Revista bragantina dezembro 2015

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Revista Eletrônica Bragantina On Line

Discutindo ideias, construindo opiniões!

Número 50 – Dezembro/2015 Joanópolis/SP

Edição nº 50 – Dezembro/2015

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SUMÁRIO Nesta Edição: - EDITORIAL – Esperança ..................................................................................... Página 3; - PSICOLOGUÊS – A construção de um mito Por Luciano Afaz de Oliveira .................................................................................. Página 4; - ROMANCE DAS LETRAS – A política como ferramenta de transformação Por Betta Fernandes ................................................................................................. Página 6; - LINHA DO TEMPO – Que o amor prevaleça Por Helen Kaline Pinheiro ....................................................................................... Página 8; - A ARTE DO TURISMO E DA HOTELARIA – Profissionais de turismo: a noite de natal! Por Leonardo Giovane ........................................................................................... Página 10; - HISTÓRIA AMBIENTAL – Estrela guia Por Diego de Toledo Lima da Silva ....................................................................... Página 12; - PALAVRAS E EXPERIÊNCIAS – E agora, José? Por Emily Caroline Kommers Pereira .................................................................. Página 14; - BIOMEDICINA – Ciclo menstrual: sangria inútil Por Tereza Reche .................................................................................................... Página 16; - COLCHA DE RETALHOS – O natal, nos tararás da vida! Por Rosy Luciane de Souza Costa ......................................................................... Página 19; - O ANDARILHO DA SERRA – Uma brincadeira de papel Por Susumu Yamaguchi ......................................................................................... Página 25.

Edição nº 50 – Dezembro/2015

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EDITORIAL

ESPERANÇA

Prezados leitores! O amor e o companheirismo predominam nas ruas, vilas e casas, onde o clima de natal e de festas alegra a vida cotidiana. Época de renovar o espírito, buscando a esperança de dias melhores e de novos tempos. Somos instigados a refletir sobre o ano que passou, nossas ações e omissões, instituindo planos para o próximo período que logo se inicia. Esperança... Esperança meus amigos! Que a nossa fé e determinação sejam o fio condutor das mudanças que o mundo tanto precisa... Boas festas e vamos em frente, sempre em frente!

Diego de Toledo Lima da Silva – Editor (16/12/2015) E-mail: revistabragantinaon@gmail.com

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PSICOLOGUÊS

Luciano Afaz de Oliveira TRI-PSICO Psicólogo Clínico Particular (Piracaia) Psicólogo da Saúde Mental (Prefeitura Municipal de Piracaia) Psicólogo Clínico Particular (Joanópolis) E-mail: lucianoafaz@gmail.com A CONSTRUÇÃO DE UM MITO

A construção de um mito seria possível nos dias atuais? Pois bem, para começarmos a leitura vamos nos desprover de rivalidade esportiva e nos apoiar ao fato real construído por 25 da carreira do atleta de futebol chamado M1to (Rogério Ceni). No dia a dia ficamos cada vez mais com raiva de tantas notícias ruins, da falta de caráter dos políticos, pessoas estas que um dia depositamos nossas esperanças e, assim, mesmo nos momentos de lazer, buscamos a satisfação de nossas alegrias e vislumbramos pessoas iluminadas, assim como Pelé, Oscar, Senna e o Ceni.

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Um mito surge a partir da necessidade de explicação sobre a origem e a forma das coisas, suas funções e finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os homens. Ele vem em forma de narrativa, criada por um narrador que possua credibilidade diante da sociedade, poder de liderança e domínio da linguagem convincente, e que, acima de tudo, “jogue para a boca do mito” o que gostaria de impor, mas adequando a estrutura do mito de uma forma que tranquilize os ânimos e responda às necessidades do coletivo (CHAUÍ, Marilena). No dicionário temos que o mito é um relato fantástico de tradição oral, geralmente protagonizado por seres que encarnam as forças da natureza e os aspectos gerais da condição humana; lenda. Ou seja, estes atletas ou piloto ultrapassam o que consideramos normal até dentro das modalidades que competem. São pessoas que não tem forças sobrenaturais, mas que nos inspiram e como uma lenda propaga-se por anos e anos. Ele só nasce e se consolida a partir da aceitação coletiva, ou seja, o mito só existe quando ele cai no senso comum. É ele quem dá a vida ao mito. Mesmo que ocorra rivalidade ou gosto pessoal de cada um, fica evidente que os mesmos ultrapassam suas épocas. Por exemplo, mesmo que um indivíduo não goste daquele atleta, por gostar de outro time, saberá que este não está dentro da normalidade, pois faz algo diferente dos seus pares. Ou seja, gostar de outros pilotos, pois o Senna não era do seu país ou porque gostava mais do Piquet (meu caso). Mesmo assim, na construção do Mito, bastou por muito tempo terem falado sobre suas peripécias, que infelizmente no caso do Senna foi encerrada com um acidente. O que talvez aumentasse ainda mais a concepção de mito. Enfim o mito existe, ou apenas no nosso imaginário, como na Mitologia Grega.

