Indústria 4.0: a nova Revolução Industrial chegou

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M E N T E S A B E RTA S PA R A O N OV O M U N D O


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EXPEDIENTE FLÁVIO HORTA Publisher GABRIELA MANZINI Chefe de Redação GABRIEL DIAS Jornalista MARIA CARVALHAL Diretora de Operações do Digitalks ADRIANA NEIVA Head de Relacionamento PAULINHO MOREIRA Projeto Gráfico COLABORADORES Amarinildo Osório, Ariane Maia, Bianca Mello, Carlos Giusti, Daniel Galvão, Eduardo Linhares, Edu Neves, Marcelo Pimenta, Marco Bürgin, Mirko Mayeroff e Victor Canas. EMPRESAS MANTENEDORAS O projeto é um oferecimento de Anhembi Morumbi, Dinamize, Google, Marketdata, PwC e Reclame AQUI e é mantido pelas empresas AlliN, Apiki, CRP Mango, GoRank, GR1D, mLabs, mobLee, NoBeta, Optymiza, Privally, SimpleAds, Vídeo Click, Webeleven, Zenvia e Zoho. EMPRESAS PARCEIRAS ABRADi, APP Brasil, Cidade Marketing, Digitais do Marketing, E-Commerce Brasil,

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Impressão > 3.000 exemplares

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/e di to ri al

EDITORIAL

Relativamente recente, o termo Indústria 4.0 surgiu pela primeira vez na Feira Industrial de Hannover, em 2011. Digo que é relativo pois, no mundo da nova economia, onde tudo e todos são conectados, alguns anos podem significar décadas quando comparamos os avanços tecnológicos contemporâneos. A matéria de capa desta 23ª edição da revista fala um pouco mais sobre este conceito que está diretamente ligado à Transformação Digital, trazendo ainda uma vertente por nichos ou, se preferir, podemos chamar também de indústrias de atuação. A matéria reflete um pouco sobre quais são os princípios e características para entender se o seu negócio está inserido nesta ‘onda’. Falando em onda, explicamos um pouco mais porque a nova revolução industrial acontece neste formato e porque estamos (spoiler) na segunda onda atualmente. Trazemos ainda o prognóstico do próprio criador do termo Indústria 4.0. O conceito integra hoje as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia de informação aplicadas aos processos de manufatura. Leitura obrigatória para líderes organizacionais e C-Levels. Recomendo ainda o artigo da PwC, que complementa o tema da capa. Por fim, o artigo sobre modelos de reward na publicidade traz algo de novo no setor, enquanto o artigo sobre inovação dá um gostinho extra para empreendedores que querem enxergar o mundo de outra forma e saírem da caixinha. Este tema está inclusive na grade do Expo Fórum Digitalks como indicação da curadoria para quem quer compreender a cultura do empreendedorismo do Vale do Silício. Nesta edição especial que comemora nossa década de existência no mercado e é distribuída em nosso maior evento do ano, quero aproveitar e agradecer a todos vocês, queridos leitores, por ajudarem a elevar a régua qualitativa do mercado digital brasileiro. Um salve a todos e boa leitura!

Gabriela Manzini Head de Conteúdo

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SUMÁRIO

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A NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL CHEGOU

14 #ESPECIALISTA RESPONDE

Inteligência Artificial: Três perguntas para Bianca Mello

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#ESTRATÉGIA

#INOVAÇÃO

Rewards: bom para a marca, publisher e usuário

A relação entre a meditação e a inovação


su má rio

SUMÁRIO

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#NEGÓCIOS Vendendo sem vender

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#TENDÊNCIA O fim da televisão

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#COMPORTAMENTO A revolução de costumes 4.0

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#ENTREVISTA ESPECIAL Big data: como lidar com todos esses dados?

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#MARKETING DE EXPERIÊNCIA Experiência é tudo, lead com isso

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#METODOLOGIA Design thinking na publicidade e propaganda

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#FINANCEIRO O futuro dos bancos é... Open

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#E-COMMERCE 50% Das jornadas de compra no Brasil são “phigital”

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#STARTUPS Suporte a startups é oportunidade, realidade e missão

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GUIA DE EMPRESAS

Quer colaborar com o Digitalks? Envie seu material exclusivo por e-mail: redacao@digitalks.com.br 07


NEGÓCIOS

Por Edu Neves

VENDENDO SEM VENDER

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NEGÓCIOS

O ano é 2009 e o mercado brasileiro está agitadíssimo com o crescimento das vendas no varejo online. Recebi um convite para palestrar em um painel dos eventos mais importantes da época para falar de um projeto que estávamos lançando e que, em nossa concepção, iria revolucionar a forma com que as marcas iriam se relacionar com seus clientes: o Confie AQUI. A despeito das altas taxas de conversão que os comparadores de preço estavam apresentando, da aparente eficiência dos clubes de compras coletivas e do frisson causado pela visão do controle do funil de vendas no digital marketing, nossa ideia era apresentar ao mercado que havia uma peça importante fora das decisões no tabuleiro: o consumidor. De outro lado, as marcas se açoitavam para fortalecer sua presença digital nas redes sociais, em estratégias que mais pareciam um “puxadinho” construído pelas novas agências de marketing digital. No final do dia, o que se via era uma horda de estagiários gerando um conteúdo pouco relevante ou entupindo a timeline com copy/paste de advertising. Outro relevante trabalho que os estagiários promoviam era a classificação de termos advindos do monitoramento de menções à marca. Normalmente, esse nobre trabalho tinha por resultado a emissão de um relatório periódico sobre sua saúde digital que paradoxalmente era impresso e colocado na mesa do diretor de marketing. No fundo, servia para ele justificar internamente que tinha uma estratégia digital para gestão da marca.

subiam a cada dia, para nós estava claro que havia uma ignorância intrínseca que era o desprezo à experiência do cliente. Através da observação das histórias dos consumidores no Reclame AQUI, a gente conseguia ver claramente a tsunami que se formava ao longe. Entre os relatos, estavam queixas de restaurantes que serviam porções menores ou ofereciam lugares piores aos clientes de clube de desconto. A armadilha do frete grátis foi outra brasilidade, como as jabuticabas. Os problemas de estrutura logística já eram latentes e a dificuldade de redução de custos neste ponto da cadeia, notória, e no Reclame AQUI, era o problema líder de queixas para o varejo online. Mas a gente educou o consumidor a não dar valor neste serviço porque vende mais fácil sem este valor agregado ao pedido. Uma enciclopédia de maluquices e métodos apregoados por novos gurus digitais, varejistas enlouquecidos, marcas desorientadas e muita, muita venda acontecendo. De outra parte, em um banquinho no cantinho da sala, estava o feedback do consumidor. Pois é, nós queríamos mostrar que não éramos o Procon digital, que estávamos entendendo, que tinha muita oportunidade para as marcas fortalecerem suas relações e preservarem suas margens através da qualidade da experiência do cliente. A predação ocorre sempre que você não consegue mais mostrar valor, quando o produto vira commodity e não há como competir por eficiência no serviço associado.

Apesar de toda excitação das marcas e varejo com as conversões digitais que 09


NEGÓCIOS

Surgiu o Confie AQUI Para nós, o Reclame AQUI já era uma plataforma reputacional capaz de apontar as marcas que tinham estrutura operacional para suportar suas transações com seus clientes. Mesmo que as histórias de consumo se refiram ao que deu errado, as avaliações permitem concluir o quanto a marca está preparada para lidar com suas invencionices competitivas e os erros que advêm delas. Entendemos então que poderíamos criar o Confie AQUI, uma plataforma que tinha um double bottom line. Do lado do consumidor, o lema era “transformando consumidores em compradores”, enquanto que do lado das marcas era “competindo com iguais”. No caso dos consumidores, já era óbvio para nós que as pessoas estavam definitivamente inseridas no contexto da comunicação. A mídia social nunca foi um local para as marcas explorarem a comunicação, sempre foi um espaço horizontal. Assim, começamos a nos atentar que a venda começava a mudar de “push” para “pull”. O trabalho que começou com os círculos controle da qualidade nos anos 80 e tantos outros conceitos de qualidade total já estava enraizado por toda parte, apenas dentro da indústria. O desafio agora era se diferenciar no restante da jornada do consumidor, e para isso seria necessário agregar serviços de qualidade, mas serviços de qualidade tendem a custar mais. A missão do Confie AQUI junto às marcas seria evitar que o consumidor comparasse “alhos com bugalhos”. E foi inspirado nisso tudo que criamos 10

uma plataforma que permitia o consumidor selecionar ofertas mais alinhadas com suas expectativas e de outro lado nivelando as marcas por reputação. Também oferecíamos serviços como acompanhamento das compras e coleta de reviews para ampliar o conhecimento sobre as marcas para além da solução de problemas.

Seguir a manada não é o caminho Ninguém entendeu nada e pouco mais de um ano depois encerramos o projeto. Aprendi uma lição importante em negócios que é quando existe um efeito manada, muitas vezes não basta ter a visão de que estão todos correndo para o abismo, às vezes é preciso esperar muitos caírem para que os outros possam ouvir. Ou, quando está todo mundo ZIG, é difícil convencer que o melhor é o ZAG. Uma década depois, comparadores de preço que valiam quase meio bilhão de dólares são vendidos por alguns poucos milhões de reais. Varejos online e físico que apostaram na estratégia de preço estão buscando recuperação judicial ou fechando portas. As marcas estão buscando criar seus canais independentes do varejo tradicional como uma estratégia global. Por outro lado, aqueles que mesmo seduzidos não perderam a construção da relação com o cliente de vista são os que estão ocupando o espaço. Esperamos que, após a lição aprendida na década passada, suas novas estratégias de atuar como marketplaces não se tornem uma nova tsunami.


