Conecte-se
com as pessoas que têm mais valor para a sua empresa Bing Network é responsável hoje por 12 bilhões de buscas mensais no mundo1 e 237 milhões de buscas mensais no Brasil1. O investimento do Bing em machine learning e Inteligência Artificial permite que você alcance seu público-alvo da forma mais assertiva e estabeleça conexões mais pessoais e relevantes, garantindo mais resultados para seus negócios. 1. comScore qSearch (personalizado), de março de 2017.
Bing Network. Intelligent search.
ex pe di en te
FLÁVIO HORTA Publisher GABRIELA MANZINI Chefe de Redação BIANCA BORGES Jornalista MARIA CARVALHAL Gerente do Digitalks JULIANA RABELO Head de Relacionamento PAULINHO MOREIRA Projeto Gráfico COLABORADORES Alessandro Cosin, Andrea Amaral, André Ferraz, Bruno Couto, Carlos Giusti, Carolina Peres, David Morrell, Diego L. Nogueira, Eliezer Silveira Filho, Fabrizzio Topper, Fernando Moulin, Francisco Gioielli, Gabriel Marostegam, Georgina Powell, Guilherme Farinelli, Guilherme Mamede, Jeferson D’Addario, Júlia Vidigal Munhoz, Lorren Klinke, Luciano Villalba, Marcelo Trevisani, Marina Daineze, Maurício Montanha, Miguel Genovese, Pedro Clivati, Renato Sapiro, Ricardo Abel, Rodrigo Terra e Tiago Moraes. EMPRESAS MANTENEDORAS O projeto é um oferecimento de Bing, Dinamize, Google e Vivo Ads e é mantido pelas empresas A²BI, AD.EZ, AlliN, Apiki, Atena, CI&T, Contentools, CRP Mango, Daryus, DCG, Digital Business, Gamned, GTC, Havas Group, Infracommerce, Inloco, InsideOut, Leadlovers, Locaweb, Maqina, Moblee, Oi2 Media Response, Predicta, PWC, Reclame Aqui, SEO Marketing, SharpSpring, Stefanini, Sympla, Unbounce, Video Click, Vítrio, Vtex, Webeleven, Wix e Worldsense.
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EMPRESAS PARCEIRAS ABRADi, APP Brasil, Cidade Marketing, Digitais do Marketing, E-Commerce Brasil, EraTransmidia, Fenapro, IAB Brasil, iMasters, MestreGP, MMA, Mundo do Marketing, New Value, Opinion Box, Putz Filmes, Siegel Press e Startupi. DIGITALKS Organização MELTING COLOR Impressão > 1.000 exemplares
/e di to ri al Que o mobile tomou conta da nossa vida, não é mais segredo para nenhum profissional da área, certo? (Bem, pelo menos não deveria ser...) A questão agora é: qual o próximo passo? Como “surfar” a próxima onda? A matéria de capa desta 18ª edição da nossa Revista Digitalks traz dados importantes sobre não apenas como o consumidor utiliza o mobile em sua jornada de compra, mas, especialmente, quais são as próximas tendências de uso dos dispositivos móveis em sua vida. É importante ficarmos atentos aos menores movimentos para irmos adaptando nossas estratégias digitais continuamente, com foco no médio prazo. Deixar para mudar quando for necessário só vai trazer mais riscos para a competitividade de sua em-
presa. Que tal dar um passo adiante? Os entrevistados da nossa matéria de capa dão o caminho das pedras: seja estratégico, reflita e aplique! Já a sua segunda edição da nossa coluna “DigiExperiencia” traz o que rolou de mais atual no SXSW 2018. Com a palavra, nossos parceiros e correspondentes internacionais da PwC Brasil e Era Transmídia, convidados para escrever para a revista. Dica amiga: quer conhecer outras tendências para ficar de olho? Confira a cobertura completa do SXSW 2018 no site do Digitalks pelo link: http://bit.ly/sxsw2018-digitalks Merece ainda destaque os conteúdos que mencionam como processos organizacionais - tais como o agile marketing - e técnicas profissionais - como o lean digital e o design thinking - auxiliam na demanda de projetos e tarefas em meio à transformação digital: tudo é uma questão de processos... e organização. Recomendo ainda o artigo que ensina como qualificar seu marketing de conteúdo e o debate sobre o fim dos anúncios intrusivos na internet. Por fim, temas relevantes como cultura de dados, transformação digital, performance no mobile, design e user experience (UX), otimização de landing pages e de e-commerce recheiam o segundo volume deste ano. Espero que goste.
Boa leitura!
Gabriela Manzini Head de Conteúdo
Sumário
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SMARTVÍCIO & A NOVA JORNADA M-COMMERCE: O QUE ESSAS MUDANÇAS RESERVAM PARA O MARKETING DIGITAL?
14 #Big data
A cultura de dados como fator determinante para o sucesso no digital
06
40
50
#User experience
#Inovação
Gerenciando projetos digitais: como definir a melhor estratégia de UX
Riscos e oportunidades da transformação digital
su má rio 08
10
18
22
34
36
sumário
44
#content marketing
48
#e-commerce
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#vendas
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#negócios
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#agile marketing
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#FINAL TRACK
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guia de empresas
#oportunidade
Como fazer seu e-commerce atingir os não-bancarizados #SEO
Como identificar pautas promissoras para link bait
O marketing de conteúdo muito além do blog
Back to the basics: como o furor com novas ferramentas e tecnologias pode atrapalhar sua estratégia de marketing
O que o case do “kit saudável de páscoa” pode ensinar para os empreendedores e marqueteiros
#estratégia
Marketing digital para encantar seus visitantes #mobile
Layout de-commerce: teste da “zona do polegar” para mobile sites #PUBLICIDADE
Será o fim dos anúncios intrusivos? #digiexperiência
Por dentro do sxsw 2018: o que esse mega evento deixa de insights para os profissionais digitais?
6 vantagens da relação entre inovação tecnológica e marketing
Marketing veloz e furioso: usando agile para responder às transformações do mundo
Qual foi a última vez que você fez essas três perguntas?
Quer colaborar com o Digitalks? Envie seu material exclusivo por e-mail: redacao@digitalks.com.br 07
oportunidade
Por Francisco Gioielli
Como fazer seu e-commerce atingir os nĂŁo-bancarizados
08
oportunidade
De acordo com dados do Banco Central (BACEN), a taxa de bancarização atingiu 90,4% dos brasileiros. Mesmo assim ainda são 20 milhões de brasileiros com mais de 18 anos sem nenhum tipo de conta em instituição financeira. Além de não contar com os serviços financeiros, os não-bancarizados deixam de aproveitar as facilidades e promoções dos e-commerces. Para superar esta limitação, muitas pessoas com receita recorrente, porém não- bancarizadas, fazem compras em e-commerce através do auxílio de parentes ou amigos que possuem conta em instituição financeira. O “favorzinho” do amigo ou parente em muitos casos não para na compra: qualquer problema com a entrega ou o produto pode ficar também na responsabilidade de quem emprestou sua conta ou cartão. Fica também a necessidade de cobrar mensalmente o amigo ou parente em caso de vendas parceladas. Essa situação acaba desgastando o relacionamento como mostrou uma matéria divulgada pelo G1 com o nome “Emprestar cartão de crédito tem se tornado dor de cabeça para muitas pessoas”. Se há riscos e trabalho, por que não transformar este “favorzinho” em negócio? Ou seja, fazer com que quem oferece o favor também se beneficie da transação e, assim, não seja apenas reativo, mas até mesmo ofereça essa facilidade para seus conhecidos, transformando-se em mais um impulsionador do seu e-commerce.
Essa prática já é antiga no mercado com as vendas porta a porta. Como exemplo posso citar a Natura. Quem paga a Natura é a Consultora Natura, que assume parte da operação de pós-venda, assim como o risco do pagamento e, em troca, ganha seu lucro no desconto em cima do preço de tabela oferecido pela fabricante. Para atrair e manter estes revendedores autônomos sem incorrer em altos custos de capacitação/suporte é importante oferecer uma boa experiência no sistema de colocação e acompanhamento de pedidos. Considerando que a atividade de venda porta a porta geralmente exige mobilidade, o ideal é oferecer um app integrado ao seu e-commerce/ERP que também permita acompanhar a comissão acumulada. O mercado potencial não é apenas a população não-bancarizada: soma-se também um contingente ainda maior de pessoas com restrições de crédito que, neste momento, podem ter dificuldades para fazer compras no seu e-commerce. Se desenvolver um aplicativo for um desafio para sua empresa ou se quiser fazer apenas um teste, busque soluções prontas no mercado que podem inclusive reduzir o Time to Market (TTM) deste novo canal para seu e-commerce.
Francisco Gioielli
EO & Co-Founder da Atena
09
seo
Por Carolina Peres
Como identificar pautas promissoras para link bait
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seo
Olá a todos. É com prazer imenso que mais uma vez que escrevo para o Digitalks.
não tenha medo do outreach. Ele é só um elo para te ajudar.
Aí você pensa, nossa que menina educada e bla-bla-bla! Não. Hoje eu vou ser direta e reta! Chega de papos mirabolantes sobre Link Building, que não dá para fazer, que não traz resultado e que é só fazer PBN (Performance Based Navigation) e tá tudo certo, que diretório ainda funciona… entre outras coisas que a gente tá acostumado a ouvir por aí nos milhares de artigos diários que recebemos.
E o que é outreach? É o nome bonito para aqueles emails de comunicação que a gente manda para o blogueiro, pedindo para colocar lá o nosso artigo.
Isso é balela. Link Building funciona sim. PBN, não! Link Baiting atrai links sim, e a comunicação é a base deste processo diário e demorado, mas muito recompensador para quem faz com organização e planejamento. Eu não vou ensinar o beabá a vocês, porque tem um monte de especialista por aí fazendo isso. Não, hoje eu vou chamar vocês para um diálogo. Uma conversa sobre comunicação, desmistificação, outros assuntinhos mais. Garanto que, ao terminar, vocês saberão o que começar a fazer.
O começo de tudo: o processo de comunicação Antes de começar a falar o que é link bait, eu vou voltar atrás em algo que é, e está intrínseco em nosso dia a dia: comunicação. Quando falamos com alguém, quando dialogamos com nosso chefe, pais, amigos… estamos nos comunicando. Ou seja, a premissa básica para o link building é dominada por todos. “Tá, mas eu não sei me comunicar direito”. Sabe sim. Antes de mais nada, você precisa tirar da sua frente barreiras de negação. Fazer link building nada mais é do que conversar por email. Então uma dica é:
Uma vez que você sabe se comunicar é hora de escolher a pauta perfeita Aí é que começa o problema geral da coisa. O link builder não pode montar um textinho qualquer só para inserir o link com anchor text e pedir para que o artigo seja inserido. Pensa comigo uma coisa: você tem um blog. Aí você cuida do seu blog com todo amor e carinho. De repente, você recebe um e-mail de uma pessoa que você nunca viu, com um texto decorado te pedindo para publicar um artigo. Você, educado(a) que é, até vai ler o artigo. Aí, um susto: o texto tá cheio de erros gramaticais, não tem pé nem cabeça, não tem contexto e tem um link em cada parágrafo para um site que você nem conhece. Responda-me publicar? Não!
com
sinceridade:
vai
Então, pense nas pautas que você vai trabalhar. O objetivo não deve ser o link. O objetivo precisa ser a comunicação. Combinado? O conteúdo que você vai compartilhar precisa ser relevante. Precisa fazer sentido tanto para o blog quanto para o seu cliente ou para o seu site, se você estiver fazendo SEO by yourself. Títulos chamativos, conteúdo que atrai a leitura, que informa. Sempre é importante apresentar dados, referenciar pesquisas, mostrar o algo a mais ao usuário. Algo que 11
seo
realmente valha a pena a leitura dele.
popularidade dele nos mecanismos de busca, além de gerar tráfego.
Processos e registro de links conquistados
Agora que link building já não é um bicho de sete cabeças e você está conseguindo conquistar links, vamos além?
Próximo passo. Conquistar links. Você já não tem mais medo de se comunicar. Já sabe que seu conteúdo e sua pauta precisa ser relevante e vai encontrar um ótimo redator para fazer isso, certo? Certo! Então agora é hora de registrar.
Link Bait. O que é isso? É uma estratégia que, ao invés de você sair em busca de links, você ganha eles com um conteúdo fo*&(#)#@! Beeeleza, Carol. E como eu faço isso? Simples, revolucionando o seu segmento!
Por que registrar as conquistas? Primeiro porque você vai criando processos para o seu dia a dia de trabalho. Bernhard Schultze, CEO da SEO Marketing, criou um processo que é bacana e simples de entender e que ajuda a gente em todo esse dia a dia de pesquisas e prospecções: o processo DAMA.
DAMA Definir & Alinhar & Medir & Agir O que é isso basicamente? Significa que você tem que DEFINIR as suas metas de conquista de links e alinhá-las com o cliente. Eu costumo colocar cinco links por mês por cliente. Mas eu tenho 30. Então, você pode fazer uma média desse valor. Uma vez que elas foram definidas, você precisa alinhar as estratégias de link que você vai usar. Pode ser blog post, menção à marca, infográfico e… trabalhar com link bait!
Além do Link Building, o que é o Link Bait? Antes de mais nada: o que é Link Building ? Link Building é um conjunto de estratégias com o objetivo de construir links externos que apontam para determinado site, com a finalidade de influenciar e melhorar a 12
Alguns exemplos de Link Bait para você entender o que eu quero dizer: Antes de eu mostrar aqui não esqueça de uma coisa: dados. O seu conteúdo precisa ter dados. Não importa se é um artigo mais abrangente ou menos abrangente. Dados, números, estatísticas, números… enchem os olhos do leitor. Aí, entra em outro ponto que um bom jornalista faz: checar fontes. Não adianta embasar seu artigo com números se eles não são de fontes confiáveis. Então, fontes confiáveis e checadas são essenciais para garantir a veracidade do seu conteúdo. Com isso bem claro, límpido como água, vamos aos exemplos mais significativos de Link Baiting:
Concert Hotels O concert Hotels é um hotel que tomou uma iniciativa interessante para atrair hóspedes. Com um pequeno teste, você vê se seu timbre vocal parece mais com Bono Vox ou Beyoncé. Uma landing page foi criada, a ação foi compartilhada e o site do hotel ganhou: 2.620 links provenientes de 687 domínios únicos e 78.000 compartilhamentos no Facebook.
Foto: peça de campanha do site Porn Hub.