Como citar: DE OLIVEIRA, L.A. A construção de um mito. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.50, p. 4-5, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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ROMANCE DAS LETRAS

Betta Fernandes Escritora e Advogada E-mail: bettabianchi40@gmail.com A POLÍTICA COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO

Eduardo Pereira, casado, engenheiro, conhecido como marido da Débora, Secretária Municipal. Funcionário do Estado, assessor no Governo do Estado. Leva uma vida tranquila, curte a família e gosta de pescar. Foi Assessor Parlamentar, Vereador de 2005 a 2008, Vice-Prefeito de 2009 a 2012 e Secretário Municipal de Obras e serviços Públicos de 2009 a 2010. Atualmente, trabalha no Governo do Estado atuando no atendimento à população, mantendo um escritório político há mais de 22 anos no mesmo endereço. As pessoas o procuram para diversos assuntos: reclamações do bairro, documentos, encaminhamento para o trabalho. Busca o direito do cidadão. Já atenderam mais de 18 mil pessoas na cidade. Atua na área de esporte, cultura e cidadania. Interagem muito bem com a população não só no período eleitoral, mas se torna uma rotina de trabalho. Hoje atua à frente de um novo grupo político para viabilizar uma candidatura própria para o ano de 2016. O Partido pretende ter a candidatura própria ao Poder Executivo, para Prefeito e chapa para Vereadores. Eles buscam pessoas que estão dispostas a atuar politicamente na cidade: empresários, membros das comunidades, profissionais liberais. Pessoas que queiram sair da normalidade e que queiram fazer da política uma ferramenta de transformação. A ferramenta da transformação é um processo político para atuar no âmbito civil. Tem que ter determinação e coragem para fazer política séria. Encarar olho no olho a Edição nº 50 – Dezembro/2015

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população e não só no período eleitoral. Para quem quiser participar do partido e do grupo é só comparecer no escritório que fica na Rua General Osório, 263 - Jardim Paulista ou maiores informações pelo telefone (13) 3316-2809 ou celular (13) 9816-77777, falar com Eduardo Pereira.

Veja mais em:

Blog: bettafernandes.blogspot.com.br Twitter: @bettabianchi40 Facebook: Betta Fernandes

Como citar: FERNANDES, B.

A política como ferramenta de transformação. Revista Eletrônica

Bragantina On Line. Joanópolis, n.50, p. 6-7, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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LINHA DO TEMPO

Helen Kaline Pinheiro Estudante de Psicologia e jovem talento de Joanópolis E-mail: helenkpinheiro@gmail.com

QUE O AMOR PREVALEÇA

Uma etapa de nossa vida se encerra a todo instante, cada dia é novo, cada momento é único, cada pessoa que passa em nossa vida nos toca de uma maneira especial. Os momentos que passamos trazem em si a certeza da vida, esta que precisa ultrapassar as fronteiras para chegar ao seu destino, mesmo quando os nossos desejos parecerem não se concretizarem, ela sempre continua o seu trajeto. Vida, ela pertence a nós, foi o presente mais belo e precioso que recebemos, apesar de tantas vezes nos descuidarmos dela, ela ainda continua sobrevivendo a cada momento difícil. Muitas vezes a vida se encontra escondida, quando não identificamos ao despertar o milagre de um novo dia, ao sorrir verdadeiramente o resplandecer de um bem existente, a esperança no coração do outro se reascende quando a ele dirigimos um olhar que ultrapassa a aparência para chegar a sua essência. Quando, por momentos difíceis passarmos, que tenhamos a certeza de que jamais ficaremos sozinhos, quando ao nosso lado encontrarmos o amigo e assim compreendermos a importância de ser um bom amigo. Se compreendêssemos o dom de uma vida, pelo simples fato de existir, compreenderíamos o que é o amor. Porque o amor não consome, o amor não cansa, o amor não esgota, o amor não é solitário, mas é o amor que liberta, que une, que transforma e que espera, o amor é que faz o ser humano ser feliz quando este compreende que a vida partilhada fica farta de alegria. O amor nos ajuda a compreender aquilo que pela razão não conseguimos entender, somente pelo amor um novo caminho pode se abrir quando não avistamos saídas,

