedro Machado admitiu, no entanto, que a situação está a mudar aos poucos, registando-se de novo uma subida nas reservas, ao que não será alheio a campanha lançada para atrair turistas. Para além da campanha promocional, no conjunto, estão disponíveis 3 instrumentos financeiros na ordem dos 8,5 milhões de euros que “vão

permitir que as empresas, por um lado não deixem de operar mas, por outro, que possam apresentar projectos que promovam activamente a região, desenvolvendo oferta turística adequada e inclusive mecanismos de protecção das próprias aldeias nas quais a principal actividade é o turismo”, conforme anunciou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho. Está igualmente disponível uma linha telefónica (808 209 209) para que os empresários possam receber a informação necessária e esclarecer dúvidas. A solidariedade com a região tem chegado de todos os quadrantes. Algumas entidades do sector estão a escolher os concelhos afectados pelas chamas para realizar reuniões dos respectivos órgãos de direcção. É o caso da APAVT, que reuniu na aldeia de xisto de Casal de São Simão, a sua direcção nacional, mas também da Confederação de Turismo de Portugal, que escolheu Pedrógão Grande para acolher em Setembro a reunião do corpo directivo; e da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, que reúne em Pedrógão o Conselho Consultivo, a 26 de Setembro. A APAVT e Turismo do Centro vão lançar site com sugestões de visitas à região. O presidente da APAVT avançou também com a ideia da organização de visitas à região. A realizar a partir de Setembro, e organizadas pela APAVT, estas visitas deverão incluir figuras públicas, jornalistas e agentes de viagens, nacionais e estrangeiros, numa iniciativa que durará até ao próximo Verão. <


>dossier

TURISMO SUSTENTÁVEL TURISMO INTERNO Meeting em Lisboa

ABAE com novas iniciativas de promoção do turismo sustentável A ABAE, entidade que promove os galardões Green Key, anunciou durante um meeting, que decorreu no Neya Lisboa Hotel, um conjunto de iniciativas com vista à promoção de um turismo sustentável em estabelecimentos hoteleiros e de restauração. TEXTO: CAROLINA MORGADO

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Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), secção portuguesa da Fundação para a Educação Ambiental, organizou um meeting em Lisboa, que permitiu aos galardoados do “Green Key” conhecer novas iniciativas que visam a implementação de boas práticas ambientais e sociais, a valorização da gestão ambiental e promoção da educação ambiental para a sustentabilidade, no Ano Internacional de Turismo Sustentável para o Desenvolvimento decretado pelas Nações Unidas e apadrinhado pela Organização Mundial do Turismo (OMT). A sessão teve também como objectivo entregar os galardões “Green Key” aos restantes estabelecimentos de hotela-

ria e restauração, que não tinham estado presentes na cerimónia nacional, que teve lugar na Madeira. Na ocasião, o presidente da ABAE, entidade que promove a iniciativa Green Key, José Archer, evidenciou o facto de Portugal estar na linha da frente ao nível de empreendimentos amigos do ambiente. “Participar no Green Key tem, para nós, organização, um significado muito importante porque para além de mostrar um sinal de coragem – pois quem participa expõe-se – é sobretudo uma aposta de visão e da capacidade de ir mais além. E é com muita alegria que vamos vendo que ano após ano o nível de participação e de resultados é cada vez maior”. José Archer realçou ainda que “este

empenho, este trabalho e este esforço de sustentabilidade têm retorno garantido e assegurado”.

“DEPOSITRÃO” PARA HOTELARIA E RESTAURAÇÃO A campanha “Depositrão” de resíduos de equipamentos eléctricos, electrónicos, pilhas e acumuladores, dirigida a unidades de alojamento e restaurantes, e gerida pela ERP Portugal (European Recycling Platform), foi uma das grandes novidades apresentadas no Meeting de Lisboa. Este projecto, de inscrição e recolha gratuita pela hotelaria e restauração, por isso, sem qualquer custo de logística para o estabelecimento, já conta com sete hotéis que assinaram o deTURISVER | JULHO DE 2017

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>dossier

nominado termo de cooperação. A campanha, que resulta da parceria entre a ABAE e a ERP Portugal visa sensibilizar as unidades no sentido de encaminharem correctamente esses resíduos considerados perigosos e que carecem de tratamento específico, e estimular comportamentos ambientais. Está aberto a todos os estabelecimentos que fazem parte da rede Green Key, mediante uma inscrição e assinatura de um termo de cooperação, que inclui fornecimento, por parte da ERP Portugal, de equipamento de recolha. A única condição é que o peso mínimo para o procedimento de recolha é de 60 Kg, por forma a agilizar os custos de logísti-

ca. Posteriormente é enviado ao hoteleiro toda a documentação sobre as quantidades e tipos de resíduos recolhidos. Em contrapartida, o estabelecimento de hotelaria ou restauração recebe 50 euros por cada tonelada recolhida que são traduzidos na entrega de bens a uma instituição de carácter social. As três primeiras unidades que entregarem acima de 5 toneladas deste tipo de resíduos ganha um bónus de 250 euros para a instituição. Refira-se que até agora o Hilton Vilamoura foi a unidade que ultrapassou uma tonelada e meia de resíduos numa só recolha. A ABAE desafiou igualmente os estabelecimentos de hotelaria e restau-

ração a apresentarem candidaturas ao concurso internacional “Green Key Best Practice”, que decorre até 1 de Setembro (ver caixa), isto porque dos 15 projectos já publicitados pela organização, não consta ainda nenhum português. Por outro lado, a ABAE, em conjunto com o Ministério do Ambiente, está a colaborar na divulgação da estratégia nacional de educação ambiental. Neste sentido, alertou os galardoados “Green Key” a visitar e analisar esta estratégia com vista a perceber como é que as políticas ambientais levadas a cabo por esses empreendimentos se podem ajustar em algumas linhas dessa estratégia.

93 ESTABELECIMENTOS GREEN KEY EM 2017 A edição de 2017 do galardão internacional Green Key fica marcada pelos 93 estabelecimentos (hotéis, unidades de alojamento local e de turismo em espaço rural, parques de campismo e restaurantes) em Portugal distinguidos pelas boas práticas ambientais e sociais, e promoção da educação ambiental para a sustentabilidade, o que representa um crescimento de 40% relativamente

ao ano anterior, com 32 novas participações, sendo que 62 renovaram, com uma evolução positiva desde 2007, o primeiro ano da sua implementação no nosso país, em que se contavas apenas 12 distinguidos. A região de Lisboa conta com 8 estabelecimentos reconhecidos e o destaque vai para a Região Autónoma da Madeira que totaliza 1/3 dos galardoados (31). A Região do Norte tem 13, o Centro tem 17, o Alentejo e Algarve têm 6 e os Açores têm 12 galardoados. Os galardoados foram anunciados no passado dia 2 de Junho, na cerimónia nacional que decorreu na Região Autónoma da Madeira. O galardão Green Key está presente em 55 países e atribuído a 2600 unidades e destes, Portugal ocupa a 7ª posição a nível mundial. O turismo sustentável optimiza o uso dos recursos naturais e respeita a biodiversidade, a autenticidade sociocultural dos territórios de acolhimento e conserva a sua identidade cultural; a necessidade de assegurar a viabilidade das actividades económicas a longo prazo; a partilha equitativa dos benefícios socioculturais, designadamente ao nível de emprego estável e de qualidade. <

Aberto até 1 de Setembro: Concurso “Green Key Best Practice” Pela segunda vez consecutiva o Programa Green Key Internacional promove o concurso “Green Key Best Practice” a todos os estabelecimentos Green Key. Este concurso tem como objectivo destacar as melhores práticas desenvolvidas pelos estabelecimentos de acordo com os critérios do programa sendo que, com o ano 2017 a marcar o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento o tema é: “Parcerias e compromisso local para o desenvolvimento sustentável”. Neste sentido, os estabelecimentos portugueses Green Key estão convidados a partilharem iniciativas, actividades e boas práticas que promovam o desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental duma maneira sustentável. O concurso está aberto até ao dia 1 de Setembro, sendo que o vencedor será anunciado a 27 de Setembro, Dia Mundial do Turismo. O “Green Key’s Sustainability Champion” será anunciado no site internacional Green Key e nas redes sociais do programa. < 18

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Já não é novidade que este é o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento proclamado pelas Nações Unidas e apadrinhado pela Organização Mundial do Turismo (OMT), ocasião para a promoção de uma campanha global de consciencialização para a importância do turismo no desenvolvimento sustentável da humanidade. Se Portugal pretende contribuir para a valorização do património cultural e natural de pólos turísticos emergentes e já consolidados, em conformidade com os objectivos da Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável e princípios orientadores da UNESCO, as unidades hoteleiras estão na linha da frente, ou seja, são cada vez mais amigos do ambiente. TEXTO: CAROLINA MORGADO

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>dossier

Hotéis em Portugal

Cada vez mais amigos do ambiente

egundo a OMT, o turismo sustentável deve ser aquele que salvaguarda o ambiente e os recursos naturais, garantindo o crescimento económico da actividade, ou seja, capaz de satisfazer as necessidades das presentes e futuras gerações. Portanto, o desenvolvimento turístico deve pautar por economizar os recursos naturais raros e preciosos, principalmente a água e a energia. As infra-estruturas devem ser concebidas e as actividades turísticas programadas de forma que seja protegido o património natural constituído pelos ecossistemas e pela biodiversidade, e que sejam preservadas as espécies ameaçadas da fauna e da flora. Os agentes do desenvolvimento turístico, principalmente os profissionais, devem permitir que sejam impostas limitações às suas actividades. Desenvolver o turismo de forma sustentável, ou responsável, implica acções que sejam socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente correctas, isto é, que atendam as necessidades económicas, sociais e ecológicas da sociedade, conforme destacado pela OMT, no seu artigo 3 do Código Mundial de Ética do Turismo. O sector da hotelaria também não pode fugir à regra, e as unidades hoteleiras em Portugal estão em sintonia com esta realidade, tendo mesmo vindo a arrecadar diversos prémios e certificados tanto a nível nacional como internacional, fazendo a diferença. Através do planeamento de sua actividade os empreendedores devem procurar soluções que contribuam para a sustentabilidade de sua actividade e da sociedade, gerando desta forma benefícios não somente para os seus clientes, mas também para os locais onde estão inseridos, que passam pela adopção de medidas que minimizem o seu impacto, como economia de energia e água, mas também pela sensibilização dos seus clientes, colaboradores, fornecedores e comunidades

locais para essas práticas. Ou seja, ser um condutor entre a gestão das necessidades e recursos económicas, sociais e ambientais das localidades e os turistas, criando um equilíbrio entre o turismo e meio ambiente. Quem ficar para trás estará irremediavelmente condenado.