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Pornhub, nem só de sexo vive o site Em um belo dia da árvore, você decide acessar o Pornhub e descobre que vai ajudar a plantar árvores. Exatamente. O Pornhub falou o seguinte: no dia da árvore, a cada vídeo visto, uma árvore seria plantada. Com isso o site ganhou: 2.700 links provenientes de 310 domínios únicos! Bom, né? Aí você pensa: poxa, mas eu não tenho estrutura para fazer isso com meu cliente ou no meu site… como eu faço? Um blog. Se você tem um blog, você tem meio caminho andado. O conteúdo continua sendo o rei do marketing digital e o bom conteúdo ainda o vai ser por muito, muito tempo. Como faço isso? Com bons textos! Jornalistas sempre buscam fontes para suas matérias, certo? E se esse site fosse o seu blog? Se o jornalista usasse o seu blog para referenciar uma fonte de uma matéria dele? É possível fazer isso e você pode começar assim:
● Pesquise uma palavra-chave relevante para o seu negócio; ● Faça uma pesquisa na SERP com essa palavra-chave; ● Leia os conteúdos dos resultados (o seu precisa ser bem melhor); ● Pesquise como você pode escrever um conteúdo rico, embasado e com dados reais; ● Faça um artigo com mais de três mil palavras. Sim, quanto mais palavras, mais você vai poder usar links internos, trabalhar palavras-chave complementares, inserir imagens, otimizar imagens e uma série de outros fatores de otimização que vão ajudar o seu conteúdo a ranquear tão bem que vai virar fonte de pesquisas para jornalistas e, com isso, seu site ganhará muitos links. Então, that’s all folks! É difícil? Não. É trabalhoso? Sim. Muito. Mas certeza que vocês tiram de letra. Qualquer coisa é só gritar que eu ajudo como puder.
Carolina Peres
Gerente de Inbound e Content Marketing na SEO Marketing 13
big data
Por Gabriel Marostegam
A cultura de dados como fator determinante para o sucesso no digital
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big data
Em tempo de transformação digital, é fundamental construir uma estratégia apoiada em profundas, sistemáticas e efetivas análises de dados.
“Os clientes são sempre lindamente, maravilhosamente insatisfeitos. Mesmo quando se dizem satisfeitos e os negócios estão indo bem, eles querem algo significativamente melhor”, Jeff Bezos Esta frase do CEO da Amazon sintetiza bem o momento no qual estamos. Não há mais espaço no mercado para oferecer experiências mornas ou produtos que achamos que os consumidores desejam com base no nosso instinto ou no histórico de comportamentos observados até agora. A hora é de mais precisão. É necessário conhecer o cliente em profundidade, seguir seu momento de vida, acompanhar cada movimento que ele faça. E isso só é possível por meio de uma análise de dados efetiva. Porém, quando se fala em análise de dados, é muito comum observar duas reações: a primeira é a de acreditar que o suficiente já está sendo feito . As companhias têm ferramentas e equipes de analytics e, com isso, já sentem que “cumprem essa obrigação” do mundo digital. A outra, é achar que não possuem dados suficientes ou condições adequadas para embarcar nesse universo big data. Geralmente, ambas estão equivocadas. A maioria das empresas que considera estar realizando um bom trabalho de análise não está aproveitando as potencialidades dos dados para atender seus consumidores com mais precisão. Muitas vezes, imersas em um mundo de informações e nas possibilidades que elas geram, perdem o foco das necessidades reais que devem
ser atendidas. Ou, não tendo os fatos como bases reais para as tomadas de decisão, fazem uma leitura dos dados insuficiente (ou viciada), que acaba apenas por confirmar ideias de negócio pré-estabelecidas, e não atendendo o cliente a contento. Por outro lado, as empresas que acreditam que a análise de dados é “apenas para grandes companhias” perdem oportunidades fundamentais de utilizar as informações que têm disponíveis para aproximar-se de seus usuários, desenvolver ofertas mais adequadas e alcançar o crescimento. Enquanto isso, empresas de todas as envergaduras que são verdadeiramente guiadas por dados - as chamadas data driven enterprises conquistam o consumidor e ganham mercado com velocidade. Mas o que as diferencia? O que é ser verdadeiramente guiado por dados? Ao contrário do senso comum citado acima, não é ter as ferramentas certas ou a quantidade ideal de dados. Hoje, existem inúmeras tecnologias de análise distintas e uma proliferação incomensurável de dados que podem direcionar a muitas abordagens diferentes - certas ou erradas - para resolver o mesmo problema de negócios. O que diferencia essas companhias então, não é ter as “condições perfeitas”, mas conseguir identificar os desafios corretos e usar os dados que se têm em mãos para criar boas hipóteses de solução. E sobre “encontrar os desafios corretos”, eu costumo fazer a seguinte analogia: se queremos ser inovadores, devemos agir como os cientistas que revolucionaram com suas teorias. Todos eles se basearam na profunda observação dos fatos. Então, é preciso observar os fatos, analisálos, gerar hipóteses, experimentá-las e, assim, sucessivamente, até fazer uma descoberta. Quando eu crio o ambiente, consigo observar, tenho os fatos na minha mão, passo a ter clareza sobre o 15
big data
desafio que preciso perseguir e tenho um primeiro passo de uma solução. E são esses pequenos passos, dados de forma sistemática, que nos levam ao resultado que será disruptivo.
“A informação é o petróleo do século 21 e a análise é o motor de combustão”, Peter Sondergaard, vice-presidente sênior do Gartner Alcançando o potencial da análise de dados Para aproveitar o potencial do big data, seja a sua empresa uma multinacional ou uma pequena operação familiar, não espere para ter tudo em mãos, comece pequeno: descubra os pontos de dor do seu value stream, do seu consumidor, uma necessidade estratégica de sua companhia e concentre-se nos dados que dizem respeito a essas questões. Depois, crie na sua empresa uma cultura de experimentação sustentável que aproveite os insights gerados pelos dados. Aqui, o grande segredo é construir formas de cocriação com equipes multidisciplinares que tragam para a equação diferentes pontos de vista e, com essa inteligência coletiva, elaborar as hipóteses mais completas sobre os dados disponíveis. Assim, será possível chegar a soluções mais acertadas e atingir grandes resultados, além de alimentar constantemente as bases de informação da empresa. “Em empresas tradicionais, a ‘inteligência de negócios’ é geralmente gerenciada por departamentos; as diferentes funções selecionam suas próprias ferramentas, controlam seus próprios bancos de dados e treinam seu próprio pessoal. Mas assim, o caos está instalado. (...) Por outro lado, 16
os concorrentes que têm fortes bases de Analytics centralizam a inteligência de dados para garantir que informações críticas e outros recursos sejam bem gerenciados e que partes diferentes da organização possam compartilhar dados facilmente, sem os impedimentos de formatos, definições e padrões inconsistentes” Thomas H. Davenport, em artigo no Harvard Business Review Para isso, na CI&T, por exemplo, temos como base a filosofia de gestão Lean e seu foco no que é valor para o consumidor, que estabelece e sustenta a cultura de colaboração e de aprendizado constante para atingir a melhoria contínua. E utilizamos também abordagem do design thinking cujos pilares são a empatia, a cooperação e a experimentação - e as ferramentas de design que instrumentam esse formato. Então, meu conselho para as lideranças nesse ambiente é: procure aprofundarse em metodologias que sustentem um ambiente colaborativo, aplique princípios do Lean, busque respostas no design e comece de uma maneira simples. Traga para perto as pessoas envolvidas com analytics, crie grupos com diferentes habilidades e permita-se discutir os reais problemas de negócios com eles para encontrar as soluções conjuntamente a partir do que os dados retornam. E quando este processo tiver iniciado, naturalmente, outros dados de outras fontes surgirão para enriquecer as soluções nas quais os times estiverem trabalhando. O segredo é a empresa preparar suas bases e abrirse para o mindset digital, para o mindset de crescimento e permitir-se arriscar, experimentar para adquirir aprendizado. Na segunda-feira, chame seu pessoal e comece a implementar!
Gabriel Marostegam
Senior Manager
Analytics na CI&T
SURPREENDA-SE COM O QUE ENXERGAMOS DE INOVAÇÃO PARA SUA MARCA
Inteligência Artificial
Realidade Aumentada
Realidade Virtual
Desenvolvimento de aplicativos
User Experience
Websites
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(11) 2925-8397 contato@webeleven.com.br
estratĂŠgia
Por Andrea Amaral
M ar k etin g di g ita l
para encantar seus visitantes
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estratégia
Hoje em dia, somos expostos a uma quantidade exorbitante de informações e distrações na internet. E, como uma profissional de marketing, é muito difícil comercializar algo no meio de tanta poluição visual. A disputa por atenção do visitante é intensa. Há não tanto tempo atrás chegamos a um ponto onde todo nosso conhecimento sobre “como fazer um bom marketing” foi substituído pelo uso exagerado ou, ainda indevido, de ferramentas de marketing para atrair e vender. Os termos ‘educar’, ‘nutrir’ e ‘encantar’ caíram por água abaixo... enquanto ‘atacar’, ‘obter’ e ‘empurrar’ predominaram em grande parte do que é visto na internet atualmente. O compromisso com oferecer um produto ou serviço que melhore o dia a dia de um indivíduo acabou sendo comprometido pela ineficiência e ineficácia de profissionais, que divulgam e promovem o mesmo produto. Este artigo é um apelo a todos os profissionais para realizar um marketing melhor! Pare de chamar atenção com inúmeros botões e cores fluorescentes… a década de 80 já passou. Chame atenção do seu visitante de forma personalizada. Confira a seguir algumas dicas para otimizar suas estratégias de conversão de landing page e pop up para um bom marketing.
Como eu faço um bom marketing quando tenho um orçamento baixo para anúncios pagos?
● Não mande o tráfego de suas campanhas para sua homepage. Utilize uma landing page dedicada para sua campanha de anúncio pago; ● Certifique-se de que o título da sua landing page está igual ao título do anúncio no qual o visitante clicou para chegar nela; ● A landing page deve ter um único propósito e, portanto, uma única mensagem direcionada que deve ser a mesma de seu anúncio pago. O visitante nunca vai adquirir seu produto se não for o que ele está buscando; ● Segmente por fonte de tráfego. Envie seu tráfego de PPC, e-mail, mídias sociais, orgânico e banners para landing pages separadas, visando combinar melhor a mensagem e a capacidade de mensuração (qual canal funciona melhor); ● Congruência: cada elemento de sua página deve ser alinhado conceitualmente com o tópico e o objetivo da página; ● Caso esteja vendendo um livro ou dando um e-book através de geração de lead, forneça uma amostra visual para aumentar a confiança e mostrar o quão valioso é o seu produto; ● Edite para remover conteúdo desnecessário. Seja sucinto. Simplifique seu texto, utilize tópicos;
Crédito foto: Designer Unbounce
Obrigada Internet! Felizmente podemos encontrar tudo o que quisermos independente do tema, localização, tipo de produto e serviço. Isso é uma benção, mas também uma maldição.
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estratégia
● Disponibilize testes gratuitos: “experimente antes de comprar” é um recurso padrão e esperado; ● Teste novas ideias utilizando testes A/B. Deixe que seus clientes determinem qual mensagem funciona melhor para eles.
Como eu faço um bom marketing usando ferramentas extremamente odiadas como pop up?
qual demonstraram interesse; ● Mostre um conteúdo relevante aos visitantes que vieram de sua empresa parceira de tecnologia, por exemplo, fale sobre sua integração com aquela plataforma; ● Crie um conteúdo personalizado ao visitante, usando dados que você já possui. A personalização aumenta a relevância do seu pop up para cada usuário individualmente. Exemplo: “Oi João, compre hoje e o frete será por nossa conta!”;
Crédito foto: Designer Unbounce
● Utilize depoimentos reais para dar autenticidade;
● Segmente ofertas e eventos regionais mostrando pop ups de acordo com a localização de seus visitantes, como “frete grátis para Fortaleza” em sua loja virtual, por exemplo; ● Segmente o visitante por interesse: não envie ofertas de produtos de saúde masculina para as mulheres de sua lista de e-mail; ● Use sempre correspondência de mensagem em seu conteúdo, isto é, certifique aos visitantes que a mesma mensagem do ponto A será exibida no ponto B. Isso é importante porque a correspondência de mensagem aumenta as conversões, garantindo essa experiência positiva e assegurando os visitantes que chegaram ao lugar certo; ● Mostre pop ups personalizados para visitantes provenientes de diferentes referências, com isso, você sutilmente certifica que o visitante está no lugar que esperava aterrissar, criando uma experiência efetiva, e também automaticamente confiável; ● Impulsione os visitantes para seu funil de vendas no momento certo, apresentando aos usuários, que vieram da página de produto do seu website, uma oferta irrecusável para comprar aquele específico item pelo 20
● O segredo de pop ups altamente eficazes é que não existe segredo, o importante é apresentar a oferta certa para o visitante certo no momento certo. Ao apresentar uma oferta relevante, no momento certo, que realmente acrescenta valor, você aprimora a experiência do usuário. E isso é bom marketing para todo mundo. E quando foi a última vez que você se orgulhou da sua campanha de marketing?
Andrea Amaral
Head of Marketing da Unbounce Brasil
PLATAFORMA CRIATIVA DE MÍDIA PROGRAMÁTICA INDEPENDENTE DESDE 2009
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mobile
Por Tiago Moraes
Layout de e-commerce:
teste da “zona do polegar� para mobile sites
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mobile
Insira os links, formulários e botões importantes nas áreas mais relevantes da tela Em constante evolução, desde que os primeiros sites de comércio eletrônico despontaram na web, em meados da década de 1990, o layout é atualmente um componente fundamental para uma loja virtual, porque dele depende boa parte do sucesso de suas vendas online. O design para e-commerce envolve, não apenas a beleza das formas empregadas para preencher uma tela, mas também a função e usabilidade de cada uma delas. Quanto melhor a usabilidade, mais fácil é a sua operação e melhores resultados são gerados pelo layout como um todo. No passado, essa evolução do design no e-commerce abrangia apenas as telas grandes dos computadores de mesa, mas isso mudou depois da entrada dos smartphones no mercado e na vida das pessoas, posto que as telas pequenas destes dispositivos requerem um layout adaptado. O layout adaptado para mobile site ou mobile first, por sua vez, deve levar em conta diversos fatores, dentre os quais a chamada “zona do polegar”.
O que é a zona do polegar? A zona do polegar (the thumb zone) é um termo cunhado pelo norte-americano especialista em interface móvel, Steven Hoober, em seu livro “Designing Mobile Interfaces” (2011) para designar a área mais confortável ou alcançável para o toque, com o uso de apenas uma das mãos em uma tela de smartphone.