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mas continuamos identificando o amor revelado no amigo que sempre permanece com a mão estendida ao nosso lado. Que o amor nos auxilie na vivência de todos os dias deste novo ano, que ele nos leve a compreender que mais importante do que alcançar os objetivos é viver cada dia, tendo a certeza de que seguimos sempre na superação de nós mesmos. Afinal, esta deve ser a nossa meta: olhar para nós mesmos com sinceridade, identificando as superações e as fragilidades, para que possamos perseverar no propósito de dar um passo mais em direção ao ser humano que podemos nos tornar, acreditando que existe um amor que sempre nos renovará.

O amor é mais que um poema, Muito mais que uma pessoa, Ele é a nossa essência!

Leia mais no Blog: http://helenkaline.blogspot.com.br/

Como citar: PINHEIRO, H.K.

Que o amor prevaleça. Revista Eletrônica Bragantina On Line.

Joanópolis, n.50, p. 8-9, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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A ARTE DO TURISMO E DA HOTELARIA

Leonardo Giovane M. Gonçalves Técnico em Hospedagem e Graduando em Turismo E-mail: leonardo.giovane@hotmail.com PROFISSIONAIS DE TURISMO: A NOITE DE NATAL!

O fim do ano possui concepções diferenciadas para as pessoas, umas adoram o natal e outras já não gostam muito. Contudo, sem sombra de dúvidas, o natal, em especial, é marcado pela fraternidade das pessoas, pelo espírito humilde e hospitaleiro que renasce no finzinho do ano. Nesta data observa-se o reencontro de famílias, bem como os abraços calorosos ao se reencontrarem e os olhares incrédulos pela presença de seus entes queridos. As famílias abrem suas portas para as festividades e convidam a todos para partilharem de um único momento significativo e tão especial que é a noite de natal. Muitos passam o natal em casa, outros procuram passar a data em restaurantes, cruzeiros, hotéis e pousadas. Estes querem desfrutar da data sem se preocupar com o tempo que o peru vai ficar assando, com o arroz que está no fogo, com o parente que não trouxe a sobremesa, enfim, essas pessoas buscam esses lugares no intuito de aproveitar da noite de natal sem se preocupar com os preparativos. É nas noites de natal, momentos de grande felicidade das famílias que passam fora de casa, que os turismólogos e hoteleiros trabalham nos bastidores para garantir que tudo saia assim como sonhado. A profissão situada no setor de serviços é singular, pois os seus profissionais trabalham quando todos os outros querem descansar. Pense bem! Quando vamos a um hotel ou participar de um carnaval de rua, estamos indo em busca de lazer, mas muitas vezes não percebemos que para o nosso momento de lazer ocorrer alguém teve que passar horas planejando e pensando em cada segundo de como seria o nosso lazer. Turismólogos, guias de turismo, hoteleiros, profissionais de eventos e outros são aqueles que se dedicam a realizar sonhos, transformar o que sonhamos e planejamos em meio Edição nº 50 – Dezembro/2015

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aos devaneios em realidade. Muitas vezes, a responsabilidade desses profissionais é tão grande que eles tem que se sair perfeitos, por exemplo, quando guardamos todas as nossas economias, escolhemos o destino, escolhemos a data, apostamos tudo nela e só temos aquela oportunidade para vivenciar algo realmente gratificante e, assim, que vai tornar nossa viagem extremamente prazerosa é o profissional de turismo. Sem sombra de dúvidas, a gratidão dos profissionais do turismo está em ver o sorriso estampado no rosto de seus clientes, é ouvir deles o quanto aquela viagem foi boa e que voltariam mil vezes naquele local. A gratidão dos clientes alimenta o profissional de turismo, lhe dá força para seguir em frente e enfrentar mais uma, mais muitas, noites de natal longe de casa oferecendo aos seus clientes o que ele tem de melhor, a hospitalidade.

Como citar: GONÇALVES, L.G.M.