A NATUREZA AGRADECE Fazem-no de várias formas sem abdicar do conforto e bem-estar dos seus hóspedes, mas o objectivo é o mesmo: respeito pelo meio envolvente, onde tudo se faz para que a pegada ecológica seja praticamente indetectável. São assim as três

unidades hoteleiras que contactámos – o Inspira Santa Marta Hotel, em Lisboa, o Hotel Solar dos Lisases, em Mora (Alentejo), a Quinta da Mó, em São Miguel (Açores) – como Saborear Restaurante e o Roots Restaurante, em Torres Vedras. Mais do que procurar um hotel para dormir, é cada vez maior o número de pessoas que preza uma estadia num hotel, num resort ou noutra tipologia de alojamento que lhe ofereça garantias de preocupação em ter pegadas ecológicas diminutas ou inexistentes. Mesmo no coração da cidade de Lisboa é possível encontrar um hotel verde que elimina o desperdício, mas não poupa no bem-estar, nem no

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>dossier conforto dos seus hóspedes - uma verdadeira inspiração ecológica em que todos os espaços e passos são amigos do ambiente: iluminação economizadora, redutores do caudal de água, termoacumuladores, electrodomésticos eficientes, sistemas de reciclagem e produtos de limpeza ecológicos, entre outros gestos verdes que são diários e que pretendem minimizar o impacto ambiental ao máximo. Todo o hotel foi pensado, ainda no papel, para ser amigo do ambiente. E todos os dias a equipa pensa em novas formas de reduzir a pegada ecológica inerente à entrada e saída de hóspedes e da localização bem no centro de Lisboa. Várias vezes premiado, tem uma preocupação constante com as descargas e com os desperdícios de materiais perigosos, fazendo detalhados relatórios para um menor impacto ambiental. A energia utilizada provém a 100% de fontes renováveis, a iluminação é Led e de baixo consumo energético, há sensores de movimento e vidros duplos em todos os quartos. Todos os alojamentos apresentam chão de cortiça, o que reduz o consumo de energia devido às características técnicas do material, e não há água engarrafada em todo o edifício, já que a que é servida é filtrada a partir da rede de abastecimento.

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A unidade de Lisboa, ecologicamente sustentável, propõe aos seus clientes uma experiência diferenciadora, praticando uma política responsável que engloba a sustentabilidade “como um dos valores base sendo transversal a todo o projecto, e que se reflecte em aspectos como a utilização de materiais de baixo impacto ambiental, o uso racional do papel e até ao nível do conceito gastronómico”. É neste contexto que se enquadra, por exemplo o seu restaurante, com uma decoração inspirada no Feng-Shui e uma atmosfera orgânica, o único em Lisboa certificado pela Associação Portuguesa de Celíacos (APC). Aqui podemos contar com os melhores produtos locais, sempre frescos e, quando possível, de produção biológica, o que permite oferecer a quem o visita uma carta variada que inclui pratos vegetarianos, vegan, sem lactose ou adaptados a pessoas celíacas. Mas não se ficou só por aqui. O hotel tem levado a cabo um grande trabalho para aprofundar e manter esta estratégia de sustentabilidade assegurando a revisão periódica das medidas definidas. Os resultados deste tipo de monitorização permitem traçar objectivos e metas que têm em conta o princípio da precaução e visam uma melhoria contínua.

AHP distingue unidades hoteleiras amigas do ambiente” A AHP atribuiu um total de 45 Selos de Responsabilidade Social “We Share”e 89 Selos de Sustentabilidade Ambiental “We Care”a várias unidades hoteleiras suas associadas, referentes ao seu comprometimento com o Programa de Responsabilidade Social e Sustentabilidade Ambiental no ano de 2016, em cerimónia que decorreu em Lisboa e foi presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Os Selos, atribuídos anualmente desde 2015, visam distinguir as unidades hoteleiras que contribuem para o desenvolvimento sustentável da actividade, através da participação no programa HOSPES, de iniciativa da AHP, e conferir notoriedade e reconhecimento perante os hóspedes e stakeholders da indústria. Estes símbolos foram também objecto de rebranding, incluindo o seu alinhamento com o nome do programa. A entrega dos Selos realizou-se no âmbito da apresentação do Programa HOSPES e contou com a presença dos responsáveis dos vários grupos e unidades hoteleiras, representantes de instituições públicas, diversos parceiros e fornecedores e com as instituições de solidariedade social protocoladas com a AHP. < 22

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Tiago Pereira Director-geral do Inspira Santa Marta Hotel

Bruno Barbosa Proprietário dos restaurantes Saborear e Roots

“Apesar de não conseguir quantificar o número de reservas que chegam ao hotel pela via da sua estratégia ambiental e de sustentabilidade, acreditamos que podemos minorar o impacto ambiental da nossa actividade e marcar a diferença”.

“Os clientes olham como uma poupança e não como uma forma de não poluir. É verdade que é para poupar, mas também de não poluir e não gastar recursos e, dessa forma, pouparmos o ambiente e o futuro dos nossos filhos”,

“Aquilo que é implementado, em algumas coisas, parece básico, mas se tivermos em conta que estamos num contexto urbano, é muito importante”, disse o seu director-geral, Tiago Pereira, acrescentando essa estratégia ambiental, que tem valido vários prémios nacionais e internacionais, alia-se ao da responsabilidade social. “Perdemos um minuto e ajudamos uma vida inteira a alguém”. O seu compromisso para com o bem-estar da comunidade reflecte-se na criação de várias parcerias com instituições locais, apoiando-as na divulgação e organização das suas actividades. Este hotel realiza mensalmente iniciativas que permitam uma interacção entre associações locais e colaboradores, de forma a existir uma partilha e troca de conhecimentos e experiências e apoio comunitário “Apesar de não conseguir quantificar o número de reservas que chegam ao hotel pela via da sua estratégia ambiental e de sustentabilidade, acreditamos que podemos minorar o impacto ambiental da nossa actividade e marcar a diferença”, frisou Tiago Pereira.

CULTURA DE REUTILIZAÇÃO E REAPROVEITAMENTO O Hotel Solar dos Lilases, funcionando num edifício classificado como património municipal na vila de Mora, compromete-se a aplicar na totalidade dos seus serviços um sistema de gestão ambiental, em conformidade com a legislação vi-

gente e com os requisitos adequados à gestão municipal e da região ponde se encontra – o Alentejo. Na sua operação diária a unidade procura melhorar as condições ambientais de gestão de energia e emissões de carbono, no consumo de água e efluentes, no consumo de materiais e produção de resíduos, assim como aumentar o aproveitamento e reciclagem entre outros. “Estamos a implementar e desenvolver um sistema de gestão ambiental que previna a ineficiência e concorra para a optimização dos consumos de água e de energia, a gestão e o encaminhamento adequado dos resíduos gerados; a reciclagem dos resíduos para utilização na área de jardim, a segurança dos nossos hóspedes e colaboradores, o combate à poluição e aos desperdícios, uma efectiva consciência ecológica, o aumento da nossa competitividade, e o cumprimento da legislação aplicável”, lê-se no site da unidade. No Hotel Solar dos Lilases há uma forte preocupação com o bem-estar e a satisfação de toda a comunidade que o rodeia – clientes, colaboradores, fornecedores e público em geral – e a sua dinâmica de melhoria contínua traduz-se em acções permanentes de sensibilização dos hóspedes, de formação dos colaboradores, de divulgação da sua política a todos com quem interage e de melhoria do sistema de gestão ambiental e dos recursos associados participando no objectivo de ter um Alentejo melhor e mais limpo. Jaime Pires, director-geral da unidade


“temos feito muitas grandes e pequenas coisas”, desde a separação dos resíduos, passando pela compostagem, aproveitando a matéria orgânica do jardim e os produtos não confeccionados que saem da cozinha, que depois servem de adubo, o aproveitamento na energia solar para reutilização e aquecimento de água”. Numa análise do ponto de vista ambiental e de poupança, o hotel mudou as janelas, colocando alumínio com fonte térmica, mas que não fere nem o edifício nem a paisagem. Também a lareira tem hoje um sistema de recuperação de energia, os chuveiros e torneiras têm redutores de caudal e todas as lâmpadas são de tecnologia Led. Além disso, “implementamos algumas práticas com os clientes, a quem informamos sobre as nossas práticas, desde a questão das toalhas que podem ser reutilizadas, uma vez que a sua lavagem consome muita água, detergentes e energia eléctrica”, explicou o responsável, para acrescentar que “no nosso jardim-horta produzimos alguns chás, que oferecemos aos clientes e plantas aromáticas e outros produtos que utilizamos na cozinha”. Neste caso, “os estrangeiros têm uma receptividade muito maior do que os nacionais, são mais interessados e querem informar-se mais”. Jaime Pires afirma que “criámos aqui um ciclo de reutilização e aproveitamento e só ao nível da energia eléctrica reduzimos o consumo para cerca de um terço, o que não é brincadeira, tendo em conta o preço da electricidade. Passámos de uma factura mensal de 1400 euros para 800 euros”. Naquilo que o director do Hotel Solar dos Lisases chama de “pequenas coisas” estão acções de sensibilização junto dos empregados para que vivam essa cultura de reaproveitamento e rentabilização, e que é um trabalho para manter. Também nos pequenos-almoços, em vez se utilizar as embalagens de doces e compotas, passou a produzir esses produtos e a colocá-los tanto à mesa como à disposição dos clientes em recipientes reutilizáveis.

Na Quinta da Mó as preocupações com o ambiente não podiam ficar de fora. Primeiro porque vai na linha das políticas implementadas pelos Açores, depois porque há toda uma paisagem a preservar, já que se localiza nas Furnas, envolvida por uma pequena mata de plantas exóticas, e atravessada por uma ribeira e levada, com uma pequena represa, onde se podem encontrar diversas variedades de peixes. A unidade foi construída de forma tradicional, e está localizada na ilha açoriana de São Miguel, entre um cenário verdejante, a 1 km da famosa Lagoa das Furnas. É composta por três casas T1 e também um T3, um antigo moinho movido a água reconstruído pelos proprietários. Inserida numa paisagem natural de raríssima beleza e considerada por especialistas como uma das maiores hidrópoles do mundo, a Quinta da Mó, turismo em espaço rural, na modalidade Casas de Campo, que abriu portas em 2009, é um dos ex-líbris do turismo açoriano, que junta o alojamento turístico a uma flora luxuriante riquíssima na sua enorme variedade, É nesse cenário que os proprietários transformaram uma quinta do século XIX, que outrora abastecia a população rural das Furnas com o produto das moagens dos diversos cereais, assim como a prestação de outros produtos e serviços, num espaço muito especial destinado a receber quem a visita. “Temos a certeza de que esse objectivo foi alcançado, não só pelos diversos galardões nacionais e internacionais que têm sido atribuídos à Quinta da Mó, mas também pelos inúmeros turistas que repetem a experiência”, refere a sua proprietária, Luísa Valério. “Naturalmente que, os cuidados com o ambiente e a natureza, requerem uma atenção muito especial num cenário onde a natureza é a razão da existência deste projecto, pelo que a sua salvaguarda está permanentemente presente no dia-a-dia da vida da quinta”, envolvendo proprietários, empregados e todas as pessoas que a frequentam. Para além da habitual implementa-

ção das boas práticas ambientais, que passam pelo uso de produtos o mais ecológico possível, uma das grandes preocupações de Luísa Valério é a preservação da natureza que rodeia a unidade, composta por plantas endémicas, muitas das quais em vias de extinção, para a qual estão sensibilizados tanto as pessoas que lá trabalham como os turistas. “Mais do que um investimento, tivemos o cuidado, desde a primeira hora, de cuidar do que já existia e, felizmente, quem procura esses locais já vem com esta sensibilidade”, disse a empresária, realçando que, ao nível de nacionalidades, recebem de tudo um pouco, com destaque para norte-americanos e canadianos, mas também europeus. “as pessoas ficam verdadeiramente encantadas com toda esta natureza e seria uma pena não cuidar dela, por isso não estamos arrependidos, pelo contrário”. Não poluir é a palavra de ordem na Quinta da Mó.