O mesmo assunto é tratado ainda pelo também norte-americano especializado em design de interfaces digitais, Josh Clark, que é o autor do livro “Designing for touch” (2015). No Brasil, não há números a respeito, mas, para termos uma ideia, cerca de 50% dos 169 milhões de usuários de smartphones dos EUA têm o costume de usar o smartphone com apenas uma das mãos, segundo estimativa do site Practical E-commerce, o que implica no uso do polegar para tocar a tela. Os autores mencionados no início deste tópico falam em estatísticas semelhantes, “a pesquisa de Hoober mostra que 49% das pessoas mantêm seus telefones em somente uma das mãos”, escreve a desenvolvedora de aplicativos Samantha Ingram no site alemão especializado em design e desenvolvimento, Smashing Magazine. “Clark levou isso ainda mais longe ao constatar que 75% das interações são impulsionadas pelo polegar”, completa Samantha. Sabendo disso, como testar o design do seu mobile site para que ele forneça uma ótima usabilidade para esse tipo de usuário?
Teste da zona do polegar para mobile sites O teste da zona do polegar compreende verificar se os links, botões, formulários e outros objetos de interação importantes para um aplicativo ou mobile site estão ao alcance do dedo polegar do usuário de smartphones. Para realizar essa ação, os especialistas em design e desenvolvimento empregam diagramas que demarcam as áreas médias de alcance do polegar em uma tela de smartphone. 23
Fonte: Designing for touch, do Josh Clark.
mobile
Observe acima (na figura 1) o mapeamento das zonas de alcance para os polegares das mãos esquerda e direita, além da zona combinada das duas mãos. Nestes diagramas, a parte verde é o local onde o alcance do polegar é natural; a zona amarela é aquela em que o usuário precisa esticar o dedo para conseguir chegar até ela, e, por fim, a região vermelha é aquela de difícil alcance para quem usa um smartphone com apenas uma das mãos. Todos sabemos, porém, que as telas e os dedos possuem tamanhos diferentes e que não há como incluir todos em um único diagrama. Por isso, os diagramas mencionados representam uma média. Além disso, de acordo com estimativas de diversas fontes provenientes de publica24
ções como as revistas Superinteressante e Galileu, por exemplo, aproximadamente 10% das pessoas do mundo são canhotas, ou seja, usam a mão esquerda para realizar tarefas. Esse fato faz com que os designers tenham que escolher a estratégia mais adequada de criação de interfaces de mobile sites e aplicativos, dependendo do público com o qual estão trabalhando. Nesse cenário, a tendência é usar o layout para destros, que somam 90% da população. Contudo, se o público do mobile site em questão é um público constituído majoritariamente por canhotos, convém apostar em um design para canhotos. Há ainda a opção mista ou combinada, que atende ambas as demandas.
mobile
Por exemplo, no site mobile first da Brastemp, denominado B.blend, foi inserido no testador “Responsive Tester” (disponível online), o que permitiu visualizá-lo em vários tamanhos de telas, sobre as quais foram sobrepostas manualmente (por meio do Photoshop) o diagrama combinado de zona do polegar. O que fica evidente no site, à primeira vista, é que os designers centralizam o botão “Eu quero” (que é o mais importante nesta página) abaixo da imagem do produto, e não o contrário, de modo que este fique na melhor posição da tela para o alcance do polegar de qualquer uma das mãos. Mais abaixo, ainda na zona “natural”, o site conta com um botão para o “chat”. Já na parte de cima, na zona de difícil acesso, foram inseridos o menu do site e os botões “pesquisar”, “meus pedidos”, “meu carrinho” e “vendas por telefone”, que não são importantes nesta situação ou ocasião. Ajustes como estes podem fazer a diferença entre vender pouco ou vender muito por meio de um mobile site.
Por que fazer o teste da zona do polegar? Realizar o teste da zona do polegar ao desenvolver mobile sites é importante porque permite otimizar o layout para reduzir o percentual de rejeição e obter mais conversões. Depois de estudar um site mobile, o designer deve fazer o possível para inserir os botões, links e formulários mais importantes na zona de alcance natural da tela do smartphone, pois se estes forem posicionados em outros locais, o usuário poderá ver, mas talvez prefira não realizar o esforço de esticar o dedo para tocá-los. Mais do que fazer o teste do diagrama da zona do polegar, é fundamental analisar constantemente o mobile site por meio de softwares como o Google Analytics, que possibilita verificar entre vários layouts, qual deles é o mais funcional, gera a melhor experiência e converte mais. Em resumo, o teste da zona do polegar permite que você trabalhe para a obtenção de um layout simples e eficaz, com os botões, links e formulários certos posicionados nos lugares mais adequados para a média dos usuários de um determinado público.
Tiago Moraes
CEO na Agência e-Plus Parceira VTEX 25
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Por Bianca Borges
SmartVĂcio e a nova jornada M-Commerce: O que essas mudanças reservam para o marketing digital? 26
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De acordo com a pesquisa do Digitalks, realizada em parceria com o instituto de pesquisa Opinion Box, sobre a jornada de mobile commerce (m-commerce) do consumidor brasileiro, site lento e não responsivo são motivos cruciais para a desistência da compra. O estudo constatou ainda que não existe preconceito na compra de um produto no ambiente mobile, os consumidores compram de tudo, desde roupas, acessórios a eletrodomésticos e viagens. Outro dado relevante para as marcas e empresas é que o e-mail também é mobile. Os dados revelam que 33% dos entrevistados utilizam somente o celular para ver seus e-mails e 37%, abrem quase todas as mensagens pelo smarthphone. Apenas 2% dos entrevistados não têm o hábito de checar os e-mails nos dispositivos móveis. Essas informações, sem dúvidas, já fornecem alguns insights sobre o comportamento do cliente no mobile, mas é importante lembrar que essa jornada tende a se transformar e algumas organizações já estão percebendo as possibilidades de mudanças. É o caso da Motorola, que realizou uma pesquisa para entender como a sociedade está utilizando o celular e como essa tecnologia de fácil acesso afeta a vida real dos usuários. Será que as pessoas possuem o controle dos seus smartphones ou são controlados por eles? Essa era uma das questões que o estudo denominado “Motorola Phone-life Balance”, procurou responder. Um dado preocupante destacado pela pesquisa é que 1/3 dos entrevistados informaram que priorizam interagir por meio dos seus smartphones, ao invés de ter um contato real com as pessoas que fazem parte do seu círculo de contatos (amigos e familiares). Além disso, a pesquisa revelou que os hábitos ruins em relação aos celulares são mais presentes entre as gerações mais jovens, como é o caso da Geração Z, na qual metade dos usuários enxerga o smartphone como o seu melhor amigo.
O estudo foi feito em parceria com a Dra. Nancy Etcoff que é especialista em Comportamento da Mente Humana e Ciência da Felicidade pela Universidade de Harvard e ainda Psicóloga no Departamento de Psiquiatria do Hospital Geral de Massachusetts.Conforme declaração da Doutora Nancy no blog norte-americano da Motorola , a maioria dos usuários de celulares que apresentam um comportamento problemático e hábitos ruins precisa de ajuda para superar essa situação e a indústria de smartphones pode colaborar com esses consumidores mobile.
Mas por que precisamos entender o novo posicionamento das marcas em relação ao uso dos dispositivos móveis? É assim que trabalhamos o cool hunting, antecipamos tendências, inovamos, trazendo mais assertividade entre marca e consumidor. Tal tipo de conduta faz com que a marca fique à frente de seus players. Assim como a Fiat passou a apoiar movimentos de mobilidade em vez de falar apenas de seu core business – carros –, por exemplo, a Motorola trouxe uma indagação para o mercado: será que já precisamos revisitar a forma como fazemos comunicação e publicidade mobile? Bom, 61% dos participantes do estudo da marca, por exemplo, afirmaram que querem desfrutar ao máximo o celular quando estão conectados a ele, mas também querem aproveitar ao máximo a vida fora do ambiente online. Tanto é que a Motorola fez uma parceria com a SPACE e desenvolveu um aplicativo que permite que o usuário tenha mais controle sobre seu smartphone, e não o contrário. “O SPACE é um app desenhado para ajudar milhões de pessoas a encontrarem o equilíbrio entre a vida e o telefone. A tec27
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nologia é uma parte vital de nossas vidas, porém, o constante fluxo de interrupções e informações podem nos deixar distraídos, desconectados e sobrecarregados. O SPACE ajuda os usuários a entender os seus próprios hábitos no smartphone e ter controle sobre eles”, explica Georgina Powell, Fundadora e CEO da SPACE. A princípio, é inovador para uma empresa que comercializa smarthphones fazer um estudo para medir o quão o seu produto pode afetar, para o bem e para o mal, a vida dos seus clientes. O fato demonstra uma preocupação que, futuramente, pode ficar mais forte entre marcas e empresas e também para o próprio consumidor: a questão da qualidade de vida do usuário.
O papel do Marketing Digital na nova jornada m-commerce Há tempos se fala sobre melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, seja na vida pessoal ou profissional. Se você já atua há mais de um década na área publicitária, deve ter percebido a mudança que aconteceu na jornada de trabalho dos profissionais. Antes, os criativos ficavam horas e horas nas agências e muitas vezes acabavam esquecendo-se de dedicar algum tempo para si próprios, para as suas rotinas pessoais. Com o tempo, as empresas perceberam que precisavam proporcionar mais qualidade de vida para os seus colaboradores, inclusive até para que eles realizassem seus trabalhos com uma eficiência maior. Por sua vez, os funcionários constataram que precisavam de um descanso para render mais em um projeto. O que aconteceu no mercado de trabalho com os publicitários e profissionais de marketing é um movimento que está começando a aparecer na jornada do consumidor mobile. Em médio prazo, a preocupação com a qualidade da relação entre 28
o usuário e o seu smartphone tende a se intensificar. Diante disso, os marqueteiros e publicitários precisam pensar em maneiras para melhorar os pontos de contato com os seus clientes nos dispositivos móveis, levando em consideração essa mudança de mindset do consumidor que, em vez de ser um dependente também do seu smartphone, quer ser capaz de usufruir da tecnologia que ele oferece para otimizar a sua rotina e aproveitar a vida fora da internet. “O nome do jogo para os profissionais de marketing e digital será relevância. Eles serão cada vez mais cobrados por conhecimento de tecnologias digitais, por uma visão customizada na execução de campanhas sob sua gestão e por uma execução muito eficaz e simples, sempre pensada para públicos-alvo hiper-segmentados e específicos”, explica Fernando Moulin, Diretor de Experiência Digital da Vivo. Atualmente, segundo dados da Kantar TNS, vivemos na era da “economia do engajamento”, na qual as marcas e empresas encontram muitas oportunidades de impactar o consumidor no ambiente online. Com as mudanças na jornada m-commerce, entender quais são os pontos de contato mais relevantes para abordar o usuário e garantir a conversão, transformando-o em um cliente, será um desafio ainda maior. “O comportamento do consumidor vai mudar bastante em aspectos específicos ligados ao uso do celular. Eu acredito que existe uma tendência de maior conscientização. Mas, ao mesmo tempo, vejo uma tendência dos aplicativos se tornarem mais inteligentes e proativos. Eles vão começar a entender melhor o contexto do consumidor e, a partir disso, se comunicarão de maneira mais efetiva no momento em que faz sentido para que o app seja utilizado. Mais inteligência e mais estratégia a favor do consumidor”, afirma André Ferraz, Fundador e CEO da I
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De acordo com a previsão do eMarketer, em 2018, o investimento em mobile no mundo deve chegar aos US$ 181 bilhões, representando 70% dos anúncios no ambiente digital e quase um terço do gasto total em anúncios.
Alinhando esse dado com as transformações da jornada m-commerce, como as empresas e marcas estão se preparando para tornarem suas estratégias de marketing digital mais efetivas no mobile? Conversamos com marcas, agências e consultorias para entender qual a visão do mercado em relação a transformação na jornada do consumidor mobile. Confira os depoimentos a seguir:
de uma maneira muito mais inteligente e abrangente. Teremos plataformas mais fluídas para interagir com as marcas, de forma que as conversas sejam imperceptíveis e tratadas como uma relação natural - uma interação que estará presente em muitos outros meios, indo além da tela, e evoluindo o entendimento da jornada do consumidor para criar uma relação one-to-one e surpreendentemente única. Muitas coisas estão por vir nas esferas de machine learning, big data, smart adds e mobile atrelada à realidade. Teremos recursos que vão potencializar o mobile e os esforços de taguear a jornada digital dos consumidores em todos os pontos de contato, não apenas para promover o e-commerce, mas para compreender o momento certo de falar com eles.
Marcelo Trevisani, CMO LATAM da CI&T As marcas têm ainda utilizado dados como ferramenta de apoio para os seus próprios interesses, para vender mais, fidelizar mais, enfim, são poucas as empresas que fazem uso dessas informações para ajudar os consumidores. É isso que deverá mudar na rotina dos profissionais de marketing e digital. Será preciso olhar para os dados e desenvolver estratégias para, ao invés de estimular as transações comerciais, buscar ajudar as pessoas quando elas mais precisam da marca. Cada vez mais temos um número maior de contatos digitais, seja nos carros ou nas casas (com o Google Home, por exemplo). Antes, as marcas surfavam na onda do digital first, agora fala-se em mobile first e, no futuro, a expectativa é termos o human first. Vejo que as plataformas de voz vão ser as próximas plataformas digitais,
Bruno Couto, Head de Marketing da Motorola A importância do smartphone para o usuário não tende a cair, ela tende a amadurecer. Nós não vemos esse questionamento como prejudicial para a categoria, nós entendemos como um passo necessário para que essa relação se torne ainda mais prazerosa e produtiva. Os profissionais da indústria, por sua vez, devem entender que marcas possuem uma responsabilidade. Na Motorola, estamos sempre focados em oferecer a melhor experiência para nossos consumidores. Por isso, prestamos atenção e estudamos a relação do consumidor com o smartphone há vários anos. Isso vai muito além do lançamento de produto. É por isso que conectar o produto a um propósito e valores genuínos farão seus produtos terem ainda mais valor e vínculo para seus consumidores. 29
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Se olharmos dois anos atrás, as configurações dos smartphones eram completamente diferentes das que temos hoje. Internet das coisas, machine learning, inteligência artificial, dentre outras coisas estão mudando radicalmente a interação do consumidor com a tecnologia. As mudanças comportamentais são muitas vezes direcionadas pela indústria. Mas isso está mudando cada vez mais, quando o consumidor cria demandas e necessidades. O importante é valorizar a relação entre o que há de novo e disruptivo, preservando o que importa para o equilíbrio de cada indivíduo.