Profissionais de turismo: a noite de natal! Revista Eletrônica

Bragantina On Line. Joanópolis, n.50, p. 10-11, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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HISTÓRIA AMBIENTAL

Diego de Toledo Lima da Silva Técnico/Engenheiro Ambiental, Andarilho e Cronista E-mail: diegoaikidojoa@hotmail.com ESTRELA GUIA

Movimentos singulares representavam cenas de um documentário reproduzidas pelo seu olhar, trançando a visão por serras e morros tão longes e ao mesmo tempo tão próximos. O tempo deu um sinal de autorização ao sol, possibilitando vencer o mar de nuvens que o envolvia. Misteriosamente ela seguia à frente, cada vez mais distante. Uma igreja, um sinal de glória e a velha estrada, vencida a passos lentos após horas caminhando como um moribundo. Já não a avistava mais, será que era apenas uma visão? Por alguns quilômetros ela me acompanhou e agora se tornou uma miragem produzida pela Serra da Mantiqueira. Também, pudera, as dores se espalhavam por todo o corpo, havia percebido quão frágil é um homem. Mas ela seguia como se nada pudesse a atingir, assobiava alegremente e carregava uma mochila nas costas, leve como o vento. Por alguns instantes imaginei que ela havia sido levada pelas corredeiras do rio do Peixe, em outros que um atalho foi a alternativa escolhida e que estava perdida. No entanto, pensei bem e era eu que estava perdido entre nuvens, enxergando a estrada com certa dificuldade. Provavelmente, ela já teria alcançado o pouso, um banho e uma cama quente. Parado numa ponte na estrada da Santa Cruz aguardava o dissipar do nevoeiro e as cores do sol, observando o correr das águas. Ali, senti sua alma presente, num doce perfume das primeiras flores da primavera, abrindo o caminho para novos passos.

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Olhei o céu e uma solitária estrela ainda brilhava, guiando-me em direção ao pouso e ao descanso tão desejado, logo alcançado no meio da manhã. Ela não estava no lugar, mas o perfume era tão presente quanto àquela estrela guia...

Como citar: DA SILVA, D.T.L. Estrela guia. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.50, p. 12-13, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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PALAVRAS E EXPERIÊNCIAS

Emily Caroline Kommers Pereira Escritora e Jornalista E-mail: myzinhacarol@gmail.com E AGORA, JOSÉ?

Com o Trabalho de Conclusão de Curso aprovado e a aprovação também nas demais matérias do ano, finalmente posso dizer: estou formada. Um alívio, sem dúvida, um peso a menos no coração, um problema a menos para enfrentar. Então chegou o momento de me perguntar: e agora? Lembrei-me do poema José, do grande Carlos Drummond de Andrade:

E agora, José? A festa acabou, A luz apagou, O povo sumiu, A noite esfriou, E agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, Que zomba dos outros, Você que faz versos, Que ama, protesta? E agora, José?

E agora, Emily? A faculdade acabou. O povo sumiu. A noite esfriou. E agora, Emily? Quando optei por Jornalismo, o fiz por querer ser uma jornalista-escritora. Coincidentemente (ou não), esse foi o tema do meu TCC. Mas agora que me formei, vejo que escrever literatura de ficção não basta. Não no Brasil. Então devo eu ser somente jornalista? Edição nº 50 – Dezembro/2015

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Depois das descobertas que fiz ao escrever meu livro-reportagem, vi claramente que um escritor de ficção em nosso país precisa ter um ofício que o sustente, pois infelizmente a literatura não é corretamente encarada como profissão ou algo que pode ser o carro-chefe na vida de alguém. Isso pode funcionar nos países onde há esse bum literário, com sagas e séries sendo constantemente lançados. Nem o mestre J. R. R. Tolkien foi somente escritor. Ele foi professor, filólogo e teve outros ofícios. No intervalo de tudo, escrevia. Assim, conquistou o mundo com suas obras de fantasia como O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Em nenhum momento ele largou tudo e disse: “sou escritor somente”. Estamos falando de um autor da Inglaterra, onde há, desde muito tempo, outro destaque para a arte literária, e uma valorização mais ampla da literatura como profissão. Se com Tolkien foi assim, não há como um escritor brasileiro ser só escritor desde o começo. Não na realidade vivida agora e há anos, no Brasil, onde um jovem lê, em média, quatro livros por ano e quando lê, opta na maioria das vezes por literatura estrangeira, deixando a ficção nacional de lado. Essa conclusão, depois de um intenso trabalho, mostrou que eu preciso ter uma resposta para o meu “E agora?”.