NEGÓCIOS

A nova era das vendas na internet Hoje, os desafios são absurdamente maiores para quem atua em varejo. A inteligência artificial e o aprendizado de máquina estão revolucionando a forma de conduzir estratégias de relacionamento com clientes de forma tailor made e irão requerer muito dinheiro, criando cada vez mais barreiras de entrada. Com isso, obrigará os entrantes a se associarem a grandes plataformas como a Amazon. A internet já foi um mar aberto, mas conseguiram “pedagiar” esse mar. A dominância do Google, Facebook e Apple é tal que nem percebemos que a “world wide web” definha a cada dia. A tendência é que será impossível consumir algo cru da internet, tudo acabará passando pela cozinha desses gigantes antes de chegar até nós em nossos smartphones, assistentes ou desktop browsers. Mas, no meio dessa confusão toda e todo esse sonho de controle, as pessoas no mundo inteiro estão aumentando a sua literacia digital. Na verdade, se você pedir para um adolescente de 14 anos delinear o que é online – ou digital – e o que é offline, ele provavelmente vai ficar te olhando atônito. Não porque ele não saiba a resposta, mas porque a pergunta não faz sentido. Ao mesmo tempo que as gigantes constroem ferramentas de controle, elas permitem a interconexão de pessoas, seja por redes sociais, serviços de mensagem ou pelo conteúdo gerado por outras pessoas. Ou seja, estamos conectados, ou melhor, hiperconectados.

A geração digital A hiperconectividade é mola indutora de produção de mais conteúdo. Uma vez que desde que saímos das cavernas, o conteúdo é fruto da comunicação do pensamento. Mais se conecta, mais se troca e mais informação é gerada. Um ponto relevante é que começa a se ampliar a capacidade de criar um inconsciente coletivo como nunca em nossa história humana, esse inconsciente converge hoje em altíssima velocidade para o bem e para o mal. Se assim não fosse, o escândalo “Cambridge Analytica” não teria sido possível. Uma outra questão que as marcas precisam encarar é o fato da velocidade com que as mudanças ocorrem dada esta velocidade de convergência. Muitos estão chamando essa nova geração de jovens de geração fluída, muitas vezes olhando apenas o aspecto negativo. Acho que estamos pagando o preço da transição ainda. Tenho 49 anos e posso dizer que venho de um tempo de juventude que o símbolo da estabilidade era um tripé. Toda teoria que tivesse três pressupostos teria mais chance, toda estrutura com três pés seria mais equilibrada. Hoje, a melhor representação do equilíbrio é uma bicicleta. Em tempos de discussão sobre privacidade de dados, às vezes nos escapa um ponto importante no olhar desta nova geração. Tempos atrás, nós olhávamos para a privacidade como o direito de escolher o que mostrar. Hoje, estamos partindo para o direito de escolher o que esconder. E sabe o mais interessante? Um sem número de pesquisas mostra que os jovens estão dispostos a fornecer informações para as marcas desde que confiem nela, entendam facilmente os limites do uso e o retorno que terão. 11


NEGÓCIOS

Relacionamento com o cliente Marca já foi sinônimo de fabricante, de produto, mas agora é sinônimo de relação. O desafio das marcas agora é buscar algo estável em tempos onde o big data está em um smartphone, onde hiperconectividade, convergência, privacidade e influência são disciplinas diárias de cada habitante conectado. Acredito que a estabilidade está onde sempre esteve: na reputação da marca. O que mudou foi a forma de construí-la: de cima de uma bicicleta, pedalando em altíssima velocidade. Construção de marca tem todo o esforço e necessidades técnicas de sempre, mas há de se atentar que a palavra “branding” não é gerúndio à toa. A reputação da marca não é algo que ela imagina ser, nem que se propôs a ser, nem que tenta ser. Reputação de marca é a opinião que as pessoas imprimem neste imenso inconsciente digital coletivo, que é acessado nos mais variados momentos da jornada e não somente nos momentos definidos em um tal funil de vendas ou conversão. Em suma, todo touch point importa. Isso todo mundo sabe, o desafio é saber onde estão estes touch point hoje em dia. Se a marca não controla mais a comunicação, os meios, nem a mensagem como fazia no passado, será muito difícil conseguir enviar a mensagem certa, na hora certa e no momento certo. A notícia boa? Não é preciso. Talvez tenha um pouco de exagero nesta minha afirmação, mas o que quero transmitir é que o consumidor quer comprar e não ser vendido. 12

Transformações necessárias A ideia de criar uma estratégia reputacional contínua da marca durante toda a jornada do consumidor é essencial. Na prática, é pegar uma verba do marketing e transferir para a logística para criar melhores experiências com entrega porque a marca entendeu que isso é realmente valor para o cliente. Pegar um pouco mais de verba de marketing para aumentar o piso salarial do atendimento para ter profissionais mais preparados porque a marca entendeu que toda interação importa. É usar verba publicitária para melhorar o autosserviço porque o marketing entendeu que o cliente está cansado de ligar para pedir 2ª via. Transparência é um tema importante também. Transparência tem conexão direta com confiança na mente das pessoas. Quanto mais transparente uma marca é com seus clientes, mais reputação constrói. Empatia é tema recorrente em eventos de marketing e branding, mas chega pouco ao chão de fábrica. Muito se fala sobre empatia, mas pouco realmente se aplica tanto na construção do market fit quanto na entrega de serviços ao cliente. No Reclame AQUI, depois de tantas lições aprendidas, nós desenvolvemos um estudo que envolve toda esta questão de reputação e confiança. Nós chamamos tal estudo de Trust Building Moments, ou TBM.


NEGÓCIOS

A ideia é dar um passo para além do NPS (Net Promoter Score) e conseguir realmente ajudar as marcas a terem construção contínua de reputação e geração contínua de confiança by design. Diferente do Confie AQUI, nossa ideia agora é sermos muito mais agregadores para com as marcas. Muito além de uma alternativa ao advertising, é realmente promover a geração de um aspecto perene em um mundo tão fluido.

Edu Neves

CEO da holding ÓBVIO Brasil Reclame Aqui

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ESPECIALISTA RESPONDE

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: Três perguntas para Bianca Mello 14


ESPECIALISTA RESPONDE

A inteligência artificial (IA) é uma das tecnologias mais surpreendentes do mundo e hoje já faz parte do cotidiano do brasileiro. Mecanismos e dispositivos capazes de simular a inteligência humana estão transformando a vida na Terra. Muitos aplicativos de bancos, operadoras de telefone, dispositivos móveis e diversos outros exemplos nos encantam e facilitam cada vez mais as conexões humanas. Para conversar sobre a IA, o Digitalks convidou Bianca Mello, especialista em Inteligência Artificial Geral e Aplicada ao Marketing Digital. Veja a seguir.

Qual está sendo a importância da inteligência artificial? Quais são as diferenças de poder contar hoje com a IA? Hoje, a Inteligência Artificial está presente em nossas vidas das mais diversas formas e em cada tipo de usabilidade da IA, ela tem uma importância diferente. Para contextualizar um pouco, vamos entender mais de como a Inteligência Artificial funciona e para o que serve. Uma das grandes funcionalidades dessa tecnologia é analisar uma grande quantidade de dados estruturados e não estruturados, sendo que os dados estruturados, são dados “organizados” como por exemplo, uma planilha de Excel. Já os dados não estruturados, são informações que podem ter qualquer tipo de formato: imagens, áudios, linguagem natural, posts em redes sociais e outros. O grande desafio da análise de dados hoje é que mais de 80% da informação gerada é não estruturada, ou seja, demanda muito mais tempo para que seja analisada.

E é aí que a Inteligência Artificial pode entrar, com seus algoritmos matemáticos que aprendem e compreendem linguagem natural, que buscam simular as capacidades humanas de entendimento de dados não estruturados e resolução de problemas, a IA nos ajuda a extrair importantes ideias e insights dessa grande massa de dados. Seguem outros pontos relevantes sobre a IA e sua usabilidade, para que possamos entender melhor os exemplos de aplicação. O que essa tecnologia busca dentro desse universo de dados são: padrões. Padrões estes que o usuário pode definir ou padrões que a própria Inteligência pode apontar. Um dos princípios da IA é o Machine Learning, que é a capacidade de aprendizado que essa tecnologia tem para estar sempre aprimorando seus apontamentos. A respostas da IA podem ser baseadas em acuracidade, por exemplo, ela sugere que a resposta para um problema tem 98,5% de chance de ser A e não B. Vamos aos exemplos de aplicações e suas importâncias: Na Medicina, a partir do reconhecimento de imagens da IA, é possível analisar uma grande quantidade de raio-x e identificar certos padrões setados pelo usuário, 15


ESPECIALISTA RESPONDE

como, por exemplo, uma pequena mancha no pulmão. Baseada em dados, a Inteligência Artificial sugere que nos raios-x em que essa mancha foi encontrada, havia algum problema relacionado à alguma doença específica. Este dado pode ajudar os médicos a terem mais acuracidade e velocidade em seus diagnósticos. Lembrando que, o objetivo desta usabilidade não é substituir o médico ou médica, mas justamente ajudá-los a terem mais informações em tempo real, otimizando o tempo deles e dos pacientes. No Varejo, a Inteligência Artificial pode analisar os dados de comportamento dos consumidores no e-commerce ou no ponto de venda físico e pode sugerir produtos que façam sentido para aquele momento de compra, de forma personalizada, melhorando assim a conversão e a experiência do cliente. No varejo online, a IA pode analisar o tráfego dos consumidores no e-commerce e, a partir da definição de padrões de tráfego e conversão “normais”, ela pode alertar aos usuários da tecnologia quando o web site tem um tráfego ou conversão abaixo do esperado, para que os responsáveis pelo e-commerce possam analisar quais seriam as causas dessa “anormalidade” e consertar possíveis problemas técnicos. No dia a dia: utilizamos IA em nossos afazeres diários, como, por exemplo, quando o Waze nos sugere um caminho melhor para ir ao trabalho. Existe uma inteligência baseada em inúmeros dados por trás do app, para que aquela sugestão seja feita. Na Netflix ou Spotify, a recomendação de filmes e músicas são baseadas em IA, que vai analisando nosso comportamento e sugere diferentes filmes ou músicas que fariam sentido para o perfil de cada usuário. Estes são alguns exemplos, mas existem 16

diversos outros presentes em nossas vidas. Como puderam ver, a importância de cada usabilidade é bastante peculiar para cada caso. Mas não há dúvidas de que a IA e a tecnologia de forma geral, vem se desenvolvendo para nos ajudar e melhorar nossa vida profissional e pessoal.