POUPAR O BOLSO E O AMBIENTE Para começar, os dois restaurantes – o Saborear e o Roots privilegiam as linhas contemporâneas e o uso de materiais tradicionais e de origem nacional na construção. Nesta

duas “casas” prezam os materiais naturais, ecológicos quer nos pormenores decorativos, quer mesmo na construção das infra-estruturas. À mesa, a sustentabilidade define os fornecedores, que se querem locais. Isto tem-lhe valido prémios e até já bisaram do galardão “Green Key”. “Para nós, é entendido como uma forma de minimizar o desperdício, reutilizar os recursos actuais, separar os resíduos de forma eficiente e rigorosa, colocar redutores em todas as torneiras, aproveitar a luz solar para o aquecimento das águas, produzir energia foto-voltaica, ter toda a iluminação em Led e educar todos os colaboradores para que possam aplicar também esta cultura no seu dia-a-dia”, considerou o proprietário das duas unidades, Bruno Barbosa. E quanto ao retorno? O empresário diz que o investimento inicial é alargado, mas “acabamos por poupar”. E os clientes de restaurante apercebem-se destas preocupações? “Os clientes olham como uma poupança e não como uma forma de não poluir. É verdade que é para poupar, mas também de não poluir e não gastar recursos e, dessa forma, pouparmos o ambiente e o futuro dos nossos filhos”, observou Bruno Barbosa. <

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>dossier

Até ao final do ano, a rede Aldeias Históricas de Portugal - Associação de Desenvolvimento Turístico, quer ter nas “mãos” a certificação de destino turístico sustentável, estando a trabalhar em várias iniciativas, com os seus associados públicos e privados, entre outros parceiros, visando garantir que o turismo sirva para preservar e contribuir para o bem-estar das comunidades, numa lógica não só da oferta, mas também da procura, assegurou Dadila Dias, coordenadora da Estrutura de Gestão e Coordenação do Provere. TEXTO:CAROLINA MORGADO

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aldeias históricas

A trabalhar para a certificação este ano

Aldeias Históricas de Portugal querem ser destino sustentável

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ormando um acervo único da história do país, a Aldeias Históricas de Portugal - Associação de Desenvolvimento Turístico, que tem como objectivo promover o desenvolvimento turístico da rede Aldeias Históricas de Portugal e da qual fazem parte Almeida, Belmonte, Castelo Mendo, Castelo Novo, Castelo Rodrigo, Idanha-a-Velha, Linhares da Beira, Marialva, Monsanto, Piódão, Sortelha, e Trancoso, procura, no Ano no Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, proclamado pelas Nações Unidas, “uma oportunidade para fortalecer a dinâmica positiva entre o património histórico / natural e cultural, o turismo e as comunidades locais”, evidenciou Dadila Dias, coordenadora da Estrutura de Gestão e Coordenação do Provere. O plano de acção corresponde assim ao conjunto de projectos conducentes à afirmação das Aldeias Históricas de Portugal num “território de baixa densidade sustentável e pioneiro no seu contributo para o crescimento verde”. Neste sentido, “estamos a implementar um referencial internacional que visa a prática sustentável e para que o turismo possa dar um contributo para o desenvolvimento socio-eco-

nómico deste território”, para acrescentar que “é aqui que queremos estar. Temos que apostar num turismo que prima pela qualidade e não pela massificação, até porque temos aqui questões relacionadas com a cultura e com o carácter social”, explicou a responsável. A associação está a trabalhar em várias frentes, mas com o mesmo objectivo: valorizar os recursos naturais e culturais como pilares da diferenciação de um destino turístico sustentável inovador, melhorar a experiência turística e diminuir a sua pegada ecológica, num processo que tem igualmente várias fases. “Estamos na fase de diagnóstico, a realizar reuniões e worshops com as autarquias, juntas de freguesia, associações culturais e recreativas, bem como com as comunidades organizadas, com o objectivo de criar um plano que depois se estrutura em vários projectos, esperando-se que o ano de 2017 possa culminar com a certificação do destino”, deu-nos conta Dalila Dias. Pretende-se, desta forma, que o lado da oferta se identifique com as boas práticas “em que todos os agentes económicos públicos e privados comungam desta visão, ou seja, aquilo que se faz no território deve ter sempre em conta a tridimensionalidade das realidades económica, social e

ambiental”; que o lado da procura dê a garantia que prima também pelas boas práticas, ou seja, “quando nos visitam sejam também responsáveis através da interacção com as comunidades, numa relação recíproca e saudável, que se identifique com o carácter cultural, que é a nossa história, que explore e interprete, mas numa lógica sempre de preservação, que não venha para estragar”. Dalila Dias considera que é preciso ter atenção que estes territórios têm estatuto de baixa densidade, por isso “temos de ajudar a encontrar formas que contribuam para esse desenvolvimento económico e, consequentemente, a saída das populações”, estando igualmente a associação a apoiar a exploração de produtos agro-alimentares com vista a gerar mais massa crítica no território, criando outras valências que não só o turismo”.

VÁRIAS FRENTES – MESMO OBJECTIVO É aqui que se insere a busca de certificação “Leading Quality Trails – Best of Europe” da GR 22, acção que pretende afirmar dentro e fora do país a Rede Aldeias Históricas de Portugal, como território sustentável e inovador assente no conceito de crescimento verde, reconhecido


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aldeias históricas

Dalila Dias como um destino turístico de excelência e sustentado por recursos Coordenadora da Estrutura de Gestão e Coordenação do Provere inimitáveis, com capacidade para potenciar o desenvolvimento local integrado, diferenciando-se como “Estamos a implementar innovation leader no âmbito dos terum referencial ritórios de baixa densidade. internacional que visa A Grande Rota das Aldeias História prática sustentável e cas de Portugal apresenta um trapara que o turismo possa çado circular num total de 565km, dar um contributo para divididos por 12 etapas, as quais se o desenvolvimento socioiniciam e terminam em cada uma económico deste território”. das 12 Aldeias Históricas de Portugal, pelo que o início da GR22 pode ocorrer em cada uma delas. O uso do sistema ‘Leading Quality Trails - Best of Europe’ visa tornar a atractividade das rotas mensurável e garantir uma experiência de caminhada de alta qualidade, para além de se constituir como um instrumento de excelência para a monitorização e manha, cuja entidade esteve premelhoria contínua. sente no território das Aldeias HisA obtenção desta certificação con- tóricas de Portugal com a missão de tribuirá para um melhor posicio- capacitar os técnicos dos 19 muninamento desta infra-estrutura de cípios que a GR22 integra, visando animação permanente no âmbito assim que estes assumam o papel de europeu, bem como se poderá cons- auditores locais. tituir como um meio facilitador O primeiro passo está dado, seguinpara a captação de novos utilizado- do-se agora uma avaliação rigorosa res e, em simultâneo, um veículo de do traçado para efeitos de diagnóstico e posterior planificação e execupromoção no espaço europeu. O processo de certificação é da ção de eventuais medidas correctivas, responsabilidade da organização culminando o processo de certificaFrotaAzulA5_ING.pdf 10/02/26 18:27 ção com a auditoria final da European internacional European 1 Ramblers’ FrotaAzulA5_ING.pdf 1 10/02/26 18:27 FrotaAzulA5_ING.pdf 1 na 10/02/26 18:27 Association (ERA). Association (ERA), fundada Ale- Ramblers’

Esta iniciativa é financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através, designadamente, dos programas Centro 2020 (Programa Operacional Regional do Centro), via Portugal 2020, e através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (Provere). Por outro lado, as 12 Aldeias Históricas de Portugal pretendem ser dotadas de tecnologia de acesso às redes wi-fi, pelo que anunciaram a elaboração de uma candidatura à linha de apoio do Turis-

mo de Portugal para esse efeito. A Aldeias Históricas de Portugal, em articulação com os municípios da rede querem, assim criar infra-estruturas tecnológicas de disponibilização de acesso à internet e de interacção dinâmica com os patrimónios e serviços, através de uma acção concertada e consentânea com os princípios de uma gestão em rede e da Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC) aprovada para o território, no âmbito do Programa Provere, Centro 2020. <

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>dossier

Política ambiental Minimização da Pegada Ambiental • Fazendo uma gestão eficiente dos resíduos e consumos energéticos; • Optimizando o consumo dos recursos naturais. Formação e sensibilização dos colaboradores • Através de acções de formação regulares que visem o desenvolvimento de uma consciência ambiental, o cumprimento das normas implementadas e a melhoria dos indicadores ambientais. Cooperação com fornecedores, parceiros e comunidade local • Dando a conhecer as potencialidades do destino na vertente de turismo ambiental; • Promovendo o consumo crescente e utilização regular de produtos frescos, sazonais e regionais. <

As colinas onduladas salpicam a paisagem rural, onde até o ar parece mais limpo, fresco e respirável. Basta sentir esta paisagem que rodeia o Dolce CampoReal Lisboa para termos a certeza que estamos num resort que se preocupa com o meio ambiente e está comprometido com a sustentabilidade. TEXTO: CAROLINA MORGADO

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Dolce CampoReal Lisboa

Comprometido com a sustentabilidade

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stá a apenas 30 minutos a Norte de Lisboa, o CampoReal Lisboa tem uma localização tranquila e maravilhosa. Encontra-se num belo vale, com vista para uma paisagem natural de colinas e vinhas antigas, ocupando terras outrora utilizadas pela família real portuguesa como terreno de caça. O Dolce CampoReal Lisboa, resort de 5 estrelas, que se encontra localizado em plena área protegida das Serras do Socorro e Archeira, tem vindo a implementar desde a sua abertura, várias medidas para reduzir a sua pegada ecológica. Apesar do aumento substancial na ocupação, o hotel conseguiu, nos últimos anos, diminuir o consumo de energia e recursos hídricos. Fâ-lo principalmente através da utilização de iluminação Led e sensores de movimento e ainda da aplicação de redutores de caudal nos quartos bem como do aproveitamento de água das chuvas para rega do campo de golfe e áreas ajardinadas. A promoção dos produtos endógenos é outra das preocupações do hotel que através do estabelecimento de parcerias com fornecedores

locais, utiliza nas suas cozinhas o que de melhor se produz na região. Nos restaurantes, são muitos os pratos que incluem produtos como a pêra Rocha do Oeste, o pastel de feijão ou a ginja de Óbidos, sendo que a carta de vinho é constituída maioritariamente por referências da região. O hotel está ainda a introduzir a utilização de alguns produtos de origem biológica, tendo inclusive uma horta ao cuidado dos próprios colaboradores. No Dolce CampoReal Lisboa a preocupação com a preservação do nosso planeta é permanente, e conta também com a colaboração dos seus clientes sensibilizando-os, nomeadamente, a solicitar a mudança de toalhas e lençóis apenas quando necessário; apagar as luzes e desligar os aparelhos audiovisuais quando sair de uma divisão; usar o sistema de ar condicionado apenas até atingir a temperatura desejada, já que o seu sistema de climatização centralizada permite consumos mais eficientes e controlados; nos seus restaurantes dar preferência aos produtos frescos, sazonais e regionais, com menor impacto ambiental; não desperdiçar a água; uti-

lizar os recipientes adequados para reciclagem e separação de resíduos; e durante os eventos e reuniões, optar por materiais em formato digital ou em papel reciclado. Com todas estas preocupações e tendo assumido este compromisso desde a primeira hora, o Dolce CampoReal Lisboa é, assim, uma das seis unidades do concelho de Torres Vedras que acaba de receber o galardão Green Key. O distrito de Lisboa conta com 14 unidades galardoadas, sendo Torres Vedras o concelho com maior número de galardões recebidos ou renovados em 2017. Paula Duarte, directora da unidade, comenta esta distinção referindo que “para além das intervenções que levámos a cabo nas infra-estruturas do hotel e de forma a torná-lo mais eficiente, temos vindo a realizar algumas actividades de sensibilização e formação dos colaboradores”, para acrescentar que “acreditamos que a preservação do ambiente é uma questão estratégica para o Dolce CampoReal Lisboa, uma vez que estamos inseridos no seio de uma área protegida e vemos isso como um factor diferenciador face à concorrência.” <