Georgina Powell, Fundadora e CEO da SPACE As empresas e marcas têm a responsabilidade de garantir que a maneira como se conectam com os usuários é consciente e não incentiva o comportamento aditivo. Naturalmente, as marcas terão que se tornar mais direcionadas e conscientes na maneira como interagem com os consumidores e em sua jornada de compra – foram-se os dias em que o spam levava ao crescimento das marcas. As marcas devem devolver mais poder ao consumidor para escolher a maneira como interagem -- quando, onde e como.
cia fluída, conectando o físico e o digital. Com isso, a nova jornada do m-commerce deve trazer alguns atributos do varejo físico. Valores como aspectos aspiracionais, confiança e pertencimento devem ser traduzidos para as experiências online. Para construir essa relação mais humana no digital, o profissional de marketing pode utilizar das tecnologias de big data e analytics para conseguir construir experiências móveis personalizadas para os clientes. Seria como traduzir o vendedor simpático do mundo físico, que sabe indicar os produtos que um cliente pode se interessar no mundo digital, criando sites móveis personalizados, de acordo com os interesses das pessoas, geolocalização, questões socioculturais. É a era do Experience Management no mundo digital. A conversão de vendas está diretamente ligada ao fato de apresentar o produto certo para a pessoa certa. E, para isso, transformar as grandes bases de dados geradas pelos dispositivos móveis em conhecimento é a chave para ter ofertas bem direcionadas. Para o relacionamento, o uso de inteligência artificial e cognitiva é um caminho para criar relacionamentos humanizados, mesmo sendo realizados de forma artificial. A capacidade de aprendizado de uma plataforma de AI é infinitamente superior à capacidade humana.
David Morrell, Sócio da PwC Eliezer Silveira Filho, CMO da Stefanini para a América Latina Com o crescimento do mobile e do varejo online, vivemos a era dos Omniconsumers, clientes que buscam essa experiên30
As jornadas de compras dos consumidores devem ser cada vez menos específicas e definidas pelo canal utilizado. As empresas devem preparar-se para tratar diferentes perfis, fugindo de soluções “one-size-fits-all” para formatos flexíveis e customizados.
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O mesmo raciocínio aplica-se para a presença da marca em outros pontos da jornada do consumidor. As empresas devem considerar essas jornadas flexíveis e estar preparadas para agir “real time” para cada consumidor. Nessa linha, modelos analíticos e soluções alavancando inteligência artificial podem trazer a diferenciação para conquistar o clique da compra. A chave para estabelecer um relacionamento relevante com os consumidores, otimizando as conversões nas compras, seja tirar o foco do dispositivo ou do canal, e colocar o foco nas necessidades, comportamento e prioridades dessas pessoas. As empresas devem entender os momentos de interação consumidor-marca, momentos de formação de opinião e de decisão, posicionando-se de maneira relevante para resolver problemas e anseios dos diferentes perfis. Já não basta trazer um produto de qualidade, a marca precisa ser reconhecida por um serviço de qualidade nas suas jornadas. Com isso, ela poderá almejar a fidelidade e, inclusive, a recomendação dos seus consumidores.
TVs até os celulares e som veicular... tudo vai ter de ficar mais fácil e mais assertivo, e aí vem a inteligência artificial para garantir customizações no nível individual das abordagens e ofertas. As empresas devem investir em três pilares essenciais: A) UX (Experiência do usuário), criando ambientes cada vez mais atraentes e funcionais com funcionalidades que otimizam a experiência reduzindo passos ao mínimo; B) Captação e tratamento de dados de navegação, transação e interação social para poder aplicar inteligência artificial em um futuro próximo e customizar a experiência ao máxima e, C) Respeitar a máxima de que tudo deve ser centrado no cliente, o que significa compreendê-lo melhor, atendê-lo mais rápido, facilitar as resoluções de qualquer desconforto e, principalmente, não gerar desconforto com sobrecarga de comunicação e funcionalidades que ele não vê valor. Relevância, por favor.
Guilherme Farinelli, Diretor de e-commerce do Grupo Boticário Fabrizzio Topper, CEO da Topper Minds Os gestores de negócios digitais, sejam eles de e-commerces tradicionais de venda de produtos ou de inovações em serviços, devem se atentar à redução de passos para o consumidor obter o que busca. Ainda há muita burocracia em logins e cadastros, e muito redirecionamento de um ambiente para o outro; isto tudo deve reduzir muito com novas soluções de compra direto dentro dos ambientes sociais (redes e apps de mensagem), e com a evolução das soluções de uso de voz em devices, que vão desde controle das
Amy Webb, uma das mais respeitadas futuristas norte-americanas em tendências tecnológicas, previu o fim do smartphone a partir de 2018. [Ela indica que] os smartphones atingiram seu ápice de evolução e têm recebido apenas melhorias incrementais. Em contrapartida, essas novas tecnologias estão vindo com grandes inovações em um curto espaço de tempo e, cada vez mais, a um custo acessível. [Assim,] será importante entender a jornada do usuário nos seus micro momentos e isso exige que os profissionais ampliem seus espectros de visão e análise. 31
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Esse novo comportamento do usuário impacta métricas consagradas como taxa de rejeição, tempo de permanência e engajamento, a taxa de conversão é mais uma delas que passa a fazer parte de um data lake muito mais complexo do que fomos preparados para lidar.
em curtos períodos de tempo – aqui cabe uma nova forma de atingir o consumidor. Criar novas estratégias de comunicação é algo importante, tendo em vista que o público nunca é estático.
Marina Daineze, Diretora de Imagem e Comunicação da Vivo
No celular, a concorrência por atenção é igualmente grande. Há um universo de aplicações e páginas a serem acessadas. Captar dados do público e estudá-los para criar condições e mensagens personalizadas é um diferencial.
Em um mundo cada vez mais conectado, a tendência é que as telas – smartphones, computadores, TVs e etc. – cada vez estejam mais preparadas para atender nossas necessidades diárias. Esse cenário gera uma grande oportunidade para marcas entregarem soluções inovadoras para seus clientes se conectarem a sua comunicação, produtos e serviços. O grande desafio está em impactar o público no contexto adequado e com relevância, considerando a personalização do conteúdo para cada cliente.
Lorren Klinke, Gerente de Marketing da área de parcerias da VTEX Uma tendência interessante, que afeta a ponta da atração de clientes, é a aderência a planos “sem publicidade” de aplicativos e redes sociais. As pessoas passarão a desempenhar mais atividades em dispositivos mobile e, quanto menos tempo elas puderem “perder” assistindo a anúncios, melhor. Publicidade e marketing são áreas vivas, que se reinventam drasticamente 32
Praticidade é uma característica forte – quanto mais claro for o anúncio para o seu produto/serviço e mais fácil e rápido for o processo de aquisição deste, maior a probabilidade de conversão.
André Ferraz, Fundador e CEO da In loco Media Eu acho que a grande transformação que deve acontecer para o mobile commerce deslanchar é o surgimento de novos sistemas de autenticação, cadastro e validação de informação. Também é preciso soluções de pagamento mobile em aplicativos que sejam mais user friendly, evitando que as pessoas percam tanto tempo digitando todas as suas informações, através de dados pré-configurados e sistemas antifraude compatíveis com a experiência do mobile. Afinal, a maioria das soluções voltadas para a segurança digital foi desenvolvida para o desktop. Já a mudança radical na rotina dos profissionais de marketing mobile é a mudança de mindset: deixar para lá os paradigmas antigos e passar a olhar o que o mobile é de verdade. Como o próprio nome já diz, “mobile” tem o elemento “mobilidade”. E quando a mobilidade entra na conta, a lo-
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calização é o ponto fundamental para isso funcionar. Para mim, a grande mudança é enxergar a localização como o cookie do mobile, e o cookie sempre foi a base de tudo que se faz no digital. Vamos parar de pensar em cookies e começar a pensar em localização.
Alessandro Cosin, CEO da Cosin Consulting linked by Isobar A mudança já está acontecendo. Seja no site ou no mobile, o segredo é buscar uma integração mais fluída possível entre as interações com a marca e o processo fi-
Fernando Moulin, Diretor de Experiência Digital da Vivo Há duas tendências de comportamento do consumidor ocorrendo em paralelo e que são oportunidades excelentes para os profissionais da área de comunicação atuarem: a primeira é a concentração cada vez maior do tempo de “consumo de mídia” por parte das pessoas nos meios mobile, seja em função da gama cada vez maior de funcionalidades e soluções disponíveis de modo integrado nos smartphones, seja em função da audiência cada vez maior de vídeos e plataformas de conteúdo nos celulares. A segunda é a busca do cliente/usuário por soluções cada vez mais simples, customizadas, personalizadas e em tempo real, para que a qualidade do tempo dispensado às telinhas seja maior – e esta consciência é, de fato, crescente. Essas tendências farão com que as jornadas de m-commerce sejam progressivamente simplificadas e certamente muito mais individualizadas, pois estratégias de big data vinculadas às possibilidades dadas pela geolocalização e a toda a inteligência disponível através dos smartphones permitirão assertividade cada vez maior na comunicação.
nal de conversão. Desenvolver formatos e conteúdos interessantes para seu público, cada vez mais personalizados, através do entendimento científico de dados, pode permitir que a conversão ocorra sem fricção. Isso, no mobile, que permite um alto volume de interações, tende a tornar o processo de venda muito mais fluído. Para o profissional de marketing, aprofundar-se nas tendências tecnológicas do mundo mobile, além de um profundo entendimento de dados e content marketing são, na minha opinião, essenciais. [...] Investiria muito [ainda]em design e usabilidade, e num conteúdo relevante e personalizado.
Bianca Borges
Jornalista /Analista de Conteúdo do Digitalks 33
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Por Guilherme Mamede
SerĂĄ
O fim dos anĂşncios intrusivos?
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Todo usuário de internet já passou pela péssima experiência de entrar em um site e ser bombardeado de banners e pop-ups. Não por acaso, muitos mudam de página e vão fazer suas buscas em outros endereços. É claro que o Google sempre esteve de olho nisso. Tanto que, em junho do ano passado, entrou em teste um adblock responsável por bloquear todo anúncio considerado intrusivo mediante as regras da Coalition for Better Ads (CBA). A CBA, por sua vez, surgiu da união de nomes como Google, Microsoft, Facebook, ABA e P&G, com o propósito de tornar a publicidade na internet menos invasiva. O resultado foi bom e ele já está em pleno funcionamento no Google Chrome dos EUA, Canadá e Europa. Vale lembrar que o navegador é o favorito de 56% dos usuários de internet. Eis que surge a questão: pensando na relação entre anunciantes, publishers, e usuários, essa nova ferramenta é uma boa notícia? Mas é claro que sim!
estratégias como publicidade nativa, inbound marketing, retargeting e marketing de conteúdo. Além de considerar o novo adblock extremamente positivo, também aprovo a maneira como ele está sendo implementado. Não é uma ditadura do tipo “anúncio intrusivo = bloqueio imediato”. Quem for identificado fora dos padrões ideais de publicidade será notificado e tem 30 dias para remover o anúncio. Falando de Brasil, creio que a chegada da ferramenta (ainda sem previsão) também terá um impacto positivo no nosso mercado. Ainda temos muitos sites super carregados de anúncios e que não são ideais para a experiência do usuário. O movimento tende a ser o mesmo: adaptação. E não será fácil. O motivo para essa superpopulação publicitária em alguns sites vem da dificuldade de monetizar. No momento, cabe ao mercado brasileiro já se preparar para esse tipo de mudança para não ser surpreendido. Ainda assim, acredito que grandes ideias podem surgir da necessidade de se adaptar.
Para os anunciantes, fica o desafio de estruturar formas de publicidades com conteúdos realmente relevantes e que tragam boas experiências para quem os acessa. Os publishers também terão que adequar a estrutura de seus sites e, ao torná-los confortáveis para o seu público, terão mais audiência e interatividade. Os usuários então, nem é preciso falar, certo? São os mais privilegiados. Serão impactados por publicidades condizentes aos seus costumes de uma maneira não intrusiva. É um ótimo momento para a expansão de
Guilherme Mamede CEO da Predicta
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digiexperiĂŞncia
Por dentro do SXSW 2018: O que esse mega evento deixa de insights para os profissionais digitais? 36
digiexperiência
Na última revista Digitalks, estreamos a coluna DIGIEXPERIÊNCIA. Este é um espaço para que profissionais de marketing e da área digital compartilhem algumas de suas vivências e compartilhem insights sobre o setor. Dessa vez, conversamos com brasileiros que atuam no mercado digital e que estiveram presentes no SXSW 2018, um grande evento que reúne especialistas de áreas como marketing, tecnologia, música e cinema e que acontece no Texas, nos Estados Unidos. A edição do evento deste ano superou expectativas. Pelo menos esse foi o retorno que tivemos dos nossos correspondentes internacionais Carlos Giusti, sócio, Miguel Genovese, diretor de criatividade e inovação, e Renato Sapiro, diretor de Estratégias Digitais, todos profissionais da PwC Brasil que estiveram pela primeira vez no evento. “O SXSW 2018 foi mais uma edição abarrotada de ideias incríveis e de constatações de cair o queixo sobre o mundo cada vez mais tecnológico e surpreendente em que vivemos”, contaram ao Digitalks. De acordo com Rodrigo Terra, presidente da Era Transmídia, este foi o 2° ano em que a delegação brasileira foi a segunda maior do festival, consolidando o país como grande frequentador do evento e colocando o SXSW no calendário oficial de agências, marcas, startups e produtoras de audiovisual. Confira os depoimentos e as impressões desses profissionais a seguir:
Carlos Giusti, Miguel Genovese e Renato Sapiro, da PwC Brasil (texto colaborativo) Dessa vez, a nossa primeira de muitas que com certeza virão, vimos um pouco de tudo: drones que transportam pessoas, impressoras 3D forjando equipamentos para missões espaciais fora da atmosfera terrestre e muito, mas muito blockchain e Inteligência Artificial a transformar radicalmente tudo – a economia, as indústrias, os negócios, os empregos, o consumo e, principalmente, as relações. Sim, as relações. Porque, admitamos ou não, queiramos ou não, lembremos disso ou não, são elas, as conexões interpessoais, o motor do nosso mundo. Como bem disse Hugh Forrest, diretor do evento, em seu discurso de abertura, “As inovações mais importantes surgem quando diferentes pessoas de diferentes lugares se encontram”. E nada proporcionou e ainda irá possibilitar tantos encontros entre pessoas como nós, ou como você, que está lendo este texto, neste planeta cada vez mais quente, plano, estranho, interconectado e minúsculo (sim, vivemos numa quitinete chamada Terra) do que a tecnolo37
digiexperiência
gia. O que nos resta de mais valioso entre tantos bits, bytes, quarks e quantuns do que as emoções (e entre as quais a mais preciosa é a empatia)? Bem-vindo à Economia da Empatia! A empatia, a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, a compreensão e solidariedade mútua é o que mais nos faz humanos. À medida que a automação eliminará, inicialmente, trabalhos rotineiros, e num futuro bem próximo, a inteligência artificial irá se sobrepujar à do homem, essa habilidade tão a todos nós se apresentará Porintrínseca André Rubens Andrade como uma verdadeira competência de sobrevivência. O blockchain e as criptomoedas, por exemplo, têm um tremendo potencial de serem os viabilizadores de uma economia realmente colaborativa e de fazer prosperar negócios locais que façam sentido num mundo em transformação expo-radical como este em que vivemos. Por que não? As pessoas se surpreenderam com a aquisição da Whole Foods pela Amazon no ano passado, mas esse é o tipo de coisa que vamos ver de forma cada vez mais recorrente daqui para frente: uma indústria engolindo a outra à medida que as tecnologias avançam e convergem. Nesse contexto, só nos resta abandonar o pensamento linear e rígido do século 20, ter mais flexibilidade e sensibilidade, colocar a nossa humanidade na linha de frente. A maioria das empresas, na tentativa de alcançar sucesso hoje, se prende a modelos que deram certo no passado. E isso não levará ninguém a lugar algum. Afinal, inovar não é só adotar novíssimas tecnologias, é pensar diferente. Entre tantos projetos fenomenais e palestras com lendas vivas como Ray Kurzweil e Elon Musk, a maior lição de SXSW 2018 se apresentou nas entrelinhas: a revolução tecnológica está nos empurrando para uma economia cada vez mais humana, na
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qual todos os atributos que não podem ser programados em software, como paixão, caráter e espírito colaborativo prevalecerão. Sim, o SXSW é para ficarmos atualizados sobre tudo o que acontece no mundo digital. Mas é muito mais. É para abrir a cabeça, refletir, fazer cócegas em nossa criatividade e em nossa sensibilidade. E nos permitir olhar tudo e todos sob uma perspectiva inesperada.