A inteligência artificial continua surpreendendo muito os usuários. Qual é a avaliação dos clientes quando utilizam a tecnologia? De forma geral, os usuários ficam de fato muito surpreendidos com as capacidades da Inteligência Artificial. Mas acredito que a avaliação do usuário está diretamente ligada à expectativa que ele tem. Portanto, coloco um ponto muito importante em relação a isso: a Inteligência Artificial não é uma magia que irá resolver todos os problemas da sua vida ou do seu negócio, sem esforços. Como explicado anteriormente, a IA funciona baseada em dados, dessa forma é de suma importância que os dados da empresa estejam acessíveis e que o objetivo da usabilidade esteja claro. Além disso, como citado acima, um dos princípios da Inteligência Artificial é o Machine Learning. A IA pode (e deve) aprender sobre seu negócio e isso exige um trabalho contínuo de aprendizagem de máquina para que os resultados esperados sejam atingidos e que aumentem continuamente. Sugiro sempre começar por algum problema de negócio específico e preparar o ambiente de dados para que a Inteligência Artificial possa trabalhar e alcançar os objetivos de negócio esperados.


ESPECIALISTA RESPONDE

Que tipo de inovações podemos esperar para a inteligência artificial? Com o aprendizado de máquina e desenvolvimento da IA não há tema que esta tecnologia não possa aprender e se especializar. Isso é bastante interessante pois se abrem diversas possibilidades para o uso dessa inovação. Existem diversos projetos pilotos diferentes que prometem inovações nos próximos anos (ou meses): Robótica: a inovação da robótica tem alcançado Campos muito interessantes. Hoje em dia, existem projetos pilotos de nanorrobôs inteligentes para a Medicina, os quais estão sendo treinados com IA para limpar artérias, dentre outras aplicações no corpo humano.

nológicos como: Agronegócios (previsão de plantios e colheitas), Gastronomia (identificação de combinação e harmonização de ingredientes e sabores), Fashion (identificação de tendências), Automobilística (manuais cognitivos e carros autônomos), Ambiental (previsão de desastres, segurança em áreas de risco e emissão de CO2), Educação (plataformas de ensino cognitivo), Logística (melhorias de distribuição e previsão de demanda) e muito mais!

* Bianca Mello tem passagem pela IBM e tem experiência na Indústria de TI e Inovação. No momento da entrevista para esta edição, Bianca estava em transição entre empresas do setor de tecnologia.

Segurança pública: hoje, a IA já pode fazer reconhecimento facial por meio de vídeos e imagens e detectar anomalias “sociais”, como brigas e tumultos. Acredito que a inovação neste sentido da segurança, seria a aplicação desta tecnologia em nosso dia a dia, utilizar o reconhecimento facial para identificar pessoas procuradas, instalar câmeras inteligentes baseadas em IA nos metrôs, bancos e ruas, detectando possíveis anormalidades em tempo real, gerando alertas de segurança. Além da segurança pública, podemos falar também da segurança social, por exemplo, o Instagram está começando alguns testes de uso de IA para combater o cyberbullying em sua plataforma, uma iniciativa muito legal que deixa os usuários mais seguros. As inovações irão surgir cada vez mais rápidas e em campos até então menos tec-

Bianca Mello

Especialista em Inteligência Artificial Geral e Aplicada ao Marketing Digital 17


TENDÊNCIA

Por Marco Bürgin

O Fim da Televisão

A maior mentira que já te contaram e você acreditou

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TENDÊNCIA

Mais da metade da população mundial está online. É o que diz um relatório da ONU divulgado em 2018. São cerca de 3,9 bilhões de pessoas acessando a rede todos os dias, seja pelo computador, celular ou tablet. No Brasil, o impacto da internet no cotidiano é ainda mais relevante, já que somos o segundo país do mundo onde as pessoas passam mais tempo na internet - cerca de 9 horas por dia -, isso de acordo com uma pesquisa realizada pela Hootsuite Inc e a We Are Social, empresas de Social Media dos EUA e UK. A geração Z, que já nasceu em plena era digital, faz tudo online: trabalha, estuda, se diverte e se relaciona. E quem é de outros tempos vem se adaptando — e se viciando — nas novas tecnologias e mídias. Diante deste cenário, não surpreende que a produção e o consumo de conteúdo digital, especialmente o audiovisual, esteja se intensificando a ponto de levantar dúvidas sobre o futuro da televisão. Ainda mais com a popularização da internet de banda larga e dos canais de vídeos on-demand, como o Youtube e a Netflix, ganhando cada vez mais força e dominando um espaço que antes era praticamente todo dela. Isso está ocorrendo pelo simples fato de que os canais digitais oferecem ao telespectador um poder que ele não tinha antes: o de escolher o que quer assistir, quando quer assistir e também onde quer assistir.

MAS SERÁ O FIM DA TELEVISÃO? A disputa pela audiência é bem mais complexa hoje do que era até o início dos anos 2000. Afinal, ela já não é mais restrita às emissoras de televisão, ou aos

veículos de rádio e impressos. A atenção do público, hoje, é dividida entre as redes sociais, os aplicativos de celular e os milhares de sites e vídeos disponíveis a qualquer hora ao alcance de um clique. Tudo isso nos leva a crer que a TV está com os dias contados, afinal, o veículo não tem mais a importância que tinha antes, principalmente para a publicidade. Mas a verdade é que tanto as emissoras quanto as indústrias de eletroeletrônicos perceberam que, para sobreviver em meio a uma concorrência tão acirrada, elas precisavam se reinventar. E foi nesse momento que a TV digital abriu as portas para que o conteúdo online entrasse na sala da nossa casa. Em seguida, fizeram o caminho inverso, migrando a sua programação analógica para o meio digital. E, para completar, passaram a produzir materiais exclusivos para assinantes das plataformas online. Assim, os novos formatos e canais demonstram que o digital surge como um aliado para fortalecer a televisão, sendo mais um canal para distribuir sua produção audiovisual.

SE A PROPAGANDA É A ALMA DO NEGÓCIO, O VÍDEO É A ALMA DA PROPAGANDA. Entre todos os formatos disponíveis atualmente, o audiovisual é o mais consumido. Dados divulgados pela multinacional de tecnologia Cisco revelam que o consumo de vídeo na Web chegou a 75% em 2017 e crescerá ainda mais, sendo responsável por 82% do tráfego global de internet até 2020. Um dos responsáveis por este fenômeno é o Youtube. São mais de 2 bilhões 19


TENDÊNCIA

de usuários únicos por mês em todo o mundo. O Brasil é vice-campeão em horas assistidas na plataforma, perdendo apenas para os EUA, de acordo com informações divulgadas pelo Think with Google.

tais, Rock Content e Hotmart, já perceberam a importância dos vídeos para atrair novos clientes e fortalecer sua presença online. Com isso, elas estão saindo na frente no YouTube em relação a outras empresas do segmento B2B e B2C.

Mas engana-se quem acredita que toda essa multidão está ali apenas em busca de entretenimento, como músicas, vídeos de humor e comentários dos influenciadores digitais mais badalados. A pesquisa Video Viewers, feita pelo próprio Google, mostrou que nove em cada dez usuários no Brasil utiliza a plataforma com a finalidade de adquirir novos conhecimentos e soluções para seus problemas, isto é, ali é o lugar certo para descobrir “como fazer” algo, além de encontrar referências sobre produtos e serviços.

E para os céticos... isso é só o começo!

Tanto é assim que mais de 50% dos consumidores nos EUA afirmam possuir o hábito de procurar um vídeo a respeito de um produto antes de tomar uma decisão de compra, segundo dados da HubSpot Inc. E mais: pelo menos 32% dos consumidores interagem com uma marca depois de assistir a um vídeo no Youtube. Entendeu o que isso quer dizer? O vídeo é um elemento fundamental da sua estratégia de marketing online. Nos Estados Unidos, empresas de todos os setores já se beneficiam do vídeo marketing — e do Youtube — para alavancar suas vendas. Enquanto isso, no Brasil, ainda são poucas as que fazem uso dessas ferramentas tão importantes, e, as que fazem, geralmente não sabem aplicar as estratégias certas para obter resultados efetivos. Mas, felizmente, essa realidade está mudando. Grandes empresas de Marketing Digital do Brasil, como a Resultados Digi20

Marco Bürgin

Especialista em YouTube & Founder da GoRank.com.br



ESTRATร GIA

Por Victor Canas

REWARDS

bom para a marca, publisher e usuรกrio 22


ESTRATÉGIA

A vida é injusta. Se você vive no planeta Terra, certamente já ouviu, pensou ou até mesmo sentiu isso na pele. Mas fique tranquilo, pois isso só tende a piorar. Além de estarmos vulneráveis às mais diversas situações no dia a dia, hoje é possível se sentir injustiçado até mesmo no ambiente digital. Pense em uma pessoa que está desempregada e que para se candidatar às vagas de emprego deve aceitar um plano de assinatura. Você acha justo cobrar de quem está desempregado? Ou quantas vezes você queria ler um conteúdo e foi barrado por uma obrigatoriedade de assinatura? Há quem diga que esse tipo de bloqueio favorece a leitura de conteúdos falsos ou notícias com baixo teor de veracidade ou não confiáveis, que são chamadas de Fake News. Agora, imagine que a publicidade pode ser a solução para este imbróglio. Tanto para o usuário, para o site e até para o anunciante. Bem-vindo ao mundo pós-digital! Desta forma, nasceram as plataformas de Rewards, palavra em inglês que significa recompensa.

com o público alvo, esse é o conceito do Rewards. A NoBeta, especializada em publicidade digital, a VivoAds e algumas outras empresas já têm em sua prateleira comercial um produto voltado para o conceito. Dessa forma, podemos oferecer aos anunciantes uma oportunidade de impactar o target concedendo um benefício que não seria possível ao usuário - a não ser pagando, é claro. E assim as marcas poderão gerar relação emocional com os beneficiados criando aproximação e promovendo a leitura de conteúdos confiáveis e acessos pagos liberados. Mas não para por aí: além do benefício ao usuário, estes produtos têm um adicional muito relevante para o cliente e a agência que é a mensuração de eficácia a partir de pesquisa de Brandlift, que falaremos em nosso próximo artigo. O Rewards surge para fazer com que a vida online seja cada vez mais justa e com marcas trazendo benefícios tangíveis nos anúncios para os publishers, as marcas e, principalmente, os usuários.