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>hotelaria

Evento em Lisboa

Grupo HBD apresenta Hotel Roça Sundy e anuncia Praia Sundy O Hotel Roça Sundy, o mais recente projecto hoteleiro do Grupo HBD na Ilha do Príncipe, abriu portas no início de Julho. O novo empreendimento foi apresentado ao trade, em Lisboa, num evento em que foi também anunciada a abertura “ainda este ano” do primeiro cinco estrelas da ilha, o eco-resort Praia Sundy. TEXTO: FERNANDA RAMOS

Hotel Roça Sundy • Abertura: Julho de 2017 • Localização: antiga roça de cacau, Ilha do Príncipe • Classificação: 4H • 12 quartos: 6 na Casa da Plantação e 6 na Casa Colonial • Restaurante e bar Praia Sundy • Abertura: Outubro / Novembro 2017 • Localização: em cima da praia, nos domínios da roça Sundy • Classificação: eco-resort de 5H • 15 tendas de luxo

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ituado numa antiga roça de cacau da ilha do Príncipe, agora completamente restaurada, o Hotel Roça Sundy, o mais recente empreendimento do grupo HBD, abriu portas este mês, oferecendo não apenas alojamento de qualidade em completo envolvimento com a natureza, mas também um certo regresso ao passado, àquilo que era a vivência das roças de cacau que ali os turistas podem a partir de agora experienciar. “Uma estadia acessível, ideal para amantes da história e natureza” é o que promete o novo hotel, onde os 12 quartos, seis na Casa da Plantação e seis na Casa Colonial, apresentam-se decorados com mobiliário ao estilo colonial em que pontificam peças da casa original. Aos quartos, que “dentro de alguns meses passarão a ser 16”, segundo avançou à Turisver, Paulo Andrade, sales & marketing supervisor do grupo, à margem do evento, soma-se ainda um restaurante com sala de jantar, também em estilo colonial, completada por uma varanda com vista

para a floresta e o oceano. Ali, os hóspedes poderão desfrutar de um menu diversificado, composto por produtos orgânicos na sua maioria produzidos localmente, sem esquecer o chocolate de alta qualidade produzido na ilha, a partir do qual são confeccionadas iguarias várias. O envolvimento com a natureza é ponto dominante neste empreendimento e dele se desfruta mesmo a partir dos quartos, muitos beneficiando de espaçosas varandas com vista para a floresta, outros com vista para o “terreiro” – um espaço que os habitantes da roça utilizam para conviver, fazer festas e jogar à bola, actividades em que os hóspedes são convidados a participar de modo a envolverem-se com a população local. Além da casa e do terreiro, os hóspedes do Hotel Roça Sundy podem desfrutar de diversas actividades, incluindo caminhadas através da Reserva da Biosfera da UNESCO, observação de pássaros, cursos de culinária, massagens e yoga. Acrescem passeios sazonais de observação de baleias e golfinhos, snorke-

ling, caiaque e stand-up paddle disponibilizados pelo Resort Bom Bom, empreendimento com que se iniciou a presença do Grupo HBD na ilha do Príncipe, localizado a apenas a 30 minutos da Roça Sundy.

RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL A abertura, como hotel, da Roça Sundy que no início do século passado era uma casa de família no coração de uma das maiores plantações de cacau nas ilhas de São Tomé e Príncipe, integra-se no plano de turismo sustentável do Grupo HBD, desenvolvido em parceria com o Governo Regional da Ilha do Príncipe, como frisou Paulo Andrade à revista Turisver, à margem da apresentação da unidade. O novo hotel integra-se “num projecto maior da HBD, um fundo que decidiu investir na ilha do Príncipe de forma a provar que é possível, em África, criar desenvolvimento com respeito pela população local e sem danificar a natureza” – algo de suprema importância numa ilha que é Reserva Mundial da Biosfera. Os dois primeiros investimentos turísticos do grupo foram a compra do Hotel Omali em São Tomé e o resort Bom Bom na ilha do Príncipe, mas o projecto da HBD, que teve inicio há cerca de cinco anos, tem uma componente de desenvolvimento social e de infra-estruturas no Príncipe, que passou, nomeadamente, pela “formação das camadas mais jovens, colocação de professores nas escolas, acessos viários, internet, água potável, recuperação do aeroporto para permitir um mais fácil acesso aéreo à ilha”. Agora que esta parte está completa no seu essencial, o grupo entendeu investir na recuperação da Roça Sundy, começando pelo edifício principal. A recuperação e restauro dos edifícios, sublinha Paulo Andrade, foram realizados por


Paulo Andrade Supervisor de Marketing e Vendas da HBD

“(…) o cliente que está na roça poderá ir passar um dia na praia do Bom Bom ou usufruir de outras estruturas ou actividades disponibilizadas no resort, enquanto o cliente que esteja no Bom Bom pode, por exemplo, ir jantar à roça. Nós providenciamos o transporte”

construtores locais, especialmente treinados para este trabalho e utilizando principalmente materiais reciclados. Por outro lado, mais de 90% dos actuais colaboradores do Hotel Roça Sundy foram recrutados na comunidade local, apoiados por um intenso programa de formação de nove meses, leccionado pela Escola de Turismo dos Açores. Ficar alojado na Roça Sundy “permite partilhar o seu tempo de estadia no Príncipe entre a praia e a natureza” uma vez que “a roça está envolta por uma floresta tropical e por plantações de cacau” o que também permite ao cliente “perceber como é o dia-a-dia da população do Príncipe, onde ainda se seca cacau e se planta café e baunilha”, como nos conta Paulo Andrade. A roça fica afastada da praia, ao contrário do Bom Bom resort, por isso “o cliente que está na roça poderá ir passar um dia na praia do Bom Bom ou usufruir de outras estruturas ou actividades disponibilizadas no resort”, enquanto o cliente que esteja no Bom Bom pode, por exemplo, ir jantar à roça. “Nós providenciamos o transporte”, garante.

PRIMEIRO CINCO ESTRELAS DO PRÍNCIPE ABRE AINDA ESTE ANO Os investimentos do grupo HBD na área da Roça Sundy, a maior da ilha, não se confinam a este projecto. Até ao final deste ano, o grupo prevê abrir “provavelmente em Outubro ou Novembro”, aquele que será o primeiro empreendimento de cinco estrelas da ilha do Príncipe, o eco-resort Praia

Sundy, “ainda dentro dos domínios da Roça Sundy, mas junto à praia”, pois como nos explicou Paulo Andrade, “todas as roças tinham um pontão na praia onde os barcos carregavam o cacau para trazer para Portugal” sendo neste local que surgirá o novo eco-resort. O Praia Sundy será um empreendimento completamente diferente dos restantes três hotéis que o Grupo HBD detém em São Tomé e Príncipe, nomeadamente, o Omali na ilha de S. Tomé, o Bom Bom Resort e o novíssimo Hotel Roça Sundy, na ilha do Príncipe. Vai tratar-se, explicou-nos Paulo Andrade, de um eco-resort composto por “15 tendas de luxo, situadas na praia”. “Com este empreendimento vamos tentar trazer para São Tomé um tipo de cliente que não vinha porque só tínhamos unidades de quatro estrelas”. “Um serviço com elegância e uma gastronomia diferenciada, muito baseada em produtos locais”, além de um tipo de alojamento único na ilha e no país, são as bases em que o novo empreendimento se vai ancorar, com Paulo Andrade a garantir-nos que, no seu conjunto, as três unidades da ilha do Príncipe, Bom Bom Resort, Hotel Roça Sundy e Praia Sundy, vão “ser complementares” e entre elas continuarão a ser exploradas sinergias várias para que possa ser oferecida aos hóspedes uma experiência mais completa da ilha do Príncipe. Para o supervisor de marketing e vendas da HBD, São Tomé e Príncipe é “um país com muito potencial” e um destino turístico em crescimento, em especial nos últimos dois a três anos. Tanto assim que vai já havendo muitos clientes repetentes, muito por via das melhorias no acesso à ilha do Príncipe. “Muitos clientes que já tinham estado em São Tomé regressam agora para ir ao Príncipe”, afirmou o responsável. Nas unidades do grupo, e um pouco à imagem do que se passa com o país, o principal mercado continua a ser português, com “50 a 60% do total”. As afinidades históricas e culturais justificam isso mesmo, como também a renovada aposta das companhias aéreas, como a TAP, que duplicou a oferta de frequências e a STP Airways. Por outro lado, a melhoria do acesso aéreo ao Príncipe tem levado a que muitos portugueses escolham dividir a sua estadia entre as duas ilhas ou, simplesmente, servir-se de São Tomé apenas como porta de entrada para umas férias no Príncipe. “Nos hotéis da HBD temos crescido substancialmente de ano para ano”, afirmou Paulo Andrade que disse estar a ser feita uma aposta na diversificação de mercados, com turistas provenientes do centro e norte da Europa, nomeadamente de “mercados emissores como a França e a Alemanha, também do Reino Unido e da Suíça”, além do “mercado de proximidade no Golfo da Guiné”, principalmente no que toca a short-breaks. <

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>av&to Até final de Maio, as vendas da GEA Portugal cresceram “perto de dois dígitos”, impulsionadas pelas reservas antecipadas, e tudo aponta que o Verão possa fechar 5% a 9% acima do ano passado. Esta foi a perspectiva avançada por Pedro Gordon, directorgeral da GEA Portugal, durante um encontro com a imprensa, no final de Junho.