Como citar: PEREIRA, E.C.K. E agora, José? Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.50, p. 14-15, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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BIOMEDICINA

Tereza Reche Biomédica/Escritora E-mail: terezarch@gmail.com CICLO MENSTRUAL: SANGRIA INÚTIL

Hoje, a menstruação parece ser um assunto já debatido e fácil de lidar para as mulheres. Mas a realidade não é bem essa. Quando se fala em menstruação, muitas são as queixas feitas sobre todos os sintomas ou efeitos causados por ela. Mulheres reclamam de dor de cabeça, de dores nos seios e nas pernas, de inchaço abdominal, de cólica, de irritabilidade, variação de humor, sensação de cansaço. Esses e outros incômodos chegam um pouco antes da menstruação e, em muitos casos, só encerram muito depois que a menstruação vai embora. Interessado em amenizar esses efeitos desconfortáveis, o médico e cientista Dr. Elsimar Coutinho dedica-se, há mais de cinco décadas, ao estudo do mecanismo que define a menstruação e dos métodos que amenizam os sintomas ruins relatados pelas mulheres. Dr. Elsimar Coutinho defende que a menstruação é uma sangria inútil. Para ele, atrelar os conceitos de feminilidade, fertilidade e juventude à presença da menstruação é um erro que precisa ser consertado. E a medicina é apontada por ele como a melhor forma de devolver à mulher o bemestar que lhe era negado por questões simplesmente culturais. No tempo dos primatas, quando ainda não havia o que hoje se chama de "civilização", as mulheres menstruavam poucas vezes na vida, já que a cada ovulação, ela se relacionava sexualmente com o seu parceiro gerando assim, uma gravidez seguida da outra. As conquistas femininas ao longo dos anos fizeram com que a mulher pudesse decidir pela gestação e que o número de gestações e filhos fosse cada vez menor, já que essa mulher

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começou a desbravar o campo do crescimento pessoal e, principalmente, profissional dentro da sociedade. Portanto, a ideia de que menstruar mensalmente é uma invenção da civilização moderna é defendida com convicção pelo Dr. Elsimar Coutinho. Mais ainda, para ele a menstruação é uma sangria inútil e que afasta a mulher de uma qualidade de vida plena, sem dores, nem limitações, e traz além de incômodos periódicos, doenças que podem influenciar negativamente na qualidade do desenvolvimento dessa mulher. Foi a partir dessas observações que Dr. Elsimar Coutinho desenvolveu os Implantes Hormonais com substâncias, que além de livrar a mulher dos problemas ligados à menstruação - como TPM, menopausa e outras situações - também devolve à mulher o direito de desfrutar de uma vida mais tranquila, distante de problemas ligados aos hormônios sexuais. Portanto, para desfrutar dessa melhoria da qualidade de vida, da possibilidade de se relacionar pessoal, profissional, amorosa e sexualmente de maneira plena e consciente, então você está no lugar certo e no caminho da escolha certa: os implantes hormonais como método de supressão da menstruação e reposição hormonal.

Reposição Hormonal

"Os tratamentos com Implantes Hormonais ajudam a mulher moderna a prolongar o bem-estar do corpo e da mente. Elas passam a viver sem regras e em estado de harmonia por tempo indeterminado", revela o Dr. Elsimar Coutinho (foto).

Os Implantes Hormonais são recomendados para mulheres que precisam tratar de distúrbios hormonais, repor os hormônios que deixam de ser produzidos naturalmente na menopausa, ou buscam um método eficiente de contracepção ou suspensão da menstruação. Geram excelentes resultados para aquelas que desejam cessar os sintomas da TPM ou tratar doenças catameniais. São ainda altamente eficazes no combate à anemia - típica do sexo feminino -, além de atuarem na preservação da fertilidade, no tratamento da falta de libido e na prevenção de enfermidades. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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Enfim, fica a critério da mulher a opção da interrupção do ciclo menstrual, porém, é fato consumado e confirmado cientificamente que em breve esse evento fisiológico provavelmente virá a ser extinto. Agora, cabe a nós mulheres a busca por um profissional ginecologista de confiança para que possa orientar acerca desse assunto, e, sobretudo, a escolha...

http://www.elsimarcoutinho.com/livros/menstruacao-a-sangria-inutil/

Como citar: RECHE, T.

Ciclo menstrual: sangria inútil. Revista Eletrônica Bragantina On Line.

Joanópolis, n.50, p. 16-18, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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COLCHA DE RETALHOS

Rosy Luciane de Souza Costa Professora, Historiadora e Pesquisadora E-mail: costarosyluciane@hotmail.com O NATAL, NOS TARARÁS DA VIDA