A era das Rewards Atualmente, já vemos muitas formas disso ocorrer. A mais lembrada e utilizada funciona em interações com apps de games, nos quais, ao ver um anúncio, o usuário pode liberar funcionalidades, como vidas extras, para continuar a jogar. Se a publicidade precisava se renovar e criar um relacionamento de sentimento

Victor Canas

Chief Marketing Officer na NoBeta 23


CAPA

Por Gabriel Dias

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CAPA

A 1ª Revolução Industrial aconteceu a partir do ano de 1780 e trouxe o aprimoramento de máquinas a vapor e linhas de montagem. 90 anos depois, a 2ª Revolução deu início ao uso de energia elétrica, aço e motores movidos à combustíveis fósseis. Por volta de 1970, a 3ª Revolução Industrial mudou o mundo com o avanço de tecnologias e sistemas computadorizados. Agora, a 4ª Revolução está presente e é conhecida como Indústria 4.0. De acordo com o Ministério da Economia (ME), a quarta revolução industrial vai trazer um impacto mais profundo e exponencial do que as três primeiras. Henrik von Scheel, um dos criadores do termo Indústria 4.0 e autoridade em estratégia e competitividade, afirma que a nova revolução vai modificar de vez a vida humana. “Basicamente, vai alterar a nossa forma de viver, trabalhar, consumir, negociar, investir e o modo de nos relacionar com os outros”, assegura. A Indústria 4.0 é o conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital, virtual e biológico. Apesar das transformações tecnológicas, a base das mudanças decorrentes da 4ª Revolução Industrial não são máquinas. “Não são robôs ou inteligência artificial, o ser humano é o centro da Indústria 4.0″, garante von Scheel. O termo Indústria 4.0 surgiu pela primeira vez na Feira Industrial de Hannover, em 2011. Após dois anos, o grupo ministrado pelos físicos e empresários Siegfried Dais e Henning Kagermann, com o apoio do Governo Federal Alemão, publicou um trabalho na mesma feira sobre o desenvolvimento da Indústria 4.0. O conceito integra as principais inovações tecnológicas dos campos de automação, controle e tecnologia de informação, aplicadas aos processos de manufatura.

A Indústria 4.0 é um novo paradigma que combina técnicas avançadas de produção e operações com sistemas digitais inteligentes. Com isso, é possível vermos empresas digitais não só interligadas e autônomas, mas com capacidade de se comunicar, analisar e usar dados para impulsionar ações inteligentes adicionais de volta ao ambiente físico. Estudos da consultoria McKinsey revelam que inserir métodos 4.0 podem otimizar a produtividade das indústrias e aumentar a qualidade e a precisão de 15% a 35%. Com isso, vemos produtos mais adequados às necessidades e desejos dos consumidores e não necessariamente a um preço muito acima em função da maior eficiência.

PRINCÍPIOS DA INDÚSTRIA 4.0 Existem alguns princípios que configuram o que chamamos hoje de quarta revolução industrial. Para garantir que seu negócio esteja de acordo com o preceito, ele precisa seguir essas características:

INTEROPERABILIDADE A capacidade de máquinas, dispositivos, sensores e pessoas de conectar e comunicar através da Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem.

DESCENTRALIZAÇÃO A habilidade de sistemas ciber-físicos de tomar decisões por conta própria e executar tarefas da forma mais autônoma possível.

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CAPA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA Habilidade de sistemas de assistência de ajudar humanos ao agregar e visualizar informações sobre a fábrica e, então, sugerir soluções. Além da capacidade de sistemas ciber-físicos de apoiar fisicamente os seres humanos em tarefas exaustivas ou inseguras.

instantânea, permitindo a tomada de decisões em tempo real.

MODULARIDADE Adaptação flexível das fábricas inteligentes para requisitos mutáveis através da reposição ou expansão de módulos individuais.

VIRTUALIZAÇÃO A habilidade de sistemas de informação de criar cópias virtuais das fábricas inteligentes. Permitindo a rastreabilidade e monitoramento remoto de todos os processos.

CAPACIDADE EM TEMPO REAL Coletar e analisar dados e entregar conhecimento derivado dessas análises de forma

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DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA 4.0 A Indústria 4.0 é ampliada por meio de “ondas”, de acordo com Henrik von Scheel. A quarta revolução industrial tem etapas e cada uma desbloqueia paradigmas para permitir que a próxima “onda” aconteça. Existem, assim, alguns requisitos tecnológicos que abrem espaço para que novas


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tecnologias surjam. Atualmente, o mundo está no início da 2ª Onda. 1ª Onda (2009-2016): Digitalização (Internet das Coisas), Análises Avançadas, Computação em Nuvem, Realidade Aumentada e Impressão 3D. 2ª Onda (2016-2025): Inteligência Artificial, Sistemas Autônomos, Blockchain, Comunicação 6G e Futuro da Energia. 3ª Onda (2025...): Segurança Cibernética, Neurotecnologia, Nanotecnologia, Computação Quântica e Bioinformática.

PERSPECTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA 4.0 NO BRASIL Gerando ganhos de eficiência, redução nos custos de manutenção de máquinas e consumo de energia, a Indústria 4.0 tem o potencial de modificar de forma significativa o país. De acordo com o levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a estimativa anual de redução de custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano.

dustrial (SENAI) publicou uma carta alegando que a Indústria 4.0 é a grande oportunidade para a indústria brasileira ser mais produtiva, por meio de tecnologias digitais que vão ajudar as empresas a aprenderem e serem mais ágeis. Entretanto, ainda existem grandes desafios. Segundo o ranking Global Innovation Index (GII), lista que mede o nível de inovação dos países, o Brasil ocupa o 66º lugar entre 129 posições. A Indústria 4.0 requer medidas necessárias, como, por exemplo, viabilizar infraestrutura e levar banda larga para mais de duas mil cidades do Brasil. Sobre esses desafios e setores que o Brasil precisa desenvolver para fomentar um ambiente agradável para o progresso da Indústria 4.0 no país, o Digitalks conversou com especialistas e representantes de marcas que já atuam com a 4ª Revolução Industrial. Veja a seguir comentários sobre as dificuldades, expectativas e insights de como enfrentar barreiras para implementar métodos 4.0.

MATHEUS ARANTES, gerente da Engenharia Elétrica e Eletrônica da Volkswagen Brasil

Conforme Caio Megale, secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do ME, o governo federal vai tentar criar um ambiente favorável para que o setor privado avance rumo à modernidade. “É preciso reduzir a insegurança jurídica, aprimorar o marco regulatório da inovação e apoiar empresas com programas de qualificação de gestão e de capital humano”, afirmou Megale.

“As perspectivas são muito boas. A Volkswagen tem como objetivo trazer soluções que aprimorem ainda mais a experiência do cliente, seja no momento de compra do seu carro, como no seu relacionamento com o produto no dia a dia. Temos como um dos pilares o uso da tecnologia, que é um ponto importante da 4ª Revolução Industrial no Brasil, para simplificar a vida dos consumidores e pensar em novos modelos de negócios focados, entre outros temas, no futuro da mobilidade.

O Serviço Nacional de Aprendizagem In-

Estamos trabalhando há pouco mais de 27


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um ano na construção e na implementação da Nova Volkswagen: empresa ainda mais ágil, eficiente, inovadora e ainda mais próxima de seus públicos. Posso citar um exemplo de como aplicamos essa metodologia: [...], desde que iniciamos os processos rumo à indústria 4.0, aumentamos de 50% para 70% o nível de automação em nossas fábricas e reduzimos em até nove meses o tempo de desenvolvimento de novos projetos.”

ANDRÉ RABELO SOUSA, Gerente de Digital do Burger King Brasil “Uma grande parte das empresas (brasileiras) já entendem a necessidade de transformar e adaptar seus negócios para um mundo mais digital. Porém, os dois principais desafios da indústria 4.0 no Brasil são: apesar da tendência de queda, o alto investimento das tecnologias disponíveis e talentos digitais para viabilizar novos modelos. (No Burger King) um dos pontos mais importantes é ter o cliente como foco principal no negócio. E a partir disso, desenhamos e implementamos uma estratégia omnichannel, adotando cada vez mais novas tecnologias em toda a operação do Burger King. Criamos também estruturas mais horizontais com times multidisciplinares e privilegiando uma estratégia e gestão cada vez mais baseadas em dados.”

MARCELO TREVISANI, CMO LATAM da CI&T “Há grandes oportunidades para pequenas, médias e grandes empresas avan28

çarem rumo à Indústria 4.0. A adoção de tecnologias disruptivas por empresas brasileiras já é realidade, como revelou a pesquisa Business Impact Insights, em abril deste ano, realizada pela CI&T em parceria com o Opinion Box - o estudo reuniu opiniões de cerca de 200 executivos, sendo 100% em cargos de liderança. Dentre as tecnologias que vêm sendo incorporadas nas estratégias dos empreendedores, estão a Inteligência Artificial (60%), Analytics e Big Data (46%), Internet das Coisas (41%), Blockchain (36%), Realidade Aumentada e Realidade Virtual (34%), e Chatbot (27%). Assim, esse cenário demonstra o quanto as empresas estão ávidas para criar ambientes de produção cada vez mais hiperconectados e evoluir seus processos no nosso país. (...) Trabalhamos lado a lado com grandes empresas em sua jornada de Transformação Lean Digital para migrar seus negócios para a era da indústria 4.0. Promovemos mudanças de cultura e mindsets com o intuito de resolver questões complexas, evoluir e tornar mais ágeis processos produtivos e construir soluções inovadoras, experiências diferenciadas e personalizadas que entregam mais valor aos consumidores. Com isso, as empresas passam a estar mais próximas de seus clientes, aumentando sua satisfação e fidelização.”

DANIEL AMARAL, Professor da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado FECAP “Acredito que existem dois principais desafios da Indústria 4.0: investimento e mão de obra. Primeiramente, todos sabem que, no longo prazo, a Indústria 4.0 irá ajudar na eficiência e otimização das fábricas, mas


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para adaptá-las hoje são necessários altos investimentos, ou seja, um desafio é realmente a empresa ter a consciência e também a capacidade de investir agora para poder usufruir das vantagens da Indústria 4.0 no futuro. Em segundo lugar, temos também o desafio da mão de obra, pois infelizmente em alguns setores há uma falta de mão de obra especializada e, com a indústria 4.0, novos conhecimentos e capacitações serão exigidos, o que poderá ser um problema para muitas empresas. A melhoria na educação e capacitação são primordiais para não enfrentarmos problemas dentro da indústria 4.0 no país.”