TEXTO: FERNANDA RAMOS

Grupo GEA Portugal

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um almoço realizado a 27 de Junho, que serviu para a GEA Portugal apresentar a mais recente edição da sua revista que serve de catálogo e magazine de viagens com uma panóplia de informações sobre diversos destinos turísticos, Pedro Gordon, director-geral da GEA Portugal, fez um balanço das vendas do grupo em Portugal no corrente ano. Pedro Gordon precisou que “nos três primeiros meses do ano o aumento nas vendas foi muito forte” face a igual período do ano passado, muito por via do ‘forcing’ que foi feito nas reservas antecipadas, mas “agora esse crescimento está a abrandar”. Mesmo assim, “até ao final de Maio” o grupo estava com “um crescimento que não chega a dois dígitos mas que está muito perto disso”, situando-se “entre os 9% e os 10%”. Com base nestes resultados e nas indicações de reservas, Pedro Gordon acredita que o Verão irá terminar com “um crescimento entre os 5% e os 9%”, embora alerte que “até que chegue o final de Setembro não podemos ter a certeza de quanto vamos crescer”. Entre os principais destinos vendidos pelas agências da rede, o destaque, em termos de facturação, vai “em primeiro lugar para os países das Caraíbas”, nomeadamente República Dominicana, México, Cuba e Jamaica, seguindo-se “o Algarve e as 30

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Verão deve fechar com subida de 5% a 9% nas vendas ilhas espanholas ao mesmo nível” e Cabo Verde. As vendas estendem-se a muitos outros destinos, como Porto Santo e Saidia que “têm crescido muito, um pouco na continuação dos últimos dois anos”. Soltour, Soltrópico, Solférias, Jolidey, Nortravel, Travelplan, Viajar Tours, Sonhando e Lusanova são os operadores com mais vendas na rede mas “de forma geral estão todos a crescer”. O aumento de vendas era já esperado por Pedro Gordon que o relaciona com a “melhoria da confiança na economia do país”, uma ideia que tem levado a que exista “mais negócio, mais investimento e mais consumo”.

Vendas

• Até final de Maio: + 9 a 10% • Perspectiva final do Verão: + 5 a 9% • Principais destinos ( facturação): Caraíbas (República Dominicana, México, Cuba e Jamaica), Algarve e ilhas espanholas, Cabo Verde

Rede GEA • Agências: 302 • Balcões: 403 • + 15 agências

O que também está a aumentar é o número de associados da GEA que, ao dia 26 de Junho, contava com 403 balcões de 302 agências, ou seja, mais 15 agências que à mesma data do ano passado, traduzido num crescimento de 5% em termos líquidos.

ENTRADA NO PERU No encontro com a imprensa, Pedro Gordon deu conta da constituição da GEA Peru, de que a GEA Portugal detém 75%. “A GEA Peru pertence, a 100%, à GEA Argentina, mas a GEA Argentina pertence em 75% à GEA Portugal, por isso temos 75% da GEA Peru”, explicou. À data, a GEA contava com “10 agências no Peru”, mas “o potencial de crescimento é enorme” pois trata-se de “um mercado completamente imaturo” onde “está tudo por fazer”, nomeadamente no que toca a ferramentas tecnológicas”. No país existem entre 1.500 a 2.000 agências de viagens e a procura dos peruanos pela Europa “disparou” desde que foi retirada a obrigatoriedade de visto para a União Europeia. Por isso o responsável acredita no rápido crescimento da rede GEA Peru. “Pensamos que podemos ter um crescimento rápido no Peru porque não há concorrência, não há grandes redes”, avançou o director-geral da GEA Portugal e GEA América La-

tina, explicando que o mercado peruano é “equivalente” ao português, com um a dois milhões de turistas que viajam para o exterior. Ao nível do BSP e do número de agências de viagens também há semelhanças: “O BSP é pouco superior ao português, assim como o número de agências de viagens, que se situam entre as 1.500 e as 2.000”, disse, acrescentando que as semelhanças se estendem aos operadores turísticos, já que no Peru há apenas “10 ou 15 operadores com peso no mercado”. Para o futuro, a GEA não põe de lado a possibilidade de investimento noutros países da América Latina com a Colômbia a ser uma possibilidade por se tratar de “um mercado com enormes potencialidades”. Mesmo assim, a decisão final depende do sucesso da rede no Peru. “Só avançámos para a Argentina depois de estarmos consolidados no mercado português, como só avançámos para o Peru depois de termos lucros na Argentina, onde o Grupo GEA tem já mais de 400 agências e 500 balcões. Agora só avançaremos para outro mercado depois de nos consolidarmos no Peru”, até porque “abrir uma empresa do tipo da GEA num país custa entre 100 a 200 mil euros”, explicou Pedro Gordon, precisando que todas as aberturas do Grupo GEA “são feitas com capitais próprios”. <


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>av&to

O director-geral da Solférias, Nuno Mateus, afirmou que Gran Canária “é um bom destino”, e tem procura, o problema é que as reservas têm de ser feitas com antecedência porque há “muita pressão ao nível de quartos”. TEXTO: CAROLINA MORGADO

Solférias fez apresentação em 3 cidades

Gran Canária destino muito procurado pelos portugueses

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Solférias apresentou o destino Gran Canária aos agentes de viagens do Funchal, Lisboa e Porto, aproveitando a nova operação diária da TAP para o destino. A aposta do operador turístico é reforçada em lugares garanti-

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dos nos voos das sextas-feiras, sábados, domingos e segundas-feiras, trazendo para esta parceria toda a sua experiência e conhecimento do destino, que opera e promove há vários anos através da Solférias Madeira, o maior emissor português para esse destino”. Esta operação veio juntar-se à já existente da Binter, com saídas a partir de Lisboa e Funchal, na Madeira. Tem uma temperatura média anual de 24 graus, mais de 120 praias, tem património, é indicado para famílias, compras, turismo LGBT, oferece uma série de actividades e entretenimento como desportos aquáticos e tem uma agitada vida nocturna e uma grande oferta cultural. Estas foram algumas características que a Solférias mostrou aos agentes de viagens num roadshow sobre Gran Canária. “É um destino de ano inteiro”, disse Nuno Mateus, director-geral do operador. Apesar de não ser novidade para o operador turístico, que já comercializa há vários anos a Gran Canária, a partir da Madeira, e do continente em voos da Binter, o regresso da TAP àquela ilha canarina, com voos diários, vem dar outro elan ao destino. “Com a TAP, a Solférias está a reforçar a sua oferta para Gran Canária”, refe-

riu o director-geral do operador turístico, para indicar que “com a TAP há uma maior exposição do destino”, até porque “quando a companhia aérea portuguesa lança uma nova rota, acaba por ter uma maior notoriedade e, no nosso caso, aproveitamos o know how que temos na Madeira”. Nuno Mateus considera, no entanto, que o Verão estará praticamente perdido em relação àquele destino, uma vez que com a pressão que existe de outros mercados e porque continua a haver portugueses que preferem reservar as suas férias em last minute, os quartos estão praticamente esgotados. “Arrancando agora e, com a falta de quartos em Gran Canária, não podemos pensar em números grandes. O que nós queremos é marcar a nossa posição e ir evoluindo, e com o que já fazemos na Madeira, temos muito mais capacidade de atingir bons números, mas não no primeiro ano, que será no fundo um ano de afirmação”, realçou o director-geral da Solférias que, não esconde que os números mesmo assim são bons. “Existe procura. Gran Canária é um bom destino em todos os aspectos e o arquipélago acaba por ter uma diversidade de ilhas que a complementam”. Apesar de a Solférias pretender incen-


Principais atributos

• Ilha de contrastes com

enquadramento paisagístico, de onde se destacam a sua riqueza natural, os seus microclimas e o seu relevo geográfico. • 128 praias de areia branca em 60 Km e 236 Km de costa • Temperatura média anual 20ºC • Possibilidade de desportos aquáticos: vela, surf, windsurf, bodyboard, mergulho, pesca desportiva… • Outros desportos em plena natureza: golfe (8 campos), caminhada, escalada, BTT • Ampla variedade de instalações com serviços de Spa e talassoterapia • Destino pensado para famílias • Mais de 500 anos de história com arquitectura colonial e tradições centenárias • Programação cultural durante todo o ano • Compras sem IVA • Variada oferta de alojamento • Animada vida nocturna

tivar as vendas no Inverno, a questão é que “esta é a época mais alta para as Canárias no que toca a vários mercados, nomeadamente russos, ingleses e alemães, o que agora está a acontecer é que eles estão a tornar-se fortes também no Verão”, realçou o responsável, acrescentando que “as coisas mudaram e, hoje em dia, com menos destinos, as Canárias estão cheias no Inverno e no Verão”. Esta situação pressupõe que os operadores turísticos criem e coloquem

produto no mercado cada vez com mais antecedência, para que os portugueses possam fazer as suas reservas atempadamente. “Cada vez mais os portugueses têm que ter a noção que para terem o hotel que querem a melhores preços, devem reservar com antecedência”, afirmou, para acrescentar que “na última hora é tudo mais difícil, porque não conseguimos satisfazer o cliente e temos quase de inventar as confirmações”.

sobretudo quando falamos de Las Palmas, a capital da ilha, mas com uma grande oferta para famílias”. O responsável avançou ainda que o número de visitantes portugueses

em Gran Canária tem aumentado, sobretudo vindos da Madeira. O único dado que avança é que terão visitado a ilha, em 2015, cerca de 35 mil turistas portugueses. <

UM DESTINO PARA VISITAR TODO O ANO Os diversos atractivos do destino, tais como a proximidade a Portugal, uma paisagem diversificada, mais de 40% do território classificado como Reserva da Biosfera, dunas, oferta hoteleira com resorts de quatro e cinco estrelas, os 500 anos de história visíveis na arquitectura dos edifícios localizados nos centros históricos, cultura e património, entretenimento e oferta cultural foram evidenciados pelo delegado da Gran Canária para o mercado ibérico, Jorge Kahr Stenger, nas apresentações aos agentes de viagens. A esses atractivos juntam-se os seis quilómetros das dunas de Maspalomas, os desportos aquáticos, golfe, vida nocturna, compras e turismo LGBT, para além de estarem a dar grande importância a tudo o que tem a ver com arqueologia. “Há muita oferta”, afirmou Jorge Kahr Stenger, que anunciou para este ano a abertura na ilha “do maior aquário da Europa”, com fauna e flora do mundo inteiro. De acordo com o promotor, Gran Canária “não é um destino barato, TURISVER | JULHO DE 2017

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>av&to Nos últimos 15 dias, assistimos a uma reviravolta nas candidaturas às eleições da APAVT para o mandato de 2018-2020, por via do anúncio da recandidatura do actual presidente, Pedro Costa Ferreira, quando até então o que parecia certo era o contrário, perfilandose a existência de uma lista liderada por Vítor Filipe (Go4Travel) e secundada por Miguel Quintas (Consolidador.com).

Eleições na APAVT

Reviravolta nas candidaturas mercados emissores e da lusofonia e ainda “a consolidação da imagem dos agentes de viagem, enquanto criadores de valor para clientes e parceiros”, e a “união do sector nestes tempos tão desafiantes que todos enfrentamos”. A Turisver apurou no entanto que em breve poderá surgir uma segunda candidatura lançada por um grupo de agentes de viagens que há alguns meses tem vindo a movimentar-se para constituir uma alternativa à política implementada pela actual direcção da APAVT. De acordo com alguns dos promotores desta lista, uma das ideias principais é quebrar com uma “dinastia” quase sucessória que vem desde há vários anos, e dotar a APAVT de “uma nova dinâmica”.