Tempo de confraternização, de repensar a vida, de unir famílias, tempo de amorosidade. “O Natal surge como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo. Foi em meados do século IV D.C. que se começou a festejar o nascimento do Menino Jesus. O Papa Júlio I fixou a data no dia 25 de Dezembro, por desconhecer a verdadeira data do Seu nascimento. Sob influência franciscana espalhou-se a partir de 1233, o costume de em toda a cristandade se construir presépios, porque estes reconstituíam a cena do nascimento de Jesus. A árvore de Natal surge no século XVI, sendo enfeitada com luzes símbolo de Cristo, Luz do Mundo” (Pesquisa da Internet) O mês de dezembro, em Juazeiro da Bahia, além de trovões, relâmpagos e nenhum prenúncio de chuvas, chegava mansamente embalado pela musicalidade característica de final de ano. Sim, os sons de sinos e harpas confirmavam que o Natal do menino Jesus começava a envolver a cidade. As músicas natalinas e as coloridas vitrines desde o mês de novembro, que invadiam o centro comercial de Juazeiro, anunciando que o mês do menino Jesus se aproximava. As inúmeras caixas de som espalhadas pelas ruas centrais, não só promoviam expectativas aos “Milagres de Natal”, como prenunciavam a aproximação das bênçãos do final de mais um Edição nº 50 – Dezembro/2015

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ano. As famílias se imbuíam do espírito natalino, programavam os encontros e reuniões em ambientes religiosos e ou comunitários, em prol de serviços assistências nos bairros mais carentes e também nas invasões. As crianças cantarolavam pelas calçadas as músicas natalinas e contavam os dias que faltavam para receberem os presentes do “Velhinho”. Os pais pintavam as casas, trocavam as mobílias e sobre a mesa central da casa ficava uma árvore de Natal, com algodão por sobre os galhos do pinheiro, fingindo ser a neve da terra do Papai Noel. As senhoras encomendavam às donas dos fornos de barro cozido os perus e leitoas assadas. O caminhão baú do Dom Vital parava em frente a algumas residências, entregando no final do dia 24 de dezembro as grandes cestas de vimes, recheadas de frutas cristalizadas, ameixas, vinhos e novidades comestíveis vindas de São Paulo. O movimento no comércio se intensificava com a compra de presentes e roupas novas para a meia noite da Missa do Galo. Após a missa, os pais mais que depressa rumavam aos seus lares, para o encontro com amigos, familiares e vizinhos, na esperada confraternização e Ceia de Natal. Ouvia-se o espocar dos Champangnes, acompanhados de abraços e desejos de paz, felicidades e farturas para o novo ano que se prenunciava. Em seguida o dono da casa colocava a Cesta de Natal no centro da sala, para que todos se servissem. Adultos e crianças, enchiam a boca de castanha do Pará, nozes e frutas secas. Em nome da alegria, os meninos rodavam os piões metálicos no espaço da sala. O volume das antigas radiolas de braço deixava claro que, a comemoração ia até o raiar do outro dia.

Baile Pastoril “A Caridade”. Encenação do nascimento do menino Jesus.

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Ninguém queria dormir, pensando no presente que o Papai Noel colocaria embaixo da cama. Cedo da manhã do dia 25 de dezembro, os meninos faziam o desfile nas calçadas com os carrinhos de madeira, sapatos e petecas; as meninas exibiam suas faceiras bonecas choronas, e as modernas sandálias acolchoadas. A cada passada as sandálias bufavam, promovendo nos meninos largas risadas. Havia garotos que andavam um pouquinho com os novos sapatos, e paravam para limpar os solados com um pedaço de pano molhado que trazia dentro do bolso. O sapato era novo e não podia se estragar. E assim as invencionices sucessivamente aconteciam.

Auto de Natal em espaço público.

As tradicionais Lapinhas de Belém (Presépios) eram vistas na sala principal das residências, em sinal de louvor, respeito e devoção. Nesta época, as crianças das Ruas de Baixo confeccionavam com o barro retirado dos buracões das Olarias, os figurantes da “Caminhada de Belém”. Cada qual se esmerava em ser mais original ao tema. Nesta data, os aromas que circulavam nos lares cheiravam a União e Perdão.

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Folclore Reis de Boi

A cidade se organizava nas apresentações dos Reis de Boi. Na época, apresentavam-se no Natal. Com as características de um teatro, o desenrolar da apresentação folclórica é voltado a um homem, que viu seu empregado de confiança cortar a língua do boi. Prosseguindo com o Drama, providencia-se a ressuscitação do Boi. Chama o médico, leem o testamento do boi e as figuras dos animais aparecem em cena além do Vaqueiro, do dono do boi e pastorinhas. O médico ressuscita o boi através de rezas, sob os aplausos das figuras do Urubu (Babau), Jandaia, Mulinha, Borboleta, Maria Carinhosa. Os bailes Pastoris aconteciam nas praças, nos teatros e ou ternos de meio de rua. Os grupos enfeitados com chapéus e fitas teatralizavam seus personagens e sacudiam o estandarte em todas as direções, relembrando o nascimento de Jesus, no canto ou dança poética dos pastores:

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Vamos todos abrir as portas Que queremos entrar Pra visitar o Deus menino Nessa noite venturosa Desejamos festejar.