Rodrigo Terra, Presidente da Era Transmídia Nas áreas de marketing e criatividade, o SXSW 2018, como um todo, foi bem marcado pelas discussões sobre realidade aumentada e virtual, inteligência artificial e muito sobre o papel do conteúdo como ferramenta de marketing para engajar audiência e os consumidores altamente digitais. Além disso, também pautou as ativações de marcas e produtos como ferramenta de construção de experiências. O interessante das discussões foi mesmo a consolidação dos conceitos de experiências como conteúdo de marca. Nesse quesito, a Westworld foi a campeã, com um teatro imersivo em uma cidade cenográfica, construída para as pessoas vivenciarem o parque da marca com mais de 60 atores e mais de 400 páginas de roteiro, que, dependendo da interação que as pessoas tinham com as personagens, o roteiro mudava. Sem óculos, sem extrema tecnologia, mas altamente imersiva. Outro destaque foi a Sony WoW, pelo segundo ano, mostrando a visão da empresa para os próximos anos em pesquisas e protótipos para o mercado de entretenimento, usando realidade aumentada em diferentes aplicações, desde cubos interativos para games multijogador até experiências artísticas sensoriais com novos equipamentos de som e imagem. O Google, por sua vez,
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apareceu com uma casa-instalação artística, integrando todos os cômodos com sua plataforma Google Home e Google Assistant, mostrando que a Voz tem agora espaço não só para comandar máquinas, mas interagir e se divertir com elas. Muito dessa evolução tecnológica deixa de ser conversa sobre só a tecnologia em si, mas agora como empresas e pessoas podem construir experiências e contar histórias com elas. Não tivemos, este ano, stands da NASA no Trade Show, mas muitas palestras falando como a agência espacial norte-americana usa as redes sociais e ferramentas de novas mídias para engajar o público com suas ações, falando também da responsabilidade do uso das mesmas para prestar contas à sociedade que sustenta o órgão através dos impostos. Muito bacana. O festival de música trouxe discussões sobre a nova economia e a forma como o mercado de eventos ao vivo está se reinventando e atraindo grande público, e também como as marcas entram no diálogo efetivamente e não só “pegam carona”. Cases como o da Natura Musical foram apresentados.
Os assuntos se conectam, mesmo que pareçam distantes. Biotecnologia e Cidades Inteligentes dialogam com Publicidade e Novos mercados de startups. Novos mercados surgindo transformarão as interfaces das cidades que ficarão cada vez mais inteligentes. Aqui entra o setor aeroespacial privado (no qual startups estão mandando satélites e foguetes já pensando na, não tão distante, exploração espacial como um produto viável) e a mudança paradigmática de como as empresas vão existir em cenários próximos de carros autônomos e voadores. Haverá mais tempo para pessoas prestarem mais atenção ao seu redor, nesta realidade física, mas agora com possibilidade de criar e explorar outras realidades que existem em outros planos, num mundo que se projeta pós smartphone, com computação em todo lugar e em qualquer objeto, liberando a sociedade para poder gerir melhor seu tempo e escolher cada vez mais, o que ver, quando ver e como ver.
Gostou das tendências e novidades que nossos entrevistados compartilharam aqui? Pare, pense e reflita sobre elas. Você está preparado para todas essas mudanças?
Mas o principal insight nesta edição foi o entendimento sobre o fim da mudança da publicidade de formatos tradicionais para investimentos pesados em entregar o que o público realmente quer: conteúdo e experiências. Acabam-se os ads, entra o diálogo. Seja através de inteligências artificiais mais evoluídas, capazes de criarem conversas sobre valores, produtos e ideias, seja em marcas capazes de entregar valor através de investimentos em shows, programas e novos produtos nascidos já com um pensamento pós-digital.t O SXSW é uma grande convergência de ideias, pessoas, empresas e discussões. 39
user experience
Por Ricardo Abel
Gerenciando projetos digitais:
como definir a melhor estratĂŠgia de UX
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user experience
Gerenciar um projeto que envolva uma mudança ou melhoria do negócio de uma organização é um grande desafio. Desenhar a melhor estratégia de UX (User Experience) exige um time multidisciplinar com visão de negócio, processos, experiência de usuário, design, tecnologia entre outros, além de normalmente nos deparamos com diversos obstáculos dentro da organização como cultura, medo da mudança, política e concorrência durante o projeto. Com todas estas dificuldades citadas acima, o processo de planejamento para definir a melhor estratégia de UX para uma solução digital acaba sendo um caminho crítico normalmente e surgem dúvidas de como desenhamos todas as telas ou programamos diretamente em front-end o mais rápido possível. Prototipar o wireframe de todo o projeto antes de produzir o design ou rabiscar o mínimo necessário? Com certeza, essas são dúvidas que todo Gerente de Projeto que já planejou e/ou executou um projeto que envolvia as etapas de User Experience, Design e Programação já teve. Encontrar as melhores respostas para o seu projeto é o que a La República, empresa do ecossistema Digital Business, particularmente chama de Estratégia de UX. Gerenciar projetos digitais que envolvem etapas de Arquitetura de Informação e Design é um desafio quanto ao gerenciamento do escopo e do prazo. O retrabalho gerado por aprovações de materiais, retornos de feedbacks de patrocinadores em momentos diferentes dos previstos em cronograma e o caráter subjetivo que uma aprovação estética pode possuir são variáveis de difícil controle para um gerente de projetos. Além disso, hoje em dia, existem milhares de ferramentas e metodologias para se
executar um projeto deste tipo, e muitas delas garantindo o mesmo resultado final em relação ao escopo. Então, a definição de uma boa Estratégia de UX durante o planejamento do projeto é cada vez mais importante para que o número de “variáveis incontroláveis” seja cada vez menor, e que tanto escopo quanto prazo se mantenham dentro de um controle de execução esperado. Infelizmente, não existe uma fórmula ou método pronto para definir qual será a melhor estratégia para o seu projeto e, assim como boa parte da gestão de projetos, ela deve ser baseada em boas práticas, na sua experiência e, principalmente, no tipo de projeto que está sendo executado. Normalmente as mesmas estratégias tendem a funcionar para projetos do mesmo tipo com o mesmo perfil de cliente. Alguns pontos que costumamos mapear em nossos projetos:
#1 Clientes que possuem um perfil mais tradicional nas etapas de aprovação de materiais ou que terão envolvimento de várias etapas internas de aprovação, provavelmente, exigirão o máximo de telas desenhadas para o projeto. Sendo assim, considerar a premissa de que apenas parte das telas do projeto será criada, pode ser um problema futuro quanto a escopo e prazo. Para resolver isso, uma boa estratégia passa pela etapa de Arquitetura de Informação, que deve criar o máximo de modelos de páginas possíveis, chamados “templates”, e tentar adaptar conteúdos e contextos para estes modelos. 41
user experience
#2
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Projetos de sistemas terão muito uso de formulários e tabelas de dados, e devem montar uma estratégia que envolva o menor tempo de Design possível, de preferência, na criação apenas de uma tela de referência de componentes.
Mapeie desde o início do processo quais os principais dispositivos que o projeto deve atingir (mobile, tablet, desktop, smartwatch). Preferencialmente, escolha um dispositivo principal para determinar o estilo geral do projeto e, para os demais necessários, crie apenas telas de referência.
Formulários e tabelas são elementos mais fáceis para um Programador Front-End produzir, diretamente com base em um Por André Protótipo em Rubens Wireframe Andrade ou até mesmo de uma Especificação Funcional que liste os campos necessários. Para que os formulários e listas não fiquem com uma estética ou navegação abaixo do desejado, inclua horas de revisão e QA de um profissional de Design no trabalho de Programação executado. Sem dúvida será investida uma menor quantidade de horas do que se investiria no desenho de todos os formulários, com uma forte tendência do resultado final ser o mesmo.
#3 Na etapa de Planejamento, mapeie o entendimento do cliente sobre prototipação e wireframe. De preferência, mostre exemplos de protótipos de alta e baixa fidelidade e garanta, com os pontos de aprovação, o entendimento sobre o material previsto. Se não houver garantia de que o material aprovado na etapa de prototipação não é o resultado estético do projeto, tente investir o menor tempo possível nesta etapa (uso de mockups, protótipos em baixa fidelidade), e envolva profissionais mais mistos de UX/Design diretamente na criação de telas. 42
Desenhar todas as telas em todas as resoluções normalmente gera apenas desperdício de tempo e trabalho, e não garante que as aprovações sejam mais assertivas Uma boa estratégia, neste caso, é envolver as etapas de programação o mais rápido possível quando o número de resoluções é muito variado. Tecnicamente se torna mais ágil replicar todo um projeto para uma nova resolução, diretamente em etapas de programação, do que em etapas de Design e UX. Trabalhar em ciclos de trabalho ajuda a corrigir o modelo adotado para aumentar sua eficácia. Entenda as suas necessidades, compile qual estratégia você irá seguir e não esqueça de fazer, ao fim do projeto, uma retrospectiva para avaliar se a técnica adotada mapeou corretamente o perfil do cliente, e se o resultado de qualidade, escopo e prazo foi adequado.
Ricardo Abel
CEO da Digital Business
Soluções em Marketing Digital
www.crpmango.com.br
content marketing
Por Diego L. Nogueira
O marketing de conteĂşdo muito alĂŠm do blog
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content marketing
A leitura é a experiência de escolha dos usuários mais engajados da web. O modo predisposto, proativo e atencioso é facilmente diferenciado quando contrastado com a passividade com a qual assistimos a um vídeo engraçado de gatinhos, por exemplo.
Mas o que torna a experiência de leitura tão diferenciada? Os dois componentes mais importantes para uma experiência de leitura engajadora são: a maneira como chegamos até o texto e o contexto no qual estamos inseridos no momento da leitura. Existem vários possíveis canais através dos quais descobrimos artigos para nos engajar, mas as principais maneiras são as máquinas de busca, redes sociais ou o acesso a portais ou blogs onde o conteúdo é publicado. A nossa jornada de descoberta de conteúdo dentro desses canais envolve escolhas, e cada escolha ao longo do caminho qualifica a nossa experiência de leitura.
teressa. Aqui a qualificação vem de lermos o que nos foi recomendado por amigos ou marcas do nosso círculo de referência. Já nos portais e blogs de referência, confiamos tanto na relevância da curadoria de quais histórias devem ser abordadas quanto na qualidade e veracidade do conteúdo publicado. Depois de tantas escolhas, estamos a um clique de lermos o texto sobre o tópico que consideramos interessante e o nosso estado mental se prepara para o consumo. A ação é interessada e de profundidade, com uma postura ativa (ao contrário dos vídeos de gatinhos). Nesse momento, elevamos o nosso grau de concentração e ajustamos a nossa expectativa, conscientes de que estaremos engajados naquela experiência pelos próximos minutos. Na tela do celular, a experiência é ainda mais focada, já que tipicamente o conteúdo toma todo o espaço e atenção.
O conteúdo como formato e canal de publicidade
Ao acessarmos uma máquina de busca e digitarmos uma consulta, estamos manifestando de maneira explícita e precisa o nosso interesse por um determinado tema ou história. O que faz das máquinas de busca canais tão poderosos é o fato da consulta representar, naquele instante, a nossa única escolha entre todos os tópicos que conhecemos. Como se não bastasse, ainda fazemos a escolha da fonte de informação dentre a lista de resultados relevantes.
O marketing descobriu o conteúdo como um formato para impactar as pessoas com profundidade, comunicar mensagens complexas e estabelecer autoridade, empatia e associação de marca. As empresas passaram a direcionar suas estratégias de marketing de conteúdo e conteúdo de marca (branded content) de maneira a se aproximarem das histórias do dia a dia das pessoas e, assim, participarem da experiência de maior engajamento na web.