TEXTO: FERNANDA RAMOS

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m duas semanas muito se alterou no panorama das candidaturas às próximas eleições para os corpos sociais da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, havendo duas grandes surpresas. Vítor Filipe, cuja candidatura era dada como certa, não irá ser candidato, de acordo com informações que a Turisver conseguiu recolher. Recorde-se que em recente entrevista à nossa revista, Vítor Filipe tinha colocado já um “ponto de interrogação” sobre a sua candidatura, deixando claro que só alinharia num projecto que não causasse divisões entre os agentes de viagens, embora remetesse a decisão para o final do Verão: “Em termos concretos penso que no final

APOIOS A PEDRO COSTA FERREIRA SURGEM DE VÁRIAS AÉREAS DO TURISMO

do Verão estaremos em condições de apresentar um projecto em que a Go4Travel tenha um papel de liderança, mas volto a frisar, o Vítor Filipe só alinhará num projecto em que não existam divisões”, afirmava-nos na entrevista que publicámos na edição de Junho.

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A segunda surpresa foi o anúncio da recandidatura de Pedro Costa Ferreira, tornado público no passado dia 17 de Julho, uma decisão justificada pelas “importantes solicitações para que continue”, lia-se na comunicação enviada à imprensa. Era conhecida a vontade de Pedro Costa Ferreira de não voltar a candidatar-se, mas a recandidatura acaba por acontecer porque “muitos foram os agentes de viagens que manifestaram o desejo que eu continue; porque representam estes agentes de viagens, empresas, organizações e estruturas cuja importância no mercado é indesmentível; porque neles se incluíram personalidades por quem nutro grande respeito e costumo ouvir antes de tomar decisões importantes”. Entre outros argumentos à recandidatura de Pedro Costa Ferreira está a necessidade de manter a mesma linha de actuação em dossiers tão importantes como “a transposição da nova directiva europeia das viagens organizadas; o relacionamento com as companhias aéreas, a TAP em especial, e a IATA, a interacção política com a tutela e entidades regionais de turismo” o “follow-up” de iniciativas internacionais, nomeadamente ao nível da ECTAA, de

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Nos últimos dias foram sendo conhecidos os apoios à recandidatura de Pedro Costa Ferreira “para além do encorajamento de muitos associados da APAVT”, estando a ser constituída uma Comissão que Apoio que, à data de fecho desta edição, era formada pelos presidentes das Entidades Regionais de Turismo do Porto e Norte (Melchior Moreira) Centro de Portugal (Pedro Machado) e Alentejo (Ceia da Silva), Algarve (Desidério Silva), bem como pelos responsáveis das Agências Regionais de Promoção Turística do Algarve (Carlos Gonçalves Luís) e Alentejo (Vítor Silva), pelo director executivo da AP Madeira (Roberto Santa Clara) e pelo vice-presidente da Turismo do Centro ( Jorge Loureiro). O presidente da AHRESP (Mário Pereira Gonçalves), o presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (Raul Filipe), a directora do curso de Turismo da Universidade Lusófona (Mafalda Patuleia), Fátima Vila Maior (FIL/BTL) e Ana Barbosa, ex-presidente da APECATE, eram outros dos nomes. O que também é já público é o apoio da RAVT, oficializado em comunicação da sua CEO aos órgãos de comunicação do trade. Na nota enviada à imprensa, Maria José Silva afirma que a recandidatura de Pedro Costa Ferreira é do seu “profundo agrado” pois irá “evitar e amenizar males maiores que poderiam ser nefastos seriamente para as nossas empresas”, motivo pelo qual lhe declara “total apoio, seja de forma pessoal como em nome da rede RAVT”. <


>destinos Fam Tour da Sonhando

Cuba – o paraíso caribenho

Havana, Cienfuegos, Trinidad, Cayo Coco, Cayo Guilhermo, Santa Clara e Varadero foram os locais visitados por agentes de viagens portugueses e um jornalista da Turisver, a convite do operador turístico Sonhando. O grupo ficou rendido aos ritmos, às praias, à cultura e à história da ilha imortalizada na literatura pelo Nobel Ernest Hemingway. TEXTO: FILOMENA RICARDO

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urante sete dias, o grupo percorreu centenas de quilómetros, naquela que foi a primeira grande Fam Tour da Sonhando em terras de Fidel, o primeiro destino internacional do operador turístico que, actualmente, representa 40% das suas vendas, e para onde já voaram mais de 200 mil portugueses. Os dias foram longos e duros, sempre marcados pelo calor a rondar os 30ºC e a densa humidade que caraterizam o clima do país, mas para conhecer a diversidade e a beleza de Cuba, o circuito combinado entre as grandes e pequenas cidades é, verdadeiramente gratificante. Havana foi o ponto de partida. A cidade velha, um museu a céu aberto, transpira história. Na Plaza de San Francisco de Assis - onde foi construído o Convento de San Francisco de Assis, transformado agora em sala de espectáculos e no Museu de Arte Sacra -, o antigo Edifício da Bolsa, a Fuente de Los Leones - esculpida em 1836 pelo italiano Giuseppe Gaggini - La Conversación - uma obra contemporânea do francês Etienne que representa o diálogo -, a estátua d’ El Caballero de Paris um homem que andou pelas ruas de Havana nos anos 1950 falando das suas filosofias de vida e de política -, os edifícios das antigas casas senhorias, construídos por mafiosos, homens do jogo, políticos, actores e actrizes consagrados de Hollywood,

são alguns dos marcos a contemplar enquanto se vai escutando os sons contagiantes dos ritmos caribenhos que saem dos muitos bares e das ruas e vielas onde vivem centenas de pessoas. Pode-se ainda admirar a pintura e o artesanato, permanentemente, ostentados nas portas das pequenas lojas. Com estilos arquitectónicos entre o barroco e o neoclássico, os coloridos edifícios da Plaza Vieja albergam espaços de visita obrigatória como oCafé Taberna, um dos mais antigos da cidade, o Escorial onde dizem beber-se o melhor café de Cuba, a Fototeca de Cuba, el Planetario, la Cámara Oscura, la Vitrina de Balonia, lojas internacionais como a Benetton ou a Paul &Shark, ou escola primária Angela Landa. Deambular pelas ruas de Havana é semelhante a uma melodiosa aula de história e cultura e, de olhos bem abertos, vamo-nos cruzando com cubanos ou cubanas sentados nos degraus dos prédios a fumar, orgulhosamente, o seu “puro habano”, com o café La Columnata Egipciana frequentado por Eça de Queiroz, ou com La Bodeguita del Medio ou o Floridita onde Hemingway bebia mojitos. E na Plaza de Armas, pode visitar-se a primeira Fortaleza da cidade, o Museu da Cidade, o Castelo de la Real Fuerza ou a Catedral, para além de se admirar a estátua de Luís de Camões. Já na Plaza de La Revolution encontramos um colossal obelisco, a

estátua de José Marti, a inscrição da famosa frase “Hasta la Victoria Siempre” e a face do lendário “Che” Guevara, e de Camilo Cienfuegos, E claro uma montra de máquinas viejas, coloridas relíquias dos anos 50 de marcas, nas quais, por 30 CUC pode-se e deve-se fazer um passeio pela cidade, com passagem pelo Malecón, lugar privilegiado para contemplar o belo mar azul das Caraíbas.

DE CIDADES PATRIMÓNIO À PAIXÃO DOS CAYOS O segundo destino foi Trinidad com paragem em Cienfuegos, uma cidade declarada Património Mundial da Humanidade, em 2005, mas onde o espirito e ritmos cubanos permanecem intocáveis em cada esquina. Já Trinidad, também Património Mundial, destaca-se pelos edifícios históricos bem conservados com fachadas ao melhor estilo colonial, principalmente na Plaza Mayor, onde encontramos o Palácio Cantero agora Museu Municipal, o Museu Romântico, a Igreja da Santíssima Trinidad ou o Museu de Arquitetura Colonial. Em Trinidad dá gosto observar o colorido das casas, ouvir as patas dos cavalos e as rodas das charretes e bicicletas sobre as pedras das ruas, assistir aos espectáculos dos grupos com os melhores sons caribenhos na Casa de La Música ou fazer uma paragem na La Canchanchara, o bar

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>destinos

Hotelaria de luxo e com qualidade Um pouco por todo o país, a oferta hoteleira é vasta e com qualidade. A maioria dos hotéis oferece o regime “all inclusive”, desde os quatro estrelas aos resorts de luxo. Ao nível da restauração, as opções também são diversificadas, pois a maioria dos hotéis tem buffets e restaurantes temáticos de cozinha internacional. O Pestana Cayo Coco abriu este ano o único restaurante português de Cuba. Entre a diversidade de alojamento, o Hotel Iberostar Parque Central, em Havana; Iberostar Grand Hotel Trinidad, em Trinidad; Hotel Pullman Cayo Coco; Hotel Pestana Cayo Coco; Hotel Meliá Cayo Guillermo; Iberostar Playa Pilar; Meliá Jardines del Rey; Hotel Memories Flamenco; Hotel Iberostar Bella Vista; Iberostar Laguna Azul; Meliá Península Varadero; Hotel Royalton Hicacos; Hotel Meliá Marina Varadero; ou Hotel Paradisus Varadero, são algumas das boas opções. <

e de outros guerrilheiros, objectos pessoais de Guevara e da família, roupas, o diplomas da formatura em medicina, fotografias de vários actos públicos, armas utilizadas nas batalhas e outro sem número de objectos que permitem revisitar a biografia do maior herói da história de Cuba. E por fim Varadero, destino de praia muito procurado por turistas portugueses, onde encontramos as melhores praias para umas férias descontraídas. O degradé de azuis transparentes que se funde com vasta extensão de areia de cerca de 22 quilómetros é deslumbrante. E como na restante Cuba visitada nesta viagem, na estância turística de Varadero também se respira musicalidade, arte, cultura, simpatia, boa disposição, e harmonia. Uma harmonia que se estende aos hotéis, experientes no jeito de bem receber, sempre com os ritmos quentes do país que variam entre a rumba, o chá-chá-chá ou a salsa, como que a querer dizer “bienvenidos a Cuba. <

onde se bebe uma bebida típica com o mesmo nome, que consiste numa mistura de rum, mel, água e limão. É fácil apaixonarmo-nos por Cuba e os Cayos. Existem voos directos para as ilhotas, mas a viagem de carro ou de autocarro é bem desafiante, já que pelo caminho podemos apreciar a Cuba genuína, as paisagens, espreitar a vivência das vilas, aldeias e pequenas povoações e percorrer os 16 quilómetros de uma estrada única e memorável. Durante a travessia da Pedraplén - a estrada que rompe o mar e transformou os Cayos em península – vale a pena ficar atento às tonalidades do oceano, definidas pelo reflexo do céu, pelas sombras das árvores e

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plantas, pelos pequenos bancos de areia que emergem, pelas cores dos peixes que sobressaem na transparência, pelas inúmeras aves que mergulham ou beliscam a água ou pelos flamingos que oferecem um pintalgado rosa tão especial. Com uma vasta extensão de areia branca e fina, os Cayos têm um recife rico em vegetação e são refúgio de centenas de aves, das quais se destaca os elegantes flamingos. As praias oferecem águas limpas, quentes, calmas e com diferentes tonalidades de verde. Em Cayo Coco e Cayo Guilhermo encontramos alguns dos melhores resorts do país e a beleza da natureza não se esgota nas praias. O nas-

cer e o por-do-sol são imperdíveis, assim como as várias actividades náuticas que podem ser praticadas ou os cruzeiros para admirar o mar ao som dos ritmos cubanos, fazer snorkeling e nadar com os golfinhos.