LEANDRO JOSÉ MORILHAS, Coordenador Geral de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão na FIA de Administração e Negócios (FFIA) na Universidade de São Paulo - USP “O Brasil precisa investir em educação, inovação, pesquisa e desenvolvimento de produtos inteligentes e conectados. É necessário promover a cultura do empreendedorismo, dedicar-se ao investimento em sistemas de pesquisa e aumentar a produtividade. Mas em primeiro lugar, é fundamental investir em educação e capacitar pessoas para utilizarem os robôs e máquinas. Investir em habilidades mais refinadas.”

LUIS PILLI, Head da Pós Graduação em Marketing na Business School São Paulo - BSP “De forma geral, a indústria 4.0 pode ser mais uma janela de desenvolvimento para um país que já desperdiçou algumas oportunidades. Aproveitar a Revolução Industrial requer ousadia de empresários, articulação de uma visão de futuro para o país que passa pela formulação de políticas públicas que incentivem a digitalização e eliminem restrições estruturais à Indústria 4.0. As transformações que ocorrerão no funcionamento das sociedade e nos estilos de vida das pessoas serão profundos, os desafios são grandes e precisam ser enfrentados com coragem, criatividade e muito conhecimento.”

HENRIK VON SCHEEL, Criador da Indústria 4.0 “Estamos em um mercado global onde as habilidades, o preço e a concorrência são regras. 35% das competências exigidas para empregos nas indústrias vão mudar até 2020. E pelo menos um em cada quatro trabalhadores nos países da OCDE já está relatando uma incompatibilidade de habilidades exigidas, na verdade, por seus empregos atuais. A questão é: o que será em alta demanda em dois a cinco anos? Estamos nos movendo para uma era em que a mentalidade é mais importante do que habilidades.”

Gabriel Dias

Jornalista e Analista de Conteúdo do Digitalks 29


COMPORTAMENTO

Por Carlos Giusti

A REVOLUÇÃO DE

COSTUMES 4.0 De acordo com estudo recente da PwC com 2.000 empresas em 26 países, o investimento na Indústria 4.0 já é da ordem de 907 bilhões de dólares e o ganho de eficiência da ordem de 421 bilhões. Mesmo com números colossais como esses, ainda existem setores que reputam o tema como restrito a empresas fabris, salvaguardando prestadoras de serviço do impacto que essa revolução produzirá e, na verdade, já provoca. Entender a Indústria 4.0 é reconhecer que o nível de digitalização de processos e uso de Data Analytics e Inteligência Artificial vai muito além da otimização vertical e da integração horizontal da cadeia de valor, permitindo redução de custos e desperdícios, customização, modelos preditivos e 30

prescritivos de demanda e adequação. Na verdade, essa revolução tem por ponto de partida o cliente final, o que significa dizer que todos os ganhos descritos acima serão orientados por um profundo entendimento do comportamento do consumidor. Na prática, as indústrias cada vez mais vão buscar formas de se engajar e monitorar diretamente seus clientes, descartando ou se aliando a intermediários para construir essa relação. A tradução disso é: empresas de bens de consumo fazendo distribuição direta, prestando serviços para muito além da simples logística, gerando conteúdo e entretenimento, capturando dados, melhorando o engajamento de sua marca e transformando consumidores em usuários.


COMPORTAMENTO

Vemos isso acontecer já no Brasil, onde empresas de bebidas criam canais diretos de venda, ou mesmo uma das marcas mais conhecidas de sabão em pó simplesmente “vendendo” roupa limpa ao invés de seu tradicional produto. Isso significa não apenas os setores nos quais essas empresas se colocam, mas também toda a indústria do varejo, de mídia, entretenimento e telecomunicações levando o sarrafo para muito mais alto, para todo mundo.

A transformação é focar em pessoas Quanto tempo levará ou mesmo se esse vai se tornar o novo padrão, difícil predizer, porém, não reconhecer essa transformação e não atuar sobre ela definitivamente não é um bom caminho. Agora, tão ou mais importante quanto reconhecer e entender as ferramentas que podem te levar até lá é compreender que por trás dessa revolução estão pessoas e, portanto, não basta investir em tecnologia.

Os costumes corporativos E por falar em Cultura, esse é um dos maiores desafios para a transformação, a revolução de costumes corporativos. Estudos mostram que enquanto 71% do C-suite diz que mudança de cultura organizacional está na sua agenda, apenas 48% dos seus colaboradores percebem isso. Não basta a mesa de pingue-pongue, conectar-se a startups, liberar o dress code. É preciso fazer isso tudo pelos motivos certos; mudar a lógica hierárquica, os modelos de remuneração, a forma de trabalhar, integrar as áreas de forma a realmente criar uma visão holística dos problemas e das formas de solucioná-los, além de ajustar sem perverter a essência da governança. Porém, nada disso será real se não se revolucionar a política corporativa. As pessoas fazem e farão as coisas porque acreditam nelas, no propósito que está por trás da mudança, e não por uma vaga coberta no estacionamento da empresa.

É fundamental ainda encontrar novas métricas para além do ROI para medir eficiência e eficácia; e entre elas está o ROX, ‘Return on Experience’, baseada na identificação e mensuração de outras dimensões, orientadas pela jornada do usuário e como ela produz valor. É necessário mapear o comprometimento emocional do seu staff com os propósitos da organização, reconhecer e patrocinar os embaixadores da sua marca, tanto dentro quanto fora do seu negócio pois são eles que te promoverão e protegerão. Ainda, comportamentos críticos positivos que definem Cultura, orientam a excelência e devem ser incorporados à gestão de desempenho, entre outros.

Carlos Giusti

Associate Partner na PwC

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INOVAÇÃO

Por Marcelo Pimenta

A relação entre a meditação e a inovação

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INOVAÇÃO

Agradeço o momento para aprofundar um dos tópicos que vou tratar na minha palestra no 10º Expo Fórum Digitalks – o design da mentalidade inovadora. Quem tiver a oportunidade de acompanhar, vai entender que ser inovador é uma escolha – e uma prática diária. E dentre as diferentes atividades que podemos experimentar para recuperar confiança criativa este artigo focaliza apenas uma: a relação entre meditação e a inovação. Para início de conversa, quero lembrar algumas características deste que parece ser o maestro dessa reflexão: o cérebro. Uma massa cinzenta parecida com um tofu, que pesa cerca de 1,4 kg e que carrega 100 bilhões de neurônios sendo que, cada um admite até 5 mil ligações, chamadas sinapses. Os neurônios se abastecem de neurotransmissores que, em um mix de glutamato, serotonina, dopamina, norepinefrina e outros neuroquímicos 100% naturais e orgânicos, formam um coquetel que dispara um ciclo: percepções provocam sensações que geram emoções que levam a decisões que fazem com que tenhamos ações.

Levantar da cama, acender a luz e ver que era um passarinho que estava comendo a ração do cachorro. Em poucos segundos todos esses neurotransmissores entendem que é um alarme falso e em menos de 2 minutos seus batimentos cardíacos e sinais vitais devem voltar ao que eram antes do acontecido. Esse mecanismo, descrito aqui de forma sucinta, acontece em milissegundos, na maioria das vezes involuntário, e é parte fundamental no nosso processo de decidir com quem se casar, almoçar, votar ou simplesmente o que fazer da vida.

As descobertas da neurociência Nos últimos dez anos, se descobriu muito mais sobre o funcionamento do cérebro do que a maioria das descobertas feitas até então. Hoje, os testes científicos feitos com encefalograma (EEG) são capazes de comprovar sensações que antes eram apenas ouvidas e observadas, ou seja, o que o cidadão fala ou faz. Mas não se podia literalmente ver o que ele na verdade pensa.

Algum de nossos sentidos, a visão ou a audição, percebe algo. Um barulho, por exemplo, à noite, em casa, tudo escuro. A percepção ativa vários sensores que começam a liberar neuroquímicos essenciais como o cortisol e você passa a ter sentimentos.

Para exemplificar o impacto dessas pesquisas na vida e no marketing, o mesmo chocolate é apresentado no valor de US$ 5 dólares a barra e outro US$ 50 dólares a barra. Os resultados apresentam diferentes respostas no grau de satisfação. As pessoas não só verbalizam: “o chocolate de US$ 50 é muito melhor”, como também as áreas cerebrais que demonstram “satisfação” foram muito mais ativadas em todos os participantes.

O sentimento é a maneira de como você, de forma individual, no seu contexto singular, interpreta aquele estímulo. Esses sentimentos geram em você uma emoção, uma sensação pessoal com relação a como reagir. Tomado de emoção, você se motiva a tomar uma decisão e então realiza uma ação.

No livro “Ferramenta dos Titãs”, em que Tim Ferris descreve os hábitos de pessoas com resultados muito acima da média, 80% fazem alguma forma de meditação ou prática de atenção plena diariamente. Por quê? Pois talvez uma das principais vantagens da meditação é entender que você

Vamos ver como isso acontece?

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INOVAÇÃO

não é os seus pensamentos. Você pode até querer, em um determinado momento, esganar aquele amigo que lhe deixou esperando, mas esse é só um pensamento. Você pode identificar esse pensamento e analisar que vai ser muito trabalhoso enfrentar um tribunal para defender-se de crime por asfixia. Assim, é possível ter outra reação. Esse pensamento assassino pode desencadear uma avaliação da amizade. “Será que ele merece sua atenção? Afinal, as pessoas são sempre assim, a culpa na verdade é minha que não sei escolher os amigos”, refletimos. E desencadear uma espiral negativa de ideias que não fazem sentido. Rick Hanson chama isso de “flechas que lançamos contra nós mesmos”. Neste artigo, não vamos aprofundar porque isso acontece e é um instinto natural, impresso no nosso DNA. Mas é importante sabermos que nós mesmo nos sabotamos a todo o momento. Por isso, precisamos ter clareza que nós podemos ter pensamentos livres, mas podemos decidir aqueles com os quais queremos conviver e aqueles que queremos deixar passar.

Meditar ajuda a controlar a mente As pesquisas comprovam que a meditação controla a Default Mode Network (DMN), ou “modo automático”. A necessidade de dar a resposta certa de modo automático. Desde que Roger Martin identificou a necessidade de exercitar o pensamento divergente antes de fazer convergência, é preciso “controlar a mente do macaco”. “O Paradoxo do Chimpanzé pode ser o seu melhor amigo ou seu pior inimigo ao mesmo tempo”, afirma Martin. Você não tem

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INOVAÇÃO

como eliminar o impulso de comer, os instintos sexuais ou o sentimento automático de pânico que surge em situação extrema. Porém, você pode controlá-las, ensina o professor Steve Peter, autor do best-seller o Paradoxo do Chimpanzé.