Nós somos os pastores Que viemos do além Visitar a Deus menino Na lapinha de Belém.

Entramos bem devagar Que nessa casa queremos festejar (BIS)

Nas barrancas do São Francisco, induzindo as povoadas comunidades de beira de rio até a elevação. A intensa luz de Jesus menino, vinda pelos clarões dos céus na estrela de Davi, harmonizava as dos sentimentos e irmandade. Na época Natalina os anjos Serafins cantavam as fiéis e benéficas Bem aventuranças, apostando que a “Paz na terra” venceria as inimizades de décadas. As inimizades seriam desfeitas e todos buscariam abraços de paz e reconciliação. Sob as angélicas vibrações natalinas, as desavenças de “Sangue e faca” haveriam de dobrarem os joelhos diante do badalar dos “Sinos de Natal”, solidarizando-se no cúmplice aperto de mão. As tradições não se limitavam somente aos dias de comemorações. Os costumes ostentavam respeito e consideração aos moradores da terra. Este povo crente nas luzes das estrelas abraçou o incerto amanhã, partiu com os lenços atados ao pescoço e mochilas nas costas, em direção ao nascer de um novo dia. Saído de alguma janela imaginária, ainda seria ouvido alguém dizer que nas antigas estradas da cultura peregrina, as histórias de um povo deviam ser gravadas nas ladeadas pedras do encosto, para que se eternizassem. Pois, se forem escritas nas areias das trilhas, o vento se encarregará de soprá-las no espaço-tempo, onde não existe o cofre guardião da essência-memória e, sendo assim, tudo será esquecido.

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Representação teatral dos três Reis magos

Feliz Natal

próspero Ano Novo.

Como citar: COSTA, R.L.S. O natal, nos tararás da vida. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.50, p. 19-24, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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O ANDARILHO DA SERRA

Susumu Yamaguchi Cronista, Andarilho e Morador de Joanópolis E-mail: sussayam@gmail.com

UMA BRINCADEIRA DE PAPEL

Na noite fresca depois do temporal de fim de tarde, BBC esperava. Não seria longa a vigília, apenas algo entre o tempo de uma corrida de dez quilômetros e o de uma São Silvestre. Sentou-se e procurou a lua cheia e seu séquito de estrelas no céu logo acima da Serra do Lopo, bem ao alcance dos sonhos de todos os seus natais.

Eu pensei que todo mundo Fosse filho de Papai Noel Bem assim felicidade Eu pensei que fosse uma Brincadeira de papel 1

Percebeu que cantarolava no silêncio da mata escura e imaginou se hoje Assis Valente não teria trocado o papel pelo pixel. Ele próprio tivera seu comportamento modificado nas longas jornadas e acolhedores jantares de massas em companhia de pessoas que corriam e caminhavam. E aprendeu que elas eram também movimentos: no tempo e no espaço, na alma e na razão, na presença e no sonho – e que formavam identidades, afinidades, confrarias, espíritos de corpo. Mas ele era um espírito movente que tinha um corpo que não corria e sequer andava mais que o necessário. Por isso fora escalado para se esconder no bosque vestido de Papai Noel e aguardar o grupo que sairia em sua busca. Todos discutiram se ele conseguiria percorrer aqueles cem metros finais e concluíram que Papai Noel, antes por precaução que por tradição, deveria chegar montado em um trator. E nesse momento, por onde estariam correndo seus caros amigos e amigas? Edição nº 50 – Dezembro/2015

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Não conseguindo segui-los no espaço enlameado tentou achá-los em tempo real, mas se perdeu nos caminhos virtuais e acabou entrando em uma história que chamou a sua atenção. Uma véspera de Natal, Mantiqueira, chuvarada e uma família em um carro atolado sem conseguir chegar à ceia na pousada. Ele bem que podia buscar a pequena Bia e seus pais com o trator, mas havia um problema: fazia mais de quatro anos que a história, intitulada Noites claras, saíra na Revista Eletrônica Bragantina On Line nº 1, publicação que crescera muito e já chegava ao distante número 50. Enquanto esperava os amigos e tentava encontrar uma solução para a delicada questão, um vaga-lume piscou em sua consciência, já embotada pela luz hipnótica de seu telefone. E a última coisa que percebeu antes de sair do ar foi que o ponto piscante de luz se transformara em uma imensa árvore de Natal, e o iluminava através dos olhos de uma preciosa criatura. E depois, nada. *