Nas redes sociais, optamos por fontes de informações via perfis que nos conectamos. Elas populam o nosso feed de notícias, de onde selecionamos o que nos in-
De fato, a partir dos dados que coletamos na WorldSense, observamos que as interações com as marcas que se iniciam a partir da experiência de leitura têm um engaja-
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content marketing
mento (time spent) 30% a 40% mais rico do que as interações iniciadas a partir de outros formatos. Portanto, o conteúdo é não só um formato de alto engajamento, mas também um canal, com oportunidades de alta qualidade para os objetivos de marketing.
cado para impactações de marca, a publicidade em escala se apresenta em torno da experiência (com banners e animações) e não segue o mesmo formato e propósito escolhido pelos leitores. Pouco se explora quanto a anotações e intervenções nativas à experiência de leitura.
A publicação de publiposts e os veículos de conteúdo das próprias marcas (como os blogs) têm sido uma maneira de explorar o conteúdo como canal. Enquanto guest posts, publiposts e a cobertura orgânica da mídia são ótimas oportunidades.
E se as marcas pudessem participar das histórias relevantes para o seu público?
O que os canais de publicidade online mais poderosos têm em comum? O Google (tanto a busca quanto o Youtube) e o Facebook se consolidaram como canais muito poderosos. Além do tamanho de sua audiência, existe outro componente em comum que os tornam tão eficientes: os anúncios nativos à experiência de consumo. Quando digitamos uma consulta nas máquinas de busca, o que esperamos consumir são resultados de busca relevantes. E é assim que os anúncios se apresentam: resultados patrocinados seguindo o mesmo formato e propósito da experiência de escolha dos usuários. Nas redes sociais, os anúncios são posts que podem ser compartilhados, comentados ou passíveis de Likes, mais uma vez seguindo o mesmo formato e propósito dos posts orgânicos da rede. A mesma característica está presente nas redes de vídeo. O mesmo não acontece no contexto do consumo de conteúdo textual. Apesar da leitura ser um momento altamente qualifi46
No digital, o conteúdo não é mais imutável depois de publicado. Imagine se a IBM, por exemplo, pudesse introduzir as conquistas do Watson sempre que lêssemos sobre os avanços da inteligência artificial aplicada aos negócios ou à saude? E se as patrocinadoras da Copa do Mundo contassem um pouquinho sobre a sua paixão pelo esporte a medida que as histórias sobre o campeonato fossem avançando? Marcas podem contribuir com a experiência de leitura e participar das histórias relevantes, no foco da atenção dos seus atuais ou futuros clientes, seguindo o mesmo formato e propósito que sua audiência escolheu. Com chamadas para conteúdos da estratégia de inbound marketing ou notas inseridas no contexto certo dentro de artigos em veículos como EXAME.com e TecMundo, por exemplo, é possível alcançar um perfil complementar de usuários, altamente qualificados e engajados. E a sua história? Vai deixar passar?
Diego L. Nogueira CEO da WorldSense
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e-commerce
Por Luciano Villalba
Back to the Basics:
Como o furor com novas ferramentas e tecnologias pode atrapalhar sua estratĂŠgia de marketing
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e-commerce
Novas funcionalidades na plataforma, tendências nas redes sociais, algoritmos em constante transformação, entrega por meio de drones... tudo isso fascina e encanta os empreendedores, principalmente no e-commerce. Mas de nada adianta um super robô se sua loja não oferecer o mínimo para encantar o cliente, princípio básico de toda escola de venda. Por isso, a tecnologia deve ficar em segundo plano durante o processo de criação de um e-commerce e o foco deve ser a experiência do usuário. Para inovar, é preciso estudo, protótipos, entrevistas, tempo, conhecimento e habilidade. É preciso contar com uma equipe multidisciplinar de especialistas, tornando esse processo mais colaborativo e atingindo resultados infinitamente melhores. Planejamento e responsabilidade são a base desse processo. É crucial definir variáveis antes de iniciar o projeto, saber quantos produtos a loja terá, qual o público-alvo, como serão produzidas as fotos, a quantidade de conteúdo, etc. É muito comum, no decorrer de uma implementação, o empreendedor desistir ou mudar algumas etapas do projeto. Isso faz com que o projeto se desmanche e perca personalidade. Outro ponto de atenção é o conceito. O cliente não entrou em seu site para apreciar seu belo layout. Ele busca um produto pelo menor preço possível, uma loja com boa reputação, um sistema seguro de compra, logística confiável e atendimento perfeito. Se perguntarem, talvez ele nem se lembre de citar o layout como algo relevante. Por isso, é importante diferenciar layout de experiência: seu cliente quer uma boa experiência. Se você vende moda, ele vai adorar algumas dicas de estilo, uma abordagem conceitual da coleção, banners chamativos
com modelos inspiradoras, etc. Mas se você vende uma commoditie, ele provavelmente quer credibilidade e preço. Esqueça o layout bonitão e foque na experiência perfeita. Processos de Design Thinking costumam ser muito úteis nesse ponto, assim como wireframes, mindmaps e protótipos para testes com usuários, que também são excelentes alternativas para compreender como o layout poder unir design e usabilidade. E lembre-se: o trabalho não acaba quando o projeto é entregue. Uma vez que o alicerce foi finalizado, é preciso manter o acompanhamento, criar processos, documentar, fornecer sistemas para conferência desse material e evoluir constantemente. Esse é o momento de integrar as ferramentas e tecnologias disponíveis. Configure o Analytics ao seu modo, adote heatmap, scrollmap, teste a/b, CRO, defina metas, tenha dados para orientar as melhorias do seu e-commerce e atue para evitar o re-design completo, pois raramente é a melhor solução. Uma loja online deve ser um organismo vivo que evolui constantemente, tendo os dados obtidos como seu catalisador de mudanças. Em um projeto que envolve tantas frentes interdisciplinares de trabalho, existe muito risco. O design tem o poder de unir estas frentes, mas não pode ser um exercício solitário. Deste modo, esqueça o seu layout brilhante ou aquela tecnologia super inovadora e foque na experiência do seu usuário.
Luciano Villalba Head of Design/UX da Infracommerce
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inovação
Por Jeferson D´Addario
Riscos e oportunidades da Transformação Digital A transformação digital, pauta recorrente em inovação, não é um projeto a ser implantado e finalizado. Trata-se de um movimento que simultaneamente cria e acompanha a revolução que acontece dia a dia no mundo. Se lá na década de 60, a Lei de Moore sugeriu dobra de processamento a cada 18 meses, o que esperar da curva da transformação digital? A expectativa é que isso continue a crescer exponencialmente e o futuro possa ser evoluído como a ficção científica. Capacidade de comunicação ilimitada e multidispositi50
vos, descentralização dos controladores, sensores, robôs automatizando pesquisas e rotinas supérfluas e quem sabe detecção e cura ágil de doenças graves. Tudo converge para a compreensão melhor do corpo humano, dos recursos tecnológicos e de novos materiais nano inteligentes. Essa atmosfera impacta comportamentos e assusta quem viveu realidades diferentes. Paradoxalmente, cada vez mais, inovações são rapidamente naturalizadas. A apropriação é tão instantânea e fluída, que tudo assume o caráter de segunda natureza velozmente.
inovação
O que é segunda natureza? Do inglês, second nature, o conceito refere-se aos hábitos e características instintivas. São comportamentos assimilados como naturais. Por exemplo, acordar e olhar o smartphone antes de qualquer coisa é um comportamento naturalizado. Você não percebe mais que o realiza, tampouco impressiona-se com a tecnologia envolvida na atividade. É como se estivéssemos nos tornando cyborgs sem perceber. Por mais que o smartphone ainda seja acoplado ao corpo, você deve conhecer alguém que parece que o incorporou à mão. Outro conceito interessante a ser considerado é a ubiquidade. A palavra parece difícil, mas o significado é simples: é a capacidade de estar presente em todo lugar. Pelo dicionário, algo concomitantemente em todos os lugares, pessoas e coisas. Logo, podemos afirmar que a transformação digital é ubíqua. O fato de você ou a sua empresa ainda não a terem percebido, não anula o fato de que ela é onipresente.
Enfim, a transformação digital pode ser fluída? A forma como as pessoas usam e assimilam inovação é cada vez mais fluída. A tecnologia é ubíqua e absorvida como segunda natureza. Somado a isso, é mais difícil ser disruptivo. Obviamente, ainda há disrupção nos negócios. Entretanto, são anos de Revolução Digital, são anos de inovações rompendo barreiras. Consequentemente, notam-se sinais de uma recepção naturalizada ao novo. Talvez por termos sido tão impactados por tsunamis seguidos de mudanças, tenhamos aprendido a nadar neste mar de revoluções. Se
isso for verdade, pode ser possível que a transformação digital atinja a tão esperada fluidez. Daí, quem sabe, ela simplesmente existirá, sem precisar ser pauta de metas a serem cumpridas.
Riscos e oportunidades. Se você não é tão digital assim, não se assuste. Há espaço e negócios para ambos os perfis. A análise comportamental digital será usada tanto para marketing como para segurança e poderá trazer grandes benefícios. Menos complexas, as tecnologias serão mais interativas e intuitivas, o que facilitará o autogerenciamento para os menos “nerds”. Riscos cibernéticos, falta de água, falta de alimentos, migração desordenada, mudanças climáticas complexas, fraudes e outros riscos ainda assolam e preocupam, segundo o Global Risk Report 2018 do World Economic Forum (DAVOS). Cenários que não devem ser revertidos em menos de 30 anos. Na contramão, empresários e executivos podem aproveitar as oportunidades para compensar falhas históricas dos governos, fomentar negócios, fiscalizar, gerar novas profissões, etc. Veja o exemplo de Tesla, Google ou até mesmo da Saint-Gobain. Empresas se reinventando, ou melhor, criando novas áreas. Ser ou não ser digital não importa, o que importa é desenvolver algo bom. Inovação que impacte milhões e que permita a resolução de problemas de forma positiva.
Jeferson D´Addario Presidente do Grupo DARYUS
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vendas
Por Maurício Montanha
O que o case do “Kit Saúdável de Páscoa” pode ensinar para os empreendedores e marqueteiros
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vendas
Recentemente, fomos pegos de surpresa com a ação de páscoa feita pela Prefeitura de Duque de Caxias. O que deveria ser um “Kit Saudável de Páscoa” no melhor estilo Masterchef e com a total aprovação da Bela Gil, virou uma grande piada nas redes sociais e frustração para as crianças que foram premiadas com o combo. A moral da história foi a compra de uma quantidade imensamente maior de cenouras pela prefeitura. Até então, eles poderiam usar nas merendas e tudo mais, porém o legume começou a estragar e daí surgiu a urgência de se desfazer dele de maneira criativa e que, de preferência, gerasse um engajamento da população. A ideia do “Kit Saudável” foi muito boa, porém incompleta e mal aplicada e é sobre isso que quero falar neste artigo. Não pense que estou tratando de política ou algo do tipo, esse exemplo das cenouras nos mostra o que algumas empresas vêm passando ao querer vender determinados produtos e serviços. Quando vamos lançar um produto ou serviço no mercado, devemos nos atentar a quem ele é destinado, o que ele soluciona, como ele é entregue e etc. No empreendedorismo, usamos o modelo Canvas para lançar algo, mas quero ir além desse modelo para explicar como o “Kit Saudável” deveria ter sido explorado. Hoje, estamos vivendo um modelo de mercado Fast, tudo é rápido e interativo
e, por isso, devemos tomar cuidado para não se perder no lema do Carpe Diem: “Aproveite o dia”. Esse foi o lema da decadência da Roma Antiga, quando tudo estava se esvaindo e a ideia era: aproveite o dia e faça o que puder! As empresas estão se baseando nesse lema e lançando produtos e serviços na pressa do resultado, sem se atentar em estruturar um processo composto para essas soluções. No mundo ideal, essa ação do “Kit Saudável” deveria ser complementada com um Ovo de Páscoa ou um chocolate, o tal Kit deveria ser um plus, servindo de ação estratégica para engajar o público, população. É exatamente o complemento que vem faltando para gerar o sucesso esperado em algumas marcas/empresas. Algumas tem um produto bom, mas uma equipe de vendas ruim; outras, o inverso e assim segue. Um dos fatores primordiais no mercado é a área Comercial. Como está a motivação da sua equipe? Seus executivos estão empenhados em levar uma solução ou 53
vendas
produto que realmente atenda ao cliente ou apenas estão cumprindo agenda e tomando café? Temos empresas que tratam suas áreas comerciais como linha de produção, atuam com metas de reuniões insanas e cobram resultados imediatos. Na minha opinião, o executivo moderno se tornou um consultor, uma pessoa que leva uma solução composta de produto, ideia, bom atendimento e follow up. Esse tipo de executivo consultor é o que, em médio e longo prazo, fará não só o faturamento da empresa subir, mas fará a empresa ser uma referência em atendimento no mercado. Por outro lado, o executivo “linha de produção” está fadado a fazer e ter ações desesperadas para trazer o resultado imediato, isso pode até gerar vendas, porém também irá gerar um desgaste ao ponto que promessas, atendimento, ideias e resultados não forem entregues.
excelente iniciativa, receita de bolo, ingrediente com aderência ao período sazonal, porém faltou o essencial, e isso me lembra de uma frase que ouvi anos atrás que dizia o seguinte: “Tenho tudo o que preciso, só me falta o necessário” e, nesse caso, o necessário seria o Ovo de Páscoa ou o chocolate que faria toda a diferença para as crianças, e com certeza geraria um ótimo engajamento, talvez até se tornando case de sucesso. A mensagem que deixo é: pensem em seus Produtos/Serviços como soluções para o cliente, estudem a marca, olhem pelo prisma do cliente para levar algo necessário. Muitas vezes, menos é mais e isso faz toda a diferença para gerar uma venda. E quando for fazer uma venda, pense que é necessário vender e atender o mesmo cliente mais de uma vez.