VARADERO RESPIRA MUSICALIDADE, ARTE, CULTURA E SIMPATIA Se a opção for os circuitos, é obrigatória uma paragem em Santa Clara, a cidade mais emblemática da revolução cubana e onde é, imprescindível, visitar o Mausoléu do comandante Ernesto “Che” Guevara. É lá que estão os restos mortais de “Ché”

Participantes A Fam Tour onde a Turisver participou, acompanhada por José Manuel Antunes, Ana Tomás e Mariana Correia, da Sonhando, contou com os seguintes agentes de viagem: Andreia Castelo (Top Atlântico); Raquel Trindade (Geostar); Dória Aperta (Avic); Rui Dias (Turitropical); Cristina Marques (Paraíso Oliveira de Azeméis); Ricardo Soares (TravelCare/Porto); Susana Varela (Halcon) Ana Romano (Abreu); Ana Paula Monteiro (Abreu); Noélia Bárbara (MrTravel); Nuno Mendes (Click Expo); Jaime Lopes (Solferias); Paulo Almeida (Solferias); Silvia Silva (Eci); Ana Carvalho (Caravelatur); Susana Fonseca (Click Barreiro).


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>aviação

No mesmo dia em que se apresentou ao mercado português, numa acção no Museu do Oriente, a Air China passou a ser oficialmente representada em Portugal pela Summerwind. Uma parceria que, nas palavras de Peter Han, director-geral da companhia para Portugal e Espanha, tem em vista uma presença mais forte no nosso país, onde quer ganhar a confiança do mercado e crescer. TEXTO: FERNANDA RAMOS

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JULHO DE 2017 | TURISVER

Representada pela Summerwind

Air China quer conquistar mercado português

À

margem da apresentação, em conversa com a comunicação social, Peter Han, director-geral da Air China para Portugal e Espanha, sublinhou a importância que a companhia vota ao mercado português, agora espelhada na escolha de um representante oficial. “Portugal é um mercado muito importante para nós, por isso temos agora um novo parceiro, a Summerwind, para nos representar junto do mercado português”, afirmou aos jornalistas. Passageiros portugueses, a companhia já tem, assegurou o responsável, explicando que “voam de Portugal para a China através de Espanha, França ou Alemanha”, uma facilidade proporcionada pelos acordos de code-share que a companhia chi-

nesa estabeleceu com companhias como a TAP e a Lufthansa, no âmbito da Star Alliance, que permitem viajar de Lisboa para Madrid, Barcelona, Munique ou Frankfurt, entre outros aeroportos e daí para Pe-

“O maior desafio que se coloca à representação da Air China em Portugal é torná-la conhecida do mercado corporate e ganhar a sua confiança”

quim ou Xangai, por exemplo, sem necessidade de realizar mais do que um check in, o que representa uma vantagem em termos de rapidez e comodidade para o viajante. Ao todo, em 2016, foram cerca de 11 mil os passageiros portugueses que voaram na Air China, número que representa “um crescimento de cerca de 15%” face ao ano anterior, conforme avançou Peter Han, deixando claro que, a partir de agora, a companhia quer ganhar a confiança do mercado, muito em particular do segmento de negócios, e conseguir um crescimento sustentado. Um objectivo que tem por base a confiança no produto que oferece aos passageiros lusos, nomeadamente em termos da panóplia de destinos que serve a partir dos seus hubs. “A Air China tem muito boas


Peter Han

“Portugal é um mercado muito importante para nós, por isso temos agora um novo parceiro, a Summerwind, para nos representar junto do mercado português”

João Moreira Baptista

“A Air China tem muito boas parcerias e é a companhia que maior número de rotas tem à partida da China para a Europa, um total de 25”, servindo “19 destinos em 13 países europeus”

parcerias e é a companhia que maior número de rotas tem à partida da China para a Europa, um total de 25”, servindo 19 destinos em 13 países europeus. A companhia chinesa tem acordos, nomeadamente de code-share, com várias companhias europeias e coloca na segurança e fiabilidade os seus principais focos. João Moreira Baptista, da

Summerwind, sua representante em Portugal, destacaria, que “a Air China é sinónimo de segurança”, um tópico em que a companhia coloca a “fasquia ao mais alto nível”. E deu exemplos: a bordo vão sempre quatro pilotos e os voos têm autonomia acrescida, o que significa que o seu combustível pode fazer mais duas horas de voo, pelo menos. Outro aspecto importante, sublinhou, é o acordo de joint venture que liga a Air China à Lufthansa, o que na prática significa que a companhia de bandeira chinesa assume as mesmas políticas da congénere alemã.

VOAR PARA PORTUGAL É “POSSIBILIDADE” Quando questionado sobre a possibilidade de a Air China vir a programar voos directos à partida de Portugal Peter Han reconheceu que “é uma possibilidade” mas acabaria por não deixar muito claro se a companhia está ou não, neste momento, a pensar nessa situação ou se há prazo para que tal seja definido. Isto não significa que a companhia não entenda o mercado português como de importância, pelo contrário. Tanto assim que, segundo o responsável, “para permitir melhores conexões de Lisboa e do Porto, vamos alterar o horário dos nossos voos à partida de Madrid para Pequim” – uma alteração a que entretanto a companhia já procedeu. A entrada da Capital Airlines em Portugal, com voos directos de Lisboa para Pequim, altera um pouco a estratégia da companhia para o mercado português, mas Peter Han não vê grandes problemas nesta concorrência: “No caso de Portugal, não vemos a Capital Airlines como directamente concorrente”, afirmou. Já João Moreira Baptista, da Summerwind, reconhece que a instalação da Capital Airlines veio alterar a estratégia comercial traçada para a Air China, mas sublinharia que o maior desafio que se coloca à representação desta companhia aérea em Portugal é torná-la conhecida do mercado corporate e ganhar a sua confiança. Na divulgação da companhia ajuda de alguma forma, confessa, que o congresso da APAVT se realize este ano em Macau. A Air China vai ser um dos parceiros do evento no qual foi convidada a participar pela APAVT, conforme anunciou Pedro Costa Ferreira, e embora não tenha figurado logo de início no conjunto de transportadoras do congresso, “vai também ter uma tarifa especial para os congressistas”.<

China Air • Fundação: 1988

• Membro da Star Alliance desde 2007

• Frota: 603 aviões com idade

média de 6,2 anos e dos quais 482 são wide body • Rotas próprias: 383 • Destinos internacionais: 103 • Destinos regionais: 16 • Destinos domésticos: 263 • 266 voos semanais para 19 cidades europeias

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>aviação

Iniciada a 23 de Junho, a rota Paris-Beirute teve inauguração oficial a 3 de Julho, um desfasamento de datas justificado pelas celebrações do Ramadão. Para assinalar o arranque da nova rota, vários responsáveis da companhia viajaram até Beirute onde realizaram várias acções, tendo convidado vários meios de comunicação franceses. Um convite que se estendeu à revista Turisver, que também acompanhou a viagem. TEXTO:FERNANDA RAMOS

Rota Paris-Beirute inaugurada

Aigle Azur confiante na resposta do mercado

E

m Beirute, para além de uma conferência de imprensa em que estiveram presentes responsáveis da Aigle Azur e o ministro libanês do Turismo, a companhia ofereceu um cocktail dînatoire no rooftop do Hotel Le Gray, onde a comitiva ficou hospedada, que juntou cerca de centena e meia de agentes de viagens libaneses, um número de reflecte bem o interesse que o trade local deposita nesta nova rota. Se do lado do trade libanês a rota que

Aigle Azur • Fundação: 1946 • Frota: 9 Airbus A320 | 2 Airbus A319 • Voos por semana: 300 • Destinos internacionais operados: Argélia, Portugal (Lisboa, Porto, Faro, Funchal), Guiné Conacri, Mali, Senegal, Líbano | • Aeroportos em França: Paris-Orly Sud | Lyon Saint-Exupéry | Lille Lesquin c -Mérigna Bordeaux | Blagnac Toulouse | e Marseille Provence | Mulhous • Passageiros em 2016: 1,9 milhões • Passageiros em 2017 (perspectiva): 2 milhões • Volume de negócios: 290 M€ (exercício encerrado a 31 de Março de 2016) 40

JULHO DE 2017 | TURISVER

liga as capitais de França e do Líbano desperta inegável interesse, principalmente no que toca às possibilidades de outgoing, do lado da Aigle Azur as perspectivas, para já, não podiam ser melhores. Assim, mesmo antes de iniciar os voos a 23 de Junho, a companhia anunciou o aumento de uma frequência semanal, passando a quatro, pelo menos até 11 de Setembro, mas se a procura justificar o voo adicional poderá ser mantido, tal como a oferta poderá ser reforçada nos períodos de pico, como deixou claro o director comercial e de marketing da companhia, Tiago Martins, que é também delegado para Portugal. Em conferência de imprensa em Beirute, Michael Hamelink, CEO da Aigle Azur, não escondeu a satisfação pela abertura desta nova rota através da qual a companhia que “é conhecida em França por voar para países do Norte e Oeste de África e para Portugal” dá mais um passo em direcção àquele que é um dos seus grandes objectivos: a diversificação de rotas através da aposta “em destinos que estejam até cinco horas de voo de Paris”.

Neste âmbito, Hamelink considerou a nova rota como “uma muito boa oportunidade” para a Aigle Azur, que a “preparou minuciosamente” e que é exponenciada pelos laços que unem França e Líbano. Isso mesmo salientou o ministro libanês do Turismo, Avenis Guidanian, para quem a nova rota “é um sinal das boas relações que perduram entre os nossos dois países”. Considerou mesmo que “a abertura de novas rotas aéreas é um verdadeiro sustentáculo para a estabilidade do Líbano e vem reforçar a nossa confiança no sector do turismo”.