Construindo uma ponte entre meditação e inovação E qual é então a proposta? É construir uma ponte entre meditação e inovação, criando um caminho possível. Gosto da metáfora que diz que uma das consequências da prática da meditação é conseguir ver o céu claro. Ou seja, a mente do macaco desencadeia um turbilhão de sentimentos e ideias que misturam euforia e dúvida. Entretanto, a meditação permite que mesmo no caos criativo você tenha momentos em que as nuvens se dispersam. Assim, você tem mais clareza e consegue ver o azul do céu. Claro que apenas meditar não te torna mais inovador e nem criativo. Esse é o resultado de um exercício diário de ver o mundo de forma diferente, ampliar referências, combinar recursos e ferramentas e ter competência para formar um time que seja capaz de executar superando todas as dificuldades. O que venho propor é: meditar ajuda com que cada integrante do time tenha mais autoconfiança e serenidade para inovar. E isso já é uma grande contribuição.

Marcelo Pimenta

Especialista em Inovação e Fundador do Laboratorium 35


ENTREVISTA ESPECIAL

BIG DATA

Como lidar com todos esses dados?

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ENTREVISTA ESPECIAL

Com o grande volume de dados sendo gerados a todo momento, chega a ser espantoso imaginar para onde vão todas essas informações e como coletá-las. Nas últimas décadas, passamos de terabyte para o petabyte, e agora alcançamos a escala do zettabyte. Com isso, quais devem ser as soluções para analisar essas grandes quantidades de dados e gerar resultados em tempo hábil? Para tirar essas dúvidas, o Digitalks conversou com Ariane Maia, diretora executiva da A² BI e uma das palestrantes no Expo Fórum Digitalks 2019. Confira a entrevista completa a seguir.

Quais são os caminhos para uma organização trabalhar com Big Data? Como são os resultados analisados e obtidos? O primeiro ponto para uma empresa trabalhar o Big Data é ter profissionais que entendam de dados e dirigentes que entendam que trabalhar com dados exige investimento. Pois, para surfar a onda, muitas empresas acabam comprando soluções prontas, na ânsia de aproveitar uma oportunidade, mas acabam esquecendo de criar uma estratégia para o uso dos dados de acordo com o propósito de negócios. Não há um caminho único pré-moldado para o uso de dados, mas sim caminhos que estão alinhados com o que faz sentido para a organização. Vale ressaltar que a estruturação do uso do Big Data deve ser um investimento embasado em estratégia de negócios, pois assim é possível estabelecer indicadores de retorno e mensurar ao longo do tempo os resultados alcançados. Considerando que o uso consciente de dados possibilita uma maior compreensão da empresa, consumidores e demais itens geradores de dados, certamente com um projeto bem estruturado, os resultados irão aparecer, mas aqui não adianta pensamento imediatista.

Qual está sendo a importância do Big Data para os negócios? Há alguns ramos de atividade que estão sendo revolucionados pelo uso de Big Data. Fábricas ganham produtividade ao analisar comportamento de uso de maquinário comparado a demanda, varejistas reduzem desperdício analisando a cadeia do produto como um todo, áreas de relacionamento com cliente têm como nunca na história a possibilidade de estabelecer comunicações personalizadas e realmente relevantes. Sem dúvida, há empresas que atingiram um diferencial competitivo usando os dados disponíveis, mas existem ainda muitas oportunidades de amadurecimento. As empresas não acompanharam a velocidade tecnológica, sendo assim as oportunidades estão em aberto para quem quer realmente pensar e se estruturar para ser pautado por dados.

O que esperar para o futuro da internet, em relação à geração de dados? O movimento atual é para a regulamentação do uso de dados relacionados à identificação pessoal, então temos um futuro com desafios de privacidade e em contraponto cheio de oportunidades para quem tem a visão de que isso é algo benéfico e que tais regulamentações irão amadurecer o mercado e forçar as empresas a usar de forma mais organizada e consciente seus dados. O futuro exige profissionalismo para olhar os desafios como oportunidades e quem for competente para aproveitar esta mudança, certamente estará um passo na frente.

Ariane Maia

Diretora Executiva da A² Business Intelligence

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MARKETING DE EXPERIÊNCIA

Por Daniel Galvão

Experiência é tudo, ‘lead’ com isso

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MARKETING DE EXPERIÊNCIA

Em uma dessas manhãs, conversando com um cliente que acabara de sair de um evento sobre marketing de experiência, estava entusiasmado para colocar parte do que tinha acabado de ouvir em prática. Queria que tudo aquilo fosse aplicado para ontem. Porém, um dos primeiros pontos que eu levantei com ele, era se estava preparado para rodar tudo aquilo na velocidade que ele pretendia. Afinal, trabalhar experiência não é simplesmente mandar um e-mail e tudo estaria resolvido, era necessário estudo, planejamento e principalmente time para entender até onde era possível tudo aquilo acontecer. Na sequência, comentei também se ele já sabia qual era o seu momento “UAU!”, aquele momento que o Kotler comenta em seu último livro “marketing 4.0” que é o ponto de conexão entre público e marca e que faz o consumidor vivenciar o momento “mágico” e dizer “UAU! Que experiência maravilhosa”. Um exemplo super popular é a experiência do cartão de crédito roxinho que está sempre de olho no consumidor e sempre que possível surpreende mandando um mimo ou atendendo de prontidão o seu consumidor, ou um e-commerce que manda uma carta de agradecimento e entrega o produto antes do prazo. Apesar de isso tudo parecer um pouco complexo, podemos ter um bom começo com um conjunto de fatores que seriam a base de como tornar a experiência mais “simples” e de resposta mais rápida. Um bom exemplo são os pontos de contato com o cliente: se a tecnologia empregada é de fácil entendimento; se facilita a vida do consumidor; se as informações estão objetivas e claras; se a navegação

pelas páginas é intuitiva e tem menus específicos; se tudo tem carregamento rápido para os mais diversos dispositivos e entre outras coisas. É preciso ter em mente que uma das experiências que os consumidores mais temem são ambientes online de alta complexidade. Um exemplo de como podemos ter grandes ganhos é pensar em que o cliente precisa. Uma grande marca de cosméticos francesa recentemente percebeu a necessidade de ficar mais próxima do consumidor e resolveu focar em quais pontos do seu site eram essenciais para eles. Após um estudo longo, investiram em UX melhorando, assim, a experiência do site. Aplicaram ainda uma tecnologia para que suas páginas fossem mais rápidas mudando o sistema de navegação e produção de conteúdo. Com esses ajustes, a marca melhorou a percepção de boa experiência com o seu público e, como resultado, seus números cresceram. Só em novos usuários, a página ganhou 46%, seguido com uma redução drástica das rejeições em 25%, aumentando também o tempo no site perto de 9%. Tudo isso só pensando em ações e pontos de melhoria para o consumidor na página. Portanto, preste atenção no que seu cliente está falando e aja para melhorar sempre a experiência.

Daniel Galvão

CWO da CRP Mango

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METODOLOGIA

Por Amarinildo Osรณrio

Design Thinking

na Publicidade e Propaganda

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METODOLOGIA

Durante décadas, aqueles que ingressavam na carreira publicitária eram atraídos pela ideia de trabalhar na área de criação das grandes agências de Publicidade e Propaganda (PP), no departamento comercial de multinacionais ou no setor de marketing de grandes veículos de comunicação. A nova realidade, no entanto, aponta para caminhos recém-criados dentro da Comunicação, em sinergia com as novas tecnologias, reconfigurando espaços e funções. Tradicionalmente, os departamentos de criação, antes compostos por uma dupla formada por um redator e um designer, vêm sendo reconfigurados e ocupados por equipes cada vez mais heterogêneas. Isto porque, segundo a doutora em Ciências da Comunicação e ex-diretora na Faculdade Cásper Líbero, Tereza Vitali, as agências deixaram de ser simples fornecedoras de anúncios e serviços para se tornarem parte essencial de fazer as coisas acontecerem. Neste sentido, Tereza Vitali acrescenta que o formato das agências mudou para atender às novas dinâmicas da Comunicação e do mercado. Os múltiplos setores foram integrados de forma a promover um maior envolvimento entre as áreas e departamentos das agências de PP. “Criação, planejamento, pesquisa e mídia, por exemplo, trabalham de maneira integrada e fisicamente próxima [...], os quais devem compartilhar e participar de todas as fases da campanha”, destaca Tereza. “O Design Thinking ou DT é uma abordagem ou modelo mental focada no ser humano e voltada à resolução de problemas complexos. O DT vem sendo utilizado no mundo dos negócios e na educação para diferentes aplicações com o propósito de gerar inovação e trabalhar valores como a empatia, a experimentação e a prototipação de projetos”, explica o CEO Global da MJV Technology & Innovation, Maurício Vianna.

Além dessas mudanças de ordem organizacional, a expansão dos meios de comunicação e as inúmeras possibilidades de negócios gerados a partir de novas tecnologias abriram outros campos de atuação. Por exemplo, profissionais de áreas distintas como Tecnologia da Informação (TI), administração e engenharias têm cada vez mais trabalhado de forma conjunta com a Publicidade e Propaganda. O mercado também passa por um momento importante, com a inclusão de diferentes metodologias e abordagens para o desenvolvimento de projetos, o que tem exigido novas habilidades e competências para os profissionais que trabalham nos departamentos das agências e setores relacionados. Entre algumas dessas possibilidades, o Design Thinking (DT) agrega contribuições para o desenvolvimento de projetos em Publicidade e Propaganda.

Designers thinkers por natureza A partir de um trabalho de dissertação de mestrado, verifiquei que esta abordagem melhorou as habilidades de estudantes de Publicidade para o levantamento de informações, geração de ideias e prototipação de projetos. Isto porque ao desafiar os padrões de pensamento, comportamento e sentimentos, os designers produzem soluções que geram novos significados e estimulam diversos aspectos da experiência humana. Embora esses profissionais tenham mantido esse tipo de pensamento ativo em sua profissão, lhes conferindo uma visão exclusiva. Tim Brown, um dos grandes nomes do design mundial, defende que os seres humanos são designers thinkers por natureza.