Hoje, estou à frente de equipes de vendas que são completamente diferentes da escola que vivi anos atrás. Fui treinado para ser uma máquina, marcar cinco reuniões por dia, trazer no mínimo três briefings; caso não tivesse a reunião, deveria fazer 35 ligações e através delas trazer o briefing. Confesso que vendia muito, porém os valores das campanhas eram bem menores do que hoje, que tenho uma atuação estratégica, reuniões com objetivo real e com pessoas que realmente precisam do meu produto/serviço. Nesse mercado atual, devemos estudar bem o cliente antes de sentar à sua frente e apresentar algo: não faz mais sentido usar um power point de 30 slides se o cliente tem aderência em uma solução que está na lâmina 27. Essa ação do “Kit de Páscoa” teve uma 54
Maurício Montanha Head Latam da L2AD
negócios
Por Júlia Vidigal Munhoz
6 vantagens da relação entre inovação tecnológica & marketing
A união entre inovação da tecnologia e do marketing deixou de ser um luxo para se tornar uma verdadeira necessidade entre as empresas e gestores. Em um ambiente onde as ações de comunicação estão cada dia mais sofisticadas e eficientes, a necessidade de proporcionar uma experiência única para os consumidores se tornou ainda mais urgente. E é nesse cenário que a tecnologia surgiu como um importante aliado dos profissionais de marketing na busca de resultados 56
concretos e eficientes. Afinal, a utilização de dados deixou de se tornar um assunto pouco conhecido e, hoje, é uma das principais tendências dentro das organizações. Certamente, isso é só o começo! Quer saber quais são os outros benefícios que o alinhamento entre as duas áreas pode te oferecer? Listamos seis das principais vantagens da integração de inovações tecnológicas no processo de marketing de uma empresa. Confira!
negócios
1. Aumento das vendas O uso eficiente das novas tecnologias em estratégias de marketing proporciona um aumento muito considerável nas vendas. Se antes as pessoas tinham que se deslocar até as lojas para realizar uma compra, graças ao avanço e popularização da internet, hoje é possível contratar qualquer tipo de serviço ou comprar diversos produtos pelo celular ou computador. Acompanhando os novos estilos de consumo, é necessário que as empresas se aproximem do seu público-alvo, gerando empatia e engajamento, para só depois converter o visitante do site em cliente. Diante desse cenário, a internet e as plataformas digitais surgem como uma forma de otimizar esse processo. Além da aproximação entre consumidor e marca, possibilitada pela internet, os softwares de gestão de relacionamento com o cliente, também conhecido como CRM, facilitam a leitura dos históricos de compras e navegação do seu público-alvo, os direcionando para ofertas personalizadas e criando campanhas exclusivas. Mas muita atenção! É preciso ter consciência de que não basta criar um perfil em alguma rede social ou ter um site para começar a vender bem. Mais do que isso, é necessário a implantação de uma estratégia sólida que utilize os benefícios digitais de uma forma coerente.
2. Maior organização e produtividade Além de contribuir para o aumento das vendas, a união entre inovação tecnológica
e marketing afetam o modelo de trabalho de uma empresa nas mais diferentes áreas. Tecnologias móveis e de gestão estão cada vez mais presentes na rotina dos profissionais, influenciando diretamente na produtividade do negócio. Quando usado da maneira correta, um software de gestão integrada possibilita a união de todas as informações de uma empresa, como o cadastro dos clientes até os relatórios de estoque, passando pelas ações de marketing. Com isso, é possível solucionar os problemas de comunicação entre diferentes setores e agilizar diferentes processos do dia a dia. Isso sem falar no acesso remoto de dados. Equipamentos portáteis e armazenamento na nuvem são, provavelmente, a solução procurada para ter acesso a todos os dados sobre vendas, finanças ou produção além do ponto de trabalho, como em reuniões ou apresentações externas.
3. Aumento da competitividade Quando usadas de forma adequada, as novas tecnologias podem ser uma verdadeira vantagem competitiva para a sua empresa. Isso porque, ao adotar esses recursos na sua estratégia de marketing, você se tornará mais eficiente na atração de novos clientes. Embora algumas tecnologias apresentem um custo de aquisição imediatamente maior, elas oferecem grande redução nos gastos em médio e longo prazo. Além disso, você será visto como uma empresa inovadora aos olhos do seu público-alvo, o que pode aumentar a sua fatia de participação no mercado. O fato é que o consumidor está sempre em 57
negócios
busca de novidades. Uma empresa que investe em tecnologias sempre se destaca como uma provável sobrevivente em um mercado que está em constante mutação, o que passa mais segurança e credibilidade para que os clientes invistam em algo que você está oferecendo.
4. Ampliação do contato com os consumidores Seja por meio de eventos, redes sociais ou criação de conteúdo exclusivo e personalizado, a palavra de ordem do marketing digital é relacionamento. Diante disso, o investimento em tecnologia surge como uma excelente oportunidade para ampliar o contato das marcas com o seu público-alvo. Sistemas de análise de dados, como o CRM, oferecem infraestrutura e informações necessárias para que as equipes de marketing conheçam os seus consumidores de forma eficiente. Assim, é possível ampliar a interação entre as partes, criando estratégias que estejam mais alinhadas com o perfil e necessidades do cliente. Além disso, algumas plataformas, como as redes sociais e blogs, possibilitam uma interação maior com o público. Afinal, um canal direto entre as partes aumenta consideravelmente o engajamento com a marca.
5. Acompanhamento dos resultados das campanhas de marketing Outro ponto importante que comprova o poder da relação entre as inovações tecnológicas e o marketing é a mensuração eficiente do resultado das estratégias. Di58
ferente do marketing tradicional, nas ações digitais tudo é mensurado, analisado e comprovado. Graças a alguns softwares específicos é possível acompanhar o desempenho de todas as suas ações. Assim é possível avaliar a eficiência das campanhas e ajustar imediatamente, sempre que for necessário, as estratégias implementadas. Essas ferramentas, desenvolvidas pela área de TI, são a base para que as equipes de marketing mensurem a resposta de suas ações, avaliando o retorno dos investimentos.
6. Redução de tempo e custos Dentre as vantagens já citadas, vale destacar que o alinhamento da tecnologia com o marketing influencia positivamente na gestão de recursos da empresa, como tempo e dinheiro. Isso acontece porque, quando fundamentadas em dados concretos, as estratégias desenvolvidas pela equipe de marketing se tornam mais precisas e eficientes, evitando o desperdício de esforços em ações desnecessárias, que não apresentam bons resultados ou sejam muito onerosas. Agora que você já sabe as principais vantagens da relação entre inovação tecnológica e marketing, que tal integrar essas áreas em suas próximas estratégias? Com o auxílio de uma empresa especializada é possível otimizar os seus processos e alcançar resultados ainda melhores.
Júlia Vidigal Munhoz
Analista de Conteúdo e Editora do blog da mobLee
agile marketing
Por Eliezer Silveira Filho
Marketing veloz & furioso:
Usando agile para responder às transformaçþes do mundo.
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agile marketing
O autor americano Philip K. Dick disse que “tudo na vida é apenas por um tempo.” Sem dúvida, estamos vivendo a era das grandes transformações sociais que estão ditando as transformações dos negócios. Este mundo novo segue forças que o escritor britânico, Patrick Dixon, organizou no interessante acrônimo FUTURE: Fast (futuro veloz) A velocidade das mudanças é assustadora. Enquanto o telefone levou 75 anos para chegar a 50 milhões de pessoas, a internet levou 13 anos para chegar à mesma quantidade e, mais recentemente, o jogo Pokemón Go levou apenas 15 dias.
Urban (futuro urbano) Estamos vivendo o ápice da transição da população. As metrópoles estão virando megalópoles, a população abandonando os campos e lugares menores para viver nos grandes centros. E a previsão é que esse número cresça ainda mais nos próximos anos.
Tribal (futuro tribal) Se por um lado a população migra para o urbano, por outro lado a segmentação geográfica perde força – neste caso, o guia é a organização por tribos de afinidade.
Universal (futuro globalizado) Por mais que estejamos vivendo em um momento de questionamento das
fronteiras, a globalização é um caminho sem volta. A tecnologia permitiu conectar pessoas e ideias e, hoje, a construção do futuro é compartilhada globalmente pelas pessoas.
Radical (futuro de extremos) Com a conexão das pessoas e a troca de ideias, também passamos por um crescimento do radicalismo tanto positivo como negativo. A coragem para desafiar o status quo e propor mudanças, também se contrapõe ao crescimento do conservadorismo.
Ethical (futuro ético) Cada vez mais é cobrado como coluna do desenvolvimento. O mundo não é mais um vale-tudo, pois a sociedade com voz ativa cobra uma postura ética das pessoas e organizações. Essas mudanças no mundo criam um ambiente volátil e incerto para as estratégias de marketing. As metodologias ágeis surgem como um apoio para inovar, flexibilizar e trazer resultados de forma dinâmica. O termo agile foi construído na área de desenvolvimento de softwares. O manifesto ágil foi desenvolvido com 61
agile marketing
normas que auxiliam a construção de respostas rápidas aos novos desafios que iam surgindo. Chamado por Jeff Sutherland como “a arte de fazer o dobro do trabalho com a metade do tempo”, métodos ágeis são eficientes para tarefas complexas e criativas.
interações do cliente, um olhar profundo para a realidade do indivíduo. O propósito maior é acompanhar as mudanças para oferecer uma experiência diferenciada, que auxilie as marcas na entrega mais rápida de respostas ao consumidor.
Para o marketing, agile é uma alternativa para atender às mudanças do novo consumidor, formado pelas gerações millennial e centennial (nascidos a partir de 1999). A aplicação dos conceitos do agile permite gerenciar projetos centrados especialmente no cliente que mantêm o consumidor no centro das atenções. Existem três aspectos importantes para o agile marketing: utilização de times multifuncionais, visão customer first e entregas interativas e incrementais.
Com relação às entregas, o modelo ágil trabalha com o conceito de produto viável mínimo (MVP, de Minimum Viable Product), onde é desenvolvida a versão mais simples de um produto, que pode ser lançado com uma quantidade mínima de esforço. Esse conceito pode ser adaptado como MVC (Minimum Viable Campaign) quando falamos de campanhas publicitárias. Essa forma de entrega busca evitar perdas em um momento que as mudanças no mercado ocorrem rapidamente. Também permite um feedback rápido para verificar o que está funcionando e alterar aquilo que não funciona, buscando adaptar o que pode ser melhorado.
Para se construir um time multifuncional, devem ser levadas em consideração as atividades que deverão ser produzidas na sprint (ciclo de desenvolvimento de um projeto). Este time deve ser otimizado, possuindo entre três e nove pessoas, porém é essencial ter a posição do scrum master, que atua como um treinador ágil do time, responsável por remover os impedimentos para a conclusão das atividades. Outra posição estratégica é o product owner ou marketing owner, que é aquele que prioriza as atividades da equipe e controla as integrações com as demais agências e produtores no processo de desenvolvimento das estratégias. O segundo aspecto essencial é a visão customer first, a abordagem que coloca o cliente como protagonista de toda a estratégia. Na abordagem lean, complementar ao agile, existe um processo chamado Gemba (termo japonês para “local real”), que consiste no exercício da observação direta das condições de 62
A metodologia ágil permite equipes mais engajadas com tempos de entregas mais otimizados. Da mesma forma que o mundo está mudando, o marketing também está se transformando. “A única constante é a mudança.” – Heráclito
Eliezer Silveira Filho CMO da Stefanini para América Latina
final track
Por Pedro Clivati
Quando foi a última vez que você se fez essas três perguntas?
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final track
Marketing de conteúdo parece ser algo tranquilo de ser feito, não é? Mas a verdade é que muita gente está tentando alcançar objetivos com ele e não está conseguindo. Você é uma dessas pessoas? Tudo bem, não se preocupe, você não está sozinho. Converso com empresas de todo o mundo todos os dias sobre seus próprios desafios. Nessas conversas, percebi que há três questões cruciais que desvendam verdades simples que muitas empresas nem sempre conseguem enxergar. Aqui estão as perguntas que podem mudar completamente seus resultados (para melhor!). Topa tentar? Então, vamos lá!
Pergunta 1: Cadê o tráfego orgânico? Se o seu site não tiver conteúdo de qualidade, você terá que atrair visitantes de forma inorgânica: com anúncios pagos. Esses anúncios representam um custo permanente que tem a tendência a crescer a medida que seu mercado se torna mais competitivo! Que pesadelo, não é? É por isso que é importante começar a nutrir seu site com conteúdo estratégico o quanto antes! Com conteúdo de qualidade, todo esse tráfego de visitantes irá fluir de forma orgânica. Como você investirá no conteúdo apenas em um momento singular e esse conteúdo continua trazendo tráfego para todo o sempre, a cada mês que passa, seu custo é diluído. E seu investimento em conteúdo continuará sendo diluído até se tornar praticamente irrisório. Ou seja, se você anda investindo pouco tempo no seu tráfego orgânico, talvez de-
veria repensar essa estratégia e realocar alguns recursos. Afinal, ter tráfego orgânico chegando ao seu site significa que você terá, além de fortalecimento da sua autoridade, visitantes mais qualificados, pois as pessoas que chegarem até você realmente procuram respostas para problemas que você sabe resolver. A qualidade desses visitantes afeta diretamente sua taxa de conversão e seus resultados.
Pergunta 2: Por que esta landing page não converte? Quanto mais relevante for seu conteúdo, maior o incentivo para o lead oferecer informações de contato. Por isso é importante combinar conteúdos relevantes à sua estratégia de Inbound Marketing. Você deve produzir conteúdos mais aprofundados em formatos mais ricos e didáticos, como e-books, webinars e infográficos, e solicitar informações sobre o seu visitante em troca. Essas informações serão solicitadas através de um formulário e cada informação será guardada no histórico desse visitante que acabou de se transformar em um lead. Para que seus visitantes decidam se tornar leads, cada um dos conteúdos que você disponibilizar deve ser de alto interesse deles! Ou seja, você precisa ter em mente sua Estratégia de Marketing de Conteúdo e: 1. Definir temas relevantes; 2. Caprichar na escolha do título dos conteúdos; 3. Criar uma landing page atrativa e que valorize o conteúdo que está atrás dela; 4. Fazer uma distribuição ativa desse conteúdo rico - você pode linkar ele a partir de blogposts sobre o assunto, distribuir nas 65
final track
redes sociais, enviar em uma Newsletter por e-mail ou até contar com parceiros que tenham uma boa rede de contatos para que o ajudem a distribuir. 5. Acompanhar o desempenho desse conteúdo para analisar se o tema realmente interessa aos visitantes e se os objetivos estão sendo alcançados - caso não estejam, é importante que você crie novos planos de ação. Esses são passos simples, mas que fazem muita diferença na conversão de leads. Com um plano tático baseado nesses cinco passos, você poderá ver sua conversão crescendo continuamente e seu topo de funil alargando - e é isso que você quer, não é? De qualquer forma, esses cinco passos não funcionam sozinhos. Além de escolher o tema certo, você precisa criar o conteúdo certo! Afinal, conteúdos de nutrição não são chamados de conteúdos ricos por vaidade: eles realmente precisam ser ricos e úteis para seus leads, ou de nada adianta. E é por isso que a Pergunta 3 é tão importante.