Margareth – margot.joaninha@hotmail.com

* Edição nº 50 – Dezembro/2015

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Noite alta, folhagens que pingavam águas recalcitrantes, alta lua de lobisomem, memórias da Trincheira 9 de Julho. As horas todas da véspera passavam tempo e BBC continuava à espera de seus buscadores de Papai Noel enquanto atravessava frestas para sonhos ancestrais. Não houvera sequer a tensão de antes da largada, tantas vezes imaginada. Olhou para as longas paralelas da pista e viu que elas se encontravam na curva à esquerda, logo após a linha de chegada. Então o infinito era apenas ali, tão ao alcance? Olhou para a raia ao lado e recebeu uma silenciosa confirmação. Atingiu o infinito antes de perceber que saíra do zero: correra os cem metros como se flutuasse com asas nos pés. Havia ainda uma memória, mesmo que tivesse ficado para trás, para depois, para talvez. Sentiu que uma coroa de louros pousava em sua cabeça, tão leve como uma auréola. Entrou na infinita curva à esquerda e continuou correndo, saudando a multidão, distribuindo ao léu folhas do laurel, compartilhando consciências. A última coisa que percebeu antes de sair novamente do ar foi que, trotando ao lado de sua pequena estrela-guia, completou a volta olímpica no seu Panatinaikos. * Todos que estavam na pousada viram quando Papai Noel saiu do bosque e se aproximou trotando, ao lado de uma menina desconhecida e escoltado por uma legião de corredores. As crianças gritaram e saíram correndo ao seu encontro enquanto os adultos se quedavam maravilhados. Tal visão transportava todos ali para muito além do gramado iluminado. Eles atravessavam a escuridão do bosque e reencontravam a luz nos céus da Mantiqueira, onde lua e estrelas reinavam após mais uma chuva de solstício de verão. Mas entre os integrantes da equipe de BBC a preocupação com ele era ainda maior que a total surpresa. Nada do que haviam feito naquela noite pela ceia – correr por estradas e trilhas lamacentas, atravessar terras paulistas e mineiras sem distinção, encontrar e oferecer ajuda a uma família em um carro atolado, romper a trincheira – se comparava ao que Papai Noel perpetrava ali: aqueles eram, sem quaisquer dúvidas, os cem metros mais intermináveis de suas largas vidas de corredores e caminhantes de longa distância. Enquanto eles entravam na varanda e encerravam a missão de busca do principal personagem da noite, Papai Noel fazia uma larga curva para a esquerda e prosseguia correndo, acenando a todos, distribuindo alegrias, retomando o seu caminho de volta. Sem pressa, a pequena Bia se apresentou aos presentes e entregou uma folha de papel em branco a cada um, para que se pudesse compor uma nova vida a partir dali. E ainda alcançou Papai Noel antes que ele desaparecesse na escuridão do bosque. * Edição nº 50 – Dezembro/2015

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Já era quase meia-noite quando BBC explicava e se desculpava com os amigos por haver cochilado no trator e fracassado como Papai Noel. Tinha estragado a surpresa e a festa? Em sua defesa tinha como atenuante apenas o sonho de ter corrido os cem metros e feito a partilha de sua glória. Ele era contestado por algumas pessoas e consolado por outras, mas quando as crianças revelaram que tanto Papai Noel quanto Bia corriam flutuando a mais de um palmo de altura do chão, compreendeu que não se vive impunemente o sonho de correr ou caminhar 100, 1.000 ou 42.195 metros. E mais, muito menos. Então olhou pela janela, procurando: encontrou no jardim da pousada apenas o silêncio de uma clara presença. Relutante, no centro da atenção de olhares novos e antigos, aproximou-se de seu lugar à mesa da ceia de Natal. Uma folha de papel em branco estava lá, à sua espera. Quando a tomou nas mãos, uma escrita apareceu no alto da página: "Ex-BBC – Bermuda, Barriga & Chinelão, nunca mais!" Paralisado, no súbito silêncio da noite no alto da Mantiqueira, ficou piscando os olhos com insistência, mas não sabia se aquele brilho que o ofuscava vinha tão somente das palavras ou também do calor das lágrimas que começavam a vazar.

_____________ 1 – Boas Festas – Assis Valente

Como citar: YAMAGUCHI, S. Uma brincadeira de papel. Revista Eletrônica Bragantina On Line. Joanópolis, n.50, p. 25-28, dez. 2015. Edição nº 50 – Dezembro/2015

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