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METODOLOGIA

“Se beneficia da capacidade que todos nós temos, mas que são negligenciadas por práticas mais convencionais de resolução de problemas. O design thinking se baseia em nossa capacidade de sermos intuitivos, reconhecer padrões, desenvolver ideias que tenham um significado emocional além do funcional, nos expressar em mídias além de palavras ou símbolos”, Tim Brown. É tomando por base a multidisciplinaridade do DT e sua aplicação a diferentes áreas que podemos relacionar algumas características dessa abordagem à forma como os profissionais de Publicidade e Propaganda lidam com o desenvolvimento de projetos, bem como considerar que estas habilidades e competências também podem ser ensinadas para estudantes em formação e profissionais de área. Assim como no design, um projeto publicitário apresenta naturezas diversas com o propósito de atender às necessidades e aos desejos do público-alvo e do cliente/ anunciante. Para tanto, as etapas e habilidades de um projeto pressupõem mapear a cultura, os contextos, as experiências pessoais das pessoas para construir uma visão mais completa sobre o problema em questão, identificar barreiras e gerar alternativas para transpô-las. Assim como no Design Thinking, a Publicidade e Propaganda trabalha na resolução de problemas, que são convertidos em projetos. Ao longo do tempo e dadas as transformações em cada a área, a complexidade desses problemas foi aumentando, fator este relacionado ao desenvolvimento de novas tecnologias e à necessidade recorrente de formar equipes de trabalho multidisciplinares e a exigência de novas habilidades e competências profissionais no mundo do trabalho. Por meio de um processo organizado em fases, o DT agrega contribuições para iden44

tificar as causas e as consequências de um problema, gerar soluções e prototipá-las a partir de testes prévios. Para projetos publicitários, que também seguem um processo organizado em etapas, o DT pode agregar contribuições para a organização de um processo pautado no lavamento de informações, gerações de ideias e construção de soluções. Os valores do DT e o trabalho em equipe também podem gerar um processo que agregue visões diferentes na construção de soluções inovadoras. Agora fica a pergunta: mas o Design Thinking não seria apenas mais uma tendência em meio a tantas outras? Ao contrário do que possa parecer, os profissionais Tennyson Pinheiro e Luis Alt defendem que o DT possui características diferenciadas. “Ser mais empático, colaborativo e incansavelmente curioso é a chave para navegarmos de maneira bem-sucedida no mundo atual. Um profissional com essas três características está mais preparado e apto a solucionar problemas e liderar pessoas”, concluíram. Logo, estamos diante de uma abordagem poderosa e inovadora, que pode agregar um novo olhar à Publicidade e Propaganda, em meio a tantas transformações e desafios para a área. Que tal, vamos aprender Design Thinking?!

Amarinildo Osório

Professor na UniNorte



FINANCEIRO

Por Eduardo Linhares

O futuro dos bancos é... open

O conceito é simples, mas, ao mesmo tempo, ousado: o cliente passa a ser dono de seus dados pessoais – não mais as instituições financeiras. O open banking pretende ser, portanto, uma grande evolução democrática do sistema. A partir do conceito, empresas e serviços só poderão acessar os dados dos clientes com autorização explícita destes. 46


FINANCEIRO

Além disso, na prática, o novo sistema permite que as pessoas movimentem suas contas e gerenciem seu dinheiro a partir de diferentes plataformas. Por meio do open banking, clientes poderiam, por exemplo, visualizar em um único aplicativo o extrato consolidado de todas as suas contas bancárias e investimentos. Também será possível, por este mesmo aplicativo, realizar uma transferência de recursos ou realizar um pagamento, sem a necessidade de acessar diretamente o site ou aplicativo do banco. Do ponto de vista das instituições financeiras tradicionais, compartilhar informações antes exclusivas com mais players de mercado (principalmente as fintechs) pode representar um problema no curto prazo. Mas o conceito parece ter vindo para ficar, então, não estamos falando de “se”, mas de “quando” vai acontecer. Isto dito, vale aqui a imagem um tanto gasta da faca de dois gumes. Afinal, essas instituições financeiras também passarão a ter, com o open banking, mais oportunidades para oferecer novos produtos e serviços feitos sob medida para seus clientes. É puro big data, ou seja, o cruzamento de informações (incluindo algumas que os bancos atuais não têm) para definir novos – e mais rentáveis – perfis de cliente. Em um mundo que vive o paradigma do hipernicho, faz bastante sentido investir no melhor gerenciamento possível de tanta informação.

O OPEN BANKING JÁ INICIOU NO BRASIL Em abril deste ano, o Banco Central deu início ao processo de implementação do open banking, com o objetivo de aumentar a eficiência e a competição no setor, abrindo espaço para a entrada de novas empresas.

É isso que sugere o Comunicado 33.455, cuja missão principal é estabelecer as diretrizes que irão orientar a proposta de regulamentação do modelo a ser adotado no País. O BC aposta que o open banking será capaz de aumentar a eficiência do sistema financeiro, “mediante a promoção de ambiente de negócio mais inclusivo e competitivo, preservando sua segurança e a proteção dos consumidores”. É o que todos que fazemos parte desse riquíssimo bioma esperamos. Até porque sabemos que a concorrência é como a gravidade: está sempre lá, mesmo sem que a percebamos. E ela nos obriga a sermos melhores e a inovar mais rapidamente para facilitar a vida de nossos clientes. Ainda bem. Por isso, lutamos, em todos os mercados onde atuamos, pela democratização do sistema financeiro. Estamos transformando o modo como segmentos desfavorecidos da sociedade movimentam o próprio dinheiro. Como costumamos falar aqui no PayPal, hoje é caro demais ser pobre. Para quem não tem dinheiro, qualquer tipo de transação custa muito mais e demora tempo demais. Por vezes, isso representa ficar horas em filas e pagar juros crescentes. No fim, quem mais precisa de ajuda para manter a saúde financeira acaba sendo excluído da economia. Neste segundo semestre, o BC deve submeter a consulta pública as minutas de atos normativos sobre o open banking e seu cronograma de implementação. Estaremos atentos aos próximos capítulos dessa emocionante novela hi-tech.

Eduardo Linhares

Diretor Global de Marketing de Produto para PMEs do PayPal

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em

VANTAGENS A missão Web Summit Lisboa 2019 é uma viagem de negócios, tecnologia e inovação. Vamos visitar o principal evento digital do mundo e conectar startups e empresários brasileiros com o ecossistema empreendedor da capital portuguesa que figura entre uma das melhores regiões na Europa para criação de empresas.

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DESTAQUES DA AGENDA


PORTUGAL

O PRINCIPAL EVENTO DE NEGÓCIOS DIGITAIS KEYNOTE • WORKSHOPS • FEIRA DE NEGÓCIOS

Junte-se em 2020 à 2ª edição do Expo Fórum Digitalks em Portugal. São 2 dias de evento, com líderes de opinião do mercado nacional e internacional. Mais informações e reservas: digitalks.pt/expo2019


E-COMMERCE

Por Gabriel Dias

50% DAS JORNADAS DE COMPRA NO BRASIL SÃO “PHIGITAL”

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E-COMMERCE

DE ACORDO COM PESQUISA DA GFK SOBRE A JORNADA DE COMPRA DO BRASILEIRO, CAPITALIZAR O MELHOR DO FÍSICO E DIGITAL POTENCIALIZA AS CONVERSÕES DE E-COMMERCE A jornada de compra é o percurso que um potencial cliente realiza antes de fazer uma compra. No Brasil, cerca de 50% dos consumidores pesquisam informações e opções de pagamento em ambientes físicos e digitais quando decidem adquirir algum produto ou serviço. 14,5% só utilizam plataformas digitais antes de fechar o negócio e aproximadamente 36% das compras feitas por brasileiros percorrem apenas por lojas físicas. Os dados foram divulgados por Felipe Mendes, Managing Director Brazil da GfK, no Fórum E-Commerce Brasil 2019. A GfK analisou mais de 62 milhões de jornadas de compra entre 2018 e o 1º trimestre deste ano. Os números indicam a importância de cada vez mais investir em uma estratégia omnichannel. Felipe Mendes conta que o consumidor busca informação e projetar dados relevantes e claros para os clientes podem significar um aumento em conversão. “Informação é a chave do negócio, as pessoas precisam de informação”, relatou. A satisfação NPS é melhor na jornada phigital, segundo dados da GfK. Os consumidores conseguem mais informações sobre o produto quando pesquisam nos dois ambientes e as chances de ficarem satisfeitos com a compra aumentam. No total das mais de 62 milhões de jornadas

de compra analisadas, o NPS atinge 48. Já nas jornadas phigital, com conversão on ou off, atinge 60 e 57 respectivamente. Na jornada phigital não existe diferença entre gerações. Todas as idades de consumidores estão percorrendo o caminho físico+digital. Por isso, não deve haver diferenciação nas estratégias para vendas phigital.

PHIGITAL ON X PHIGITAL OFF Existem quatro modos para uma jornada de compra ser considerada phigital. Isto é, 1 pesquisar offline e comprar online; 2 pesquisar online e comprar offline; 3 pesquisar tanto online e offline, mas converter on; 4 pesquisar produto ou serviço online e offline, mas comprar off. Dentro dos 50% das jornadas de compra phigital, os modos se dividem em 3% dos brasileiros pesquisaram offline, mas terminam a compra online. 15% realizaram o caminho inverso. 8% dos consumidores pesquisam em ambientes digitais e físicos, contudo, executam a conversão online. Os outros 24% também pesquisam on e off, no entanto, finalizam a jornada de compra em lojas físicas. 51


E-COMMERCE

A JORNADA DE COMPRA INDICA UM NOVO ALVO: CLASSE C No Brasil, a população é em maioria classe “básica”. De acordo com o DataFolha, 64% das famílias ganham até R$ 2.994 mil na renda mensal e 60% dos brasileiros têm até o fundamental completo no nível de instrução. Ou seja, a maior parte dos cidadãos necessita de condições e comunicação especial para realizarem uma compra. Para atrair as classes menos favorecidas, é preciso quebrar três razões de “não compra” da maioria da população: custo de entrega, bancarização e garantias claras de troca/devolução. “A parte visual e voz ainda é necessária. O brasileiro tem dificuldade de compreender texto”, disse Mendes. O executivo revelou que a necessidade de visualizar o produto e perguntar informações para algum vendedor aumentam a procura em ambientes físicos. Opções de pagamento também afetam o consumidor brasileiro, grande parte não possui cartão de crédito ou tem dificuldade com boleto.