Pergunta 3: Este ‘conteúdo rico’ é rico mesmo? Agora, imagine só se seu visitante baixar seu primeiro conteúdo e der de cara com um conteúdo que não o interessa? Ou pior, imagine se, ao começar a ler esse conteúdo, ele o achar superficial e irrelevante. Será que ele vai voltar a se inscrever para baixar novos conteúdos seus? Será que ele vai continuar respondendo formulários para conseguir novos conteúdos? Será que ele vai querer se tornar seu cliente? Provavelmente não.
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É por isso que cada conteúdo que você disponibiliza online precisa ser relevante e alinhado à sua estratégia. Do contrário, você estará jogando dinheiro fora, ou até pior: investindo na depreciação da sua marca.
Doeu? Pois é. Levantar esse tipo de questionamento pode fazer você se deparar com o que preferiria que não fosse verdade: que, na verdade, seu marketing de conteúdo não está dando certo porque seu conteúdo não é de qualidade. E se uma fábrica precisa de produtos de qualidade para ser referência no mercado, quando o assunto é conteúdo, a realidade não é diferente. Qualidade é a chave. Mas vamos voltar ao alinhamento aqui. Se você continuamente criar conteúdo relevante, vai dar tudo certo e os resultados irão surpreender você. Afinal, a cada novo conteúdo rico que seu lead se inscrever para baixar, você irá conseguir mais informações sobre ele e poderá indicar o melhor caminho para que ele escorregue no seu funil de vendas cada vez mais rápido. Quanto mais curta e intensa for a jornada do seu lead, mais otimizado será seu processo. Por isso é tão importante alinhar tudo que você disponibiliza em meio digital à sua estratégia de Marketing de Conteúdo e se questionar sobre a qualidade disso tudo constantemente. Questione mais e com mais frequência e você verá que seu conteúdo continuará sempre alinhado à sua estratégia - e seus resultados irão surpreender toda a empresa!
Pedro Clivati
Co-founder e VP de Sales da Contentools
guia de empresas
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A All iN é uma plataforma de marketing de relacionamento digital que oferece recursos de E-mail Marketing, SMS, Social e Push Campaing com foco em análise comportamental para melhoria de rentabilidade. allin.com.br | comercial@allin.com.br | (11) 3544 0499
Apiki é a parceira estratégica de desenvolvimento para a sua agência. A qualidade somada à agilidade de nossos especialistas irá tornar seu projeto real através da poderosa plataforma do WordPress. apiki.com | atendimento@apiki.com | (33) 3278 1002
Atena é um sistema para lojas e restaurantes: do estoque ao cupom fiscal, tudo em um app fácil de usar e com dicas baseadas em big data e inteligência artificial. atena.ai | francisco@atena.ai | (11) 2626-7057
CI&T é a parceira na transformação digital das marcas mais valiosas do mundo. Tem sido eleita para resolver desafios complexos, acumulando expertise para acelerar a Transformação Digital por meio do Lean Digital. www.ciandt.com | mktg@ciandt.com | (19) 2102 4500
A Contentools oferece uma Plataforma de Marketing de Conteúdo, sistema completo para a gestão da produção de conteúdo para times de marketing e agências com uma base de profissionais qualificados à disposição. contentools.com.br | contato@contentools.com.br | (48) 3204 9153
A CRP Mango é resultado da união das agências CRP UP, referência em tecnologia digital, e Mango Digital, especialista em mídia e performance. Oferecemos o que há de mais inovador em soluções digitais. www.crpmango.com.br | faleconosco@crpmango.com.br | (11) 3424 3250 | (11) 99551 2106
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O Grupo DARYUS atua nas áreas de consultoria, educação e tecnologia, atendendo todo o ciclo de gestão de riscos, governança e compliance. Tem como foco promover a transformação da sua empresa. www.daryus.com.br | contatar@daryus.com.br | (11) 3285 6539
A DCG – Digital Commerce Group oferece produtos e serviços robustos para todas as estratégias de negócios online com uma equipe técnica e de negócios focada no resultado do cliente. www.dcg.com.br | vendas@dcg.com.br | (11) 3372 7900
Primeiro grupo de produção digital do Brasil, especializado em cada uma das etapas dessa cadeia produtiva. Atua em 360º no mundo digital, desde o design, desenvolvimento e sustentação de soluções digitais. www.digitalbusiness.com.br | contato@digitalbusiness.com.br | (51) 3029 6040
A Gamned! é especialista em mídia programática. Possui atuação multicanal e tecnologia própria para personalização de anúncios, permitindo que as marcas interajam com os usuários de maneira eficiente e impactante. www.gamned.com/pt-br | brazil@gamned.com | (11) 3938 4382 | (11) 97649 1500
A Good To Connect é uma consultoria de negócios e performance. Através de uma metodologia própria que une pessoas e processos, implementamos soluções que reinventam sua empresa e o que ela oferece. www.gtc.ag | (11) 3637 5082
O Grupo Havas é um dos maiores grupos de comunicações do mundo. A Havas está comprometida em ser a melhor na criação de conexões significativas entre pessoas e marcas através da criatividade, mídia e inovação. www.havasgroup.com | comunicacao.mo@havas.com | (11) 4130 8010
A Infracommerce é especializada em negócios digitais nos modelos B2C, B2B e B2E, Marketplace, Omnichannel e Cross-Border. Oferece soluções para Plataforma, Marketing & Vendas e Operações. www.infracommerce.com.br | contato@infracommerce.com.br | (11) 3848 1300
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A In Loco é uma plataforma de dados de geolocalização proprietária de uma tecnologia exclusiva 30 vezes mais precisa do que o GPS para soluções de negócios em marketing/media, CRM e prevenção de fraudes. www.inlocomedia.com | faleconosco@inlocomedia.com | (11) 3090 6766
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LeadLovers é uma empresa de tecnologia que tem como objetivo facilitar a vida de empreendedores e anunciantes com uma plataforma que oferece recursos necessários para montar uma estratégia de marketing digital. leadlovers.com | marketing@leadlovers.com
A Locaweb surgiu em 1998. Fruto da paixão pela tecnologia e do impulso empreendedor de seus fundadores, oferece um portfólio completo de serviços de internet, atendimento especializado e muito conteúdo. locaweb.com.br | institucional@locaweb.com.br | (11) 3544 0480
A Maqina é sua mídia perfeita. Há 17 anos atende clientes e agências na América do Sul, EUA e Europa. Seja qual for a intenção da sua comunicação, desenvolvemos o seu projeto com muita dedicação e paixão. www.maqina.com.br | orcamento@maqina.com.br | (51) 3561 6065
A mobLee oferece aos organizadores de eventos uma plataforma digital simples e descomplicada, agrupando soluções para divulgação online, venda de ingressos, engajamento e geração de negócios. www.moblee.com.br | marketing@moblee.net | (48) 3236 0049
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Predicta é uma empresa especializada em estratégias de marketing digital, que conecta marcas à melhor audiência. É pioneira em oferecer soluções integradas de serviços e tecnologia. www.predicta.net | maura.martines@predicta.net | (11) 3463 5600
A PWC está presente em 158 países, com profissionais dedicados à prestação de serviços de qualidade em auditoria e asseguração, consultoria tributária e societária, consultoria de negócios e assessoria em transações. www.pwc.com
O ReclameAQUI, um dos sites mais acessados do Brasil, que está a 17 anos mudando a forma como as empresas e os consumidores se relacionam com o intuito de construir um mundo melhor. www.reclameaqui.com.br | mkt@reclamaqui.com.br | (11) 2627 5009
marketing
the missing piece
Somos uma agência de marketing digital que nasceu em 2007 e se consolidou como uma das principais agências do setor. Utilizamos o Google e as redes sociais para gerar negócios para nossos clientes. www.seomarketing.com.br | contato@seomarketing.com.br | (11) 5681 1888
A SharpSpring é uma poderosa ferramenta de automação de marketing que otimiza a sua estratégia. É o melhor custo-benefício do país para agências e empresas. sharpspring.com.br | eduardo@sharpspring.com.br | (47) 3054 1617
Com 30 anos de atuação no setor de TI, a Stefanini é uma multinacional brasileira que atua em mais de 40 países e investe em inovações tecnológicas, parcerias, aquisições e profissionais altamente preparados. stefanini.com | mkt@stefanini.com | (11) 3094 6000
A Sympla é uma plataforma completa para venda de ingressos, inscrições e gestão de qualquer tipo de evento: shows, festas, cursos, congressos, eventos esportivos, religiosos, gastronômicos e outros. www.sympla.com.br
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A plataforma flexível e fácil da Unbounce tem tudo o que precisa para obter mais conversões, desde criar landing pages, pop ups e banner fixos até executar a otimização e teste A / B. www.unbounce.com/br
Produtora especializada em vídeos para web, transmissões ao vivo, motion, video email, vídeos virais, ensino a distância, etc. A Video Click trabalha para grandes marcas gerando conteúdo relevante e de qualidade. www.videoclick.com.br | kadu@videoclick.com.br | (12) 3653 6426
Agência digital que oferece uma solução full service com foco em Performance. Atua em quatro grandes pilares: Mídia de Performance, foco em ROI e Rentabilidade, Métricas e Analytics. Não busque um fornecedor, busque um parceiro! www.vitrio.com.br | comercial@vitrio.com.br | (11) 4106 3925
A VTEX é uma plataforma de e-commerce baseada em código único, multi-tenant, escalável e extensível. É uma solução omnichannel com alta capacidade de inovação e um rápido time-to-market. www.vtex.com | partner@vtex.com.br | (11) 4380 7198
Agência com experts focados no desenvolvimento de sistemas tecnológicos altamente sofisticados. A WebEleven presta serviços desde consultoria de UX para aplicações web e mobile ao infotainment e IoT. www.webeleven.com.br | contato@webeleven.com.br | (11) 2925 8403
Wix.com é uma plataforma líder de desenvolvimento web baseada em nuvem com milhões de usuários em todo o mundo. Ficou mais fácil para todo mundo criar uma presença online incrível e profissional. pt.wix.com
A WorldSense posiciona marcas no foco da atenção de leitores interessados e no contexto certo em artigos dos principais portais da web. Formatos exclusivos para gerar autoridade nos assuntos do momento. worldsense.com.br | contato@worldsense.com | (11) 9 8302 8114
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MEDIA PARTNERS A ABRADi – Associação Brasileira dos Agentes Digitais - é uma entidade independente, sem fins lucrativos, que tem como missão representar os interesses dos agentes digitais brasileiros. www.abradi.com.br | abradi@abradi.com.br | (11) 2667 5026
A Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), fundada em 1937, nasceu com o objetivo de defender os interesses dos profissionais de propaganda tem trajetória marcada por grandes conquistas. appbrasil.org.br | atendimento@appbrasil.org.br | (11) 3813 0188
CidadeMarketing é um veículo de comunicação interativo que visa produzir, informar e discutir assuntos pertinentes a área de marketing. É uma imprescindível ferramenta para tomada de decisões mercadológicas. www.cidademarketing.com.br | contato@cidademarketing.com.br
O Digitais do Marketing é um portal colaborativo onde profissionais de Marketing Digital de todo o Brasil e do exterior se reúnem para aprender, compartilhar seus conhecimentos, discutir ideias e experiências. www.digitaisdomarketing.com.br | contato@digitaisdomarketing.com.br
O E-Commerce Brasil é o maior projeto de fomento ao comércio eletrônico do mundo e realiza mais de 130 atividades por ano, que inclui publicações diárias no portal, revista impressa, webinars, workshops e eventos. www.digitaisdomarketing.com.br | contato@digitaisdomarketing.com.br
A EraTransmidia tem como missão traduzir e conectar ideias, tecnologias e processos de comunicação disruptivos para o ecossistema de negócios da economia criativa e amplificar tendências. www.eratransmidia.com | press@transmedia.com
A FENAPRO – Federação Nacional das Agências de Propaganda – é uma entidade sindical patronal que nasceu há mais de 35 anos com a missão de representar as agências de propaganda brasileiras em âmbito nacional. www.fenapro.org.br | alexis@fenapro.org.br | 11 3816 2238
O iMasters é uma comunidade voltada para TI e desenvolvimento, com publicação diária no portal e no fórum, além da revista impressa. Organizamos os maiores eventos para devs do Brasil, como o InterCon e PHP Experience. imasters.com.br | faleconosco@imasters.com.br | (11) 3063 5941
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O IAB Brasil reúne as principais empresas do mercado digital (anunciantes, veículos, agências e empresas de tecnologia) com a missão de contribuir para o desenvolvimento da publicidade digital. iabbrasil.com.br | comercial@iabbrasil.org.br | (11) 3849 8468
O Instituto Mestre GP é uma grande rede que conecta, constrói e dissemina conteúdo e conhecimento sobre a Gestão de Projetos para o mercado publicitário, universo que está em constante expansão. www.mestregp.com.br | contato@mestregp.com.br | (11) 3159 1458
A Mobile Marketing Association (MMA) tem a missão de acelerar a transformação e a inovação do marketing através dos dispositivos móveis, promovendo o crescimento dos negócios e grande engajamento do consumidor. www.mmaglobal.com | graziela.mazzer@mmaglobal.com | (11) 98469 6427
Ferramenta de inteligência estratégica que auxilia empresas na tomada de decisões, o Mundo do Marketing também oferece informação especializada e aprofundada sobre o setor de Marketing. www.mundodomarketing.com.br | (21) 3005 9547
Plataforma de benefícios exclusivos para seus funcionários e clientes. Com a New Value você proporciona ao seu funcionário ou cliente a oportunidade de economizar de forma simples. www.newvalue.com.br | contato@newvalue.com.br | (11) 4837 5723
O Opinion Box desenvolve soluções digitais para pesquisa de mercado. Na nossa plataforma, é possível fazer pesquisas com seus próprios contatos ou em nosso painel com mais de 100 mil consumidores. www.opinionbox.com | opinionbox@opinionbox.com | (31) 4501 2022
A Putz Filmes é uma empresa especializada em solucionar problemas através da criação de vídeos. Buscamos produzir com qualidade e com o compromisso de atender aos objetivos de cada cliente. putzfilmes.com | comercial@putzfilmes.com | (31) 3058 1073
A Siegel Press é uma agência de comunicação que entrega criatividade e comprometimento com os resultados. Desenvolve trabalhos de Assessoria de Imprensa, Produção de Conteúdo, Mídias Sociais e Parcerias Estratégicas. www.siegelpress.com.br | contato@siegelpress.com.br | (11) 3090 6008
Criado em 2008, o STARTUPI é o portal mais tradicional de conteúdo dirigido ao ecossistema brasileiro de Startups que visa colaborar com iniciativas e programas de fomento do empreendedorismo e inovação no Brasil. www.startupi.com.br
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