PREPARADA PARA ENFRENTAR A CONCORRÊNCIA Segunda maior companhia aérea francesa “full service”, a Aigle Azur entra num mercado até agora dominado pela Air France e pela Midle East Airline. A aposta é forte e de futuro, como se percebe da afirmação de Michael Hamelink: “Quatro frequências é um bom começo”, disse, deixando em aberto a possibili-


“Queremos levar turistas libaneses para portugal” Em conversa com a Turisver Tiago Martins reconheceu que, embora a nova rota ainda não tenha sido promovida em Portugal, no nosso país “existe um mercado de nicho para este destino” que “não é muito grande” mas que “pode ter algum interesse”. Mais importante do que isso, afirmou, é o facto de haver “um mercado importante do Líbano para Portugal” pelo que “temos mais reservas de turistas libaneses para Portugal do que o inverso”. Em qualquer destes sentidos “vamos ter acordos de empresas, vamos distribuir tarifas de ponto a ponto e vamos tentar acompanhar o melhor possível todos os passageiros que viajarem de Portugal para o Líbano e do Líbano para Portugal”, explica Tiago Martins reforçando que “queremos levar turistas libaneses para Portugal”, aproveitando a situação de Portugal “estar na moda”. Ao mercado de nicho “que não é tão forte no Verão mas pode ter mais interesse na época baixa” junta-se, segundo o delegado para Portugal e director comercial da Aigle Azur, “o mercado religioso e cultural que pode ter algum interesse em visitar o Líbano”. Em qualquer dos casos, garante, “a nossa força está na possibilidade que damos de fazer um stopover de uma ou duas noites em Paris sem terem que pagar qualquer tarifa suplementar, o que não se passa com outras companhias”, diz-nos, acrescentando que “foi sobretudo graças a isso que conseguimos já ter passageiros e reservas de ambos os

lados”. Aumentar frequências em destinos para onde opera e abrir novas rotas integram a estratégia da Aigle Azur e, mesmo sem avançar novidades para o mercado português, Tiago Martins garantiu-nos que “nesta estratégia Portugal não vai ficar para trás”. <

dade de aumento da oferta na rota de Beirute, onde a companhia não vai ter a vida facilitada pois já em Setembro a concorrência irá aumentar, com a chegada da Transavia. A situação não diminui a firme aposta da Aigle Azur no seu novo destino, com o seu CEO a afirmar-se convicto que “o mercado libanês está a responder de forma muito positiva à nossa chegada”. Não obstante, Tiago Martins, director comercial e de marketing da companhia considera que o aumento da concorrência na rota do Líbano representa para a Aigle Azur “um grande desafio” que a transportadora vai combater em várias frentes: uma maior agressividade ao nível tarifário, nomeadamente através do lançamento de uma campanha promocional para o Inverno com tarifas “ainda mais atractivas”, horários nocturnos que considera “uma mais-valia em termos comerciais” e a

qualidade e comodidade oferecidas, assente numa cabine bi-classe renovada, num serviço de classe executiva onde não faltam refeições preparadas por um Chef galardoado com uma estrela Michelin e numa classe económica onde são servidas bebidas e uma refeição quente (jantar ou pequeno-almoço, consoante o horário do voo). Michael Hamelink mostrou-se esperançoso em que a quarta frequência introduzida para este Verão seja para continuar porque “nunca é bom tirar voos, queremos sempre aumentar”. Por isso admitiu que “ficaremos desapontados se tivermos que retirar voos em algumas épocas mais baixas”. No momento, “as vendas, mesmo para o Inverno, estão já a decorrer a bom ritmo”, garantiu Tiago Martins, sublinhando que mesmo em poucas semanas foram já transportados passageiros com partida de outros destinos

operados pela companhia, mencionando o facto de existirem já “reservas de Portugal”. Apesar do interesse do mercado libanês, a França deverá ser o principal mercado nesta rota, com 70% dos passageiros, com Tiago Martins a admitir que 40 a 50% do tráfego seja mercado étnico, 20% negócios e apenas 15% a 20% de lazer. Uma composição com a qual a Aigle Azur está muito habituada a trabalhar, seja nas rotas para Portugal como nas que operara para o Norte de África. “Em termos da tipologia dos clientes há uma grande semelhança com os nossos outros mercados, nomeadamente Portugal e a Argélia”, precisou.

ACÇÕES DE CHARME A abertura oficial da nova rota foi assinalada, no Aeroporto de Orly, com um cocktail na porta de embarque. Só depois os convidados subiriam a bordo do Airbus A320 que partiria de Orly muito perto das 22h00, para ater-

rar em Beirute às 02h45 (hora local), tendo aos comandos o comandante Philippe Gilet. A bordo seguiam 131 passageiros, nas classes económica e “affairs”. Em Beirute a acção de charme foi para os agentes de viagens libaneses, cerca de 150 recebidos com um cocktail dînatoire no rooftop do Hotel Le Grey, no centro da cidade. Nas palavras que dirigiram aos convidados, Michael Hamelink e Tiago Martins deixaram clara a vontade de colaborarem com o trade libanês, e o director comercial da companhia desafiaria mesmo os agentes libaneses a manterem, na época baixa, um ritmo de vendas semelhante ao do Verão, para que a quarta frequência se mantenha. Durante os dois dias passados no Líbano, os convidados da Aigle Azur puderam ainda conhecer alguns dos atractivos do destino como a região de Byblos, cidade de origem fenícia até hoje habitada e eleita Património da Humanidade. <

Rota Paris – Beirute

• Início dos voos: 23 de Junho • Inauguração oficial: 3 de Julho • Duração do voo: cerca de 4h30 • Aparelhos utilizados: Airbus A320 e Airbus A319 • Frequências: 4 por semana Partidas de Paris-Orly Sud

• Segundas-feiras: 21h30 (chegada a Beirute: 02h50 do dia seguinte)* • Quartas e sextas-feiras: 20h05 (chegada a Beirute: 01h25 do dia seguinte) • Domingos: 21h55 (chegada a Beirute: 03h15 do dia seguinte) Partidas de Beirute – Aeroporto Rafic Hariri

• Segundas-feiras: 05h15 (chegada a Paris: 09h00) • Terças-feiras: 03h50 (chegada a Paris: 07h35)* • Quintas-feiras e sábados: 03h15 (chegada a Paris: 07h00) • Voos operados até 11 de Setembro Business Class: Check in e embarque prioritários | Prioridade nas formalidades aeroportuárias | Acesso a VIP Lounges | 2 peças de bagagem (23Kg no porão + 15Kg na cabina) | jornais do dia | cobertor, almofada e travel kit | refeição quente e bebidas, incluindo champanhe Classe Económica: 1 peça de bagagem de 23 Kg no porão | refeições quentes e bebidas | almofada e cobertor TURISVER | JULHO DE 2017

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>figuras

>últimas

Vincent Poulingue Director-geral | Intercontinental Porto e Crowne Plaza Porto

O cargo de director-geral dos dois hotéis do Porto é atribuído após delegação de Eric Viale como director-geral de Área do Grupo IHG em Portugal, em Janeiro deste ano. Vincent Poulingue juntou-se ao Grupo há cerca de sete anos, trazendo uma experiência consolidada como líder de operação em áreas de luxo. Formado pela Cornell-Essec University, o novo director tem também desenvolvido ao longo do seu percurso aptidões na área financeira, criando e gerindo o seu próprio negócio de restauração. A sua carreira levou-o a cargos de direcção de alguns hotéis InterContinental, como na Polinésia, França e Suíça. <

Amazing Evolution renova Hotel Paul do Mar

Pedro Garcia e Costa

Director de Marketing e Vendas | Holiday Inn Porto Gaia

Nuno Pereira

Responsável de Rede e Expansão | Q’Viagem! É o novo responsável de Rede e Expansão da Q’Viagem!, numa contratação que tem como objectivo expandir e promover a marca. Com mais de 10 anos de experiência no sector do turismo, Nuno Pereira foi Sales Specialist na TUI Portugal até ao passado mês de Junho. No seu percurso profissional conta, ainda, com passagens pelo Grupo Newtour promovendo as marcas Soltrópico e Turangra. <

O Hotel Paul do Mar sofreu algumas intervenções realizadas pela empresa que gere a unidade hoteleira, a Amazing Evolution, que incidiram na recuperação das fachadas do hotel, decoração dos interiores e recuperação integral da esplanada, jardim e piscina. O principal objectivo desta renovação passou por aliar a modernidade ao conforto, proporcionando um ambiente mais “trendy” ao hotel, que se apresentava envelhecido. O 4 estrelas, localizado no Paul do Mar, na costa sul da Ilha da Madeira, encontra-se a uma hora de distância do Aeroporto Internacional da Madeira e a 45 minutos do Funchal. A unidade hoteleira apresenta vistas sobre

o mar, com uma localização na base de um rochedo, com um suave declive virado para o Oceano Atlântico. Perto do Parque Natural e rodeado de montanhas, apresenta 57 estúdios, três apartamentos de um quarto com vista para o mar, três piscinas, restaurante e bar. As principais atracções da zona do Paul do Mar são a observação de baleias e golfinhos, caminhadas, passeios ou corridas de barco, pesca, surf e snorkeling. Todas estas actividades estão disponíveis mediante inscrição na recepção do hotel. Os hóspedes podem ainda relaxar no Spa da unidade, com um tratamento ou massagem com produtos da Thalgo. <

Formação para gestores de golfe e indústria do turismo no Algarve O Programa de Capacitação de Empresas – Segmento Golfe foi desenvolvido pela Associação de Gestores de Golf de Portugal em parceria com o Turismo de Portugal e a Federação Portuguesa de Golfe. Vai decorrer a partir de Setembro, dividido em três módulos, na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, em Faro. O primeiro módulo inicia-se a 29 de Setembro, o segundo a 3 de Novembro e o terceiro a 2 de Fevereiro de 2018, concluindo-se a 17 de Fevereiro. Liderança e Motivação de Equipas, Comunicação e Atendimento, Gestão de Food & Beverage, Cost Managment, Revenue Management, Técnicas de Merchandising, Introdução ao golfe, Organização de competições de golfe, Classificação de campos de golfe, Operações de manutenção de campos de golfe e Softwares de golfe, são os temas a abordar nos vários módulos. A frequência de todos os módulos dá direito a um certificado de participação emitido pelo Turismo de Portugal | Escolas do Turismo de Portugal. A formação vai ter um total de 75 horas, dirigidas por monitores credenciados da própria Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve, da Federação Portuguesa de Golfe, da Associação Europeia de Golfe e da Gestores de Golf. O valor total do programa de formação é de 340€, com 10% de desconto para quem pague o curso integralmente e não por módulos e uma redução de 20%para a inscrição de mais de dois trabalhadores. <

Desejo assinar a Revista por um período de ______________ ano(s)

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O profissional ingressa no Holiday Inn Porto Gaia após ter passado pelo grupo angolano Skyna Hotels, onde assumiu a Direcção Comercial, e pelo Mangais Golf Resort, onde foi responsável do Departamento de Marketing & Vendas. Passou também pelo grupo Vila Galé, como gestor de mercado, responsável pelos mercados do Reino Unido, Irlanda e Escandinávia, e pelo La Varzea Polo & Golf Resort, onde assumiu o cargo de Sales Manager. Licenciado em Engenharia Informática e de Computadores, pelo ISEL, Pedro Garcia e Costa especializa-se no sector com a obtenção da Certificação em “Global Hospitality Management” pela School of Hotel Administration, da Cornell University (Nova Iorque, EUA) e actualmente frequenta o Master in Hospitality Management: Focus on Hospitality Marketing and Hotel Revenue na mesma instituição. <

Boletim de Assinatura Turisver

Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Continente e Ilhas € 52,50 (Anual)

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Assinale com uma cruz o destino pretendido.

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