O QUE FAZER COM ESSAS INFORMAÇÕES? Felipe Mendes, Managing Director Brazil da GfK, afirma que é a hora de investir no “Brasil Básico” e focar em conversão. Segundo o diretor, as empresas que criarem uma relação de informação e segurança com o consumidor, vão ter o retorno de grande consumo. Mendes também destaca a importância de simplificar a jornada de acordo com as motivações dos clientes e atuar em todos os canais. O phigital é realidade no Brasil e construir uma estratégia que impacte o consumidor nos dois ambientes vai gerar mais resultados. “O principal elemento para acelerar a conversão ao e-commerce é capitalizar o melhor do físico e do digital”, completa Felipe Mendes.

Porém, pesquisa realizada pela GfK indica uma recuperação econômica gradual, aumento na renda e consumo das famílias, facilidades na bancarização e acesso a eletrônicos. O que pode significar maior uso de e-commerce ao longo prazo.

Gabriel Dias

Jornalista e Analista de Conteúdo do Digitalks 52


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Por Mirko Mayeroff

SUPORTE A STARTUPS É OPORTUNIDADE, REALIDADE E MISSÃO

Participamos de vários eventos assistindo, mediando, insistindo, palestrando ou mentorando startups. Desde 2000 lidando direto com o ecossistema que alimenta, direta ou indiretamente, ideias, vontades e sonhos que podem virar empresa. Também passamos algumas vezes pelo processo de colocar em prática uma vontade de negócio, reconhecendo dores, sentindo na pele as dificuldades e “criando casca” para fazer a vontade virar negócio. Sempre foi um trabalho em equipe, nem sempre algo organizado, mas cheio de vontade, feito com muita gana e repleto de noites mal dormidas. Sempre foi uma experiência cansativa, emocionante e enriquecedora. 56

Sucesso, ou a falta dele, não é o foco deste artigo. Nossa ideia é transmitir claramente os momentos das startups, seus desafios e mostrar que boa parte da energia continua sendo gasta para resolver problemas que, se encarados desde o início, viram rotina, facilitam a evolução e viabilizam o crescimento. Transparência, processos, objetivo claro, avaliação constante de resultados, reposicionamento rápido, parcerias sólidas, mentores e conselheiros de mercado, líderes inspiradores e muita resiliência. Isso é apenas parte daquilo que acreditamos ser fundamental para uma startup evoluir.


STARTUPS

Do início: o que é uma startup? Segundo alguns, startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios repetível e escalável, em um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas. Embora não se limite apenas a negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser considerada uma empresa de modelo tradicional. Já se consultarmos a Wikipedia, uma startup é uma empresa emergente que tem como objetivo desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio, preferencialmente escalável e repetível. Uma startup é uma empresa recém-criada ainda em fase de desenvolvimento que é normalmente de base tecnológica. Sem querer entrar na profundidade do conceito, encaramos startups como um grande celeiro de ideias, fonte de emoções e lar de oportunidades. Sabemos das dificuldades, vivenciamos isso a tal ponto que consideramos uma honra poder acompanhar, ajudar, trocar ideias, aprender e caminhar lado a lado com esses empreendedores. Hoje, as empresas que inspiram: 99, Nubank, iFood, PagSeguro, Movile, Gympass e Stone. E quem já inspirou esse mercado? Assim de bate pronto, posso lembrar de Decolar, Buscapé e Mercado Livre - que eu considero brasileira.

Perfil dos empreendedores Conheço e trabalho com, e para, alguns dos principais empreendedores desse mercado, alguns do passado e outros da atualidade. Deste modo, vale passar algumas das principais qualidades, atributos ou características que são marcantes nesse pessoal.

Vontade interminável de aprender, vontade de vencer, capacidade ímpar de superar obstáculos, determinação, facilidade de trabalhar em equipe, pessoas inspiradoras, encontram motivação em tudo e adoram café ou energético. De toda forma, é bom saber que uma das características que temos notado ultimamente é a incapacidade deles de reconhecer que não entendem que é bom pedir ajuda, de que não é preciso suportar todas as demandas e que devem olhar para o gerenciamento/gestão da empresa no detalhe.

Guia para o “startupeiro” Se preparar para aquilo que vão enfrentar tem sido o desafio e o foco das principais aceleradoras, mas não é todo mundo que tem essa sorte. E da mesma forma, não é todo mundo que consegue receber investimento para ver seu negócio evoluir. Veja aquilo que os cursos oferecem, ou deveriam oferecer, ao treinar e tentar preparar os “startupeiros”: Em um primeiro momento, tentam mostrar como quebrar paradigmas, quais as áreas mais afetadas pela inovação, como interagir com este aspecto e se diferenciar em meio à concorrência. Ressaltam quais habilidades e conhecimentos são interessantes para conquistar resultados relevantes em um negócio digital - as principais novidades e vetores - e de forma natural entender necessidades e demandas de mercado e como seus clientes passam a enxergar o real valor da sua empresa. O mundo digital se faz cada vez mais presente no dia a dia e as empresas que não sabem utilizar esse universo para atrair clientes, cativar, reter e vender estão fadadas ao fracasso. Então parte daquilo que deve ser 57


STARTUPS

entendido e transmitido tem relação com mídias sociais, divulgação digital, criação de marca digital, geração de conteúdo relevante e monetizável, estratégia digital, geração de tráfego, acompanhamento/conversão de vendas e uma visão analítica de resultados. Ao construir esse trajeto, vai se formando uma base sólida para receber conteúdo relacionado ao comportamento do consumidor, entendendo aquilo que ele espera, melhorando sua jornada, adaptando e ajustando o projeto para garantir a satisfação de seu cliente dentro desse projeto. A ideia em torno disso é entregar uma experiência memorável.

A jornada das startups De acordo com a ABStartups, mais da metade das novas empresas fecha em menos de dois anos e boa parte da culpa disso está na falta de entendimento, acompanhamento e gestão, no desconhecimento de como se monetiza o negócio e no que pode ser feito para conseguir um investidor. Os parceiros, mentores, cursos e aceleradoras têm trabalhado forte para ajudar a preencher essas lacunas. Lembro que um dos meus chefes, e ícone desse mercado digital, disse para mim que “só se muda aquilo que conseguimos medir ou analisar”. E que nessa época, testes A/B eram a base do nosso trabalho e nos ajudavam a desempenhar cada vez melhor. Parte importante desses treinamentos tem relação com isso, entender como obter, trabalhar e analisar dados para melhoria de performance. Temos visto que os passos que levaram ao sucesso algumas startups vencedoras têm relação com uma visão de crescimento exponencial, ou, como diz um inspirador executivo de um ícone israelense, “temos 58

um país pequeno, então ao criar soluções temos que criar para o mundo”. Outro ponto comum nos bem-sucedidos é a escalabilidade, buscando muitos consumidores como estratégia para angariar dados, mas vale ter em mente que, para isso, é bom ter um forte investimento de risco, pois o lucro vem a longo prazo. Importante entender que o mercado brasileiro ainda não está no mesmo estágio de crescimento, entendimento e investimento. Mas, como já foi falado, tivemos e continuaremos tendo boas ideias virando empresas reconhecidas, com bons resultados e sucesso. Lembramos que, para nós, o sucesso está ligado a atingimento de objetivos, a relevância que sua empresa quer ter e ao propósito que você “startupeiro” se colocou como desafio. De toda forma, vejam que interessante, o The Global Startup Ecosystem Ranking coloca São Paulo com o 12º mercado mais promissor do setor no mundo. Já o Vale do Silício, Nova York e Los Angeles são os três mercados mais promissores. Muito para entender, informação sem fim, constante versão beta, sempre procurando melhorias, inspiração geradora de motivação e energia. É isso que move a Zíriga, e toda sua equipe. Sabemos olhar para os desafios de entender e atender startups, de ser parceira na jornada e de acreditar em quem está no início do negócio com um sonho na mente, coração a mil e sangue nos olhos.

Mirko Mayeroff

Sócio da Agência Ziriga


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CidadeMarketing é um veículo de comunicação interativo que visa produzir, informar e discutir assuntos pertinentes a área de marketing. É uma imprescindível ferramenta para tomada de decisões mercadológicas. www.cidademarketing.com.br | contato@cidademarketing.com.br

O Digitais do Marketing é um portal colaborativo onde profissionais de Marketing Digital de todo o Brasil e do exterior se reúnem para aprender, compartilhar seus conhecimentos, discutir ideias e experiências. www.digitaisdomarketing.com.br | contato@digitaisdomarketing.com.br

O E-Commerce Brasil é o maior projeto de fomento ao comércio eletrônico do mundo e realiza mais de 130 atividades por ano, que inclui publicações diárias no portal, revista impressa, webinars, workshops e eventos. www.ecommercebrasil.com.br | redacao@ecommercebrasil.com.br | (11) 3063 5941

A EraTransmidia tem como missão traduzir e conectar ideias, tecnologias e processos de comunicação disruptivos para o ecossistema de negócios da economia criativa e amplificar tendências. www.eratransmidia.com | press@transmedia.com

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A FENAPRO – Federação Nacional das Agências de Propaganda – é uma entidade sindical patronal que nasceu há mais de 35 anos com a missão de representar as agências de propaganda brasileiras em âmbito nacional. www.fenapro.org.br | alexis@fenapro.org.br | (11) 3816 2238

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O Instituto Mestre GP é uma grande rede que conecta, constrói e dissemina conteúdo e conhecimento sobre a Gestão de Projetos para o mercado publicitário, universo que está em constante expansão. www.mestregp.com.br | contato@mestregp.com.br | (11) 3159 1458

A Mobile Marketing Association (MMA) tem a missão de acelerar a transformação e a inovação do marketing através dos dispositivos móveis, promovendo o crescimento dos negócios e grande engajamento do consumidor. www.mmaglobal.com | monique@mmaglobal.com | (11) 98469 6427

Ferramenta de inteligência estratégica que auxilia empresas na tomada de decisões, o Mundo do Marketing também oferece informação especializada e aprofundada sobre o setor de Marketing. www.mundodomarketing.com.br | (21) 3005 9547

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Criado em 2008, o STARTUPI é o portal mais tradicional de conteúdo dirigido ao ecossistema brasileiro de Startups que visa colaborar com iniciativas e programas de fomento do empreendedorismo e inovação no Brasil. www.startupi.com.br

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